territórios da cidadania do cariri administração públicas ufca
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Análise do Territórios da cidadania do Cariri CearenseTRANSCRIPT
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CAMPUS JUAZEIRO DO NORTE-CE
CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS CCSA
CURSO DE ADMINISTRAO PBLICA
ANLISE DAS DINMICAS DE PLANEJAMENTO E GESTO TERRITORIAL, TENDO COMO FOCO O PROGRAMA TERRITRIOS
DA CIDADANIA DO CARIRI.
JUAZEIRO DO NORTE-CE 2016
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CICERO ABNER SOUSA BRITO
LUIS SOARES DA COSTA NETO
RAMON TALO LEANDRO DA FONSECA
RICARDO JUNIO PEREIRA DOS SANTOS
VITOR ALYSSON SILVA DOS SANTOS
YAGO MATHEUS
ANLISE DAS DINMICAS DE PLANEJAMENTO E GESTO TERRITORIAL,
TENDO COMO FOCO O PROGRAMA TERRITRIOS DA CIDADANIA DO CARIRI.
Trabalho apresentado s Disciplinas de Fundamentos de Administrao e Fundamentos de Gesto Pblica e Social, da Universidade Federal do Cear/Campus Cariri, como requisito para a concluso das disciplinas. Orientadores: Prof. Raniere Moreira Prof.. Walria Menezes Alves
JUAZEIRO DO NORTE-CE
2016
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SUMRIO
1.0 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL CONFIGURADA NO TERRITRIO ..........................3
2.0 OS TIPOS DE ORGANIZAES PRESENTES ...............................................................5
3.0 COMO SE D O PROCESSO DE PLANEJAMENTO, ORGANIZAO, DIREO E
CONTROLE (PODC) ........................................................................................................6
4.0 AS RELAES E ARTICULAES INTERSETORIAIS ENTRE O PODER PBLICO, A INCIA
TIVA PRIVADA E A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA NA PROMOO DO
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL ................................................................................9
5.0 A PARTICIPAO DE ATORES PBLICOS NO-ESTATAIS NA GESTO PBLICA ....... 11
6.0- A EXISTNCIA DE COPRODUO DE BENS E SERVIOS PBLICOS ......................... 11
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................................... 13
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1.0 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL CONFIGURADA NO TERRITRIO
O Programa Territrios da Cidadania - PTC foi implantado em 2008 pelo Governo
Federal com o intuito de promover o desenvolvimento econmico e universalizar programas
bsicos de cidadania, por meio de uma estratgia de desenvolvimento territorial sustentvel
(MDA, 2009) e tem como alicerces fundamentais a participao social e a integrao de aes
entre Unio, estados e municpios. A ateno do programa voltada aos agricultores
familiares, assentados da reforma agrria, quilombolas, indgenas, famlias de pescadores e
comunidades tradicionais, entendendo que se tratam dos grupos sociais mais vulnerveis no
Pas.
As aes do PTC so organizadas em trs eixos: apoio atividade produtiva,
cidadania e direitos e infraestrutura. As instncias de gesto do programa compreendem o
Comit Gestor Nacional, o Comit de Articulao Estadual e o Colegiado Territorial. Nesse
ltimo, composto por representantes das trs esferas de governo e da sociedade, elaborado
o plano de desenvolvimento territorial.
Inicialmente foram criados 60 Territrios da Cidadania, hoje so em nmero de 120.
Para a formao dos territrios foram escolhidas as regies com menor IDH e baixo
dinamismo econmico, alm de caracterizarem-se pela concentrao das populaes alvo do
programa, somado a isso, o objetivo de ter no mnimo um territrio por estado da federao.
O PTC deu sequncia ao Programa Territrios Rurais, iniciado em 2003 pela Secretaria de
Desenvolvimento Territorial (SDT), que visou fomentar processos de desenvolvimento
territorial, induzindo, apoiando e fomentando uma estratgia de concertao social em torno
das formas de produo, distribuio e utilizao de ativos de uma regio (MDA, 2009).
De acordo com Ignacy Sachs (2008) o Programa Territrios da Cidadania auxilia no
combate pobreza e das desigualdades sociais complementando o Programa Bolsa Famlia e
permitindo que as os beneficirios possam emancipar-se e passar a no depender mais deste
recurso.
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Fonte: Revista Territrios da Cidadania (2009)
O Colegiado Territorial da Cidadania do Cariri COTECIC estruturado da seguinte
forma:
Fonte: Josefa Ccera Martins Alves, (2013)
A autora ainda acrescenta que de acordo com o Regimento Interno do COTECIC:
A Plenria Geral composta por todos os participantes, essa a instncia mxima de deliberao do Territrio.
O Ncleo Dirigente composto por um nmero de 08 (oito) integrantes, que representam as organizaes que compem o colegiado, observando-se a paridade entre sociedade civil e poder pblico, essa instncia responsvel pela implantao das decises da plenria geral, pela coordenao das atividades e pelas aes cotidianas do Territrio, incluindo a representao junto aos rgos pblicos e privados.
(ALVES.2013.p,67)
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Os Comits Temticos so constitudos na plenria geral. Esses comits discutem e propem solues para uma determinada rea, assunto ou setor do desenvolvimento territorial, no tem restrio quanto ao nmero de pessoas.
O Ncleo Tcnico a instncia de carter operacional, encarregado do apoio tcnico e administrativo s aes territoriais, dando suporte permanente ao funcionamento do Ncleo Dirigente e do Colegiado. Constitudo a partir da composio dos comits temticos.
2.0 OS TIPOS DE ORGANIZAES PRESENTES
O Colegiado Territorial da Cidadania do Cariri COTECIC composto por diversos
atores, organizaes sociais e polticas, como por exemplo: Movimentos social-sindical e
popular, Fruns temticos ou de representao, como o frum de economia solidria do
Cariri.
ONGs, conselhos setoriais e municipais, comits de mulheres e juventude e redes sociais de
cooperao, entre outros. Nessa lista esto presentes uma heterogeneidade de
participantes. Um exemplo a participao da do instituto flor do piqui que tem sede em
Crato e atua principalmente com Assistncia tcnica rural ATER, promovendo o
desenvolvimento agrrio de forma ecolgica e sustentvel. GRUNEC-Grupo de Valorizao
Negra do Cariri que atua principalmente na promoo da igualdade tnica com vistas aos
direitos humanos por meio de aes afirmativas.
A caritas diocesana do Crato que tem um excelente trabalho com os catadores de
materiais reciclados da cidade de Crato e regio do cariri assim como a agroecologia por meio
da feira agroecolgica que acontece no Crato e em outras cidades, trabalha ainda com o
banco de sementes crioulas da comunidade do baixio das palmeiras e tambm com as
mezinheiras. Essa instituio j fora contemplada com editais e convnios celebrados com o
ministrio do trabalho e emprego- MTE, por meio da secretaria Nacional de Economia
Solidria SENAES. (CRITAS,2015.s/p)
Conta ainda com a parceria da Universidade Federal do Cariri UFCA do projeto
Observatrio de Polticas Pblicas para Territrios OPPTE, o qual faz parte implementao
e manuteno de Ncleos de Extenso em Desenvolvimento Territorial Nedets
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Os ncleos preveem aes de extenso e pesquisa que envolvem o assessoramento,
acompanhamento e monitoramento das iniciativas de desenvolvimento territorial do
Ministrio do Desenvolvimento Agrrio no mbito do programa Desenvolvimento Regional,
Territorial Sustentvel e Economia Solidria e do Plano Nacional de Polticas para as
Mulheres, com nfase para as mulheres do campo e da floresta.
3.0 COMO SE D O PROCESSO DE PLANEJAMENTO, ORGANIZAO, DIREO E CONTROLE
(PODC)
Este um dos temas mais bsicos da disciplina de administrao, o qual, todo
estudante deve conhecer com maestria. O famigerado PODC. (Planejamento, Organizao,
Direo e Controle), so as 4 funes administrativas da teoria Clssica e Neoclssica.
Sabemos que: existem basicamente dois tipos de trabalho, o trabalho tcnico e o trabalho
administrativo, falaremos aqui do trabalho administrativo. Quando falamos em administrao
o que vem a mente : gerenciar, tomar conta, e exatamente isto que o trabalho
administrativo faz, aplica o esforo fsico e mental de uma pessoa para conseguir resultados
gerenciando outras pessoas, quando estudadas separadamente so denominadas funes
administrativas, quando estudadas em conjunto compem o processo administrativo.
PLANEJAMENTO
Planejar definir os objetivos, decidir como alcanar os planos, programar as
atividades, alcanar as metas, algumas empresas ainda adotam o mtodo arcaico de
administrao as escuras e no planejam, desta forma, no se preparam para possveis
reveses e acabam por terem insucesso em seus objetivos, O planejamento pode ser divido
em:
Planejamento Estratgico: bastante amplo e engloba toda a organizao, algo a longo prazo,
devem ser avaliados os ambientes internos e externos, as tendncias de mercado, se vale a
pena investir, pergunta que se deve fazer O que vai ser dessa empresa no futuro?
Importante! O planejamento estratgico se baseia no ESTABELECIMENTO de METAS,
OBJETIVOS, POLTICAS e MISSO da ORGANIZAO.
META = Objetivo de curto prazo.
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OBJETIVO = alvo a ser alcanado
POLTICAS = so as diretrizes amplas e gerais para se chegar aos objetivos
MISSO = a razo de existncia da empresa
Planejamento Operacional:
o planejamento dirio a parte que elabora cronogramas especficos, cada tarefa
deve ser planejada, da so criados mtodos, procedimentos, normas, metas, programas.
Planejamento Ttico:
Analisa alternativas para realizar a misso da empresa, no entanto um
planejamento de mdio prazo, normalmente anual, nvel departamental, cada departamento
da empresa tem o seu.
Enfatizando o que j foi dito segue a tabela dos 3 modelos de planejamento
PLANEJAMENTO CONTEDO EXTENSO AMPLITUDE
Estratgico
Genrico,
Sinttico,
Abrangente Longo Prazo
Macroorientado, aborda a
empresa na totalidade
Ttico
Menos Genrico e
mais detalhado Mdio Prazo
Aborda cada unidade da
empresa em separado
Operacional
Detalhado
Especfico e
analtico Curto Prazo
Orientado apenas para cada
tarefa da operao
ORGANIZAO
A funo de organizar compreende vrias fases, como a elaborao dos nveis
hierrquicos e definio das estruturas organizacionais. Pode ser definida como a ordenao
dos recursos materiais e recursos humanos visando atingir os objetivos estabelecidos, o
Organograma da empresa definido nessa funo administrativa, este serve para
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representao da estrutura da empresa, estrutura departamental, deixando claro os nveis
hierrquicos.
DIREO
Esta a funo da tomada de decises, de liderana e intercomunicao com os
subordinados. Fazer acontecer, dinamizar, esta funo administrativa exige muito da
habilidade humana do profissional pela rea relacionada, a direo pode ser a nvel
institucional abarcando toda a empresa, nvel departamental abrangendo as unidades em
separado e pr fim a nvel operacional.
Veja agora alguns princpios da direo:
Unidade de Comando: Cada funcionrio tem um superior ao qual deve prestar contas
Delegao: Compreende designao de tarefas, de autoridade, de responsabilidade.
Amplitude de Controle: H um limite quanto ao nmero de posies que podem ser
eficientemente supervisionadas por um nico indivduo.
Princpio da coordenao ou relaes humanas: Harmoniza os esforos individuais em
benefcio de um bem comum.
CONTROLE
Est diretamente ligado ao planejamento, nesta funo devem ser avaliados os
progressos da empresa em seus objetivos e feitas as devidas correes para garantir que os
resultados sejam satisfatrios, os principais pontos da funo de controle so:
1. Necessrio para medir e avaliar o desempenho organizacional
2. Dinmico e contnuo
3. Engloba todas as vertentes da organizao
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4.0 AS RELAES E ARTICULAES INTERSETORIAIS ENTRE O PODER PBLICO, A INCIATIVA
PRIVADA E A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA NA PROMOO DO DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL
A abordagem do tema desenvolvimento na perspectiva territorial tem provocado
mudanas no mbito da gesto de polticas pblicas no Brasil e evoca a compreenso de dois
conceitos distintos, mas que se relacionam dialeticamente: desenvolvimento territorial e
gesto social.
I - As relaes e articulaes intersetoriais entre o poder pblico, a inciativa privada
e a sociedade civil organizada na promoo do desenvolvimento territorial.
O desenvolvimento territorial foi lanado, em 2008 atravs do programa de
desenvolvimento econmico e universalizar programas bsicos de cidadania por meio de
uma estratgia de desenvolvimento territorial sustentvel. Assim, no mbito local do
municpio de Juazeiro do Norte, foi feito uma observao sobre como se do as articulaes
entre o poder pblico, o setor privado e as organizaes da sociedade civil para a produo
do bem estar social. Foi feito uma visita comunidade do Sitio Leite e Sitio Logradouro para
entender melhor como se do estas articulaes no desenvolvimento local.
A associao do sitio leite formada em sua maioria por agricultores e trabalha em
atividades de ao social, educao, lazer, esporte, culturas e assistncia ao desenvolvimento
sustentvel, informado pela presidente da Unidade Comunitria do Sitio Leite, Raimunda
Martins de Sousa. Porm ainda se observa que estes laos que ligam os a sociedade civil, o
setor pblico e setor privado ainda esto caminhando a passos lentos, uma vez que a
sociedade civil organizada atravs de associao, ONGs e cooperativas passam a externar
suas lamentaes com as polticas de desenvolvimento.
Para Felipe Brito Instituto de Cidadania Empresarial e Zilma Borges Fundao
Getulio Vargas. O Desenvolvimento Local pode operar dentro da lgica do conflito, tendo
como grande desafio abarcar os diversos interesses e a complexidade que incidem sobre a
sociedade. Embora As Alianas Pblico-Privadas para o Desenvolvimento (APPDs) tenham
se tornado uma forma de enfrentar os desafios de investimento em todo mundo. Ainda
bem forte o interesse poltico e o interesse privado dentro destas organizaes.
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A inciativa privada muitas vezes contribui mais com interesses privados em bora se
envolvendo em trabalhos sociais em algumas localidades, como o caso do Sitio Leite e o
Sitio Logradouro, em um projeto de abastecimento de gua para a comunidade que recebe
assistncia da SISAR na forma administrativa da cobrana do servio de abastecimento de
gua, mais cobrando em troca deste servio.
J no caso do municpio o apoio ao desenvolvimento vem de projetos do governo
em que as relaes se tornam mais fortes atravs de programas como o PAA (Programa de
Aquisio de alimento da Agricultura familiar) do Municpio e tambm em programas como
o PNAE (Programa Nacional de Alimentao Escolar) atravs da lei 11. 947 de 16 de julho de
2009.
Que em sua estrutura aborda o desenvolvimento sustentvel:
Art. 2 So diretrizes da alimentao escolar:
V - O apoio ao desenvolvimento sustentvel, com incentivos para a aquisio de
gneros alimentcios diversificados, produzidos em mbito local e preferencialmente pela
agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando as comunidades
tradicionais indgenas e de remanescentes de quilombos;
Uma ferramenta que promove uma integrao entre o setor pblico e as
comunidades para o desenvolvimento destas famlias que em sua maioria so agricultores.
Nessa perspectiva Paula Chies Schommer, professora de Administrao pblica na
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) afirma que h um baixo grau de
capacidade institucional em grande parte dos municpios e constante demanda por recursos
externos, o que fortalece a luta do movimento municipalista e outras instituies pela
repactuao de competncias federativas e reforma tributria.
Segundo a pesquisadora, outro fator-chave nesse debate a desigualdade na
distribuio de riquezas entre regies e dentro de cada regio do pas, fato que demanda
polticas nacionais e muito investimento nas capacidades locais. Ou seja, a atuao em
parceria com o poder pblico ainda esbarra em um obstculo comum Brasil adentro: a baixa
qualificao de parte de nossos administradores pblicos.
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5.0 A PARTICIPAO DE ATORES PBLICOS NO-ESTATAIS NA GESTO PBLICA VITOR
So chamados de atores polticos ou atores sociais os membros dos grupos que
integram o sistema poltico. Em todo o procedimento das polticas pblicas, desde o
questionamento at a execuo, h basicamente dois tipos de atores: os estatais ou pblicos
provenientes do Governo ou do Estado, aqueles que exercem funes pblicas e mobilizam
os recursos associados a estas funes, ou seja, os polticos, eleitos pela populao para um
determinado perodo, e os servidores pblicos, que atuam no segmento burocrtico; e os
privados provenientes da sociedade civil, compostos por sindicatos dos trabalhadores,
empresrios, grupos de presso, centros de pesquisa, imprensa, associaes da Sociedade
Civil Organizada (SCO), entre outras entidades. No territrio so realizadas vrias
manifestaes culturais, como: comemorao do dia do padroeiro (a), festas de vaquejada,
festas juninas, romarias ligadas a figura do Padre Ccero Romo Batista, que trazem,
periodicamente, grande quantitativo de romeiros para a cidade do Juazeiro do Norte.
O territrio tambm apresenta uma boa articulao em termos de organizaes
sociais, essa afirmao retratada pelos movimentos social-sindical e popular, fruns
temticos ou de representao, ONGs, conselhos setoriais e municipais, comits de mulheres
e juventude e redes sociais de cooperao, entre outros (BRASIL, 2010).
6.0- A EXISTNCIA DE COPRODUO DE BENS E SERVIOS PBLICOS
A produo de bens e servios pblicos um processo que pode ser organizado de
diferentes formas na sociedade, sendo necessrio determinar formas que satisfaam no
apenas interesses individuais, mas tambm coletivos. A coproduo uma estratgia em que
a definio dos bens e servios a serem produzidos pela administrao pblica exige um
processo democrtico e participativo que envolva os cidados.
Essa uma forma de produo do bem pblico que envolve a participao ativa do
cidado, o qual deve tomar parte nos processos de definio e gerao desse bem conforme
suas necessidades e anseios, que podem assumir diferentes formas e configuraes. Esse
conceito se mostra promissor quando se tem em mente a ideia de uma administrao pblica
voltada efetivamente para a satisfao dos desejos e da vontade dos cidados.
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O Processo de Coproduo e Participao Social dentro do Programa Territrio e
Cidadania possibilitaram alguns entraves. Segundo Nogueira:
A participao no necessariamente produz efeitos tico-polticos superiores, mas
pode ser convertida em recurso (gerencial) para solucionar determinados problemas,
administrar bens pblicos ou viabilizar e legitimar a reproduo polcia e eleitoral de governos
ou partidos (NOGUEIRA, 2011, p. 148).
Existem gestores que utilizam a participao para dela tirar proveitos particulares,
e gestores que vivem a participao como um meio de emancipao (NOGUEIRA, 2011).
De modo geral, as prticas participativas so limitadas pela ideia de um Estado
assistencialista. Onde a populao espera que os benefcios cheguem sem que eles tenham
que lutar por suas conquistas. Essa a imagem de um povo que v o Estado como o pai que
resolve todos os problemas (SAYAGO, 2000). Com isso percebemos a complexidade do
processo de coproduo e participao social, permeado por entraves e possibilidades para
a efetivao da participao nos diversos territrios. Contudo esse programa traz em sua
proposta de execuo a oportunidade de se trabalhar com a participao social
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ALVES, Josefa. A Participao Social a Partir do Programa Federal Territrios da Cidadania: O Caso do Territrio do Cariri/CE.Acesso em 18.01.2016 s 20:23 encontrado em http://proder.ufca.edu.br/v2/administrador/upload/trabalhos/Dissertacao.Defesa.Josefa.Cicera.%20Martins.Alves.pdf
BRASIL. Ministrio do Desenvolvimento Agrrio. Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentvel: Territrio Cidadania do Cariri MDA/SDT/AGROPOLOS. Fortaleza: Instituto Agropolos do Cear, 2010.
http://ce.caritas.org.br/
https://www.ufca.edu.br/portal/noticias/noticiasufca/item/3400ufcaaprovaprojetosobrepoliticaspublicasparaterritoriosnocnpq.2014.
REVISTA TERRITRIOS DA CIDADANIA. Disponvel em: . Acesso em: 19 Jan. 2016.
SACHS, I. Vdeo Territrios da Cidadania (entrevista com Ignacy Sachs). 2008. Disponvel em: . Acessado em 20 de Janeiro de 2016.
SAYAGO, D. A. V. A inveno burocrtica da participao: discursos e prticas no cear. [Doutorado] Universidade de Braslia; 2000. 214 p.