tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

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Inicial Porões da ditadura Educação Cultura Eleições 2014 Saúde Mídia CULTURA 06/SEP/2013 ÀS 15:56 Eduardo Nunomura, Farofafá Tese de doutorado sobre a "degeneração" da música brasileira Estudo acadêmico parte do forró eletrônico para investigar o que muitos chamam de “degeneração” da música popular. "Luiz Gonzaga, por exemplo, embora seja o símbolo maior do forró e tratado com respeito pela maioria dos nordestinos, acaba sucumbindo a essa indústria cultural" A música brasileira está decadente – sans élégance. Difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido uma frase como essa. Refine o gênero, e as frases continuarão a fazer sentido para muitas pessoas. O funk, o sertanejo, o forró, o pop, todas as músicas consumidas pelas massas não prestam. Um estudo acadêmico parte do forró eletrônico, ouvido à exaustão em todo o Nordeste, para investigar o que muitos chamam de “degeneração” da música popular. O professor Jean Henrique Costa, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, obteve o título de doutor em Ciências Sociais com a tese “Indústria Cultural e Forró Eletrônico no Rio Grande do Norte”, defendida em março de 2012 na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O pesquisador defende que o gênero preferido entre os nordestinos faz parte de uma engendrada indústria cultural, por meio da qual são criadas e sustentadas formas de dominação na produção e na audição desse tipo de música. Segundo ele, quando uma banda de forró eletrônico recorre a canções de temática fácil, na maioria das vezes ligadas à busca de uma felicidade igualmente fácil, ela está criando mecanismos para a formação de um sistema de concepção e circulação musical. Nele, nada é feito ou produzido por acaso. Tudo acaba virando racionalizado, padronizado ou massificado. O ideal de uma vida festeira, regada de uísque, caminhonete 4×4 e raparigas (mulheres) é hoje um símbolo de status e prestígio para muitos dos ouvintes. Ninguém quer ficar de fora da onda de consumo. Numa das partes da pesquisa, Costa analisou o conteúdo das letras dos cinco primeiros álbuns da banda Garota Safada e descobriu que 65% das músicas falam de amor, 36% de sexo e 26% de festas e bebedeiras. “Parte expressiva das canções de maior sucesso veicula a ideia de que a verdadeira felicidade acontece ‘no meio da putaria’, ou seja, nos momentos de encontros com os amigos nas festas de forró”, escreveu Costa. “Não se produz determinada música acreditando plenamente que se está criando uma pérola de tempos idos, mas sim um produto para agradar em um mercado competitivo muito paradoxal: deve-se ser igual e diferente concomitantemente.” Ou seja, a competitividade do mercado induz à padronização dos hits. 195.327 já curtiram Medicina no Brasil é branca e classe média Não ao preconceito! Receba artigos via e-mail Digite seu e-mail Curtir 195 mil Redação Pragmatismo Editor(a) 12 mil COMENTÁRIOS Banda Aviões do Forró – (Foto Divulgação) 69

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Page 1: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Inicial Porões da ditadura Educação Cultura Eleições 2014 Saúde Mídia

CULTURA 06/SEP/2013 ÀS 15:56 Eduardo Nunomura, Farofafá

Tese de doutoradosobre a"degeneração" damúsica brasileiraEstudo acadêmico parte do forró eletrônico para investigar o que muitoschamam de “degeneração” da música popular. "Luiz Gonzaga, porexemplo, embora seja o símbolo maior do forró e tratado com respeitopela maioria dos nordestinos, acaba sucumbindo a essa indústria cultural"

A música brasileira está decadente – sans élégance. Difícil encontrar alguém que nunca

tenha ouvido uma frase como essa. Refine o gênero, e as frases continuarão a fazer sentido

para muitas pessoas. O funk, o sertanejo, o forró, o pop, todas as músicas consumidas pelas

massas não prestam.

Um estudo acadêmico parte do forró eletrônico, ouvido à exaustão em todo o Nordeste, para

investigar o que muitos chamam de “degeneração” da música popular. O professor Jean

Henrique Costa, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, obteve o título de

doutor em Ciências Sociais com a tese “Indústria Cultural e Forró Eletrônico no Rio Grande

do Norte”, defendida em março de 2012 na Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN).

O pesquisador defende que o gênero preferido entre os nordestinos faz parte de uma

engendrada indústria cultural, por meio da qual são criadas e sustentadas formas de

dominação na produção e na audição desse tipo de música.

Segundo ele, quando uma banda de

forró eletrônico recorre a canções de

temática fácil, na maioria das vezes

ligadas à busca de uma felicidade

igualmente fácil, ela está criando

mecanismos para a formação de um

sistema de concepção e circulação

musical. Nele, nada é feito ou produzido

por acaso. Tudo acaba virando

racionalizado, padronizado ou

massificado.

O ideal de uma vida festeira, regada de

uísque, caminhonete 4×4 e raparigas

(mulheres) é hoje um símbolo de status e

prestígio para muitos dos ouvintes.

Ninguém quer ficar de fora da onda de

consumo. Numa das partes da pesquisa,

Costa analisou o conteúdo das letras dos

cinco primeiros álbuns da banda Garota Safada e descobriu que 65% das músicas falam de

amor, 36% de sexo e 26% de festas e bebedeiras.

“Parte expressiva das canções de maior sucesso veicula a ideia de que a verdadeira

felicidade acontece ‘no meio da putaria’, ou seja, nos momentos de encontros com os

amigos nas festas de forró”, escreveu Costa. “Não se produz determinada música

acreditando plenamente que se está criando uma pérola de tempos idos, mas sim um

produto para agradar em um mercado competitivo muito paradoxal: deve-se ser igual e

diferente concomitantemente.” Ou seja, a competitividade do mercado induz à padronização

dos hits.

195.327 já curtiram

Medicina no Brasil ébranca e classe média

Não ao preconceito!

Receba artigos via e-mail

Digite seu e-mail

Curtir 195 mil Redação PragmatismoEditor(a)

12 mil

COMENTÁRIOS

Banda Aviões do Forró – (Foto Divulgação)

69

Page 2: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

“O que move o cotidiano é isso mesmo: sexo, amor, prazer, diversão. O forró e quase toda

música popular sabem muito bem usar desse artifício para mover suas engrenagens”,

explicou Costa. “Não é por acaso que as relações sexuais são tão exploradas pelas canções

de maior apelo comercial a ponto de se tornarem coisificadas à maneira de clichês

industriais.”

REFERENCIAL TEÓRICO

Outros gêneros musicais também recorrem a estratégias semelhantes. O forró eletrônico

consegue se diferenciar dos demais ao dar uma roupagem de “nordestinidade”, criando a

identificação direta com o seu público. Mas o objetivo final de todos é proporcionar diversão.

O problema, segundo Costa, é que “se vende muito pão a quem tem fome em demasia”.

Costa baseou sua pesquisa no referencial teórico de Theodor W. Adorno, um dos ideólogos

da Escola de Frankfurt. O pesquisador procurou atualizar o conceito de indústria cultural a

partir da constatação de que as músicas do forró eletrônico são oferecidas como parte de

um sistema (o assédio sistemático de tudo para todos) e sua produção obedece a critérios

com objetivos de controle sobre os efeitos do receptor (capacidade de prescrição dos

desejos).

O pesquisador recorreu ainda a autores como Richard Hoggart, Raymond Williams e E.P.

Thompson para abordar o gênero musical a partir da leitura dos estudos culturais (a

complexa rede das relações sociais e a importância da comunicação na produção da

cultura), que dialogam com outro conceito anterior, o de hegemonia, de Antonio Gramsci.

Pierre Bourdieu também serve de referencial teórico.

Ao amarrar essas teorias, o pesquisador argumenta que o público consumidor de músicas

acaba fazendo parte de esquemas de consumo cultural potentes e difíceis de serem

contestados. Neles, até o desejo acaba sendo imposto. Em entrevista a FAROFAFÁ, Costa

exemplifica esse fato com a atual “cobrança” pelo consumo de álcool, onde a sociabilidade

gira em torno de litros de bebidas.

“O que se bebe, quanto se bebe e com quem se bebe diz muito acerca do indivíduo. O forró

não é responsável por isso, mas reforça.” Para o pesquisador, o consumo de bebidas se

relaciona com a virilidade masculina, que, por sua vez, se vincula à reprodução do capital.

“Não reconheço grande valor estético (no forró eletrônico), mas considero um estilo musical

que consegue, em ocasiões específicas, cumprir o papel de entreter”, afirmou. O

pesquisador ouve todo tipo de música (samba-canção, samba-reggae, rock nacional dos

anos 1980 e 1990, bolero, tango, entre outros), mas sua predileção é por nomes como

Nelson Gonçalves e Altemar Dutra.

Para cobrir essa lacuna sobre o gênero que iria pesquisar, Costa entrevistou nomes como

Cavaleiros do Forró, Calcinha de Menina, Balança Bebê eForró Bagaço. O seu objetivo foi

esquadrinhar desde uma das maiores bandas de forró eletrônico do Rio Grande do Norte até

uma banda do interior que mal consegue fazer quatro apresentações por mês e cobra em

torno de R$ 500 por show.

É dentro desse contexto de consumo de massa de hits que nascem e morrem, diariamente,

pelas rádios e carrinhos de CDs piratas, que prevalece o forrozão estilo “risca a faca” e

“lapada na rachada”, para uma população semiformada (conceito adorniano de Halbbildung),

explica Costa. Sobra pouco ou nenhum espaço para nomes consagrados do gênero.Entre os

extremos de quem ganha muito e quem mal consegue sobreviver com o forró, o professor

constatou que o sucesso é um elemento em comum, e algo difícil de ser obtido. Depende de

substanciais investimentos financeiros e também do acaso – ter um hit pelas redes sociais

ajuda. É por isso que Costa afirma que Aviões do Forró e um forrozeiro tecladista

independente estão em lados completamente opostos, mas ainda têm algo basilar em

comum: a indústria cultural.

Luiz Gonzaga, por exemplo, embora seja o símbolo maior do gênero e tratado com

respeito pela maioria dos nordestinos, acaba sucumbindo a essa indústria cultural.

“A competição é desigualmente assimétrica para o grande Lua. O assum preto

gonzagueano, nesse sentido, bateu asas e voou.”

Costa diz não ser um pessimista ou só um crítico ferrenho do forró eletrônico. Tampouco que

tem pouca esperança de que a música brasileira seja apenas uma eterna engrenagem da

indústria cultural. Ao contrário, é dentro dela própria que ele vê saídas para o futuro da

Page 3: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

produção nacional. “Se vejo alguma possibilidade de mudança pode estar justamente nesses

estúdios caseiros de gravação de CDs, nas bandas de garagem, no funk das periferias, no

tecnobrega paraense. Não afirmo que a via é essa, mas que é um devir, uma possibilidade

que pode não ir para além do sistema, mas minar algumas de suas bases”, concluiu.

Confira aqui a Tese de Doutorado na íntegra

Eduardo Nunomura – Farofafá, CartaCapital

Tags academia arte Cultura música

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Responder

AmandaPOSTADO EM 06/SEP/2013 ÀS 17:40

Esta década está sendo marcada pela "música ostentação", na qual um estilo de vida é

vendido através dessas canções de batida contagiante ( Não nego que o ritmo é bom).

Marcas de carro, roupa, bebida e, claro, a mulher gostosa, são colocados como

elementos imprescindíveis na obtenção da tal felicidade. E o pior, essas imbecilidades são

consumidas em massa, e, as ideologias contidas nelas são empurradas goela a baixo,

sem a menor crítica. Embora eu admire extremamente a música regional e sua

capacidade de adaptação ( sim, eu falo do forró eletrônico), não consigo aceitar suas

letras pobres... Ah, hoje sinto falta até dos forrós cafonas dos anos 90, que mesmo não

tendo toda a graciosidade da Bossa Nova ou de outros movimentos musicais, falavam de

amor de um modo que não o coisificava.

Responder

Francisco AlvesPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 10:39

quantas saudades dos anos 80!!! onde o forró que se ouvia era o de seu

Lua,Dominguinhos,trio nordestino,Amelinha,Elba e Zé Ramalho,(alguns

forrós),Alcimar Monteiro,Jorge de Altinho.ah!, quanta saudade!

Responder

TiagoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:24

Parabéns pelo comentário

Responder

CaioPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:45

Hipocrita, bossa nova foi um estilo de alieanado playboy, se for em suma, não é

de nossa cultura contestar e existir. Apenas esquecer da vida pelo cotidiano

pacato e previsivel.

AndrePOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:21

Exatamente, Caio. A BURGUESIA NÃO ACEITA VER QUE A

PERIFERIA TAMBÉM PRODUZ SUA CULTURA!

Comentários

Por que Lobãoe Roger setransformaramem doisderrotistasexplícitos?

Obracompletade PauloFreiregrátisparadownload

Tom Zédevolvecachê daCoca-Colaapóschantagemde 'fãs'

tom-zé

Dramafamiliarexplicaaparenteproblemamentalde Lobão

Page 4: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

Marco Antonio RodriguesPOSTADO EM 06/SEP/2013 ÀS 18:14

Acho besteira ficar com estas teorias banais. Prefiro entender que MÚSICA é uma

linguagem universal, sem fronteiras.

Responder

MarcosPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 00:14

A música brasileira de hoje é deprimente, principalmente o funk pedófilo, criminoso de

ostentação.

Responder

Gabriela BarbosaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:52

Pois é! E ainda tem gente que defende com unhas e dentes esses funks de

sacanagem e apologia ao crime!

Responder

DepausterPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:26

Funk pedófilo?

cesarPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 12:21

Sim. Vc nunca percebeu que a maioria das letras de funk fala de

novinhas?

Responder

mateusPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 00:38

Adorno esta se revirando no caixao. Lamentavel

Responder

altair ahadPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 08:26

pior era da musica... tudo muito ruim!!

Responder

ViníciusPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 08:47

Ele está certo sobre a industria cultural, que vende música, filme, filme, novela, reality

show... tudo de forma enlatada para servir de consumo e lucrar com isso. No campo

musical, as gravadoras ficaram temerosas com o fato que as pessoas podem baixar

músicas e álbuns gratuitamente pela internet e apoiaram projetos de lei estadunidense

como SOPA, PIPA e ACTA. Na minha opinião gravadoras não são mais necessárias,

bandas como Radiohead disponibilizaram álbuns somente na internet. Venda de discos

não enriquece o musico, mas sim a industria musical por trás dele, que cria patentes em

cima do trabalho do música para continuar lucrando por uma música lançada a anos.

Com o fim da industria musical um artista teria liberdade de fazer música sem uma

empresa determinando o que ele deve fazer e como deve fazer, traria muito mais

liberdade de criação Mas é preciso tomar cuidado com o dialogo apresentado nesta tese

de doutorado para não hierarquizar a cultura, porque mesmo sendo totalmente comercial

e enlatado, o forro eletrônico ou o sertanejo universitário não deixaram de ser cultura, e

não existe cultura superior e inferior. Acho que por um lado a tese dele pode servir de base

para a discriminação cultural.

luisPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 23:49

tudo é cultura, mas nem tudo é arte...

Page 5: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

Felipe LinsPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 06:00

Mas ninguém sabe o que é arte. Só arrisca, limitando e definindo

conforme suas próprias vaidades.

ViníciusPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:03

Concordo

Gilmar LoureiroPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:58

Se não for arte é cultura!

ViníciusPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 12:08

arte não deixa de fazer parte da cultura. Resumindo, toda arte é cultura

mas nem toda cultura é arte.

Responder

Ricardo RangelPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:10

Lixo é lixo. Essa estória de que contracultura também é cultura é conversa de

acadêmico.

Raul CornejoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 15:56

Então vamos ver o que o Ricardo tem a oferecer como exemplos do

que seja cultura e não seja definida por acadêmicos... eu estou

curiosíssimo... e já aviso que doutrinação via cartilhas do CPC não vale,

mesmo porque também foram academicamente construídas.

Gabriel BPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:06

e tu, ó grande Ricardo Rangel, sim tu, podes definir o que é e o que não

é lixo!!! Ave Rangel!

Responder

DaviPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 13:33

"La cultura para los pobres no puede ser una pobre cultura." Jose Antônio Abreu

Responder

MaysaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:11

Concordo! Embora não negue a massificação imposta pela industria cultural,

senti uma certa dose de preconceito e de pessoalidade nos argumentos de

quem estuda forró eletrônico se destacando como ouvinte de Nelson Gonçalves

e Altemar Dutra. Além disso, são cultura todos os modos de fazer, de pensar, de

agir de um povo.. O problema da massificação rasa de conteúdo e carente de

desejos outros além dos prazeres do consumo não é obra apenas da industria

cultural, pois ela trabalha e vende em cima do que já existe.

Responder

RogérioPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 09:33

É muito complexo esse tema. Particularmente não gosto de bandas de forró,porém é o

pau que rola em qualquer lugar que se vá. Sou amante da boa música e dos cantores e

intérpretes esquecidos pela a maioria das rádios.

HelenoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 11:25

Li certa vez que foi feita uma pesquisa (não recordo o país) que as letras das músicas

Page 6: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

tendem a ser mais engajadas em momentos de crise e ter letras mais fúteis em

momentos de equilíbrio econômico. Daí lembramos de todas as músicas do período da

ditadura e o rock com forte crítica social dos anos 80 principalmente com a Legião Urbana

e comparamos com com a qualidade das letras dos anos 2000 em diante e essa

pesquisa faz todo o sentindo...

Responder

Roberto PedrosoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 11:25

Esta tese serve de parâmetro referencial para analisarmos todos os movimentos musicais

contemporâneos de apelo popular, a mesma tese pode ser aplicada para

contextualizarmos o sucesso de bandas tecnobrega das duplas sertanejas(do famigerado

sertanejo universitário) e do Funk.Triste constatação,os artistas populares somente

repetem a receita de sucesso criada pelas grandes gravadoras, ou seja produzir lixo

musical em escala industrial mera diversão alienada produzida para entreter as massas.

Responder

Alberto CeolinPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 16:07

O guitarrista Fredera ex som imaginário chama isso de devastação cultural. E é memo!

Responder

CarlosPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 21:39

Apenas uma lembrança: Parece que sempre é culpa do Nordeste! Nunca ninguém fala

sobre as musicas glorificadas e fascistas do pampa gaúcho e os baluartes tradicionalistas

do sul e também nunca falam da musica gospel e a glorificação religiosa!!! E o domínio

roqueiro que agitou toda a década de 80? E os eruditos que só sabem falar de música

clássica chata! E a MPB e o discurso de palanque enfadonho. O problema musical ocorre

em todo o Brasil! Concordo que parte da música produzida neste período está muito longe

de ser um exemplo de evolução. Porém em nenhum momento na história mundial existiu

uma música perfeita em qualquer tipo de cultura. Aliás, a música não é uma partitura de

notas musicais posicionadas de forma harmônica, feitas para satisfazer o ego de uma

pessoa ou grupo de pessoas, na tentativa de convencer o público que sua melodia é

melhor que dos outros . Por fim, vence o artista que conseguir convencer o maior número

de pessoas a seu favor.

Responder

renatoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 21:45

eu escuto algumas musicas que me lembram meu passado. Eu escuto musicas que

meus filhos ouvem. Quem não consegue escutar as musicas que escuto, vai ter que

conviver com elas. E são ruins, nem meus filhos ouvem.

Responder

nettoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 22:44

Cara muito boa tese,é a pura realidade,moro aqui no nordeste e já parei para analisar

diversas letras de músicas de forró,que fazem total apelação a sexo,ostentação,bebida e

etc ... contudo se ver que muitos jovens que escutam tais letras,saem bêbados com som

no carro,tentam se parecer com o que as letras dizem ....

Responder

VictorPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 23:32

Creio que o escritor dessa matéria jamais ouviu falar em Relativismo Cultura. Elitizar as

músicas é um passo para a tola ostentação e ignorância. Não há música melhor ou pior,

mas música que atenda a necessidade de seu público-alvo. Francamente...

Page 7: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

Felipe AugustoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 23:44

Na sociedade do capital o lazer é uma mercadoria que potencializa a alienação. Na

verdade, junto com a busca do lucro fácil em torno da juventude, temos também a

disseminação de valores típicos de uma sociedade em crise. Nesse sentido, se por um

lado constatamos o extermínio da juventude pobre das periferias, por outro, constatamos a

captura ideológica por parte da juventude de classe média ao paraíso da alienação e da

despolitização. É isso que o capitalismo tem a oferecer para nossa juventude.

Responder

MichelPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 00:00

A tese elenca muitas verdades, conecta as mesmas de modo rigoroso, e evidencia o que

fundamentalmente todos buscam, de uma forma ou de outra: sexo, amor, prazer e

diversão, isso trabalhado pela indústria num contexto de ostentação e geração de ânsia

por cada vez mais, numa alucinante montanha russa social que é, para muitos, "pseudo-

consumista", onde o controle de massas é o objetivo fundamental para realimentar o

processo em ciclos interconectados... MAS... essa nova indústria cultural (de fuga ou

busca de algo diferente apenas) que se instalou preencheu (!!!) um GRANDE VAZIO de

perspectivas de gerações , que se expressam de modo a se definirem serem notados,

numa realidade que desestimula a evolução do indivíduo em prol da exploração descabida

da excessiva e crescente mão de obra barata, em termos mais diretos; não critico pelos

gêneros musicais (?), mas pelas razões que os permitem sobreviver, o que é o verdadeiro

problema !

Responder

patriciaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 01:14

Cara... É simples; tá todo mundo bêbado qdo escuta essas merdas, ou então coloca pra

tocar no trabalho pq sabe q n vai prestar atenção. O mercado musical tá uma merda pq as

pessoas pararam de ouvir música e passaram apenas a "escutar", ou seja, botar como

som pra compor ambiente. Aí pode ser qq merda tocando q ng liga.

Responder

Marco AlencarPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 01:54

Parece que eu deveria ter guardado o tema da minha monografia para o doutorado

mesmo.

Responder

DoraPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 06:00

Só gostaria de acrescentar que parti do forró eletrônico como indústria cultural na minha

tese de doutorado em ciências sociais na UNESP de Araraquara (outubro/2012), para

tratar da masculinidade na região Nordeste. De como esse estilo musical reforça um

modelo de masculinidade baseado na dominação do homem sobre a mulher, na mulher

como objeto de prazer do homem; modelo onde as relações entre os gêneros são

assimétricas, hierárquicas, desiguais. Analisando canções de forró eletrônico, conclui que

estas canções apontam para uma nova expressão da masculinidade tradicional, um “novo

rapaz”, um homem que renova as atitudes masculinas tradicionais, mas que se recusa

diante do poder patriarcal, ou seja, um homem que não quer assumir compromissos ou

ter responsabilidades, que não quer ser provedor ou viver para o lar e que foge da

intimidade. Por outro lado, gosta de festa, música alta, beber em excesso e, sobretudo, de

mulheres; afirmando constantemente uma suposta masculinidade heterossexual, de

cabra-macho.Ver em: http://portal.fclar.unesp.br/possoc/teses/Maria_Dores_Honorio.pdf

geraldo caçapavaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 08:22

diante desses astros fabricados como gustavo lima, sorocaba,michel teló e outros tantos,

não podemos esperar muito de nossa musica,pois como é tudo na vida o dinheiro fala

mais alto, bem como a baixa escolaridade do pais, nos levão a este caos sonoro.

Page 8: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

Responder

RaicostaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 08:37

O que interessa à produção musical hj é apenas vender. Esse é o fim em si mesmo e em

escala industrial, como se fosse um produto descartável: usou, joga fora. Com isso,

impossível ter qualidade, pq falta o mínimo de elaboração. Então pode até ser chamado de

cultura, mas nunca de arte. Há a estratégia de juntar a imediatice com a bestialidade

generalizada na sociedade atual. Basta perceber que hj não se admira a música com

conteúdo de beleza, de análise conjuntural ou de contemplação do amor, pq esses temas

estão esquecidos da maioria da população; a bola da vez é bebidas, mulheres, carros,

som alto (desrespeito aos que estão próximos). Isso é o "máximo". E que venham os

milhões!

Responder

Alvaro HanssenPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:15

Isso faz parte dos planos do governo e da midia, um povo sem cultura é mais facil de

manipular.

Responder

Marcel CratesPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:20

A música se tornou ostentação porque nos últimos anos o brasileiro se tornou consumidor

e não cidadão.

Responder

ester spiazziPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:08

Acho também que passa pelo poderio das gravadores, eles querem os seus lucros, e

musica que faz com que a gente pense o retorno financeiro deve ser baixo, porque o

público é menor. Mas nós temos um exemplo aqui no Paraná, um prefeito de uma

pequena se cansou de tanta farra movida a musica ruim e bebidas, e criou o encontro do

rock, o primeiro foi visto com desconfiança, mas hoje a cidade está na rota dos festivais

nacionais, acho que políticas publicas na área da cultura pode trazer resultados .

Responder

CaioPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:42

Funk é cultura brasileira minha gente, sejam ovelhas submissas desses g~eneros, é a

industrialização da cultura, a arte é um PRODUTO!! A CULTURA EH O QUE VC

CONSOME!!

Responder

MuriloPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 11:23

Acho isso pouco preconceituoso.

Responder

DaviPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 13:27

Concordo. Pra mim é simplesmente uma busca de dinheiro baseado na miséria do povo

brasileiro. Quem sabe fazer uma musica mais ou menos acaba lucrando e subindo na

vida. É oq eu chamo de "musica fast-food". É simples, pouco conteudo, mas satisfaz. E

acho q o "forro eletronico" é oq menos retrata isso. Acho q o funk, o pop pobre, o pagode

triste (de Salvador) é oq mais exemplifica como a música é decadente quando se trata em

atender as massas. "A cultura para os pobres nunca pode ser uma pobre cultura." José

Antonio Abreu

Page 9: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

luiz rodriguesPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:22

Tratei deste tema no Livro "Da Servidão à Liquidez"

https://www.clubedeautores.com.br/book/147659--Da_Servidao_a_Liquidez

Responder

mauroPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:47

Tem quem consuma estes lixos, então eles produzem cada vez mais!

Responder

Andreza BarretoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:57

Agora incitação ao sexo, bebidas e preconceitos viraram meros subprodutos da "industria

cultural" moderna. Alguém avise para esse moço pra ele conferir as letras das inocentes

marchinhas de carnaval de final do século XIX, inicio do século XX. ;)

Responder

Leoni R DantasPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 15:01

A mídia vive disso, a televisão brasileira vive disso... Vive do funk, do sertanejo eletrônico.

A mídia vive da música sem nexo, sem criatividade, sem inteligência. Como é colocado no

comentário do colega Roberto Pedroso: produzir lixo musical em escala industrial mera

diversão alienada produzida para entreter as massas. Hoje eu vi no programa do SBT o

apresentador Celso Portiolli falar que o rapaz que cantava funk possui um talento

incomparável.... Depois dessa eu desliguei a TV e fui escutar Alpha FM.

Responder

RenatoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 15:06

Musica boa chama-se: Limão com Mel

AndreyPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 16:13

Talvez essa tendência isolacionista do meio acadêmico seja suficiente pra acabar com os

traços mais fundamentais de sensibilidade humana de qualquer um. Tudo isso me

entristece profundamente. Trecho da tese: "Contudo, a atualidade do conceito de indústria

musical não permite romantizar a tal capacidade popular de resistência cultural. A pujança

da indústria do entretenimento é alta e envolve os consumidores em esquemas

sistêmicos poderosos. Nega-se o forró, mas consome-se o axé Bahia; nega-se o axé

Bahia, mas escuta-se o funk; nega-se o funk, mas consome-se o tecnobrega; nega-se o

tecnobrega, mas escuta-se algum pop-star norte-americano ou música de novela das 21

horas... O assédio é elevado e a fuga inibida." Vamos traduzir o que ele acabou de dizer

em termos simples: "o povo precisa ESCAPAR de consumir essas merdas culturais e

sociais, mas o assédio é elevado e a fuga é difícil. Só se você conseguir escapar de todo

esse lixo é que você vai chegar na música de valor (que é a que eu escuto, beijos), e pro

cidadão médio isso é quase impossível." Ele diz que não se pode romantizar a

"capacidade popular de resistência cultural". Fazendo isso, está basicamente dizendo: "Eu

sou um ser culturalmente e intelectualmente elevado, por isso ouço música 'boa'. Mas os

pobres seres culturalmente limitados não têm capacidade de resistir aos apelos da

dominação ideológica e ouvir músicas de bom gosto. É uma pena pra eles, por isso

escrevi essa tese, pra que todos saibam que essa indústria é terrível e que o povo tem

que escutar mesmo é música boa". Perceba esse trecho totalmente irrelevante da matéria

do pragmatismo político: "O pesquisador ouve todo tipo de música (samba-canção,

samba-reggae, rock nacional dos anos 1980 e 1990, bolero, tango, entre outros), mas sua

predileção é por nomes como Nelson Gonçalves e Altemar Dutra." Qual é a relevância de

veicular o que o pesquisador ouve? Reforça ainda mais a sensação de que a super

pesquisa de doutorado dele é opinião de mesa de bar, regada a prepotência e escrita em

linguagem acadêmica. Eu fiz uma leitura rápida de alguns trechos da tese e tem coisas

interessantes. A parte descritiva da pesquisa é excelente. A pesquisa de campo é

fascinante. Mas toda vez que ele parte para as conclusões, você sente o cheiro de

prepotência cultural e arrogância intelectual saindo por todos os poros da pessoa. As

Page 10: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

ações de uma indústria que constrói e tenta se aproveitar de determinadas circunstâncias

culturais pra se beneficiar financeiramente, independente das consequências sociais

disso, não são defendidas por mim. Mas a maneira certa de combater cultura é com

cultura, não com pedantismo e arrogância intelectual. Se você acha que existem

fundamentos objetivos pra definir o consumo de forró como algo degradante e o consumo

de, por exemplo, bossa nova ou MPB como algo elevado e enriquecedor, você só pode

estar precisando seriamente de um pouco de empatia e sensibilidade emocional.

Responder

Thiago TeixeiraPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 16:14

Acho que não tem nada a ver. Gosto é gosto.

Responder

DaliPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 21:46

Sim. Cada um tem seu gosto, mas a mídia tmb contribui para incentivar/impôr o

gosto num estilo musical. Quantas bandas de estilos diferentes (que não seja

pagode, forró eletrônico e funk) vc vê na mídia?

Responder

PauloPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 16:19

Não sei se a música brasileira de hoje é pior que antes. Talvez o que toca nas rádios sim,

mas penso que isso não é nada mais que algo bem subjetivo... Chama atenção, ao meu

ver, que no nosso país se escuta música mal. Explico: aqui mesmo os nossos

intelectuais, que lêem os grandes clássicos da literatura (Flaubert, Goethe...) e da filosofia

(Nietzsche...), admiram os grandes pintores etc, no que concerne à música, não vai além

do Caetano Veloso - que não é ruim, mas que comparado aos mesmos gostos da

intelectualidade não significa muito...

Responder

AdolfoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:11

Equanto temos essa expressividade exacerbada de signos relacionados aos excessos do

sexo, drogas etc, no Brasil são quase 700,000 pessoas com HIV. 30.000 novos caos todo

mes. O Assunto é serio mas colocado para debaixo do tapete. Assim como o alcolismo

está chegando em niveis alarmantes e corroendo todo um tecido social....hipocrisia dessa

sociedade de merda.

Responder

Romulo AndréPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:26

kkkkkkkk, olho esses comentários cheios de preconceitos, pois onde há preconceito a

sempre a visão de uma só direção, a cultura pelo visto é aquela culta, aquela que veio dos

padrões europeus, aquelas da igreja, e se fugimos desses padrões somos tachados de

sem cultura, agora acho que falta mais leitura sobre esse assunto, e menos preconceito,

todos vivemos em uma sociedade diferenciada, ainda mais no brasil que sua cultura é

diversificada, temos varias identidades, falta menos preconceito e ter a mente mais

aberta, pois é dificil vc enxergar algo olha apenas para uma direção.

Responder

Joan FeitosaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 19:18

o cúmulo da degradação musical...faz quadradim de 8, faz quadradim de 8, exploração

sexual pura, ver uma menina de C´ pra cima rebolando mostrando a Xereca é ridículo, e

pior passou agora pouco no Faustão, uma bixa fazendo o mesmo, e tem gente que acha

lindo.

Page 11: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

FernandoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 20:11

Pra dizer a verdade a musicas de hoje é de péssima qualidade, faça uma comparação

dos anos 50 a 80 ainda ouvíamos perolas, a midia de hoje só coloca lixo nos nossos

ouvidos, lamentável.

Responder

YuriPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 22:52

Nem toda a pressão cultural do mundo vai me fazer largar meu Black Metal underground

com os meus amigos. Essa industria do fast music é uma engrenagem insana que quer a

tudo engolir.

Responder

Felipe LeitePOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 23:06

Na sociedade do capital o lazer é uma mercadoria que potencializa a alienação. Junto com

a busca do lucro fácil em torno da juventude, temos também a disseminação de valores

típicos de uma sociedade em crise. Nesse sentido, se por um lado constatamos o

extermínio da juventude pobre das periferias, por outro, constatamos a captura ideológica

por parte da juventude de classe média ao paraíso da alienação e da despolitização. É

isso que o capitalismo tem a oferecer para nossa juventude.

Responder

BeatrizPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 23:35

Eu acho que ele pode falar tudo o que quiser de indústria cultural, mas não entre em

questões estéticas. A opinião pessoal de alguém não é critério pra justificar uma tese de

doutorado. Poder-se-ia ter feito um trabalho semelhante com a indústria cultural por trás

da música erudita, mas resolveu-se atacar o forró porque ele é considerado pelo autor

"música de segunda categoria".

Responder

EURIVALDO SILVAPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 23:52

A CULPA E DA MIDIA QUE ABRE ESPAÇO PRA TUDO QUE NAO PRESTA , EM

RELACAO AO ASSUNTO AS BANDAS DE FORRO EM SUA MAIORIA TOCAM TUDO

MENOS FORRO , MAS DE UM MODO GERAL A POBREZA MUSICAL ESTA

ESTAMPADA NO RADIO E NA TV , E O PROCESSO DE IMPURROTERAPIA

Responder

HadassaPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 01:29

Essa discussão sobre o valor cultural e artístico colocado em certas manifestações

musicais permeou boa parte dos últimos séculos. Ao contrário do que se acredita, os

concertos de música erudita nem sempre foram nos moldes de hoje, onde um grupo

seleto de pessoas vai em trajes adequados admirar as melodias ali interpretadas, por

muitas décadas os concertos foram local de balburdia, onde as pessoas de diferentes

classes iam para comer, namorar, conversar, gritar quando a música ficava excitante etc.

A música sempre serviu para o homem manisfestar-se de alguma forma, e considerando

que este possui um lado depravado, sedento por prazer e nenhum pouco elegante, logo,

existe músicas que falam sobre isso. Assim como as velhas dores de cotovelo e todos os

clichês românticos. A indústria potencializa isso, induz, mas a existência dela não é o fator

preponderante a nada. Curioso mesmo é a disposição das palavras, enquanto num MPB

você canta "Se acaso me quiseres sou dessas mulheres que só dizem sim", num

reggaeton canta-se "Piri-pi-piri-piguete". Sexo por sexo, prazer por prazer, tudo isso é

marca registrada da música ao longo das décadas, mas de fato, é melhor ser um objeto

na letra de Chico Buarque. Cada um escute o que julgar melhor e deixem os outros

fazerem o mesmo.

Page 12: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

ClarycePOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 08:56

Dizer que bossa nova era musica de playboy eu acho que esse ai nao entende de nada

mesmo , a bossa nova foi criada por estudantes que moravam em apartamentos muito

pequenos e que eles passavam a noite cantando baixinho para os vizinhos nao escutarem

, coisa que quem vem do forro de lata e do fank e outros ritmos nao fazem mais porque

hoje quando mais som e quanto mais encomodar os vizinhos melhor , eu cantei em banda

de forro por muitos anos , devo confessar que certas musicas eu pedia as dançarinas pra

cantar no meu lugar porque me recusava a cantar , o povo gosta de merda ,e sao poucos

os que tem bom gosto musical mais cada cabeça um mundo to feliz to morando fora do

Brasil aqui nao tenho a desfortuna de escutar musica ruim.Quantas vezes os bestas

ficam idolatrando as bandas de forro e os musicos e cantores rindo deles , e eles nem

sabem ,se bem que musicos ganhar bem com banda de forro dificil e em geral mais no

forro aonde eu vivi muitos anos so quem ganha dinheiro ès os cantores depedendo de

quem for , os donos de banda os musicos tem vez nao ....o povo fica inchendo o bolso

deles de dinheiro pagando show e perdendo noite de sono ..e deixando eles ainda mais

ricos perdi muita noite de sono cantando bons momentos em familia ....pra enricar o bolso

dos donos de banda e dos empresarios e quem gosta de musica ruim nao tenho nada a

dizer cada um com seu cada um , mais enquanto voces ficam vendo show de muitos

deles eles estao rindo de voces kkkkkkk

Responder

VanderveldePOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 09:44

Pensando na degradação da música atual consumida no Brasil e, principalmente, na

Bahia, "garimpei" das minhas reminiscências um diálogo que mantive com o amigo

músico/compositor/psicólogo Christian Mangue. Realmente, conforme afirmado pelo

colega de melodia e ideias, o país vive uma crise de subjetividade. O "eu" do homem

médio atual é um "rei sem trono". O povo vive reduzido ao consumismo exacerbado... os

detentores dos meios de produção surrupiam a liberdade, a igualdade, redundando numa

violência aos incautos, que vitimados pelo transe mesmerista, padecem viciados pelo ópio

da ignorância. Para comprovar o que afirmo, entre diversos exemplos, basta "abrir os

ouvidos" aos modismos musicais hodiernos. Assim, a título de reflexão, aconselho uma

imersão no excerto do imortal Fernando Pessoa, que assevera: "O ideal do artista

influenciador é alto na proporção em que ele tem consciência do seu mister, na proporção

em que tem consciência do seu papel de influenciador de gerações futuras, e da sua

missão de quem deve deixar perenemente aumentado o patrimônio espiritual da

humanidade. Os poetas antigos tinham esta consciência; a decadência dela entre os

modernos, substituída pela ânsia da popularidade imediata, apanágio finalista das artes

inferiores, é um dos mais fortes sintomas da nossa degradação moral (espiritual). "

Responder

LuizPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 09:46

Texto elitista do caramba. Luiz Gonzaga já foi considerado "degenerado" também. Não se

faz trabalhos acadêmicos pra ver se algo é "degenerado" ou não, isso é um simples juízo

de valor, não é estudo. Ele vai se doutorar em que? Elitismo? Como estudioso da área das

artes eu tenho vergonha desse tipo de estudo. Não vou nem entrar nas raízes racistas do

termo "degenerado"...

Responder

JonasPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:34

Ótimo comentário. E pelo jeito em nenhum momento foi citada a qualidade

musical dos integrantes das bandas, que é inegável e impressionante em alguns

casos. O "Bonde Do Forró" e o "Aviões Do Forró", por exemplo, tem

instrumentistas tão virtuosos e criativos quanto muitos de outros de estilos

elitizados, é só observar atentamente as linhas de baixo e de bateria para ver que

o que os caras fazem não é nada fácil.

Inseto DaMataPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:23

Como falar de uma decadência sem analisar a historia da música popular por completo?

E quanto ao contexto social de outras eras em relação ao da contemporaneidade? Então

nenhuma dessas temáticas nunca foram massificadas durante a historia da música no

Page 13: Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira

Responder

mundo?Então a decadência se dá por uma mudança de motivação dos compositores na

hora de produzir? O que os motivou em outras épocas? A busca da comunicação com o

público é sinal de decadência e porquê? Como definir, quando se trata de cultura, a

superioridade de determinadas produções?São questões interessantes e que a não foram

citadas...

Responder

JonasPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:25

O cara faz um doutorado, provavelmente pago pelo governo, citando vários autores

renomados, para concluir algo que todos já sabem e que pouco acrescenta. Em que

mundo vocês vivem doutores elitistas? Há uma grande lacuna entre a realidade e a

academia. É por essas e outras que a ciência não é levada a sério no Brasil.

Responder

josielPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:38

Eu prefiro ouvir as musicas da decada. De oitenta que foi a melhor fase da.musica

mundial que ouvir esse lixo de hoje dias é so pra analfabeto ouvir essas merdas de hoje

nao sabe nem escrever uma letra que preste so pode nao tem cerebro como vai esvrever

uma canção boa é o fim dos tempos as musicas de hoje dia so faz.influenciar as meninas

virar bebe e uns otarios se achar que é rico tomando o wisk pegando carro alugado pra

pegar as mulheres burrras manda elas casar com eles ver a realidade vao passar fome

primeiramente quem é pley boy de verdade nao chega nem perto de forro e de funk kkkkk

so for hmas antas metido play boy que vivem no mundo de bob

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