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Texto Sobre Escala e Cartografia Texto Base do Blog:ALMEIDA, Lucia Marina Alves de, RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da Globalização. São Paulo: Ática, 2010, p 67 – 75TRANSCRIPT
A representação do espaço geográfico: linguagem cartográfica e leitura de mapas
Na hora de viajar é sempre útil ter um mapa da região que vamos visitar ou das estradas
que vamos percorrer. Muitas vezes no dia a dia também precisamos consultar um mapa
ou um guia da cidade para localizar uma rua ou um bairro. Para ler um mapa ou uma carta,
precisamos conhecer a linguagem cartográfica.
IjTipos de mapas ou cartas Os mapas e as cartas são o resultado visível da re
presentação do espaço geográfico pela cartografia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís
tica (IBGE), "mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos ou político-administrativos, destinada aos mais variados usos — temáticos, culturais e ilustrativos".
O I B G E considera "carta a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais — paralelos e meridianos —, com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, em grau compatível com a escala".
Portanto, basicamente a diferença entre as duas representações está na escala utilizada para a sua construção. Os mapas são desenhados em escala menor e contêm representações mais generalizadas. Essas características podem ser observadas, por
Mapa geral: Brasil político
OCEANO ATLÂNTICO
EQUADOR
exemplo, no mapa do Brasil, no mapa-múndi, no mapa da Europa. As cartas são construídas em escalas maiores. Por isso, são mais precisas e mostram muito mais detalhes, como as cartas náuticas, as cartas cadastrais urbanas e as de navegação aérea.
Quanto a finalidade, os mapas e as cartas podem ser classificados em:
» Gerais: contêm informações sobre temas variados (divisão política, cidades, rios, montanhas, etc). Geralmente são elaborados em escala pequena.
» Temáticos: fazem referência a um determinado aspecto da geografia. Em geral, os mais utilizados são os mapas topográficos, que mostram detalhes do relevo terrestre. Entre outros mapas temáticos, podemos citar os mapas climáticos, demográficos, geológicos e os que representam impactos ambientais. Veja, por exemplo, o mapa abaixo.
» Especiais: atendem às necessidades de profissionais de diferentes áreas, como geólogos e meteorologistas, fornecendo informações técnicas bastante específicas, como as cartas náuticas, aeronáuticas, militares, e os mapas meteorológicos, entre outros.
Quanto à representação, os mapas e as cartas po
dem ser:
» Planimétricos: sem representação do relevo.
» Planialtimétricos: com representação do relevo.
De acordo com a escala, podemos classificar os ma
pas e as cartas em:
» Cadastrais: com escala até 1:25 000.
» Topográficos: com escala de 1:25 000 até 1:250 000.
» Geográficos: com escala de 1:1 000 000 e escalas
menores.
2)A linguagem dos mapas Na representação da superfície terrestre, os cartó
grafos usam uma linguagem própria — a linguagem
dos mapas ou linguagem cartográfica. Por meio dos
mapas podemos obter informações sobre o fenó
meno geográfico representado e tirar nossas pró
prias conclusões.
Leitura e reflexão CARTOGRAFIA, T E R R I T Ó R I O E PODER: DIMENSÃO T É C N I C A E P O L Í T I C A NO USO DE MAPAS
Imagem representativa da natureza visível, o
mapa é a construção mais lógica e rigorosa do
mundo das imagens. Há, contudo, quem pense que
seja obra apenas de especialistas e acessível a
poucas pessoas. Mas, ao longo da História, o mapa
tem sido objeto de usos mais diversos, sobretudo
no campo político e militar. Não é, portanto, de
estranhar que o mapa também sirva para fazer a
guerra. Sua maior utilidade, porém, é para
promover a paz, diminuir a discórdia e informar a
todos os cidadãos indistintamente sobre a
especificidade do território que eles habitam.
0 mapa tem, portanto, várias d imensões e,
entre elas, a que mais inibe as pessoas quanto ao
seu uso e leitura é a sua dimensão técnica.
Quaisquer que sejam os recursos util izados na
sua confecção — se desenhados à mão ou em
computadores, pela cartografia multimídia
interativa —, os mapas são um precioso recurso
para muitas áreas do conhecimento.
Para as pessoas, de modo geral, quando se
fala em mapa, imediatamente um mundo
misterioso e fantasioso lhes vem à mente.
Provavelmente seja por causa das muitas lendas
que ainda estão associadas aos mapas. Nesse
universo imagético, o mapa é um dos atores mais
interessantes e não menos misteriosos. Quem já
não ouviu falar do mapa da "Ilha do Tesouro"
Ique inspirou o escr i tor escocês Robert Louis
Stevenson a redigir uma das obras de ficção mais
lidas do f inal do século XIX), do "mapa da mina" ,
do "mapa do mundo encantado" ou até mesmo
do "mapa do mundo da utopia* " ?
Por causa dessa aura que envolve o mapa é
que se criou em torno dele e, sobretudo, em torno
da cartografia, uma série de estereótipos, dentre
os quais o mais difundido é o que diz que o mapa
"é uma coisa ao alcance de pouca gente". Isso
decorre talvez do fato de serem muitas as
histórias que têm o mapa como personagem cheio
de enigmas e mistérios. E, sobretudo, do fato de o
mapa ser um documento que, realmente, pode
esconder tesouros ao alcance de poucas pessoas
— aquelas que, conhecendo o seu valor político e
informacional, monopolizam-no. Nesse sentido,
e le ja não é mais apenas um desenho, mas um
precioso instrumento que testemunha a existência
de riquezas incalculáveis, geográficas e não
geográficas. Apenas por esse lado, o mapa já
fascina mais que mi l palavras.
Mapa, tesouro inestimável 0 mapa — principal produto da cartografia
— sempre despertou em todo o tempo, em todos
os lugares e em todas as pessoas interesses
diversos, dentre os quais o mais almejado foi fazer
dele um poderoso instrumento de poder, conquista
e dominação. Essa talvez seja a sua dimensão
política mais conhecida. E não poderia ser
diferente. Tanto no passado como no presente,
nos livros didáticos, nos atlas escolares
mais simples, nas publicações de grande
prestígio, como os atlas nacionais e regionais
luxuosamente publicados em países ricos como
Suécia, Suíça, Estados Unidos, entre outros, nas
revistas especial izadas e, sobretudo, nos
gabinetes dos altos comandos, militares ou não,
o mapa adquire as mais diversas feições: por
momentos não passa de um simples croqui
pedagógico aparentemente " ingénuo", mais
adiante já é um documento "técnico" reservado
a "especial istas", na surdina é segredo de
Estado, que só pode ser visto e utilizado por
comandantes e executivos de grandes
corporações militares ou civis.
Qualquer que seja a utilidade que se
lhe atribua, o mapa conserva, contudo, uma
virtude que ninguém pode lhe subtrair: ser um
tesouro inestimável nas mãos de quem quer que
seja. Isso porque ele tem o dom de mistificar,
criando em torno de si uma aura de mistério e
mito, que poucos meios de comunicação são
capazes de fazê-lo. 0 mapa encanta e
desencanta as pessoas ao mesmo tempo. Encanta
quem, através dele, "viaja" pelos mais recônditos
confins, cheios de mistérios jamais imaginados;
desencanta quem só quer vê-lo apenas como um
instrumento de poder e cobiça; encanta, quando é
elaborado como se fosse uma obra de arte;
desencanta, quando é portador de mensagens
falsas, mesmo que graciosamente elaborado.
Nesse caso, o mapa é uma faca de dois gumes:
serve como instrumento de dominação para quem
o criou; desinforma e desorienta quem o utiliza.
(Adaptado de texto de Antonio Teixeira Neto,
publicado no Boletim Goiano de Geografia,
v. 26, n. 2, jul./dez. 2006, p. 50.)
Agora responda às questões:
Os mapas podem ser utilizados tanto para
fazer a guerra como para fazer a paz. Justi
fique essa afirmativa através de exemplos.
H Identifique três áreas do conhecimento
que usam mapas para realizar suas
pesquisas.
Além da projeção e da escala, para a interpre
tação cartográfica, devemos considerar a orientação
indicada e a legenda.
A escala no mapa A escala pode vir expressa em um mapa de duas
maneiras:
Escala numérica. Representada por uma fração,
na qual o numerador indica a distância no mapa, e o
denominador indica a distância na superfície real.
Por exemplo, a escala 1:100 000 (lê-se: escala um por
cem mil) significa que a superfície representada foi
reduzida 100 mi l vezes. Nesse caso, então, 1 cm no
mapa = 100 000 cm = 1 km, na realidade.
Escala gráfica. Linha reta graduada, na qual se
indica a relação da distância real com as distâncias re
presentadas no mapa. Por exemplo:
0 100 200 300 400 km
1 c m - 100 k m
A fórmula para calcular a distância real entre dois
pontos em um mapa é:
D = E • d
D: distância real
d: distância no mapa
E: escala
Portanto, em um mapa cuja escala é 1: 200 000, a
distância em linha reta entre dois pontos é de 20 cm
(pode ser medida com a régua). Qual a distância real
entre esses pontos?
D = 200 000 • 20 = 4 000 000 cm ou 40 km
Para saber a distância no mapa, usamos a fórmula a seguir:
d = D : E
d = 4 000 000 : 200 000 = 20 cm
Quanto maior a escala, menor a área representada, o que permite a visualização de maior quantidade de detalhes. A s escalas grandes (por exemplo, 1:5 000) geralmente são usadas para representar a planta de uma cidade, de uma propriedade rural , de u m prédio. Já o mapa-múndi e os mapas murais são elaborados em escala pequena (1:5 000 000). Os mapas com escala média (1:100 000) representam regiões, estados ou países.
O mesmo lugar pode ser representado em escalas diferentes, como nos mapas ao lado.
Conforme a escala utilizada, podemos ler uma maior ou menor quantidade de detalhes em um mapa. Observe.
Orientação, legenda e símbolos usados nos mapas
A maior parte dos mapas apresenta a rosa dos ventos ou uma seta indicando o norte. De modo geral, quando não há essa indicação, convencionou-se que o norte está na parte superior do mapa.
A legenda é a chave para a leitura dos símbolos ou convenções cartográficas, que são o conjunto de sinais, figuras e cores que aparecem nos mapas e por meio dos quais podemos interpretar as informações que eles contêm.
Os símbolos cartográficos são estabelecidos por convenção universal. Podem representar aspectos físicos, humanos, sociais e económicos e outras realizações do ser humano no espaço geográfico. Permitem estabelecer relações entre esses aspectos e chegar a importantes conclusões.
Veja a seguir como se convencionou representar nos mapas aspectos físicos importantes como as condições atmosféricas, a hidrografia e o relevo.
Para representar as condições atmosféricas, são utilizadas várias linhas, como as isotermas, que unem pontos de igual temperatura, e as isoietas, que unem pontos de igual precipitação. O comportamento das temperaturas e das chuvas em um lugar pode ser representado por gráficos denominados climogramas*, que veremos com mais detalhes no capítulo 12.
Londres em diferentes escalas
L i Okm 10 km /
Onhiles \10
' Wktford Enfield n
\Bartfiet D
Edgware Finchley
Wembley
Trafale
Walthamsíow
" ' City Greenwich Buckinghao
Richmond Wahdsworth r> , Bexley
^ Kingston upon Thames
Epsom Croydon
Places of hiterest i Regions/si)bu»bS^*<—S~~*yff!>
' B
Este mapa foi elaborado em escala pequena. Por isso, mostra poucos detalhes — apenas nomes de oceanos, mares, ilhas e das cidades
J maiores.
E S C A L A 0 10
Este mapa está numa escala muito maior. Podemos ver as principais estradas que saem de Londres e os nomes de muitos subúrbios, locais de interesse e aeroportos.
Ctapi-Í kl
Esta é uma planta das ruas do centro de Londres. A escala é suficientemente grande para mostrar pormenores.
Temperatura em julho
As cores planimétricas (preto, vermelho, azul e verde) representam elementos que não envolvem altitude.
» O preto indica cidades, casas, vilas, limites políticos e ferrovias.
» O vermelho indica rodovias e correntes marítimas quentes.
» O azul indica presença de água ou a hidrografia: oceanos, lagos, rios, mares, correntes marítimas frias.
» O verde indica todos os tipos de vegetação.
Tanto o relevo terrestre como o relevo submarino podem ser representados de várias formas — por cores (altitude), hachuras, blocos-diagramas —, porém as mais usadas são as curvas de nível e o perfil topográfico.
As cores convencionadas pela CIM (Carta Internacional do Mundo) para mostrar as altitudes são as hipsométricas (verde, amarelo, marrom, violeta, violeta escuro e branco), que indicam as cotas acima do nível do mar, e as batimé-tricas (tons de azul), que indicam as cotas abaixo do nível do mar.
Topografia e curvas de nível A técnica utilizada para analisar o relevo do solo
e que representa as diferenças de altitude por meio de curvas de nível é chamada de topografia. A imagem resultante desse processo é a carta topográfica, muito usada em projetos de engenharia, agronomia, ar-quitetura e urbanismo.
As curvas de nível, também chamadas isoípsas, são linhas que unem pontos de igual altitude na superfície representada. Os intervalos existentes entre essas linhas são equidistantes, isto é, têm sempre a mesma medida.
A interpretação das curvas de nível exige o conhecimento de algumas noções básicas: » Quanto maior a declividade* do terreno representa
do, mais próximas são as curvas de nível; na representação de terrenos pouco íngremes ou planos elas são mais afastadas.
» Entre duas curvas de nível há sempre a mesma diferença de altitude.
» Pontos situados na mesma curva de nível têm a mesma altitude.
» Os rios nascem nas áreas mais altas e correm para as áreas mais baixas.
Curvas de nível
/
Fonte: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.
Carta topográfica
Fonte: Adaptado de Atlante Geográfico Metódico De Agostini, 2007-2008. Novara: Istituto Geográfico De Agostini, 2007.
Perfil topográfico A interseção da superfície do solo com o plano ver
tical que passa em determinada região é o perfil topográfico. Esse tipo de representação possibilita perceber os altos e baixos do relevo no corte horizontal da carta que representa a região.
É possível desenhar o perfil topográfico de uma área com base nas curvas de nível traçadas. Os perfis mostram mais detalhes do que os mapas porque utilizam uma escala horizontal e outra vertical.
Em um perfil estão representadas: » a altura: dimensão vertical; » a forma das encostas e a declividade: dimensão hori
zontal;
» a orientação: indicada pelos pontos cardeais; » a escala horizontal: geralmente igual à do mapa re
presentado; » a altitude: escala vertical.
Veja as representações a seguir.
Região Norte: relevo
Formas de relevo | | Planalto [ 1 Depressão • Planície
Tipos de rocha
Ff±3 Cristalina 1.*. Sedimentar Planaltos 1 - Amazónia oriental 2 - Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba 3 - Planalto e chapada dos Parecis 4 - Planaltos residuais Norte-Amazônicos 5 - Planaltos residuais Sul-Amazônicos
Depressões 6-Amazón i a ocidental 7 - Norte-Amazônica 8 - Sul-Amazônica 9 - Araguaia-Tocantins
10 - Tocantins Planícies 11 - Rio Amazonas 12 - Rio Araguaia 13 - Planície e Pantanal do rio Guaporé 14 - Planícies e tabuleiros l itorâneos
Região Norte: perfil do relevo
Altitude Planaltos residuais ( m ) N o r t e - A m a z ô n i c o s
2 000 '
1 500
| Rochas cristalinas
I Rochas sedimentares I antigas I Rochas sedimentares i recentes
1 000
Fonte: Adaptado de Ross, Jurandyr. Relevo brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do Departamento de Geografia. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, n. 4, 1990.
Questões para reflexão
"Uma vez que a geografia é uma ciência que se preocupa com a organização do espaço, para ela o mapa é utilizado tanto para a investigação quanto para a constatação de dados. A cartografia, a geografia e outras disciplinas, como a geologia e a biologia, caminham paralelamente para que as informações colhidas sejam representadas de forma sistemática e, assim, se possa ter a compreensão 'espacial' do fenómeno investigado."
(Adaptado de Rosângela Doin de Almeida e
Elza Y. Passini. O espaço geográfico: ensino e
representação. São Paulo: Contexto, 2006. p. 16.)
a) Apresente duas situações em que você utilizou mapas geográficos para alcançar seus objetivos.
b) Que importância têm os mapas para a geografia?
A Diferencie mapas gerais de mapas temáticos.
£^ "Um conjunto de curvas de nível define corretamente o relevo quando a sua densidade é tal que a altitude de qualquer ponto do terreno pode ser obtida, com a precisão desejada, através de uma simples interpolação linear entre duas curvas contíguas."
(Maria dei Carmen Granell-Pérez. Trabalhando geografia com as cartas topográficas. Ijuí:
Ed. Unijuí, 2001. p. 54.)
a) Que outro nome recebem as curvas de nível?
b) O que as curvas de nível permitem definir?
c) Que tipo de profissional está associado ao uso das curvas de nível?
2̂ Identifique elementos do mapa abaixo e
responda às questões:
a) Dê um título ao mapa.
b) Tipo de escala
c) O que o mapa representa? d) Distância real entre Salvador e Fortaleza
e) Um estado situado a leste e um estado situado a sudeste em relação ao Piauí
f) É um mapa geral ou temático? Explique.
^ Sobre escalas, responda:
a) De que forma podemos representá-las? b) Por que não podemos representar um
continente na mesma escala que representamos uma cidade?
^ Imagine que uma construtora pretenda construir um parque de diversões na c i dade onde você mora. Caso ela precise conhecer uma área pequena com muitos detalhes, será mais adequado usar uma escala pequena ou grande? Justifique.
Glossário
Climograma: gráfico que uti l iza as coordenadas cartesianas para representar a quantidade de precipitação e as temperaturas de uma localidade, medidas em uma estação meteorológica.
Declividade: grau de inclinação de u m a superfície.
Utopia: projeto que é fruto de u m ideal ou de u m sonho, que se torna impraticável.