tg alexandre iwamoto

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS FATEC PROFESSOR JESSEN VIDAL ALEXANDRE IWAMOTO PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS COM CRIANÇAS UTILIZANDO VISÃO COMPUTACIONAL São José dos Campos 2015

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Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Tecnologia São José dos Campos, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Tecnólogo em Banco de Dados.

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  • FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SO JOS DOS CAMPOS

    FATEC PROFESSOR JESSEN VIDAL

    ALEXANDRE IWAMOTO

    PREVENO DE ACIDENTES DOMSTICOS COM

    CRIANAS UTILIZANDO VISO COMPUTACIONAL

    So Jos dos Campos

    2015

  • ALEXANDRE IWAMOTO

    PREVENO DE ACIDENTES DOMSTICOS COM

    CRIANAS UTILIZANDO VISO COMPUTACIONAL

    Trabalho de Graduao apresentado

    Faculdade de Tecnologia So Jos dos

    Campos, como parte dos requisitos

    necessrios para a obteno do ttulo de

    Tecnlogo em Banco de Dados.

    Orientador: Me. Giuliano Araujo Bertoti

    So Jos dos Campos

    2015

  • iii

    Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP)

    Diviso de Informao e Documentao

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA

    IWAMOTO, Alexandre. Preveno de acidentes domsticos com crianas utilizando viso

    computacional. 2015. 56f. Trabalho de Graduao FATEC de So Jos dos Campos:

    Professor Jessen Vidal.

    CESSO DE DIREITOS

    NOME DO AUTOR: Alexandre Iwamoto

    TTULO DO TRABALHO: Preveno de acidentes domsticos com crianas utilizando viso

    computacional

    TIPO DO TRABALHO/ANO: Trabalho de Graduao / 2015.

    concedida FATEC de So Jos dos Campos: Professor Jessen Vidal permisso para

    reproduzir cpias deste Trabalho e para emprestar ou vender cpias somente para propsitos

    acadmicos e cientficos. O autor reserva outros direitos de publicao e nenhuma parte deste

    Trabalho pode ser reproduzida sem a autorizao do autor.

    Alexandre Iwamoto

    Rua So Jorge, n 279, Santana

    CEP 12212-010 So Jos dos Campos So Paulo

    IWAMOTO, Alexandre

    Preveno de acidentes domsticos com crianas utilizando viso computacional.

    So Jos dos campos, 2015.

    56f.

    Trabalho de Graduao Curso de Tecnologia em Banco de Dados, FATEC de So Jos dos

    Campos: Professor Jessen Vidal, 2015.

    Orientador: Mestre Giuliano Araujo Bertoti.

    1. reas de conhecimento. I. Faculdade de Tecnologia. FATEC de So Jos dos Campos:

    Professor Jessen Vidal. Diviso de Informao e Documentao. II. Ttulo

  • iv

    Alexandre Iwamoto

    PREVENO DE ACIDENTES DOMSTICOS COM

    CRIANAS UTILIZANDO VISO COMPUTACIONAL

    Trabalho de Graduao apresentado

    Faculdade de Tecnologia So Jos dos

    Campos, como parte dos requisitos

    necessrios para a obteno do ttulo de

    Tecnlogo em Banco de Dados.

  • v

    Dedico ao meu pai Teruo (in memorian),

    minha me Margarida, minha esposa Lria e aos

    meus filhos Monique e Patrick.

  • vi

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo ao professor e orientador Giuliano Bertoti, por todo o apoio durante o curso,

    pela sua dedicao como professor, pela sua orientao durante a realizao desse trabalho e

    pela sua amizade como pessoa.

    Agradeo a todos os professores da Fatec pela dedicao como mestres e por

    compartilharem seus conhecimentos, experincias e amizade. Agradeo tambm a todos os

    funcionrios que se dedicam para que tenhamos condies de aprender.

    Agradeo por cada pessoa que conheci, por cada um que se tornou meu amigo e por

    cada companheiro que lutou lado a lado durante o tempo que estivemos juntos. Agradeo pelo

    apoio, incentivo e companheirismo daqueles que chegaram juntos at aqui.

    Agradeo aos meus pais, que me ensinaram a ter carter e por me ajudarem a ser quem

    sou hoje. Agradeo a minha esposa e companheira pelo apoio e incentivo nas horas difceis e

    por sua compreenso. Igualmente agradeo a meus filhos pela fora e por serem a minha

    motivao em cada esforo empreendido.

    Agradeo a meus pastores pelas oraes e pelo revestimento espiritual sobre minha vida.

    E sobre todas as coisas, agradeo a Deus que tem me sustentado at aqui, com sade,

    fora e sabedoria, suprindo todas as minhas necessidades em cada rea da minha vida.

  • vii

    Talvez no tenhamos conseguido fazer o

    melhor, mas lutamos para que o melhor fosse

    feito. No somos o que deveramos ser, mas

    Graas a Deus, no somos o que ramos.

    Martin Luther King Junior

  • viii

    RESUMO

    Todos os anos milhares de crianas na idade pr-escolar so vtimas de acidentes

    domsticos em seus prprios lares, e muitos so graves e at letais para as mesmas. A grande

    maioria desses acidentes pode ser evitada se houver um monitoramento eficaz de suas aes

    prximo as reas de perigo. O objetivo desse trabalho utilizar o conceito da viso

    computacional para o desenvolvimento de um sistema de monitoramento e alerta aos pais em

    casos de situaes de risco. Para esse desenvolvimento utilizou-se o HTML5 e bibliotecas de

    viso computacional em JavaScript, alm da integrao com redes sociais para o sistema de

    alerta. No foi necessria nenhuma implementao de hardware especfica para esse trabalho,

    pois o sistema utiliza apenas webcams comuns, sendo todo o processamento realizado via

    software. Por meio deste trabalho constatou-se que possvel implementar uma soluo simples

    e verstil utilizando a Viso Computacional para auxiliar na preveno desses acidentes.

    Palavras-Chave: Acidentes Domsticos com Crianas; Viso Computacional; Tracking.js;

    Twitter.

  • ix

    ABSTRACT

    Every year thousands of children in pre-school age are victims of domestic accidents in

    their own homes, and many of these accidents are serious and even lethal for then. Most of

    these accidents can be avoided if there is an effective monitoring of their actions near the areas

    of risk. The aim of this work is to use the concept of computer vision to develop a monitoring

    system that alerts the parents in cases of risk. For this development it was used the HTML5 and

    computer vision libraries in JavaScript, and in addition the integration with social networks for

    warning system. No implementation of specific hardware is required for this work because the

    system uses only common webcam, with all processing being done via software. Through this

    work it was concluded that it is possible to implement a simple and versatile solution using

    Computer Vision to help preventing these accidents.

    Keywords: Domestic Accidents with Children; Computer Vision; Tracking.js; Twitter.

  • x

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 2.1 Quantidade de bitos por tipo de acidente ........................................................... 16

    Figura 2.2 Risco de afogamento ............................................................................................ 17

    Figura 2.3 Risco de envenenamento ...................................................................................... 18

    Figura 2.4 Perigo de queda de alto nvel ............................................................................... 19

    Figura 2.5 Deteco facial ..................................................................................................... 24

    Figura 2.6 Controle por meio de cores .................................................................................. 25

    Figura 2.7 Deteco de cores em vdeo ................................................................................. 26

    Figura 3.1 Diagrama de casos de uso do sistema .................................................................. 27

    Figura 3.2 Diagrama de sequncia do sistema ...................................................................... 28

    Figura 3.3 Arquitetura do sistema ......................................................................................... 29

    Figura 3.4 Download da biblioteca tracking.js ..................................................................... 30

    Figura 3.5 Exemplo de utilizao da biblioteca .................................................................... 31

    Figura 3.6 Funo que registra a cor amarela no sistema ...................................................... 32

    Figura 3.7 Primeiro bloco do mtodo principal ..................................................................... 33

    Figura 3.8 Segundo bloco do mtodo principal ..................................................................... 34

    Figura 3.9 Fluxograma da funo de deteco por cor.......................................................... 35

    Figura 3.10 Interface com boto Twitter para fazer login ..................................................... 36

    Figura 3.11 Registro da aplicao que utilizar a API do Twitter ......................................... 37

    Figura 3.12 Configurao das chaves de acesso ao Twitter .................................................. 37

    Figura 3.13 Mtodo principal de login com o Twitter ........................................................... 38

    Figura 3.14 Configurao bsica da API do Twitter ............................................................. 39

    Figura 3.15 Mapeamento facial ............................................................................................. 40

    Figura 3.16 Trecho de cdigo que configura a deteco facial ............................................. 40

    Figura 3.17 Fluxograma da funo de deteco facial .......................................................... 41

    Figura 3.18 Aplicativo detectando a aproximao via reconhecimento facial ...................... 42

    Figura 4.1 Equipamentos utilizados ...................................................................................... 43

    Figura 4.2 Distncia entre a posio inicial da criana e a cmera ....................................... 44

    Figura 4.3 Campo focal direcionado para respeitar a altura da criana ................................ 44

    Figura 4.4 Definio da cor no aplicativo ............................................................................. 45

    Figura 4.5 Alertas enviados aps a deteco ......................................................................... 47

    Figura 4.6 Aplicativo sendo executado em dispositivo mvel .............................................. 48

    Figura 4.7 Teste com dois smartphones ................................................................................ 49

    Figura 4.8 Smartphone monitorando ponto de risco ............................................................. 49

    Figura 4.9 Aparelho recebendo notificaes ......................................................................... 50

  • xi

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 4.1 Distncia mdia no momento do reconhecimento por cor..........................45

    Tabela 4.2 Medies das distncias no momento do reconhecimento facial................46

  • xii

    SUMRIO

    1- INTRODUO .................................................................................................................. 13

    1.1- Motivao ...................................................................................................................... 13

    1.2- Problema ........................................................................................................................ 14

    1.3- Proposta de Soluo ....................................................................................................... 14

    1.4- Organizao do Trabalho ............................................................................................... 15

    2- REVISO BIBLIOGRFICA .......................................................................................... 16

    2.1- Acidentes domsticos com crianas .............................................................................. 16

    2.2- Viso Computacional .................................................................................................... 19

    2.2.1- Bibliotecas para desenvolvimento de aplicaes CV ............................................. 22

    2.2.2- Exemplos de aplicaes CV ................................................................................... 22

    2.2.2.1- Deteco de faces, olhos e boca numa imagem ................................................. 23

    2.2.2.2- Jogo com controle de movimentos utilizado cores ............................................ 24

    2.2.2.3- Deteco de cores em um vdeo ........................................................................ 25

    2.2.3- Aplicao no corrente trabalho ............................................................................... 26

    3- DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 27

    3.1- Requisitos do sistema .................................................................................................... 27

    3.2- Arquitetura do sistema ................................................................................................... 28

    3.3- Mdulo de Viso Computacional .................................................................................. 29

    3.4- Mdulo de interface com o cliente ................................................................................ 35

    3.5- Mdulo de envio de alerta ............................................................................................. 36

    3.6- Deteco facial .............................................................................................................. 39

    4- RESULTADOS ................................................................................................................... 43

    4.1- Ambiente de experimentao ........................................................................................ 43

    4.1.1- Ferramentas utilizadas .......................................................................................... 43

    4.1.2- Espao fsico da experimentao .......................................................................... 44

    4.2- Experimentao do prottipo 1 ...................................................................................... 45

    4.3- Experimentao do prottipo 2 ...................................................................................... 46

    4.4- Anlise dos resultados ................................................................................................... 46

    3- CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................ 51

    5.1- Contribuies e Concluses ........................................................................................... 51

    5.2- Trabalhos Futuros .......................................................................................................... 52

    REFERNCIAS ..................................................................................................................... 53

  • 13

    1- INTRODUO

    Este captulo tem por objetivo apresentar a motivao do objeto em estudo, as causas e

    consequncias do problema apresentado e propor uma soluo para o mesmo. Este captulo

    dividido em: Motivao, Problema e Proposta de Soluo.

    1.1- Motivao

    Culturalmente os acidentes so percebidos como situaes inevitveis, no desejadas

    pelas pessoas e at acredita-se que nunca haver a ocorrncia do mesmo. Porm, quando se

    enfrenta um acidente e reflete-se como aconteceu, descobre-se que poderia ter sido evitado. A

    Organizao Mundial de Sade (OMS) define acidente como um acontecimento casual que

    independe da vontade humana, ocasionado por um fator externo que origina dano corporal ou

    mental (SCHVARTSMAN, 1984).

    Quando se trata de um lar com crianas na idade pr-escolar, a probabilidade de

    ocorrerem acidentes graves com as mesmas aumenta muito, devido falta de percepo das

    mesmas frente s situaes de risco, descuido dos pais, ambientes mal projetados e muitos

    outros fatores. Nos Estados Unidos, em 1989, aproximadamente 2.700 crianas, abaixo de 14

    anos, morreram como resultado de infortnios acontecidos no interior das residncias

    (JONES,1993). Na frica do Sul, a intoxicao com produtos qumicos, especialmente o

    querosene, um dos acidentes mais comuns em crianas, principalmente nas menores de 3 anos

    e, em estudos realizados, estimou-se que pelo menos 16.000 crianas so hospitalizadas

    anualmente (YACH, 1994).

    Segundo pesquisa sobre o assunto, realizada pelo Ministrio da Sade em 2006, no

    Brasil foram registrados 8.309 casos de atendimentos de acidentes com meninos e meninas

    entre 0 e 9 anos. J em 2007, esse nmero subiu para 10.687. Quedas foram a causa de 10.166

    acidentes envolvendo crianas somando os dois anos. Na cidade de So Paulo, e demais cidades

    no litorneas, os acidentes em piscinas representam a quase totalidade dos casos de

    afogamento (MALTA, 2009).

    Segundo dados do Departamento Cientfico de Segurana da Criana e do Adolescente

    da Sociedade Brasileira de Pediatria, todos os anos, 5,3 mil crianas morrem vtimas de

    acidentes domsticos no Brasil. Neste pas as queimaduras representam a quarta causa de morte

    e hospitalizao, por acidente, de crianas e adolescentes de at 14 anos. As causas mais comuns

    so a escaldadura (queimadura por lquidos quentes) sendo a principal causa em menores de 5

    anos, o contato com fogo e objetos quentes (as queimaduras por chamas so mais graves,

    atingem maior extenso e profundidade da pele), a queimadura provocada por substncias

  • 14

    qumicas, a queimadura por exposio eletricidade (os acidentes por fios e aparelhos eltricos

    acometem mais as crianas menores de 5 anos) e a exposio excessiva ao sol (SBP, 2014).

    Todos esses dados reforam quo problemtico um lar desprovido de recursos para

    preveno de acidentes com crianas na idade pr-escolar, pois as mesmas so muito ativas

    nessa fase, e esto sempre explorando todas as reas da casa, tornando um pequeno descuido

    por parte dos pais, em situaes de alto risco e at fatais para si prprias.

    1.2- Problema

    Os altos ndices de acidentes domsticos com crianas.

    1.3- Proposta de Soluo

    Solues para diminuir os riscos de acidentes e monitorar as aes de uma criana dentro

    de um ambiente podem ser encontradas utilizando elementos de preveno, com uma grande

    aliada, a tecnologia (SIMO, 2007). Com ela pode-se fazer uso de sistemas integrados,

    mapeamento digital, domtica (automao de residncias), sistemas sem fio e utilizao de

    dispositivos portteis como tablets e smartphones para implementar uma soluo. A soluo

    proposta por meio deste trabalho implementar uma aplicao para monitoramento utilizando

    os conceitos da viso computacional, que so em resumo um conjunto de mtodos e tcnicas

    por meio dos quais sistemas computacionais so capazes de interpretar imagens

    (WANGENHEIN, 2007) (THACKER, 2008), e aplic-la de modo efetivo na preveno de

    acidentes domsticos com crianas.

    A viso computacional utiliza algoritmos de anlise de imagens obtidas por cmeras

    normais, que conseguem, via software, informar alteraes, mudanas e movimentos em

    ambientes monitorados pelas mesmas (THACKER, 2008) (WILSON, 1995). Na rea mdica a

    viso computacional tem sido utilizada para se fazer anlises de movimento, e aplicada

    principalmente em estruturas de imagem mdica e no campo de anlise de movimento do corpo

    humano (KAMBHAMETTU, 1994), (BAUMBERG, 1995), (GAVRILA, 1999), (TAVARES,

    2000) (AGGARWAL, 2004). Com os recentes avanos tecnolgicos, a captura, transferncia e

    processamento de imagens em tempo real podem ser implementadas em sistemas de hardware

    cada vez mais comuns e usuais (JAYNES, 1996).

    A anlise de movimento atravs da viso computacional tem sido aplicada em vrias

    reas, tais como: em sistemas de segurana (CUCCHIARA, 2000), diagnsticos e estudos

    clnicos (MCINERNEY, 1996), (TAVARES, 2000), (CORREIA, 2001) e realidade virtual em

    animaes (GLEICHER, 1999). A utilizao de imagens que tem variao temporal tambm

  • 15

    tem sido aplicadas na prtica em anlise do trfego rodovirio, na previso das condies

    atmosfricas analisando o movimento das nuvens, no estudo do movimento dos lbios para se

    obter sua leitura, ou em anlise das deformaes de materiais (GRIMSON, 1994).

    Nesta proposta de soluo ser feito uso da viso computacional para monitorar reas

    de risco criana, pretendendo detectar movimento e aproximao da mesma prxima a esses

    locais e alertar o responsvel, como uma maneira de prevenir e evitar um acidente (SIMO,

    2007).

    1.4 Organizao do Trabalho

    Este trabalho est organizado nos seguintes captulos, que so apresentados a seguir:

    O Captulo 2 apresenta a reviso bibliografia e fundamentao terica utilizada. Seu

    contedo o resultado das pesquisas que fundamentam este trabalho.

    O Captulo 3 descreve como foi desenvolvida a proposta de soluo, sua arquitetura,

    seu funcionamento e sua aplicao.

    O Captulo 4 a documentao dos resultados obtidos atravs da experimentao desse

    trabalho, incluindo tambm dificuldades e consideraes sobre o modelo proposto.

    O Captulo 5 apresenta as consideraes finais deste trabalho. Constam contribuies e

    propostas de trabalhos futuros.

  • 16

    2- REVISO BIBLIOGRFICA

    Este captulo tem como objetivo descrever dois pontos que sero as bases para o

    desenvolvimento desse trabalho: os acidentes domsticos e a viso computacional.

    Na seo 2.1 sero descritos os acidentes domsticos com crianas, suas causas,

    consequncias e seus nmeros, e no tpico 2.2 apresentado o conceito de viso computacional

    e exemplificado sua utilizao.

    2.1- Acidentes domsticos com crianas

    Numa viso mais abrangente, em 2008 um nmero estimado em 793 mil crianas abaixo

    de 19 anos morreu de leses sofridas em acidentes em todo o globo. Dentro da faixa de idade

    entre 5 e 14 anos, mais de um quarto de todas as mortes foram em razo de acidentes com leso.

    Mais de 95% de todas essas mortes infantis ocorreram nos pases subdesenvolvidos e em

    desenvolvimento. Em 2010, nos Estados Unidos, 8.684 crianas abaixo de 19 anos morreram

    de leses e a taxa de morte foi 23,29 por 100 mil crianas (SAFEKIDS, 2014).

    Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, todos os anos 5,3 mil crianas

    morrem vtimas de acidentes e 140 mil so hospitalizadas (CRIANA SEGURA, 2014).

    Pesquisas de 2006 e 2007 feitas no Brasil, utilizando uma base de cem mil crianas da

    faixa etria de 1 a 15 anos, revelam que, do total de bitos por acidentes, 40% so causados por

    acidentes de trnsito. Os 60% restantes so causados por acidentes domsticos dentro da prpria

    residncia. A Figura 2.1 representa graficamente os nmeros obtidos por essas pesquisas.

    Figura 2.1- Quantidade de bitos por tipo de acidente

    Fonte: CRIANA SEGURA (2014)

  • 17

    Dentro da faixa etria os acidentes esto divididos da seguinte forma: 40%

    aproximadamente do total concentra-se entre 0 a 4 anos, 27% entre 5 a 9 anos e os 33% restantes

    na faixa de 10 a 14 anos (RELATRIO CRIANA SEGURA, 2014).

    Depois dos acidentes de trnsito, os afogamentos, ou aspirao de lquido causado por

    submerso, so a segunda maior causa de morte em crianas de 1 a 9 anos. Crianas que esto

    aprendendo a andar podem cair em baldes, banheiras, vasos sanitrios e morrerem nesses locais

    (CORPO DE BOMBEIROS, 2014).

    No menos comuns so acidentes ocorridos em piscinas, com o crescimento do aparato

    nas residncias. A Figura 2.2 ilustra esse risco cotidiano em muitos lares.

    Fonte: BLOGSEGURANCATOTAL (2013)

    Assim como os afogamentos, o envenenamento ou intoxicao de crianas pela ingesto

    de cosmticos, produtos de limpeza, medicamentos, raticidas e inseticidas tem tambm uma

    Figura 2.1 Risco de afogamento Figura 2.1 Risco de afogamento Figura 2.2 Risco de afogamento

  • 18

    grande fatia dentro dos ndices de acidentes domsticos. Essa modalidade de acidente atinge

    aproximadamente 26.000 crianas todos os anos no Brasil, sendo que deste nmero uma mdia

    de 1200 vo parar em hospitais e 75 falecem (CRESCER, 2014). A Figura 2.3 ilustra esse tipo

    de acidente.

    Figura 2.3 Risco de envenenamento

    Fonte: ANCONAENGENHARIA (2014)

    Outro perigo iminente para as crianas dentro de uma casa so as quedas, principalmente

    em locais que possuem escadas ou diferenas de nvel entre os cmodos, como ilustrado na

    Figura 2.4, que podem levar a leses, incapacitao fsica e at a morte. O nmero de mortes

    por quedas quando se refere a crianas, concentra o maior nmero na faixa entre 5 e 9 anos

    (WHO, 2004).

  • 19

    Figura 2.4 Perigo de queda de alto nvel

    Fonte: GUIAINFANTIL (2014)

    2.2- Viso Computacional

    A viso computacional (Computer Vision CV) a rea da cincia que extrai

    automaticamente informaes teis de imagens, utilizando mtodos, sistemas e teorias. Essas

    imagens podem ser capturadas por cmeras, scanners ou outros dispositivos. Aplicaes que

    envolvem um sistema de viso computacional, tem como objetivo a anlise ou a interpretao

    de imagens, para obter-se uma descrio que contenha informaes suficientes para distinguir

    entre diferentes objetos de interesse, de forma confivel, requerendo o mnimo de interveno

    humana (PEDRINI E SCHWARTZ ,2008) (THACKER, 2008) (JAYNES, 1996).

  • 20

    A viso computacional abrange vrios temas, e utilizada em vrias reas e aplicaes,

    se relacionando com outras disciplinas, como por exemplo a rea mdica, aeronutica ou

    industrial, tornando-se com isso uma rea sem uma frmula padro de como se fazer, estudar

    ou pesquisar (SOUSA, 2010) (GRIMSON, 1994) (AGGARWAL, 2004). Num breve resumo

    pode-se definir que a viso computacional um conjunto de mtodos e tcnicas por meio dos

    quais sistemas computacionais so capazes de interpretar imagens (WANGENHEIN e

    COMUNELLO, 2007) (PULLI, 2012) (SHAH, 2002).

    Como a maioria dos sistemas computacionais, a viso computacional tambm busca a

    interpretao e o processamento baseando-se no funcionamento da viso humana e como isso

    interpretado pelo crebro. O sentido da viso pode ser considerado o meio mais eficiente e

    importante de que o ser humano dispe para captar as informaes originadas no ambiente que

    o cerca, como deteco, localizao, reconhecimento e interpretao de objetos sua volta

    (OLIVER, 2000) (SUN, 2008).

    Para se explorar eficientemente os recursos de sistema de processamento de imagens, o

    conhecimento de como reage o sistema visual humano e de algumas tcnicas disponveis para

    melhor adequar a imagem aplicao se fazem necessrias (SUN, 2008). Com isso pode-se

    concluir que a imagem em sua forma digital pode tornar possvel uma melhor acuidade do

    sentido da viso (FACON, 2005) (PEDRINI e SCHWARTZ, 2008).

    Segundo estudos sobre o sistema visual humano , o complexo sistema biolgico que

    permite ao homem a interpretao da radiao eletromagntica do espectro visvel, e a elevada

    quantidade de padres que os sistemas visuais orgnicos so capazes de processar fazendo a

    devida assimilao e adaptaes contnuas do sistema (AGGARWAL,2004) (FACON, 2005)

    (SUN, 2008), tornam o desempenho da viso computacional ainda distante da viso humana ,

    mesmo com o conhecimento cientfico e tecnolgico disponvel, devido s restries no tempo

    de respostas. Porm quando instrumentos convencionais de medio no podem ser utilizados

    em medies sem contato, devido ao tamanho reduzido dos objetos analisados, ou devido a sua

    complexidade geomtrica, sistemas de viso computacional so extremamente teis

    (FELICIANO, 2007).

    Baseado na capacidade humana de processamento e interpretao de grandes

    quantidades de imagem, as aplicaes de imagem estimulam o desenvolvimento de tcnicas e

    dispositivos, de modo a estender esta sua capacidade e sensibilidade ainda mais (OLIVER,

    2000). Um sistema baseado em viso, pode ser dividido em mdulos, seja num sistema tcnico

    ou biolgico. Esses mdulos resumidamente incluem os seguintes componentes: Uma fonte de

    radiao, uma cmera, um sensor e uma unidade de processamento. Sem uma fonte de radiao

  • 21

    proveniente da cena ou objeto de interesse nada pode ser observado ou processado, ou seja,

    necessria uma iluminao apropriada. A cmera o que coleta a radiao recebida e pode

    foc-la. O sensor o que converte o fluxo de radiao recebida para um sinal que possa ser

    processado posteriormente. A unidade de processamento que extrai a informao til, que

    pode ser mensurada e ser categorizada em classes, para tomada de decises posteriores

    (JHNE, 1999).

    Basicamente sistemas de viso computacional utilizam tcnicas de processamento

    digital de imagens, o qual para realizar um reconhecimento deve extrair caractersticas dos

    objetos da imagem e usar algum tipo de inteligncia computacional para proceder distino

    entre os objetos (MA, 2004) (WREN, 1998) (YILMAZ, 2006) (PULLI, 2012) (OLIVER, 2000).

    Neste caso no fundamental obter valores exatos destas caractersticas, por outro lado, em

    sistemas utilizados para inspeo a preciso se faz necessria (FELICIANO, 2007).

    Pode-se dividir os processos de anlise e reconhecimento de objetos em imagens at a

    aplicao de uma inteligncia prpria em trs nveis: baixo, mdio e alto-nvel. Os processos

    de baixo-nvel so operaes que buscam a melhoria das imagens obtidas por intermdio de

    operaes primitivas, como reduzir rudos, melhoria de contraste e utilizao de cmeras com

    boa resoluo. J os processos de nvel-mdio envolvem a manipulao das caractersticas da

    imagem propriamente dita, e por meio das mesmas obter-se padres de reconhecimento,

    utilizando operaes como a segmentao (decomposio da imagem em regies) ou

    classificao (reconhecimento dos objetos na imagem). Quanto aos processos de alto-nvel, os

    mesmos esto relacionados com as tarefas de cognio associadas viso humana, procurando

    entrelaar as aes e reaes biolgicas ao mecanismo da viso computacional (MARENGONI,

    2009).

    Ainda no existe nenhum modelo genrico de percepo visual que possa ser aplicado

    totalmente na prtica. Apesar do conhecimento sobre o funcionamento da percepo visual nos

    animais, o mesmo no suficiente para que se possa utilizar tcnicas de redes neurais para

    modelar ou imitar a percepo visual biolgica. Na prtica, quando se faz necessria a resoluo

    de uma tarefa que utilize o processamento e interpretao de imagens, utiliza-se um conjunto

    de algoritmos bastante especficos e os mesmos realizam sub processos que ainda so bem

    limitados na vasta gama de utilizaes em que se os aplicam (AGGARWAL, 2004)

    (GHEISSARI, 2006). Esses algoritmos so divididos em grupos como filtros de contraste,

    detectores de bordas de objetos, segmentadores de imagens em regies, classificadores de

    texturas e assim por diante. Na maioria dos casos, um problema pode ser resolvido utilizando

    uma integrao desses algoritmos que funcionar para um conjunto de imagens com

  • 22

    caractersticas muito especficas, mas que podem deixar de funcionar em outros casos

    (WANGENHEIN e COMUNELLO, 2007) (THACKER, 2008).

    Rastreamento de objetos visuais em ambientes complexos uma tarefa desafiadora e

    algoritmos complexos so necessrios para implementao desse recurso (COMANICIU,

    2000) (GHEISSARI,2006) (WREN, 1998). Diversas variveis influenciam nas implementaes

    utilizando o rastreamento, como mudanas de iluminao, ocluses, mudanas de ponto de

    vista, cmeras mveis e movimentos de objetos (RYMEL, 2004) (LEUNG, 2006). Apesar da

    complexidade de implementao dos algoritmos de rastreamento de objetos em cenas, essa

    uma tarefa de grande importncia dentro da viso computacional e a base para aplicaes que

    envolvem reconhecimento baseado em movimento, vigilncia automatizada, interao homem

    computador, monitoramento de trfego, navegao automotiva entre outras (YILMAZ, 2006).

    Contudo, mesmo que a viso computacional se encontre nos seus primrdios e que a

    grande maioria de suas solues e abordagens ainda tratada como objeto de pesquisas, a

    aplicao da mesma engloba vrios enfoques, podendo ser utilizada em solues prticas e

    especficas, como em inspees automatizadas em linhas de produo para prover o controle

    de qualidade, at em tentativas de criar modelos genricos de percepo visual atravs de

    modelagens de processos cognitivos da viso, baseados em anlises de como isso processado

    nos animais superiores (WREN, 1998) (WANGENHEIN e COMUNELLO, 2007) (OLIVER,

    2000).

    2.2.1- Bibliotecas para desenvolvimento de aplicaes CV

    Existem vrias bibliotecas para desenvolvimento de aplicaes utilizando a viso

    computacional. Uma delas o tracking.js, uma biblioteca que possui vrios algoritmos de uso

    integrado com web browsers. Ela utiliza modernas especificaes HTML5, que possibilitam

    sua utilizao em aplicaes que faam uso da deteco em tempo real de cores, deteco facial,

    deteco de aproximao e movimento, entre muitas outras. possvel utilizar essa biblioteca

    para criao de inmeros algoritmos para as mais diversas aplicaes, sejam elas apenas para

    anlises de imagens, como para controlar outras aplicaes utilizando cores, formas ou

    movimentos.

    2.2.2- Exemplos de aplicaes de CV

    A viso computacional vem sendo utilizada em diversas reas, como em processos de

    anlise de smen humano, reconhecimento e digitalizao de faces humanas, medies

    computadorizadas das dimenses de peas, rastreamento de pontos para detectar intrusos,

  • 23

    anlise de alteraes estruturais em clulas, entre outras (SHAH, 2002) (SOUSA ,2010). O

    crescente avano da tecnologia digital, associada ao desenvolvimento de novos algoritmos, tem

    permitido um nmero maior de aplicaes, como por exemplo, em anlise de imagens

    capturadas por meio de microscpios pticos ou eletrnicos, beneficiando reas que variam

    desde a biologia at a metalurgia. A demanda crescente na automatizao de tarefas

    tradicionalmente executadas por seres humanos tem favorecido o desenvolvimento de sistemas

    para reconhecimento de padres (WREN, 1998) (PEDRINI e SCHWARTZ, 2008) (SERRE,

    2010) (OLIVER, 2000).

    A viso computacional aplicada em medies e inspees oferece exatido e repeties

    sucessivas em medies sem contato, porque consegue eliminar aspectos como subjetividade,

    fadiga, lentido e custo, associados inspeo humana (FELICIANO, 2007) (GRIMSON,

    1994).

    A medicina uma das grandes beneficiadas pelos avanos das tecnologias de viso

    computacional, conseguindo por meio de tcnicas de processamento, anlise e extrao de

    informaes em imagens, estabelecer diagnsticos mais precisos. O aumento no ndice de

    acerto nos diagnsticos tem feito com que a utilizao de sistemas baseados em viso

    computacional cada vez se torne mais interessante (SOUSA, 2010) (SERRE, 2010).

    2.2.2.1- Deteco de faces, olhos e boca numa imagem

    Na Figura 2.5 pode-se observar uma aplicao para mapeamento facial, em uma imagem

    obtida de uma cmera web comum, sendo feita em tempo real utilizando-se um navegador de

    Internet.

  • 24

    Figura 2.5 Deteco facial

    Fonte: TRACKINGJS (2014)

    2.2.2.2- Jogo com controle de movimentos utilizando cores

    Na Figura 2.6 pode-se observar um jogo que faz uso da deteco e anlise de cores, e

    seu algoritmo capaz de distinguir as cores obtidas por intermdio da cmera web e utiliz-las

    para controlar o movimento da nave.

  • 25

    Figura 2.6 Controle por meio de cores

    Fonte: TRACKINGJS (2014)

    2.2.2.3- Deteco de cores em um vdeo

    A aplicao da Figura 2.7 ilustra o uso da deteco de cores, que podem ser configuradas

    num painel ao lado, em um vdeo sendo exibido em tempo real. Os delineadores acompanham

    o movimento dos objetos de acordo com as cores configuradas.

  • 26

    Figura 2.7 Deteco de cores em vdeo

    Fonte: TRACKINGJS (2014)

    2.2.3- Aplicao no corrente trabalho

    Os exemplos ilustrados anteriormente possuem uma importncia relevante na

    implementao desse trabalho, pois sero mdulos explorados durante o desenvolvimento da

    proposta de soluo, aplicados ao contexto de deteco. Os mtodos que a biblioteca possui

    podem ser facilmente adaptados, feitas as devidas configuraes, e serem utilizados de acordo

    com a necessidade dentro da aplicao.

  • 27

    3- DESENVOLVIMENTO

    Esse captulo visa explanar a implementao do sistema de preveno de acidentes com

    crianas, sua arquitetura, seu funcionamento e seus mdulos principais. Ele est dividido em:

    requisitos do sistema, arquitetura do sistema, mdulo de viso computacional, mdulo de

    interface com o cliente e mdulo de envio de alerta.

    3.1- Requisitos do sistema

    Basicamente, o sistema implementado dever possuir as seguintes funcionalidades:

    - Um mdulo de Login com o Twitter;

    - Um mtodo de obteno de imagens em tempo real;

    - Um mdulo para processar e analisar as imagens obtidas;

    - Uma funo para detectar um objeto alvo na cena;

    - Uma funo para disparar um evento aps a confirmao de deteco;

    - Um mdulo para envio de notificao ao usurio autenticado.

    Para uma melhor compreenso das funcionalidades desse trabalho, o diagrama de casos

    de usos do sistema ilustrado na Figura 3.1.

    Figura 3.1 Diagrama de casos de uso do sistema

    Fonte: AUTOR (2015)

  • 28

    A sequncia de funcionamento do sistema ilustrada no diagrama de sequncia da Figura

    3.2.

    Figura 3.2 Diagrama de sequncia do sistema

    Fonte: AUTOR (2015)

    3.2- Arquitetura do sistema

    O sistema de monitoramento e preveno de acidentes com crianas utilizar

    basicamente uma cmera de computador, como tambm permitir o uso das cmeras embutidas

    em smartphones ou em outros dispositivos mveis, e do software baseado em CV.

    Foram desenvolvidos dois prottipos de software, utilizando-se HTML5, e a biblioteca

    tracking.js em JavaScript. Para envio do alerta utilizou-se a Interface de Programao de

    Aplicativos (Application Programming Interface - API) do Twitter em PHP. A Figura 3.3

    apresenta a arquitetura do sistema.

  • 29

    Figura 3.3- Arquitetura do Sistema

    Fonte: AUTOR (2015)

    3.3- Mdulo de Viso Computacional

    Para se utilizar a biblioteca tracking.js e fazer uso dos recursos da viso computacional

    necessrio fazer o download no site de mesmo nome (TRACKING.JS, 2014) como ilustra a

    Figura 3.4.

  • 30

    Figura 3.4- Download da biblioteca tracking.js

    Fonte: TRACKINGJS (2014)

    O arquivo recebido um arquivo compactado que, ao ser descompactado no disco local,

    apresenta exemplos e dependncias para o cdigo fonte. Testes podem ser realizados

    localmente desde que seja utilizada alguma IDE com um servidor HTTP para carregar as

    pginas. A utilizao da biblioteca sobremaneira simples, bastando indicar o caminho como

    ilustra a Figura 3.5.

  • 31

    Figura 3.5- Exemplo de utilizao da biblioteca

    Fonte: AUTOR (2015)

    Feita essa etapa, deve-se definir qual o tipo de tcnica de rastreamento ser utilizado, ou

    seja, se esse rastreamento ser feito por formas, distncias, cores, movimentos, diferenas de

    relevo, etc. No sistema implementado, numa primeira instncia fez-se uso do rastreamento por

    cores, na qual o sistema analisa constantemente as imagens obtidas pela cmera e compara se a

    cor que se deseja detectar entrou no campo coberto pela mesma.

    Para que o algoritmo faa distino entre as cores, preciso ser feito um registro das

    cores, por meio de clculos que restrinjam a faixa na qual se encontra a cor desejada, dentro do

    padro RGB. O registro da cor amarela ilustrado na Figura 3.6.

  • 32

    Figura 3.6- Funo que registra a cor amarela no sistema

    Fonte: AUTOR (2015)

    No trecho de cdigo da Figura 3.6 feita uma comparao de valores cujo retorno a

    faixa em que se encontra o cdigo RGB referente a cor amarela. Esse mesmo cdigo foi

    implementado para as outras cores utilizadas na experimentao, alterando-se os valores de

    acordo com seu cdigo RGB, e com esse registro consegue-se torn-las utilizveis pelo mtodo

    de rastreamento.

    O mtodo principal que possui a funo de tracker por cor, pode ser dividido em dois

    blocos, sendo que o primeiro bloco ilustrado na Figura 3.7, recebe a opo escolhida pelo

    usurio e define a cor que vai ser analisada, criando uma varivel com essa configurao. J no

    segundo bloco que mostrado na Figura 3.8, essa varivel, que foi definida no bloco anterior,

    utilizada como parmetro dentro do mtodo que faz o rastreamento e anlise.

  • 33

    Figura 3.7- Primeiro bloco do mtodo principal

    Fonte: AUTOR (2015)

    A funo confirmColor da Figura 3.7 recebe a escolha feita pelo usurio por meio

    do dropdown da interface web e de acordo com a cor selecionada, inicializa, fazendo uso de um

    switch /case, a varivel tracker que contm o tipo de rastreamento a ser feito, nesse caso o

    rastreamento por cor, e a cor a ser rastreada. Essa varivel ser o parmetro do mtodo que faz

    o rastreamento das imagens obtidas.

  • 34

    Figura 3.8- Segundo bloco do mtodo principal

    Fonte: AUTOR (2015)

    O segundo bloco ilustrado na Figura 3.8 configura a funo tracking.track para

    rastrear dentro das imagens obtidas via vdeo a cor configurada na varivel tracker. A funo

    tracker.on inicia a varredura das imagens em busca da cor procurada e quando a encontra

    dispara um evento, que neste caso o envio de um alerta. A figura 3.9 ilustra por intermdio de

    um fluxograma a estrutura da funo.

  • 35

    Figura 3.9- Fluxograma da funo de deteco por cor

    Fonte: AUTOR (2015)

    3.4- Mdulo de interface com o cliente

    A interface principal foi implementada utilizando-se HTML e alguns scripts em

    JavaScript, para gerar o modal que permite a autenticao no sistema via login no Twitter. Essa

    autenticao se faz necessria para que o usurio possa receber automaticamente as

    notificaes. Isso foi feito colocando-se um boto de login do Twitter, o qual ilustrado na

  • 36

    Figura 3.10. Feita essa autenticao o usurio pode escolher a cor da roupa da criana, para que

    o sistema possa detectar a aproximao da mesma prxima a rea de risco. Procurou-se fazer

    uma interface simples, para fcil manuseio e carregamento rpido da pgina.

    Figura 3.10- Interface com boto Twitter para fazer login

    Fonte: AUTOR (2015)

    Os scripts em JavaScript foram utilizados para receber as aes dos botes, gerar o

    modal de configurao, e chamar as pginas PHP. Tambm os registros das cores utilizaram

    funes JavaScript, que permitiram configurar diretamente a biblioteca de viso

    computacional.

    3.5- Mdulo de envio de alerta

    Para o envio de alerta utilizou-se a API do Twitter. O API do Twitter permite que

    desenvolvedores criem os mais diversos aplicativos para a plataforma. Para fazer uso dessa API

    preciso criar uma conta no Twitter Apps (TWITTER, 2014) e fazer o registro do aplicativo

    que utilizar a API, como ilustra a Figura 3.11, para receber as chaves e tokens de acesso, que

    sero utilizados para autenticar as requisies na plataforma do Twitter.

  • 37

    Figura 3.11- Registro da aplicao que utilizar a API do Twitter

    Fonte: TWITTER (2015)

    Para fazer uso do boto de login com o Twitter utiliza-se as chaves de acesso e tokens

    gerados durante o registro da aplicao. Com esses dados possvel fazer a autenticao do

    usurio quando o mesmo clica no boto de login. A configurao das chaves e o mtodo

    principal do login so ilustrados nas Figuras 3.12 e 3.13 respectivamente.

    Figura 3.12- Configurao das chaves de acesso ao Twitter

    Fonte: AUTOR (2015)

  • 38

    Figura 3.13- Mtodo principal de login com o Twitter

    Fonte: AUTOR (2015)

    No mtodo da Figura 3.13, uma conexo criada enviando as chaves de acesso e tem

    como retorno os tokens confirmando a autenticao. Esses tokens ficam temporariamente

    armazenados na sesso do usurio.

    As chaves de acesso e tokens tambm so inseridas dentro do cdigo PHP que ir fazer

    as requisies para envio de mensagens no Twitter. O cdigo possui todas as configuraes e

    mtodos de envio de mensagem, sendo que o mtodo utilizado nesse projeto foi feito via POST

    atravs da url statuses/update, que atualiza o status atual do usurio autenticado, e tambm

    conhecido como tweet. A Figura 3.14 apresenta o cdigo de configurao das chaves de acesso

    e da mensagem a ser enviada.

  • 39

    Figura 3.14- Configurao bsica da API Twitter

    Fonte: AUTOR (2015)

    A Figura 3.14 ilustra a configurao para se fazer o POST, onde basicamente se tem a

    url do mtodo, o tipo de requisio e o vetor que ser enviado, que neste caso a mensagem

    que ir notificar o usurio.

    3.6- Deteco facial

    Para efeito de comparaes e anlises, foi implementado um segundo prottipo, com a

    mesma arquitetura e estrutura de funcionamento, modificando-se apenas o mdulo de anlise

    das imagens, fazendo o uso da funo de deteco facial, no lugar da identificao por cores,

    onde o funcionamento segue o princpio de mapear um rosto em formas geomtricas e

    logartmicas, e analisando esse mapa identificar os pontos em comum, como os dois olhos e a

    distncia entre eles, o nariz e seu comprimento, a boca, as bochechas e o queixo, limitando

    assim o formato da face e o espao ocupado por ela (MA, 2004) (WREN, 1998)

    (FACERECOGNITIONSOLUTION, 2015). A Figura 3.15 ilustra esse funcionamento.

  • 40

    Figura 3.15 Mapeamento facial

    Fonte: FACE RECOGNITION SOLUTION (2015)

    A Figura 3.16 mostra o trecho de cdigo que altera a funo de anlise das imagens

    obtidas, para que o algoritmo faa a deteco por meio das coordenadas dos pontos do rosto,

    utilizando a funo ObjectTracker da biblioteca.

    Figura 3.16 Trecho de cdigo que configura a deteco facial

    Fonte: AUTOR (2015)

  • 41

    O trecho de cdigo da Figura 3.16 mostra a criao da varivel tracker a qual

    configurada para ser um objeto de deteco facial e recebe os atributos que sero os parmetros

    do mtodo, como a densidade das arestas e a escala inicial. Feito isso, o mtodo

    tracking.track realiza a anlise das imagens obtidas para, por intermdio do mtodo

    tracker.on, disparar o evento que gerar o alerta. O fluxograma da Figura 3.17 mostra a

    estrutura bsica do cdigo.

    Figura 3.17- Fluxograma da funo de deteco facial

    Fonte: AUTOR (2015)

  • 42

    Quanto a interface, foi feita apenas uma pequena alterao, visto que nesse prottipo

    no necessrio fazer a configurao de cor, apenas o login com o Twitter. Para efeito de

    experimentao foi colocado um alerta na prpria pgina do aplicativo para indicar uma

    deteco feita com sucesso. A Figura 3.18 mostra o aplicativo em funcionamento.

    Figura 3.18 Aplicativo detectando a aproximao via reconhecimento facial

    Fonte: AUTOR (2015)

    Pode-se observar na Figura 3.18 que mesmo havendo outros objetos na cena analisada,

    o software faz a distino precisa entre os objetos e o rosto, e emite rapidamente um alerta ao

    detect-lo.

  • 43

    4- RESULTADOS

    O objetivo desse captulo apresentar os resultados obtidos pela utilizao do conceito

    da viso computacional aplicada preveno de acidentes domsticos com crianas.

    Este captulo est dividido da seguinte forma:

    - O ambiente de experimentao, que tem o intuito de descrever as ferramentas

    utilizadas, assim como as dimenses do espao fsico utilizado para os experimentos;

    - A experimentao do prottipo 1, que visa ilustrar a deteco atravs das cores;

    -A experimentao do prottipo 2, que mostra a deteco via reconhecimento facial;

    -A anlise dos resultados, que tem por objetivo fazer um comparativo entre ambos os

    prottipos.

    4.1- Ambiente de experimentao

    Para fazer a experimentao dos prottipos, foi necessrio adequar a situao a fim de

    simular um ambiente real, e utilizar algumas ferramentas, que no precisariam ser

    necessariamente as mesmas, para colher medies, verificar o sucesso e as falhas durante o

    processo.

    4.1.1- Ferramentas utilizadas

    Para essa experimentao, foram utilizados alguns equipamentos, que no necessitariam

    ser obrigatoriamente os mesmos, visto que a interface Web do aplicativo torna possvel uma

    maior flexibilidade em relao ao hardware a ser utilizado. Os equipamentos que foram

    utilizados durante a experimentao e testes podem ser observados na Figura 4.1.

    Figura 4.1 Equipamentos utilizados

    Fonte: AUTOR (2015)

  • 44

    4.1.2- Espao fsico da experimentao

    O experimento foi executado num cmodo de uma casa e a distncia entre a posio

    inicial da criana e a cmera foi medida, para observar por meio da distncia final o desempenho

    do aplicativo no reconhecimento da aproximao. A Figura 4.2 ilustra essa distncia inicial.

    Figura 4.2 Distncia entre a posio inicial da criana e a cmera

    Fonte: AUTOR (2015)

    Foi observado tambm a inclinao da cmera para que o campo focal capturado

    respeitasse a altura de uma criana, como observa-se na Figura 4.3.

    Figura 4.3 Campo focal direcionado para respeitar a altura da criana

    Fonte: AUTOR (2015)

  • 45

    4.2- Experimentao do prottipo 1

    Para efeito de comparao e coleta dados, os dois notebooks rodando o aplicativo com

    reconhecimento de cores foram colocados na mesma posio. A cor a ser rastreada definida

    no incio do aplicativo, como na Figura 4.4. Aps feito isso, vestiu-se a criana com uma roupa

    da respectiva cor e observou-se em qual distncia da cmera a cor foi reconhecida.

    Figura 4.4 Definio da cor no aplicativo

    Fonte: AUTOR (2015)

    Foram feitas 5 medies com cada cor para se obter a distncia mdia de

    reconhecimento de cada uma. Essas medies foram separadas por notebook (cmera) e so

    apresentadas na Tabela 4.1.

    Tabela 4.1 Distncia mdia no momento do reconhecimento por cor

    Notebook Azul Verde Vermelho Amarelo Rosa

    Notebook 1 1,45 m 1,52 m 2,50 m 1,80 m 2,38 m

    Notebook 2 2,50 m 2,40 m 2,50 m 2,50 m 2,50 m

    Fonte: AUTOR (2015)

    Pode-se observar que houve certa diferena entre as distncias utilizando o notebook 1

    e o notebook 2, devido as cmeras integradas dos mesmos. Observa-se tambm que a

    sensibilidade da cmera do notebook 2 mais aguada. Ocorreram tambm diferenas durante

    a experimentao devido a tonalidade das cores das roupas utilizadas e da iluminao do

    ambiente, por isso fez-se os testes com as janelas fechadas utilizando apenas a luz artificial do

  • 46

    cmodo, para padronizar a experincia. Em nenhum momento houve falha durante a deteco,

    apenas o atraso na resposta devido a estes fatores.

    4.3- Experimentao do prottipo 2

    Para experimentar o prottipo 2 utilizou-se o mesmo ambiente do prottipo 1, mas nesse

    caso a roupa da criana foi indiferente, visto que a deteco feita via reconhecimento facial.

    Nessa experimentao tambm foram utilizados os dois notebooks, para efeito de

    comparao, e observou-se certa diferena entre ambos, devido a desigualdade entre a

    sensibilidade dos mesmos, porm a discrepncia no foi to elevada como no prottipo 1. A

    Tabela 4.2 exibe as medies feitas com cada cmera.

    Tabela 4.2 Medies das distncias no momento do reconhecimento facial

    Notebook Medio 1 Medio 2 Medio 3 Medio 4 Medio 5

    Notebook 1 0,82 m 0,80 m 0,80 m 0,90 m 0,91 m

    Notebook 2 1,10 m 1,03 m 1,05 m 1,08 m 1,10 m

    Fonte: AUTOR (2015)

    Nesse prottipo observou-se que a distncia na qual o aplicativo fez a deteco ficou

    menor, mas tambm em nenhum momento houve a no deteco, ou falha durante as medies.

    4.4- Anlise dos resultados

    Aps ambas as experimentaes puderam ser observadas as caractersticas peculiares

    de cada prottipo, como tambm pontos em comum entre ambos. Observa-se na Figura 4.5 os

    alertas enviados para o Twitter, mdulo esse que teve a mesma eficcia em ambos os prottipos.

  • 47

    Figura 4.5 Alertas enviados aps a deteco

    Fonte: AUTOR (2015)

    O prottipo 1 mostrou-se eficaz em detectar a criana quando a mesma estava em

    distncia maiores, porm apresentou variaes no reconhecimento devido a fatores externos,

    como luminosidade do ambiente, tom de cor das roupas e da cmera utilizada. Devido a esses

    fatores, constatou-se que a preciso do reconhecimento pode variar conforme o ambiente em

    que for utilizado.

    J no prottipo 2, o reconhecimento feito quando a criana est mais prxima da

    cmera, sendo isso um ponto a ser analisado, porm esse prottipo mostrou-se estvel nas

    medies, independente dos fatores externos, salvo a diferena entre a sensibilidade das

    cmeras.

    Ambos os prottipos mostraram ser confiveis quanto a deteco, que no falhou em

    nenhum dos casos analisados. O mdulo de envio de notificaes tambm funcionou sem

    falhas, porm pode sofrer variaes no tempo de resposta devido a conexo utilizada.

  • 48

    Observou-se tambm a versatilidade do aplicativo, o qual funcionou sem problemas em

    smartphones, por se tratar de uma aplicao web, podendo-se fazer ainda a escolha de qual

    cmera utilizar, a frontal ou traseira. Na Figura 4.6 pode-se observar o aplicativo sendo

    executado num smartphone e sendo realizado uma deteco fazendo uso de sua cmera.

    Figura 4.6 Aplicativo sendo executado em dispositivo mvel

    Fonte: AUTOR (2015)

    A Figura 4.7 ilustra a utilizao de dois smartphones, sendo um deles para obteno de

    imagens atravs de sua cmera e o outro para receber as notificaes enviadas pelo aplicativo.

  • 49

    Figura 4.7 Teste com dois smartphones

    Fonte: AUTOR (2015)

    Na Figura 4.8, observa-se um dos smartphones rodando a aplicao e sendo utilizado

    para captar as imagens por meio de sua cmera frontal, simulando um ponto de risco a ser

    monitorado, exemplificando com isso a facilidade de utilizao da aplicao, que pode ser

    executada de qualquer dispositivo, seja ele mvel ou no, bastando para isso ter um navegador

    com acesso a uma webcam.

    Figura 4.8 Smartphone monitorando ponto de risco

    Fonte: AUTOR (2015)

  • 50

    A Figura 4.9 exibe as notificaes sendo recebidas pelo outro smartphone, mostrando

    com isso o correto funcionamento da aplicao tambm no quesito alerta. Numa situao real

    poderia ser utilizado o smartphone de um dos pais para monitorar a rea de risco e o outro para

    receber os alertas.

    Figura 4.9 Aparelho recebendo notificaes

    Fonte: AUTOR (2015)

    O aplicativo ao ser executado atravs do smartphone tambm apresentou deteces

    corretas, porm observou-se que a distncia entre a criana e a cmera ficou bastante reduzida,

    devido a diferena de sensibilidade da cmera e captao de luminosidade, como citado

    anteriormente, porm com a crescente melhoria das tecnologias empregadas na construo das

    cmeras, e o aumento de resoluo e qualidade das mesmas, esses obstculos tendem a ser

    minimizados gradativamente.

  • 51

    5- CONSIDERAES FINAIS

    O objetivo deste captulo apresentar as consideraes finais sobre a realizao deste

    trabalho. Nele so apresentadas contribuies, concluses, experincias durante o

    desenvolvimento e possveis trabalhos futuros que podem ser desenvolvidos com base nos

    resultados deste trabalho e na experincia obtida.

    5.1- Contribuies e Concluses

    As contribuies deste trabalho so:

    O desenvolvimento de uma aplicao web aplicando o paradigma Viso Computacional

    para monitorar a presena de crianas prximas a reas de risco dentro de uma casa.

    Quando essa proximidade detectada uma mensagem de alerta enviada para o

    smartphone do responsvel.

    O uso da biblioteca tracking.js, que permite a criao de um sistema utilizando a viso

    computacional na camada de viso e no no backend;

    O desenvolvimento de uma arquitetura para o sistema, baseado nos conceitos de viso

    computacional e redes sociais.

    A possibilidade de criar diferentes solues para deteco utilizando a mesma

    arquitetura.

    A utilizao do paradigma Viso Computacional, fundamentado na delegao de

    inteligncia prpria ao software e aos algoritmos de anlise, para detectar alteraes nas

    imagens capturadas de diferentes maneiras.

    A comparao e anlise dos resultados coletados para verificar a exatido e tempo de

    resposta dos pontos detectados.

    As seguintes experincias foram obtidas ao longo do desenvolvimento desse trabalho:

    A viso computacional pode ser utilizada para monitorar crianas prximas a reas de

    risco em uma casa sem a necessidade equipamentos especficos.

    possvel alertar os pais de uma criana em risco utilizando um sistema baseado em

    viso computacional e redes sociais, por meio de uma aplicao web.

    Pode-se utilizar vrios meios para detectar a aproximao da criana em locais

    perigosos, bastando trocar o algoritmo de anlise das imagens obtidas pelas cmeras,

    obtendo-se um sistema adaptvel e flexvel.

    possvel implementar sistemas com mecanismos complexos de forma simples,

    utilizando a biblioteca tracking.js.

  • 52

    O objetivo de implementar um sistema de monitoramento de baixo custo possvel de

    ser alcanado.

    Para haver uma preveno efetiva necessrio aliar outros meios de preveno ao

    sistema implementado.

    O paradigma Viso Computacional um conceito com um vasto leque ainda a ser

    pesquisado e que permite ser aplicado em vrias reas e em inmeras aplicaes.

    5.2- Trabalhos Futuros

    As contribuies alcanadas com este trabalho no encerram as pesquisas relacionadas

    questo de utilizao da viso computacional na preveno de acidentes domsticos com

    crianas, mas abrem oportunidades para alguns trabalhos futuros como:

    Implementar um mdulo de deteco por movimento, utilizando o tracking.js;

    Criar novos mdulos de alerta integrados a outras redes sociais;

    Desenvolver outros sistemas de alerta, como sinais sonoros ou visuais, tambm

    acionados pelo sistema web de monitoramento;

    Desenvolver sistemas de segurana e automao residencial utilizando os conceitos de

    viso computacional e Arduino;

    Criar jogos educativos para crianas utilizando o reconhecimento e controle baseado em

    cores;

    Utilizao do conceito de viso computacional nos sistemas de controle de trfego e

    sensores de velocidade;

    Criao de sistemas de alerta similares utilizando a viso computacional para evitar o

    esquecimento de crianas dentro de automveis;

    Criar ferramentas de acessibilidade para portadores de necessidades especiais utilizando

    o paradigma Viso Computacional;

    Utilizar a API do Twitter para envio de notificaes integrados a outros tipos de sistemas

    de monitoramento;

    Desenvolver ferramentas de leitura de cores utilizando a viso computacional para

    pessoas daltnicas.

  • 53

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