Ética e moral · intenção ética e norma moral •as normas são regras de carácter social que...
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EFA NSC P 5 _ D E O N T O L O G I A E P R I N C Í P I O S É T I C O S
2009/2010
Ética e Moral
Valores
No mundo contemporâneo o Homem já não segue
valores modelos mas cria os seus próprios valores em
função das suas necessidades. Como vivemos em
diferentes culturas e temos diferentes maneiras de
pensar então os valores vão ser diferentes no tempo e
no espaço.
Para além de sofrerem alterações, os valores também
são de natureza diversa: valores éticos; valores
religiosos; valores estéticos…
Quais são os valores mais importantes para o serhumano?
Os valores éticos destacam-se especialmente dos
outros valores, porque são eles que fundamentam os
nossos objectivos e planos de vida; nos orientam nos
nossos deveres perante nós próprios e perante os
outros.
Valores Éticos
• Os valores éticos têm ocarácter de exigências eimperativos absolutos.
• Dele desprende-se sempreum categórico “tu devesfazer” ou “tu não devesfazer”, isto ou aquilo;exigem, imperiosamente,que a consciência osatenda e os realize.
• Os valores éticos dirigem-se ao homem em geral, atodos os homens.
• Constituem uma normaou critério de conduta queafecta todas as esferas danossa actividade e danossa conduta da vida.
Ética e Moral
Ética - Trata-se de umadisciplina normativa que temcomo objectivo estabelecer osprincípios, regras e valores quedevem regular a acção humana,tendo em vista a sua harmonia.Num grande número de filosofiasestes princípios, regras e valoresaspiram a afirmarem-se como"imperativos" da consciência comvalor universal. A éticapreocupa-se não como oshomens são, mas como devemser. Em qualquer caso o homem éentendido como a autoridadeúltima das suas decisões.
Moral - Trata-se doconjunto de valores que umadada sociedade ao longo dostempos foi formando e que osindivíduos tendem a sentircomo uma obrigação que lhes éexterior.
Ética e Moral
Ética
Quando um comité de éticase debruça sobreproblemas como aeutanásia, a clonagem,tendo em vista oesclarecimento do que ébom, melhor ou aceitável– prática ética.
Moral
Quando de seguida,concretiza num cadernoas recomendações, oscódigos ou regulamentos aseguir – prática moral.
Ética e Moral
Moral
Decidimos abortar e
abortamos, logo
estamos no âmbito da
moral, porque
decidimos e agimos.
A moral é
essencialmente vivida
na medida em que
possui um carácter
prático imediato.
Ética
Depois quando
pensamos no acto
praticado com o intuito
de o avaliar, estamos no
domínio da Ética.
A ética é
essencialmente
pensada, logo é obra
essencialmente dos
filósofos.
ÉTICA
O objectivo da Ética não
é tanto a acção mas o que
guia a acção.
Pretende-se encontrar
uma justificação racional
que fundamente a acção e
as normas morais, ou seja
pretende-se orientar e
guiar a vida humana.
- Reflecte sobre os actos
humanos para determinar
se os princípios ou
critérios da acção são bons
ou maus. (reflecte sobre as
nossas acções).
MORAL
Conjunto de normas ou de regrasque regem os comportamentosdos indivíduos de modo aprocederem em harmonia com oque numa sociedade é tido comodever ou como bem.
Exemplo: Não matar, não roubar, não caluniar, ser solidário; cuidar dos inválidos, dos enfermos e das crianças; etc.
A moral é essencialmente “vivida”na medida em que possui umcarácter prático imediato.(vivência quotidiana).
Tem um carácter histórico: amoral evolui e modifica-se aolongo do tempo e do espaço. Porisso o qualificativo de moral ouimoral, referido a um determinadocomportamento, tem um carácterrelativo: o mesmo acto pode serconsiderado moral ou imoralconsoante a lei ou código moral aque o refiramos.
Intenção ética e Norma moral
• INTENÇÃO de umaacção é aquilo que leva oindivíduo a agir de umadeterminada forma.
• Uma acção não pode seravaliada como sendomoral ou imoral se nãoconhecermos a intençãoque a determina.
• NORMA é uma espéciede “lei” que indica aoindivíduo regras de acçãoou de conduta em relaçãoaos outros.
• Exemplo: não mentir.
Intenção ética e Norma moral
• As normas são regras de carácter social que pautam onosso modo de actuar, que dizem o que devemos fazer.
• Por referência às normas, aprendemos a distinguir obem do mal.
• O acto moral possui uma matéria (o quefazemos) e uma intenção (como fazemos).
• Uma acção só é moralmente boa se for boa quanto àmatéria e quanto à intenção com que é praticada.
Experiência Moral
• Quotidianamente somos confrontados com situaçõesem que temos que decidir sobre coisas que interferemna liberdade de outros.
• A simples coexistência coloca a questão da necessidadede cumprir normas. É por isso que nas nossas decisõestemos em conta valores, princípios, normas ouregras de conduta que impomos a nós mesmos,mas também esperamos que os outros as sigam ou pelomenos as aceitem.
Nós e os Outros
• É porque vivemos em sociedade que nos tornamospessoas.
• O conceito que formamos de nós mesmospressupõe a existência dos outros e aconvivência com eles.
• A moral ganha, por isso, uma dimensão social queobriga cada homem a reflectir, a avaliar-se em funçãodos outros homens e das outras vontades e a construiro seu eu moral.
Moral e Moralidade
• Dimensão pessoal• Tem a ver com o modo como
interiormente nos relacionamos com as normas socialmente estabelecidas.
• Dimensão social• As comunidades humanas
impõem aos seus membros umconjunto de normas morais, deforma a regular as suas acções erelações.
Moralidade
O modo como as pessoas queconstituem uma sociedadeacatam e cumprem as normasmorais impostas pelasdiferentes instituições que aconstituem.
Sujeito moralAssume as normas como suas e não como algo imposto pelaSociedade.
Eu, o Outro e as InstituiçõesQue formas podem assumir as nossas relações com os outros?
• Relações directas:• O outro identifica-se com
aquele com quem o euconvive presencialmente.Ex: familiares, amigos,colegas de trabalho, etc.
• Relações indirectas:• O outro pode assumir um
modo institucional.• Instituições são entidades,
práticas sociais e formas deorganização que,ordenadas e integradas noscostumes sociais,permanecem no tempocom o objectivo depromover a existência e arealização dos indivíduosnum mundo estruturado.Ex: Família, Escola,Estado, Igreja, etc.
Instituições e Código Moral
As instituições são as guardiãs da moral e dos bons costumes. São mecanismo sociais que controlam o funcionamento da sociedade e dos indivíduos.
Instituições
garantem
Vida Moral
gera
Liberdade e responsabilidade como fundamento damoralidade
• A possibilidade que o indivíduotem de poder escolher o seucaminho na vida constitui aliberdade.
• A liberdade e a consciênciaestão intimamenterelacionadas. Quando nãotemos escolha (liberdade) éimpossível decidir entre o beme o mal (consciência moral).Sendo assim só tem sentidojulgar moralmente a acção deuma pessoa se essa acção forpraticada em liberdade.
A partir do momento em quesomos livres de escolher entreesta ou aquela acção, tornamo-nos responsáveis pelo quepraticamos. É estaresponsabilidade que podeser julgada pela consciênciamoral do próprio indivíduo(consciência moral) ou dogrupo social (consciência civil).
Liberdade e responsabilidade como fundamento da moralidade
• Condições necessárias para que se seja moralmenteresponsável:
• Ter consciência das intenções e dasconsequências dos seus actos;
• As causas dos actos praticados pelo indivíduotêm que estar nele próprio e não noutro agenteque o força a agir contrariando a sua vontade, isto é,agindo sem ser coagido por outrem.
Liberdade e Responsabilidade
Só poderemos ser verdadeiramente livres se formoscapazes de responder pelas nossas acções e se tivermoscapacidade para suportar as suas consequências.
- Cada um de nós é livre de agir ou não agir segundo a norma moral.
O desrespeito pelas normas, é de nossa inteiraResponsabilidade.
“O homem está condenado
a ser livre”. J. P. Sartre
EFA NS
2009/2010G L Ó R I A P I M E N T A
Ética e Moral