tintas vernizes - lacas e esmaltes
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TINTAS,
VERNIZES,
LACAS E
ESMALTES
TINTAS
É muito difícil estabelecer uma data para o surgimento da tinta. Foi graças à incessante necessidade do homem expressar os seus pensamentos, emoções e a cultura de seu povo que ela foi descoberta. Desde a pré-história os homens já misturavam pigmentos naturais e usavam na decoração das cavernas. É uma substância geralmente líquida, constituída por resinas, solventes (ou água), pigmentos e aditivos.
RESINAS
Resina (ou ligante) : é a parte não-volátil da tinta, que
serve para aglomerar as partículas de pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. É ela responsável pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca. Outra função é a de proporcionar brilho, aderência, elasticidade e resistência.
Tipos : Sintéticas: alquídicas, vinílicas, celulósicas, ésteres de resina de pinho, epóxis, ureia-melamina, uretanas, estirenos fenólicas, hidrocarbonetos, poliésteres. Naturais: goma-laca, resina de pinho (colofonia) e outras.
PIGMENTOS
Pigmento: material sólido finamente dividido, insolúvel
no meio. Utilizado para conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos em pigmentos coloridos (conferem cor), não coloridos e anticorrosivos (conferem proteção aos metais). Tipos mais usados: dióxido de titânio, carbonato de cálcio (calcita), salicilato de magnésio, argila, corantes inorgânicos, sulfato de bário, mica, óxido de zinco, pó de zinco, zarcão, materiais metálicos (principalmente alumínio), carvão, corantes orgânicos e alvaiade.
SOLVENTES
Solventes (ou diluentes): líquido volátil, geralmente
de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos para dissolver a resina. São classificados em: solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos. Mais usados: cetonas, aromáticos, alifáticos, álcoois, éteres de glicóis, glicóis, produtos clorados, terpenos, etc.
ADITIVOS
Aditivo: ingrediente que, adicionado às tintas,
proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases da fabricação e conferir características necessárias à aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti-sedimentantes, niveladores, antipele, antiespumante, etc.
Existe uma série de características, que são desejáveis em uma tinta, e que podem variar
de acordo com a finalidade do produto. Mas, as principais características são:
Estabilidade: Não apresentando sedimentação, coagulação, empedramento, separação de pigmentos, sinéreses ou formação de nata, tal que não possa tornar-se homogênea
através de simples agitação manual;
Aplicabilidade: A tinta tem que se espalhar-se facilmente, de maneira que o rolo ou a trincha deslizem suavemente sobre a superfície. As marcas desses instrumentos devem
desaparecer logo após a aplicação da tinta, resultando em uma película uniforme;
Rendimento e Cobertura: O rendimento da tinta refere-se ao volume necessário para
pintar uma determinada área. A cobertura significa a capacidade da tinta em cobrir totalmente a superfície. Essas duas propriedades estão diretamente relacionados ao tipo, à
qualidade e à quantidade de resinas e pigmentos utilizados na formulação da tinta;
Durabilidade: É a resistência das tintas à ação das intempéries. A durabilidade de uma tinta também depende diretamente do tipo, da qualidade e da quantidade de resinas e pigmentos utilizados em sua formulação;
Lavabilidade: As tintas devem ser laváveis, resistindo à ação de agentes químicos comuns ao uso doméstico, tais como detergentes, água sanitária e outros;
Secagem: A secagem de uma tinta não deve ser tão rápida que não permita uma fácil aplicação e nivelamento, nem tão lenta que não permita demãos posteriores num tempo conveniente. Novamente, O que define essas característica e qualidades é a composição e a finalidade a que se destina a tinta.
TIPOS DE
TINTA
As tintas podem ser classificadas de várias formas dependendo do critério considerado. De acordo com o mercado atendido e tecnologias mais representativas as tintas podem ser classificadas, como:
Tintas imobiliárias: tintas e complementos destinados à construção civil que podem ser subdivididas em produtos aquosos (látex) e produtos a base de solventes orgânicos (tintas a óleo, esmaltes sintéticos, etc.).
Tintas industriais do tipo OEM (original equipment manufacturer). As tintas e complementos utilizados como matérias-primas no processo industrial de fabricação de um determinado produto.
Tintas especiais abrangem os outros tipos de tintas, como por exemplo, tintas e complementos para repintura automotiva, tintas para demarcação de trafego, tintas e complementos para manutenção industrial, tintas marítimas, tintas para madeira, etc.
As tintas também podem ser classificadas quanto à formação do revestimento, isto é, levando-se em conta o mecanismo da formação do filme protetor e a secagem ou cura das tintas. Essas características são definidas principalmente pela resina (ou ligantes) que compõem essa tinta, por exemplo:
Látex PVA
O PVA vem do nome da substância usada atualmente para fabricar a tinta látex, o Acetato de Polivinila. O látex tem uma base solúvel em água e é mais adequado para a parte interna das residências, que podem ser limpas apenas com um pano
úmido.
O acabamento desse tipo de tinta é muito bom, assim como seu recobrimento da camada anterior de pintura (se ela existir). Seca
rapidamente, e o odor típico de pintura é mínimo.
Tinta acrílica
A tinta acrílica, tem aspecto muito similar ao do látex, também é solúvel em água e seca rapidamente. A diferença é que sua fórmula contém resinas acrílicas, o que proporciona ao
produto alta impermeabilidade uma vez aplicado, tornando-o especialmente eficaz para pinturas externas.
Essa impermeabilidade também torna a tinta acrílica interessante para uso em áreas
molhadas da casa, como na cozinha e lavabo. As tintas acrílicas podem ser lavadas, ao contrário do látex, que deve ser limpo apenas com pano úmido.
O acabamento tende a ser mais brilhante que o do látex, ainda que exista a versão fosca:
portanto, preste atenção ao comprar para garantir o tipo de acabamento final que deseja.
Tinta Esmalte (ou tinta a óleo)
O esmalte é um tipo de tinta que não é solúvel em água, visto que é chamado de “base a óleo”, material que compunha sua fórmula antigamente. Atualmente são
outros produtos sintéticos que compõem a base mais comum para esse tipo de acabamento.
As tintas esmalte são especialmente boas para a utilização em superfícies de ferro ou
madeira. Assim, janelas de ferro, corrimãos e estruturas metálicas leves terão um acabamento melhor e mais durável se pintados com tinta esmalte.
O acabamento de esmalte é bastante peculiar e as pessoas geralmente percebem
quando ele foi utilizado. Possui alto brilho, embora exista a versão fosca. Seu acabamento dá sensação de uma película formada sobre a superfície e, por isso
mesmo, não é muito adequada para o uso direto na parede, porque dependendo da aplicação podem surgir bolhas ou descascamento.
Tintas epóxi e poliuretano
As tintas epóxi e de poliuretano são sintéticas e não solúveis em água, e têm usos mais específicos, como, por exemplo, a pintura de caixas d’água.
Existem ainda fórmulas para aplicação em pisos, mas dependem de mão de
obra altamente especializada.
Essas tintas, que são geralmente diluídas em solvente específico e possuem catalizadores para auxiliar no processo de pintura, devem ser aplicadas sempre
por mão de obra que conheça o material e os processos, para evitar que se formem bolhas, ocorra descolamento da camada de tinta ou simplesmente mau
acabamento.
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Verniz
Verniz é uma película de acabamento quase transparente (coloridos ou não), usada geralmente em madeira e outros materiais para proteção, profundidade e brilho.
Sua formulação tradicional contém óleo secante, resinas e um solvente como aguarrás, mas modernamente são utilizados também derivados de petróleo como poliuretano ou
epóxi.
É utilizado também como última camada sobre pintura, para proteção e efeito de profundidade.
Laca
É um tipo de verniz natural, resultante da secreção de insetos, é uma resina obtida de plantas da família das anacardiáceas.
Obtido através de incisão na casca dessas árvores, é extraído um tipo látex cremoso que
é purificado por várias filtragens e preservado contra a ação do ar e da luz em recipientes hermeticamente fechados.
É muito usado em revestimento de móveis e outras madeiras para um acabamento mais
refinado. Também é usada no acabamento final de instrumentos musicais de madeira pois confere melhor efeito acústico que os vernizes sintéticos.
CONCLUSAO
As tintas são preparações, geralmente lí-quidas, usadas para conferir beleza, valor de mercado a produtos manufaturados e proteção aos materiais. O que começou na antiguidade, no período paleolítico, quando o homem representava nas paredes das cavernas o seu cotidiano, tornou-se uma importante indústria. A finalidade estética continua; todavia, a necessidade de pre-servação dos materiais sofisticou as tintas ao longo dos anos. A fabricação dessas depende da finalidade a que se destinam. Mas, basicamente, as tintas são formadas por pigmentos, veículo fixo, solventes e aditivos. Operações unitárias físicas – como mistura, diluição, moagem, filtragem e envase – dão origem ao produto final. Junto com o desenvolvimento tecnológico e cres-cimento do setor, a necessidade de fabricação de produtos cada vez mais sustentáveis foram tornando-se imprescindíveis.
Referencias bibliograficas
http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/as-tintas/2/ http://eudecoro.com.br/artigos/tudo-que-precisa-saber-sobre-tintas-pinturas http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA06oAH/tintas-vernizes-materiais-construcao http://pt.wikipedia.org/wiki/Tinta http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/qual-e-a-diferenca-entre-os-varios-tipos-de-tinta-como-saber-quando-usar-cada-uma.jhtm http://pt.wikipedia.org/wiki/Laca https://www.passeidireto.com/arquivo/3339216/tintas-vernizes-lacas-e-esmaltes Materiais de Construção, 2 / coordenador L.A. Falcão Bauer; Revisão Técnica João Fernando Dias – 5. Ed. – Rio de Janeiro: LTC, 2008. 538p.