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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO SEADE Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados TIPOLOGIA ECONÔMICA DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DE ECONOMIA

E PLANEJAMENTO

SEADEFundação Sistema Estadual

de Análise de Dados

TIPOLOGIA ECONÔMICA DOS MUNICÍPIOSDA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Governador do EstadoJosé Serra

Vice-GovernadorAlberto Goldman

Secretário de Economia e PlanejamentoFrancisco Vidal Luna

Agência Metropolitana de Campinas – Agemcamp

Diretora ExecutivaIêda Maria de Oliveira Lima

Diretor AdministrativoLuiz Ernani Perlatti Filho

Diretora TécnicaÁurea Maria Queiroz Davanzo

SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

Diretora ExecutivaFelícia Reicher Madeira

Diretor Adjunto Administrativo e FinanceiroMarcos Martins Paulino

Diretor Adjunto de Produção e Análise de DadosSinésio Pires Ferreira

Diretor Adjunto de Disseminação de InformaçõesVivaldo Luiz Conti

Chefia de GabineteAna Celeste de Alvarenga Cruz

Conselho de CuradoresFrancisco Vidal Luna (Presidente)

Carlos Antonio GameroGeraldo Biasoto Junior

Haroldo da Gama TorresJosé Paulo Zeetano ChahadMárcio Percival Alves Pinto

Michael Paul ZeitlinSaulo Pereira Vieira

Sérgio Besserman ViannaTania Di Giacomo do Lago

Conselho FiscalCaioco IshiquiriamaBerenice de Oliveira

Grace Maria Monteiro da Silva

SP 2OO7

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Sumário

Apresentação 5

Introdução 7

Caracterização Econômica da Região Metropolitana 9

de Campinas segundo o PIB Municipal

Tipologia do PIB Municipal – 2004 17

Tipologia dos Municípios da RMC 22

Anexo Metodológico 31

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Apresentação

ste trabalho apresenta a tipologia dos municípiosda Região Metropolitana de Campinas – RMC,E

tomando por base o Valor Adicionado dos setoresde atividade econômica, calculado para a deter-minação do PIB dos municípios paulistas.

Estabeleceu-se uma tipologia para todos os

municípios do Estado de São Paulo, entre os quaisdestacaram-se os da RMC, para análise de sua tipo-logia e comparação com a da Região Administrativade Campinas, Região Metropolitana de São Paulo e

total do Estado. É possível, assim, definir o perfilprodutivo dos municípios da RMC, verificando a suaimportância regional e a sua participação nos setores

econômicos do Estado.

O estudo divide-se em três partes: uma intro-dução sobre o cálculo do PIB dos municípios paulis-tas, uma caracterização econômica da RMC, com

base nesses dados, atualizados para 2004, e a des-crição detalhada da tipologia dos municípios da re-ferida região. Anexo, encontra-se o relatório meto-

dológico, que detalha os procedimentos estatísticosque deram origem à tipologia aqui apresentada.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Introdução

Em setembro de 2000, os diversos órgãos estaduais de estatísticas esecretarias estaduais de governo, coordenados pelo IBGE, e com o

apoio da Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa, inici-aram as discussões de elaboração da metodologia para o cálculo doProduto Interno Bruto dos municípios. A metodologia, divulgada emdezembro de 2004, consiste basicamente no rateio do valor adicionadodas principais atividades econômicas contidas no cálculo das ContasRegionais de cada Estado, utilizando para isso indicadores pertinentes acada uma delas e comum a todos os Estados. Em novembro de 2004,foram divulgados, no Rio de Janeiro, os primeiros resultados do valoradicionado, a preços correntes, da agropecuária, indústria e serviços,bem como o PIB, a preços correntes, e per capita, para todos os municí-pios brasileiros, abrangendo o período de 1999 a 2002. Nos anos se-guintes, acrescentaram-se à série os dados referentes a 2003 e 2004.1

Se antes da definição de uma metodologia única do PIB dosmunicípios alguns Estados já elaboravam seus métodos de rateio dosresultados das Contas Regionais, no Estado de São Paulo essa foi aprimeira experiência. A Fundação Seade, vinculada à Secretaria deEconomia e Planejamento do governo do Estado de São Paulo, foi oórgão responsável não apenas pelas discussões metodológicas com oIBGE, mas também pela aplicação da metodologia e divulgação dosresultados. Vale lembrar que a Fundação Seade também se incumbedo cálculo e da divulgação das Contas Regionais paulistas.

1. Os órgãos estaduais de estatísticas e secretarias estaduais de governo, junto com o IBGE,estão finalizando a revisão das Contas Regionais e do PIB dos municípios, com o objetivo deintegrar as metodologias e as bases de dados à série das contas nacionais, finalizando oprocesso de aprimoramento do Sistema de Contas Nacionais do Brasil. Os resultados serãodivulgados em novembro e dezembro de 2007.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Diante das dificuldades de obter informações econômicasconfiáveis e regulares, fruto das políticas de contenção dos gastos pú-blicos, são inúmeras as vantagens que um indicador econômico comoo PIB dos municípios oferece. Além de ser construído com registrosadministrativos, o que o torna um indicador menos dispendioso, elepossibilita a análise da dinâmica econômica setorial, em recorte muni-cipal comparável em todo o território nacional, com periodicidade anual.Essa dimensão setorial é bastante relevante uma vez que, até o mo-mento, não havia no Estado de São Paulo indicadores municipais queagregassem de forma consistente, sob a mesma metodologia, as trêsesferas econômicas: agropecuária, indústria e serviços. Cabe ressaltarque a metodologia permite observar a administração pública destaca-da do setor de serviços.

Foi com base nos resultados do PIB municipal que a FundaçãoSeade elaborou a tipologia de municípios do Estado de São Paulo, bemcomo a dos municípios da RMC apresentada nesta publicação.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

30,9% desse valor. A Região Metropolitana de Campinas – RMC, queabrange 19 municípios, responde por cerca de 3,0% do PIB nacional.A importância regional evidencia-se quando se considera que o Estadode Pernambuco, oitavo mais importante do país, participou com 2,7%do PIB nacional no período.

Gráfico 1

Participação do Estado de São Paulo e da Região Metropolitanade Campinas no PIB do Brasil

2004

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

Caracterização Econômica da RegiãoMetropolitana de Campinas segundoo PIB Municipal

O

Demais Regiões do BrasilSão Paulo, exceto RMCRMC

28%

3%

69%

Produto Interno Bruto brasileiro foi de mais de 1,7 trilhão dereais em 2004, sendo que o Estado de São Paulo participa com

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Observando a participação dos municípios no PIB nacional, nota-se que 6 municípios dos 19 que compõem a RMC estão entre os 100maiores dos 5.560 municípios brasileiros existentes em 2004.

Tabela 1

Colocação no Ranking Nacional do PIB dos MunicípiosRegião Metropolitana de Campinas

2004

Municípios da RMC Ranking Nacional doPIB dos Municípios

Campinas 17ºPaulínia 21ºJaguariúna 73ºSumaré 76ºAmericana 80ºIndaiatuba 85ºHortolândia 109ºSanta Bárbara d’Oeste 135ºValinhos 144ºVinhedo 161ºItatiba 184ºMonte Mor 298ºNova Odessa 316ºCosmópolis 523ºPedreira 684ºArtur Nogueira 763ºHolambra 957ºEngenheiro Coelho 1.040ºSanto Antônio de Posse 1.162º

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

A análise regional dos dados do PIB municipal para 2004demonstra que a dinâmica econômica está bastante concentrada geo-graficamente, sendo que mais de 83% do PIB paulista foi gerado naRegião Metropolitana de São Paulo – RMSP e no seu entorno: RegiãoAdministrativa de Campinas, que inclui a Região Metropolitana de

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Campinas – RMC, Região Administrativa de São José dos Campos,Região Administrativa de Sorocaba e Região Metropolitana da BaixadaSantista – RMBS. O valor adicionado desagregado por setor apontauma concentração produtiva nesse recorte territorial ainda maior, equi-valendo a 85% dos serviços e 87% da indústria.

Tabela 2

Produto Interno Bruto e Valor Adicionado, por Setor de Atividade EconômicaEstado de São Paulo

2004

Estado de São Paulo, PIB Valor AdicionadoRegiões Metropolitanas Agropecuária Serviços Indústriae Regiões Administrativas R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões %

ESTADO DESÃO PAULO 546.606,82 100,0 33.552,94 100,0 242.978,99 100,0 238.016,43 100,0Região Metropolitana de São Paulo 275.127,26 50,3 521,59 1,6 141.249,70 58,1 116.868,27 49,1Região Administrativa de Campinas 94.813,49 17,3 6.603,02 19,7 33.912,51 14,0 44.508,11 18,7 Região Metropolitana de Campinas 51.150,71 9,4 765,49 2,3 17.495,95 7,2 25.854,49 10,9 Demais municípios da RAC 43.662,78 8,0 5.837,53 17,4 16.416,56 6,8 18.653,62 7,8

Região Administrativa de S. José dos Campos 36.391,30 6,7 386,1 1,2 11.008,54 4,5 22.007,49 9,2Região Administrativa de Sorocaba 30.518,21 5,6 4.531,44 13,5 10.928,55 4,5 13.281,49 5,6RM da Baixada Santista 19.197,47 3,5 43,41 0,1 8.695,49 3,6 9.606,43 4,0Região Administrativa de S. José do Rio Preto 14.670,12 2,7 4.072,59 12,1 6.267,42 2,6 4.491,49 1,9Região Administrativa Central 12.468,60 2,3 4.031,12 12,0 4.332,98 1,8 3.982,11 1,7Região Administrativa de Ribeirão Preto 12.076,50 2,2 1.413,58 4,2 6.211,63 2,6 4.377,75 1,8Região Administrativa de Bauru 10.805,19 2,0 1.780,58 5,3 4.430,51 1,8 4.335,63 1,8Região Administrativa de Marília 9.315,13 1,7 2.699,17 8,0 3.958,19 1,6 2.597,59 1,1Região Administrativa de Araçatuba 8.478,65 1,6 1.673,63 5,0 2.884,24 1,2 4.000,00 1,7Região Administrativa de Barretos 7.156,85 1,3 2.573,06 7,7 2.265,38 0,9 2.382,28 1,0Região Administrativa de Presidente Prudente 7.131,43 1,3 1.359,09 4,1 3.107,98 1,3 2.761,44 1,2Região Administrativa de Franca 6.620,36 1,2 1.392,35 4,1 2.903,79 1,2 2.306,32 1,0Região Administrativa de Registro 1.836,27 0,3 472,23 1,4 822,06 0,3 510,03 0,2

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

Observando-se as regiões separadamente, nota-se que a RMSPresponde por mais da metade do PIB total do Estado (50,03%) e, nointerior, a Região Administrativa de Campinas (17,3%) é a que apresentamaior participação, seguida pelas RAs de São José dos Campos (6,7%),Sorocaba (5,6%) e Região Metropolitana da Baixada Santista (3,5%),todas com sede em um raio de 100 km da capital paulista, delimitandoassim a área de maior desenvolvimento econômico do Estado.

Desmembrada a Região Administrativa de Campinas em re-gião metropolitana e demais municípios, verifica-se que a RMC é a

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

segunda região mais importante do Estado de São Paulo, responsávelpor 9,4% do PIB paulista, grande parte originado na modernaindústria local, de alta tecnologia, que responde por 10,9% do VAda indústria paulista. Essa característica tecnológica da indústriacampineira, aliada ao padrão de urbanização metropolitano, deter-mina a existência de um setor de serviços dinâmico, responsávelpor 7,2% do VA de serviços do Estado.

Apesar da alta mecanização da agropecuária regional, com usode sementes de alta qualidade, e da presença de culturas de elevadovalor agregado, como fruticultura e floricultura, a região responde porapenas 2,3% do VA gerado na atividade agropecuária do Estado.

Campinas e Paulínia destacam-se na análise estadual, poisocupam o quinto e sétimo lugares, respectivamente, entre os municípioscom maior participação no PIB paulista em 2004, estando à frente atémesmo de importantes municípios da RMSP, como Santo André (oitavocolocado) e Osasco (nono colocado).

Campinas, sede da região, é o sétimo município mais importanteno valor adicionado industrial do Estado. Ocupa a quarta posição emparticipação no VA de serviços no total estadual, destacando-se pelagrande diversidade de atividades, com forte presença dos serviçosvoltados às empresas, especialmente industriais, de intermediação finan-ceira e de administração pública. Já Paulínia, onde se localiza a maiorrefinaria de petróleo do país, aparece entre os seis municípios commaior participação no valor adicionado industrial do Estado.

A dinâmica econômica da metrópole campineira se reflete aindano maior PIB per capita entre todas as regiões paulistas (Gráfico 2).Também nesse caso observa-se a importância dos municípios da RMCno resultado estadual, uma vez que dois deles encabeçam a lista dosdez maiores do Estado: Paulínia e Jaguariúna. Cabe ressaltar ainda quePaulínia apresenta o 5º maior PIB per capita do país, enquantoJaguariúna ocupa a 11

a posição.

Os dois municípios caracterizam-se pela pequena populaçãorelativa e presença de grandes empreendimentos em seus territórios:

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

13.725

17.28116.795

14.384

11.93513.554 10.880

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

Total doEstado deSão Paulo

RM deCampinas

RA de SãoJosé dosCampos

RA deCampinas

RM deSão Paulo

RMBS RA deSorocaba

Restantedo Estado

19.823Em R$

Gráfico 2

Produto Interno Bruto per CapitaRegiões Selecionadas do Estado de São Paulo

2004

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

a Replan, em Paulínia, e diversas empresas de alta tecnologia, comgrande capacidade de geração de valor agregado, em Jaguariúna.

O diversificado parque industrial responde por 58,6% do VAtotal da RMC em 2004 (Gráfico 3). O setor de serviços e o agropecuário,ambos articulados a essa dinâmica industrial regional, participam com39,7% e 1,7% do VA regional, respectivamente.

Juntos, os municípios de Campinas e Paulínia respondem pormais de 48,0% do PIB regional (Gráfico 4), reproduzindo regionalmentea concentração econômica já identificada no Estado. Destacam-se ain-da, regionalmente, 11 municípios que, juntos, respondem por 48,6%do PIB gerado na RMC: Jaguariúna (7,3%), Sumaré (7,2%), Americana(7,0%), Indaiatuba (6,3%), Hortolândia (4,6%), Santa Bárbara d’Oeste(3,7%), Valinhos (3,6%), Vinhedo (3,2%), Itatiba (2,7%), Monte Mor(1,6%) e Nova Odessa (1,5%). Os seis municípios restantes que com-põem a RMC são responsáveis por 3,0% do PIB regional.

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1,7% Agropecuária

39,7% Serviços

58,6% Indústria

Gráfico 3

Distribuição do Valor Adicionado, por Setor de AtividadeRegião Metropolitana de Campinas – RMC

2004

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

Gráfico 4

Distribuição do Produto Interno Bruto RegionalRegião Metropolitana de Campinas

2004

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

28,8

19,6

7,3

7,2

7,0

6,3

4,6

3,7

3,6

3,2

2,7

1,6

1,5

0,8

0,6

0,5

0,4

0,4

0,3

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

Campinas

Paulínia

Jaguariúna

Sumaré

Americana

Indaiatuba

Hortolândia

Santa Bárbara d'Oeste

Valinhos

Vinhedo

Itatiba

Monte Mor

Nova Odessa

Cosmópolis

Pedreira

Artur Nogueira

Holambra

Engenheiro Coelho

Santo Antônio de Posse

Em %

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Devido ao aumento relativo dos preços dos derivados de petró-leo, Paulínia aparece como o principal município na geração do VA in-dustrial em 2004. No entanto, historicamente, o município de Campinassempre respondeu pela maior parte da produção industrial da região.

Campinas e Paulínia são também os municípios mais importantesna geração do VA de serviços regional, com uma concentração aindamaior no primeiro, responsável por 37,6% dessa atividade em 2004, oque é característica de municípios-sede, assumindo a função de centra-lidade da dinâmica econômica da metrópole. Já Paulínia, por ser um dosprincipais centros de abastecimento de combustível do Brasil, respondiapor 20,6% do VA de serviços, decorrente principalmente da localizaçãode cerca de 300 distribuidoras de combustível no município.

Gráfico 5

Distribuição do Valor Adicionado Regional, por Setor de AtividadeRegião Metropolitana de Campinas

2004

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

20,837,6

22,320,6

8,36,7

7,65,5

6,94,8

4,34,0

3,63,6

4,63,4

2,92,7

9,22,7

3,52,3

1,91,2

0,61,1

2,11,1

0,50,8

0,91,8

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0

Campinas

Paulínia

Americana

Sumaré

Indaiatuba

Santa Bárbara d'Oeste

Valinhos

Hortolândia

Itatiba

Jaguariúna

Vinhedo

Nova Odessa

Cosmópolis

Monte Mor

Pedreira

Demais Municípios

Em %

Indústria Serviços

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Observando o Gráfico 6, nota-se que a atividade agropecuáriaé menos concentrada regionalmente do que a indústria e os serviços.Os quatro primeiros municípios por ordem de importância – Campinas,Artur Nogueira, Engenheiro Coelho e Holambra – são responsáveis porquase 40% do VA agropecuário.

Gráfico 6

Distribuição do Valor Adicionado Regional da AgropecuáriaRegião Metropolitana de Campinas

2004

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

11,1

9,9

9,7

8,9

8,0

6,6

6,3

6,0

5,9

4,6

4,6

4,1

3,7

3,6

2,3

4,7

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0

Campinas

Artur Nogueira

Engenheiro Coelho

Holambra

Valinhos

Itatiba

Cosmópolis

Santo Antônio de Posse

Sumaré

Monte Mor

Paulínia

Jaguariúna

Indaiatuba

Santa Bárbara d'Oeste

Vinhedo

Demais Municípios

Em %

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Tipologia do PIB Municipal – 2004Tipologia do PIB Municipal – 2004Tipologia do PIB Municipal – 2004Tipologia do PIB Municipal – 2004Tipologia do PIB Municipal – 2004

No estudo para a elaboração da tipologia do PIB dos municípios –2004,2 foram utilizadas oito variáveis com o intuito de verificar

o perfil da produção municipal, segundo o setor de atividade, e seupeso no total do Estado de São Paulo.

As variáveis utilizadas foram:

% do VA da agropecuária do município no total do VAmunicipal;

% do VA da indústria do município no total do VA municipal;

% do VA dos serviços, exceto de administração pública, domunicípio no total do VA municipal;

% do VA dos serviços de administração pública do municípiono total do VA municipal;

% do VA da agropecuária do município no VA setorial doEstado;

% do VA da indústria do município no VA setorial do Estado;

% do VA dos serviços, exceto de administração pública, domunicípio no VA setorial do Estado;

% do VA dos serviços de administração pública do municípiono VA setorial do Estado.

Utilizando-se os dados de VA para 2004, foram obtidos indi-cadores sintéticos (escores fatoriais) por meio da análise fatorial.O Município de São Paulo foi excluído da análise, pois o seu perfil é

2. Para detalhes, ver anexo metodológico.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

muito particular, atribuindo-se um grupo específico para ele. Aplicou-se a análise fatorial aos dados, e a variável “porcentagem do VA daagropecuária municipal no total do VA do setor do Estado” não mostrou“comunalidade” alta com as demais variáveis, ou seja, ela não temmuito em comum com as demais variáveis e, portanto, foi excluída domodelo. Aplicando-se a análise fatorial às demais variáveis, resultaramtrês fatores que explicam 90,5% da variabilidade total dos dados.

Fator 1 – Participação da indústria e dos serviços no total doEstado: valores altos significam que o município tem parti-cipação relevante no valor adicionado industrial e de serviçosdo Estado.

Fator 2 – Produção do município na indústria ou na agro-pecuária: altos valores indicam que o município tem maiorprodução na indústria e menor na agropecuária; baixosvalores indicam que o município possui maior produção naagropecuária e menor na indústria;

Fator 3 – Produção do município nos serviços: valores eleva-dos indicam ênfase na produção de serviços no total do VA domunicípio, tanto os da administração pública como os demais.

Assim, para cada um dos 644 municípios é possível sintetizar amaior parte das informações contidas nas oito variáveis originais emapenas três indicadores. Apesar da possibilidade de ordenar osmunicípios segundo os três indicadores, estes não permitemquantificação em termos absolutos, com valores “altos” ou “baixos”,somente a indicação relativa. A tipologia do PIB municipal 2004 édefinida na comparação entre os municípios do Estado, trabalhando-se os resultados dos fatores em relação às médias estaduais. Por meiode procedimentos estatísticos,3 foram gerados sete grupos homogêneosde municípios quanto ao perfil do PIB, sendo que um grupo é formadoexclusivamente pelo Município de São Paulo. Os sete agrupamentospodem ser interpretados por meio dos fatores, conforme o Gráfico 7.

3. Para detalhes, ver anexo metodológico.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Gráfico 7

Valores Médios dos Escores Fatoriais, segundo AgrupamentosEstado de São Paulo

2004

Fonte: Fundação Seade.

Resumidamente, os grupos podem ser definidos da seguinte forma:

grupo 1 – agropecuários: municípios cuja produção se con-centra na atividade agropecuária;

grupo 2 – agroterciários: municípios cuja produção se con-centra na atividade agropecuária e nos serviços, tanto os daadministração pública como os demais, sem, no entanto,relevância no Estado;

grupo 3 – industriais simples: municípios essencialmenteindustriais sem relevância relativa na indústria do Estado;

grupo 4 – industriais complexos: grandes municípios in-dustriais cuja dinâmica econômica está associada à presen-ça dos serviços voltados à produção, e que por esse motivopossuem relevância relativa na indústria e nos serviços doEstado de São Paulo;

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

Agropecuários Agroterciários Industriais Simples Ind. Complexos Multisetoriais Terciários Simples

grupos

Fator 1 Fator 2 Fator 3

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

grupo 5 – Município de São Paulo;

grupo 6 – multissetoriais: engloba os municípios cuja pro-dução se concentra no setor de serviços e na indústria, commédia relevância relativa na produção estadual;

grupo 7 – terciários simples: municípios cuja produção seconcentra no setor de serviços, com maior participação rela-tiva dos serviços de administração pública; possuem escassaatividade econômica e, por isso, não têm relevância relativano VA do Estado.

A tipologia do PIB dos municípios elaborada pela Fundação Seadeapresentou coerência com a lógica econômica espacial do Estado deSão Paulo.

Em grande parte do território paulista, formada pelas regiõescentral, noroeste, nordeste, oeste, sul e sudoeste do Estado, predomi-nam os municípios dos grupos 1 e 2. De fato, nessas regiões menosdesenvolvidas economicamente, prevalecem municípios com perfilmarcadamente agropecuário. O que diferencia a porção mais ao sul éa maior incidência de municípios do grupo 7, que se caracterizam porsua pequena atividade produtiva, com economia baseada nos serviçosda administração pública. Essa característica resulta, entre outros mo-tivos, de uma topografia acidentada (que restringe a ocupação do soloe o aproveitamento econômico), de extensas áreas de preservaçãoambiental e de problemas de regularização fundiária.

Apesar de municípios do grupo 7 também aparecerem no ex-tremo oeste do Estado, nas porções oeste e norte observa-se maiorincidência de integrantes do grupo 3, conseqüência principalmente dapresença da indústria de alimentos e sucroalcooleira ou de usinas hidre-létricas. Os municípios do grupo 6, que se encontram dispersos nessasregiões, compreendem principalmente os municípios-sede, devido àsua lógica de centro comercial e de serviços. Apenas São José do RioPreto, Ribeirão Preto e São Carlos fogem à lógica regional, pois per-tencem ao grupo 4, sinalizando uma economia mais complexa.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

O recorte espacial que abrange a área mais urbanizada do Estado– RA de Campinas, incluindo a RMC, Região de Governo de Sorocaba,RMSP e RMBS – caracteriza-se pelo predomínio dos grupos 3, 4 e 6,refletindo a complexidade econômica regional.

Os municípios do Vale do Paraíba localizados ao longo das rodo-vias Dutra e Carvalho Pinto seguem a lógica dos municípios de economiamais desenvolvida, com predomínio dos grupos 3, 4 e 6. Já os localizadosna margem territorial, devido à presença da mesma topografia encon-trada nos municípios da porção sul, pertencem ao grupo 7.

Mapa 1

Municípios, segundo Grupos do Perfil do PIB MunicipalEstado de São Paulo

2004

Fonte: Fundação Seade.

1 (170)

7 (89)6 (80)5 (1)4 (29)3 (84)2 (192)

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

TIPOLOGIA DOS MUNICÍPIOS DA RMC

Segundo os grupos definidos anteriormente, oito municípiosda RMC classificam-se no grupo 3 – industriais simples e cinco, nogrupo 4 – industriais complexos. Ou seja, 13 municípios (68%) têm emsua estrutura produtiva o predomínio da atividade industrial, sendoque em cinco deles esta atividade tem contribuição significativa para oconjunto da produção estadual. Esses municípios respondem juntospor 97% do PIB da Região Metropolitana de Campinas.

Entre os demais municípios, quatro pertencem ao grupo agroter-ciário e possuem as maiores participações da agropecuária em suaestrutura produtiva. Duas localidades são multissetoriais e apresentamparticipações significativas na indústria e nos serviços.

Na RMC não existem municípios classificados nos grupos 1 e 7,respectivamente, agropecuários e terciários simples, que se caracterizampela baixa complexidade de sua estrutura produtiva.

Mapa 2

Municípios, segundo Grupos do Perfil do PIB MunicipalRegião Metropolitana de Campinas

2004

Fonte: Fundação Seade.

Pedreira

Indaiatuba

Campinas

Paulínea

Sumaré

Americana

ItatibaVinhedo

Valinhos

Hortolândia

Monte Mor

HolanbraCosmópolis

Jaguariúna

Nova OdessaSanta Bárbara

d´Oeste

Santo Antonio de Posse

Artur Nogueira

EngenheiroCoelho

Estradas Principais

Grupos 2004

2 (4)

3 (8)

4 (5)

6 (2)

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

A atividade industrial, simples ou complexa, é a dominante, jáque quase dois terços dos municípios da região pertencem aos grupos3 e 4 (industriais simples e industriais complexos, respectivamente),com representatividade também expressiva para o conjunto do Esta-do. Os municípios da RMC classificados no grupo 3 representam 9,5%do total estadual, superando, em termos porcentuais, a participaçãodesse grupo de municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Osmunicípios classificados no grupo 4 equivalem a 17,2% do total esta-dual (Tabelas 3 e 4).

Tabela 3

Distribuição dos Municípios, segundo Grupos do Perfildo PIB Municipal, por Região

Região Metropolitana de Campinas, Região Administrativa de Campinas,Região Metropolitana de São Paulo e Estado de São Paulo

2004

Em porcentagem

Região

Região Região Região Região EstadoGrupos Metropolitana Administr. de Administr. de Metropolitana de São

de Campinas Campinas Campinas, de São Paulo Pauloexceto RMC

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Grupo 1 0,0 12,2 15,5 0,0 26,4

Grupo 2 21,1 25,6 26,8 2,6 29,8

Grupo 3 42,1 23,3 18,3 15,4 13,0

Grupo 4 26,3 10,0 5,6 28,2 4,5

Grupo 5 0,0 0,0 0,0 2,6 0,2

Grupo 6 10,5 17,8 19,7 46,2 12,4

Grupo 7 0,0 11,1 14,1 5,1 13,8

Fonte: Fundação Seade. PIB dos Municípios Paulistas.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Tabela 4

Participação dos Grupos do Perfil do PIB Municipal no Total do EstadoRegião Metropolitana de Campinas, Região Administrativa de Campinas,

Região Metropolitana de São Paulo e Estado de São Paulo2004

Em porcentagemRegião

Região Região Região Região EstadoGrupos Metropolitana Administr. de Administr. de Metropolitana de São

de Campinas Campinas Campinas, de São Paulo Pauloexceto RMC

Grupo 1 0,0 6,5 6,5 0,0 100,0

Grupo 2 2,1 12,0 9,9 0,5 100,0

Grupo 3 9,5 25,0 15,5 7,1 100,0

Grupo 4 17,2 31,0 13,8 37,9 100,0

Grupo 5 0,0 0,0 0,0 100,0 100,0

Grupo 6 2,5 20,0 17,5 22,5 100,0

Grupo 7 0,0 11,2 11,2 2,2 100,0

Fonte: Fundação Seade. PIB dos Municípios Paulistas.

A participação dos municípios industriais complexos (grupo 4)permite compreender a importância do setor industrial na RMC. Essaatividade é relevante não somente para o Estado, mas também para aRegião Administrativa de Campinas: os municípios pertencentes a essegrupo na RMC possuem participação 25% maior que na região admi-nistrativa. Além disso, é uma atividade que se mostra integrada a umespaço produtivo mais amplo, que, com foco na Região Metropolitanade São Paulo, articula-se com as regiões de seu entorno, como Sorocaba,São José dos Campos e Baixada Santista.

Quando a análise recai na participação dos grupos tipológicosna composição do PIB regional, a concentração dos municípios da RMCna RAC aumenta, mostrando, de um lado, a importância do município

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

de Campinas e, de outro, que a atividade industrial está presente, deforma consistente, em vários municípios.

Os dados da Tabela 5 mostram a concentração do PIB regionalnos municípios pertencentes ao grupo 4 (industriais complexos), commais de dois terços da composição da RMC. Acrescentando-se a essesmunicípios os pertencentes ao grupo 3 (industriais simples), verifica-seque 97% do PIB da RMC se concentra nos municípios industriais. Note-se que, na Região Administrativa de Campinas, exclusive a metropoli-tana, essa participação decresce a menos de 70%, enquanto para ototal do Estado ela é inferior a 50%.

Tabela 5

Distribuição do PIB Regional, segundo GruposRegião Metropolitana de Campinas, Região Administrativa de Campinas,

Região Metropolitana de São Paulo e Estado de São Paulo2004

Em porcentagemRegião

Região Região Região Região EstadoGrupos Metropolitana Administr. de Administr. de Metropolitana de São

de Campinas Campinas Campinas, de São Paulo Pauloexceto RMC

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Grupo 1 0,0 3,4 7,4 0,0 3,6

Grupo 2 1,6 4,1 7,0 0,1 5,2

Grupo 3 28,2 24,1 23,7 1,8 11,5

Grupo 4 68,8 55,7 40,4 33,7 37,4

Grupo 5 0,0 0,0 0,0 58,4 29,4

Grupo 6 1,4 11,6 23,4 5,9 11,0

Grupo 7 0,0 1,1 2,4 0,2 1,9

Fonte: Fundação Seade. PIB dos Municípios Paulistas.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Os dados constantes da Tabela 6 mostram que a participaçãodos municípios dos grupos 3 e 4 é relevante também para o total doEstado: a participação dos municípios do grupo 3 – 19,8% do total – émaior que a média do Estado (é inclusive maior que a do mesmo grupona Região Metropolitana de São Paulo), enquanto a dos municípios dogrupo 4 atinge 17,2% do total.

Tabela 6

Participação do PIB dos Municípios no Total do Estado, segundo GruposRegião Metropolitana de Campinas, Região Administrativa de Campinas,

Região Metropolitana de São Paulo e Estado de São Paulo2004

Em porcentagemRegião

Região Região Região Região EstadoGrupos Metropolitana Administr. de Administr. de Metropolitana de São

de Campinas Campinas Campinas, de São Paulo Pauloexceto RMC

Grupo 1 0,0 16,7 16,7 0,0 100,0

Grupo 2 2,8 13,5 10,7 0,7 100,0

Grupo 3 19,8 36,2 16,4 8,1 100,0

Grupo 4 17,2 25,9 8,6 45,3 100,0

Grupo 5 0,0 0,0 0,0 100,0 100,0

Grupo 6 1,2 18,2 17,0 26,8 100,0

Grupo 7 0,0 10,1 10,1 4,8 100,0

Fonte: Fundação Seade. PIB dos Municípios Paulistas.

No grupo 3 – industriais simples – aglutinam-se os municípiosde Hortolândia, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, SantaBárbara d’Oeste, Valinhos e Vinhedo, que são responsáveis por 28,2%do PIB da RMC e reúnem 32,2 % do VA industrial da RMC. Em todoseles, a participação do VA industrial na composição de sua produção ésuperior a 57,5%, com grande relevância da indústria de transformação.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

No setor de serviços, o maior peso está quase sempre na atividadeimobiliária e nos serviços prestados às empresas, ficando a exceçãocom o município de Hortolândia, onde o peso da administração públicaé ligeiramente maior (Tabela 7).

Vale lembrar que Jaguariúna, embora detenha cerca de 1% doVA industrial do Estado, classifica-se no grupo 3, uma vez que nãoapresenta contribuição significativa para o setor de serviços no Estado.

No grupo 4 – industriais complexos – foram classificados:Americana, Campinas, Indaiatuba, Paulínia e Sumaré, que contribuemcom 68,8% do PIB da RMC. Com efeito, Campinas, sozinha, detém28,8% do PIB regional, seguida de Paulínia, com 19,6%. As outrastrês localidades participam com cerca de 7% do PIB da RMC, cadauma. Este grupo detém 65,8% do VA industrial da RMC e 75,2% dode serviços.

À exceção de Campinas, nos demais municípios classificadosno grupo 4, o VA do setor industrial tem participação superior a 61%no total municipal. Por sua vez, suas participações no total do VAindustrial do Estado variam de 0,8% a 2,4%. Com relação aos serviços,as participações no VA estadual do setor variam de 0,7% a 2,2%.

O perfil do município de Campinas difere dos demais, uma vezque, dada sua posição de sede regional, apresenta maior participaçãodo setor de serviços na sua estrutura produtiva (54,7%), embora aindústria tenha também peso significativo (44,6%). O destaque domunicípio-sede fica com as suas participações no total estadual do VAde serviços (5,5%) e do VA industrial (2,3%).

Campinas possui escala para desenvolver um conjunto de ati-vidades tradicionalmente encontradas apenas nas grandes capitais dopaís. Seu setor terciário engloba um desenvolvido segmento de serviços,com destaque para os complexos universitário, cultural e hospitalar;grandes redes educacional, bancária, imobiliária e de transportes; comér-cio de grande porte ou especializado; rede de alojamento e alimentaçãoe serviços pessoais diferenciados.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

A diversificação e o peso da estrutura industrial da RMC sãomarcantes, podendo-se destacar o Pólo Petroquímico de Paulínia, com-posto pela Replan, da Petrobrás, e por outras empresas do setor químicoe petroquímico; o parque têxtil de Americana, Nova Odessa e SantaBárbara d´Oeste; o pólo de alta tecnologia de Campinas e Hortolândia.

Na distribuição dos 19 municípios metropolitanos nos diferen-tes grupos, quatro foram classificados no grupo 2 – municípios agroter-ciários: Engenheiro Coelho, Holambra, Santo Antônio de Posse e ArturNogueira. Em conjunto, são responsáveis por apenas 1,6% do PIB re-gional. São, de fato, os municípios que apresentam as maiores partici-pações da agropecuária em suas estruturas produtivas, respectivamente40,4%, 33,8%, 29,2% e 28,3%; e as menores participações da indús-tria. Na agropecuária, os principais produtos são a laranja e a cana-de-açúcar para Engenheiro Coelho, Artur Nogueira e Santo Antônio dePosse, enquanto em Holambra é o cultivo de flores e de plantas orna-mentais. Os quatro municípios contribuem com 34,4% do VA daagropecuária da RMC, significando a maior contribuição entre os qua-tro grupos presentes na região.

À exceção de Engenheiro Coelho, os outros três municípios têmno setor dos serviços a maior contribuição para o total do VA munici-pal. Artur Nogueira e Santo Antônio de Posse estão entre os municípi-os da RMC onde o setor de serviços tem os maiores pesos em suasestruturas produtivas (mais de 45% do VA total), com destaque para aadministração pública, mas com participação também significativa dasatividades imobiliárias e serviços prestados às empresas. Em Engenhei-ro Coelho, a composição do setor de serviços é mais diversificada, coma maior participação a cargo das atividades imobiliárias e serviços pres-tados às empresas. Registra-se a presença no município do Centro Edu-cacional Adventista – que reúne mais de 2.000 alunos nos níveis mé-dio e universitário. Já em Holambra, além do turismo, há o comércioligado à produção agropecuária, notadamente ao sistema Veiling decomercialização de flores e todo o sistema de empresas de transportes

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

a ele associado, que faz com que a parcela de maior peso deste setorseja a do comércio.

Esses municípios se beneficiam do processo de integração metro-politana, tanto no que diz respeito às conseqüências da dinâmicademográfica, expansão urbana e localização de condomínios residen-ciais, quanto na localização de atividades econômicas que buscam aRMC e privilegiam áreas mais baratas, fora do município-sede. Os quatromunicípios abrigam 3,1% da população da RMC.

Os dois municípios restantes, Cosmópolis e Pedreira, foram clas-sificados no grupo 6 – multissetoriais. São responsáveis, juntos, porapenas 1,4% do PIB metropolitano. As participações dos serviços emsuas estruturas produtivas (cerca de 50% do VA) estão entre as maio-res da RMC, com grande presença das atividades imobiliárias e dosserviços prestados às empresas. Ao mesmo tempo, possuem participa-ção significativa da indústria e, no caso de Cosmópolis, também daagropecuária. Essas localidades, no entanto, não possuem peso eco-nômico significativo no conjunto do Estado.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Tabela 7

População, PIB, PIB per Capita e Distribuição doVA Municipal, por Setor de AtividadeRegião Metropolitana de Campinas

2004VA Municipal (%)

GrupoPIB Total PIB per

Agro- Indús-Serviços, Serviços

do PIBPopulação (R$ milhões) Capita

pecuária triaexceto da Admi-Município

(R$) Adminis- nistraçãotração PúblicaPública

2 Artur Nogueira 40.218 266,0 6.615,1 28,2 23,7 31,0 17,0

2 Holambra 8.128 201,7 24.817,4 33,8 31,1 29,0 6,2

2 EngenheiroCoelho 11.845 182,9 15.437,1 40,4 33,4 18,7 7,5

2 Santo Antôniode Posse 20.113 157,8 7.845,1 29,2 24,7 30,6 15,4

3 Jaguariúna 33.194 3.728,0 112.308,7 1,1 82,5 14,6 1,8

3 Hortolândia 186.726 2.354,2 12.607,9 0,4 66,7 20,8 12,0

3 Santa Bárbarad’Oeste 182.808 1.907,6 10.435,0 1,5 60,8 26,2 11,5

3 Valinhos 90.714 1.824,5 20.113,1 3,8 57,5 31,2 7,6

3 Vinhedo 54.194 1.622,6 29.940,2 1,3 68,7 24,3 5,7

3 Itatiba 91.228 1.387,3 15.207,2 3,9 58,5 28,6 9,0

3 Monte Mor 43.384 831,5 19.165,5 4,6 70,6 18,5 6,3

3 Nova Odessa 46.180 757,5 16.403,7 1,2 68,8 21,8 8,2

4 Paulínia 58.827 10.010,0 170.160,6 0,4 61,3 36,2 2,2

4 Campinas 1.031.887 14.716,8 14.262,1 0,7 44,6 43,1 11,6

4 Americana 197.345 3.557,1 18.024,7 0,3 64,5 26,9 8,3

4 Sumaré 225.307 3.674,8 16.310,0 1,5 66,0 23,4 9,0

4 Indaiatuba 170.703 3.239,5 18.977,6 1,1 67,2 23,9 7,8

6 Cosmópolis 48.638 424,8 8.734,9 12,1 37,4 34,3 16,2

6 Pedreira 38.937 306,0 7.858,3 3,7 45,8 34,3 16,2

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

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ANEXO METODOLÓGICO

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Relatório metodológico dos grupos do PIBRelatório metodológico dos grupos do PIBRelatório metodológico dos grupos do PIBRelatório metodológico dos grupos do PIBRelatório metodológico dos grupos do PIBdos municípios do Estado de São Paulodos municípios do Estado de São Paulodos municípios do Estado de São Paulodos municípios do Estado de São Paulodos municípios do Estado de São Paulo

INTRODUÇÃO

E ste anexo descreve a metodologia utilizada na criação da tipologiade municípios do Estado de São Paulo baseada no PIB municipal.

A metodologia considera a participação dos setores de atividade nageração de riqueza e os respectivos pesos municipais nos VAs estadu-ais. Para tanto, foram utilizados os dados do valor adicionado queformam o Produto Interno Bruto – PIB municipal do Estado para 2004,calculado em conjunto com o IBGE.

Deve-se ressaltar que a Fundação Seade utiliza essa metodologiadesde o cálculo do PIB municipal de 2002, com apenas pequenas alte-rações de um ano para outro, indicando, assim, que não ocorreramgrandes mudanças estruturais na produção da riqueza dos municípi-os.

A tipologia dos municípios da Região Metropolitana de Cam-pinas representa somente um zoom nessa área, no sentido de possibi-litar a comparação com os demais municípios do Estado.

A seguir, apontam-se e comentam-se os procedimentos de re-sumo de dados adotados com vistas à classificação dos 645 municípi-os paulistas, em grupos, segundo a produção de riqueza, mensuradapor indicadores sintéticos que resumem as variáveis estudadas.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

VARIÁVEIS ESTUDADAS

A aplicação de técnicas estatísticas de resumo de dados, noâmbito deste estudo, visou a redução da dimensionalidade das variáveisutilizadas para a definição operacional de uma tipologia de municípios.O Quadro 1 apresenta as variáveis consideradas.

Quadro 1

Relação das Variáveis Utilizadas no Estudo

% do VA da agropecuária do município no total do VA do município

% do VA da indústria do município no total do VA do município

% do VA dos serviços, exceto de administração pública, do município nototal do VA do município

% do VA dos serviços de administração pública do município no total doVA do município

% do VA da agropecuária do município no total do VA respectivo doEstado

% do VA da indústria do município no total do VA respectivo do Estado

% do VA dos serviços, exceto de administração pública, do município nototal do VA respectivo do Estado

% do VA dos serviços de administração pública do município no total doVA respectivo do Estado

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

Essas variáveis foram incluídas no estudo para verificar o perfilda produção do município, segundo o setor de atividade e o pesodessa produção no total do Estado de São Paulo.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

ANÁLISE FATORIAL

Utilizando-se os dados de VA para 2004, foram obtidos indica-dores sintéticos (escores fatoriais) por meio da análise fatorial, com ométodo dos componentes principais e a transformação Varimax, utili-zando-se o software SPSS versão 13.0.

Resultados da análise fatorial

O Município de São Paulo foi excluído da análise, pois seu perfilé muito particular. A partir da análise fatorial dos dados, verificou-seque a variável porcentagem do VA da agropecuária municipal no totaldo VA do setor do Estado não mostrou “comunalidade” alta com asdemais variáveis, ou seja, não tem muito em comum com as demaisvariáveis e, portanto, foi excluída do modelo. Aplicando-se a análisefatorial às demais variáveis, resultaram três fatores que explicam 90,5%da variabilidade total dos dados. A escolha desse número de fatoresdeu-se a partir do número de autovalores da matriz de correlaçãomaiores do que um, já que um autovalor pequeno sugere uma reduzidacontribuição do fator na explicação das variações das variáveis originais(Tabela 1).

Tabela 1

Parcela da Variância Total Explicada pela Análise Fatorial

Fator Autovalor% de Variância % de Variância

Explicada Acumulada

1 2,76 39,4 39,4

2 1,85 26,4 65,9

3 1,69 24,2 90,1

Nota: Os fatores já estão na forma ortogonal, isto é, foi realizada uma rotação Varimax nas dimensões originais.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Os resultados da análise fatorial podem ser interpretados pormeio das “cargas fatoriais”. Cada uma das cargas fatoriais representaa medida de correlação entre o fator derivado da análise e as medidasoriginais, podendo ser interpretada como se faz com um coeficientede correlação de Pearson (Tabela 2).

Tabela 2

Cargas Fatoriais Rotacionadas pela Transformação Varimax

Variáveis 2004Fator 1 Fator 2 Fator 3

% do VA dos serviços, exceto de administraçãopública, do município no total do VA do Estado 0,952 0,095 0,073

% do VA dos serviços de administraçãopública do município no total do VA do Estado 0,932 0,203 0,113

% do VA da indústria do município nototal do VA da indústria do Estado 0,882 0,243 -0,129

% do VA da indústria do município nototal do VA do município 0,204 0,956 -0,201

% do VA da agropecuária do municípiono total do VA do município -0,225 -0,887 -0,402

% do VA dos serviços de administraçãopública do município no total do VAdo município -0,203 -0,094 0,867

% do VA dos serviços, exceto deadministração pública, do municípiono total do VA do município 0,275 0,179 0,839

Fonte: Fundação Seade.

A partir desses resultados, os fatores foram interpretados como:

fator 1 – Concentração dos serviços e da indústria, pormunicípio, no total do Estado: expressa a concentraçãoda indústria e dos serviços, tanto os da administração públicacomo os demais, por município, no total do Estado. Valores

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

altos significam que o município tem uma maior participaçãodos serviços e da indústria no total do Estado;

fator 2 – Produção do município na indústria: as maiorescorrelações estão presentes com as variáveis referentes àporcentagem do VA da indústria no total do VA do município,e negativamente com a porcentagem do VA da agropecuáriano total do VA do município. Analogamente ao fator 1,altos valores mostram que o município tem maior produçãona indústria e menor na agropecuária; valores menoresindicam que o município possui maior produção naagropecuária e menor na indústria;

fator 3 – Produção do município em serviços: expressaas porcentagens do VA dos serviços, tanto os da admi-nistração pública como os demais, no total do VA do muni-cípio. A ênfase na produção em serviços é apontada porvalores elevados do indicador.

A partir desses resultados é possível obter três escores fatoriais,que expressam as dimensões apresentadas na Tabela 2 e que nadamais são do que combinações lineares das variáveis originais. Da mesmaforma que as “cargas fatoriais”, os coeficientes de cada variávelexpressam seu “peso” na composição do indicador.

Assim, para cada um dos 644 municípios, é possível sintetizara maior parte das informações contidas nas oito variáveis originais emapenas três indicadores. Os coeficientes desses indicadores são apre-sentados na Tabela 3.

Apesar da possibilidade de ordenar os municípios segundo ostrês indicadores, não é possível quantificar esses indicadores em termosabsolutos, com valores “altos” ou “baixos”, mas apenas relativamente.Este fato deve-se à padronização utilizada – geração de z-escores commédia igual a zero e variância igual a um.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Tabela 3

Coeficientes dos Escores Fatoriais

Variáveis 2004Fator 1 Fator 2 Fator 3

% do VA dos serviços, exceto de administraçãopública, do município no total do VA do Estado 0,398 -0,158 0,026

% do VA dos serviços de administração públicado município no total do VA do Estado 0,364 -0,084 0,042

% do VA da indústria do município no totaldo VA da indústria do Estado 0,336 -0,029 -0,105

% do VA da indústria do município no totaldo VA do município -0,124 0,604 -0,189

% do VA da agropecuária do município no totaldo VA do município 0,107 -0,512 -0,178

% do VA dos serviços de administração públicado município no total do VA do município -0,079-0,077 0,530

% do VA dos serviços, exceto de administraçãopública, do município no total do VAdo município 0,071 -0,001 0,489

Fonte: Fundação Seade.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

Para 2002, foi aplicada uma análise de conglomerados aosescores fatoriais e, em seguida, uma análise de discriminante paraconfirmar os grupos. Foram gerados sete grupos homogêneos demunicípios quanto ao perfil do PIB, sendo que um grupo é formadoexclusivamente pelo Município de São Paulo. Como os resultados de2002, 2003 e 2004 da análise fatorial mostraram-se bastante estáveis,utilizou-se a mesma função discriminante gerada com os dados de2002 sobre os escores fatoriais novos para classificar os municípios nossete grupos formados com os dados de 2004.

Resultados da Classificação dos Municípios

A Tabela 4 apresenta os valores médios dos escores fatoriaissegundo os grupos.

Tabela 4

Valores Médios dos Escores Fatoriais,(1) por AgrupamentoEstado de São Paulo

2004

Fatores Agrupamentos (1)

1 2 3 4 6 7Total

Fator 1 -0,08 -0,21 -0,27 3,54 0,05 -0,33 0,00

Fator 2 -1,02 -0,36 1,62 0,76 0,95 0,10 0,00

Fator 3 -0,79 0,16 -1,00 -0,19 0,66 1,59 0,00

Municípios 170 192 84 29 80 89 644

Fonte: Fundação Seade.

(1) Exclusive o Município de São Paulo, que compõe o Grupo 5.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Pelo Gráfico 1, é possível verificar o perfil desses grupos.

Gráfico 1

Valores Médios dos Escores Fatoriais, segundo AgrupamentosEstado de São Paulo

2004

Fonte: Fundação Seade.

Resumidamente, os sete agrupamentos podem ser interpretados,através dos fatores, como:

grupo 1 – agropecuários: municípios que possuem a menormédia do fator 2 (produção na indústria), a segunda menormédia do fator 3 (produção nos serviços) e a média do fator 1(concentração dos serviços e indústria) praticamente na médiado Estado. Logo, esse grupo reúne os municípios cuja produçãoconcentra-se na agropecuária;

grupo 2 – agroterciários: possuem a segunda menor médiado fator 2 (produção na indústria), a média do fator 3 (pro-dução nos serviços) acima da média do Estado e a média dofator 1 abaixo da média do Estado. Logo, esse grupo reúne

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

Agropecuários Agroterciários Industriais Simples Ind. Complexos Multisetoriais Terciários Simples

grupos

Fator 1 Fator 2 Fator 3

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

os municípios que dependem da produção na agropecuária,porém apresentam um pouco de sua produção nos serviços,e no Estado, a sua produção representa pouco nos serviços;

grupo 3 – industriais simples: apresentam a maior média nofator 2 (produção do município na indústria), a menor médiano fator 3 (produção nos serviços) e a média do fator 1(concentração da indústria e dos serviços) abaixo da médiado Estado. Portanto, esse grupo reúne os municípios essen-cialmente industriais que não detêm a concentração da indús-tria no Estado;

grupo 4 – industriais complexos: são aqueles com a maiormédia no fator 1 (concentração da indústria e serviços), ele-vada média do fator 2 (produção do município na indústria)e a média do fator 3 (produção nos serviços) um pouco abaixoda média do Estado. Portanto, esse grupo deve conter osmunicípios basicamente industriais e que concentram o VAda indústria no Estado;

grupo 5 – São Paulo;

grupo 6 – multissetoriais: possuem a segunda maior médiado fator 3 (produção nos serviços), e médias do fator 2 (pro-dução na indústria) e do fator 1 (concentração dos serviços eda indústria) acima da média do Estado. Esse grupo englobaos municípios que têm produção alta nos serviços, mas quetambém apresentam produção na indústria e concentram oVA dos serviços e da indústria nos seus municípios;

grupo 7– terciários simples: possuem a maior média do fator3 (produção nos serviços), a mais baixa média do fator 1(concentração dos serviços e indústria) e média do fator 2(produção na indústria) próxima da média do Estado. Por-tanto, esse grupo deve conter os municípios que dependemdos serviços e exibem baixa representação do VA de servi-ços no Estado.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

A Tabela 5 apresenta as médias das variáveis originais segundoos sete agrupamentos. Já a Tabela 6 traz a porcentagem de concen-tração dos grupos, por setor de atividade do VA no Estado.

Tabela 5

Participação do VA no Total dos Municípios e do Estado,por Setor de Atividade, segundo Agrupamentos

Estado de São Paulo2004

Em porcentagemParticipação do VA no Total dos Municípios

Grupos Serviços, exceto Serviços deAgropecuária Indústria de Administração Administração

Pública Pública

Total 33,9 26,0 26,1 14,1Agropecuários 62,8 8,6 19,1 9,5

Agroterciários 41,0 17,4 25,7 16,0

Industriais Simples 11,1 61,4 19,9 7,7

Ind. Complexos 1,5 56,6 33,4 8,5

São Paulo 0,0 39,3 51,3 9,4

Multissetoriais 8,3 41,6 34,4 15,7

Terciários Simples 18,7 20,1 35,9 25,3

Em porcentagemParticipação do VA no Total do Estado

Grupos Serviços, exceto Serviços de No deAgro- Indús- de Adminis- Administração Muni-

pecuária tria tração Pública Pública cípios

Total 0,16 0,16 0,16 0,16 645

Agropecuários 0,22 0,00 0,01 0,02 170

Agroterciários 0,16 0,01 0,02 0,04 192

Industriais Simples 0,16 0,19 0,08 0,10 84

Ind. Complexos 0,15 1,53 1,18 1,01 29

Agroindustriais/Ind.-terciários 0,07 25,16 40,51 28,76 1

Multissetoriais 0,13 0,12 0,14 0,23 80

Terciários Simples 0,04 0,01 0,02 0,05 89

Fonte: Fundação Seade.

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

Tabela 6

Distribuição do Valor Adicionado, por Setor de Atividade,segundo Agrupamentos

Estado de São Paulo2004

Em porcentagem

% de Agro. % da% de Ser- % de

Participação No de

no Total do Indústria noviços, Exceto Serviços

no VA total Muni-VA Agro. Total do VA

Adm. Públ., de Adm.

do Estado cípios

Gruposdo Estado Industrial

no Total do Públ. no

do EstadoVA dos Serviços, Total do

Exceto Adm. VA dosPública do serviços de

Estado Adm. Públ.do Estado

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 645Agropecuários 36,7 0,8 2,0 3,1 3,8 170

Agroterciários 31,5 2,8 4,0 7,5 5,5 192

Industriais Simples 13,2 15,8 6,4 8,5 11,4 84

Ind. Complexos 4,4 44,5 34,1 29,3 36,5 29

São Paulo 0,1 25,2 40,5 28,8 29,6 1

Multissetoriais 10,4 10,0 10,9 18,0 11,1 80

Terciários Simples 3,7 1,0 2,2 4,9 2,0 89

Fonte: Fundação Seade.

Assim, os sete grupos podem ser interpretados, através desseconjunto de dados (Gráficos 2 e 3), como:

grupo 1 – agropecuários: municípios que possuem a maiormédia da porcentagem de VA da agropecuária (62,8%) noVA total do município, a segunda menor média da porcen-tagem de VA dos serviços, exceto de administração pública(19,1%), no total do VA do município. Esse grupo é respon-sável por cerca de 36,7% do VA de agropecuária do Estado,e concentra 3,8% do VA no Estado, reunindo os municípioscuja produção está centrada na agropecuária;

grupo 2 – agroterciários: possuem a segunda maior médiada porcentagem de VA da agropecuária (41%) no VA totaldo município, a segunda maior média da porcentagem de

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

VA dos serviços de administração pública (16%) no total doVA do município. Esse grupo detém 31,5% do VA de agrope-cuária do Estado e 7,5% do VA dos serviços de administraçãopública do Estado, reunindo os municípios cuja produção seconcentra na agropecuária associada à dos serviços de admi-nistração pública;

grupo 3 – industriais simples: apresentam a maior média daporcentagem de VA da indústria (61,4%) no VA total domunicípio, as menores médias das porcentagens de VA dosdois tipos de serviços no total do VA do município e cercade 13,2% do VA da indústria do Estado. Portanto, esse gruporeúne os municípios essencialmente industriais que nãodetêm a concentração da indústria no Estado;

grupo 4 – industriais complexos: possuem a segunda maiorporcentagem de VA da indústria (56,6%) no VA total domunicípio e porcentagem (33,4%) de VA dos serviços, excetode administração pública, no total do VA do município su-perior à média do Estado. Esse grupo concentra 44,5% doVA da indústria do Estado, 34,1% do VA dos serviços, excetode administração pública, e 29,3% do VA dos serviços deadministração pública do Estado. Portanto, esse grupo, for-mado por 29 municípios, concentra a produção da indús-tria do Estado associada aos serviços;

grupo 5 – São Paulo;

grupo 6 – multissetoriais: possuem a terceira maior médiade porcentagem do VA dos serviços (34,4%), exceto de ad-ministração pública, no VA total do município e a porcenta-gem da indústria (41,6%) no VA total do município. Essegrupo engloba os municípios que têm produção alta nosserviços, mas também apresentam produção na indústria.

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0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Agropecuários Agroterciários IndustriaisSimples

Ind. Complexos São Paulo Multisetoriais Terciários Simples

% de agro no total do VA do município % de indústria no total do VA do município % de serviços, exceto de adm. publ., no total do VA do município% de serviços de adm. pública no total do VA do município

Em %

grupo 7 – terciários simples: apresentam a segunda maiormédia da porcentagem do VA dos serviços (35,9%), excetoda administração pública, no VA total dos municípios e amaior porcentagem do VA dos serviços da administraçãopública (25,3%) no VA total dos municípios. Asconcentrações do VA por setor de atividade no total deEstado são iguais ou inferiores a 5%. Portanto, esse grupoagrega os municípios que dependem dos serviços com baixarepresentação do VA de serviços no Estado.

Gráfico 2

Participação no VA Total dos Municípios, por Setor de Atividade,segundo Agrupamentos

Estado de São Paulo2004

Fonte: Fundação Seade.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Gráfico 3

Participação no VA Total do Estado, por Setor de Atividade,segundo Agrupamentos

Estado de São Paulo

2004

Fonte: Fundação Seade.

Na Tabela 7 (Gráfico 4), verifica-se que para os grupos 1 (muni-cípios cuja produção é originária da agropecuária), 3 (municípios comprodução unicamente na indústria), 4 (municípios com produção naindústria associada aos serviços) e o Município de São Paulo, a porcen-tagem do VA em relação ao Estado é maior do que a da população.Assim, constata-se uma concentração de cerca de 81% do VA do Esta-do nesses grupos, e somente 68% para a população.

O Mapa 1 apresenta essa tipologia para os municípios doEstado.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

Agropecuários Agroterciários Industriais Simples Ind. Complexos São Paulo Multisetoriais Terciários Simples

% de agro no total do VA agro do Estado % da industria no total do VA industrial do Estado % de serviços, exceto adm. publ., no total do VA dos serviços, exceto adm. publ. do Estado % de serviços de adm. publ. no total do VA dos serviços de adm. publ. do Estado % de VA total no Estado

Em %

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Tipologia econômica dos municípios da RMC

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0%

Agropecuários

Agroterciários

Industriais Simples

Ind. Complexos

São Paulo

Multissetoriais

Terciários Simples

Gru

pos

VAPopulação

Tabela 7

Valor Adicionado e População, segundo AgrupamentosEstado de São Paulo

2004

Tamanho Nº deGrupos

Valor Adicionado PopulaçãoMédio dos Muni-

Municí- cípiosR$ mil % Em mil pessoas % pios (1)

Total 514.548.363,8 100,0 39.825.226 100,0 61,7 645Agropecuários 19.536.802,7 3,8 1.233.031 3,1 7,3 170

Agroterciários 28.519.234,3 5,5 3.137.965 7,9 16,3 192

Industriais Simples 58.697.393,9 11,4 3.510.223 8,8 41,8 84

Ind. Complexos 187.784.017,5 36,5 11.444.505 28,7 394,6 29

São Paulo 152.472.518,8 29,6 10.838.581 27,2 10.838,6 1

Multissetoriais 57.269.710,2 11,1 7.701.420 19,3 96,3 80

Terciários Simples 10.268.686,5 2,0 1.959.501 4,9 22,0 89

Fonte: Fundação Seade.(1) Em 1.000 pessoas – 2004

Gráfico 4

Porcentagem do VA e da População, segundo AgrupamentosEstado de São Paulo

2004

Fonte: Fundação Seade.

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Análise sobre a estrutura econômica da Região Metropolitana de Campinas

Mapa 1

Municípios, segundo Agrupamentos do Perfil do PIB MunicipalEstado de São Paulo

2004

Fonte: Fundação Seade.

1 (170)

7 (89)6 (80)5 (1)4 (29)3 (84)2 (192)

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