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TÍTULO: O USO DE HISTÓRIAS INFANTIS NO ATENDIMENTO A CRIANÇAS COM COMPORTAMENTO AGRESSIVO: ELABORAÇÃO E SAÚDE MENTAL TÍTULO: CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA: ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA: SUBÁREA: PSICOLOGIA SUBÁREA: INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU INSTITUIÇÃO: AUTOR(ES): ISABELA DA SILVA RIBEIRO AUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): PATRICIA SOARES BALTAZAR BODONI ORIENTADOR(ES): COLABORADOR(ES): MARIANA VIEIRA LIGO COLABORADOR(ES):

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TÍTULO: O USO DE HISTÓRIAS INFANTIS NO ATENDIMENTO A CRIANÇAS COM COMPORTAMENTOAGRESSIVO: ELABORAÇÃO E SAÚDE MENTALTÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAISÁREA:

SUBÁREA: PSICOLOGIASUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE BAURUINSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ISABELA DA SILVA RIBEIROAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): PATRICIA SOARES BALTAZAR BODONIORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): MARIANA VIEIRA LIGOCOLABORADOR(ES):

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FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU CURSO DE PSICOLOGIA

O USO DE HISTÓRIAS INFANTIS NO ATENDIMENTO A CRIANÇAS COM COMPORTAMENTO AGRESSIVO:

ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SAÚDE MENTAL

Relatório Parcial

Orientador: Mariana Vieira Ligo Aluna: Isabela da Silva Ribeiro

BAURU 2014

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RESUMO

O presente estudo consiste em uma avaliação de um grupo de sete

crianças de 7 a 12 anos, que são atendidas no CAPS Infantil na cidade de

Bauru/SP. O objetivo primário do trabalho é investigar se os contos infantis podem

auxiliar na redução de comportamentos agressivos das crianças com transtornos

mentais encaminhadas a uma unidade do CAPSi; e o secundário identificar os

comportamentos reativos/agressivos. O estudo verificará a relação entre contos de

fadas, a elaboração de conflitos intrapsíquicos e diminuição dos comportamentos

reativos/agressivos de crianças. Os instrumentos utilizados para tanto são aplicação

do Inventário de Comportamentos de Crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos -

CBCL, do teste projetivo HTP e os contos de fadas (apresentado no modelo de

oficinas terapêuticas de Celso Gutfreind – 1999; 2010). Os resultados parciais

baseados no CBCL e HTP apontaram a presença de comportamentos agressivos

nos 8 sujeitos avaliados. De modo que seis deles apresentaram comportamentos

internalizados como forma de controle da agressividade e dois apresentaram

prevalência nos comportamentos externalizados. O presente estudo vislumbra

contribuições à comunidade científica, pois a pesquisa poderá contribuir para o

enriquecimento de dispositivos de atendimento a crianças que necessitam de

tratamento em saúde mental. Espera-se que as oficinas ofereçam um espaço de

elaboração e desenvolvimento de saúde mental através do estabelecimento de uma

atividade com um enquadre (com o conto e a presença constante do adulto) que

ajude a criança a desenvolver os seus processos cognitivos, de simbolização e de

socialização.

Palavras-chave – Infância; Agressividade; Comportamentos Agressivos; CAPSi;

Contos de Fada.

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente há um grande contingente de crianças e adolescentes com

problemas no desenvolvimento. Em nosso país, as condições sociais, configuração

familiar, condições socioeconômicas desfavoráveis e miséria social favorecem o

desenvolvimento de patologias físicas e mentais, como a depressão e os transtornos

de conduta na infância. O desemprego, uniões transitórias do casal, alcoolismo,

violência e famílias incompletas, afetam o desenvolvimento da criança, uma vez que

estas não têm asseguradas as condições básicas necessárias ao bom

desenvolvimento psicossocial e não conseguem reagir diante de tais adversidades.

As experiências reais de traumas e privações contribuem para a formação de

organizações patológicas da personalidade. O índice de crianças agressivas,

indisciplinadas e hiperativas, neste contexto social, atinge números alarmantes

(CALDERANO e CARVALHO, 2005; BORSA, 2012).

Na rede pública de saúde, os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-

Juvenil (CAPSi) são os locais destinados ao atendimento de crianças e adolescentes

que necessitam de cuidados relativos à saúde mental. Os CAPSi ’s são compostos

por equipes multiprofissionais que contenham no mínimo doze profissionais: um

psiquiatra, neurologista ou pediatra com formação em saúde mental infantil, um

enfermeiro, quatro profissionais de nível superior (psicólogo, assistente social,

terapeuta ocupacional,fonoaudiólogo, pedagogo) e cinco profissionais de nível

médio. São prioritários os atendimentos para autistas, psicóticos e para todos

aqueles cuja problemática incida diretamente em prejuízos psicossociais severos na

socialização, inclusão escolar, familiar/comunitária (COUTO, DUARTE e DELGADO,

2008).

Em grande parte das condições mentais infantis mencionadas acima, a

ocorrência de comportamentos agressivos ou antissociais é uma queixa constante.

A manifestação da agressividade pode ser definida como todo comportamento

verbal e/ou físico que é direcionado a outros indivíduos com a intenção de

prejudicar, causar danos, machucar, defender-se de algum agravo ou rejeição

sofrida ou sentida. É expressa em atitudes como: chutar, bater, empurrar, morder,

ameaçar, insultar e xingar. Os comportamentos agressivos podem ter uma função

reativa ou proativa. O comportamento agressivo reativo se caracteriza por uma

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resposta hostil, de raiva em defesa a um insulto, ofensa ou proibição à realização do

seu objetivo. Geralmente, estão associados ao baixo autocontrole e tendência ao

uso de estratégias hostis para resolver problemas. Por outro lado, o comportamento

agressivo proativo é deliberado e induzido por elementos externos, e pode

proporcionar o alcance de objetivos tanto positivos quanto negativos, como na

capacidade de liderança, competência social, autonomia e iniciativa, ou na

criminalidade, delinqüência, fobia social e vitimização, respectivamente (BORSA,

2012; LISBOA, 2005).

As relações afetivas estabelecidas na família constituem um determinante

para o desenvolvimento emocional da criança, seja na prevenção de psicopatologias

ou na instauração e perpetuação das mesmas (WINNICOTT, 1995). Os laços

afetivos proporcionam apoio psicológico, social e auxiliam no enfrentamento das

dificuldades do cotidiano; em contrapartida, a ocorrência intensa de conflitos no

ambiente familiar pode gerar estresse e agressividade, principalmente na criança.

Durante o desenvolvimento infantil observa-se a ocorrência de comportamentos

desejáveis e indesejáveis em uma criança. Dentre os indesejáveis, têm-se os

comportamentos internalizados, como por exemplo: retraimento, tristeza,

insegurança, medos e ansiedade. Entretanto, existem também os externalizados,

que são comportamentos expressos por agressividade, impulsividade, agitação,

explosividade e atitudes antissociais. Os comportamentos agressivos, em alta

frequência, são indicativos de sofrimento por parte da criança, que, na falta de

recursos expressivos mais elaborados para demonstrar que está com dificuldades,

pode recorrer à agressão para sinalizar a presença de sobrecarga emocional

(ROHENKOHL e KERN DE CASTRO, 2012).

No atendimento terapêutico à criança, Simon e Yamamoto (2012)

explicam que o brincar é um importante instrumento de comunicação entre a dupla

adulto-criança ou terapeuta-paciente e abre caminhos para a descoberta de áreas

profundas da mente. A atividade lúdica espontânea dá acesso aos conteúdos do

inconsciente com mais facilidade uma vez que o mecanismo de repressão de uma

criança é menos rígido. A técnica ludoterápica de Melanie Klein (apud SIMON e

YAMAMOTO, 2012), proporcionou a ampliação da percepção e compreensão dos

conflitos e o tratamento de pacientes psicóticos e, atualmente, pode ser utilizada

tanto no atendimento individual quanto grupal de crianças e adolescentes.

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A criança busca encontrar no ambiente terapêutico confiança, segurança,

acolhimento de suas angústias, sensações, traumas e necessita atribuir significados

para as “coisas” que não consegue nomear ou dizer. A esse processo de atribuir

significados às experiências dá-se o nome de simbolização, e tal capacidade tem um

potencial reconhecidamente imprescindível no desenvolvimento de todas as

capacidades da criança, tanto no âmbito intrapsíquico quanto comportamental. O

alcance desses aspectos, contudo, requer tempo e um mínimo de colaboração dos

responsáveis pela criança (GUTFREIND, 2010; POKORSKI, 2011).

Além da técnica ludoterápica, os contos de fadas também foram

apontados como recurso terapêutico de grande valia, que auxilia a criança a

determinar a fronteira entre fantasia e realidade, a pensar soluções, a lidar com as

angústias internas, a vislumbrar a dimensão do encantamento e do maravilhoso nos

fenômenos da vida e a discriminar o bem e o mal. Os contos possuem

características que facilitam a identificação de conflitivas por parte da criança

(BETTELHEIM, 1980; GUTFREIND, 2010).

Com intenção de avaliar o potencial dos contos de fadas (ou contos

infantis) como um instrumento terapêutico na intervenção com crianças, Celso

Gutfreind (1999) realizou um estudo sistemático em Paris, onde observou, através

da promoção de oficinas de contos, uma evolução favorável da vida psíquica de

crianças separadas de seus pais e vivendo em abrigos públicos. As crianças

melhoraram a própria conduta e desenvolveram a capacidade de expressar, de

diferentes formas, o sofrimento pela separação dos pais. Seu trabalho mostrou que,

pela via das histórias infantis, a criança pode elaborar o universo imaginário, brincar

com conteúdos sobre o amor, a morte, o medo, a rivalidade fraterna, a separação e

o abandono e, através da simbolização, estabelecer a diferença entre fantasia e

realidade. Tais aquisições têm o potencial de melhorar a qualidade das relações da

criança consigo mesma e com o seu ambiente.

De acordo com Bettelheim (1980), os contos de fadas transmitem à

criança mensagens de que uma luta contra dificuldades graves na vida é inevitável

(faz parte da vida e existência humana), e que, ao invés de se intimidar, o sujeito

pode se defrontar firmemente com as opressões inesperadas e muitas vezes

injustas, dominar os obstáculos e, por fim, ainda emergir vitorioso. Tais mensagens

têm um potencial otimista e instilador de esperança que, sabe-se, atualmente, tem

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um valor inestimável em qualquer tratamento em saúde física ou mental (SILVARES,

2013; CORDIOLI, 2008).

Assim, fundamentado na literatura o presente estudo propõe o trabalho

interventivo com contos infantis no CAPSi da cidade de Bauru, seguindo o modelo

desenvolvido por Celso Gutfreind (1999), como método facilitador da elaboração de

conflitos intrapsíquicos e psicopatologias infantis atendidas em uma unidade de

tratamento em saúde mental.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Investigar se os contos infantis podem auxiliar na redução de

comportamentos agressivos das crianças com transtornos mentais atendidas numa

unidade do CAPSi, na cidade de Bauru/SP.

2.2 Objetivos Específicos

- Identificar se os comportamentos agressivos presentes em crianças de

sete (07) a doze (12) anos que recebem atendimento no CAPSi de Bauru são

reativos ou proativos;

- Verificar se a oficina de contos infantis, aplicada segundo o modelo de

Gutfreind (1999), por um período restrito de tempo, apresenta alguma eficácia na

diminuição de comportamentos agressivos (proativos e reativos) de um grupo de

crianças de sete a doze anos que recebe atendimento na unidade.

3 MÉTODO

3.1 Amostra

Os sujeitos da pesquisa são 8 crianças de 7 à 12 anos, sendo 7 meninos

e 1 menina. A amostra foi selecionada a partir dos critérios de inclusão para o

estudo e todos eles foram atingidos.

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1. Ter idade entre 7 e 12 anos; 2. Consentimento formal do sujeito ou responsável para a participação do

estudo; 3. Apresentar comportamentos agressivos em sua sintomatologia; 4. Estar em atendimento junto à equipe do CAPSi.

3.2 Instrumentos

3.2.1 Caracterização dos instrumentos utilizados

Entrevistas Semi-Estruturadas na etapa inicial do estudo: Realizou-se

uma entrevista individual de anamnese com um dos responsáveis por cada

criança-sujeito do estudo, a fim de se levantar dados sobre seu histórico de

desenvolvimento biopsicossocial e informações importantes sobre seu estado

atual (aspectos positivos e negativos de seu quadro) no momento anterior ao

início da avaliação. Também se realizou uma entrevista com a psicóloga da

instituição para confirmar a presença ou não de comportamentos

problemáticos que se enquadrem nos objetivos da investigação.

Inventário de Comportamentos de Crianças e Adolescentes entre 6 e 18

anos (BORDIN, MARI e CAEIRO, 1995): É a versão brasileira do “Child

Behavior Checklist/ 6-18 - CBCL” (ACHENBACH, 1991). Este instrumento

permite avaliar diversas áreas do funcionamento infantil a partir das respostas

dos pais/cuidadores a 118 itens destinado à avaliação dos problemas de

comportamento, distribuídos nas seguintes escalas: Retraimento/Depressão,

Ansiedade/Depressão, Queixas Somáticas, Problemas de Sociabilidade,

Problemas de Atenção, Problemas com o Pensamento, Violação de Regras e

Comportamento Agressivo (LIMA, 2010; EMERICH, et. al., 2012).

Entrevistas semi-estruturadas na etapa final do estudo: Serão realizadas

junto ao responsável e ao psicólogo responsável, com o objetivo de averiguar

se os mesmos observaram mudanças comportamentais nos sujeitos do

estudo durante e/ou após a conclusão das oficinas.

HTP – Casa – Árvore – Pessoa – Técnica Projetiva de Desenho – Manual

de Interpretação (John N. Buck, 1964) – técnica projetiva, que será aplicada

no formato cromático, em que o sujeito é solicitado a realizar quatro desenhos

(uma casa – uma árvore – uma pessoa do mesmo sexo do sujeito e do sexo

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oposto ao seu), com a finalidade de se obter informação sobre como uma

pessoa experiencia sua individualidade em relação aos outros e ao ambiente

do lar. A técnica estimula a projeção de elementos da personalidade e de

áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que sejam

identificados com o propósito de avaliação (BUCK, 2003).

Oficinas terapêuticas de contos: Segundo o modelo do ateliê

terapêutico de contos de Celso Gutfreind (1999; 2010), a oficina será

realizada semanalmente, durante o período de 07 semanas, com o tempo de

duração de aproximadamente 1 hora e meia. A execução das oficinas terá

sempre os mesmos facilitadores e obedecerá sempre ao mesmo enquadre:

contação de uma história ao grupo, sempre por um mesmo contador (Etapa

1); encenação (dramatização) da história pelos membros do grupo (Etapa 2);

e, por último, será realizado um desenho ao final do encontro (Etapa 3).

Durante toda oficina, um dos facilitadores fará o registro dos encontros,

periodicamente, com a finalidade de auxiliar a observação e registros dos

comportamentos das crianças, para posterior análise dos dados. Serão

utilizados sete contos tradicionais (Os Três Porquinhos, Chapeuzinho

Vermelho, João e Maria, A Branca de Neve e os Sete Anões, Cachinhos

Dourados, O Patinho Feio e o Pequeno Polegar), podendo estes serem

alterados conforme alguma informação relevante seja apurada nas

entrevistas iniciais.

3.3 Local

Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil de Bauru, localizado à rua

Azarias Leite, nº 13-38 – Bauru/SP.

4 DESENVOLVIMENTO

4.1. Entrevistas Inicialmente, estabeleceram-se com a psicóloga da instituição quais as

crianças que apresentavam sintomatologia correspondente à que foi proposta como

investigação do estudo.

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Após, foram solicitadas as autorizações para a coleta de dados na

Instituição participante em conformidade a resolução do Conselho Nacional de

Saúde CNS-196/96, assim como os participantes convidados a comporem a amostra

do estudo são menores, os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido, formalizando a participação na pesquisa, considerando a

liberdade de escolha à participação espontânea no estudo.

4.2. Coleta de Dados

4.2.1. Inventário de Comportamentos de Crianças e Adolescentes (CBCL):

Por necessidades de adaptação para melhor atendimento aos sujeitos do

estudo, foi substituído o roteiro de entrevista e anamnese pelo Inventário. Este foi

aplicado aos responsáveis das crianças que participam da pesquisa, para a coleta

de informações sobre os comportamentos dos sujeitos que compõem a amostra

desse estudo, investigação e confirmação da sintomatologia dos casos. A aplicação

do inventário foi em grupo, no próprio CAPSi conforme o comparecimento dos

responsáveis ao atendimento das crianças. Em dois dias toda a coleta pôde ser

realizada com todos os responsáveis.

4.2.2. HTP – Casa – Árvore – Pessoa – Técnica Projetiva de Desenho – Manual

de Interpretação:

A aplicação do HTP aconteceu do mesmo modo que a do inventário.

Mediante o comparecimento das crianças ao atendimento, foi solicitado aos sujeitos

o desenho colorido da Casa, Árvore e Pessoa. A etapa de realização dos desenhos

ocorreu em grupo e logo após foi feito o inquérito individualmente. Esta coleta

também ocorreu em dois encontros, pois alguns sujeitos faltaram no primeiro dia,

obrigando o pesquisador a realizar um segundo encontro de aplicação do teste,

apenas com aqueles que haviam faltado.

5 RESULTADOS

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Empregados os métodos de observação, coleta e registro de dados, se

faz necessário que, através do caráter analítico, execute-se a compreensão dos

questionários e dos desenhos do HTP, visando à exploração do material obtido, de

modo a organizá-lo e interpretá-lo qualitativamente.

A análise das informações contidas no Inventário aponta que todos os

sujeitos do estudo (8) apresentam problemas escolares (de aprendizagem e/ou de

comportamento). A figura 1 mostra que 03 sujeitos (37,5% da amostra) foram

descritos por seus responsáveis como portadores de problemas relativos a Baixo

Desempenho Escolar sem queixa de comportamento agressivo; 01 deles (12,5% da

amostra) portando apenas Problema de Comportamento (Agressividade) e 4 deles

(50% do total da amostra) foi referida como portadora de Baixo Desempenho

Escolar e Problema de Comportamento, corroborando os dados da literatura sobre a

relação entre desempenho escolar e comportamento agressivo (FERREIRA e

MARTURANO, 2002; LISBOA, 2005).

Queixas Relativas aos Sujeitos

37,5%12,5%

50,0%

Baixo Desempenho

Escolar

Problema de

Comportamento

Baixo Desempenho

Escolar e Problema de

Comportamento

Figura 1 – Frequência de problemas no desempenho escolar ou de comportamento, avaliados pelo

Inventário de Comportamentos de Crianças e Adolescentes (CBCL).

Uma revisão de literatura feita por Anderson e Bushman (2001) mostrou

que jogos violentos de videogames podem intensificar os comportamentos

agressivos em crianças. Curiosamente, a análise dos dados, aponta que 62,5% dos

sujeitos da amostra citaram o videogame como uma das principais atividades,

brincadeiras e jogos (Ver figura 2).

Fontes de Entretenimento dos Sujeitos, segundo seus

responsáveis

62,5%37,5%

Videogame

Outros

Figura 2 – Principal atividade, brincadeira e jogo, avaliado pelo Inventário de Comportamentos de

Crianças e Adolescentes (CBCL).

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Comportamentos agressivos estão associados a dificuldades de

aprendizagem, evasão escolar, sintomas de depressão, ansiedade e impulsividade

(BORSA, 2012).

Todos os sujeitos dessa pesquisa fazem uso de medicamento psicoativo

e os objetivos de tal indicação médica, de acordo com as informações apuradas,

eram diminuir os sintomas depressivos ou de ansiedade, como também os

comportamentos-problema, como agressividade, agitação, retraimento social e

emocional. Um estudo realizado por Beltrame (2010) no CAPSi de Apucarana – PR,

mostrou que normalmente os pais/responsáveis observam melhoras no

comportamento da criança ou adolescente após o uso da medicação.

O CBCL avalia problemas emocionais e de comportamento em crianças e

adolescentes. As descrições de comportamentos indicam oito escalas individuais,

que correspondem às seguintes síndromes: 1. Retraimento, 2. Queixas Somáticas,

3. Ansiedade/Depressão, 4. Problemas com o contato social, 5. Problemas com o

Pensamento, 6. Problemas com Atenção, 7. Comportamento de Quebrar Regras

(antes chamado Comportamento Delinquente) e 8. Comportamento Agressivo

(BOLSONI-FILHO, LOUREIRO & MARTURANO, 2011; LIMA, 2010).

Assim, utilizando o CBCL, no que se refere à topografia de respostas de

problemas de comportamento, foi adotado para avaliação dessa amostra o modelo

de descrição de Achenbach (1991), que classificam os comportamentos em

internalizados (Retraimento, Depressão, Ansiedade e queixas somáticas) e

externalizados (Violação de Conduta e Comportamento Agressivo: impulsividade,

agressão, agitação, características desafiantes e antissociais).

Ao preencherem o Inventário, os responsáveis analisam 118 descritores e

marcam 0 para discriminar que tal comportamento é Ausente no filho; 1 para

comportamento Às Vezes Presente e 2 para Frequentemente Presente. No intuito

de identificar os comportamentos da criança tidos como mais problemáticos pela

família, priorizou-se a observação daqueles assinalados pelo número 2 para

avaliação e discussão dos dados.

A idade média dos 8 sujeitos que participam da pesquisa é 8,6 anos. Na

figura 3 e 4 estão os comportamentos representados como internalizados e

externalizados, indicados pelos responsáveis dos sujeitos como Frequentemente

Presente (2).

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10

41

10

19 10

33

12

0

5

10

15

20

25

30

35

Sujeito 1 Sujeito 2 Sujeito 3 Sujeito 4

Comportamento Frequente

Internalizados(Retraimento, QueixasSomáticas, Ansiedade eDepressão)

Externalizados ( Violaçãode Conduta,ComportamentoAgressivo)

Figura 3 Sujeitos 1 à 4- Frequência de Comportamentos avaliados pelo Inventário de Comportamentos de

Crianças e Adolescentes (CBCL).

12

2 65

712

19

30

5

10

15

20

Sujeito 5 Sujeito 6 Sujeito 7 Sujeito 8

Comportamento Frequente

Internalizados (Retraimento, QueixasSomáticas, Ansiedade e Depressão)

Externalizados ( Violação de Conduta,Comportamento Agressivo)

Figura 4 Sujeitos 5 à 8- Frequência de Comportamentos avaliados pelo Inventário de Comportamentos de

Crianças e Adolescentes (CBCL).

Rohenkohl e Kern de Castro (2012) definiram os comportamentos

internalizados e externalizados como comportamentos indesejáveis em uma criança.

Portanto, através dos dados mostrados nas figuras 3 e 4, pode-se dizer que os

sujeitos desse estudo apresentam comportamentos indesejáveis, com maior

ocorrência nos internalizados e também pela maior parte da amostra. Somente os

sujeitos 3 (figura 3) e 7 (figura 4) apresentaram mais comportamentos

externalizados.

O HTP é um instrumento criado com a finalidade de compreender

aspectos da personalidade do indivíduo e da interação destes com as pessoas e

com o ambiente. O HTP estimula a projeção de elementos da personalidade, de

áreas de conflito e possibilita uma compreensão do funcionamento mental do

indivíduo (BORSA, 2010).

Os resultados obtidos pelo CBCL foram confirmados pela análise dos

desenhos do HTP (vide figura 5 - tabela). Todos os sujeitos expressaram em seus

desenhos aspectos de agressividade: a maioria, 6 sujeitos, com predomínio de

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sinais de retraimento, inadequação e carência afetiva (internalizados) em seus

desenhos, enquanto nos outros 2 sujeitos (sujeitos 3 e 7), preponderaram sinais de

comportamentos agressivos (externalizados).

Sujeitos HTP – Casa Árvore Pessoa Aspecto Geral

Sujeito 1

Desenho pequeno,

feito na horizontal com espaço aproximado à 1/3 da folha; Tem uma

janela e porta; Linhas das paredes frágeis= ego frágil.

Desenho pequeno,

feito na vertical. Espaço inferior à 1/3 da folha; Sem galhos,

raízes;

Desenho pequeno,

feito na vertical. Espaço aproximado à 1/3 da folha; Corpo

em forma de palito; Tem olho, boca e cabelo;

Desenhos sugerem

fortes sentimentos de inadequação ou insegurança para lidar

com o ambiente; Tendências oposicionistas;

Retraimento e carência afetiva.

Sujeito 2

Desenhos pequenos

(duas casas), feitos na horizontal com espaço aproximado à 1/3 da

folha; Não tem janela e tem uma porta pequena e chaminé;

Desenho pequeno,

feito na vertical com espaço aproximado à 2/3 da folha; Sem

galhos, raízes; Tronco longo sinalizando regressão e

inadequação;

Desenho pequeno,

feito na vertical. Espaço aproximado à 1/3 da folha; Tem

olho, boca e cabelo;

Desenhos sugerem

aspectos depressivos de personalidade; Predomínio de

preocupações com o passado; Retraimento e

carência afetiva.

Sujeito 3

Desenho (horizontal) possui paredes e

telhados repletos de rabiscos e reforços que dão um aspecto

sombrio e hostil;

Árvore (vertical) grande: implica numa

busca de satisfação supercompensatória, fantasia; Há uma face

humana na estrutura do tronco;

Desenho (vertical) corpo inteiro, possui

braços longos, mãos grandes, nariz exagerado, boca com

dentes, olho; Pessoa está de perfil;

Desenhos grandes; Expressam

hostilidade; Condições precárias de lidar com as angústias; Busca

de satisfação e controle emocional; Agressividade.

Sujeito 4

Desenho (horizontal) possui paredes, telhado detalhado,

porta, janela e chaminé; Traços fortes e retos;

Árvore (vertical) grande com tronco longo; copa em

formato de nuvens; Tem olhos e boca no tronco;

Desenho (vertical) corpo inteiro, possui braços, mãos, boca

com dentes;

Desenhos sugerem regressão, inadequação, controle

emocional, tendência obsessivo-compulsivo; Busca de satisfação;

Ambivalência; Retraimento e carência afetiva.

Sujeito 5

Desenho (horizontal) possui paredes,

telhado, porta, janelas; Paredes frágeis = ego frágil

Árvore (vertical) grande com tronco

longo; copa em formato de nuvens; Tem frutos;

Desenho (vertical) corpo inteiro, possui

braços, mãos, boca, olhos;

Desenhos sugerem dependência,

imaturidade, impulsividade; Sentimentos de

inadequação e insegurança; Busca de satisfação;

Retraimento e carência afetiva.

Sujeito 6

Desenho (horizontal)

pequeno, sem janela, porta; Sem detalhes;

Árvore (vertical) sem

raíz, galho, copa em formato de nuvem;

Desenho (vertical) em

forma de palito, olho e boca;

Desenhos sem

detalhes; Sugerem inadequação, regressão,

impulsividade; Busca de satisfação; Retraimento e

carência afetiva.

Sujeito 7

Desenho (horizontal) possui janela,

chaminé, porta pequena;

Árvore (vertical) com frutos, copa em

formato de nuvens; Há simetria;

Desenho (vertical) corpo inteiro, possui

olhos, boca, nariz; Dedos das mãos pontiagudos;

Sugerem inadequação,

dependência, imaturidade; Tendência obsessivo-

compulsivo; Hostilidade, raiva; Carência afetiva e

agressividade;

Sujeito 8

Desenho (horizontal) grande, possui porta

Árvore (vertical) sem galho, raízes; copa em

formato de nuvem; Há simetria;

Desenho (vertical) corpo inteiro, possui

olhos, boca, nariz

Sugerem inadequação,

infantilidade; Tendên- cias agressivas; Carência Afetiva.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados parciais obtidos até o momento identificam a presença de

comportamentos agressivos nos sujeitos selecionados, o que confirma a aptidão

destes para a participação no estudo e nos deixa curiosos quanto aos resultados a

serem alcançados.

O presente estudo vislumbra contribuições à comunidade científica, pois a

pesquisa poderá contribuir para o enriquecimento de dispositivos de atendimento a

crianças que necessitam de tratamento em saúde mental. Espera-se que as oficinas

possibilitem um espaço de elaboração e desenvolvimento de saúde mental através

do oferecimento de um enquadre (com o conto e a presença constante do adulto)

que ajude a criança a desenvolver os seus processos cognitivos, de simbolização e

de socialização, além de contar com o potencial clínico e avaliativo dos desenhos,

que dispensam, nesse tipo de trabalho, a atividade interpretativa dos terapeutas.

7 REFERÊNCIAS

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WINNICOTT, D. W. O conceito de indivíduo saudável. In: Tudo começa em casa. São

Paulo, Martins Fontes, 1995.

8 ANEXO

Inventário de Comportamentos de Crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos

(CBCL).