8/19/2019 TJ-DF_AGI_20130020258379_21cdd

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Poder Judiciário da UniãoTribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Órgão 2ª Turma CívelProcesso N.  Agravo de Instrumento 201300202!3"#A$IAgravante(s) %&'(%T& CA)*A+ +&U+A ( &UT%&+Agravado(s) *I+T%IT& ,(*(%A)

Relator  *esem-argador +.%$I& %&C/AAcórdão N "3123

! " ! N T A

 A$%A& *( I+T%U(T& 4 A56& &%*I7%IA 4 %(IT($%A56& *(

P&)ICIA) I)ITA% 4 (8T(+6& *&+ (,(IT&+ *A +(T(5A P(A)

PA%A A (+,(%A A*II+T%ATIA 4 C&*(A56& P()& C%I( *(

(+T()I&AT& 4 (8C)U+6& *A P(A *( P(%*A *& CA%$&

1 A com9et:ncia da Justi;a ilitar< nos termos do art 12< == >? e ? da

C,@!! 9ara 9rocessar e Bulgar os crimes militares 9raticados 9or militares e

as san;es im9ostas como 9ena acessDria decorrente de inEra;ão 9enal

militar

2 Com9ete F ara de ,aGenda PH-lica o 9rocesso em ue os militares

-uscam a etensão dos eEeitos de senten;a condenatDria 9or crime não

militar< 9ara a esEera administrativa< com a reintegra;ão aos uadros da Políciailitar

3 *euKse 9rovimento ao agravo de instrumento 9ara declarar com9etente o

JuíGo da ara de ,aGenda PH-lica do *istrito ,ederal

CDdigo de eriEica;ãoL

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A 2 Ó R D 3 %

 Acordam os +enMores *esem-argadores da 2ª Turma Cível do Tri-unal deJusti;a do *istrito ,ederal e dos TerritDrios< +.%$I& %&C/A K %elator< ,7TIA%A,A() K ogal< NA)*I% )(OCI& )&P(+ JI&% K ogal< so- a Presid:ncia

do +enMor *esem-argador NA)*I% )(OCI& )&P(+ JI&%< em 9roEerir aseguinte decisãoL DAR PR%$&"!NT%. N4N&"!< de acordo com a ata do Bulgamento e notas tauigráEicas

'rasília Q*,R< 22 de Baneiro de 201>

*ocumento Assinado *igitalmente23@01@201> K 1L2#

Dese5bargador '6R#&% R%27A%elator 

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R ! 8 A T Ó R & %

CuidaKse de agravo de instrumento inter9osto 9or %o-erto Caldas

+ousa e outro contra decisão 9roEerida 9elo JuiG da !ª ara de ,aGendaPH-lica do *,< *r %o-erto Caldas +ousa e outro< ue< em a;ão ordinária

aBuiGada contra o *istrito ,ederal declinou da com9et:ncia 9ara o 9rocesso e

 Bulgamento da a;ão 9ara o JuíGo da Auditoria ilitar do *istrito ,ederal< nos

seguintes termosL

“(...) Analisando os pedidos em conjunto com a causa de pedir 

declinada na exordial, conclui-se que a presente ação se volta contra ato

disciplinar militar consistente na exclusão dos autores das fileiras da Polcia

!ilitar do "istrito #ederal.

$erifica-se, por%m, que, com a entrada em vi&or da 'menda

onstitucional n. *+*, pulicada em /0 de de1emro de 2*, que alterou a

redação do * do art. 02+ da onstituição , a compet3ncia para apreciar o

 pedido de anulação de punição em decorr3ncia de infração disciplinar, ou de

seus efeitos, % da 4ustiça !ilitar.

 Afi&ura-se, assim, a incompet3ncia, em ra1ão da mat%ria, do

4u1o #a1end5rio para processar e jul&ar o presente feito, so pena de nulidade

asoluta de todo e qualquer ato decis6rio que porventura ven7a a ser proferido.

"essa forma e em atenção 8 nova redação dada pela 'menda

onstitucional n. *+*, cae 9nica e exclusivamente 8 4ustiça !ilitar o

 jul&amento da presente demanda.

Por derradeiro, vale frisar que 75 entendimento sumulado do

colendo :upremo ;riunal #ederal, al%m de in9meros jul&ados, que consi&nam

que a compet3ncia conferida 8 4ustiça !ilitar pelo art. 02+, *, da onstituição

refere-se 8 perda de &raduação como pena acess6ria criminal, e não 8 sanção

disciplinar administrativa.

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$ % T % '

% 'en:or Dese5bargador '6R#&% R%27A 0 Relator 

Presentes os 9ressu9ostos de admissi-ilidade< conMe;o do

agravo

*A C&P(TYCIA *A A%A *( ,A(*A P')ICA PA%A

P%&C(++A% ( JU)$A% A A56& P%&P&+TA P()&+ A$%AAT(+

&s autores@agravante< %o-erto Caldas +ousa e outro< aBuiGaram

a;ão ordinária contra o *istrito ,ederal 9leiteando sua reintegra;ão aos uadros

da Polícia ilitar do *istrito ,ederal< com os eEeitos Einanceiros e administrativos

decorrentes dessa reintegra;ão

Para tanto< Eundamentam seu 9edido na a9lica;ão F esEera

administrativa< da decisão 9roEerida 9ela 2ª Turma Criminal deste e TJ*,T< nos

CDdigo de eriEica;ãoL "#201>$JJ>#S*#1%IAI"#201>$JJ>#S*#1%IAI$ A'I(T( *& *(+('A%$A*&% +.%$I& %&C/A + 

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autos da AP% n 200"03100#"K!1< ue ecluiu a 9ena de 9erda do cargo

9H-lico 9or Ealta de Eundamenta;ão da r senten;a condenatDria

& JuiG< na decisão agravada< declinou da com9et:ncia 9ara

o JuíGo da Auditoria ilitar do *istrito ,ederal< ao Eundamento de ue com9ete F

Justi;a ilitar 9rocessar e Bulgar demanda reEerente a 9erda de gradua;ão como

9ena acessDria e não F san;ão disci9linar< nos termos de decisão do +T,

1 “APELAÇÃO CRIMINAL. TENTATIVA DE ESTELIONATO. ARTIGO 171, CAPUT, C/C ARTIGO 14,INCISO II, DO CÓDIGO PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA. PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO.INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. CONJUNTO PROBATÓRIO FORTE E COESO. POLICIAIS MILITARESUE SE APRESENTARAM COMO POLICIAIS CIVIS AO PROPRIET!RIO DE ESTABELECIMENTO

COMERCIAL, COM A FINALIDADE DE APREENDER M!UINAS CAÇA"N#UEIS. INDUÇÃO DAV#TIMA A ERRO. DOLO DE FRAUDAR. OBTENÇÃO DE VANTAGEM IL#CITA. ADULTERAÇÃO DAPLACA DO VE#CULO UTILI$ADO PELOS R%US. PROVA SUFICIENTE DE UE A ADULTERAÇÃOFOI PRATICADA PELOS RECORRENTES, COM A FINALIDADE DE ASSEGURAR A IMPUNIDADEDO OUTRO CRIME. DOSIMETRIA DA PENA. AVALIAÇÃO DESFAVOR!VEL DA CULPABILIDADE. AUMENTO E&ACERBADO. REDUÇÃO. PENA DE MULTA DESPROPORCIONAL ' PENA PRIVATIVADE LIBERDADE. ADEUAÇÃO. PERDA DO CARGO. FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE. RECURSOCON(ECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.1. S)*+- 02* 171 - C3-2* P), )5)2 6525) ) 89)0, :0 52 + :0+0), ;*) 22- + )- *+@ ) )00,)-2) 02$JJ>#S*#1%IAI"#201>$JJ>#S*#1%IAI$ A'I(T( *& *(+('A%$A*&% +.%$I& %&C/A @ 

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 A decisão agravada merece reEorma

 A Buris9rud:ncia deste ( TJ*,T adota o entendimento no sentido

de ue a eegese do art 12< =>? da C,@!! no sentido de ue a com9et:ncia

da Justi;a ilitar 9ara 9rocessar e Bulgar crimes militares< -em como as 9enas

acessDrias decorrentes dessa modalidade de crimes e as 9enalidade

administrativas a9licadas em raGão desse ti9o de inEra;ãoL

“(...) 0. A &3nese da 4ustiça !ilitar est5 vinculada 8 necessidade

de criação de 6r&ão jurisdicional especial provido de compet3ncia para processar 

e jul&ar os ilcitos praticados pelos militares ante as especificidades das funç=es

que l7es são inerentes, estando vocacionada, portanto, para a apreciação das

quest=es de cun7o penal-militar, não podendo, pois, ser descaracteri1ada e l7e

ser deitada jurisdição para o processamento e jul&amento de aç=es que t3m

como ojeto a invalidação de ato administrativo praticado por autoridade militar.

2. A novel ei de Br&ani1ação 4udici5ria do "istrito #ederal - ei 

n 00.@CDE -, ao delimitar a compet3ncia da 4ustiça !ilitar do "istrito #ederal,

&uardando coer3ncia com a ori&em etiol6&ica da justiça castrense, cin&ira-a 8s

aç=es que t3m como ojeto crimes militares praticados pelos inte&rantes das

corporaç=es militares do "istrito #ederal (art. /@, F e FF e 0), o que en&loa as

sanç=es acess6rias provenientes das penas criminais, não municiando-a com

 jurisdição, contudo, para jul&ar aç=es que t3m como ojeto atos administrativos

 praticados por autoridade militar, ainda que ten7am importado na imposição de

sanção administrativo-militar.

0)-+>20 :) -) 95 :0 4 +0 5, 7 5)) )5)5 ) 4 ;2) ) +0 -25 -)0)6+5, )-"5) 0)*2) 9)0, 9) 6 5+952+2 - :) :0 0)5022;5 -)-20)25, 5 -)5 -))02-5 5)). R)-+>2- :) -) + :0 ;2) )05 -25"+, ;0 )*

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/. A inovação inserta no arti&o 02+, * e +, da onstituição

#ederal não tivera o condão de outor&ar 8 4ustiça !ilitar compet3ncia para rever 

atos administrativos, mas somente as sanç=es impostas como pena acess6ria

decorrente da pr5tica de infração penal-militar, 8 medida que, detendo a penaimposta car5ter acess6rio em relação 8 condenação criminal por ter sido imposta

como corol5rio da condenação criminal, somente a justiça castrense % que

 poder5 rev3-la por ter como premissa a pr6pria infirmação da condenação penal-

militar.

*. A&ravo re&imental con7ecido e provido. !aioria.? Q AcDrdão

n"0"!< 201300201##0>A$I< %elatorL ,)AI& %&+TI%&)A< %elator 

*esignadoLT(Z,I)& CA(TA&< 1ª Turma Cível< *ata de JulgamentoL1@0!@2013< Pu-licado no *J(L 30@0!@2013 PágL "#R

“(...) 0.

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/. A aparente antinomia das normas referidas j5 foi solucionada

 pelo :upremo ;riunal #ederal, que assentou entendimento no sentido de que a

 Auditoria !ilitar tem compet3ncia para exame das aç=es envolvendo atos

disciplinares desde que tais atos estejam relacionados 8 pr5tica de crimesmilitares e suas correspondentes sanç=es.

*. :e o ato de licenciamento de praça da Polcia !ilitar do "istrito

#ederal não decorreu da pr5tica de crime militar, relacionando-se, tão somente,

ao em da disciplina, a compet3ncia para exame da mat%ria % de uma das $aras

da #a1enda P9lica do "istrito #ederal.

+. Preliminar de incompet3ncia do 4u1o suscitada de ofcio.

:entença cassada. Apelação e reexame necess5rio prejudicados.? Q AcDrdão

n"1">!< 200!0110#>"!"AP&< %elatorL +I&( )UCI*&< %evisorL A),(U

AC/A*&< 1ª Turma Cível< *ata de JulgamentoL 2@0#@2013< Pu-licado no *J(L

03@10@2013 PágL "0R QgriEo nossoR

o caso ora em análise< alm de não se tratar de crime militar<

9orue a a;ão 9enal reEerente ao crime de estelionato e se 9rocessou 9erante

uma ara Criminal comum< o 9edido Eormulado 9elos autores@agravantes de

etensão dos eEeitos da decisão Budicial 9ara a esEera administrativa

*iante do e9osto< não Má Eundamento 9ara declinar da

com9et:ncia 9ara o 9rocesso e Bulgamento do Eeito 9ara a Auditoria ilitar do

*istrito ,ederal

D&'P%'&T&$%

 Ante o e9osto< dou ;rovi5ento  ao agravo de instrumento

inter9osto 9or %o-erto Caldas +ousa e outro 9ara declarar como com9etente

CDdigo de eriEica;ãoL "#201>$JJ>#S*#1%IAI"#201>$JJ>#S*#1%IAI$ A'I(T( *& *(+('A%$A*&% +.%$I& %&C/A C

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9ara 9rocessar e Bulgar o Eeito o JuíGo da !ª ara de ,aGenda PH-lica do *istrito

,ederal

. como voto

A 'en:ora Dese5bargadora F$JJ>#S*#1%IAI"#201>$JJ>#S*#1%IAI$ A'I(T( *& *(+('A%$A*&% +.%$I& %&C/A 0