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Todos têm direito ao sigilo médico
EDITORIAL
Carlindo Machado e Silva FilhoPresidente da SOMERJ
A
03
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
recente polêmica, envolvendo um possível
dopping do jogador Dodô, nos remete a
algumas reflexões. Dodô, assim como
qualquer cidadão, tem direito ao sigilo
médico. Tal sigilo, porém, inexiste quando
estão envolvidos jogadores de futebol.
Quantas vezes ouvimos que o jogador A
sofreu tal e qual lesão e está com a carreira
ameaçada ou que o jogador B tem uma
cardiopatia que pode levar à morte súbita,
se continuar jogando?
Acompanhando futebol há mais de quarenta
anos, me lembro da entrevista de um antigo
médico de clube a um repórter: “descobrimos
que o fulano vem tendo problemas
musculares porque está com gonorréia.”
Sempre que um exame anti-dopping dá
positivo, o fato é amplamente divulgado pela
mídia, de maneira sensacionalista, antes do
resultado da contraprova ou que se confirme
a culpa do atleta. Especialistas e “pseudo-
especialistas” comentam o caso, citando a
substância que teria sido ingerida,
independente de ser esta proibida apenas a
atletas ou, mesmo, uma droga ilícita.
Considero o atleta, que se submete ao exame,
um paciente e como tal, os profissionais
envolvidos no procedimento, são obrigados
ao sigilo.
É preciso reavaliar o conceito de dopping.
Não é possível continuar considerando
dopantes substâncias que em nada melhoram
o desempenho atlético de quem as usa. Trata-
se de um equívoco técnico e científico.
No caso de Dodô, ouvi dizerem que “não
acho que ele tenha culpa, mas tem que ser
punido para dar exemplo aos jovens”. Ora,
Dodô é ídolo de milhares de jovens, inclusive
dos meus filhos, e não é mau exemplo para
ninguém. Mau exemplo para os nossos
jovens é a impunidade de alguns políticos
envolvidos em cor rupção, sem
compromisso com o bem público e com a
população.
Ouvi, ainda, a seguinte pérola “tem que ser
punido mesmo que não tenha tido culpa,
porque o jogador é responsável por tudo o
que ingere.” Acho que qualquer pessoa deva
ser responsável por tudo o que ingira
conscientemente ou por irresponsabilidade.
Agora, poderá ser acusada quando ingere
uma substância que lhe informam permitida
ou que não sabe que contém substâncias
além das que foram informadas? Será que
um jogador de futebol deverá ser
processado se por acaso for envenenado?
Está mais do que na hora de garantirmos o
sigilo médico a todos, famosos ou anônimos.
OPINIÃO
06
O
JUL/AGO 2007
Fernando da Silva Moreira, Secretário-Geral daSOMERJ
Movimento associativo: momento
atual e perspectivas
s médicos sempre procuraram se unir em
associações com o propósito de lutar pela
classe. Assim, em 14 de fevereiro de 1886,
foi fundada a Sociedade de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro, a mais antiga
Associação Médica brasileira, com o objetivo
de congregar os médicos, defender a classe
em todos os níveis e lutar pela melhoria da
medicina, das condições de trabalho e do
atendimento à população. Naquela época, e
por mais de cerca de oitenta anos, isto é,
até o início da sétima década do século
passado, os médicos eram realmente
profissionais liberais, exercendo plenamente
a profissão e dela tirando o sustento para a
sua família.
Seguindo o exemplo da pioneira Sociedade
de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, em
todo o Estado e pelo país a fora, novas
associações médicas foram fundadas. Muitas
destas deram origem a outras entidades
importantes como a Faculdade de Medicina
de Campos e, mais recentemente, a maioria
das Unimeds surgiram de associações
médicas, onde os profissionais cansados
de serem explorados pelos “convênios”
vislumbraram na cooperativa de trabalho
médico a alternativa para tentar exercer
dignamente a profissão recebendo
honorários dignos.
Assim fica muito claro, através da história, a
importância destas associações para os
médicos brasileiros. Estas tinham suas
despesas custeadas com as contribuições
associativas que, além de serem suficientes
tanto para cobri-las, permitiram adquirir um
invejável patrimônio. Infelizmente, a partir
da sétima década do século passado, a
classe médica passou a padecer de um
terrível mal que a assola até os dias atuais: a
redução dos seus ganhos, tanto no setor
privado como no público, vendo seus
consultórios tornarem-se inviáveis pelo alto
custo e o desequilíbrio entre receita e
despesas. As associações médicas iniciaram
uma luta, da qual outras entidades médicas
também participaram, como os conselhos
regionais, sociedades de especialidades e
sindicatos, para a melhoria das condições
de trabalho e remuneração. Todavia, apesar
de todas estas lutas os médicos passaram a
ter que trabalhar cada vez mais para manter
o seu padrão de vida, ficando cada vez
menos junto à família e, diante da pesada
carga de impostos, viram-se obrigados a
cortar custos, entre os quais a contribuição
associativa, já que outras despesas, tais
como a anuidade dos conselhos regionais,
imposto sindical, impostos e taxas municipais
são fundamentais para o funcionamento de
seus consultórios. Sem falar na grande fatia
da remuneração levada pelo imposto de
renda.
O médico ficou exaurido e começou a
questionar o que receberia em troca de sua
contribuição associativa. O médico está
desiludido e sem esperanças. No interior, estas
entidades, além do caráter científico, têm o
cunho social e este funciona muito bem,
quando os médicos se encontram em festas,
coquetéis, almoços, etc. Quanto à educação
OPINIÃO07
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
médica continuada, esta é oferecida aos
médicos através dos conselhos regionais,
sociedades de especialidades e internet. No
caso do Rio de Janeiro, o CREMERJ tem
realizado esta tarefa de forma brilhante,
oferecendo todos os anos, gratuitamente a
toda classe, atualização médica de altíssimo
nível em várias especialidades e áreas de
atuação; as sociedades de especialidades o
fazem através de cursos e publicações e a
internet permite que o médico acesse os mais
variados sites de informação médica de todo
o mundo.
Desta forma, as associações médicas que
antes tinham receita suficiente para manter-
se e criar patrimônio viram-na minguar de
forma importantíssima com a saída de seus
associados e hoje, em nosso Estado, muito
poucas são capazes de cumprir com suas
obrigações junto à SOMERJ e AMB. Será o
fim do movimento associativo? Para que
este não seja encerrado, tornam-se
necessárias mudanças urgentes. Hoje, o
médico exaurido, como já foi dito
anteriormente, paga a sua sociedade
municipal, à estadual e à nacional e o que ele
recebe em troca? Encontros sociais. Para
recuperar a receita, é necessário atrair novos
associados, manter os atuais e fazer retornar
os que abandonaram o movimento. Para
isto, é preciso conscientização da
impor tância do movimento médico
associativo através de maior participação
nas lutas do dia-a-dia da classe médica, tanto
no setor privado como no público, e oferecer
serviços que o médico necessite tais como:
assessoria contábil e serviço de despachante
e assessoria jurídica. Tais serviços poderiam
ser contratados pela filiada, com apoio da
SOMERJ, e outros serem oferecidos através
da SOMERJ, com apoio da filiada, como
cartão de fidelidade com descontos em
congressos médicos e no comércio em
geral; seguros e previdência privada; e Guia
Médico do Estado do Rio de Janeiro, que
seria um catálogo com os médicos
associados de todas as filiadas com as
respectivas especialidades e os planos de
saúde que atendem.
Buscar auxílio junto a outras entidades médicas
é uma alternativa, entretanto resta saber se
estas têm como colaborar. O CREMERJ já
colabora de forma importante na estrutura
da Central Médica de Convênios, assim como
as sociedades de especialidades, porém é
muito importante para o movimento que pelos
menos os componentes de sua diretoria sejam
associados da SOMERJ. As Unimeds também
enfrentam dificuldades financeiras devido a
problemas que não cabem ser aqui discutidos,
mas podem colaborar muito com o
movimento associativo transformando cada
cooperado em um associado.
Para que o movimento associativo não
pereça, é necessário devolver ao médico a
esperança, encantando-o com as vantagens
de ser associado. Basta de lamentos,
passemos para as ações. O caminho é
íngreme, contudo não podemos sentar à
sua beira e lamentar, a classe tem força mais
que suficiente para percorrê-lo. Não
desanimemos! E ao seu final, teremos a
sensação do dever cumprido.
“ ... é preciso
conscientização
da importância
do movimento
médico
associativo
através de maior
participação nas
lutas do dia-a-dia
da classe
médica, tanto no
setor privado
como no
público...”
JUL/AGO 2007
1
ARTIGO CIENTÍFICO
08
Diagnóstico diferencial e condutas
nas demências
– Demência – Demência – Demência – Demência – Demência
Definição - Demência é considerada uma
síndrome (um grupo de sinais físicos e
sintomas) que apresenta três características
principais:
a – alterações de compor tamento
(agitação, insônia, choro fácil, atitudes
inadequadas);
b – perda das habilidades adquiridas
(dirigir, vestir a roupa, gerenciar vida
financeira, cozinhar, andar na rua); e,
c – esquecimentos ou problemas com a
memória.
2 - Epidemiologia da demência2 - Epidemiologia da demência2 - Epidemiologia da demência2 - Epidemiologia da demência2 - Epidemiologia da demência
Ocorre em cerca de 10% da população
geral, acima de 65 anos.
3 - Tipos mais comuns de demência3 - Tipos mais comuns de demência3 - Tipos mais comuns de demência3 - Tipos mais comuns de demência3 - Tipos mais comuns de demência
- Doença de Alzheimer (DA)
- Doença de Pick (DP)
- Demência Vascular (DV)
- Demência Fronto Temporal (DFT)
- Demência Arteriosclerótica
- Demência Senil (DS)
- Outras causas (Demência Alcoólica,
Demência Esquizofrênica)
4 - Doença de Alzheimer4 - Doença de Alzheimer4 - Doença de Alzheimer4 - Doença de Alzheimer4 - Doença de Alzheimer
Alois Alzheimer descreveu a doença, que
leva seu nome, em 1907 e é considerado o
quadro mais freqüente de demência. A
incidência da Doença de Alzheimer aumenta
com o avançar da idade, mas pode atingir
pessoas mais novas. A Doença de Alzheimer
(DA) é uma doença progressiva do Sistema
Nervoso Central, sendo sua etiologia
desconhecida.
Foram constatados alguns fatores que
aumentam o risco do desencadear do mal,
a saber : tr auma craniano, fatores
genét icos, h istór ia fami l iar, idade,
aumento da Homocisteína, diminuição da
Vitamina B12/ácido fólico, entre outros.
Outros fatores diminuem o risco do
surgimento da doença, tais como: nível
de educação, vida intelectual ativa,
ocupação laborativa.
O diagnóstico é estabelecido pelo exame
clínico criterioso do paciente, utilizando-se
recursos complementares para excluir
outros distúrbios. Não existe um teste
laboratorial capaz de identificar a doença.
Até o momento, a única confirmação da
Paulo Cesar Geraldes, Conselheiro doCREMERJ, Médico Psiquiatra, Doutor em SaúdeMental, Mestre em Saúde Pública e Presidentedo CREMERJ (2005-2007)
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
ARTIGO CIENTÍFICO09
doença é feita através de necropsia do
tecido cerebral.
No quadro clínico, identifica-se a perda
insidiosa das funções mentais superiores,
alterações progressivas no humor e
compor tamento, perda de memória,
desorientação e dificuldade para falar. A
evolução é lenta, e, em geral, dura de cinco
a 15 anos, levando a uma profunda
demência.
Do ponto de vista clínico podemos dividir a
DA em três estágios:
a - Estágio Inicial / Leve (1-3 anos)
b - Estágio Intermediário / Moderado (2 –
10 anos)
c - Estágio Avançado / Grave (8-12 anos)
Estágio In ic ia l / LeveEstágio In ic ia l / LeveEstágio In ic ia l / LeveEstágio In ic ia l / LeveEstágio In ic ia l / Leve - a
manifestação clínica inicial é o déficit da
memória recente que, ao longo de meses
ou anos, se associa a dificuldades de
lembrar o nome de pessoas ou objetos,
dificuldade de expressão, e na localização
espacial e temporal. O espectro das
alterações da personalidade varia de
apatia e isolamento social até desinibição
e irritabilidade. A depressão é bastante
comum, sendo que algumas vezes pode
preceder às manifestações iniciais da
doença.
Estágio InterEstágio InterEstágio InterEstágio InterEstágio Intermediário / Modermediário / Modermediário / Modermediário / Modermediário / Moderadoadoadoadoado
- além das dificuldades da vida diária,
como controle das finanças, compras e
transpor te, os pacientes necessitam ser
lembrados para o cuidado com a higiene
pessoal e escolha da vest imenta
apropr iada. Os s intomas neuro-
psiquiátricos são mais proeminentes em
alguns casos, com a presença de delírio,
alucinação e paranóia. Outros sintomas
como distúrbios do sono, dificuldades
de linguagem e o não reconhecimento da
própria casa são freqüentes. Nesta fase,
em geral, os indivíduos permanecem em
casa com aux í l io de fami l iares ou
cuidadores.
Estágio Avançado / GraveEstágio Avançado / GraveEstágio Avançado / GraveEstágio Avançado / GraveEstágio Avançado / Grave - o
comprometimento substancial da memória
para eventos, dificuldade de linguagem,
perda do reconhecimento dos familiares,
como também a perda do controle dos
esfíncteres leva à necessidade de supervisão
continuada. A menos que haja uma estrutura
domiciliar compatível com as necessidades
do paciente, nesta fase a institucionalização
se torna necessária.
Achados patológicos na Doença de
Alzheimer: atrofia cerebral, alterações
neuronais, emaranhados neuro-fibrilares,
placas neuríticas, degeneração grânulo-
vacuolar, angiopatia amilóide, perda
neuronal, acúmulo de lipofuscina neuronal,
hiperplasia astrocítica.
“Alois Alzheimer
descreveu a doença,
que leva seu nome,
em 1907 e é
considerado o
quadro mais
freqüente de
demência. A
incidência da Doença
de Alzheimer
aumenta com o
avançar da idade,
mas pode atingir
pessoas mais novas.“
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ARTIGO CIENTÍFICO10
doença de Alzheimer, por exemplo,
observa-se níveis baixos de acetilcolina e
elevados do glutamato.
a - acetilcolina e demência - na fase inicial da
doença, ocorre principalmente a perda de
neurônios que usam como mensageiro a
acetilcolina, uma substância importante no
processo de memória e aprendizado.
Depois de utilizada como mensageiro
químico entre os neurônios, a acetilcolina é
degradada pela enzima acetil-colinesterase,
transformando-se novamente em colina.
b - glutamato e demência - O glutamato é o
neurotransmissor excitatório principal das
regiões associadas com a cognição e
memória, o córtex cerebral e hipocampo.
Estruturas cor ticais e sub-corticais que
contém os receptores glutamatérgicos
estão lesadas estruturalmente durante o
curso da DA. O glutamato age como uma
excitotoxina causando mor te neuronal
quando níveis excessivos são cronicamente
liberados. Os sintomas clínicos da demência
correlacionam-se com déficits nas fibras
de associação glutamatérgica.
Portanto, os objetivos farmacológicos se
desdobram em dois mecanismos principais,
que são:
a - inibir a ação da acetilcolinesterase,
aumentando assim o nível plasmático-
cerebral de acetilcolina; e,
b - diminuir o nível de glutamato, impedindo
o influxo de cálcio através de receptores
NMDA (N-metil-D-aspartato), preservando
a ativação fisiológica, não interferindo nas
funções do SNC.
8 - 8 - 8 - 8 - 8 - TTTTTrrrrraaaaatamento das demênciastamento das demênciastamento das demênciastamento das demênciastamento das demências
Atualmente, não existe tratamento eficaz, no
sentido da cura, para as demências. Existem,
entretanto, alguns meios para atenuar os
sintomas e melhorar a qualidade de vida dos
pacientes, familiares e cuidadores. O tratamento
das demências pode ser dividido em:
tratamento farmacológico e tratamento não
farmacológico, que consiste nos tratamentos
multiprofissionais e multidisciplinares que
envolvem procedimentos e técnicas de
enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia,
psicologia, nutrição e outros.
O tratamento farmacológico pode ser
dividido em:
a - Inespecífico: o tratamento das síndromes
compor tamentais das demências
(depressão, ansiedade, psicose e agitação
psicomotora) deve ser baseado nos sintomas
clínicos de cada paciente. Os antidepressivos
e antipsicóticos são as drogas mais
indicadas. Entre os antidepressivos, a
fluoxetina e a sertralina são utilizadas na
agitação e a paroxetina, na ansiedade.
b - Específico: cloridrato de donepezila que é
5 - Demência 5 - Demência 5 - Demência 5 - Demência 5 - Demência VVVVVascular (Dascular (Dascular (Dascular (Dascular (DV)V)V)V)V)
O diagnóstico da demência vascular se baseia
em critérios específicos que incluem: história
clínica, avaliação neuropsicológica, exames
de neuroimagem (tomografia compu-
tadorizada e ressonância nuclear magnética).
Os critérios clínicos para o diagnóstico da
Demência Vascular são: presença de
demência; declínio cognitivo associado ao
comprometimento das atividades da vida
diária (AVD); evidência de uma ou mais
isquemias cerebrais, identificadas pela
história; sinais neurológicos e/ou estudos
de neuroimagem; relação temporal clara
entre um único acidente vascular cerebral e
o início da demência.
6 - Demência Frontotemporal6 - Demência Frontotemporal6 - Demência Frontotemporal6 - Demência Frontotemporal6 - Demência Frontotemporal
(DFT)(DFT)(DFT)(DFT)(DFT)
O início dos sintomas clínicos ocorre a partir
dos 50 anos. Caracteriza-se por alterações
do compor tamento, personalidade e
afetividade, com preservação relativa da
memória e orientação espacial. As
alucinações são incomuns, contrastando
com os sintomas da Doença de Alzheimer.
7 - Neuroquímica das demências7 - Neuroquímica das demências7 - Neuroquímica das demências7 - Neuroquímica das demências7 - Neuroquímica das demências
Dois neurotransmissores ganharam muita
importância no tratamento sintomático das
demências: a acetilcolina e o glutamato. Na
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
ARTIGO CIENTÍFICO1 1
inibidor reversível da acetilcolinesterase (IAchE)
e o cloridrato de memantina que é antagonista
dos receptores NMDA – fases moderadas e
graves e bloqueia os efeitos de níveis tônicos,
patologicamente elevados de glutamato, que
podem levar à disfunção neuronal.
Quanto à posologia da donepezila, a dose
recomendada é de 5 mg ao dia, podendo
ser elevada até 10 mg ao dia. Entretanto, o
aumento para além de 5 mg só deve ser
utilizado após o uso da dose diária de 5
mg, por no mínimo quatro a seis semanas,
intervalo de tempo necessário e suficiente
para proporcionar a detecção de eventuais
efeitos colaterais.
Por sua vez, a dose recomendada da
memantina é de 20 mg ao dia, sendo
administrado 1 cpr. a cada 12 horas. Para
reduzir o risco de efeitos colaterais, essa dose
é gradualmente alcançada com o seguinte
esquema terapêutico: 1ª semana:1/2 cpr.
(manhã), nenhum cpr. (noite); 2ª semana:1/2
cpr. (manhã), 1/2 cpr. (noite); 3ª semana: 1
cpr. (manhã), 1/2 cpr. (noite); 4ª semana em
diante: 1 cpr. (manhã), 1 cpr. (noite).
9 – Conclusão9 – Conclusão9 – Conclusão9 – Conclusão9 – Conclusão
As demências ainda se constituem em quadros
graves, caracterizados por sintomatologia
que provoca a perda notória da qualidade
de vida. Até há bem pouco tempo, após
iniciado o processo de demenciação, já se
sabia de antemão que o cursar da doença
era progressivo, permanente, inexorável,
levando o demenciado à vida vegetativa. O
progresso da doença, acompanhava passo
a passo as alterações de memória, inicialmente
uma hipomnésia de fixação, a seguir a
hipomnésia de evocação e o apagamento
irreversível de todos os engramas, através
da degenerescência neuronal, principalmente
de suas conexões da rede mnêmica.
Isto se traduzia pelo apagamento da vida
psíquica até a escuridão do mundo, a mudez,
a perplexidade, a ausência psíquica, e por
fim a indiferença, pois quem não tem memória
não existe. Hoje, já é possível, através da
intervenção farmacológica, lentificar o curso
da doença, proporcionando aos pacientes
uma sobrevida como pessoa, cada vez mais
substancial. Não temos ainda a cura, mas é
possível aliviar o sofrimento de quem no
passado começaria por não se recordar do
que se alimentou no café da manhã, depois
não reconheceria os filhos e, por derradeiro,
não saberia mais o código alfabético o que
bloqueava definitivamente o contato com as
outras pessoas e com o mundo.
Com certeza, apesar de nossas incer tezas
sobre os mistérios do cérebro, em algum
momento da história, seremos capazes de
restituir a estes pacientes tudo que lhes foi
subtraído de sua existência, devolvendo-
lhes a plenitude da vida passada e presente,
legando-lhes a esperança do futuro.
“Atualmente, não
existe tratamento
eficaz, no sentido da
cura, para as
demências. Existem,
entretanto, alguns
meios para atenuar os
sintomas e melhorar a
qualidade de vida dos
pacientes, familiares e
cuidadores.“
Programação do EspaçoCultural AMF/UNIMED
em Setembro
Teatro Eduardo KraicheteAv. Roberto Silveira, 123, Icaraí, NiteróiTel.: (21) 2710-1549
SOCIEDADES FILIADAS
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Descontos
A peça exibe com maestria os maneirismos, o palavreado as angustias
e anseios deste povo que tanto sofre mas sorri na mesma proporção.
Calcada no humor, aborda a maneira como os moradores da periferia
interagem com suas dificuldades. São seis esquetes: No pagode, No
trem, No ponto, No motel, Na praia e No Hospital. A ambientação fica
por conta do acompanhamento, ao vivo, de um conjunto de pagode.
Com o texto e direção assinados por Rodrigo Sant’anna, que também
atua ao lado de Thalita Carauta e Isabelle Marques, “Os Suburbanos”
surge num momento em que montagens vêm alcançando sucesso ao
trazerem à tona vestígios do carioquíssimo besteirol dos anos 80.
Piatã precisa demonstrar valentia para tornar-se cacique de sua
tribo e, para isso, sai em busca de um dente de onça pintada e
de peixes para sua mãe. Um imprevisto carrega Piatã para um
lado desconhecido da floresta, onde conhece Débora, Juvenal e
Henriqueta — uma família vinda da cidade. O contato das duas
culturas nos oferece uma nova visão sobre o Brasil, questionando
costumes do povo dito civilizado, que sofre hoje conseqüências
ambientais de suas próprias ações. Um espetáculo cheio de
indagações a respeito da preservação da natureza e da diferença
dos povos, repensando inclusive a colonização.
PIAPIAPIAPIAPIATÃ - TÃ - TÃ - TÃ - TÃ - TTTTTANTANTANTANTANTOS ENCONTROS ENCONTROS ENCONTROS ENCONTROS ENCONTROS E OS E OS E OS E OS E TTTTTANTANTANTANTANTOS ENCANTOS ENCANTOS ENCANTOS ENCANTOS ENCANTOSOSOSOSOS8, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 308, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 308, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 308, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 308, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 30Sábados e domingos, às 17hIngresso: R$ 16Classificação etária: livreDuração: 50 minutos
Inspirado no filme “Fame” (ganhador de cinco Oscars), o texto do diretor Raul Tolledo
marca a estréia nacional da Cia. de Teatro Máscaras, com 16 integrantes. A peça convida
a uma viagem aos bastidores do maravilhoso ‘mundo dos espetáculos’, desde os
estressantes testes de elenco até os exercícios de preparação teatral. Aborda o universo
das artes cênicas, dos preconceitos, assim como a vida dos atores e as dificuldades
inerentes aos desejos de cada um. A narrativa é pontuada pelo romance de um jovem
casal, Jean e Fernanda, e pela descoberta da homossexualidade de Mike.
FFFFFAME,AME,AME,AME,AME, SUCESSO SUCESSO SUCESSO SUCESSO SUCESSO AAAAAQQQQQUI UI UI UI UI VVVVVOU EU!!!OU EU!!!OU EU!!!OU EU!!!OU EU!!!21 e 2821 e 2821 e 2821 e 2821 e 28Sextas-feiras, às 18h30minIngresso: R$ 30Classificação etária: 14 anosDuração: 70 minutos
20% Associados e médicos cooperados da Unimed, patrocinadores das cadeiras do teatro,
assinantes TVA e Parceiros da Cultura (informe-se).
50% Estudantes de ensino fundamental, médio e superior, maiores de 60 anos,
menores de 21 anos e portadores de deficiência física.
Os descontos só serão concedidos mediante a apresentação de car teira e/ou documento de identificação na entrada do teatro.
OS SUBURBANOSOS SUBURBANOSOS SUBURBANOSOS SUBURBANOSOS SUBURBANOS7, 8 ,9, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 e 307, 8 ,9, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 e 307, 8 ,9, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 e 307, 8 ,9, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 e 307, 8 ,9, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 e 30Sextas e sábados, às 21h; domINGOS às 20hIngresso: R$ 30 (sextas) e R$ 40 (sábados e domingos)Classificação etária: 14 anosDuração: 1h20min
A importância da SOMERJ
e suas filiadas
SOCIEDADES FILIADAS
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E
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
m outubro, vou completar dois anos à frente
da Associação Médica de Nova Iguaçu
(AMNI). Toda a diretoria está empenhada na
valorização dos associados, procurando
sempre mostrar a importância da união da
classe médica. Conseguimos resgatar vários
associados que deixaram de fazer parte da
AMNI, uma das principais metas de nossa
campanha de eleição. Estamos mostrando
aos novos médicos e estudantes de medicina
a importância de se associarem à AMNI e à
SOMERJ. O investimento é de apenas uma
consulta de convênio por mês.
A SOMERJ tem sido impor tante nas
reivindicações de melhorias com os
convênios e tem atuado de forma exemplar
junto ao CREMERJ na defesa do médico, tanto
na remuneração que continua muito ruim,
quanto na defesa dos processos contra
médicos.
Já começamos a trabalhar para a realização
do próximo Congresso Médico da Baixada
Fluminense, que será realizado em Nova
Iguaçu de 20 a 23 de agosto de 2008.
Durante o evento, serão abordados os mais
variados temas, conferências e mesas-
redondas. Além disso, estamos pleiteando a
realização do Congresso Estadual da
SOMERJ para Nova Iguaçu em 2009.
O Congresso Médico da Baixada Fluminense
já faz parte do calendário de eventos de
educação médica continuada da SOMERJ e
vem sendo organizado pelas sociedades
filiadas de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e
São João de Meriti.
Os primeiros congressos aconteceram em
Nova Iguaçu, em 2002; em Duque de Caxias,
em 2004; e em São João de Meriti, em 2006.
Todos foram um sucesso e contamos com a
classe médica da região para a realização
de um evento de alto nível em 2008.
Nos dias 30 de novembro e 1º de
dezembro, vamos realizar a Jornada Médica
de Nova Iguaçu. Na ocasião, ainda
acontecerá o Espaço Cultural do CREMERJ,
um evento de grande importância.
Estamos acompanhando a proposta da
senadora Patrícia Saboya (PSB/CE) sobre a
ampliação da licença-maternidade de quatro
para seis meses em todo o país.A proposta
inclusive conta com o apoio do Ministro da
Saúde, José Gomes Temporão e de toda a
classe médica. A votação no Congresso está
prevista para acontecer até o final do ano.
Prestigie a nossa associação, tornando-se
sócio e prestigiando nossos eventos.
Hildoberto Carneiro de Oliveira, Presidente daAssociação Médica de Nova Iguaçu
ados interessantes sobre a medicinaados interessantes sobre a medicinaados interessantes sobre a medicinaados interessantes sobre a medicinaados interessantes sobre a medicina
do espordo espordo espordo espordo espor tetetetete
A Federação Internacional de Medicina do
Espor te foi a primeira associação
internacional de médicos fundada no mundo,
em 1928, por ocasião dos II Jogos Olímpicos
de Inverno de Saint-Moritz, na Suíça.
Atualmente, conta com 120 países afiliados
e mais de 250.000 médicos especialistas.
No Brasil, a medicina do espor te é
especialidade médica reconhecida pelo
Conselho Federal de Medicina (CFM),
Associação Médica Brasileira (AMB) e
Comissão Nacional de Residência Médica.
Sua legítima representante é a Sociedade
Brasileira de Medicina do Esporte (SBME),
que realiza o congresso brasileiro da
especialidade anualmente e elabora seus
posicionamentos oficiais e diretrizes, que
estão disponibilizados gratuitamente no site
www.rbme.org.br. Sua mais recente
realização foi o Congresso Médico do Pan-
2007, realizado de 2 a 5 de maio que se
constituiu em grande sucesso.
O título de especialista em medicina do
esporte é concedido pela SBME e AMB
mediante prova escrita anual, sob normas
elaboradas pelas duas entidades. Seu órgão
oficial é a Revista Brasileira de Medicina do
Esporte, classificada como nível “A” pela
Capes e indexada na base de dados Bireme,
Lilacs e Scielo – estando em processo de
admissão no Medline. A Sociedade de
Medicina do Esporte do Rio de Janeiro,
fundada em 1948, é considerada a mais
atuante do país e dela partiu a idéia da criação
da Câmara Técnica de Medicina Desportiva
do CREMERJ, a primeira do país ligada à
especialidade.
Um pouco sobre a história da SociedadeUm pouco sobre a história da SociedadeUm pouco sobre a história da SociedadeUm pouco sobre a história da SociedadeUm pouco sobre a história da Sociedade
de Medicina do Esporde Medicina do Esporde Medicina do Esporde Medicina do Esporde Medicina do Esporte do RJte do RJte do RJte do RJte do RJ
1 – Generalidades1 – Generalidades1 – Generalidades1 – Generalidades1 – Generalidades
Fundada em 28 de setembro de 1948, a
Sociedade de Medicina do Esporte do Rio
de Janeiro (SMERJ) é uma entidade
eminentemente científica, sem fins lucrativos,
filiada à Sociedade Brasileira de Medicina do
Espor te e legítima representante dos
especialistas em medicina do esporte do
Rio de Janeiro. A entidade tem como principais
objetivos: congregar os médicos do Estado
do Rio de Janeiro especialistas em medicina
do espor te ou de médicos de outras
especialidades com interesse em medicina
do esporte; contribuir para a elaboração da
política de saúde e aperfeiçoamento do
sistema médico-assistencial do Estado do
Rio de Janeiro, estimulando a prática da
atividade física regular como instrumento
de promoção à saúde; elaborar programas
de educação médica continuada através de
congressos, simpósios, jornadas, reuniões
científicas, com o objetivo de manter seus
afil iados em constante processo de
atualização e reciclagem; colaborar, no que
for possível, com a Câmara Técnica de
Medicina Despor tiva do CREMERJ, na
apreciação de questões éticas e técnicas
ligadas à especialidade.
SOCIEDADES DE ESPECIALIDADES
14
D
SMERJ: a caminho do seu
jubileu de diamente
*Marcos Aurélio Brazão de Oliveira
JUL/AGO 2007
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
2 – Principais atividades2 – Principais atividades2 – Principais atividades2 – Principais atividades2 – Principais atividades
A SMERJ tem tido atuação destacada dentre
as regionais da Sociedade Brasileira de
Medicina do Esporte em vários aspectos.
Entre eles poderíamos citar:
- A assessoria ao CREMERJ na criação da
primeira Câmara Técnica de Medicina
Desportiva do Brasil;
- É a única sociedade regional da
especialidade que mantém um jornal científico,
que circula desde 1992 sem interrupção, o
“Jornal de Medicina do Exercício”;
- É a única sociedade regional da especialidade
que realizou um curso de atualização durante
nove anos em que já passaram mais de 1500
alunos. Posteriormente, esse curso se
transformou em jornada (anos ímpares) e
congresso (anos pares).
- Realiza, desde 1992, reuniões científicas
mensais com o intuito de se discutir assuntos
ligados aos diversos segmentos da medicina
do esporte.
CurCurCurCurCurso de aso de aso de aso de aso de atualização em medicinatualização em medicinatualização em medicinatualização em medicinatualização em medicina
do espordo espordo espordo espordo espor tetetetete
Em 1992, foi criado por mim, o “Curso de
Atualização em Medicina Desportiva da
SMERJ”, que teve nove edições consecutivas
SOCIEDADES DE ESPECIALIDADES15
até o ano de 2000, com mais de 1200
alunos. No ano seguinte, por iniciativa do Dr.
José Kawazoe Lazzoli, então presidente da
entidade, o curso se transformou em
“Jornada de Atualização” nos anos ímpares
e congresso nos anos pares.
JJJJJororororornal de Medicina do Exnal de Medicina do Exnal de Medicina do Exnal de Medicina do Exnal de Medicina do Exererererercíciocíciocíciocíciocício
Criado e lançado por mim, em 1992, o Jornal
de Medicina do Exercício (JMEx), órgão
oficial da SMERJ, veio a substituir o antigo
“Boletim da SMDRJ” que se ocupava mais
especificamente da divulgação de notícias
ligadas à especialidade e à entidade. O JMEx
se transformou num órgão científico,
abordando assuntos relacionados com os
diversos segmentos da medicina do esporte,
com uma concepção editorial dinâmica e
contando com a colaboração dos maiores
especialistas do Brasil. O JMEx tem se
mantido como um periódico com 14 anos
de publicação regular e ininterrupta e fonte
obrigatória de referência na área.
Como se observa, indubitavelmente, a
Sociedade de Medicina do Esporte do Rio
de Janeiro que, em 2008, estará completando
60 anos de existência, desponta como a
regional mais atuante da Sociedade Brasileira
de Medicina do Esporte, dignificando a
medicina de nosso Estado.
*Especialista em Medicina do Esporte pelaSociedade Brasileira de Medicina do Esporte/AMB, Secretário Executivo do CongressoMédico dos Jogos Panamericanos de 2007,Diretor Científico da Sociedade de Medicina doEsporte do Rio de Janeiro, Ex-Presidente daSociedade Brasileira de Medicina do Esporte eda Sociedade de Medicina do Esporte do RJ eCriador e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Medicina do Esporte daUniversidade Veiga de Almeida.
“A Sociedade de
Medicina do Esporte
do Rio de Janeiro,
fundada em 1948, é
considerada a mais
atuante do país e
dela partiu a idéia
da criação da
Câmara Técnica de
Medicina Desportiva
do CREMERJ, a
primeira do país
ligada à
especialidade.”
Avaliador: novo mercado
para o médico
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
A
16
gestão dos serviços de saúde, o aumento
crescente dos custos dos cuidados médicos,
a necessidade de atender aos direitos do
consumidor dos serviços de saúde, as
expectativas crescentes quanto às “boas
práticas” médicas e hospitalares são alguns
dos fatores que estão levando, instituições
públicas e privadas, a se preocuparem mais
com a melhoria da qualidade do atendimento
prestado. Na busca de maior eficiência e
efetividade do atendimento, cada vez mais
são implementados processos de
acreditação internacional nestas instituições.
E, neste sentido, o mercado de trabalho
para avaliador e técnico especializado em
acreditação internacional está em franca
expansão no país.
- No Brasil, a proposta de acreditação é
completamente inovadora, constituindo-se
em uma alternativa moderna de avaliação
do desempenho de serviços de saúde e de
aplicação dos preceitos da qualidade. Além
de estarmos vivendo a expansão do
processo de acreditação, o país ainda está
vivendo um momento econômico melhor e,
com isso, as instituições têm conseguido
investir mais na área de acreditação.
Instituições essas que não são apenas
privadas. No Rio de Janeiro, temos dois
hospitais públicos certificados: o HEMORIO
(Instituto Estadual de Hematologia Arthur
de Siqueira Cavalcanti) e o INTO (Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia) –
afirmou Heleno Costa Júnior, Coordenador
de Educação do Consórcio Brasileiro de
Acreditação (CBA).
A procura por avaliadores e técnicos em
acreditação, acrescentou Heleno Costa, tem
sido cada vez maior. O CBA, composto pelo
Colégio Brasileiro de Cirurgiões, pela
FIOCRUZ, pela UNIRIO e pela Fundação
Cesgranrio, é a única instituição no Brasil
autorizada a acreditar instituições de saúde,
de acordo com os padrões internacionais
da Joint Commission International. A
demanda por este tipo profissional é tanta
que o CBA criou um Curso de Introdução
em Acreditação Internacional, que tem como
objetivo introduzir a metodologia de
acreditação internacional para a seleção e
formação inicial de técnicos em educação
para acreditação e aval iadores de
acreditação.
- Avaliadores e técnicos do Programa de
Acreditação Internacional têm ganhos
proporcionais as horas dedicadas às
avaliações, projetos ou atividades que
desenvolvem. Com duração média de quatro
dias de trabalho, a remuneração média de
um avaliador chega R$ 4 mil reais, por
atividade, em hospital de médio por te.
Heleno Costa Júnior, Coordenador deEducação do CBA
JUL/AGO 2007
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
ATUAÇÃO PROFISSIONAL17
Embora o salário seja promissor, há carência
de profissionais para atuar nesta área face à
especificidade que requer a atividade. Além
da formação em medicina, o candidato tem
que ter formação mínima comprovada de
10 anos e ter atuado por cinco anos em
instituições de saúde, em atividades clínicas,
técnicas ou gerenciais. Além disso, é preciso
ter fluência em inglês e domínio de informática
- explicou.
CurCurCurCurCurso seleciona o perfso seleciona o perfso seleciona o perfso seleciona o perfso seleciona o perfil de ail de ail de ail de ail de atuaçãotuaçãotuaçãotuaçãotuação
do profissionaldo profissionaldo profissionaldo profissionaldo profissional
Segundo Heleno Costa, no Curso de
Introdução em Acreditação Internacional,
é feita a seleção dos profissionais e é
apresentado todo o h is tór ico , a
metodolog ia , os conce i tos , os
princípios, os ciclos de acreditação, o
manua l e o per f i l de t raba lho. O
profissional conhece todo esse processo
e, ao final do curso, numa entrevista, a
coordenação do curso decide qual é o
perfil de atuação daquele profissional,
se de técnico ou de avaliador.
- Do técnico em educação, nós precisamos
de uma disponibilidade de tempo maior, pois
em geral ele precisa ir semanalmente à
instituição e realizar de duas a quatro horas
de atividades. Para o avaliador, a atuação é
mais pontual. Hoje, por exemplo, eu já tenho
o mapa de avaliação até o mês de
dezembro. Com mais de um mês de
antecedência, o avaliador sabe onde estará
trabalhando e por quanto tempo. Atualmente,
temos 33 profissionais atuando em avaliação
e apenas um deles é aposentado. Todos os
outros têm atividades profissionais próprias
e se organizam para atuar em acreditação.
No final do curso, até mesmo o profissional
nos diz qual a disponibilidade de tempo que
ele tem para desenvolver o trabalho. Depois
da entrevista, fazemos uma análise do
currículo e o profissional entra na fase de
formação – relatou.
Nessa fase, continuou Heleno Costa, ele
participa de atividades teóricas específicas
e, depois, começa a acompanhar as
atividades dos nossos profissionais,
primeiramente como obser vador e
posteriormente como trainee. Essa fase
acontece até o momento em que
identificamos que o profissional esteja
satisfatoriamente atendendo aos nossos
requisitos. Ele não passa menos de seis a
oito meses nessa fase de formação. E, a
vinculação do profissional ao CBA não é
direta, é de natureza jurídica.
Informações sobre o Curso de Introdução
em Acreditação Internacional podem ser
obtidas pelo telefone (21) 2223-0761 ou
no site www.cbacred.org.br
“No Brasil, a
proposta de
acreditação é
completamente
inovadora,
constituindo-se em
uma alternativa
moderna de
avaliação do
desempenho de
serviços de saúde e
de aplicação dos
preceitos da
qualidade. “
Congresso aborda temas
das quatro áreas básicas
CONGRESSO DA SOMERJ
19
Carlindo Machado e Silva Filho, Presidente daSOMERJ
C
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
om uma programação científica voltada
tanto para médicos experientes quanto para
recém-formados e acadêmicos de Medicina,
a SOMERJ vai realizar o seu VIII Congresso
de 3 a 6 de outubro, em Teresópolis, no
campus da Faculdade de Medicina da
UNIFESO – Centro Universitário Serra dos
Órgãos. A conferência de aber tura do
congresso, a ser realizada no dia 3, às 20h,
abordará o tema células-tronco.
De acordo com Carlindo Machado e Silva
Filho, Presidente da SOMERJ, uma das
obrigações da Associação é levar educação
médica continuada aos seus sócios e aos
médicos do interior do Estado.
- A cada dois anos, a SOMERJ realiza o seu
congresso e as outras edições foram um
sucesso. Para este congresso, esperamos
contar com a presença de 1.000 a 1.300
inscritos. A programação científica vai
abordar temas das quatro áreas básicas:
clínica médica, cirurgia geral, pediatria e
ginecologia e obstetrícia, com a participação
de renomados professores dando aulas –
ressaltou.
Entre os assuntos que serão apresentados
durante o VIII Congresso da SOMERJ, estão
imunizações, aleitamento materno, o
adolescente e o esporte, pneumonias na
Infância, reanimação neonatal, hipertensão
arterial sistêmica, gastrite, úlcera péptica,
acidente vascular encefálico, asma, sinusite,
enxaqueca, trauma abdominal, apendicite,
trombose venosa profunda, hipertensão
intracraniana, fraturas no idoso,
antibioticoterapia profilática em cirurgia,
vacina anti-HPV, câncer de mama, mioma
uterino, hiper tensão e gravidez,
endometriose lesões de baixo e alto grau
do colo uterino, entre outros. Na ocasião
ainda acontecerão os cursos pré-congresso
sobre suporte avançado de vida em trauma,
educação médica e internet na saúde.
- Os temas escolhidos estão entre os mais
relevantes da prática médica diária. Além da
programação científica, vamos ter durante
o congresso, em cada uma das quatro áreas
básicas, a discussão de assuntos ligados à
ética médica. E, no último dia do evento,
ainda vamos ter uma mesa-redonda política,
que terá a participação de várias entidades
médicas – enfatizou o Presidente da
SOMERJ.
Veja toda a programação científica do
VIII Congresso da SOMERJ nas páginas
20 e 21.
JUL/AGO 2007
CONGRESSO DA SOMERJ20
CONGRESSO DA SOMERJ21
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
DESTAQUES
22
SOMEDUC completa 13 anosSOMEDUC completa 13 anosSOMEDUC completa 13 anosSOMEDUC completa 13 anosSOMEDUC completa 13 anosA SOMEDUC – Associação Médica de Duquede Caxias completou 13 anos de fundação.Fundada em 29 de junho de 1994, atendeuaos anseios dos médicos caxienses e,hoje, é uma das mais atuantes do Estadodo Rio de Janeiro.Para comemorar seu aniversário, aSOMEDUC promoveu uma conferência,ministrada por Samuel Kierszenbaum,Diretor Cient í f ico da SOMERJ, queapresentou um painel sobre astransformações do exercício da medicina,desde o passado até os dias de hoje. Oevento, que contou com uma platéia seletae interessada no assunto.
Decisões da assembléia de convêniosDecisões da assembléia de convêniosDecisões da assembléia de convêniosDecisões da assembléia de convêniosDecisões da assembléia de convêniosOs médicos estiveram reunidos em assembléia,no dia 21 de agosto, para discutir asirregularidades cometidas pelas operadoras deplanos de saúde. O CREMERJ, a SOMERJ, a CentralMédica de Convênios e as sociedades deespecialidades, informam a seguir as decisõesque foram tomadas durante o encontro.Os médicos decidiram:· Apontar como possíveis planos-alvo, paraaprovação na próxima assembléia, aBRADESCO SAÚDE, a CASSI/BANCO DO BRASILe a DIX;· Cobrar R$ 46,00 a consulta, com recibopara o devido reembolso, dos planos quenão enviarem as guias da TISS em papelcarbonado aos médicos, como CASSI/BANCODO BRASIL, GAMA, AGF, FURNAS,MEDISERVICE, GEAP, entre outras;· Não aceitar glosas e atrasos de pagamentosdos honorários, como está acontecendo
SOMERJ e filiadas se reúnemSOMERJ e filiadas se reúnemSOMERJ e filiadas se reúnemSOMERJ e filiadas se reúnemSOMERJ e filiadas se reúnemO Conselho Deliberativo da SOMERJ realizou sua reunião mensal nos dias 13 e 14 de julho, emNova Friburgo. Na ocasião, ainda aconteceu um evento do Espaço Cultural do CREMERJ.No dia 4 de agosto, a SOMERJ e suas filiadas voltaram a se reunir em Volta Redonda.
com a BRADESCO SAÚDE;· Exigir o envio dos extratos detalhados eem papel dos pagamentos aos médicos;· Exigir o reajuste anual dos honorários(conforme previsto nos contratos) para omês de agosto;· Exigir a equiparação dos valores doshonorários tanto para os planos individuaisquanto para os coletivos;· Denunciar à justiça os planos que exigirema colocação da CID (diagnóstico dospacientes) nas guias da TISS e nasautorizações.Nova assembléia será realizada no dia 4 desetembro, às 20h, no auditório do CREMERJJúlio Sanderson.
A CPMF e a saúde pública
SAÚDE PÚBLICA
23
ASSOCIAÇÃO MÉDICA EM REVISTA
m 24 de outubro de 1996, o então presidenteda República, Fernando Henrique Cardoso,assinou a Lei 9.311, instituindo a ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação ouTransmissão de Valores e de Créditos e Direitosde Natureza Financeira, conhecida como CPMF.No artigo 18, está escrito que “o produto daarrecadação da contribuição de que trata estaLei será destinado integralmente ao FundoNacional de Saúde, para financiamento dasações e serviços de saúde (...)”.
Infelizmente, o que se viu nesses onze anos deprorrogação de uma contribuição como opróprio nome diz, provisória, não foi isso. Osrecursos deveriam ser destinadosintegralmente à área de saúde, mas o governotem liberdade de realocar 20% daarrecadação dessa contribuição.
O cenário que levou à criação da CPMF serepete dia após dia. Nesses onze anos, apopulação continuou sofrendo, sematendimento adequado na rede pública. Osmédicos, por sua vez, continuam trabalhandosem as devidas condições, desde a falta deestrutura aos baixos salários.
A atual situação salarial dos médicos no setorpúblico é muito difícil, o que tem desestimuladoa fixação do profissional na rede. Não se podeaceitar um salário de R$ 1.500,00, depois detantos anos de esforços e estudos, incluindoum curso de graduação de 7.200 horas.Chegamos ao cúmulo de os médicos do Estadodo Rio receberem reajuste salarial parcelado,como se fosse um carnê de eletrodomésticopago em 24 vezes. Temos cobrado dosgestores públicos na esfera municipal, estaduale federal melhorias das condições gerais detrabalho e a valorização do trabalho médico.E aí, a CPMF poderia se apresentar como umaalternativa a mais de financiamento.
É preciso fazer com que a população conheçao principal objetivo da criação da CPMF, a Saúde.Porque mesmo pagando os 0,38% sobre todasua movimentação financeira, além dos outrosimpostos, as pessoas ainda não contam comos serviços que são deveres do Estado.
Como exemplo, de acordo com a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), os países devem ter,no máximo, uma taxa de incidência de
E
Marcia Rosa de Araujo. Presidente doCREMERJ
tuberculose de cinco habitantes em cada 100mil, mas o Brasil tem 57. Onde está sendoempregada a quantia arrecadada pela CPMFse nem a tuberculose, que tem tratamento,nós conseguimos combater? No Brasil, o atualgoverno priorizou o controle da tuberculosee definiu metas de descobrir pelo menos 70%dos casos – o que já foi atingido – e curarpelo menos 85% dos casos tratados – metanunca alcançada, principalmente devido aoabandono do tratamento. A CPMF tambémdeveria ser destinada para informar àpopulação sobre as doenças, em campanhasde saúde pública. O Brasil ocupa o 15º lugarentre os 22 países responsáveis por 80% dototal de casos de tuberculose no mundo.
Também é preciso ressaltar nesse universo dedesvios de recursos a Emenda Constitucional29, que ainda não foi regulamentada. A medida,que vincula os recursos federais, estaduais emunicipais à Saúde, seja sobre o PIB Nominal ousobre as receitas correntes, já está sendodesvirtuada. Levantamentos mostram que odescumprimento da emenda é generalizado. Até2005, a União deixou de aplicar na Saúde R$ 1,6bilhão. Este ano, esse valor aumentou em maisR$ 3,5 bilhões. Já os Estados, no mesmo período,deixaram de cumprir a lei em R$ 11 bilhões.
É alarmante, também, que as prefeituras estejamencontrando formas de driblar a lei e usar odinheiro, por exemplo, em cheque cidadãocomo se fosse em saúde. Isso tudo leva a crerque só a regulamentação da Emenda 29 vaidefinir com clareza o que são ações e serviçosespecíficos de saúde. Hoje, existem brechas nalei que permitem que os governos desviemdinheiro da Saúde e invistam em outras áreas.Se for regulamentada na forma do Projeto deLei 01/03, mudando-se a correção orçamen-tária feita pelo PIB Nominal - inflação mais ocrescimento da economia – para que sejabaseada nas Receitas Correntes (arrecadaçãode tributos e contribuições), o orçamento dosetor teria um acréscimo de R$ 10 bilhões.
Independentemente do que ficar acertado sobrea CPMF ou a Emenda 29, precisamos de leisclaras, que definam objetivamente o destinodos recursos e com fiscalização. Isto seriaum bom e necessário começo para termosuma Saúde realmente de qualidade, comodireito de todos e dever do Estado.
Um bom começosempre é importante
MARKETING MÉDICO
24
O
JUL/AGO 2007
atendimento ao cliente começa muito antes
do momento em que ele está frente a frente
com o médico. Entretanto, muitos
profissionais se esquecem do que isso
significa e negligenciam a atenção que deve
ser dada a esses momentos, quando
organizam a dinâmica do ser viço de
recepção em seus consultórios ou clínicas.
É possível que um pouco mais de atenção a
essas questões possa ajudar a entender
absenteísmos e “buracos” na agenda.
Vamos começar entendendo todo o
processo que envolve a chegada do paciente
ao consultório:
- Primeiro vem a identificação daidentificação daidentificação daidentificação daidentificação da
necessidadenecessidadenecessidadenecessidadenecessidade (que pode advir de um
sintoma, ou de um questionamento do próprio
paciente ou de alguém próximo a ele);
- O segundo passo é a busca porbusca porbusca porbusca porbusca por
infinfinfinfinfororororormaçõesmaçõesmaçõesmaçõesmações sobre os prof issionais
disponíveis (a principal fonte de informações
ainda é a indicação e o conhecimento de
outros profissionais de saúde ou pessoas
próximas, como parentes e amigos);
- Em seguida, as informações recolhidas
são processadas pelo cliente, em função de
diversas questões, sendo a mais importante,
a possibil idade de acessopossibil idade de acessopossibil idade de acessopossibil idade de acessopossibil idade de acesso: o
credenciamento ao plano de saúde, o valor
da consulta, a localização do consultório;
- Feita a seleção prévia, chega o momento
do contatocontatocontatocontatocontato, telefônico, na maioria das
vezes, para buscar mais informações ou
agendar o atendimento;
- Finalmente, o cliente se dirige até o serviço
para a consulta ou exameconsulta ou exameconsulta ou exameconsulta ou exameconsulta ou exame.
Detenhamos-nos aqui aos dois últimos
momentos: telefonar e ir até o consultório.
Em ambos, o cliente espera encontrar
atendimento rápido, cortês e profissional.
Se podemos entender o que o cliente
espera, devemos ser capazes de buscar
meios de atender às suas expectativas. A
equação é bastante lógica, mas o que
vemos no mercado é que ela carece de
simplicidade.
Hoje, já se percebe em diversos serviços
de saúde a tendência de separar o
atendimento telefônico da recepção. Ela
segue uma lógica clara: é impossível, em
um mesmo ambiente, dar atenção ao cliente
que busca informação ao telefone e àquele
que está à frente do atendente,
simultaneamente.
A telefonia na recepção representa:
- Expor a quem espera todo o trânsito de
ligações: muitas? poucas?
- Recados de pacientes irritados com a
demora ao retorno de suas ligações?
- Telefones que tocam insistentemente, sem
que as ligações sejam atendidas?
- Gerar um ambiente de trabalho tenso, pela
dificuldade de gerenciar, a cada momento, a
quem atender: o paciente à sua frente ou o
telefone que toca insistentemente?
- Induzir ao erro nas informações oferecidas,
em função da distração?
Dar ao atendimento telefônico um espaço
diferente do que é usado para o atendimento
de recepção significa otimizar o processo,
Alice Selles. Mestre em Administração,Diretora da Selles & Henning Comunicaçãoe Assessora de Marketing da SOMERJ
MARKETING MÉDICO25
evitar er ros de agendamento e de
preenchimento de guias e ainda oferecer um
atendimento de melhor qualidade, que se
traduz também em maior aproveitamento
do trabalho da equipe.
Isso nos remete à outra questão: o espaço
físico para o atendimento telefônico. Não
adianta tirar a telefonia da recepção e
relegá-la a um espaço inadequado (sem
condições para a realização do trabalho),
pois isso gerará um atendimento sem
qualidade.
Para serviços de saúde de maior porte,
uma boa alternativa é a terceirização (da
mão-de-obra ou de todo o contact center),
pois ela reduz encargos com a contratação
de pessoal e garante que eventuais faltas
de profissionais prejudiquem o andamento
do atendimento.
Para serviços de menor porte, a otimização
é a saída natural: ao invés de duas
atendentes na recepção, uma fica na
telefonia. Outra opção é a montagem de
um contact center, com utilização de
estagiários para o atendimento telefônico
(esta opção requer que o serviço conte
com uma pessoa da área de comunicação
como supervisora).
Para implantar uma mudança deste porte,
o fundamental é perceber que ela pode
representar ganhos também financeiros, já
que permite que se consiga um serviço de
marcação e confirmação de consultas mais
seguro e confiável.
“Se podemos
entender o que o
cliente espera,
devemos ser capazes
de buscar meios de
atender às suas
expectativas.”
EVENTOS
27
IX JIX JIX JIX JIX Jororororornada de Clínica Médicanada de Clínica Médicanada de Clínica Médicanada de Clínica Médicanada de Clínica MédicaII Simpósio de Medicina de UrgênciaII Simpósio de Medicina de UrgênciaII Simpósio de Medicina de UrgênciaII Simpósio de Medicina de UrgênciaII Simpósio de Medicina de Urgência13 a 15 de setembro - Búzios - RJInformações: www.sbcmrj.org.br
II Congresso da Comunidade Médica de LínguaII Congresso da Comunidade Médica de LínguaII Congresso da Comunidade Médica de LínguaII Congresso da Comunidade Médica de LínguaII Congresso da Comunidade Médica de LínguaPPPPPororororor tuguesatuguesatuguesatuguesatuguesa27 a 29 de setembro - Costa do Sauípe - BAInformações: www.reuniao.com.br/amb/hotsite
IX Congresso Brasileiro de Clínica MédicaIX Congresso Brasileiro de Clínica MédicaIX Congresso Brasileiro de Clínica MédicaIX Congresso Brasileiro de Clínica MédicaIX Congresso Brasileiro de Clínica Médica10 a 13 de outubro - Curitiba - PRInformações: www.sbcmpr.com.br/brasileiro2007
XXXVI Congresso Brasileiro de RadiologiaXXXVI Congresso Brasileiro de RadiologiaXXXVI Congresso Brasileiro de RadiologiaXXXVI Congresso Brasileiro de RadiologiaXXXVI Congresso Brasileiro de Radiologia11 a 13 de outubro - Salvador – BAInformações: www.radiologia2007.com.br
14ª Hospital Business14ª Hospital Business14ª Hospital Business14ª Hospital Business14ª Hospital Business16 a 18 de outubro - Centro de Convenções Rio Cidade Nova - RJInformações: (21) 2532-0540 - www.hospitalbusiness.com.br
XIV Congresso Brasileiro de MastologiaXIV Congresso Brasileiro de MastologiaXIV Congresso Brasileiro de MastologiaXIV Congresso Brasileiro de MastologiaXIV Congresso Brasileiro de Mastologia17 a 20 de outubro - Fortaleza - CEInformações: www.mastologia2007.com.br
XV Congresso Brasileiro de OncologiaXV Congresso Brasileiro de OncologiaXV Congresso Brasileiro de OncologiaXV Congresso Brasileiro de OncologiaXV Congresso Brasileiro de Oncologia31 de outubro a 3 de novembro - Belo Horizonte - MGInscrições: www.sboc.org.br/congresso.site
ENDOPENDOPENDOPENDOPENDOPANANANANAN1 a 3 de novembro - Hotel Inter-Continental – Rio deJaneiroInformações: (21) 2266-9150 - www.jz.com.br/endopan
54º Congresso Brasileiro de Anestesiologia54º Congresso Brasileiro de Anestesiologia54º Congresso Brasileiro de Anestesiologia54º Congresso Brasileiro de Anestesiologia54º Congresso Brasileiro de Anestesiologia10 a 14 de novembro - Natal - RNInformações: (11) 5084-8966/ 3586-9877 - www.astreaventur.com.brE-mail: [email protected]
44º Cong44º Cong44º Cong44º Cong44º Congrrrrresso Bresso Bresso Bresso Bresso Brasileirasileirasileirasileirasileiro de Ciro de Ciro de Ciro de Ciro de Cir urururururgia Plásticagia Plásticagia Plásticagia Plásticagia Plástica14 a 17 de novembro - Curitiba - PRInformações: (11) 3826-1499 - www.cirurgiaplastica.org.brE-mail: [email protected]
A lagarta, a semente e o Supremo
BIOÉTICA
28
D
JUL/AGO 2007
Olinto A. Pegoraro, Professor de Filosofia daUERJ.
espertou muito interesse o debate públicoentre cientistas e juristas promovido peloSupremo Tribunal Federal, em abril. Trêseram as questões básicas: que é a vida?Quando começou em nosso planeta?Quando começa o embrião humano? Atéhoje, nenhuma delas teve resposta definitiva.E nisto não há surpresa, pois a realidadeda vida é misteriosa e de infinitas dimensões.No livro de Metafísica, Aristóteles afirmaque “a vida é o ato essencial de Deus”; emtodas as suas páginas, a Bíblia proclamaque “Deus é a vida eterna”; e na aurora dafilosofia, dizia Heráclito, “a verdadeira dascoisas ama ocultar-se”.
Tudo o que as ciências fazem é tentardesocultar este mistério. A biologia, afilosofia, o direito, a teologia e a éticaestudam a vida sabendo, de antemão, que“nenhuma detém o saber exaustivo dela;todas dizem apenas alguma coisa a partirde um ponto de vista. Lamentável seria seum desses saberes se ar rogasse oconhecimento exaustivo da vida e, pior ainda,tentasse impô-lo como a verdade. Feita estaobservação geral vejamos como podemosentrar nos vários modos de debater a vidahumana.
Quando começa a vida no embrião humanoé a principal questão discutida peloscientistas perante ministros do Supremo. Apergunta refere-se diretamente ao “uso decélulas-tronco embrionárias em pesquisascientíficas visando o tratamento de gravesenfermidades”. Aqui um problema sério secoloca pois para fazer pesquisa em célulasembrionárias é preciso destruir o embrião.
Em 2005, os pesquisadores receberam oapoio da Lei de Biossegurança que libera,para a pesquisa científica, embriõeshumanos “fertilizados in vitro, inviáveis paraa reprodução ou congelados há três oumais anos”. Trata-se, portanto, de umaliberação que deve respeitar três condições:pesquisa em embriões produzidos in vitro,inviáveis para ser implantados ou queestejam congelados há três ou mais anos.Porém alguns juristas, liderados pelo então
Procurador de Justiça, Cláudio Fontelles,argüiu esta lei de inconstitucionalidade porferir o artigo 5 da Carta Magna que garanteo “direito universal à inviolabilidade da vida”.
Há biólogos que apóiam a tese jurídica deFontelles; argumentando que “a vida humanaplena começa no instante da concepção; nomomento da fusão do esperma com o óvuloestá posta toda a carga energética do serhumano que se desdobrará nas fasesseguintes até a vida adulta”.
A estes juristas e biólogos juntam-se osdefensores da “ética da vida desde aconcepção, ou seja, o valor moral doembrião é igual ao valor moral da pessoaadulta”. Por isso, destruir um embrião,como permite a Lei de Biossegurança, é“feticídio”, um crime igual ao “homicídio deum adulto”. Acrescentam que “a vidaembrionária deve ser protegida incon-dicionalmente mesmo que o preço seja onão tratamento de graves enfermidades”.Confirmam estes argumentos com umaanalogia sugerida pela biologia: a pequeninalagar ta que se esconde nas folhas dasárvores, na fase seguinte, será a borboletaadulta que voa nos jardins e prados. Isto é,lagar ta e borboleta são uma só indivi-dualidade em dois momentos distintos esucessivos. Do mesmo modo, o embriãohumano desdobra-se em feto, criança eadulto. Por isso, eliminar um embriãohumano é o mesmo que eliminar um adultoporque embrião e adulto são a mesmaindividualidade.
A argumentação destes juristas, biólogos eeticistas cai como uma luva na mão dateologia católica que, há mais de 15 séculos,defende esta posição baseada na tesemetafísica do conceito de pessoa, comoveremos adiante.
Um segundo grupo de biólogospronunciou-se a favor do uso científico dascélulas embrionárias nas condiçõesestabelecidas pela Lei de Biossegurançaacima citadas. A base científica destaafirmação está em que “a vida humana não
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começa na fusão do esperma com o óvulomas no início do sistema nervoso, 14 diasapós a concepção”. Consideram que, atéaquele momento, não há vida humana mas a“preparação das condições para que elaaconteça”. Ora, como a Lei da Doação deÓrgãos permite a coleta de par tes doorganismo só após a morte cerebral, assim,por coerência, também não há vida antesdo início do sistema nervoso no embrião.Este é só um ser humano em preparação;ainda não aconteceu.
Segundo estes cientistas, não há nenhumarazão para preservar embriões inviáveis oucongelados há três anos visto que aprobabilidade científica de tornar-se um serhumano é praticamente zero. É o que ocorreem clínicas de reprodução assistida, ondeos médicos adotam critérios científicos paraestimar o grau de viabilidade de um embriãoproduzido in vitro: numa escala A B C D, osembriões classificados em D são os quereúnem chances mínimas de gestação; razãopela qual nunca serão implantados e acabarãodescartados. Ora, a ciência e o bom sensosugerem que sejam usados em pesquisa quebeneficiará milhares de pessoas que esperamcurar graves enfermidades como Alzheimere Parkinson. A ciência é portadora destaesperança: seria anti-humano frustrá-la. Alémde beneficiar enfermos, a pesquisa comcélulas-tronco é uma excelente maneira dehonrar, dignificar e conferir sentido aoembrião inviável: prestar um inestimávelserviço à comunidade humana.
Em apoio a sua tese, também estes cientistasrecorrem a uma analogia, desta vez tiradada botânica: no embrião produzido in vitrotemos apenas a semente de uma nova vida.Uma semente de laranja não é um pé delaranjeira. Para que isso aconteça, éindispensável que seja plantada na horta;guardada no celeiro, nunca medrará e ficarásempre e só uma semente de laranja.Aplicando esta imagem ao embrião: ele é asemente de um novo ser; semente formadapelas células seminais masculina e feminina:é o embrião da nova existência; nele estápresente toda a carga genética que evoluiráaté o nascimento, infância e vida adulta.Porém, se esta semente não for implantada
num útero nunca se desdobrará emexistência e permanecerá sempre umasemente humana.
São duas posições científicas legitimamentedivergentes e que, por isso, não podemoferecer ao juiz uma solução com exclusãoda outra; mas é da competência dos juízesdo Supremo decidir, num ato de direitopositivo, se os embriões congelados dotipo D, sem viabilidade de desenvolver-senum útero, podem ser usados na pesquisabiomédica. Trata-se portanto de arbitragem,de escolha jurídica entre duas posiçõescientíficas, uma que protege a vidaembrionária mesmo que inviável e a outraque visa o bem da saúde da populaçãousando embriões congelados que nuncaserão implantados.
Como acabamos de ver, os cientistas tentamresponder às perguntas o que é a vida equando ela surge, na concepção ou noaparecimento das células nervosas. Apergunta filosófica coloca-se assim: que éa pessoa? Quando começa a pessoa? Duassão as teorias mais significativas a esterespeito. A primeira foi elaborada naantiguidade medieval. Severino Boécio crioua seguinte definição: “pessoa é um indivíduosubsistente numa natureza racional”. Todosos termos desta definição têm pesofilosófico que, muito sinteticamentepodemos resumir assim: cada indivíduohumano é uma realidade singular, única,irrepetível, dotada de uma característicaabsolutamente específica: a naturezaracional, única capaz de entender-se eentender a ordem e o sentido do mundo.Por isso, a racionalidade é algotranscendente, “uma centelha divina”, é almaespiritual num corpo humano, como jáensinava Platão.
A teologia católica “batizou” esta teoriametafísica. A alma espiritual é simples, nãodivisível e por isso incorruptível, imortal:ela é uma criatura de Deus especialmente“feita à sua imagem e semelhança”. Aconseqüência ética desta doutrina é evidente;o homem será sempre intocável desde omomento da concepção quando Deus lheinfunde a alma espiritual imortal. Qualquer
tentativa de manipulação do embrião é umato criminoso, imoral e pecaminoso. Estaposição milenar, metafísica e teológica,recebe hoje o apoio de um grupo decientistas e juristas, como vimos acima.
A segunda teoria da pessoa é de nossosdias, inspirada nas teses da fenomenologiae do existencialismo tendo muito presentesa teoria da evolução da vida, os enormesavanços das ciências biológicas e a culturalaica, plural ista e independente deconcepções religiosas. A par tir destareal idade histór ica, os f i lósofoselaboraram o seguinte conceito: “pessoaé uma existência humana temporal,relacional e potencial”. Explicitando estainterpretação: o homem é, em primeirolugar, uma existência (e não uma essênciadefinitivamente dada desde a concepção);uma existência que vai se desdobrandocomo um processo temporal de acontecerda concepção até a mor te. Nós vamosconstruindo nossa personalidade atravésde relações vivas desde o útero até avelhice; nunca terminamos de construirnossa pessoa. Em síntese, o ser humano éo único ser vivo capaz de“transcendência”; ele transcendeautomaticamente seus estágios biológicoscomo qualquer animal; transcendesobretudo suas etapas históricas pordecisão de sua liberdade. Numa palavra, épela liberdade que construímos nossapersonalidade e, na bela proposição deSartre, “somos um projeto de existência”.
Esta teoria filosófica coincide com a posiçãodo segundo grupo de cientistas para osquais um embrião fer tilizado in vitro aindanão é vida humana mas apenas “a semente”da futura existência. Por seu turno o filósofoconsidera o embrião humano como“existência potencial, um projeto, umapossibilidade de vir a ser uma pessoa”. Aconclusão ética desta teoria filosófica éespontânea: como no embrião ainda não hápersonalidade pode, nos termos da Lei daBiossegurança, ser usado para pesquisacientífica. Nesta conclusão, por tanto,encontram-se os biólogos do segundogrupo, os filósofos contemporâneos e aética fenomenológica.
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JUL/AGO 2007