toxoplasmose
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toxoplasmose apresentato no internato de ginecologia e obstetricia paulo mergulhãoTRANSCRIPT
Toxoplasmose e gravidez
Interno: Paulo Mergulhão
Belém- PA2009
Universidade Federal do ParáInstituto de Ciências da Saúde
Faculdade de MedicinaInternato ginecologia e
obstetrícia
Toxoplasmose e gravidez
Histórico e DistribuiçãoHistórico e Distribuição
Primeiras referências:1908 : foi encontrado o parasita no roedor Ctenodactylus gondii, por Nicole e Manceaux e também em coelhos, por Splendore;1909 : descrição do parasita e criação do gênero Toxoplasma (Nicole e Manceaux)1923 : descrição da coriorretinite por Janku1929 : descrição da forma congênita por Wolf
A partir da década de 1960: Desenvolvimento e aplicação de testes sorológicos revelaram a ubiqüidade do parasita ,ampla distribuição geográfica e de hospedeiros Descrição do ciclo e identificação dos felinos como hospedeiros definitivos
Toxoplasmose e gravidez
Agente etiológico da ToxoplasmoseToxoplasmose
IMPORTÂNCIA: Altamente prevalente no mundo – 15 a 60% de acordo com a população
Pode provocar doença congênita grave
Importante causa de doença oportunista em pacientes infectados pelo HIV
Causa comum de uveíte podendo levar à perda da visão
Toxoplasmose e gravidez
Parasita intracelular obrigatório, eurixeno
Classificação: esporozoário pertencente ao filo Apicomplexa – classe Sporozoa
Hospedeiros: é uma zoonose de felinos porém infecta inúmeros vertebrados inclusive o Homem
Formas ciclo evolutivoFormas ciclo evolutivo
Taquizoíto (a forma invasiva encontrada na infecção aguda)Taquizoíto (a forma invasiva encontrada na infecção aguda)
Oocisto (contém os esporozoítos; encontrados no solo e fezes Oocisto (contém os esporozoítos; encontrados no solo e fezes exclusivamente na família dos felinos)exclusivamente na família dos felinos)
Cisto (contém os bradizoítos; encontrados nos tecidos)Cisto (contém os bradizoítos; encontrados nos tecidos)
Toxoplasmose e gravidez
Transmissão vertical:Transmissão vertical:
Taquizoítas atravessam a barreira placentáriaTaquizoítas atravessam a barreira placentáriaPrimoinfecção ou reativação de infecção latente em imunodeprimidas.Primoinfecção ou reativação de infecção latente em imunodeprimidas.
Fatores determinantes na transmissão:Fatores determinantes na transmissão:Parasitemia maternaParasitemia maternaIGIGCompetência do sistema imunológico.Competência do sistema imunológico.
Incidência da infecção neonatalIncidência da infecção neonatal
- Primeiro trimestre: 10% a 15%- Primeiro trimestre: 10% a 15% - Segundo trimestre: 30%- Segundo trimestre: 30% - Terceiro trimestre 60%- Terceiro trimestre 60%
Intervalo de segurança entre a primo infecção e a gestação é de 6 meses.
Toxoplasmose e gravidez
Diagnostico da infecção materna
Testes sorológicos:
ELISA, IFI, Hemaglutinação passiva e teste de sabin-Feldmam.
Imunoglobulinas:
IgM: se eleva em alguns dias e permanece positiva por 6m a 2a.
Pouco útil para determinar o momento da infecção.
IgG: positiva em 2 sem, mantém-se elevada por 1- 2 a e decresce.
Permanece positiva por toda a vida
IgA: permanece positiva por 4- 5 m
IgE: menos usada e pouco útil.
Toxoplasmose e gravidez
Diagnostico de infecção materna
Interpretação clinica das sorologias para IgM e IgG
IgG IgM Interpretação
Negativa Negativa Susceptibilidade
Positiva Negativa Imunidade
Negativa ou positiva Positiva Possibilidade de doença ativa
Toxoplasmose e gravidez
Diagnostico da infecção materna
IgM positiva - como fechar o diagnóstico?
Soroconversão
Sorologia anterior conhecida = suscetibilidade
Ao longo da gestação a IgM positiva
Diagnostico indiscutível de toxoplasmose na gestação
Teste ELISA-IgG para avidez
Avalia afinidade da ligação do Ag à IgG
Avidez <30%= IgG de baixa afinidade – infecção recente< 16 sem
Avidez >60% = IgG de alta afinidade – infecção antiga > 16 sem
Avidez entre 30 – 60% = inconclusivo
Toxoplasmose e gravidez
Investigação do comprometimento fetal
USG morfológica do 1 e 3 trim
Microcefalia ou hidrocefalia,
Hidropsia
Hepatoesplenomegalia
Placentomegalia
Oligo ou polidrâmnio
Ecocardiograma fetal após 20 sem
Anomalias cardíacas
Toxoplasmose e gravidez
Diagnostico da infecção fetal
Amniocentese
Após 18 sem( < sensibilidade abaixo de 18 sem)
PCR no LA - DNA de toxoplasma gondii
Cordocentese
Pesquisa de IgM pata toxo no sangue fetal
Estudo multicêntrico europeu(foulon et al, 1999)
Amniocentese: com alta especificidade e alta sensibilidade
Cordocentese: papel limitado(>risco à gestação)
Toxoplasmose e gravidez
Diagnostico da infecção no período neonatal
Quadro clinico variado e inespecífico:
Microcefalia, hidrocefalia,convulsão
Coriorretinite, catarata, glaucoma, microftalmia
Hepatomegalia, esplenomegalia
Anemia, púrpura, hidropsia
USG e TC de crânio
Calcificações intra-cranianas
Laboratorial(sangue periférico do RN)
IgG: AC maternos passam da mãe para o feto
IgM, IgA ou PCR: especificidade e sensibilidade - confirma o diagnostico
Toxoplasmose e gravidez
Toxoplasmose Congênita
Infecção materna no primeiro trimestre:
A infecção fetal
AbortoNatimortoPrematuridadeEncefalitePneumoniteConvulsõesMiocardite
Hidrocefalia, calcificações cerebrais, coriorretinite, retardo Hidrocefalia, calcificações cerebrais, coriorretinite, retardo mentalmental (tétrade de Sabin)
Infecção materna no segundo e terceiro trimestres Pode ser assintomática para o feto com manifestação tardia da doença, geralmente causa micropoliadenopatia, hepatoesplenomegalia, lesões oculares (cegueira)
Toxoplasmose e gravidez
85% dos recém-nascidos aparentemente normais ao nascimento. 85% dos recém-nascidos aparentemente normais ao nascimento. 10% a 30% irão desenvolver perda de audição10% a 30% irão desenvolver perda de audição20% a 75% apresentarão retardo no desenvolvimento 20% a 75% apresentarão retardo no desenvolvimento
Criança sintomática ao nascimento:Criança sintomática ao nascimento: SNC SNC * Hidrocefalia, microcefalia, convulsões, opistótono, paralisia de * Hidrocefalia, microcefalia, convulsões, opistótono, paralisia de extremidades, dificuldade de sucção, letargia, distúrbios respiratórios e extremidades, dificuldade de sucção, letargia, distúrbios respiratórios e calcificações cerebrais. calcificações cerebrais. * Gravidade maior se a criança nasceu prematura * Gravidade maior se a criança nasceu prematura Manifestações sistêmicasManifestações sistêmicas hepatoesplenomegalia, icterícia, linfadenomegalia, febre, hepatoesplenomegalia, icterícia, linfadenomegalia, febre, hipotermia, anemia, petéquias, equimoses, alterações liquóricas, hipotermia, anemia, petéquias, equimoses, alterações liquóricas, eosinofilia e trombocitopenia. eosinofilia e trombocitopenia. Manifestações ocularesManifestações oculares * Retinocoroidite* Retinocoroidite * Microftalmia, estrabismo, nistagmo, catarata, atrofia óptica... * Microftalmia, estrabismo, nistagmo, catarata, atrofia óptica...
Toxoplasmose e gravidez
TransmissãoTransmissão Transplacentária
Aproximadamente 40% dessas mulheres, se não tratadas, transmitirão Aproximadamente 40% dessas mulheres, se não tratadas, transmitirão a infecçãoa infecção
No Brasil, entre 25 e 40% das gestantes são soronegativas para a No Brasil, entre 25 e 40% das gestantes são soronegativas para a toxoplasmose. toxoplasmose.
O risco de infecção aguda durante a gestação é de aproximadamente O risco de infecção aguda durante a gestação é de aproximadamente 1% e a transmissão fetal ocorre em 30% dos casos, levando a 1% e a transmissão fetal ocorre em 30% dos casos, levando a infecção fetal de gravidade variável.infecção fetal de gravidade variável.
Toxoplasmose e gravidez
TratamentoTratamento
Tratamento da gestante com toxoplasmose aguda sem infecção fetalTratamento da gestante com toxoplasmose aguda sem infecção fetalEspiramicinaEspiramicina 500mg ou 1.5 milhões de UI 500mg ou 1.5 milhões de UI2 comp. 8/8 h por toda a gestação2 comp. 8/8 h por toda a gestação
Tratamento da gestante com toxoplasmose aguda com infecção fetalTratamento da gestante com toxoplasmose aguda com infecção fetalPirimetaminaPirimetamina 50mg de 12/12 h + 50mg de 12/12 h + SulfadiazinaSulfadiazina 500mg 6/6 h + 500mg 6/6 h + Ácido Ácido folÍnicofolÍnico 10mg 1Xdia.(esquema tóxico) 10mg 1Xdia.(esquema tóxico) Deve ser alternado com Espiramicina a cada 3 semanasDeve ser alternado com Espiramicina a cada 3 semanas
Está contra-indicado o uso de Pirimetamina no 1º trimestre de Está contra-indicado o uso de Pirimetamina no 1º trimestre de gravidez, pois é teratogênica, e de Sulfadiazina, no 3º trimestre, pelo gravidez, pois é teratogênica, e de Sulfadiazina, no 3º trimestre, pelo risco de desenvolver kernicterus.risco de desenvolver kernicterus. Clinda, azitro e a claritro podem substituir a sulfaClinda, azitro e a claritro podem substituir a sulfa
Toxoplasmose e gravidez
TratamentoTratamento
Indicado apenas nas seguintes situações:Infecção aguda na gravidez (conversão sorológica)UveítesDoença congênitaDoença no imunodeprimido
Drogas utilizadas:Na gravidez – Espiramicina, clindamicina;Nos demais casos – sulfa e Pirimetamina por 2 a 4 meses – inibem a dihidrofolato-redutase impedindo a síntese de folato e do DNA parasitário
Toxoplasmose e gravidez
Profilaxia da toxoplasmoseProfilaxia da toxoplasmose
Prevenção primária
Prevenção secundária
Evitar o consumo de carnes cruas ou mal cozidasEvitar manipular terra ou fazer serviços de jardinagemEvitar comer alimentos crus ou mal lavadosEvitar o contato com gatos filhotes de procedência ignoradaGestantes devem realizar o teste sorológico para toxoplasmose, com dosagem de IgM e IgG mensalmente(Zugaib)Prevenção secundária: evitar a infecção fetal – EspiramicinaPrevenção terciária: diminuir seqüelas em fetos infectados- Pirimetamina/ Sulfadiazina
Toxoplasmose e gravidez
BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA
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Toxoplasmose e gravidez
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