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1. Introdução
Este projeto de pesquisa tem como objetivo retratar a atual situação do Rio
Subaé, evidenciando os impactos rurais e urbanos.
A bacia hidrográfica do rio Subaé é formada por sete municípios : Feira de Santana,
São Gonçalo dos Campos, Santo Amaro da Purificação, São Francisco do Conde,
São Sebastião do Passe, Amélia Rodrigues e Conceição do Jacuípe. Possui uma
população de 731..750 habitantes e uma extensão territorial de 655 quilômetros
quadrados envolvendo zonas Rurais, Urbanas e Industriais.
O rio Subaé origina-se nas nascentes da Lagoa do Subaé às margens da
cidade de Feira de Santana, possuindo uma extensão de 55 quilômetros. Seus
principais afluentes são:
Margem direita: Rio Sergi, rio Pirauna, rio da Serra) e rio Serji-Mirim.
Margem esquerda : Rio Traripe e rio do Macaco.
Sua desembocadura (foz) está localizada no Município de São Francisco do
Conde na Bahia de todos os santos em frente à Ilha de Cajaíba.
A ocupação econômica da bacia hidrográfica do rio Subaé teve início no
séc.XVI e XVII após a extração criminosa e irresponsável da madeira de lei nos
municípios do recôncavo norte que era abundante e com a sua escassez deram
inicio aos novos ciclos predatórios com desmatamentos desordenados para instalar
a Agricultura canavieira, seguida de uma Pecuária também desprovida de
conhecimentos técnicos preservacionistas (Educação Ambiental), causando
impactos ambientais até os dias atuais nas nascentes, lagoas, riachos e rios da
bacia hidrográfica do rio Subaé e seu entorno.
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2. Justificativa
As ações desenvolvidas pelo homem em busca da satisfação dos seus anseios, sem
levar em conta a capacidade de esgotamento dos recursos naturais, têm promovido,
cotidianamente, a destruição do meio ambiente à sua volta. À proporção que
degrada, o homem não tem se dado conta de que promove, ao mesmo tempo, as
condições para não se gestar um futuro melhor para si, bem como para seus
descendentes. Das águas cristalinas que serviam para o uso doméstico, resta hoje
apenas a lembrança daqueles que ainda tiveram o prazer de contemplar essa
situação. No mais, tão somente dejetos, odores fortes de sujeira e lamentações,
muitas lamentações.
Ao longo desses últimos anos houve inúmeras interferências humanas, favorecendo
a um grau de antropização bastante considerável, o que é visível pelas fontes de
poluição domestica e industrial presentes, através de esgotos domésticos lançados
diretamente no rio e indiretamente através de fossas negras, as quais atingem o
lençol freático devido a sua superficialidade, o que foi constatado in loco, pela
construção de fossas onde sua cota mais baixa (cota de fundo) atinge o lençol
freático (CRA, 1998, p.12).
Sendo assim, os discursos de defesa dos recursos naturais que insistiam na
necessidade de preservação dos mesmos como forma de garantir um futuro mais
saudável para as gerações futuras são vistos como ideologias de loucos,
sonhadores, com “os pés fora da realidade”, afinal tudo que estiver ao alcance deve
ser feito em nome do progresso econômico.
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3. Objetivo Geral
Avaliar, sensibilizar e motivar as comunidades Urbanas e Rurais da bacia
hidrográfica do Rio Subaé e seu entorno a utilizarem e preservarem seus potenciais
naturais com sustentabilidade, respeitando os princípios básicos do Associativismo e
da Educação Ambiental.
4. Fundamentação
Atualmente, devido à construção da Br. 324, à imensa lagoa, denominada de
Lagoa do Subaé, situada no bairro Subaé e Loteamento Parque Subaé, no
perímetro urbano de Feira de Santana, foi dividida em duas partes. “Uma na
margem esquerda e outra à direita da referida Rodovia. No sentido SSA/Feira de
Santana, à margem direita da BR, esta parte da lagoa situa-se numa área que
pertenceu à antiga Fazenda Lagoa do Subaé”. (CRA, 1998, p. 11).
Deixando o município de Feira de Santana, as águas do rio Subaé
atravessam vários municípios, numa extensão de mais de 55 km, daí
desembocando na Baia de Todos os Santos.
4.1 Impactos Ambientais Rurais
A agropecuária da bacia hidrográfica do rio Subaé e seu entorno teve inicio
no município de Santo Amaro da Purificação e depois expandiu-se para todos os
demais municípios com o cultivo empírico escravagista e colonialista da cana-de-
açúcar, sem dar a menor importância à preservação das matas ciliares nas
nascentes, lagoas, encostas, riachos e rios, destruindo-se até os dias atuais, mais
de 90% das riquezas naturais. A escolha das áreas a serem agropecuarizadas era e
ainda é feita sem respeitar nascentes, lagoas, riachos e rios, desmatando
impiedosamente e extinguindo brutalmente as espécies nativas da fauna regional,
através da caça e da pesca predatória.
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Os tratos culturais e o combate a pragas e algumas doenças após a
segunda guerra Mundial passou a ser feitos com a utilização de AGROTÓXICOS,
Adubos Químicos e sementes, que obrigatoriamente teriam que ser adquiridos pelos
produtores rurais porque faziam parte do pacote técnico e os recursos do projeto
estavam condicionados a aquisição destes venenos (apelidados de defensivos).
Desinformados, produtores e consumidores convivem até os dias atuais
manipulando e consumindo direta e indiretamente venenos que matam
imediatamente a fauna microbiana dos solos, fungos, bactérias, insetos e pequenos
animais e pelo seu poder de acumular nos organismos vivos, vai matar ao longo dos
anos todos que fizerem uso dos produtos por eles contaminados.
4.2 Impactos Ambientais Urbanos
Os impactos Ambientais produzidos pela sociedade são frutos de uma
cultura secular exploratória, perversa e covarde, estimulando os indivíduos a
sacrificar sua própria família comprometendo seus descendentes sua região e nação
para manter-se no poder. Resistindo a séculos a implantação de uma política de
Educação Geral e Sócio-ambiental séria em todos os níveis, apenas pelo receio de
perder o poder, trunfo importante para acobertar e facilitar a corrupção.
O crescimento desordenado das cidades sem plano diretor seguindo
apenas a vontade de meia dúzia de “políticos profissionais” que visam apenas
alimentar-se no poder durante seus mandatos, facilitando invasões dos espaços
físicos e nobres do ponto de vista da beleza natural, da segurança e da melhoria da
qualidade de vida (nascentes lagoas riachos, rios e encostas) em detrimento da
população que paga impostos e vê seus serviços essenciais (Água, esgoto e
Energia), caros, raros, impactantes e ineficientes, os patrimônios públicos serem
invadidos como estivessem sendo loteados pelos poderes públicos, sem nenhuma
resistência dos dirigentes para conter estes crimes ambientais em áreas de
preservação natural impróprias para moradia (lagoas, riachos, encostas e rios) e os
dirigentes fazendo olhos grossos para não enfrentar o problema social daqueles
mais carentes, sempre colocando a culpa nas administrações anteriores e deixando
os problemas para os próximos administradores resolverem.
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A nova direção do Rotary Club de Feira de Santana vai desenvolver um
projeto de revitalização do rio Subaé, a partir de sua nascente. A iniciativa será
lançada no dia 7 de julho, durante a posse do novo presidente do clube, Marcos
Pérsico, que esteve em audiência com o prefeito Tarcízio Pimenta, para
apresentação do projeto. Acompanhado de Lília Ramos, diretora de Protocolo do
Nova Geração, Marcos Pérsico explica que o projeto será incrementado
principalmente na nascente do rio. Observa também que, devido a dimensão da
degradação ambiental, a iniciativa contará com apoio do Rotary International.
"Além dos clubes de Rotary de Feira de Santana, o projeto também vai contar com
apoio de clubes dos Estados Unidos e da Irlanda, além de entidades internacionais
de defesa do meio ambiente, como WWF e Greenpeace", informou.
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5. Bibliografia
• Avaliação de risco à saúde humana por metais pesados em Santo Amaro da
Purificação.
Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cap2_antecedentes>. Acesso
em: 20/abr/2011
• SANTOS, Alana Carvalho. Desenvolvimento, Civilização e Modernidade:
O sonho da industrialização em Feira de Santana. Disponível em
<http://www.klepsidra.net/klepsidra15/feira.htm>. Acesso em 20 set. 2006.
• FREITAS, Nacelice Barbosa. Urbanização em Feira de Santana: influência da
industrialização 1970-1996. 1998.189 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) –
Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Salvador.
• PAIM, Zilda. Isso é Santo Amaro. 3.ed. Salvador: Academia de Letras, 2005.
Percurso do Rio Subaé. Disponível em http://www.cpgg.ufba.br/~glessa/bts/bacias/figuras_subae/subae.htm. Acesso em: 20 set. 2006.
• FERRAZ, Levina. Subaé, esperanças e saudades. Disponível em <http://avacaprofana.zip.net/>. Acesso em: 23 set. 2006.
• GUIMARÃES, Mauro. Armadilha paradigmática na educação ambiental. IN: LOUREIRO, Carlos Frederico B. (org). Pensamento complexo, dialética e educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2006.
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