trabalho de tecon - visita tecnica
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Trabalho de TECON - Visita TecnicaTRANSCRIPT
Flam Park – Brasal Incorporações
1. Dados Gerais do Empreendimento:
A primeira obra que foi explorada por nós se chama Flam Park, está
sendo conduzida pela construtora e incorporadora Brasal. A Flam Park conta
com um complexo de quinze lotes que abrigará três torres com a finalidade
habitacional, e está sendo erguida na rua 55 quadra B-08 lotes 1/15 - Jardim
Goiás com uma área total original de 8.345,30 m² e conta com uma
área construída de 75.840,29 m² (somatória da área construída por andar). O
Flam Park possui vinte e sete pavimentos nas torres I e III e vinte e oito
pavimentos na torre II, tendo um total de quatrocentos e cinquenta e seis
apartamentos, sendo que em cada andar das torres I e III conta com seis
apartamentos, e em cada um deles se tem três ou dois quartos, enquanto que
na torre II tem quatro apartamentos por andar e quatro quartos. No stand de
vendas possui uma maquete, corretores de plantão e folders explicativos, e o
modelo para visitação,se encontra no primeiro andar da torre III, e possui uma
escada que interliga o stand de vendas e o decorado. Os apartamentos no
residencial Flam Park, quando finalizado, variaram de 350.000,00 à 550.000,00
reais.
O residencial Flam Park possui um processo construtivo é misto, ou
seja, é moldado in loco e pré-moldado. Conta com um alto padrão de
acabamento, e com seu regime de construção sendo exercido por uma
incorporadora. A incorporadora não forneceu informações quanto a fase da
construção em que se encontravam, no entanto, suas etapas no processo
construtivo que já foram concluídas, são:
Torre I – Nenhum serviço concluído
Torre II – Fundação
Torre III – Fundação
E seus serviços em execução, são:
Torre I – Fundação
Torre II – Metade da estrutura
Torre III – Finalização da estrutura
2. Tapume - Placas - Passeio Público:
O tapume para recobrir todo o complexo do Flam Park foi feito com
material de metal tendo em vista altura de 2,3 metros e com modulação 1,10
metros (largura) e 0,075 metros (espaçamentos entre um tapume e
outro). Quanto ao passeio publico foram sitiadas os locais de : abertura de
portões, obstáculo, espaços de circulação livre ou comum e limpeza e
desobstrução do passeio. O passeio em sua maioria atende a largura mínima
estipulada no código de edificações de Goiânia. No entanto há irregularidades,
como obstáculos, obstrução e má conservação. O canteiro de obras possui ao
todo cinco portões (01 para carga e descarga, 02* para veículos /maquinários,
03* para materiais, 04 para acesso de pessoas, e 05* encontrava-se
desativado. Sendo respectivamente 01 e 02* com abertura manual para dentro,
03* e 04 e 05* portas de correr; {*portões sem identificação}). Há ainda um
controle de entrada e saída de pessoas e materiais em todos os portões ativos,
que são realizados por algum operário da obra.
Sobre a segurança do empreendimento, durante o período de trabalho e
após o expediente a Brasal Incorporações conta com uma equipe de
segurança prestadora de serviço a Gentleman Segurança que disponibiliza 2
seguranças (1 para a regulação e controle da obra e outro para a vigilância do
stand de vendas) aliado a isso a empresa conta com um sistema
de monitoramento por câmeras na obra. Não há placas fixadas externamente
no tapume da obra que forneça informações do empreendimento, possui
apenas avisos e recomendações.
3. Administração da Obra:
A obra que está sendo executada pela incorporadora Brasal tem o início
das atividades, de segunda-feira à quinta-feira, às 07:00 horas, prolongando-se
até às 12:00 horas. Entre às 12:00 hs. e às 13:00 hs. há uma pausa para que
os operários da obra possam almoçar e poder continuar o serviço à partir das
13:00 hs. Uma importante observação que foi coletada é a de que os operários
da obra são divididos em dois grupos para o horário de almoço, sendo que um
grupo realiza a refeição das 12:00 às 12:30 hs e o outro grupo entra no
refeitório das 12:30 às 13:00 hs. Grandes empresas de construção civil estão
realizando estratégias para liberarem seus funcionários mais cedo do serviço
nos dias de sexta-feira. Uma das táticas mais usada no mercado atualmente é
as atividades no canteiro de obras se iniciarem às 7:00 hs tendo 1:00 hora para
o almoço, e serem liberados às 16:00 hs, e a Brasal é uma empresa que usa
essa estratégia para liberar seus funcionários mais cedo. Outro aspecto que
esta entrando na lista das grandes empresas da construção civil é servir café
da manhã para os operários, podendo essa ser uma tática para manter os
operários mais motivados na obra, e no caso da Brasal o café da manhã é
servido das 6:30 às 7:00 hs. Para que tudo ocorra com uma boa organização
no canteiro de obras, existe um dispositivo sonoro que alerta os operários o
horário de início e fim das atividades, assim como alerta os mesmos sobre o
horário de almoço e término deste.
A incorporadora Brasal possui seu pico máximo de 270 trabalhadores
(Anexo 1) , que utilizam o relógio e cartões de ponto, que está de fácil acesso
para os funcionários, sendo que uma exigência da incorporadora é que os
operários marquem seus cartões de ponto apenas quando já estiverem prontos
para iniciarem as atividades, ou seja, depois que todos estiverem vestidos
adequadamente.
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção (PCMAT), se encontra dentro do escritório no canteiro de obras,
juntamente com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO). Um ponto relevante que é disseminado nesta incorporação é o
Dialogo de Segurança Semanal (DSS), que serve para informar aos operários
as precauções que devem ser tomadas com os aparelhos, as prevenções para
evitar acidentes no canteiro de obras, e é discutido o desempenhos dos
operários e consequentemente é eleito um funcionário do mês, que geralmente
recebe uma bonificação. E algumas outras empresas usam a mesma tática, no
entanto, é feito o Dialogo Diário de Segurança (DDS).
4. Área de Vivência - Barracões:
Os barracões da obra se encontram em três pavimentos (térreo, primeiro
subsolo, segundo subsolo), sendo todos eles moldados in loco, com alguns de
estrutura de madeira e outros de alvenaria como por exemplo o do refeitório, já
no vestiário da obra utilizou-se contêineres, sendo que o vestiário é o único que
despeja água no passeio público. Os vestiários, os escritórios, a guarita, o
refeitório com cozinha e o lavatório são os que compõem a área de vivência,
considerando que apenas o refeitório, que estava no subsolo, e os sanitários
eram de 0,72 metros², que estavam de desacordo com a NR18.
Os silos existiam apenas para materiais químicos e as baias para os
materiais a granel, estando ambos devidamente identificados e satisfatórios.
Na obra também à presença de uma central de armação, em que as ferragens
são devidamente dobradas na obra com o auxílio do tesourão, o poli corte e a
lixadeira. A central de fôrmas ficava no térreo, com apenas a serra circular e
com uma coifa devidamente protegida. No canteiro de obras há uma betoneira
com dosador e padiolas em local adequado, e elevadores cremalheira de fácil
acesso.
5. Outros Itens Relevantes:
A empresa não possui PBQP-H ou ISO 9001, que é a norma que
especifíca requisitos para um Sistema de Gestão da Qualidade. No entanto,
a própria empresa realiza auditorias internas a fim de verificar e melhorar
sua capacidade em fornecer de forma coerente produtos e/ou serviços que
atendam as exigências (requisitos) de seus clientes.
Quanto aos aspectos relacionados à segurança, pudemos perceber a
presença de extintores instalados em vários locais estratégicos no canteiro
de obras, seguindo as normas de segurança. Entre os tipos de extintores
encontrados estão: água pressurizada (AP) e água-gás (AG), pó químico
seco (PQS) e pó ABC, que devido a sua fácil aplicação e uso universal, são
indicados para proteção residencial e comercial, com aplicações para a
indústria. Entre os locais de instalação estão os escritórios de
administração, depósito de inflamáveis, cozinha e refeitório, bem como
próximo a máquinas e equipamentos.
Vermont Residence – Construtora Regional
1. Dados Gerais do Empreendimento:
A segunda obra foi intitulada Vermont Residence, sendo a Regional
construtora e incorporadora responsável pelo empreendimento. A obra possui
três lotes, localizados na rua 59 com 54 e 55, Qd. B-7 - Jardim Goiás, tendo
apenas uma torre com um total de setenta e dois apartamentos, sendo que sua
área total original equivale á 1.851,20 metros quadrados (m²), e conta com uma
área construída de 14.729,38 metros quadrados (m²). O Vermont Residence
tem no total vinte e dois pavimentos (18 andares, 2 subsolos, 1 mezanino e 1
térreo), cuja finalidade é a habitacional. Cada andar da construção tem quatro
apartamentos e cada apartamento possui três quartos com suíte. Podemos
encontrar o decorado para visitação no primeiro andar do prédio, sendo que
este estava em fase de locomoção, pois anteriormente o decorado para
visitação estava instalado no stand de vendas, que por sua vez, conta com
uma maquete e folders do edifício e do apartamento.
Os processos construtivos da Regional estavam sendo moldados in loco,
tendo em vista um alto padrão de acabamento. A incorporação que rege toda a
construção, e esta não passou informações a respeito da fase em que a
construção se encontrava. Os serviços que haviam sido concluídos no decorrer
da obra, são:
Fundações e estruturas.
Assim, o único serviço que falta a ser concluído pela construtora é a fase
de acabamento.
Uma importante informação coletada na segunda obra foi a dos
responsáveis por cada projeto do Vermont Residence, sendo eles:
Projeto Arquitetônico: Isabel Cristina Rabelo Jácoma
Projeto Estrutural: Errevê Engenharia – Ricardo Veiga e Paulo do Vale Rocha
Projeto de Fundação: GH Engenharia e fundações – Gustavo Vieira
Projeto Elétrico: CPO Engenharia S/C LTDA
Projeto Hidro sanitário: TecnoProjetos – José Júlio de Guimarães
Projeto de combate a incêndio: Leonardo Pacheco Cordeiro
R.T.s p/ obra: Antônio Carlos Valadares Veras e Marcos Rodrigues Valadares
2. Tapume - Placas - Passeio Público:
O tapume escolhido pela construtora Regional era feito de placa pré-
moldada de concreto com altura de dois metros e modulação de 1,4
metros 0,05 metros e 0,10 metros. No que diz respeito ao passeio publico a
empresa cumpre parte exigido, pois há obstruções, rachaduras e sujeira. A
obra possui dois portões (um para a entrada e saída de veículos e cargas e um
para entrada de pessoas). O portão da construtora regional não atende a
legislação municipal, sendo então, irregular, pois bloqueia alguns pontos do
passeio público. Já o segundo portão é aberto para dentro e é controlado
por um porteiro que regula a entrada de pessoas.
O sistema vigente nesta obra é composto por um guarda à noite e um
sistema de alarme. No tapume estão fixadas placas informativas da obra e de
recomendações, todas visíveis ao público.
3. Administração da Obra:
Na construtora Regional o horário de serviço dos operários é das 7:00 às
17:00 hs de segunda à sexta. Sendo servido café da manhã às 6:45 hs que
se estende até às 7:00 hs, geralmente vai até as 07:15 hs , pois há uma
tolerância de quinze minutos para os operários iniciarem as atividades no
canteiro de obras, uma vez que estes são avisados sobre o início e fim de cada
atividade por um dispositivo sonoro (sirene).
O canteiro de obras conta com trinta e dois pedreiros, vinte e oito
serventes, três carpinteiros, um pintor, um armador, dois operadores de
prancha, três operadores de betoneira, um auxiliar de almoxarife, um
almoxarife, um encarregado e um mestre de obras. Seu pico máximo de
trabalhadores é de cento e quatro operários.
Por fim, a obra possui o Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), no entanto não se foi localizado
o Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional (PCMSO).
4. Área de Vivência - Barracões:
Os barracões da obra Vermont Residence encontravam-se apenas em
um pavimento, enquanto que os materiais estavam sendo estocados no
subsolo. São moldados in loco com material de alvenaria e alguns detalhes
como abertura para ventilação, e nesta obra, não há despejo de água no
passeio público.
O complexo da Regional conta com escritório, vestiário, sanitário, e
deposito de material no subsolo, de maneira que os detalhes construtivos de
cada barracão atenda a NR18. Não havia nenhum tipo de silos ou baias para
os materiais a granel, e não havia uma central de armação.
A central de fôrmas possuía tudo devidamente equipado com as coifas
protegidas e serra circular. E, por fim, há betoneira com dosador, e possui
elevador, no entanto, estes não estão próximos o suficiente dos materiais.
5. Outros Itens Relevantes:
A Construtora Regional possui certificação ISO 9001, que reconhece o esforço
da organização em assegurar a conformidade dos seus produtos e/ou serviços,
a satisfação de seus clientes e a melhoria contínua.
Norma Regulamentadora 18
Norma Regulamentadora 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção.
Alguns pontos importantes observados na visita técnica que estavam presentes
nas duas obras:
18.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção - PCMAT
18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos
estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os
aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança.
18.3.1.2. O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição
do órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. (Alterado pela
Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011).
18.3.2. O PCMAT deve ser elaborado por profissional legalmente
habilitado na área de segurança do trabalho.
(Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011).
18.4 Áreas de Vivência.
18.4.1. Os canteiros de obras devem dispor de:
a) instalações sanitárias;
b) vestiário;
c) alojamento;
d) local de refeições;
e) cozinha, quando houver preparo de refeições;
f) lavanderia;
g) área de lazer;
h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou
mais trabalhadores.
18.4.1.1. O cumprimento do disposto nas alíneas "c", "f" e "g" é
obrigatório nos casos onde houver trabalhadores alojados.
18.4.1.3. Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em
áreas de vivência de canteiro de obras e frentes de trabalho, desde que, cada
módulo: (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 13 de dezembro de 2000)
a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por
cento) da área do piso, composta por,
no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz
ventilação interna;
b) garanta condições de conforto térmico;
c) possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
d) garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos
nesta NR;
e) possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos,
além do aterramento elétrico.
18.4.2.4 A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso
sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20
(vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1
(uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.
18.4.2.8 Chuveiros
18.4.2.8.1 A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de
0,80m2 (oitenta decímetros quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e
dez centímetros) do piso.
18.4.2.8.2 Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter
caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando
houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.
18.4.2.9.1 Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residem no local.
18.4.2.9.2 A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à
entrada da obra, sem ligação direta com o local destinado às refeições.
18.4.2.9.3 Os vestiários devem:
f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;
g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra;
18.4.2.11. Local para refeições
18.4.2.11.1. Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado
para refeições.
18.4.2.11.2. O local para refeições deve:
a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;
b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;
c) ter cobertura que proteja das intempéries; d) ter capacidade para garantir o
atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições;
e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
g) ter mesas com tampos lisos e laváveis;
h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;
i) ter depósito, com tampa, para detritos;
j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações;
k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o Código
de Obras do Município, da obra.
18.4.2.11.3. Independentemente do número de trabalhadores e da existência
ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o
aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para
o aquecimento.
18.4.2.14. Área de lazer
18.4.2.14.1. Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação
dos trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para
este fim.