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TÜV Akademie Rheinland Plano de Segurança e Saúde Pedro Miguel Rodrigues Tomás Coordenação de Segurança na Construção Civil HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

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TÜV Akademie Rheinland Plano de Segurança e Saúde

Pedro Miguel Rodrigues Tomás Coordenação de Segurança na Construção Civil

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

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Plano de Segurança e Saúde Página 2 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

ÍNDICE

Nota Introdutória 3 1. Memória Descritiva 4 Definição dos Objectivos 4 Comunicação Prévia 5

Regulamentação Aplicável 6 Organograma Funcional da Empreitada 9 Horário de Trabalho 9 Seguro de acidentes de Trabalho e Outros 10 Trabalhadores Emigrantes 10 Fases de Execução da Empreitada 11 Métodos e Processos Construtivos 11

2. Caracterização da Empreitada 12 Características Gerais 12 Mapa de Quantidades de Trabalho 12 Plano de Trabalhos 12 Cronograma de Mão de Obra 13 Cronograma de Equipamento 13 Projecto de Estaleiro 14 Lista de Trabalhos com Riscos Especiais 21 Lista de Materiais com Riscos Especiais 22 3. Acções para Prevenção de Riscos 23 Plano de Condicionalismos 23 Plano de Sinalização e de Circulação no Estaleiro 24 Plano de Protecções Colectivas 25 Plano de Protecções Individuais 25 Plano de Utilização e Controlo dos Equipamentos de Estaleiro 26 Plano de Inspecção e Prevenção 27 Registos de Inspecção e Prevenção 28 Plano de Saúde dos Trabalhadores 28 Plano de Registo de Acidentes e Índices de Sinistralidade 29 Plano de Formação e Informação dos Trabalhadores 31 Plano de Visitantes 32 Plano de Emergência 32 Plano de Escavações 33 Plano de Cofragens e Betonagens 34 Plano de Montagem das Estruturas Metálicas 34 Registo de Não Conformidades e Acções Correctivas e Preventivas 35 4. Acções de Acompanhamento do PSS 36 Reuniões Mensais de Segurança e Saúde 36 Auditorias de Segurança à Obra 37 5. Anexos 38

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NOTA INTRODUTÓRIA

O presente Plano de Segurança e Saúde, relativo à empreitada do “Projecto de Edificação de

Prédio de Habitação e Comércio”, entra em vigor na data da consignação da empreitada.

Este Plano de Segurança e Saúde estabelece as regras/especificações que deverão ser

observadas no Estaleiro da obra durante a sua execução.

É da responsabilidade do Adjudicatário manter este documento permanentemente actualizado e

implementá-lo desde o início da instalação do estaleiro, até à recepção provisória da empreitada,

devendo o Adjudicatário devolvê-lo ao Dono da Obra, através do Coordenador de Segurança da

Obra, com toda a documentação demonstrativa das acções implementadas durante a execução da

empreitada.

Todos os intervenientes na execução da empreitada e, em particular o Director Técnico da mesma,

deverão cumprir e garantir o cumprimento do disposto neste plano.

São destinatários do presente plano o Coordenador de Segurança da Obra, a Fiscalização e o

Adjudicatário.

O representante do Adjudicatário deverá disponibilizar este plano aos representantes dos

trabalhadores da empreitada, bem como a todos os subcontratados (subempreiteiros e

trabalhadores independentes).

O Adjudicatário deverá controlar, registar e manter permanentemente actualizada a ficha de

distribuição do Plano de Segurança e Saúde, utilizando o modelo do Anexo 1, anexando essas

fichas nesse mesmo anexo.

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1. MEMÓRIA DESCRITIVA

Definição dos Objectivos

O presente Plano de Segurança e Saúde, relativo à empreitada do “Projecto de Edificação de

Prédio de Habitação e Comércio ”, tem como objectivo a implementação de medidas de

Segurança e Saúde no trabalho, cumprindo assim as exigências da legislação em vigor,

nomeadamente o Decreto-Lei 273/2003, de 29 de Outubro, relativo a estaleiros temporários ou

móveis.

Com a sua implementação pretende-se diminuir o número de acidentes da obra, de maneira a

prever os riscos associados a cada operação de construção e adoptar medidas de prevenção.

Para que tal aconteça, é necessário que todos os intervenientes no processo construtivo, avaliem

os riscos inerentes a cada operação e adoptem atempadamente a aplicação de princípios e

técnicas de prevenção.

Neste sentido dinâmico de trabalho, entende-se que este documento pode ser alterado e

actualizado sempre que tal se justifique, face às condicionantes e evolução da obra.

Assim, os princípios fundamentais considerados neste Plano são:

- reconhecer a segurança e saúde no trabalho como parte influente do desempenho;

- cumprir toda a legislação e regulamentação vigente em matéria de segurança e saúde no

trabalho;

- evitar os riscos, avaliar e combater os riscos que não possam ser evitados;

- planear para todas as actividades com riscos associados, as medidas preventivas e as

protecções necessárias;

- substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;

- adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à escolha de equipamentos de

trabalho e dos processos construtivos e métodos de trabalho utilizados na produção;

- dar prioridade às medidas de prevenção colectiva em relação à individual;

- incentivar os trabalhadores a zelarem pela sua própria segurança e pela dos colegas que possam

ser afectados pelas suas acções;

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- promover as acções de formação e informação necessárias para dar instruções adequadas aos

trabalhadores, de modo a que todos possam compreender as acções a implementar assegurando

a segurança e saúde no trabalho;

- encorajar os trabalhadores a identificarem e comunicarem todas as situações de perigo que

detectem, mesmo que as mesmas não interfiram directamente com a sua segurança.

Comunicação Prévia

De acordo com o n.º 1, do artigo 15.º, do Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro, o Dono da Obra

deve comunicar previamente à Inspecção Geral do Trabalho (IGT) a abertura do estaleiro.

A Comunicação Prévia será entregue se o prazo previsível de execução da obra for:

- superior a 30 dias e no estaleiro operem simultaneamente mais de 20 trabalhadores;

- mais de 500 dias de trabalho, correspondente ao somatório dos dias de trabalho prestado por

cada um dos trabalhadores.

O Adjudicatário deverá apresentar ao Coordenador de Segurança da Obra no prazo de 5 dias

antes do início dos trabalhos e da montagem do Estaleiro, a Comunicação Prévia devidamente

preenchida nos pontos com a informação em falta (modelo do Anexo 2), tendo em vista o seu envio

ao Dono da Obra e posterior envio à Inspecção Geral do Trabalho.

Sempre que se verificar alguma alteração na Comunicação Prévia de abertura do Estaleiro, o

Adjudicatário deverá informar, por escrito, o Coordenador de Segurança da Obra (Fiscalização)

sobre as alterações ocorridas. Este por sua vez, deve participar ao Dono da Obras as informações

transmitidas pelo Adjudicatário e fornecer cópia ao mesmo da Comunicação Prévia e alterações

enviadas pelo Dono da Obra à Inspecção Geral do Trabalho.

Durante todo o período de execução da empreitada, o Adjudicatário deverá afixar, em local bem

visível, cópia da última Comunicação Prévia enviada à IGT, a qual lhe é fornecida pelo

Coordenador de Segurança.

As cópias da Comunicação Prévia bem como das suas alterações, caso existam, devem ser

incluídas, pelo Adjudicatário, no Anexo 2, assim como os elementos fornecidos ao Coordenador de

Segurança da Obra.

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Regulamentação Aplicável

Na empreitada “Projecto de Edificação de Prédio de Habitação e Comércio” aplica-se toda a

regulamentação de segurança e saúde que se encontra em vigor, nomeadamente a seguinte:

Segurança e Saúde no Trabalho

- Decreto-Lei n.º 441/91 de 14 de Novembro (Transposição da Directiva n.º 89/391/CEE relativa à

aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde dos

trabalhadores no trabalho).

- Decreto-Lei n.º 347/93 de 1 de Outubro (Transpõe para o direito interno a Directiva n.º

89/654/CEE de 30 de Novembro relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde para os

locais de trabalho).

- Portaria n.º 987/93 de 6 de Outubro (Estabelece as normas técnicas de execução do Decreto-Lei

n.º 347/93 de 1 de Outubro).

- Decreto-Lei n.º 26/94 de 1 de Fevereiro (Estabelece o regime de organização e funcionamento

das actividades de Segurança, Higiene e Saúde no trabalho).

- Decreto-Lei n.º 7/95 de 29 de Março (Alteração, por ratificação, do Decreto-Lei n.º 26/94 de 1 de

Fevereiro).

- Decreto-Lei n.º 133/99 de 21 de Abril (Altera o Decreto-Lei n.º 441/91 de 14 de Novembro relativo

aos princípios de prevenção de riscos profissionais).

- Portaria n.º 390/2002 de 11 de Abril (Aprova o regulamento relativo às prescrições mínimas de

segurança e saúde em matéria de consumo, disponibilização e venda de bebidas alcoólicas nos

locais de trabalho da administração pública central e local).

Acidentes de Trabalho

- Decreto-Lei n.º 362/93 de 15 de Outubro (Estabelece as regras relativas à informação estatística

sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais).

- Lei n.º 100/97 de 13 de Setembro (Lei dos acidentes de trabalho).

- Decreto-Lei n.º 143/99 de 30 de Abril (Regulamenta a Lei n.º 100/97 de 13 de Setembro, no que

respeita ao seguro de acidentes de trabalho para os trabalhadores independentes).

- Decreto-Lei n.º 159/99 de 11 de Maio (Regulamenta a Lei 100/97 de 13 de Setembro, no que

respeita ao seguro de acidentes de trabalho para os trabalhadores independentes).

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Segurança na Construção Civil

- Decreto-Lei n.º 41820 de 11 de Agosto de 1958 (Estabelece a fiscalização e infracções às

normas de segurança para a protecção do trabalho nas obras de construção civil).

- Decreto-Lei n.º 41821 de 11 de Agosto de 1958 (Aprova o Regulamento de Segurança no

Trabalho da Construção Civil – RSTCC).

- Decreto-Lei n.º 46427 de 10 de Julho de 1965 (Aprova o Regulamento das Instalações

Provisórias do Pessoal Empregado nas Obras – RIPPEO).

- Decreto-Lei n.º 214/95 de 18 de Agosto (Estabelece as condições de utilização e comercialização

de máquinas usadas visando eliminar riscos para a saúde e segurança das pessoas).

- Portaria n.º 101/96 de 3 de Abril (Regulamenta prescrições mínimas de segurança e de saúde

nos locais e postos de trabalho dos estaleiros temporários ou móveis).

- Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de Outubro (Revê e revoga o Decreto-Lei n.º 155/95 de 1 de

Julho, mantendo as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho estabelecidas pela

Directiva n.º 92/57/CEE, do Concelho, de 24 de Junho).

Equipamentos de Protecção Individual

- Decreto-Lei n.º 128/93 de 22 de Abril (Estabelece as exigências técnicas de segurança a

observar pelos equipamentos de protecção individual, de acordo com a Directiva n.º 89/686/CEE

de 21 de Dezembro).

- Decreto-Lei n.º 331/93 de 25 de Setembro (Transpõe para o direito interno a Directiva n.º

89/654/CEE de 30 de Novembro relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde na

utilização de equipamentos de trabalho).

- Decreto-Lei n.º 348/93 de 1 de Outubro (Transpõe para o direito interno a Directiva n.º

89/656/CEE de 30 de Novembro relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde na

utilização de equipamentos de protecção individual).

- Portaria n.º 988/93 de 6 de Outubro (Estabelece a descrição técnica do equipamento de

protecção individual, de acordo com o art.º 7º do Decreto-Lei n.º 348/93 de 1 de Outubro).

- Portaria n.º 1131/93 de 4 de Novembro (Estabelece as exigências essenciais relativas à saúde e

segurança aplicáveis aos equipamentos de protecção individual, de acordo com o art.º 2º do

Decreto-Lei n.º 128/93 de 22 de Abril).

- Portaria n.º 109/96 de 10 de Abril (Altera os anexos I, II, IV e V da Portaria n.º 1131/93 de 4 de

Novembro).

- Portaria n.º 695/97 de 19 de Agosto (Altera os anexos I e V da Portaria n.º 1131/93 de 4 de

Novembro).

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- Decreto-Lei n.º 374/98 de 24 de Novembro (Altera os Decretos-Lei n.º 378/93 de 5 de Novembro,

n.º 128/93 de 22 de Abril, n.º 383/93 de 18 de Novembro, n.º 130/92 de 6 de Junho, n.º 117/88 de

12 de Abril e n.º 113/93 de 10 de Abril, relativos a EPI e marcação CE).

Exposição a Riscos Eléctricos

- Portaria n.º 37/70 de 17 de Janeiro (Aprova as instruções para os primeiros socorros em

acidentes produzidos por correntes eléctricas).

- Decreto-Lei n.º 740/74 de 26 de Agosto (Estabelece o Regulamento de Segurança das

Instalações de Utilização da Energia Eléctrica – RSIUEE).

Movimentação Manual de Cargas

- Decreto-Lei n.º 330/93 de 25 de Setembro (Transpõe para o direito interno a Directiva n.º

90/269/CEE de 29 de Maio relativo às prescrições mínimas de segurança e de saúde na

movimentação manual de cargas).

Máquinas, Equipamentos e Materiais de Estaleiro

- Decreto-Lei n.º 82/99 de 16 de Março (Altera o regime relativo às prescrições mínimas de

segurança e de saúde para a utilização de equipamentos de trabalho, transpondo para a ordem

interna a Directiva n.º 95/63/CE de 5 de Dezembro).

- Decreto-Lei n.º 320/2001 de 12 de Dezembro (Estabelece as regras relativas à colocação no

mercado e entrada em serviço das máquinas e dos componentes de segurança, transpondo para a

ordem jurídica interna a Directiva n.º 98/37/CE de 22 de Junho).

Exposição ao Ruído

- Decreto-Lei n.º 72/92 de 28 de Abril (Transpõe para o direito interno a Directiva n.º 86/188/CEE

de 12 de Maio relativa à protecção dos trabalhadores contra os riscos devidos à exposição ao ruído

durante o trabalho).

- Decreto Regulamentar nº 9/92 de 28 de Abril (Regulamenta o Decreto-Lei nº 72/92 de 28 deAbril).

- Decreto-Lei n.º 292/2000 de 14 de Novembro (Estabelece o regime legal sobre a poluição sonora

– Regulamento Geral do Ruído).

- Decreto-Lei n.º 76/2002 de 26 de Março (Estabelece o Regulamento das Emissões Sonoras para

o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior, transpondo para a ordem jurídica interna a

Directiva n.º 2000/14/CEE de 8 de Maio).

Sinalização de Segurança e Saúde no Trabalho

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- Decreto-Lei n.º 141/95 de 14 de Junho (Transpõe para o direito interno a Directiva n.º 92/58/CEE

de 24 de Junho, relativa a prescrições mínimas para a sinalização de segurança e saúde no

trabalho).

- Portaria n.º 1456-A/95 de 11 de Dezembro (Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e

utilização da sinalização de segurança e saúde no trabalho).

- Decreto Regulamentar n.º 22-A/98 de 1 de Outubro (Regulamento de Sinalização do Trânsito /

Capítulo V – Sinalização temporária de obras e obstáculos na via pública).

O Adjudicatário deverá organizar no prazo de 30 dias após a consignação um dossier devidamente

identificado, que contenha uma compilação da regulamentação aplicável, nomeadamente a

referida anteriormente, para que o mesmo possa ser consultado sempre que necessário.

Organograma Funcional da Empreitada

O organograma funcional da empreitada deverá referenciar todas as chefias e respectiva cadeia de

responsabilidades, incluindo explicitamente a organização dos meios humanos afectos à gestão e

controlo da segurança e saúde no trabalho.

O Adjudicatário deverá completar o organograma (modelo do Anexo 3) e apresentá-lo ao

Coordenador de Segurança da Obra até 5 dias após a consignação para aprovação e assegurar a

sua actualização sempre que alguma das competências seja alterada.

O Organograma Funcional em vigor deverá ser afixado no Estaleiro, em local bem visível, pelo

Adjudicatário.

O Adjudicatário deverá arquivar o organograma bem como as suas actualizações no Anexo 3.

Horário de Trabalho

Antes do início dos trabalhos, o Adjudicatário deverá entregar ao Coordenador de Segurança da

Obra o Horário de Trabalho que pretende utilizar no decurso da empreitada para aprovação. Caso

seja aprovado, deverá ser afixado em local bem visível (nas vitrinas da obra).

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O Horário de Trabalho, a entregar no prazo máximo de 11 dias após a consignação, deverá ser

arquivado no Anexo 4.

Para a realização de trabalhos fora dos períodos previstos no horário em vigor, é necessária

autorização prévia por parte do Coordenador de Segurança da Obra.

Seguros de Acidentes de Trabalho e Outros O Adjudicatário deverá entregar ao Coordenador de Segurança da Obra cópia das apólices de

seguro de todas as empresas, subempreiteiros, trabalhadores independentes subcontratados, ou

qualquer outro interveniente na obra, no prazo máximo de 5 dias.

Para proceder ao controlo e registo das apólices de seguros de acidentes de trabalho, o

Adjudicatário deverá utilizar o modelo do Anexo 5.

O Adjudicatário tem que verificar e actualizar com alguma periodicidade (pelo menos,

mensalmente) o registo dos seguros de acidentes de trabalho, por forma a garantir de que ao longo

do decorrer da obra, todos os trabalhadores estão cobertos por seguro.

Em caso algum é permitida a permanência no estaleiro de pessoas não cobertas por seguro de

acidentes de trabalho.

O registo dos seguros de acidente de trabalho, as cópias das apólices e comprovativos de

pagamento ou validade, devem ser arquivadas pelo Adjudicatário no Anexo 5.

Trabalhadores Emigrantes

Os trabalhadores emigrantes deverão estar legais.

O Adjudicatário deverá apresentar uma declaração (modelo do Anexo 6) até 11 dias após a

consignação, caso empregue trabalhadores emigrantes, e deverá arquivar no Anexo 6.

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Fases de Execução da Empreitada O Adjudicatário deverá planear todos os trabalhos da empreitada por forma a assegurar que a

mesma seja executada em condições de segurança, para o que deve identificar previamente as

fases de execução e as prioridades das mesmas, bem como as incompatibilidades de execução

simultânea face aos riscos que daí decorrem.

Assim, definindo previamente as fases de execução da empreitada pretende-se identificar e anular

os potenciais riscos resultantes de um incorrecto planeamento dos trabalhos.

O Adjudicatário deverá arquivar os documentos relativos à definição das fases de execução da

empreitada no Anexo 7.

Métodos e Processos Construtivos Antes da realização de qualquer trabalho, o Adjudicatário deverá identificar quais os processos

construtivos bem como os métodos de trabalho que pretende utilizar, os riscos associados e as

medidas preventivas que pretende implementar.

Sempre que os métodos e/ou processos construtivos a utilizar não sejam os tradicionais ou

apresentem níveis de complexidade não habitual ou ainda se o Coordenador de Segurança da

Obra solicitar, o Adjudicatário deverá preparar previamente Instruções de Trabalho para além dos

Planos de Monitorização e Prevenção, as quais serão submetidas à aprovação.

As Instruções de Trabalho devem especificar para cada actividade o modo como é realizada,

podendo assim identificar e avaliar os riscos envolvidos na sua execução e definir medidas

preventivas a implementar.

Todas as Instruções de Trabalho preparadas pelo Adjudicatário devem ser arquivadas no Anexo 8.

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Plano de Segurança e Saúde Página 12 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPREITADA

Características Gerais

A empreitada “Projecto de Edificação de Prédio de Habitação e Comércio” consiste na

execução de todos os trabalhos previstos no projecto, sendo os aspectos mais importantes dos

trabalhos a executar os seguintes:

- desmatação e terraplanagens;

- execução de obras de contenção em muros de betão armado;

- aplicação de betão armado e simples em estruturas e regularizações;

- execução e implantação de estruturas metálicas;

- reconstrução dos edifícios existentes;

- execução e implantação de redes de águas, de drenagem pluvial e residual;

- execução de trabalhos de arranjos exteriores, incluindo recuperações ambientais e paisagísticas,

bem como implantação de mobiliário urbano.

Mapa de Quantidades de Trabalho

Os trabalhos incluídos são os que se encontram definidos no Mapa de Quantidades de Trabalho

que integra o Processo de Concurso da Empreitada.

O Adjudicatário e o Coordenador de Segurança da Obra deverão analisar os Mapas das

Quantidades de Trabalhos, por forma a avaliarem quais os trabalhos e materiais que oferecem

maiores riscos, quer pela própria natureza, quer pelo efeito de repetitividade ou outro.

O Adjudicatário deverá arquivar os mapas de quantidades de trabalho no Anexo 9.

Plano de Trabalhos O Adjudicatário deverá preparar e apresentar o Plano de Trabalhos para a empreitada, conforme

previsto no Caderno de Encargos, no prazo indicado no mesmo.

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Plano de Segurança e Saúde Página 13 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Com a elaboração do Plano de Trabalhos, pretende-se verificar quais os períodos de maior

concentração de trabalhos em simultâneo. Tratam-se de períodos em que o risco de ocorrência de

acidentes de trabalho é mais elevado.

O Plano de Trabalhos para que seja aprovado, tem que ser submetido à apreciação do

Coordenador de Segurança da Obra.

O mesmo deve ser alterado sempre que por questões de segurança e/ou saúde dos trabalhadores

se considere justificável. O Coordenador de Segurança da Obra pode solicitar ao Adjudicatário as

alterações ao Plano de Trabalhos que entenda necessárias.

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 9 todos os Planos de Trabalhos aprovados.

Cronograma da Mão-de-Obra O cronograma de mão-de-obra permite a determinação semanal/mensal dos valores de cargas de

mão-de-obra expressas em Homens e/ou Homens-hora, assim como os valores acumulados.

Deste modo, é possível avaliar se é necessário a apresentação da Comunicação Prévia, bem

como controlar o nível de sinistralidade da empreitada.

O Coordenador de Segurança da Obra poderá solicitar ao Adjudicatário a elaboração de

cronogramas de mão-de-obra por categorias profissionais e/ou frentes de trabalho, devendo estes

serem apresentados no prazo máximo de 5 dias após a solicitação.

O Adjudicatário deverá apresentar mensalmente ao Coordenador de Segurança da Obra o

cronograma de trabalhos e arquivar cópia do mesmo no Anexo 10.

Cronograma de Equipamento O cronograma de equipamento permite a determinação semanal/mensal dos valores de cargas de

equipamento expressas em Equipamento e/ou Equipamento-hora, assim como os valores

acumulados, de modo a controlar o nível de sinistralidade da obra.

A organização do cronograma de equipamento deverá ser semelhante ao cronograma de mão-de-

obra.

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Plano de Segurança e Saúde Página 14 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

O Adjudicatário deverá apresentar ao Coordenador de Segurança da Obra o cronograma de

equipamento, no prazo máximo de 11 dias após a consignação, devendo ser incluído no Anexo

10.

Projecto de Estaleiro O Adjudicatário deverá elaborar o Projecto de Estaleiro, apresentando-o para aprovação ao

Coordenador de Segurança da Obra, no prazo máximo de 11 dias antes de iniciada a sua

implantação, devendo ser incluído no Anexo 11.

Na elaboração do Projecto de Estaleiro tem que ser seguida toda a regulamentação específica

aplicável, assim como cumprir as regras indicadas neste Plano de Segurança e Saúde e outras

que o Coordenador de Segurança e Saúde da Obra determine, sem prejuízo da regulamentação

aplicável.

O Projecto de Estaleiro deverá identificar e definir objectivamente através de peças escritas e

desenhadas, a implantação e características das instalações de apoio à execução dos trabalhos,

dos equipamentos de apoio fixos, das infra-estruturas provisórias e de todos os outros elementos

que as características dos trabalhos, os processos construtivos e métodos de trabalho a utilizar

determinarem.

Sem prejuízo da regulamentação aplicável, o Projecto de Estaleiro deverá respeitar os aspectos a

seguir referidos:

Vedações e Portaria

O Plano de Estaleiro deverá identificar a implementação das vedações e as respectivas

características, tendo em conta que, sempre que possível, deverão impedir fisicamente a entrada

de pessoas não autorizadas.

Sempre que o Estaleiro se situe numa zona de circulação pedonal, as vedações devem ter pelo

menos dois metros de altura e serem constituídas por um material opaco devidamente pintado à

cor a indicar em cada caso pela Fiscalização por solicitação do Adjudicatário.

Poderá existir mais do que um portão de acesso, no entanto deverá ser efectuado um controlo

rigoroso de movimentos de entrada e saída do estaleiro, tanto de pessoas como de materiais e

equipamentos.

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Plano de Segurança e Saúde Página 15 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Os portões de acesso ao Estaleiro deverão obrigatoriamente ser sinalizados, com aviso de

proibição de acesso a pessoas estranhas à obra, assim como sinais de alerta para os perigos e

riscos mais relevantes e informação sobre os equipamentos de protecção individual (EPI)

obrigatórios.

A obra deverá ter uma portaria, que assegurará as necessárias condições de conforto e

permanência do trabalhador responsável pelo controlo das entradas e saídas.

Escritórios

As instalações destinadas ao pessoal dirigente, técnico e administrativo da obra, deverão cumprir

os seguintes requisitos:

- disponibilidade de mobiliário adequado e em quantidade suficiente para a importância da

empreitada em causa;

- rede eléctrica (incluindo iluminação de emergência) e telefónica;

- ventilação e ambiente térmico adequado;

- cobertura, paredes exteriores e pavimento impermeáveis

No escritório deverão estar disponível um extintor de tipo apropriado e uma caixa de primeiros

socorros.

Dormitórios

A instalação de dormitórios será necessária caso exista pessoal deslocado.

Os dormitórios a instalar no Estaleiro da obra deverão respeitar as seguintes condições:

Volume mínimo 5.5 m3 por ocupante

Pé-direito mínimo 3 m

Área mínima das janelas 1/10 da área do pavimento, devendo permitir a sua abertura, dispor

de estores e ter um raio livre mínimo no exterior de 2.00 m medido

a partir do eixo de cada janela

Afastamento mínimo entre camas 1 m para camas simples de 1.5 para beliches de 2 camas (não são

permitidos beliches com mais de 2 camas)

Número de armários por

trabalhador 1 armário

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Instalações Sanitárias

O Estaleiro deverá dispor de instalações sanitárias adequadas, devidamente resguardadas das

vistas e mantidas permanentemente em bom estado de limpeza e arrumação.

Caso exista dormitórios no Estaleiro, as instalações sanitárias devem ser contíguas aos mesmos,

sendo obrigatório que o acesso dos dormitórios às instalações sanitárias seja feito através de zona

coberta.

As instalações sanitárias a instalar no Estaleiro deverão respeitar as seguintes condições:

Pé-direito mínimo 2.60 m

Lavatórios 1 unidade por 5 trabalhadores

Chuveiros 1 unidade por 20 trabalhadores (com água quente

e fria)

Urinóis 1 unidade por 25 trabalhadores

Retretes 1 unidade por 15 trabalhadores

Altura mínima das divisórias entre chuveiros e

entre as retretes

1.70 m

O Adjudicatário deverá montar, junto das frentes de trabalho, instalações sanitárias adequadas

para a utilização dos trabalhadores, podendo as mesmas serem amovíveis. As instalações

sanitárias devem ser em número adequado e localizadas por forma a que a distância a pé entre os

locais de trabalho e as instalações sanitárias seja no máximo de 10 minutos.

Refeitório e Cozinha

Todos os trabalhadores deverão dispor diariamente de condições adequadas para tomarem as

refeições pré-preparadas ou nele confeccionadas. Neste último caso deverão dispor de cozinha,

nomeadamente se a duração da obra for superior a 6 meses e o número de trabalhadores superior

a 50.

O refeitório deverá ser coberto e abrigado das intempéries, dotado de água potável e disporá de

mesas e bancos em quantidade adequada ao número de trabalhadores da obra.

A cozinha deverá ser equipada com chaminé para fumos e ter disponível água potável, bem como

sistema de drenagem de águas residuais.

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Plano de Segurança e Saúde Página 17 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

O combustível para a confecção dos alimentos deverá ser gás propano, que possuirá instalação

própria, contígua ao refeitório e aprovada pela entidade instaladora.

Tanto o refeitório como a cozinha deverão ter portas de abrir para o exterior e meios de combate a

incêndios adequados, assim como sinalização de proibição de fumar ou foguear.

O refeitório e a cozinha a instalar no Estaleiro deverão respeitar as seguintes condições:

Pé-direito mínimo 2.5 m

Lavatórios 1 unidade por 10 trabalhadores

Área mínima das janelas 1/10 da área do pavimento, devendo permitir a sua

abertura e ter um raio livre mínimo no exterior de

2.00 m medido a partir do eixo de cada janela

Armazéns de Materiais

Todos os materiais de pequena dimensão que não possam (por se deteriorarem) ou não devam

(por questões de segurança contra roubo) permanecer ao ar livre devem ser adequadamente

organizados e arrumados em zonas de armazenamento fechadas.

Os materiais perigosos devem ser separados dos restantes e devidamente resguardados e

identificados.

Os armazéns de materiais deverão possuir no seu interior um extintor adequado aos materiais

armazenados, bem como a indicação de proibição de fumar ou foguear.

As instalações deverão ser concebidas com as necessárias condições de segurança, assim como

assegurar ventilação e iluminação adequadas.

Ferramentaria

As ferramentas e equipamentos de pequena dimensão deverão ser guardados diariamente em

zonas destinadas para o efeito, as quais terão de ser fechadas.

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Plano de Segurança e Saúde Página 18 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Estaleiro de Preparação das Armaduras

No Estaleiro para a preparação das armaduras, caso exista, devem ser previstas áreas

organizadas para:

- depósito dos varões de aço organizado por diâmetros;

- corte dos varões de aço;

- depósito dos desperdícios;

- dobragem dos varões de aço;

- depósito dos varões de aço dobrados;

- área de pré-fabrico das armaduras.

É recomendável, caso seja possível, que o estaleiro de preparação das armaduras se encontre no

raio de acção de equipamentos de elevação e movimentação de cargas.

Estaleiro de Preparação de Cofragens

No Estaleiro para a preparação de cofragens armaduras, caso exista, devem ser previstas áreas

organizadas para:

- depósito de madeiras ou outro material para cofragens;

- depósito de painéis de cofragem pré-fabricados;

- área para a execução e reparação de cofragens;

- depósito de cofragens fabricadas;

- depósito para cofragens usadas.

É recomendável, caso seja possível, que o estaleiro de preparação de cofragens se encontre no

raio de acção de equipamentos de elevação e movimentação de cargas.

Instalação de Equipamentos de estaleiro Fixos

Entende-se por equipamentos de estaleiro fixos que, embora possam ter movimentos de

translação, na execução de tarefas para que foram concebidos permanecem fixos, tendo-se como

exemplo as gruas torre.

Dever-se-á prever o espaço livre necessário à utilização destes equipamentos e à sua montagem e

desmontagem, atendendo às características e condicionalismos específicos de cada um.

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Plano de Segurança e Saúde Página 19 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Os equipamentos de apoio fixo deverão encontrar-se devidamente sinalizados, alertando os

trabalhadores para os riscos inerentes à sua presença.

Parques de Pré-Fabricados e Elementos Metálicos

No estaleiro deverão ser previstas zonas para a colocação de pré-fabricados e elementos

metálicos, as quais devem ser planeadas por forma a que as peças pré-fabricadas e os elementos

metálicos, sejam arrumadas por tipos. Essas zonas devem ser acessíveis aos veículos utilizados

no seu transporte, carga e descarga.

Nestes parques deverão ser definidos caminhos de acesso por forma a possibilitar a carga e

descarga de peças com segurança.

Caso os pré-fabricados e os elementos metálicos sejam descarregados junto das zonas onde vão

ser aplicados, a sua deposição não poderá ser feita próxima de valas ou taludes que apresente

riscos de queda, soterramento ou interferência com as vias em exploração.

Parques de Equipamentos Móveis

No estaleiro deverá ser prevista zona de parque de equipamentos móveis, destinada ao

estacionamento sempre que os mesmos não estejam a ser utilizados.

Sempre que possível, deverá existir um parque de estacionamento das viaturas próprias dos

trabalhadores e de outras entidades intervenientes na obra. Este deverá ser próximo da zona

social do Estaleiro e junto a um acesso.

Parques de Materiais

Os materiais deverão ser arrumados e organizados em parques próprios de acordo com as suas

características e serão transportados para as zonas de trabalhos para serem aplicados.

Rede Provisória de Água

No Estaleiro deverá ser previsto um sistema adequado de abastecimento de água

preferencialmente ligado à rede pública.

O Adjudicatário terá de elaborar o projecto de rede de água potável e respectivos pontos de

abastecimento e válvulas de seccionamento. Se o abastecimento for feito a partir da rede pública,

deverá ser feito um pedido junto da entidade da área competente para o efeito.

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Plano de Segurança e Saúde Página 20 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Rede Provisória de Esgotos

No Estaleiro deverá ser previsto um sistema adequado de drenagem de esgotos preferencialmente

ligado à rede pública.

O Adjudicatário terá de elaborar o projecto do sistema de rede de águas residuais no qual deve

identificar os destinos a dar às mesmas e, caso seja necessário, obter a aprovação das entidades

competentes.

Rede Provisória de Electricidade

No Estaleiro deverá ser instalada uma rede de electricidade preferencialmente ligada à rede

pública, para alimentação dos diversos equipamentos e instalações, bem como para a iluminação

nocturna da área. Os circuitos de iluminação e tomadas deverão ser independentes.

O Adjudicatário deverá elaborar um projecto específico que terá que ser submetido à aprovação

das entidades competentes.

No caso de se realizarem trabalhos nocturnos, o projecto das instalações eléctricas deverá definir

qual o sistema de iluminação a utilizar nas frentes de trabalho e nos caminhos de acesso e

circulação de viaturas e trabalhadores.

Recolha de Lixos

O Adjudicatário deverá prever um sistema de recolha de lixos da obra e produzidos nas instalações

de apoio, em recipientes fechados e adequados ao tipo de lixo em causa e providenciar a sua

remoção diária.

Circulações Internas

O Projecto de Estaleiro deverá integrar a definição dos caminhos de circulação interna, devendo

ser considerado o faseamento dos trabalhos e a necessidade de acesso de camiões.

Vitrina Para Afixação de informação

No Estaleiro deverá obrigatoriamente ser montada pelo menos uma vitrina, em local bem visível e

acessível a todos os trabalhadores, destinada a afixar documentação sobre segurança e saúde no

trabalho, exigida por lei e a prevista neste Plano de Segurança e Saúde.

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Plano de Segurança e Saúde Página 21 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Lista de Trabalhos com Riscos Especiais

De acordo com o artigo 7.º, do Decreto-Lei 273/03 de 29 de Outubro, quando estejam previstos

trabalhos que impliquem riscos especiais para a segurança e saúde dos trabalhadores, o Plano de

Segurança e Saúde deverá incluir medidas adequadas a tais riscos.

No quadro seguinte apresenta-se uma lista não exaustiva de trabalhos que envolvem riscos

especiais para a segurança e saúde dos trabalhadores.

Lista não Exaustiva de Trabalhos com Riscos Especiais

Trabalhos Riscos

Montagem, manutenção e desmontagem do estaleiro

- atropelamento; - entaladela ou esmagamento por capotamento de máquinas; - incêndio; - electrocussão (contacto com redes técnicas); - entaladela ou esmagamento por ou entre objectos; - acidentes vários por falta de visibilidade ou por ocultação da sinalização - quedas em altura e ao mesmo nível.

Movimentos de terras - soterramento; - queda em altura e ao mesmo nível; - esmagamento; - atropelamento; - electrocussão (contacto com redes técnicas) - entaladela ou esmagamento por capotamento de máquinas; - tombamento e/ou queda e projecção de equipamentos e materiais; - exposição ao ruído.

Betonagem - atropelamento; - queda em altura e ao mesmo nível; - ferimentos provocados pelas armaduras; - exposição ao ruído; - exposição a vibrações; - electrocussão (contacto com redes técnica); - ruptura das cofragens; - tombamento e/ou queda e projecção de equipamentos e materiais.

Execução das estruturas metálicas - esmagamento; - queda em altura e ao mesmo nível; - tombamento e/ou queda e projecção de equipamentos e materiais; - ruptura/queda de estruturas de apoio ou suporte; - acidentes diversos com equipamentos.

Demolições - risco eléctrico; - queda em altura e ao mesmo nível; - desmoronamento descontrolado da estrutura; - exposição ao ruído, vibrações e poeiras.

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Plano de Segurança e Saúde Página 22 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Para os trabalhos referidos e para todos os outros que o Adjudicatário e o Coordenador de

Segurança e Saúde da Obra venha(m) a identificar, o Adjudicatário deverá definir, de acordo com

os processos construtivos e métodos de trabalho, as medidas preventivas e de protecção

adequadas por forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores.

As medidas preventivas deverão ser integradas nos respectivos planos de monitorização e

prevenção adiante referidos.

O Adjudicatário deverá colocar a lista detalhada dos trabalhos com riscos especiais no Anexo 12.

Lista de Materiais com Riscos Especiais

Sempre que na caracterização dos trabalhos se verifique a utilização de materiais que envolvam

riscos especiais, devem estes ser descritos detalhadamente facilitando a elaboração das

respectivas medidas de prevenção.

No quadro seguinte apresenta-se uma lista não exaustiva de materiais que envolvem riscos

especiais para a segurança e saúde dos trabalhadores.

Lista não Exaustiva de Materiais com Riscos Especiais

Materiais Riscos

Ligantes hidráulicos ou outro tipo de aditivos - dermatoses, intoxicações; - queimaduras.

Aços - esmagamento; - ferimento / tétano.

Betão e argamassa - dermatoses, intoxicações; - queimaduras; - rebentamento dos tubos de bombagem.

Óleos - dermatoses, intoxicações; - queimaduras.

Combustíveis - dermatoses, intoxicações; - queimaduras; - incêndio, explosão.

Tintas plásticas, colas e outros termoplásticos - dermatoses; - queimaduras; - intoxicações.

Resíduos - poluição; - dermatoses; - queimaduras; - intoxicações.

Adubos e fertilizantes - dermatoses; - intoxicações.

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Plano de Segurança e Saúde Página 23 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Para os materiais referidos e para todos os outros que o Adjudicatário e o Coordenador de

Segurança e Saúde da Obra venha(m) a identificar, o Adjudicatário deverá definir, de acordo com

as características dos materiais e os processos construtivos e acondicionamento os de trabalho,

as medidas preventivas e de protecção adequadas por forma a garantir a segurança e saúde dos

trabalhadores.

As medidas preventivas deverão ser integradas nos respectivos planos de monitorização e

prevenção adiante referidos.

O Adjudicatário deverá sempre solicitar aos fornecedores/fabricantes dos materiais as respectivas

fichas técnicas, antes da recepção dos mesmos no estaleiro.

O Adjudicatário deverá colocar a lista detalhada dos materiais com riscos especiais no Anexo 12.

3. ACÇÕES PARA PREVENÇÃO DE RISCOS

Plano de Condicionalismos

O levantamento dos condicionalismos existente no local é indispensável, visto que este permite

identificar todos os elementos que possam interferir com a execução da empreitada e implantação

do estaleiro de apoio, podendo assim identificar-se as situações que possam criar condições de

risco e estudar soluções adequadas a cada caso.

No que se refere à empreitada em questão, na área de intervenção identificaram-se como maiores

condicionalismos existentes que, directa ou indirectamente, podem prejudicar ou condicionar os

trabalhos no estaleiro, os seguintes:

- orografia e topografia acidentadas do terreno;

- presença de linhas de água.

O Adjudicatário deverá ter em consideração os condicionalismos identificados bem como outros

que venha a detectar durante a execução dos trabalhos, devendo planear e implementar todas as

medidas necessárias à prevenção de acidentes face aos riscos associados.

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Plano de Segurança e Saúde Página 24 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

As habitações existentes encontram-se relativamente afastadas, não se prevendo que sejam

afectadas pela obra. No entanto, deverão ser tomadas todas as medidas para a redução do ruído

ambiental, bem como a serem proibidos os trabalhos nocturnos.

Se durante o decorrer da empreitada for detectado algum tipo de condicionalismo, o Adjudicatário

deverá elaborar um plano de condicionalismos que será entregue ao Coordenador de Segurança

da Obra para aprovação, devendo ser incluído no Anexo 13.

Plano de Sinalização e de Circulação no Estaleiro

O Adjudicatário deverá elaborar o Plano de Sinalização e de Circulação no Estaleiro em simultâneo

com o Projecto de Estaleiro.

Neste plano deverá ser aplicada a sinalização temporária regulamentar, no que respeita a sinais de

aviso, proibição, obrigação, salvamento ou socorro, nomeadamente no que se refere a:

- obrigatoriedade de uso de capacete, botas de protecção e de equipamentos de protecção

individual em função da tarefa a desempenhar;

- proibição de fumar ou foguear;

- proibição de entrada de pessoas estranhas ao serviço;

- perigo de queda de objectos, cargas suspensas;

- sinalização da localização dos meios de combate a incêndios;

- entrada e saída de viaturas;

- localização das instalações no estaleiro;

- caminhos pedonais para circulação dos trabalhadores.

Os sinais de segurança e saúde a empregar deverão estar de acordo com a Portaria n.º 1456-A/95

de 11 de Dezembro.

Sempre que seja necessário, o Adjudicatário deverá preparar um plano de sinalização específico

para o caso, definindo a sinalização necessária de modo a garantir a segurança dos trabalhos a

realizar.

O Adjudicatário deverá elaborar e apresentar o plano ao Coordenador de Segurança e Saúde da

Obra para aprovação, devendo ser incluído no Anexo 14.

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Plano de Segurança e Saúde Página 25 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Os planos de sinalização temporária deverão ser incluídos pelo Adjudicatário, após aprovação pelo

Coordenador de Segurança da Obras, no Anexo 14.

Plano de Protecções Colectivas

De acordo com a alínea f) do artigo 8.º, do Decreto-Lei n.º 441/91 de 14 de Novembro, o

Adjudicatário deverá dar prioridade à protecção colectiva em relação às medidas de protecção

individual.

O Adjudicatário deverá elaborar um plano de protecções colectivas, o qual tem que definir

objectivamente os equipamentos de protecção colectiva a empregar que deverão ser devidamente

dimensionados e especificados, e identificar claramente os respectivos locais de utilização, em

função dos riscos a que os trabalhadores poderão estar expostos.

O Adjudicatário deverá proceder à revisão/actualização do plano de protecções colectivas, face à

evolução dos trabalhos.

Os planos de protecções colectivas preparados e implementados deverão ser incluídos pelo

Adjudicatário no Anexo 15.

Plano de Protecções Individuais

Por Equipamento de Protecção Individual (EPI) entende-se qualquer equipamento ou seu

acessório destinado a uso pessoal do trabalhador para protecção contra riscos susceptíveis de

ameaçar a sua segurança ou saúde, durante a execução das tarefas.

O Adjudicatário deverá elaborar um plano de protecções individuais, tendo como objectivo a

definição dos EPI a utilizar por cada trabalhador, para protecção dos riscos que não puderem ser

evitados de forma satisfatória por meios técnicos de protecção colectiva ou por medidas, métodos

ou processos de organização do trabalho.

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Plano de Segurança e Saúde Página 26 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

As condições de utilização deverão ser definidas em função da gravidade do risco, da frequência

da exposição ao risco, características do posto de trabalho e comportamento do equipamento,

distinguindo-se os de utilização obrigatória e de utilização temporária.

utilização obrigatória capacetes

botas de segurança (palmilha e biqueira de aço)

utilização temporária luvas

máscaras

óculos

protectores auriculares

utilização sempre que não exista protecção colectiva arnês acoplado a aparelhos anti-queda

No acto da entrega dos EPI, cada trabalhador será informado dos riscos que cada EPI visa

proteger e, deverá assinar uma declaração (modelo do Anexo 16) em como tomou conhecimento

das suas obrigações.

Os registos de distribuição de EPI deverão ser arquivados pelo Adjudicatário no Anexo 16.

Plano de Utilização e de Controlo dos Equipamentos do Estaleiro

O Adjudicatário deverá elaborar o plano de utilização e de controlo dos equipamentos, dependendo

do tipo e número de equipamentos necessários à execução da empreitada.

É da obrigação do Adjudicatário assegurar que todos os equipamentos de apoio existentes no

estaleiro estejam em bom estado de funcionamento, utilizando o modelo do Anexo 17 para efeitos

desse controlo.

O controlo dos equipamentos deverá ser feito semanalmente se outra periodicidade não vier a ser

definida pelo Coordenador de Segurança da Obra por solicitação do Adjudicatário.

Todos os equipamentos fixos ou móveis, pertencentes ao Adjudicatário ou alugados, serão

obrigatoriamente sujeitos a um controlo geral e a revisões periódicas de manutenção.

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Plano de Segurança e Saúde Página 27 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Os equipamentos deverão reunir as seguintes condições de segurança:

- possuir prova de validade da última inspecção legal obrigatória;

- possuir todos os órgãos de segurança de origem, ou adaptações mais favoráveis;

- ser utilizado apenas nas situações para as quais foi concebido;

- estar em bom estado de conservação e funcionamento;

- ser utilizado apenas por operadores que garantam o seu funcionamento nas melhores condições

de segurança;

- ser utilizado sem colocar em risco outros trabalhadores ou pessoas estranhas à obra.

Sempre que seja observada uma anomalia no equipamento ou não tenha a revisão em dia, o

Adjudicatário deverá tomar as medidas necessárias de modo a evitar a utilização desse

equipamento. Nestes casos, deverá ser aberto um registo de não conformidade (modelo do Anexo

27).

Todas as fichas de Registo de Controlo de Equipamentos de Apoio deverão ser numeradas

sequencialmente e arquivadas, sobrepondo as mais recentes às mais antigas, no Anexo 17.

Plano de Inspecção e Prevenção

Com a elaboração dos Planos de Inspecção e Prevenção pretende-se identificar os riscos e

planear as respectivas medidas preventivas e de protecção associadas à execução de cada

operação ou elemento de construção.

O Adjudicatário deverá utilizar o modelo do Anexo 18 para a sua preparação.

O Plano de Inspecção e Prevenção elaborado pelo Adjudicatário deve ser entregue ao

Coordenador de Segurança da Obra, para aprovação, até 11 dias antes de iniciado qualquer

trabalho relevante.

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 18 cópia desse plano, assinado e datado.

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Plano de Segurança e Saúde Página 28 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Registos de Inspecção e Prevenção

Durante as visitas de segurança à obra, o Adjudicatário deverá proceder à verificação da execução

das operações ou elementos de construção de acordo com os Planos de Inspecção e Prevenção

estabelecidos, bem como registar as acções realizadas e respectivos resultados das inspecções,

medições e ensaios efectuados.

Para os registos de inspecção e prevenção, o Adjudicatário deverá utilizar o modelo do Anexo 18.

É da responsabilidade do Adjudicatário:

- proceder ao controlo conforme as verificações/ tarefas previstas nos Planos de Inspecção e

Prevenção;

- efectuar os registos das acções de controlo desenvolvidas;

- registar todas as não conformidades que ocorram.

O Adjudicatário deverá arquivar os registos no Anexo 18.

Plano de Saúde dos Trabalhadores

O Adjudicatário deverá garantir e assegurar a vigilância da saúde dos trabalhadores em função dos

riscos a que se encontram expostos e, fornecer ao Coordenador de Segurança da Obra o plano de

saúde dos mesmos.

Antes do início dos trabalhos, é necessário que os trabalhadores realizem exames médicos por

forma a verificar a sua aptidão física e psíquica para o exercício das suas funções.

A periodicidade dos exames médicos deverá ser:

- no momento da entrada de cada trabalhador;

- regresso ao trabalho após ausência superior a 30 dias;

- anual para trabalhadores com idades inferiores a 18 anos e superiores a 50 anos de idade;

- bianual para trabalhadores com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos de idade;

- a indicada pelo médico do trabalho.

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Plano de Segurança e Saúde Página 29 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Todos os trabalhadores devem possuir uma ficha de identificação individual em modelo à escolha

pelo Adjudicatário, a qual deverá conter as seguintes informações:

- dados pessoais do trabalhador;

- entidade empregadora;

- cópia do contrato;

- categoria profissional;

- data e resultado do último exame médico;

- data da próxima inspecção médica;

- anexar a ficha de aptidão, datada e assinada pelo médico do trabalho.

O Adjudicatário deverá verificar mensalmente as fichas individuais de todos os trabalhadores, por

forma a garantir que têm as inspecções médicas válidas.

Para o controlo de todos os trabalhadores, o Adjudicatário deverá utilizar o modelo do Anexo 19 (a

anexar ao plano de saúde dos trabalhadores).

O plano de saúde dos trabalhadores deverá ser arquivado no Anexo 19.

Plano de Registo de Acidentes e índices de Sinistralidade

Sempre que ocorra um acidente de trabalho em obra, o Adjudicatário deverá preencher um registo

de acidente utilizando o modelo do Anexo 20.

O Adjudicatário deverá comunicar o acidente ao Coordenador de Segurança da Obra no prazo

máximo de 24 horas (enviando uma cópia do registo de acidentes) para acidentes sem gravidade e

de imediato para acidentes com gravidade ou mortais.

Mensalmente, o Adjudicatário deverá elaborar um resumo de acidentes (modelo do Anexo 20) e os

índices mensais e acumulados de sinistralidade (modelo do Anexo 20) que deverá ser enviado ao

Coordenador de Segurança da Obra até ao 5.º dia útil de cada mês.

As fórmulas a adoptar para o cálculo dos índices serão as seguintes:

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Plano de Segurança e Saúde Página 30 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

índice de Incidência (II) – número de acidentes ocorridos num dado período por cada mil

trabalhadores expostos a risco no mesmo período.

II = n.º acidentes × 1 000

n.º trabalhadores

índice de Frequência (IF) – número de acidentes ocorridos num dado período por cada milhão de

homens-hora trabalhadas no mesmo período, traduzindo a probabilidade de ocorrência de

acidentes.

IF = n.º acidentes × 1 000 000

n.º homens×horas trabalhadas

índice de Gravidade (IG) – número de dias de trabalho perdidos pelo conjunto de trabalhadores

acidentados num dado período em cada mil homens-hora trabalhadas nesse mesmo período,

traduzindo as consequências dos acidentes.

IG = n.º dias perdidos × 1 000

n.º homens×horas trabalhadas

índice de Duração (ID) – número médio de dias de trabalho perdidos por cada acidente com baixa

(excluindo os acidentes mortais), realçando a gravidade dos acidentes ocorridos.

ID = n.º dias perdidos

n.º acidentes

O Adjudicatário deverá arquivar mensalmente os resumos de acidentes e os índices mensais e

acumulados de sinistralidade no Anexo 20.

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Plano de Segurança e Saúde Página 31 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Plano de Formação e Informação dos Trabalhadores

A formação e informação dos trabalhadores tendo em conta as funções que desempenham e o

posto de trabalho que ocupam é da responsabilidade da entidade empregadora.

O Adjudicatário deverá elaborar um plano de formação e informação dos trabalhadores tendo em

conta:

- as características dos trabalhos a realizar;

- as condicionantes existentes;

- o prazo de execução da empreitada;

- os métodos e processos construtivos.

As acções de formação e informação deverão ser organizadas tendo em consideração o número

de trabalhadores a formar e poderão consistir em reuniões periódicas e afixação de informações

gerais sobre aspectos relevantes.

Sempre que, no decorrer da execução da obra, entre um novo trabalhador, o Adjudicatário deverá

entregar um Folheto de Acolhimento (preferencialmente incluindo fotografias), em formato reduzido

mas legível, contendo:

- plantas do estaleiro de apoio com a indicação expressa das diferentes instalações;

- telefones de emergência;

- regras de primeiros socorros;

- como actuarem em caso de acidente;

- protecção individual que devem utilizar para cada situação;

- cuidados a ter na execução de determinados trabalhos.

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 21 todos os documentos desenvolvidos no âmbito da

formação e informação dos trabalhadores.

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Plano de Segurança e Saúde Página 32 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Plano de Visitantes

Deverá existir um Plano de Visitante, por forma a controlar a entrada de pessoas autorizadas mas

que não intervêm no processo de execução da obra, por forma a que estas recebam as instruções

adequadas para que a visita decorra dentro das normas de segurança.

A entrada de pessoas estranhas à execução da obra deverá ser autorizada pelo Dono da Obra.

A entrada dos visitantes só será permitida quando:

- acompanhada de pessoa responsável pelo estaleiro, que informará os visitantes dos caminhos

que devem utilizar, bem como as zonas de perigo existentes;

- cada visitante deverá utilizar o equipamento de protecção individual obrigatório, que deverão

estar disponíveis no estaleiro. No final da visita os equipamentos deverão ser devolvidos ao

responsável do estaleiro.

O Adjudicatário deverá arquivar os planos de visitantes no Anexo 22, após a sua aprovação.

Plano de Emergência

O Adjudicatário é responsável pela segurança dos trabalhadores, devendo elaborar até 11 dias

após a data de consignação um Plano de Emergência, o qual deverá definir o tipo de actuação a

adoptar por todo o pessoal interveniente, perante uma situação de acidente.

Este plano deverá ser afixado na vitrina ou em pontos da obra facilmente visíveis e junto da lista de

telefones de emergência a contactar.

O Plano de Emergência deverá prever, nomeadamente, o seguinte:

- planta de acessos aos locais de trabalho, de forma a permitir socorro rápido em caso de acidente;

- informação clara sobre procedimentos em caso de acidente;

- identificação de elementos com formação em prestação de primeiros socorros e respectivos

meios disponibilizados a estes para rápida comunicação;

- informação aos trabalhadores da obra de que, em caso de acidente, apenas os socorristas

deverão assistir os acidentados;

- deve evitar-se trabalhadores isolados, sendo as equipas de trabalho constituídas no mínimo por

dois trabalhadores;

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Plano de Segurança e Saúde Página 33 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

Deverão existir disponíveis meios de primeiros socorros, os quais devem estar guardados numa

caixa devidamente sinalizada bem como o local onde esta se encontra. Independentemente da

gravidade dos ferimentos, devem ser sempre prestados os primeiros socorros.

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 23 todos os documentos preparados no âmbito do Plano

de Emergência.

Plano de Escavações

Na execução da empreitada estão previstas escavações a céu aberto, às quais estão associadas

riscos de desprendimento de terras, soterramento e queda de equipamentos, nomeadamente

quando se trabalha em valas e escavações para maciços de fundação.

Antes do início de qualquer trabalho de escavações com riscos associados, o Adjudicatário deverá

elaborar o respectivo Plano de Escavações, que terá de ser previamente aprovado pelo

Coordenador de Segurança da Obra, no qual terá que identificar:

- o faseamento de execução das escavações;

- os processos e métodos de escavação e transporte a utilizar;

- as medidas preventivas que deverão ser tomadas para prevenir os riscos associados atendendo

às características dos solos, às profundidades e topografia do terreno;

- as zonas de depósitos dos solos escavados;

- percursos de transporte de materiais provenientes da escavação;

- no caso de afectarem serviços, quais as acções a desenvolver por forma a garantir a sua

preservação.

Os Planos de Escavações deverão ser elaborados atendendo, nomeadamente, ao seguinte:

- todas as escavações com mais de 1.20 m de profundidade têm que ter talude natural ou serem

entivadas;

- deverão ser identificados os processos de entivação e respectivos cálculos justificativos das

mesmas;

- os equipamentos deverão circular sempre afastados das cristas dos taludes e dos limites

superiores das valas. Deverão ser delimitadas com redes de polietileno cor laranja com pelo uma

altura compreendida entre 0.90 – 1.20 m;

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Plano de Segurança e Saúde Página 34 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

- no cimo dos taludes acessíveis por pessoas da obra deverão ser colocadas guardas de

segurança que garantam uma protecção colectiva adequada face ao risco de queda;

- materiais provenientes da escavação ou outros deverão ser depositados pelo menos a 0.60 m

das cristas dos taludes e dos limites superiores das valas;

- produtos provenientes de desmatação não poderão ser queimados no local da obra.

O Adjudicatário deverá apresentar, para aprovação, ao Coordenador de Segurança da Obra o

Plano de Escavações até 11 dias antes do início dos trabalhos, devendo arquivar cópias e

eventuais alterações do mesmo no Anexo 24.

Plano de Cofragens e Betonagens

Antes de se iniciar a montagem de cofragens e executar qualquer betonagem, o Adjudicatário

deverá elaborar e apresentar ao Coordenador de Segurança da Obra para aprovação, até 11 dias

antes do início dos, o respectivo plano, identificando:

- os andaimes a utilizar devem satisfazer a norma HD1000;

- os cimbres a utilizar, incluindo os travamentos, os sistemas de apoio e as inspecções e

verificações sistemáticas;

- as cofragens a utilizar, indicando o escoramento e travamento das mesmas e as respectivas

medidas preventivas de protecção colectiva a utilizar (plataformas de trabalho, etc);

- método de colocação do betão, equipamento utilizado, seu posicionamento e meios humanos a

envolver;

- a sequência de execução das betonagens dos elementos a betonar.

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 25, cópias e eventuais alterações do plano.

Plano de Montagem das Estruturas Metálicas

Antes de se iniciar a montagem das estruturas metálicas, o Adjudicatário deverá elaborar e

apresentar ao Coordenador de Segurança da Obra para aprovação, até 11 dias antes do início

dos, o respectivo plano, identificando:

- a sequência das montagens dos elementos da estrutura metálica a executar e qual a ordem de

realização das ligações, indicando os respectivos métodos e técnicas a utilizar;

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- os locais de descarga e posicionamento inicial dos elementos a montar;

- meios humanos e equipamentos a utilizar e respectivas características técnicas;

- os trabalhadores intervenientes na montagem da estrutura metálica devem possuir formação e

informação adequada;

- posicionamento dos equipamentos e movimentos que irão executar isoladamente ou em conjunto,

e métodos de controlo de movimentação dos elementos a transportar;

- faixas de circulação dos equipamentos e definição das zonas interditas aos trabalhadores e

máquinas durante as operações de montagem;

- definição das medidas de protecção colectivas e individuais a utilizar face aos riscos associados

às operações a executar.

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 26, cópias e eventuais alterações do plano.

Registo de Não Conformidade e Acções Correctivas e Preventivas

Sempre que o Adjudicatário ou o Coordenador de Segurança da Obra considerar que uma não

conformidade apresenta gravidade significativa (requerendo acções correctivas/preventivas

importantes) ou corresponda a uma situação de reincidência, deverá ser feito um registo dessa não

conformidade, utilizando o modelo do Anexo 27.

É da responsabilidade do Adjudicatário:

- identificar e descrever detalhadamente as não conformidade;

- analisar as causas das não conformidades;

- propor e acordar com o Coordenador de Segurança da Obra as respectivas medidas

correctivas/preventivas a executar;

- providenciar a implementação de acções correctivas/preventivas para eliminar as causas reais

e/ou potenciais das não conformidades, dentro do prazo acordado.

É da responsabilidade do Coordenador de Segurança da Obra:

- acordar com o Adjudicatário ou determinar medidas preventivas suplementares;

- analisar a eficácia das medidas preventivas;

- decidir sobre as acções correctivas/preventivas a implementar;

- analisar a eficácia das acções correctivas/preventivas implementadas no caso de não

conformidades de gravidade significativa.

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Plano de Segurança e Saúde Página 36 de 38 Pedro Miguel Rodrigues Tomás

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 27 os registo de não conformidade e acções correctivas

e preventivas.

4. ACÇÕES DE ACOMPANHAMENTO DO PSS

Na execução da empreitada deverão existir acções diárias e periódicas realizadas por todos os

intervenientes na empreitada, quer no que diz respeito à legislação em vigor, quer no que vem

preconizado no Plano de Segurança e Saúde.

Para além das acções diárias e periódicas deverão ser realizadas duas acções específicas que

permitem verificar o desempenho do Adjudicatário na implementação da segurança e saúde no

trabalho, as quais serão:

Reuniões mensais de Segurança e Saúde;

Auditorias de Segurança à Obra.

Reuniões Mensais de Segurança e Saúde

No decorrer da execução da empreitada, mensalmente deverá ser realizada uma reunião de

segurança e saúde, na qual participará a Comissão de Segurança da Obra.

A Comissão de Segurança da obra será constituída pelas pessoas com as seguintes funções:

- representante do Dono da Obra;

- representante da Fiscalização (Engenheiro residente);

- Coordenador de Segurança da Obra / Responsável pela área de segurança e saúde;

- Director Técnico da Empreitada;

- representante do Adjudicatário em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho;

- representante(s) dos trabalhadores da obra.

No fim de cada reunião, o Coordenador de Segurança da Obra deverá elaborar a Acta da Reunião

e assegurar a sua distribuição pelos restantes intervenientes no prazo de 11 dias.

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O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 28 cópias das actas das reuniões devidamente

assinadas por todos intervenientes.

Auditorias de Segurança à Obra

O Dono da Obra terá o legítimo direito de efectuar, com meios próprios ou através de entidades

externas que contrate para o efeito, Auditorias adequadas ao Sistema de Segurança e Saúde no

Trabalho preconizado no presente Plano de Segurança e Saúde e na legislação em vigor.

O Adjudicatário deverá arquivar no Anexo 29 cópias dos Relatórios de Auditorias.

Deverão também ser arquivadas neste anexo, os Planos de Acções Correctivas e Preventivas

resultantes dessas auditorias bem como todos os documentos relativos a eventuais inspecções

que venham a ser realizadas à obra pela Inspecção Geral do Trabalho (IGT).

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5. ANEXOS

ANEXO Descrição

1 Registo de Distribuição do PSS

2 Comunicação Prévia

3 Organograma Funcional da Empreitada

4 Horários de Trabalho

5 Registos de Apólices de Seguro de Acidentes de Trabalho

6 Declarações Relativas a Trabalhadores Emigrantes

7 Fases de Execução da Empreitada

8 Métodos e Processos Construtivos

9 Mapa de Quantidades de Trabalho

Plano de Trabalhos

10 Mapa de Mão-de-Obra

Mapa de Equipamento

11 Projecto de Estaleiro

12 Lista de Trabalhos com Riscos Especiais

Lista de Materiais com Riscos Especiais

13 Plano de Condicionalismos

14 Plano de Sinalização e de Circulação

Plano de Sinalização Temporária

15 Plano de Protecções Colecticas

16 Plano de Protecções Individuais

Registo de Controlo de Distribuição de EPI

17 Registo de Controlo dos Equipamentos de Apoio

18 Plano de Inspecção e Prevenção

Registos de Inspecção e Prevenção

19 Plano de Identificação e Saúde dos Trabalhadores

20 Registo de Acidentes e Índices de Sinistralidade

21 Formação e Informação dos Trabalhadores

22 Plano de Visitantes

23 Plano de Emergência

24 Plano de Escavações

25 Plano de Cofragens e Betonagens

26 Plano de Montagem das Estruturas Metálicas

27 Registo de Não Conformidades e Acções Correctivas e Preventivas

28 Actas das Reuniões Mensais de Segurança

29 Relatórios de Auditorias de Segurança à Obra