tranalho formação e desenvolvimento de coleções 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO-UNIRIO LAURO AUGUSTO CORRÊA NETO NAIANE DA SILVA ALVES FEITOSA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES DA BIBLIOTECA DO ARTESANATO BRASILEIRO Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO-UNIRIO

LAURO AUGUSTO CORRÊA NETO

NAIANE DA SILVA ALVES FEITOSA

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES DA BIBLIOTECA DO ARTESANATO BRASILEIRO

Rio de Janeiro

2012

LAURO AUGUSTO CORRÊA NETONAIANE DA SILVA ALVES FEITOSA

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES DA BIBLIOTECA DO ARTESANATO BRASILEIRO

Trabalho apresentado à Formação eDesenvolvimento de Coleções, como requisito parcial para da avaliação final.

Professora: Daniele Achilles.

Rio de Janeiro

2012

RESUMO

O presente trabalho apresenta a política de desenvolvimento de coleções da

Biblioteca do Artesanato Brasileiro, localizada na Rua Presidente Vargas n. 71. A

política de desenvolvimento de coleções tem por finalidade definir critérios de

qualidade para o desenvolvimento e atualização do acervo. Analisamos os

seguintes critérios da instituição: a missão, o objetivo, a seleção (fontes,

comissão e critérios), a aquisição (prioridades, doação e permuta), descarte e

desbaste, avaliação da coleção e estudo de usuários. Quando bem planejada,

funciona como diretriz para auxiliar o bibliotecário nas tomada de decisões, tanto

em relação ao processo de seleção e aquisição do material a ser incorporado do

acervo, como na manutenção da qualidade e atualização da coleção.

Palavras-chave: Política de desenvolvimento de coleções. Biblioteca do Artesanato Brasileiro . Tomada de decisões.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .6

2 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO COLEÇÕES..................................7

2.1 APRESENTAÇÃO DA BIBLIOTECA...................................................7

3 MISSÃO .8

4 OBJETIVOS .9

4.1 Objetivos Gerais .9

4.2 Objetivos Específicos.9 POLÍTICA DE SELEÇÃO.............................10

5.1 Comissão para seleção de coleção....................................................10

5.2 Fontes para seleção............................................................................10

5.3 Critérios para seleção.........................................................................10

6 AQUISIÇÃO.............................................................................................11

6.1Compra................................................................................................11

6.2 Doação .11

6.2.1 Doações solicitadas pela biblioteca.................................................11

6.2.2 Doações espontâneas......................................................................11

6.3 Permuta...............................................................................................12

7 DESBASTE..............................................................................................13

8 DESCARTE..............................................................................................14

9 AVALIAÇÃO DA COLEÇÃO....................................................................15

10 INVENTÁRIO.........................................................................................16

11 ESTUDOS DE COMUNIDADES............................................................17

12 CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO...................................................18

13 CONCLUSÃO........................................................................................19

REFERÊNCIAS...........................................................................................20

1 INTRODUÇÃO

Define todo o processo e suas respectivas etapas da política de

desenvolvimento de coleções da Biblioteca do Artesanato Brasileiro. Desta forma

define critérios para desenvolvimento e atualizações do acervo. Atrelado os

interesses do usuário, a missão e os objetivos da instituição.

Descreve que a política de desenvolvimento de coleções está ligada

também as metas e objetivos da Biblioteca do Artesanato Brasileiro, a fim de

facilitar o acesso, recuperação e a disseminação da informação, de acordo com

as respectivas necessidades do usuário.

Evidência as questões orçamentárias, para que seja otimizada os recursos

financeiros. Tendo em vista essas ações, foi planejada a criação de uma

Biblioteca para a guarda, a consulta, a divulgação e a pesquisa do patrimônio

documental que trata da cultura do artesanato e arte popular brasileira. E por fim,

para que seja garantido objetivo é de grande importância, que no momento

decisório esteja reunido o profissional bibliotecário como também o corpo

técnico, para que seja feita a tomada decisão, na comissão de seleção.

2 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

A política de desenvolvimento de coleções é um instrumento formal que

estabelece critérios e prioridades no processo de seleção, aquisição, avaliação e

descarte do material que compõe o acervo da Biblioteca do Artesanato

Brasileiro. Isso possibilita que a coleção cresça de forma consistente, qualitativa

e quantitativamente.

2.1 Apresentação da Biblioteca

A Biblioteca do Artesanato Brasileiro é um espaço aberto à construção e

compartilhado a construção. Foi criada pelos bibliotecários Lauro Augusto e

Naiane da Silva, inaugurada em fevereiro de 2000 a biblioteca reunia um

pequeno acervo com catálogos, listas e livros de artesanato popular.

Fundamentada para ser um centro de referência do artesanato brasileiro, com o passar dos anos a biblioteca expandiu e hoje possui um verdadeiro Centro de Documentação e Informação, sendo uma renomada e reconhecida biblioteca, das mais completas, na área da cultura do artesanato e arte popular brasileira.3 MISSÃO

A Biblioteca do Artesanato Brasileiro tem como missão tornar-se referência

para o segmento do artesanato e arte popular no que se refere às ações que

promovam a comercialização do artesanato brasileiro no mercado nacional e

internacional, com o objetivo de valorizar e ampliar a geração de trabalho e

renda de forma sustentável, mediante a identificação de demandas e ofertas,

divulgação, capacitação, inovação e melhorias de processos produtivos.

4 OBJETIVO

4.1 Objetivos Gerais

Reunir, organizar, tratar e disseminar informação referente a artesanato e

arte popular brasileira e assim promover o acesso à informação, à pesquisa, e a

capacitação do artesão e auxiliar o desenvolvimento cultural, artístico dos

clientes que freqüentam a Biblioteca do Artesanato Brasileiro.

Objetivos Específicos

Fazer um estudo da comunidade

Identificar os materiais da informação adequados ao desenvolvimento da

coleção.

Estabelecer critérios de seleção e aquisição de materiais

Desenvolver produtos de informação com foco no artesanato

Traçar diretrizes para avaliação da coleção

Sugerir prioridades para aquisição de materiais bibliográficos

Determinar princípios para fazer o descarte e desbaste

5 POLÍTICA DE SELEÇÃO

5.1 Comissão para seleção de coleção

A Biblioteca do Artesanato Brasileiro estabeleceu como modelo a

comissão consultiva para seleção da sua coleção.

A comissão consultiva é formada pelos seguintes membros:

Bibliotecário como presidente da comissão;

Especialista nas áreas de Cultura, como consultores permanentes;

5.3 Fontes para seleção

Catálogos de editores e livreiros

Revisões da literatura da área

Bases de dados

Diretórios de periódicos

Bibliografias gerais e especializadas

Sugestões dos usuários

5.4 Critérios para seleção

Cobertura / tratamento do assunto

Autoridade do autor e/ou editor

Demanda

Quantidade (excesso/escassez) de material de assunto na coleção da

Biblioteca

Qualidade técnica

Idioma acessível

Custo justificável

Acesso (referente aos documentos eletrônicos)

Número de usuário em potencial que poderão utilizar os itens

Cobertura/ Tratamento

Condições físicas do material6 AQUISIÇÃO

A Biblioteca do Artesanato Brasileiro, determina seus respectivos critérios

tanto para compra, permuta quanto para doação. Através dos critérios descritos

abaixo.

6.1 Compra

A aquisição por compra deverá ser feita levando em conta os critérios de seleção apontados no item 5.4.

6.2 Doação

6.2.1Doações solicitadas pela Biblioteca

A solicitação de doações de interesse da Biblioteca deverá ser feita

sempre que possível às instituições governamentais e privadas, entidades

técnico-científicas e culturais, principalmente para obras não comercializadas.

Visando possíveis solicitações doações relacionadas sempre aos assuntos de

artesanato de arte popular brasileira.

6.2.2 Doações espontâneas

Para as doações espontâneas, deverão ser aplicados os mesmos critérios

descritos anteriormente na seleção. Não serão adicionados novos materiais ao

acervo da Biblioteca somente porque foram recebidos de forma gratuita. Neste

caso, um termo de doação (anexo) deverá ser preenchido, deixando o doador

ciente de que a Biblioteca, após análise do material, poderá dispor do mesmo da

seguinte maneira:

Incorporação ao acervo

Doação e/ou permuta com outras instituições

Descarte 6.3 Permuta

Inicialmente é feito um formulário, que será preenchido por ambas as

partes, onde deverá constar todo o material que foi permutado. Os critérios

utilizados para permuta de material esta atrelada a outras instituições, no qual

estão fazendo a permuta, além da verificação do estado físicos da obra como

também a serventia da mesma.

7 DESBASTE

É o processo de retirar do acervo, títulos ou partes da coleção com

finalidade específica para a obtenção de mais espaço físico para a coleção em

uso e para manter a qualidade do acervo. O material desbastado poderá ser

remanejado ou descartado.

8 DESCARTE

É o processo mediante o qual o material bibliográfico, após ser avaliado, é

retirado da coleção ativa, seja para ser eliminado do acervo ou doado a outras

Instituições. São considerados alguns critérios para o descarte, como:

Inadequação do conteúdo à Biblioteca.

Obras em línguas inacessíveis.

Obras desatualizadas e que foram substituídas por edições mais recentes

ou não consideradas obras de valor histórico.

Obras em condições físicas irrecuperáveis.

Obras não utilizada para consultas.

Obras em duplicidade com elevada quantidade de livros e/ou exemplares

e cuja demanda não é expressiva.

9 AVALIAÇÃO DA COLEÇÃO

A avaliação da coleção deve ser entendida como o processo utilizado para

se determinar o valor e a adequação da coleção, em função dos objetivos da

Biblioteca do Artesanato Brasileiro, o que possibilita traçar diretrizes quanto à

aquisição, à acessibilidade e ao descarte.

A Biblioteca do Artesanato Brasileiro deverá proceder à avaliação do seu

acervo uma vez a cada três anos, sendo empregados métodos quantitativos e

qualitativos, cujos resultados serão comparados e analisados para assegurar o

alcance dos objetivos da avaliação da coleção. Na avaliação do acervo da

Biblioteca serão utilizados os critérios abaixo.

As tomadas de decisões do bibliotecário são:

Definir qual o objetivo da avaliação

Auxiliar a comissão de seleção.

Definir quais os critérios que deverão ser observados junto à comissão de

seleção.

Definir sobre alocação de recursos.

Identificar as obras que devem ser retiradas do acervo com finalidade de

serem colocadas em depósito ou descartadas

Comparar a coleção com listas, catálogos e bibliografias recomendadas

e/ou adotadas para verificar itens que não tem na biblioteca e que devem

ser adquiridos.

10 INVENTÁRIO

O inventário do acervo, além de possibilitar o levantamento de todos os

itens existentes no acervo, permite a organização e revisão de todo o material

existente na biblioteca, além de diagnosticar possíveis danos físicos na estrutura

das coleções. Permite ainda uma análise mais exata do processo de

desenvolvimento do acervo. Esse processo acontece a cada início de ano e as

principais atividades realizadas durante esse período são:

Colocar os materiais em ordem;

Verificar se há materiais extraviados;

Identificar materiais que precisam de reparos;

Conferir possíveis problemas na indicação da localização dos livros;

11 ESTUDOS DE COMUNIDADE

É um instrumento importante para a administração de bibliotecas de um

modo geral e para o processo de desenvolvimento de coleções em particular,

conforme afirma Weitzel (2006, p. 21). O estudo da comunidade, portanto,

permitirá que o critério de seleção do acervo se baseie no que deverá ser

efetivamente utilizado pelos leitores.

Os dados para o Estudo da Comunidade poderão ser inicialmente

coletados juntamente com dados estatísticos provenientes de estudos realizados

pelos bibliotecários, posteriormente será feita coleta própria através do

preenchimento de questionários presencialmente. O questionário procurará

definir interesses e necessidades da comunidade local para que os dados sejam

incorporados também à proposta inicial da Biblioteca. Para Todos de ampliação

das percepções culturais e sociais dos moradores locais.

Outro método muito utilizado para a obtenção de dados sobre a

comunidade é a observação do comportamento dos usuários e usuários

potenciais para que sejam agregadas ideias às práticas fomentadas pela

biblioteca.

A Biblioteca do Artesanato Brasileiro adotará os seguintes critérios para o

estudo de usuário:

Definir os propósitos e limites do estudo

Elaborar esboço do relatório final

Determinar os tipos de dados e métodos de coleta

Preparar tabelas, formulários para coletar e tabular dados

Coletar dados

Tabular e analisar

Preparar relatórios

Revisar criticamente e preparar relatório final12 CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO

A conservação e a restauração do material bibliográfico são partes

importantes do processo de desenvolvimento do acervo, pois o trabalho de

conservação e restauro, quando eficiente, minimiza os efeitos de deterioração e

degradação das obras, causados tanto pelo manuseio constante, quanto pelas

condições ambientais e por agentes parasitários.

O diagnóstico do acervo é o primeiro passo para o tratamento, e as

medidas de prevenção incluem um mobiliário adequado, higienização periódica,

pequenos reparos e prevenção contra cupins e outras pragas. Desta forma

segue um conjunto de medidas:

Monitoração do ambiente – temperatura e umidade relativa em níveis aceitáveis;

Uso de filtros e protetores contra a luz direta nos documentos;

Adoção de política de higienização do ambiente e dos acervos;

Contato com profissionais experientes que possam assessorar

em caso de necessidade.

13 CONCLUSÃO

A cada três anos a Política de Desenvolvimento de Coleções deverá ser

revisada pela comissão. A PDC apresenta soluções para lidar com o grande

volume bibliográfico existente e que acaba sendo direcionados às bibliotecas,

que muitas vezes são consideradas depósitos de livros.

A criação desta política permite que o acervo seja melhor pensado e seja

efetivamente usado pela comunidade à qual ele se destina. Não há sentido em

manter obras estagnadas e sem uso em uma biblioteca comunitária.

Quando falamos em bibliotecas comunitárias esse uso deve ocorrer de

forma ainda mais intensa, pois sua função primordial é promover o uso

democrático dos materiais e serviços propostos pela biblioteca.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Diva; VERGUEIRO, Waldomiro. Aquisição de materiais deinformação . Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1996.FIGUEIREDO, Nice Menezes. Desenvolvimento & avaliação de coleções

. 2.

ed. rev. atual. Brasília: Thesaurus, 1998. 240 p.

VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções . São Paulo: Polis, 1989. (Coleção Palavra-Chave). 96 p.

VERGUEIRO, Waldomiro. Seleção de materiais de informação . Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1995.

WEITZEL, Simone Rocha. Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias . Rio de Janeiro: Interciência;Niterói: Intertexto, 2006.