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  • Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

    VALDINEI FERREIRA DE ARAJO

    Tratamento superficial de filmes co-extrusados de PE

    por descarga corona para adeso de tintas de

    impresso flexografica

    So Paulo

    2011

  • Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

    VALDINEI FERREIRA DE ARAJO

    Tratamento superficial em filmes co-extrusados de PE

    por descarga corona para adeso de tintas de

    impresso flexografica

    Trabalho de concluso de curso

    apresentado Faculdade de

    Tecnologia da Zona Leste, sob a

    orientao do professor Me Lcio

    Cesar Severiano, como requisito parcial

    para a obteno do diploma de

    graduao no curso de tecnlogo em

    produo de plsticos.

    So Paulo

    2011

  • Autorizo a reproduo e divulgao total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrnico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada fonte.

    ARAJO, Valdinei Ferreira de Arajo

    Tratamento superficial de filmes co-extrusados de PE por descarga

    corona para adeso de tintas de impresso flexografica / Valdinei Ferreira

    de Arajo Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, So Paulo, 2011

    63 p.

    Orientador: Mr. Lcio Cesar Severiano

    Trabalho de Concluso de Curso Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

    1. Polietileno; 2. Tintas; 3. Tratamento superficial; 4. Tratamento corona.

  • Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

    ARAJO, Valdinei Ferreira

    Tratamento superficial de filmes co-extrusados de PE por

    descarga corona para adeso de tintas de impresso

    flexografica

    Monografia apresentada no curso de Tecnologia em Produo de Plsticos na Faculdade de Tecnologia da Zona Leste como requisito parcial para obter o Ttulo de Tecnlogo em Produo de Plsticos.

    Aprovado em:

    Banca Examinadora

    Orientador Me: Lcio Cesar Severiano Instituio: FATEC - ZL

    Julgamento: ________________Assinatura: ______________

    Prof. Ivan Douglas Campos Instituio: SENAI-SP

    Julgamento: _________________Assinatura: ______________

    Prof. DR. Clia Viderman Oliveira Instituio: FATEC-ZL

    Julgamento: ________________Assinatura: ______________

    So Paulo, 13 de junho de 2011.

  • DEDICATRIA

    Dedico a DEUS, pois at aqui tem me ajudado, nos momentos mais

    difceis desta jornada ELE sempre esteve ao meu lado, guiando-me e

    orientando-me, dando fora para prosseguir e coragem para vencer os

    obstculos.

    A minha me Lindinalva Ferreira de Arajo e minha av Alzira Brito

    Montenegro (em memria) por acreditarem em mim e terem batalhado para

    que eu pudesse estar realizando este sonho.

  • AGRADECIMENTOS

    H Deus pela oportunidade que mim concedeste.

    A minha famlia, em especial a minha esposa pela pacincia, apoio e

    compreenso que ela sempre demonstrou para comigo nesta caminhada.

    Aos meus orientadores Prof. Me. Lcio Cesar Severiano e Prof. Dr.

    Clia Viderman Oliveira pelo apoio, dedicao e amizade ao longo desta

    caminhada.

    Aos amigos da FATEC, pelo companheirismo e toda ajuda direta ou

    indireta que prestaram na realizao deste trabalho.

    ZARAPLAST, por todo apoio e incentivo, em especial a Renilson

    Dias dos Santos por toda compreenso e companheirismo que prestaste no

    decorrer desta jornada.

    Ao Bruno Bronze da Empresa Corona do Brasil, por toda colaborao e

    cooperao na execuo deste trabalho.

    A todos os profissionais que de alguma forma contriburam para a

    realizao deste trabalho.

  • O derrotado no o que perdeu a batalha,

    mas o que parou de lutar

    Mrcio Mendes

  • ARAJO, Valdinei Ferreira de Tratamento superficial de filmes co-

    extrusados de PE por descarga corona para adeso de tintas de

    impresso flexografica, 63 pg. Trabalho de Concluso de Curso (Tecnlogo)

    da Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, So Paulo 2011.

    O desenvolvimento acelerado dos materiais sintticos polimricos e os

    avanos tecnolgicos dos processos de transformao contriburam para o

    crescimento da utilizao de embalagens flexveis em diversos segmentos.

    Este fato se confirma com o surgimento de estruturas coextrusada, que

    apresentam excelentes caractersticas e uma infinidade de aplicaes.

    Neste trabalho foram estudados e realizados tratamentos superficiais

    sobre descarga corona depositados sobre um filme tubular de polietileno com

    uma estrutura de multicamadas, cuja finalidade aplicao em embalagens,

    passando por um processo de impresso flexogrfica.

    Nos dias atuais, com a globalizao e a competitividade do mercado o

    mesmo no est aberto para produtos que no consiga atrair consumidores

    finais. Os processos de impresso alm de enobrecer e valorizar o produto, o

    mesmo deve possuir atrativos visuais, e ai est grande importncia de se

    realizar uma boa impresso com qualidade; Porm uma das dificuldades de

    conseguir uma impresso satisfatria em filmes plsticos, em especial as

    poliolefinas devido estas apresentarem uma baixa tenso superficial que as

    tornam no receptivas aderncia de outros substratos, tintas e adesivos.

    Para melhorar estas propriedades, os filmes utilizados para fabricao de

    embalagens so freqentemente submetidos a diferentes tcnicas de

    tratamentos superficiais com o intuito de modificar as caractersticas da

    superfcie dos substratos aumentando sua energia superficial, melhorando sua

    tenso de umectao, facilitando a aderncia s tintas.

    Palavras Chaves: 1. Polietileno; 2. Tintas; 3. Tratamento superficial; 4.

    Tratamento corona.

  • Abstract

    ARAJO, Valdinei Ferreira de Surface treatment of films co-extruded PE by

    corona discharge for adhesion of printing inks flexographic, 63 pg.

    Completion of course work (Technologist) Faculty of Technology Zona Leste,

    So Paulo 2011.

    The accelerated development of synthetic polymer materials and the

    technological transformation processes have contributed to the growing use of

    flexible packaging in several segments. This fact was confirmed with the

    appearance of coextruded structures, which have excellent features and a

    multitude of applications.

    This work was performed and studied surface treatments on corona

    discharge deposited on a polyethylene tubular film with a multilayer structure,

    whose purpose is packaging applications, through a flexographic printing

    process.

    Nowadays, with globalization and competitiveness of the market it is not

    open to products that can attract consumers. The printing processes in addition

    to ennoble and enhance the pro duct, he must have visual signals, and therein

    lies the great importance of conducting a good quality print. But one of the

    difficulties of achieving a satisfactory print on plastic films in particular

    polyolefins is because they present a low surface tension which makes them

    non-receptive to the adherence of other substrates, inks and adhesives. To

    improve these properties, the films used for packaging manufacturing are often

    subjected to different techniques of surface treatments in order to modify the

    surface characteristics of substrates by increasing their surface energy,

    improving the wetting tension, facilitating the adhesion of the paint.

    Key words: 1. Polyethylene; 2. Paint; 3. Surface treatment; 4. Corona

    treatments.

  • SUMRIO

    1 - INTRODUO _____________________________________17

    2 - IMPORTNCIA E PROPRIEDADES DO POLIETILENO ____ 18

    2.1 Polietileno ______________________________________________ 18

    2.2 Caractersticas gerais ___________________________________ 22

    2.2.1 - Propriedades _________________________________________ 23

    2.2.2 - Evoluo das Propriedades _____________________________ 25

    2.3 - Aplicaes _____________________________________________26

    2.4 - Processamento _________________________________________ 27

    2.4.1 - Extruso de filmes tubulares ____________________________ 27

    2.4.2 - Principais componentes de uma extrusora _________________28

    2.4.2.1- Rosca _______________________________________________28

    2.4.2.2 - Matriz ______________________________________________ 28

    2.4.3 - Ensaios realizados em filmes ____________________________ 29

    2.5 - Polietilenos especiais ____________________________________29

    2.5.1 - Polietileno de Ultra Peso Molecular _______________________ 29

    2.5.2 - Polietileno de Ultra Baixa Densidade ______________________30

    3 - TINTAS PARA IMPRESSO __________________________31

    3.1 Componentes bsicos de uma tinta ________________________31

    3.1.1 Resinas ______________________________________________32

    3.1.2 - Pigmentos ____________________________________________32

    3.1.3 - Aditivos ______________________________________________33

    3.1.4 - Solventes ____________________________________________ 33

    3.2 - Caractersticas das tintas _________________________________34

  • 3.2.1 - Adeso ______________________________________________ 34

    3.2.2 - ngulo de contato _____________________________________ 35

    3.2.3 - Enegia superficial livre _________________________________ 36

    3.2.4 - Molhabilidade ________________________________________ 38

    3.2.5 - Tenso de umectao __________________________________ 38

    4 - TRATAMENTOS SUPERFICIAIS ______________________ 41

    4.1- Tratamento por chama ____________________________________41

    4.2 - Tratamento por plasma ___________________________________42

    4.2.1 - Ablao ______________________________________________42

    4.2.2 - Reticulao __________________________________________ 43

    4.2.3 - Ativao _____________________________________________43

    4.3 - Tratamento corona ______________________________________44

    4.3.1 - Teoria ________________________________________________44

    4.3.2 - Funcionamento do sistema ______________________________45

    4.3.3 - Tipos de estaes _____________________________________ 46

    4.4 - Como dimensionar uma instalao de tratamento ____________ 47

    4.4.1 - Material tratado ________________________________________47

    4.4.2 - Velocidade de produo ________________________________ 47

    4.4.3 - Largura de tratamento __________________________________48

    4.4.4 - Nvel de tratamento ____________________________________ 48

    5 - MATERIAIS E MTODOS ____________________________51

    5.1 - Materiais _______________________________________________51

    5.2 - Mtodos _______________________________________________ 52

    5.2.1 - Preparao dos filmes _________________________________ 52

    5.3 - Tratamento corona ______________________________________ 53

  • 5.4 - Teste de umectao _____________________________________ 54

    6 - RESULTADOS E DISCUSSO ________________________56

    6.1 - Durabilidade ___________________________________________ 59

    7 - CONSIDERAES FINAIS __________________________ 60

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS _______________________61

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Principais propriedades do polietileno ______________________ 25

    Tabela 2 - Aditivos e funes ______________________________________33

    Tabela 3 - Tenso superficial de alguns solventes _____________________ 34

    Tabela 4 - Tenso superficial de polmeros ___________________________37

    Tabela 5 - Tenso de umectao __________________________________ 39

    Tabela 6 - Densidade de potncia dos materiais _______________________49

    Tabela 7 - Composio dos materiais ______________________________ 52

    Tabela 8 - Variveis de processamentos ____________________________52

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Polimerizao do etileno _________________________________19

    Figura 2 - Estrutura qumica do PEBD _______________________________20

    Figura 3 - Estrutura qumica do PEAD _______________________________21

    Figura 4 - Componentes de uma tinta _______________________________31

    Figura 5 - ngulo de contato em superfcie tratada _____________________36

    Figura 6 - ngulo de contato em superfcie sem tratamento ______________36

    Figura 7 - Caneta para teste de tenso superficial _____________________ 40

    Figura 8 - Processo de ablao ____________________________________43

    Figura 9 - Processo de reticulao _________________________________ 43

    Figura 10 - Processo de ativao __________________________________ 44

    Figura 11 - Aplicao do tratamento corona em um substrato ____________45

    Figura 12 - Diagrama de estaes de tratamento corona para filmes _______47

    Figura 13 - Equao do nvel de potncia ____________________________49

    Figura 14 - Diagrama de uma co-extruso ___________________________ 53

    Figura 15 - Estao de tratamento corona ___________________________ 54

    Figura 16 - Teste de tenso superficial do filme _______________________ 55

  • LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 1 - Nvel de tenso superficial obtido na extruso______________56

    GRFICO 2 - Nvel de tenso superficial obtido na impresso ____________57

    GRFICO 3 - Comparao da tenso superficial entre os dois processos __ 58

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    ASTM - american society for testing and material

    EXT - Extruso

    f - fora

    fd - fator de densidade

    Hz - hertz

    IMP - Impresso

    kg - quilograma

    Kv - Kilovolts

    Kw - Kilowatts

    L - Largura

    LV - energia interfacial entre as fases lquido e vapor

    mm - milmetro

    P - Potncia

    PE - Polietileno

    PEAD ou HDPE - Polietileno da alta densidade

    PEAUAPM ou UHMWPE - Polietileno de ultra alto peso molecular

    PEBD ou LDPE - Polietileno de baixa densidade

    PELBD ou LLDPE - Polietileno de baixa densidade linear

    PEUBD ou ULDPE - Polietileno de ultra baixa densidade

    RPM - Rotao por minuto

    SL - energia interfacial entre as fases slido e do lquido

    SV - energia interfacial entre as fases slido e vapor

    UHMW-PE - polietileno de ultra massa molar

    V - velocidade

    W - watts

    - ngulo de contato

    m - micrmetro micra

  • 17

    1 INTRODUO

    Em geral os filmes plsticos utilizados na fabricao dos mais diversos

    tipos de embalagens oferecidas ao mercado consumidor so freqentemente

    submetidos a diferentes tratamentos superficiais com o intuito de aumentar sua

    energia superficial, melhorando sua molhabilidade.

    Os plsticos, em especial as poliolefinas apresentam superfcies

    quimicamente inertes, com baixa tenso superficial, o que os tornam no

    receptivos aderncia de outros substratos, tintas e adesivos.

    Portanto os tratamentos superficiais objetivam melhorar a adeso da tinta,

    da metalizao, da resistncia a laminao, etc.

    Neste trabalho ser abordado o tratamento superficial de filmes plsticos

    por efeito corona.

    O objetivo deste trabalho demonstrar as principais caractersticas dos

    equipamentos do tratamento corona, suas vantagens, seus mtodos de

    avaliao de desempenho do tratamento e como pode ser utilizados em

    diferentes processos de produo.

  • 18

    2 IMPORTNCIA E PROPRIEDADES DO POLIETILENO

    Neste captulo veremos um breve histrico sobre o polietileno e todo o

    processo de transformao do filme tubular pelo processo de coextruso.

    A indstria de flexveis uma das que mais cresce no setor de

    embalagens. O processo de fabricao de filmes tubulares uma das mais

    importantes tcnicas de processamento de polmeros para aplicao em

    embalagens flexveis. Apesar da estrutura de uma embalagem flexvel ser

    muito varivel, empregando materiais diversificados, em diversos setores, a

    participao dos termoplsticos vem crescendo em larga escala, as principais

    causas de sua trajetria bem sucedida no cenrio mundial so sua

    versatilidade e custo competitivo.

    Os filmes tubulares obtidos por extruso atravs de matrizes anelares

    um dos processos que consome o maior volume de termoplsticos (MANRICH,

    2005).

    Uma das vantagens do processo de extruso de filme tubular a

    facilidade de observao de como a resina est sendo transformada. (ROMAN,

    2011).

    Para se produzir um filme coextrusado, com mltiplas camadas, cada

    material processado em uma extrusora separadamente, a qual possui uma

    matriz especial onde os diferentes materiais fundidos so distribudos em seus

    canais e antes de sair da ferramenta so unidos entre si formando o filme. A

    principal finalidade do processo de coextruso o melhoramento das

    propriedades de impermeabilidade. (GIRRACH, SILVA, 2002).

    2.1 POLIETILENO

    At meados de 1950 o polietileno comercial, foi produzido por processo

    de alta presso e materiais de baixa densidade. (SENAI, 2003).

    O polietileno, polmero termoplstico da famlia das poliolefinas, e

    atualmente pode ser produzido tanto pelo processo de alta presso,

  • 19

    patenteado em 1933 pela Imperial Chemical Industries Ltd. (ICI), como pelo

    processo de baixa presso. (BOLSONI, 2001).

    Entende-se que o etileno um gs que se pode polimerizar por reao

    em cadeia, a temperatura e presses elevadas e em presena de pequenas

    quantidades de oxignio gasoso, resultando uma substancia solida, o

    polietileno. A polimerizao do etileno e outros monmeros podem efetuar-se

    presso normal e baixa temperatura, mediante catalisadores (WASILKOSKI,

    2002).

    Assim, possvel obter polmeros com cadeias moleculares de estrutura

    muito uniforme. Na indstria qumica, muitos polmeros so produzidos atravs

    de reaes em cadeia.

    Para que ocorra a polimerizao em cadeia necessrio que se tenha

    pelo menos uma insaturao reativa na molcula (CANEVAROLO JR, 2006).

    Nestas reaes de polimerizao, os radicais livres necessrios para

    iniciar a reao so produzidos por um iniciador onde gerado o centro ativo

    que uma molcula capaz de formar radicais, assim formados, vo atacar as

    molculas do monmero dando origem reao de polimerizao.

    (CANEVAROLO JR, 2006). A FIGURA 1 ilustra a reao de polimerizao.

    FIGURA 1: Polimerizao do Etileno FONTE: (BOLSONI, 2001, pg 17)

    Os constantes aperfeioamentos nos catalisadores e nos processos

    produtivo permitem a produo de variados tipos de Polietilenos que

    dependendo das condies reacionais e do sistema cataltico empregado na

    polimerizao, podemos obter os seguintes materiais. (PEBD, PEAD e PEBDL)

    (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

  • 20

    O grau de ramificaes das cadeias e o comprimento das cadeias laterais

    tm influencia decisiva sobre as caractersticas deste polmero. Assim, de

    acordo com a linearidade das cadeias do PE pode ser classificado como:

    (PEBD) polietileno de baixa densidade, (PEAD) polietileno de alta densidade e

    (PEBDL) polietileno de baixa densidade linear. (GABOARDI, 2007).

    O (PEBD) obtido pela polimerizao do etileno sob alta presso e

    temperatura em presena de oxignio e perxido. (MANO, 1999).

    Devido o avano da espectroscopia de infravermelho revelou que o PEBD

    contm poucas ramificaes de cadeias longas e muitas ramificaes de

    cadeias curtas. (BOLSONI, 2001). A FIGURA 2 representa a estrutura qumica

    do PEBD.

    FIGURA 2: Estrutura qumica do PEBD FONTE: (BOLSONI, 2001, pg 18)

    Esse tipo de ramificaes tem um efeito acentuado sobre a viscosidade

    do polmero em soluo. O PEBD tem uma combinao nica de propriedades:

    Tenacidade, alta resistncia ao impacto, alta flexibilidade, boa

    processabilidade, estabilidade e propriedades eltricas excelentes.

    (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

    O PEAD obtido atravs do processo Philips; o etileno polimerizado

    pela catlise de xidos metlicos sob uma presso de 30 a 40 atm, em torno de

    130 160C. (SENAI, 2003).

  • 21

    A principal diferena entre o processo de polimerizao de etileno sob

    baixa presso e processo de alta presso est no tipo de sistema iniciador

    usado. A linearidade das cadeias e conseqentemente a maior densidade de

    PEAD fazem com que a orientao, o alinhamento e o empacotamento das

    cadeias sejam mais eficientes; as foras intermoleculares (Van der Waals)

    possam agir mais intensamente, e, como conseqncia, a cristalinidade seja

    maior que no caso do PEBD. (COUTINHO, MELLO E SANTA MARIA). A

    FIGURA 3 mostra a estrutura qumica do PEAD.

    FIGURA 3: Estrutura qumica do PEAD FONTE: (BOLSONI, 2001, pg19)

    O processo Standard utilizado na obteno do PEBDL e tem muita

    similaridade com o processo Philips, baseada no uso de catalisador de xido

    de molibdnio e tem um efeito significativo sobre a distribuio das

    ramificaes de cadeias curtas, usa-se uma presso na ordem de 40 80 atm

    e temperaturas de 230 270C. (SENAI, 2003).

    Essa distribuio funo da estrutura e os centros ativos do catalisador,

    alm das condies de polimerizao. As ramificaes de cadeia curta tm

    influencia sobre a morfologia e algumas propriedades fsicas tais como, rigidez,

    densidade, dureza e resistncia trao. (COUTINHO, MELLO e SANTA

    MARIA, 2003).

    As propriedades dos filmes de PELBD so atribudas a sua linearidade e

    cristalinidade. A estrutura molecular do PEBDL essencialmente linear devido

    ao tipo de catalisador usado. Sua cristalinidade, embora seja muito menor que

    a do PEAD, maior que a do PEBD. (BASSO, et al, 2006).

  • 22

    2.2 CARACTERSTICAS GERAIS

    Devido a grandes variedades de tipos e propriedades, os polietilenos

    representam o maior volume de polmeros termoplsticos em uso na

    atualidade. Alguns so mais flexveis enquanto outros rgidos, mas de modo

    geral, os polietilenos se caracterizam por suas excelentes resistncia qumicas,

    tenacidade, baixo coeficiente de atrito e fcil processamento.

    (ALBUQUERQUE, 2000).

    O PEBD um polmero com baixa permeabilidade a gua e pouco

    solvel em solventes polares. (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

    O entendimento das propriedades fsicas e qumicas do polietileno de

    fundamental importncia, pois alm de aprimorar a estrutura final do produto,

    tambm contribui para o aperfeioamento dos processos de transformao.

    Os polmeros obtidos atravs do processo Ziegler-Natta apresentam

    cadeias de vrios tamanhos. A reao altamente exotrmica e assim uma

    das principais dificuldades do processo a remoo do excesso de calor do

    meio reacional. Essa natureza altamente exotrmica da reao a altas

    presses conduz a uma grande quantidade de ramificaes da cadeia, as quais

    tm uma importante relao com as propriedades do polmero, (SENAI, 2003).

    Devido possibilidade de inmeras aplicaes do polietileno em diversos

    produtos, incluindo filmes plsticos para embalagens em geral.

    As propriedades do produto acabado se caracterizam pela alta

    flexibilidade, tenacidade, boa rigidez dieltrica, boa resistncia mecnica e boa

    processabilidade, podendo ser processado por extruso e moldado por sopro e

    injeo. Possui uma cadeia mais ramificada, e isso lhe confere menor

    temperatura de amolecimento. (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

    O PEAD possui uma maior rigidez e resistncia trao comparado com o

    PEBD e PEBDL. (ALBUQUERQUE, 2000).

  • 23

    2.2.1 PROPRIEDADES

    As propriedades fsicas dos polietilenos dependem de trs variveis

    importantes: Grau de ramificao do polmero; Peso molecular e sua

    distribuio e presena de impurezas. A presena de ramificaes na estrutura

    do polietileno interfere na cristalizao, alterando suas propriedades; a

    distribuio do peso molecular varia em funo do tamanho das ramificaes

    presentes na estrutura e a presena de impurezas, provenientes de

    catalisadores podem causar serias influncias nas propriedades eltricas do

    polmero. (SENAI, 2003).

    Dentre as propriedades dos polmeros destaca-se a importncia das

    caractersticas moleculares do monmero. importante conhecer a natureza

    qumica, a tcnica de preparo e o processo para que seja possvel uma

    fundamentada expectativa quanto ao desempenho do material polimrico dele

    resultante. (MANO, 1999).

    Uma das mais interessantes caractersticas dos polmeros que eles

    exibem propriedades intermediarias de slidos elsticos e de lquido viscosos,

    dependendo da temperatura e da freqncia de aplicao da fora. Esta forma

    de resposta a qual combina ambas as caractersticas chamada

    viscoelasticidade. (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

    Outro fator importante que afeta as propriedades do material a estrutura

    macromolecular, para que o mesmo apresente resistncia mecnica

    satisfatria depende do grau de compactao da massa que a disposio

    ordenada das macromolculas. (MANO, 1999).

    O aumento da massa molar tem uma influencia direta nas propriedades,

    pois, aumenta a resistncia trao, ruptura e ao impacto. (BOLSONI, 2001).

    O polietileno um termoplstico de aspecto ceroso translcido, mas que

    sob a forma de filmes, pode ser transparente. Todas as propriedades

    mecnicas do polietileno so dependentes da histria trmica da amostra. Se

    resfriarmos rapidamente o material desde o estado fundido o slido ter

  • 24

    densidade e cristalinidade menores, portanto, ser mais mole, mais flexvel,

    mais resistente ao stress e mais transparente. (SENAI, 2003).

    Os polietilenos so inertes face maioria dos produtos qumicos comuns,

    devido sua natureza parafnica, seu alto peso molecular e sua estrutura

    parcialmente cristalina. (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

    O PEBD resistente a maioria dos produtos qumicos, com exceo dos

    cidos fortes e em temperatura ambiente insolvel em todos os solventes.

    (BOLSONI, 2001). TABELA 1 apresenta algumas propriedades dos

    polietilenos.

  • 25

    Propriedades Mtodo

    ASTM

    Baixa

    Densidade

    Mdia

    Densidade

    Alta

    Densidade

    Densidade (g/cm D 792 0,912-0, 925 0, 926-0, 94 0, 941-0, 965

    Resistncia trao

    (psi)

    D 638 600-2300 1200-3500 3100-5500

    Alongamento (%) D 1703 90,0-800,0 50,0-600,0 20,0-1000,0

    Resistncia

    Compresso

    D 695 _ _ 2700-3600

    Resistncia ao impacto

    Zod ft.lb/in entalhe

    D 256 No Quebra 0,5-16,0 0,5-20,0

    Dureza (shore D) D 785 40-46 50-60 60-70

    Ponto de Amolecimento

    Vicat (C)

    D 1525 80-100 98-120 110-125

    Expanso trmica (C)

    D 696 10,0-20,0 14,0-16,0 11,0-13,0

    Constante dieltrica 60

    Hz

    D 150 2,25-2,35 2,25-2,35 2,30-2,35

    Resistividade volumtrica

    (0hm/cm (50% UR e 23C)

    D 257 16

    >10

    16

    >10

    16

    >10

    Resistncia ao arco

    (segundos)

    D 495 135-160 200-235 _

    Fator de potncia, 60

    Ciclos

    D 150 0, 0005 0, 0005 0, 0005

    ndice de refrao Nd D 542 1,51 1,52 1,54

    Transmitncia (%) - 0-75 10-80 0-40

    TABELA 1: Principais Propriedades do Polietileno FONTE: (SENAI, 2003, pg 53)

    2.2.2 EVOLUO DAS PROPRIEDADES

    O PEBD tem uma combinao nica de propriedades: Tenacidade, alta

    resistncia ao impacto. (SENAI, 2003).

  • 26

    Os polietilenos de baixa densidade (PEBD) e de baixa densidade linear

    (PELBD) esto entre as principais resinas a participarem da estrutura da

    embalagem flexvel, seja em monocamada, coextrusada ou laminadas a outros

    materiais. As principais mudanas tecnolgicas para o polietileno, diz respeito

    melhoria da maquinabilidade na linha de converso, e do aperfeioamento das

    propriedades dos filmes para melhor proteo do produto embalado. O

    aperfeioamento do PEBD veio atender as exigncias por propriedades ticas,

    destinadas a filmes para laminao; misturas com PELBD em mono ou

    multicamadas; e o balano com aditivos. (SENAI, 2003).

    2.3 APLICAES

    O polietileno um dos termoplsticos mais consumidos, devido suas

    vantagens, tais como: Boa processabilidade, resistncia qumica, boas

    propriedades eltricas, entre outras. (SENAI, 2003).

    Os polietilenos so utilizados como filmes para diversos tipos de

    embalagens industriais devido sua flexibilidade e baixo custo. (BOLSONI,

    2001).

    A grande utilizao do PEBD na aplicao de filmes para embalagens

    industriais e agrcolas, filmes destinados a envase de alimentos lquidos e

    slidos e filmes laminados. (BOLSONI, 2001).

    O PEAD muito utilizado em embalagens domsticas e comerciais para

    lquidos como leite e sucos de frutas e sacolas de supermercados, alm de

    engradados de bebidas, tanque de combustvel e etc. (BOLSONI, 2001).

    Os filmes de PEBDL so utilizados em bandejas de alimentos

    congelados, fraudas descartveis artigos farmacuticos e hospitalares.

    (BOLSONI, 2001).

  • 27

    2.4 PROCESSAMENTO

    Entre muitas tcnicas de transformao os polietilenos so mais

    empregados nos processos de: Injeo e Extruso.

    2.4.1 EXTRUSO DE FILMES TUBULARES

    Dentre todos os segmentos de transformao dos termoplsticos, o de

    filme o maior. Aproximadamente 70% de todo o polietileno de baixa

    densidade produzido, no Brasil, dirigido a esse segmento. (ROMAN, 2011).

    A extruso de filmes tubulares um dos processos mais comuns de

    transformao de poliolefinas, estes materiais so colocados no funil da

    mquina na forma de grnulos regulares, em forma de material aglutinado,

    (MANRICH, 2005).

    Os filmes so obtidos atravs de matrizes anelares, nesse tipo de

    processo, o filme extrudado e, em seguida resfriado por contato direto com o

    ar ou gua. O filme anelar que sai da matriz soprado a uma presso

    constante, para atingir uma espessura muito fina e orientao desejada e por

    meio de ar que no seu interior fornece presso suficiente para a formao de

    uma bolha ou balo. Para que o ar no aquea dentro da bolha deve existir

    uma troca constante, com entrada e sada controlada, (MANRICH, 2005).

    A cristalinidade e o grau de orientao do filme so diretamente

    dependentes do controle da temperatura e da altura do resfriamento, (ROMAN,

    2011).

    Os filmes soprados de HDPE, LDPE e LLDPE, possuem um grau de

    orientao inferior aos filmes planos, pelo fato do estiramento ocorrer nas duas

    direes ao mesmo tempo, sendo que ainda ocorre o estiramento enquanto o

    filme resfriado da temperatura de fuso. Isso implica na recuperao de parte

    da deformao. (MANRICH, 2005)

    A extrusora para filmes um equipamento utilizado na extruso continua

    de alguns termoplsticos, sua funo de acondicionar, transportar, fundir e

  • 28

    homogeneizar o material plstico para extrud-lo pela ferramenta de formato

    anelar, que atravs de estiramento resulta em filmes.

    2.4.2 PRINCIPAIS COMPONENTES DA EXTRUSORA

    A extruso o processo que transporta o material em direo da matriz

    com forma j definida. A principal funo da extrusora transportar,

    homogeneizar, plastificar e misturar os componentes que esto sendo

    processados. A mquina constituda basicamente de funil, barril (canho),

    rosca e matriz, (MANRICH, 2005).

    2.4.2.1 ROSCA

    Dentre todos os componentes, a rosca um dos mais importantes pelo

    fato de transportar, fundir, homogeneizar e plastificar o polmero, para que este

    atinja o estado plstico que permita sua conformao na matriz da extrusora,

    sendo que o aquecimento se d por atrito e atravs de mantas eltricas

    devidamente acopladas no canho. (MANRICH, 2005)

    Ainda citando (MANRICH), os polietilenos fundidos de uso geral permitem

    uma fcil processabilidade, devido as suas propriedades, principalmente o

    LDPE. O polietileno possui baixa absoro de gua, tem tendncia a oxidar

    com presena de ar. Uma das propriedades do PE no seu estado fundido sua

    alta viscosidade onde permite boa processabilidade e conformao.

    2.4.2.2 MATRIZ

    Os filmes tubulares possuem simetria radial, devido o filme sair da matriz

    em forma de anel, onde existe uma ferramenta central, mandril para separar o

    fluxo. As matrizes so canais estrategicamente construdos em blocos ou

    chapas normalmente colocadas na extremidade da extrusora, por onde flui a

    massa fundida. Dentre os vrios tipos de matrizes a principal diferena

    encontra-se no posicionamento do mandril: Entre eles podemos citar: Mandril

    fixado por cruzetas; mandril suportado por cilindro perfurado e mandril fixado

    diretamente na base do corpo, (MANRICH, 2005).

  • 29

    A resina fundida emergente do lbio soprada no estado termoplstico e

    toma sua dimenso final. O processo de deformao para na regio da linha de

    nevoa, onde o filme se solidifica. (ROMAN, 2011).

    Com a finalidade de melhorar as caractersticas de um produto e

    aumentar o seu tempo de prateleira, um filme pode ser processado com

    diferentes tipos de polmeros obtendo um filme com mltiplas camadas

    compostas de 3 a 12 ou mais, cada uma com uma funo especfica.

    Semelhante matriz mono, as anelares devem possuir canais individuais para

    cada polmero (MANRICH, 2005).

    2.4.3 ENSAIOS REALIZADOS EM FILMES

    Aps a produo de filmes, dependendo de sua aplicabilidade e tipos de

    filme so aplicados vrios tipos de ensaios para analisar a qualidade dos

    mesmos. Entre eles podemos citar:

    - Tenso superficial ASTM D 2578

    - Transparncia ASTM D 1003

    - Brilho ASTM D 2457

    - Coeficiente de frico ASTM D 1894

    - Resistncia ao rasgamento ASTM D 1004; ASTM D 1922 e ASTM D 1938,

    (MANRICH, 2005).

    2.5 POLIETILENOS ESPECIAIS

    A utilizao de diferentes catalisadores proporcionou uma diversidade de

    polietilenos (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

    2.5.1 PEAUAPM ou UHMWPE

    Entende-se que o processo pode ser em batelada ou contnuo

    empregando um catalisador Ziegler-Natta similar ao utilizado para o PEAD

    convencional. um polmero de alta densidade e massa molecular

    extremamente elevado que proporciona a esse polmero uma viscosidade

    muito alta. Devido estas caractersticas se torna impossvel process-lo por

  • 30

    mtodos convencionais de injeo, sopro ou extruso, (COUTINHO, MELLO e

    SANTA MARIA, 2003).

    Em funo de sua alta viscosidade esse material de difcil

    processamento em sistemas convencionais de injeo e extruso,

    (ALBUQUERQUE, 2000).

    Ainda citando Albuquerque os polietilenos de UHMWPE, possuem

    excelente resistncia abraso, e qumica, baixo coeficiente de atrito e alta

    resistncia a impactos, podendo ser empregado em uma ampla gama de

    aplicaes industriais, que as temperaturas no excedam a 80C.

    2.5.2 PEUBD ou ULDPE

    o mais novo membro da famlia do polietileno. Sua densidade

    aproximadamente igual a 0,865 g/cm e oferece maior resistncia, mais

    flexibilidade e melhores propriedades pticas. Empregam-se catalisadores

    metalocnicos que apresentam uma alta capacidade de incorporao de

    comonmero olefinicos na cadeia polimrica. O comprimento das ramificaes

    e o teor de comonmero determinam as propriedades do produto,

    (COUTINHO, MELLO e SANTA MARIA, 2003).

  • 31

    3 TINTAS PARA IMPRESSO

    A composio de uma tinta auxilia na funo esttica e tambm na

    proteo contra agentes externos, como as variveis climticas.

    A proteo de superfcies vem sendo utilizadas desde tempos imemoriais.

    Produtos naturais j eram conhecidos pelos antigos egpcios e gregos que

    preparavam para preparar revestimentos com a finalidade arquitetnica.

    (MANO, 1999).

    3.1 COMPONENTES BSICOS DE UMA TINTA

    Tinta uma composio lquida, geralmente viscosa, constituda de um

    ou mais pigmentos dispersos em um aglomerante lquido que, ao sofrer um

    processo de cura quando estendida em pelcula fina, forma um filme opaco e

    aderente ao substrato. Esse filme tem a finalidade de proteger e enobrecer as

    superfcies. (MARTINS, SILVA, 2005). A FIGURA 4 apresenta os

    componentes bsicos de uma tinta.

    FIGURA 4: Componentes de uma tinta FONTE: (CARVALHO, NOGUEIRA, pg 25)

  • 32

    3.1.1 RESINAS

    A resina tambm chamada de veiculo no voltil, e o aglutinante das

    partculas de pigmento. A formao da pelcula de tinta est relacionada s

    reaes qumicas do sistema polimrico, embora a proporo na composio

    dos outros componentes como: Solventes, pigmentos e aditivos influenciam na

    velocidade destas reaes, (FAZENDA, 2005).

    Os veculos utilizados nas tintas lquidas para impresso flexografica

    secam por evaporao. (BAER, 2005)

    A modificao de derivados celulsicos permite obter caractersticas

    especiais devido grande variedade de propriedades das resinas, tais como:

    Adeso, brilho, altos slidos e custo. (FAZENDA, 2005).

    As resinas mantm ligadas as partculas de pigmentos alm de conferir-

    lhes propriedades de adeso, secagem e resistncia qumica e mecnica.

    (MARTINS, SILVA, 2005).

    3.1.2 PIGMENTOS

    Os pigmentos so substancias de elementos de cobertura e contribuem

    na formao da parte slida de uma camada orgnica. So utilizados para

    conferir cor, opacidade, certas caractersticas de resistncia e outros efeitos.

    (FAZENDA, 2005).

    A principal tarefa de um pigmento passar a sua prpria cor para o impresso.

    O poder de cobertura de uma tinta a sua capacidade de encobrir o filme

    (substrato) no qual foi aplicado e que depende basicamente do poder de

    reflexo e absoro da luz pelos pigmentos constituintes. As caractersticas

    gerais dos pigmentos na produo de uma tinta para impresso so:

    Intensidade, cor, resistncia luz e resistncia gua (MARTINS, SILVA,

    2005).

  • 33

    3.1.3 ADITIVOS

    Os aditivos so substancias adicionados s formulaes em pequenos

    teores e atuam de forma complementar as funes desempenhadas pelos

    principais componentes slidos e lquidos da pelcula. Existe uma gama de

    aditivos usados nas indstrias de tintas com finalidades diversas, a saber:

    secantes, antiespumantes, niveladores e etc. (FAZENDA, 2005). A TABELA 2

    identifica alguns aditivos e suas respectivas funes.

    ADTIVOS FUNO

    Dispersante Facilitar a disperso dos produtos nos veculos

    Espessantes Provocar um aumento da consistncia

    Antiespumantes Diminuir ou evitar a formao de espumas indesejveis

    Molhantes Diminuir a tenso interfacial entre a fase slida e lquida

    Plastificantes Conferir elasticidade

    Secantes Provoca uma aprecivel reduo do tempo de secagem

    TABELA 2: Aditivos e funes FONTE: (MARTINS, SILVA, 2005 pg 24)

    3.1.4 SOLVENTES

    Os solventes so produtos lquidos e volteis, geralmente de baixo ponto

    de ebulio que possuem a capacidade de dissolver a resina sem alterar suas

    propriedades qumicas, conferindo a viscosidade adequada para a sua

    aplicao. O resultado dessa interao denominado solubilizao.

    (FAZENDA, 2005).

    As tintas para impresso podem ser classificadas com base nos vrios

    sistemas de impresso. De acordo com esse principio, existem tintas para

    impresso relevogrfica, planogrfica, encavogrfica e permeogrfica.

    As tintas usadas nos sistemas de impresso flexografica so

    denominadas de tintas lquidas ou fluidas, cujos veculos contem como fluido

    um solvente voltil. Esses veculos secam por evaporao. (SILVA, DIOGO,

    2001). A TABELA 3 especfica a tenso superficial de alguns solventes.

  • 34

    Solvente Tenso superficial (dina/cm)

    gua 72,7

    Glicol etilnico 48,4

    Ciclohexano 35,2

    Xileno 30,0

    Tolueno 28,4

    Metil-etil-cetona 24,6

    Metanol 22,6

    TABELA 3: Tenso superficial de alguns solventes FONTE: (MANO, 1999, pg. 135)

    3.2 CARACTERSTICAS DAS TINTAS

    O termo reologia define a cincia que estuda os fenmenos ligados ao

    escoamento e deformao dos materiais. (MANRICH, 2005).

    Os estudos do comportamento reolgico de uma tinta tendem a ser mais

    complexos em virtudes das variedades de materiais utilizados na sua

    composio. (FAZENDA, 2005).

    3.2.1 ADESO

    A adeso refere-se atrao entre substncias, sendo, portanto uma

    manifestao de foras atrativas entre os tomos e/ou superfcies, (NETO e

    PARDINI, 2006).

    Sabe-se que a superfcie de materiais, no necessariamente tem as

    mesmas propriedades e constituio do interior dos mesmos. O

    comportamento frente a cargas eltricas depende essencialmente das

    propriedades de superfcie. (COSTA, 1982).

    Para haver boa aderncia entre as superfcies de um lquido e solido, devemos

    preparar bem as superfcies e escolher o mtodo de aplicao. (MARTINS,

    SILVA, 2005).

  • 35

    A preparao de uma superfcie compreende um conjunto de operaes

    com a finalidade de se obter uma superfcie homognea e apta a receber o

    lquido e garantir uma boa aderncia ao substrato, (MARTINS, SILVA, 2005).

    Para caracterizao de modificao de uma superfcie ocorrida em

    materiais so utilizados alguns parmetros como, ngulo de contato e

    estimativas de energia livre de superfcie, (NETO e PARDINI, 2006).

    Estudos realizados por (OWENS 1975 apud CARNEIRO, 2001 pg 34)

    verificou a auto-adeso do polietileno tratado com descarga corona.

    3.2.2 NGULO DE CONTATO

    Aplicao de um lquido sobre uma superfcie solida, podem ocorrer dois

    fenmenos, o lquido pode-se espalhar na superfcie ou formar uma gota

    esfrica, (NETO, PARDINI, 2006).

    ngulo de contato a medida do comportamento de uma gota (lquido),

    depositada sobre uma superfcie plana, slida, sob ao de trs tenses de

    superfcie, (CARNEIRO, 2001).

    Considerando estas duas situaes opostas, o ngulo formado entre o

    lquido e o slido vai determinar o grau de interao entre os dois materiais,

    (NETO, PARDINI, 2006).

    A energia da superfcie do filme quem determinar se a gota tende a

    ficar em equilbrio, conforme figura (6), ou espalhar-se sobre a superfcie.

    Uma alta tenso superficial do filme ir fazer com que a gota deslize sobre a

    superfcie, conforme figura (5). Isso resultar em um menor ngulo de

    contato, (BRONZE, 2010).

  • 36

    FIGURA 5: ngulo de contato em superfcie FIGURA 6: ngulo de contato em superfcie tratada sem tratamento Fonte: (BRONZE, 2010 s/p)

    Conforme mostrado na figura 6, quando a gota est em equilbrio tem-se

    ao de trs foras de interfases.

    - LV: energia interfacial entre as fases lquido e vapor (mN/m);

    - SL: energia interfacial entre as fases slido e do lquido (mN/m) e

    - SV: energia interfacial entre as fases slido e vapor (mN/m)

    Quando o ngulo tende a zero o lquido espalha-se por completo a

    superfcie do solido e quando este tende a 180, ou seja, maior que zero e

    menor que 180 o lquido molha parcialmente a superfcie do slido.

    (CARNEIRO, 2001).

    3.2.3 ENERGIA SUPERFICIAL LIVRE

    Entende-se por tenso superficial a medida do aumento de energia livre

    de uma fase, quando a rea da sua superfcie aumenta. (GALEMBECK, 1991).

    A energia superficial de um filme a principal caracterstica para

    alcanarmos uma boa umectabilidade e adeso de tintas.

    O polietileno um polmero altamente hidrofbico (apolar) com tenso

    superficial crtica. A TABELA 4 mostra a tenso superficial de alguns polmeros

    a 25C.

  • 37

    Polmeros Tenso superficial (dinas / cm)

    Polietileno 31

    Polipropileno 32

    Poliestireno 33

    Poli (cloreto de vinila) 39

    Poli (tereftalato de etileno) 43

    Nylon 6,6 46

    TABELA 4: Tenso superficial de polmeros FONTE: (CARNEIRO, 2001 pg 22)

    A energia da superfcie do filme deve ser maior que a tenso superficial

    da soluo (lquido), que esto sendo aplicados sobre ele para que seja

    possvel obter bons resultados de aderncia. Tintas a base de gua possuem

    maior energia superficial do que tintas a base de solventes, portanto requerem

    um maior nvel de energia superficial do filme para que se obtenha um bom

    desempenho, (WITMANN, 2010)

    A molcula na superfcie de um liquida ou de um solido so

    influenciadas por foras moleculares desbalanceadas, e, portanto,

    possuem energia adicional em contraste com as molculas no interior

    do liquido ou do solido. Esta energia livre adicional localizada na

    superfcie, ou na interface entre duas fases condensadas,

    conhecida como energia interfacial. (NETO e PARDINI, 2006)

    Os polmeros, de maneira geral, apresentam superfcies quimicamente

    inertes, no porosas e com baixa energia livre. Por este motivo, estes materiais

    so constantemente submetidos a diversas tcnicas especificas de tratamento

    com o intuito de alterar suas propriedades de superfcie favorecendo a sua

    interao h outras substncias, (SELLIN, 2002).

    A energia superficial a verdadeira caracterstica que queremos medir, porm

    esta varivel impossvel de ser medida diretamente. Ento deduzimos esta

    propriedade medindo uma das duas propriedades substitutas: Tenso de

    molhabilidade, ou () ngulo de contato. Os dois mtodos de medio

    observam o comportamento dos lquidos colocados sobre a superfcie dos

    filmes. (BRONZE, 2010).

  • 38

    A tenso superficial uma medida da tendncia das molculas da

    interface slido/ar ou lquido/ar penetram no interior da fase;

    enquanto a tenso interfacial slido/slido, slido/lquido e

    lquido/lquido resultante das foras atrativas entre molculas das

    duas fases que so colocadas em ntimo contato. (COSTA, 1987).

    3.2.4 MOLHABILIDADE

    a tendncia de um material lquido espalhar-se sobre uma superfcie de

    qualquer slido, promovendo um intimo contato entre ambos. Para uma boa

    adeso, o lquido deve apresentar uma energia de coeso menor que a energia

    de adeso do slido para que o fluido possa molhar toda a superfcie do

    substrato, (MANO, 1999).

    Os plsticos podem apresentar superfcie quimicamente polar ou apolar.

    Os polares caracterizam-se por maior facilidade de aderncia s tintas, j os

    apolares possuem caractersticas totalmente opostas, que os torna no

    receptivos aderncia de outros substratos, tintas, revestimentos e adesivos.

    (FAZENDA, 2005).

    Para se obter uma boa aderncia de um lquido (tinta) com um filme

    plstico a tenso superficial do substrato deve ser superior tenso superficial

    do lquido com o qual ir interagir (BRONZE, 2010).

    Para que ocorra uma adequada umectao, a energia superficial do filme

    deve ser pelo menos, 10 dinas/cm superior a tenso do lquido. (ROMAN,

    2011).

    3.2.5 TENSO DE UMECTAO

    O meio mais sensvel de medir as modificaes ocorridas na superfcie de

    um filme devido descarga corona atravs de interao fsica de lquidos

    com a superfcie. Conforme ASTM D 2578 99a possvel realizar diferentes

    solues combinando (Ethyleno Glycol + Formamida) em diferentes

    propores, a tenso de molhamento obtida atravs de sua aplicao na

  • 39

    superfcie do filme. (GIRRACH, SILVA, 2002). A TABELA 5 indica as tenses

    superficiais para as concentraes de Formamida e Cellosolve.

    Formamida (% em)

    volume)

    Etil Cellosolve (%) em

    volume)

    Tenso de Umectao

    (em dinas/cm)

    0,0 100,0 30

    2,5 97,5 31

    10,5 89,5 32

    19,0 81,0 33

    26,5 73,5 34

    35,0 65,0 35

    42,5 57,5 36

    48,5 51,5 37

    54,0 46,0 38

    59,0 41,0 39

    63,5 36,5 40

    67,5 32,5 41

    71,5 28,5 42

    74,5 25,5 43

    78,0 22,0 44

    80,3 19,7 45

    83,0 17,0 46

    87,0 13,0 48

    90,7 9,3 50

    93,7 6,3 52

    96,5 3,5 54

    99,0 1,0 56

    TABELA 5: Tenso de umectao FONTE: (MARKGRAF, 1986 apud, Sousa, 2006, pg 28)

    Atualmente existem canetas de teste que possuem estas solues, cada

    caneta possui um liquido com um determinado valor de tenso superficial.

    Desta maneira conseguimos comparar rapidamente a tenso superficial do

    filme com a do lquido da caneta. (CORONA BRASIL, 2010). A FIGURA 7

    representam as canetas usada para teste de tenso superficial.

  • 40

    FIGURA 7: Caneta para teste de tenso superficial FONTE: (Corona Brasil, 2010 s/p)

    Esse mtodo o mais usado atualmente para realizar o controle de

    tenso superficial dos materiais nas indstrias plsticas. um mtodo de baixo

    custo e rpida medio que pode ser considerado de boa preciso se as

    solues preparadas e as condies de teste seguirem as recomendaes da

    norma ASTM D 2578 99. (BRONZE, 2010).

  • 41

    4 TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

    Os tratamentos superficiais so capazes de mudar a natureza qumica da

    superfcie aumentando a rugosidade e alterando a energia superficial do

    substrato, facilitando a ancoragem de tintas e adesivos. (SELLIN, 2002).

    O filme de polietileno um material no polar e se no for tratado, s

    tintas de impresso e adesivos no aderem sua superfcie. (ROMAN, 2011)

    O tratamentos superficiais mais indicados para modificao de superfcies

    em filmes polimricos, com a finalidade de alterar as caractersticas so o (i)

    plasma, (ii) tratamento por chama, (iii) corona, sendo o tratamento por

    descarga corona o mais indicado para uso em filmes polimricos. (BRONZE,

    2010).

    4.1 TRATAMENTO POR CHAMA

    Neste tipo de equipamento a chama utilizada produto de uma

    combusto entre um combustvel e um elemento oxidante. Esta combusto

    produz uma complexa reao exotrmica, durante a qual molculas de

    oxignio so dissociadas em tomos de oxignio livres que bombardeiam a

    superfcie do material, (COLTRO, ALVES, 2001).

    A aplicao desta tcnica em filmes de poliolefinas leva formao de

    novos grupos contendo (hidroxila, carbonilas e carboxila) na superfcie dos

    filmes, ocasionando um aumento na tenso superficial (SELLIN, 2002).

    As principais variveis deste tratamento so as taxas de fluxo de ar e gs,

    e a distncia entre a extremidade da chama e a superfcie do material,

    (CARNEIRO, 2001).

    Os gases mais utilizados neste processo so: (I) metano, (II) propano, (III)

    butano puros ou (IV) a misturas destes. (SOUSA, 2006).

  • 42

    4.2 TRATAMENTO POR PLASMA

    O plasma um gs contendo espcies ionizadas e espcies neutras,

    incluindo eltrons, ons positivos e negativos, radicais, tomos e molculas,

    (VILANI, 2006).

    O tratamento com plasma modifica as propriedades superficiais dos

    materiais aumentando sua adeso. (CARNEIRO, 2001).

    O plasma ionizao eltrica de um gs. As voltagens do plasma so

    menores comparados corona.

    O tratamento por plasma evita a oxidao em ambas as faces do filme. O

    efeito do tratamento sobre um material determinado pelo tipo de reao que

    ocorrem na superfcie do filme e dependem da composio qumica do

    polmero e dos gases usados. (CARNEIRO, 2001).

    Para qualquer composio de gs utilizado, trs processos superficiais

    ocorrem simultaneamente, alterando a superfcie do filme. Estes processos so

    ablao, reticulao e ativao, (COLTRO, ALVES, 2001).

    4.2.1 ABLAO

    Neste processo, o bombardeamento da superfcie do polmero por

    partculas energticas e por radiao promove a quebra de ligaes covalentes

    das cadeias polimricas, gerando compostos de menor peso molecular que

    evaporam e so removidos. (COLTRO, ALVES, 2001). A FIGURA 8 representa

    o que ocorre no processo de ablao.

  • 43

    FIGURA 8: Processo de ablao FONTE: (COLTRO, ALVES, Jornal de plsticos, 2001, pablacao.gif)

    4.2.2 RETICULAO

    Ocorre quando aplicado um gs inerte ao processo (argnio ou hlio),

    tambm ocorre quebra de ligaes na superfcie do polmero. (COLTRO,

    ALVES, 2001). A FIGURA 9 mostra o processo de reticulao.

    FIGURA 9: Processo de reticulao FONTE: (COLTRO, ALVES, Jornal de plsticos, 2001, preticula.gif)

    4.2.3 ATIVAO

    ativao um processo no qual os grupos funcionais da superfcie do

    polmero so substitudos por tomos ou grupos qumicos diferentes

    provenientes do plasma. (COLTRO, ALVES, 2001). A FIGURA 10 demonstra o

    processo acima citado.

  • 44

    FIGURA 10: Processo de ativao FONTE: (COLTRO, ALVES, Jornal de plsticos, pativaca.gif)

    4.3 TRATAMENO CORONA

    uma descarga eltrica aplicada sobre um determinado material. Este

    material poder ser um filme plstico, metlico/metalizado, vidro e papel,

    (BRONZE, 2010).

    O sistema corona tem sido uma das tcnicas de tratamentos superficiais

    mais utilizadas na modificao da estrutura superficial de materiais polimricos,

    (SOUSA, 2006).

    Durante o tratamento por descarga corona, espcies ativas,

    tais como ons, eltrons e molculas excitadas de oxignio (por

    exemplo, corona em ar: O2, O+, etc.), bem como outras formas

    de radiao so geradas, as quais podem reagir com a

    superfcie do polmero ocasionando quebra de cadeias e

    formao de radicais, criando assim grupos polares na sua

    superfcie e conseqentemente, aumentando a sua energia

    livre superficial e propriedades de adeso, (SELLIN, 2002).

    O tratamento corona consiste de um gerador de alta voltagem e um

    conjunto de eletrodos.

    4.3.1 TEORIA

    Dentre todas as teorias que explicam o funcionamento do Tratamento

    Corona, a mais aceita que este oxida a superfcie fazendo com que os gases

    presentes entre o eletrodo e o filme se ionizam atravs de uma descarga

  • 45

    eltrica, permitindo que ocorram alguns tipos de reaes que promovem a

    formao de grupos polares. (BRONZE, 2010). A FIGURA 11 demonstra o

    processo acima citado.

    FIGURA 11: Aplicao do Tratamento Corona sobre um substrato FONTE: (Sherman Treaters, apud, SOUSA, pg 46).

    O processo de descarga corona produz oznio, e xidos de nitrognio,

    oxidante forte, que contatando a superfcie do substrato torna-a polarizada,

    pela formao de radicais orgnicos, bastantes compatveis com as tintas e

    adesivos. (ROMAN, 2011).

    Estas ligaes qumicas proporcionam um grande aumento no carter

    polar das superfcies, aumentando a energia superficial das mesmas e criando

    condies mais propicias para que a tinta ou adesivo se fixe. (CARNEIRO,

    2001).

    O processo realizado por um sistema composto basicamente por trs

    componentes: conversor, transformador de alta tenso e estao de

    tratamento, (BRONZE, 2010).

    4.3.2 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

    - Conversor ou Gerador: Tem a funo de aumentar a freqncia

    fornecida pela rede eltrica de (50 / 60 HZ) para alta freqncia (10-35 KHZ).

  • 46

    As potencias dos conversores variam de 0,5 KW a 30 KW dependendo da

    aplicao, (BRONZE, 2010).

    - Transformador de Alta Tenso: Tem a funo de receber a energia

    transformada pelo conversor e aumentar a tenso desta para (9 / 15 KV),

    enviando-a para as barras de eletrodos da estao de tratamento, (BRONZE,

    2010).

    - Estao de Tratamento: Tem a funo de receber atravs de suas

    barras de eletrodos a energia enviada pelo transformador e distribui de maneira

    mais eficiente possvel esta energia, atravs de uma descarga eltrica que

    atravessa o gap de ar, o filme e o material dieltrica at chegar ao cilindro

    aterrado, (BRONZE, 2010).

    4.3.3 TIPOS DE ESTAES

    As estaes so classificadas em dois modelos: Estaes com cilindros

    de tratamento revestidos, com material dieltrico e estaes de tratamento com

    cilindro de tratamento sem revestimentos.

    As estaes com cilindros de tratamentos revestidos possuem a cobertura

    de um material dieltrico. Estas estaes tratam apenas materiais no

    condutivos, pois no h dieltrico entre a barra de eletrodos e o material

    tratado. Se existir a passagem de um material condutivo ocorrer um curto

    circuito no sistema. (BRONZE, 2010).

    As estaes com cilindros de tratamentos sem revestimentos de material

    isolante tm o dieltrico recobrindo os eletrodos, em 99% dos casos o material

    que recobre os eletrodos so tubos cermicos. Estas estaes so indicadas

    para tratamento de materiais condutivos, embora tambm possam realizar o

    tratamento de materiais no condutivos com menor eficincia quando

    comparadas as estaes que possuem eletrodos de alumnio. (BRONZE,

    2010). A FIGURA 12 mostra alguns modelos de estaes de tratamentos para

    filmes flexveis.

  • 47

    DUPLO FRENTE E VERSO

    FRENTE E VERSO

    DUPLO FRENTE

    FRENTE

    EX EX

    EXEX

    FIGURA 12: Diagrama de estaes de tratamento corona para filmes FONTE: (BRONZE, 2010, s/p)

    4.4 COMO DIMENSIONAR UMA INSTALAO DE TRATAMENTO

    Para dimensionar uma instalao de Tratamento Corona adequadamente,

    tm que se analisarem quatro fatores; Substrato a ser tratado, velocidade de

    produo, largura a ser tratado e o nvel de tratamento desejvel, (BRONZE,

    2010).

    4.4.1 MATERIAL TRATADO

    A dificuldade de tratamento depende do tipo de material, pois, cada

    material possui uma determinada tenso superficial inicial e quem ir

    determinar o nvel do tratamento desejvel, (BRONZE, 2010).

    4.4.2 VELOCIDADE DE PRODUO

    Em uma linha de produo, quanto maior a velocidade, maior ser a

    potncia necessria para realizar o tratamento. Um sistema de Tratamento

    Corona acoplado a uma extrusora a velocidade de produo desta linha est

  • 48

    atrelada a capacidade de produo da extrusora e ter uma variao em

    relao espessura do filme produzido, (CORONA BRASIL, 2010).

    4.4.3 LARGURA DO TRATAMENTO

    Quanto maior a largura da faixa a ser tratada maior ser a potncia

    necessria para realizar o tratamento. (BRONZE, 2010).

    Materiais que necessitam de ajuste da largura do tratamento o

    posicionamento da faixa mais complicado e demorado.

    Se o tratamento exceder a faixa de tratamento desejvel o mesmo pode

    prejudicar reas que recebero soldagem e despendero mais energia.

    (ROMAN, 2011).

    4.4.4 NVEL DE TRATAMENTO

    O teste de umectao quantifica o grau de tratamento aplicado ao filme,

    utilizando solues com tenses superficiais conhecidas (ROMAN, 2011).

    O nvel de tratamento desejvel est diretamente relacionado potncia

    utilizada, para conseguir um nvel de tenso de umectao maior no mesmo

    filme com as mesmas especificaes de velocidade e largura, ou seja,

    precisamos de um fator de densidade de potncia maior. (BRONZE, 2010).

    A eficincia do tratamento ser um pouco melhor se for aplicado com o

    filme ainda quente, pois exige menor potncia do gerador. (ROMAN, 2011).

    Em situaes onde conhecido o nvel de tratamento desejvel e sabem-

    se as caractersticas do material a ser tratado, utiliza-se A TABELA 6 para

    indicar o fator de densidade de potncia utilizado para a aplicao.

  • 49

    Material Fator de densidade de potncia w/m/min.

    PE 10

    PE aditivado 16 22 PP 22

    BOPP 24 33

    RFIA 43 45

    TABELA 6: Densidade de potncia dos materiais FONTE: (BRONZE, 2010 s/p)

    O fator de densidade de potencia a potncia necessria de um

    conversor para atingir um determinado nvel de potncia em um determinado

    material, multiplicamos os trs fatores, conforme equao abaixo:

    P = L x v x fd x n

    FIGURA 13: Equao do nvel de potncia FONTE: (PBJ Industrial Electronics)

    Em que:

    P = Potncia de tenso aplicada no filme (watts)

    L = Largura do filme

    V = Velocidade da mquina

    Fd = Fator de densidade do polmero

    N = Nmero de lados do filme

    Depois de dimensionada a potncia necessria para a realizao do

    Tratamento Corona, escolhe-se o revestimento do cilindro de tratamento para

    as estaes com eletrodos de alumnio. As aplicaes determinaro qual

    material dieltrico ser utilizado em cada trabalho, (BRONZE, 2010).

  • 50

    A variedade de materiais dieltricos que podem ser usados para

    revestimentos de cilindros podem ser: Polister, cermica, epxi ou borracha

    de silicone. (CARNEIRO, 2001).

    Entre os materiais citados acima, o silicone o mais usado, pois alm de

    ter um bom desempenho em todas as aplicaes, o nico com o qual se

    pode fazer a fabricao de camisas que diminuem o tempo de setup quando se

    necessita trocar o recobrimento dieltrico do cilindro em situaes de desgaste

    ou furo. Alm dessas qualidades um material de baixo custo quando

    comparado as outras opes, (BRONZE, 2010).

    A cermica utilizada em situaes onde se requerem altos nveis de

    tratamento, pois possui uma resistncia dieltrica maior que a do silicone,

    desta maneira a espessura da parede do revestimento menor aumentando-se

    assim a eficincia do tratamento, (BRONZE, 2010).

  • 51

    5 MATERIAIS E MTODOS

    Diante de tudo o que fora exposto, passa-se a analisar os efeitos

    causados pelo tratamento corona na superfcie dos filmes de polietileno e o

    nvel de tenso umectao obtidos no processo de extruso e impresso com

    variadas densidade de potncia e a durabilidade do tratamento, gerando,

    assim, parmetros de tempo de armazenamento e da necessidade de

    retratamento em processos subseqentes. Auxiliando as indstrias que utilizam

    estes materiais h tomar a deciso mais coerente no planejamento da

    produo.

    5.1 MATERIAIS

    Para o desenvolvimento dos filmes coextrusados, foram utilizados os

    seguintes materiais:

    Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBDL)

    Polietileno de Baixa Densidade (PEBD)

    Aditivos (Antibloking e Antiestaticos)

    Com os parmetros especificados na seqncia foram produzidos trs

    amostras de filmes coextrusado com diferentes dimenses:

    1 amostra formato 540 mm espessura 300m.

    2 amostra formato 640 mm e espessura de 220m.

    3 amostra formato 730 mm e espessura de 450m.

    A TABELA 7 especfica as porcentagens de materiais utilizados para

    obteno dos filmes.

  • 52

    Caracterstica da composio da matria prima

    Camada A Camada B Camada C

    PEBDL - 79 % PEBDL - 80% PEBDL 79 %

    PEBD 20 % PEBD 20% PEBD 20 %

    Antibloking 0,5 % - Antibloking 0,5 %

    Antiestaticos 0,5 % - Anti-estticos 0,5 %

    TABELA 7: Composio dos materiais FONTE: (AUTOR, 2011)

    5.2 MTODOS

    5.2.1 PREPARAO DOS FILMES

    Os filmes foram preparados em uma co-extrusora multicamadas e os

    parmetros de processamento esto especificados na TABELA 8

    Camadas A B C

    Amperagem 43 54 43 - 50 45 - 55

    (RPM) Rosca 44 62 45 - 65 45 - 60

    Presso massa 256 - 292 kgf/cm 294 - 308 kgf/cm 283 - 380 kgf/cm

    Temperatura massa 205 - 220C 205 - 220C 205 - 220C

    Produo 170 190 Kg/h.

    Velocidade metros por minutos 10-20 m/min.

    TABELA 8: Variveis de processamento FONTE: (AUTOR, 2011)

    A FIGURA 14 representa a co-extrusora utilizada para o processamento

    dos materiais e obteno dos filmes.

  • 53

    FIGURA 14: Diagrama de uma co-extruso FONTE: (BRONZE, 2010 s/p)

    5.3 TRATAMENTO CORONA

    O equipamento de descarga corona utilizado, foi uma estao da Corona

    Brasil acoplado a uma co-extrusora com trs camadas de filme tubular

    industrial e consiste de: (I) Eletrodos de barras paralelas (II) ligao em tenso

    eltrica de 220 volts com uma densidade de potncia varivel de 200 a 4000

    watts, (III) realizado em ambiente industrial com temperatura de 23C e

    umidade relativa de 52%. A FIGURA 15 mostra a vista lateral do equipamento

    utilizado.

  • 54

    FIGURA 15: Estao de tratamento corona FONTE: (Autor, 2011)

    O tratamento corona uma descarga eltrica, de alta freqncia e

    voltagem, aplicada sobre a superfcie do filme. Esta descarga produz oznio, e

    xidos de nitrognio, que contatando a superfcie do filme torna-a polarizada,

    pela formao de radicais orgnicos chamados carbonilas e carboxila, bastante

    compatveis com as tintas de impresso. (ROMAN, 2011).

    O filme a ser tratado conduzido entre o cilindro isolado e outro eletrodo

    paralelo, quando a alta freqncia do eletrodo paralelo atinge o filme e o

    eletrodo isolado, o ar entre o eletrodo e o cilindro se ioniza, formando um gs

    condutor, produzindo ento a descarga eltrica. (BRONZE, 2010)

    Este tratamento ocorre logo aps a sada do filme da torre da extruso,

    onde mais eficiente, devido ao fato de no sofrer a interferncia dos aditivos

    que agem na superfcie do filme. A presena de agentes deslizantes,

    antiestaticos ou adesivos lubrificantes faz necessria uma maior intensidade de

    tratamento.

  • 55

    5.4 TESTE DE UMECTAO

    Os reagentes usados foram uma mistura de formamida e etil glicol, em

    propores conforme Tabela 5, as solues foram mantidas em temperaturas

    ambientes.

    As amostras para realizao do teste foram manuseadas com cuidado,

    no tendo nenhum contato das mos nas reas dos testes e os mesmos foram

    realizados na seqncia de sada do material da extrusora, para evitar algum

    tipo de contaminao nas regies dos testes. A FIGURA 16 representa a

    realizao do teste de verificao da tenso superficial.

    FIGURA 16: Teste de tenso superficial do filme FONTE: (AUTOR, 2011).

  • 56

    6 RESULTADOS E DISCUSSO

    Antes de iniciarem os experimentos, a tenso superficial dos filmes, foram

    medidas, obtendo-se os resultados de 31 dinas/cm em ambos.

    O GRFICO 1, ilustra os resultados obtidos nos testes de tenso de

    umectao das amostras tratadas diretamente no processo de extruso, onde

    foi possvel verificar os valores de:

    Fator de densidade de potncia requerido para tratamento.

    Tenso de umectao.

    A curva de variao da tenso do substrato em funo da potncia do

    equipamento permite a quantificar a tenso de umectao da superfcie do

    substrato em analise.

    GRAFICO 1: Nvel de tenso superficial obtido na extruso FONTE: (Autor, 2011)

    Observou-se que quanto maior a potncia aplicada, conseqentemente

    h um aumento da tenso superficial do filme atravs do tratamento corona,

    porm h variao de formato e principalmente de espessuras, tambm afetam

    o nvel de tratamento requerido dos filmes.

    37 39 4144 46 48

    50 52

    37 3941 42

    4448 48

    5035

    3739

    4244

    48 5050

    12,5 25 37,5 50 62,5 75 87,5 100

    T

    e

    n

    s

    o

    d

    i

    n

    a

    s

    % Potncia (Kw)

    Tratamento aplicado na extruso

    Filme 730 mm

    Filme 640 mm

    Filme 540 mm

  • 57

    Os filmes com os mesmos parmetros foram retirados do processo de

    extruso sem aplicao de tratamento, foram enviados ao setor de impresso

    onde foi aplicado o tratamento direto no processo antes da aplicao das tintas.

    O tratador est acoplado a uma Impressora Flexopower de oito cores e

    consiste dos mesmos acessrios utilizados no processo de extruso. Quanto a

    parmetros de impresso foram levados em conta apenas a velocidades de

    produo que foi constante de 100m/minutos. Alterando apenas parmetros de

    densidades de potncia do tratador e verificando o nvel de tenso de

    umectao obtido.

    O GRAFICO 2, demonstra os resultados obtidos nos testes de tenso de

    umectao das amostras tratadas no processo de impresso, onde foram

    observados:

    Fator de densidade de potencia requerido para o tratamento.

    Tenso umectao.

    GRAFICO 2: Nvel de tenso superficial obtido na impresso FONTE: (Autor, 2011)

    Verificou-se que o tratamento aplicado direto no processo de impresso a

    variao de intensidade em relao ao formato e espessura muito pouco,

    35 37 3940 40 41 42 44

    35 3737 39 40

    42 42 42

    3537 39

    40 4041 42 42

    12,5 25 37,5 50 62,5 75 87,5 100

    T

    e

    n

    s

    o

    (

    d

    y

    n

    a

    s)

    % Potncia (Kw)

    Tratamento aplicado na Impresso

    Filme 730 mm

    Filme 640 mm

    Filme 540 mm

  • 58

    porm devido h altas velocidades do processo a dificuldade maior ser em

    conseguir um nvel de tenso de umectao superior a 44 dinas onde

    precisaria de um equipamento com maior freqncia de potncia.

    O GRAFICO 3, apresenta uma comparao dos resultados obtidos nos

    processos de impresso e extruso, tendo sempre como analise a tenso de

    umectao e potncia aplicada.

    GRAFICO 3: Comparao das tenses superficiais entre os dois processos FONTE: (Autor, 2011)

    possvel observar que com o aumento da freqncia aplicada

    conseqentemente h um aumento da tenso de umectao da superfcie em

    anlise, aumentado a sua molhabilidade. Porm verificou-se que quanto maior

    a velocidade de produo maior ser a freqncia aplicada.

    Os filmes de PE tm uma tenso superficial baixa, e em funo das

    exigncias de adesividade requerida, a tenso de tratamento satisfatria varia

    em funo da aplicao do filme, portanto podemos considerar uma tenso

    superficial ideal, a qual ir interagir com o lquido, e adesivo, se a superfcie do

    filme apresentar um tenso superior a 7 dinas/cm.

    Nem todos os filmes podem ser igualmente bem tratados. Os grficos

    mostram um papel especial durante a aplicao do tratamento corona no PE.

    35 37 37 3941 42 44 44

    37 3941

    44 4648

    52 54

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    12,5 25 37,5 50 62,5 75 87,5 100

    T

    e

    n

    s

    o

    (

    d

    y

    n

    a

    s)

    % Potncia (Kw)

    Comparao dos processos (IMP x EXT)

    EXT

    IMP

  • 59

    Essas curvas apenas do uma viso aproximada. Dentro da classificao dos

    materiais devem ser exatamente conhecidas, as caractersticas, pois diferentes

    comportamentos tm uma forte influencia no tratamento.

    6.1 DURABILIDADE

    Aps um determinado tempo desde aplicao da descarga corona, o

    polmero tem a tendncia de retornar ao seu ngulo de contato inicial, em

    temperatura ambiente, aconselha-se a utilizao do material em at 10 dias

    aps aplicao da descarga corona, para que a aderncia de impresso no

    seja prejudicada. (SOUSA, 2006).

    O armazenamento em temperatura ambiente destes filmes ocasiona uma

    diminuio na intensidade dos picos formados (O-H, C=O e C-O). (SELLIN,

    2002).

    As principais razes para o decaimento do tratamento superficial so a

    recombinao dos grupos ativos, e a migrao destes grupos da superfcie

    para o interior do filme. (SOUSA, 2006).

    Os aditivos tendem a migrar para a superfcie do filme nas 12/24 horas

    aps processamento na extruso e este fenmeno pode inibir o efeito do

    tratamento corona fazendo com que o filme perda seu nvel de tenso

    superficial conseguindo. (BRONZE, 2010).

    Portanto quando se conhece estas situaes utiliza-se um fator de densidade

    de potencia maior para obter uma tenso superficial inicial mais alta.

  • 60

    7 CONSIDERAS FINAIS

    Atravs deste estudo, foi possvel obter informaes sobre o processo de

    obteno de filmes tubulares e suas caractersticas e aplicabilidade, podendo

    analisar a necessidade de aplicao do tratamento superficial e suas

    particularidades.

    O tratamento superficial de filmes plsticos por efeito corona tem como

    principal finalidade aumentar a tenso superficial do substrato tratado para que

    este tenha um melhor desempenho de adeso quando se interagir com tintas,

    adesivos, laminao e metalizao.

    Existem diferentes formas construtivas de equipamentos, cada aplicao

    exigir um modelo diferente de equipamento em funo de determinadas

    variveis, o processo de tratamento corona sempre estar inserido em uma

    linha de produo, em um ponto intermedirio entre o inicio e o fim do processo

    produtivo, portanto muito importante uma analise de dimensionamento

    correto, antes da instalao, para que a mesma no se torne um ponto de

    gargalo.

    Os filmes de PE possuem uma tenso superficial de 31 dinas/cm, a qual

    consideravelmente baixa para aplicao de tintas, pois, as mesmas requerem

    um nvel de tratamento de no mnimo 37dinas/cm, para que se tenha uma boa

    adesividade da pelcula de tinta com a superfcie do substrato.

    Desta forma, pode-se considerar que o tratamento por descarga corona

    o mais apropriado para as empresas fabricantes de filmes, que necessitam de

    alteraes superficiais nos substratos para a aplicao de impresso,

    laminao e metalizao.

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