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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
TRATAMENTO ORTOCIRÚRGICO DE MALOCLUSÃO CLASSE III ESQUELÉTICA: RELATO DE CASO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Felipe Paines Rodrigues Marcos Paulo de Souza Machado
SANTA MARIA, RS, BRASIL
2015
TRATAMENTO ORTOCIRÚRGICO DE MALOCLUSÃO
CLASSE III ESQUELÉTICA: RELATO DE CASO
Felipe Paines Rodrigues Marcos Paulo de Souza Machado
Trabalho de Conclusão de Curso em Odontologia, da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para
obtenção do grau de
Cirurgião-Dentista.
Orientador: Prof. Dr. Jorge Abel Flores
SANTA MARIA, RS, BRASIL
2015
Universidade Federal De Santa Maria
Centro De Ciências Da Saúde
Curso De Odontologia
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova o Trabalho de Conclusão de Curso
TRATAMENTO ORTOCIRÚRGICO DE MALOCLUSÃO CLASSE III
ESQUELÉTICA: RELATO DE CASO
Elaborado por
Felipe Paines Rodrigues
Marcos Paulo de Souza Machado
como requisito para obtenção do grau de
Cirurgião-Dentista
COMISSÃO EXAMINADORA:
__________________________
Jorge Abel Flores, Dr.
(Orientador)
___________________________
Marta Dutra Machado, Dra.
___________________________
Pâmela Gutheil Diesel, Me.
___________________________
Diego Segatto Blaya, Dr.
(Suplente)
Santa Maria, 02 de Julho de 2015.
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer primeiramente ao nosso orientador, Prof. Dr.
Jorge Abel Flores por sua dedicação e amizade conosco durante este período em que
convivemos.
Também gostaria de agradecer aos membros da banca, por participarem e
opinarem neste trabalho dando sua honrosa contribuição.
Agradecemos também ao Colega que nos cedeu toda a sua documentação
para que o trabalho pudesse ser realizado CD Eduardo Balen, assim como o paciente
do presente estudo.
Agradecemos a nossa instituição de ensino e todo o corpo docente que
permitiu que chegássemos a este dia tão especial.
Obrigado!
RESUMO
Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Odontologia
Universidade Federal de Santa Maria
TRATAMENTO ORTODÔNTICO-CIRÚRGICO DA MALOCLUSÃO DE CLASSE III DENTÁRIA E ESQUELÉTICA - RELATO DE CASO
AUTORES: FELIPE PAINES RODRIGUES MARCOS PAULO DE SOUZA MACHADO ORIENTADOR: JORGE ABEL FLORES
Data e Local da Defesa: Santa Maria, 2 de julho de 2015.
Má Oclusão de Angle Classe III a mandíbula é anterior à maxila refletida pela relação
do primeiro molar permanente inferior em mesioclusão. Essa alteração dentária pode
resultar em deformidades esqueléticas que precisam de intervenção na infância ou
correção na fase adulta. Esse padrão de deformidade dentofacial acarreta a
problemas estéticos e funcionais. O tratamento para essas maloclusões pode ser feito
através de compensações ortodônticas com ou sem extração dentária ou cirurgia
ortognática combinada com ortodontia, para casos severos. O objetivo deste artigo é
relatar o caso de um paciente portador de má oclusão padrão III ósseo e dentário de
Angle e o tratamento com cirurgia ortognática bimaxilar com correção horizontal da
maxila e retrusão da mandíbula. As informações foram obtidas por meio de revisão do
prontuário, registro fotográfico intra-oral e extra-oral, laudos radiográficos e revisão da
literatura. O caso relatado e publicações levantadas mostram a previsibilidade,
resultados satisfatórios e duradouros quanto à função e estética, com melhoria de
qualidade de vida.
Palavras-chave: Cirurgia ortognática. Má Oclusão de Angle Classe III. Anormalidade
Dentofacial. Prognatismo.
ABSTRACT
Final Paper
Degree in Dentistry
Federal University of Santa Maria
AUTHORS: FELIPE PAINES RODRIGUES
MARCOS PAULO DE SOUZA MACHADO
SUPERVISOR: JORGE ABEL FLORES
Date and Place of Defense: Santa Maria, July 2, 2015.
Malocclusion, Angle Class III in which the mandible is anterior to the maxilla as
reflected by the relationship of the lower first permanent molar in mesioclusion. These
dental changes can result in skeletal deformities that need intervention in childhood or
correction in adulthood. This pattern of dent facial entails the aesthetic and functional
problems. The treatment for this malocclusion can be done through compensation
orthodontic with or without orthognathic surgery or tooth extraction combined with
orthodontics, for severe cases. The objective of this paper is to report the case of a
patient with poor standard occlusion III skeletal and dental malocclusion and treatment
with orthognathic bimaxillary surgery with horizontal correction of the maxilla and
mandible retrusion. Information was obtained through medical record review, intraoral
photographic record and extra-oral, radiographic reports and literature review. The
case reported and raised publications show predictability, satisfactory results and
lasting in function and aesthetics, with improved quality of life.
Keywords: Orthognathic surgery. Malocclusion, Angle Class III. Maxillofacial
Abnormalities. Prognathism.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................7
REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................8
RELATO DE CASO....................................................................................................11
DISCUSSÃO..............................................................................................................20
CONCLUSÃO.............................................................................................................22
REFERÊNCIAS..........................................................................................................23
ANEXOS.....................................................................................................................27
7
INTRODUÇÃO
As maloclusões Classe III apresentam-se em pequena incidência na
população, mas é uma das maloclusões mais difíceis de tratar, caracteriza-se por um
deslocamento do arco inferior para mesial ou do arco superior para distal.
Grande parte da população apresenta algum tipo de desvio morfológico e/ou
funcional do sistema estomatognático, o qual resulta de alterações no processo de
desenvolvimento normal, sendo que, nem todos esses desvios são suficientemente
severos que necessitem de correção cirúrgica. Essas alterações do desenvolvimento
facial resultam de um crescimento diferenciado da maxila e mandíbula, surgindo
discrepâncias em nível das suas relações no espaço.
As maloclusões Classe III suficientemente severas, não passíveis de ser
corrigidas unicamente por tratamento ortodôntico, apesar de propostas
compensatórias possam ser aplicadas. O aparecimento desta deformidade tem
percentagem de apenas 0,3% da população. (PROFFIT; FIELDS; MORAY, 1998).
Yelampalli e Rachala (2012) relatam maior prevalência de atresia maxilar comparado
a prognatismo mandibular, este mais severo. Segundo Proffit, Fields e Moray (1988),
aproximadamente 20% da população americana apresenta desvios da considerada
oclusão ideal.
Estas deformidades podem surgir devido a uma predisposição subjacente,
alterações congénitas, causas adquiridas como traumatismos e redução inapropriada
de fraturas faciais em adultos, queimaduras, neoplasias, infecções, doenças
hormonais, ressecções cirúrgicas e radiação iatrogênica. (ESTEVÃO, 2011)
O tratamento ortodôntico-cirúrgico para a correção das anomalias
esqueléticas começou a ser efetuado, quando se constatou que as terapias
exclusivamente ortodônticas de compensações dentárias, não apresentavam o
resultado esperado, pois conseguiam somente uma relação oclusal satisfatória.
(DOMINGUES et al., 1997)
Sendo assim, temos como objetivo apresentar um caso clínico de má oclusão
padrão classe III ósseo e dentário de Angle e Andrews (7mm), no intuito de auxiliar
cirurgiões-dentistas a procederem corretamente para o diagnóstico.
8
REVISÃO DE LITERATURA
A Classe III pode ter envolvimento do componente esquelético ou dentário. As
maloclusões classe III esqueléticas são vistos como prognatismo mandibular,
retrognatismo maxilar (atresia maxilar), ou uma combinação de ambos. (PROFFIT;
FIELDS; SARVER, 2012). Já quando há apenas o envolvimento dentário, a Pseudo
Classe III, os incisivos em relação cêntrica estão em topo-a-topo, e que ao ocluir, o
paciente faz um desvio funcional da mandíbula para frente, uma posição de
acomodação de máxima intercúspidação. (YELAMPALLI; RACHALA, 2012).
Conforme a American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons
(AAOMS) a cirurgia ortognática é a correção cirúrgica de anomalias da mandíbula,
maxila, ou ambos. A anormalidade subjacente pode estar presente ao nascimento ou
pode tornar-se evidente quando o paciente cresce e desenvolve-se ou também pode
ser o resultado de lesões traumáticas. A gravidade dessas deformidades impedem o
tratamento adequado através de um tratamento odontológico isolado, ou seja,
necessita de intervenção multiprofissional, ortocirúrgica. (DANN, FONSECA, BELL,
1976; LINES, STEINHAUSER, 1974; DOMINGUES, 1997; LIN, KERR, 1998;
ARAUJO A., 1999; ENACAR, TANER, TOROGLU, 1999; TAVARES, 2005;
ESTEVÃO, 2011; BRUNHARO, 2013;)
Além da correção das deformidades dentofaciais, a cirurgia ortognática é
indicada para o tratamento de síndromes disfuncionais da ATM, para finalidade
estética, tratamento da síndrome da apneia do sono, ressecção de tumores perinasais
ou da base do crânio ou como complemento na reabilitação oral em casos de
acentuada reabsorção óssea alveolar, deficiências na fala e desordens psicossociais.
(ESTEVÃO, 2011).
Tanto a deficiência maxilar anteroposterior como a vertical podem contribuir
para a maloclusão de Classe III. Se o maxilar for pequeno ou retroposicionado, o efeito
é direto; se ele não crescer verticalmente, há um efeito indireto na mandíbula, que
então gira para cima e para a frente enquanto cresce, produzindo uma aparência de
prognatismo mandibular, que pode ser mais devido à posição da mandíbula do que
ao seu tamanho. (PROFFIT; FIELDS; SARVER, 2012).
Há três abordagens possíveis na infância e pré-adolescência para a
deficiência maxilar, listadas em ordem de eficácia: aparelho funcional de Frankel FR-
III, tração reversa (máscara facial) ligada a um aparelho no maxilar ou a ancoragem
9
esquelética, e elásticos de Classe III ligados a ancoragem esquelética. (PROFFIT;
FIELDS; SARVER, 2012).
Oltramari et Al. (2005) esclarece que os resultados poderão perpetuar-se ou
a estabilidade poderá ser abalada com o retorno do padrão de crescimento original,
uma vez que o crescimento pós-tratamento não pode ser previamente determinado,
sendo que todos os antídotos contra a recidiva devem ser utilizados. A sobrecorreção
do trespasse horizontal, o estabelecimento de um trespasse vertical adequado para o
travamento da relação sagital entre os arcos dentários, e a contenção ortopédica por
período prolongado são imprescindíveis.
A terapia com a mentoneira obtém uma mudança na direção do crescimento
mandibular, girando o queixo para baixo e para trás, o que o faz parecer menos
proeminente, mas aumenta a altura facial anterior. O que contraindica sua utilização
em pacientes com a altura inferior da face aumentada. Os efeitos podem minimizar
algumas características do prognatismo mandibular e em alguns casos, produzir
resultados estéticos satisfatórios, quando o tratamento é realizado em idade precoce
e bem conduzido. (PROFFIT; FIELDS; SARVER, 2012; ARAUJO, AM et al., 2000).
A correção de problemas esqueléticos pode ser bem sucedida na infância,
mas nem sempre é possível a modificação do crescimento facial da criança. A
tentativa de interceptar o crescimento mandibular, teoricamente, dirigir-se-ia uma
força extra-oral contra o côndilo mandibular restringindo a força nesse local, mas há
pouca ou nenhuma evidência de que isso aconteça em humanos. (PROFFIT; FIELDS;
SARVER, 2012)
Já em pacientes adultos, o tratamento da Classe III esquelética se restringe a
duas possibilidades terapêuticas: tratamento de camuflagem ortodôntica e a cirurgia
ortognática. (CAPELOZZA; SUGUIMOTO; MAZZOTTINI, 1990). Os casos mais
severos de Classe III esquelética preferencialmente deveriam ser tratados por meio
de cirurgia ortognática, eliminando as desarmonias da face, além de corrigir as
compensações dentárias. (VALARELL, 2013).
A cirurgia em modelos é um passo importante para determinar se o
procedimento cirúrgico indicado produzirá um relacionamento oclusal adequado, ou
pelo menos, que a mecânica realizada no pós-cirúrgico o produza. Se uma boa
oclusão dos modelos não for obtida, o ortodontista deve planejar as movimentações
dentárias que ainda devem ser realizadas ortodonticamente, antes da cirurgia.
(DOMINGUES, 1997; BRUNHARO, 2013). Estudo com traçados predictivos
10
contribuem para a avaliação pré-operatória do paciente e, consequentemente, para a
otimização do tratamento. (QUEIROZ et al., 2010).
Deve-se lançar mão do trabalho multiprofissional nos casos de cirurgia
ortognática, pois outros profissionais da saúde como por exemplo, o médico, o
psicólogo e fonoaudiólogo, podem oferecer uma melhoria no serviço prestado. A
multiprofissionalidade é considerada uma estratégia que orienta e possibilita a
realização de assistência integral. (SAAR, TREVIZAN, 2007).
Podemos lançar mão do auxílio do psicólogo, pois Carvalho et Al. (2012) relata
que sofrimento psíquico que a pessoa tem vindo a suportar ao longo da sua vida
culmina no período pós-operatório a curto-prazo, pelo que a falta de preparação
psicológica para lidar com os efeitos da cirurgia pode atrasar a recuperação pós-
cirúrgica e, com efeito, diminuir o sucesso do tratamento, traduzido, em parte, na
insatisfação e desmotivação do paciente.
11
RELATO DE CASO
Paciente leucoderma, sexo masculino, com 29 anos e 2 meses de idade,
apresentava insatisfação com sua estética facial e dentária. A presença má oclusão
tipo III de Angle com deformidade dentofacial de mesmo padrão. A anamnese mostrou
bom estado geral de saúde e, com indicação de cirurgia ortognática para adequada
relação intermaxilar. O paciente aceitando participar deste trabalho concorda com o
termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1).
A avaliação médica demonstrou que o paciente estava apto para o
procedimento cirúrgico. Como protocolo os exames solicitados para uma boa
avaliação de saúde são: Hemograma completo, Plaquetas, Tempo de tromboplastina
parcial ativada (TTPA), Uréia, Creatinina, Eletrocardiograma (ECG) e Radiografia do
Tórax (Anexos 2,3 e 4).
O propósito da avaliação pré operatória é verificar o estado clínico do
paciente, gerando recomendações sobre a avaliação, manuseio e risco de problemas
em todo o período per-operatório e definir o risco cirúrgico que o paciente, o
anestesista, o assistente e o cirurgião podem usar para tomar decisões que
beneficiem o paciente a curto e longo prazo.Os exames laboratoriais são
interessantes para garantir que a condição pré operatória é satisfatória quando se
suspeita ou diagnostica-se uma doença durante a avaliação clínica. (TAVARES,
2005).
Foi solicitado uma documentação para fins ortodônticos e cirúrgicos como
radiografia panorâmica e cefalométrica; fotografias intrabucais, extrabucais e traçados
cefalométricos (Figuras 2 e 3). Sobre o traçado cefalométrico pré-cirúrgico foi
confeccionado traçados predictivos para predizer possíveis modificações no padrão
dentofacial (Figura 1).
Fora apresentado para o paciente três possibilidades de tratamento de sua
alteração. A primeira possibilidade terapêutica seria a cirurgia ortognática bimaxilar
com correção horizontal da maxila e retrusão da mandíbula. Vantagens desta é o
resultado otimizado em função de pouco comprometimento dentoalveolar, resultado
estável à longo prazo, possibilidade de mudar o padrão facial independentemente da
relação sagital dos molares e caninos, o tratamento de doenças respiratórias das vias
aéreas superiores e obtenção de resultados estéticos ideais; mas suas desvantagens
12
são de cirurgia com possibilidades de danos como parestesia Iingual, labial e facial
total ou parcial. (ESTEVES, 2012; FREITAS, 1998).
A segunda alternativa era o tratamento compensatório com exodontia dos
primeiros pré-molares inferiores e retração da bateria anteroinferior; as vantagens era
que evitaria a cirurgia e tornar-se-ia um procedimento pouco invasivo. As
desvantagens seriam da exodontia de dentes sadios, pouca estabilidade
dentoalveolar a longo prazo e estética final comprometida. A terceira possibilidade era
a exodontia de incisivo inferior e desgastes seletivos; as vantagens era evitar a cirurgia
e que tornar-se-ia um procedimento pouco invasivo, e as desvantagens de exodontia
de dente sadio, pouca estabilidade dentoalveolar a longo prazo e estética final
comprometida. (BRUNHARO, 2013)
Após a discussão dos planos de tratamento, foi estabelecido a primeira opção
como de escolha do paciente, então foi montado um aparelho fixo, com a instalação
de bandas de 1º e 2º molares superiores e inferiores, e bráquetes Autoligados Slot
0.22 Aditeck na arcada superior e inferior, com a evolução dos fios e ativação mensal.
Seguiu a seguinte sequência 0.012” NiTi, 0.014” NiTi, 0.016” NiTi, 0.018” NiTi e 0.019”
x 0.025” NiTi termoativado. Na décima primeira consulta, houve a ativação com dobras
no fio de IN-SET, OFF-SET e torque. Moldagem para avaliação do posicionamento
para cirurgia.
A Décima segunda ativação fora feita fio 0.019” x 0.025” de aço com dobras
para correção de acordo com a necessidade observada nos modelos. Após isso o
paciente foi encaminhado para centro de radiologia para realizar tomografia e modelos
de gessos com o intuito de fazer um estudo prévio a cirurgia. Após a cirurgia, houve a
realização de dobras de finalização e estabilização, com o tempo de conclusão pós-
cirúrgico de 6 meses.
O paciente foi submetido à cirurgia ortognática bimaxilar com correção
horizontal da maxila e retrusão da mandíbula, no Hospital da Aeronáutica de Canoas
(HACO). A técnica cirúrgica utilizada na maxila consistiu de osteotomia do tipo Le Fort
I com fixação interna rígida. Para se realizar o recuo mandibular, a técnica de escolha
foi a osteotomia sagital bilateral, com fixação maxilo-mandibular por um período de
duas a três semanas, dependendo do grau de estabilidade da oclusão e pela
preferência do ortodontista. (ARAUJO, AM, 2000).
Foi realizada infiltração de anestésico local com vasoconstrictor
(Bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000). O paciente foi colocado em posição
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supina, com intubação nasotraqueal, com antissepsia do campo operatório e
submetido a anestesia geral. Realizou-se um retalho mucoperiosteal de espessura
total através de uma incisão horizontal retilínea que se estende da região de fundo de
vestíbulo do primeiro molar superior até o primeiro molar superior contralateral. Ao
deslocar o retalho, a região da parede anterior do seio maxilar, abertura piriforme,
septo ósseo nasal e assoalho de fossa nasal foram expostos (Figura 3). A linha de
osteotomia, na região de parede anterior do seio maxilar se estendeu da abertura
piriforme até a região da tuberosidade maxilar, em sentido anteroposterior e
descendente. Realizou-se a osteotomia Le Fort I e foi feita a correção horizontal da
maxila. Após a instalação do guia cirúrgico intermediário, fez-se a fixação com duas
placas em ‘L’ do sistema 1.5 em cada maxila. Na mandíbula realizou-se também
infiltração com anestésico local em fundo de sulco mandibular e bloqueio troncular,
seguida de realização de retalho mucoperiosteal de espessura total. Fez-se a
osteotomia sagital bilateral em ramos mandibulares para recuo de mandíbula (Figura
4) e após a instalação do guia cirúrgico final, foi realizada a fixação com parafusos do
sistema 2,0 mm.
No pós-operatório, o paciente foi medicado com anti-inflamatório (Diclofenaco
de Sódio), corticoesteróide (Dexametasona), antibiótico (Ampicilina) e analgésico
(Dipirona). Compressas com gelo foram aplicadas intermitentemente nas 24 horas
pós-operatórias imediatas associadas a curativo compressivo. Descongestionantes
nasais foram utilizados para ajudar a desobstruir a cavidade nasal de coágulos e
secreções, facilitando a respiração. O paciente obteve ganhos na estética facial. O
avanço e reposicionamento superior da maxila acarretaram em uma forma mais
harmônica do arcabouço nasal e uma exibição mais estética dos incisivos durante o
sorriso.
O paciente evolui com pequenas intercorrências parestesia temporária do
nervo alveolar inferior. Foi prescrito vitamina B1 para auxílio na recuperação da
parestesia, esta. O emprego da técnica de osteotomia sagital leva ao traumatismo
mecânico do nervo alveolar inferior que se manifesta clinicamente como alteração de
sensibilidade, ou parestesia, dos dentes inferiores e da região mentoniana. A terapia
laser de baixa intensidade é um método eficaz para redução dos inconvenientes pós
operatórios decorrentes da cirurgia ortognática, como o edema, a dor e a parestesia.
(GASPERINI, 2013).
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Os pacientes submetidos a cirurgia devem terminar a terapia pós-cirúrgica,
buscando o melhor relacionamento entre suas bases ósseas, corrigidas com as
inclinações radiculares, e a oclusão estabilizada por meio de contenção ortodôntica
pós tratamento. (TAVARES, 2005; ENACAR, TANER, TOROGLU, 1999).
As orientações passadas relacionadas à alimentação no pós-operatório
orientam que a consistência alimentar no início será líquida, através de colher ou
canudo e na temperatura ambiente, para evitar edemas. A alimentação deve ter um
valor nutricional adequado e deve ser ingerida várias vezes ao dia, cerca de 2 em 2
horas, ou conforme orientação de um nutricionista.
O acompanhamento fonoaudiólogo também é importante para casos de
cirurgia ortognática, podendo esta iniciar desde da fase pré-operatória, preparando o
paciente pois após a cirurgia ele continuará com a imagem antiga de seu esquema
corporal, tendo a sensação de que sua face e cavidade oral não foram modificadas.
Este pode trabalhar no déficit de sensibilidade, parestesias temporárias, que
representam uma dificuldade na movimentação e na postura adequada dos órgãos
fonoarticulatórios. (RIBEIRO, 1999).
Ao início do tratamento e a finalização, sucederam se 1 ano e 6 meses se
sucederam. O primeiro ano sucedeu-se o alinhamento e nivelamento dentário,
planejamento cirúrgico e exames pré-cirúrgicos. Após a cirurgia, seis meses foram
necessários para a finalização ortodôntica (Figuras 5, 6 e 7).
15
Figura 1: Traçado
predictivo (linhas em
azul escuro) sobre o
traçado cefalométrico
(linhas em azul claro).
16
Figura 1: Pré-operatório: Fotos extrabucais, A) Frontal, B) Sorrindo e C) Perfil; D) Radiografia
Cefalométrica; Fotos intrabucais: E) Direita, F) Frontal, G) Esquerda, H) Oclusal Superior e I) Oclusal Inferior.
Figura 2: Radiografia Panorâmica Pré-operatória
17
Figura 3: Osteotomia Le Fort I
Fonte: BARROSO R.; VALE F.; 2013
Figura 4: Osteotomia Sagital da ramo da
mandíbula. Fonte: BARROSO R.; VALE F.; 2013
Figura 5: Dois meses após a cirúrgia. Notar simetria facial (figura à direita e cima) e
elásticos ortodônticos para manter relações entre arcadas.
18
Figura 6: Pós-operatório: Fotos extrabucais, A) Frontal, B) Sorrindo e C) Perfil; D) Radiografia
Cefalométrica; Fotos intrabucais: E) Direita, F) Frontal, G) Esquerda, H) Oclusal Superior e I) Oclusal Inferior.
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DISCUSSÃO
O prognatismo mandibular que têm como base hereditária pode ser
influenciado por fatores endócrinos e ambientais, podendo causar aos seus
portadores aparência desagradável, doenças periodontais, comprometimentos
funcionais e estéticos, má-oclusão do tipo Classe III de Angle, disfunção da ATM e
distúrbios da fala, devido ao mau posicionamento da língua. (FREITAS, 1998).
A estética apresenta várias interpretações, o profissional deve levar em conta
a sua própria opinião, dos pais do paciente, do cônjuge, ou do próprio paciente. O
ortodontista e o cirurgião devem estar de acordo com o plano de tratamento escolhido
e certo que é o melhor para todos, com o mínimo de risco possível. (ESTEVÃO, 2011;
DOMINGUES, 1997; TAVARES, 2005; ARAUJO A.,1999; ENACAR, TANER,
TOROGLU, 1999; LIN, KERR, 1998; LINES, STEINHAUSER, 1974; DANN,
FONSECA, BELL, 1976).
Para isso o cirurgião-dentista necessita elaborar vários planos de tratamento,
indicando as vantagens e desvantagens de cada um. (BRUNHARO, 2013).
Dados indicam uma restrição transitória do crescimento mandibular com o uso
da mentoneira, que possivelmente é vencida pelo crescimento subsequente,3 mas
interceptação do crescimento na infância pode produzir bons resultados, se estes
casos forem bem conduzidos. (ARAUJO AM, 2000).
Nas Maloclusões de Classe III, as compensações sagitais se apresentam com
os incisivos superiores protruídos e vestibularizados enquanto os inferiores estão
retruídos e lingualizados. (ARAUJO A., 1999). A discrepância sagital entre os arcos
dentários devem apresentar severidade o suficiente para indicar uma cirurgia
combinada de maxila e mandíbula. (ARAUJO A., 1999; EPKER, STELLA, FISH,
1995).
A cirurgia ortognática como tratamento de doenças respiratórias das vias
aéreas superiores deve ser avaliada pois, conforme Gornic C. et al.(2011), a cirurgia
de recuo mandibular pode levar ao estreitamento significativo das vias aéreas
superiores. Repercussões clínicas não foram observadas pelos pacientes,
necessitando de mais estudos. (GORNIC C et al., 2011).
Na análise cefalométrica, uma pseudo classe III mostra os ângulos SNA
normal, quando diagnosticada precocemente, enquanto SNB poderia estar
21
ligeiramente aumentada por causa do posicionamento da mandíbula. Em contraponto,
em casos de verdadeira classe III, um grande ângulo SNB ou um pequeno ângulo
SNA podem ser encontrados, este resultado é devido a uma maxila subdesenvolvida
ou uma mandíbula desenvolvida, ou ambos. (YELAMPALLI, RACHALA, 2011).
A direção dos movimentos cirúrgicos para o maxilar segue a correção
horizontal e a mandíbula foi deslocada para trás (reduzida) e rotacionada no sentido
anti-horário. As angulações obtidas em relação a base do crânio indicavam (Figura 5),
protrusão mandibular SNB igual à 88,17º, sendo que a média padrão é 80º; já a
relação maxilar SNA apontava 82,68º, próximo da normalidade da angulação 82º. As
angulações pós-cirúrgicas demonstraram que houve protrusão maxilar e recuo
mandibular, SNA 86,68º e SNB 85,71. Apesar das angulações pós-cirúrgicas estarem
fora da média, foi observada uma melhoria estética e funcional no caso relatado, indica
que além da constatação cefalométrica o paciente deve ser avaliado clinicamente.
Segundo Carvalho et Al. (2012) a cirurgia não muda diretamente a qualidade
de vida do paciente, mas permite a segurança emocional para que ele possa fazer
importantes mudanças na sua vida, cirurgia proporciona a melhoria dos estados
emocionais ligados à sua imagem corporal que acaba por ter implicações no aumento
da autoestima, autoconfiança, entre outros aspectos.
22
CONCLUSÃO
A cirurgia ortognática busca alcançar com o tratamento das deformidades
faciais, um resultado harmônico do padrão facial, dentário, funcional e estético com
estabilidade a longo prazo.
É de suma importância o entrosamento entre os profissionais envolvidos com
o tratamento, não apenas o cirurgião dentista, a fim de se obter sucesso, mas também
é importante salientar que ortodontista e o cirurgião bucomaxilofacial devem ter uma
interação estreita no planejamento do caso visto que o tipo de cirurgia ortognática
interfere diretamente no preparo ortodôntico pré-cirúrgico.
As Classes III não decorrem somente da protrusão mandibular, muitas vezes
são resultantes da atresia maxilar, portanto, o planejamento cirúrgico e ortodôntico
deve ser extremamente minucioso, para se evitar resultados estéticos desagradáveis.
Após a cirurgia, os pacientes observaram grandes mudanças nas suas
características faciais e também na autoestima, sabendo que muitos dos problemas
estéticos e funcionais que os pacientes relatam antes da cirurgia são sanados após a
realização desta. O sucesso deve-se, além disso, ao acordo por parte do paciente e
de seus familiares sobre os passos do tratamento e suas possíveis intercorrências.
23
REFERÊNCIAS
AAOMS: American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons. Criteria for Orthognathic Surgery. Disponível em: <http://www.aaoms.org/images/uploads/pdfs/ortho_criteria.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2015.
ARAUJO, A. Cirurgia Ortognática. 1.ed. São Paulo: Santos, 1999. 374p.
ARAUJO, A. M. et al. Cirurgia ortognática – solução ou complicação? Um guia para o tratamento ortodôntico-cirúrgico. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 5, p. 105-122, set./out. 2000.
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ANEXOS
Anexo 1: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) Eu, XXXXXXXXXXXXXX nascido em 12/04/1983, portador do RG
_____________estou sendo consultado no sentido de autorizar a utilização de dados clínicos, laboratoriais de seu caso clínico/cirúrgico, fotografias e documentação radiológica, para apresentação do mesmo em encontros odontológicos científicos e publicação do caso em revista científica como “Relato de caso”.
A minha participação no referido estudo será no sentido de um exame clínico intra e extra bucal (palpação muscular) e um questionário objetivo.
Fui alertado de que, da pesquisa a se realizar, posso esperar alguns benefícios, tais como: Disponibilizar este estudo para as melhorias da qualidade bucal dos idosos institucionalizados como os não institucionalizados.
Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar, será mantido em sigilo.
Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por desejar sair da pesquisa, não sofrerei qualquer prejuízo à assistência que venho recebendo. Foi-me esclarecido, igualmente, que eu posso optar por métodos alternativos, que são: de apenas responder o questionário.
Os pesquisadores envolvidos com o referido projeto são FELIPE PAINES RODRIGUES e MARCOS PAULO DE SOUZA MACHADO, acadêmicos do curso de ODONTOLOGIA, sob orientação do Prof. JORGE ABEL FLORES da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, e com eles poderá manter contato pelos telefones (55)9611-2989 ou a coordenação do curso (55) 3220-9272 ou 3220-9268; o mesmo localiza-se na rua Floriano Peixoto, 1148, Santa Maria-RS.
É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é garantido o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação.
Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar, por minha participação.
No entanto, caso eu tenha qualquer despesa decorrente da participação na pesquisa, haverá ressarcimento na forma de dinheiro. De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da minha participação no estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei.
Santa Maria, 02 de Junho de 2015.
__________________ _______________________ Assinatura do voluntário ou de seu representante legal
___________________ __________________ ______________________ Felipe Paines Rodrigues; Marcos Machado Prof. Dr. Jorge Abel Flores Acadêmicos de Odontologia-UFSM Orientador