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TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ISO 9001 Cód - 042 (Versão 02) ATA DA 2.784ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Aos três dias do mês de dezembro de 2014, às 9h15, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.784ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Roberto Braguim, Vice-Presidente, Domingos Dissei, Corregedor, Maurício Faria e João Antonio, o Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia, o Procurador Joel Tessitore. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas da Sessão Ordinária 2.772ª, bem como das Sessões Extraordinárias 2.782ª e 2.783ª, que foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 24 a 28 de novembro de 2014: dia 24, às 8 horas, reuniu-se com a Alta Administração do TCM para tratar de assuntos técnico-administrativos. Estiveram presentes o Secretário Geral, Rodrigo Pupim de Oliveira; o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri; a Chefe da Assessoria Jurídica de Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Chefe da Coordenadoria de Contabilidade e Finanças, Noé D'Agostini; o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, e José Camilo dos Santos. Às 10 horas, recebeu a visita do Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente, Wanderley Meira do Nascimento. No período da tarde, analisou processos. Dia 25, às 8 horas, reunião de pauta com Assessores do seu Gabinete. Às 10h30, recebeu a visita do Vereador e Deputado Federal eleito, Floriano Pesaro. No período da tarde, analisou processos. Dia 26, às 9 horas, presidiu 288ª Sessão da Primeira Câmara. Em seguida, presidiu a 2.781ª Sessão Plenária Ordinária. Logo após, presidiu a 2.782ª Sessão Plenária Extraordinária. Na sequência, presidiu a 2.783ª Sessão Plenária Extraordinária. No período da tarde, realizou despachos administrativos. Dia 27, às 10h30, reuniu-se com o Secretário Municipal de Transportes e Presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Jilmar Tatto, que esteve acompanhado de assessores. Também participaram da reunião o Subsecretário de Fiscalização e Controle do TCM, Lívio Fornazieri, a Chefe da Assessoria Jurídica do TCM, Izabel Monteiro, o Chefe de Gabinete, José Camilo dos Santos, e assessores do Tribunal. Na oportunidade, trataram do edital do Pregão Eletrônico nº 5/2014, tendo por objeto a prestação de serviços de remoção de veículos com a disponibilização de pátios. No período da tarde, realizou despachos administrativos. Dia 28, às 11 horas, recebeu a visita do Presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (Sindilex), Marcos Alcyr Brito de Oliveira. No período da tarde, recebeu e avaliou relatórios de atividades das áreas técnico-administrativas do TCM. Na sequência, o Conselheiro Presidente Edson Simões assim se pronunciou: "Este Presidente registra a movimentação de processos em seu Gabinete no mês de novembro de 2014, indicando a entrada de 107 e a saída de 116 processos, entre os quais estão incluídos doze julgamentos. Registra, também, a movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Mauricio Faria no mesmo mês, indicando a entrada de 380 e a saída de 368 processos, entre os quais estão incluídos 63 julgamentos. A Secretaria Geral providenciará sua publicação na íntegra. Esta Presidência deixa registrado que no último dia 27 iniciaram-se as atividades da Ouvidoria do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, que vem se somar aos outros canais de comunicação já utilizados por este Tribunal para a sua interlocução com os cidadãos, órgãos, entidades e servidores públicos, consolidando, assim, a proposta feita anteriormente por este Presidente de criação da ouvidoria, aprovada pelo Plenário, por entender que se trata de instrumento valioso no exercício da cidadania, contribuindo para o fortalecimento de uma gestão pública transparente,

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TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

ISO 9001

Cód - 042 (Versão 02)

ATA DA 2.784ª SESSÃO (ORDINÁRIA)

Aos três dias do mês de dezembro de 2014, às 9h15, no Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, realizou-se a 2.784ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São

Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Roberto

Braguim, Vice-Presidente, Domingos Dissei, Corregedor, Maurício Faria e João Antonio, o

Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais

Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia, o

Procurador Joel Tessitore. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a

proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias,

previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas da Sessão Ordinária 2.772ª,

bem como das Sessões Extraordinárias 2.782ª e 2.783ª, que foram aprovadas, assinadas e

encaminhadas à publicação. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento

ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 24 a 28 de

novembro de 2014: dia 24, às 8 horas, reuniu-se com a Alta Administração do TCM para tratar

de assuntos técnico-administrativos. Estiveram presentes o Secretário Geral, Rodrigo Pupim de

Oliveira; o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri; a Chefe da Assessoria

Jurídica de Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação,

Mário Augusto de Toledo Reis; o Chefe da Coordenadoria de Contabilidade e Finanças, Noé

D'Agostini; o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, e José Camilo dos Santos. Às

10 horas, recebeu a visita do Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente, Wanderley Meira

do Nascimento. No período da tarde, analisou processos. Dia 25, às 8 horas, reunião de pauta

com Assessores do seu Gabinete. Às 10h30, recebeu a visita do Vereador e Deputado Federal

eleito, Floriano Pesaro. No período da tarde, analisou processos. Dia 26, às 9 horas, presidiu 288ª

Sessão da Primeira Câmara. Em seguida, presidiu a 2.781ª Sessão Plenária Ordinária. Logo após,

presidiu a 2.782ª Sessão Plenária Extraordinária. Na sequência, presidiu a 2.783ª Sessão Plenária

Extraordinária. No período da tarde, realizou despachos administrativos. Dia 27, às 10h30,

reuniu-se com o Secretário Municipal de Transportes e Presidente da Companhia de Engenharia

de Tráfego (CET), Jilmar Tatto, que esteve acompanhado de assessores. Também participaram da

reunião o Subsecretário de Fiscalização e Controle do TCM, Lívio Fornazieri, a Chefe da

Assessoria Jurídica do TCM, Izabel Monteiro, o Chefe de Gabinete, José Camilo dos Santos, e

assessores do Tribunal. Na oportunidade, trataram do edital do Pregão Eletrônico nº 5/2014,

tendo por objeto a prestação de serviços de remoção de veículos com a disponibilização de

pátios. No período da tarde, realizou despachos administrativos. Dia 28, às 11 horas, recebeu a

visita do Presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo (Sindilex), Marcos Alcyr Brito de Oliveira. No período da tarde,

recebeu e avaliou relatórios de atividades das áreas técnico-administrativas do TCM. Na

sequência, o Conselheiro Presidente Edson Simões assim se pronunciou: "Este Presidente

registra a movimentação de processos em seu Gabinete no mês de novembro de 2014, indicando

a entrada de 107 e a saída de 116 processos, entre os quais estão incluídos doze julgamentos.

Registra, também, a movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Mauricio Faria no

mesmo mês, indicando a entrada de 380 e a saída de 368 processos, entre os quais estão incluídos

63 julgamentos. A Secretaria Geral providenciará sua publicação na íntegra. Esta Presidência

deixa registrado que no último dia 27 iniciaram-se as atividades da Ouvidoria do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, que vem se somar aos outros canais de comunicação já

utilizados por este Tribunal para a sua interlocução com os cidadãos, órgãos, entidades e

servidores públicos, consolidando, assim, a proposta feita anteriormente por este Presidente de

criação da ouvidoria, aprovada pelo Plenário, por entender que se trata de instrumento valioso no

exercício da cidadania, contribuindo para o fortalecimento de uma gestão pública transparente,

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participativa, ética e eficiente. A Ouvidoria do Tribunal de Contas do Município de São Paulo

receberá sugestões, críticas, elogios, reclamações ou pedidos de esclarecimentos sobre o trabalho

desempenhado por esta Casa. Este Presidente informa que teve início em 19 de novembro de

2014 a obra de engenharia cuja finalidade é possibilitar o uso da água do lençol freático existente

no subsolo do Tribunal de Contas do Município de São Paulo para serviços como regar o jardim

e lavagem de áreas externas, buscando grande economia alternativa para o problema da falta

d'água no Município de São Paulo. A obra, realizada a preço mínimo de R$ 14.633,70, consiste

basicamente em instalação de bomba de recalque no poço existente na área do jardim próximo às

bandeiras; montagem de tubulação para levar a água do poço até um dos quatro reservatórios

situados no topo da Torre 3; isolamento e preparo da célula onde será armazenada a água

bombeada; instalação de sistema de tratamento de água coletada no poço, conforme exame

laboratorial realizada; montagem da tubulação de descida d'água saindo da célula preparada para

receber a água do poço; conexão da tubulação de descida com a rede existente para regar o jardim

e torneiras na área externa do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. O prazo para o

término do serviço vai até 18 de dezembro de 2014, na última semana antes do Recesso. Os

trabalhos estão sendo fiscalizados pela equipe da Unidade de Infraestrutura e Coordenação, com

gestão da Coordenadoria Administrativa. Haverá uma grande poupança para o Tribunal, além de

água farta para fazer a lavagem de tudo que precisar. Esta Presidência deixa registrado que entre

os dias 19 e 22 de novembro servidores desta Corte de Contas participaram da 2ª edição dos

Jogos Regionais dos Servidores dos Tribunais de Contas. Nossos atletas conquistaram onze

medalhas, ficando com a quarta posição no quadro de pontuação geral da competição, dentre as

onze delegações que participaram do evento realizado na cidade de Curitiba, no Paraná.

Cumprimentamos as servidoras Mariana Cury e Regina Utagawa, que foram premiadas com

quatro medalhas de ouro para cada uma em natação; e a servidora Eloísa Martin, que recebeu três

medalhas de bronze na mesma modalidade. Contamos, ainda, com a participação da funcionária

Vera Carrion, que ficou em quarto lugar no tênis de mesa, e de Marcos Alcyr, presidente do

Sindilex, no xadrez. Informo, ainda, que foi publicado no Diário Oficial da Cidade no dia 2 de

dezembro próximo passado a autorização para a realização de concurso público para

preenchimento de quarenta vagas de Agente de Fiscalização, sob a presidência do Conselheiro

Vice-Presidente Roberto Braguim, que constituiu uma comissão com os seguintes servidores

integrantes: Rodrigo Pupim, Livio Fornazieri, Cláudio Figo, Marina Branco de Araújo, Noé

D'Agostini, Elaine dos Reis, Luíza Correia Hruschka, Rita Salete, Eloísa Crunfli Cobos Martins e

Mario Augusto de Toledo Reis. Atuará como Secretária da Comissão a servidora Iara Conceição

Cirosi. É com satisfação que esta Presidência deixa registrado que o Colegiado recebeu, no dia 1º

de dezembro, a visita de cortesia do Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando

Elias Rosa. Durante a visita, o Procurador-Geral Márcio Rosa destacou a importância da

proximidade que vem ocorrendo entre Ministério Público e TCM, destacando que o MP 'tem se

valido muito das decisões e esclarecimentos técnicos que partem do TCM'. Na oportunidade,

Márcio Elias Rosa, deixou registrada a seguinte mensagem: 'Com honra e orgulho visito hoje o

Egrégio Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sendo recebido com respeito pelos

dignos Conselheiros e seu Presidente. Tribunal de Contas que hoje e, em respeito à história

recente, já se constitui parceiro do Ministério Público. A construção da cidadania, a emancipação

da sociedade brasileira e a perpetuação dos valores republicanos e democráticos exigem que o

Ministério Público atue em harmonia com as Cortes de Contas.' Essa iniciativa de intercâmbio de

informações, documentos e análises tem todo o nosso apoio, sendo uma grande honra podermos

colaborar com o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público . Além do citado intercâmbio

técnico, o TCM e o MP firmaram, em novembro de 2013, um Termo de Cooperação com o

objetivo de promover a capacitação de servidores do Ministério Público, por meio da participação

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em cursos ministrados pela Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes

Sales do TCM. Considerando a comemoração do Dia da Justiça, celebrado no dia 8 de dezembro;

considerando que o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o expediente no exercício de

2014 no próximo dia 8; informo que não haverá expediente na Secretaria do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo no dia 8 de dezembro do corrente ano, excetuando-se os serviços cujo

funcionamento não possam sofrer solução de continuidade." Em seguida, a fim de que o Plenário

pudesse apreciar despacho em processo de sua relatoria, o Conselheiro Presidente solicitou ao

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim que assumisse a direção dos trabalhos. De posse

da palavra, "o Conselheiro Edson Simões – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da

matéria constante do seguinte despacho: 'Submeto à apreciação do Pleno, para fins de referendo,

consoante previsão contida nos artigos 31, parágrafo único, inciso XVII, e 101, § 1º, alínea "d",

(alterados pela Resolução 06/12) do Regimento Interno deste Tribunal, o ato de revogação de

despacho suspensivo do Pregão 05/2014 promovido pela Companhia de Engenharia de Tráfego,

tendo por objeto a prestação de serviços de remoção de veículos com a disponibilização de

pátios, já discutido na Sessão ordinária nº 2.783. No dia 11 de março de 2014, foi determinada a

suspensão "ad cautelam" do referido Pregão (cuja sessão de abertura estava prevista para o dia

12/03/2014), com amparo na análise preliminar do correspondente edital, realizada pela

Coordenadoria V nos autos do processo TC 810.14-80, concluindo às folhas 02 a 05, "que o

pregão eletrônico não reúne condições de prosseguimento, destacando as seguintes

irregularidades: 1.- Modalidade licitatória "Pregão" inadequada ao objeto, infringindo os

princípios constitucionais (art. 37, XXI), bem como o art. 1º da Lei Federal 10.520/02, pela não

caracterização dos serviços como "comuns"; 2.- Dispositivos do edital revelam ingerência na

gestão de pessoal (itens 2.16, 3.2.11, 6.4, 6.5.1 e 8.1.2 do Termo de Referência), incorrendo na

possibilidade de a CET responder por passivos trabalhistas e previdenciários, nos termos da

Súmula 331 do TST; 3.- A limitação do número de empresas consorciadas (item 3 do edital), não

encontra respaldo no art. 33 da Lei Federal 8.666/93; 4.- Ausência de critérios para avaliação da

documentação exigida pelos itens 11.2.4.2 e 11.2.4.3 do edital, infringência ao disposto no § 8º

do art. 30 da Lei Federal 8.666/93." Sucessivamente, foram apresentadas duas representações em

face do mesmo edital, com as seguintes características: 1 - TC 821.14-05 – A Representante

Marthas Serviços Gerais Ltda. impugnou os subitens 10.1.1 (valores balizadores de cada lote

licitado), 11.2.4.1.2 (qualificação técnica – quantitativo de vagas) e o 3.4 do Anexo I (tempo de

remoção do veículo). 2 – TC 860.14-59 – A Representante Solutions Systems Comércio e

Serviços Ltda. impugnou o item 2.2 e os subitens 2.2.1, 2.2.2 e 2.2.3 (referentes ao prazo para

implantação dos pátios), os subitens 11.2.4.1.1 e 11.2.4.1.2 do Edital e dos subitens 12.1.1 e

12.1.2 do Termo de Referência (alusivos à qualificação técnica envolvendo quantidade de vagas

em relação ao número de remoções). Em 12 de março de 2014, a CET fez publicar o Aviso de

Suspensão "sine die" do certame, em atendimento à determinação deste Tribunal de Contas (fl.

139). A Subsecretaria de Fiscalização e Controle ao analisar as Representações considerou-as

parcialmente procedentes, considerando pertinentes as impugnações aos itens relativos à

qualificação técnica e ao tempo de remoção tratadas no TC 821.14-05 e o item relativo à

qualificação técnica analisado no TC 860.14-59. A Assessoria Jurídica de Controle Externo no

TC 821.14-05 entendeu possível a retomada do certame, desde que efetuadas as correções nos

itens 10.1.1 (valores balizadores de cada lote licitado), e no 3.4 do Anexo I (tempo de remoção

do veículo), enquanto no TC 860.14-59, restaria justificado o ponto impugnado desde que "a

Origem melhor justificasse a redução promovida em relação aos prazos previstos na contratação

anterior e relatasse quais os prazos efetivamente utilizados nos contratos anteriores.", resultando

que em parte ambas as Representações seriam improcedentes e quanto ao itens acima citados,

restariam prejudicadas, após as devidas providências da Origem. No TC 810.14-80, a Auditoria

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procedeu à complementação da análise do Edital do Pregão 05/2014, para a contratação dos

serviços supra enunciados, no valor estimado de R$ 143.111.316,28 (cento e quarenta e três

milhões, cento e onze mil, trezentos e dezesseis reais e vinte e oito centavos), restando assim

concluído o Relatório de Acompanhamento do Edital: "...consideramos que o mesmo não reúne

condições de prosseguimento, podendo ocasionar prejuízo ao Erário, em razão da existência de

falhas que maculam o certame, a saber: 1.- Não restou demonstrado que os quantitativos

propostos se adequam à real necessidade do município (item 4.1); 2.- A modalidade adotada não

é adequada ao objeto pretendido, uma vez que a contratação inclui serviços que não podem ser

considerados comuns e não se revestem de padronização (item 4.2); 3.- Os quantitativos de

guinchos, as quantidades de horas e a área exigida para os pátios constantes no Orçamento

Estimado não estão justificados (item 4.3); 4.- A versão final do edital e anexos não foram

submetidos à aprovação jurídica (item 4.4); 5.- O edital e os anexos não se encontram rubricados

em todas as folhas (item 4.5); 6.- As especificações do objeto frustram o caráter competitivo do

certame (item 4.6); 7.- A limitação do número de empresas consorciadas, pela ausência de

justificativa, não encontra respaldo no art. 33 da Lei Federal 8.666/93 (item 4.7); 8.- O serviço de

empilhadeira não está previsto no objeto, nem contemplado no orçamento estimativo, tornando

sem efeito a cláusula décima quarta da minuta do contrato (item 4.8); 9.- Ausência de

justificativa para a adoção dos índices de qualificação econômico-financeira (subitem 11.2.2 do

edital) (item 4.9); 10.- Não restou evidenciada a adequação dos quantitativos exigidos para fins

de qualificação técnica das licitantes (item 4.10); 11.- Ausência de critérios para avaliação da

documentação exigida pelos itens 11.2.4.2 e 11.2.4.3 do edital (item 4.11); 12.- Não há previsão

de desclassificação de preços excessivos ou manifestamente inexequíveis ou ainda das condições

de aceitabilidade dos preços (item 4.12); 13.- Os critérios de medição e pagamento são

inadequados (item 4.13); 15.- O prazo fixado (cláusula segunda da minuta) para a contratação

ofende o artigo 57 da LF 8.666/93 (item 4.14); Ademais, propomos as seguintes recomendações:

a). Revisão das penalidades previstas na cláusula décima primeira; b). Revisão do subitem 10.1.1

do edital; c). Revisão da numeração do item 7 da minuta do contrato. Por fim, entendemos

necessário o esclarecimento das seguintes questões: Apresentar memória de cálculo e dados

históricos dos guinchamentos que justifiquem os quantitativos exigidos (guinchos, horas e área

dos pátios); 1.- Justificar a necessidade do veículo tipo pick-up, caminhão pipa e caminhão

basculante; 2.- Demonstrar a composição da taxa de BDI e justificá-la, principalmente sobre a

incidência de taxa de administração para os Guinchos; 3.- Detalhar a composição dos custos do

item "Disponibilização e Operação de Pátio", principalmente em relação à infraestrutura, mão de

obra e cotações de seguros; 4.- Justificar a especificação constante do subitem 2.2.1.2 do TR."

Após o exame das justificativas apresentadas pela Origem, a Subsecretaria de Fiscalização e

Controle considerou sanados os itens 4, 5, 8, 10, 12 e 14 e a recomendação "c", entendo, ainda,

atendidos os esclarecimentos de números 2, 3 e 4, ressaltando que remanesceria subsistente o

item 2 da análise preliminar do edital, relativa a dispositivos que revelariam ingerência na gestão

de pessoal, caso a CET não realizasse as alterações a que se comprometera. A Assessoria Jurídica

de Controle Externo, em seu pronunciamento de folhas 843 a 849, concluiu que dos itens

apontados pela Auditoria estariam também superados os de número 1, 2, 3, 6, 7 (este com a

observação de que a Origem deve avaliar a limitação de consorciadas ante a impossibilidade de

subcontratação), bem como o item 9 e, "para permitir a retomada do Certame", indicou "os

questionamentos que necessitam de alterações no Edital e/ou esclarecimentos por parte da

Origem", concernentes aos itens 6, 11 e 13 e às recomendações alíneas "a" a "c". Na Sessão

Ordinária nº 2.781, realizada em 26 de novembro último, o Pleno (folha 852) autorizou este

Relator a proceder à "adoção dos procedimentos necessários, que incluiu a convocação do

Presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e de sua equipe, para uma reunião

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técnica, para prestar os esclarecimentos necessários nesta Corte de Contas, a fim de dar

continuidade ao certame em tela, e no caso de prorrogação, uma solução será negociada a fim de

que a mais breve possível, restando, ao I. Colegiado, a apreciação "a posteriori" dos atos

efetivados." A reunião técnica, levada a efeito no dia 27 p.p., chegou a bom termo e, no dia

subsequente, a CET apresentou os esclarecimentos e os itens que serão alterados no Edital,

conforme compromisso assumido na referida reunião, sendo apreciados, sucessivamente, pela

Auditoria e pela Área Jurídica deste Tribunal, cujos pronunciamentos, bem como a autorização

deste Colegiado, motivaram o despacho exarado à folha 908, datado de 28 de novembro de 2014,

o qual ora se submete a referendo e com o seguinte teor: "I – A Companhia de Engenharia de

Tráfego, por intermédio da CE.PR N. 2700/14 (fls. 857/894), apresentou "relatório e documentos

para esclarecimentos dos apontamentos" consignados no OF.GAB nº 027/2014, que motivaram a

permanência da suspensão do Pregão Eletrônico 05/2014. II – A Subsecretaria de Fiscalização e

Controle procedeu ao exame da documentação encartada e se manifestou conclusivamente nos

seguintes termos: "Após a análise da documentação encaminhada pela Origem, consideramos

que, caso efetuadas as correções noticiadas, consideramos superadas as irregularidades referentes

ao Pregão Eletrônico 05/14." III – Por sua vez, a Assessoria Jurídica de Controle Externo exarou

parecer a respeito da matéria em questão, concluindo: "Diante de todo o exposto – e restringindo-

me aos questionamentos anteriormente registrados em meu parecer de fls. 843/849 – entendo não

remanescer impedimento para que o Certame seja retomado." IV – À vista dos pronunciamentos

emitidos pelos Órgãos Técnicos supra transcritos, revogo o despacho de folha 135, que

determinou a suspensão do certame em tela, ficando autorizada a retomada do Pregão Eletrônico

05/2014, observadas as correções às quais a CET se comprometeu a realizar no respectivo Edital.

V - COM URGÊNCIA, expeça-se OFÍCIO ao Presidente da Companhia de Engenharia de

Tráfego, dando-lhe ciência do presente despacho.' Ainda, o Tribunal Pleno referendou o citado

ato de revogação da sustação do certame em tela, possibilitando a retomada do procedimento

licitatório, com as recomendações de que sejam realizadas as alterações no respectivo edital,

assim expostas: I - Inclusão das seguintes cláusulas no Anexo I – TERMO DE

REFERÊNCIA, renumerando-se os itens subsequentes: 3.3.1. Será fotografado o veículo na

via pública, com a visualização de sua placa, imediatamente anterior à remoção, anotando-se data

e hora. 3.3.2. Será fotografado o veículo no momento imediatamente posterior à chegada ao

pátio, anotando-se data e hora. 3.3.3. As fotografias referidas nas cláusulas 3.3.1 e 3.3.2 serão

armazenadas por no mínimo 90 dias após a retirada do veículo do pátio. II - No Anexo I-C –

SISTEMA PARA RASTREAMENTO DE GUINCHOS E VEÍCULOS, alteração do prazo

estabelecido. No item 1.1.4.1 – letra "c", os equipamentos deverão armazenar os dados de

sensores e de latitude e longitude por 90 dias. Ademais, o Tribunal acordou, ainda, que na

hipótese de a CET não acolher as recomendações acima enunciadas, a correspondente decisão

deverá ser devidamente justificada, haja vista envolver questões de transparência para tornar mais

eficazes os controles interno e externo. Afinal, o Egrégio Plenário determinou a expedição de

ofício ao Prefeito do Município de São Paulo, para ciência do quanto deliberado." (Certidões –

TCs 810.14-80, 821.14-05 e 860.14-59) Prosseguindo, "o Conselheiro Edson Simões – Relator

deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Submeto à

elevada apreciação deste Egrégio Plenário, para fins de cumprimento do artigo 31, parágrafo

único, inciso XVI e do artigo 101, § 1º, alínea "d", do Regimento Interno deste Tribunal, o

Despacho exarado no dia 27 de novembro de 2014, nos autos do processo TC 4.728.14-43, que

cuida do exame do Pregão 65/2014 realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego, tendo

por objeto "o registro de preço para a prestação de serviços de materiais atinentes à execução da

sinalização viária – horizontal e vertical", no valor estimado em R$ 96.054.594,16 (noventa e seis

milhões, cinquenta e quatro mil, quinhentos e noventa e quatro reais e dezesseis centavos). O

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referido Despacho proferido no dia 27 de novembro de 2014 DETERMINOU, "ad cautelam"

(como medida de precaução), visando a impedir eventual ocorrência de prejuízo irreversível à

Municipalidade (inclusive diante do elevado valor estimado), a SUSPENSÃO do Pregão 65/2014

(cuja sessão de abertura encontrava-se prevista para o dia 28 de novembro de 2014), com amparo

e nos termos da manifestação da Coordenadoria V que apontou as seguintes irregularidades: 4.1 -

"Inadequação do critério de julgamento utilizado "Menor valor total por lote, obtido através de

desconto sobre o valor de referência", devendo ser adotado o critério de julgamento pelo "menor

preço", nos termos do disposto no artigo 4º, inciso X, da Lei Federal 10.520/02; 4.2 - As

disposições do edital e anexos introduzem elementos de insegurança quanto à efetiva contratação

desses serviços ou das quantidades a serem executadas, bem como do correspondente custo

adicional. Ademais, a falta de clareza quanto às condições de execução e em relação ao

dimensionamento das Ordens de Serviço infringe o disposto no artigo 54, § 1º, da Lei Federal

8.666/93; 4.3 - Os quantitativos estimados para a licitação não foram adequadamente justificados,

infringindo o § 4º do artigo 7º da Lei Federal 8.666/93; 4.4 - O edital é omisso ao não definir se o

percentual admitido refere-se ao valor ou aos quantitativos da contratação e, ainda, quais serviços

poderão ser subcontratados, em infringência ao artigo 72 da Lei Federal 8.666/93; 4.5 - O

subitem 11.2.4.3.1 do edital exige a apresentação de atestados de capacidade técnica de serviços

que não correspondem a parcelas de maior relevância técnica e valor significativo do objeto da

licitação, infringindo o disposto no inciso I do § 1º do artigo 30 da Lei Federal 8.666/93; 4.6 - A

previsão do subitem 4.4 da Minuta da Ata de Registro de Preços (repetida no subitem 4.6 da

minuta do contrato) representa possibilidade de ofensa ao prazo de validade do contrato, definido

pelo artigo 57 da Lei Federal 8.666/93; (deve ser melhorada a redação) 4.7 - A previsão do

subitem 11.2.4.5 do edital, correspondente à declaração conforme modelo do Anexo X, assim

como os subitens 4.1.3 e 4.1.5 da Minuta da Ata de Registro de Preços e 9.2 do Termo de

Referência, contrariam o artigo 3º, § 1º, inciso I, da Lei Federal 8.666/93; 4.8 - O prazo para

regularização da documentação de microempresa e empresa de pequeno porte deverá ser de 5

(cinco) dias, prorrogável por igual período, por força da Lei Complementar 147/14." Ademais, a

Auditoria teceu as seguintes recomendações (propostas de melhoria): a) "Atentar para o pleno

atendimento do disposto no artigo 38 da Lei Federal 8.666/93 nas futuras licitações, no que se

refere à instrução e efetiva disponibilidade do respectivo processo administrativo; b) Retificação

do subitem 11.2.2.5 do edital, para correção da impropriedade (item 3.16.3 do relatório); c)

Correção da numeração do subitem 12.2.2 da Minuta do Contrato (repetido), e a inclusão de

menção aos subitens a que se referem (12.2.1 e 12.2.2), bem como a exclusão da expressão

"desde que documentados mediante Boletim de Ocorrência Policial"; d) Que a concessão de

prazo adicional para cumprimento da Ordem de Serviço (itens 2.3 e 4.5 da Minuta Contratual e

subitem 8.2 do Termo de Referência) ocorra mediante despacho fundamentado da autoridade que

acatar as justificativas apresentadas pela contratada; e) Revisão das penalidades previstas na

minuta da Ata de Registro de Preços (cláusula décima quarta), na Minuta do Contrato (cláusula

décima terceira), e no item 13 do Termo de Referência – Anexo I, nos termos das observações do

Quadro 5; e f) recomenda-se que a CET verifique o integral atendimento pelo presente edital às

disposições da Lei Complementar 147/14." Destarte, cumprindo o disposto nos artigos citados

inicialmente, submeto ao referendo do Plenário o ato praticado na análise do Edital do Pregão

65/2014 da Companhia de Engenharia de Tráfego.' Ademais, o Conselheiro João Antonio –

Revisor pronunciou-se nos seguintes termos: 'Senhor Presidente, inicialmente, cumpre consignar

que as análises apresentadas pela Equipe Técnica desta Corte foram objeto de deliberação pelo

Relator Conselheiro Edson Simões, que culminou na paralisação de um certame de notório

interesse para a cidade. De fato, o que me levou a enfrentar os argumentos apresentados pela

Auditoria, foi justamente constatar que este Edital seguiu, quase que na integralidade, o modelo

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aprovado por este Plenário na oportunidade da contratação anterior. Ou seja, muitos dos pontos

apresentados como irregulares foram superados pelo Plenário à época do julgamento do Edital de

Pregão Presencial 06/2012/CET, constante do processo TC 2.313.12-55. Observo, por primeiro,

que a primeira parte do item 2, os itens 6, 7 e 8 que fundamentaram a suspensão, o nobre Relator

reconsiderou seu posicionamento inicial e concluiu pela validade desses pontos no Edital.

Destarte, pontualmente, passo a enfrentar os argumentos que fundamentaram a suspensão do

certame, com a finalidade simples de demonstrar meu ponto de vista sobre alguns dos itens

destacados: Item 2 – Disposições no edital e anexos introduzem elementos de insegurança quanto

à efetiva contratação desses serviços ou das quantidades a serem executadas, bem como do

correspondente custo adicional. E falta de clareza quanto às condições de execução em relação ao

dimensionamento da Ordem de Serviço. A Especializada listou três pontos atinentes à

contratação, em que poderia ensejar elementos de insegurança, o que não se verifica, inclusive

com a concordância do Relator. Todavia, quanto à segunda parte o Edital estabelece que a

contratada deverá cumprir, no máximo, 20 ordens de serviço de forma concomitante.

Naturalmente, a praxe da demanda comercial será ditada pelas partes durante a execução

contratual. O item foi inovador em garantir executividade à parte contratada, sendo, em meu

entendimento, exagerado dimensionar o quantitativo em cada ordem de serviço, uma vez que

durante a contratação os limites e exequibilidade serão observados caso a caso. Ademais,

eventuais pontos discordantes entre as partes, principalmente quanto ao montante a ser contratado

e realizado, observará o ditame da razoabilidade, como ditame normativo de toda a contratação

pública. Item 3 – Os quantitativos estimados para a licitação não foram adequadamente

justificados. Inicialmente, esta adjetivação por parte da Auditoria por meio do termo

"adequadamente", não pode fazer parte de uma análise imparcial e correta, uma vez que em sua

substância apresenta um caráter notadamente subjetivo. A definição legal de Sistema de Registro

de Preços é o conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de

serviços e aquisições de bens, para contratações futuras. Assim, a finalidade da ata é pagar apenas

o que for utilizado de acordo com as necessidades da Administração. A expectativa da contratada

parte do momento da requisição de serviço, ou seja, da realização do contrato. Causa estranheza o

apontamento, visto que a ata anterior junto com as novas demandas serviram para justificar os

quantitativos, mas que pela natureza de uma ata não necessita ser exato. Item 4. O edital é omisso

ao não definir se o percentual admitido refere-se ao valor ou aos quantitativos da contratação e,

ainda, quais serviços poderão ser subcontratados. Ora, o Edital seguiu rigorosamente os termos

de lei (art. 72 da Lei 8.666/93), que permite a subcontratação do objeto licitado e a Origem

estabeleceu o limite e a necessidade de sua autorização. Assim, não deve prosperar o

apontamento da Auditoria de que o Edital é omisso quando não explicita os serviços a serem

subcontratados. Isto porque, a hipótese de subcontratação poderia ser realizada mesmo que não

constasse do edital e do respectivo contrato, vez que a jurisprudência do TCU admite essa

situação, a saber: "A subcontratação parcial de serviços contratados não necessita ter expressa

previsão no edital ou no contrato. Basta apenas que não haja expressa vedação nesses

instrumentos". Essa seria a interpretação a ser feita do art. 72 da Lei 8.666/1993, pois, na visão do

relator, "na maior parte dos casos, a possibilidade de subcontratação deve atender a uma

conveniência da administração, diante da multiplicidade de circunstâncias que podem surgir na

execução do contrato" (Acórdão nº 5532/2010-1ª Câmara, TC-4.716/2008-2, rel. Min. Augusto

Nardes, 31.08.2010). Nesse sentido, também a Lei Complementar 123/2006 dispõe que a

Administração poderá realizar processo licitatório no qual seja exigida dos licitantes a

subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo

do objeto a ser contratado não exceda a 30% do total licitado. Note-se que a lei não exige a

demonstração dos serviços que serão subcontratados (Evelise Pedroso Teixeira Prado Vieira in:

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Lei de Licitações: Editora Verbatim, página 627). Diante do exposto, eu ACOMPANHO o

Relator quanto à suspensão adotada, referentes ao item 1 (inadequação do critério de julgamento

utilizado) e item 5 (atestados de capacidade técnica de serviços), na seguinte condição: a) Que o

Relator promova uma reunião com os técnicos da Origem, o mais breve possível; b) Que este

Plenário delegue ao relator a decisão de liberação do certame, após a adoção de providências por

parte da Origem; c) Que o assunto retorne a este Plenário, na próxima quarta-feira, para

Referendo. Por fim, proponho que as medidas de suspensão de certame licitatório passem por

uma análise prévia da Assessoria Jurídica de Controle Externo, com a finalidade de colimar

dados atuais de jurisprudência e doutrina sobre os pontos em debate. Este é meu entendimento

sobre a matéria, Senhor Presidente.' Também, o Conselheiro Maurício Faria acompanhou, nos

limites de uma decisão cautelar, o voto proferido pelo Conselheiro Edson Simões – Relator.

Outrossim, o Conselheiro Domingos Dissei alinhou-se ao voto proferido pelo Conselheiro Edson

Simões – Relator. Afinal, o Egrégio Plenário, referendou a suspensão determinada pelo

Conselheiro Edson Simões – Relator, à unanimidade, com base nos fundamentos de sustação

identificados como itens 4.2 e 4.5 do Despacho Relatorial e, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros Maurício Faria e Domingos Dissei, em seus demais itens, restando vencido, em

parte, o Conselheiro João Antonio – Revisor." (Certidão – TC 4.728.14-43) Dando

continuidade, "o Conselheiro Edson Simões – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da

matéria constante do seguinte despacho: 'Submeto à elevada apreciação do Plenário, para fins de

referendo, consoante previsão contida nos artigos 31, parágrafo único, inciso XVI, e 101, § 1º,

alínea "d", do Regimento Interno deste Tribunal, o ato de suspensão do certame promovido pela

COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO – CET, visando ao fornecimento de

bicicletas, consistente no despacho exarado nos seguintes termos: "I - Trata-se da análise do

Edital do Pregão Eletrônico 80/2014, lançado pela Companhia de Engenharia de Tráfego – CET,

tendo por objeto o fornecimento de bicicletas, na quantidade prevista de 300 (trezentas) unidades

e no valor total estimado de R$ 740.700,00 (setecentos e quarenta mil e setecentos reais). II - A

Subsecretaria de Fiscalização e Controle, ao examinar o instrumento convocatório do citado

Pregão, concluiu que o certame não reúne condições de prosseguimento devido às seguintes

razões: "1 - Infringência ao art. 2º, inciso IX, do Decreto Municipal 44.279/03, e art. 7º, § 4º, da

Lei Federal 8.666/93, considerando que não restou demonstrado que o quantitativo proposto se

adequa à sua real necessidade; 2 - Infringência aos art. 3º e art. 15, inciso I, da Lei Federal

8.666/93 e art. 2º, inciso II, do Decreto Municipal 44.279/03, considerando que as especificações

do objeto (Anexo I) abrangem itens sem prévia definição, prejudicando as consultas de preços,

orçamento estimado, a adoção da modalidade Pregão e Sistema de Registro de Preços,

apresentando-se restritivas à participação de interessados; 3 - O Edital não estabeleceu a previsão

de aquisição mensal de bicicletas em atendimento ao art. 2º, inciso IX, do Decreto Municipal

44.279/03; 4 – Não há previsão de desclassificação de preços excessivos ou manifestamente

inexequíveis ou ainda das condições de aceitabilidade dos preços, em ofensa ao art. 3º, inciso I,

da Lei Federal 10.520/02 combinado com o art. 3º, inciso III, alínea "f" do Decreto Municipal

46.662/05; 5 - O Anexo I – Especificação Técnica apresenta itens que necessitarão de serviços de

terceiros, em desacordo com a previsão dos subitens 21.1 do Edital, 14.1 da Minuta da Ata e 15.1

da Minuta do Contrato, que veda a subcontratação da execução e fornecimento do objeto."

Outrossim, a Auditoria consignou as seguintes recomendações: "1 – Revisão da redação dos

subitens 20.2.3 e 20.3 do Edital, visando afastar a subjetividade das disposições, em observância

ao art. 3º, "caput", da Lei Federal 8.666/93. 2 – Revisão das penalidades previstas no Edital

(cláusula vigésima), na Minuta da Ata de Registro de Preços e na Minuta do contrato (cláusula

décima segunda), nos termos das observações registradas no item 3.16." III - Considerando o

acima exposto, com fundamento no artigo 19, incisos VII e VIII, da Lei Municipal 9.167/80,

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combinado com o disposto no artigo 101, § 1º, alínea "d" do Regimento Interno deste Tribunal de

Contas, DETERMINO, em caráter de urgência, a expedição de Ofícios dirigidos à Companhia de

Engenharia de Tráfego – CET, na pessoa do seu Presidente, e ao Pregoeiro do certame em pauta,

com a finalidade de que: 1 – tomem ciência da manifestação da Subsecretaria de Fiscalização e

Controle deste Tribunal e, no intuito de se evitar possível prejuízo aos cofres públicos com a

eventual restrição do número de participantes na licitação em razão das inconformidades

apontadas no Edital, supra enunciadas, adotem as providências necessárias à SUSPENSÃO DO

PREGÃO ELETRÔNICO 080/2014, cuja abertura dos trabalhos está prevista para o dia 03 de

DEZEMBRO do mês em curso; e 2 – apresentem as justificativas entendidas pertinentes, no

prazo de 15 (quinze) dias." Em assim sendo, nos termos regimentais, submeto a presente decisão

ao referendo do Egrégio Plenário.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou as

medidas determinadas pelo Conselheiro Edson Simões – Relator." (Certidão – TC 4.729.14-06)

Na sequência, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim,

devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Presidente Edson Simões. Reassumindo a

direção dos trabalhos, o Presidente concedeu a palavra ao Conselheiro ao Conselheiro Domingos

Dissei – Relator que "deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte

despacho: 'Trago à deliberação deste Egrégio Plenário a proposta de suspensão da medida liminar

que suspendeu "ad cautelam" a licitação na modalidade Tomada de Preços 005/SP-PA/2014,

tendo por objeto a Contratação de Empresa Especializada em Serviços de Execução, Implantação

de Guias, Sarjetas e Drenagem na Rua Francisco Barbieri – Jardim São Norberto, objeto de meu

despacho de 19/11/2014, referendado na última sessão ordinária desta Corte. Consoante esclareci

na ocasião, a medida foi adotada em razão de representação oposta por ALVARO ZULATO,

alegando, em síntese, a falta de projeto, além do fato de ter ocorrido uma alteração do edital

relativamente à exigência de apresentação do Certificado de Registro Cadastral junto à SIURB,

de modo que a exigência de comprovação de inscrição da licitante na CATEGORIA 1 -

PAVIMENTAÇÃO GRUPO B, foi alterada, passando a constar exigência de inscrição da

licitante na CATEGORIA 1 – EDIFICAÇÕES – GRUPO "I"- 1 D. Tal exigência, consoante

alegou a representante, é descabida, visto que a obra licitada não guarda relação com uma obra de

edificação. Concluiu, assim, o representante, que a exigência de qualificação técnica do edital não

se coaduna com os preceitos constitucionais, pelo que propõe a adoção, por esta Corte, das

medidas cabíveis. Ciente da decisão de suspensão do certame e instada a manifestar-se, a Origem

ofereceu esclarecimentos no sentido de que a alteração da exigência no tocante ao Registro

Cadastral junto à SIURB se deu por um lapso, providenciando desde logo a juntada de nova

minuta de edital com a devida correção da cláusula 1.3., bem como informou ter elaborado

projeto, que foi acostado ao processo administrativo relativo à licitação. Instada a manifestar-se, a

Assessoria Jurídica de Controle Externo registrou que, em face da manifestação e documentos

juntados, demonstrando a exclusão da exigência impugnada, os pontos questionados pelo

representante restaram sanados. Diante do exposto, em cumprimento ao preceituado no artigo 31,

inciso XVII, do Regimento Interno desta Corte, elevo o assunto à decisão de Vossas Excelências,

com vistas a autorizar a retomada do certame.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade,

referendou a medida determinada pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator." (Certidão –

Tomada de Preços 005/SP-PA/2014) Com a palavra, "o Conselheiro João Antonio – Relator

deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Trago para

referendo deste E. Plenário proposta de retomada do Edital do RDC Presencial nº 001/2014, da

SPObras, cujo objeto é a 'execução de obras e serviços de construção e requalificação das

edificações dos novos boxes e edifício de apoio junto à reta principal do autódromo municipal

José Carlos Pace', objeto da Representação, formulada pelo cidadão VAGNER AUGUSTO

DEZUANI a esta Corte. O presente Certame encontra-se suspenso em razão de medida liminar

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determinada por este Relator, e devidamente referendada por este Pleno, na Sessão Ordinária de

19.11.2014. Na Representação questionava-se a adoção dos índices de liquidez corrente e índice

de liquidez geral, exigidos pela Origem como condição de participação no certame, sob a

alegação de que tais índices resultariam em restritividade à ampla participação. Na oportunidade,

segundo parecer da AJCE, não havia como avaliar, sem a manifestação da Origem, o mérito do

questionamento apresentado na inicial. Assim, dada a iminência da abertura do Certame,

determinei a suspensão cautelar do procedimento, com base no artigo 113, § 2º, da Lei Federal n.º

8.666/93, combinado com os artigos 19, incisos VII e VIII, da Lei Municipal n.º 9.167/80, e 101,

§ 1º, alínea "d", do Regimento Interno, assinalando o prazo de 10 (dez) dias para que a SPObras

apresentasse justificativas e esclarecimentos acerca dos questionamentos formulados na

Representação, adotando, também, as providências tendentes ao saneamento do Edital, se fosse o

caso. Após esta determinação, sobreveio a resposta da SPObras, fls. 63/85 do TC, com as

justificativas da área técnica daquela Entidade. Submetida a resposta a nova análise da AJCE,

esta opinou pelo acolhimento das justificativas apresentadas, uma vez que restou cabalmente

demonstrada a razão da escolha dos índices de liquidez exigidos no Edital, alínea "d" do Item

12.2.3, conforme parecer técnico de fls. 72/84. Diante do exposto, nos termos do art. Inciso XVII

do parágrafo único do artigo 31, do Regimento Interno deste Tribunal, submeto a este Pleno, para

referendo, a presente proposta de revogação da suspensão e a consequente autorização de

retomada do Edital do RDC Presencial nº 001/2014, da SPObras.' Afinal, o Egrégio Plenário, à

unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro Maurício Faria – Relator."

(Certidão – TC 4.733.14-83) Passou-se à Ordem do Dia. – JULGAMENTOS REALIZADOS –

PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE ROBERTO

BRAGUIM – 1) TC 2.032.13-47 – Secretaria Municipal de Cultura – SMC (Núcleo de

Fomentos Culturais – NFC) – Acompanhamento – Programa Municipal de Fomento à Dança

para a Cidade de São Paulo 15ª Edição/2013 – Verificar a regularidade do Edital de Chamamento

Público 02/2013/SMC-NFC, cujo objeto é selecionar projetos, apoiar a manutenção e

desenvolvimento de projetos de trabalho continuado em dança contemporânea, fortalecer e

difundir a produção artística da dança independente, garantir melhor acesso da população à dança

contemporânea e fortalecer ações que tenham o compromisso de promover a diversidade dos

bens culturais, nos termos do artigo 1º da Lei Municipal 14.071/2005, quanto aos aspectos da

legalidade, formalidade e mérito ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos

quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,

em conhecer do Edital de Chamamento 02/2013/SMC-NFC. Acordam, ademais, à unanimidade,

em determinar à Secretaria Municipal de Cultura – SMC (Núcleo de Fomentos Culturais – NFC)

que oriente as comissões de julgamento a motivarem adequadamente suas decisões. Acordam,

afinal, à unanimidade, em determinar o arquivamento dos autos, após as comunicações de praxe.

Relatório: Cuida-se do Acompanhamento do Edital de Chamamento Público n.º 02/2013/SMC-

NFC, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura – SMC, por intermédio do Núcleo de

Fomentos Culturais – NFC, tendo como objetivo, dentro do Programa Municipal de Fomento à

Dança para a Cidade de São Paulo – 15ª Edição/2013, instituído nos termos da Lei Municipal n.º

14.071/20051, selecionar projetos de dança contemporânea. A Coordenadoria VII, realizou seus

trabalhos iniciais, concluindo no sentido de que o Edital portava as seguintes irregularidades:

Infringência ao disposto nos incisos VII e X, do artigo 402, da Lei n.º 8.666/93, e suas posteriores

1 Institui o Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo e dá outras providências.

2 Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de

seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local,

dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e

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alterações, e ao artigo 153, da Lei Municipal n.º 14.071/2005, por incluir, no inciso IX, do

subitem 5.24, como critério de julgamento, o histórico artístico do candidato, condição essa não

prevista na egislação de regência, o que dificulta a participação dos projetos que mais prescindem

de recursos públicos; Ausência, no processo administrativo, das notas de reserva de empenho

referentes ao valor de R$ 2.518.050,50 (dois milhões, quinhentos e dezoito mil, cinquenta reais e

cinquenta centavos), previsto para o Programa mencionado, em afronta ao artigo 605 da Lei n.º

4.320/64; Falta da aprovação prévia do Edital pela Assessoria Jurídica competente, em

infringência ao disposto no parágrafo único, do artigo 386, da Lei n.º 8.666/93, e ao parágrafo 1º,

do artigo 3º7, do Decreto n.º 44.279/03. Considerou, ainda, recomendável que a Secretaria

mantenha atualizada sua página na Internet, promovendo a publicação dos instrumentos firmados,

conforme estabelece a Lei n.º 14.469/20078. Ouvida, a Assessoria Jurídica de Controle Externo

entendeu que os critérios previstos no artigo 15 da Lei n.º 14.071/2005, e os estabelecidos na

Cláusula 5.2 do Edital constituem, na verdade, o conteúdo e a forma de apresentação dos projetos

sem, no entanto, definir os critérios de avaliação que serão utilizados pela Comissão Julgadora,

concluindo, assim, que a falta desse critério pode comprometer o princípio do julgamento

indicará, obrigatoriamente, o seguinte: (...) VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros

objetivos; (...) X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de

preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a

preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; 3 Art. 15. A Comissão Julgadora terá como critérios para a seleção dos projetos: I - os objetivos estabelecidos no art.

1º desta lei; II - planos de ação continuada que não se restrinjam a um evento ou uma obra; III - a clareza e

qualidade das propostas apresentadas; IV - o interesse cultural; V - a compatibilidade e qualidade na relação entre

prazos, recursos e pessoas envolvidas no plano de trabalho; VI - a contrapartida social ou benefício à população,

conforme plano de trabalho; VII - o compromisso de temporada a preços populares, quando o projeto envolver

produção de espetáculos; VIII - a dificuldade de sustentação econômica do projeto no mercado. § 1º - É vedada a

participação de uma mesma pessoa em mais de um núcleo artístico ao mesmo tempo, mas um artista ou técnico pode

ser incluído em fichas técnicas de diferentes projetos. § 2º, 3º e 4º (VETADOS) § 5º - A Comissão poderá não

utilizar todo o orçamento do Programa se julgar que os projetos apresentados não têm méritos ou não atendem aos

objetivos desta lei. § 6º - A seleção de um mesmo proponente poderá ser renovada, uma vez o projeto concluído, a

cada nova inscrição, sempre que a Comissão julgar o projeto meritório e uma vez ouvida a Secretaria Municipal de

Cultura quanto ao andamento do projeto anterior. § 7º - A seu critério, a Comissão poderá solicitar esclarecimentos a

assessores técnicos para análise dos projetos e seus respectivos orçamentos. 4 5.2 - A Comissão Julgadora terá como critérios para a seleção dos projetos: I - os objetivos estabelecidos pelo

Programa expressos neste Edital; II - planos de ação continuada que não se restrinjam a um evento ou uma obra; III -

clareza e qualidade artística das propostas apresentadas; IV - interesse cultural; V - compatibilidade e qualidade em

relação a prazos, recursos e pessoas envolvidas no plano de trabalho; VI - contrapartida(s) artística(s) e/ou

educativa(s) e/ou social(ais) que sejam pertinentes às proposições do projeto; como, por exemplo, "work in progress"

(apresentação de processo), "workshops", oficinas, ateliês coreográficos, palestras, cursos, residências artísticas,

admissão de aprendizes em quaisquer dos ofícios envolvidos na realização do projeto (dançarinos, iluminadores,

produtores, ensaiadores), publicações impressas e/ou audiovisuais destinadas a acervos públicos, etc. VII - o

compromisso de temporada a preços populares, quando o projeto envolver a produção de espetáculos; VIII - a

dificuldade de sustentação econômica do projeto; IX - histórico artístico do grupo/núcleo artístico, que comprove a

continuidade da pesquisa proposta. 5 Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

6 Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente

autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso

próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente: Parágrafo único. As minutas de editais de licitação,

bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por

assessoria jurídica da Administração. 7 Art. 3º Instruído o processo conforme previsto no artigo 2º deste decreto, deverão ser elaboradas as minutas de

edital e de contrato. § 1º - As minutas, a que se refere o "caput" deste artigo, serão apreciadas pela área jurídica ou

deverão ter seguido os modelos padronizados, previamente aprovados. 8 Dispõe sobre a divulgação pela Internet de todos os convênios e instrumentos congêneres, com repasse de recursos

públicos, firmados com entidades credenciadas, conveniadas ou parceiras, e dá outras providências.

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objetivo, sendo certo ainda, que, nos termos do artigo 18 da Lei n.º 14.071/05, "... a Comissão

Julgadora é soberana e não caberá recursos das suas decisões" (sic). Ponderou, também, que não

obstante as peculiaridades que envolvem os projetos do Chamamento Público em causa, os

inscritos tem o direito de conhecer a forma de avaliação dos diversos requisitos exigidos para a

apresentação de seus projetos, e a Comissão Julgadora igualmente precisa motivar a sua decisão,

ainda que ela seja irrecorrível. Devidamente oficiada, a Secretaria encaminhou suas justificativas

acompanhadas da documentação faltante, que, analisadas, permitiram que a Auditoria revisse seu

posicionamento quanto à falta de parecer jurídico e aos recursos orçamentários, considerados tais

óbices superados, restando, porém, a questão do critério de julgamento. Nesse particular, a Pasta

aduziu que as características definidas no artigo 15 da Lei n.º 14.071/05 e no item 5.2 do Edital

constituem critérios de avaliação dos projetos e não dispositivos sobre o conteúdo e a forma de

sua apresentação. Aduziu que os projetos em causa tem características bastante peculiares, não

sendo possível estabelecer-se critérios matemáticos para a análise devida, o que tiraria da

Comissão de Seleção a prerrogativa de avaliar os projetos conforme sua natureza artística.

Assinalou que o parágrafo 2º do artigo 5º9 da Lei n.º 14.071/05 prevê que o núcleo artístico tenha

sede no Município pelo menos nos últimos 3 (três) anos. Esclareceu, por fim, que a divulgação

do Programa não se viu prejudicada, pois mantem página no Facebook e um blog, devidamente

atualizados. Tais argumentos não foram aceitos pela Coordenadoria VII, que manteve seu

posicionamento anterior. A Assessoria Jurídica de Controle Externo considerando que a falta de

critério objetivo para julgamento não foi justificada, manteve seu posicionamento pretérito, mas

considerando a informação da finalização do Procedimento e a ausência de qualquer

questionamento, propôs a relevação da falha, com proposta de determinação. A Procuradoria da

Fazenda Municipal, considerando os termos e os objetivos da Lei n.º 14.071/05 e as razões de

defesa apresentadas, opinou pelo acolhimento do Edital analisado, com relevação de eventuais

impropriedades. A Secretaria Geral orientou-se no sentido da irregularidade dos procedimentos

face à ausência de critérios objetivos para julgamento, acompanhando, todavia, as razões da

AJCE para, a critério dos Julgadores, ser relevada a falha. É o relatório. Voto: Como decorre da

instrução processual os questionamentos inicialmente apontados pelas Áreas Técnicas desta Casa

ficaram resumidos, após a intervenção da Pasta interessada, ao relacionado à eventual deficiência

no critério de julgamento previsto no Edital, mais especificamente no inciso IX do seu Subitem

5.2, que inclui o histórico do grupo como critério para a seleção dos projetos. Malgrado os

argumentos técnicos desenvolvidos ao longo da instrução, considero que o Projeto em pauta,

como bem salientou a própria Assessoria Jurídica de Controle Externo, relacionado a enfoques

culturais - veicula hipótese com características próprias e diferenciadas e como tal há de ser

julgado. Em primeiro lugar, reclama reflexão o próprio objetivo do Programa, instituído que foi

pela Lei n.º 14.071/05 com a finalidade de apoiar a manutenção e desenvolvimento de projetos de

trabalho continuado em dança contemporânea (grifos meus). Ainda é o próprio texto legal que

estabelece no seu artigo 15 os critérios que a Comissão Julgadora utilizará para seleção dos

eventos, figurando dentre eles "os planos de ação continuada que não se restrinjam a um evento

ou obra. E nessa trilha foi elaborado o Edital que ora se examina. Nesse âmbito bem andou a

PFM ao sublinhar em sua fala o caráter de continuidade de atividades reclamado pela lei

mencionada, valendo como reforço desse argumento o disposto no parágrafo 2º do seu artigo 5º

assim redigido: "Poderão participar dos projetos núcleos artísticos com sede profissional na

cidade de São Paulo nos últimos 3 (três) anos". De ser ponderado, de outra parte, que o Edital não

9 Art. 5º Para efeitos desta lei, entende-se como núcleo artístico apenas os artistas e técnicos que se responsabilizem

pela fundamentação e execução do projeto, constituindo uma base organizativa com caráter de continuidade. (...) § 2º

- Poderão participar dos projetos núcleos artísticos com sede profissional na cidade de São Paulo nos últimos 3 (três)

anos.

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engessa a Comissão Julgadora a um único critério selecionador, prevendo, ao revés, enumeração

significativa, o que, por si só, afastaria eventual sombra de restrição. Por esses motivos, afasto-

me das conclusões das Áreas Técnicas, para, considerando os argumentos desenvolvidos pela

PFM e a ausência de impugnação no curso da seleção, conhecer sem qualquer apontamento do

Edital de Chamamento n.º 02/2013/SMC-NFC. Determino, porém, que a Secretaria oriente as

Comissões de julgamento a motivarem adequadamente suas decisões. Após as comunicações de

praxe, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio –

Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de

dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC

1.396.13-28 – JCN Soluções Ltda. – EPP– Secretaria Municipal de Educação – SME (Diretoria

Regional de Educação São Mateus) – Representação em face do Edital do Pregão Eletrônico

01/DRE-SM/2013, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para prestação de

serviço de transporte com veículos, com motorista e combustível, de quilometragem livre

(Tramita em conjunto com o TC 1.412.13-82) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes

autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal

de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros Roberto

Braguim – Relator, com relatório e voto, João Antonio – Revisor, Maurício Faria, consoante voto

apresentado em separado, e Domingos Dissei, em conhecer da representação, porque preenchidos

os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, em dar por prejudicado o julgamento, em face do

perecimento do objeto. Acordam, ademais, à unanimidade, considerando a notícia de

subsequentes contratações efetivadas sob o fundamento da emergência, em determinar à

Subsecretaria de Fiscalização e Controle deste Tribunal que instaure procedimentos autônomos

para analisá-las, bem como que analise contratação subsequente feita por licitação, nos termos

propostos pelo Conselheiro Maurício Faria. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, de

conformidade com o artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, o envio de cópia do presente

Acórdão à representante e à representada, bem como o posterior arquivamento dos autos.

Relatório e voto englobados: v. TC 1.412.13-82. Participaram do julgamento os Conselheiros

João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da

Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator."

3) TC 1.412.13-82 – Argus Transportes e Locação de Veículos Ltda. – EPP – Secretaria

Municipal de Educação – SME (Diretoria Regional de Educação São Mateus) – Representação

em face do Edital do Pregão Eletrônico 01/DRE-SM/2013, cujo objeto é a contratação de

empresa especializada para prestação de serviço de transporte com veículos, com motorista e

combustível, de quilometragem livre (Tramita em conjunto com o TC 1.396.13-28)

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Relator, com relatório e voto,

João Antonio – Revisor, Maurício Faria, consoante voto apresentado em separado, e Domingos

Dissei, em conhecer da representação, porque preenchidos os requisitos de admissibilidade, e, no

mérito, em dar por prejudicado o julgamento, em face do perecimento do objeto. Acordam,

ademais, à unanimidade, considerando a notícia de subsequentes contratações efetivadas sob o

fundamento da emergência, em determinar à Subsecretaria de Fiscalização e Controle deste

Tribunal que instaure procedimentos autônomos para analisá-las, bem como que analise

contratação subsequente feita por licitação, nos termos propostos pelo Conselheiro Maurício

Faria. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, de conformidade com o artigo 58 do

Regimento Interno desta Corte, o envio de cópia do presente Acórdão à representante e à

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representada, bem como o posterior arquivamento dos autos. Relatório englobado: Trata-se do

exame de Representações opostas por JCN Soluções Ltda. e Argus Transporte e Locação de

Veículos Ltda. contra o Edital do Pregão Eletrônico n. º. 01/DRE-SM/2013, promovido pela

Diretoria Regional de Educação São Mateus, tendo por objeto a contratação de empresa

especializada para prestação de serviço de transporte com veículos, motorista e combustível, de

quilometragem livre. Alegam as Representantes, em essência, que o Certame combatido não

comporta a participação de cooperativas, visto que a execução dos serviços a serem contratados

implicariam relação de subordinação e dependência, em afronta ao disposto na Lei Federal nº

12.690/2012 e no Decreto Municipal nº 52.091/2011. A Assessoria Jurídica de Controle Externo

– AJCE, em primeira manifestação, entendeu que as Representações poderiam ser conhecidas,

posto que preenchidos os requisitos de admissibilidade, e, quanto a mérito, poderiam ser

acolhidas, pois os serviços licitados seriam incompatíveis com a natureza jurídica das

cooperativas. Além disso, pontuou que a possibilidade de comprovação da posse dos veículos por

meio de locação e cessão de veículos, previstas no subitem 12.2.6 do Edital, seria incompatível

com a natureza do objeto do Certame, posto que permitir a locação ou cessão do veículo seria o

mesmo que, nas palavras da AJCE, "quarteirizar" o próprio objeto da licitação ou permitir a

subcontratação da atividade fim do contrato. Calcado nessa manifestação, determinei a suspensão

do Pregão em apreço, nos termos do Despacho publicado no Diário Oficial da Cidade, de 3 de

maio de 2013, pág. 72, ato referendado por este Colegiado, na Sessão 2.673. Provocada a se

manifestar a respeito, a Administração comunicou a adoção de providências visando a modificar

o Edital nos moldes das razões ofertadas por meio das Representações, e corroboradas pela

Assessoria Jurídica de Controle Externo. Aquela Assessoria, como se denota da leitura do

consistente parecer acerca da matéria, da lavra do Doutor Ricardo Panato, na qualidade de

Assessor Subchefe de Controle Externo Substituto, ratificou o posicionamento anteriormente

firmado, opinando no sentido da possibilidade de retomada do Certame desde que efetivamente

introduzidas as alterações a que a Diretoria Regional de Educação - São Mateus se propôs.

Manifestando-se a respeito, a Diretoria Regional de Educação - São Mateus reviu seu

entendimento anterior e defendeu a lisura do Instrumento Convocatório em sua redação original,

vez que os serviços licitados não se enquadrariam dentre aqueles que não poderiam ser prestados

por cooperativas, nos termos do parágrafo 2º do artigo 1º do Decreto nº 52.091/201110

, além de

não evidenciada a relação de subordinação dos futuros prestadores de serviço com a

Administração. Requereu, na mesma oportunidade, a liberação da retomada da Licitação. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo rejeitou tais argumentos, posto que inconsistentes, fato

que me levou a manter a suspensão do Certame, nos termos do Despacho publicado no Diário

Oficial da Cidade de 13 de junho de 2013. A Procuradoria da Fazenda Municipal propôs, na

sequência, que fosse oficiada a Secretaria Municipal de Educação, vez que a posição defendida

pela DRE São Mateus estaria em desacordo com aquela preconizada pela Administração.

Entretanto, a DRE São Mateus encaminhou nova versão do Edital, a qual foi submetida

"incontinenti" ao Órgão Fazendário, que constatou que a Administração introduziu na peça de

chamamento as adequações propostas por esta Corte. Em continuidade à instrução, a Assessoria

Jurídica de Controle Externo propôs que a Secretaria Municipal de Educação fosse instada a se

pronunciar, nos moldes sugeridos pela Procuradoria da Fazenda Municipal, em que pese o teor do

10

Art. 1º. Fica vedada a participação de cooperativa de mão de obra nas licitações promovidas pela Administração

Direta e Indireta do Município de São Paulo e/ou sua contratação, ainda que o objeto licitado ou contratado se

enquadre na atividade direta e específica para a qual foi constituída, para a prestação de serviços ligados às suas

atividades-meio, quando o trabalho a ser executado, por sua natureza, demandar execução em estado de

subordinação e dependência, quer em relação ao fornecedor, quer em relação ao Município. (...) § 2º - Para os fins do

disposto no "caput" deste artigo, não são passíveis de execução por meio de cooperativas, dentre outros, os seguintes

serviços

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pronunciamento desta última. Oficiada, a SME esclareceu, de um lado, que o entendimento sobre

a participação de cooperativas ainda não estava uniformizado no âmbito da Administração, e

requereu, de outro lado, que fosse autorizado o prosseguimento do Pregão nos moldes do Edital

originalmente publicado, o qual não estaria maculado por ilegalidade. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo, mais uma vez manifestando-se sobre a matéria, concluiu que o aduzido pela

SME não teria o condão de alterar as conclusões anteriormente alcançadas. A SME acabou por

enviar a este Tribunal nova versão do instrumento convocatório, que foi submetido ao exame da

Assessoria Jurídica de Controle Externo. Essa Assessoria, analisando o material enviado,

constatou que fora suprimida a disposição editalícia relativa à comprovação de posse do veículo

mediante locação ou cessão e, quanto à possibilidade de participação de cooperativas, a SME

afirmou, sob sua exclusiva responsabilidade, que na contratação almejada não existiriam

elementos que configurassem o estado de subordinação, pessoalidade e habitualidade, não

havendo mais, portanto, motivos impeditivos para o prosseguimento do Certame; ademais, foi

vedada a participação de cooperativas na licitação, nos termos do Subitem 4.3 do Instrumento

Convocatório. Amparado nessas conclusões, autorizei a retomada do Certame, nos moldes do

Despacho publicado em 17 de dezembro de 2013, na pág. 192 do Diário Oficial da Cidade.

Ouvida pela derradeira vez, a Procuradoria da Fazenda Municipal manifestou-se, em face das

alterações introduzidas pela DRE – São Mateus e dos esclarecimentos prestados, que as

Representações estariam prejudicadas, pela perda do objeto, no que foi acompanhada pela

Secretaria Geral, no fechamento da instrução dos feitos. É o relatório. Voto englobado: Como se

depreende do antes relatado, a Diretoria Regional de Educação São Mateus, após alguma

relutância, acabou por efetivar as alterações necessárias no Instrumento Convocatório

impugnado, de modo a possibilitar a retomada do Certame por ele regrado. Afora esse ponto,

aferiu-se que a DRE São Mateus também operou o ajuste na peça de chamamento no que

concerne à exigência de comprovação de posse do veículo mediante locação ou cessão, pela mera

supressão da disposição editalícia, em que pese o fato desse questionamento não ter partido das

Representantes, mas sim da Assessoria Jurídica de Controle Externo, que, "in casu", houve por

bem desbordar do cerne das denúncias sob julgamento. Desse modo, conheço das Representações

em foco, porque preenchidos os requisitos de admissibilidade e, no mérito, calcado nas

manifestações derradeiras da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Procuradoria da

Fazenda Municipal, e no pronunciamento da Secretaria Geral, dou por prejudicado o julgamento

do mérito de ambos os autos, em face do perecimento dos respectivos objetos. Considerando de

outro lado a notícia de subsequentes contratações efetivadas sob o fundamento da emergência,

determino que SFC instaure procedimento autônomo para analisá-las. Após e feitas as

comunicações pertinentes, arquivem-se os feitos sob análise. Voto em separado englobado

proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: À vista dos elementos contidos nos autos e

considerando as manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral,

voto pelo conhecimento e perda superveniente do objeto das Representações, tendo em vista a

adequação da nova versão do Edital de Pregão Eletrônico n. 01/DRE-SM/2013, devidamente

publicado. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson

Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." Neste momento, o Conselheiro Maurício

Faria assumiu a direção dos trabalhos, uma vez que o Conselheiro Presidente Edson Simões

ausentou-se interinamente. Prosseguindo, o Presidente em exercício devolveu a palavra ao

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, que continuou a relatar os processos de sua pauta.

4) TC 1.387.04-46 – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e Interativa Service Ltda. – TAs

021/04 R$ 3.270.935,76 (prorrogação de prazo e reajuste de preço), 16/2005 (alteração de

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dotação), 70/2005 R$ 3.487.471,68 (prorrogação de prazo e reajuste de preço), 81/2005 R$

118.112,62 (revisão do preço global mensal), 28/2006 (alteração de dotação para as despesas de

2006), 83/2006 R$ 1.239.687,76 (prorrogação de prazo e reajuste de preço), 105/2006 R$

3.123.800,20 (prorrogação de prazo e reajuste de preço), Termo de Retirratificação 001/2007

(alteração do parágrafo único da cláusula segunda do TA 105/2006), TA 51/2007 R$

3.020.363,03 (prorrogação de prazo e reajuste de preços), Termo de Retirratificação 01/2008 R$

39.691,60 (o reajuste de 5,488% incidirá sobre o valor do ajuste a partir de 18/8/2007), TAs

26/2008 (o preâmbulo do ajuste passa a viger com redação fundamentada na Lei Municipal nº

14.669/2008 para alteração da dotação orçamentária), 191/2008 R$ 12.494,05 (inclusão da

limpeza da sede da Coordenadoria Hospitalar Regional Leste), 222/2008 R$ 1.050.942,54

(prorrogação de prazo em caráter excepcional por 3 meses e reajuste de preço) e 280/2008 (red.

de R$ 18.324,61 – exclusão da sede da Coordenadoria Hospitalar Regional Leste a partir de

4/10/2008), referentes ao Contrato 32/2003, no valor de R$ 3.108.007,80, julgado em 22/3/2006

– Serviços técnicos especializados de limpeza, asseio dedetização, descupinização, desinfecção,

desinsetização, desratização, jardinagem e conservação das Unidades da Autarquia ACÓRDÃO:

"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares os Termos Aditivos

16/2005, 81/2005, 28/2006, 26/2008, 191/2008 e com a relevação das falhas os de números

21/2004, 70/2005, 83/2006, 51/2007, 222/2008 e 105/2006. Acordam, ademais, à unanimidade,

em julgar irregular o Termo Aditivo 280/2008, pela incorreção no cálculo da redução do valor

contratual em função da exclusão da sede da Coordenadoria, que resultou em diferença de R$

1.233,32 (mil, duzentos e trinta e três reais e trinta e dois centavos) mensais. Acordam, ainda, à

unanimidade, em julgar irregulares os Termos de Retirratificação 01/2007 e 01/2008, pela

ausência do despacho autorizatório, em afronta ao artigo 49 do Decreto Municipal 44.279/03,

bem como, quanto ao Termo 01/2008, pela emissão da Nota de Empenho posteriormente ao

início da sua vigência, em afronta ao estabelecido no artigo 61 da Lei Federal 4.320/64 e no

Decreto Municipal 23.639/87. Acordam, afinal, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros

decorrentes do Termo Aditivo 280/2008 e do Termo de Retirratificação 01/2008, em razão do

tempo decorrido, sendo que do Termo 01/2007 não decorreu qualquer implicação econômica.

Relatório: Em julgamento Termos firmados entre a Autarquia Hospitalar Municipal Regional do

Jabaquara (atual Autarquia Hospitalar Municipal), e Interativa Service Ltda., aditados ao

Contrato n.º 32/2003, e assim enunciados: n.ºs 21/2004; 70/2005; 83 e 105, ambos de 2006;

51/2007 e 222/2008, todos destinados à prorrogação de prazo e reajustamento de preços; n.º

16/2005, objetivando alterar a dotação orçamentária; n.º 81/2005, lavrado para manter o

equilíbrio econômico-financeiro do Contrato; 28/2006, formalizado para informar a dotação

orçamentária que suportaria a despesa naquele exercício; 26/2008 destinado a alterar redação do

preâmbulo do ajuste; 191/2008, firmado para incluir no Contrato a limpeza da sede da

Coordenadoria Hospitalar Regional Leste; e 280/2008 excluindo do Contrato a sede daquela

Coordenadoria, a partir de 4 de outubro de 2008. Analisam-se, também, os Termos de

Retirratificação nºs 1/2007, que alterou a redação do parágrafo único da Cláusula Segunda do

Termo n.º 105/2006, para fazer constar que a contratada prestará serviços por produtividade,

desde que a incorporação de novas tecnologias e a redução do número de funcionários não

prejudiquem a qualidade dos serviços prestados, e 1/2008, que modificou a Cláusula Primeira do

Contrato para constar que o reajustamento de 5,488% (cinco inteiros, quatrocentos e oitenta e

oito milésimos por cento) incidiria a partir de 18 de agosto de 2007. Informo, por oportuno, que a

Concorrência n.º 4/2003 e o Contrato n.º 32/2003, dela decorrente, já mereceram acolhimento por

parte do Pleno, conforme Acórdão datado de 22 de março de 2006. Na devida instrução, a

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Subsecretaria de Fiscalização e Controle analisou os Instrumentos opinando da seguinte forma: 1)

Pela regularidade dos Aditivos nºs 16 e 81, ambos de 2005; 28/2006; 26 e 191, estes de 2008; 2)

Pela regularidade, com ressalvas, dos Termos nºs 21/2004, 70/2005, 83/2006, 51/2007 e

222/2008, por infringência ao Decreto n.º 25.236/8711

, uma vez que incorretos os reajustes de

preços aplicados; 3) Pela irregularidade: I) dos Termos - a) n.º 105/2006, uma vez que a emissão

do despacho autorizatório se deu em 21 de dezembro, posteriormente ao início da vigência do

ajuste, ocorrido em 18 de dezembro, e da Nota de Empenho emitida em 16 de dezembro, em

afronta ao disposto no artigo 60 da Lei Federal n.º 4.320/6412

; b) n.º 280/2008 pela incorreção no

cálculo da redução do valor contratual em função da exclusão da sede da Coordenadoria, que

resultou em diferença de R$ 1.233,32 (mil, duzentos e trinta e três reais e trinta e dois centavos)

mensais; II) Dos Termos de Retirratificação nºs 1/2007 e 1/2008, pela ausência do despacho

autorizatório, em afronta ao artigo 49 da Lei n.º 44.279/0313

e pelo atraso na publicação,

contrariamente ao disposto no artigo 26, da Lei n.º 13.278/0214.

Quanto ao Termo n.º 1/2008 foi

apontada, ainda, a emissão da Nota de Empenho posteriormente ao início da sua vigência, em

afronta ao estabelecido no artigo 61 da Lei Federal n.º 4.320/6415

ao Decreto Municipal n.º

23.639/8716.

Na sequência, determinei a expedição de Ofício à Autarquia, para que ela se

manifestasse acerca das conclusões alcançadas pela área técnica. Em seu prol, a Oficiada

argumentou, em resumo, que: 1. Quanto à incorreção dos cálculos de reajustamento,

considerando que as análises foram efetuadas com o prazo contratual já expirado, seria

conveniente que se levasse em conta todo período do contrato; 2. As restrições orçamentárias

deram causa à edição de sucessivos Termos Aditivos, pelos quais a vigência do Ajuste foi

prorrogada por curtíssimos períodos; 3. Se exige a prévia autorização apenas nos Aditamentos,

sendo desnecessária nas Retirratificações; 4. A emissão da Nota de Empenho de n.º 302/2008 não

poderia ter ocorrido em data anterior, pois ainda não havia sido “aberto” o sistema que permitia

tal providência em razão da publicação do Decreto Orçamentário; 5. Da comparação dos

reajustes concedidos em relação ao valor da exclusão, pelo período do contrato, se concluiu pela

inexistência de prejuízo ao Erário. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle analisou os

argumentos apresentados, concluindo que a publicação extemporânea dos Instrumentos pode ser

relevada, haja vista decisões deste Tribunal alcançadas, por exemplo, nos TCs n.º

72.000.233.05.18 e 72.003.561.02.50, mas que a Nota de Empenho questionada na análise inicial

é a de n.º 1.443/2007, e não a de n.º 302/2008 referenciada na defesa apresentada. Finalizou

apontando que relativamente aos cálculos dos reajustes, não ocorreu prejuízo ao Erário, uma vez

que eles atingiram os interesses da Contratada. Em que pese essas ponderações, manteve suas

anteriores conclusões, com a relevação da publicação a destempo. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo, a seu turno, acompanhou as conclusão da SFC, exceto quanto aos Termos de

Aditamento nºs 70/2005 e 105/2006, para os quais propõe o acolhimento em caráter excepcional.

Argumenta, em abono à sua tese, que, apesar das irregularidades cometidas, os dois atos foram

assinados pelo Superintendente da Autarquia. Quanto aos Termos de Retirrati analisados e ao

Aditivo n.º 280/2008, sugere, na voz da Chefia, a aceitação dos efeitos financeiros em prol da

11

Estabelece normas de reajustamento de preços de obras e serviços contratados pela Administração Direta e pelas

Autarquias, e dá outras providências. 12

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 13

Art. 49. As alterações contratuais deverão ser previamente justificadas por escrito e autorizadas por autoridade

competente, devendo ser formalizadas por termo de aditamento. 14

Art. 26. O termo de contrato e seus aditamentos deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no Diário

Oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura. 15

Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do

credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. 16

Dispõe sobre o empenho para realização da despesa, e dá outras providências.

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estabilidade das relações e em respeito ao princípio da segurança jurídica. De sua parte, a

Procuradoria da Fazenda Municipal opinou pelo acolhimento dos Aditamentos em julgamento e,

quanto aos Aditivos nºs 70/2005 e 105/2006, propõe seu acolhimento em caráter excepcional. Por

fim, acompanhou a AJCE quanto à aceitação dos efeitos econômicos dos Termos de

Retirratificação e do Aditivo n.º 280/2008. A Secretaria Geral seguiu a manifestação da

Assessoria Jurídica de Controle Externo. Antes de encerrar a instrução processual, determinei a

identificação dos responsáveis pelas irregularidades apontadas em cada um dos instrumentos

analisados, para a devida intimação. Vieram, então, aos autos, as defesas apresentadas por

Aloísio Punhagui Cuginotti, Márcio Joel Estevam, Rubens Teodoro Szynkier, Paulo Kron

Psanquevich e José Maria da Costa Orlando, nas quais alegam, em síntese, que: 1) No Termo n.º

21/04, não houve aplicação de reajuste e não ocorreram questionamentos por parte da Contratada

ou prejuízo para o Erário e, nos demais casos, sucedeu a aplicação de índice incorreto que, no

final, mostrou-se favorável à Administração. 2) O despacho de autorização, para lavratura do

Termo n.º 70/05 assim como a Nota de Empenho foram assinados pelo Superintendente da

Autarquia. 3) As restrições orçamentárias deram causa a sucessivos Aditamentos, por meio dos

quais a vigência do Ajuste foi prorrogada por curtíssimos períodos. 4) O artigo legal invocado

exige que os Aditamentos contem com prévia autorização, mas não dispõe sobre

Retirratificações. 5) A Nota de Empenho n.º 1443/2007 não se destinava a suportar o novo

período de contratação, - para o qual já havia sido emitida a Nota de Empenho n.º 1197/2007 -,

mas para dar suporte ao reajuste concedido. 6) Não houve prejuízo ao Erário pela não aplicação

do índice de reajustamento no Aditamento n.º 280/2008, visto que tal equívoco não desfavoreceu

a Fazenda Pública. Esses argumentos todos não se mostraram suficientes para alterar as

conclusões anteriormente alcançadas nos autos, razão pela qual a SFC, a AJCE e a Secretaria

Geral mantiveram suas posições. A Procuradoria da Fazenda Municipal ratificou sua posição

pelo acolhimento dos Ajustes. É o relatório. Voto: Os apontamentos pela irregularidade

concentraram-se, após as justificativas e no final da instrução, em 4 Termos, a saber: Termos de

nºs 105/2006 e 280/2008 e Termos de Retirratificação nºs 1/2007 e 1/2008. No que tange ao

primeiro desses Ajustes, inclino-me pela sua aceitação excepcional, considerando o exíguo lapso

de tempo que decorreu entre sua formalização e o despacho autorizatório, sobressaindo ademais

que os atos correspondentes foram firmados pela mesma autoridade, não havendo indício de

prejuízo ao Erário, havendo ao revés redução no preço contratado. Acresce, ainda, que a

Autarquia ressaltou a situação orçamentária por ela enfrentada à época, dando azo a prorrogações

contratuais sucessivas e por prazos curtos, o que dificultava o encaminhamento a tempo das

providências devidas. Quanto aos demais instrumentos, empresto as conclusões alcançadas pela

Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria Geral, para considerar não

significativos os argumentos apresentados nas peças de defesa. Dessa forma, julgo regulares os

TAs de nºs 16/2005, 81/2005, 28/2006, 26/2008, 191/2008 e com a relevação das falhas os de

nºs. 21/2004, 70/2005, 83/2006, 51/2007, 222/2008 e 105/2006. Dou pela irregularidade do

Termo Aditivo n.º 280/2008 e do Termo de Retirratificação n.º 1/2008, com aceitação dos efeitos

financeiros, decorrentes em razão do tempo decorrido, e igualmente do Termo de Retirratificação

n.º 1/2007, do qual não decorreu qualquer implicação econômica. Participaram do julgamento os

Conselheiros João Antonio – Revisor e Domingos Dissei. Ausente temporariamente o

Conselheiro Presidente Edson Simões. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia

Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de

2014. a) Maurício Faria – Conselheiro no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim –

Relator." 5) TC 1.751.11-06 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo

Singular de 12/7/2012 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde –

SMS e Antonio Carlos Madeira de Arruda – Prestação de contas de adiantamento bancário –

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maio/2002 (R$ 25.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau

de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, em conhecer do recurso "ex officio" porque à espécie se aplica o disposto no

artigo 137, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, demandando o reexame

necessário da matéria. Acordam, ademais, à unanimidade, no mérito, em negar-lhe provimento,

por não haver nos autos elementos capazes de alterar a R. Decisão, que deve, assim, ser mantida,

bem como em conhecer do recolhimento da multa imposta ao Responsável, o que dá nesta parte

cumprimento à R. Decisão. Relatório: Examina-se Recurso "ex officio" cabível por força do

disposto no artigo 137, parágrafo único, do Regimento Interno deste Tribunal, alcançando a r.

decisão prolatada pelo Conselheiro Mauricio Faria que, em sede de Juízo Singular, aprovou

parcialmente a prestação de contas na importância de R$24.445,00 (vinte e quatro mil,

quatrocentos e quarenta e cinco reais), e deu pela irregularidade da outra parte, sem imputação de

débito, no valor R$ 555,00 (quinhentos e cinquenta e cinco reais) pela aquisição de materiais

considerados permanentes, sem a apresentação das respectivas Notas de Incorporação de Bens

Patrimoniais Móveis, infringindo o disposto no artigo 3°, § 3°, inciso III do Decreto Municipal n°

40.533/01 e no subitem 4.1, letra "n" da Portaria SF n° 32/01, vigentes à época. Referida decisão

apontou recomendações e cominou pena de multa ao responsável, no valor de R$ 200,00

(duzentos reais), pela falta de cumprimento do dever funcional. Devidamente intimados da

Decisão, a Secretaria Municipal da Saúde e Antonio Carlos Madeira de Arruda deixaram

transcorrer "in albis" o prazo para interposição de Recurso, sendo certo que o Servidor fez juntar,

à fl. 61 dos autos, guia de recolhimento da multa aplicada. Na devida instrução, a Assessoria

Jurídica de Controle Externo apontou que o recolhimento da multa pelo servidor deu

cumprimento à r. Decisão, enquanto o Assessor Subchefe de Controle Externo orientou-se pelo

conhecimento do Recurso Oficial e, no mérito, pelo seu não provimento, mantendo-se na íntegra

a r. decisão em tela. A Procuradoria da Fazenda Municipal, ciente do processado, requereu o

conhecimento e provimento do Recurso em exame. Por fim, a Secretaria Geral, na esteira da

manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo, manifestou-se pelo conhecimento do

Recurso "ex officio" e, no mérito, pelo seu não provimento. É o relatório. Voto: Conheço do

Recurso "ex officio" porque à espécie se aplica o disposto no artigo 137, parágrafo único, do

Regimento Interno, demandando o reexame necessário da matéria. No mérito, porém, NEGO-

LHE PROVIMENTO, por não haver nos autos elementos capazes de alterar a decisão, que deve,

assim, ser mantida. Conheço, de outra parte, do recolhimento da multa imposta ao Responsável, o

que dá nesta parte cumprimento à r. Decisão. É como voto. Participaram do julgamento os

Conselheiros João Antonio – Revisor e Domingos Dissei. Ausente temporariamente o

Conselheiro Presidente Edson Simões. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia

Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de

2014. a) Maurício Faria – Conselheiro no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim –

Relator." 6) TC 2.895.09-47 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo

Singular de 11/12/2012 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Hospital do Servidor Público

Municipal – HSPM e Fernanda Júlio Barbosa Campos – Prestação de contas de adiantamento

bancário – janeiro/2007 (R$ 8.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos,

ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade

com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso "ex officio" porque à espécie se aplica

o disposto no artigo 137, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, demandando o

reexame necessário da matéria. Acordam, ademais, à unanimidade, no mérito, em negar-lhe

provimento, mantendo-se, na íntegra, a R. Decisão recorrida. Relatório: Trata-se da análise de

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Recurso "ex officio" cabível por força do disposto no artigo 137, parágrafo único, do Regimento

Interno deste Tribunal, alcançando a r. decisão prolatada pelo Conselheiro Maurício Faria que,

em sede de Juízo Singular, aprovou parcialmente a prestação de contas na importância de R$

7.850,00 (sete mil, oitocentos e cinquenta reais), e deu pela irregularidade da outra parte, sem

imputação de débito, no valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) relativa ao pagamento de

contribuição ao Programa C.Q.H. da Sociedade Médica Paulista que, por se tratar de despesa que

se subordina ao processo normal de aplicação, não se enquadra no regime de adiantamento,

contrariando o artigo 1° da Lei n° 10.513/88. Ainda e com base na Instrução 03/11 desta Corte,

não foi determinado o recolhimento, aos cofres públicos, do valor glosado, dando-se quitação

integral à Responsável, com apontamento de determinação. Devidamente intimados da Decisão, a

Sra. Fernanda Júlio Barbosa Campos e o Hospital do Servidor Público Municipal deixaram

transcorrer "in albis" o prazo para interposição de Recurso. Na devida instrução, a Assessoria

Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento do Recurso "ex

officio" e, no mérito, pelo improvimento, enquanto a Procuradoria da Fazenda Municipal também

orientando-se pelo conhecimento, pugnou pelo seu provimento, para que a r. Decisão seja

reformada, acolhendo-se, integralmente, as contas. É o relatório. Voto: Conheço do Recurso "ex

officio" porque à espécie se aplica o disposto no artigo 137, parágrafo único, do Regimento

Interno, demandando o reexame necessário da matéria. No mérito, na esteira das conclusões das

áreas técnicas desta Casa, NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo-se, assim, na íntegra, a r.

Decisão recorrida. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor e

Domingos Dissei. Ausente temporariamente o Conselheiro Presidente Edson Simões. Presente a

Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Maurício Faria – Conselheiro no

exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." Na sequência, retornando ao Egrégio

Plenário, o Conselheiro Presidente Edson Simões reassumiu a direção do trabalhos. 7) TC

5.287.96-61 – Recurso de Vanderlei D'Angelo interposto contra o V. Acórdão de 7/10/1998 –

Relator Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Apetece

Sistemas de Alimentação Ltda. – Contrato 001/96-DS-61-ARS-6-SMS (R$ 487.725,00 est.) –

Prestação de serviços de fornecimento de refeições para funcionários, pacientes e acompanhantes

do Hospital Municipal Tide Setúbal, Hospital DIA e CIPS, pertencentes ao Distrito de São

Miguel Paulista, englobando sua preparação, acondicionamento e transporte aos locais

estabelecidos ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso,

dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do

Relator, em conhecer do recurso interposto, uma vez preenchidos os pressupostos de

admissibilidade aplicáveis. Considerando que a discussão perdeu muito do seu vigor em

decorrência do largo interstício a mediar a apresentação da irresignação e seu julgamento;

Considerando que a falha apontada na instrução que deu azo à aplicação da penalidade merece

ser relevada, uma vez que, mesmo a destempo, o contrato foi submetido a esta Casa, que

reconheceu caracterizada a emergência; Considerando que o recorrente não se encontrava mais

funcionalmente vinculado à Contratante por ocasião da celebração do ajuste, Acordam, ainda, à

unanimidade, no mérito, em dar provimento ao recurso, a fim de reformar a decisão guerreada

para afastar a pena de multa imposta. Relatório: Parece-me de todo indispensável iniciar o

preâmbulo do meu relatório para, desde logo, deixar consignada minha estranheza, que alio a

minha preocupação, com o fato de o presente processo ter permanecido ancorado em SG por

mais de 15 anos, sem qualquer apontamento que pudesse eventualmente justificar tão

significativo lapso. A natureza do objeto tratado, qual seja recurso ordinário pelo qual se busca o

afastamento da pena de multa, poderia aos olhos de muitos apresentar-se vestida de simplicidade,

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desprovida de significado maior. Esse não é, no entanto, o panorama que se apresenta ao

Recorrente, que permaneceu intranquilo ao largo do tempo, no aguardo da decisão que lhe é

legalmente assegurada. Com tal enquadramento quero deixar esses registros no intuito de que

seja evitada a repetição de fatos reprováveis como o descrito, assinalando, por fim, que louvo a

conduta do Dr. Rodrigo Pupim A. de Oliveira, que vem se dedicando desde sua assunção ao

cargo de Secretário Geral a sanar as falhas por ele enfrentadas. Passo, na sequência, a relatar

efetivamente os autos. Versa o presente, nesta fase processual, de Recurso Voluntário interposto

por Vanderlei D'Angelo, contra o v. Acórdão de fl. 205, prolatado em 07 de outubro de 1998,

que, à unanimidade, acolheu o Contrato n.º 001/96-ARS, ajustado por emergência com

fundamento no inciso IV do artigo 64 da Lei Municipal n.º 10.544/88, e no inciso IV do artigo 24

da Lei Federal n.º 8.666/9317

, com Apetece Sistemas de Alimentação Ltda., para fornecimento de

refeições a pacientes e funcionários do Hospital Municipal Tide Setubal, Ambulatório Tito Lopes

da Silva, Centro Infantil de Proteção à Saúde-CIPS e Hospital Dia. Pela mesma decisão foi

acolhido o Termo Aditivo n.º 19/97, decorrente daquele Ajuste. Ainda, à unanimidade, pelo v.

Acórdão foi aplicada ao ordenador da despesa a multa de 200 UFIR's, com fundamento no artigo

52, inciso II, da Lei Municipal n.º 9.167/80, combinado com o artigo 133 do Regimento Interno

desta Corte de Contas, pelo não atendimento do prazo estabelecido no parágrafo 2º, do artigo 66,

da Lei Municipal n.º 10.544/88, vigente à época. Em suas razões datadas de 16 de novembro de

1998, o Recorrente alegou, em síntese, que o prazo para remessa dos Ajustes a esta Casa deveria

ter sido cumprido pela Secretaria, posto que ele ficou na dependência da ratificação pelo

Secretário do despacho de autorização, o que só ocorreu cerca de um mês depois do

encaminhamento do Contrato à Pasta. Ressaltou os entraves burocráticos enfrentados à época,

que o obrigou, como Diretor da unidade, a providenciar a formalização do contrato por

emergência, sob pena de ocasionar graves e irreparáveis prejuízos a pacientes e funcionários.

Aduziu que não lhe cabe culpa pois foi o responsável pela iniciação do procedimento da despesa

sendo certo, porém, que a demora na ratificação do Ajuste, fez com que sobreviesse a transição

do antigo sistema para o PAS, não lhe competindo, portanto, a prática de qualquer ato, mesmo

porque se encontrava licenciado para participar da Cooperativa de Profissionais da Saúde de

Nível Superior Cooperpas-6. Requereu, por fim, a reforma da decisão, com o afastamento da

multa. Em 1º/12/1998, os autos seguiram para a Assessoria Jurídica de Controle Externo, que

concluiu que não assiste razão ao Recorrente eis que o dispositivo legal que deu suporte à

apenação é bastante claro, firmando que a comunicação do fato ao Tribunal deverá ocorrer no

prazo de 8 dias úteis a partir da celebração do Contrato. A Assessora Subchefe e o Assessor

Chefe, à época, endossaram o parecer da Assessora, acrescentando que o zelo pela remessa, em

tempo hábil, dos documentos referentes ao Ajuste era da competência do ordenador da despesa,

por disposição legal. Propuseram, portanto, o conhecimento do Recurso interposto, por

tempestivo, mas, no mérito pelo seu improvimento. A Procuradoria da Fazenda Municipal opinou

pelo conhecimento de Recurso, mas considerando que a decisão foi favorável aos cofres públicos,

submeteu ao critério da Corte a decisão devida. Foram os autos remetidos em 15/03/99 à

Secretaria Geral, que por sua vez, em sua intervenção datada somente de 04/11/2014 manifestou-

se de forma diversa daquela alcançada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo. Em primeiro

lugar apontou que o Recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade, devendo

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Art. 24 - É dispensável a licitação: (...) IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando

caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de

pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao

atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas

no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência

ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos

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ser conhecido. No mérito sublinhou que o Contrato foi pactuado em 8 de julho de 1996, e que

conforme publicação ocorrida no Diário Oficial de 21 de junho de 1996, pela Portaria n.º 1375

foi deferida ao Recorrente Licença sem Vencimentos, a contar do dia seguinte, ou seja, 22 de

junho, estando ele portanto, afastado do cargo de Diretor do Distrito de Saúde de São Miguel.

Apontou, ademais que o Recorrente assinara o Ajuste, somente na qualidade de testemunha,

aparecendo como representante legal da Contratante outro servidor. Opinou, então pelo

conhecimento do Recurso apresentado e, no mérito, pelo seu provimento, para reformar a decisão

recorrida isentando o recorrente da multa imposta. É o relatório. Voto: Conheço do Recurso

interposto, uma vez preenchidos os pressupostos de admissibilidade aplicáveis. No mérito,

considero em primeiro lugar que a discussão perde muito do seu vigor em decorrência do largo

interstício a mediar a apresentação da irresignação e seu julgamento. Mesmo assim, a falha

apontada na instrução que deu azo à aplicação da penalidade merece ser relevada, na

consideração de que mesmo a destempo o contrato foi submetido a esta Casa, que reconheceu

caracterizada a emergência. De outra parte, como resulta dos autos, sobretudo do histórico

resgatado por SG, o Recorrente não se encontrava mais funcionalmente vinculado à Contratante

por ocasião da celebração do Ajuste. Por essas razões, conheço do Recurso interposto, para

dando-lhe provimento, reformar a decisão guerreada para afastar a pena de multa imposta.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO

CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – Neste momento, o Conselheiro João Antonio

ausentou-se interinamente. 1) TC 2.166.14-94 – Sindicato das Empresas de Asseio e

Conservação no Estado de São Paulo – Seac-SP – Secretaria Municipal da Saúde – SMS –

Representação em face do edital do Pregão Eletrônico 024/2014, cujo objeto é a contratação de

empresa especializada em prestação de serviços de limpeza hospitalar e predial, conservação,

desinfecção, dedetização, desinsetização, descupinização, desratização e jardinagem, incluindo

áreas externas (pátios, estacionamento e arruamento), área verde (coleta de detritos), vidros (face

interna e externa), limpeza de caixas d'água, com fornecimento de mão de obra especializada, de

saneantes e domissanitários, materiais de consumo, utensílios, máquinas, apropriados ao objeto e

equipamentos de limpeza, incluindo a coleta de resíduo interno e externo do prédio e demais

atividades correlatas, assegurando níveis de desinfecção ótimos, de acordo com os parâmetros

determinados pelo Ministério da Saúde, Anvisa e ainda manter o estado geral de limpeza,

preservando também, o bom aspecto visual interno e externo das áreas abrangidas, das Unidades

pertencentes às Supervisões Técnicas de Saúde da Coordenadoria Regional de Saúde Centro

Oeste – CRS-CO ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da

representação, diante do preenchimento dos requisitos legais de admissibilidade previstos no

Regimento Interno desta Corte. Acordam, ainda, à unanimidade, no mérito, em julgá-la

improcedente no tocante à obrigação imposta à contratada para realização de análise dos produtos

empregados e, quanto aos demais questionamentos, considerando as modificações realizadas no

Edital, em declarar a perda do objeto. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que se dê

ciência ao representante e à representada, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta

Casa, e que, após os trâmites regimentais, arquivem-se os autos. Relatório: Em julgamento a

Representação interposta pelo Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de

São Paulo – SEAC – SP, em face do Edital de Pregão Eletrônico nº 024/2014 da Coordenadoria

Regional de Saúde Centro Oeste – CRS-CO, que teve por objeto a contratação de empresa

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especializada em prestação de serviços de limpeza hospitalar e predial, incluindo a coleta de

resíduo interno e externo e demais atividades correlatas, das Unidades pertencentes às

Supervisões Técnicas de Saúde da CRS-CO. O Representante alega, em síntese, que o

instrumento convocatório infringe a legislação de regência ao (i) não estabelecer a periodicidade

para algumas obrigações contratuais, quais sejam: a limpeza de todas as janelas por dentro e por

fora e a exigência de que contratada analisasse os produtos empregados quando solicitado pela

contratante; e (ii) fixar penalidades de forma inadequada . Instada a se manifestar, a Especializada

opinou pela procedência da Representação em relação ao não estabelecimento da periodicidade

para a limpeza das janelas, bem como em relação à imposição de penalidades de forma severa e

inadequada. Quanto à exigência para que a contratada analisasse os produtos utilizados,

posicionou-se pela improcedência. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo

conhecimento da Representação, e, no mérito, acompanhou a Especializada pela sua procedência

parcial. Consignou, outrossim, a presença dos requisitos para a suspensão cautelar do certame. As

análise efetuadas pelos órgãos técnicos, fundamentaram, em sede de juízo liminar, o deferimento

do pedido de suspensão do certame, referendado por este Pleno na 2.748ª Sessão Ordinária,

realizada em 18 de junho de 2014. Devidamente intimados, os interessados apresentaram

justificativas, comunicando as alterações realizadas no Edital, bem como a nova data para

abertura da licitação. Em nova manifestação, a Auditoria manifestou-se no sentido de que, diante

das alterações promovidas no texto do Edital: (i) restava solucionada a questão referente à falta

de previsão de periodicidade de execução do serviço de limpeza das janelas; e (ii) permanecia a

necessidade de maiores esclarecimentos quanto aos dispositivos relacionados às situações de

Impedimento de Licitar e Contratar, além da necessidade de detalhar o item penalidades.

Destacou, por fim, a necessidade de reabertura do prazo previsto no inciso V do art. 4º da Lei

Federal nº 10.520/02 (mínimo de oito dias úteis entre a publicação das alterações e a data da

sessão pública de abertura). Por entender passíveis de superação as questões pendentes, o Pleno

desta Corte decidiu pela retomada do procedimento licitatório, alertando a Origem para a

necessidade de reabertura do prazo para a realização da sessão pública, bem como para melhor

detalhar os itens relacionados à aplicação de penalidade, a qual foi referendada na 2.752ª Sessão

Ordinária, realizada em 02 de julho de 2014. Remetidos os autos à Subsecretaria de Fiscalização

e Controle, esta concluiu que as providências adotadas pela Origem contemplaram

adequadamente as modificações necessárias. A Assessora Jurídica Chefe de Controle Externo

opinou pelo conhecimento da Representação, e no mérito pela perda do objeto, diante das

alterações realizadas pela Origem, no que foi acompanhada pela Procuradoria da Fazenda

Municipal e pela Secretaria Geral. É o Relatório. Voto: Conheço da Representação ofertada pelo

Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo – SEAC – SP, diante

do preenchimento dos requisitos legais de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta

E. Corte. No mérito, na esteira das manifestações da Auditoria e da Assessoria Jurídica de

Controle Externo, julgo-a improcedente no tocante à obrigação imposta à contratada para

realização de análise dos produtos empregados e, quanto aos demais questionamentos,

considerando as modificações realizadas no Edital, acompanho o entendimento deste Plenário

para os casos análogos no sentido da perda do objeto para esses quesitos da presente

Representação. Dê-se ciência da decisão ao Representante e à Origem, após os trâmites

regimentais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei

– Revisor e Roberto Braguim. Ausente o Conselheiro João Antonio. Presente a Procuradora

Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo

Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) Maurício Faria –

Relator." Neste momento, o Conselheiro João Antonio retornou ao Egrégio Plenário. 2) TC

311.04-49 – Secretaria Municipal de Cultura – SMC e Fábio Penteado Arquitetos Associados

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S.C. Ltda. – Contrato 12/2003 R$ 623.543,00 – Serviços de elaboração de Projeto Básico,

Executivo e Detalhamento dos setores a serem reciclados, na Biblioteca Mário de Andrade

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por

maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator, nos termos de seu relatório e

voto, Domingos Dissei – Revisor e João Antonio, em acolher o Contrato 12/2003, considerando

justificado o valor contratado, relevando a extemporaneidade da publicação do extrato, bem

como considerando a ausência de notícia nos autos de dolo ou má-fé dos agentes públicos

responsáveis. Vencido o Conselheiro Roberto Braguim que, consoante declaração de voto

apresentada, não acolheu o ajuste, pois entendeu que o preço contratado não foi justificado.

Acordam, ainda, à unanimidade, em aceitar os efeitos produzidos pelo Contrato 12/2003.

Relatório: Trata o presente da análise do Contrato nº 12/2003, firmado entre a a Secretaria

Municipal de Cultura e a empresa Fábio Penteado Arquitetos Associados S/C Ltda., tendo por

objeto a contratação de serviços técnicos especializados de elaboração de projeto básico,

executivo e detalhamento dos setores a serem reciclados na Biblioteca Mário de Andrade. O

ajuste fundamentou-se no disposto no art 25, inciso II, da Lei Federal nº 8.666/93. A Auditoria,

ao elaborar o Relatório de Análise de Contratação, concluiu pela regularidade com ressalva

quanto ao atraso da publicação do ajuste. A Assessoria Jurídica de Controle Externo propôs a

relevação da falha assinalada em razão de sua natureza formal, no que foi acompanhada pela

Procuradoria da Fazenda Municipal. A Secretaria Geral, tendo registrado que restaram atendidos

os requisitos constantes dos arts. 14 e 15 do Decreto Municipal nº 41.772/025, assim como a

exigência de justificativa de preço, estatuída no art. inciso III, do art. 26 da Lei de Licitações e

Contratos, acompanhou os órgãos técnicos e opinou pelo acolhimento do Contrato em

julgamento. O Conselheiro Roberto Braguim, na qualidade de Revisor, sugeriu a oitiva da área de

Engenharia, para a elaboração de parecer, se possível, com valores comparativos, avaliando-se a

economicidade da contratação. Em atendimento à sugestão do nobre Conselheiro, a área

especializada manifestou-se pela irregularidade do Contrato em razão da falta de justificativa

para o valor contratado, infringindo o inciso III do art. 26 da Lei de Licitações e Contratos. Ato

contínuo, determinei a intimação da Origem e dos responsáveis para apresentação de

esclarecimentos, bem como da Empresa Municipal de Urbanização – EMURB, acompanhada dos

quesitos de fls. 139/140. A Origem manifestou-se quanto aos quesitos apresentados, nos

seguintes termos: "Quesito 1 As planilhas que totalizam R$ 18.889.271,00 referem-se,

aparentemente, a uma estimativa de custo de equipamentos, mobiliários e serviços do programa

de necessidades formulado na época para modernização da Biblioteca Mário de Andrade. Essas

planilhas integraram, como Anexo, o Termo de Referência, elaborado pela EMURB, para servir

de subsídio para elaboração do projeto a ser contratado e desenvolvido pelo escritório de

arquitetura. O valor mencionado, portanto, não se refere a uma estimativa do custo das obras de

construção civil e reforma da Biblioteca. Quesito 2 A EMURB, para avalição da razoabilidade

dos honorários propostos pelo escritório de arquitetura, utilizou os critérios estabelecidos no

documento de folhas 291-294, no qual o valor estimado para o "custo da execução da obra" da

Biblioteca Mário de Andrade é de R$ 17.872.150,46 Quesito 3 Conforme documento de folha

353, Fábio Penteado Arquitetos Associados S/C Ltda. (Carta s/nº, de 22/03/2004) propôs uma

'(...) redução de cinquenta por cento sobre o valor correspondente à terceira e última medição

conforme estabelecido no referido contrato, de forma que fiquem reservados os restantes

cinquenta por cento para remunerar os trabalhos de revisão e compatibilização dos documentos já

apresentados, com os projetos técnicos complementares, quando devidamente contratados'. A

justificativa apresentada é a 'não confirmação, até a presente data, da contratação por esta

Secretaria dos projetos técnicos complementares necessários à efetiva conclusão do projeto

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arquitetônico", tendo em vista a impossibilidade da "entrega do produto completo'. Conforme o

contrato nº 12/2003 (folha 174), o valor total da terceira parcela é de R$ 155.885, 75. Não

dispomos da informação sobre o efetivo pagamento dessa terceira parcela, que poderá ser obtida

junto ao antigo Departamento de Bibliotecas Públicas". Após, a Subsecretaria de Fiscalização e

Controle ratificou as conclusões pela irregularidade, no que foi acompanhada pela Assessoria

Jurídica de Controle Externo, com a relevação da impropriedade afeta à publicação extemporânea

da publicação. Por seu turno, a Procuradoria da Fazenda Municipal, requereu nova intimação da

Origem, acompanhada de novos quesitos, a qual foi indeferida em razão de já ter sido respeitado

o princípio do contraditório e da ampla defesa. Assim, em manifestação conclusiva, a

Procuradoria da Fazenda Municipal fez constar, em preliminar, Agravo Retido, nos termos do art.

151, § 1º do Regimento Interno. No mérito, requereu o acolhimento do contato em exame ou,

alternativamente, a aceitação dos efeitos financeiros, tendo em vista a ausência de prejuízo, dolo,

culpa ou má-fé dos agentes públicos responsáveis. A Secretaria Geral opinou pela irregularidade

da contratação. É o Relatório. Voto: As informações e documentos constantes dos autos

demonstram a adequação do contrato em tela à hipótese de inexigibilidade. O Parecer exarado

pela Comissão criada pelo Secretário de Cultura (Portaria 40/2003-SMC/AJ – D.O.M-

10/09/2003) para avaliar a notória especialização da empresa Fábio Penteado Arquitetos

Associados S/C Ltda., consoante exigido pelo Decreto Municipal à época, demonstrou a

singularidade do objeto a ser contratado e a notória especialização do prestador do serviço, bem

como o vínculo de causalidade entre a capacitação da empresa e o atendimento à necessidade

pública, fl. 12/14. Destaque-se, ainda, a informação constante do citado parecer, de que o edifício

da Biblioteca Mário do Andrade é um patrimônio tombado pela municipalidade devido ao seu

especial valor histórico. Neste sentido, cabe explicitar que o projeto de reforma da Biblioteca

Mário de Andrade insere-se no Programa de Reabilitação da Área Central da Cidade de São

Paulo, cuja responsabilidade executiva competia à Emurb, nos termos da Lei nº 13.495/2003, que

trata da contratação de crédito externo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

Frisa-se que na hipótese contemplada pelo inciso II, do art. 25 da Lei de Licitações e Contratos, a

natureza do serviço considerado é que se afigura como singular e não as pessoas eventualmente

capazes de executá-lo. Deve-se, ainda, atestar a ocorrência de dois requisitos, quais sejam: a

excepcionalidade da necessidade a ser satisfeita e a inviabilidade de sua realização por qualquer

profissional da área. Sobre o tema, ensina Marçal Justen Filho: No esforço de definir a regra

legal, deve iniciar-se pela afirmação de que a natureza singular não significa ausência de

pluralidade de sujeitos em condições de desempenhar o objeto. A ausência de pluralidade de

alternativas de contratação é objeto de disciplina no inciso I do mesmo art.25. Mais ainda,

existência de um único sujeito em condições de ser contratado conduz à inviabilidade de

competição relativamente a qualquer serviço, mesmo quanto àqueles que não forem técnicos

profissionais especializados. Ou seja, a 'natureza singular' deve ser entendida como uma

característica especial de algumas contratações de serviços técnicos profissionais especializados.

Enfim e para concluir essa questão, singular é a natureza do serviço, não o número de pessoas

capacitadas a executá-lo.18

Demais disso, o profissional em questão, segundo informação

constante dos autos, prestada pela então Diretora do Departamento de Bibliotecas Públicas,

encontrava-se trabalhando tanto com o anteprojeto como com os projetos básicos, que auxiliaram

a elaboração do Projeto de Reforma da Biblioteca Mário de Andrade apresentado ao BID. Nesse

sentido, Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Com relação à notória especialização, o § 1º do artigo 25

quis reduzir a discricionariedade administrativa em sua apreciação, ao exigir os critérios de

essencialidade e indiscutibilidade do trabalho, como sendo o mais adequado à plena satisfação do

objeto do contrato. Tem-se que estar em zona de certeza, quanto a esses aspectos, para ser válida

18

Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 15.ed. São Paulo: Dialética, 2012, p. 419.

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a inexigibilidade.19

Sobre este aspecto, o Parecer da Comissão mencionou, ainda, diversas

atividades desenvolvidas pelo arquiteto Fábio Penteado, desmonstrando de maneira inequívoca a

sua expertise na área objeto do contrato, sendo reconhecido por historiadores e urbanistas como

um dos representantes da chamada Escola Paulista, ao lado de nomes como Vilanova Artigas e

Paulo Mendes da Rocha. Assim, preenchidos os critérios de essenciabilidade e indiscutibilidade

do trabalho como sendo o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato, válida a

inexigibilidade. De outra parte, cabe discorrer sobre os apontamentos feitos pela Auditoria, quais

sejam: (i) extemporaneidade da publicação do ajuste; e (ii) ausência de justificativa de preço. Em

razão de sua natureza formal e dos precedentes deste E. Tribunal, relevo a falha relativa à

extemporaneidade da publicação do extrato do contrato. No tocante ao preço, este se encontra

justificado, senão vejamos: Consta dos autos, a elaboração de um estudo elaborado pela EMURB

sobre os preços propostos pelo escritório contratado, assim denominado: "Apresentação da

Razoabiliade de Preços da Proposta do Escritório Fábio Penteado Associados", no qual há

informação de que a referência utilizada foi a Tabela de Honorários aprovada pelo Conselho

Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil. Segundo este estudo, o principal método utilizado

para o cálculo de honorários dos serviços de arquitetura é o que estabelece um percentual sobre o

custo da execução da obra. O percentual aplicado ao custo de execução da obra foi de 5,15%,

conforme cálculo apresentado pela EMURB às fl. 173 dos autos, levando-se em conta as áreas

projetadas com e sem repetição, sendo que para as primeiras foi aplicado um índice redutor. Em

relação ao valor estimado da obra foi utilizado o Valor do Custo Unitário Básico (CUB). O Custo

Unitário Básico (CUB) utilizado será aquele que melhor corresponda ao tipo de obra a ser

planejado e é divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil

(SINDUSCON), em atendimento à Norma Brasileira (NBR) 12.271 da Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT). Tal índice serve de base para avaliação de parte dos custos de

construção de edificações. No presente caso, o critério adotado para verificação do preço

contratado é o método recomendado pelo próprio Órgão de Classe dos Arquitetos, consistindo no

método mais utilizado para a obtenção de preços de projetos. Assim, é de se concluir que, in

casu, a Tabela de Honorários do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) foi utilizada como

padrão de referência voltada à identificação da razoabilidade do preço. Ademais, há que se

esclarecer que durante toda a instrução do processo discutiu-se apenas sobre a ausência de

justificativa dos preços e a forma de obtenção do valor estimado, sem que, de outra parte, a

análise compreendesse a consistência dos próprios preços contratados, por meio de comparativos

ou outros parâmetros. Diante do exposto, na esteira do parecer da Procuradoria da Fazenda

Municipal, acolho o Termo de Contrato nº 12/2003, considerando justificado o valor contratado e

relevando a extemporaneidade da publicação do extrato, considerando, ainda, a ausência de

notícia nos autos de dolo ou má-fé dos agentes públicos responsáveis. Declaração de voto

apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: Divirjo dos Conselheiros que me precederam

porque os elementos constantes dos autos e as manifestações elaboradas pelos Órgãos Técnicos

deste Tribunal são unânimes em considerar irregular o instrumento ora em análise. Assim, neles

embasado, não acolho o Contrato, sobretudo porque o preço contratado não foi justificado. Tendo

em conta, porém, o tempo decorrido, aceito os efeitos financeiros decorrentes. Participaram do

julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor e Roberto Braguim. Ausente o

Conselheiro João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a)

Edson Simões – Presidente a) Maurício Faria – Relator." 3) TC 1.549.07-99 – Empresa de

Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A. e

19

Direito Administrativo. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 402.

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Consórcio Rede Multisserviços (Telecomunicações de São Paulo S.A. – Telesp e Telefônica

Empresas S.A.) – Pregão 03.007/06 – Ata de RP 03.10/06 – Contrato CO-04.01/07 R$

2.778.727,88 – Prestação de serviços de telecomunicações necessários à implantação, operação,

manutenção e gerenciamento de uma Rede IP Multisserviços bem como os serviços de valor

adicionado de Acesso Internet e o fornecimento de informações para a administração integrada

do Contrato "Serviços", com a seguinte descrição: Concentrador da Rede MPLS de 622 MBIT/S

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por

maioria, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Maurício Faria – Relator, assim

como pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim e João Antonio, com amparo nos pareceres

das áreas técnicas desta Corte, em julgar irregulares o Edital de Pregão 03.007/06 e o Contrato

CO-04.01/07, dele decorrente, à vista das seguintes irregularidades: – a ausência de justificativa

dos custos envolvidos, quando se constatou expressiva discrepância entre a cotação inicial de

preços (R$ 752.792.025,80) como preço global para o período de 48 meses, e o valor

homologado ao final (R$ 343.390.000,00), diferença que demonstrou que a ausência de

orçamento detalhado em planilhas com a decomposição dos custos unitários impossibilitou que a

Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte realizasse uma análise mais precisa dos

custos unitários de cada licitante; – a omissão no edital do critério para contratação com o

segundo colocado, pois as regras devem estar previstas no instrumento convocatório e sua

ausência infringe a legislação vigente de tal modo que, além de impedir a contratação pelo preço

registrado em segundo lugar, gera irregularidade do edital e da ata de registro de preços conforme

disposto no artigo 35 do Decreto Municipal 44.279/03. Acordam, ademais, por maioria, pelos

mesmos votos, diante da demonstração cabal de prejuízo, em aplicar multa ao ordenador de

despesas no valor de R$ 574,25. Vencido o Conselheiro Domingos Dissei – Revisor, consoante

voto proferido em separado, que julgou regulares o pregão e o contrato. Acordam, ainda, à

unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros dos instrumentos, tendo os Conselheiros Maurício

Faria – Relator, Roberto Braguim e João Antonio considerado o tempo decorrido da contratação.

Relatório: Trata o presente da análise do Pregão nº 03.007/06 e do Contrato nº CO-04.01/07 dele

decorrente, firmado entre a Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo –

PRODAM e o Consórcio Rede Telecom, tendo por objeto a formalização de Ata de Registro de

Preços para prestação de serviços de telecomunicação necessários à implantação, operação,

manutenção e gerenciamento de uma Rede IP Multiserviços, abrangendo todo o Município de

São Paulo e os serviços de valor adicionado de Acesso Internet pelo prazo de 48 meses. A

Auditoria elaborou Relatório de Avaliação de Licitação e Contrato, enumerando inúmeras20

20

Licitação: (i) Infringência ao art. 38 "caput" da Lei Federal nº. 8.666/93, ao art. 15 da Lei Municipal nº. 13.278/02,

ao art. 6º do Decreto Municipal nº. 44.279/03 e ao art. 3º, I e 7º, I do Decreto Municipal nº. 46.662/05 por não haver

Despacho de Autorização; (ii) Falta de justificativa dos custos envolvidos em função da grande diferença entre a

cotação inicial dos preços e valor homologado às vencedoras infringência ao inciso II do parágrafo 2º do art. 7º da

Lei Federal nº. 8.666/93 por não constar do Edital e do Termo de Referência planilha que expresse a composição de

todos os custos unitários evolvidos; (iii) Infringência ao artigo 35 e seu parágrafo único do Decreto Municipal nº

44.279/03 e ao inciso IV, do parágrafo 2º do artigo 40 da Lei Federal nº 8.666/93 em função do Edital e o Termo de

Referência serem omissos quanto ao critério para contratação com o segundo colocado; (iv) Infringência ao artigo 13

da Lei Municipal nº 13.278/02 e ao artigo 34 do Decreto Municipal nº 44.279/03 pela incompatibilidade entre o

prazo de vigência da Ata de Registro de Preços e a do contrato, bem como, a possibilidade de prorrogação do

contrato até o limite máximo de 60 (sessenta) meses; (v) Infração ao "caput" do art. 3º da Lei Municipal nº.

13.278/02 e "caput" do art. 26 do Decreto Municipal nº. 44.279/03, pela formalização indevida de registro de preços

para serviços contínuos; (vi) Infringência ao artigo 35 e seu parágrafo único do Decreto Municipal nº 44.279/03 e ao

inciso IV, do parágrafo 2º do artigo 40 da Lei Federal nº. 8.666/93 em função do Edital e a Minuta da Ata de

Registro de Preços serem omissos quanto ao critério para contratação com o segundo colocado; (vii) Embora

tenhamos concluído pela irregularidade do certame, pelos motivos anteriormente expostos, entendemos necessária

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irregularidades que levaram a área técnica à conclusão da irregularidade dos instrumentos em

análise. A Assessoria Jurídica de Controle Externo ratificou o posicionamento da Auditoria e

sugeriu que a Origem fosse oficiada para apresentar suas justificativas. Devidamente oficiados,

prestaram informações a PRODAM, o Sr. Luiz Arnaldo Pereira da Cunha Júnior, o Sr. Ary James

Pissinato, e o Consórcio Rede Multiserviços. Os defendentes alegaram, em breve síntese, que: (i)

a ausência de autorização teria sido suprida pela presença das assinaturas do Diretor Presidente e

Diretor de Administração e Finanças; (ii) a comparação entre o valor homologado e a cotação

inicial só poderia ser efetuada após a realização da licitação, e que o fato nada tem a ver com a

ausência ou existência prévia de composição unitária dos custos; (iii) a falta de previsão legal no

edital da possibilidade de contratação do segundo colocado não afasta a sua aplicabilidade; (iv)

fixando um prazo de 48 meses o Poder Público receberia propostas mais vantajosas, em função

do alto investimento inicial (v) a Prodam e a Telefônica entendem que serviços contínuos

enquadrados como habituais e rotineiros podem ser contratados por Ata de Registro de Preços;

(vi) não se pode comparar os preços da atual contratação com os serviços do Contrato nº 12.08-

02, considerando a diferença na tecnologia requisitada na atual contratação; (vii) foi feita a

costumeira pesquisa de preços entre as empresas do mercado, conforme informação do processo

interno de contratação. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle (fls. 811/821), após análise

das justificativas acostadas aos autos, manteve seu posicionamento pela irregularidade dos

instrumentos, embora reconhecendo a relevação de parte dos itens anteriormente apontados como

irregulares. A Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu que os fundamentos invocados

pela Origem não foram suficientes para alterar o posicionamento já exposto. Todavia, consignou

posicionamento contrário do E. Plenário em relação à possibilidade do uso de Ata de Registro de

Preços para serviços continuados, de necessidade permanente e ininterrupta. A Douta

Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o acolhimento dos instrumentos em exame, em

razão do caráter formal das falhas anotadas. Encerrando a instrução processual, a Secretaria Geral

opinou pela irregularidade do Pregão nº 03.007/06, que objetivou o Registro de Preços, bem

como do seu decorrente Contrato nº CO-04.01/07. É o relatório. Voto: Reitero meu entendimento

em relação à possibilidade de utilização de Ata de Registro de Preços para serviços de natureza

continuada, assim como à possibilidade de prorrogação do contrato dela decorrente até o limite

de 60 (sessenta) meses, nos termos do inciso II daquele dispositivo legal, amparado na

jurisprudência desta Corte de Contas. Nesse sentido não há nos autos elementos suficientes à

conclusão de um julgamento pela irregularidade, desde que ocorra com vistas à obtenção de

preços e condições mais vantajosas para a Administração. Registre-se os seguintes julgados,

unânimes, proferidos neste sentido: TCs 72.001.003/06-87 e 72.000.656/09-25, de minha

relatoria quando na oportunidade expressei meu entendimento acerca da matéria. Nesse sentido,

não há na legislação disposição que exclua os contratos de prestação de serviço de natureza

contínua, decorrentes de Ata de Registro de Preços, das regras gerais aplicáveis aos prazos

contratuais, ou, mesmo, que determine que estes não possam ser prorrogados por prazos maiores

do que os estabelecidos para vigência da respectiva Ata. Já em relação à ausência de despacho de

análise técnica por parte do Núcleo de Tecnologia deste Tribunal em função da falta de especificação da composição

dos custos de instalação e custos por tipo de circuito (acesso) e tendo em vista o objeto do contrato CO-04.01/07

oriundo da ARP ora analisada ser semelhante ao do contrato CO-12.08/02 e seus preços serem significativamente

divergentes. Já em relação ao Contrato a Auditoria apontou: (i) Infração ao art. 34 do Decreto Municipal nº. 44.279/03

por não constar do processo de contratação pesquisa de preços; ii) Infração ao inciso III do art. 29 da Lei Federal nº.

8.666/93 por não constar Certidão Negativa de Tributos Mobiliários Municipal; iii) Infração ao art. 26 da Lei Municipal nº.

13.278/02, pela publicação resumida do instrumento contratual ter sido efetuada fora do prazo (fls. 503); iv) Infração ao

inciso II do art. 57 da Lei Federal nº. 8.666/93 e art. 13 da Lei Municipal nº. 13.278/02, pelo Contrato prever sua vigência

inicial por 48 (quarenta e oito) meses e v) A licitação para a ARP nº. 03.10/06 que originou a presente contratação foi

considerada irregular.

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autorização, apesar da irregularidade por si só não gerar a nulidade dos atos, a presença do

despacho não se afigura como mero requisito formal, sendo, antes disso, elemento de máxima

importância, sobretudo ante a eventual e posterior atribuição de responsabilidade quanto à

observância dos preceitos legais ditados para o desencadeamento de um perfeito processo

administrativo de licitação. No que diz respeito à ausência de justificativa dos custos envolvidos,

constatou-se expressiva discrepância entre a cotação inicial de preços (R$ 752.792.025,80) como

preço global para o período de 48 meses, e o valor homologado ao final (R$ 343.390.000,00),

diferença que, a meu ver, demonstrou que a ausência de orçamento detalhado em planilhas com a

decomposição dos custos unitários, impossibilitou que a Secretaria de Fiscalização e Controle

realizasse uma análise mais precisa dos custos unitários de cada licitante. Conforme excerto do

despacho de fl. 507 do Núcleo de Tecnologia da Informação: 'Diante do exposto não temos

condições técnicas de comparar os preços praticados no TC com os praticados no mercado.'

Situação agravada pela inexistência de discriminação dos custos unitários dos objetos licitados,

face à impossibilidade de uma análise mais precisa dos custos apresentados por cada licitante21

.

Considero irregular a omissão no Edital do critério para contratação com o segundo colocado,

pois, a meu ver as regras devem estar previstas no instrumento convocatório, e sua ausência

infringe a legislação vigente de tal modo que além de impedir a contratação pelo preço registrado

em segundo lugar, gera irregularidade do Edital e da Ata de Registro de Preços conforme

disposto no artigo 35 do Decreto Municipal nº 44.279/03. Por fim, as informações trazidas aos

autos pela Origem e pelos demais interessados não afastaram os apontamentos feitos pela equipe

de Auditoria, ratificados pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria Geral, no

sentido de que houve desrespeito ao mencionado dispositivo legal. Diante do exposto, amparado

nos pareceres das áreas técnicas, julgo irregular o Edital de Pregão nº 3.007/2006 e o Contrato nº

CO-04.01/07, dele decorrente, todavia, considerando o tempo decorrido da presente contratação,

bem como a demonstração cabal de prejuízo, aceito os efeitos financeiros dos instrumentos, ora

em análise, e aplico multa ao ordenador de despesas no valor de R$ 574,25. Voto em separado

proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: Na esteira da manifestação da Procuradoria da

Fazenda Municipal, julgo REGULAR o Pregão 03.007/06 e o Contrato CO-04.01/07, relevando

sua publicação extemporânea. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei –

Revisor e Roberto Braguim. Ausente o Conselheiro João Antonio. Presente a Procuradora Chefe

da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) Maurício Faria – Relator." –

PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO CORREGEDOR DOMINGOS

DISSEI – 1) TC 3.511.07-97 – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social –

Smads e Escolas Profissionais Salesianas/Obra Social Dom Bosco – Convênio 052/SAS/2003 R$

3.915.964,80 – TAs 001/2004 R$ 3.915.964,80 (alteração da Razão Social), 001/2005 R$

2.075.462,04 (prorrogação de prazo) e 001/2006 R$ 2.179.235,16 (prorrogação de prazo) –

Prestação de serviço denominado Núcleo Sócio Educativo para adolescentes de 15 a 18 anos com

500 vagas, e Núcleo Sócio Educativo para jovens de 18 a 24 anos com 636 vagas, de acordo com

21

Art. 48. Serão desclassificadas: I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação; II

- propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexequiveis, assim

considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que

os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com

a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação. §

1º - Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso de

licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70%

(setenta por cento) do menor dos seguintes valores: a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%

(cinquenta por cento) do valor orçado pela administração, ou b) valor orçado pela administração.

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os padrões das ofertas que o compõem, estabelecidos na Portaria 34/2003/SAS/Gabinete e nas

demais normas técnicas oriundas da Secretaria, num total de 1.136 vagas, no distrito de José

Bonifácio, Subprefeitura Itaquera – SP-IQ ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes

autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal

de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do

Relator, em acolher excepcionalmente o Convênio 052/SAS/2003 e seus respectivos Termos de

Aditamento 001/2004, 001/2005 e 001/2006, relevando as falhas apontadas. Acordam, ademais,

à unanimidade, em recomendar à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social

– Smads que busque aperfeiçoar a instrução dos procedimentos de convênio, notadamente no que

diz respeito ao atendimento das exigências previstas no Decreto Municipal 43.698/03 e Portarias

da Pasta que lhe são aplicáveis, atentando ainda para a correta junção aos processos

administrativos dos documentos de regularidade fiscal das organizações, quer quando da

formalização dos convênios, quer quando de seus aditamentos. Acordam, ainda, à unanimidade,

em determinar o envio de ofício à Smads, dando-lhe conhecimento das manifestações dos Órgãos

Técnicos e Especializados desta Corte, constantes dos autos, e, principalmente, do relatório e

voto do Relator e deste Acórdão. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as

providências regimentais, o arquivamento dos autos. Relatório: Em julgamento o Termo de

Convênio nº 052/SAS/2003 e seus termos de aditamento, celebrados entre a Secretaria Municipal

de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS e a organização Obra Social Dom Bosco

(anteriormente denominada Escolas Profissionais Salesianas), tendo por objetivo a prestação de

serviço de assistência social denominado Núcleo Socioeducativo para Adolescentes de 15 a 18

anos, e Núcleo Socioeducativo para Jovens de 18 a 24 anos, composto de 1.136 vagas, no bairro

e distrito de Itaquera. Referido Convênio foi celebrado com vigência inicial de 01/11/2003 a

31/10/2005, e posteriormente prorrogado até 31/10/2007. Inicialmente, a Coordenadoria III

considerou o Convênio irregular pelos motivos a seguir elencados: 1 - ausência de justificativa; 2

- ausência de despacho de autorização; 3 - ausência de publicação e falta de reserva de recursos; 4

- ausência de parecer jurídico sobre o procedimento de conveniamento; 5 - ausência nos autos de

via original do Edital, datado, rubricado e assinado; 6 - ausência, no Edital de chamamento, da

minuta do termo de convênio; 7 - falta de comprovantes do envio do edital por meio eletrônico a

todas as associações e organizações cadastradas no banco público de dados de organizações; 8 -

ausência de comprovação da publicação em jornal de grande circulação; 9 - falta de comprovação

de convite formal para audiência pública às entidades proponentes e ao Conselho Municipal de

Assistência Social e demais conselhos pertinentes; 10 - Ausência de declaração da entidade de

estar apta a apresentar todos os documentos exigidos, em descumprimento ao exigido no Edital;

11 - Ausência de termo de responsabilidade atestando as condições de segurança e habitabilidade

do imóvel em que o serviço seria prestado ou o projeto executado; 12 - Cópia do parecer do

Comitê de Avaliação não foi enviada à proponente, consultando-a formalmente quanto ao

interesse de se manifestar acerca do mesmo; e 13 - Remessa extemporânea de informações ao

SERI. Relativamente ao Termo de Aditamento n° 001/2004, apontou AUD a ausência de

publicação de seu extrato no Diário Oficial da Cidade; quanto ao Termo de Aditamento nº

001/2005, apontou que o Certificado de matrícula e o registro da entidade no CMDCA estavam

com validade expirada; que o Certificado de Regularidade do FGTS estava fora do prazo de

validade e que não foi publicado o extrato no Diário Oficial. Quanto ao Termo de Aditamento nº

001/2006, apontou AUD a ausência de Certidão Negativa de Débitos perante o INSS; ausência de

Certificado de Regularidade do FGTS e ausência de evidência de despacho de autorização para o

aditamento, além da ausência de remessa de documentos por meio do sistema SERI. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo, na sequência, ratificou os apontamentos realizados pela

Auditoria, relevando, entretanto, as irregularidades relativas à falta de parecer jurídico, ausência

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de edital original, ausência da minuta do termo de convênio, e ausência da remessa de

informações ao SERI. Na defesa oferecida, a Secretária daquela Pasta, à época da formalização

do referido ajuste, aduziu que os apontamentos realizados eram meros vícios formais, incapazes

de invalidarem os atos praticados. Ressaltou, ainda, em apertada síntese, que as irregularidades

apontadas não trouxeram quaisquer prejuízos ao erário, não sendo devida imposição de qualquer

pena. A ex-secretária Aldaíza Sposati, que ocupou o cargo entre março de 2002 a dezembro de

2004, também se manifestou nos autos, alegando que, apesar de não ser signatária de qualquer

dos termos em análise, as irregularidades apontadas em nada trouxeram prejuízo ao erário,

requerendo que fossem relevados os apontamentos formulados. Entre outros argumentos

aduzidos, apontou o fato de se tratar de um serviço de assistência social de caráter contínuo, já

existente há anos daquela região, sendo a demanda de pleno conhecimento da Supervisão de

Assistência Social local e Central, justificando-se o conveniamento pela inequívoca demanda

social apontada pelos setores competentes, bem como pela necessidade de dar continuidade a

serviços que já vinham sendo prestados. A ex-Supervisora de Assistência Social, Sra. Eliana

Fernandes Loureiro Victoriano, signatária, por delegação de competência, do convênio e de seu

primeiro aditamento, trouxe aos autos a informação de que era a primeira vez que os convênios

passariam pelo procedimento de audiência pública e que, para tanto, preparou os elementos

específicos dos serviços de sua área de abrangência, tendo inclusive realizado reuniões de

esclarecimentos com as organizações que já mantinham convênios, bem como encaminhou cópia

do edital divulgado no Diário Oficial de 13.09.2003 a todas as organizações matriculadas naquela

SAS Regional. O Ex-Secretário Floriano Pesaro, que ocupou o cargo entre janeiro de 2005 e abril

de 2008, conquanto também não tenha sido o signatário dos aditamentos 001/2005 e 001/2006,

apresentou defesa alegando que o serviço prestado era essencial e de natureza contínua, tendo

seguido as regras da Portaria nº 31/SAS/2003, a qual não exigiria prévia autorização para início

do procedimento de escolha de organização a ser conveniada, mas, tão-somente, ao final do

procedimento, ocasião em que cabia ao Secretário da Pasta homologar o procedimento de seleção

e autorizar a formalização do convênio com a organização considerada apta à prestação dos

serviços. A Obra Social Dom Bosco, em sua defesa, trouxe alguns esclarecimentos quanto aos

pontos levantados pela Auditoria, esclarecendo, ainda, estar devidamente registrada no Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Apontou, ainda, que na época da

formalização dos atos ora em julgamento, foram apresentados todos os documentos solicitados

pela Secretaria. Por fim, alegou que as irregularidades apontadas não atingiram o conteúdo ou a

eficácia dos atos, devendo estes ser considerados regulares. A Sra. Maria Shirabayashi de Castro

Porto, na qualidade de ex-Supervisora Técnica de Itaquera, no período de fevereiro de 2005 a

janeiro de 2009, por seu turno, alegou, igualmente, que os serviços conveniados eram de natureza

contínua e que já eram prestados há anos. Apontou, ainda, que nos procedimentos destinados aos

convênios na área de assistência social não se exige autorização prévia do Secretário da SMADS

para abertura do procedimento de chamamento das entidades, devendo este manifestar-se apenas

na ocasião da homologação e autorização para o conveniamento. No mais, manifestou-se da

mesma linha de entendimento das demais defesas. Em face das defesas apresentadas, a

Coordenadoria III reviu seu posicionamento quanto à falta de envio de cópia do parecer do

Comitê de Avaliação à proponente, consultando-a formalmente quanto ao interesse de se

manifestar acerca do mesmo. No mais, manteve seus questionamentos iniciais. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo, por seu turno, entendeu passível de relevação parte dos

apontamentos, quais sejam: a ausência de prévia de autorização para a realização do

procedimento de chamamento, a falta de parecer da Assessoria Jurídica quanto ao

conveniamento, a ausência nos autos da via original do edital, datado, assinado e rubricado pela

autoridade competente, a falta de junção ao edital da minuta do convênio, bem como a não

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remessa de informações ao SERI, manifestando-se, ao final, pela irregularidade do aludido

convênio e de seus aditamentos. O Assessor Subchefe de Controle Externo, por sua vez,

acompanhou a conclusão pela irregularidade do Convênio e de seus Termos de Aditamento,

ressalvando igualmente, que a ausência da via original do edital, bem como da minuta do termo

de convênio no edital de chamamento, não caracterizaria irregularidade. Entendeu, também, que

a ausência de despacho de autorização estaria sanada com a homologação do ajuste e assinatura

do termo de aditamento, e que a irregularidade referente à remessa extemporânea de informações

ao SERI poderia ser relevada. Porém apontou como irregularidade, o fato de não constar

manifestação da Assessoria Jurídica acerca do convênio. No exercício de sua capacidade

postulatória, o Órgão Fazendário entendeu que os esclarecimentos trazidos pela defesa

permitiriam a declaração de regularidade do Convênio e dos Termos de Aditamento. Apontou,

também, que as irregularidades registradas não seriam suficientes para macular os ajustes. Por

fim, solicitou, de forma alternativa, o reconhecimento dos efeitos financeiros e patrimoniais, em

homenagem ao princípio da segurança jurídica. A Secretaria Geral, em vista dos diversos

apontamentos realizados pelos órgãos técnicos deste Tribunal, opinou pelo não acolhimento do

termo de Convênio e de seus Termos de Aditamentos. No mais, acompanhou a manifestação da

Assessoria Jurídica desta Corte. É o relatório. Voto: Na linha de entendimento de meus votos

anteriores, saliento, preliminarmente, que os convênios de assistência social no Município de São

Paulo contam com um conjunto de normas legais específicas, voltadas a discipliná-los, quer no

que diz respeito às exigências técnicas de prestação dos serviços, quer no que diz respeito às

exigências formais de tais ajustes, quais sejam: Lei nº 13.153, de 22 de junho de 2001, que dispõe

sobre a política pública de atenções da assistência social, sem fins lucrativos, operada através de

convênios; Decreto nº 43.698/03, que a regulamentou. Contam, ainda, com um conjunto de

portarias editadas pela Secretaria Municipal competente prevendo os procedimentos a serem

adotados desde a divulgação dos editais de chamamento até a assinatura do convênio, as quais,

embora observando os mesmos princípios constitucionais que orientam os procedimentos

licitatórios, não lhes impõe o mesmo rigor formal. No caso do convênio em exame, como se pode

verificar dos elementos coligidos nos autos, o procedimento para escolha da organização se deu

logo após a edição do Decreto 43.698, de setembro de 2003, que regulamentou a Lei nº

13.153/01, sendo, portanto, a primeira vez que a Pasta utilizava aludida legislação, pelo que se

mostra razoável reconhecer que parte das falhas registradas se devem ao próprio ineditismo do

trabalho realizado. Nada obstante, embora ressalvadas pelos órgãos técnicos e especializados

desta Corte parte dos apontamentos inicialmente registrados, remanesceram algumas

impropriedades que levaram tanto a Assessoria Jurídica de Controle Externo, quanto a Secretaria

Geral a opinarem pela irregularidade do Convênio e seus aditamentos. Todavia discordo desse

entendimento pelas razões que a seguir exponho: No que tange à apontada falta de justificativa

para a formalização do aludido convênio, os elementos de defesa apresentados demonstram com

clareza que não se tratava de um novo serviço a ser implantado, mas da manutenção de um

serviço de natureza continuada, sendo tal procedimento de conveniamento realizado apenas para

possibilitar a sua continuidade de acordo com a nova legislação disciplinadora dos convênios de

assistência social. Portanto, entendo de excessivo rigor, em face da legislação municipal que rege

a matéria, insistir na necessidade de prévia justificativa para o conveniamento, já que se tratava

de serviço de natureza continuada e inerente à atuação institucional da Pasta. Do mesmo modo,

não há que se falar na necessidade de prévio despacho de autorização do Secretário para a

realização do chamamento público, uma vez que a atuação da Secretaria se dava de forma

descentralizada, atuando o Titular da Pasta apenas por ocasião da homologação do procedimento

e autorização para a formalização do convênio. Também não cabe falar na prévia reserva de

recursos, uma vez que a legislação exige apenas a previsão de recursos e, no caso, é de se

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presumir que havia previsão já que o empenho se deu regularmente antes do convênio, e de

outras exigências absolutamente formais que não se coadunam com a dinâmica imposta a tais

convênios. Afasto, ainda, a apontada irregularidade decorrente do fato de ter o convênio iniciado

sua vigência antes da publicação de seu extrato, posto que a publicação é condição de eficácia do

ajuste e não de sua validade. Ademais a publicação do extrato no convênio se deu dentro do

prazo previsto no parágrafo único do artigo 61 da Lei 8.666/93. No mais, em que pesem as

consistentes razões de defesa apresentadas, não se pode negar a ocorrência de falhas

documentais, bem como de falhas no tocante à divulgação dos Termos de Aditamento,

impropriedades que, no entanto, dada a natureza absolutamente formal, não macularam, nem

impediram, a meu ver, a produção dos efeitos a que se destinava o convênio, qual seja a prestação

de serviços de Núcleo Socioeducativo para 1.136 jovens e adolescentes, na Região de Itaquera,

pela Obra Social Dom Bosco, organização que, aliás, conforme registra o site da SMADS,

mantém atualmente 22 (vinte e dois) convênios com aquela Pasta. Cumpre salientar, ademais,

que este Egrégio Plenário tem julgado diversos processos da mesma natureza que o ora em

discussão e tem decidido pela relevação das impropriedades que em nada afetaram a execução do

objeto dos convênios. É o que se verifica, por exemplo, nos acórdãos dos TCs 72-001.178.07-09

e 72-002.877.11-80. Por todo o exposto, VOTO pelo ACOLHIMENTO EXCEPCIONAL do

Convênio nº 052/SAS/2003 e seus respectivos termos de aditamento n°s 001/2004, 001/2005 e

001/2006, relevando as falhas formais remanescentes. Recomendo ainda à Origem que busque

aperfeiçoar a instrução dos procedimentos de convênio, notadamente no que diz respeito ao

atendimento das exigências previstas no Decreto nº 43.698/03 e Portarias da Pasta que lhe são

aplicáveis, atentando ainda para a correta junção aos processos administrativos dos documentos

de regularidade fiscal das organizações, quer quando da formalização dos convênios, quer

quando de seus aditamentos. Por fim, oficie-se à Origem, dando-lhe conhecimento das

manifestações dos Órgãos Técnicos e Especializados desta Corte, constantes do presente, e,

principalmente, dos relatórios e decisões deste Pleno, com as recomendações específicas. Após as

providências regimentais, arquivem-se os autos. É o meu voto. Participaram do julgamento os

Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora

Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo

Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) Domingos Dissei –

Relator." 2) TC 4.098.13-26 – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP

– Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da Concorrência 03/SMSP/Cogel/2013,

cujo objeto é o registro de preços para a prestação de serviços de manutenção, recuperação,

conservação e melhorias nas obras de arte na Cidade de São Paulo, quanto aos aspectos da

legalidade, formalidade e mérito ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos

quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,

em julgar prejudicada a análise do edital da Concorrência 03/SMSP/Cogel/2013, em razão da

revogação do aludido certame pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras –

SMSP. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as providências regimentais, o

arquivamento dos autos. Relatório: Em julgamento a Concorrência nº 03/SMSP/COGEL/2013,

promovida pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, cujo objeto consiste no

registro de preços para a prestação de serviços de manutenção, recuperação, conservação e

melhorias nas obras de arte na Cidade de São Paulo. Após manifestações da Auditoria e da

Assessoria Jurídica de Controle Externo apontando irregularidades no instrumento convocatório,

determinei a suspensão do procedimento licitatório, decisão essa devidamente referendada pelo

Plenário desta Corte na sessão de 29/01/2014. No curso da instrução processual, no entanto,

sobreveio a informação da Origem acerca da revogação da mencionada Concorrência, conforme

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despacho publicado no Diário Oficial de 24/09/2014. À vista da revogação do certame, a

Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral desta Corte, manifestaram-se pela perda

do objeto da análise do edital. É o relatório. Voto: Na esteira das manifestações da Procuradoria

da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral desta Corte, JULGO PREJUDICADA a análise da

Concorrência nº 03/SMSP/COGEL/2013 que objetivava o registro de preços para a prestação de

serviços de manutenção, recuperação, conservação e melhorias nas obras de arte na Cidade de

São Paulo, em razão da revogação do aludido certame pela Origem. Deixo consignado que, após

a aludida revogação, a Origem publicou o Edital de Concorrência nº 02/SMSP/COGEL/2014

visando o registro de preços para os serviços em tela, o qual é objeto de análise nos autos do TC

nº 4.014/14-17. Tal Concorrência, no entanto, com abertura adiada pela Origem em data de

06/11/2014, foi igualmente objeto de apontamentos já noticiados à Origem, estando os

respectivos autos no aguardo do oferecimento de esclarecimentos e informações. Após as

providências regimentais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros

Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da

Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) Domingos Dissei – Relator."

– PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO JOÃO ANTONIO – 1) TC

2.700.01-39 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Consórcio JNS/Hagaplan – TA

1º/2003 R$ 8.380.772,55 (prorrogação de prazo, alteração do valor contratual, adoção de

cronograma físico-financeiro e de permanência de pessoal e adoção de planilha orçamentária

geral), relativo ao Contrato 002/2001/Sehab/Alto Tiete, no valor de R$ 8.380.772,55, julgado em

24/7/2002 – Serviços técnicos especializados de engenharia ambiental, apoio técnico-

operacional, fiscalização, acompanhamento e análise de projetos específicos e gerenciamento das

atividades da Prefeitura do Município de São Paulo, no âmbito do Programa de Saneamento

Ambiental em Bacias Hidrográficas de Mananciais do Alto Tietê (Tramita em conjunto com o

TC 6.662.04-36). Após o relato da matéria, "o Conselheiro João Antonio – Relator julgou

regular o 1º Termo de Aditamento ao Contrato 002/2001/Sehab/Alto Tietê, bem como

determinou o envio de ofícios à Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e ao Consórcio

JNS/Hagaplan, para conhecimento, com o posterior arquivamento dos autos. Ademais, o

Conselheiro Roberto Braguim – Revisor julgou regular, excepcionalmente, o 1º Termo de

Aditamento. Ainda, o Conselheiro Maurício Faria acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo

Conselheiro João Antonio – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Domingos Dissei

solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 2) TC 6.662.04-36 – Secretaria

Municipal de Habitação – Sehab e Consórcio JNS/Hagaplan – Acompanhamento – Execução

Contratual – Acompanhar, por amostragem, se o Contrato 002/2001/Sehab/Alto Tiete (R$

8.380.772,55 – TA 1º/2003 R$ 8.380.772,55), cujo objeto é a prestação de serviços técnicos

especializados de engenharia ambiental, apoio técnico-operacional, fiscalização,

acompanhamento e análise de projetos específicos e gerenciamento no âmbito do Programa de

Saneamento Ambiental em Bacias Hidrográficas de Mananciais do Alto Tietê, estão sendo

executados conforme o pactuado (Tramita em conjunto com o TC 2.700.01-39). Após o relato da

matéria, "o Conselheiro João Antonio – Relator julgou regular a execução do Contrato

002/2001/Sehab/Alto Tietê, que avaliou as medições de números 38, 42 e 43, bem como

determinou o envio de ofícios à Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e ao Consórcio

JNS/Hagaplan, para conhecimento, com o posterior arquivamento dos autos. Ademais, o

Conselheiro Roberto Braguim – Revisor julgou regular, excepcionalmente, a execução contratual.

Ainda, o Conselheiro Maurício Faria acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro

João Antonio – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Domingos Dissei solicitou

vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 4.628.03-46 – Recurso de Jilmar

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Augustinho Tatto interposto contra o V. Acórdão de 18/8/2010 – Relator Conselheiro Edson

Simões – Subprefeitura Itaquera – SP-IQ e Delta Construções S.A. – Serviços de manutenção,

reparação e complementação de infraestrutura urbana em áreas de ocupação consolidada, por um

período de 90 dias, de acordo com a Ata de RP 003/SMSP/03 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso, por presentes os

requisitos de admissibilidade. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros João

Antonio – Relator, Maurício Faria, com voto apresentado em separado, e Domingos Dissei, em

dar-lhe provimento para o fim de julgar regulares a Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002, a Ata

de Registro de Preços 003/SMSP/03 e o Contrato 10/SP-IQ/SF/2003, afastando, por

consequência, a multa aplicada ao Subprefeito de Itaquera, à época, o Senhor Antônio Edson

Ferrão. Vencido o Conselheiro Roberto Braguim – Revisor, que lhe negou provimento. Acordam,

ainda, à unanimidade, em determinar a ciência do presente Acórdão à 2ª Promotoria de Justiça do

Patrimônio Público e Social da Capital, do Ministério Público do Estado de São Paulo, em

atendimento ao pedido formulado nos autos. Acordam, também, à unanimidade, em determinar o

envio de ofício às partes, para conhecimento, com o posterior arquivamento dos autos. Relatório:

Trata-se de Recurso interposto por Jilmar Augustinho Tatto, na qualidade de Secretário

Municipal das Subprefeituras à época, em face do Venerando Acórdão de fls. 683-685. De acordo

com o referido Acórdão, a Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002, a Ata de Registro de Preços nº

003/SMSP/03 e o Contrato nº 10/SP-IQ/SF/2003 foram julgados irregulares, com aceitação dos

efeitos financeiros e multa ao agente público responsável (Antônio Edson Ferrão, Subprefeito de

Itaquera à época). O objeto da contratação consistiu na prestação de serviços de manutenção,

reparação e complementação de infraestrutura urbana. Quanto à Concorrência e à Ata de Registro

de Preços, o julgamento considerou as seguintes irregularidades: 1) Os serviços licitados, em sua

grande maioria, não se enquadram na categoria de serviços comuns e não podem ser considerados

de uso habitual ou rotineiro; 2) Esses serviços, na sua grande maioria, são previsíveis e se

enquadram naqueles para os quais a legislação pertinente exige a execução prévia de projetos de

engenharia para defini-los qualitativa e quantitativamente e, principalmente, para a contratação

dos mesmos; 3) A previsão de que projetos com objetos mais específicos, que poderão exigir a

utilização de todos os demais itens constantes do Anexo III (Tabelas da Prefeitura), não pertinem

ao sistema de registro de preços. Com relação ao contrato, decidiu-se pela sua irregularidade

visto que em desacordo com a legislação, uma vez que os serviços nele compreendidos deveriam

ter sido objeto de licitação específica, precedida da execução e definição do projeto de

engenharia. Em sua defesa, o Recorrente alega, inicialmente, ausência de prejuízo ao Erário e

boa-fé ao longo da execução contratual. Argumenta o Recorrente que a utilização do registro de

preços para contratação dos serviços se revelava razoável e perfeitamente legal. Requereu, ao

final, o provimento do recurso para o fim de serem considerados regulares os ajustes em exame

com o consequente afastamento da multa imposta. A Assessoria Jurídica de Controle Externo

manifestou-se, preliminarmente, pelo conhecimento do Recurso, pois presentes os requisitos para

sua admissibilidade. Quanto ao mérito, entende que os argumentos expostos pelo recorrente não

são suficientes para infirmar o Venerando Acórdão já proferido, observando-se, ainda, a

inexistência de elementos novos que pudessem dar ensejo à modificação do que restou decidido.

Opina, ao final, pelo não provimento do recurso, ressaltando que o sistema de registro de preços

não é compatível com obras de engenharia que dependam de projeto básico específico a exigir

planejamento individual, tal como ocorre no presente caso. A Procuradoria da Fazenda Municipal

manifestou-se pelo conhecimento e provimento do Recurso interposto. A Secretaria Geral opinou

pelo desprovimento do apelo, vez que não prosperaram os argumentos lançados pelos

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recorrentes. É o RELATÓRIO. Voto: Em julgamento o Recurso interposto por Jilmar

Augustinho Tatto, na qualidade de Secretário Municipal das Subprefeituras à época, em face do

Venerando Acórdão de fls. 683-685. De acordo com o referido Acórdão, a Concorrência nº

17/SMSP/COGEL/2002, a Ata de Registro de Preços nº 003/SMSP/03 e o Contrato nº 10/SP-

IQ/SF/2003 foram julgados irregulares, com aceitação dos efeitos financeiros e multa ao

Subprefeito de Itaquera, à época Senhor o Antônio Edson Ferrão. Quanto à Concorrência e à Ata

de Registro de Preços, o julgamento considerou as seguintes irregularidades: 1) Os serviços

licitados, em sua grande maioria, não se enquadram na categoria de serviços comuns e não

podem ser considerados de uso habitual ou rotineiro; 2) Esses serviços, na sua grande maioria,

são previsíveis e se enquadram naqueles para os quais a legislação pertinente exige a execução

prévia de projetos de engenharia para defini-los qualitativa e quantitativamente e, principalmente,

para a contratação dos mesmos; 3) A previsão de que projetos com objetos mais específicos, que

poderão exigir a utilização de todos os demais itens constantes do Anexo III (Tabelas da

Prefeitura), não pertinem ao sistema de registro de preços. Com relação ao contrato, decidiu-se

pela sua irregularidade, visto que em desacordo com a legislação, uma vez que os serviços nele

compreendidos deveriam ter sido objeto de licitação específica, precedida da execução e

definição do projeto de engenharia. Por primeiro, verifico que a questão central discutida nos

autos diz respeito à natureza do objeto licitado, que consistiu na contratação de serviços de

manutenção, reparo e complementação da infraestrutura urbana por meio da utilização do sistema

de registro de preços. Sobre esse assunto, a Lei Municipal nº 13.278, de 2002, em seu artigo 3º,

estabelece que "O fornecimento de materiais em geral e a prestação de quaisquer serviços, em

ambos os casos, desde que habituais ou rotineiros, poderão ser contratados pelo sistema de

registro de preços". Além disso, a lei define em seu artigo 2º, inciso II, o que pode ser entendido

como serviço de engenharia, a saber: "Toda atividade técnica relacionada com obra, em que

predominem serviços profissionais sobre o fornecimento de materiais, como consertos, pequenos

reparos, serviços de limpeza ou manutenção de obras, além de trabalhos técnico-cientificos, a

exemplo de projetos, laudos, pareceres, cuja execução exija atuação ou acompanhamento de

profissional sujeito à fiscalização do sistema CONFEA/CREA". Merece destaque a defesa

quando afirma que "as expressões habituais e rotineiros sugerem serviços de que se necessitam

com frequência, sempre ou durante um período mais prolongado. E nem tudo o que se realiza

com alguma frequência, repetidamente, é necessariamente simples, comum ou desprovido de

sofisticação que independa do domínio de alguma técnica ou ciência, como é o caso em testilha".

Acresça-se, ainda, a lição do professor Celso Antonio Bandeira de Mello que assim se posiciona

quanto à nulidade dos atos administrativos: "Não se decreta a nulidade se não houver

consequências jurídicas. Doutra parte, temos, ainda outro limite à invalidadação dos atos

administrativos, qual seja, a ausência de lesão. É dizer, o ato invalidável não teria contaminado as

relações surgidas. Seria o famoso princípio assaz de vezes repetido reflexão suficiente: pás de

nullite sans grief". (Curso de Direito Administrativo, 25ª edição. São Paulo: Malheiros Editores,

2008, págs. 558-559) Em outras palavras, não se declarará nulo nenhum ato processual quando

este não causar prejuízo para a acusação ou para a defesa. Nesse sentido, cumpre observar por

derradeiro a ausência de comprovação de prejuízo ao Erário oriundo da conduta praticada pelo

agente público. Por todo o exposto, CONHEÇO do Recurso interposto por Jilmar Augustinho

Tatto, na qualidade de Secretário Municipal das Subprefeituras à época, em face do Venerando

Acórdão de fls. 683-685 e, no mérito, DOU-LHE PROVIMENTO para o fim de julgar

regulares a Concorrência nº 17/SMSP/COGEL/2002, a Ata de Registro de Preços nº

003/SMSP/03 e o Contrato nº 10/SP-IQ/SF/2003, afastando, por consequência, a multa aplicada

ao Subprefeito de Itaquera, à época o Senhor Antônio Edson Ferrão. Dê-se ciência do presente

julgado à 2ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, do Ministério

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Público do Estado de São Paulo, em atendimento ao pedido formulado nos autos. Oficiem-se as

partes para conhecimento e, após, arquivem-se os autos. Este é meu voto, Senhor Presidente.

Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Conheço do Recurso em

julgamento, posto que presentes os requisitos de admissibilidade. No mérito, em consonância

com voto divergente por mim proferido por ocasião do julgamento original da matéria, comungo

do entendimento expresso nas razões recursais relacionado ao cabimento da adoção do sistema de

registro de preços para serviços de manutenção, reparação e complementação de infraestrutura

urbana em áreas de ocupação consolidada, na forma proposta pela concorrência 17/2002.

Reafirmo, ora em grau recursal, meu entendimento no sentido de que tais serviços podem ser

contratados por sistema de registro de preços, por refletirem natureza habitual e rotineira em face

da Lei Municipal nº 13.278 de 2002, diante da necessidade constante de manutenção de tais

áreas. Aliás, a possibilidade de adoção do sistema de registro de preços para serviços de

engenharia, afirmada em parecer exarado pelo Prof. Márcio Cammarosano que instruiu os

presentes autos, já encontra na atualidade jurisprudência consolidada nesta Corte de Contas,

citando, a título exemplificativo, o recente julgamento da Concorrência Pública nº

002/EDIF/SIURB/0922

, também de relatoria do Conselheiro Eurípedes Salles, que teve por objeto

o registro de preços de serviços gerais de manutenção preventiva, corretiva, reparações,

adaptações e modificações em próprios municipais, com fornecimento de materiais de primeira

linha e mão-de-obra especializada, bem como o Pregão 06/12/CET, de relatoria do Conselheiro

Roberto T. Braguim, que teve por objeto o registro de preços para execução de serviços atinentes

à implantação de sinalização horizontal, vertical, defensas metálicas, gradis e limpeza de placas,

com fornecimento de materiais23

. Superada a questão envolvendo a possibilidade de adoção do

sistema de registro de preços para serviços de engenharia, resta enfrentar especificamente a

natureza dos serviços envolvendo a manutenção da infraestrutura urbana, enquanto serviços que

se impõem após a execução de obra que a tenha originalmente implantado. Há que se diferenciar,

de início, as situações de manutenção da infraestrutura instalada, daquela correspondente à fase

de sua implantação: nesta, há verdadeira obra nova, a demandar projeto novo e específico e sendo

inviável a adoção do sistema de registro de preços; naquela, encontram-se presentes os elementos

e características que viabilizam a opção por tal sistema, na medida em que a manutenção envolve

exclusivamente o conhecimento de seu histórico pela catalogação, ao longo do tempo, dos seus

desgastes, dos seus defeitos e das suas características funcionais, devendo ser seguido o projeto

originalmente adotado na implantação daquela infraestrutura. Deduz-se que a infraestrutura, uma

vez implantada, requer, em primeiro lugar, a necessidade de disponibilidade operacional para sua

manutenção e, em segundo lugar, a necessidade de pautar essas ações mantenedoras segundo um

plano de gerenciamento que leve em conta os registros históricos das demandas de recuperação

do sistema instalado. Para a execução de serviços de conservação e manutenção, pois, não há

como afastar o conceito de atividade habitual e rotineira, a qual, ainda que previsível, não se

mostra mensurável de antemão. Conforme constou das justificativas apresentadas pela Secretaria

Municipal de Transportes quando da concepção do novo sistema proposto24

, e que subsidiou a

realização desta concorrência pública, as alterações envolviam como um todo a implantação de

corredores de ônibus, de vias livres à esquerda e à direita e de estações de transferências, sendo

que as Atas em apreço foram utilizadas exclusivamente para a manutenção dos corredores de

ônibus, ora com alteração de vias livres á esquerda e à direita. É importante fazer o destaque de

que, apesar da denominação genérica utilizada largamente nos autos de "corredores de ônibus",

tecnicamente os serviços decorrentes da utilização do presente registro de preços não envolveram

22

TC 1.628.09-25 23

TC 2.313.12-55 24

Vide Anexo ao TC 72.002453.04-04 e TC 72.006.244.04-76

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a implantação de novos "corredores de ônibus" (o que de fato seria considerado obra nova), mas

sim, cuidaram exclusivamente de recuperação de infraestrutura com eventuais criações ou

alterações de "faixas exclusivas de ônibus", o que, tecnicamente, não implica em obra nova,

nem tampouco em serviços de maior complexidade. Tais infraestruturas possuem conceitos

distintos que interferem diretamente na análise da adequação do objeto para fins de adoção do

sistema de registro de preços. O conceito de "corredores de ônibus" ampara a construção de

pistas com segregação, requerendo a execução de serviços de fresagem, recapeamento,

reconfiguração de geometria ou alargamento de vias, com alteração dos pontos de travessia,

implantação de acessos e abrigos no canteiro central e melhoria da sinalização horizontal, vertical

e semafórica. Por sua vez, o conceito de "via livre" implica apenas na reordenação do fluxo

de tráfego com a definição de faixa preferencial para transporte coletivo (pistas sem

segregação), localizadas à esquerda ou à direita, sem possibilidade de ultrapassagem nas paradas,

demandando unicamente a execução de serviços de fresagem e recapeamento, com implantação

de pontos de ônibus. Nesta lógica, os serviços de reordenação do fluxo de tráfego com a

definição de faixa preferencial para transporte coletivo, sem segregação, e denominados

"via livre" dentro do novo sistema de transportes então desenvolvido, são aqui entendidos

como comuns e habituais, para fins de enquadramento aos ditames legais que regulam o

sistema de registro de preços. E foram estes os serviços licitados por meio da CP17/02, em que

pese genericamente tratados como "corredores de ônibus", denominação esta que não reflete a

melhor técnica, e que gera confusão no entendimento da natureza do objeto licitado com a ideia

de realização de eventual obra nova, necessária à implantação de corredores segregados de

ônibus. O único corredor de ônibus tecnicamente existente à época era o corredor Santo Amaro, o

qual também foi objeto de manutenção por meio da utilização das Atas decorrentes desta

Concorrência, sem implicar em construção/implantação de novo corredor. No que se refere aos

quantitativos estimados por aproximação, há que se atentar para as informações técnicas de

engenharia que cercam o conceito de manutenção de obra, esclarecendo-se, nesse particular, que

na definição das soluções de manutenção e restauração já devem estar contidas as intervenções

necessárias à recomposição das soluções originais presentes nos projetos de implantação daquela

infraestrutura, com quantitativos e custos extraídos das próprias composições de preços unitários

presentes naqueles projetos originais de instalação primária das obras, incluindo-se alguns itens

de serviço que, eventualmente, podem se apresentar também em composições ou tabelas

destinadas à contratação de obra nova, caso venha a ser necessário o refazimento ou

recomposição de um equipamento para fins de manutenção, sempre limitado ao conceito de

manutenção, atrelado ao projeto original existente. Tais intervenções serão sempre necessárias e

previsíveis, porém, imensuráveis de antemão, pela própria característica dos serviços de

manutenção, pois, apesar da existência de um inventário e de um plano de manutenção, têm como

quantitativos e localização das intervenções fatores sempre fundamentados em simples

estimativas. Já sobre a alegada complexidade de engenharia, não é por outra razão que os órgãos

responsáveis pela malha rodoviária do país têm, em seus acervos técnicos, os denominados

álbuns de projetos tipo "padrão" de todos os elementos que compõem a infraestrutura dessa

malha viária para fins de conservação, manutenção e restauração, como também as composições

de custos dos serviços relacionados a esse projeto tipo "padrão". Tais intervenções de

recuperação caracterizam condição necessária e fundamental para garantia da disponibilidade

operacional da infraestrutura durante toda a sua vida útil e aplicam-se aos sistemas instalados,

com projetos e especificações técnicas padronizadas e constantes das normas dos órgãos

responsáveis. Ou seja, certa complexidade técnica não exclui sua configuração em álbum de

projeto "padrão", nem é, necessariamente, sinônimo de projeto novo, já que a manutenção se guia

pelos anteriores projetos originais. Por derradeiro, como à época dos fatos ainda não vigoravam

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as alterações veiculadas pelo Decreto nº 51.278/2010, voltadas ao controle de quantitativos no

sistema de registro de preços para fins de gerenciamento das Atas, entendo que tal abordagem

resta prejudicada na análise do contrato 010/02, também em julgamento nos presentes autos, vez

que a normatização então vigente não dispunha de referências expressas em termos percentuais, e

nem mesmo esta Corte de Contas trilhou no sentido de consolidar jurisprudência nesse sentido.

Pelo exposto, e por entender compatíveis os serviços licitados com o sistema de registro de

preços, voto pelo conhecimento e provimento integral do Recurso interposto, para o fim de

declarar a regularidade da Concorrência nº 17/SMSP/COGEL/2002, das Atas dela

decorrentes e do contrato nº 010/2003. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto

Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda

Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3

de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) João Antonio – Relator." 4) TC 3.880.07-

43 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de

Minas Gerais S.C. Ltda. – Concorrência Pública 01/SME/2007 – Contrato 163/SME/2007 R$

7.765.407,00 – Operacionalização dos procedimentos relativos à realização da "Prova São Paulo

2007" (Tramita em conjunto com o TC 3.653.07-81) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros

do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o

relatório e voto do Relator, em julgar regulares o Edital de Concorrência 01/SME/2007 e o

Contrato 163/SME/2007, celebrado pela Secretaria Municipal de Educação – SME com o

Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de Minas Gerais S/C Ltda. Acordam, ademais, à

unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos.

Relatório e voto englobados: v. TC 3.653.07-81. Participaram do julgamento os Conselheiros

Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da

Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) João Antonio – Relator." 5)

TC 3.653.07-81 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Instituto de Tecnologia e

Desenvolvimento de Minas Gerais S.C. Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual –

Verificar se as principais cláusulas do Contrato 163/SME/2007 (R$ 7.765.407,00), cujo objeto é

a operacionalização dos procedimentos relativos à realização da "Prova São Paulo 2007", estão

sendo executadas conforme o pactuado (Tramita em conjunto com o TC 3.880.07-43)

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João

Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular a execução

do Contrato 163/SME/2007, celebrado pela Secretaria Municipal de Educação – SME com o

Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de Minas Gerais S/C Ltda. Acordam, ademais, à

unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos.

Relatório englobado: Tratam-se, neste Voto, do julgamento do Edital de Concorrência nº

01/SME/2007 e do Contrato nº 163/SME/2007, analisados no TC nº 3.880.07-43, celebrado com

o Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de Minas Gerais S/C Ltda., objetivando a

operacionalização dos procedimentos relativos à realização da “Prova São Paulo 2007”, bem

como do julgamento da análise da execução contratual do ajuste em questão, TC nº 3.653.07-81.

Em razão da conexão dos objetos, os referidos TCs serão julgados em conjunto. 1 – TC nº

3.880.07-43 Trata-se da análise da legalidade do Edital de Concorrência nº 01/SME/2007, cujo

objeto já foi referido acima. A análise realizada pela equipe técnica da Coordenadoria II, bem

como pelo Sr. Subsecretário de Fiscalização e Controle à época, conclui, após análise das

informações recebidas da Origem, pela regularidade da Concorrência nº 01/SME/2007, com a

ressalva relativa à ausência de justificativas para utilização dos índices econômicos, em

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desacordo com o art. 31, § 5º da Lei 8.666/93, e pela regularidade do Contrato nº 163/SME/2007,

com a ressalva quanto à extemporaneidade na remessa de documento por meio de sistema

eletrônico, em desarcordo com a Resolução TCMSP nº 05/02 e Instrução nº 01/02. Instada a se

manifestar, a Assessoria de Controle Externo acompanhou a Especializada (fls. 918/919), bem

assim a Sra. Assessora Subchefe de Controle Externo (fl. 920). A PFM, a seu turno, acompanhou

os órgãos técnicos desta Corte de Contas, opinando pela regularidade tanto da concorrência,

quanto do contrato retro mencionados, entendendo que as ressalvas não eram suficientes para

comprometer a sua higidez. A Secretaria Geral exarou parecer destacando que as ressalvas

apontadas no Relatório da Auditoria possuíam cunho eminentemente formal, não tendo a

possibilidade de macular a regularidade dos atos praticados. Assim, respaldado nos elementos de

instrução que pautaram os presentes autos, em especial as análises espelhadas pela AJCE, opinou

pela regularidade de ambos os instrumentos, quais sejam, a Concorrência nº 01/SME/2007 e o

Contrato nº 163/SME/2007. TC 72.003.653.07-81 Trata-se de acompanhamento da execução

contratual referente ao Contrato nº 163/SME/2007, firmado entre a PMSP/SME e o Instituto de

Tecnologia e Desenvolvimento de Minas Gerais para a realização da Prova São Paulo 2007, a fim

de verificar se as principais cláusulas estão sendo executadas conforme o pactuado. A Auditoria,

às fls. 387/397, elaborou minucioso relatório, cujas conclusões seguem reproduzidas a seguir: “4

– CONCLUSÃO 4.1 – As avaliações realizadas referentes ao cumprimento das cláusulas

contratuais e especificações do Projeto Básico não revelaram irregularidades no período

analisado. Foram observadas as seguintes ocorrências por parte da SME: a) falta de uma prova

em uma unidade escolar, b) notificação de quatro casos de malotes encaminhados para escolas

diferentes das originalmente destinadas, mas que foram remanejados sem prejuízo da avaliação

dos alunos (itens 3.2.1.a e 3.2.2.f). 4.2 – O Núcleo de Avaliação Educacional autorizou a entrega

do Banco de Itens (especificação do Projeto Básico – 2.1.5) em data posterior ao inicialmente

previsto, em razão de alterações nas especificações técnicas por parte da SME. Em 29/11/07,

foram recebidos 4.550 itens de Língua Portuguesa e Matemática e a Contratada solicitou o

pagamento de R$ 1.855.727,77 referente a essa etapa contratual (item 3.2.2.b). 4.3 – A primeira e

a segunda medição e os respectivos pagamentos ocorreram em conformidade ao apontado no

contrato e aos requisitos legais previstos na Lei Federal 8.666/93 (item 3.3). 4.4 – Foram

escolhidas aleatoriamente três unidades escolares visitadas no dia 08/11/07, para comprovar o

cumprimento das cláusulas contratuais. Observamos as seguintes ocorrências: a) ausência de um

monitor na EMEF Professora Sylvia Martin Pires, que foi substituído por monitor de outro turno

e, b) na EMEF Antônio Alcântara Machado, um malote não veio lacrado e outro apresentava

sinais de possível violação; ressaltamos, entretanto, que a quantidade de materiais dos referidos

malotes estavam de acordo com o previsto (item 3.4). 4.5 – Em síntese, durante o período

analisado, as cláusulas contratuais e as especificações técnicas do Projeto Básico avaliadas foram

cumpridas de acordo com o pactuado, ressalvadas as ocorrências pontuais descritas, que não

prejudicaram a execução contratual em análise (itens 3.2, 3.3 e 3.4). Instada a se manifestar, a

Origem encaminhou documentação sob fls. 403/405. Encaminhada tal documentação para a

Auditoria, esta, ao analisá-la, ratificou as conclusões de fls. 396/397, porquanto não foram

trazidos aos autos fatos novos que pudessem alterar as conclusões alcançadas no presente

relatório de acompanhamento. Foi destacado que a Origem demonstrou o cumprimento de

cláusulas contratuais após o período analisado no acompanhamento da execução contratual.

Encaminhado o presente TC à AJCE, esta exarou parecer opinando pela regularidade da

execução do Contrato nº 163/SME/2007, com especial destaque para o fato de que tanto a

Concorrência quanto a Contratação já haviam sido avalizadas por pareceres daquela

Especializada. A PFM, a seu turno, acompanhou as manifestações dos órgãos técnicos exarados

nos autos, opinando pelo acolhimento da execução contratual em análise, porquanto regular. A

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Secretaria Geral, calcada nas manifestações dos órgãos técnicos, em especial de AUD, opinou

pelo acolhimento da execução contratual referente ao Contrato nº 163/SME/2007, subsumida no

inciso II do artigo 4º da Resolução 06/00, atualizada pela nº01/05. É o RELATÓRIO. Voto

Englobado: Em julgamento o processo de contratação de empresa especializada na logística de

aplicação da chamada “Prova São Paulo”, referente ao ano de 2007. A “Prova São Paulo” foi

instituída pelo Município de São Paulo no ano de 2007 e perdurou até o ano de 2012, sendo

extinta pela atual Gestão, a qual passou a adotar a “Prova Brasil”, do Governo Federal, como

forma de avaliação do aproveitamento escolar. Em relação às presentes Concorrência e

Contratação, as áreas técnicas desta Corte foram unânimes em considerá-las regulares, com as

ressalvas relativas à ausência de justificativas para utilização dos índices econômicos previstos no

Edital, em desacordo com o art. 31, § 5º da Lei Federal nº 8.666/93, e quanto à extemporaneidade

na remessa do instrumento do Contrato a este Tribunal, por meio de sistema eletrônico SERI, em

desarcordo com a Resolução TCMSP nº 05/02 e Instrução nº 01/02. Tais impropriedades foram

consideradas pela AJCE e pela SG como meramente formais, passíveis de relevação. Já em

relação à execução contratual, a Auditoria apontou a falta de uma prova em uma unidade escolar

e a notificação de quatro casos de malotes encaminhados para escolas diferentes das

originalmente destinadas. Ainda em relação a esta última ocorrência, os Técnicos apontaram que

tais malotes foram remanejados, sem prejuízo da avaliação dos alunos. Também foi destacado

que, em três Unidades Escolares escolhidas aleatoriamente e visitadas pelos Técnicos no dia

08/11/07, foram constatadas ocorrências típicas da realização de um certame desta magnitude: a)

ausência de um monitor na EMEF Professora Sylvia Martin Pires, que foi substituído por monitor

de outro turno e, b) na EMEF Antônio Alcântara Machado, um malote não veio lacrado e outro

apresentava sinais de possível violação. Porém, em termos gerais, a Auditoria concluiu pela

regularidade da execução contratual em questão, com as ocorrências citadas, as quais não foram

capazes de macular a regularidade do cumprimento contratual. Tal entendimento foi

acompanhado pela AJCE e pela SG. Diante de todo o exposto, JULGO REGULARES o Edital de

Edital de Concorrência nº 01/SME/2007 e o Contrato nº 163/SME/2007, ambos analisados no TC

nº 3.880.07.43, celebrado pela Secretaria Municipal de Educação com o Instituto de Tecnologia e

Desenvolvimento de Minas Gerais S/C ltda, bem como JULGO REGULAR a execução do

contrato em tela, analisado nos autos do TC nº 3.653.07.81. Após as comunicações de praxe,

arquivem-se os autos. É como voto, Senhor Presidente. Participaram do julgamento os

Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a

Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) João

Antonio – Relator. " 6) TC 3.310.09-05 – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente –

SVMA e Demax Serviços e Comércio Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual –

Verificar se o Contrato 080/SVMA/2008 (R$ 3.448.999,99), cujo objeto é a produção de mudas

de espécies ornamentais herbáceas, arbustivas e arbóreas e a manutenção e conservação dos

Viveiros Municipais Manequinho Lopes, Cotia e Carmo, compreendendo a execução dos

serviços e o fornecimento de todos os materiais, veículos, equipamentos, está sendo executado de

acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no

ajuste ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar irregular a execução

do Contrato 080/SVMA/2008, tendo em conta os seguintes apontamentos: no controle exercido

pelos fiscais do contrato, não constou anotação de atrasos; não há rubrica da fiscalização da

contratante em alguns dias na ficha de controle de presença da responsável técnica da contratada;

não foram apresentados os registros no Crea dos técnicos de nível médio à fiscalização do

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Contrato; a Kombi CZD 7721 ultrapassou o limite de idade estabelecido no Termo de Referência;

não foram acostados aos processos de pagamento os tíquetes de descarga de lixo em aterros

controlados; o fornecimento de uniformes não atendeu completamente às exigências contidas no

Termo de Referência, uma vez que não foram entregues aos funcionários da Contratada três jogos

de uniforme no início do contrato, e mais um jogo a cada três meses. Acordam, ainda, à

unanimidade, considerando que não há evidência de má-fé, dolo, nem prejuízo ao erário,

tampouco o serviço deixou de ser prestado, nem houve evidências de que foi prestado com

qualidade inferior, em aceitar os efeitos financeiros produzidos, deixando de efetuar as

recomendações propostas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle, tendo em vista o término

do contrato. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe,

o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se, nos autos do TC nº 3.310/09-05, de

Acompanhamento do Contrato nº 080/SVMA/2008, firmado entre a Secretaria Municipal do

Verde e do Meio Ambiente – SVMA e a empresa Demax Serviços e Comércio Ltda., cujo objeto

é a prestação de serviços de produção de mudas de espécies Ornamentais Herbáceas, Arbustivas e

Arbóreas e manutenção e conservação dos Viveiros Municipais Manequinho Lopes, Cotia e

Carmo, de forma a verificar se as principais cláusulas estão sendo executadas conforme pactuado,

com valor inicial de R$ 3.448.999,99 (três milhões, quatrocentos e quarenta e oito mil,

novecentos e noventa e nove reais, e noventa e nove centavos). A Coordenadoria V da

Subsecretaria de Fiscalização e Controle realizou o acompanhamento da execução contratual do

Contrato em referência, no período de 27.10.09 a 24.11.09, com período de abrangência da

análise de 28.10.08 a 28.10.09, alcançando o Relatório de fls. 981/995, cujas conclusões foram:

“4.1 No controle exercido pelos fiscais do contrato não consta anotação de atrasos, contrariando o

item 7.10 do Termo de Referência (Item 3.2.2 do relatório); 4.2”. A quantidade de faltas apuradas

no viveiro Manequinho Lopes enseja aplicação da multa estabelecida no subitem 10.2.2 da

Cláusula Décima do contrato e item 8 do Termo de Referência, no valor de R$ 803,76 (item 3.2.2

do relatório). 4.3. Não há rubrica da fiscalização da contratante em alguns dias da ficha de

controle de presença da responsável técnica da contratada (Item 3.2.2 do relatório); 4.4. Não

foram apresentados os registros no CREA dos técnicos de nível médio, desatendendo o item

6.1.2.1.7 do Termo de Referência (Item 3.2.2 do relatório); 4.5. A Kombi CZD 7721 ultrapassou

o limite de idade estabelecido pelo item 4.10 do Termo de Referência (Item 3.2.3 do relatório);

4.6. Não foram acostados aos processos de pagamento os tíquetes de descarga de lixo em aterros

controlados, correspondentes às viagens da caçamba realizadas no período, como determina o

item 5.3.1 do contrato (Item 3.2.3 do relatório); 4.7. A contratada não identifica suas ferramentas,

equipamentos e materiais diversos com o objetivo de diferenciá-los dos equipamentos

pertencentes à SVMA, desatendendo a cláusula nona, item 9.1.15 do contrato (Item 3.2.4 do

relatório); 4.8. O fornecimento de uniforme e Equipamento de Proteção Individual não atendeu às

exigências contidas nos itens 6.8 a 6.11 do Termo de Referência (Item 3.2.5 do relatório); 4.9. O

pagamento referente à segunda parcela do vale cesta não foi devidamente comprovado no

processo de medição e pagamento do mês de agosto de 2009, devendo a Administração atentar-se

para esse fato, exigindo controle rubricado pelos funcionários (Item 3.2.6 do relatório); 4.10.

Deixou de ser recolhido aos cofres públicos o montante de R$ 79.936,34, a título de Contribuição

para a Seguridade Social, em infringência ao item 5.4 do contrato, assim como às legislações

específicas referentes ao INSS e ISSQN (Item 3.3 do relatório).” Intimada a Origem e a

Contratada, estas prestaram seus esclarecimentos às fls. 1015/1031 e 1315/1331; e 1043/1313.

Por seu turno, a SFC manifestou-se às fls. 1334/1338, aceitando a justificativa da defesa em

relação ao item 4.2. Contudo, ratificando as demais conclusões. Em seguida, opinou a Assessoria

Jurídica às fls. 1341/1346, acompanhando as conclusões de AUD por seus próprios fundamentos,

visto que se trata de constatações de natureza essencialmente fática, motivo pela qual se

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posicionou pelo não acolhimento da Execução Contratual. Por seu turno, a PFM se pronunciou às

fls. 1348/1353. Esta sugeriu que a Origem fosse novamente oficiada para que pudesse ser

aprofundada a instrução processual, propondo quinze questionamentos, a fim de ensejar um

posicionamento conclusivo por aquele órgão fazendário. Assim, novamente intimada a Origem,

esta respondeu aos questionamentos propostos pela PFM às fls. 1395/1397. Prosseguindo, a

Auditoria se manifestou novamente às fls. 1349/1400, ratificando as mesmas conclusões da

manifestação anterior. Da mesma forma, se manifestou novamente a AJCE às fls. 1403/1405,

sem alterar também seu posicionamento. Em novo turno, a PFM voltou a se pronunciar às fls.

1408/1420, ponderando sumariamente que: a) o ajuste em questão já se encerrou, com a

culminação de Termo de Recebimento Definitivo, indicando a prestação correta dos serviços; b)

não houve qualquer irregularidade no caso concreto, a qual pudesse ter trazido prejuízo à

Administração; c) não houve qualquer restrição quanto aos preços praticados e/ou quantidade de

serviços prestados; d) não há prova de que os agentes públicos tenham se beneficiado dos atos

praticados; e) as impropriedades havidas foram de ordem formal, não comprometendo a eficácia

e validade dos atos praticados; f) não há notícia nos autos da existência de prejuízo concreto à

Administração em face dos atos praticados; g) não se constatou dolo, má fé ou culpa por parte

dos agentes públicos. Por fim, requer o acolhimento da execução contratual, pelo menos o

reconhecimento dos efeitos financeiros e patrimoniais, em homenagem ao princípio da segurança

jurídica. Por fim, Secretaria Geral opinou brevemente às fls. 1422/1426, enfatizando que

“verifica-se que com exceção da infringência apontada no item 4.2, todos os demais

apontamentos persistiram, que nem mesmo os quesitos formulados pela douta Procuradoria do

Munícipio, respondido às fls. 1395/1397, foram capazes de alterar a conclusão dos órgãos

técnicos, motivo pelo qual, manifesto-me, também, pelo não acolhimento da Execução do

Contrato nº 080/SVMA/2008, vez que se trata de constatações de natureza essencialmente

fática.” É o RELATÓRIO Voto: Em julgamento o Acompanhamento da Execução do Contrato nº

080/SVMA/2008, firmado entre a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA

e a empresa Demax Serviços e Comércio Ltda., cujo objeto é a prestação de serviços de produção

de mudas de espécies Ornamentais Herbáceas, Arbustivas e Arbóreas e manutenção e

conservação dos Viveiros Municipais Manequinho Lopes, Cotia e Carmo, de forma a verificar se

as principais cláusulas estão sendo executadas conforme pactuado, com valor inicial de R$

3.448.999,99 (três milhões, quatrocentos e quarenta e oito mil, novecentos e noventa e nove reais,

e noventa e nove centavos). O acompanhamento ocorreu no período de 27.10.09 a 24.11.09, com

período de abrangência da análise de 28.10.08 a 28.10.09. Inicialmente friso que o Pregão nº

052/SVMA/2008 e o presente contrato foram julgados regulares por este Tribunal, conforme

Acórdão publicado no Diário Oficial em 15.07.2011. A instrução processual, após ouvida a

Origem, revelou que restaram não justificadas as seguintes infringências: a) No controle exercido

pelos fiscais do contrato não consta anotação de atrasos, contrariando o item 7.10 do Termo de

Referência; b) Não há rubrica da fiscalização da contratante em alguns dias na ficha de controle

de presença da responsável técnica da contratada; c) Não foram apresentados os registros no

CREA dos técnicos de nível médio, desatendendo o item 6.1.2.1.7 do Termo de Referência; d) A

Kombi CZD 7721, fabricada em 2005 e com quatro anos de uso à época da auditoria, ultrapassou

o limite de idade estabelecido pelo item 4.10 do Termo de Referência, que exige que os veículos

utilitários tenham, no máximo, 3 anos de fabricação; e) Não foram acostados aos processos de

pagamento os tíquetes de descarga de lixo em aterros controlados, correspondentes às viagens da

caçamba realizadas no período, como determina o item 5.3.1 do contrato; f) A contratada não

identifica suas ferramentas, equipamentos e materiais diversos com o objetivo de diferenciá-los

dos equipamentos pertencentes à SVMA, desatendendo a cláusula nona, item 9.1.15 do contrato;

g) O fornecimento de uniforme e Equipamento de Proteção Individual não atendeu

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completamente às exigências contidas nos itens 6.8 a 6.11 do Termo de Referência; h) O

pagamento referente à segunda parcela do vale cesta não foi devidamente comprovado no

processo de medição e pagamento do mês de agosto de 2009, devendo a Administração atentar

para esse fato, exigindo controle rubricado pelos funcionários; e i) Deixou de ser recolhido aos

cofres públicos o montante de R$ 79.936,34 (setenta e nove mil, novecentos e trinta e seis reais e

trinta e quatro centavos), a título de Contribuição para a Seguridade Social, em infringência ao

item 5.4 do contrato, assim como às legislações específicas referentes ao INSS. Primeiramente, a

respeito da questão da contratada não identificar suas ferramentas, equipamentos e materiais

diversos com o objetivo de diferenciá-los dos equipamentos pertencentes à Secretaria do Verde e

Meio Ambiente, aceito a justificativa da Origem e da contratada, em que ambas alegam que os

seus respectivos materiais se situavam em locais distintos, e considerando que a Auditoria

apontou apenas que seria possível ocorrer confusão entre equipamentos similares da Prefeitura e

da Contratada, mas não que efetivamente ocorre uma indistinção fática de materiais. No que se

refere ao pagamento da segunda parcela do vale cesta aos funcionários da Contratada, o que não

constou foi somente a rubrica destes na declaração de comprovante de entrega de vales cestas.

Contudo, não há na instrução processual evidência que tal benefício não tenha sido pago.

Portanto este apontamento é passível de relevação, considerando que tanto a Contratada como a

Pasta contratante informaram que passariam a exigir cópia rubricada pelos funcionários. Quanto

ao último item, que trata de divergência de recolhimento à Seguridade Social no montante de R$

79.936,34 (setenta e nove mil, novecentos e trinta e seis reais e trinta e quatro centavos), acolho a

justificativa da Contratada às folhas 1048/1051, considerando que a Contratada estava regular

perante à Seguridade Social, e que procede a sua argumentação de que existe um sistema de

compensação, no qual possíveis saldos de diferença de recolhimento a menor sobre o que é retido

de mão de obra quando da Emissão da Nota Fiscal são posteriormente compensados quando do

pagamento das Guias da Previdência Social – GPS, visto que a contribuição integral é devida e

calculada sobre o total da folha de salários, sendo este informado na Guia de Recolhimento do

FGTS. Por fim, quanto aos demais apontamentos, entendo que os seguintes não foram

devidamente observados, os quais repetirei de modo sumário: no controle exercido pelos fiscais

do contrato, não constou anotação de atrasos; não há rubrica da fiscalização da contratante em

alguns dias na ficha de controle de presença da responsável técnica da contratada; não foram

apresentados os registros no CREA dos técnicos de nível médio à fiscalização do Contrato; a

Kombi CZD 7721 ultrapassou o limite de idade estabelecido no Termo de Referência; não foram

acostados aos processos de pagamento os tíquetes de descarga de lixo em aterros controlados; o

fornecimento de uniformes não atendeu completamente às exigências contidas nos no Termo de

Referência, uma vez que não foram entregues aos funcionários da Contratada três jogos de

uniforme no início do contrato, e mais um jogo a cada três meses. Diante de todo o exposto e na

esteira das manifestações dos Órgãos Técnicos deste Tribunal, JULGO IRREGULAR a execução

do Contrato nº 080/SVMA/2008. Contudo, considerando que não há evidência de má-fé, dolo,

nem prejuízo ao Erário, tampouco o serviço deixou de ser prestado, nem houve evidências de que

foi prestado com qualidade inferior, aceito os efeitos financeiros produzidos e deixo de efetuar as

recomendações propostas pela Auditoria, tendo em vista o término do contrato. Após as

comunicações de praxe, arquivem-se os presentes autos. Participaram do julgamento os

Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a

Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente a) João

Antonio – Relator." – PROCESSOS DE REINCLUSÃO – CONSELHEIRO PRESIDENTE

EDSON SIMÕES – Preliminarmente, o Conselheiro Presidente Edson Simões comunicou ao

Egrégio Plenário que devolverá posteriormente somente os itens 1 e 20 de sua pauta de

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reinclusão: 1) TC 5.716.04-28 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Sampa Org –

Contrato 18/2004 R$ 1.254.415,19 – Prestação de serviços técnicos especializados para

implantação do projeto "Portal do Céu 2) TC 2.529.99-35 – Recursos da Procuradoria da

Fazenda Municipal – PFM e de Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda. interpostos contra o V.

Acórdão de 1º/8/2012 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Esportes,

Lazer e Recreação – Seme e Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda. – (TAs 01/00, 02/01 red. de

R$ 480.988,80, 03/01 R$ 8.006.169,60, 34/2002 R$ 2.668.723,20 e 008/2003 R$ 5.170.153,46),

relativos ao Contrato 74/98, no valor de R$ 35.314.704,00, julgado em 02/4/2003 – Prestação de

serviços de Segurança Vigilância e Guarda Patrimonial armada para o Autódromo Municipal

"José Carlos Pace", Estádio Municipal "Paulo Machado de Carvalho" e Unidades da Secretaria

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.752ª S.O.,

para que os mesmos lhe fossem conclusos a fim de proferir voto de desempate, ocasião em que

votaram os Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim

e João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, em conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos

apresentados, por presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros Maurício Faria – Revisor, com voto apresentado em separado, e João Antonio,

votando o Conselheiro Presidente Edson Simões, para efeito de desempate, nos termos do artigo

26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em dar provimento parcial aos

recursos em exame, a fim de julgar regular o Termo Aditivo 02/01 e manter a irregularidade

formal do Termo Aditivo 03/01, acolhendo os efeitos financeiros decorrentes, em homenagem ao

princípio da segurança e estabilidade das relações jurídicas. Vencidos os Conselheiros Domingos

Dissei – Relator e Roberto Braguim que, diante da ausência de elementos novos, negaram-lhes

provimento, mantendo o V. Acordão recorrido, por seus próprios e jurídicos fundamentos.

Relatório: Em análise os Recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela

Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda., em face do v. Acordão, que, por unanimidade, julgou

regulares os Termos de Aditamento nºs 01/00, 34/02 e 08/03, relevando as falhas constatadas,

bem como, por maioria, julgou irregulares os Termos de Aditamento nº 02/01 e 03/01, em razão

da não comprovação de regularidade da contratada perante o Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço, deixando de reconhecer os efeitos financeiros produzidos por ambos. No recurso

apresentado, a Procuradoria da Fazenda Municipal, amparou-se na defesa apresentada pela

Origem na fase de instrução, portando já apreciada. Argumentou ainda que, nos autos, não há

notícia de prejuízo ao Erário ou má-fé dos agentes públicos, pelo que defendeu a convalidação

das impropriedades apontadas. A empresa contratada - Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda., -

por sua vez, apresentou recurso alegando que não há nenhuma Cláusula no Termo de Contrato e

tampouco nos Termos Aditivos prevendo a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de

Regularidade do Fundo de Garantia, requerendo, desse modo, que sejam declarados regulares os

Termos de Aditamento nºs 02/01 e 03/01, bem como sejam acolhidos os seus efeitos financeiros.

A Origem, apesar de oficiada, deixou de apresentar recurso. A Especializada, após análise,

concluiu que os recursos interpostos não comprovaram a regularidade da Contratada junto ao

FGTS à época das assinaturas dos respectivos Termos de Aditamento rejeitados. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento dos apelos, uma

vez atendidos os requisitos legais e regimentais e, quanto ao mérito, pela total improcedência, em

face da ausência de razões aptas a modificar o quanto decidido no v. Acordão. É o relatório.

Voto: Conheço dos recursos apresentados, porém no mérito, diante da ausência de elementos

novos, nego-lhes provimento, mantendo-se o V. Acordão recorrido, por seus próprios e jurídicos

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fundamentos. (2.752ª S.O.) Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria:

Voto pelo conhecimento dos recursos voluntários em exame, por presentes os requisitos de

admissibilidade estabelecidos no artigo 138 e seguintes do Regimento Interno, bem como no

artigo 46 da Lei Orgânica desta Corte, na esteira dos pareceres unânimes dos órgãos técnicos. No

mérito, reitero posicionamento consignado em meu voto original pela regularidade dos Termos

Aditivos 01/00, 02/01, 34/02 e 08/03 ao contrato nº 074/98, por relevar as falhas constatadas, e

irregular o TA 03/01, em razão da não comprovação da situação de regularidade fiscal da

contratada frente ao FGTS por ocasião da sua formalização, em virtude do disposto no artigo

195, § 3º, da Constituição Federal, e na Lei Federal nº 9.012/95, mas reconhecendo os efeitos

financeiros produzidos, ante a ausência nos autos de notícia de prejuízo ao Erário, ou mesmo de

indício de dolo, má-fé ou fraude por parte dos agentes responsáveis. Desta forma, voto, no

mérito, pelo provimento parcial dos recursos em exame, para o fim de julgar regular o Termo

Aditivo 02/01 e manter a irregularidade formal do Termo Aditivo de nº 03/01, acolhendo os

efeitos financeiros decorrentes, em homenagem ao princípio da segurança e estabilidade das

relações jurídicas. (2.752ª S.O.) Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões: Cuidam os autos do TC 2.529/99 da análise de recursos interpostos pela

Procuradoria da Fazenda Municipal e Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda. contra o Acórdão

que julgou regulares os Termos Aditivos 1/00, 34/02 e 08/03 e irregulares os Termos Aditivos

2/01 e 3/0125

referentes ao Contrato 74/98 firmado entre a Secretaria Municipal de Esportes,

Lazer e Recreação26

e a empresa Recorrente, tendo por objeto a prestação de serviços de

vigilância no âmbito do autódromo Municipal "José Carlos Pace" e no estádio Municipal "Paulo

Machado de Carvalho". O Conselheiro Relator Corregedor Domingos Dissei conheceu dos

recursos e, no mérito, negou-lhes provimento, sendo acompanhado pelo Conselheiro Vice-

Presidente Roberto Braguim. Divergiu o Conselheiro Maurício Faria que, no mérito, deu

provimento parcial aos recursos para tornar regular o Termo Aditivo 2/01, mantendo a

irregularidade do Termo Aditivo 03/2001, no que foi acompanhado pelo Conselheiro João

Antonio. Com efeito, por unanimidade foi negado provimento aos recursos no tocante ao Termo

Aditivo 3/2001, registrando-se empate quanto aos demais e consoante disposição legal, profiro o

VOTO DE DESEMPATE. Acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros Maurício Faria e

João Antonio, restando assim, por maioria de votos, PROVIDOS EM PARTE OS RECURSOS,

para tornar regular o Termo Aditivo 2/01, pelas razões expostas em seus votos. Participaram do

julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Roberto Braguim e João Antonio.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor prolator do voto da corrente

vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento

Interno desta Corte." 3) TC 208.08-13 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Delta

Construções S.A. – Contrato 045/SES/07 R$ 34.660.697,02 – Execução dos serviços indivisíveis

de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e

logradouros públicos; varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de

resíduos da varrição de vias públicas, lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos;

25

Irregularidades por SFC: "irregular o TA nº. 002/01, por deixar de apresentar o Certificado de Regularidade do

FGTS e publicação extemporânea do termo no Diário Oficial da Cidade, bem como, e irregular o TA nº 003/01, por

infringência ao inciso II do artigo 57 da Lei nº 8.666/93 e ao inciso III do artigo 83 da Lei Municipal nº 10.544/88

pela falta de realização de pesquisa prévia de mercado e ainda, com as ressalvas referentes a não apresentação do

Certificado de Regularidade do FGTS e publicação do termo no Diário oficial." 26

Ordenadores: Nádia Campeão, Heraldo Correa Galvão e Carlos Eduardo Brunello (NENHUM APRESENTOU

RECURSO).

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varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres; e serviços

complementares e acessórios de limpeza, nas áreas e vias pertencentes ao Agrupamento V,

compreendendo toda área das Subprefeituras Butantã, Lapa e Pinheiros (Tramita em conjunto

com o TC 4.120.07-35 e 4.121.07-06) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos,

devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de

Sua Excelência, na 2.754ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos a fim de proferir voto

de desempate. Na referida sessão, votaram os Conselheiros Maurício Faria e Domingos Dissei,

assim como, na 2.731ª S.O., o Conselheiro João Antonio – Relator e, na 2.737ª S.O., o

Conselheiro Roberto Braguim – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria, com voto

apresentado em separado, e Domingos Dissei, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões,

para efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno

desta Corte, por entender que a conduta da Administração não infringira o § 2º do artigo 64 da

Lei Federal 8.666/93, visto que inaplicável no presente caso, julgou, excepcionalmente, regular o

contrato em análise. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e Roberto Braguim –

Revisor, que julgaram irregular o Contrato 045/SES/2007, exararam determinações e aplicaram

multa ao ordenador da despesa. Relatório e voto englobados: v. TC 4.121.07-06. Voto em

separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 4.121.07-06. Voto de

desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 4.121.07-06.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor

e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco

e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson

Simões – Presidente, com voto; a) Maurício Faria – Conselheiro prolator do voto da corrente

vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento

Interno desta Corte." 4) TC 4.120.07-35 – Vereador Paulo Fiorilo (Câmara Municipal de São

Paulo – CMSP) – Solicitação de auditoria no Contrato 045/SES/07 (R$ 34.660.697,02), cujo

objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo,

compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos; varrição mecanizada de vias e

logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas, lavagem de

logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias

públicas após as feiras-livres; e serviços complementares e acessórios de limpeza, nas áreas e vias

pertencentes ao Agrupamento V, compreendendo toda área das Subprefeituras Butantã, Lapa e

Pinheiros, celebrado entre a Secretaria Municipal de Serviços – SES e a empresa Delta

Construções S.A. (Tramita em conjunto com os TCs 208.08-13 e 4.121.07-06) ACÓRDÃO:

"Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro

Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.754ª S.O., para que os

mesmos lhe fossem conclusos, uma vez que acompanham o processo TC 208.08-13. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos

Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria, com voto

proferido em separado, e Domingos Dissei, em determinar o envio de ofício, acompanhado de

cópia do Acórdão proferido nos autos do processo TC 208.08-13, à Egrégia Câmara Municipal de

São Paulo, em resposta ao Ofício 520/2007, requerimento do Excelentíssimo Senhor Vereador

Paulo Fiorilo, dando ciência ao Nobre Edil. Relatório e voto englobados: v. TC 4.121.07-06.

Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 4.121.07-06.

Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson

Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator." 5) TC 4.121.07-06 – Vereador Aurélio Miguel

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(Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Solicitação de auditoria no Contrato 045/SES/07

(R$ 34.660.697,02), cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no

Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos;

varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de

vias públicas, lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual,

lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres; e serviços complementares e

acessórios de limpeza, nas áreas e vias pertencentes ao Agrupamento V, compreendendo toda

área das Subprefeituras Butantã, Lapa e Pinheiros, celebrado entre a Secretaria Municipal de

Serviços – SES e a empresa Delta Construções S.A. (Tramita em conjunto com os TCs 208.08-13

e 4.120.07-35) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente

sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na

2.754ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, uma vez que acompanham o processo TC

208.08-13, o qual aguarda voto de desempate. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,

em determinar o envio de ofício, acompanhado de cópia do Acórdão proferido nos autos do

processo TC 72.000.208.08-13, à Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, em resposta ao Ofício

34/Lid_Pr/07, requerimento do Excelentíssimo Senhor Vereador Aurélio Miguel, para ciência do

Nobre Edil. Relatório englobado: Trata-se, nos autos do TC 208.08-13, da análise da

contratação de 'Execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São

Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos; varrição mecanizada de

vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas, lavagem

de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de

vias públicas após as feiras-livres; e serviços complementares e acessórios de limpeza, nas áreas e

vias pertencentes ao Agrupamento V, compreendendo toda área das seguintes Subprefeituras:

Butantã, Lapa e Pinheiros'. Já nos demais TCs que integram este Voto, analisam-se os

requerimentos dos Nobres Vereadores Aurélio Miguel – TC 4.120.07-35 – e Paulo Fiorilo – TC

4.121.07-86, endereçados a esta Corte de Contas, ambos questionando a legalidade da

contratação em julgamento. A presente análise tem por base o Contrato nº 045/SES/2007,

celebrado pela Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Serviços

com a empresa Delta Construções S.A. para a execução dos serviços anteriormente referidos no

âmbito das Subprefeituras do Butantã, Lapa e Pinheiros. Em análise preliminar pela Auditoria

desta Casa, a mesma concluiu pela irregularidade do Contrato em tela pela seguinte razão: -

Adjudicação do objeto à Contratada Delta Contruções S.A., classificada em terceiro lugar na

tábua de classificação das propostas, pelo valor original de sua proposta, a saber, R$

34.660.697,02 (trinta e quatro milhões, seiscentos e sessenta mil, seiscentos e noventa e sete reais

e dois centavos), sem que fosse exigido da referida empresa que a mesma reduzisse seu preço nas

mesmas condições do primeiro classificado, tendo por isso, violado o § 2° do artigo 64 da Lei

Federal n° 8.666/93. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, em parecer de folhas 334/338,

da mesma maneira concluiu pela irregularidade do ajuste, ou seja, violação do § 2 do artigo 64 da

Lei 8.666/93. Por seu turno, o Assessor Subchefe da Douta AJCE opinou pela irregularidade do

contrato por ofensa ao princípio da obrigatoriedade de licitar, afeta à Administração Pública,

conforme inciso XXI do artigo 37 da Constituição Federal ou, em última análise, pela violação ao

referido § 2° do artigo 64 e ao inciso XI do artigo 24, ambos da Lei Federal n° 8.666/93. A

Procuradoria da Fazenda Municipal, de maneira diversa, opinou pelo acolhimento do ajuste,

conforme manifestação de folhas 404. Em parecer saneador, a Secretaria Geral opinou pela

irregularidade do Contrato nº 045/SES/2007, celebrado pela Secretaria Municipal de Serviços e a

empresa Delta Construções S.A., por desrespeito ao princípio estatuido no inciso XXI do artigo

37 da Constituição Federal e, supletivamente, pela violação ao § 2°, do artigo 64 e ao inciso XI,

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do artigo 24, ambos da Lei Federal n° 8.666/93. O Contrato nº 045/SES/07 decorreu da

Concorrência nº 001/SES/05, cujo Edital foi analisado por esta Casa nos autos do TC nº

2.958.06-12. Na oportunidade, foram licitados 5 (cinco) Agrupamentos, os quais englobavam as

31 (trinta e uma) Subprefeituras do Município. O critério de escolha da licitante vencedora, para

cada um dos Agrupamentos licitados, foi o de menor preço total, observada a limitação a um

Agrupamento por licitante, nos termos dos subitens 14 e 15 do Edital. Em relação

especificamente ao Agrupamento V, que aqui se cuida, a licitante vencedora, por força de decisão

judicial, foi a empresa Evolu Servic Ambiental Ltda., com a proposta de R$ 29.991.268,65 (vinte

e nove milhões, novecentos e noventa e um mil, duzentos e sessenta e oito reais e sessenta e

cinco centavos). No entanto, a decisão liminar que amparava o resultado preliminar do certame

em favor da empresa Evolu Servic Ambiental Ltda. foi revertida judicialmente. Desta forma, a

Secretaria Municipal de Serviços convocou a empresa classificada em segundo lugar, Construtora

Gomes Lourenço Ltda., para que esta manifestasse o interesse em revalidar a sua proposta

anteriormente ofertada e, assim, ter-lhe adjudicado o objeto. De acordo com o noticiado nos

autos, a Construtora Gomes Lourenço Ltda. recusou-se a revalidar sua proposta. Assim, a

empresa Delta Construções S.A., terceira colocada na tábua de classificação para o Agrupamento

V foi convocada para revalidar sua proposta, a qual concordou, sendo-lhe, ao final, adjudicado o

objeto da referida Concorrência. No entanto, a Secretaria Municipal de Serviços, ao convocar a

Delta Construções S.A. para que confirmasse sua proposta, não observou o disposto no § 2º do

artigo 64 da Lei Federal nº 8.666/93 que dispõe: '§ 2°: É facultado à Administração, quando o

convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no

prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação,

para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado,

inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a

licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.' De fato, conforme

apontado pela Auditoria 'os serviços licitados foram adjudicados à empresa Delta Construções

S.A., no valor original de sua proposta, perfazendo R$ 34.660.697,02' (trinta e quatro milhões,

seiscentos e sessenta mil, seiscentos e noventa e sete reais e dois centavos). Portanto, a

ilegalidade é manifesta. De fato, o Relatório da Auditoria apontou que os valores ofertados pelas

três primeiras colocadas na Concorrência, para o referido Lote V, foram: 1º - Evolu Servic

Ambiental Ltda. R$ 29.991.268,65; 2º - Construtora Gomes Lourenço R$ 30.749.399,33; 3º -

Delta Construções S.A. R$ 34.660.697,02. Com a reversão da medida liminar que garantia a

Evolu Servic Ambiental Ltda. como primeira colocada, a Construtora Gomes Lourenço foi

considerada a real vencedora do certame. Como a Construtora Gomes Lourenço recusou-se a

confirmar sua proposta, ao convocar a Delta Construções S.A., a Origem deveria impor como

condição de ser-lhe adjudicado o objeto que esta concordasse com as mesmas condições da

proposta vencedora e, também, com os preços devidamente atualizados, conforme dispõe o

parágrafo 2º do artigo 64 da Lei 8.666/93. Porém, conforme se pode constatar, a Secretaria

Municipal de Serviços firmou o contrato com a empresa Delta Construções S.A. pelo preço

originalmente ofertado, violando o dispositivo legal em comento. Segundo apontou o Relatório

da Auditoria, '(...) quando da adjudicação do serviço à empresa DELTA CONSTRUÇÕES S.A.,

esta teria que ter se dado pelo valor ofertado pela CONSTRUTORA GOMES LOURENÇO

LTDA., e não pelo valor original de sua proposta como de fato ocorreu, o que geraria uma

diferença a menor de R$ 3.911.297,69'. Por outro lado, outra solução possível para o caso seria a

Secretaria Municipal de Serviços optar pela revogação do certame, no tocante especificamente ao

Agrupamento V, e realizar nova licitação, conforme disposto na parte final do já referido § 2º do

artigo 64 do Lei 8.666/93. Aliás, esta foi a solução primeira apontada pela Subchefia da

Assessoria Jurídica desta Corte em seu parecer. Desta forma, a Secretaria Municipal de Serviços

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ao adjudicar o objeto licitado para a empresa Delta Construções S.A., segunda colocada na

tabulação das propostas válidas, sem impor-lhe a exigência legal de aceitar as condições e preços

ofertados pelo licitante vencedor, violou disposição expressa de lei. Além do mais, a contratação

se deu por uma diferença, a maior, de R$ 3.911.297,69 (três milhões, novecentos e onze mil,

duzentos e noventa e sete reais e sessenta e nove centavos), causando considerável prejuízo ao

Erário. É o relatório. Voto englobado: Diante de todo o exposto, JULGO IRREGULAR o

Contrato nº 045/SES/2007 firmado pela Secretaria Municipal de Serviços e a empresa Delta

Construções S.A., uma vez que celebrado com a licitante classificada em segundo lugar na tábua

de propostas válidas, sem a observância do comando do parágrafo 2º do artigo 64 da Lei Federal

nº 8.666/93. DETERMINO, ainda que sejam encaminhados os ofícios, a saber: (i) ao

Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de São Paulo, para que proponha as medidas

judiciais cabíveis para ressarcimento integral do prejuízo aos cofres públicos aqui apurados, no

total de R$ 3.911.297,69 (três milhões, novecentos e onze mil, duzentos e noventa e sete reais e

sessenta e nove centavos), devidamente corrigidos; (ii) à Controladoria Geral do Município, para

que adote as medidas de sua competência, segundo o disposto no inciso II do artigo 138 da Lei

Municipal nº 15.764/13, "in verbis": 'art. 138: Compete ao Controlador Geral: (...) II – determinar

a instauração de apurações preliminares, inspeções, sindicâncias e demais procedimentos

disciplinares de preparação e investigação, inclusive inquéritos administrativos para o exercício

da pretensão punitiva, nos termos do art. 208, parágrafo único, da Lei nº 8.989, de 29 de outubro

de 1979, sem prejuízo das competências da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos'. (iii) ao

Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio da Promotoria de Justiça do Patrimônio

Público e Social, fazendo-se referência ao Inquérito Civel nº 1433/09, da 5ª PJ, com as

conclusões e as irregularidades apuradas por esta Corte de Contas em relação ao Contrato nº

045/SES/2007; (iv) à Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, em resposta aos Ofícios nº

520/2007, requerimento do Nobre Vereador Paulo Fiorilo e nº 34/Lid_Pr/07, requerimento no

Nobre Vereador Aurélio Miguel, tratados no âmbito desta Corte através dos TCs nºs 4.120.07-35

e 4.121.07-06 respectivamente, dando ciência aos Nobres Edis sobre as conclusões alcançadas no

presente julgamento. Como decorrência das irregularidades apuradas, APLICO ao ordenador da

despesa, a MULTA prevista no inciso II do artigo 52 da Lei Municipal nº 9.167/80, cominada no

seu grau mais elevado, conforme disposto no artigo 53 da mesma Lei. Determino, ainda, que os

Órgãos de Fiscalização desta Corte acompanhem, através de INSPEÇÃO, junto ao Município, o

fiel cumprimento do que ficou aqui determinado. Após as comunicações de praxe, ARQUIVEM-

SE OS autos. Este é o meu voto, Senhor Presidente (2.731ª S.O.). Voto em separado englobado

proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Como assinalado pela Auditoria, com a cassação

da liminar que amparava a assinatura do contrato com a empresa EVOLU SERVIC

AMBIENTAL LTDA., operou-se a invalidação do ato que havia declarado a empresa vencedora

(fl. 212). Essa invalidação somente atingiu a adjudicação à empresa EVOLU SERVIC

AMBIENTAL LTDA. e comprometeu sua proposta "ab initio", posto que os efeitos da decisão

judicial não confrontaram com o conteúdo expresso no procedimento da licitação propriamente

dita. Assim, com a retomada do certame a partir da nova classificação (que excluiu a proposta,

agora tida como inexistente da empresa EVOLU SERVIC AMBIENTAL LTDA.), a Origem

convocou a empresa CONSTRUTORA GOMES LOURENÇO, classificada inicialmente em

segundo lugar (que passou então a ser a primeira colocada). No entanto, esta não aceitou

revalidar sua proposta. Por tal razão, foi convocada a terceira colocada (que passou a ser agora a

segunda colocada), que aceitou revalidar sua proposta e assinar o contrato pelo valor inicialmente

ofertado. Nesse sentido ocorre a inaplicabilidade do disposto no § 2º do artigo 64 da Lei de

Licitações e Contratos, posto que somente admitida na hipótese de o convocado não assinar o

termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições

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estabelecidos, o que não ocorreu nos autos. Frise-se que a contratação de aproximadamente um

ano com a empresa EVOLU SERVIC AMBIENTAL se deu por força de decisão judicial. Com a

cassação da liminar que amparou essa contratação e a consequente invalidação da adjudicação,

inadmissível a aplicação do disposto no § 2º do art. 64 da Lei nº 8.666/93. Da leitura dos

dispositivos, podemos extrair, pelo menos dois requisitos para sua aplicação, quais sejam: a)

contratação frustrada em virtude do não comparecimento do convocado; e b) propostas dentro do

prazo de validade. Nenhum desses requisitos se mostraram presentes. No contrato ora em

julgamento, não se trata de convocação dos demais licitantes. Com a invalidação da contratação

daquela que, por determinação judicial, foi a primeira colocada, operou-se a retomada do certame

a partir da sua homologação. O cenário que se apresenta é semelhante ao de uma licitação

realizada em que não ocorre o ato de adjudicação como consequência imediata. É como se a

licitação tivesse sido homologada e após o transcurso de um prazo realizou-se a adjudicação,

sendo que no presente caso, o primeiro classificado não aceitou validar sua proposta, o que foi

aceito pelo segundo classificado, ou seja, empresa DELTA CONSTRUÇÕES S.A. Nesta

situação, não se tem como referência o valor praticado no contrato firmado com a empresa que

firmou contrato por força de decisão judicial (proposta que invalidada, deverá ser considerada

inexistente), mas sim os atos praticados pela Administração durante a realização do procedimento

licitatório, o qual classificou as empresas CONSTRUTORA GOMES LOURENÇO – que não

aceitou revalidar sua proposta, e a DELTA CONSTRUÇÕES S.A. Por óbvio que tal

procedimento não supera o fato de que, por cautela e para refutar qualquer questionamento sobre

a matéria, deveria a Administração ter realizado um novo certame especificamente para o

Agrupamento V, até porque, para a retomada do certame, deveria se certificar muito claramente

da consistência dos preços praticados pelas empresas classificadas, com análise sobre tais preços

e o valor estimado para contratação. Não obstante, entendo que a conduta da Administração não

infringiu o § 2º do art. 64 da Lei de Licitações e Contratos, posto que, como já demonstrado

inaplicável no presente caso, razão pela qual, excepcionalmente, julgo regular o contrato ora em

análise (2.754ª S.O.). Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões: Cuidam os autos dos TCs 208/08, 4.120/07 e 4.121/07 da análise, (realizada em

decorrência de requerimento formulado pelos então Vereadores Paulo Fiorilo e Aurélio Miguel) do

Contrato 45/07 firmado entre a Secretaria Municipal de Serviços e Delta Construções S.A, tendo por

objeto a execução de serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo,

compreendendo varrição manual de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos e

outros. Na sessão 2.731, o Conselheiro Relator João Antonio conheceu das solicitações e julgou

irregular o Contrato 45/2007 pois celebrado com a licitante classificada em segundo lugar, sem a

observância do § 2º do artigo 64 da Lei Federal 8.666/93. Na Sessão 2.737 o Conselheiro Revisor

Vice-Presidente Roberto Braguim acompanhou o voto do Relator. Na sessão 2.754 divergiu o

Conselheiro Maurício Faria que conheceu das solicitações e julgou regular o Contrato por entender

que com a invalidação do contrato firmado com a primeira colocada, por decisão judicial, operou-se

a retomada do certame a partir da sua homologação. Assim, a conduta da Administração não

infringiu o §2º do artigo 64 da Lei de Licitações, pois inaplicável na espécie. O Conselheiro

Corregedor Domingos Dissei acompanhou o voto do Conselheiro Maurício Faria. Com efeito

registrou-se empate, e consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE. A

classificação inicial das propostas foi a seguinte: 1ª classificada: Evolu Servic. Ltda. 2ª classificada:

Gomes Lourenço 3ª classificada: Delta Construções S/A. Com a reversão, pelo poder judiciário, da

medida liminar que garantia a Evolu Servic Ambiental Ltda. como primeira colocada no certame, a

sua proposta foi considerada inexistente. Isso porque, com a invalidação do contrato celebrado com a

primeira colocada por decisão judicial, o certame é retomado desde a fase de classificação. Antes que

houvesse uma nova classificação, a empresa Gomes Lourenço (que passaria a ser a primeira

classificada) FOI CONSULTADA se tinha interesse em firmar o contrato. Contudo, a Gomes

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Lourenço não aceitou revalidar a sua proposta nos termos do parágrafo 3º do artigo 64 da Lei de

Licitações. (pois ultrapassado o prazo de validade de 60 dias). Diante disso e considerando que a

proposta da Gomes Lourenço tornou-se inválida, foi CONSULTADA a próxima empresa na ordem

da classificação, a Delta Construções S/A. que aceitou revalidar a sua proposta e celebrar o contrato.

Por conseguinte, foi convocada a empresa Delta Construções S/A. que passou a ser a primeira

colocada, facultando à Administração contratá-la nos preços de sua proposta original, não se

aplicando o parágrafo 2º do artigo 64 da Lei de Licitações. Diante disso, acompanho a corrente

perfilhada pelos Conselheiros Maurício Faria e Domingos Dissei, restando assim, por maioria de

votos, CONHECIDAS as solicitações e JULGADO REGULAR O CONTRATO 45/2007, pelas

razões expostas em seus votos.27

Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim –

Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de

dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator.” 6) TC 504.07-15

– Secretaria Municipal de Educação – SME e Subprefeitura Parelheiros/Centro Social

Comunitário Jardim Primavera – Convênio 018/SME/2003 R$ 1.435.500,00, TAs 017/2004

(alteração de cláusulas contratuais para adequação às disposições do Decreto Municipal

45.313/04, conforme disposição contida no preâmbulo do ajuste), 143/2006-RP (alteração de

cláusulas contratuais para adequação do convênio às Portarias 4.023/05, 6.943/05 e 4.099/05 de

acordo com o contido no Despacho de Autorização e reajuste do valor das instalações (locação) e

267/2006-RP (adequação às Portarias 4.023/05, 4.099/05 e 2.798/06 e retirar da Cláusula

Segunda da Vigência a condição de prorrogação automática) – Atendimento às crianças de 0 a 6

anos e 11 meses de idade, por meio do Centro de Educação Infantil/Creche, segundo as Normas

Gerais de SAS/SME, instituídas pela Portaria Intersecretarial 004/SAS/SME de 21 de maio de

2002, pela Portaria Intersecretarial 02/SAS-SME de 5 de fevereiro de 2003, e de acordo com o

Plano de Trabalho aprovado pela Secretaria (Tramita em conjunto com o TC 3.022.07-80)

ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.022.07-80, 2.466.07-07,

2.535.07-10, 2.104.08-99, 2.534.07-57, 2.446.07-91, 2.693.08-41, 2.533.07-94 e 2.720.12-07 e

discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões,

após determinação de Sua Excelência, na 2.762ª S.O., para que lhe fossem conclusos, para

proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros João Antonio – Relator,

Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros

Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, e Maurício Faria, nos termos

de seu voto apresentado em separado, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para

efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso IX, alínea “a”, do Regimento Interno desta

Corte, calcados nos apontamentos da Subsecretária de Fiscalização e Controle e da Secretaria

Geral, em julgar irregulares o Convênio 018/SME/2003 e os Termos Aditivos 017/Subprefeitura

Parelheiros/2004, 143/2006-RP e 267/2006-RP. Vencidos os Conselheiros João Antonio –

Relator e Domingos Dissei que relevaram as impropriedades detectadas pelos Órgãos Técnicos e

julgaram regulares os instrumentos. Acordam, ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos

financeiros advindos dos instrumentos. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as

comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC

2.720.12-07. Declaração de voto englobado apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim:

v. TC 2.720.12-07. Voto em separado englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício

Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões: v. TC 2.720.12-07. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio –

27

Ordenador da Despesa e Signatário do Contrato: Antonio Marsiglia Netto e José Izaias Santana (presidente da

Comissão de licitação) – Dimas Ramalho (Secretario à época e Ordenador da despesa Licitação já julgada irregular)

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Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de

dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro

Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do

§ 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.” 7) TC 3.022.07-80 – Secretaria Municipal

de Educação – SME – Acompanhamento – Verificar se o Convênio 018/SME/2003 (R$

1.435.500,00) e seus Termos Aditivos 017/2004/Subprefeitura Parelheiros, 143/2006-RP e

267/2006-RP, cujo objeto é o atendimento às crianças de 0 a 6 anos e 11 meses de idade, por

meio do Centro de Educação Infantil/Creche, segundo as Normas Gerais de SAS/SME,

instituídas pela Portaria Intersecretarial 004/SAS/SME de 21 de maio de 2002, pela Portaria

Intersecretarial 02/SAS-SME de 5 de fevereiro de 2003, e de acordo com o Plano de Trabalho

aprovado pela Secretaria, estão sendo executados conforme o pactuado (Tramita em conjunto

com o TC 504.07-15) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 504.07-15,

2.466.07-07, 2.535.07-10, 2.104.08-99, 2.534.07-57, 2.446.07-91, 2.693.08-41, 2.533.07-94 e

72.002.720.12-07 e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro

Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.762ª S.O., para que lhe

fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros João

Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, e Maurício Faria,

nos termos de seu voto apresentado em separado, votando o Conselheiro Presidente Edson

Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso IX, alínea “a”, do Regimento

Interno desta Corte, calcados nos apontamentos da Subsecretária de Fiscalização e Controle e da

Secretaria Geral, em julgar irregular a execução do convênio. Vencidos os Conselheiros João

Antonio – Relator e Domingos Dissei que julgaram excepcionalmente regular o instrumento.

Acordam, ademais, à unanimidade em aceitar os efeitos financeiros advindos do convênio.

Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento

dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.720.12-07. Declaração de voto englobado

apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 2.720.12-07. Voto em separado

englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto de

desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 2.720.12-07.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente

vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento

Interno desta Corte.” 8) TC 2.466.07-07 – Secretaria Municipal de Educação – SME e

Associação Desportiva Vida Verde Topy Bol – Convênio 029/SME/2006-RP R$ 433.880,00 –

Atendimento de 180 crianças de 0 a 6 anos e 11 meses, sendo 25 crianças de 0 a 1 ano e 11 meses

no Centro de Educação Infantil Lindalva Dias Marreiro ACÓRDÃO: “Vistos, relatados

englobadamente com os TCs 504.07-15, 3.022.07-80, 2.535.07-10, 2.104.08-99, 2.534.07-57,

2.446.07-91, 2.693.08-41, 2.533.07-94 e 72.002.720.12-07 e discutidos estes autos, devolvidos

na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua

Excelência, na 2.762ª S.O., para que lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate.

Naquela sessão votaram os Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor,

Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor,

com declaração de voto apresentada, e Maurício Faria, nos termos de seu voto apresentado em

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separado, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos

do artigo 26, inciso IX, alínea “a”, do Regimento Interno desta Corte, calcados nos apontamentos

da Subsecretária de Fiscalização e Controle e da Secretaria Geral, em julgar irregular o Convênio

029/SME/2006-RP. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e Domingos Dissei que

julgaram regular o instrumento. Acordam, ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos

financeiros advindos do convênio. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as

comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC

2.720.12-07. Declaração de voto englobado apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim:

v. TC 2.720.12-07. Voto em separado englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício

Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões: v. TC 2.720.12-07. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio –

Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de

dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro

Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do

§ 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.” 9) TC 2.535.07-10 – Secretaria Municipal

de Educação – SME e Mamãe Associação de Assistência à Criança Santamarense – Convênio

014/SME/2007-RI R$ 368.264,00 e TA 643/2007-RI R$ 183.384,00 aprox. (ampliação da

capacidade de atendimento para mais 61 crianças, passando a atender 240 crianças de 1 a 5 anos,

sendo 28 de 1 a 2 anos) – Atendimento às crianças por meio de Centro de Educação

Infantil/Creche, segundo as diretrizes técnicas da Secretaria e de acordo com o Plano de Trabalho

aprovado pela Coordenadoria de Educação ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente

com os TCs 504.07-15, 3.022.07-80, 2.466.07-07, 2.104.08-99, 2.534.07-57, 2.446.07-91,

2.693.08-41, 2.533.07-94 e 72.002.720.12-07 e discutidos estes autos, devolvidos na presente

sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na

2.762ª S.O., para que lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão

votaram os Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,

por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto

apresentada, e Maurício Faria, nos termos de seu voto apresentado em separado, votando o

Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso

IX, alínea “a”, do Regimento Interno desta Corte, calcados nos apontamentos da Subsecretária de

Fiscalização e Controle e da Secretaria Geral, em julgar irregulares o Convênio 014/SME/2007-

RI e o Termo Aditivo 643/2007-RI. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e

Domingos Dissei que relevaram as impropriedades detectadas pelos Órgãos Técnicos e julgaram

regulares os instrumentos. Acordam, ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros

advindos dos instrumentos. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as

comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC

2.720.12-07. Declaração de voto englobado apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim:

v. TC 2.720.12-07. Voto em separado englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício

Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões: v. TC 2.720.12-07. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio –

Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de

dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro

Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do

§ 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.” 10) TC 2.104.08-99 – Secretaria

Municipal de Educação – SME e Mamãe Associação de Assistência à Criança Santamarense –

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Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Convênio 014/SME/2007-RI (R$

368.264,00), cujo objeto é o atendimento às crianças por meio de Centro de Educação

Infantil/Creche, segundo as diretrizes técnicas da Secretaria e de acordo com o Plano de Trabalho

aprovado pela Coordenadoria de Educação, está de acordo com o Plano de Trabalho, bem como a

regularidade da prestação de contas ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os

TCs 504.07-15, 3.022.07-80, 2.466.07-07, 2.535.07-10, 2.534.07-57, 2.446.07-91, 2.693.08-41,

2.533.07-94 e 72.002.720.12-07 e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.762ª S.O.,

para que lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os

Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria,

pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, e

Maurício Faria, nos termos de seu voto apresentado em separado, votando o Conselheiro

Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso IX, alínea “a”,

do Regimento Interno desta Corte, calcados nos apontamentos da Subsecretária de Fiscalização e

Controle e da Secretaria Geral, em julgar irregular a execução do Convênio 014/SME/2007-RI.

Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e Domingos Dissei que julgaram

excepcionalmente regular o instrumento, bem como deram determinação à SME. Acordam,

ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros advindos do convênio. Acordam,

ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos.

Relatório e voto englobados: v. TC 2.720.12-07. Declaração de voto englobado apresentado

pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 2.720.12-07. Voto em separado englobado

apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto de desempate

englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 2.720.12-07.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora,

designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta

Corte.” 11) TC 2.534.07-57 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Sociedade

Beneficente São Camilo – Convênio 077/SME/2007-RI R$ 352.560,00 – Atendimento às

crianças por meio de Centro de Educação Infantil/Creche, segundo as diretrizes técnicas da

Secretaria Municipal de Educação e de acordo com o plano de trabalho aprovado pela

Coordenadoria de Educação ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs

504.07-15, 3.022.07-80, 2.466.07-07, 2.535.07-10, 2.104.08-99, 2.446.07-91, 2.693.08-41,

2.533.07-94 e 2.720.12-07 e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.762ª S.O.,

para que lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os

Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria,

pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, e

Maurício Faria, nos termos de seu voto apresentado em separado, votando o Conselheiro

Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso IX, alínea “a”,

do Regimento Interno desta Corte, calcados nos apontamentos da Subsecretária de Fiscalização e

Controle e da Secretaria Geral, em julgar irregular o Convênio 077/SME/2007-RI. Vencidos os

Conselheiros João Antonio – Relator e Domingos Dissei que julgaram regular o instrumento.

Acordam, ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros advindos do convênio.

Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento

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dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.720.12-07. Declaração de voto englobado

apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 2.720.12-07. Voto em separado

englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.720.12-07.Voto de

desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 2.720.12-07.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente

vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento

Interno desta Corte.” 12) TC 2.446.07-91 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Cruzada

Pró-Infância – Convênio 086/SME/2007-RI R$ 560.477,33 e TA 169/2008-RI R$ 133.328,23

(ampliação de capacidade de atendimento de mais 50 crianças, passando de 300 para 350

atendimentos) – Atendimento às crianças, por meio de Centro de Educação Infantil/Creche,

segundo as diretrizes técnicas da Secretaria e de acordo com o Plano de Trabalho aprovado pela

Coordenadoria de Educação, para 300 crianças, sendo 82 com faixa etária entre 0 e 2 anos no CEI

Galileu Menon ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 504.07-15,

3.022.07-80, 2.466.07-07, 2.535.07-10, 2.104.08-99, 2.534.07-57, 2.693.08-41, 2.533.07-94 e

72.002.720.12-07 e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro

Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.762ª S.O., para que lhe

fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros João

Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, e Maurício Faria,

nos termos de seu voto apresentado em separado, votando o Conselheiro Presidente Edson

Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso IX, alínea “a”, do Regimento

Interno desta Corte, calcados nos apontamentos da Subsecretária de Fiscalização e Controle e da

Secretaria Geral, em julgar irregular o Convênio 086/SME/2007-RI e o Termo Aditivo 169/2008-

RI. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e Domingos Dissei que julgaram regular o

instrumento. Acordam, ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros advindos dos

instrumentos. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o

arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.720.12-07. Declaração de voto

englobado apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 2.720.12-07. Voto em

separado englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto

de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 2.720.12-

07. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson

Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor, prolator do voto da

corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do

Regimento Interno desta Corte.” 13) TC 2.693.08-41 – Secretaria Municipal de Educação –

SME e Cruzada Pró-Infância – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o

Convênio 086/SME/2007-RI (R$ 50.192,00), cujo objeto é o atendimento às crianças, por meio

de Centro de Educação Infantil/Creche, segundo as diretrizes técnicas da Secretaria e de acordo

com o Plano de Trabalho aprovado pela Coordenadoria de Educação, para 300 crianças, sendo 82

com faixa etária entre 0 e 2 anos no CEI Galileu Menon ACÓRDÃO: “Vistos, relatados

englobadamente com os TCs 504.07-15, 3.022.07-80, 2.466.07-07, 2.535.07-10, 2.104.08-99,

2.534.07-57, 2.446.07-91, 2.533.07-94 e 2.720.12-07 e discutidos estes autos, devolvidos na

presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua

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Excelência, na 2.762ª S.O., para que lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate.

Naquela sessão votaram os Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor,

Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor,

com declaração de voto apresentada, e Maurício Faria, nos termos de seu voto apresentado em

separado, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos

do artigo 26, inciso IX, alínea “a”, do Regimento Interno desta Corte, calcados nos apontamentos

da Subsecretária de Fiscalização e Controle e da Secretaria Geral, em julgar irregular a execução

do Convênio 086/SME/2007-RI. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e Domingos

Dissei que julgaram excepcionalmente regular o instrumento, bem como deram determinação à

SME. Acordam, ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros advindos do convênio.

Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento

dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.720.12-07. Declaração de voto englobado

apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 2.720.12-07. Voto em separado

englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto de

desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 2.720.12-07.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente

vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento

Interno desta Corte.” 14) TC 2.533.07-94 – Secretaria Municipal de Educação – SME e União

dos Moradores da Comunidade Sete de Setembro – UMCSS – Convênio 005/SME/2007-RI R$

417.576,00– Atendimento às crianças por meio de Centro de Educação Infantil/Creche

ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 504.07-15, 3.022.07-80, 2.466.07-

07, 2.535.07-10, 2.104.08-99, 2.534.07-57, 2.446.07-91, 2.693.08-41 e 72.002.720.12-07 e

discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões,

após determinação de Sua Excelência, na 2.762ª S.O., para que lhe fossem conclusos, para

proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros João Antonio – Relator,

Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros

Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, e Maurício Faria, nos termos

de seu voto apresentado em separado, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para

efeito de desempate, nos termos do artigo 26, inciso IX, alínea “a”, do Regimento Interno desta

Corte, calcados nos apontamentos da Subsecretária de Fiscalização e Controle e da Secretaria

Geral, em julgar irregular o Convênio 005/SME/2007-RI. Vencidos os Conselheiros João

Antonio – Relator e Domingos Dissei que julgaram regular o instrumento. Acordam, ademais, à

unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros advindos do convênio. Acordam, ainda, à

unanimidade, em determinar o envio do relatório e voto do Relator e deste Acórdão ao Ministério

Público do Trabalho, em atendimento ao pedido formulado nos autos do processo TC 2.720.12-

07. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o

arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.720.12-07. Declaração de voto

englobado apresentado pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 2.720.12-07. Voto em

separado englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.720.12-07. Voto

de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 2.720.12-

07. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson

TRIBUNAL DE CONTAS DO

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Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor, prolator do voto da

corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do

Regimento Interno desta Corte.” 15) TC 2.720.12-07 – Ministério Público do Trabalho –

Secretaria Municipal de Educação – SME – Inquérito Civil instaurado a partir de denúncia

sigilosa relatando supostas irregularidades praticadas pela União dos Moradores da Comunidade

Sete de Setembro ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na

presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua

Excelência, na 2.762ª S.O, para que lhe fossem conclusos, em razão do presente processo ser

julgado englobadamente com os TCs 504.07-15, 3.022.07-80, 2.466.07-07, 2.535.07-10,

2.104.08-99, 2.534.07-57, 72.002.446.07-91, 2.693.08-41 e 2.533.07-94. Naquela sessão votaram

os Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto dos Conselheiros João Antonio – Relator,

Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, e Maurício Faria, nos termos

de seu voto apresentado em separado, e Domingos Dissei, em conhecer da solicitação,

determinando o envio do relatório e voto do Relator e deste Acórdão ao Ministério Público do

Trabalho, em atendimento ao pedido formulado nestes autos, após as comunicações de praxe, o

arquivamento destes autos. Relatório englobado: Tratam os presentes da análise de diversos

convênios, todos celebrados entre a SME e entidades privadas, e suas respectivas execuções,

tendo por objeto o atendimento de crianças em Centro de Educação Infantil – CEI, ora

englobados para julgamento por tratarem da mesma matéria. TC 504.07-15 Trata o presente da

análise do Convênio 018/SME/2003, firmado entre a Secretaria Municipal de Educação e o

Centro Social Comunitário Jardim Primavera, no valor de R$ 1.435.500,00, tendo por objeto o

atendimento de 300 crianças de 0 a 6 anos e 11 meses de idade, sendo 100 crianças na faixa etária

de 0 a 1 ano e 11 meses, por meio de Centro de Educação Infantil/Creche – Força e Ação

Comunitária, segundo as Normas Gerais de SAS/SME, instituídas pela Portaria Intersecretarial nº

004/SAS-SME de 21 de maio de 2002, pela Portaria Intersecretarial nº 02/SAS-SME de 05 de

fevereiro de 2003, e de acordo com o Plano de Trabalho aprovado pela Secretaria. Em virtude

dos aditamentos posteriores, foram analisados também o Termo de Aditamento nº

017/Subprefeitura Parelheiros/2004, o Termo Aditivo nº 143/06 e o Termo Aditivo nº 267/06.

Foram realizados os procedimentos de análise, cujos resultados estão sintetizados nos relatórios

de folhas 186/204, com as seguintes conclusões: "- Convênio 018/SME/2003 Considerado

Regular com ressalvas: Houve infringência às Instruções 01/02 deste Tribunal (remessa

extemporânea das informações via SERI). - Termo de Aditamento nº 017/Subprefeitura

Parelheiros/2004 Considerado irregular: Por falta da publicação do extrato do termo aditivo,

infringindo o artigo 60 Parágrafo Único da Lei Federal 8.666/93 e artigo 26 da Lei Municipal

13.278/02. Houve também, infringência às Instruções 01/02 deste Tribunal, pela remessa das

informações com atraso. Propomos que quando houver alterações que afetem o valor dos ajustes

a SME deixe demonstrado no Processo Administrativo estas alterações. - Termo Aditivo nº

143/06 Considerado Regular com ressalvas: - Houve infringência as Instruções 01/02 deste

Tribunal, pela remessa fora de prazo das informações via SERI. - Propomos que a SME deixe

demonstrado no Processo Administrativo as alterações que afetem o valor dos ajustes bem como

deixe registrado nos instrumentos as possíveis alterações de cláusulas conveniadas. - Termo

Aditivo nº 267/06 Considerado Regular com ressalvas: - Houve infringência as Instruções 01/02

deste Tribunal, pela falta de remessa das informações via SERI. - Propomos que quando houver

alterações que afetem o valor dos ajustes a SME deixe demonstrado no PA estas alterações."

Cumpre informar que o Acompanhamento da Execução do Convênio nº 18/03 e respectivos

Termos aditivos foram objeto de análise no TC nº 72.003.022.07.80." Instada a se manifestar

TRIBUNAL DE CONTAS DO

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sobre as conclusões da Coordenadoria II, a Origem defendeu-se às folhas 211 a 276, juntando

documentos. A Auditoria, analisando a defesa apresentada às folhas 279 a 280-verso, observando

que "a Origem não impugnou as irregularidades apontadas", reafirmou a conclusão anterior do

Relatório (folhas 186/204). A AJCE, se manifestou às folhas 281 a 285, considerando o quanto se

segue: Em relação à extemporaneidade da remessa das informações ao SERI, conforme

Instruções nº 01/02, aprovadas pela Resolução nº 05/02, entendeu tratar-se de uma irregularidade

alheia à relação jurídica estabelecida entre a SME e o Centro Comunitário Jardim Primavera,

razão pela qual não configura fato capaz de macular o Convênio 018/SME/2003 e os Termos de

Aditamento números 17/04, 143/06 e 267/06. Quanto à falta de publicação do extrato do Termo

de Aditamento nº 17/04, considerou tratar-se de uma irregularidade. Contudo, tendo em vista que

o despacho da autorização para sua lavratura se deu em 26.11.04, com a respectiva publicação em

01.12.04 (folha 91), entendeu, s.m.j., que tal irregularidade poderá ser relevada

excepcionalmente. Pelo exposto, opinou pela regularidade do Convênio nº 018/SME/2003 e dos

TAs números 143/06 e 267/06, e pelo acolhimento excepcional do TA nº 17/04, sem prejuízo das

recomendações cabíveis. Informou ainda que a Execução do referido Convênio e seus Termos de

Aditamento estão sendo analisados no TC nº 72.003.022.07-80, ora englobado para julgamento.

A Assessora Subchefe de Controle Externo (folha 286), entendeu que os "apontamentos trazidos

aos autos não impedem, s.m.j., o acolhimento dos Termos em análise, notadamente por se tratar

de um Convênio". Por ordem do Nobre Conselheiro Relator, foi oficiado o Senhor Walter dos

Santos Ferreira (Chefe de Gabinete), para conhecer as conclusões acima e se manifestar, o que

ficou registrado às folhas 290/293. A AJCE, manifestando-se novamente às folhas 297 a 299,

reiterou suas conclusões anteriores de folhas 283-285, quais sejam, regularidade do Convênio nº

018/SME/2003 e dos TAs números 143/06 e 267/06, e pelo acolhimento excepcional do TA nº

17/04, opinião esta acompanhada pelo Assessor Subchefe de Controle Externo à folha 300. A

PFM, por sua vez, às folhas 304 a 306, na esteira do posicionamento da AJCE, requereu o

acolhimento dos instrumentos examinados, relevando-se eventuais impropriedades, mormente se

considerado o tempo transcorrido, bem como a circunstância de que os atos praticados se

revestiram de boa-fé, não havendo qualquer indício de dolo ou culpa por parte dos agentes

responsáveis, tampouco qualquer forma de prejuízo ao Erário. TC 3.022.07-80 Trata o presente

de Acompanhamento de Execução do Convênio nº 018/2003, firmado entre a Secretaria

Municipal de Educação e o Centro Social Comunitário Jardim Primavera, no valor de R$

1.435.500,00, tendo por objeto o atendimento de 300 crianças de 0 a 6 anos e 11 meses de idade,

sendo 100 crianças na faixa etária de 0 a 1 ano e 11 meses, por meio de Centro de Educação

Infantil/Creche – Força e Ação Comunitária. As análises do Convênio e dos respectivos termos

aditivos são objeto do TC nº 72.000.504.07-15, suprarrelatado, que tramita em conjunto com o

presente TC. O relatório do acompanhamento em referência, realizado pela Auditoria, consta às

folhas 212/227, com as seguintes conclusões: "4 – CONCLUSÃO "4.1 - Os pagamentos

realizados no período de janeiro a julho de 2007 foram efetuados de acordo com as despesas

apresentadas para o período (item 3.4.1). No entanto, se para efeito de pagamento do adicional de

berçário foram excluídas 36 crianças em janeiro/07, o mesmo deveria ocorrer em relação ao valor

per capita, ou seja, deveria ter ocorrido a glosa de R$ 5.472,00 (R$ 152,00 x 36 = R$ 5.472,00).

Como não consta o motivo da exclusão das crianças apenas do adicional de berçário, é necessária

a manifestação da Entidade e da Origem. 4.2 - O imóvel locado está sendo utilizado para o

atendimento das crianças do Centro Comunitário Jardim Primavera (item 3.4.2). Constata-se que

a área de terreno em relação à área construída é extensa. Tendo em vista as necessidades da

região e o valor pago a título de aluguel (em quase dois anos seria possível adquirir o imóvel),

torna-se necessária a realização de estudos, pela Secretaria Municipal de Educação, para avaliar a

locação de imóvel dessas dimensões, seu melhor aproveitamento, a possibilidade de adquiri-lo e

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as carências da região, visando justificar o custo/benefício do imóvel locado. 4.3 - Da seleção das

despesas do mês de julho, observamos que o total de presenças registradas nos "Livros Diários de

Classe" é de 280 crianças, todavia, este total não confere com o total de 300 registrado no

"Relatório de Frequência Mensal" (fls. 127/133). Analisamos estes dois controles e não

identificamos justificativas para a divergência havida. Entendemos que as ausências/faltas das

crianças devem ser justificadas e/ou registradas, fazendo com que haja maior clareza das

informações e eventuais providências para possíveis glosas. (itens 3.4.4 e 3.4.5). 4.4 - A SME

deverá reavaliar os dispositivos legais utilizados no acompanhamento do Termo de Convênio,

pois os que estão sendo utilizados são conflitantes entre si (item 3.4.6)." Intimada acerca das

conclusões, a Origem apresentou defesa de folhas 232/288 e 290/292. Os autos foram

encaminhados à Coordenadoria, que se manifestou, às folhas 295/297 verso, acerca da

documentação acrescida, com a seguinte conclusão: "5 – Conclusão 5.1 - Diante da manifestação

da Origem e da documentação de fls. 232 a 288 e 290 a 292, reiteramos as seguintes

constatações: a) Não consta comprovação de que as 36 crianças - cujo adicional berçário foi

excluído no mês de janeiro de 2007 – passaram a ser atendidas no mini-grupo - item 1 e b) Não

está justificada a divergência entre os dados constantes nos livros diários de classe (280 crianças)

e as informações registradas no relatório de frequência mensal (300 crianças) – item 3. 5.2 -

Mantemos, também, as seguintes sugestões para a Origem: a) Avaliar a necessidade de efetuar

um estudo de viabilidade econômica, em que compare o custo de oportunidade de pagar

frequentemente a verba locatícia e aquele de adquirir o imóvel, ou de locar outro imóvel, de

tamanho compatível à quantidade de crianças atendidas – item 2 e b) Reavaliar os dispositivos

legais utilizados no acompanhamento do convênio, pois os utilizados são conflitantes entre si –

item 4." A Assessoria Jurídica de Controle Externo (AJCE) desta Corte foi instada a se

manifestar e apresentou o parecer de folhas 300/305, no qual acompanhou as irregularidades

apontadas no relatório da Auditoria e sugeriu que a SME fosse novamente oficiada para abordar

especificamente a matéria discutida à folha 297, item 4, tendo em vista a vigência de normas

conflitantes. Em atendimento ao determinado à folha 306, foi encaminhado ofício à Secretaria

Municipal de Educação com cópia do pronunciamento elaborado pela Subsecretaria de

Fiscalização e Controle (SFC), bem como da AJCE, para se manifestar acerca do ali apontado. A

Secretaria Municipal de Educação apresentou manifestação às folhas 312/336. Os autos foram

encaminhados para manifestação da AJCE, que, às folhas 338/341, entendeu conveniente a

remessa destes para manifestação da área auditora. A Auditoria apresentou a seguir manifestação

com relação à defesa apresentada, mantendo a conclusão anteriormente exarada às folhas 297/297

verso. A AJCE, na manifestação às folhas 348 a 349, acompanhou a Auditoria, considerando que

as questões ora focalizadas envolvem a aferição promovida pela área auditora, após a criteriosa

por ela produzida às folhas 343/345 verso. O Assessor Subchefe de Controle Externo, à folha

350, acompanhou a Assessora preopinante, que com base nas análises efetivadas pela Área

Técnica, entendeu que remanescem sem os devidos esclarecimentos. Não obstante tal conclusão,

tendo em vista a natureza do ajuste e o lapso de tempo decorrido, sugeriu o reconhecimento dos

efeitos financeiros produzidos, sem prejuízo das recomendações julgadas pertinentes. A PFM, às

folhas 352 a 355, com base nos elementos de defesa acostados aos autos, mormente se

considerado o tempo transcorrido, requereu o acolhimento da execução do Convênio nº

018/2003, relevando-se as impropriedade havidas, posto que formais. Propugnou ainda, ante a

inexistência da comprovação de qualquer forma de prejuízo ou dano ao Erário, bem como por

não vislumbrar dolo, culpa ou má-fé por parte dos Agentes Públicos, pelo reconhecimento dos

efeitos financeiros e patrimoniais dos atos realizados, em homenagem ao princípio da segurança

jurídica. TC 2.466.07-07 Trata o presente da análise do Convênio nº 029/SME/2006-RP, firmado

entre a Secretaria Municipal de Educação – SME e a Associação Desportiva Vida Verde Topy

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Bol, cujo objeto é o atendimento de 180 crianças de 0 a 6 anos e 11 meses, sendo 25 crianças de

0 a 1 ano e 11 meses, no CEI Lindalva Dias Marreiro. Os relatórios da análise em referência,

constantes de fls.162 a 178, trouxeram as seguintes conclusões: "(...) consideramos que o

Convênio 029/SME/2007-RP apresenta-se irregular, dadas as seguintes infringências: a) ausência

de justificativa do valor do Convênio, por não ser apresentado o estudo sobre o qual se baseou a

SME para estipular os valores per capita e de adicional berçário, em infração ao inciso III do

parágrafo único do art. 26, em cotejo com o "caput" do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 e ao

inciso X do art. 93 da Constituição Federal (item 13.2); b) irregularidade da conta bancária

específica, uma vez que não se indicou conta no Bradesco S/A, contrariando o art. 1º do Decreto

Municipal nº 46.528/05 (fls. 159/161), "a partir do dia 1º de novembro de 2005 (item 13.5); c)

não conformidade do Plano de Trabalho constante das fls. 36/66 e 87/91 com as regras

aplicáveis, pois não se apresenta a contrapartida da Associação Desportiva Vida Verde Topy Bol

na consecução do convênio, não há descrição clara das metas a serem atingidas pelo Convênio,

contrariando o art. 2º em cotejo com o "caput" do art. 116 e § 1º, inciso II, do art. 116 da Lei

Federal nº 8.666/93, e não houve o esclarecimento do que seria a previsão de "momento de

oração’ constante do Plano de Trabalho, uma vez que a educação pública deve ser laica

consoante o art. 5º, inciso VI, e art. 19, inciso I, da Constituição Federal (item 13.7); d) ausência

de justificativa para a celebração do Convênio, em infração ao art. 116, "caput", da Lei Federal nº

8.666/93, em cotejo com o art. 2º, I, do Decreto Municipal nº 44.279/03 (item 13.8); e)

contrariedade ao princípio da isonomia para a celebração do convênio e ao art. 6º do Decreto

Municipal nº 40.384/2001, uma vez que não se prevê chamamento público com a indicação de

critérios objetivos para a escolha da entidade com quem se celebrará o convênio (item 13.9); e f)

ausência de notificação à Câmara Municipal da celebração do convênio, contrariando o § 2º do

art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 (item 13.10). Salientamos que os documentos exigidos pela

Origem tanto para a formalização do Convênio como para a prestação de contas denotam a

fragilidade do controle da consistência das informações recebidas, uma vez que elas são

consideradas tal como apresentadas pela entidade convenente, sem investigação da Origem (itens

13.7 e 13.11). Apontamos também que não foram enviadas as informações sobre o Convênio

através do SERI, contrariando a Instrução TCMSP nº 01/2002." Foram intimados a prestar

esclarecimentos a Senhora Valdelice Costa dos Santos, Presidente da conveniada, e os Senhores

José Aristodemo Pinotti, Secretário Municipal de Educação, à época, e Walter dos Santos

Fasterra - Chefe de Gabinete da SME. Contudo, o prazo deferido transcorreu "in albis", sem

manifestação ou qualquer justificativa, enquanto que a Associação da Vida Verde Topy Bol

informou que suas contas, regularização de documentação de funcionários, sua atividade

pedagógica e plano de trabalho são supervisionados pela Diretoria de Educação de Itaquera

juntamente com a SME. Instada a se manifestar, a AJCE, às folhas 190 a 197, destacou que

exceto o apontamento de falta de remessa das informações através do SERI, entendendo que pode

ser relevado, considera que as demais impropriedades restaram caracterizadas, razão pela qual

opinou pela irregularidade do Convênio em exame. Por fim, em virtude da expiração do prazo

inicial do referido Convênio, bem como a edição da Portaria SME no 5.141/2007, sugeriu a

remessa de ofício à Origem para informar se o instrumento em análise foi prorrogado ou, caso

contrário, se já houve a prescrição de contas pela Entidade Conveniada. Oficiada, a SME

esclareceu que o Termo de Convênio em análise não foi prorrogado, tendo encerrado sua

vigência em 22.08.2008 e que novo convênio foi lavrado com a mesma Entidade em 30.10.2008,

mediante o Termo de Convênio no 269/SME/2008-RP e que, durante o lapso temporal da

ausência de Convênio, o serviço continuou a ser prestado e foi devidamente indenizado. Os

esclarecimentos foram analisados pelo Órgão Técnico desta Corte de Contas, às folhas 205/207 e,

ao final, retirratificou suas conclusões anteriores. Do mesmo modo foi o entendimento da AJCE,

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às folhas 210/213, que acompanhou as conclusões da Divisão Auditora, opinando pela

irregularidade do Convênio em exame com relevação das impropriedades apontadas no tangente

à falta de informações através do SERI, sugerindo, por fim, o reconhecimento dos efeitos

financeiros produzidos, tendo em vista a inexistência de prorrogação, bem como a inexistência de

qualquer pendência em relação à prestação de contas. A PFM, em sua manifestação acostada às

folhas 215/218, requereu fosse a Origem novamente intimada a fim de que, ciente das

impropriedades transcritas, apresentasse os esclarecimentos que entendesse cabíveis.

Requerimento indeferido à folha 219, foram os autos remetidos novamente à PFM para

manifestação conclusiva e, analisados às folhas 220/221, requereu o acolhimento do Instrumento,

ou, ao menos, que fossem aceitos os efeitos financeiros, ante a ausência de prejuízo ou dano ao

Erário. A Secretaria Geral, às folhas 223 a 227, observou, inicialmente, que a análise final da

SFC concluiu pela irregularidade do convênio em exame, acompanhada pela AJCE, exceto

quanto à ausência do envio de informações por meio do SERI, que opinou pela relevação e,

ainda, em relação à irregularidade do instrumento, sugeriu o reconhecimento dos efeitos

financeiros produzidos. Por sua vez, acompanhou in totum a manifestação da AJCE e entendeu

que merecem especial destaque as considerações produzidas pela então Assessora Subchefe de

Controle Externo à folha 213, sugerindo o reconhecimento dos efeitos financeiros produzidos,

pois, conforme destacou, o Convênio em questão não foi prorrogado, e nem tampouco restou

qualquer pendência na prestação de contas efetuada. Importante destacar que a Origem foi devida

e regularmente intimada para, em querendo, apresentar os esclarecimentos cabíveis. Requereu

prorrogação do prazo para buscar elementos e demais informações necessárias para os devidos

esclarecimentos e, no entanto, deixou decorrer "in albis" o prazo sem que apresentasse qualquer

justificativa ou esclarecimento cabível. Destarte, acompanhou o posicionamento da SFC e da

AJCE e opinou pela irregularidade formal do Convênio no 029/SME/2006-RP firmado entre a

Prefeitura da Cidade de São Paulo, por intermédio da Secretaria Municipal Educação e a

Associação da Vida Verde Topy Bol, permitindo-se sugerir, em virtude da informação de que o

mesmo não foi prorrogado e, não havendo qualquer pendência em relação à prestação de contas,

sejam seus efeitos financeiros produzidos aceitos. TC 2.535.07-10 Versa o presente sobre a

análise formal do Termo de Convênio nº 014/SME/2007-RI celebrado entre a Secretaria

Municipal de Educação e a Mamãe Associação à Criança Santamarense, tendo por objeto o

atendimento de 179 crianças de 1 a 6 anos, sendo 20 de 1 a 2, no CEI Santa Terezinha. O Órgão

Auditor procedeu à análise formal dos referidos instrumentos às folhas 210/223, concluindo pela

sua irregularidade sob o aspecto contábil/orçamentário e respectiva legislação, consoante os

seguintes motivos: "Diante do exposto, consideramos que o Convênio 014/SME/2007-RI

apresenta-se irregular, dadas as seguintes infringências: a) ausência de justificativa do valor do

Convênio, por não ser apresentado o estudo sobre o qual se baseou a SME para estipular os

valores per capita e de adicional berçário, em infração ao inciso III do parágrafo único do art. 26,

em cotejo com o "caput" do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 e ao inciso X do art. 93 da

Constituição Federal (item 13.2); b) não conformidade do Plano de Trabalho constante das (fls.

32/69 e 88/97, 103/107) com as regras aplicáveis, pois não se apresenta a contrapartida da

Associação na consecução do convênio e não há descrição clara das metas a serem atingidas pelo

Convênio, contrariando o art. 2º em cotejo com o "caput" do art. 116 e § 1º, inciso II, do art. 116

da Lei Federal nº 8.666/93 (item 13.8); c) ausência de justificativa para a celebração do

Convênio, em infração ao art. 116, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, em cotejo com o art. 2º, I,

do Decreto Municipal nº 44.279/03 (item 13.9); d) contrariedade ao princípio da isonomia para a

celebração do convênio e ao art. 6º do Decreto Municipal nº 40.384/2001, uma vez que não se

prevê chamamento público com a indicação de critérios objetivos para a escolha da entidade com

quem se celebrará o convênio (item 13.10); e e) ausência de notificação à Câmara Municipal da

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celebração do convênio, contrariando o § 2º do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 (item 13.11).

Salientamos que os documentos exigidos pela Origem tanto para a formalização do Convênio

como para a prestação de contas denotam a fragilidade do controle da consistência das

informações recebidas, uma vez que elas são consideradas tal como apresentadas pela entidade

convenente, sem investigação da Origem (itens 13.8 e 13.12). Apontamos também que não foram

enviadas as informações sobre o Convênio através do SERI, contrariando a Instrução TCMSP nº

01/2002." Instada a se manifestar, a AJCE (folhas 283/286), após breve resumo, assinalou a

documentação relativa às defesas apresentadas às folhas 229/230 pela entidade conveniada e

231/251 pela Origem, e ao Termo de Aditamento no 643/2007-RI (folhas 276/277). No tocante à

resposta oferecida pela conveniada, inferiu não ter havido quaisquer esclarecimentos capazes de

afastar as conclusões alcançadas por AUD à folha 223. Em relação à manifestação oferecida pela

Origem por meio dos membros da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização de Convênio de

SME (folhas 248/249), entendeu o Senhor Assessor que as razões já estampadas, pelo menos em

tese, poderiam arredar, senão todos, porém, alguns dos apontamentos atrás indicados por AUD,

notadamente, afetos à contrapartida da entidade conveniada à justificativa para a formalização do

convênio e à notificação à Câmara Municipal acerca da formalização do ajuste. Desse modo,

entendeu seria conveniente o retorno dos autos para a Especializada, inclusive para a análise do

aditamento atrás mencionado. A Auditoria (folhas 291/299) promoveu a análise do termo aditivo

ao convênio, bem como em relação à documentação aos autos coligida, reiterando, ao final, as

conclusões anteriores, quando considerou irregular o Convênio nº 014/SME/2007-RI, bem assim

o Termo Aditivo nº 643/2007-RI por decorrer de convênio irregular, sendo que as informações

relativas ao TA não haviam sido enviadas a este Tribunal por meio do SERI, infringindo as

Instruções nº 01/02 do TCMSP, consoante o que segue: "a) ausência de justificativa do valor do

Convênio, por não ser apresentado o estudo sobre o qual se baseou a SME para estipular os

valores per capita e de adicional berçário, em infração ao artigo 26, parágrafo único, inciso III,

em cotejo com o artigo 116, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, e ao artigo 93, inciso X, da

Constituição Federal; b) não conformidade do Plano de Trabalho de fls. 32 a 69, 88 a 97, e 103 a

107, com as regras aplicáveis, pois não se apresenta a contrapartida da entidade na consecução do

convênio e não há descrição clara das metas a serem atingidas pelo convênio, contrariando o

disposto no artigo 2º em cotejo com o artigo 116, "caput", e artigo 116, parágrafo 1º, inciso II, da

Lei Federal nº 8.666/93; c) ausência de justificativa para a celebração do Convênio, em infração

ao estabelecido no artigo 116, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, em cotejo com o artigo 2º,

inciso I, do Decreto Municipal nº 44.279/03; d) contrariedade ao princípio da isonomia para a

celebração do convênio e ao artigo 6º do Decreto Municipal nº 40.384/2001, uma vez que não se

prevê chamamento público com a indicação de critérios objetivos para a escolha da entidade com

quem se celebrará o convênio; e) ausência de notificação à Câmara Municipal da celebração do

convênio, contrariando o previsto no artigo 116, parágrafo 2º, da Lei Federal nº 8.666/93.

Mantemos a conclusão de que os documentos exigidos pela Origem tanto para a formalização do

Convênio como para a prestação de contas denotam a fragilidade do controle da consistência das

informações recebidas, uma vez que elas são consideradas tal como apresentadas pela entidade

convenente, sem investigação da Origem. Mantemos também o apontamento relativo ao SERI,

pois consideramos que não há evidências de que as informações sobre o Convênio foram

enviadas ao TCMSP, contrariando a Instrução TCMSP nº 01/2002." Sobreveio manifestação da

AJCE, que em minudente parecer endossou o entendimento de AUD, acompanhado pelo Senhor

Assessor Subchefe de Controle Externo. A PFM, a seu turno, encampou integralmente os

esclarecimentos oferecidos pela Administração conquanto demonstraram, a seu ver, a adequação,

sob o aspecto formal, do referido convênio e aditamento. Sucessivamente, na hipótese de

rejeição, requereu a aceitação dos efeitos financeiros decorrentes do Convênio em tela, mormente

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que os autos não tinham oferecido notícia de prejuízo ao Erário ou má-fé, em homenagem ao

princípio da segurança jurídica. A AJCE, na manifestação de folhas 317 a 323, fez os seguintes

apontamentos: "(...) É de se de reconhecer que convênio, seguindo Hely Lopes Meirelles o define

como ‘acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre e organizações

particulares, para a realização de objetivos de interesse comum dos partícipes’, lembrando ainda

que convênio é acordo e não contrato. No contrato, as partes têm interesses diversos e opostos, no

convênio os partícipes têm interesses comuns. Odete Medauar no "O direito em evolução, RT,

1992, entende que os convênios, quando celebrados entre entidades estatais de diferentes níveis

administrativos, ‘favorecem a realização de atividades materiais no âmbito da saúde, educação,

artes, cultura, ciência, preservação do patrimônio, preservação ambiental’. Esses e outros autores

têm consenso quanto ao interesse comum dos partícipes. O resultado almejado insere-se dentro

das atribuições de cada um dos partícipes, No mesmo sentido, as Instruções STN nº 02/93 e

01/97 já exigem, em seu artigo 1o, parágrafo 2o, como pré-requisito para a descentralização

mediante convênio, que o beneficiário tenha atribuições regimentais ou estatutárias relacionadas

com o objeto do convênio." Dentro deste quadro traçado, calcada nas conclusões alçadas pelos

órgãos técnicos deste Egrégio Tribunal de Contas, em especial pelos esclarecimentos da

Especializada, a AJCE opinou, igualmente em considerar irregular o Convênio nº

014/SME/2007-RI, bem assim o Termo Aditivo nº 643/2007-RI por decorrer de convênio

irregular, sendo que as informações relativas ao TA não haviam sido enviadas a este Tribunal por

meio do SERI, infringindo as Instruções nº 01/02 do TCMSP. A Secretaria Geral acompanhou o

parecer exarado pela Assessora preopinante, no sentido do não acolhimento do Convênio nº

014/SME/2007-RI, ora em exame, bem como de seu subsequente Aditamento nº 643/2007-RI.

TC 2.104.08-99 Cuida o presente do acompanhamento da execução do Convênio nº

014/SME/2007-RI (folhas 88/97) e seu respectivo Termo Aditivo nº 643/2007-RI, (154/155),

celebrado entre a Coordenadoria Municipal de Educação de Santo Amaro (atualmente DRE –

Diretoria Regional de Educação de Santo Amaro) e a entidade Mamãe Associação de Assistência

à Criança Santamarense, com despesa empenhada, liquidada e paga (no período de abril a julho)

no valor de R$ 205.078,50. Tem como objeto o atendimento às crianças por meio de Centro de

Educação Infantil/Creche, segundo as diretrizes técnicas da Secretaria Municipal da Educação e

de acordo com o Plano de Trabalho aprovado pela Diretoria Regional de Educação de Santo

Amaro (folha 88). A análise formal do instrumento foi realizada e juntada no TC nº 72.002.535-

07-10, sendo considerada irregular pela Coordenadoria II, pelas razões suprarrelatadas,

cumprindo ressaltar que o Termo de Convênio nº 014/SME/2007-RI e seu respectivo Termo

Aditivo nº 643/2007-RI encontram-se ora englobados para julgamento. Quanto à execução a

contento do convênio firmado foram realizados os procedimentos de auditoria, cujos resultados

estão sintetizados no relatório de folhas 501/516, com as seguintes conclusões: "4 – Conclusão

(...) Consideramos irregular a execução do convênio, tendo em vista que a análise formal dos

ajustes foi considerada irregular e também em virtude das relevantes falhas de

controle/fiscalização (imputáveis à SME e à DRE-Santo Amaro – itens 4.2, 4.3, 4.4, 4.6, 4.7 e

4.8) e de execução (imputáveis à entidade – itens 4.2, 4.3, 4.4, 4.7 e 4.8), conforme a seguir

exposto: 4.1 – Quantidade de crianças atendidas: As informações registradas no EOL, no Projeto

Pedagógico e nos Diários de Classes do CEI, são consistentes entre si. O CEI Santa Terezinha

tem previsão de atender 240 crianças. (item 3.3.a). 4.2 – Distribuição das crianças nas salas:

apesar de não existir laudo do setor de obras comprovando que a entidade possui espaço físico

suficiente para atender 240 crianças, verificamos que, de acordo com o Plano Pedagógico, a

quantidade de crianças por m2 não atende ao disposto na Deliberação nº 01/99 do CME –

Conselho Municipal de Educação, nos casos das salas de Mini Grupo A e B e 1º Estágio A.

Ademais, verificamos que no Berçário II as crianças são reunidas numa única sala (turmas A, B e

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C) somando 28 crianças e nas salas do Mini Grupo A e B, as crianças também são agrupadas,

existindo 34 crianças por sala, acima, portanto, da quantidade prevista na citada Portaria nº

5.152/07. Embora ocorra esta situação, o número de educador por grupo de crianças atende ao

requisito legal, ou seja, 1 educador para cada grupo de 9 crianças no Berçário II e 1 educador para

cada grupo de 12 crianças no Mini Grupo. Entendemos que a DRE de Santo Amaro e a entidade

devem reestudar esta questão, avaliando qual a produtividade e o aproveitamento efetivo das

crianças em sala, levando em consideração a quantidade elevada de crianças no mesmo espaço.

(item 3.3.b). 4.3 - Recursos Humanos: A quantidade de Recursos Humanos existente no local é a

mesma daquela constante do Projeto Político Pedagógico, no entanto, quanto ao aspecto

qualitativo destacamos: - o Projeto Político Pedagógico apresentado em 17/07/08 é conflitante

em relação aos profissionais que atuam nas salas de aula, pois afirma que o corpo docente é

formado por professores, mas foram contratados somente Auxiliares de Desenvolvimento Infantil

– ADI; - há 3 profissionais (ADIs) sem a formação mínima exigida; - está sendo exigida

formação em nível superior dos professores, no entanto, eles ocupam a função de "Auxiliares de

Desenvolvimento Infantil", o que significa ter profissionais com jornada de trabalho maior,

salário menor e sem previsão de formação continuada em atividades de pesquisa e estudo.

Entendemos que os fatos abordados acima demonstram a fragilidade da fiscalização da

SME/DRE - Santo Amaro, pois o acompanhamento e a execução do convênio tomam como

referência o Plano de Trabalho, ou seja, o Projeto Político Pedagógico apresentado pela entidade

e homologado pela DRE – Santo Amaro. Lembramos que as despesas com recursos humanos são

relevantes e absorvem a maior parte dos recursos destinados ao convênio. Ademais, nos termos

do item 2.4.2 da Portaria SME nº 5.152/07, para os funcionários das conveniadas sem formação

mínima não é permitido o repasse do valor correspondente à sua remuneração. (item 3.3.c) 4.4 –

A DRE-Santo Amaro vêm pagando à conveniada, o valor per capita referente à capacidade total

de atendimento de 240 crianças, deixando de observar o Item 2.1.1 da Cláusula Sétima do Termo

de Convênio e o Anexo III da Portaria nº 5.152/07. Tal situação enseja a devolução dos valores

recebidos a maior, no valor de R$6.054,00, referente ao período de abril a julho/2008 (item

3.4.1.a). 4.5 – A auditoria analisou os comprovantes de gastos apresentados na Planilha de Custos

e efetuou conferência com os originais, sendo possível atestar a fidelidade das informações

registradas na comprovação dos gastos (Item 3.4.1, letras "b", "c" e "d"). 4.6 – A entidade não

possui conta-corrente específica para cada convênio firmado com a municipalidade e, em

atendimento ao princípio da transparência, torna-se necessário que os recursos recebidos em cada

convênio sejam depositados em conta-corrente própria, para que possa demonstrar que os

recursos recebidos foram utilizados no objeto específico de cada convênio. Ademais, não há

contrapartida da Entidade na consecução do Convênio. (Item 3.4.1.b) 4.7 – Quanto à fiscalização

do Convênio pelo Supervisor, levando em consideração o período selecionado, verificamos que

as ocorrências registradas vêm sendo acompanhadas pelo supervisor, mas não é fixado um prazo

ou cronograma para que a entidade faça as correções necessárias. (Item 3.5). 4.8 – As adequações

e reformas do imóvel apontadas nos Relatórios da Comissão de Supervisores datados de 21/12/06

e 12/09/08 ainda não foram realizadas. Quanto à Autorização e Licença para Funcionamento: A

entidade entrou com o pedido de Autorização e Licença para Funcionamento após a assinatura do

Termo de Convênio. Embora a DRE de Santo Amaro entenda que não haveria necessidade de

exigir este documento para imóvel da municipalidade, consideramos que as questões colocadas

no Relatório Técnico da Comissão de Supervisão são inerentes à segurança, habitabilidade e

higiene do imóvel, e principalmente referem-se à segurança das crianças atendidas pela entidade,

ainda que este seja um bem público municipal. (Item 3.6.1 – letras "b" e "c") Quanto ao

Memorial Descritivo da Obra: Na ocasião das visitas no CEI Santa Terezinha, observamos que

aqueles itens que passaram por reformas, já estavam quebrados, e ainda carecem de consertos

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conforme relatórios da Supervisão e da Comissão de Supervisão, bem como fotos tiradas do

local. (Item 3.6.1.d) Assim, entendemos que SME – Secretaria Municipal de Educação e a

Diretoria Regional de Ensino de Santo Amaro deveriam estabelecer claramente as

responsabilidades de todos os envolvidos em relação às reformas necessárias, cobrando da

entidade um cronograma para atendê-las e cujo cumprimento deveria ser acompanhado pela

fiscalização/supervisão, aplicando, se necessário, as penalidades previstas na Cláusula Décima

Terceira do Termo de Convênio (Item 3.6.1 e 3.6.1 - letras "a", "b", "c" e "d")." Informou ainda

que a análise formal do Termo de Convênio nº 014/SME/2007-RI e seu respectivo Termo

Aditivo, nº 643/2007, foi realizada e juntada no TC nº 72.002.535-07-10, sendo considerada

irregular pela Coordenadoria II e encontra-se pendente de julgamento. Oficiadas, a SME e a

conveniada apresentaram as defesas de folhas 531 a 546, e 525 e 526, respectivamente. A

auditoria, às folhas 552/556 verso, apresentou sua manifestação com relação às informações

trazidas pelas intimadas, reiterando suas conclusões anteriores, para considerar que, no período

analisado, a execução do Convênio nº 14/SME/2007-RI e do Termo de Aditamento nº 643/2007

ocorreu de forma irregular, por decorrer de instrumentos considerados irregulares e, em virtude

das relevantes falhas de controle/fiscalização, imputáveis à Secretaria Municipal de Educação -

SME e à Delegacia Regional de Ensino - DRE - Santo Amaro (itens "b", "c", "d", "f", "g" e "h"),

e de execução, imputáveis à entidade (itens "b", "c", "d", "g" e "h"). Os autos foram

encaminhados à Assessoria Jurídica de Controle Externo, que, em parecer fundamentado,

concluiu (folha 566): "Assim, a nosso ver, diante da questão operacional que foi informada nos

autos, a responsabilidade pelo descumprimento da obrigação já mencionada não pode ser

atribuída exclusivamente à Secretaria Municipal de Educação ou à Diretoria Regional de

Educação de Santo Amaro, embora estas pudessem questionar a Pasta competente para que

providenciasse o ajuste do sistema informatizado (NovoSeo – Sistema de Execução

Orçamentária). Entendemos, nessa esteira, que a responsabilidade pela impossibilidade de

cumprimento da obrigação de se manter conta bancária específica deve, portanto, ser atribuída

também à Pasta, dentro da Administração Municipal, responsável por gerenciar o NovoSeo.

Quanto aos demais apontamentos, limitamo-nos a acompanhar o entendimento da Coordenadoria

II, pelos motivos esposados às folhas 501/516 e 552/556 verso." A Procuradoria da Fazenda

Municipal manifestou-se às folhas 569 a 576 e requereu o encaminhamento de novo ofício à

Origem, solicitando que fossem enfrentadas pontualmente algumas questões (folhas 574 e 576).

O nobre conselheiro relator à época determinou a intimação da Secretaria Municipal de Educação

- SME (folha 578), conforme proposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal. Instada a se

manifestar, a Auditoria observou, às folhas 635/637, que as análises do Termo de Convênio e do

Termo Aditivo nº 643/07 RI encontram-se no TC nº 2.535.07-10, sendo que os instrumentos

foram considerados irregulares pela Auditoria e que o processo ainda se encontrava pendente de

julgamento. Prosseguiu, dando conta de que os relatórios do acompanhamento em referência,

constantes às folhas 501/518, ostentaram a conclusão de que a execução do convênio se

encontrava, da mesma forma, irregular por decorrer de instrumentos considerados irregulares e

pelas falhas, de controle /fiscalização e de execução descritas às folhas 514 verso/516. A

Secretaria Municipal de Educação - SME encaminhou os esclarecimentos prestados pelos setores

competentes da Diretoria Regional de Educação de Santo Amaro, em atenção aos

questionamentos propostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal (Ofício nº 469/2011 –

SME/AJ), às folhas 612/633. Diante de todo o exposto, reiteram-se as conclusões anteriores, para

considerar que, no período analisado, a execução do Convênio nº 14/SME/2007-RI e do Termo

de Aditamento nº 643/2007 ocorreu de forma irregular, à exceção apenas do apontamento do item

"c" (repasse de recursos por alunos sem a frequência mínima de 75% dos dias letivos e a

necessidade de glosa dos valores). Sobreveio manifestação da AJCE que, após breve resumo,

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ressaltou que à exceção da glosa referente ao repasse de recursos por alunos que não

apresentaram a frequência mínima, ausente informação a respeito do desconto, os demais

aspectos não foram solvidos, ou, tampouco, devidamente esclarecidos. Realçou, outrossim, que a

Origem não se manifestou acerca das constatações afetas a recursos humanos, acerca da

inexistência da conta corrente específica para o convênio, quanto à falta de contrapartida da

entidade e quanto à inexistência de prazo ou cronograma para a correção das ocorrências

registradas, ressaltando ainda que a Especializada averiguou que em algumas salas havia mais

crianças do que o máximo permitido. No tocante às adequações e reformas necessárias no imóvel

e à pendência de Autorização e Licença para funcionamento, em que pese a unidade informar à

folha 612, não foram comprovadas nos autos as providências, nem mesmo a expedição de alvará,

impedindo, portanto, o acolhimento da execução, endossado pelo Sr. Assessor Subchefe de

Controle Externo. A PFM, a seu turno, atentou que a Origem havia respondido, pontualmente aos

quesitos formulados com o fito de dirimir as pendências anotadas pelos órgãos técnicos deste E.

Tribunal, uma vez que concluíram pela irregularidade da referida execução, reproduzindo as

respostas às folhas 628/631. Informou também quanto às medidas adotadas para a glosa dos

valores pagos por alunos que não cumpriram o mínimo de 75% de frequência. Inferiu não haver

vislumbrado nos autos nenhuma irregularidade substancial que tivesse trazido prejuízo ao

Tesouro, nem vício grave ou insanável, ou, tampouco, dano ou efetivo prejuízo ao Erário,

indeferindo que pudesse ser acolhida a referida execução do convênio, conquanto as

impropriedades apontadas não teriam comprometido a validade e eficácia dos atos praticados.

Dessa forma, considerando a presunção de legalidade que todo administrativo tem, ausência de

registro de comportamento indevido de quem quer que fosse, o aspecto formal das falhas

detectadas, requereu fossem relevadas as impropriedades constatadas, com o reconhecimento da

regularidade da execução em exame ou, alternativamente, o reconhecimento de seus efeitos

econômicos. A AJCE, na manifestação de fls. 653/666, diante de todas as irregularidades

apontadas, em especial, pela Especializada, apontou que a Origem não logrou arredá-las, mesmo

em face dos quesitos formulados pelo Órgão Fazendário à Origem. Considerou que a Auditoria

demonstrou não ter havido, no tocante à distribuição de crianças nas salas, o atendimento ao que

preceitua a Deliberação nº 01/99 do CME – Conselho Municipal de Educação. Ainda, apontou

que não coligiu aos autos nenhuma justificativa relativa aos recursos humanos, à inexistência de

conta corrente específica para o convênio e à falta de contrapartida da entidade. Do mesmo modo,

quanto à existência de prazo ou cronograma para a correção das ocorrências registradas e muito

menos anexou as adequações e reformas no CEI Santa Terezinha, qualquer documentação

comprobatória, bem como pendência de Autorização e Licença para funcionamento. Ante o

exposto, concluiu que no período analisado a execução ocorreu de forma irregular, à exceção

apenas do apontamento do item "c". A Secretaria Geral, por sua vez, na manifestação de folha

667, acompanhou a conclusão exarada pela Assessora preopinante, no sentido do não

acolhimento da execução em exame. TC 2.534.07-57 Trata o presente da análise do Convênio nº

077/SME/2007-RI, celebrado entre a Secretaria Municipal de Educação – SME e a Sociedade

Beneficente São Camilo, tendo por objeto o atendimento de 160 crianças de 0 a 4 anos, sendo 50

de 0 a 2 anos, por meio do Centro de Educação Infantil/Creche – CEI Jardim das Carmélias. Os

relatórios das análises em tela, constantes de folhas 158/171, trouxeram as seguintes conclusões:

"(...) consideramos que o Convênio 077/SME/2007-RI apresenta-se irregular, dadas as seguintes

infringências: a) ausência de justificativa do valor do Convênio, por não ser apresentado o estudo

sobre o qual se baseou a SME para estipular os valores per capita e de adicional berçário, em

infração ao inciso III do parágrafo único do art. 26, em cotejo com o "caput" do art. 116 da Lei

Federal nº 8.666/93 e ao inciso X do art. 93 da Constituição Federal (item 13.2); b) não

conformidade do Plano de Trabalho constante das fls. 36/70 com as regras aplicáveis, pois não há

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descrição clara das metas a serem atingidas pelo Convênio, contrariando o "caput" do art. 116 e §

1º, inciso II, do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 (item 13.8); c) ausência de justificativa para a

celebração do Convênio, em infração ao art. 116, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, em cotejo

com o art. 2º, I, do Decreto Municipal nº 44.279/03 (item 13.9); d) contrariedade ao princípio da

isonomia para a celebração do convênio e ao art. 6º do Decreto Municipal nº 40.384/2001, uma

vez que não se prevê chamamento público com a indicação de critérios objetivos para a escolha

da entidade com quem se celebrará o convênio (item 13.10); e e) ausência de notificação à

Câmara Municipal da celebração do convênio, contrariando o § 2º do art. 116 da Lei Federal nº

8.666/93 (item 13.11). Salientamos que os documentos exigidos pela Origem tanto para a

formalização do Convênio como para a prestação de contas denotam a fragilidade do controle da

consistência das informações recebidas, uma vez que elas são consideradas tal como apresentadas

pela entidade convenente, sem investigação da Origem (itens 13.8 e 13.12). Apontamos também

que não foram enviadas as informações sobre o Convênio através do SERI, contrariando a

Instrução TCMSP nº 01/2002." Foram intimados a prestar esclarecimentos a Sra. Gilda Helena de

Oliveira, representante da conveniada, e o Senhor Alexandre Alves Schneider, Secretário

Municipal de Educação, que apresentaram as defesas acostadas, respectivamente, às folhas 177 e

178/198. A Assessoria Jurídica de Controle Externo – AJCE, desta Colenda Corte, apresentou o

parecer de folhas 202/208, em que pese tenha explanado pensamento diverso da SFC em relação

aos itens 13.8, 13.9, 13.11 e sobre a remessa de informações via SERI, ao final também opinou

pela irregularidade do Termo de Convênio em análise e sugeriu a remessa dos autos a esta

Especializada, a fim de possibilitar pronunciamento sobre as questões que envolvem

conhecimento técnico específico. Foram remetidos os autos para a SFC que, de posse dos

argumentos da Origem e Conveniada e da manifestação da AJCE, manteve sua conclusão pela

irregularidade do instrumento em análise. A PFM, por seu turno, lastreada pelas informações da

Origem e considerando que não há qualquer registro nos autos de atividade indevida, de quem

quer que seja, ou de prejuízo ao Erário, considerando a adequação do instrumento utilizado para

o fim colimado. Afinal, o aspecto das falhas detectadas, de um lado e a impossibilidade legal de

se exigir chamamento público nas celebrações dos convênios, de outro, requerer seja relevada a

impropriedade formal constatada, com o reconhecimento da regularidade do ato sob análise

(folhas 216-221). A Secretaria Geral, às folhas 223 a 227, no que se refere ao item 13.2 -

ausência de justificativa do valor do Convênio – com supedâneo nos relatórios e da AJCE,

notadamente em razão das informações que dão conta de que não foram apresentadas explicações

detalhadas e objetivas acerca dos valores repassados. Quanto ao item 13.8 - ausência de descrição

clara das metas a serem atingidas -, acompanhou o posicionamento da AJCE no sentido de que o

conteúdo do documento de folhas 25/41 – Plano de Trabalho, atendeu o objetivo do presente

convênio, notadamente o disposto na cláusula 4a do respectivo termo. Acerca do item 13.9 –

ausência de justificativa para a celebração do convênio – conforme afirmado pela Origem e

destacado pela AJCE, a justificativa para que o presente convênio fosse firmado é a grande

demanda pela necessidade de vagas em creches, a instituição do Programa de Integração das

Creches Pré-Escola da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social ao Ensino do

Município de São Paulo – Decreto Estadual no. 51.407/06, e Portaria no 5.152. No que tange ao

item 13.10 – ausência de chamamento público para a celebração do convênio – por se tratar de

Convênio, isto é termo de cooperação, a Administração não está impedida de fazer uma seleção

pública se assim o desejar, mas, ao mesmo tempo, ela não está obrigada a assim proceder. Na

hipótese, a escolha de com quem contratar, parece-me estar inserida no campo da

discricionariedade da Administração Pública, dentre aquelas que sejam idôneas e relacionadas ao

objeto que a administração pretende buscar com o convênio. Sobre o item 13.11 – ausência de

notificação à Câmara Municipal da celebração do convênio – de fato foi juntado aos autos

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documento direcionado à Câmara Municipal dando conta da remessa de informações acerca, não

só do convênio sob análise, como também de outros tantos. Ocorre que, como já destacou a SFC,

o documento de folhas 186/191 não contém nenhuma indicação de remessa/recebimento do

mesmo na Câmara Municipal, além de que é apócrifo. Em relação à remessa de informações ao

sistema SERI, descumprindo a Instrução 01/02, aprovada pela Resolução 05/02 desta Egrégia

Corte de Contas, o documento de folha 192 demonstra que houve tal remessa de informações,

mas de qualquer forma, entendeu que no caso em tela, tal impropriedade seria passível de

relevação, por seu caráter formal. Ademais, tal falha é atinente apenas ao exercício do controle

externo, sem o condão de afetar a validade do ajuste. Acerca da forma insuficiente de controles

realizada pela Origem, considerou que a inexistência de sistemas de controles seguros e

específicos para a prestação de contas potencializa a possibilidade de perda de recursos públicos.

Assim, vislumbro a necessidade de a Origem promover a revisão e organização dos

procedimentos internos, quanto à gestão e fiscalização das parcerias e convênios firmados, a fim

de que sejam alcançados integralmente os objetivos a que se referem o interesse público e não

haja mau emprego do dinheiro público. Nesse sentido, colacionou lição de José dos Santos

Carvalho Filho: "A eficiência da atividade administrativa, com efeito, produz frutos e causa

benefício à própria coletividade". Assim, é imperioso que a coisa pública não seja tratada com

desídia, mas sim com cautela necessária para o atendimento do interesse público. Acerca das

questões que envolvem aspectos eminentemente técnicos e fáticos, com suporte nos relatórios de

auditoria elaborados pela equipe técnica especializada, acompanhou o posicionamento de SFC.

Assim, conforme as razões acima expostas, em que pese, no seu modo de ver, inexistam algumas

falhas apontadas originalmente pela SFC, em razão das demais, opinou pelo não acolhimento do

Convênio nº 077/SME/2007-RI, sem embargo das determinações julgadas cabíveis. TC 2.446.07-

91 Trata-se da análise do Convênio nº 086/SME/2007-RI, firmado entre a Secretaria Municipal

de Educação e a Cruzada Pró Infância e seu respectivo Termo Aditivo nº 169/2008-RI, cujo

objeto é o atendimento de 300 crianças, sendo 82 de 0 a 2 anos, por meio Centro de Educação

Infantil/Creche - CEI Galileu Menon. Foram realizados os procedimentos de análise, cujos

resultados estão sintetizados no relatório de folhas 124/139, com as seguintes conclusões: "-

Convênio nº 086/SME/2007-RI "Diante do exposto, consideramos que o Convênio

086/SME/2007-RI apresenta-se irregular, dadas as seguintes infringências: a) ausência de

justificativa do valor do Convênio, por não ser apresentado o estudo sobre o qual se baseou a

SME para estipular os valores per capita e de adicional berçário, em infração ao inciso III do

parágrafo único do art. 26, em cotejo com o "caput" do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 e ao

inciso X do art. 93 da Constituição Federal (item 13.2); b) não conformidade do Plano de

Trabalho de fls. 35/70 com as regras aplicáveis, pois não se apresenta a contrapartida da entidade

Cruzada Pró-Infância na consecução do convênio e não há descrição clara das metas a serem

atingidas pelo Convênio, contrariando o art. 2º em cotejo com o "caput" do art. 116 e § 1º, inciso

II, do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 (item 13.7); c) ausência de justificativa para a

celebração do Convênio, em infração ao art. 116, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, em cotejo

com o art. 2º, I, do Decreto Municipal nº 44.279/03 (item 13.8); d) contrariedade ao princípio da

isonomia para a celebração do convênio e ao art. 6º do Decreto Municipal nº 40.384/2001, uma

vez que não se prevê chamamento público com a indicação de critérios objetivos para a escolha

da entidade com quem se celebrará o convênio (item 13.9); e e) ausência de notificação à Câmara

Municipal da celebração do convênio, contrariando o § 2º do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93

(item 13.10). Apontamos também que não foram enviadas as informações sobre o Convênio

através do SERI, contrariando a Instrução TCMSP nº 01/2002. Salientamos que os documentos

exigidos pela Origem tanto para a formalização do Convênio como para a prestação de contas

denotam a fragilidade do controle da consistência das informações recebidas, uma vez que elas

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são consideradas tal como apresentadas pela entidade convenente, sem investigação da Origem

(itens 13.7 e 13.11). Acrescentamos a necessidade de a SME ser questionada sobre que conta

específica vem sendo utilizada pela Conveniada, uma vez que a conta constante da Nota de

Empenho não coincide com aquela apresentada, quando da solicitação da celebração do

Convênio (item 13.5)". Foram intimados a prestar esclarecimentos a Senhora Maria Lúcia

Teixeira Martins da Silveira, Presidente da conveniada, e o Senhor Alexandre Alves Schneider,

Secretário Municipal de Educação, que apresentaram as defesas acostadas, respectivamente, às

folhas 143 e 144, e 149 a 231. A Assessoria Jurídica de Controle Externo – AJCE, desta Colenda

Corte, apresentou o parecer de folhas 235 a 251, opinando pelo não acolhimento do ajuste. Na

sequência, a Assessora Subchefe sugeriu a remessa dos autos à Especializada previamente a seu

posicionamento conclusivo (folha 252). A Auditoria, às folhas 374 a 382, manifestou-se com

relação à documentação ofertada, ratificando seu entendimento anterior. Colacionou aos

presentes autos a documentação de folhas 253 a 373, referente ao Termo Aditivo nº 169/2008-RI,

opinando também pela irregularidade deste, por decorrer de convênio considerado irregular. Por

ordem do Conselheiro relator à época, a SME foi oficiada para informar a conta bancária

específica que vinha sendo utilizada pela conveniada, tendo em vista que a conta constante da

nota de empenho não coincide com a apresentada quando da celebração do convênio. A defesa da

Origem (folhas 389/393) foi analisada pela Coordenadoria competente (folhas 395/396) que,

mantendo os apontamentos anteriores, concluiu se tratar de infringência, visto que a

documentação apresentada comprovou que os depósitos não eram realizados em conta bancária

específica para os propósitos do convênio. Em cumprimento às Intimações de folhas 406/407, a

representante legal da conveniada Cruzada Pró-Infância e a Senhora Célia Regina Guidon

Falótico, Secretária Municipal de Educação Substituta à época da lavratura do TA nº 169/2008-

RI, manifestaram-se às folhas 408/409 e 413/417, respectivamente. A Auditora, após análise dos

esclarecimentos ofertados, concluiu às folhas 421 a 424 pela ratificação das suas conclusões

anteriores, visto que as defesas não trouxeram fatos novos aos presentes autos, apontando ainda a

seguinte infringência: "f) não utilização de conta bancária específica para os propósitos do

convênio, em infração ao disposto no item 2.14 do Anexo II da Portaria SME nº 5.152/07,

vigente à época de nossa análise, e no item 2.18 do Anexo II da Portaria SME nº 3.969/09,

atualmente em vigor." Instada a se manifestar, a PFM requereu o acolhimento do Convênio nº

086/SME/2007-RI e do Termo Aditivo nº 169/2008-RI (folhas 426/438). Em derradeira

manifestação, a AJCE, na esteira do posicionamento da Auditoria, bem como de seu

posicionamento anterior, opinou pelo não acolhimento dos atos examinados (folhas 441/445). Os

autos retornaram à PFM, que reiterou o requerido anteriormente, ou seja, pelo acolhimento do

Convênio nº 086/SME/2007-RI e do Termo Aditivo nº 169/2008-RI (folha 447). A Secretaria

Geral, por sua vez, às folhas 449 a 454, ponderou o que se segue. Primeiramente, apontou que, à

vista do exposto nos presentes autos, com relação à irregularidade apontada pela ausência de

justificativa do valor do Convênio, por não ser apresentado o estudo sobre o qual se baseou a

SME para estipular os valores per capita e de adicional berçário, em infração ao inciso III, do

parágrafo único do artigo 26, da Lei Federal nº 8.666/93, combinado com o "caput" do artigo 116,

também da Lei Federal nº 8.666/93 e ao inciso X, do artigo 93, da Constituição Federal, em que

pese a justificativa da Origem de que nos convênios não há que se falar em justificativa de preço,

mas, sim, em justificativa da despesa exclusivamente no objeto do convênio, corroborando o

entendimento das Especializadas. Isto porque o procedimento adotado pela Origem fere os

princípios da transparência, economicidade e motivação, sendo certo que a justificativa dos

valores deveria, ao menos, vir apresentada em cada processo de celebração de convênio. No

tocante à não conformidade do Plano de Trabalho de folhas 35 a 70 com as regras aplicáveis, pois

não se apresenta a contrapartida da entidade Cruzada Pró-Infância na consecução do convênio e

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não há descrição clara das metas a serem atingidas pelo Convênio, contrariando o artigo 2o, da

Lei Federal nº 8.666/93, combinado com o "caput" do artigo 116 e parágrafo 1o, do inciso II, do

artigo 116, ambos da Lei Federal nº 8.666/93, entendeu que, também neste mister, não há como

acolher as justificativas ofertadas pela Origem, visto que, conforme apurado pela Auditoria em

seu relatório de folhas 124/138, no caso em tela, o Plano de Trabalho não está em conformidade

com as normas a ele aplicáveis. Quanto à ausência de justificativa para a celebração do Convênio,

infringindo o disposto no artigo 116, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, combinado com o

artigo 2o, inciso I, do Decreto Municipal no 44.279/03, conforme apontado pela Auditoria,

ponderou que consta à folha 72 dos presentes autos, apenas, a justificativa referente à demanda

pelo serviço de creche na comunidade, não havendo, contudo, a efetiva justificativa para a

escolha pela celebração do convênio e não de outro modo mais eficiente para a escolha pela

celebração do convênio e não de outro modo mais eficiente e seguro para celebrar a parceria em

comento, ferindo, assim, o princípio da motivação do ato administrativo, da eficiência e da

economicidade. No que diz respeito à contrariedade ao princípio da isonomia para a celebração

do convênio e ao artigo 6o do Decreto Municipal no 44.279/03, corroborou o entendimento da

Auditoria, vez que conforme apurado não há publicação de edital para a habilitação e seleção das

entidades que prestarão serviços à comunidade, nem sequer a utilização dos títulos atribuídos

pelo Poder Público como critério de avaliação na escolha das entidades convenentes. Isto porque

as Portarias SME no 4.203/05 e 5.152/07 e seus anexos não preveem critérios objetivos para a

escolha das entidades, exigindo, apenas, declaração de capacidade técnica e operacional em

relação às obrigações a serem assumidas. Considerou ainda que esta situação demonstra um

grande risco de uma execução insatisfatória do objeto do convênio, podendo causar, assim,

prejuízo à Administração. Quanto à ausência de notificação à Câmara Municipal da celebração

do convênio, contrariando o parágrafo 2o, do artigo 116 da Lei Federal nº 8.666/93, corroborou o

entendimento da Auditoria, vez que as defendentes não se manifestaram sobre o apontamento.

No que diz respeito ao não envio das informações sobre o convênio através do SERI,

contrariando a Instrução TCMSP nº 01/2002, entendeu que, no caso em tela, tal impropriedade é

passível de relevação, por seu caráter formal, e pela ausência de prejuízos e de má-fé de seus

operadores e responsáveis. Por todo o exposto, opinou pela irregularidade do convênio em

exame, sem prejuízo das determinações e/ou recomendações cabíveis. TC 2.693.08-41 Cuida o

presente da análise do Convênio nº 086/SME/2007-RI, firmado entre a Secretaria Municipal de

Educação e a entidade Cruzada Pro-Infância, objetivando verificar se a execução está de acordo

com o Plano de Trabalho, bem como a regularidade da prestação de contas. A Coordenadoria II,

em seu relatório acostado sob folhas 534/548, concluiu no item 4, pela irregularidade da

execução do convênio pelas razões abaixo: "4.1 - Conta bancária A conta bancária apresentada

no momento da celebração do convênio (nº 032458-2) não foi utilizada para pagamento dos

recursos financeiros, mas sim a conta corrente nº 82150-0, no entanto, não identificamos nos

processos administrativos do convênio e de prestação de contas justificativa para tal alteração,

contrariando, assim, o Anexo II, item 2.14, da Portaria SME nº 5.152/07. (Item 3.4) 4.2 - Plano

de Trabalho e Projeto Pedagógico As metas apresentadas no Plano de Trabalho são genéricas,

não são descritas qualitativa ou quantitativamente, ou seja, as metas não são uma parcela

quantificável do objeto, prejudicando qualquer verificação quanto à realização das metas ou

atingimento de objetivos. Isso não só pela auditoria como também pela SME, que é a unidade

responsável pela aprovação, acompanhamento e fiscalização dos convênios. A conveniada por

sua vez não demonstra qualificação na elaboração de suas metas. (Item 3.5) O processo de

avaliação do desenvolvimento integral da criança, previsto no Projeto Pedagógico, apresenta

deficiências e não foi realizada a avaliação de novembro/08, prevista no cronograma de

atividades, fatos que, também, prejudicam a verificação do cumprimento dos objetivos do

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convênio, infringindo a Cláusula Quarta, item 4.2 – XII. (item 3.6) 4.3 - Controle de Frequência

Pelos resultados dos testes verificamos que tanto o Diário de Classe como a relação de frequência

constante da prestação de contas não refletem a presença ou ausência da criança, não sendo assim

documentos considerados confiáveis ou fidedignos. Dessa forma, a entidade conveniada está

descumprindo cláusula do convênio (Cláusula Quarta, item 4.2.X, do Termo de Convênio e item

4.2 IX ,do Termo Aditivo) e a Portaria SME nº 5.152/07, em seu Anexo V, item 1.2.2. Tal fato

enseja a glosa de R$ 2.692,50. (Item 3.7) 4.4 - Quadro de Pessoal Na data da visita, o quadro de

pessoal se apresenta incompleto devido à falta de 2 (duas) Auxiliares de Desenvolvimento

Infantil – volantes e da Diretora. Constatamos, ainda, que em termos de quantidade de

funcionários, no período de julho/08 a setembro/08, o quadro de pessoal estava incompleto para o

cargo de Auxiliar de Desenvolvimento Infantil (volante), infringindo a Portaria SME nº 5.152/07,

Anexo I, item 3.1. (Item 3.8) 4.5 - Infraestrutura do Imóvel Os espaços das salas de atividades

não comportam a quantidade de crianças estabelecida no convênio para as turmas de berçário e

mini grupo, infringindo o parágrafo único, do art. 16, da Deliberação do Conselho Municipal de

Educação nº 01/99. (Item 3.9.1) A área do lactário não suporta o oferecimento de refeições às

crianças do berçário, além não ser ambiente adequado para essa atividade, conforme a Portaria

SME nº 5.152/07. A entidade tem oferecido refeições às crianças dentro do ambiente do fraldário,

ambiente totalmente inóspito. O imóvel tem características de escola de ensino fundamental e

necessita de adaptações para atender a legislação vigente em relação às janelas das salas de

atividades, as condições do solário, da área verde e do fraldário. (Item 3.9.2) 4.6 - Prestação de

Contas Verificamos que, de acordo com o sistema EOL, nos meses de julho a outubro/08 a

quantidade de crianças matriculadas é inferior à previsão do convênio, levando a entender que

cabe a glosa no valor de R$ 4.846,50 (27 crianças x R$ 179,50 valor per capita acima de 120

crianças). (Item 3.10.1) Na prestação de contas, como a SME não exige o extrato bancário da

conta específica, identificamos na análise, apenas que as despesas, em sua maioria, apresentam

coerência e razoabilidade com o objeto do convênio, mas não pudemos averiguar a efetividade da

despesa. Consideramos irregular a despesa com monitoramento de sistema eletrônico da empresa

WBN Monitoramento Eletrônico de Seg. e Com Ltda., no montante de R$ 20.250,00, o que

enseja a glosa do referido valor (Item 3.10.2) Entendemos que para que o valor do vale transporte

seja considerado despesa do convênio, é necessário o comprovante de despesa junto à SPTrans,

caso contrário caberá a glosa do valor de R$ 5.041,37. (Item 3.10.3) 4.7 – Alimentação O aspecto

de alimentação apresenta falhas que contrariam as condições estabelecidas em convênio quanto

ao atendimento às normas técnicas do Departamento de Merenda Escolar da Secretaria Municipal

de Gestão, inclusive com crianças recebendo refeições dentro do ambiente do fraldário e não

seguindo o cardápio estabelecido e publicado no DOC, infringindo a Cláusula Quarta, item 4.2.

(Item 3.11) 4.8 - Portaria de Autorização de Funcionamento do CEI Embora se trate de ato de

suma importância, na medida em que representa o aval da Secretaria para que a entidade exerça

suas atividades, até o momento de nossa visita, a entidade não possuía todas as condições

estabelecidas no artigo 7º da Deliberação n° 01/99 do CME, faltando o Plano de Capacitação

Permanente de recursos humanos, Regimento que expresse a organização pedagógica,

administrativa e disciplinar da instituição e Auto de licença, localização e funcionamento. (item

3.12) 4.9 - Contrapartida da Entidade A análise revela que a entidade não vem cumprindo o

compromisso de aportar recursos adicionais aos já aportados por SME, com a finalidade de

atingir o objetivo comum do convênio, e de que colabora mutuamente para seu objeto, bem como

o Plano de Aplicação de Recursos Financeiros apresentado não está sendo executado. No período

de janeiro a setembro/08 o valor acumulado não aplicado pela entidade equivale a R$ 58.717,50.

Infringência ao item 1.5 - Plano de Aplicação de Recursos Financeiros – Anexo V, da Portaria

SME nº 5152/07. (Item 3.13) 4.10 - Quadro das Glosas No quadro a seguir, para uma melhor

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visualização, demonstramos os valores das glosas apuradas nos testes amostrais realizados, em

função do não cumprimento das cláusulas do termo de convênio e da legislação aplicável, e a

contrapartida não aplicada, ou seja:

item Descrição da Glosa Valor R$

3.7 Divergências entre controle de frequência x EOL, em set/08 2.692,50

3.10.1 Divergências entre matrículas no EOL x repasses efetuados 4.846,50

3.10.2 Despesas sem vínculo com o convênio - WBN Monitoramento 20.250,00

3.10.3 Despesas de vale transporte sem comprovação 5.041,37

Total 32.830,37

3.13 Contrapartida não aplicada 58.717,50

Sem prejuízo de outras sanções cabíveis previstas na Cláusula Décima Terceira. A SME e suas

Diretorias Regionais de Educação como unidades gestoras dos convênios na Educação Infantil,

responsáveis pela aprovação, acompanhamento e fiscalização dos convênios apresentam sérias

falhas em seus procedimentos, necessitando urgentes providências para aperfeiçoar seus

procedimentos, pois caso contrário os convênios da Educação Infantil poderão não atingir o

objetivo de cuidar e educar a criança." A Assessoria Jurídica de Controle Externo – AJCE – desta

Colenda Corte apresentou o parecer de folhas 567/574, concluindo por acompanhar o

entendimento da Auditoria. Os autos foram encaminhados à Procuradoria da Fazenda Municipal,

que solicitou intimar a Origem em face de várias questões formuladas (folhas 576/587), o que se

concretizou por meio do Ofício SSG nº 10739/2011 (folha 589). Em resposta, a Secretaria

Municipal de Educação encaminhou documentação juntada às folhas 592/628. Tendo em vista

que as folhas 595/602 e 605/610 são duplicatas de documentos já verificados, quando da

realização do Acompanhamento de Execução do Convênio, e que as folhas 603/604 são cópias

das folhas 98/99 do TC nº 72-002.446/07-91 que cuida da análise formal do ajuste, os auditores

deixaram de considerá-las em sua manifestação, mantendo, no mais, seu posicionamento no

sentido de irregularidade. A AJCE, acompanhando o entendimento da área auditora, destacou que

as questões levantadas são de cunho fático e impedem o acolhimento, vez que o convênio não

está atendendo às condições estabelecidas (folhas 567/573). Às folhas 567/587, a Procuradoria da

Fazenda Municipal elaborou questões e sugeriu nova oitiva da Origem. Em manifestação

conclusiva, acerca da defesa apresentada, a Coordenadoria II ratificou seu entendimento (folhas

632/635). A AJCE, às folhas 637/642, manifestou-se pela irregularidade do termo, salientando

apenas que a contrapartida não precisa necessariamente ser financeira, contudo deve restar

claramente ilustrada, o que não foi possível verificar nos autos. A PFM, considerando o aspecto

formal das falhas detectadas, requereu o acolhimento da execução ou, ao menos, o

reconhecimento dos efeitos produzidos (folhas 645/668). A AJCE, em nova manifestação às

folhas 670/676, destacou preliminarmente que o objeto de análise compreende um convênio, que

se caracteriza por ser um instrumento utilizado pelo Poder Público para associar-se com outras

entidade públicas ou privadas objetivando um fim comum. Nessa senda, trouxe à baila

considerações tecidas pela Ilustre Dra. Maria Sylvia Zanella di Pietro: "A. Os entes conveniados

têm objetivos institucionais comuns e se reúnem, por meio de convênio, para alcançá-las (...). B.

Os partícipes do convênio têm competências institucionais comuns; o resultado alcançada insere-

se dentro das atribuições de cada qual; C. No convênio, verifica-se a mútua colaboração, que

pode assumir várias formas, como repasse de verbas, usa de equipamentos, de recursos humanos

e materiais, de imóveis, de know-how e outros" (in "Parcerias na Administração Pública", 5a

edição, Ed. Atlas, São Paulo, 2006, pág. 247). Logo, o convênio é um instrumento de cooperação,

onde ambos atuam como partícipes, assumindo uma atividade de atendimento às necessidades

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coletivas. Assim, como sustenta Hely Lopes Meirelles, em sua clássica obra "Direito

Administrativo Brasileiro" (Malheiros, 31a edição, pág. 86), "Os fins da administração pública

resumem-se num único objetivo: o bem da coletividade administrada". Conforme se depreende

dos autos, em especial do minucioso relatório elaborada pela área auditora, restam evidenciados,

segundo a AJCE, elementos que demonstram deficiência nos procedimentos adotados pela

Origem. Outrossim, impõe-se a necessidade de melhorias e aperfeiçoamento de suas ações, com

o fito de sanar as falhas detectadas, prestigiando, por conseguinte, o atendimento ao interesse

público. Outrossim, ressaltou que a coisa pública não seja tratada com desídia, mas sim com a

cautela necessária para o legítimo atendimento do interesse público. Assim sendo, na esteira das

manifestações dos órgãos técnicos desta Corte, a AJCE opinou pelo não acolhimento da execução

"sub examine". A Secretaria Geral acompanhou o parecer exarado pela Assessora preopinante, no

sentido do não acolhimento da execução do convênio ora em exame. TC 2.533.07-94 Trata o

presente da Análise do Convênio n.º 005/SME/2007-RI, celebrado entre a Secretaria Municipal

de Educação – SME e a União dos Moradores da Comunidade Sete de Setembro, que tem por

objeto o atendimento de 189 crianças de 1 a 4 anos, sendo 56 crianças de berçário (de 1 a 2 anos),

por meio de Centro de Educação Infantil/Creche – CEI Gente Inocente. Às folhas 173 a 185, a

Coordenadoria II concluiu pela irregularidade do Convênio, dadas as seguintes infringências: "a)

ausência de justificativa do valor do Convênio, por não ser apresentado o estudo sobre o qual se

baseou a SME para estipular os valores per capita e de adicional berçário, em infração ao inciso

III do parágrafo único do art. 26, em cotejo com o "caput" do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93

e ao inciso X do art. 93 da Constituição Federal (item 13.2); b) não conformidade do Plano de

Trabalho constante das fls. 36/70 com as regras aplicáveis, pois não há descrição clara das metas

a serem atingidas pelo Convênio, contrariando o "caput" do art. 116 e § 1º, inciso II, do art. 116

da Lei Federal nº 8.666/93 (item 13.8); c) ausência de justificativa para a celebração do

Convênio, em infração ao art. 116, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, em cotejo com o art. 2º, I,

do Decreto Municipal nº 44.279/03 (item 13.9); d) contrariedade ao princípio da isonomia para a

celebração do convênio e ao art. 6º do Decreto Municipal nº 40.384/2001, uma vez que não se

prevê chamamento público com a indicação de critérios objetivos para a escolha da entidade com

quem se celebrará o convênio (item 13.10); e e) ausência de notificação à Câmara Municipal da

celebração do convênio, contrariando o § 2º do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 (item 13.11).

Salientamos que os documentos exigidos pela Origem, tanto para a formalização do Convênio

como para a prestação de contas, denotam a fragilidade do controle da consistência das

informações recebidas, uma vez que elas são consideradas tal como apresentadas pela entidade

convenente, sem investigação da Origem (itens 13.8 e 13.12). Apontamos também que não foram

enviadas as informações sobre o Convênio através do SERI, contrariando a Instrução TCMSP nº

01/2002." Intimada das conclusões, a Origem defendeu-se às folhas 191 a 213, juntando

documentos, os quais foram analisados às folhas 217/221 pela SFC, que reiterou sua conclusão

anterior, com exceção da infringência ao parágrafo 2º do artigo 116 da Lei Federal nº 8.666/93,

vez que a Origem comprovou ter notificado a Câmara Municipal a respeito da celebração do

Convênio, e à Instrução TCMSP no 01/2002, vez que a Origem comprovou que enviou as

informações relativas ao Convênio por meio do SERI, embora de forma extemporânea. Após, os

autos foram encaminhados à AJCE, que, na esteira do entendimento esposado pela SFC, opinou

pela irregularidade do Convênio (folhas 224/229). Em seguida, a PFM opinou pela regularidade

do Convênio, com base no pronunciamento de folhas 208/213 feito pela Origem e "considerando

que não há qualquer registro nos autos de atividade indevida de quem quer que seja ou de

prejuízo ao Erário, considerando a adequação do instrumento utilizado para o fim colimado e

considerando, por fim, o aspecto formal das falhas detectadas" (folhas 231/235). A Secretaria

Geral, por sua vez, às folhas 237 a 240, com relação ao valor do Convênio, acompanhou o

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entendimento da SFC no sentido de que o processo administrativo deveria ter sido instruído com

a justificativa do preço, conforme determina o artigo 26, parágrafo único, inciso III, c/c o artigo

116, "caput", ambos da Lei Federal nº 8.666/93, uma vez que a existência dos valores per capita

na Portaria da SME não justifica, por si só, o valor a ser repassado. Quanto ao Plano de Trabalho,

partilhou do entendimento da SFC no sentido de que o referido documento não atende às

exigências estabelecidas no artigo 116, parágrafo 1o, inciso II da Lei Federal nº 8.666/93, pois

prevê metas qualitativa e quantitativamente. No que tange à adoção do convênio como modelo de

parceria entre o setor público e o privado, acompanhou o entendimento da SFC no sentido de que

"A administração, pelo princípio da transparência e motivação dos seus atos, deve fundamentar

por que, no seu entender, considerando as características e especificidades do Município de São

Paulo e a demanda de vagas escolares, a opção pelo convênio é a que mais atende ao interesse

público, garantindo economicidade, eficácia e efetividade do programa educacional objeto do

convênio, bem como o controle dos gastos efetuados pela entidade parceira". No que se refere à

escolha da entidade conveniada, entendeu que a não realização da licitação só se justifica nos

casos de dispensa ou de inexigibilidade. Quanto à fiscalização do convênio, também acompanhou

o entendimento da SFC no sentido de que "os documentos exigidos pela Origem, tanto para a

formalização do Convênio, como para a prestação de contas, denotam fragilidade do controle da

consistência das informações recebidas". Já quanto à notificação à Câmara Municipal a respeito

da celebração do Convênio e ao envio das informações do ajuste por meio do SERI, entendeu

suficientes os esclarecimentos prestados pela Origem, vez que a remessa extemporânea das

informações não tem o condão de macular a contratação, caracterizando-se como

descumprimento de dever administrativo. Do exposto, na esteira da manifestação da SFC,

concluiu pela irregularidade do Termo de Convênio no 005/SME/2007-RI. TC 2.720.12-07

Trata o presente de encaminhamento de cópias extraídas do inquérito civil do Ministério Público

do Trabalho (MPT), por meio do Ofício nº 126590/2012/PRT2/COORD1 (folha 2), de 13.7.2012,

tendo por indiciada a entidade União dos Moradores da Comunidade Sete de Setembro, para

ciência e adoção de providências cabíveis no âmbito deste Tribunal. O inquérito civil no

Ministério Público do Trabalho foi instaurado a partir de denúncia sigilosa que relata

irregularidades que estariam sendo praticadas pela citada entidade, que, resumidamente, referem-

se a atraso no pagamento de salários, ausência de pagamento de férias e vale-transporte; e

holerites que seriam assinados sem que houvesse o efetivo pagamento dos salários ou férias

(folha 3). De início, o Procurador, então oficiante, determinou a manifestação da entidade acerca

da denúncia. A entidade informou que passava por inúmeros transtornos financeiros, motivado

pelo atraso no repasse de verbas para administração de convênios firmados com a Prefeitura e o

Estado; explicou, ainda, o pagamento de vale em dinheiro e que a entidade estava acertando o

FGTS com a Caixa Econômica Federal - CEF (folha 3). Segundo Relatório (folhas 3/7) do

Ministério Público do Trabalho, de 4.6.2012, o Parecer Pericial Contábil (folhas 8/24), de

13.3.2012, apresenta análise complexa e minuciosa, comprovando que, de fato, a entidade

encontrava-se em situação financeira muito desfavorável. O citado Parecer traz informação que

estava em vigor o acordo entre a CEF e a entidade para o parcelamento dos débitos relativos ao

FGTS, ou seja, para depósito dos valores atrasados. Os depósitos relativos às competências atuais

não foram realizados, efetuando o acerto na demissão ou pedido de dispensa do funcionário

(folhas 10/11). Quanto ao vale-transporte, a entidade informa que era pago mensalmente aos

empregados (folha 11). Considerando que a natureza das supostas lesões denunciadas é

meramente patrimonial, que interesses patrimoniais encaixam-se na legitimidade do sindicato

representativo e que o Ministério Público do Trabalho deve cumprir sua missão institucional com

a priorização de sua atuação, nesse mesmo Relatório, a Procuradora, para a qual o inquérito foi

redistribuído, decide pelo arquivamento do procedimento. Determina, ainda que, pela existência

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de dinheiro público envolvido, oficie-se o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, com

cópia do Relatório Pericial, para que tome conhecimento da situação em que se encontra a

investigada e adote as providências que entender cabíveis. Em atendimento à solicitação do

Subsecretário da SFC, a Coordenadoria II informou (folha 81), em 14.8.2012, que, referente à

citada entidade, foi localizado o processo TC nº 72.002.533/07-94 que trata do Convênio nº

005/SME/2007-RI (folhas 111/120 do citado processo TC), firmado entre a Secretaria Municipal

de Educação e a entidade União dos Moradores da Comunidade Sete de Setembro, para

atendimento de crianças em Centro de Educação Infantil. Não obstante a informação supra, foi

determinada a autuação destes autos, para analisar as questões levantadas na documentação

encaminhada pelo Ministério Público do Trabalho, em cumprimento ao respeitável Despacho de

folha 90. No TC nº 72.002.533/07-94, foi realizada a análise formal que concluiu pela

irregularidade do convênio pelos motivos expostos às folhas 173/187 e 217/221 do processo TC

em referência, ora englobado para julgamento. O Convênio nº 005/SME/2007-RI teve vigência

de 30 meses da data de sua assinatura, de 1.2.2007 a 31.7.2009. Em 30.9.2009, foi publicado

extrato do Termo de Convênio nº 245/SME/2009-RI (folha 92), assinado em 21.9.2009, para

atender o mesmo objeto do anterior. A extinção do convênio foi publicada em 31.7.2010 (folha

93). Após a manifestação da entidade, o mesmo Procurador determinou levantamento, pela

Perícia Contábil, da real condição da empresa, especificamente em razão dos salários e do

transporte (folha 3). Diante do exposto e considerando que a análise do citado processo TC trata

de um convênio específico, que teve vigência de 01.02.2007 a 31.07.2009, bem como que em

30.09.2009, foi publicado extrato de Termo de Convênio no 245/SME/2009-RI, objetivando a

mesma matéria, extinto em 31.07.2010, e do inquérito civil, que pelo que consta nas cópias

recebidas, trata de denúncia genérica, a Coordenadoria II, às folhas 94/95, entendeu necessário

seja oficiada a Origem para que se manifestasse a respeito das denúncias efetuadas e, também, se

a extinção do convênio está relacionada aos fatos denunciados. Após as justificativas e

documentos encaminhados pela SME, juntados às folhas 105/115, a AJCE, às folhas 119/122,

entendeu que as diligências alcançaram os objetivos propostos, nada tendo a acrescentar. A PFM,

à folha 124, acompanhando as conclusões alcançadas pelos técnicos desta Corte, opinou pelo

arquivamento do presente, em razão da perda de objeto. A AJCE, às folhas 126 a 128, observou,

primeiramente, que o presente cuida de solicitação de informações a esta Corte formulada pelo

MP, à vista da instauração do Inquérito Civil no 000118.2010.02.000/5, e que não se trata,

portanto, de Representação ou Denúncia, encaminhada diretamente ao Tribunal, que tivesse de se

submeter ao juízo de admissibilidade, como previsto no Regimento Interno, em seus art. 55 e 56.

Em assim sendo, considerou que a SFC, por meio do relatório mencionado, dirimiu as questões

suscitadas, motivo pelo qual entendeu que o presente se encontra em condições de ser submetido

à apreciação, para conhecimento e deliberação, nos termos do artigo 7o da Resolução no 06/00,

sugerindo seja o Ministério Público cientificado das conclusões alcançadas. Observou que o

Convênio no 005/SME/2007-RI, celebrado entre a SME e a União de Moradores da Comunidade

Sete de Setembro, está sendo objeto de análise no TC no 72.002.533.07-94, em fase de instrução.

A Secretaria Geral, acompanhou à folha 129 a manifestação da Assessora preopinante no sentido

de que o presente se encontra em condições de ser de ser submetido a conhecimento e

deliberação. No mais, acompanhou a sugestão de cientificação do Ministério Público do Trabalho

das conclusões alcançadas, bem como quanto à existência de processo específico de análise do

Convênio em questão, nos autos do TC no 72.002.533.07-96, ora englobado para julgamento. É o

RELATÓRIO. Voto englobado: Preliminarmente, quanto à matéria objeto dos processos

suprarrelatados, cumpre destacar que as irregularidades apontadas são semelhantes àquelas

tratadas nos TCs 2.445.07-29, 2.465.07-36, 2.536.07-82, enfrentadas quando de seu julgamento,

tendo sido aprovados por unanimidade, incluindo convênio com uma das entidades ora sob

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análise (Cruzada Pró-Infância, Centro de Educação Infantil Aconchego, TC 2.536.07-82). Na

ocasião, assim como no estudo técnico dos convênios ora em julgamento, a análise realizada pela

auditoria fundamentou-se no amplo estudo sobre o conveniamento de creches realizado por esta

Corte em 2008. Assim sendo, diante de matérias idênticas, permito-me adotar aqui os mesmos

fundamentos então apreciados naqueles TCs. Quanto às execuções contratuais, importante

destacar que a situação apontada quanto à execução do Convênio 018/SME/2003, firmado com o

Centro Social Comunitário Jardim Primavera, ensejou aprimoramento e melhorias dos trabalhos,

segundo informações constantes nos autos (TC 3.022.07-80). No que concerne ao

acompanhamento da execução do Convênio nº 014/SME/2007-RI (folhas 88/97) e seu respectivo

Termo Aditivo, nº 643/2007-RI, (folhas 154/155), celebrado com a entidade Mamãe Associação

de Assistência à Criança Santamarense (TC 2.104.08-99), cumpre ressaltar que a Origem adotou

as medidas necessárias para a glosa dos valores pagos por alunos que não cumpriram o mínimo

de 75% de frequência. Sobre esta execução, bem como quanto ao acompanhamento da execução

do Convênio nº 086/SME/2007-RI e do Termo Aditivo nº 169/2008-RI, firmado com a entidade

Cruzada Pro-Infância (TC 2.693.08-41), data vênia o entendimento esposado pelo Órgão Auditor,

entendo que as irregularidades que concernem à opção do Poder Público quanto à adoção de

convênio como modelo de parceria entre o setor público e o privado, não são capazes de macular

a execução dos referidos ajustes. Por todo o exposto, relevo as impropriedades detectadas pelos

órgãos técnicos e julgo REGULARES os Convênios abaixo indicados e respectivos Termos de

Aditamento, celebrados pela Secretaria Municipal de Educação:

TC Termo de Convenio n° Entidade Objeto CEI

504.07-15

Convênio nº

018/SME/2003 e os

TAs nºs 143/06 e

267/06 e

17/Subprefeitura

Parelheiros/04

Centro Social

Comunitário Jardim

Primavera

Atendimento de

300 crianças de

0 a 6 anos e 11

meses de idade,

sendo 100 de 0

a 1 ano e 11

meses

Força e

Ação

Comunitária

2.466.07-07 Convênio nº

029/SME/2006-RP

Associação

Desportiva Vida

Verde Topy Bol

Atendimento de

180 crianças de

0 a 6 anos

Lindalva

Dias

Marreiro

2.535.07-10

Convênio nº

014/SME/2007-RI e do

Termo Aditivo nº

643/2007-RI

Mamãe Associação

à Criança

Santamarense

Atendimento de

179 crianças de

1 a 6 anos,

sendo 20 de 1 a

2 anos

Santa

Terezinha

2.534.07-57 Convênio nº

077/SME/2007-RI

Sociedade

Beneficente São

Camilo

Atendimento de

160 crianças de

0 a 4 anos,

sendo 50 de 0 a

2 anos

Jardim das

Carmélias

2.446.07-91

Convênio nº

086/SME/2007-RI e

Termo Aditivo nº

Cruzada Pró

Infância

Atendimento de

300 crianças,

sendo 82 de 0 a

Galileu

Menon

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169/2008-RI 2 anos

2.533.07-94 Convênio n.º

005/SME/2007-RI

União dos

Moradores da

Comunidade Sete de

Setembro

Atendimento de

189 crianças de

1 a 4 anos,

sendo 56 de 1 a

2 anos

Gente

Inocente

Ante a inexistência da comprovação de qualquer irregularidade substancial, tampouco vício grave

ou insanável que tivesse trazido prejuízo ou dano ao Tesouro, bem como por não vislumbrar

dolo, culpa ou má-fé por parte dos Agentes Públicos, e tendo em vista a natureza dos ajustes e o

lapso de tempo decorrido, julgo, em caráter excepcional, REGULARES as três execuções em

exame, com a seguinte determinação: Determino à Secretaria Municipal de Educação que realize

um rigoroso acompanhamento da gestão contratual dos convênios celebrados pela Secretaria com

as entidades de atendimento à criança e ao adolescente. Por fim, em atendimento ao pedido

formulado no TC 2.720.12-07, oficie-se ao Ministério Público do Trabalho da decisão a ser

alcançada por este Egrégio Plenário, encaminhando-se também cópia deste voto. Após as

comunicações de praxe, ARQUIVEM-SE os autos. (2.762ª S.O.) Declaração de voto englobada

apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: Calcado nos apontamentos da Subsecretaria

de Fiscalização e Controle e nos pareceres da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da

Secretaria Geral, julgo irregulares os Convênios e as Execução Contratuais analisados.

Considerando, no entanto, o longo tempo decorrido, tendo os serviços sido prestados,

gerenciados e recebidos em administração já exaurida e, principalmente, face à ausência de

qualquer referência a efetivo prejuízo ao Erário, aceito os efeitos financeiros advindos dos

Contratos, deixando, pelos mesmos motivos, de expedir qualquer determinação. Quanto ao TC

n.º 2.720.12-07 (item 10), tendo em vista o arquivamento do Inquérito por parte do Ministério

Público do Trabalho, conheço, para registro, das constatações oriundas da Subsecretaria de

Fiscalização e Controle e determino o arquivamento dos autos. (2.762ª S.O.) Voto em separado

englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: No que tange às irregularidades

apontadas vinculadas aos procedimentos para a celebração e execução dos convênios ora em

exame, destaco que os apontamentos relacionados à inexistência de chamamento público para

seleção das entidades, ausência de composição do custo do aluno para referendar os repasses, e,

sobretudo, fragilidade dos Planos de Trabalho e Projeto Pedagógico, que carecem de metas

qualitativas e quantitativas e de critérios de avaliação que possibilitem o acompanhamento da

evolução da criança, refletem questões que vem sendo apontadas já há algum tempo por esta

Corte, tendo, inclusive sido objeto de determinação específica no julgamento do Balanço do

Exercício de 2013 do Executivo Municipal, vinculada à Função Educação (TC 72.001.136.14-

98), no seguinte sentido: “Aperfeiçoar os procedimentos de celebração e fiscalização dos

convênios de educação infantil de forma a torna-los eficientes, tendo em vista envolver inúmeros

aspectos tais como: infraestrutura, recursos humanos, recursos financeiros, questões pedagógicas,

sendo cada um deles com diversas especificidades a serem observadas (item 8.2.1-b).” Assim,

diante do exposto e na esteira das manifestações dos órgãos técnicos, julgo irregulares os

instrumentos em exame, bem como as execuções nos períodos examinados, aceitando os efeitos

financeiros decorrentes, por entender que as principais deficiências evidenciadas refletem

ausência de providências efetivas por parte da Contratante, sem participação das conveniadas

(2.762ª S.O.). Voto desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson

Simões: Cuidam os autos dos TCs 504/07, 3.022/07, 2.466/07, 2.535/07, 2.104/08, 2.534/07,

2.446/07, 2.693/08 e 2.533/07 respectivamente, da análise do Convênio nº 18/2003, seus Termos

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Aditivos 17/04, 143/06 e 267/0628

e do acompanhamento da sua execução, bem como do exame

do Convênio 29/0629

, do Convênio 14/07, seu Termo Aditivo 643/07 e sua execução, e também

do Convênio 77/07, da análise do Convênio 86/07, seu Termo de Aditamento 169/08 e sua

execução e ainda, da análise formal do Convênio 5/2007, todos celebrados pela Secretaria

Municipal de Educação, tendo por objeto o atendimento às crianças, por meio de centro de

educação infantil/creche. O TC 2.720/12, também julgado de forma englobada, trata de Ofício

encaminhado pelo Ministério Público relatando supostas irregularidades no Convênio 5/2007

firmado com a entidade União dos Moradores da Comunidade Sete de setembro. O Conselheiro

Relator João Antonio relevou as impropriedades detectadas e julgou regulares todos os convênios

e os respectivos termos aditivos. Em caráter excepcional, julgou regulares as execuções dos

convênios 18/03, 14/07 e 86/0730

. Conheceu da solicitação do Ministério Público e determinou o

28

Irregularidades: Convênio nº 18/2003 encontra-se regular com ressalva pela infringência às Instruções nº 01/02

desta Corte de Contas, pela remessa extemporânea das informações ao SERI. Termo de Aditamento nº 17/04

encontra-se irregular pelas seguintes infringências: a) falta de publicação do extrato do termo de aditamento

infringindo o artigo 60, parágrafo único da Lei Federal nº 8.666/93 e artigo 26 da Lei Municipal nº 13.278/02; b)

remessa das informações ao SERI com atraso. Termos de Aditamentos 143/06 e 267/06 encontram-se regulares,

ressalvando a infringência às Instruções nº 01/02 desta Corte de Contas, pela remessa extemporânea das informações

ao SERI. Execução do Convênio 18/2003. 29

“Diante do exposto, consideramos que o Convênio 029/2007, 14/07, 86/07 e 5/2007 apresentam-se irregulares,

dadas as seguintes infringências:

a) ausência de justificativa do valor do Convênio, por não ser apresentado o estudo sobre o qual se baseou a SME

para estipular os valores per capita e de adicional berçário, em infração ao inciso III do parágrafo único do art. 26,

em cotejo com o caput do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93 e ao inciso X do art. 93 da Constituição Federal (item

13.2);

b) irregularidade da conta bancária específica, uma vez que não se indicou conta no Bradesco S/A, contrariando o

art. 1º do Decreto Municipal nº 46.528/05 (fls. 159/161), “a partir do dia 1º de novembro de 2005 (item 13.5);

c) não conformidade do Plano de Trabalho constante das fls. fls. 36/66 e 87/91 com as regras aplicáveis, pois não se

apresenta a contrapartida da Associação Desportiva Vida Verde Topy Bol na consecução do convênio, não há

descrição clara das metas a serem atingidas pelo Convênio, contrariando o art. 2º em cotejo com o caput do art. 116 e

§ 1º, inciso II, do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93, e não houve o esclarecimento do que seria a previsão de

“momento de oração’ constante do Plano de Trabalho, uma vez que a educação pública deve ser laica consoante o

art. 5º, inciso VI, e art. 19, inciso I, da Constituição Federal (item 13.7);

d) ausência de justificativa para a celebração do Convênio, em infração ao art. 116, caput, da Lei Federal nº

8.666/93, em cotejo com o art. 2º, I, do Decreto Municipal nº 44.279/03 (item 13.8);

e) contrariedade ao princípio da isonomia para a celebração do convênio e ao art. 6º do Decreto Municipal nº

40.384/2001, uma vez que não se prevê chamamento público com a indicação de critérios objetivos para a escolha da

entidade com quem se celebrará o convênio (item 13.9); e

f) ausência de notificação à Câmara Municipal da celebração do convênio, contrariando o § 2º do art. 116 da Lei

Federal nº 8.666/93 (item 13.10).

Salientamos que os documentos exigidos pela Origem tanto para a formalização do Convênio como para a prestação

de contas denotam a fragilidade do controle da consistência das informações recebidas, uma vez que elas são

consideradas tal como apresentadas pela entidade convenente, sem investigação da Origem (itens 13.7 e 13.11). 30

Irregularidades graves na execução dos convênios, inclusive com prejuízo

1- Conta bancária: A conta bancária apresentada no momento da celebração do convênio (nº 032458-2) não foi

utilizada para pagamento dos recursos financeiros; 2 - Plano de Trabalho e Projeto Pedagógico: As metas

apresentadas no Plano de Trabalho são genéricas, não são descritas qualitativa ou quantitativamente, ou seja, as

metas não são uma parcela quantificável do objeto, prejudicando qualquer verificação quanto à realização das metas

ou atingimento de objetivos. 3 - Controle de Frequência: Pelos resultados dos testes verificamos que tanto o Diário

de Classe como a relação de frequência constante da prestação de contas não refletem a presença ou ausência da

criança. 4 - Quadro de Pessoal: Na data da visita, o quadro de pessoal se apresenta incompleto devido à falta de 2

(duas) Auxiliares de Desenvolvimento Infantil – volantes e da Diretora. Constatamos, ainda, que em termos de

quantidade de funcionários, no período de julho/08 a setembro/08, o quadro de pessoal estava incompleto para o

cargo de Auxiliar de Desenvolvimento Infantil (volante), infringindo a Portaria SME nº 5.152/07, Anexo I, item

3.1.5 - Infraestrutura do Imóvel: Os espaços das salas de atividades não comportam a quantidade de crianças

estabelecida no convênio. 6 - Prestação de Contas. Verificamos que, de acordo com o sistema EOL, nos meses de

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envio do relatório, voto e da decisão alcançada pelo Plenário em resposta ao seu requerimento, no

que foi acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Domingos Dissei. Divergiu o Conselheiro

Revisor Vice-Presidente Roberto Braguim que julgou irregulares todos os instrumentos e as

correspondentes execuções, aceitando, contudo, os seus efeitos financeiros, sendo acompanhado

pelo Conselheiro Maurício Faria que acrescentou outros fundamentos, em declaração de voto.

Por votação unânime foi conhecida a solicitação do Ministério Público e determinado o envio de

cópia do relatório, voto e decisão alcançada, em resposta ao seu requerimento. Registrado o

empate quanto à análise dos convênios, aditivos e a respectiva execução. Consoante disposição

legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria

de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral

acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e Maurício Faria, restando

assim, por maioria de votos, JULGADOS IRREGULARES TODOS OS INSTRUMENTOS

ANALISADOS E AS CORRESPONDENTES EXECUÇÕES DOS CONVÊNIOS 18/03, 14/07 e

87/07, aceitando, todavia, os efeitos financeiros, pelas razões expostas em seus votos.31

Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson

Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator.” 16) TC 910.12-63 – Secretaria Municipal de

Serviços – SES e Trivale Administração Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual –

Verificar se o Contrato 38/SES/2011 (R$ 3.275.176,38), cujo objeto é a prestação de serviços

para a implantação e a operação de um sistema informatizado, integrado com a utilização de

cartão de controle e pagamento, cujo escopo é o gerenciamento do abastecimento de

combustíveis e lubrificantes, para serem utilizados pelo Corpo de Bombeiros Metropolitano, está

sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as

cláusulas estabelecidas no ajuste ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos,

devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de

Sua Excelência, na 2.769ª S.O., para que lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de

desempate. Na referida sessão, votaram os Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto

Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros João Antonio –

Relator, com relatório e voto, e Domingos Dissei, votando o Conselheiro Presidente Edson

julho a outubro/08 a quantidade de crianças matriculadas é inferior à previsão do convênio, levando a entender que

cabe a glosa no valor de R$ 4.846,50 (27 crianças x R$ 179,50 valor per capita acima de 120 crianças).

Consideramos irregular a despesa com monitoramento de sistema eletrônico da empresa WBN Monitoramento

Eletrônico de Seg. e Com Ltda., no montante de R$ 20.250,00, o que enseja a glosa do referido valor. Entendemos

que para que o valor do vale transporte seja considerado despesa do convênio, é necessário o comprovante de

despesa junto à SPTrans, caso contrário caberá a glosa do valor de R$ 5.041,37. 7 – Alimentação: O aspecto de

alimentação apresenta falhas que contrariam as condições estabelecidas em convênio, inclusive com crianças

recebendo refeições dentro do ambiente do fraldário e não seguindo o cardápio estabelecido e publicado no DOC,

infringindo a Cláusula Quarta, item 4.2.8 - Portaria de Autorização de Funcionamento do CEI. Embora se trate de

ato de suma importância, na medida em que representa o aval da Secretaria para que a entidade exerça suas

atividades, até o momento de nossa visita, a entidade não possuía todas as condições estabelecidas no artigo 7º da

Deliberação n° 01/99 do CME, faltando o Plano de Capacitação Permanente de recursos humanos, Regimento que

expresse a organização pedagógica, administrativa e disciplinar da instituição e Auto de licença, localização e

funcionamento. 9 - Contrapartida da Entidade: A análise revela que a entidade não vem cumprindo o compromisso

de aportar recursos adicionais aos já aportados por SME, com a finalidade de atingir o objetivo comum do

convênio.10 - Quadro das Glosas. Total de R$ 58.717,50 devem ser glosados pois esses recursos foram repassados e

não foram aplicados. 31

Responsáveis: Maria Aparecida Perez – Secretária Municipal de Educação. Alexandre Alves Schneider. (é também

o Signatário do convênio objeto de investigação do MP – TC 2.533/07). Márcia Rodrigues Valente. Maria da

Piedade P. S. de Souza.

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Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80,

combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em relevar a

ausência de documentos previstos na Cláusula 5.3 do contrato e em julgar regular a execução do

Contrato 38/SES/2011. Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar que a

Secretaria Municipal de Serviços passe a instruir os processos de pagamento de acordo com a

previsão contratual. Vencidos os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, consoante declaração

de voto apresentada, e Maurício Faria que julgaram irregular a execução do contrato, não

acolhendo os efeitos financeiros decorrentes. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar

que, após as comunicações de praxe, arquivem-se estes autos. Relatório: Trata-se, nos autos do

TC nº 910/12-63, de Acompanhamento de Execução do Contrato nº 38/SES/11, firmado com a

empresa Trivale Administração Ltda., no valor inicial de R$ 3.275.176,38 (três milhões, duzentos

e setenta e cinco mil, cento e setenta e seis reais e trinta e oito centavos), cujo objeto é a prestação

de serviço para implantação e operação de sistema informatizado, integrado com a utilização de

cartão de controle e pagamento, cujo escopo é o gerenciamento do abastecimento de

combustíveis e lubrificantes, para serem utilizados pelo Corpo de Bombeiros Metropolitano. A

SFC realizou o acompanhamento da execução contratual do Contrato nº 38/SES/2011, no período

de 08.05.2012 a 15.06.2012, alcançando o Relatório de fls. 175/182. Neste, foi concluído à fl.

182 que os serviços estavam sendo prestados em conformidade com as normas legais e com as

cláusulas estabelecidas no ajuste. Contudo, fez a ressalva que no processo de pagamento

examinado (segunda quinzena do mês de março/2012) estavam ausentes alguns documentos que

eram previstos na cláusula 5.3 do contrato, a saber: Declaração do não cadastramento na

Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo e de que nada deve à Fazenda do Município de

São Paulo; Prova de inscrição no cadastro de pessoas jurídicas prestadoras de serviços que

emitam nota fiscal autorizada por outro município; Folha de pagamento dos empregados relativa

ao mês da prestação dos serviços; Relação dos trabalhadores constantes do arquivo SEFIP-

Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Após

ouvida a Origem, a qual reportou que haviam sido sanadas as irregularidades apontadas, a SFC se

manifestou, informando que em diligência à Origem, verificou que apenas a Relação dos

trabalhadores constantes do arquivo SEFIP- Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) havia sido suprida, estando ausentes os demais

documentos. Por sua vez, se manifestou a Assessoria Jurídica desta E. Corte, que acompanhou a

Auditoria, no sentido de que ratifica o posicionamento da auditoria, tendo em vista os

documentos faltantes. Na sequência, a PFM destacou que a auditoria conclui que os serviços

estavam sendo prestados em conformidade com as normas legais pertinentes e as cláusulas do

ajuste, com a ressalva à ausência de documentos. Ainda ressaltou que não há vícios que

justifiquem a declaração de irregularidade da execução contratual em tela e os consectários legais

decorrentes de tal decisão, requerendo o acolhimento da execução do ajuste em exame. Por fim, a

Secretaria Geral acompanhou a SFC, considerando que a execução foi irregular, à vista da

deficiência na instrução do processo de pagamento. É o RELATÓRIO. Voto: Cuida o presente de

Acompanhamento de Execução do Contrato nº 38/SES/2011, para a prestação de serviço para

implantação e operação de sistema informatizado, integrado com a utilização de cartão de

controle e pagamento, cujo escopo é o gerenciamento do abastecimento de combustíveis e

lubrificantes, para serem utilizados pelo Corpo de Bombeiros Metropolitano, com valor inicial de

R$ 3.275.176,38 (três milhões, duzentos e setenta e cinco mil, cento e setenta e seis reais e trinta

e oito centavos). A equipe de Auditoria concluiu que os serviços estavam sendo prestados em

conformidade com as normas legais e com as cláusulas estabelecidas no ajuste, não detectando

irregularidades na sua execução, nem nas verificações in loco. Contudo, na análise de

pagamentos à Contratada, referente à segunda quinzena de 2011, detectou-se o descumprimento

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da cláusula 5.3 do contrato, em razão da ausência dos seguintes documentos: Declaração do não

cadastramento na Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo e de que nada deve à Fazenda

do Município de São Paulo; Prova de inscrição no cadastro de pessoas jurídicas prestadoras de

serviços que emitam nota fiscal autorizada por outro município; e Folha de pagamento dos

empregados relativa ao mês da prestação dos serviços. Embora tais documentos devam formar a

instrução do processo de pagamento, os serviços estavam sendo prestados a contento, conforme

apurado, razão pela qual relevo a impropriedade apontada. Por todo o exposto, JULGO

REGULAR a execução do Contrato nº 38/SES/2011 e determino que a Origem passe a instruir os

processos de pagamento de acordo com a previsão contratual. Após as comunicações de praxe,

arquivem-se os presentes autos. (2.769ª S.O.) Declaração de voto apresentada pelo

Conselheiro Roberto Braguim: À vista dos elementos constantes dos autos e das manifestações

unânimes dos Órgãos Técnicos deste Tribunal, julgo irregular a execução do Contrato, não

acolhendo os efeitos financeiros decorrentes. (2.769ª S.O.) Voto de desempate proferido pelo

Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 910/12-63 do acompanhamento

da execução do contrato nº38/2011 firmado entre a Secretaria Municipal de Serviços e Trivale

Alimentação Administração Ltda., tendo por objeto a prestação de serviços para implantação e

operação de sistema informatizado com utilização de cartão para o gerenciamento do

abastecimento de combustíveis e lubrificantes para serem usados pelo Corpo de Bombeiros. O

Conselheiro Relator João Antonio julgou regular a execução contratual, sendo acompanhado pelo

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei. Divergiu o Conselheiro Revisor Vice-Presidente

Roberto Braguim que julgou irregular a execução, sem a aceitação dos efeitos financeiros, no que

foi acompanhado pelo Conselheiro Maurício Faria. Registrado empate, consoante disposição

legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE. Acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros

João Antonio e Domingos Dissei, restando assim, por maioria de votos, JULGADA REGULAR a

EXECUÇÃO DO CONTRATO, pelas razões expostas em seus votos. Participaram do

julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) João Antonio – Relator.” 17) TC 1.917.05-19 – Recursos da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Gonçalo Vecina Neto e de Celso Scazufka

Ribeiro interpostos contra o V. Acórdão de 31/8/2011 – Relator Conselheiro Maurício Faria –

Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana

(Convênio 042/2003/SMS.G R$ 77.637471,60 est. e TA 001/2004 R$ 79.738.688,40) – Serviços

médico-hospitalares e ambulatoriais a serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite,

observada a sistemática de referência e contrarreferência do Sistema Único de Saúde – SUS, sem

prejuízo da observância do sistema regulador de urgências/emergências ACÓRDÃO: “Vistos,

relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.772ª S.O., para que lhe fossem

conclusos, em razão de ter sido relatado e votado englobadamente com o processo TC 1.821.05-

41. Na referida sessão, votaram os Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Maurício Faria –

Revisor, Roberto Braguim e João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei –

Relator, com relatório e voto, Maurício Faria – Revisor, consoante voto proferido em separado,

Roberto Braguim e João Antonio, em conhecer dos recursos interpostos pela Procuradoria da

Fazenda Municipal e pelo Senhor Gonçalo Vecina Neto, tendo em vista o cumprimento do

estabelecido no art. 138 e seguintes do Regimento Interno, bem como do art. 46 da Lei Orgânica,

ambos desta Casa, assim como em conhecer do recurso interposto pelo Senhor Celso Scazufka

Ribeiro, visto que seu comparecimento espontâneo supriu a falta de intimação, nos termos

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preceituados no § 1º do art. 118 do Regimento Interno desta Corte. Acordam, ainda, à

unanimidade, quanto ao mérito, em negar-lhes provimento, mantendo o Acórdão recorrido pelos

seus próprios e jurídicos fundamentos, porquanto, ainda que se trate de convênio, instituto

jurídico marcado pela convergência de interesses de seus partícipes, não se pode relevar a

irregularidade consistente na falta de comprovação da situação de regularidade da conveniada

perante o INSS e ao FGTS, incidentes por força do disposto no artigo 195, § 3º, da Constituição

Federal, e nas Leis Federais 8.212/91 e 9.012/95, que vedam a contratação, pelo Poder Público,

de pessoas jurídicas em débito com o sistema de Seguridade Social e com o Fundo de Garantia

por Tempo de Serviço. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que dê ciência deste

Acórdão ao Ministério Público do Estado de São Paulo, Promotoria de Direitos Humanos e

Saúde Pública, ao Grupo Especial de Saúde Pública e da Saúde do Consumidor – Gaesp e à

Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital. Relatório e voto englobados:

v. TC 72.001.821.05-41. Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria:

Conheço dos recursos, uma vez que se encontram atendidos os pressupostos legais e regimentais

de sua admissibilidade. No mérito, voto pelo não provimento dos recursos, mantendo-se na

íntegra a decisão recorrida, considerando que os recorrentes não trouxeram elementos capazes de

alterar o julgado no que se refere aos aspectos de irregularidade constatados nos autos em relação

ao Termo de Convênio 42/2003 e TA 001/2004. (2.772ª S.O.) Voto de desempate englobado

proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 72.001.821.05-41. Participaram

do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e João Antonio.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Domingos Dissei – Relator.” 18) TC 1.821.05-41 – Recursos da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Gonçalo Vecina Neto e de Celso Scazufka

Ribeiro (Execução do Convênio 042/2003/SMS.G) – Serviços médico-hospitalares e

ambulatoriais a serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, observada a sistemática

de referência e contrarreferência do SUS ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com o

processo TC 1.917.05-19 e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.772ª S.O.,

para que lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Na referida sessão, votaram

os Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e João

Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Relator, com relatório e voto,

Maurício Faria – Revisor, consoante voto proferido em separado, Roberto Braguim e João

Antonio, em conhecer dos recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e

pelo Senhor Gonçalo Vecina Neto, tendo em vista o cumprimento do estabelecido no art. 138 e

seguintes do Regimento Interno, bem como do art. 46 da Lei Orgânica, ambos desta Casa, assim

como em conhecer do recurso interposto pelo Senhor Celso Scazufka Ribeiro, visto que seu

comparecimento espontâneo supriu a falta de intimação, nos termos preceituados no § 1º do art.

118 do Regimento Interno desta Corte. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros Domingos Dissei – Relator, e João Antonio, votando o Conselheiro Presidente

Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal

9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte,

quanto ao mérito, levando em conta a inexistência de irregularidades na execução examinada,

bem como que o convênio atendeu aos fins a que se destinava, em dar provimento ao recurso

apresentado pela PFM, e provimento parcial aos recursos apresentados pelos interessados, para o

fim de acolher excepcionalmente a execução do Convênio 042/2003/SMS.G, no período de

agosto de 2003 a abril de 2005, no valor de R$ 26.343.023,94. Vencidos os Conselheiros

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Maurício Faria – Revisor e Roberto Braguim que votaram pelo não provimento dos recursos.

Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que dê ciência deste Acórdão ao Ministério

Público do Estado de São Paulo, Promotoria de Direitos Humanos e Saúde Pública, ao Grupo

Especial de Saúde Pública e da Saúde do Consumidor – Gaesp e à Promotoria de Justiça do

Patrimônio Público e Social da Capital. Relatório englobado: Trata o presente da análise de

recursos ordinários interpostos pela PFM e pelos Senhores Gonçalo Vecina Neto, à época

Secretário da SMS, e Celso Scazufka, Chefe de Gabinete e Ordenador de Despesas, todos

objetivando a reforma dos Acórdãos exarados nos autos do TC 1.917.05-19 (análise) e do TC

1.821.05-41 (execução). O primeiro TC indicado julgou irregular o Convênio nº 042/2003,

firmado com a Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana, para prestação de serviços

médico-hospitalares e ambulatoriais, pela falta de comprovação de regularidade da conveniada

junto ao INSS e ao FGTS e, também, em face de sua assinatura extemporânea. Por acessoriedade,

julgou-se também irregular o Termo de Aditamento que objetivou a modificação de valores de

repasses custeados pelo Fundo Nacional da Saúde, incluindo a prestação de serviços de Atenção

Básica Ampliada – PABA, a contar de 30 de abril de 2004. Foi ainda aplicada multa no valor de

R$ 481,02 ao Ordenador da despesa (Sr. Celso Scazufka Ribeiro, Chefe de Gabinete da SMS) e

determinada à Secretaria Municipal de Saúde que, de futuro, se abstenha de firmar convênio com

pessoa jurídica que não comprove situação regular junto a Seguridade Social e FGTS. O segundo

TC, por sua vez, julgou irregular a execução parcial do Convênio, também por força do princípio

da acessoriedade. O Sr. Gonçalo Vecina Neto interpôs recurso alegando que a execução

contratual atingiu plenamente o escopo pretendido, jamais ferindo o interesse público, a boa-fé ao

longo da execução contratual, não havendo prejuízo ao Erário Municipal. Aduziu que não há que

se falar em invalidação do ato frente à absoluta ausência de lesão ao erário público. O Sr. Celso

Scazufka Ribeiro apresentou seu Recurso nos mesmos termos do Secretário Gonçalo Vecina

Neto. A Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabanos, embora regularmente intimada,

deixou transcorrer "in albis" o prazo assegurado. A Procuradoria da Fazenda Municipal opinou

pelo conhecimento dos recursos interpostos, reiterou os termos da peça recursal e requereu a

reforma da R. Decisão, de modo a considerar-se, ao final, regulares os atos praticados ou,

alternativamente, se assim não entenderem os Nobres Conselheiros, a aceitação dos efeitos

financeiros do ajuste. Destacou, ainda, que os serviços de saúde, objeto do convênio, foram

efetivamente prestados, razão pela qual a não aceitação dos seus efeitos financeiros implicaria

locupletamento ilícito da administração. Instada a se pronunciar, a Assessoria Jurídica de

Controle Externo opinou pelo conhecimento do recursos interpostos pela Procuradoria da

Fazenda Municipal e do apresentado pelo Sr. Celso Scazufka Ribeiro, tendo em vista o

cumprimento do estabelecido no art. 138 e seguintes do Regimento Interno, bem como art. 46 da

Lei Orgânica, ambos deste Tribunal de Contas. Quanto ao recurso do Sr. Gonçalo Vecina Neto,

tendo em vista que o seu comparecimento espontâneo supriu a falta de intimação, conforme

disposto no parágrafo primeiro do art. 118 do mesmo regimento, entendeu que o recurso deve

também ser conhecido. Quanto ao mérito, concluiu, no tocante aos recursos referentes ao

Acordão que julgou irregular o Convênio e seu aditamento, que a falta de comprovação da

situação de regularidade da conveniada junto ao INSS e ao FGTS são irregularidades que

comprometem o ajuste e devem ser exigidas de qualquer pessoa jurídica que contrate com o

Poder Público, conforme preceitua o artigo 2º da Lei 9.012/95 (quanto a impossibilidade de

celebração de contratos ou transações comerciais com órgãos públicos com empresas em débito

com o FGTS) e o artigo 195 § 3º da Constituição Federal que prevê que a pessoa jurídica em

débito com o Sistema de Seguridade Social como estabelecido em lei não poderá contratar com o

Poder Público e nem receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditalícios. Afirmou que a

legislação deixa clara a exigência de regularidade junto ao FGTS e INSS das empresas para

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contratarem com o Poder Público e que a regularidade deverá ser apurada não só na contratação,

mas durante todo o período de vigência do ajuste, algo que não ocorreu no caso em tela. Quanto à

intempestividade da formalização do Convênio, pelo fato de ter sido assinado após a sua

vigência, apontou que tal procedimento afrontou o Decreto Municipal nº 44.279/03, que dispõe

sobre o processo de licitação e regulamenta dispositivos da Lei 13.278/02. Portanto, a alegação

de boa-fé ou suposta ausência de prejuízo ao Erário, não consistem em escusa para deixar de

observar o estrito cumprimento da legislação vigente. Desse modo, no tocante ao recurso

referente ao Acordão que julgou o convênio e seu aditamento, manifestou-se pelo conhecimento

dos recursos ordinários e, quanto ao mérito, pelo seu improvimento, mantendo-se o v. Acórdão

recorrido. Secretaria Geral acompanhou as conclusões da Assessoria Jurídica de Controle

Externo. Foram também interpostos recurso pela PFM e pelos Srs. Gonçalo Vecina Neto e Sr.

Celso Scazufka Ribeiro objetivando a reforma do v. Acórdão que julgou irregular a execução do

convênio, com fundamento na acessoriedade. A Procuradoria da Fazenda em seu recurso

propugnou pelo conhecimento e provimento, para que a decisão seja reformada considerando-se

regular os atos analisados, ou, alternativamente, a aceitação dos efeitos financeiros eis que não se

vislumbram dolo o prejuízo ao erário. A Assessoria Jurídica de Controle Externo concluiu que

não foi constatada irregularidade no período de realização da auditoria da execução em comento,

portanto opinou pelo acolhimento dos efeitos financeiros, com o intuito de preservar a

estabilidade das relações jurídicas, visto que inexiste pendência entre as partes e, a Administração

não pode locupletar-se ilicitamente. Opinou, assim, pelo conhecimento dos recursos interpostos

e, quanto ao mérito, pelo acolhimento do recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal e pelo

acolhimento parcial dos recursos dos interessados, tendo em vista que em seus pedidos, requerem

que seja reconhecida a regularidade do Convênio e de seu Termo Aditivo, matéria essa não

examinada no presente TC que aprecia somente a Execução do Convênio. Entendeu, portanto, a

AJCE, que o v. Acórdão deve ser reformado para o acolhimento excepcional da execução parcial

do convênio em exame, no período de agosto de 2003 a abril de 2005, ou ao menos sejam aceitos

os seus efeitos financeiros, tendo em vista a ausência de irregularidades sobre a execução

contratual propriamente dita. A Secretaria de Fiscalização e Controle manifestou-se no sentido de

que os recursos interpostos não alterando o fundamento que deu suporte ao Acórdão, portanto o

mesmo deve ser ratificado. A Secretaria Geral, por sua vez, ressaltou que o Convênio foi

executado a contento, e, endossando o entendimento da d. Assessoria Jurídica, manifestou-se

pelo conhecimento dos Recursos inclusive do recurso interposto pelo Sr. Celso Scazufka Ribeiro

que, apesar de não ter sido regularmente intimado, apresentou-se espontaneamente. Quanto ao

mérito, propugnou pelo acolhimento da execução parcial do convênio. É o relatório. Voto

englobado: Diante dos elementos coligidos nos autos e acompanhando o entendimento dos

órgãos técnicos e especializados desta Corte, CONHEÇO dos recursos interpostos pela

Procuradoria da Fazenda Municipal, bem como pelos Sr. Gonçalo Vecina Neto, em face dos

Acórdãos proferidos nos autos dos TCs 1.821-05-41 e 1.917-05-19, tendo em vista o

cumprimento do estabelecido no art. 138 e seguintes do Regimento Interno, bem como do art. 46

da Lei Orgânica, ambos deste Tribunal de Contas. CONHEÇO, também, dos recursos interpostos

pelo Sr. Celso Scazufka Ribeiro, porquanto seu comparecimento espontâneo supriu a falta de

intimação, nos termos preceituados no parágrafo 1º, do artigo 118, do Regimento Interno desta

Corte. Quanto ao mérito, no que tange aos recursos interpostos em face do Acordão que julgou

irregular o Convênio e seu aditamento, acompanhando o entendimento manifestado pela

Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria Geral, NEGO-LHES PROVIMENTO,

para o fim de manter a decisão recorrido pelos seus próprios e jurídicos fundamentos, porquanto,

ainda que se trate de convênio, instituto jurídico marcado pela convergência de interesses de seus

partícipes, não se pode relevar a irregularidade consistente na falta de comprovação da situação

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de regularidade da conveniada perante o INSS e ao FGTS, incidentes por força do disposto no

artigo 195, § 3º, da Constituição Federal, e nas Leis Federais 8.212/91 e 9.012/95, que vedam, a

contratação, pelo Poder Público, de pessoas jurídicas em débito com o Sistema de Seguridade

Social e com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Contudo, quanto aos recursos opostos

em face do Acordão que julgou irregular a execução do referido Convênio, perfilho o

entendimento alcançado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria Geral,

para, levando em conta a inexistência de irregularidades na execução examinada, bem como que

o aludido convênios atendeu aos fins a que se destinava, DAR PROVIMENTO AO RECURSO

apresentado pela Procuradoria da Fazenda Municipal e, PARCIALMENTE aos RECURSOS

apresentados pelos interessados, para o fim de ACOLHER EXCEPCIONALMENTE a execução

do convênio no período de agosto de 2003 a abril de 2005, no valor de no valor de

R$26.343.023,94. Dê-se ciência desta decisão ao Ministério Público do Estado de São Paulo,

Promotoria de Direitos Humanos e Saúde Pública, ao Grupo Especial de Saúde Pública e da

Saúde do Consumidor – GAESP e à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da

Capital. (2.772ª S.O.) Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria:

Conheço dos recursos, uma vez que se encontram atendidos os pressupostos legais e regimentais

de sua admissibilidade. No mérito, voto pelo não provimento dos recursos, mantendo-se na

íntegra a decisão recorrida, considerando que os recorrentes não trouxeram elementos capazes de

alterar o julgado no que diz respeito aos apontamentos feitos pela Auditoria desta Corte, não

tendo, inclusive, sequer demonstrado a adoção das providências noticiadas para regularização dos

aspectos apontados pela Auditoria em seus relatórios constantes dos autos, em especial no que se

refere às ressalvas consolidadas no item 3.5 do Relatório de fls. 189/200. Assim, meu voto é pela

manutenção do julgado, inclusive quanto à imposição das multas e à não aceitação dos efeitos

financeiros produzidos pelo ajuste no período auditado. (2.772ª S.O.) Voto de desempate

englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos dos TCs

1.917/05-19 e 1.821/05 da análise de recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda

Municipal, por Gonçalo Vecina Neto e Celso Scazufka Ribeiro respectivamente em face dos

Acórdãos que julgaram irregulares o Convênio 42/2003, o Termo Aditivo 1/2004 e a execução do

ajuste firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde e Associação Beneficente dos Hospitais

Sorocabana, tendo por objeto a prestação de serviços médico-hospitalares e ambulatoriais a

qualquer indivíduo, observada a referência do Sistema Único de Saúde. O Convênio foi julgado

irregular por ausência de apresentação das certidões de regularidade fiscal perante o INSS e ao

FGTS, bem como por assinatura extemporânea. O termo Aditivo e a execução do convênio,

atinente ao período de agosto de 2003 a abril de 2005, foram julgados irregulares por

acessoriedade. Foi também aplicada multa aos Recorrentes. O Conselheiro Relator Corregedor

Domingos Dissei, conheceu dos recursos e, no mérito, negou provimento aos recursos do TC

1.917/05. Quanto aos recursos do TC 1.821/05 deu-lhes provimento parcial, para acolher, em

caráter excepcional a execução do convênio no período auditado, sendo acompanhado pelo

Conselheiro João Antonio. Divergiu o Conselheiro Revisor Maurício Faria que negou

provimento a todos os recursos mantendo-se na íntegra os Acórdãos recorridos, no que foi

acompanhado pelo Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim. Por unanimidade, foi negado

provimento aos recursos do TC 1.917/05, registrando-se empate quanto aos recursos do TC

1.821/05 e, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE. As manifestações da

Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da

Secretaria Geral foram todas no sentido da regularidade da execução do convênio, referente ao

período e valores auditados. A irregularidade que recaiu sobre a execução do convênio foi tão

somente pelo princípio da acessoriedade. Contudo, no caso dos autos, as irregularidades que

macularam o convênio, qual seja, ausência de comprovação de regularidade fiscal na data de sua

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lavratura e assinatura extemporânea, não tem o condão de ensejar automaticamente e por

acessoriedade a irregularidade da sua execução, que cuida, em última análise da verificação do

cumprimento do convênio nos termos avençados. Nesse sentido, considerando que a Auditoria

concluiu que o convênio estava sendo executado de forma regular, acompanho a corrente dos

Conselheiros Domingos Dissei e João Antonio, restando por maioria de votos, PROVIDOS EM

PARTE OS RECURSOS, para acolher, em caráter excepcional a execução do convênio no

período e valores auditados, mantendo-se no mais, a decisão recorrida por seus próprios

fundamentos.32

Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto

Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a)

Edson Simões – Presidente, com voto; a) Domingos Dissei – Relator.” 19) TC 3.276.07-07 –

Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo Municipal de Saúde) e Associação Saúde da

Família – ASF – Convênio 012/2006-SMS.G/PSF e TAs 01/2006 R$ 3.594.183,69 (liberação de

recursos relativos ao mês de janeiro de 2006), 02/2006 R$ 10.911.350,19 (liberação de recursos

relativos aos meses de fevereiro, março e abril de 2006), 03/2006 R$ 7.367.788,30 (liberação de

valor para os meses de junho e julho de 2006), 04/2006 R$ 3.683.894,16 (liberação do valor

relativo ao mês de agosto de 2006), 05/2006 R$ 3.769.951,24 (liberação de valor), 06/2006 R$

3.769.951,24 (liberação de valor), 07/2006 R$ 3.769.951,24 (liberação de valor relativo ao mês

de novembro de 2006), 08/2006 R$ 3.769.951,24 (liberação de recursos), 09/2006 (prorrogação

de prazo), 10/2007 R$ 11.249.120,72 (liberação de recursos) e 11/2007 R$ 11.424.056,76

(liberação de valor e prorrogação por mais 03 meses) – Continuidade das atividades

desenvolvidas pelo Programa de Saúde da Família em conjunção de esforços da SMS com a

conveniada ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente

sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na

2.773ª S.O., para que lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Na referida

sessão, votaram os Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Maurício Faria – Revisor, Roberto

Braguim e João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São

Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Relator, com relatório e

voto, Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim, consoante declaração de voto apresentada, e

João Antonio, em acolher o Convênio 012/2006-SMS.G/PSF e os Termos de Aditamento de

01/2006, 04/2006, 05/2006, 06/2006, 07/2006, 08/2006, 09/2006, 10/2007 e 11/2007, relevando

as falhas constatadas. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto

Braguim e João Antonio, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de

desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o

artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em deixar de acolher os

Termos de Aditamento 02/2006 e 03/2006, em razão da falta de comprovação da regularidade

fiscal da contratada junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, infringindo,

assim, ao disposto nos artigos 195, § 3º, da Constituição Federal, 29 e 55, inciso III, da Lei

Federal 8.666/93 e 2º da Lei Federal 9.012/95. Vencidos os Conselheiros Domingos Dissei –

Relator e Maurício Faria – Revisor, que relevaram a falha tocante aos aditamentos 02/2006 e

03/2006 e os acolheram. Relatório: Trata o presente da análise do Convênio nº

012/2006/SMS.G-PSF e dos TAs nºs 01 a 09/06 e nº10/07 e nº11/07 dele decorrentes, firmados

entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Associação Saúde da Família, para a continuidade das

atividades desenvolvidas pelo Programa de Saúde da Família. A Auditoria, após análise dos

instrumentos, apresentou a seguinte conclusão: 1. O convênio nº 012/2006–SMS.G/PSF e TAs nº

004/2006, nº 009/2006 e nº 011/2007 encontram-se regulares, ressalvando o atraso na publicação

32

Responsáveis: José Roberto Sadek e Luciana Cesar Guimarães.

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do ajuste no DOC. 2. O Aditivo nº 001/2006 e nº 10/2007 estão irregulares, devido ao atraso na

publicação do ajuste no DOC e em face da intempestividade do despacho de autorização da

emissão da nota de empenho. 3. O Aditamento nº 002/2006 está irregular devido ao atraso na

publicação do ajuste do DOC; em face da intempestividade do despacho autorizatório e da

emissão da Nota de Empenho e pela não apresentação do Certificado de Regularidade Fiscal do

FGTS válido à época da lavratura do ajuste. 4. O Aditivo nº 003/2006 encontra-se irregular, por

atraso na publicação do ajuste no DOC e pela não apresentação do Certificado de Regularidade

Fiscal do FGTS, válido à época da lavratura do ajuste. 5. O Aditivo nº 005/2006 e nº 006/2006

está irregular, em face da intempestividade do Despacho Autorizatório e da emissão das Notas de

Empenho. 6. O Aditivo nº 007/2006 e nº 008/2006 encontram-se irregulares, por atraso na

publicação do ajuste no DOC, da intempestividade do Despacho Autorizatório e da emissão da

Nota de Empenho. A Origem apresentou defesa mencionando que, apesar de terem ocorrido

atrasos nas publicações ou onerações eventualmente inapropriadas, o empenho e a reserva de

recursos foram objeto de avaliação criteriosa e mensuração. A Coordenadoria IV, no entanto,

entendeu que a manifestação da Origem não trouxe novos elementos para alterar a conclusão

inicial. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, por sua vez, entendeu que o atraso na

publicação dos ajustes na imprensa oficial não prejudica o acolhimento dos mesmos. Com

relação à intempestividade dos despachos autorizatórios e da Nota de Empenho, entendeu aquela

Especializada que os Termos Aditivos maculados por tal irregularidade não poderiam ser

acolhidos e que a exigência da comprovação da irregularidade fiscal não poderia ser dispensada

pelo agente público. Concluiu, assim, ao final, pelo acolhimento do Convênio nº 12/06 e dos TAs

nº 04/06; nº 09/06 e nº 11/07, não acolhimento dos TAs nº 01/06; nº 05/06 a nº 08/06 e nº 10/07

diante da realização de despesa sem o prévio aviso e não acolhimento dos TAs nºs. 02/06 e 03/06

pela realização de despesa sem o prévio empenho e pela falta de apresentação da regularidade

fiscal referente ao FGTS. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o acolhimento do

Convênio e dos Termos de Aditamento ou o reconhecimento dos efeitos financeiros e

patrimoniais dos atos realizados. Os autos retornaram à Subsecretaria de Fiscalização e Controle

para nova manifestação, oportunidade na qual a Coordenadoria IV, à vista dos acórdãos exarados

nos TCs nº 233.05-18 e 3.561.02-50, passou a se manifestar pela relevação da publicação

extemporânea dos atos. Com relação ao apontamento de infringência ao artigo 61 da Lei

4.320/64, pela insuficiência de recursos empenhados, entendeu que a relação de convênio não

configura uma contraprestação de serviços, diferentemente da relação contratual, sendo que a

despesa é realizada pela conveniada que deverá prestar contas à Administração Pública, devendo

assim ser ressarcida ou não. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, no entanto, manteve seu

posicionamento. A Procuradoria da Fazenda Municipal reiterou o requerimento de acolhimento

dos instrumentos, com relevação das impropriedades apontadas, mantendo este posicionamento

até o final da instrução. A Coordenadoria IV, instada a se manifestar sobre a questão referente ao

FGTS, constatou que a conveniada não possuía o Certificado de Regularidade do FGTS válido no

período de 03.02.06 a 11.06.06 que abrangia a assinatura do TA nº 02/06 e do TA nº 03/06,

ratificando assim o entendimento anterior. Todavia, entendeu tratar-se de falha formal passível de

ser relevada, cabendo à Origem ser alertada de que em casos futuros exija, quando da assinatura

de ajustes, a comprovação de regularidade da entidade junto ao FGTS. Encerrando a instrução

processual, a Secretaria Geral opinou pelo acolhimento do Convênio nº 12/2006-SMS.G/PSF e

dos Termos de Aditamento nºs 01, 04, 05, 06, 07, 08, 09/2006, 10 e 11/2007 e pelo não

acolhimento dos TAs nºs 02/06 e 03/06, pela infringência do artigo 2º da Lei nº 9.012/95, por

falta da apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS vigente na data do ajuste. É o

relatório. Voto: Preliminarmente, cumpre registrar que, diferentemente dos contratos, em que os

interesses são opostos, trata-se, no caso em exame, de um convênio, instrumento caracterizado

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pela mútua colaboração entre os participes para atingimento de objetivo comum, qual seja: a

continuidade das atividades desenvolvidas pelo Programa de Saúde da Família. No tocante ao

apontamento dos Órgãos Técnicos desta Corte no que diz respeito às publicações extemporâneas

no Diário Oficial da Cidade de parte dos instrumentos examinados, compartilho do entendimento

da Assessoria Jurídica de Controle Externo, no sentido de que essa falha não maculou o convênio

e seus aditamentos, uma vez que restou atendida a finalidade da lei em dar eficácia aos ajustes.

Entendo igualmente superada, em face da natureza do ajuste, a discussão em torno da

extemporaneidade dos despachos autorizatórios e emissão das Notas de Empenho. Por fim, no

tocante aos Termos de Aditamento 002/06 e 003/06, firmados no período em que a conveniada,

conforme revela o histórico de fls. 63, não possuía Certificado de Regularidade perante o Fundo

de Garantia por Tempo de Serviço, ressalto que, de acordo com o mesmo histórico, é possível

verificar que a partir de 12/06/2006 a conveniada passou a obter regularmente os referidos

Certificados, de modo a demonstrar situação de regularidade perante o FGTS, o que me leva a

relevar a falha apontada. Assim sendo, diante de tudo quanto dos autos consta, ACOLHO o

Convênio nº 12/2006-SMS.G/PSF, bem como os Termos Aditivos 001/2006, 002/06, 003/06

004/2006, 005/2006, 006/2006, 007/2006, 008/2006, 009/2006, 010/2007 e 011/2007, firmados

entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Associação Saúde da Família, para a continuidade das

atividades desenvolvidas pelo Programa de Saúde da Família. Após as providências regimentais,

arquivem-se os autos. É o meu voto. (2.773ª S.O.) Declaração de voto apresentada pelo

Conselheiro Roberto Braguim: As irregularidades apontadas no presente TC foram as

seguintes: 1. atraso na publicação do Ajuste no DOC; intempestividade do despacho autorizatório

e intempestividade da nota de empenho e ausência de comprovação da regularidade fiscal da

entidade Convenente. As impropriedades concernentes às publicações extemporâneas dos Ajustes

no DOC é falha de natureza formal, que não compromete os Ajustes, podendo, pois, ser relevada.

Entendo, igualmente, pela relevação excepcional das impropriedades referentes à

intempestividade do despacho autorizatório e da nota de empenho. A questão pendente está

relacionada à ausência de comprovação de regularidade fiscal da Contratada junto ao FGTS, no

período abrangido pelos Termos Aditivos de n°s 002/06 e 003/06. Os Órgãos Técnicos desta

Casa atestaram que não foi apresentado o Certificado de regularidade fiscal relativo ao FGTS

válido, uma vez que teve sua validade expirada em 02/02/2006, sendo outro emitido apenas em

12/06/2006, infringindo, assim, ao disposto no art. 195, § 3º, da Constituição Federal, nos artigos

29 e 55, III, da Lei Federal nº 8.666/93 e no art. 2º da Lei Federal nº 9.012/95. Por tais razões,

acolho o Convênio nº 012/06-SMS/G/PSF e os Termos de Aditamento de nºs 001/06, 004/06,

005/06, 006/06, 007/06, 008/06, 009/06, 010/07 e 011/07, com relevação das falhas apontadas.

Deixo de acolher os Termos de Aditamento n°s 002/06 e 003/06 em razão da falta de

comprovação da regularidade fiscal da Contratada. (2.773ª S.O.) Voto de desempate proferido

pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do 3.276/07 da análise do

Convênio nº 12/2006 e dos respectivos Termos Aditivos 1 a 09 de 2006 e 10 e 11 de 2007 4, 5, 6,

7, 8, 9, 10 e 1133

celebrados entre a Secretaria Municipal de Saúde e Associação Saúde da

Família, tendo por objeto a manutenção de ampliação do número de equipes e de unidades, bem

como suprir as necessidades das unidades de saúde da família, no que diz respeito a recursos

humanos e materiais de consumo. O Conselheiro Relator Corregedor Domingos Dissei acolheu o

convênio e todos os Termos Aditivos, sendo acompanhado pelo Conselheiro Revisor Maurício

Faria. Divergiu o Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim que julgou regulares o convênio

e os Termos Aditivos 1, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11 e irregulares os Termos de Aditamento nº 2 e 3 de

2006, no que foi acompanhado pelo Conselheiro João Antonio. Por unanimidade foram julgados

33

Responsáveis: Ailton Ribeiro de Lima (Ordenador e Signatário dos termos Aditivos 2 e 3 de 2006)

Irregularidades: Falta de comprovação de regularidade fiscal perante o FGTS na data de suas lavraturas.

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regulares o convênio e os Termos Aditivos 1, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, registrando-se empate

quanto aos Termos Aditivos 2 e 3 de 2006 e, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE

DESEMPATE. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle,

da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral acompanho a corrente

perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e João Antonio, restando assim, por maioria de

votos, JULGADOS IRREGULARES OS TERMOS ADITIVOS 2 e 3 de 2006. Participaram do

julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Maurício Faria – Revisor e João

Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora,

designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta

Corte.” 20) TC 4.852.99-61 – Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP

– Análise da regularidade e das eventuais consequências da medida tomada pelo Diretor da

Companhia, com base na Lei 12.781/98, que reduziu as prestações dos financiamentos para 11

Conjuntos Habitacionais não previstos na referida Lei 21) TC 3.225.07-68 – Recurso da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interposto contra o V. Acórdão de 6/4/2011 – Relator

Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Qualix Serviços

Ambientais Ltda. – Representação em face do Edital de Concorrência Pública 02/SES/07 cujo

objeto é a prestação de serviços de recebimento para processamento e distribuição de agregados

para as Subprefeituras e destinação final dos excedentes não processados e/ou material não

aproveitável resultante do processamento de resíduos da Construção Civil ACÓRDÃO: “Vistos,

relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.773ª S.O., para que lhe fossem

conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Na referida sessão, votaram os Conselheiros

Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei, assim como, na 2.772ª S.O., o

Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator,

com relatório e voto, Roberto Braguim – Revisor, nos termos da declaração de voto apresentada,

Maurício Faria e Domingos Dissei, em conhecer do recurso ordinário interposto pela

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, por presentes os requisitos regimentais de

admissibilidade. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros João Antonio –

Relator e Domingos Dissei, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de

desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o

artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, quanto ao mérito, diante das

razões recursais da PFM, sustentando que nosso sistema jurídico nacional não permite o

julgamento de mérito quando perdido o interesse de agir do representante, e, neste caso, o

certame guerreado restou deserto, conforme noticiado pela Secretaria Municipal de Serviços, em

dar provimento ao recurso para reformar o V. Acórdão prolatado, no sentido de considerar

prejudicada a representação, pela perda superveniente de seu objeto, mantendo-o, no mais, por

seus próprios e jurídicos fundamentos. Vencidos, no mérito, os Conselheiros Roberto Braguim –

Revisor e Maurício Faria que negaram provimento ao recurso, mantendo na íntegra o V.

Acórdão. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que, após as comunicações de praxe,

arquivem-se estes autos. Relatório: Cuida-se nestes autos do Recurso interposto pela

Procuradoria da Fazenda Municipal, contra o Venerando Acórdão prolatado por este Colegiado,

em 06 de abril de 2011. O Julgado ora recorrido decorre da Representação formulada pela

empresa Qualix Serviços Ambientais Ltda.; que apontou a provável existência de impropriedades

no Edital da Concorrência 002/SES/2007, promovido pela Secretaria Municipal de Serviços. Em

análise da exordial, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, em seu parecer preliminar,

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verificou a possibilidade de recebimento da Representação, posto que atendidos os requisitos

regimentais de admissibilidade. No mérito, debateu todos os itens apontados pela Representante,

entendendo que os mesmos não foram suficientes para ensejar a suspensão do certame e sugeriu a

oitiva da Origem. Intimada, a Origem apresentou sua defesa anuindo as manifestações desta

Casa. Na mesma oportunidade, noticiou que o certame licitatório restou deserto e apresentou

análise dos questionamentos constantes da Representação. Informou que não havia óbice na

adequação do edital, se isto fosse possibilitar um maior número de participantes no certame.

Após a manifestação dos demais Órgãos desta Corte, em consonância com as conclusões da

Assessoria Jurídica de Controle Externo, a presente Representação foi levada a julgamento,

resultando no seguinte Acórdão: "Os Conselheiros deste Tribunal de Contas acordaram, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação

ante o preenchimento dos requisitos de sua admissibilidade." Acordaram, ademais, à

unanimidade, quanto ao mérito, em julgar procedente a representação interposta pela empresa

Qualix Serviços Ambientais Ltda., no que se refere à exigência concernente às áreas com

licenciamento ambiental, tendo em vista que o certame não atingiu o efeito desejado, diante da

ausência de licitantes pelo próprio caráter restritivo do edital, bem como a própria Secretaria

Municipal de Serviços – SES admitiu, nos esclarecimentos prestados à fl. 120 dos autos, a

conveniência da exclusão dessa exigência, de sorte a possibilitar maior número de participantes.

Acordaram, também, à unanimidade, em determinar à SES a supressão, nos futuros certames, de

toda e qualquer cláusula que restrinja o universo de participantes, bem assim que assegure seu

caráter competitivo. Afinal, acordaram, à unanimidade, em determinar o encaminhamento de

cópia do V. Acórdão à representante e à representada, nos termos do artigo 58 do Regimento

Interno desta Corte, com o posterior arquivamento dos autos. A Procuradoria da Fazenda

Municipal apresentou Recurso, por entender que esta E. Corte de Contas não se socorreu da

melhor saída em seu salutar desejo de bem orientar a Administração Municipal. Alegou também

que não precisa se socorrer de decretação de procedência parcial em representação cuja discussão

original perdeu objeto, que basta o exercício de sua legítima competência fiscalizatória e

consequente expedição das determinações entendidas como cabíveis. Ressaltou que proceder da

forma como pretendida nestes autos pode significar uma agressão frontal ao sistema processual

brasileiro. Acrescentou que nosso sistema jurídico nacional não permite o julgamento de mérito,

quando restou perdido o interesse de agir do representante. Por fim, requereu que o recurso seja

recebido, e, no mérito, seja-lhe dado integral provimento, para o fito de que o V. Acórdão

recorrido seja reformado, de sorte que a presente representação seja considerada totalmente

improcedente. A Secretaria Municipal de Serviços, apesar de ter sido regularmente oficiada,

deixou transcorrer in albis o prazo para eventual oferecimento de recurso ou encaminhamento de

informações acerca das providências adotadas em decorrência do julgado. Em análise, a

Assessoria Jurídica de Controle Externo, preliminarmente, no que tange à admissibilidade do

recurso interposto, entendeu que este se encontra em condição de ser conhecido, tendo em vista o

cumprimento do estabelecido no artigo 138 e seguintes do Regimento Interno, bem como do

artigo 46 da Lei Orgânica, ambos deste Tribunal de Contas. Entendeu que as razões recursais

apresentadas não trouxeram aos autos novos elementos suficientes para propiciar o provimento

do recurso ou, em última forma, alterar o V. Acórdão recorrido. Considerou que as razões

expostas no Voto do Conselheiro Relator, bem como no V. Acórdão de fls.148/149, restaram

muito bem esclarecidas e foi enfrentado o tema da perda do objeto, no caso concreto, de forma a

afastar as alegações constantes do recurso interposto. Ante o exposto, opinou pelo conhecimento

do recurso interposto, e no mérito, pelo não provimento do mesmo, mantendo-se o V. Acórdão

recorrido por seus próprios e jurídicos fundamentos. O Órgão Fazendário, a seu turno requereu o

conhecimento e provimento do recurso pelas razões já apresentadas. A Secretaria Geral

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acompanhou as conclusões alcançadas pela I. Assessora preopinante, para propor,

preliminarmente, o conhecimento do recurso interposto e, quanto ao mérito, pelo seu

improvimento, mantendo-se na íntegra o V. Acórdão, por seus próprios e jurídicos fundamentos.

É o RELATÓRIO. Voto: Presentes os requisitos Regimentais de admissibilidade, CONHEÇO do

Recurso Ordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal, contra o Respeitável

Acórdão prolatado por esta Egrégia Corte de Contas em 06 de abril de 2011. Em suas razões

recursais, a Procuradoria da Fazenda Municipal sustentou que nosso sistema jurídico nacional

não permite o julgamento de mérito, quando perdido o interesse de agir do representante. Isto por

que, neste caso, o certame guerreado restou deserto, conforme noticiado pela Secretaria

Municipal de Serviços. Dessa forma, DOU PROVIMENTO AO PRESENTE RECURSO, para

reformar a Respeitável Decisão prolatada, no sentido de considerar PREJUDICADA a

Representação, pela perda superveniente de seu objeto, mantendo-se, no mais, o Acórdão atacado

por seus próprios e jurídicos fundamentos. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os

autos. Este é o meu Voto, Senhor Presidente. (2.772ª S.O.) Declaração de voto apresentada

pelo Conselheiro Roberto Braguim: Reiterando as razões por mim externadas quando do

julgamento anterior e acompanhando agora as manifestações exaradas pela AJCE e SG, em

preliminar conheço do Recurso Voluntário interposto pela PFM, visto que preenchidos os

requisitos legais de admissibilidade, e, no mérito, nego-lhe provimento, mantendo na íntegra o V.

Acórdão, por seus próprios e jurídicos fundamentos. (2.773ª S.O.) Voto desempate proferido

pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 3.225/07 da análise de

recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal contra o Acórdão que julgou

procedente a Representação formulada por Qualix Serviços Ambientais Ltda., em face do Edital

da Concorrência 2/07 realizada pela Secretaria Municipal de Serviços, visando a prestação de

serviços de recebimento, processamento, distribuição de agregados para as Subprefeituras e

destinação final dos excedentes não processados resultantes de resíduos da construção civil. A

Representação foi julgada procedente "no que se refere à exigência concernente às áreas de

licenciamento ambiental, tendo em vista que o certame não atingiu o efeito desejado, diante da

ausência de licitante pelo próprio caráter restritivo do edital. Na sessão ordinária nº 2.772 o

Conselheiro Relator João Antonio conheceu do recurso e, no mérito, deu-lhe provimento para

tornar prejudicada a representação em razão de a concorrência 2/07 foi declarada deserta. Na

sessão 2.773 o Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim conheceu do recurso e, no mérito,

negou-lhe provimento, mantendo-se o Acórdão recorrido por seus próprios fundamentos, no que

foi acompanhado pelo Conselheiro Maurício Faria. O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei

acompanhou o voto do Relator. Por unanimidade, foi conhecido o recurso, registrando-se empate

quanto ao mérito e, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE.

Considerando que a concorrência, objeto de impugnação da Representação formulada pela

Qualix foi declarada deserta, houve, de fato, a perda superveniente de objeto: patente carência

superveniente de ação. Registre-se todavia, que a despeito do julgamento de mérito da

Representação ficar prejudicado, nada impede que o Tribunal expeça determinações para a

Origem a fim de evitar a repetição de procedimento licitatório com as mesmas irregularidades

verificadas, como inclusive ocorreu no presente caso. Nesse sentido, a jurisprudência do TCU é

pacífica: ver ACÓRDÃO Nº 1371/2011 – TCU – Plenário, dentre outros. Diante do exposto,

acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros João Antonio e Domingos Dissei, restando

por maioria de votos, PROVIDO O RECURSO, para tornar prejudicada a Representação, em

razão de ter sido declarada deserta a concorrência 2/07, mantendo-se, contudo, a determinação à

Origem de supressão, nos futuros certames, de toda e qualquer cláusula que restrinja o universo

de participantes. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor,

Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia

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Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de

2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) João Antonio – Relator.” 22) TC 1.004.14-57

– Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo – Sincotrasp – Secretaria

Municipal de Políticas para as Mulheres – SMPM – Representação em face do edital do Pregão

Eletrônico 002/SMPM/2014, cujo objeto é a contratação de empresa especializada na prestação

de serviços de locação de veículos tipo "B", tipo "C" e tipo "D1", com e sem motorista, com

fornecimento de combustível e quilometragem livre, para um período de 01 ano, para atender as

necessidades da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, objetivando o deslocamento

para apoio das atividades técnico-administrativas da contratante ACÓRDÃO: “Vistos, relatados

e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson

Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que lhe fossem conclusos, a

fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Roberto Braguim –

Relator, João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros

do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório

e voto do Conselheiro Roberto Braguim – Relator, assim como pelo voto do Conselheiro João

Antonio – Revisor, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate,

nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26,

inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em não conhecer da representação

formulada pelo Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo – Sincotrasp,

uma vez que não preenchidos os requisitos para sua admissibilidade, mais precisamente o inciso

III do artigo 55 do Regimento Interno deste Tribunal. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria,

consoante voto proferido em separado, e Domingos Dissei, que conheceram da representação e,

no mérito, entenderam pela perda do seu objeto, diante da alteração implementada no edital, que

afastou a exigência específica impugnada na representação. Acordam, ainda, à unanimidade, em

determinar, após o cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, o arquivamento

dos autos. Relatório: Trata-se de Representação oposta pelo Sindicato das Cooperativas de

Trabalho no Estado de São Paulo – Sincotrasp contra o Edital de Pregão Eletrônico nº

002/SMPM/2014, promovido pela Secretaria Municipal de Políticas Para Mulheres – SMPM,

cujo objeto é a prestação de serviços de locação de veículos Tipo "B", Tipo "C" e Tipo "D1", com

e sem motorista, com fornecimento de combustível e quilometragem livre, para atender às

necessidades da referida Pasta com deslocamento para apoio das atividades técnico-

administrativas, especificadas no Termo de Referência que segue como Anexo I do Instrumento

Convocatório. Aduziu o Representante, em essência, que o Subitem 4.3.1 do Edital, ao exigir,

para efeito de participação no Certame, o 'registro da sociedade cooperativa perante a entidade

estadual da Organização das Cooperativas brasileiras, nos termos do art. 107 da Lei Federal nº

5.76434

, de 14 de julho de 1971', estaria extrapolando os contornos das normas regradoras da

matéria, por mostrar-se condição excessiva. Requereu o Representante, ainda, que fosse

liminarmente suspenso o torneio por ele impugnado, até a análise do mérito da Denúncia.

Indeferi a medida cautelar suplicada, nos termos do despacho de fls. 29/31, vez que, além do

pedido ter sido protocolado nesta Casa a menos de 24 (vinte e quatro) horas da abertura do

Certame, o Peticionário deixou de comprovar que o signatário da exordial representa legalmente

o Sincotrasp. Na mesma oportunidade, determinei a oitiva da Secretaria Municipal de Políticas

Para as Mulheres – SMPM, fato que ensejou o envio dos esclarecimentos de fl.41, dando conta

que a mencionada Pasta adotou as providências pertinentes para permitir a participação de

cooperativas no Pregão Eletrônico nº 002/SMPM/2014. Instadas a se manifestar, a Assessoria

34

Art. 107. As cooperativas são obrigadas, para seu funcionamento, a registrar-se na Organização das Cooperativas

Brasileiras ou na entidade estadual, se houver, mediante apresentação dos estatutos sociais e suas alterações

posteriores.

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Jurídica de Controle Externo – AJCE e a Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM concluíram

pelo não conhecimento da Representação, em face do descumprimento do artigo 55, inciso III, do

Regimento Interno desta Corte. Todavia, caso viesse a ser superada essa questão preliminar, a

Representação teria perdido seu objeto, em face do reparo realizado no Edital pela Pasta

interessada, nos termos noticiados à fl. 41, restando, portanto, prejudicado o julgamento do

mérito do presente. A Secretaria Geral, por sua vez, também opinou no sentido do não

conhecimento da Representação. No entanto, a respeito do mérito, o Senhor Secretário Geral

discrepou do posicionamento dos órgãos preopinantes, pois, ao examinar o texto do Edital,

encartado sob fls. 56/61, constatou que o Subitem 4.3.1, motivador do inconformismo do

Representante, estava mantido, razão pela qual postou-se pela improcedência da Denúncia, se por

acaso superada a matéria preliminar, uma vez que a exigência contida no subitem impugnado está

fundado no artigo 107 da Lei Federal nº 5.764/71 e no artigo 1º, Parágrafo 2º, inciso I, da Lei

Municipal nº 15.944/1335

. É o relatório. Voto: Lastreado pelas manifestações da Assessoria

Jurídica de Controle Externo – AJCE, da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e da

Secretaria Geral – SG, as quais passam a fazer parte integrante deste voto, não conheço da

Representação em apreço, vez que não preenchidos os requisitos para sua admissibilidade, mais

precisamente o inciso III do artigo 5536

do Regimento Interno deste Tribunal de Contas. Após as

comunicações regimentais, arquive-se. Assim é meu voto. (2.777ª S.O.) Voto em separado

proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Na esteira das manifestações unânimes da AJCE,

da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, voto pelo conhecimento da

Representação e, no mérito, pela perda do seu objeto diante da alteração implementada no Edital,

na forma noticiada pela Origem, que afastou a exigência específica impugnada na presente

Representação. (2.777ª S.O.) Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões: Cuidam os autos do TC 1.004/14-57 da análise de Representação formulada pelo

Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo em face do Pregão 2/2014

realizado pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres tendo por objeto a locação de

veículos. O Conselheiro Relator Vice-Presidente Roberto Braguim não conheceu da

Representação por ausência do pressuposto de admissibilidade previsto no inciso III do artigo 55

do Regimento Interno deste Tribunal, sendo acompanhado pelo Conselheiro Revisor João

Antonio. Divergiu o Conselheiro Maurício Faria que conheceu da Representação e, no mérito,

julgou-a prejudicada, pela perda de seu objeto, em razão das correções implementadas no Edital,

afastando a irregularidade inicialmente apontada pelos Técnicos deste Tribunal, no que foi

seguido pelo Conselheiro Corregedor Domingos Dissei. Registrado empate quanto à

admissibilidade da Representação, profiro o VOTO DE DESEMPATE. Com fundamento nas

manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a

corrente perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e João Antonio, restando por maioria de

votos, NÃO CONHECIDA A REPRESENTAÇÃO, por ausência de requisito de admissibilidade

referente à juntada de cópia do edital impugnado, documento que constitui prova ou indícios dos

fatos denunciados, nos termos do inciso III do artigo 55 do Regimento Interno deste Tribunal.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

35

Art. 1º Admitir-se-á participação de sociedades cooperativas nas licitações e contratações promovidas pela

Administração Direta e Indireta do Município de São Paulo, observadas as disposições desta lei. (...) § 2º - Deverão

ser incluídas nos editais de licitação as seguintes exigências: (...) II - indicação, pela sociedade cooperativa, de gestor

encarregado de representá-la com exclusividade perante o contratante; 36

Art. 55. A representação ou denúncia sobre matérias de competência do Tribunal deverá preencher os seguintes

requisitos:

III - estar acompanhada de documentos que constituam prova ou indícios relativos ao fato denunciado ou à

existência de ilegalidade ou irregularidade;

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Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Relator.” 23) TC 2.667.11-37 – Secretaria

Municipal de Esportes, Lazer e Recreação – Seme e Essencial Sistema de Segurança Ltda. –

Pregão Presencial 004/Seme/2011 – Contrato 29/Seme/2011 R$ 1.199.974,02 – Serviços de

segurança e vigilância patrimonial desarmada para o C.E.E. Salim Farah Maluf e o C.E.E.

Brigadeiro Eduardo Gomes ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos

na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua

Excelência, na 2.777ª S.O., para que lhe fossem conclusos, por acompanharem o processo TC

2.414.11-81, cujo julgamento aguardou voto de desempate. Naquela sessão, votaram os

Conselheiros Roberto Braguim – Relator, João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Roberto Braguim –

Relator, assim como pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Revisor, com declaração de

voto, Maurício Faria e Domingos Dissei, em julgar regulares o Pregão Presencial 004/Seme/2011

e o Contrato 29/Seme/2011. Relatório e voto englobados: v. TC 2.414.11-81. Declaração de

voto englobado apresentada pelo Conselheiro João Antonio: v. TC 2.414.11-81. Voto de

desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 2.414.11-

81. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson

Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator.” 24) TC 2.414.11-81 – Secretaria

Municipal de Esportes, Lazer e Recreação – Seme e Essencial Sistema de Segurança Ltda. –

Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 29/Seme/2011 (R$

1.199.974,02), cujo objeto é a prestação de serviços de segurança e vigilância patrimonial

desarmada, para o C.E.E. Salim Farah Maluf e o C.E.E. Brigadeiro Eduardo Gomes, está sendo

executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas

estabelecidas no ajuste (Tramita em conjunto com o TC 2.667.11-37) ACÓRDÃO: “Vistos,

relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que lhe fossem

conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros

Roberto Braguim – Relator, João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, de

conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Roberto Braguim – Relator, assim como

pelo voto do Conselheiro Domingos Dissei, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões

para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80,

combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, ainda que

constatadas várias falhas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC desta Corte, em

aceitar as razões de defesa aduzidas pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, no

sentido de que os serviços foram efetivamente prestados, com glosa referente à parte do objeto

contratual não cumprida pela contratada. Acordam, ademais, por maioria, pelos mesmos votos,

considerando que após a auditoria realizada as falhas foram sanadas, bem como não foi

constatada a ocorrência de dolo ou má-fé dos agentes envolvidos, em acolher, em caráter

excepcional, a execução do Contrato 29/Seme/2011, no período compreendido entre 1º/08/2011 e

20/09/2011. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Revisor, consoante voto apresentado em

separado, e Maurício Faria, que, tendo em vista o não cumprimento de parte do objeto contratual

pela contratada, tendo sido atribuída a glosa, e diante das demais infringências constantes no

relatório da SFC, julgaram irregular a execução contratual. Relatório englobado: Os TCs que

constituem os itens 4 e 5 da minha pauta versam, o primeiro, sobre a análise do Pregão Presencial

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nº 004/SEME/2011 e do Contrato nº 029/SEME/ 2011, dele decorrente, cujo objeto é a prestação

de serviços de segurança e vigilância patrimonial desarmada para o C.E.E. Salim Farah Maluf e

para o C.E.E. Brigadeiro Eduardo Gomes, da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e

Recreação; o segundo, sobre o acompanhamento da Execução do Ajuste já referido. A

Coordenadoria II considerou a Licitação irregular, pelas seguintes razões: a) Inexistência dos

despachos de autorização de abertura e de aprovação do Edital, exigências previstas no artigo 3º,

incisos I e II, do Decreto Municipal nº 46.662/05; b) Ausência de publicação do Edital em jornal

de grande circulação, ferindo o inciso II do artigo 8º do Decreto já referido; c) Falta do parecer da

Assessoria Jurídica da Pasta, afrontando inciso VI e o parágrafo único do artigo 38 da Lei Federal

nº 8.666/93. Sobre o Contrato, a Coordenadoria referida também o considerou irregular, pelos

motivos abaixo: 1) Decorrer de Licitação irregular; 2) Empenhamento insuficiente de recursos,

infringindo o artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/64 e o Decreto Municipal nº 23.639/87; 3) Não

disponibilização, no sitio da Prefeitura, das informações referentes ao Contrato, como prescreve a

Lei Municipal nº 13.226/01. A Secretaria, chamada a manifestar-se, alegou que os atos

impugnados foram convalidados pela autoridade competente; que o Edital foi publicado no

Diário do Comércio de 25/02/2011; que o Chefe da Assessoria Jurídica analisou os autos,

suprindo a omissão anterior; que os recursos foram empenhados conforme prescreveu o Decreto

Municipal nº 52.087/11; e, por fim, que todos os dados da avença foram disponibilizados na

internet. A Coordenadoria II entendeu superadas apenas as impropriedades especificadas na

alínea "b" (Licitação) e no item 3 (Contrato). Intimados, o então Secretário Walter Feldman e o

Chefe de Gabinete Jarbas Zuri Junior, deixaram transcorrer o prazo para defesa que lhes foi

concedida e a Sra. Giselly Vieira dos Santos apresentou suas razões, praticamente do mesmo teor

das constantes da manifestação da Pasta. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, por seu

Assessor Subchefe, entendeu que as impropriedades apontadas não impediam o acolhimento da

Licitação e do Contrato, eis que os atos impugnados foram convalidados e porque é desnecessária

a publicação do ato que autoriza a abertura do Certame, por não constituir ato de efeito externo.

No mesmo sentido – pelo acolhimento da Licitação e do Contrato – pronunciaram-se a

Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral. Quanto à execução contratual, a

Coordenadoria II apontou o que segue: 1) A Coordenadora da Unidade, responsável pelo

acompanhamento e fiscalização, não detinha cópia do Termo de Contrato; 2) Não havia livro

próprio de Registro de Ocorrências, infringindo o § 1º do artigo 67 da Lei Federal nº 8.666/93; 3)

O Supervisor da contratada não fazia visita técnica diária à Unidade, consoante exigia o item 3.17

do Anexo I do ajuste; 4) Não havia relação nominal atualizada dos Vigilantes, conforme previa a

Cláusula 5.1.14 do Contrato; 5) Falta de peças do uniforme dos Vigilantes, descumprindo o item

1.3 do já mencionado Anexo I; 6) Irregularidade do regime de execução do trabalho, infringindo

o item 1.2 do Anexo I; 7) Falta de equipamentos da contratada, descumprindo o item 1.3 do

Anexo I; 8) Seguro contra acidentes fora do prazo de validade no período analisado, em

desobediência à Cláusula 5.1.19 do Contrato; 9) Ausência de documento de instrução da

medição, previsto nas Cláusulas 6.3 e 8.3 do Ajuste; 10) Falta de segurança dos controles da

Coordenadora da Unidade, responsável pela fiscalização e acompanhamento do Contrato; 11)

Descumprimento do item 6.4 do Termo de Contrato, em razão de inconsistência das listas de

presença dos funcionários. A Secretaria interessada, louvando-se nas informações da

Coordenadora prestou esclarecimentos, no seguinte sentido: a Coordenadora mantém cópia do

Contrato firmado; as obrigações avençadas demandam o Livro para Registro de Ocorrências, que

aglutina as informações necessárias; há documento de designação do preposto da Contratada; o

Supervisor realizava visitas semanais ao posto, consoante Cláusula Contratual, sendo que apenas

o preposto deveria comparecer diariamente; a empresa contratada encaminhou a lista de

funcionários; não houve falta de funcionários no período auditado, vez que há rendição de

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plantão; a falta de algumas peças de uniforme não levam à irregularidade do Ajuste, vez que é

normal que alguns funcionários se olvidem do crachá ou de uma peça da vestimenta; a glosa

proposta é excessiva para a impropriedade relativa à folha de frequência; a falta dos

equipamentos mencionados – apitos e aparelho transceptor – não ocorreram, vez que os

Vigilantes utilizavam apitos de plástico, já substituídos, e o rádio estava sendo reparado; a

contratada apresentou as apólices de seguro atualizadas; não ocorreu ausência do documento de

instrução da medição, que é composto da folha de frequência dos Vigilantes e da verificação da

prestação do serviço, realizada pelo fiscal da SEME; as inconsistências relativas às obrigações

trabalhistas também não ocorreram, visto que os funcionários apontados são, na verdade,

plantonistas que cobriam as faltas ou férias de outros, constando os nomes da Relação dos

Trabalhadores no Arquivo da SEFIP37

da empresa, estando comprovado o recolhimento do

FGTS. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle manteve seu posicionamento anterior, pela

irregularidade da execução. Apontados os responsáveis pelas irregularidades nesta fase, foi

oficiado ao Senhor Alberto Felippe H. Filho, então Secretário, para manifestação sobre as

impropriedades; e foi intimada a Senhora Adriana Queiroz, responsável pela fiscalização do

Contrato. A Pasta alegou que a contraprestação avençada foi efetivada; que a parte do objeto

contratual não prestada foi anotada e glosada; que boa parte das ocorrências detectadas

originaram-se de uma única falha, qual seja, a gestora não tinha o Contrato com o respectivo

Anexo I em mãos; que após a auditoria, as falhas foram sanadas; e finalmente, que não houve

dolo, má-fé ou qualquer conduta irregular da Coordenadora. A Assessoria Jurídica de Controle

Externo acompanhou as conclusões da Coordenadoria II, por entender não haver questionamentos

jurídicos a serem formulados. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, por sua vez, manteve

seu posicionamento anterior, ao passo que a Procuradoria da Fazenda Municipal, encampando as

razões da Secretaria contratante, posicionou-se pela regularidade da execução contratual. A

Secretaria Geral, finalizando a instrução, opinou pelo não acolhimento da execução contratual,

pelas razões já expostas. É o relatório. Voto englobado: Inicio pela análise do Pregão Presencial

nº 004/SEME/2011 e do Contrato nº 029/SEME/2011. Sobre as impropriedades constatadas pela

Subsecretaria de Fiscalização e Controle, penso, na trilha da manifestação da Assessoria Jurídica

de Controle Externo, que as falhas não levam à irregularidade do Ajuste, eis que os atos

impugnados por falta de autorização de abertura do Certame de aprovação do Edital e de parecer

da Assessoria Jurídica da Pasta restaram convalidados por atos praticados posteriormente, sendo,

porém, desnecessária a publicação do despacho que autorizou a abertura do Certame, vez que não

constitui ato de efeito externo. No que concerne ao empenhamento considerado insuficiente,

anoto que a Pasta comportou-se de acordo com o Decreto Municipal nº 52.087/11, editado para

fixar as diretrizes da execução orçamentária do exercício, não ocorrendo, pois, a infringência

apontada. Quanto à alegada ausência de publicação da Licitação em jornal de grande circulação e

à não disponibilização das informações sobre o Ajuste na internet, restou comprovado que as

impropriedades não ocorreram. Isto posto, julgo regulares o Pregão e o Contrato dele decorrente.

No que pertine à execução contratual, no período compreendido entre 1º/08/11 e 20/09/11,

relativa ao C.E.E. Brigadeiro Eduardo Gomes, realmente foram constatadas várias falhas,

consoante apontamentos da Coordenadoria II. Entretanto, inclino-me a aceitar as razões de defesa

aduzidas pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, no sentido de que os serviços

foram efetivamente prestados, com glosa referente à parte do objeto contratual não cumprida pela

contratada. Por derradeiro, consoante argumentou a contratante, após a Auditoria realizada as

falhas foram sanadas e não se constatou a ocorrência de dolo ou má-fé dos agentes envolvidos,

permitindo-me acolher, em caráter excepcional, a execução contratual no período auditado. É

37

SEFIP – Aplicativo que gera a GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social e a

GRPS – Guia de Recolhimento da Previdência Social)

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como voto. (2.777ª S.O.) Declaração de voto englobado apresentada pelo Conselheiro João

Antonio: Os apontamentos da Auditoria demonstram que, no período auditado, (01.08.11 a

20.09.11), a medição realizada junto ao Centro Educacional Esportivo (CEE) Brigadeiro Eduardo

Gomes, no valor de R$ 50.280,80, deve ser glosado o valor de R$ 21.867,79, relativos ao não

atendimento de previsão contratual. Além disso, as demais infringências constantes no Relatório

da Auditoria não permitem o acolhimento da presente execução contratual. Desta forma, voto

pela IRREGULARIDADE DA EXECUÇÃO CONTRATUAL EM TELA. Este é meu voto,

Senhor Presidente. (2.777ª S.O.) Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro

Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 2.667/11-37 da análise do Pregão nº 04/2011

e do Contrato nº 29/2011 dele decorrente, firmado entre a Secretaria Municipal de Esportes,

Lazer e Recreação e Essencial Sistema de Segurança Ltda., tendo por objeto a prestação de

serviços de segurança e vigilância patrimonial desarmada para os Centros Esportivos Salim Farah

Maluf e Brigadeiro Eduardo Gomes. O TC 2.414/11-81 julgado de forma conjunta, trata do

acompanhamento da execução do referido Contrato 29/11. O Conselheiro Relator Vice-

Presidente Roberto Braguim julgou regulares o Pregão e o Contrato e regular, em caráter

excepcional, a respectiva execução, no que foi acompanhado pelo Conselheiro Corregedor

Domingos Dissei. Divergiu o Conselheiro João Antonio, que julgou irregular a execução

contratual, no período e valores auditados, sendo acompanhado pelo Conselheiro Maurício Faria.

Por votação unânime, foram julgados regulares o Pregão e o Contrato, registrando-se empate

quanto à execução contratual e, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE.

Acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e Domingos Dissei,

restando assim, por maioria de votos, JULGADA REGULAR A EXECUÇÃO CONTRATUAL,

EM CARÁTER EXCEPCIONAL, pelas razões expostas em seus votos. Participaram do

julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente

a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com

voto; a) Roberto Braguim – Relator.” 25) TC 2.388.96-62 – Secretaria Municipal de Habitação –

Sehab e Construtora Beter S.A. – TA 14/98 R$ 1.189.119,53 (adoção de cronograma físico-

financeiro e ajuste do valor contratado para pagamento de indenização, a título de recomposição

do equilíbrio econômico-financeiro), TA 15/98 (adoção de cronograma físico-financeiro e

prorrogação de prazo), TA 16/99 (adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação de

prazo) e TA 17/99 (adoção de cronograma físico-financeiro e retificação da numeração

sequencial dos TAs 14 a 17), relativos ao Contrato 002/96-Habi julgado em 26/2/1997 –

Execução das obras de construção de 968 Unidades Habitacionais (44 edifícios) e execução das

obras de infraestrutura urbana na área denominada Garagem – Fase II, localizada na avenida São

Miguel com rua Chafik Juvenal e rua Cássia das Antilhas – São Miguel ACÓRDÃO: “Vistos,

relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que lhe fossem

conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros João

Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, de conformidade

com o relatório e voto do Conselheiro João Antonio – Relator, assim como pelo voto do

Conselheiro Roberto Braguim – Revisor, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para

efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado

com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em julgar irregular o

Termo de Aditamento 14/98, entendendo que o valor acrescido a título de indenização para a

recomposição do equilíbrio econômico-financeiro não restou comprovado, bem como em não

aceitar, por consequência, seus efeitos financeiros. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria,

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consoante voto proferido em separado, e Domingos Dissei, que julgaram, excepcionalmente,

regular esse termo aditivo, considerando que, quanto à pertinência dos valores pagos e à

respectiva correspondência com o prejuízo sofrido pela Contratada, não há elementos nos autos

para se concluir, com segurança, pelo caráter desproporcional dos valores pagos, e tendo em

conta o tempo decorrido e a não intimação do terceiro interessado. Acordam, ainda, à

unanimidade, em acolher os Termos de Aditamento 15/98, 16/99 e 17/99, tendo os Conselheiros

Maurício Faria e Domingos Dissei o feito em caráter excepcional, consoante motivação

anteriormente exposta. Acordam, também, à unanimidade, em razão do tempo decorrido, em

deixar de apenar os agentes responsáveis à época. Acordam, afinal, à unanimidade, em

determinar o envio de ofício às partes para conhecimento e, após, o arquivamento dos autos.

Relatório: Trata-se da análise dos Termos de Aditamento de números 14, 15, 16 e17, ao Contrato

nº 002/96-HABI. O objeto da contratação consistiu na execução de obras de construção de 968

unidades habitacionais, compreendendo 44 edifícios e execução das obras de infraestrutura

urbana na área denominada Garagem-Fase II, localizada na Avenida São Miguel com Rua Chafik

Juvenal e Rua Cássia das Antilhas. Destaque-se que o Contrato nº 2/96 no valor de R$

16.036.333,63 (dezesseis milhões, trinta e seis mil, trezentos e trinta e três reais e sessenta e três

centavos) foi julgado regular (folha 174), assim como os Termos Aditivos nºs 1 ao 9 e 12 (folha

585) e o Termo Aditivo nº 13 (folha 749). Neste momento processual, analisam-se os Termos

Aditivos nº 14, 15, 16 e 17, formalizados para os seguintes propósitos: TA nº 14 - para adoção de

cronograma físico-financeiro, ajuste do valor do contrato para pagamento de indenização, a título

de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, no valor de R$ 1.189.119,53 (um milhão,

cento e oitenta e nove mil, cento e dezenove reais e cinquenta e três centavos). TA nº 15 – para

adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação de prazo contratual. TA nº 16 – para

adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação de prazo contratual. TA nº 17 – para

adoção de cronograma físico-financeiro e retificação da numeração sequencial dos Termos de

Aditamento de nºs 14 a 17. Diante da dúvida levantada quanto ao valor acrescido a título de

indenização para recomposição de equilíbrio econômico-financeiro, a Divisão Técnica III propôs

a remessa dos autos à Assessoria Jurídica para o competente exame. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo, em seu parecer, concluiu o que segue: 1) não houve a caracterização do dano,

elemento indispensável para se falar em indenização. 2) o TA em exame não espelha a realidade

porque não se pode, como demonstrado, falar em indenização para recomposição de equação

econômico-financeira do contrato. Por esses motivos, manifestou-se pela irregularidade do

Termo Aditivo nº 14. Após essas considerações, a Divisão Técnica III considerou irregular o

Termo Aditivo nº 14 e os demais, por sucessão, deixando consignada, ainda, a infringência ao

artigo 79, parágrafo único, da Lei Municipal nº 10.544/88 e às Instruções nº 01/92 em face,

respectivamente, da publicação e remessa extemporâneas. Oficiada, a Origem apresenta seus

esclarecimentos, juntados às folhas 977-1022. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, após

exame dos documentos encaminhados pela Origem, reiterou seu pronunciamento anterior por

entender que não havia justificativa de ordem técnica para fundamentar as despesas realizadas a

título de indenização. Por outro lado, a Assessora Jurídica Subchefe propôs o acolhimento do TA

nº 14, com fundamento no art. 81, II, "d", da Lei Municipal nº 10.544/88, em respeito ao

Princípio da Imprevisão dos Contratos Administrativos. Já o Assessor Chefe sugeriu a expedição

de ofício à Origem a fim de serem esclarecidos os fatos geradores do Termo de Aditamento nº 14.

Segundo a Assessoria Jurídica, os documentos encaminhados e juntados às folhas 1054-1167 são

meras cópias daqueles juntados às folhas 751-859, já apreciados, razão pela qual reiterou seu

pronunciamento. Por sua vez, o Assessor Chefe sugeriu a análise dos documentos pelos

auditores, objetivando quantificar o valor e a extensão da indenização pelos danos que a

contratada teria sofrido. A Divisão Técnica II elaborou o quadro de folha 1178, descrevendo os

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custos envolvidos no respectivo aditamento e informando o valor pago a título de indenização no

importe de R$ 1.189.119,53 (um milhão, cento e oitenta e nove mil, cento de dezenove reais e

cinquenta e três centavos). Dessa vez, foram intimados para apresentar defesa os senhores João

Leopoldo Werneck de Camargo, Superintendente de Habitação Popular, à época, e Carlos

Alberto Magalhães Lancellotti, representante da Construtora Beter S/A. As defesas foram

juntadas às folhas 1202-1221, apresentada pelo Senhor João Leopoldo Wernek de Camargo e

folhas 1222-1243, ofertada pelo Senhor Arlindo Antonio Stocco, Diretor–Presidente da

Construtora Beter S/A. A Coordenadoria IV, após análise das defesas apresentadas, verificou que

não foram oferecidos fatos novos além daqueles já conhecidos e apreciados e, por esse motivo,

reiterou seu pronunciamento anterior. Na mesma linha concluiu a Assessoria Jurídica de Controle

Externo por entender que permanece sem justificativa a pertinência dos valores pagos a título de

indenização e o prejuízo sofrido pela Contratada. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu

o acolhimento dos Termos de Aditamento em exame, considerando que os atos jurídicos

presumem-se regulares e praticados no sentido do interesse público. A Secretaria Geral,

acompanhando a Procuradoria da Fazenda Municipal, opinou pelo acolhimento dos Termos

Aditivos em exame. É o RELATÓRIO. Voto: Em julgamento os Termos de Aditamento de

números 14, 15, 16 17, ao Contrato nº 002/96-HABI,tiveram por objeto a execução de obras de

construção de 968 unidades habitacionais, compreendendo 44 edifícios e execução das obras de

infraestrutura urbana na área denominada Garagem-Fase II, localizada na Avenidas São Miguel

com Rua Chafik Juvenal e Rua Cássia das Antilhas. Referido contrato e seus aditivos anteriores

foram julgados regulares por este Tribunal. Ao proceder a análise dos aditivos, constatou-se que

o TA nº 14 aprovou o valor para pagamento de indenização, a título de recomposição do

equilíbrio econômico-financeiro, no valor de R$ 1.189.119,53 (um milhão, cento e oitenta e nove

mil, cento e dezenove reais e cinquenta e três centavos). Os Órgãos Técnicos consideraram que

não houve a caracterização do dano, elemento indispensável para se falar em indenização e que o

respectivo Termo não espelhava a realidade porque não se pode falar em indenização para

recomposição de equação econômico-financeira do contrato. Os documentos e esclarecimentos

juntados aos autos não foram aptos para atestar a celebração do ajuste, permanecendo sem

justificativa a pertinência dos valores pagos a título de indenização e o prejuízo sofrido pela

Contratada. Quanto à infringência ao artigo 79, parágrafo único, da Lei Municipal nº 10.544/88 e

às Instruções nº 01/92 em face, respectivamente, da publicação e remessa extemporâneas, relevo

tais impropriedades, pois mesmo que fora do prazo os atos foram efetivados. Por todo o exposto,

JULGO IRREGULAR o Termo de Aditamento nº 14, por entender que o valor acrescido a título

de indenização para recomposição de equilíbrio econômico-financeiro não restou comprovado,

não aceitando, por consequência, seus efeitos financeiros. Relativamente aos Termos de

Aditamento nºs 15, 16 e 17, formalizados para adoção de cronograma físico-financeiro,

prorrogação de prazo contratual e retificação da numeração sequencial dos Termos de

Aditamento de nºs 14 a 17, ACOLHO-OS, por regulares. Em razão do tempo decorrido, deixo de

apenar os agentes responsáveis à época. OFICIEM-SE as partes para conhecimento e, após,

ARQUIVEM-SE os autos. (2.777ª S.O.) Voto em separado proferido pelo Conselheiro

Maurício Faria: Apenas para que fique registrado, destaco que o contrato nº 02/96, firmado pela

então Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano com a Construtora Beter S/A, tendo

como objeto a execução das obras de construção de 968 unidades habitacionais (44 edifícios) e a

execução das obras de infraestrutura urbana na área denominada Garagem –Fase II, bem como os

Termos Aditivos nºs 01 a 05/96, 06 a 09/97, 12/98, 10 e 11/97 e 13/98, foram acolhidos por este

Tribunal. Neste momento processual, examinam-se os 14º ao 17º Termos Aditivos ao Contrato nº

002/96. Por intermédio do 14º Termo Aditivo, foi realizado o ajuste do valor contratado para

pagamento de indenização, a título de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. Os

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órgãos técnicos concluíram pela irregularidade dos ajustes, por entenderem que no 14º Termo

Aditivo não se caracterizou o dano, inexistindo justificativa para a pertinência dos valores pagos

e para o prejuízo sofrido pela Contratada. Entretanto, manifestaram-se de forma diversa a

Assessora Subchefe e a Secretaria Geral, para os quais seria possível o acolhimento do ajuste, em

respeito ao princípio da imprevisão dos contratos administrativos, pois a situação que se

apresentava à época era suficiente para ocasionar o prejuízo arguido e se as prorrogações foram

por motivos em relação aos quais nem a Origem poderia ter culpa, o que se dizer e relação à

contratada, que não ocasionou tais prorrogações. Como demonstrado, as sucessivas prorrogações

provocaram prejuízos à contratada, ocasionando o desequilíbrio financeiro do contrato, impondo-

se a necessária repactuação. No tocante à pertinência dos valores pagos e a respectiva

correspondência com o prejuízo sofrido pela Contratada, não há elementos nos autos para se

concluir, com segurança, pelo caráter desproporcional dos valores pagos, razão pela qual, na

esteira da manifestação da Assessora Subchefe e da Secretaria Geral, e tendo em conta o tempo

decorrido e a não intimação do terceiro interessado, que adoto como razões de decidir, voto pela

regularidade dos Termos de Aditamento em exame. (2.777ª S.O.) Voto de desempate proferido

pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 2.388/96-62 da análise dos

Termos Aditivos 14 e 15 de 1998 e dos Termos Aditivos 16 e 17 de 1999, relativos ao Contrato

2/96 firmado entre a Secretaria Municipal de Habitação e a Construtora Beter S.A., tendo por

objeto a execução das obras de construção de 968 (novecentos e sessenta e oito) unidades

habitacionais e execução das obras de infraestrutura urbana na área denominada Garagem – fase

II, localizada na Avenida São Miguel com a rua Chafik Juvenal e rua Cássia das Antilhas. O

Conselheiro Relator João Antonio julgou irregular o Termo Aditivo nº 14, sem a aceitação dos

seus efeitos financeiros e regulares os Termos Aditivos 15, 16 e 17, no que foi acompanhado pelo

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim. Divergiu o Conselheiro Maurício Faria que

julgou excepcionalmente regulares todos os termos de aditamento sob exame, sendo

acompanhado pelo Conselheiro Domingos Dissei. Por votação unânime, foram julgados regulares

os Termos Aditivos 15, 16 e 17, registrando-se empate quanto ao Termo Aditivo nº 14 e,

consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE. Com fundamento na

manifestação da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, acompanho a corrente perfilhada pelos

Conselheiros João Antonio e Roberto Braguim, restando assim, por maioria de votos, JULGADO

IRREGULAR O TERMO ADITIVO Nº 14, sem a aceitação dos seus efeitos financeiros, pelas

razões expostas em seus votos. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim –

Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de

dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) João Antonio – Relator.” 26) TC

3.866.95-07 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Companhia Brasileira de Projetos e

Obras – CBPO – TAs 1º, 2º e 3º/95 (adoção de cronogramas físico-financeiros), 4º/95 R$

758.635,99 (acréscimo do valor contratual, adoção de planilhas orçamentárias e de cronograma

físico-financeiro), 5º/95 (adoção de cronograma físico-financeiro), 6º/95 R$ 26.333,03

(acréscimo do valor contratual, adoção de planilhas orçamentárias e de cronograma físico-

financeiro), 7º/96 (adoção de cronograma físico-financeiro), 8º/96 R$ 2.074.847,08 (adoção de

planilhas orçamentárias, de cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 9º/96

(adoção de cronograma físico-financeiro), 10º/96 R$ 303.176,63 (adoção de planilhas

orçamentárias, de cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 11º/96 R$

527.764,81 (ampliação do escopo inicial dos trabalhos, acréscimo do valor contratual, adoção de

cronograma físico-financeiro, de planilhas orçamentárias e prorrogação de prazo), 12º/96 R$

5.537.402,38 (adoção de planilhas orçamentárias, de cronograma físico-financeiro, acréscimo do

valor contratual e ampliação do escopo inicial dos trabalhos), 13º e 14º/96 (adoção de

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cronogramas físico-financeiros), 15º/96 (adoção de cronograma físico-financeiro e de planilhas

orçamentárias), 16º, 17º, 18º e 19º/96 (adoção de cronogramas físico-financeiros), relativos ao

contrato 8/95, no valor de R$ 17.282.578,49, julgado em 22/11/95 – Execução das obras de

urbanização e verticalização das favelas Heliópolis, São João Clímaco e São Judas ACÓRDÃO:

“Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro

Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que lhe

fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros

João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares os Termos de Aditamento

01, 02, 03, 05, 07, 08, 09, 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19, que tiveram como objeto a adoção de

cronograma físico-financeiro. Acordam, ademais, à unanimidade, em julgar irregulares os ajustes

04, 06, 11 e 12, por ocasionarem os acréscimos e alterações de insumos e serviços. Acordam,

ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, consoante

declaração de voto apresentada, e Domingos Dissei, votando o Conselheiro Presidente Edson

Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80,

combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte,

considerando que esses aditamentos geraram efeitos impossíveis de serem desfeitos – obras

executadas, inclusive com pagamentos à contratada – e à vista do longo tempo decorrido –

dezenove anos –, em aceitar os efeitos financeiros produzidos, amparado em decisões anteriores

desta Corte de Contas, para salvaguardar o princípio da segurança e estabilidade das relações

jurídicas. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e Maurício Faria, que não aceitaram

os efeitos financeiros, determinando à Secretaria Municipal de Habitação providências

administrativas ou judiciais para fins de ressarcimento dos valores indevidamente pagos a título

de execução dos serviços e insumos contratados por meio dos termos de aditamento a título

extracontratual, devidamente atualizados. Acordam, ademais, à unanimidade, em razão do tempo

decorrido, em deixar de apenar os agentes responsáveis à época. Acordam, afinal, à unanimidade,

em determinar o envio de ofício às partes para conhecimento e, após, o arquivamento dos autos.

Relatório: Trata-se de processo para análise de contratação por meio da modalidade concorrência

pública, celebrado entre a Prefeitura do Município de São Paulo e a empresa Companhia

Brasileira de Projetos e Obras – CBPO, para execução das obras de urbanização e verticalização

das moradias populares de Heliópolis, São João Clímaco e São Judas (folhas 96/117 – Contrato

8/95). Compreendem serviços de terraplanagem, microdrenagem, macrodrenagem, água, esgoto,

pavimentação e edificação de 776 unidades habitacionais. As unidades, distribuídas em dois

prédios de 5 pavimentos com 3 dormitórios e 4 prédios de 11 pavimentos com 2 dormitórios,

todos eles com 4 apartamentos por pavimento. Após aditamentos passou para 780 unidades. O

certame licitatório e a contratação foram aprovados pelo Egrégio Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, por unanimidade, em 22 de novembro de 1995 (folhas 276). Foram

realizados termos de aditamento ao contrato n.º 08/95, na seguinte composição: TAs de n.º 01,

02, 03, 05, 07, 09, 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19, cujo objeto foi a implementação de novo

cronograma físico-financeiro, e os TAs de n.º 04, 06, 08, 10, 11 e 12 foram para aplicação de

acréscimo financeiro. Em consonância, todos os Termos de Aditamento padeceram dos vícios de

atraso na publicação em desobediência ao prazo estabelecido no parágrafo único do artigo 79 da

Lei n.º 10.544/88, e reiterados atrasos de remessas de informações ao TCM/SP, descumprindo a

Instrução 01/92, vigente à época. Nos relatórios confeccionados pela Equipe Técnica de

Auditória desta Casa, constatou-se a ampliação do escopo inicial dos trabalhos com acréscimos

no valor contratual acima do limite nos Termos de Aditamento de números 12, 13, 14, 15, 16 e

17, sendo indicada sua não aprovação por parte da Assessoria Jurídica de Controle Externo

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(folhas 1265). De acordo com a Equipe técnica, o contrato sofreu sucessivas alterações de valor

por conta de adequações e implantações de infraestrutura, de modo que atingiu, no 12º Termo de

Aditamento, um percentual de 53,33% de acréscimo sobre o preço inicial, pela combinação dos

seguintes fatores: "a) diferença nos quantitativos, entre função da mudança do objeto; b)

existência de incerteza quanto à caracterização do subsolo local, informado pela SEHAB ao

Senhor Prefeito (folhas 05-06), indicando que o projeto básico não possuía dados confiáveis para

a execução da infraestrutura; c) o acréscimo nas quantidades de alguns itens de serviços

contratados foi muito superior ao que seria aceitável em relação ao das planilhas contratuais.

Observamos, como em muitas obras do Projeto Cingapura, um descuido da Origem, descuido que

ao licitar uma obra de tal porte, tendo como base uma planilha orçamentária precariamente

estimada, ocasionou as significativas diferenças entre as quantidades contratadas e as aditadas. d)

Substituição, não indispensáveis, para a concretização do objeto do contrato, de serviços

existentes, por outros de preços mais elevados. Considerando que um dos objetivos do Projeto

Cingapura é atender ao maior número possível de famílias em favelas, não se justifica substituir

serviços contratados, que atendiam à sua finalidade, por outros que aumentam os custos da

construção, pois com isso reduz-se a quantidade de famílias que poderiam ser atendidas com o

mesmo recurso. e) os preços extracontratuais estão superavaliados, com BDI acima dos valores

admissíveis para o tipo de obra. f) inclusão do Acompanhamento Social, inexistente no objeto

inicial. Quanto aos serviços extracontratuais. Dos 7 itens de serviço extracontratuais de nossa

amostra, entendemos que os preços aprovados para seis, que relacionamos abaixo, referem-se à

substituição de serviços constantes na planilha inicial. Essas substituições não foram

indispensáveis para a concretização do objeto contratual e colaboraram para o aumento do

montante contratual.

QUADRO 12

COD. Serviços

02.01.46 Form., mist e lançamento de lama bent. pre-furo de 0,25 a 0,30m

06.01.03 Estrutura de madeira, pontaletada para telhas de barro.

06.02.05 Telha de barro cozido francesa

11.03.14 Emboço externo desempenado p/pintura

15.01.14 Tinta PVA (Látex)

15.01.40 Tinta PVA em pó-bloco de concreto cerâmico

Quanto ao item 21.01.70 – Prancha de projetos, constatamos que a empresa gerenciadora, ao

proceder a verificação do preço proposto pela CBPO, junto ao mercado, procedeu a apenas uma

consulta, o que a nosso ver é insuficiente para fins de cotação. Além disso, utilizou o preço

fornecido para a data de 28 de março de 1996, sem a devida adequação financeira, para comparar

diretamente com o preço base de maio/95. Dessa forma aprovou-se o preço da CBPO de R$

1.270,01/un. para essa atividade enquanto que o preço obtido pela gerenciadora, com as devidas

adequações soma R$ 1.260,07/un. Quanto à variação nas quantidades de serviços contratuais. O

acréscimo nas quantidades de alguns itens de serviço contratados foi muito superior ao que seria

aceitável, a partir das planilhas contratuais, tendo em vista alterações no objeto, solicitado pela

Administração. Algumas dessas alterações foram para adequações do projeto básico, para

atendimento dos requisitos legais e técnicos, de modo a suprir às exigências das legislações

municipais, estaduais e das concessionárias de fornecimento de energia elétrica, água e esgoto e

serviços de telefonia. O objeto contratual foi alterado, com a substituição de 4 prédios de 11

pavimentos por 9 de 5 pavimentos, com consequente reformulações dos serviços previstos no

projeto básico para a infraestrutura. Quanto à inclusão do Acompanhamento Social. Os serviços

referentes ao Acompanhamento Social foram incluídos no 11º TA. No entanto, a data-base e seus

preços (dez/95) é diferente da data-base do contrato e demais aditivos, que é maio/95. No nosso

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entendimento, tendo em vista o V. Acórdão de 06.08.97, referente ao TC n.º 1.356.94-79,

transitado em julgado em 01.07.97, trata-se de procedimento irregular que a Origem já deveria ter

saneado, visto ter recebido, em 05.09.97, o Ofício SSDG-GAB n.º 566/97 deste Tribunal,

comunicando a decisão daquele Acórdão.". Assim, segundo a Especializada desta casa, o contrato

cujo valor inicial era de R$ 17.282.578,49 (dezessete milhões, duzentos e oitenta e dois mil,

quinhentos e setenta e oito reais e quarenta e nove centavos), após aditamentos chegou a R$

26.510.738,41 (vinte e seis milhões, quinhentos e dez mil, setecentos e trinta e oito reais e

quarenta e um centavos) no 12º Termo de Aditamento, o que representou um acréscimo de

53,39% sobre o valor inicial. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, em parecer fixado às

folhas 1307/1309, confirma a exposição técnica da equipe de Engenharia e confirma sua

manifestação anterior (folhas 1263/1265) pela não aprovação ou aprovação com ressalvas a

critério do relator. A Origem prestou informações sobre as conclusões alcançadas pela Equipe de

Engenharia (folhas 1333/1341). Os apontamentos destacam que o objeto da licitação – Lote 2 do

Prover, previa a urbanização e verticalização de duas áreas, denominadas Heliópolis – Gleba L2 e

São Judas, visando o atendimento de 776 famílias, sendo 600 unidades habitacionais em

Heliópolis – Gleba 12 em prédios de 5 pavimentos com 1 dormitório (40 UH'S), 2 dormitórios

(440 UH'S) e 3 dormitórios (120 UH'S) 176 habitacionais em São Judas e 4 prédios de 11

pavimentos com 2 dormitórios. Após a assinatura do contrato, a Superintendência de HABI

constatou que parte da área ocupada pela favela São Judas pertencia ao Governo Estadual, o que

impediria a implantação das unidades contratadas. Para dar atendimento à demanda prevista na

licitação, a Superintendência de HABI entendeu necessária a seleção de uma nova área para

construção das unidades contratadas. Assim, HABI optou por construir 9 prédios de 5

pavimentos (180 UH'S) na quadra B da área José Paulino dos Santos em substituição às unidades

habitacionais previstas originalmente na área da favela São Judas. Foram incluídos 62 preços

extracontratuais na planilha orçamentária, totalizando R$ 5.732.958,12 (cinco milhões,

setecentos e trinta e dois mil, novecentos e cinquenta e oito reais e doze centavos). Como

consequência da inclusão desses preços extracontratuais, foram excluídos alguns serviços

previstos na licitação, que totalizam R$ 1.074.462,68 (um milhão, setenta e quatro mil,

quatrocentos e sessenta e dois reais e sessenta e oito centavos). O acréscimo relativo à inclusão de

preços extracontratuais na planilha orçamentária é a diferença entre o valor dos itens incluídos e o

valor real total dos itens excluídos, ou seja, de R$ 4.255.797,75, que corresponde a 24,62% do

valor contratual, inferior ao definido no §1º do artigo 65 da Lei 8.666/93. Passando para nova

análise técnica por parte da equipe técnica deste Tribunal, temos o seguinte parecer: a) Quanto ao

objeto contratual. A Origem informou que a alteração promovida quanto à tipologia dos prédios

resultou da substituição da área inicial prevista (São João) para a Quadra B da área José Paulino

dos Santos. A equipe técnica refutou a informação, uma vez que não justificou a necessidade de

alteração da tipologia o fato de trocar de lugar. b) Variação de quantidade de serviços. A Origem

apresenta planilha de cálculo em que demonstra que o acréscimo correspondeu a 24,64% (vinte

quatro inteiros e sessenta e quatro décimos por cento), pois seria a diferença entre o valor total

dos itens extracontratuais incluídos e o valor real dos itens contratuais excluídos. A equipe de

engenharia sustentou que o contrato sofreu sucessivas alterações de valor, em função de

adequações e implantações de infraestrutura, atingindo, até o 12º Termo de Aditamento, um

percentual de 53,33% (cinquenta e três inteiros e trinta e três décimos por cento) de acréscimo

sobre o preço inicial. Portanto, esse percentual também deve ser submetido ao limite definido no

§1º do Art. 65 da Lei 8.666/93 e alterações. c) Inclusão de acompanhamento social. A Origem

apresentou um quadro comparativo junto às folhas 1339 em que destaca um maior custo de

desembolso por parte da Prefeitura caso adotasse o modelo sugerido pela Auditoria. Todavia,

pondera a Equipe Técnica, que o ajuste seria necessário em função da decisão tomada pelo

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TCM/SP no TC n.º 1.356.94/79, em que a Origem tomou ciência e descumpriu voluntariamente a

determinação. Em ato sequente, a Assessoria Jurídica de Controle Externo (folhas 1348/1351)

ratificou seu entendimento pela irregularidade dos Termos de Aditamento, mas com as

recomendações feitas pela Assessora Subchefe (folhas 1352/1353). Devidamente intimado a se

manifestar, o Secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano, à época, Lair Alberto Soares

Krahenbuhl apresentou sua defesa junto às folhas 1376/1401, alegando, em síntese:"A

autorização do procedimento sem projeto executivo, a ser realizado concomitante com a obra,

com fundamento na lei; a licitação e contratos foram aprovados pelo TCM/SP; no decorrer da

execução contratual foram firmados 23 termos de aditamento que tiveram por objeto: a) adoção

de cronograma físico- financeiro, b) acréscimo do valor contratual em razão da necessidade de

aumento na quantidade de serviços já contratados, c) acréscimo do valor contratual em razão da

necessidade de serviços extracontratuais, d) prorrogação de prazo; a adequação dos contratos é

parte da prerrogativa pertencente a Administração Pública quando presente efetiva necessidade

de alteração do contrato; as alterações dos serviços originalmente contratado, seja para acresce-

los ou substituí-los, em sendo tecnicamente necessários, norteadas pela melhor adequação aos

interesses orientadores da própria contratação, não só podem como devem ocorrer; a elaboração

dos projetos executivos concomitantemente às obras apresentou determinadas particularidades

que não poderiam ser previstas anteriormente e, outra que, mesmo previstas, mostraram-se de

certa forma diferenciadas e acabaram por ensejar a real necessidade de adequação do contrato; os

serviços de acompanhamento social, inclusos no 11º Termo de Aditamento, tornou-se

imprescindível para a rápida e eficaz conclusão das moradias; quanto a substituição de 11

pavimentos por outros 5 pavimentos, no decorrer da execução contratual constatou-se que parte

da área da favela denominada São Judas, que comportaria 176 unidades habitacionais, era

pertencente ao Governo Estadual e, o período necessário à conclusão do processo de

regularização desta área impediria a implantação das unidades contratadas no prazo previsto em

contrato; desse modo, em substituição à área pré-designada, favela São Judas, optou-se pela

construção das moradias na quadra B da área José Paulino dos Santos, já desapropriada pela

municipalidade e inicialmente destinada para demanda proveniente do complexo de favelas

Heliópolis, que mostrou-se apta a adequar prédios de 5 pavimentos mantendo-se o padrão das

demais construções; outros serviços relacionados com instalações elétricas, hidráulicas e para-

raios, pinturas, adaptações dos banheiros para moradores de 3ª idade e deficientes físicos e rede

de água potável tiveram de ser complementadas e outros implementados, em atendimento a

requisitos legais e técnicos, de forma a suprir as exigências das legislações municipais, estaduais

e das concessionárias de fornecimento de energia elétrica, água e esgoto e serviço de telefonia; o

acréscimo nas quantidades e a substituição de alguns itens de serviços contratados, bem como a

inclusão de serviços não previstos decorreram da modificação do projeto e suas especificações

para melhor adequação técnica aos novos fatos e aos objetivos perseguidos pela Administração,

e, por certo, não estão limitados aos percentuais descritos na Lei Federal de Licitações e

Contratos; dentre outros.". Devidamente intimada, a Superintendente de Habitação Popular da

Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano à época dos fatos, Maria Tereza

Soares Silveira, apresentou sua defesa junto às folhas 1402/1422, firmando, dentre outros: que o

julgamento da licitação e contrato deixou superados os questionamentos referentes ao projeto

básico, sendo o certame autorizado a ser elaborado concomitante ao projeto executivo; os

serviços de urbanização e verticalização de residências de baixa renda incluíam: mudança das

famílias para alojamentos provisórios, demolições e limpeza da área, troca de solos, construção

de edifícios, elementos de infraestrutura urbana e de saneamento básico, mudança das famílias

para os apartamentos e acompanhamento do desempenho das obras no período pós-ocupação;

necessidade de aumento do efetivo para acompanhamento social, com um maior número de

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plantonistas; o aumento dos serviços e materiais atingiram a finalidade do contrato; no que

concerne à tipologia das edificações e demais alterações advindas a partir do 12º Termo de

Aditamento, firmado em 31.05.1996, informa que deixou o cargo de Superintende de

Habitacional Popular ao final do mês de abril do ano de 1996, quando apresentou as últimas

manifestações acerca da necessidade da inclusão dos serviços de acompanhamento social." A

certidão de folhas 1424 destaca o transcurso do prazo para defesa de João Leopoldo Werneck de

Camargo. Porém, lhe é concedida oportunidade de apresentar sua manifestação (junto às folhas

1439/58), na qualidade de Superintendente de Habitação Popular. Após análise das peças de

bloqueio, a Assessoria Jurídica de Controle Externo reconsidera suas ponderações anteriores para

acolher e aprovar os ajustes do resultado alcançado. A Procuradoria da Fazenda Municipal

(folhas 1520/1521), amparado no novo parecer técnico jurídico e nas peças de defesa, opinou

pelo acolhimento dos ajustes. A Secretaria Geral manifestou-se nas páginas 1523 acompanhando

o parecer da assessoria Jurídica. É o RELATÓRIO. VOTO: Inicialmente, cumpre consignar que o

procedimento licitatório, bem como o Contrato nº 08/95 – HABI, cujo objeto foi a

implementação do Projeto Cingapura, para urbanização e verticalização das moradias populares,

foram julgados e aprovados por este Egrégio Tribunal em 22 de novembro de 1995. Em razão de

alteração do projeto executivo, diante da peculiaridade de realização de uma obra em local de

moradias populares, houve a necessidade de adaptação do contrato original com a aplicação de 23

(vinte e três) termos de aditamento. O escopo dos termos de aditamento foi: adoção de

cronogramas físico-financeiros; acréscimo do valor contratual em razão da necessidade de

aumento da quantidade de serviços já contratados; acréscimo de valor contratual em razão da

necessidade de serviços extracontratuais e prorrogação de prazo. Entendo que as obras realizadas

em meio a moradias populares realmente não podem ser adstritas indiscriminadamente à base

fornecida no projeto básico, razão pela qual a Administração adotou a formulação do projeto

executivo concomitante à realização das obras. Todavia, a peculiaridade de realização de uma

obra em área de moradia popular não pode simplesmente fundamentar uma liberdade irrestrita

por parte da Administração na alteração contratual. Denota-se que a alteração contratual deve ser

exceção e não a regra, razão pela qual cada insumo ou serviço adicional deve ser amplamente

fundamentado e sob a ótica dos princípios da supremacia do interesse público e razoabilidade.

Foram celebrados termos de aditamento ao contrato n.º 08/95, na seguinte composição: TAs de

nºs 01, 02, 03, 05, 07, 09, 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19 cujo objeto foi a implementação de novo

cronograma físico-financeiro, e os TAs de n.º 04, 06, 08, 10, 11 e 12 foram para aplicação de

acréscimo financeiro. Os acréscimos justificam-se ante a peculiaridade da obra, uma vez que

notórios no senso prático os percalços encontrados em obras de urbanização de moradias

populares. Não existe um método apto a ensejar uma análise completa antes do início das obras.

Todavia, alguns elementos indicados pela Equipe de Engenharia, de fato, superaram a situação

excepcional e indicaram para um acréscimo injustificável de valor. A Equipe de Engenharia desta

Casa destacou, dentre outros, aumento de insumos para execução das obras e substituição de

alguns insumos que acresceram um valor significativo à execução contratual, indicados no

relatório. Dentre a materialidade dos valores excessivos indicados pela Auditoria pode-se

destacar, dentre os serviços extracontratuais, que as substituições ocasionaram um aumento

desproporcional do preço contratado, nos seguintes itens: a) Revestimento: considerado aumento

de custo na ordem de R$ 415.521,78 (quatrocentos e quinze mil, quinhentos e vinte e um reais e

setenta e oito centavos). b) Cobertura: considerado aumento de custo na ordem de R$ 324.655,57

(trezentos e vinte e quatro mil, seiscentos e cinquenta e cinco reais e cinquenta e sete centavos).

c) Pintura: considerado aumento de custo na ordem de R$ 624.815,02 (seiscentos e vinte e quatro

mil, oitocentos e quinze reais e dois centavos). Quanto aos serviços: a) Prancha de projetos: a

alteração correspondeu a um acréscimo real de R$ 407.587,36 (quatrocentos e sete mil,

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quinhentos e oitenta e sete reais e trinta e seis centavos) ou 104,58% (cento e quatro inteiros e

cinquenta e oito décimos por cento) a mais sobre a planilha orçamentária inicial. Diante de todo o

exposto, JULGO REGULARES os Termos de Aditamento de nº 01, 02, 03, 05, 07, 08, 09, 10,

13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19 que tiveram como objeto a adoção de cronograma físico-financeiro e

JULGO IRREGULARES os ajustes de nº 04 (folha 1162), 06 (folha 1166), 11 (folha 1175), 12

(folha 1178), conforme relatório de auditoria indicado nas folhas respectivas, a qual faço parte

integrante de minha decisão, por ocasionarem os acréscimos e alterações de insumos e serviços.

Determino à Municipalidade providências administrativas ou judiciais para fins de ressarcimento

dos valores indevidamente pagos a título de execução dos serviços e insumos contratados por

meio dos termos de aditamento a título extracontratual, devidamente atualizado. Em razão do

tempo decorrido deixo de apenar os agentes responsáveis à época. Oficiem-se as partes para

conhecimento e, após, arquivem-se os autos. (2.777ª S.O.) Declaração de voto proferido pelo

Conselheiro Roberto Braguim: Acompanho o voto do nobre Conselheiro Relator, no tocante à

regularidade dos TA´s por ele enumerados, tendo em conta a manifestação da Assessoria Jurídica

de Controle Externo. Assim o faço também amparado nos pronunciamentos da Procuradoria da

Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, invocando na íntegra o teor dessas conclusões como

razões de decidir. Acompanho igualmente o ilustre Relator, quanto à irregularidade dos TA´s n.º

04, 06, 11 e 12. Todavia, considerando que esses Aditamentos geraram efeitos impossíveis de

serem desfeitos – obras executadas, inclusive com pagamentos à contratada – e à vista do longo

tempo decorrido – dezenove anos -, aceito os efeitos financeiros produzidos, amparado em

decisões anteriores desta Corte de Contas, para salvaguardar o principio da segurança e

estabilidade das relações jurídicas. Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões: Cuidam os autos do TC 3.866/95-07 da análise dos Termos Aditivos 1, 2, 3, 4, 5

e 6 de 1995 e dos Termos Aditivos nºs 7 a 19 de 1996 relativos ao Contrato 8/95 firmado entre a

Companhia Brasileira de Projetos e obras – CBPO, tendo por objeto a execução de obras de

verticalização e urbanização das favelas Heliópolis, São judas e São João Clímaco. O

Conselheiro Relator João Antonio julgou regulares todos os Termos Aditivos, com exceção dos

Termos 04, 06, 11 e 12, por terem ocasionado acréscimos e alterações de insumos e serviços não

justificados, determinando, assim, adoção de medidas para o ressarcimento dos prejuízos

causados ao erário, sendo acompanhado pelo Conselheiro Maurício Faria. Divergiu o Conselheiro

Revisor Vice-Presidente Roberto Braguim que aceitou os efeitos financeiros produzidos pelos

TAs, no que foi seguido pelo Conselheiro Corregedor Domingos Dissei. Por votação unânime,

foram julgados regulares os Termos Aditivos 1, 2, 3 e 5 de 1995 e os Termos Aditivos nºs 7 a 10

e 13 a 19 de 1996 e irregulares os TAs 4, 6, 11 e 12 registrando-se empate quanto à aceitação dos

efeitos financeiros destes termos e, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE

DESEMPATE. Com fundamento na manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo e

da Secretaria Geral acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e

Domingos Dissei, restando assim, por maioria de votos, JULGADOS REGULARES OS

ADITAMENTOS, 04, 06, 11 e 12, pelas razões expostas em seus votos. Participaram do

julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente

a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com

voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora,

designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta

Corte.” 27) TC 3.843.05-55 – Antonio Donato Madormo (Câmara Municipal de São Paulo –

CMSP) – Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP – Secretaria Municipal de Serviços –

SES – Representação solicitando a apuração da regularidade dos contratos emergenciais,

celebrados entre a Secretaria e as empresas Socrel Construtora de Redes Elétricas e de

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Telecomunicação Ltda. e Start Engenharia e Eletricidade Ltda., cujo objeto é a ampliação do

Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com o TC

54.07-60) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 54.07-60, 483.06-66 e

484.06-29 e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente

Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que lhe fossem

conclusos, em razão de serem acompanhantes do TCs retrocitados, a terem voto de desempate.

Naquela sessão votaram os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. O Conselheiro João Antonio – Relator votou na 2.775ª S.O. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante

relatório e voto do Conselheiro João Antonio – Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros

Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, Maurício Faria e Domingos

Dissei, em conhecer da representação interposta pelo Nobre Vereador Antonio Donato Madormo,

pois presentes os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte, e, no

mérito, em julgá-la procedente, em face das conclusões alcançadas na análise dos Contratos

014/SES/05 e 015/SES/05. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as

comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 484.06-

29. Declaração de voto englobado apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC

484.06-29. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício

Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a)

Edson Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator." 28) TC 54.07-60 – Vereador Antonio

Donato Madormo (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Petição – Solicita fiscalização em

todos os atos administrativos da diretoria do Departamento de Iluminação Pública – Ilume

(Secretaria Municipal de Serviços – SES), que tenham por objetivo a promoção de qualquer

alteração nos critérios técnicos estabelecidos aos fornecedores de luminárias do Município de São

Paulo (Tramita em conjunto com o TC 3.843.05-55) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados

englobadamente com os TCs 3.843.05-55, 483.06-66 e 484.06-29 e discutidos estes autos,

devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de

Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que lhe fossem conclusos, em razão de serem

acompanhantes dos TCs retrocitados, a terem voto de desempate. Naquela sessão votaram os

Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. O Conselheiro

João Antonio – Relator votou na 2.775ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, à unanimidade, consoante relatório e voto do Conselheiro João Antonio

– Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, com declaração

de voto apresentada, Maurício Faria e Domingos Dissei, em conhecer da representação interposta

pelo Nobre Vereador Antonio Donato Madormo, pois presentes os requisitos de admissibilidade

previstos no Regimento Interno desta Corte, e, no mérito, em julgá-la improcedente, tendo em

vista que não foram encontradas quaisquer evidências que confirmassem o favorecimento da

empresa Schréder do Brasil Iluminação Ltda. ou a efetiva comprovação de que houve

abrandamento ou mesmo alteração das exigências técnicas estabelecidas para o fornecimento das

luminárias, aprovadas pelo Departamento de Iluminação. Acordam, ainda, à unanimidade, em

determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto

englobados: v. TC 484.06-29. Declaração de voto englobado apresentada pelo Conselheiro

Roberto Braguim: v. TC 484.06-29. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto

Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda

Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3

de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator." 29) TC

483.06-66 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Start Engenharia e Eletricidade Ltda. –

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Contrato 014/SES/05 R$ 3.150.900,00 est. e TAs 01/2005 (red. de R$ 1.575.450,00 redução e

retirratificação contratual) e 02/2005 (prorrogação de prazo) – Serviços técnicos, com a

disponibilização de mão de obra especializada, fornecimento de materiais e execução de projetos

luminotécnicos e elétricos ("as-built"), para a ampliação do sistema de iluminação pública, em até

1.945 pontos – Área A (Tramita em conjunto com os TCs 3.843.05-55 e 484.06-29)

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.843.05-55, 54.07-60 e 484.06-29

e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson

Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que os mesmos lhe fossem

conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Roberto

Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. O Conselheiro João Antonio – Relator

votou na 2.775ª S.O. Considerando que: a) a instrução processual revelou que a contratação por

emergência decorreu da falha de planejamento por parte da Administração, isto porque havia um

contrato anterior e esse finalizou sem que houvesse instaurado um procedimento licitatório para a

nova contratação; b) faltando 12 (doze) dias para o término do prazo contratual, restavam

noventa e sete por cento a executar, tornando sem qualquer efeito o alegado risco iminente de

insegurança à população, provocado pela falta de iluminação pública, desfigurando a situação de

emergência apresentada pela Secretaria Municipal de Serviços; c) restou comprovada a ausência

de justificativa de preço, tendo em vista que o valor atribuído ao contrato foi obtido da mera

atualização do valor do Contrato 003/04/Siurb, resultante da Concorrência 1002/03/Siurb, cuja

análise técnica apontava preços incompatíveis com os praticados pelo mercado; d) houve

publicação extemporânea da avença, em descumprimento ao artigo 26 da Lei Municipal

13.278/2002. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, nos termos do relatório e voto do Conselheiro João Antonio – Relator, bem como

pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada,

Maurício Faria e Domingos Dissei, em julgar irregulares o Contrato 014/SES/05 e os Termos

Aditivos 01/2005 e 02/2005. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros

Roberto Braguim – Revisor e Domingos Dissei, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões

para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80,

combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em

reconhecer os efeitos financeiros dos instrumentos, afastando a imposição de penalidade ao

Ordenador da Despesa. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e Maurício Faria, que

deixaram de aceitar os efeitos financeiros e patrimoniais e aplicaram multa ao Ordenador da

Despesa. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar a expedição de ofício ao Ministério

Público do Estado de São Paulo – 4ª Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital,

acompanhado de cópia do relatório e voto do Relator, da declaração de voto apresentada pelo

Conselheiro ROBERTO BRAGUIM – Revisor e deste Acórdão, em atendimento ao pedido

formulado nos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 484.06-29. Declaração de voto

englobado apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 484.06-29. Voto de

desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 484.06-29.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor prolator do voto da corrente

vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento

Interno desta Corte." 30) TC 484.06-29 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Socrel

Construtora de Redes Elétricas e de Telecomunicações Ltda. – Contrato 015/SES/05 R$

2.700.540,00 est. e TAs 01/2005 (red. de R$ 1.350.270,00 redução e retirratificação contratual) e

02/2005 (prorrogação de prazo) – Serviços técnicos, com a disponibilização de mão de obra

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especializada, fornecimento de materiais e execução de projetos luminotécnicos e elétricos ("as-

built"), para a ampliação do sistema de iluminação pública, em até 1.667 pontos – Área B

(Tramita em conjunto com os TCs 3.843.05-55 e 483.06-66) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados

englobadamente com os TCs 3.843.05-55, 54.07-60 e 483.06-66 e discutidos estes autos,

devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de

Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de

desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria

e Domingos Dissei. O Conselheiro João Antonio – Relator votou na 2.775ª S.O. Considerando

que: a) a instrução processual revelou que a contratação por emergência decorreu da falha de

planejamento por parte da Administração, isto porque havia um contrato anterior e esse finalizou

sem que houvesse instaurado um procedimento licitatório para a nova contratação; b) faltando 12

(doze) dias para o término do prazo contratual, restavam noventa e sete por cento a executar,

tornando sem qualquer efeito o alegado risco iminente de insegurança à população, provocado

pela falta de iluminação pública, desfigurando a situação de emergência apresentada pela

Secretaria Municipal de Serviços; c) restou comprovada a ausência de justificativa de preço,

tendo em vista que o valor atribuído ao contrato foi obtido da mera atualização do valor do

Contrato 003/04/Siurb, resultante da Concorrência 1002/03/Siurb, cuja análise técnica apontava

preços incompatíveis com os praticados pelo mercado; d) houve publicação extemporânea da

avença, em descumprimento ao artigo 26 da Lei Municipal 13.278/2002. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, nos termos do

relatório e voto do Conselheiro João Antonio – Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros

Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto apresentada, Maurício Faria e Domingos

Dissei, em julgar irregulares o Contrato 015/SES/05 e os Termos Aditivos 01/2005 e 02/2005.

Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor e

Domingos Dissei, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos

termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso

IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em reconhecer os efeitos financeiros dos

instrumentos, afastando a imposição de penalidade ao Ordenador da Despesa. Vencidos os

Conselheiros João Antonio – Relator e Maurício Faria, que deixaram de aceitar os efeitos

financeiros e patrimoniais e aplicaram multa ao Ordenador da Despesa. Acordam, ainda, à

unanimidade, em determinar a expedição de ofício ao Ministério Público do Estado de São Paulo

– 4ª Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital, acompanhado de cópia do relatório e voto do

Relator, da declaração de voto apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim – Revisor e deste

Acórdão, em atendimento ao pedido formulado nos autos. Relatório englobado: Senhor

Presidente, na Sessão passada, o Nobre Conselheiro Domingos Dissei suscitou dúvidas quanto à

instrução do processo TC nº 483.06-66, ao afirmar que o Ofício nº 009/SES-G/08, que solicitava

dilação de prazo e autorização para extração de cópias, deixou de ser atendido à época pelo então

Conselheiro Relator Eurípedes Sales, prejudicando, assim, o contraditório e a ampla defesa.

Propôs, ao final, a conversão do julgamento em diligência em atendimento ao devido processo

legal. Por esse motivo, solicitei os processos de pauta para análise pontual da questão.

Primeiramente, cumpre informar que o processo mencionado pelo Conselheiro Dissei tramitou

em conjunto com outros processos, que inclusive estão sendo submetidos ao Plenário de forma

englobada. De fato, a Douta Procuradoria da Fazenda Municipal propôs ao final de sua

manifestação, a complementação da instrução processual, a fim de que fosse a Origem oficiada

para demonstrar que os preços pactuados estavam de acordo com aqueles praticados no mercado

(folhas 254-266 do TC 484.06-29 e folhas 260-272 do TC 483.06-66). Oficiada, a Origem deixou

transcorrer "in albis" o prazo assinalado, solicitando, posteriormente, a dilação de prazo e

autorização para extração de cópias. Consta nos autos do processo nº 484.06-29 o deferimento do

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pedido (folha 303). Em atendimento, a Secretaria Municipal de Serviços encaminhou a este

Tribunal o Ofício nº 154/SES-G/08, anexando as informações prestadas pelos setores

responsáveis daquela Pasta (folhas 312-352). Em seus esclarecimentos, a Secretaria Municipal de

Serviços, por meio de seu Diretor de Divisão Técnica de ILUME 1 (folha 350) afirma que: "Para

melhor ilustrar o fato, estamos anexando planilhas com a relação de materiais/mão-de-obra do

contrato 003/04/SIURB, com os respectivos valores por item, que foram atualizados de forma a

determinar os preços que foram praticados nos contratos 014 e 015/SES/05." Mais à frente,

consta manifestação da Coordenadoria VI, endossada pelo Senhor Subsecretário de Fiscalização e

Controle à folha 369-verso, afirmando que: "Com o exposto, que endossamos, encaminhamos o

presente à apreciação e deliberação de Vossa Excelência, ressaltando, ainda, que as conclusões

acima transcritas aplicam-se também, integralmente, ao TC nº 72.000.483.06-66, que tramita em

conjunto com o presente TC." Como bem observado pela Subsecretaria de Fiscalização e

Controle, a defesa apresentada trouxe informações relativas aos dois contratos sob análise, de

modo que subsidiou as conclusões em ambos os processos. Por esses motivos, eu entendo que

houve respeito ao contraditório e à ampla defesa, e que os autos estão instruídos e em condições

de julgamento. Ademais, o julgamento em conjunto propiciará nova oportunidade de reexame da

matéria, considerando a possibilidade de interposição de recursos. É o relatório (2.744ª S.O.).

Voto englobado: As contratações analisadas nos presentes autos foram efetivadas por dispensa

de licitação com amparo no artigo 24, inciso IV, da Lei Federal nº 8.666/93, que diz: "Artigo 24.

É dispensável a licitação: IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando

caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer

a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e

somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as

parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)

dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a

prorrogação dos respectivos contratos;" Além da caracterização prevista no artigo 24, há também

que ser atendido o parágrafo único do artigo 26, que dispõe: "Parágrafo único. O processo de

dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que

couber, com os seguintes elementos: I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que

justifique a dispensa, quando for o caso; II - razão da escolha do fornecedor ou executante; III -

justificativa do preço. IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens

serão alocados." A instrução processual revelou que as contratações por emergência decorreram

da falha de planejamento por parte da Administração, isto porque havia um contrato anterior e

esse finalizou sem que houvesse instaurado um procedimento licitatório para a nova contratação.

Além disso, consta dos autos que faltando 12 (doze) dias para o término do prazo contratual,

restavam 97% (noventa e sete por cento) a executar, tornando sem qualquer efeito o alegado risco

iminente de insegurança à população, provocado pela falta de iluminação pública. Nesse sentido,

a situação de emergência apresentada pela Origem não se revelou configurada. Relativamente aos

valores envolvidos, restou comprovada a ausência de justificativa de preço, tendo em vista que o

valor atribuído a cada contrato foi obtido da mera atualização do valor do Contrato nº

003/04/SIURB, resultante da Concorrência nº 1002/03/SIURB, cuja análise técnica apontava

preços incompatíveis com os praticados pelo mercado. Corroboram, ainda, a redução contratual e

a economia obtida com a realização de pregões para o fornecimento de materiais para o mesmo

contrato, apontados pela Auditoria. A justificativa de preços tem por objetivo demonstrar que a

contratação direta não é desvantajosa ao interesse público, em homenagem ao princípio da

economicidade, previsto no artigo 70 da Constiutição Federal. Os argumentos oferecidos pela

Origem foram insuficientes para atender ao comando legal. Quanto à publicação extemporânea,

verifica-se o descumprimento do artigo 26, da Lei Municipal nº 13.278/2002, a saber: "Artigo 26

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- O termo de contrato e seus aditamentos deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no

Diário Oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura". Em que pese o

atraso apresentar uma falha passível de relevação, observo que a ausência de publicação é causa

de ineficácia dos atos praticados, razão pela qual devem ser advertidos os agentes administrativos

que descumpriram tal dever. Por todo o exposto, julgo IRREGULARES os Contratos nº

014/SES/05 e 015/SES/05, e seus respectivos Termos Aditivos, não aceitando, por consequência,

seus efeitos financeiros. CONHEÇO das Representações interpostas pelo Nobre Vereador

Antonio Donato Madormo, pois presentes os requisitos de admissibilidade previstos no

Regimento Interno deste Tribunal. Quanto ao mérito, JULGO procedente aquela tratada no

processo TC nº 72.003.843.05-55 em face das conclusões alcançadas na análise dos Contratos nº

014/SES/05 e 015/SES/05. Quanto à Representação analisada no processo TC nº 72.000.054.07-

60, JULGO-A improcedente, tendo em vista que não foram encontradas quaisquer evidências que

confirmassem o favorecimento da empresa Schréder ou a efetiva comprovação de que houve

abrandamento ou mesmo alteração das exigências técnicas estabelecidas para o fornecimento das

luminárias, aprovadas pelo Departamento de Iluminação. Em razão das falhas apuradas, aplico ao

ordenador de despesa à época a multa de R$ 574,25 (quinhentos e setenta e quatro reais e vinte e

cinco centavos), com fundamento no artigo 87 do Regimento Interno deste Tribunal. Expeça-se

ofício à 4ª Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital do Ministério Público do Estado de São

Paulo, encaminhando-se cópia da decisão a ser alcançada pelo Plenário, em atendimento ao

pedido formulado nos autos. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os autos. Este é meu

voto, Senhor Presidente. (2.775ª S.O.) Declaração de voto englobado apresentada pelo

Conselheiro Roberto Braguim: Acompanho o Conselheiro Relator em relação às

Representações, conhecendo ambas, julgando a do TC nº 72.003.843/05-55 procedente e o TC nº

72.000.054/07-60 improcedente. Quanto aos contratos, acompanho parcialmente o Relator,

julgando irregulares os Contratos em apreço, reconhecendo, porém, seus efeitos financeiros e

divergindo do Douto Relator quanto à imposição de penalidade ao Ordenador da Despesa, que

afasto. (2.777ª S.O.) Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson

Simões: Cuidam os autos dos TCs 3.843/05-55, 54/07-60 de representações formuladas pelo então

Vereador Antonio Donato, requerendo o acompanhamento dos atos do Departamento de Iluminação

Pública – ILUME acerca de alterações de critérios estabelecidos aos fornecedores de luminárias do

Município de São Paulo, bem como o acompanhamento dos contratos emergenciais firmados entre a

Secretaria Municipal de Serviços e as empresas Socrel Construtora de Redes Elétricas e de

Telecomunicações e Start Engenharia e Eletricidade Ltda., cujo objeto é a ampliação do sistema de

iluminação pública. Os TCs 483/06 e 484/06, julgados de forma conjunta, cuidam do exame dos

Contratos 14 e 15 de 2005 e de seus primeiros Termos Aditivos, firmados entre a Secretaria

Municipal de Serviços e as empresas Start Engenharia e Eletricidade Ltda. e Socrel Construtora de

Redes Ltda., tendo por objeto a execução de serviços técnicos, com disponibilização de mão-de-obra

e fornecimento de materiais e execução de projetos luminotécnicos e elétricos para ampliação do

sistema de iluminação pública em até 1.945 (mil novecentos e quarenta e cinco) e 1.667 (mil

seiscentos e sessenta e sete) pontos, respectivamente. Na sessão 2.744 o Conselheiro Corregedor

Domingos Dissei solicitou vista dos autos em fase de discussão. Na sessão 2.773, o Conselheiro

Relator João Antonio conheceu das duas Representações. Quanto ao mérito, julgou procedente a do

TC 3.843/05 e improcedente a do TC 54/07. Julgou irregulares os Contratos 14 e 15 de 2005 e seus

correspondentes Termos Aditivos nº 1, sem a aceitação dos efeitos financeiros e aplicando multa aos

Ordenadores da Despesa. Na sessão 2.777 o Conselheiro Revisor Vice-Presidente Roberto Braguim

acompanhou o Relator quanto às Representações e quanto à irregularidade dos Contratos e seus

Termos Aditivos e ainda, sobre a aplicação de multa ao Ordenador da Despesa. Contudo, acolheu os

efeitos financeiros dos ajustes. O Conselheiro Maurício Faria acompanhou na íntegra o voto do

Relator enquanto o Conselheiro Corregedor Domingos Dissei seguiu o voto do Revisor. Por

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unanimidade foram conhecidas as Representações. No mérito, foi julgada procedente a do TC

3.843/05 e improcedente a do TC 54/07. Também por votação unânime foram julgados irregulares os

Contratos 14 e 15 de 2005 e seus correspondentes Termos Aditivos nº 1 e aplicada multa aos

Ordenadores da Despesa, registrando-se empate somente quanto a aceitação (ou não) dos efeitos

financeiros dos ajustes. Assim, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE. Com

fundamento nas manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral,

acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e Domingos Dissei, restando

assim, por maioria de votos, ACOLHIDOS OS EFEITOS FINANCEIROS DOS CONTRATOS E

SEUS TERMOS ADITIVOS, pelas razões expostas em seus votos. Participaram do julgamento os

Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora

Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo

Planet Buarque, 3 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Roberto

Braguim – Conselheiro Revisor prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o

Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.” 31) TC 1.924.95-

30 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Construtora Beter S.A. – TA 011/95

(prorrogação de prazo e substituição do cronograma físico-financeiro) e Tº de Rescisão Amigável

de Contrato 001/95, relativo ao Contrato 005/95-Sehab, no valor de R$ 1.101.159,00, julgado em

19/7/1995 – Execução de obras de drenagem e canalização dos córregos das Favelas São José,

Jardim Alpino e Presidente/Jordanópolis ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes

autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após

determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, em

razão de ter sido relatado e votado englobadamente com o processo TC 5.166.95-66. Na referida

sessão, votaram os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei,

assim como, na 2.747ª S.O., o Conselheiro João Antonio – Relator. acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros

João Antonio – Relator, com relatório e voto apresentados, Roberto Braguim – Revisor, com

declaração de voto apresentada, Maurício Faria e Domingos Dissei, com voto apresentado em

separado, em julgar regulares o Termo de Aditamento 011/95 e o Termo de Rescisão Amigável

001/95, considerando que cuidaram tão somente de prorrogação de prazo contratual e extinção do

contrato. Relatório e voto englobados: v. TC 5.166.95-66. Declaração de voto englobado

apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 5.166.95-66. Voto em separado

englobado proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: v. TC 5.166.95-66. Voto desempate

proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 5.166.95-66. Participaram do

julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 03 de dezembro de 2014. a) Edson Simões –

Presidente; a) João Antonio – Relator.” 32) TC 5.166.95-66 (emergência) – Secretaria Municipal

de Habitação – Sehab e Construtora Beter S.A. – Contrato 022/95-Sehab R$ 3.831.249,57 –

Execução, em regime de emergência, de obras de drenagem e canalização dos córregos,

remanejamentos e escoramentos, execução de alojamentos provisórios e unidades habitacionais

nas favelas: Presidente/Jordanópolis, Jardim Alpino I e Vila São José IV (Acomp. TC 5.904.94-

94) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.777ª S.O.,

para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Na referida sessão,

votaram os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei, assim

como, na 2.747ª S.O., o Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com relatório e

voto do Relator, em reconhecer caracterizada a emergência, com base no artigo 24, inciso IV, da

Lei Federal 8.666/93, pois a substituição do empreiteiro poderia resultar em problemas de

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continuidade e responsabilidade técnica da obra. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor, com declaração de voto

apresentada, e maurício faria, em julgar irregular o Contrato 022/95-Sehab. Vencido o

Conselheiro Domingos Dissei, com voto apresentado em separado, que julgou regular o

instrumento. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim –

Revisor, com declaração de voto apresentada, e Domingos Dissei, votando o Conselheiro

Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei

Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno

desta Corte, em aceitar os efeitos financeiros do ajuste. Vencidos os Conselheiros João Antonio –

Relator e Maurício Faria que aplicaram determinação à Municipalidade para promoção de

medidas de ressarcimento aos cofres públicos. Relatório englobado: Objeto: O Processo TC nº

72.005.904.94-94 trata da análise do Contrato nº 05/94/SEHAB, firmado entre a Municipalidade

e a Empresa Beter S/A, no valor de R$ 1.550.339,17 (um milhão, quinhentos e cinquenta mil,

trezentos e trinta e nove reais e dezessete centavos). Este contrato foi decorrente da Concorrência

Pública nº 002/94-SEHAB. O objeto consiste na execução de obras de infraestrutura e unidades

habitacionais do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga, nas favelas

Presidente/Jordanópolis, Jardim Alpino e São José IV. Destaque-se que a licitação, o contrato e

os termos aditivos foram julgados regulares por este Tribunal. O presente processo foi

desarquivado para subsidiar a instrução dos processos de nº 1.924.95-30 e 5.166.95-66 e, após,

passou a acompanhá-los. O Processo TC nº 1.924.95-30 trata da análise do Contrato 05/95-

SEHAB, firmado entre a Municipalidade e a empresa Beter S/A, em regime de emergência, no

valor de R$ 1.101.159,00 (um milhão, cento e um mil, cento e cinquenta e nove reais). O objeto

consiste na execução de obras de drenagem e canalização dos córregos das favelas São José,

Jardim Alpino e Presidente/Jordanópolis. Destaque-se que o contrato foi julgado regular por este

Tribunal (folha 36). Posteriormente, a Origem formalizou o Termo Aditivo nº 011/95 com o

objetivo de prorrogar o prazo contratual e substituir o cronograma físico-financeiro, que, após

análise, foi considerado regular pela Auditoria. Consta, ainda, dos autos o Termo de Rescisão

Amigável nº 001/95, considerado regular pela Assessoria Jurídica, pois praticado dentro do prazo

estabelecido no artigo 24, IV, da Lei Federal nº 8.666/93, sugerindo, ao final, a manifestação da

Equipe de Engenharia. Em atendimento, a Equipe de Engenharia elaborou o relatório de folhas

227-241, procedendo a uma ampla análise do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do

Guarapiranga, concluindo o que segue: "1 Projeto básico: O tempo decorrido entre a elaboração

do projeto correspondente ao Contrato nº 005/94 e a sua implantação, dois anos, foi excessivo,

tendo em vista a tipologia da obra. O anúncio de obras de intervenção numa favela acentua o seu

aspecto dinâmico, na medida em que promove um maior afluxo de moradores, num processo

desordenado de ocupação e adensamento. Tal ocorrência, considerando-se o intervalo de tempo

mencionado, provoca sensíveis alterações nas condições físicas locais, prejudicando, e podendo

até inviabilizar a implantação do projeto originalmente previsto. Houve vício na documentação

oferecida por ocasião da licitação, no que se refere à especificação dos tubos de concreto armado

a serem empregados na obra: os desenhos do projeto básico especificavam tubos tipo CA-3,

enquanto as planilhas quantificavam tubos tipo CA-2. A retificação da especificação das

planilhas provocou aditamentos em valor considerável. Houve também uma expressiva alteração

no que se refere ao escoramento adotado. Do escoramento inicialmente previsto em madeira,

cerca de 14,8% (catorze vírgula oito por cento) foi substituído, em aditamentos, por escoramento

metálico; posteriormente foi contratado, por emergência, mais 95,6% (noventa e cinco vírgula

seis por cento) da quantidade inicialmente prevista em escoramento metálico. 2 – Contratações

por emergência: O Contrato de emergência nº 005/95 teve por finalidade tão somente a inclusão

do escoramento metálico, devido às dificuldades para a execução das obras junto às construções

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existentes. O Contrato de emergência nº 022/95, por outro lado, decorreu da transformação da

obra, devido ao caráter dinâmico de ocupação característico das favelas. 3 – Preços unitários

adotados: Os serviços especificados no Edital foram alterados, permitindo a aprovação de novos

preços, os quais, baseados nas Tabelas da Secretaria de Vias Públicas e Secretaria de Serviços e

Obras, sem desconto, substituíram aqueles propostos com grande redução na licitação. Este feito

alterou profundamente o equilíbrio econômico do contrato, desfavoravelmente à Prefeitura.

Contratos mais recentes da Prefeitura já incluem a obrigatoriedade de se manter para os novos

preços, eventualmente aditados, o mesmo desconto dado nas propostas. Houve composição e

aprovação de preços extracontratuais com valores superiores aos existentes para serviços

similares existentes nas tabelas oficiais. As diferenças apuradas demonstram que os

procedimentos adotados pela Origem privilegiaram a empresa contratada". Oficiada para

conhecer das conclusões alcançadas pela área técnica deste Tribunal, a Origem apresentou os

documentos de folhas 272-374. Após exame das informações apresentadas, a Equipe de

Engenharia reafirma suas conclusões anteriores, detalhando as diferenças apuradas em prejuízo

ao Erário, relativas a junho de 1995: R$ 201.008,17 (duzentos e um mil, oito reais e dezessete

centavos), referente ao Contrato nº 005/94; R$ 827.353,20 (oitocentos e vinte e sete mil,

trezentos e cinquenta e três reais e vinte centavos), referente ao Contrato nº 022/95, (TC nº

5.166.95-66); R$ 755.236,07 (setecentos e cinquenta e cinco mil, duzentos e trinta e seis reais e

sete centavos), referente ao Contrato nº 005/95 (TC nº 1924.95-30). Determinou-se, nesse

momento, solicitar esclarecimentos da Origem em razão das diferenças apuradas. Em

atendimento, a Origem encaminhou os documentos juntados às folhas 397-416, submetidos à

Equipe de Engenharia para manifestação. Após exame das informações colacionadas, a

Especializada reitera as diferenças apuradas, afirmando que a Origem não foi capaz de apresentar

elementos técnicos capazes de sustentar coerentemente as aprovações de preços ora questionados.

A Assessoria Jurídica de Controle Externo manifestou-se pelo desacolhimento dos ajustes,

propondo apenar os responsáveis pela irregularidade apurada. A Procuradoria da Fazenda

Municipal requereu oficiar a Origem a fim de conhecer dos pronunciamentos exarados nos autos.

Foram intimados a Construtora Beter S/A e o Senhor Lair Alberto Soares Krahenbuhl, cujas

defesas foram juntadas, respectivamente, às folhas 484-498 e 500-507 dos autos. O processo

retornou à Equipe de Engenharia para manifestação a respeito das defesas apresentadas. Em

detalhada análise constante do relatório de folhas 510-517, a Especializada concluiu o que segue:

Os Contratos nº 005/95 e 022/95 nada mais são do que acréscimo de serviços ao Contrato nº

005/94, uma vez que os três instrumentos concorrem para a consecução do mesmo objeto, no

mesmo local e na mesma época. A persistência da Origem em alegar o caráter emergencial e

correspondente necessidade de pronto atendimento para justificar a adoção de novos preços

unitários para os mesmos serviços se esvaíram, posto que os serviços ajustados por emergência

foram apenas acréscimos aos já em execução no local. A Assessoria Jurídica de Controle

Externo, considerando os aspectos eminentemente técnicos focados, manifestou-se pelo

desacolhimento dos ajustes, propondo apenar os responsáveis pela irregularidade apurada. A

Procuradoria da Fazenda Municipal elaborou uma série de quesitos no propósito de ver

esclarecidos vários aspectos do ajuste. Por essa razão, a Origem fez juntar aos autos novos

esclarecimentos às folhas 532-554, propondo a Procuradoria da Fazenda Municipal a oitiva dos

órgãos técnicos deste Tribunal. A Equipe de Engenharia analisa ponto a ponto os quesitos

formulados e respondidos pela Origem, mais uma vez mantendo em sua totalidade as conclusões

já consignadas nos autos. A Assessoria Jurídica de Controle Externo ressaltou que a reapreciação

do julgado dependeria de novas provas produzidas, uma vez que o contrato nº 05/95-SEHAB já

havia sido aprovado. Quanto ao aspecto jurídico, posicionou-se favoravelmente à aprovação do

Termo Aditivo nº 11/95 e Termo de Rescisão nº 001/95, endossando pareceres anteriores

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exarados por aquela Assessoria. A Procuradoria da Fazenda Municipal, com fundamento nos

esclarecimentos da Origem e no parecer da Assessoria Jurídica, opinou pelo acolhimento dos

ajustes em exame. A mesma conclusão alcançou a Secretaria Geral. O processo TC nº 5.166.95-

66 trata da análise do Contrato nº 22/95/SEHAB, firmado, por emergência, entre a Prefeitura de

São Paulo e a Construtora Beter S/A, no valor de R$ 3.203.175,77 (três milhões, duzentos e três

mil, cento e setenta e cinco reais e setenta e sete centavos). O objeto consiste na execução de

obras de drenagem e canalização dos córregos, remanejamentos e escoramentos, execução de

alojamentos provisórios e unidades habitacionais, nas favelas Presidente / Jordanópolis, Jardim

Alpino I e Vila São José IV, integrantes do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do

Guarapiranga. Este contrato foi formalizado para concluir as obras que não foram finalizadas

dentro do prazo de execução do Contrato 05/95, devido a uma série de imprevistos de ordem

técnica que tumultuaram a execução do projeto original. A Assessoria Jurídica de Controle

Externo entendeu justificada a contratação por emergência da própria Construtora Beter que

concordara em executar os serviços pelos preços fixados no Contrato nº 05/95, reajustado pela

Tabela da Secretaria Municipal de Serviços. A Equipe de Engenharia reiterou sua manifestação

encartada nos autos do TC nº 1.924.95-30. A Auditoria procedeu à análise do Contrato nº 22/95

sob o aspecto contábil/orçamentário, concluindo pela sua regularidade formal, ressalvando a

publicação intempestiva do contrato e a remessa extemporânea a este Tribunal, infringindo,

respectivamente, o § 1º, do artigo 79, da Lei Municipal nº 10.544/88 e o § 2º, do artigo 66, da Lei

Municipal nº 10.544/88. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu oficiar a Origem a fim

de conhecer dos pronunciamentos exarados nos autos, o que foi deferido. A Equipe de

Engenharia, após exame dos esclarecimentos trazidos pela Origem, reiterou sua conclusão

anterior no sentido de que "as diferenças apuradas demonstraram que os procedimentos adotados

pela Origem privilegiaram a empresa contratada no equivalente a R$ 1.783.502,44 (um milhão

setecentos e oitenta e três mil, quinhentos e dois reais e quarenta e quatro centavos), em valores

de junho de 1995". Deste valor, R$ 837.353,20 (oitocentos e trinta e sete mil, trezentos e

cinquenta e três reais e vinte centavos), referem-se ao Contrato 022/95. Em atendimento, a

Origem encaminhou os documentos juntados às folhas 89-191. Após exame das informações

colacionadas, a Equipe de Engenharia reitera as diferença apuradas, afirmando que a Origem não

foi capaz de apresentar elementos técnicos capazes de sustentar coerentemente as aprovações de

preços ora questionados. A Assessoria Jurídica de Controle Externo manifestou-se pelo

desacolhimento dos ajustes, propondo apenar os responsáveis pela irregularidade apurada. Nesse

sentido, foi oficiada a Origem a fim de justificar as diferenças apuradas nos autos. Em nova

manifestação, a Equipe de Engenharia deste Tribunal apresentou o relatório de folhas 238-243,

reiterando, ao final, suas conclusões já alcançadas anteriormente. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo acompanhou o entendimento pela irregularidade dos ajustes. Foram intimados a

Construtora Beter S/A e o Senhor Lair Alberto Soares Krahenbuhl, cujas defesas foram juntadas,

respectivamente, às folhas 265-281 e 283-290 dos autos. A Equipe de Engenharia procedeu à

análise das defesas apresentadas, afirmando que a persistência da Origem em alegar o caráter

emergencial e correspondente necessidade de pronto atendimento para justificar a adoção de

novos preços unitários para os mesmos serviços se esvaíram, posto que os serviços ajustados por

emergência foram apenas acréscimos aos já em execução no local. Reitera, por fim, seus

pronunciamentos anteriores, apontando as diferenças relativas a junho de 1995. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo propõe o reconhecimento da situação emergencial e determinação

de recolhimento da diferença apurada. A Procuradoria da Fazenda Municipal perfilhou do

entendimento alcançado pela Equipe de Engenharia, que no transcorrer da instrução processual,

se manteve inalterável, de modo a desaconselhar, pelo prisma econômico, o acolhimento do

Contrato nº 22/95. A Secretaria Geral opinou pela caracterização da contratação por emergência,

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todavia, sob o aspecto econômico, propôs o recolhimento da diferença apurada. É o relatório.

Voto englobado: Os ajustes formalizados entre a Secretaria Municipal de Habitação e a

Construtora Beter S/A tiveram como objetivo a execução de obras de infraestrutura e unidades

habitacionais do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga, nas favelas

Presidente/Jordanópolis, Jardim Alpino e São José IV. A intervenção foi iniciada com a

realização da licitação nº 002/94, sendo sagrada vencedora a Construtora Beter S/A. Foi então

assinado o Contrato nº 005/94 com prazo previsto de 487 dias corridos. Na sequência, devido a

acréscimos nas planilhas de serviços, foram assinados termos de aditamento, aumentando o valor

contratual em 24,80% (vinte e quatro vírgula oitenta por cento), evidenciando o valor total de R$

1.550.339,17 (um milhão, quinhentos e cinquenta mil, trezentos e trinta e nove reais e dezessete

centavos). Este contrato e seus respectivos termos aditivos foram julgados regulares por este

Tribunal. Reclamando a incidência de altos índices pluviométricos, houve a necessidade de se

alterar o tipo de escoramento a ser utilizado nas valas, imprescindível para a continuação dos

serviços. Considerando o esgotamento do limite legal, a Secretaria Municipal da Habitação

recorreu à contratação por emergência com a mesma construtora, que se comprometeu a praticar

os mesmos preços unitários do Contrato nº 005/94. Dessa forma, o Contrato nº 005/95, no valor

de R$ 1.101.159,00 (um milhão, cento e um mil, cento e cinquenta e nove reais) não foi

exatamente um novo contrato, mas sim apenas um novo serviço a ser executado

concomitantemente ao Contrato nº 005/94. Esse contrato teve por finalidade tão somente a

inclusão do escoramento metálico, devido às dificuldades para a execução das obras junto às

construções existentes, sendo julgado regular por este Tribunal. Alegando a necessidade de mais

serviços referentes ao Contrato nº 005/94, os quais não poderiam ser realizados dentro do prazo

legal de 180 dias, rescindiu-se amigavelmente o Contrato nº 005/95. Decidiu-se assinar, também

por emergência, o Contrato nº 022/95, no valor de R$ 3.203.175,77 (três milhões, duzentos e três

mil, cento e setenta e cinco reais e setenta e sete centavos), cujo objeto nada mais era do que a

complementação dos mesmos serviços objeto do Contrato nº 005/94. Entretanto, os serviços

tiveram seus preços unitários aumentados em cerca de 78 % (setenta e oito por cento). Como se

observa, os Contratos nº 005/95 e 022/95 nada mais eram do que acréscimo de serviços ao

Contrato nº 005/94, uma vez que os três instrumentos concorreram para a consecução do mesmo

objeto, no mesmo local e na mesma época. As diferenças apuradas demonstraram que os

procedimentos adotados pela Origem privilegiaram a empresa contratada. A adoção não

justificada de preços unitários diferentes da faixa praticada no Contrato nº 005/94 resultou nas

seguintes diferenças relativas a junho de 1995: R$ 201.008,17 (duzentos e um mil, oito reais e

dezessete centavos) referente ao Contrato nº 005/94; R$ 755.236,07 (setecentos e cinquenta e

cinco mil, duzentos e trinta e seis reais e sete centavos), referente ao Contrato nº 005/95; R$

827.353,20 (oitocentos e vinte e sete mil, trezentos e cinquenta e três reais e vinte centavos)

referente ao Contrato nº 022/95. Note-se, contudo, que o Contrato nº 005/94 e seus aditivos e o

Contrato nº 005/95 já foram aprovados por este Tribunal, sendo certo que a situação jurídica

encontra-se consumada e consolidada no tempo. Aliás, como ressaltado pela Secretaria Geral à

folha 321 do TC 5.166.95-66, "Esta Colenda Corte já decidiu acerca do contrato 005/95, que teve

por finalidade tão somente a inclusão de escoramento metálico, reconhecendo sua natureza

emergencial, não tendo sido acolhido pelo Venerando Acórdão o entendimento sustentado pela

Engenharia".Neste momento processual, são objeto de julgamento o Termo Aditivo nº 011/95 e o

Termo de Rescisão Amigável nº 001/95 ao Contrato nº 005/95 e o Contrato nº 022/95.

Considerando que o Termo de Aditamento nº 011/95 e o Termo de Rescisão Amigável nº 001/95

cuidaram tão somente de prorrogação de prazo contratual e extinção do contrato, na esteira das

manifestações dos órgãos técnicos deste Tribunal, JULGO-OS regulares. Quanto ao Contrato nº

022/95, reconheço a caracterização da emergência, com base no artigo 24, inciso IV, da Lei

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Federal nº 8.666/93, pois a substituição do empreiteiro poderia resultar em problemas de

continuidade e responsabilidade técnica da obra. Todavia, sob o aspecto econômico do contrato,

as evidências demonstraram que os procedimentos adotados pela Origem privilegiaram a empresa

contratada, contrariando o princípio da economicidade. Ressalte-se que a situação de emergência,

devidamente caracterizada, justifica tão somente a dispensa de procedimento licitatório, não

justificando o livre arbítrio na adoção de preços. Por todo o exposto, JULGO irregular o Contrato

nº 022/95, acompanhando as conclusões alcançadas pela Equipe de Engenharia desta Corte.

Determino à Municipalidade que promova as medidas administrativas e judiciais cabíveis, a fim

de ressarcir aos cofres públicos o valor de R$ 827.353,20 (oitocentos e vinte e sete mil, trezentos

e cinquenta e três reais e vinte centavos), devidamente corrigidos. Em razão do tempo decorrido,

deixo de apenar os responsáveis à época. Oficiem-se as partes para conhecimento e, após,

arquivem-se os autos. Este é meu voto, senhor Presidente. (2.747ª S.O.) Declaração de voto

englobado apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: Como o Relator acolho os

Termos analisados no item 1 e julgo irregular o Contrato objeto do item 2, mas quanto a este, na

esteira da posição da Assessoria Jurídica de Controle Externo, da Procuradoria da Fazenda

Municipal e da Secretaria Geral, aceito os efeitos financeiros decorrentes, tendo em vista o longo

tempo decorrido e a estabilização das relações jurídicas. (2.777ª S.O.) Voto em separado

englobado proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: Acompanho o voto do nobre

Conselheiro Relator exarado no TC 1.924.95-30 e julgo regulares o Termo Aditivo 11/95, ao

Contrato Emergencial 05/95, e o seu Termo de Rescisão Amigável. Quanto ao Contrato

Emergencial 22/95, apreciado no TC 5.166.95-66 tenho voto divergente. O Contrato 22/95 foi

firmado com fundamento no art. 24, inciso IV, da Lei 8.666/93, portanto, com dispensa de

licitação, tendo em vista a emergência da situação, como bem reconhecido no voto do Nobre

Conselheiro João Antônio. Toda celeuma travada em torno deste contrato e que levou os órgãos

técnicos e especializados deste Tribunal a se pronunciarem pela sua rejeição restringe-se à análise

da adoção dos preços pactuados que, no entender da área técnica de Engenharia, deveriam ser

compostos adotando-se a mesma fórmula, inclusive com o mesmo desconto, que a contratada

ofertou na disputa que lhe sagrou vencedora da concorrência que culminou na formalização do

contrato 05/95. Tal entendimento não pode prosperar, pelas seguintes razões: ntratos utilizados

para comparar os preços pactuados no Contrato 22/95 são distintas e ocorreram em momentos

igualmente distintos, logo não poderiam ser utilizados como método adequado para comparação

de preços e, ainda mais, para se chegar a conclusão de que os valores deveriam ser idênticos e

receber o mesmo desconto ofertado durante um torneio licitatório. Como destacou o nobre

Conselheiro Relator em seu voto, o Contrato 22/95 "decorreu da transformação da obra, devido

ao caráter dinâmico da ocupação característico das favelas", o que reforça o entendimento de que

estamos diante de objetos diferentes e que, portanto, não se deve comparar coisas que não se

equivalem, sob pena de se chegar a conclusão desarrazoada ou desproporcional. 2. outro aspecto

que merece ponderação, e que não pode ser ignorado, é a informação constante dos autos relativa

ao tempo decorrido entre a elaboração do projeto básico (utilizado na concorrência que gerou o

Contrato 005/94) e sua implantação, marcado por um lapso de 2 (dois) anos. O elástico prazo de

2 (dois) anos provocou, presumidamente, alterações físicas no ambiente, tendo em vista a

natureza e o local da obra e que não poderiam ser ignoradas nos relatórios da área técnica de

engenharia. Todavia, insisto no entendimento de que tais circunstâncias fáticas só poderiam ser

apuradas se tivesse sido realizado o acompanhamento da execução dos ajustes, o que não ocorreu

no caso em tela. Assim sendo, com a devida vênia e, sem desprestigiar a análise feita pela área de

engenharia deste Tribunal, entendo ser impossível aferir se houve uma "profunda alteração no

equilíbrio econômico-financeiro desfavorável à Administração municipal", com supedâneo

apenas na análise formal do contrato em julgamento. Tal conclusão, a meu ver, não poderia ser

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alcançada sem a averiguação "in loco" e sem as medições dos serviços e obras executados, que,

frise-se, não foram realizadas e, se o foram, não se encontram anexadas aos autos. 3. outro

equivoco que se vislumbra na apreciação da área auditora é a de que os preços pactuados

deveriam ser similares àqueles resultantes do torneio licitatório que antecedeu o ajuste 005/95,

inclusive, com a aplicação do mesmo percentual de desconto. Ora, tal conclusão não se sustenta,

já que houve o encerramento de um ajuste firmado após disputa de preços, sendo natural que o

licitante ofereça desconto na tentativa de se sagrar vencedor do certame, cenário este inexistente

na formalização de um pacto firmado por emergência. Soma-se a tal argumento, a informação de

que o ajuste decorreu da alteração da situação fática do local da obra antes licitada. Esta

informação não refletiu na análise dos órgãos técnicos e especializados desta Corte como um

dado capaz de refletir nos preços. Como, então, exigir a obrigatoriedade de manutenção dos

mesmos preços, inclusive com o desconto ofertado durante a licitação, para a execução de

serviços diferentes do projeto básico licitado? Nobres Conselheiros, essa conclusão refoge a

lógica da razoabilidade. Situações emergenciais exigem rapidez que, por seu turno, exige

mobilização de equipamentos em curto espaço de tempo que, pela própria circunstância,

pressupõe, ao que me parece, preços sem descontos. O desconto que uma empresa oferece em

uma licitação não constitui uma garantia para o órgão promotor de que, em eventual contratação

emergencial, com a mesma contratada, lhe seja assegurado o mesmo desconto. Se tal hipótese

constituísse uma máxima, estaríamos diante de uma ação vinculante para a licitante, que ficaria

obrigada assegurar eventual desconto ofertado para se sagrar vencedora da licitação em outro

momento contratual, ainda que surgido em um contexto emergencial, com o local da obra

completamente diferente, alterado pelas circunstâncias fáticas e não mais coincidente com o

projeto básico licitado. No caso dos autos, destaca-se o fato de terem sido adotados os preços da

tabela oficial e, portanto, condizentes com os preços de mercado. Em sendo assim, como se

sustentar que houve um desequilíbrio econômico-financeiro desfavorável aos cofres públicos?

Por todo o exposto e, reconhecida a situação emergencial decorrente das alterações fáticas do

local da obra, bem como o fato de terem sido adotados os preços da tabela oficial, julgo regular

Contrato 22/95. É como voto. (2.777ª S.O.) Voto desempate proferido pelo Conselheiro

Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 1.924/95 da análise do Termo Aditivo 11/95

e do Termo de rescisão amigável do Contrato 1/95 relativo ao Contrato 5/95 firmado entre a

Secretaria Municipal de Habitação e a Construtora Beter S.A, tendo por objeto a execução de

obras de drenagem e canalização dos córregos das favelas Presidente Jordanópolis, Jardim

Alpino e Vila São José. O TC 5.166/95 julgado de forma conjunta, trata do exame do Contrato

22/95 firmado entre as mesmas partes tendo por objeto a execução de obras de drenagem e

canalização dos córregos, remanejamentos e escoramentos, execução de alojamentos provisórios

e unidades habitacionais nas favelas Presidente Jordanópolis, Jardim Alpino e Vila São José. Na

sessão 2.747, o Conselheiro Relator João Antonio julgou regulares o Termo Aditivo 11/95 e o

Termo de rescisão amigável do Contrato 1/95 relativo ao Contrato 5/95. Quanto ao 22/95, julgou-

o irregular, determinando a adoção de medidas cabíveis para o ressarcimento do erário no valor

de R$ 827.353,20 (oitocentos e vinte e sete mil, trezentos e cinquenta e três reais e vinte

centavos) devidamente atualizados. Na sessão 2.777 o Conselheiro Vice-Presidente Roberto

Braguim julgou regulares todos os instrumentos sob exame, sendo acompanhado pelo

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei que acrescentou suas razões de decidir por meio de

declaração de voto. Na mesma sessão, o Conselheiro Mauricio Faria acompanhou o voto do

Relator. Por votação unânime, foram julgados regulares o Termo Aditivo 11/95 e o Termo de

rescisão amigável do Contrato 1/95 relativo ao Contrato 5/95, registrando-se empate quanto ao

Contrato 22/95 e, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE. Com

fundamento nas manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral

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acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e Domingos Dissei,

restando assim, por maioria de votos, JULGADO REGULAR O CONTRATO 22/95, pelas

razões expostas em seus votos. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio –

Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 03 de

dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro

Revisor prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do

§ 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.” 33) TC 3.533.94-33 – Secretaria

Municipal de Habitação – Sehab e Schahin Cury Engenharia e Comércio Ltda. – TAs 1º/1994

(adoção de cronograma físico-financeiro e retificação do subitem 1.4.2 da cláusula primeira do

Contrato), 2º/1994 R$ 814.773,05 (adoção de planilhas orçamentárias, conversão do valor do

contrato e acréscimo do valor contratual), 3º/1994 (adoção de cronograma físico-financeiro),

4º/1994 R$ 2.386.307,25 (adoção de projetos e respectivas plantas, de planilhas orçamentárias e

acréscimo do valor contratual), 5º/1995 R$ 36.415,51 (prorrogação de prazo e acréscimo do valor

contratual), 6º/1995 R$ 2.148,04 (acréscimo do valor contratual e adoção de cronograma físico-

financeiro e de planilhas orçamentárias), 7º/1995 (adoção de cronograma físico-financeiro),

8º/1995 R$ 3.919,90 (acréscimo do valor contratual e adoção de cronograma físico-financeiro e

de planilhas orçamentárias), 9º/1995 R$ 1.066,05 (acréscimo do valor contratual e adoção de

cronograma físico-financeiro e de planilhas orçamentárias), 10º/1995 R$ 2,20 (acréscimo do

valor contratual e adoção de cronograma físico-financeiro e de planilhas orçamentárias), 11º/1995

R$ 1.280,87 (acréscimo do valor contratual e adoção de cronograma físico-financeiro e de

planilhas orçamentárias), 12º e 13º/1995 (adoção de cronograma físico-financeiro), 14º/1995 R$

3.280,16 (prorrogação de prazo, adoção de planilhas orçamentárias e de cronograma físico-

financeiro e acréscimo do valor contratual), 15º/1996 (adoção de cronograma físico-financeiro),

16º/1996 R$ 709,62 (adoção de planilhas orçamentárias, de cronograma físico-financeiro e

acréscimo do valor contratual), 17º/1996 (adoção de planilhas orçamentárias), 18º/1996 R$

3.703.016,53 (ampliação do escopo inicial dos trabalhos, acréscimo do valor contratual, adoção

de planilhas orçamentárias e de cronograma físico-financeiro e fixação de critérios de reajuste),

19º e 20º/1996 (adoção de cronograma físico-financeiro), 21º/1996 (adoção de cronograma físico-

financeiro e de planilhas orçamentárias), 22º/1996 (adoção de cronograma físico-financeiro),

23º/1996 (adoção de planilhas orçamentárias e de cronograma físico-financeiro), 24º, 25º e

26º/1997 (adoção de cronograma físico-financeiro) e 27º/1997 (adoção de planilhas

orçamentárias), relativos ao Contrato 01/94-Habi, no valor de CR$ 940.417.982,04, julgado em

24/8/1994 – Execução das obras de urbanização de favelas e assentamentos urbanos de baixa

renda de ocupação espontânea, compreendendo serviços de terraplenagem, microdrenagem,

macrodrenagem, água e esgoto, pavimentação e edificações habitacionais no Município de São

Paulo ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão

pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.779ª

S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate, ocasião em que

votaram os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Na

2.777ª S.O., votou o Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os Conselheiros do Tribunal

de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros João

Antonio – Relator, com relatório e voto apresentados, Roberto Braguim – Revisor, com

declaração de voto apresentada, Maurício Faria e Domingos Dissei em julgar irregulares os

Termos de Aditamento 2/1994, 4/1994, 5/1995, 6/1995, 8/1995, 9/1995, 10/1995, 11/1995,

14/1995, 16/1996, 17/1996, 18/1996, 21/1996, 23/1996 e 27/1997. Acordam, ainda, à

unanimidade, em julgar regulares os Termos de Aditamento 1/1994, 3/1994, 7/1995, 12/1995,

13/1995, 15/1996, 19/1996, 20/1996, 22/1996, 24/1997, 25/1997 e 26/1997, uma vez que

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firmados apenas para formalizar a execução contratual. Acordam, ademais, por maioria, pelos

votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor e Domingos Dissei, votando o Conselheiro

Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei

Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno

desta Corte, sem deixar de considerar a existência de irregularidades nos instrumentos assim

julgados, em aceitar os efeitos financeiros produzidos por estes instrumentos, tendo em vista o

tempo decorrido, a complexidade que envolveu o projeto e a presença inquestionável de interesse

público a embasar a lavratura dos ajustes. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Relator e

Maurício Faria que determinaram à Secretaria Municipal de Habitação providências

administrativas ou judiciais para fins de ressarcimento. Relatório: Trata-se de processo de

análise dos Termos de Aditamento firmado por meio do Contrato nº 01/94 - HABI, entre a

empresa Schahin Cury Engenharia e Comércio Ltda. e a Prefeitura de São Paulo, para execução

das obras de urbanização de favelas e assentamentos urbanos de baixa renda, compreendendo

serviços de terraplanagem, microdrenagem, macrodrenagem, água e esgoto, pavimentação e

edificações habitacionais. O contrato foi acolhido, por unanimidade, pelo Egrégio Tribunal de

Contas do Município em 24 de agosto de 1994 (folha 111). O presente serve para apuração e

julgamento dos termos de aditamento de números 1 a 27. O objeto do contrato é a execução das

obras de urbanização das moradias populares do Parque Novo Mundo, Benfica e Zachi Narchi,

com a construção de 1.824 unidades habitacionais, distribuídas em 57 prédios com 32

apartamentos de 2 dormitórios. Posteriormente, com os aditamentos ajustados ao contrato, o

número de unidades habitacionais foi reduzido para 1.480, distribuídas em 74 prédios com 20

apartamentos.

T.A. Data Objeto Observação

01 30.06.94 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 145-146

02 31.08.94 Conversão do valor contratual para

o real – R$ 13.035.870,25, data-

base jul/94. Acréscimo do valor

contratual de R$ 814.773,05

(6,25%)..

Folhas 164-166

03 16.11.94 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro

Folhas 218-219

04 25.11.94 Adoção de projeto executivo.

Acréscimo do valor contratual de

R$ 2.386.307,25 (24,56

acumulado).

Folhas 218-219

05 31.01.95 Prorrogação do prazo contratual

por mais 100 dias, a partir de

17.10.95. Acréscimo do valor

contratual de R$ 36.415,51 (24,84

% acumulado).

Folhas 240-241

06 28.03.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Acréscimo do

valor contratual de R$ 2.148,04

(24,85% acumulado).

Folhas 253-254

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MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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122

07 31.03.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 281-297

08 28.04.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Acréscimo do

valor contratual de R$ 3.919,90

(24,88% acumulado).

Folhas 326-327

09 31.05.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Acréscimo do

valor contratual de R$ 1.066,05

(24,88% acumulado.

Folhas 326-327

10 31.07.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Acréscimo do

valor contratual de R$ 2,20

(24,89% acumulado).

Folhas 358-359

11 11.09.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Acréscimo do

valor contratual de R$ 1.280,87

(24,90% acumulado).

Folhas 394-395

12 30.10.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 448-449

13 30.11.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 430-431

14 28.12.95 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Prorrogação do

prazo contratual por mais 220 dias,

a partir de 25.01.96. Acréscimo do

valor contratual de R$ 3.280,06

(24,93% acumulado).

Folhas 468-469

15 30.01.96 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 495-496

16 29.02.96 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Acréscimo do

valor contratual de R$ 709,62

(24,93% acumulado).

Folhas 511-512

17 29.03.96 Adoção de novas planilhas

orçamentárias, sem alteração do

valor contratual, com alteração nas

quantidades, ou exclusão, de

serviços contratados e com a

inclusão de serviços

extracontratuais.

Folhas 538-539

18 31.05.96 Prorrogação do prazo contratual

por mais 334 dias, a partir de

01.09.96. Inclusão de

acompanhamento social e outras

Folhas 654/655

TRIBUNAL DE CONTAS DO

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123

alterações de projeto. Acréscimo

do valor contratual de R$

3.703.016,53 (53,34% acumulado),

passando o contrato para R$

19.988.789,43.

19 29.07.96 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 619/620

20 30.09.96 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 637/638

21 31.10.96 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Adoção de novas

planilhas orçamentárias, sem

alteração do valor contratual, com

alteração nas quantidades de

serviços contratados e com a

inclusão de serviços

extracontratuais.

Folhas 596/597

22 29.11.96 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 580/581

23 31.12.96 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro. Adoção de novas

planilhas orçamentárias, sem

alteração do valor contratual, com

alteração nas quantidades de

serviços contratados e com a

inclusão de serviços

extracontratuais.

Folhas 567/568

24 30.01.97 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 783/784

25 27.02.97 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 793/794

26 03.04.97 Adoção de novo cronograma

físico-financeiro.

Folhas 788/789

27 28.04.97 Adoção de novas planilhas

orçamentárias, sem alteração do

valor contratual, com alteração nas

quantidades de serviços

contratados e com a inclusão de

serviços extracontratuais.

Folhas 798/799

Conforme apresentado no quadro acima, as alterações culminaram em um acréscimo contratual

no importe de 54,34%, passado de R$ 13.035.870,25 (data base jul/94) para R$ 19.988.789,43.

As alterações foram justificadas (folhas 942/989), dentre outros, em razão da natureza peculiar do

contrato, em que a urbanização de moradias populares "favelas" não pode ser integralmente

previsível por meio de projeto básico, razão pela qual o projeto executivo foi realizado

concomitante à obra. A Origem informou que as alterações não foram apenas nos projetos de

infraestrutura e de fundações dos prédios, como também na arquitetura desses prédios, reduzindo

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124

sua área de projeção, aumentando o número de pavimentos e alterando os padrões de

acabamento, as esquadrias, a estrutura e as instalações. Essas mudanças foram fundamentadas na

necessidade de adaptação à topografia dos terrenos e para o atendimento às exigências do Código

de Edificações e às normas de Órgãos Municipais e Estaduais. Houve, ainda, a necessidade de

implementação dos serviços de acompanhamento social, uma vez que a Superintendência de

Habitação Popular – HABI não dispunha de técnicos em número suficiente para atender a

demanda desse serviço. A Auditoria, quanto a essas informações, ponderou que a licitação foi

efetuada sem o devido planejamento e a partir de um "projeto básico" que sequer atendia às

exigências do Código de Edificações e outras normas de Órgãos Municipais e Estaduais. Firmou

que esse procedimento criou a contratação de uma obra fictícia, pois, diante do valor total dos

serviços extracontratuais, superior ao valor do contrato, foi executada outra obra que não a

contratada. Apontou a Auditoria exemplos de falta de planejamento com serviços e obras sendo

adicionados e depois com a variação de quantitativos alterados em TAs posteriores. Para melhor

ilustrar foram selecionados 21 itens significativos, os quais representam 85% do valor total dos

serviços extracontratuais, para análise por meio de amostragem. Na amostragem constatou-se a

substituição de serviços por outros equivalentes, sendo que os novos representaram um acréscimo

de preços. - Cobertura O contrato previa a utilização de telhas de fibrocimento e no 4ºTA esse

tipo de telhado foi substituído pelo de telhas cerâmicas. A justificativa foi sobre a necessidade de

melhor isolamento térmico. Porém, constatou-se que em outros contratos o objeto foi mantido.

Assim, a substituição efetuada não era indispensável à concretização do objeto do contrato. Além

disso, o item representou um aumento de custo por metro quadrado de telhado de R$ 8,93 para

R$ 22,07, ou seja, 147%. - Revestimento de Fachadas No contrato estava prevista a utilização de

chapisco e massa única para paredes externas. No 18º T.A. foi incluído um revestimento de

fachada modificado, o qual compreende, além do chapisco e da massa única, frisos horizontais,

molduras nas janelas e outros adornos. A substituição não se fundamentou em nenhum quesito de

ordem técnica e também não apresentou uma justificativa plausível para sua ocorrência. A

substituição acarretou um aumento de custo de 83%: o preço do metro quadrado de fachada

passou de R$ 4,31 para R$ 7,88. – Pintura O 17ºTermo de Aditamento foi incluída a pintura em

látex em pó para as paredes internas, em substituição à caiação e, no 18º Termo de Aditamento, a

pintura látex para paredes externas foi substituída por pintura látex acrílica. Destaque para a

observação de AUD: "No nosso entendimento, a modificação do tipo de pintura das paredes não

pode ser considerada indispensável à conclusão do contrato, visto que a pintura inicialmente

contratada é adequada a habitação de padrão popular, como é o caso. Por outro lado, causa

estranheza que, para paredes internas, tenha sido aditada pintura com tinta látex em pó, visto que

esse é um produto desconhecido no mercado e que tem apenas um único fornecedor, o que

impede a competição de seu preço." (grifo nosso) Essas substituições operaram um aumento de

custo, em relação aos serviços contratados, de 282% para as paredes internas e de 67% para as

paredes externas. - Caixilhos Metálicos O destaque da Auditoria apontou que o caixilho previsto

no edital era suficiente para suprir o problema evidenciado enquanto a execução da obra e

produção do projeto executivo. Estava previsto um caixilho para área de serviço que seria

suficiente para atender a modificação indicada para a sala. O preço do caixilho aditado de 1,50 x

1,20 é cinco vezes superior ao caixilho anteriormente previsto de 1,40 x 1,20, sendo que este

mostrou-se suficiente para atender a demanda, sem a necessidade de aditamento contratual. Essa

inclusão acarretou um aumento de custo desnecessário para o caixilho da sala de 400%, o preço

unitário aumentou de R$ 33,05/UN para R$ 165,73/UN. - Alojamento Provisório O contrato

previa alojamentos provisórios em módulos para 8 famílias, em madeira, e em módulos para 16

famílias, em alvenaria. O 2º Termo de Aditamento alterou os módulos de alojamento de 16

famílias para madeira e aumentou a quantidade de 9 para 12 unidades e a diminuição de 10 para 4

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quanto aos alojamentos para 8 famílias. Todavia, a alteração manteve o número de famílias

atendidas em 224, bem como ocasionou um aumento de custo unitário resultando em um

acréscimo de R$ 82.258,44 (data-base jul/94). Concluiu a Especializada que essas substituições

acarretaram um aumento de custo para a obra desnecessário, no importe de R$ 967.051,51 (data-

base jul/94). Para fundamentar sua conclusão a Especializada apresentou descrição de aplicação

de preços para os serviços extracontratuais e primou que não refletem as mesmas condições do

contrato, pois por ocasião da concorrência pública a empresa contratada ofertou preços menores

que os das Tabelas da Prefeitura, demonstrando com isso uma eficiência acima da média de

mercado. Portanto, não se justifica que posteriormente, quando não há mais competição, essa

eficiência não possa ser mantida e os preços dos serviços aditados, similares aos substituídos,

tenham que ser iguais aos dessas tabelas. A Especializada justificou os preços compostos

indicando os pontos que elevaram os percentuais de preços, concluindo: "- não se justifica a

inclusão do custo de "Encarregado de Serviços", visto que o mesmo não é considerado custo de

mão-de-obra direta, mas sim parte do BDI; - não se justifica a inclusão do material "Lixa para

Madeira", visto que, como a pintura é texturizada, esse material não é necessário; - o coeficiente

adotado para a tinta não é coerente com a informação obtida do único fornecedor desse produto.

Segundo dados desse fornecedor, o consumo é de 1kg para 2,5 m² de parede, considerando-se a

aplicação de duas demãos. Portanto, o coeficiente que deveria ser adotado é de 0,40 Kg/m², e não

o de 0,77 kg/m² efetivamente adotado; - quanto aos preços unitários para "Pintor de Paredes" e

"Ajudante", entendemos que deveriam ter sido adotados os da Revista Construção n.º 2427,

referentes a jul/94 (folhas 1157), uma vez que em outras composições, como por exemplo para a

"Alvenaria armada de bloco cerâmico estrutural – 14 cm" (folhas 1156), os preços unitários para

mão-de-obra são compatíveis com os dessa revista. E diante da análise realizada sobre os preços

aprovados para os serviços extracontratuais destacou que não refletem as mesmas condições do

contrato ou estão superavaliados em relação aos preços de mercado. Essas diferenças dos preços

aprovados, em relação aos preços que consideramos razoáveis, dispostos na seguinte tabela:

Serviço Extracontratual

(Preço composto)

Preço Unit.

Aditado–

PU1 (R$ -

Jul/94)

Preço Unit.

Razoável-

PU2 (R$ -

Jul/94)

Diferença

Preços (PU1 –

PU2)

Quantidade

Total Aditada

Acréscimo de

Valor (R$ -

Jul/94)

01.19.01.03 – Aloj. Prov.

Madeira – 16 fam.

22.228,33 17.636,80 4.591,53 12,00 55.098,36

02.03.01.08 – Alv. Arm.

Bloco cer. Estr.

18,51 16,88 1,63 139.007,56 226.582,32

02.09.01.04 Instal. Elétrica 21.750,77 10.892,34 10.858,43 74,00 803.523,82

02.15.01.06 – Pint. Látex

em pó

3,51 2,43 1,08 107.694,92 116.310,51

02.15.01.08 –Rev. Fachada

modif

7,88 5,84 2,04 32.725,79 66.760,61

Por fim, concluiu a Especializada: "A substituição desnecessária de serviços contratuais pelos

extracontratuais acarretou o ACRÉSCIMO DE VALOR 1, que totaliza R$ 967.051,52 (data-base

jul/94). Ainda que pudessem ser aceitas essas substituições, verificamos que os preços unitários

aprovados não refletem as mesmas condições do contrato ou estão superavaliados em relação ao

mercado. A diferença entre os preços aprovados e os preços considerados razoáveis acarretou o

ACRÉSCIMO DE VALOR 2, que totaliza R$ 618.314,77 (data-base jul/94). Quanto aos demais

serviços extracontratuais, cuja inclusão estendemos justificada, verificamos que seus preços

aprovados também não refletem as mesmas condições do contrato ou estão superavaliados em

relação ao mercado. Para esses serviços extracontratuais, a diferença entre os preços aprovados e

os preços que consideramos razoáveis acarretou o ACRÉSCIMO DE VALOR 3, que totalizou R$

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126

1.378.600,33 (data-base jul/94). Portanto, do resultado da análise de nossa amostra de serviços

extracontratuais, verificamos que foi acrescido indevidamente ao contrato um total de R$

2.345.651,85 – data base jul/94 (ACRÉSCIMO DE VALOR 1 + ACRÉSCIMO DE VALOR 2 +

ACRÉSCIMO DE VALOR 3).Por outro lado, mesmo que as substituições que consideramos

desnecessárias pudessem ser aceitas, ainda assim teria sido acrescido indevidamente ao contrato

um total de R$ 1.996.915,10 – data-base jul/94 (ACRÉSCIMO DE VALOR 2 + ACRÉSCIMO

DE VALOR 3).".A Assessoria Jurídica de Controle Externo em manifestação de folhas 118/1192

ratificou o entendimento da Especializada e opinou pela irregularidade na celebração dos Termos

Aditivos. A Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano (folhas 1225/1250) apresentou

seus argumentos dispondo: "A preclusão sobre os pontos atinentes ao edital e contratação, ante o

julgamento pretérito do feito; os aditamentos foram efetivados ao longo da execução contratual

por motivos supervenientes para melhor adequação; a consecução do objeto requer uma dinâmica

própria, por tratar de área habitada, com necessidade de remoção de famílias, negociação e

processo judiciais para retomada de áreas invadidas, compatibilização de cronograma com obras a

serem executadas por outras Secretarias, por exemplo, a implantação original do Conjunto

habitacional Zaki Narchi foi alterada para permitir a canalização de córrego existente no meio da

favela, no Parque Novo Mundo, a dificuldade legal na retomada de parte da área invadida; o

contrato pode ser alterado para atender ao interesse público; os três primeiros TAs não consta

rejeição por parte de AUD; a variação de quantitativos comentada no 4º TA é decorrente da

evolução do projeto; quanto ao item 2.2, ponderamos que há um equívoco em considerar as

modificações como serviços extracontratuais, pois os serviços eram os mesmos contratados

ocorrendo apenas a substituição do material empregado ou mesmo a alteração do projeto para

melhor adequação ao interesse público; a substituição das telhas atendeu um interesse público de

melhor habitação; a tabela TCPO 10 – referência 070202 servem de parâmetro mas não são

absolutas, necessitando muitas vezes de ajustes; a substituição de materiais para aplicação no

revestimento das fachadas não se trata apenas de adorno, mas de melhor valor estético e melhor

condições de manutenção dos imóveis; quanto ao recalculo do serviço 02.15.01.08 foi constatado

incorreção no cálculo original sendo o valor recebido a maior seria ressarcido a PMSP; a

substituição da tinta fundamenta-se na maior durabilidade; a composição do preço considerou o

quantitativo necessário incluindo a perda de material; os preços dos caixilhos seguiram a tabela

de SSO; os cálculos para a aprovação do serviço 02.09.01.04 – Instalações Elétricas – foram

apoiados na realidade prática da obra e os índices usados da Revista Construção não é de

aplicação universal, sendo o preço aplicado ao item menor que o praticado no mercado; os

alojamentos não foram instalados no local de intervenção porque a favela ocupava toda área

disponível; o interesse público revela-se plenamente atendido com a construção de habitações

populares dignas e compatíveis com os anseios e com a necessidade da população

marginalizada.". Em atendimento aos ofícios emitidos por este Tribunal, a Secretaria da

Habitação e Desenvolvimento Urbano – SEHAB remeteu a documentação juntada a folhas 1225-

1250 e 1262-1425. Diante das informações e documentos apresentados a Auditoria teceu nova

manifestação (folhas 1428/1432) mantendo sua conclusão anterior. A Superintendente de

Habitação Popular, à época, Maria Tereza Soares Silveira, apresentou sua defesa junto às folhas

1464/1475 argumentando, em síntese: "Ratificar os argumentos apresentados por SEHAB; o valor

acima de 25% não se aplica a sua administração, uma vez que ocorreu a extrapolação do limite a

partir do 18º TA, época que não mais respondia pela administração; dos 14 TAs sobre os quais

tem responsabilidade, 7 deles não importaram em qualquer acréscimo de valor ou de prazo;

quanto aos outros 7 TAs, com exceção do 2º/94 que tratou da conversão de valores contratuais

para o real e de alguns acréscimos contratuais, representam valores pequenos, que não trouxeram

impacto significativo sobre o percentual legal permitido, razão pela qual devem ser aprovados por

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esse E. Tribunal; os elementos técnicos foram aprovados pelo BID, que exige a elaboração do

Projeto Executivo, posteriormente ao procedimento licitatório, bem como o acompanhamento da

execução contratual por uma gerenciadora.". Na qualidade de Secretário da Habitação e

Desenvolvimento Urbano, à época, Lair Alberto Soares Krahenbuhl, apresentou sua defesa junto

às folhas 1476/1503, dispondo, dentre outros: "O projeto era pioneiro e a licitação foi

fundamentada em projetos anteriores, porém, sem a magnitude de produção em larga escala; o

procedimento e o contrato foram acolhidos pelo TCM/SP; os demais se coadunam a confrontar a

equipe técnica em semelhança ao disposto por SEHAB.". A empresa contratada Schahin

Engenharia Ltda., na pessoa de seu representante legal Milton Taufic Schahin, apresentou sua

defesa junto às folhas 1504/1529, e na pessoa de Celestino Ferreira Quina (folhas 1655/1683)

argumentando, entre outros: "o Projeto Cingapura foi amplamente reconhecido com o apoio de

instituições financeiras como o BID e a Caixa Econômica Federal; as incorporações técnicas

foram necessárias e incorporadas em outros projetos semelhantes; a execução das obras constatou

maior segurança pública, melhoria nas redes públicas de água, iluminação e energia, melhoria na

circulação de veículos, melhoria na prestação de serviços públicos, tais como: correios, telefonia,

coleta de resíduos, remoção de pessoas, manutenção da infraestrutura pública, policiamento,

serviços de entregas de bens, etc., favorecendo todo o entorno, sem quaisquer investimentos

adicionais; os questionamentos técnicos foram respondidos por SEHAB; argumentou

pontualmente as irregularidades apontadas.". Por sua vez, Manoel Ricardo Ribeiro Coelho, na

qualidade de Superintendente de Habitação Popular Substituto, à época da lavratura do 24ºTermo

de Aditamento, apresenta sua defesa junto às folhas 1535/1541, dispondo sobre os fatos atinentes

à lavratura do termo de referência: "O termo teve como objeto a adoção de cronograma físico-

financeiro, não importando em nenhum acréscimo de valor ou de prazo ao ajuste sob análise.".

Ainda, João Leopoldo Werneck Camargo, na qualidade de Superintendente de Habitação Popular,

à época da lavratura dos Termos de Aditamento nº 3/94, 19/96 a 23/96, 25/97, 26/97 e 27/97,

apresentou sua defesa (folhas 1551/1576) em consonância com as argumentações tecidas pelas

outras partes, reafirmando a validade dos termos de aditamento e legalidade dos atos. Por fim,

José Roberto Sérgio apresentou sua defesa (folhas 1687/1694) na qualidade de Superintendente

de Habitação Popular Substituto, à época da lavratura do 11º Termo de Aditamento, dispondo,

dentre outros: "O termo 11º/95 teve por objeto a adoção de planilha orçamentária, adoção de

cronograma físico financeiro e acréscimo do valor contratual de R$ 1.280,87, visando a

adequação contábil do contrato, em face da execução de obras de urbanização de favelas; assumiu

o cargo entre 11/09/95 a 25/09/95; o ato foi praticado visando a continuidade dos serviços.". Em

retorno à Auditoria de Engenharia (folhas 1699/1712 verso), foi apresentada extensa

argumentação sobre todos os pontos das defesas, sendo mantida a orientação inaugural pela

irregularidade das avenças. A Assessoria Jurídica de Controle Externo (folhas 1733/1748)

entendeu que não se materializou nenhum dano ao Erário, nem se cogitou de má-fé por parte dos

participantes na assinatura do contrato e seus aditamentos, opinando, assim, pela regularidade dos

termos. A Procuradoria da Fazenda Municipal ratifica o entendimento da Assessoria Jurídica e

nas defesas apresentadas, sugere o acolhimento dos aditivos. Por fim, a Secretaria Geral

manifesta-se pela regularidade dos termos, em consonância com o parecer jurídico e termos de

defesa. É o RELATÓRIO. Voto: Em julgamento os Termos de Aditamento 1 a 27 ao contrato nº

01/94 – HABI – Concorrência nº 02/93 – HABI. O contrato foi acolhido, por unanimidade, pelo

Egrégio Tribunal de Contas do Município em 24 de agosto de 1994 (folha 111). Consoante

parecer técnico da Assessoria de Engenharia desta Corte, ratificado pelos demais órgãos de apoio,

as alterações culminaram em um acréscimo contratual no importe de 54,34%, passando de R$

13.035.870,25 (treze milhões, trinta e cinco mil, oitocentos e setenta reais e vinte e cinco centavos

- data base jul/94) para R$ 19.988.789,43 (dezenove milhões, novecentos e oitenta e oito mil,

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setecentos e oitenta e nove reais e quarenta e três centavos - data base jul/94). As argumentações

para a confecção dos Termos de Aditamento pautaram-se no fato de ser um projeto, à época,

bandeirante, sem nenhum precedente, razão pela qual o Projeto Básico sofreria alterações

concomitantes à realização da obra. Destaque-se que os projetos de urbanização de favelas

necessariamente observam uma peculiaridade atinente ao fato de ser impossível dimensionar de

forma antecedente os percalços e dificuldades que serão enfrentadas pela obra. Todavia, a Equipe

de Engenharia desta Corte apontou dados oriundos de alteração de produtos e serviços, por

semelhantes existentes no processo de licitação, sem nenhuma razão justificável, sendo que esses

insumos foram suficientes para onerar de forma demasiada a execução contratual. Além disso,

destacou o que se segue: Os serviços extracontratuais contribuíram para uma extrapolação do

limite legal de 25% para acréscimo, sendo que alguns deles, conforme apresentado no relatório,

não eram imprescindíveis à concretização do objeto contratual, visto que no contrato constavam

serviços similares que atendiam a mesma finalidade. Os quantitativos incluídos pelos termos de

aditamento foram ora aumentados e ora diminuídos, sem a demonstração de qualquer critério

técnico que embasasse tais variações. Os preços unitários aprovados para os serviços

extracontratuais foram fixados em desacordo com os parâmetros inicialmente propostos por meio

da licitação, sofrendo alterações superiores e caracterizando em alguns casos superavaliação,

conforme a Tabela "C" apresentada à folha 1185. A substituição desnecessária de serviços

contratuais pelos extracontratuais acarretou um acréscimo de R$ 967.051,52 (novecentos e

sessenta e sete mil, cinquenta e um reais e cinquenta e dois centavos - data-base jul/94). Ainda

que pudessem ser aceitas essas substituições, verificou-se que os preços unitários aprovados não

refletiam as mesmas condições do contrato, apontando uma diferença entre os preços aprovados e

os preços considerados razoáveis no importe de R$ 618.314,77 (seiscentos e dezoito mil,

trezentos e quatorze reais e setenta e sete reais - data-base jul/94). Quanto aos demais serviços

extracontratuais, mesmo entendendo as inclusões necessárias, observou que os preços aprovados

também não refletiram as mesmas condições do contrato ou foram superavaliados em relação à

praxe de mercado. A diferença entre o preço praticado e o preço considerado razoável gerou um

acréscimo ilegal ao contrato no importe de R$ 1.378.600,33 (um milhão, trezentos e setenta e oito

mil, seiscentos reais e trinta e três centavos). Destarte, o resultado da apuração técnica revelou

que os valores referenciados pelas amostras destacaram um acréscimo indevido ao contrato na

ordem de R$ 2.345.651,85 (dois milhões, trezentos e quarenta e cinco mil, seiscentos e cinquenta

e um reais e oitenta e cinco centavos - data-base jul. 94). Apenas a título de ilustração, este valor

atualizado pela data base de Junho/2014 por meio do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor

Ampliado) ficou em R$ 10.137.063,56 (dez milhões, cento e trinta e sete mil, sessenta e três reais

e cinquenta e seis centavos). Ainda, caso as substituições consideradas desnecessárias pudessem

ser aceitas, uma vez que implementadas na execução contratual, ainda assim pode-se apurar um

acréscimo ilegal no importe de R$ 1.996.915,10 (um milhão, novecentos e noventa e seis mil,

novecentos e quinze reais e dez centavos - data-base jul/94), ou, valor atualizado à data-base de

Junho de 2014, por meio do IPCA, em R$ 8.629.948,77 (oito milhões, seiscentos e vinte e nove

mil, novecentos e quarenta e oito reais e setenta e sete centavos). As defesas apresentadas não

lograram afastar as conclusões técnicas apontadas pela equipe de especialistas desta Corte, com

exceção, no meu entendimento, da defesa apresentada por Manoel Ricardo Ribeiro Coelho, cuja

participação foi adstrita à lavratura do 24º Termo de Aditamento, uma vez que foi firmado

unicamente para adoção de cronograma físico-financeiro, não importando em nenhum acréscimo

de valor ou prazo ao ajuste. As demais irregularidades apontadas são de natureza meramente

formal, não impingindo em qualquer irregularidade insanável, razões pelas quais são superáveis.

Ante o exposto, julgo IRREGULARES os Termos de Aditamento 2, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 14, 16,

17, 18, 21, 23, 27, por representarem acréscimos quantitativos e de valores em contrariedade ao

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artigo 65, §1º, da Lei Federal n.º 8.666/93, bem como contratação de valores superavaliados.

Julgo REGULARES os Termos de Aditamento n.º 1, 3, 7, 12, 13, 15, 19, 20, 22, 24, 25 e 26, uma

vez que firmados apenas para formalizar a execução contratual. DETERMINO à Municipalidade

providências administrativas ou judiciais para fins de ressarcimento dos valores indevidamente

pagos a título de execução dos serviços e insumos contratados por meio dos termos de aditamento

a título extracontratual, devidamente atualizado. Em razão do tempo decorrido deixo de apenar os

agentes responsáveis à época. OFICIEM-SE as partes para conhecimento e, após, ARQUIVEM-

SE os autos. (2.777ª S.O.) Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro Roberto

Braguim: Acompanho o voto do ilustre Conselheiro Relator, no que concerne à regularidade dos

Termos de Aditamento números 1, 3, 7, 12, 13, 15, 19, 20, 22, 24, 25 e 26 e à irregularidade dos

identificados sob números 2, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 14, 16, 17, 18, 21, 23 e 27. Todavia, concluo

diferentemente do Conselheiro Relator, no que pertine aos efeitos financeiros destes últimos, não

acolhidos por Sua Excelência. É que, sob esse prisma, inclino-me a aceitar as ponderações da

Assessoria Jurídica de Controle Externo, posteriormente endossadas pela Procuradoria da

Fazenda Municipal e pela Secretaria Geral, acerca da natureza do Contrato original, que

demandou a tomada de empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano de

Desenvolvimento, que formulou, para concretização desse empréstimo, inúmeras exigências que

não constaram de outros projetos. Lembro que se trata de implantação do Projeto Cingapura,

pioneiro no Município e que, certamente por essa razão, e pela sua complexidade, acarretou

inúmeras alterações contratuais, a fim de que o empreendimento fosse erguido para atender às

necessidades do tipo de demanda diferenciada, ou seja, de famílias que viviam em favelas ou

habitações semelhantes. Destarte, é compreensível que, na execução de um projeto de tal

envergadura, ocorram fatos supervenientes e excepcionais, que obrigam a Administração a

efetuar as correções necessárias nas condições iniciais dos ajustes, algumas vezes mais onerosas.

Reconheço, como salientado nas razões expostas pela Assessoria Jurídica, que um Contrato da

natureza do originalmente lavrado, pode sim ser atingido por vicissitudes somente encontradas no

momento da execução das obras, até porque envolve inúmeras famílias, que aguardam

ansiosamente a construção de suas futuras moradias. Nesse sentido, as contratações respectivas

merecem ser analisadas não só sob parâmetros técnicos, mas levando em consideração, na sua

apreciação, outros fatores. O primeiro deles diz respeito ao lapso temporal decorrido desde a

assinatura do Contrato e dos Termos de Aditamento em exame – ou seja, 1994 a 1997 – e o

momento de sua apreciação pelo Egrégio Plenário. Essa defasagem englobou mudanças não só no

plano econômico, com alterações dos preços componentes do projeto original, mas também nas

características técnicas do projeto. Outro fator a ser ponderado, é que a Administração deve

sempre pautar-se pela preservação do interesse público, que é indisponível. Peço vênia para trazer

à colação, sobre o tema, lição da insigne professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, colacionada

pela Assessoria Jurídica e assim formulada: "O princípio do interesse público está expressamente

previsto no artigo 2º, "caput", da lei nº 9.784/99 e especificado no parágrafo único, com exigência

de "atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou

competências, salvo autorização em lei" (inciso II) (grifos da autora) (in Direito Administrativo,

18ª edição, Atlas, São Paulo, 2005, págs. 70/71). É inegável que o Projeto Cingapura, que

proporcionou moradia a inúmeras famílias com menor renda, reveste-se de interesse público. De

outra parte, a Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu que não havia materialidade

acerca de dano ao Erário e nem indícios de dolo ou má fé por parte dos envolvidos na celebração

e execução do Contrato e seus Aditamentos. Assim, sem deixar de considerar a existência de

irregularidades nos instrumentos analisados e nominados no voto do nobre Relator, inclino-me a

aceitar os efeitos financeiros produzidos, tendo em vista o tempo decorrido a complexidade que

envolveu o projeto e a presença inquestionável de interesse público a embasar a lavratura dos

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ajustes. (2.779ª S.O.) Voto desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões:

Cuidam os autos do TC 3.533/94 da análise dos Termos Aditivos 1, 2, 3, 4, de 1994, dos Termos

Aditivos nºs 5 a 14 de 1995, dos Aditamentos nº 15 a 23 de 1996 e dos Termos Aditivos nº24 a

27 de 1998 relativos ao Contrato 01/94 firmado entre a Secretaria Municipal de Habitação e a

empresa Schahin Cury Engenharia e Comércio Ltda., tendo por objeto a execução de obras de

urbanização de favelas e assentamentos urbanos de baixa renda de ocupação espontânea,

compreendendo serviços de microdrenagem, macrodrenagem e terraplanagem, pavimentação e

edificações habitacionais. Na sessão 2.777 o Conselheiro Relator João Antonio julgou irregulares

os Termos Aditivos 2,4, 5, 6, 8, 8, 10, 11, 14, 16, 17, 18, 21, 23 e 27 por representarem

acréscimos quantitativos e de valores em contrariedade ao artigo 65, §1 da Lei Federal 8.666/93,

determinando, assim, a adoção de medidas para o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário.

Quanto aos termos aditivos nºs 1, 3, 7, 12, 13, 15, 19, 20, 22, 24, 25 e 26 julgou-os regulares. Na

sessão 2.779 o Conselheiro Relator Vice-Presidente Roberto Braguim acompanhou o voto do

Relator, aceitando, todavia, os efeitos financeiros referentes aos termos aditivos julgados

irregulares, sendo acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Domingos Dissei. O Conselheiro

Mauricio Faria endossou o voto do Relator. Por votação unânime, foram julgados regulares os

Termos Aditivos nºs 1, 3, 7, 12, 13, 15, 19, 20, 22, 24, 25 e 26 e irregulares os Termos Aditivos

2,4, 5, 6, 8, 8, 10, 11, 14, 16, 17, 18, 21, 23 e 27 registrando-se empate quanto à aceitação dos

seus efeitos financeiros. Assim, consoante disposição legal, profiro o VOTO DE DESEMPATE.

Com fundamento na manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria

Geral, acompanho a corrente perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e Domingos Dissei,

restando assim, por maioria de votos, ACOLHIDOS OS EFEITOS FINANCEIROS dos

AJUSTES, pelas razões expostas em seus votos. Participaram do julgamento os Conselheiros

João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da

Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, 03 de dezembro de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim

– Conselheiro Revisor prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão,

nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.” 34) TC 1.218.05-60 –

Recursos de Dernal Oliveira dos Santos e Ana Maria de Andrade interpostos contra o V. Acórdão

de 18/8/2010 – Relator Conselheiro Edson Simões – Companhia de Engenharia de Tráfego –

CET e Araguaia Engenharia Ltda. (Contrato 26/2004 R$ 708.935,40) – Serviços de manutenção,

reparo e complementação da infraestrutura em áreas com ocupação urbana consolidada e que

apresentam problemas com benfeitorias públicas, como pavimentos, sistemas de drenagem,

muros de arrimo, etc., bem como realização de adequações de geometria e obras complementares

ao longo da Estrada do Campo Limpo ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos,

devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de

Sua Excelência, na 2.781ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de

desempate. Na referida sessão, votaram os Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto

Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com relatório e voto do

Relator, em conhecer dos recursos interpostos por Dernal Oliveira dos Santos e Ana Maria de

Andrade, por presentes os pressupostos de adminissibilidade. Acordam, ademais, por maioria,

quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, e Domingos Dissei,

votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo

14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do

Regimento Interno desta Corte, adotando os argumentos da Assessoria Jurídica de Controle

Externo desta Corte, como razões de decidir, em julgá-los improcedentes. Vencidos, no mérito, os

Conselheiros João Antonio – Relator e Maurício Faria, com voto apresentado em separado, que

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deram provimento aos apelos. Relatório: Trata-se de Recurso interposto por Dernal Oliveira dos

Santos e Ana Maria de Andrade em face do Venerando Acórdão de fls. 509-511. De acordo com

o referido Acórdão, a Ata de Registro de Preços nº 002/SMSP/COGEL/2003 e o Contrato nº

26/2004 foram julgados irregulares, com aceitação dos efeitos financeiros e multa aos agentes

públicos responsáveis, em razão dos seguintes apontamentos: 1) Os serviços licitados, em sua

grande maioria, não se enquadram na categoria de serviços comuns e não podem ser considerados

de uso habitual ou rotineiro; 2) Esses serviços, na sua grande maioria, são previsíveis e se

enquadram naqueles para os quais a legislação pertinente exige a execução prévia e

quantitativamente e, principalmente, para a contratação dos mesmos; 3) A previsão de que

projetos com objetos mais específicos, que poderão exigir a utilização de todos os demais itens

constantes do Anexo III (Tabelas da Prefeitura), não pertinem ao sistema de registro de preços.

Outras irregularidades, referentes ao contrato, quais sejam: a) Seu objeto se mostrou incompatível

com os objetivos sociais da CET, em razão da contratação não se relacionar com a operação do

sistema viário, mas, sim, com a infraestrutura urbana; b) Ocorreu vício na ata de registro de

preços que o antecedeu, além de utilizar esta de forma extrapolada, desrespeitando as estimativas

formuladas no procedimento licitatório, e da possibilidade de execução de itens de serviços não

licitados. O objeto da contratação consistiu na prestação de serviços de manutenção, reparo e

complementação da infraestrutura em áreas com ocupação urbana consolidada e que apresentam

problemas com benfeitorias públicas, como pavimentos, sistemas de drenagem, muros de arrimo

etc., bem como realização de adequações de geometria e obras complementares ao longo da

Estrada do Campo Limpo. Os recorrentes sustentam, em síntese, a ausência de prejuízo ao Erário

e boa fé ao longo da execução contratual, motivo pelos quais não haveria que se falar em

aplicação de multa. Sustentam, ainda, a possibilidade de se contratar o objeto por ata de registro

de preços, pois embora não se trate de serviços simples, os serviços licitados seriam habituais e

rotineiros, como exigiria a lei. Que os serviços seriam rotineiros e necessários para atender o

serviço público e o trânsito de trabalhadores de uma região carente, haja vista o grande fluxo de

transportes coletivos que trafegam na estrada, e isso legitimaria o uso de ata de registro de preços.

Que os serviços contratados seriam perfeitamente compatíveis com o disposto nos artigos 3º, III,

do Estatuto Social da Companhia de Engenharia de Tráfego e 2º, III, da Lei Municipal nº

8.349/76. Que os fatos narrados demonstrariam a aplicação do princípio da insignificância,

segundo o qual é admissível infirmar a tipicidade de fatos que, por sua inexpressividade,

conformariam ações irrelevantes. Alegam, também, que os atos considerados irregulares seriam

meras formalidades e vícios sanáveis. Pedem, ao final, que sejam considerados regulares os

ajustes contratuais em exame e a anulação da penalidade imposta aos Recorrentes. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo manifestou-se, preliminarmente, pelo conhecimento do Recurso,

pois presentes os requisitos para sua admissibilidade. Quanto ao mérito, observa que a Lei

Municipal nº 13.278/02 e o Decreto Municipal nº 44.279/03 mencionam que poderão ser objeto

de registro de preços os serviços e materiais considerados de uso habitual e rotineiro para os quais

não se possa prever o exato quantitativo a ser demandado pela Administração. Entende que o

serviço licitado não possui as características necessárias para se enquadrar na sistemática da ata

de registro de preços, pois não são habituais nem rotineiros e são, em sua maioria, previsíveis,

opina, ao final, pelo não provimento do Recurso. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu

o provimento parcial do Recurso para tornar insubsistente a multa aplicada aos Recorrentes, ante

a ausência de dolo, culpa ou má-fé dos agentes responsáveis e demonstração de prejuízo ao

Erário. A Secretaria Geral manifestou-se pelo desprovimento do apelo, vez que não prosperaram

os argumentos lançados pelos recorrentes. É o relatório. Voto: Em julgamento o Recurso

interposto por Dernal Oliveira dos Santos e Ana Maria de Andrade em face do Venerando

Acórdão de fls. 509-511. De acordo com o referido Acórdão, a Ata de Registro de Preços nº

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002/SMSP/COGEL/2003 e o Contrato nº 26/2004 foram julgados irregulares, com aceitação dos

efeitos financeiros e multa aos agentes públicos responsáveis, em razão dos seguintes

apontamentos: 1) Os serviços licitados, em sua grande maioria, não se enquadram na categoria de

serviços comuns e não podem ser considerados de uso habitual ou rotineiro; 2) Esses serviços, na

sua grande maioria, são previsíveis e se enquadram naqueles para os quais a legislação pertinente

exige a execução prévia e quantitativamente e, principalmente, para a contratação dos mesmos; 3)

A previsão de que projetos com objetos mais específicos, que poderão exigir a utilização de todos

os demais itens constantes do Anexo III (Tabelas da Prefeitura), não pertinem ao sistema de

registro de preços. Outras irregularidades, referentes ao contrato, quais sejam: a) Seu objeto se

mostrou incompatível com os objetivos sociais da CET, em razão da contratação não se

relacionar com a operação do sistema viário, mas, sim, com a infraestrutura urbana; b) Ocorreu

vício na ata de registro de preços que o antecedeu, além de utilizar esta de forma extrapolada,

desrespeitando as estimativas formuladas no procedimento licitatório, e da possibilidade de

execução de itens de serviços não licitados. Por primeiro, verifico que a questão central discutida

nos autos diz respeito à natureza do objeto licitado, que consistiu na contratação de serviços de

manutenção, reparo e complementação da infraestrutura urbana por meio da utilização do sistema

de registro de preços. Sobre esse assunto, a Lei Municipal nº 13.278, de 2002, em seu artigo 3º,

estabelece que 'O fornecimento de materiais em geral e a prestação de quaisquer serviços, em

ambos os casos, desde que habituais ou rotineiros, poderão ser contratados pelo sistema de

registro de preços'. Além disso, a lei define em seu artigo 2º, inciso II, o que pode ser entendido

como serviço de engenharia, a saber: 'Toda atividade técnica relacionada com obra, em que

predominem serviços profissionais sobre o fornecimento de materiais, como consertos, pequenos

reparos, serviços de limpeza ou manutenção de obras, além de trabalhos técnico-científicos, a

exemplo de projetos, laudos, pareceres, cuja execução exija atuação ou acompanhamento de

profissional sujeito a fiscalização do sistema CONFEA/CREA'. Merece destaque a defesa quando

afirma que 'as expressões habituais e rotineiros sugerem serviços de que se necessitam com

frequência, sempre ou durante um período mais prolongado. E nem tudo o que se realiza com

alguma frequência, repetidamente, é necessariamente simples, comum ou desprovido de

sofisticação que independa do domínio de alguma técnica ou ciência, como é o caso em testilha'.

Acresça-se, ainda, a lição do professor Celso Antonio Bandeira de Mello que assim se posiciona

quanto à nulidade dos atos administrativos: 'Não se decreta a nulidade se não houver

consequências jurídicas. Doutra parte, temos, ainda outro limite à invalidação dos atos

administrativos, qual seja, a ausência de lesão. É dizer, o ato invalidável não teria contaminado as

relações surgidas. Seria o famoso princípio assaz de vezes repetido reflexão suficiente: "pás de

nullite sans grief".' (Curso de Direito Administrativo, 25ª edição. São Paulo: Malheiros Editores,

2008, págs. 558-559) Em outras palavras, não se declarará nulo nenhum ato processual quando

este não causar prejuízo para a acusação ou para a defesa. Nesse sentido, cumpre observar por

derradeiro a ausência de comprovação de prejuízo ao Erário oriundo da conduta praticada pelo

agente público. Por todo o exposto, CONHEÇO do Recurso interposto por Dernal Oliveira dos

Santos e Ana Maria de Andrade em face do Venerando Acórdão de fls. 509-511 e, no mérito,

DOU-LHE PROVIMENTO para o fim de julgar regulares a Ata de Registro de Preços nº

002/SMSP/COGEL/2003 e o Contrato nº 26/2004, afastando, por consequência, a multa aplicada

aos agentes públicos responsáveis à época. Oficiem-se as partes para conhecimento e, após,

arquivem-se os autos. Este é meu voto, Senhor Presidente. (2.781ª S.O.) Voto em separado

proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Acompanho o Relator no que diz respeito ao

conhecimento dos recursos interpostos por Derval Oliveira dos Santos e Ana Maria de Andrade,

eis que preenchidos os requisitos de admissibilidade previstos nos artigos 138 a 140 do

Regimento Interno e no artigo 46 da Lei Orgânica, ambos deste Tribunal. No mérito, em

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consonância com voto por mim proferido à época do julgamento original do feito, considero que

as razões apresentadas pelos Recorrentes merecem ser acolhidas. Reitero meu entendimento,

contido no voto então proferido, no sentido de que não será adequado utilizar-se do registro de

preços para obra nova, todavia, não é possível afastar o sistema para as situações de manutenção

de infraestrutura instalada, em que a intervenção visa apenas recompor as condições originais,

seguindo o respectivo projeto que guiou a implantação, e sendo que a ideia de registro histórico

das demandas de manutenção aproxima-se da noção de habitualidade e rotina. De outra parte,

considerei que não há impropriedade no fato de constar na definição dos custos das soluções de

manutenção e restauração alguns itens de serviços, que, eventualmente, se apresentam também

em composições ou tabelas destinadas à contratação de obra nova, pois essa afirmação decorre da

lógica de que os serviços serão pertinentes na medida em que forem executados quando da

implantação de equipamento, e, se necessário for seu refazimento ou recomposição para fins de

manutenção, esses itens deverão ser novamente utilizados para tal finalidade. Em relação à

alegação de complexidade quanto a serviço de engenharia, considero não ser por outra razão que

os órgãos responsáveis pela malha rodoviária do país têm, em seus acervos técnicos, os

denominados álbuns de projetos "padrão", com todos os elementos típicos que compõem a

infraestrutura da malha viária para fins de conservação, manutenção e restauração, como também

as composições de custos de serviços relacionados a esses projetos padronizados. Face aos

argumentos constantes das razões de defesa apresentadas, sustento o entendimento de

possibilidade de se contratar o objeto por meio de ata de registro de preços, uma vez que habituais

e rotineiros, e que os serviços foram necessários para atendimento do serviço público de

transporte em região carente, haja vista o grande fluxo de passageiros na região da Estrada do

Campo Limpo. Feitas estas considerações, no mérito, DOU PROVIMENTO, aos recursos

interpostos a fim de considerar regular a Concorrência nº 17/SMSP/COGEL/2002, as Atas dela

decorrentes e o Contrato nº 10/2003, e em consequência afasto a multa aplicada aos recorrentes.

(2.781ª S.O.) Voto desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam

os autos do TC 1.218/05 da análise dos recursos de Dernal Oliveira dos Santos e Ana Maria de

Andrade interpostos contra o Acórdão38

que julgou irregulares a Ata de Registro de Preços nº

2/COGEL/2003 e o Contrato 26/2004 firmado entre a Companhia de Engenharia de Tráfego e

Araguaia Engenharia Ltda., visando a manutenção, reparos, pavimentos, sistemas de drenagem,

revitalização e obras complementares ao longo da Estrada do Campo Limpo, com aceitação dos

efeitos financeiros e aplicação de multa ao ordenador da Despesa, em razão do não

enquadramento dos serviços na categoria de "comuns e de uso rotineiro", ante a previsibilidade na

necessidade dos serviços e também pela exigência de projeto básico mais específico, não

pertinente ao sistema de registro de preços. O Conselheiro Relator João Antonio conheceu dos

recursos e, no mérito, deu-lhes provimento para tornar regular a ata de registro de preços e o

contrato, afastando, por conseguinte, a multa aplicada aos Ordenadores de Despesa, no que foi

acompanhado pelo Conselheiro Maurício Faria. Divergiu o Conselheiro Revisor Vice-Presidente

Roberto Braguim que conheceu dos recursos e negou-lhes provimento, sendo acompanhado pelo

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei. Registrado o empate, e consoante disposição legal,

profiro o VOTO DE DESEMPATE. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de

Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, e em

coerência com o voto por mim proferido em sede de julgamento original, acompanho a corrente

perfilhada pelos Conselheiros Roberto Braguim e Domingos Dissei, restando assim, por maioria

de votos, NEGADO PROVIMENTO AOS RECURSOS, mantendo-se o Acórdão recorrido por

seus próprios fundamentos. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Relator,

Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia

38

Relator Edson Simões.

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Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 03 de dezembro

de 2014. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Roberto Braguim – Conselheiro Revisor

prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do

artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." – CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE

ROBERTO BRAGUIM – 1) TC 926.09-06 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e

Consórcio Mananciais – Concorrência 07/2008-Sehab – Contrato 028/2008-Sehab R$

144.367.891,04 – Execução dos serviços e obras do lote 7 do Programa de Saneamento, Proteção

Ambiental e Recuperação da Qualidade das Águas em áreas degradadas de manancial hídrico das

Bacias Guarapiranga e Billings 2) TC 917.09-07 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e

Consórcio Mananciais – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato

028/2008-Sehab, cujo objeto é a execução de serviços e obras do Lote 7 do programa de

saneamento, proteção ambiental e recuperação da qualidade das águas em áreas degradadas de

manancial hídrico das Bacias Guarapiranga e Billings, está sendo executado de acordo com as

normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 3) TC

346.98-03 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Consórcio OAS/Construbase – TAs

8º/2000 (adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação de prazo), 9º/2000 R$

12.888.147,47 (alterações do "caput", da redação da Cláusula Primeira e do valor do contrato,

adoção de planilhas orçamentárias e de cronograma físico-financeiro), 10º/2000 (adoção de

planilhas orçamentárias e de cronograma físico-financeiro), 11º/2000 (alteração da denominação

social da consorciada e adoção de cronograma físico-financeiro), 12º/2000 (adoção de planilhas

orçamentárias), 13º/2001 (adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação de prazo),

14º/2001 (adoção de planilhas orçamentárias) 15º/2002 (adoção de planilhas orçamentárias e de

cronograma físico-financeiro), 16º/2002 (adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação

de prazo), 17º/2003 (adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação de prazo), 18º/2004

(adoção de cronograma físico-financeiro e de planilhas orçamentárias e prorrogação de prazo),

19º/2004 (adoção de cronograma físico-financeiro e de planilhas orçamentárias e prorrogação de

prazo), 20º/2005 (adoção de cronograma físico-financeiro e prorrogação de prazo), relativos ao

Contrato 33/97-Sehab/BID, no valor de R$ 52.980.153,06, julgado em 18/1/2006 – Urbanização e

verticalização de favelas compreendendo serviços de terraplenagem, microdrenagem,

macrodrenagem, água, esgoto, pavimentação e edificações habitacionais no Município de São

Paulo, nas Favelas: Heliópolis/José Paulino dos Santos. "O Conselheiro Roberto Braguim –

Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o

artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os

citados processos, o que foi deferido." (Certidões) – CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA –

1) TC 1.455.11-23 – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento – Verificar a

regularidade do Edital de Concorrência 02/SES/2011, cujo objeto é prestação de serviços técnicos

especializados para a elaboração de projetos especiais, supervisão técnica, desenvolvimento

tecnológico e apoio ao planejamento orçamentário e às ações, para a melhoria do Sistema de

Iluminação Pública do Município de São Paulo, contemplando a Copa do Mundo de Futebol de

2014, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito 2) TC 331.12-66 – Secretaria

Municipal de Serviços – SMS e Consórcio SP-Luz – Concorrência 06/SES/2011 – Contrato

06/SES/2011 R$ 433.794.099,16 – Prestação de serviços técnicos especializados de manutenção

e ampliação, considerados os serviços de eficientização e remodelação, com fornecimento de

material, para o sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo (Tramita em conjunto

com o TC 2.243.11-90). "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos

do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte,

adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 3) TC

478.11-93 – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU e Fundação Centro

TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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Tecnológico de Hidráulica – FCTH – Contrato 008/2010-SMDU R$ 4.117.977,60 – Prestação de

serviços de consultoria técnica especializada para a elaboração de plano municipal de gestão do

sistema de águas pluviais e de assessoria técnica especializada para o acompanhamento dos

programas de drenagem para bacias prioritárias e hierarquização de obras de drenagem 4) TC

479.11-56 – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU e Fundação Centro

Tecnológico de Hidráulica – FCTH – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o

Contrato 008/2010 – SMDU (R$ 4.117.977,60), cujo objeto é a prestação de serviços de

consultoria técnica especializada para a elaboração de Plano Municipal de Gestão do Sistema de

Águas Pluviais e de Assessoria Técnica especializada para o acompanhamento dos programas de

drenagem para bacias prioritárias e hierarquização de obras de drenagem, está sendo executado de

acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no

ajuste. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do

artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte,

adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 5) TC

5.939.99-83 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construtora Queiroz Galvão S.A. – TAs

001/2003 R$ 7.917.750,00 (acréscimo de serviços e do valor contratual e alteração do valor

contratual), 002/2004 R$ 3.958.875,00 (aprovação do preço unitário definitivo para os serviços

do Termo de Aditamento 01, retificação de cláusulas do aditamento 01, prorrogação do prazo e

alteração do valor contratual) e 003/2004 R$ 3.958.875,00 (prorrogação do prazo contratual,

inclusão de cláusula resolutiva e alteração do valor contratual), relativos ao Contrato

10/Limpurb/99, no valor de R$ 34.273.897,20 julgado em 30/8/2000 – Prestação de serviços de

destinação final de resíduos sólidos inertes (terra, entulho e outros) compreendendo as atividades

de recebimento, espalhamento, preparo e disposição final dos resíduos inertes coletados no

Município de São Paulo, bem como monitoramento e manutenção do respectivo aterro, na área

localizada na Avenida Itaquera, 1001 6) TC 6.266.99-70 – Secretaria Municipal de Infraestrutura

Urbana e Obras – Siurb e Este Reestrutura Engenharia Ltda. – Contrato 010/SVP/1999 R$

1.275.141,33 – Execução, em regime de emergência, das obras de recuperação de galeria de águas

pluviais na Rua André Gouveia, no trecho entre a Rua Nilo e a Avenida Armando Ferrentini, com

extensão aproximada de 300 metros 7) TC 3.083.05-03 – Secretaria Municipal de Serviços –

SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato 01/SES/05 R$ 35.973.227,92 – Serviços

indivisíveis e complementares de limpeza de vias e logradouros públicos resultantes dos serviços

prestados nas áreas pertencentes ao Agrupamento I 8) TC 3.084.05-76 – Secretaria Municipal de

Serviços – SES e Júlio Simões Transportes e Serviços Ltda. – Contrato 02/SES/05 R$

5.395.475,01 – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento II 9) TC 3.085.05-39 – Secretaria Municipal

de Serviços – SES e Qualix Serviços Ambientais Ltda. – Contrato 03/SES/05 R$ 17.622.717,51

est. – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e logradouros

públicos, pertencentes ao Agrupamento III 10) TC 3.086.05-00 – Secretaria Municipal de

Serviços – SES e Construtora Queiroz Galvão S.A. – Contrato 04/SES/05 R$ 16.868.758,74 –

Serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento IV 11) TC 3.087.05-64 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Enob

Ambiental Ltda. – Contrato 05/SES/05 R$ 5.803.231,13 est. – Execução dos serviços indivisíveis

e complementares de limpeza de vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento V

12) TC 3.088.05-27 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Cliba Ltda. – Contrato

06/SES/05 R$ 17.402.815,53 – Serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento VI 13) TC 3.089.05-90 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Construtora Marquise S.A. – Contrato 07/SES/05 R$

10.817.039,86 – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento VII 14) TC 3.090.05-79 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato 08/SES/05 R$

7.663.001,12 est. – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento VIII 15) TC 3.091.05-31 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e SPL – Construtora e Pavimentadora Ltda. – Contrato 09/SES/05

R$ 8.132.382,79 est. – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento IX 16) TC 1.928.06-16 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Enob Ambiental Ltda. – Contrato 018/SES/06 R$ 3.321.036,44

est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares, rotineiros e não

rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento V,

compreendendo as Subprefeituras Jabaquara, Vila Mariana e Santo Amaro 17) TC 1.929.06-89 –

Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construtora Queiroz Galvão S.A. – Contrato

017/SES/06 R$ 13.105.103,86 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e

complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento IV, compreendendo as Subprefeituras Casa Verde/Cachoeirinha, Freguesia do

Ó, Jaçanã/Tremembé, Pirituba, Perus e Santana/Tucuruvi 18) TC 1.930.06-68 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato 014/SES/06 R$

26.622.461,49 – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares, rotineiros

e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento I,

compreendendo as Subprefeituras Sé, Lapa e parte da Mooca 19) TC 1.931.06-20 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Júlio Simões Transportes e Serviços Ltda. – Contrato 015/SES/06

R$ 3.321.861,76 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares,

rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento

II, compreendendo as Subprefeituras Aricanduva, Vila Formosa, Carrão e parte da Mooca 20)

TC 1.932.06-93 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Qualix Serviços Ambientais Ltda. –

Contrato 016/SES/06 R$ 14.689.336,49 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais

e complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento III, compreendendo as Subprefeituras: Cidade Ademar, Campo Limpo, Capela

do Socorro, Santo Amaro, M'Boi Mirim, Parelheiros e Pinheiros 21) TC 1.962.06-54 –

Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construfert Ambiental Ltda. – Contrato 019/SES/06 R$

13.083.506,16 – TA 01/2006 (alteração da cláusula décima primeira da vigência do contrato) e

TA 02/2006 (rescisão contratual) – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e

complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento VI, compreendendo as Subprefeituras Ermelino Matarazzo, Guaianases,

Itaquera, São Miguel Paulista, São Mateus, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista 22) TC 1.963.06-

17 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construtora Marquise S.A. – Contrato 020/SES/06

R$ 7.399.014,69 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares,

rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento

VII, compreendendo as Subprefeituras Pinheiros e Butantã 23) TC 1.964.06-80 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato 021/SES/06 R$

5.835.394,49 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares,

rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento

VIII, compreendendo as Subprefeituras Ipiranga e Vila Prudente/Sapopemba 24) TC 1.965.06-42

– Secretaria Municipal de Serviços – SES e SPL Construtora e Pavimentadora Ltda. – Contrato

022/SES/06 R$ 5.315.547,46 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e

complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento IX, compreendendo as Subprefeituras Vila Maria/Vila Guilherme, Penha e

Ermelino Matarazzo 25) TC 3.505.03-60 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e

TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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Obras – Siurb e Trajeto Construções e Serviços Ltda.– Concorrência 006/Geprocav/2000 –

Contrato 042/Siurb/2001 R$ 1.810.050,29 e TAs 137/2002 (prorrogação de prazo), 177/2002

(prorrogação de prazo), 010/2003 (prorrogação de prazo) e 056/2003 R$ 450.647,11 (reforço do

valor contratual e vinculação de recursos para pagamento de reajuste) – Serviços de implantação

de áreas verdes em seis áreas nas Bacias dos Córregos Franquinho, Aricanduva, Machado e

Caguaçu. "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172,

inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do

prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 26) TC 2.113.09-60 –

Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – Sempla e Josilane Slaviero &

Filhos Ltda. sucedida pela Brasilincorp Empreendimentos Ltda. – Certidões

01/2009/SMDU/CTLU e 06/2009/SMDU/CTLU – Alteração dos índices e características de uso

e ocupação do solo do imóvel localizado na rua Diogo Moreira nºs 75 e 87 – Operação Urbana

Faria Lima 247-FL. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos

termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta

Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 27)

TC 1.281.11-44 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Ação Comunitária Tiradentes –

Convênio 252/SME/2009 – RP R$ 814.052,30 – Atendimento às crianças por meio do Centro de

Educação Infantil/Creche, segundo as diretrizes técnicas da Secretaria Municipal de Educação e

de acordo com o Plano de Trabalho aprovado pela Diretoria Regional de Educação 28) TC

2.769.06-40 – Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP – Denúncia formulada por

servidores do Serviço Funerário contra possíveis irregularidades ocorridas com a mudança de

endereço do Departamento Técnico de Administração e Finanças da Autarquia (Tramita em

conjunto com o TC 3.758.06-69) 29) TC 3.758.06-69 – Serviço Funerário do Município de São

Paulo – SFMSP – Correspondência encaminhada a este Tribunal por funcionários do Serviço

Funerário sobre a denominada "Operação Abafa", relativa a irregularidades referentes ao contrato

da Autarquia com a Empresa Assist Telefônica S.A. (Tramita em conjunto com o TC 2.769.06-

40) 30) TC 2.935.11-84 – Caio Júlio César Brandão Pinto – Secretaria Municipal de

Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Representação interposta em face das Concorrências

030/2011/Siurb, cujo objeto é o registro de preços para prestação de serviços de conservação e

melhorias da malha viária, incluindo drenagem, microfresagem, microrevestimento, reciclagem

de materiais provenientes de resíduos sólidos da construção civil e/ou aqueles dos serviços de

fresagem de pavimento asfáltico com espuma de asfalto, demolições e demais serviços

pertinentes; 031/2011/Siurb, cujo objeto é o registro de preços para prestação de serviços pontuais

de conservação em vias públicas pavimentadas, ruas de terra e serviços complementares;

032/2011/Siurb, cujo objeto é o registro de preços para prestação de serviços de manutenção de

pavimentos rígidos de concreto de cimento "portland" em vários dispositivos e sistemas viários

da Cidade e 033/11/Siurb, cujo objeto é o registro de preços para prestação de serviços de

manutenção e conservação de obras de arte especiais da Cidade de São Paulo 31) TC 595.10-76

– Secretaria Municipal de Educação – SME e Comatic Comércio e Serviços Ltda. – Contrato

146/SME/2009 R$ 1.070.128,80 – Contratação, por emergência, com base no artigo 24, inciso IV

combinado com o artigo 26 da Lei Federal 8.666/93, de empresa especializada na prestação de

serviços de conservação e limpeza de instalações prediais, áreas internas e externas, inclusive

áreas verdes, tratamento de piscinas e serviço de copa para o CEU Capão Redondo 32) TC

173.98-97 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Erevan Engenharia Ltda. – TAs

5º/2000 (prorrogação de prazo e adoção de cronograma físico-financeiro) e 6º/2000 (adoção de

planilha orçamentária) relativos ao Contrato 032/97-Habi, no valor de R$ 18.005.938,41, julgado

em 18/4/2001 – Execução das obras de construção de 1.014 unidades habitacionais nos setores 1,

2, 3 e 4 e execução das obras de infraestrutura urbana nos setores 1, 2, 3, 4 e 5 na área

TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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denominada Inácio Monteiro, localizada na Avenida Guilherme de Abreu Sodré, no Município de

São Paulo. "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo

172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento

do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) –

CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – 1) TC 2.096.11-68 – Consladel – Construtora, Laços

Detetores e Eletrônica Ltda. – São Paulo Obras – SP-Obras – Representação em face do Edital de

Pré-Qualificação 001/2011, cujo objeto é a pré-qualificação de empresas para a participação na

concorrência para a execução de complementação das obras do Largo da Batata e entorno, para a

reforma do sistema viário existente, compreendendo os serviços de pavimentação, drenagem,

passeios e iluminação pública, galerias técnicas enterradas para instalações elétricas, hidráulicas e

demais utilidades, execução de praças, serviços necessários para a conclusão do terminal

intermodal de ônibus e de garagem subterrânea, bem como a execução de todos os serviços de

urbanização, reforma do sistema viário, enterramentos de redes aéreas, drenagem, iluminação

pública e demais melhorias projetadas no perímetro da Operação Urbana Faria Lima. "O

Conselheiro Domingos Dissei requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,

combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para

devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) – CONSELHEIRO JOÃO

ANTONIO – 1) TC 3.700.03-36 – Recursos "ex officio", da São Paulo Transporte S.A. –

SPTrans e de Gerson Luis Bittencourt interpostos contra a R. Decisão de 29/9/2010 – Relator

Conselheiro Antonio Carlos Caruso – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Fundação CPqD –

Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações – (Contrato 2003/072 R$

73.864,00) – Serviços de consultoria para avaliação pelo CPqD da especificação técnica utilizada

pela SPTrans no desenvolvimento e implantação dos módulos que compõem o Sistema de

Bilhetagem Eletrônica – Projeto Direcionador 2) TC 844.04-20 – Recursos da Procuradoria da

Fazenda Municipal – PFM e da São Paulo Transporte S.A. – SPTrans, interpostos contra o V.

Acórdão de 9/9/2009 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – São Paulo Transporte S.A. –

SPTrans e Cooperativa de Transportes Urbanos no Município de São Paulo – Cooturb – Serviços

de operação de transporte coletivo público de passageiros, na Modalidade Comum, na Cidade de

São Paulo 3) TC 845.04-93 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e da São

Paulo Transporte S.A. – SPTrans interpostos contra o V. Acórdão de 9/9/2009 – Relator

Conselheiro Eurípedes Sales – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Cooperativa de Transporte

Urbano de Passageiros – Intercoop – Serviços de operação de transporte coletivo público de

passageiros, na Modalidade Comum, na Cidade de São Paulo 4) TC 2.468.07-24 – Secretaria

Municipal de Transportes – SMT – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Denúncia referente à

suposta formação de quadrilha, organizada, envolvendo a Secretaria Municipal de Transportes –

SMT e a São Paulo Transporte S.A. – SPTrans (Tramita em conjunto com o TC 2.700.07-24) 5)

TC 2.700.07-24 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Inspeção para obter informações

relativas aos prontuários e relatórios de frequência dos servidores Lúcia de Fátima Por e Luiz

Henrique Darde, com o fim de atender à determinação constante do processo TC 2.468.07-24

(Tramita em conjunto com o TC 2.468.07-24) 6) TC 1.295.08-53 – São Paulo Transporte S.A. –

SPTrans – Inspeção para verificar o poder discricionário na aplicação de multas aos operadores

do Sistema Municipal de Transporte Público de Passageiros, a fim de apurar denúncia objeto do

TC 2.468.07-24 7) TC 1.296.08-16 – São Paulo Transporte S.A.– SPTrans – Inspeção para

efetuar o levantamento dos contratos firmados pela Secretaria Municipal de Transportes – SMT,

São Paulo Transportes S.A. – SPTrans e Companhia de Engenharia de Tráfego – CET com as

empresas Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente – Idelt e Trends

Engenharia e Tecnologia, a fim de apurar a denúncia objeto do processo TC 2.468.07-24 8) TC

1.297.08-89 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Auditoria – Verificação de notícia de

TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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superfaturamento e medições distorcidas nos contratos relacionados ao "Fura Fila", a fim de

apurar denúncia objeto do TC 2.468.07-24 9) TC 1.534.08-00 – São Paulo Transporte S.A. –

SPTrans e Construtora Queiroz Galvão S.A. – Concorrência 008/1997 – Contrato 2000/008 R$

24.296.307,62 e TAs 01/2003 (red. de R$ 7.836.068,38 – nova planilha de serviços e preços;

inclusão de item de atualização dos preços com índice de 100,22%; inclusão e alterações de

reajuste, recursos e pagamentos, autorização de subcontratação de detalhamento de projeto e

assistência técnica à obra), 02/2004 (prorrogação de prazo), 03/2004 R$ 1.328.160,71

(prorrogação de prazo, acréscimo de 8,07% ao valor do TA 01 e garantia de 5% do valor

atualizado deste TA), 04/2004 (prorrogação de prazo) e Termo de Recebimento Definitivo s/nº de

20/12/2006 – Execução de obras de readequação do Sistema Viário para implantação do Corredor

de Transporte Coletivo Rio Bonito – Trecho V, rua Laudelino Luz ao terminal Santo Amaro e

implantação da Estação de Transferência Vitor Manzini referente ao Programa de Corredores e

Terminais de Integração para a Cidade de São Paulo 10) TC 218.12-53 – Secretaria Municipal de

Educação – SME e Administração e Restaurantes de Empresas Ltda. – ERJ – Pregão Presencial

12/SME/DME/2011 – Contrato 66/SME/DME/2011 R$ 13.981.716,00 e TA 01 R$ 7.119,00

(acréscimo contratual, inclusão de 01 posto de serviço nas EMEFs CEU Parque Anhanguera,

CEU Jaguaré e Professor Gabriel Prestes, aumentando o número de postos de serviço do contrato

para 494; percentual do acréscimo 0,61% em relação ao valor mensal inicial do contrato,

passando para R$ 1.172.262,00) – Serviços de preparo e distribuição de alimentação balanceada e

em condições higiênico-sanitárias adequadas, aos alunos regularmente matriculados na rede

municipal de ensino, compreendendo o fornecimento de mão de obra treinada para a execução de

todas as atividades de recebimento, armazenamento, higienização, pré-preparo, preparo e

distribuição de alimentação, bem como a higienização de equipamentos, utensílios e instalações

das cozinhas, lactários e despensas das Unidades Educacionais; a execução de serviços de

manutenção preventiva e corretiva das instalações das cozinhas, lactários e despensas das

Unidades Educacionais, nas áreas de hidráulica, elétrica e alvenaria, com fornecimento de mão de

obra e material 11) TC 541.07-41 – Secretaria Municipal de Cultura – SMC e Associação de

Apoio à Arte e Comunicação – Arco – Termo de Colaboração 004/2004 – Acompanhamento da

Execução do Termo de Colaboração – Implantação de Complexo Cultural no Polo Cultural

Galeria Olido (Tramita em conjunto com os TCs 543.07-77 e 3.799.05-65) 12) TC 543.07-77 –

Secretaria Municipal de Cultura – SMC e Articultura Comunicação Ltda. – Contrato 13/2003 R$

308.830,00 e TA 38/2004 (alteração nos subitens 3.1 e 4.1.2 do instrumento contratual) –

Acompanhamento da Execução do Contrato e do TA – Prestação de serviços de consultoria para

o planejamento e implementação de um Centro Cultural, no Edifício Olido, sede da Secretaria

(Tramita em conjunto com os TCs 541.07-41 e 3.799.05-65) 13) TC 3.799.05-65 – Secretaria

Municipal de Cultura – SMC – Inspeção – Apuração de denúncia acerca de indícios e evidências

de irregularidades na Secretaria Municipal de Cultura, quanto a desmandos administrativos e

desvios orçamentários, efetuados na gestão da Prefeita Marta Suplicy, nos exercícios anteriores

(Tramita em conjunto com os TCs e 541.07-41 e 543.07-77) 14) TC 2.091.07-68 – Secretaria

Municipal de Transportes – SMT e Engebrás S.A. – Indústria, Comércio e Tecnologia de

Informática – Contrato 04/06-SMT R$ 3.000.000,00 – Prestação de serviços de fiscalização

automática de trânsito com equipamento/sistema fixo 15) TC 3.210.06-00 – Secretaria

Municipal de Transportes – SMT e Engebrás S.A. – Indústria, Comércio e Tecnologia de

Informática – Contrato 26/06-SMT R$ 2.519.940,00 e TA 01/2006 (inclusão de Cláusula Décima

Oitava – da Garantia do Contrato) – Prestação de serviços de fiscalização automática de trânsito,

com equipamento/Sistema fixo 16) TC 2.957.05-79 – Secretaria Municipal de Educação – SME

e Fundação Getúlio Vargas – FGV – Contrato 032/SME-G/2003 R$ 21.853.000,00 e TA

036/SME/2004 (alteração do cronograma constante da proposta de serviços para

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operacionalização do Sistema de Gestão Escolar – Escola On Line) – Serviços consistentes na

contribuição para a melhoria da qualidade do processo pedagógico e de gestão das Escolas

Públicas da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, através do incremento do uso da tecnologia

da informação e de instrumentos que envolvam a rotina das escolas, Coordenadorias de Educação

e Secretaria da Educação (Tramita em conjunto com o TC 3.751.05-39) 17) TC 3.751.05-39 –

Secretaria Municipal de Educação – SME e Fundação Getúlio Vargas – FGV – Acompanhamento

– Execução Contratual – Verificar se o Contrato 032/SME-G/2003 (R$ 21.853.000,00), cujo

objeto é a execução de serviços consistentes na contribuição para a melhoria da qualidade do

processo pedagógico e de gestão das Escolas Públicas da Rede Municipal de Ensino de São

Paulo, através do incremento do uso da tecnologia da informação e de instrumentos que

envolvam a rotina das escolas, Coordenadorias de Educação e Secretaria da Educação, está sendo

executado conforme pactuado, analisando inclusive a regularidade, a eficiência, a eficácia da

aplicação do recurso, em atendimento ao requerimento 007/2005 do Gabinete do Vereador

Aurélio Nomura (Tramita em conjunto com o TC 2.957.05-79) 18) TC 2.716.04-11 – Secretaria

Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Este Reestrutura Engenharia Ltda. –

Concorrência 012/03/Siurb – Contrato 004/2004 R$ 6.412.207,84, Tº de Retirratificação 25/2004

(retificação do Contrato e atualização do valor contratado para R$ 6.570.439,38), TAs 127/2005

(anulação do termo de Retirratificação nº 025/2004, restabelecimento da cláusula V do Contrato e

Retificação do item 1 da cláusula VII do Contrato), 002/2006 (prorrogação de prazo) e 066/2006

(prorrogação de prazo) – Obras de recuperação e reforço da galeria de águas pluviais da Rua

Ouvidor Peleja, no trecho entre a Rua Juréia e a Avenida Dr. Ricardo Jafet 19) TC 1.073.04-06 –

Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Jofege Pavimentação e

Construção Ltda. – Concorrência 010/02/Siurb – Contrato 063/Siurb/2003 R$ 4.266.349,41, Tº

de Retirratificação 168/2004 (retificação da cláusula VIII do contrato (cronograma), cláusula 7 do

"anexo 1" das condições gerais do contrato – P.G. II (prazo e cronograma) e cláusula VI do

contrato (reajustamentos), TAs 098/2005 (suspensão do contrato por 120 dias, a contar de

22/9/2005 até 19/1/2006) e 012/2006 (suspensão do contrato por 120 dias, a contar de 20/1/2006

até 19/5/2006) – Obras de recuperação e reforço do Viaduto Beneficência Portuguesa 20) TC

5.297.03-16 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio

JMR/Hidrostúdio – Contrato 026/Siurb/2003 R$ 2.352.242,80, Termo de Retirratificação

189/2003 (retificação do objeto do contrato 026/Siurb/2003) e TA 188/2004 R$ 274.880,22

(aprovação de preços e inclusão de serviços) – Serviços técnicos especializados, relativos à

elaboração de projetos básicos e executivos da microdrenagem do córrego Anhangabaú, no trecho

compreendido entre a cabeceira e a foz (Tramita em conjunto com o TC 5.298.03-89) 21) TC

5.298.03-89 – Empresa Municipal de Urbanização – Emurb (atual São Paulo Urbanismo/São

Paulo Obras – SP-Urbanismo/SP-Obras) – Acompanhamento do procedimento licitatório

Concorrência 000100100, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos especializados relativos à

elaboração de Projetos Básicos e Executivos da Macrodrenagem do Córrego Anhangabaú, no

trecho compreendido entre a cabeceira e a foz (Tramita em conjunto com o TC 5.297.03-16) 22)

TC 42.04-39 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Fundação Escola

de Sociologia e Política de São Paulo – Fesp-SP – Contrato 033/Siurb/2003 R$ 1.731.377,50 –

Prestação de serviços técnicos especializados para desenvolvimento de instrumentos, processos,

normas e procedimentos para reorganização técnica, administrativa e de gestão de informação do

Departamento de Controle de Uso de Vias Públicas – Convias 23) TC 1.386.04-83 – Secretaria

Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Jofege Pavimentação e Construção Ltda. –

Concorrência 7/02/Siurb – Contrato 058/Siurb/2003 R$ 7.273.889,32 e Termo de

Retirratificação 164/2004 (retificação da Cláusula VIII do Contrato; Cláusula 7 do Anexo1 – Das

Condições Gerais do Contrato – P.G. II [prazo e cronograma] e Cláusula VI do Contrato

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[reajustamentos]) – Execução de obras de recuperação e reforço do Viaduto Bandeirantes 24) TC

2.978.05-49 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Fundação Instituto de Administração –

FIA – Contrato 03/04 R$ 6.433.000,00 e TA 04/04 (retificação da dotação orçamentária para

16.10.12.122.0304.2851.3.3.90.39.00, item 4.4 do Contrato) – Serviços de assessoria para

planejamento e coordenação das atividades de implementação dos CEUs, elaboração de plano de

ação e de seu monitoramento por uma Sala de Situação 25) TC 4.342.06-86 – Secretaria

Municipal de Educação – SME e Instituto "Tomie Ohtake" – Contrato 66/SME-G/2004 R$

695.027,41 – Prestação de serviços consistentes na formação de profissionais da educação para o

Projeto "Vivências Culturais para Educadores – Aprofundamento" (Tramita em conjunto com o

TC 3.940.06-92) 26) TC 3.940.06-92 – Ministério Público do Estado de São Paulo – Solicitação

de informações acerca da análise do Contrato 66/SME-G/2004 (R$ 695.027,41), firmado entre a

Secretaria Municipal de Educação – SME e o Instituto "Tomie Ohtake", cujo objeto é a prestação

de serviços consistentes na formação de profissionais da educação para o Projeto "Vivências

Culturais para Educadores – Aprofundamento" (Tramita em conjunto com o TC 4.342.06-86) 27)

TC 2.104.06-27 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Banco VR S.A. – Pregão

Presencial 24/2004 – Contrato 09/2005 R$ 27.371.665,20 – Serviços de alimentação coletiva para

o fornecimento e a administração de documentos de legitimação (cartão eletrônico/magnético)

para utilização pelos empregados, estagiários e participantes de projetos sociais da Companhia em

restaurantes e estabelecimentos similares credenciados no Município de São Paulo e Grande São

Paulo 28) TC 5.338.04-82 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e

Soebe Construção e Pavimentação Ltda. – Concorrência 004/03/Siurb – Contrato 017/2004/Siurb

R$ 3.237.155,68, TA 134/2004 R$ 432.825,44 (exclusão do trecho entre as estacas 500 e 510,

inclusão das obras relativas ao piscinão "Pedreira São Mateus" e processo executivo da

canalização, aprovação de preço extracontratual e reforço do valor contratual), Termo de

Retirratificação 160/2004 R$ 3.000,00 (retificação do termo de aditamento do reforço do valor

contratual, passando de R$ 432.825,44 para R$ 435.825,44), TAs 22/2005 (suspensão contratual

pelo prazo de 120 dias compreendendo o período de 3/4/2005 a 31/7/2005) e 69/2005 (retomada

das obras, prorrogação de prazo (240 dias) e concessão de recursos) e Termo de Retirratificação

145/2005 (retificação do item 1 da cláusula VI do Contrato) – Execução das obras de canalização

do córrego Itaquera e construção de duas passarelas para pedestres, no trecho compreendido entre

a Rua Valentim Lemos e a Rua Benedito Leite de Ávila (estrada de ferro) – em torno do CEU

Jambeiro – inclusive Projeto Executivo 29) TC 2.981.05-53 – Secretaria Municipal de Educação

– SME e Núcleo Assistencial à Criança Excepcional Mundo Encantado – Naceme – Convênio

057/2002 R$ 666.470,40, TA 012/03 R$ 17.052,27 (alteração da quantidade atendida), TA s/nº de

2004 R$ 858.109,20 (prorrogação de prazo de 29/4/2004 a 31/12/2004), TAs 016/2004 R$

277.829,46 (alteração de cláusulas e de valor per capita) e 050/2004 R$ 134.680,00 (alteração da

quantidade atendida) – Atendimento, na área educacional, a portadores de deficiência física e/ou

mental nos níveis leve, moderado e severo, na faixa etária de 2 a 37 anos 30) TC 3.497.03-34 –

Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da Secretaria Municipal de Transportes

– SMT e de Jilmar Tatto em face do V. Acórdão de 29/8/2007 – Relator Conselheiro Roberto

Braguim – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e São Paulo Transporte – SPTrans –

Serviços especializados de gerenciamento, fiscalização, administração e engenharia de transporte,

voltados ao Sistema de Transporte Público de Passageiros, no âmbito do Município de São Paulo

(Contrato 07/2003-SMT.Gab R$ 16.105.000,00, TAs 01/2003 R$ 14.314.629,00, 02/2003 R$

27.865.618,00 e 03/3003 R$ 14.000.000,00). "O Conselheiro João Antonio – Revisor requereu

ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do

Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi

deferido." (Certidões) 31) TC 1.031.14-20 – Provac Serviços Ltda. – São Paulo Turismo S.A. –

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SPTuris – Representação em face do Pregão Eletrônico 115/2013, cujo objeto é a contratação de

empresa especializada em serviços de limpeza, asseio e conservação predial e de áreas verdes,

para a prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação predial e de áreas verdes, com

fornecimento de mão de obra (comum e especializada) em serviços gerais, materiais de higiene e

limpeza, equipamentos, ferramentas e utensílios para a limpeza em geral, ferramentas e

equipamentos para jardinagem, a fim de atender as especificações e planos de trabalho das áreas

internas e externas da SPTuris (Tramita em conjunto com o TC 624.14-04) 32) TC 624.14-04 –

São Paulo Turismo S.A. – SPTuris – Pregão Eletrônico 115/13 – Contratação de empresa

especializada em serviços de limpeza, asseio e conservação predial e de áreas verdes, para a

prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação predial e de áreas verdes, com

fornecimento de mão de obra (comum e especializada) em serviços gerais, materiais de higiene e

limpeza, equipamentos, ferramentas e utensílios para a limpeza em geral, ferramentas e

equipamentos para jardinagem, a fim de atender as especificações e planos de trabalho das áreas

internas e externas da SPTuris (Tramita em conjunto com o TC 1.031.14-20). "O Conselheiro

João Antonio requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com

o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os

citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 33) TC 2.996.09-54 – São Paulo Transporte

S.A. – SPTrans – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da Concorrência

006/2009, cujo objeto é a contratação de empresa para o fornecimento e instalação de abrigos,

quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito 34) TC 1.243.10-74 – São Paulo

Transporte S.A. – SPTrans e Coesa Construções e Comércio Ltda. – Concorrência 006/2009 –

Contrato 09/0537-01-00 R$ 1.357.755,00 – Fornecimento e instalação de abrigos 35) TC 14.10-

41 – São Paulo Transporte – SPTrans – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da

Concorrência 009/2009, cujo objeto é a contratação de empresa para desenvolvimento de projeto

básico das obras civis e sistemas de infraestrutura operacional necessários à implantação de linha

de monotrilho na Região Sudoeste da Cidade de São Paulo, quanto aos aspectos da legalidade,

formalidade e mérito 36) TC 1.585.11-39 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Consórcio

Consultor Planservi Engevix – Monotrilho – Concorrência 009/2009 – Contrato 09/0803-01-00

R$ 46.429.379,89 – Desenvolvimento de projeto básico das obras civis e sistemas de

infraestrutura operacional necessários à implantação de linha de monotrilho na região sudoeste da

cidade de São Paulo, que será realizado por execução indireta sob o regime de empreitada por

preços unitários 37) TC 444.07-95 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Instituto "Paulo

Freire" – Contrato 34/SME-G/2003 R$ 92.976,00 – Prestação de serviços consistentes na

assessoria para implementação do "Plano de Formação Continuada de Educadores de Jovens e

Adultos do Mova-SP" nos NAEs 8, 11 e 12 (Tramita em conjunto com o TC 3.939.06-03) 38)

TC 3.939.06-03 – Ministério Público do Estado de São Paulo – Solicitação de informações

acerca de análise do Contrato 34/SME/2003, cujo objeto é prestação de serviços consistentes na

assessoria para implementação do "Plano de Formação Continuada de Educadores de Jovens e

Adultos do Mova-SP" nos NAEs 8, 11 e 12 (Tramita em conjunto com o TC 444.07-95) 39) TC

2.907.02-58 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Sitran Sinalização de Trânsito

Industrial Ltda. – TAs 29/2003 (prorrogação de prazo), 34/2004 (prorrogação de prazo), 81/2004

(prorrogação de prazo), 50/2005 (redução do valor do contrato em R$ 1.452.688,00, em razão da

redução quantitativa do objeto originalmente contratado), 92/2005 (prorrogação de prazo),

88/2006 (prorrogação de prazo), 24/2007 (prorrogação de prazo) e 41/2007 (prorrogação de

prazo), referentes ao Contrato 104/2002, no valor de R$ 4.858.322,60, julgado em 13/12/2006 –

Prestação de serviços de manutenção corretiva de sinalização semafórica eletrônica (Tramita em

conjunto com o TC 2.722.07-67) 40) TC 2.722.07-67 – Companhia de Engenharia de Tráfego –

CET e Sitran Sinalização de Trânsito Industrial Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual

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– Verificar, por amostragem, o cumprimento das cláusulas do Contrato 104/2002 (R$

4.858.322,60), cujo objeto é a prestação de serviços de manutenção corretiva de sinalização

semafórica eletrônica (Tramita em conjunto com o TC 2.907.02-58) 41) TC 4.711.03-98 –

Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Acompanhamento – Verificar se

o edital da Concorrência 006/03/Siurb, cujo objeto é a contratação de obras necessárias à

Implantação do Sistema Viário para prolongamento da Avenida Radial Leste, foi elaborado de

acordo com os dispositivos legais (Tramita em conjunto com o TC 1.795.04-52) 42) TC

1.795.04-52 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio Viário

Radial Leste – Concorrência 006/03/Siurb – Contrato 050/Siurb/2003 R$ 141.980.001,07, TAs

036/04 R$ 12.380.154,61 (atualização do valor contratual) e 088/04 (aprovação de preços

extracontratuais) – Contratação de obras necessárias à implantação do Sistema Viário para

prolongamento da Avenida Radial Leste, desde Arthur Alvim até Guaianases (Tramita em

conjunto com o TC 4.711.03-98) 43) TC 1.009.10-47 – Recursos da Procuradoria da Fazenda

Municipal – PFM e da Secretaria Municipal de Finanças – SF interpostos contra o V. Acórdão de

1º/8/2012 (Contrato 002/2010 R$ 1.415.174,04 est.) – Relator Conselheiro Eurípedes Sales –

Secretaria Municipal de Finanças – SF e Paineiras Limpeza e Serviços Gerais Ltda. – Serviços de

limpeza, conservação, dedetização/desinsetização, desratização, limpeza de caixas d'água e

copeiragem com o fornecimento de mão de obra, saneantes domissanitários, incluindo o

fornecimento de papel higiênico, papel toalha e sabonete líquido para as mãos, materiais e

equipamentos, visando à obtenção de adequadas condições de salubridade e higiene 44) TC

250.10-02 – Recursos "ex officio" e de Alonso Antonio Lopez Silva interpostos contra a R.

Decisão de Juízo Singular de 13/4/2012 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria

Municipal de Habitação – Habi e Alonso Antonio Lopez Silva – Prestação de contas de

adiantamento bancário – novembro/2006 (R$ 176.200,00) 45) TC 829.10-85 – Recursos "ex

officio" e de Patrícia de Almeida interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 10/4/2012

– Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente –

SVMA – Patrícia de Almeida – Prestação de contas de adiantamento bancário – outubro a

novembro/2011 (R$ 7.980,00) 46) TC 1.549.10-94 – Recursos "ex officio" e de Darcy Gebara

Ramos Francisco interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 29/3/2012 – Julgador

Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Habitação – Habi e Darcy Gebara Ramos

Francisco – Prestação de contas de adiantamento bancário – julho/2008 (R$ 355.000,00) 47) TC

2.780.09-25 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal –PFM interpostos

contra a R. Decisão de Juízo Singular de 13/4/2012 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales –

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA – Mário Sérgio Alves da Cruz –

Prestação de contas de adiantamento bancário – junho/2007 (R$ 7.000,00) 48) TC 3.202.12-20 –

Secretaria Municipal de Cultura – SMC e Banco BTG Pactual – Banco BG Produções Culturais

Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Termo de Parceria 14/2012,

cujo objeto é estabelecer parceria, em comunhão de esforços e recursos, para a realização de 5

apresentações da Ópera Macbeth, de Giuseppe Verdi – ("Ópera"), que será executada pela BG,

está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as

cláusulas estabelecidas no ajuste 49) TC 605.07-22 – Secretaria Municipal de Educação – SME e

Instituto "Tomie Ohtake" – Contrato 021/SME-G/2002 R$ 3.747.618,94 e TA 13/03 (alteração

das cláusulas: Segunda que refere-se ao objeto e Terceira, que refere-se ao prazo de execução e

vigência, respectivamente, do Contrato) – Prestação de serviços que consistem na promoção e

coordenação cultural do evento denominado "Vivências Culturais para Educadores", englobando

inclusive a coordenação administrativa do evento (Acomp. TC 3.936.06-15) 50) TC 3.936.06-15

– Ministério Público do Estado de São Paulo – Solicitação de informações acerca da análise do

Contrato 021/SME-G/2002 (R$ 3.747.618,94), firmado entre a Secretaria Municipal de Educação

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– SME e o Instituto "Tomie Ohtake", cujo objeto é a prestação de serviços que consistem na

promoção e coordenação cultural do evento denominado "Vivências Culturais para Educadores",

englobando inclusive a coordenação administrativa do evento. "O Conselheiro João Antonio –

Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o

artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os

citados processos, o que foi deferido." (Certidões) Prosseguindo, o Presidente concedeu a

palavra aos Senhores Conselheiros e à Procuradoria da Fazenda Municipal se a solicitassem. Por

derradeiro, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para a Sessão Ordinária 2.785ª, bem

como para a Sessão Extraordinária 2.786ª, destinada ao julgamento do balanço da Companhia

São Paulo de Desenvolvimento de Mobilização de Ativos – SPDA, a realizarem-se no próximo

dia 10 de dezembro, a partir das 9 horas. Nada mais havendo a tratar, às 14 horas, o Presidente

encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim, Rodrigo Pupim

Anthero de Oliveira, _________________________, Secretário Geral, e assinada pelo Presidente,

pelos Conselheiros, pela Procuradora Chefe da Fazenda e pelo Procurador. São Paulo, 3 de

dezembro de 2014.

_______________________________ EDSON SIMÕES

Presidente

___________________________ ___________________________ ROBERTO BRAGUIM DOMINGOS DISSEI Vice-Presidente Corregedor

___________________________ ____________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Conselheiro Conselheiro

______________________________ MARIA HERMÍNIA P. P. S. MOCCIA

Procuradora Chefe da Fazenda

______________________________ JOEL TESSITORE

Procurador

LSR/amc/mfc/mcam/smvo/mo/am ATA DA 2.784ª SESSÃO (ORDINÁRIA)