tribunal de contas do município de são paulo nº 38 … · 2008-01-15 · próprios de...
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Nos dias 16, 17, 18 e 19
de outubro, foi realizado, no
plenário do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, o XI Seminário
Nacional do TCMSP, que tratou do tema
O Processo Civil Reformado. O evento, or-
ganizado pelo TCM em parceria com a Faculdade
Autônoma de Direito – FADISP, contou com a presença
de desembargadores e professores da Faculdade. O
objetivo foi contribuir para uma interpretação adequada das
matérias e conteúdos normativos atingidos pelas últimas reformas
do Código de Processo Civil.
X SEMINÁRIO DO TCMSP DEBATEU A PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOSAconteceu, no Tribunal de Contas do Município de São Paulo, nos dias 8, 9 e 10 de outubro, o X Seminário Nacional do TCMSP com o tema central Previdên-cia Social dos Servidores Públicos - Regimes e Gestão. A importância do evento, realizado em parceria com a ABIPEM e a APEPREM, foi destacada por todos os palestrantes, entre eles, renomados
especialistas na área, de várias partes do Brasil, representantes do Ministério da Previdência Social, do Poder Judiciário, de entidades previdenciárias e do meio acadêmico, com a presença de pro-fessores da USP, PUC e Mackenzie. Também estiveram presentes, representantes dos tribunais de contas dos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul e do Ministério Público de Contas do Tribunal de Contas do Distrito Federal. As propostas, críticas e resultados dos debates estarão contemplados na Carta de São Paulo, que será redigida em parceria com as entidades previdenciárias presentes no seminário, para posterior encaminhamento às autoridades compe-tentes, aos partici-pantes do evento e ao meio especiali-zado.
Tribunal de Contas do Município de São Paulo Nº 38 Setembro/Outubro - 2007
www.tcm.sp.gov.br
ISO 9001
SEMINÁRIOS NACIONAIS TCMSP
Escola de Contas convocou os alunos aprovados no processo seletivo para o curso de pós-graduação Lato Sensu em Administração Pública.
DIREITOPROCESSUAL
CIVIL FOI TEMADO XI SEMINÁRIO
NACIONAL DO TCMSP
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O conselheiro corregedor do TCM, Roberto Braguim, esteve na cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, para participar, nos dias 17 e 18 de outubro, do IV Encon-tro do Colégio de Corregedores dos Tribunais de Contas do Brasil
Durante o evento, o presiden-te da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRI-CON) e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Victor Faccioni, destacou o relevante papel das corregedorias. O presidente do Instituto Rui Barbosa e conselheiro de Tribunal de Contas de Santa Ca-tarina, Salomão Ribas, referiu-se aos principais objetivos desses órgãos, quais sejam, apurar irregularidades em processos analisados pelos tribu-nais e em procedimentos administra-tivos, bem como os desvios de condu-tas funcionais.
As conclusões do IV ECCOR foram contempladas na Carta de Flo-rianópolis, elaborada no final do en-contro, na qual constou o conteúdo a seguir.
CONSELHEIRO ROBERTO BRAGUIM PARTICIPOU DOENCONTRO DE CORREGEDORES EM FLORIANÓPOLIS
rias dos Tribunais de Contas do Bra-sil;
INCENTIVAR a implantação de Ouvidorias nos Tribunais de Contas, considerando sua importância como instrumento de controle social e fator de transparência na apuração dos fa-tos denunciados;
APOIAR o intercâmbio entre técnicos das Corregedorias e Ouvido-rias dos Tribunais de Contas Brasilei-ros;
DEMONSTRAR a preocupação com a efetividade das decisões das Cortes de Contas, mormente no que toca ao recolhimento dos débitos e multas imputados pelos Tribunais de Contas.
Florianópolis, 18 de outubro de 2007.”
No encerramento dos trabalhos, aconteceu a eleição do novo presi-dente do Colégio de Corregedores, Fernando Augusto Mello Guimarães - TCE/PR, em substituição a Fernan-do José de Melo Correia - do TCE/PE. Também foram eleitos os novos vice-presidente e secretário geral do Colé-gio, respectivamente, Severiano José de Aguiar - TCE/TO e Antônio Carlos de Andrada - do TCE/MG.
Os próximos encontros do Co-légio de Corregedores serão realiza-dos em março de 2008, na cidade do Rio de Janeiro - RJ, e em outubro do mesmo ano, na cidade de Belo Hori-zonte – MG.
“Carta de Florianópolis
O Colégio de Corregedores dos Tribunais de Contas do Brasil, reunido na cidade de Florianópolis, no Esta-do de Santa Catarina nos dias 17 e 18 de outubro de 2007, reafirmando a importância da sua efetiva atuação na busca pelo aperfeiçoamento das ações do controle externo da Admi-nistração Pública brasileira, decidiu, com vistas à uniformização e aprimo-ramento das atividades de correição dos Tribunais de Contas do Brasil, por unanimidade:
DESTACAR a importância da estreita interação entre as Corregedo-rias dos Tribunais de Contas do Brasil para o aperfeiçoamento das ações do controle externo da Administração Pública brasileira;
ENFATIZAR a relevância da busca da uniformização de procedi-mentos entre as diversas Corregedo-
N O T A S
O IV Eccor reuniu mais de 100 participantes de todo o país
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S E M I N Á R I O
X SEMINÁRIO DO TCMSP DISCUTIU A PREVIDÊNCIASOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS
O Tribunal de Contas do Mu-
nicípio de São Paulo reali-
zou, nos dias 8, 9 e 10 de
outubro, o X Seminário Nacional do
TCMSP com o tema central Previdên-
cia Social dos Servidores Públicos
- Regimes e Gestão. A importância
do evento, realizado em parceria com
a ABIPEM e a APEPREM, foi desta-
cada por todos os palestrantes, en-
tre eles, renomados especialistas na
área, de várias partes do Brasil (Rio
Grande do Sul, Distrito Federal, San-
ta Catarina, Rio de Janeiro, Paraná),
representantes do Ministério da Pre-
vidência Social, do Poder Judiciário,
de entidades previdenciárias e do
meio acadêmico, com a presença de
professores da USP, PUC e Macken-
zie. Também estiveram presentes, re-
presentantes dos tribunais de contas
dos estados de São Paulo e do Rio
Grande do Sul e do Ministério Público
de Contas do Tribunal de Contas do
Distrito Federal. As propostas, críti-
cas e resultados dos debates estarão
contemplados na Carta de São Paulo,
que será redigida em parceria com as
entidades previdenciárias presentes
no seminário, para posterior encami-
nhamento às autoridades competen-
tes, aos participantes do evento e ao
meio especializado.
O sistema previdenciário bra-
sileiro foi alvo de reformas constitu-
cionais recentes, que proporcionaram
significativas mudanças nos Regimes
Próprios de Previdência Social dos
Servidores Públicos – RPPS.
O secretário geral do TCE de São Paulo, Sérgio Ciquera Rossi, um dos palestrantes do seminário. A diretora do Departamento Pessoal do TCE de São Paulo,Marli Nascimento (à esq.), também ministrou palestra durante o evento
João Carlos Figueiredo, presidente da APEPREM e ABIPEM, associações parceiras no seminário sobre Previdência
O conselheiro do TCE do Rio Grande do Sul, Helio Saul Mileski, ao lado do presidente Antonio Carlos Caruso e do vice-presidente Edson Simões
�
S E M I N Á R I OAs alterações suscitam inúmeras
dúvidas, e o Tribunal, atento à pre-
mente necessidade de debates para
a superação dos desafios imediatos e
do aprimoramento do novo modelo de
previdência em construção no país,
abriu espaço para esse intercâmbio
tão necessário ao crescimento e ao
aperfeiçoamento das instituições pú-
blicas e privadas.
Foram três dias de evento, divi-
didos nos seguintes temas centrais,
respectivamente: “A Constituição e
a Previdência Social dos Servidores
Públicos”; “Regimes Próprios e Seus
Aspectos Polêmicos” e “Gestão Pre-
videnciária”.
A abertura do seminário
foi realizada pelo presidente do
TCM, Antonio Carlos Caruso, e pelo
presidente da ABIPEM - Associação
Brasileira de Instituições de
Previdência Estaduais e Municipais e
da Associação Paulista das Entidades
de Previdência Municipal - APEPREM,
João Carlos Figueiredo.
Em seguida, os participantes
assistiram a uma Aula Magna
ministrada pelo conselheiro do TCE do
Rio Grande do Sul, Hélio Saul Mileski,
com o tema “Regime Jurídico Único dos
Servidores e a Previdência”. Durante a
sua explanação, o conselheiro Mileski
destacou que a mudança efetuada no
sistema de aposentadoria do servidor
público efetivo, além de passar de um
sistema assistencial para um sistema
contributivo, alterando os requisitos
necessários à aposentação-benefício,
também operou uma modificação no
valor do provento e, agora, em face
das várias modificações, pode ser
integral ou proporcional.
A segunda palestra do dia foi
proferida pelo professor e procurador
do Instituto Nacional de Seguridade
Social- INSS, Daniel Pulino, que dis-
correu sobre “Autonomia dos Entes
Federativos para Legislar sobre a
Previdência dos Servidores”, escla-
recendo aos presentes qual o papel
dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios para editarem Leis de
Previdência do servidor público. Logo
após, a coordenadora geral de Nor-
matização e Acompanhamento Legal
dos Regimes de Previdência no Servi-
ço Público, Zanita de Marco, abordou
o tema “A Competência do Ministério
da Previdência na Fiscalização dos
Regimes Próprios”. Segundo ela, a
Lei nº 9.717 determina que o Ministé-
rio da Previdência normatize, oriente
e supervisione os Regimes Próprios
do Servidor.
Na parte da tarde, os traba-
lhos retornaram com a professora e
procuradora aposentada do Muni-
cípio de São Paulo, Dinorá Musetti
Grotti que, na palestra sobre “Limite
Constitucional de Remuneração”, tra-
tou a questão do teto remuneratório
dos servidores públicos. Dando pros-
seguimento, o procurador do Minis-
tério Público de Contas do Tribunal
de Contas do Distrito Federal, Inácio
Magalhães Filho, o secretário geral
do Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo, Sérgio Ciquera Rossi e a
diretora do Departamento Pessoal do
TCESP, Marli Pereira do Nascimento
falaram sobre “A Competência dos
Tribunais de Contas em Matéria Pre-
videnciária”. Primeiro a falar sobre o
assunto, o procurador do MP de Con-
tas do Tribunal de Contas do Distrito
Federal, esclareceu que a competên-
Paulo Pastori
Ana Cruz de Moraes
Demetrius Hintz
Sebastião Luz de Brito
Magadar Briguet
�
S E M I N Á R I Ofoi ministrado pela chefe-substituta
da Divisão de Compensação do
INSS, Lenira Melo Soares, que,
segundo ela, refere-se ao encontro
de contas entre o Regime Geral com
os Regimes Próprios de Previdência.
A coordenadora da Coordenação de
Normatização e Acompanhamento
Legal dos Regimes de Previdência
no Serviço Público, Laura Maria
Gomes, discorreu sobre as
“Reformas Constitucionais e Regras
de Concessão de Benefícios”, mais
especificamente sobre as emendas
nº 20, 41 e 47, que trouxeram
muitas modificações em termos
de previdência, principalmente as
relativas às regras de concessão de
benefícios. Para finalizar os trabalhos
do segundo dia de evento, o gerente
executivo do INSS de Bauru, Josué
Lopes Moreira Filho e o chefe da seção
de Gerenciamento de Benefícios por
incapacidade do INSS de Bauru,
Samir Salmen, fizeram explanações
sobre “Perícia Médica e Benefícios
concedidos por incapacidade”, o
que para eles foi uma oportunidade
ímpar de trocar informações entre o
Regime Geral da Previdência Social e
os Regimes municipais que estão em
fase de aperfeiçoamento.
No último dia do evento, o
assistente técnico de Direção na Se-
cretaria de Gestão do Município de
São Paulo, Sebastião Luz de Brito,
ministrou palestra sobre “Tempo de
Serviço Público e de Contribuição
- Averbação”, na qual ele abordou a
questão do tempo de serviço e con-
tribuição no serviço público e privado
e também sobre a comprovação des-
se tempo através de uma certidão,
além dos cuidados que os órgãos
cia que cabe aos Tribunais, em todos
os âmbitos, é a de controlar as despe-
sas em relação aos servidores públi-
cos. Segundo Sérgio Ciquera Rossi,
os Tribunais de Contas detêm duas
competências importantes: apreciar,
para fins de registros, os atos de con-
cessão de aposentadorias, pensões
e reforma e julgar as contas dos ad-
ministradores de qualquer entidade
previdenciária que gerencie dinheiro
público. Marli Pereira do Nascimento
destacou as principais dúvidas dos
servidores com as quais se depara na
sua rotina de trabalho, entre elas, as
que se referem à remuneração, pro-
ventos, pensão e paridade.
A última palestra do primei-
ro dia foi proferida pelo juiz do Tribunal
Regional do Trabalho da 12ª Região-
SC, Carlos Alberto Pereira de Castro,
sobre “O Poder Judiciário e o Regime
de Previdência Único”, durante a qual
apresentou a análise de algumas deci-
sões emitidas pelo Poder Judiciário a
respeito das Reformas da Previdência.
No segundo dia de evento, o procurador federal Miguel Horvath Júnior iniciou a série de debates abordando o tema “O Regime de Previdência dos Cargos de Confiança e dos Servidores Temporários”, e falou sobre os cargos em comissão e os seus efeitos nos Regimes Próprios. Em seguida, a assessora de Controle Externo do TCM e procuradora aposentada do Município de São Paulo, Magadar Briguet, palestrou sobre “Fixação de Proventos e Pensões”, com o objetivo de estabelecer quais os critérios a serem adotados, depois das emendas reformadoras, para que o servidor calcule sua aposentadoria.
O tema “Compensação Previdenciária”
Helio Mileski
Marli Pereira do Nascimento
Lenira Melo Soares
Zanita de Marco
Inácio Magalhães Filho
�
devem ter para expedi-la. Logo após,
o procurador federal André Oliveira
da Silva tratou o tema “Reajuste dos
Benefícios Previdenciários - Parida-
de”, traçando um panorama pré e pós
emenda 41 de 2003, especialmente
no que diz respeito à paridade. Na
parte da tarde, o Superintendente do
Instituto de Previdência do Estado de
São Paulo - IPESP, Carlos Henrique
Flory, abordou o assunto “A Consti-
tuição de Fundos e o Órgão Gestor”,
destacando a importância da Refor-
ma Previdenciária e o desafio de im-
plantar, no Estado de São Paulo, um
órgão gestor único de Previdência.
A procuradora aposentada do
Estado de São Paulo e assessora ju-
rídica da Universidade de São Paulo,
Maria Garcia, encerrou o seminário
apresentando o tema “Visão Crítica
das Emendas Constitucionais na Pre-
vidência dos Servidores”, ressaltando
o caráter das Políticas Públicas da
Previdência Social.
Além dos ilustres palestrantes,
participaram como debatedores, o
procurador do município do Rio de
Janeiro, Alberto Guimarães Júnior, a
professora e procuradora aposentada
da Prefeitura do Município de São
Paulo, Lívia Maria Armentano
Koenigstein Zago, a procuradora
chefe da Consultoria Jurídica da
Universidade de São Paulo, Ana Cruz
de Moraes, a assessora previdenciária
do Instituto de Previdência dos
Servidores do Município de Curitiba,
Majoly Aline dos Anjos Hardy, o
advogado e consultor jurídico da
Câmara Municipal de Jacareí e da
Anepren, Antônio Gilberto Silvério,
o professor e procurador federal,
André Oliveira da Silva, o bacharel
S E M I N Á R I O
Zélia Luiza Pierdoná
Alberto Guimarães Júnior
André Oliveira da Silva
Anita Carolina PetrinSérgio Ciquera Rossi
Lívia Maria Zago
Maria Garcia
Euclides Augusto Queiroz Esteves
Dinorá Musetti Grotti Majoly Hardy
�
S E M I N Á R I Oem Ciências Jurídicas e responsável
pela COMPREV no Instituto de
Previdência de Guarulhos – SP,
Euclides Augusto Queiroz Esteves,
a Procuradora da República, Zélia
Luiza Pierdoná, a assistente social e
diretora de benefícios do Instituto de
Previdência e Benefícios de Jundiaí,
Anita Carolina Lunardi Petrin, o vice-
prefeito de Ribeirão Preto, presidente
da Comissão de Seguridade da OAB-
SP e superintendente do Instituto de
Previdência de Ribeirão Preto, Paulo
Pastori, a procuradora aposentada do
Município de São Paulo e assessora
técnica de controle externo do TCM,
Magadar Briguet, e o presidente do
Instituto de Previdência do Estado de
Santa Catarina, Demetrius Ubiratan
Hintz.
O Seminário contou com o apoio
do Banco Santander Banespa, da
Porto Seguro Seguros, da Corretora
de Seguros Marques Quatrochi e
da Faculdade de Gastronomia da
UNIFMU.
Também participaram do even-
to, a Banda de Música do Comando
Militar do Sudeste e a Camerata da
Polícia Militar do Estado de São Paulo.
A íntegra das palestras e a
síntese do X Seminário Nacional do
TCMSP estarão disponíveis em breve
no site do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, no endereço:
www.tcm.sp.gov.br.
Vários palestrantes e debate-
dores contribuíram com artigos sobre
os temas tratados durante o seminá-
rio, que estão publicados nas páginas
desta edição do TCM Informativo.
Antônio Gilberto Silvério
Carlos Alberto Pereira de Castro
Laura Maria Gomes
Miguel Horvath Júnior Samir Salmen
Josué Moreira Filho
Carlos Henrique Flory
Daniel Pulino
�
No último dia 30, no plenário do TCM, aconteceu a reunião da Subse-cretaria de Fiscalização e Controle, com o objetivo de disseminar informações, integrar técnicos da Casa e apresentar um diagnóstico da situação dos órgãos e entidades da Prefeitura do Município de São Paulo.
Os coordenadores das sete coordenadorias do Tribunal de Contas e a supervisora da Unidade Técnica de Aposentadoria e Pensões apresentaram um balanço sobre o trabalho realizado entre janeiro e setembro de 2007, além dos objetivos para o próximo exercício.
O coordenador da Coordenadoria 7, Dílson Ferreira Júnior, iniciou os trabalhos esclarecendo que a sua equipe tem a função primordial de auxiliar a SFC no seu planejamento. Cabe à coordenadoria, a consolidação do planejamento de todas as demais, realização de estudos sobre a normatização técnica das áreas da Subsecretaria e monitoração dos índices de produtividade e desenvolvimento de novos aplicativos, juntamente com o Núcleo de Tecnologia da Informação.
Para o futuro, a C7 pretende de-senvolver dois projetos, como esclarece o coordenador: “um, que denominamos provisoriamente de “Projeto Limpo”, cuja idéia central é a integração de todos os sistemas e atividades da SFC. O outro
é o “Portal TCidadão”. A proposta é disponibilizar aos cidadãos várias infor-mações de natureza or-çamentária, financeira e dados relativos à atuação da Administração Munici-pal.”
Segundo a falar, o coordenador da C1, Mar-cos Chust, destacou um assunto novo, que é o edi-tal de crédito de carbono
feito em parceria com as coordenado-rias 5 e 6. Segundo Chust, a venda de crédito de carbono foi negociada entre a Bolsa de Mercadorias e Futuros - BMF e participantes internacionais e tende a ser uma importante fonte de recursos para a Prefeitura. “Para 2008, pretende-mos fortalecer a orientação para resul-tados e intensificar os acompanhamen-tos de execuções contratuais”, concluiu Chust.
Em seguida, Marli de Fátima Castilho, coordenadora da Coordena-doria 3, ressaltou os benefícios trazidos pela concentração das análises dos adiantamentos na sua área. “O adianta-mento é um recurso que o administra-dor tem para fazer despesas excepcio-nais. Com esse trabalho concentrado, conseguimos perceber mais claramen-te inúmeras falhas, entre elas, descum-primento dos prazos legais e a utiliza-ção desse recurso para despesas que poderiam ser feitas pelo regime normal”, afirmou a coordenadora durante sua apresentação.
A proposta para 2008 da C3 é continuar o trabalho na concomitância dos atos da Prefeitura, principalmente no que diz respeito às análises de edital e execuções contratuais.
O quarto coordenador a apresen-tar foi João Carlos Chimara, da coorde-nadoria 6. Alguns pontos destacados
por ele referiram-se a irregularidades em relação a ausências de: formaliza-ção de alterações contratuais; autoriza-ção para subcontratação e de anotação de responsabilidade técnica da obra.
“Para o futuro nós consideramos importante o aperfeiçoamento dos acompanhamentos de editais e de exe-cuções contratuais, que são os produ-tos que dão mais relevância e retorno ao Tribunal e ao Município como um todo”, finalizou Chimara.
O coordenador da C2, Hamilton Sato, em sua apresentação, mencionou que no ano de 2007 houve uma alte-ração muito grande, de âmbito federal, com a instituição do Fundo de Manu-tenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Ma-gistério - FUNDEB. Segundo ele, os au-ditores da coordenadoria 2 têm se des-dobrado para acompanhar essa nova legislação. O objetivo para 2008 será a ampliação da realização de fiscaliza-ções concomitantes ao trabalho da Pre-feitura, por meio de acompanhamento de edital e de execução contratual.
Andreza Colombini Faganelli, da Unidade Técnica de Aposentadoria e Pensões, traçou um panorama da área, destacando alguns problemas de ordem formal e material, entre eles, erros de digitação, falta de junção de documentação, erro de apontamento para incorporação, valores referentes a ganhos judiciais que não estão sendo devidamente aplicados nas aposentadorias e pensões e ausência de parcelas que compõem os proventos.
“Nós temos um volume muito grande de entradas por dia e saídas de cerca de 200 por mês. É um trabalho árduo”, afirmou Andreza. O futuro da Unidade, que segundo ela realiza um trabalho de cunho fundamental para todos os servidores, é a inovação que estará presente na informatização,
SFC DISCUTE RESULTADOS E ESTABELECEOBJETIVOS PARA 2008
N O T A S
Coordenadores e subsecretário da SFC com o presidente do TCM,Antonio Carlos Caruso
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na mudança de conceitos e no aprimoramento de procedimentos.
Penúltimo coordenador a falar, Mario Massanao Nishimoto, da coordenadoria 5, apontou alguns problemas encontrados nas auditorias realizadas entre janeiro e setembro de 2007: falhas nos corredores de ônibus, abrigos, pavimentação e morosidade na atuação das juntas de recursos de infrações no trânsito. Para 2008, a coordenadoria pretende ampliar e aperfeiçoar o trabalho já desenvolvido.
Mara Regina Fregonezi, coordenadora da Coordenadoria 4,
fechou as apresentações enfatizando que os auditores de sua equipe não vão à Secretaria Municipal de Saúde e sim à gestão local, com o objetivo de tornar o trabalho de auditoria uma ponte entre o secretário de saúde e o gestor, que fica próximo à população.
“A nossa proposta para 2008 é observar a eficiência do planejamento e controle interno na área da saúde municipal”, concluiu a coordenadora.
Fechando os trabalhos, a palavra foi retomada pelo subsecretário de Fiscalização e Controle do TCM, Lívio Mário Fornazieri, que elogiou a
evolução percebida nas apresentações dos coordenadores desde a última reunião.
“Com os dados apresentados nessa reunião, faremos um levanta-mento de informações, uma análise crítica daquilo que é repetitivo na Pre-feitura e, com isso, tentaremos identifi-car métodos de trabalho com os quais poderemos evitar esses erros”, afirmou Fornazieri.
Na ocasião, o presidente Antonio Carlos Caruso cumprimentou os servidores do órgão pelo trabalho realizado.
ARTIGO PUBLICADO NO TCMINFORMATIVO FOI CITADO EM
DECISÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DE MATO GROSSO
O TCE de Mato Grosso, em uma decisão de 2005 sobre o alcance das vedações impostas pelo parágrafo único do art. 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal, a partir de uma consulta formulada pela Procuradoria Geral de Justiça, citou um artigo de autoria do então assessor de gabinete da Presidência do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Nelson Takeo Shimabukuro, publicado no TCM Informativo número 25, sob o título “Restrições de Final de Mandato no Âmbito da Lei de Responsabilidade Fiscal: implicações penais e aspectos controvertidos”.
Entre os fundamentos da decisão, foi utilizado o trecho reproduzido abaixo:
“Importante asseverar, consubs-
tanciado em ressalva feita pelo Dr. Nelson Takeo Shimabukuro, em artigo intitulado ´Restrições de Final de Mandato no Âmbito da Lei de Responsabilidade Fiscal: implicações penais e aspectos controvertidos’, publicado no Informativo do Tribunal de Contas do Município de São Paulo de Janeiro/Fevereiro de 2005, que o entendimento aqui não elide a vedação quanto ao provimento de cargos no caso de atingimento do limite prudencial da despesa total com pessoal ou ainda do limite máximo, conduta esta proibida durante todo o mandato, de acordo com o art. 22, parágrafo único, inciso IV da LRF, ressalvada a reposição de servidores nas áreas de educação, saúde e segurança”.
N O T A S
A 21ª Reunião de Análise Críti-ca pela Alta Direção do Tribunal de Contas do Município de São Paulo foi realizada no dia 10 de outubro. O encontro aconteceu com o ob-jetivo de avaliar o desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) do TCM, seus resultados, oportunidades de melhoria e ne-cessidades de mudança.
O planejamento estratégico e os procedimentos adotados pela administração do TCM para criar consciência de qualidade em to-dos os processos organizacionais foram os temas centrais da reu-nião. Também foram discutidos os sistemas de documentação eletrô-nica, layout e Promoex.
21ª REUNIÃO DE ANÁLISE
CRÍTICAPELA ALTADIREÇÃO
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ESCOLA DE CONTAS INICIARÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Escola de Contas “Conselheiro Eurípedes Sales”, vinculada ao Tribunal de Contas do Município de São Paulo iniciará, em março de 2008, a primeira turma do curso de pós-graduação lato sensu em Administração Pública.
A convocação dos 20 primeiros servidores do Município de São Paulo - entre eles, servidores do próprio Tribunal de Contas do Município - e 10 não-servidores, foi publicada no Diário Oficial da Cidade no dia 18 de outubro. Os alunos classificados
participaram de um processo seletivo realizado, em setembro, pelo Instituto Cetro.
A Escola de Contas “Conselheiro Eurípedes Sales”, assim denominada em homenagem ao conselheiro idealizador, criador e dirigente do centro de estudos, oferece regularmente 27 cursos de curta duração para servidores de nível superior e médio. São destinados a promover a capacitação mediante atualização e reciclagem, evitando o desperdício do dinheiro público
e reduzindo as incorreções nos processos examinados pelo Tribunal de Contas.
O curso de pós-graduação, aprovado pelo MEC, será o primeiro gratuito a ser oferecido no Brasil. Trata-se de mais uma contribuição da Escola de Contas à municipalidade, com o objetivo de oferecer conhecimentos exigidos pelas novas demandas no setor público, principalmente em função da responsabilidade fiscal e das exigências por serviços públicos eficientes e eficazes.
N O T A S
TCMSP PARTICIPOU DO SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE LEI PROCESSUAL
A subchefe da Assessoria de Controle Externo do TCM, Izabel Ca-margo Lopes Monteiro, participou do “II Seminário sobre Lei Processual dos Tribunais de Contas”. O evento, realizado no dia 19 de outubro, inte-grou o calendário de atividades do “Programa Nacional de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros – Promoex” – implantado pelos Tribunais de Contas em convê-nio com a ATRICON.
Sediado pelo Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, o seminário teve por objetivo a discussão de um siste-ma único para o exercício do controle, com uma norma nacional para os pro-cessos sem, contudo, afetar as pecu-liaridades de cada órgão que editarão as normas para seus procedimentos.
A comissão para tratar do assun-to tem como presidente o ministro do Tribunal de Contas da União, Benja-min Zymler, e como relator, o conse-lheiro do Tribunal de Contas do Esta-do do Rio Grande do Sul, Hélio Saul Mileski. Eles compuseram a mesa do Seminário, acompanhados pelos de-mais membros da comissão e dois conferencistas do evento: os juristas Diogo de Figueiredo Moreira Neto e Juarez de Freitas que assessoram a comissão na elaboração da Lei.
Os palestrantes discorreram so-bre a compilação das informações fornecidas pelos Tribunais de Contras - através das respostas a um questio-nário entregue no I Seminário, reali-zado em dezembro de 2006, no qual cada Tribunal relatou a sua experiên-cia no tocante a processos. A subche-fe da assessoria de Controle Externo, Izabel Monteiro, avaliou a discussão
muito oportuna. Segundo ela, os Tri-bunais de Contas têm que participar atentamente desses seminários por-que a partir do momento que essa lei for editada, terá de ser cumprida por todos.
Dentre as matérias abordadas, mencionou-se a definição do terceiro e demais interessados; definição de medidas cautelares em tempo hábil, para viabilizar o controle prévio; re-gulamentação da ação e deveres dos fiscalizados, vedando atos protelató-rios atentatórios ao exercício da fisca-lização.
O III Seminário Nacional sobre Lei Processual dos Tribunais de Contas – Promoex acontecerá em novembro do ano corrente, ocasião em que será feita a apresentação do anteprojeto que, segundo Izabel Monteiro, deverá ser discutido de maneira mais concre-ta, inclusive, em formato de lei.
Composição da mesa no II Seminário Nacional sobre Lei Processual dos TCs – Promoex
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PROCESSO CIVIL REFORMADO EMDEBATE NO TCMSP
O Tribunal de Contas do Município de São Paulo realizou, nos dias 16, 17, 18 e
19 de outubro, o XI Seminário Nacional do TCMSP, com o tema O Processo Civil Reformado. A Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo – FADISP foi parceira no evento, com a organização da professora Thereza Alvim e a colaboração do procurador-chefe da Fazenda Municipal, Gianfancesco Genoso, que intermediou os contatos para a efetivação da parceria. O professor doutor José Manoel de Arruda Alvim
Netto, um dos mais importantes nomes do Direito Processual Civil, foi homenageado pelo colegiado do TCM, em reconhecimento à relevante contribuição que oferece aos que atuam na área do Direito. Na ocasião, recebeu das mãos do secretário geral do órgão, João Alberto Guedes, uma honraria em bronze.
Com o objetivo de contribuir para uma interpretação adequada das matérias e conteúdos normativos atingidos pelas últimas reformas do Código de Processo Civil, o evento contou com palestras proferidas por
desembargadores e professores da FADISP.
O seminário foi oficialmente aberto pelo presidente do TCM, An-tonio Carlos Caruso. Estiveram pre-sentes, os deputados estaduais Jor-ge Caruso e Uebe Rezeck e o verea-dor da cidade de São Paulo, Antonio Goulart.
O professor e desembargador Newton de Lucca proferiu a palestra inaugural “Informatização do Proces-so”, um assunto polêmico. O profes-sor citou, por exemplo, a lei 11.419, de dezembro de 2006 que, segundo
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Na foto (da esq. para a dir.), o vice-presidente do TCM, Edson Simões, o deputado estadual Jorge Caruso, o presidente do TCM, Antonio Carlos Caruso, o professor e desembargador Newton de Lucca, o deputado estadual Uebe Rezeck, o conselheiro do TCM, Eurípedes Sales e o vereador da cidade de São Paulo, Antonio Goulart no
primeiro dia do XI Seminário Nacional do TCMSP
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ele, proporcionou um verdadeiro salto na tentativa da substituição progressi-va do papel pelos meios eletrônicos, mas, ao mesmo tempo, é objeto de profundos questionamentos e ações de inconstitucionalidade. Para o pa-lestrante, a informatização do proces-so é apenas parte de uma problemá-tica geral, qual seja, a transformação do mundo moderno - e conseqüente-mente do Direito que o regula -, pelas novas tecnologias informacionais.
Com o tema “Inovação do Pro-cesso Civil”, o segundo dia do evento ficou sob a responsabilidade do pro-fessor doutor José Manoel de Arruda Alvim Netto. Na oportunidade, discor-reu a respeito do Código de Processo Civil na sua atual feição, considera-das as alterações advindas das leis 11.232 e 11.382, que se direcionaram a propiciar uma nova metodologia à execução do título judicial e do título extrajudicial.
No dia 18, o professor e desem-bargador Marcus Vinícius dos Santos Andrade discorreu sobre “Execução de Título Extrajudicial”. Segundo o
palestrante, a discussão da Reforma do Processo Civil é fundamental e as alterações têm por objetivo tornar a atuação do Poder Judiciário cada vez mais eficiente. O professor doutor José Manoel de Arruda Alvim Netto fi-nalizou os trabalhos do seminário com o tema “Recursos”. Durante a sua ex-planação, o professor disse que os re-cursos são previstos em leis federais. A tipicidade dos recursos também foi abordada pelo professor. Citou como exemplo o recurso de apelação, que cabe das decisões finais que tenham ou não julgado o mérito.
No encerramento do evento, que contou com o apoio do Banco Santander Banespa e da Faculdade de Gastronomia da UNIFMU, apre-sentou-se o Coral dos Servidores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo.
A íntegra das palestras e a sín-tese do XI Seminário Nacional do TCMSP estarão disponíveis em bre-ve no site do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, no endereço: www.tcm.sp.gov.br
Na foto (da dir. para a esq.), durante a homenagem ao professor José Manoel de Arruda Alvim Netto, o secretário geral do TCM, João Alberto Guedes, o procurador chefe da Fazenda Municipal, Gianfrancesco
Genoso, o homenageado, o vice-presidente do TCM, Edson Simões, o presidente do TCM, Antonio Carlos Caruso e a assessora do gabinete da Presidência, Yara Nascimento Tacconi
O professor José Manoel de Arruda Alvim Netto recebeu a honraria em reconhecimento à sua relevante
contribuição na área do Direito
O professor e desembargador Newton de Lucca (à dir.) durante a sua palestra, acompanhado do
conselheiro Eurípedes Sales
O professor e desembargador Marcus Vinícius dos Santos Andrade (à esq.) e o conselheiro vice-presidente do TCM, Edson Simões
Professor José Manoel de Arruda Alvim Netto (à esq.), ao lado do presidente do TCM, Antonio
Carlos Caruso
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Com o objetivo de apresentar os principais temas abordados no Curso de Práticas Administrativas, ministra-do na Escola de Contas do Tribunal de Contas do Município de São Pau-lo, a partir de outubro de 2003, enten-demos importante destacar a obriga-toriedade de licitação e os procedi-mentos que devem ser realizados na chamada “fase interna da licitação”.
Isso porque, em todas as oportunidades que proferimos palestras sobre o tema “licitação”, verificamos que a maior dificuldade das Administrações está na realização dos atos prévios à elaboração do edital – seja por falta de conhecimento da norma legal, seja por carência de pessoal para desenvolver os trabalhos necessários ou, ainda, por ausência de comprometimento com o
momento processual, acreditando, sempre, que eventuais falhas “serão corrigidas na licitação ou na execução do contrato”.
Na verdade, ocorre exatamente o contrá-rio. São as informa-ções trazidas nesse momento que serão consolidadas no edital e, por conseqüência, tornar-se-ão regras re-gedoras da licitação e do futuro contrato.
E é por esse motivo que reiteramos a im-portância dessa fase
prévia – tanto para a elaboração do edital, quanto para a formalização de uma contratação direta-, consideran-do-se que o conteúdo desses atos é fundamental para o sucesso do futuro contrato.
A OBRIGATORIEDADE DE LICI-
TAÇÃO E OS CASOS DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
A obrigatoriedade de licitação, como procedimento prévio à elabo-ração do contrato administrativo, é substrato do art. 2º da Lei Federal 8.666/93; norma geral sobre licitação e contrato administrativo, fundamen-tada no inciso XXI do art. 37 da Cons-tituição da República de 1988. Referi-do dispositivo legal assim dispõe:
“Art. 2º - As obras, serviços, in-clusive de publicidade, compras, alie-nações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único – Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou en-tidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vín-culo e a estipulação de obrigações re-cíprocas, seja qual for a denominação utilizada.”
Eis a regra geral para aplicação do princípio da licitação: salvo as ex-ceções expressamente previstas na Lei 8.666/93 ou em outras normas federais, todas as contratações que se enquadrarem na definição trazida pelo parágrafo único do seu art. 2º de-verão ser precedidas de licitação.
Quanto à abrangência da citada norma, esta vem prescrita no “caput” do seu art. 1º e explicitada no pará-grafo único do mesmo dispositivo:
“Art. 1º - Esta Lei estabelece nor-mas gerais sobre licitações e con-tratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publici-dade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único – Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos
Izabel Camargo Lopes Monteiro [*]
A OBRIGATORIEDADE DA LICITAÇÃO E OS PROCEDIMENTOS INERENTES À SUA FASE INTERNA
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da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as funda-ções públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.”
Assim, a partir da vigência da Lei 8.666/93, suas normas gerais tornaram-se impositivas tanto para União, quanto para Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como para as suas entidades da Administração Indireta, incluindo, ainda, os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e os Tribunais de Contas (arts. 117 e 118 da citada Lei 8.666/93).
Ainda sobre a abrangência da Lei Federal 8.666/93, seu art. 119 vem possibilitar que as sociedades de economia mista, empresas públicas, fundações públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios editem regulamentos próprios, devidamente publicados, sujeitando-se, todavia, às disposições da mesma Lei 8.666/93.
Acrescente-se, por fim, a situação das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias, que exploram atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, tratadas no § 1º do art. 173 da Constituição da República, as quais podem ter lei estabelecendo procedimentos próprios para licitação e contrato, observados os princípios da Administração Pública (cf. inciso III do citado dispositivo constitucional).
Dispensando-se, aqui, maiores comentários sobre o conceito de norma geral, e seguindo a orientação dos objetivos deste trabalho, permitimo-nos assim resumir a incidência da Lei
Federal 8.666/93 para os Entes da Federação:
• Na ausência de norma espe-cífica sobre licitação e contrato ad-ministrativo (estadual ou municipal), aplicam-se as disposições previstas na Lei Federal 8.666/93;
• Diante da existência de nor-ma específica (estadual ou munici-pal), a mesma deverá ser adotada, no que não contrariar as normas gerais da Lei Federal 8.666/93;
Esclarecida a necessidade de li-citação e o âmbito de aplicação dos dispositivos da Lei Federal 8.666/93, traremos breves comentários sobre as exceções à obrigatoriedade de licitação, em consonância com as disposições previstas na legislação federal.
Encontram-se nos incisos I e II do art. 17 e nos arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93, as situações que dispen-sam e as que não exigem procedi-mento licitatório prévio.
Cumpre esclarecer, de forma enfática, que a dispensa ou a inexi-gibilidade de licitação não significa eliminação de processo próprio e de procedimentos prévios à contratação.
Isso significa que o processo de contratação direta, devidamen-te autuado, deve ser instruído com a justificativa da sua necessidade e enquadramento ao dispositivo legal pertinente (caracterização da exce-ção prevista em lei), além da razão da escolha do contratado e da justificati-va do preço (requisitos legais exigidos pelo parágrafo único do art. 26 da Lei 8.666/93).
É importante ressaltar que o en-quadramento da situação fática aos dispositivos que cuidam das hipóte-ses de dispensa ou de inexigibilidade de licitação deve considerar as qua-
lidades da empresa ou do objeto a ser contratado e as necessidades da Administração (o interesse público a ser atendido com a contratação). A compatibilidade entre a pessoa do contratado, o objeto do contrato e o fundamento legal é condição de legiti-midade para a contratação.
Escolhido o contratado, verificam-se suas condições de capacidade para celebrar contrato com a Adminis-tração Pública. Devem ser exigidos, no mínimo, os documentos compro-batórios de capacidade jurídica e de regularidade fiscal (com INSS, FGTS e Administração Contratante, em rela-ção aos tributos pertinentes ao objeto contratado).
A esses documentos, seguem a reserva orçamentária e o parecer da área jurídica que dará suporte legal à contratação direta.
Assim instruído o processo, esta-rá ele pronto para receber a ratifica-ção da autoridade superior, cujo des-pacho deverá ser publicado no prazo máximo de 5 dias, como condição de eficácia dos atos. É o que exige o art. 26 e parágrafo único da Lei 8.666/93.
Ressalte-se que, quando o ato de autorização da contratação direta for emitido pela autoridade máxima do órgão ou da entidade, não há que fa-lar em ratificação. Esse ato já atende à exigência legal e deverá ser publica-do dentro do prazo previsto acima.
Também se aplica às contrata-ções diretas, no que couber, o dis-posto no art. 7º da Lei 8.666/93 (con-soante previsto no seu § 9º), o que significa afirmar que deverão constar do processo, sempre que possível, o projeto básico, o projeto executivo e o cronograma para execução das obras e serviços.
Encerrando este tópico, cumpre esclarecer que os requisitos exigidos no art. 26 não são impositivos para
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as contratações diretas fundamen-tadas nos incisos I e II do art. 24 da Lei Federal 8.666/93 (dispensas de licitação em função do valor). Nessas hipóteses, o processo dispensará pa-recer jurídico, o ato de ratificação da contratação e sua publicação, porque essas situações de dispensa justifi-cam-se pelo próprio valor – que deve-rá enquadrar-se nos limites legais – e a escolha do contratado deverá recair sobre a proposta de menor valor, den-tre as que atenderem a necessidade da Administração Contratante. A pu-blicação da contratação, por sua vez, segue o procedimento e prazo usuais para divulgação das compras e servi-ços de pequeno valor, que dispensam o instrumento de contrato, permitindo a sua substituição por outro instru-mento hábil (art.62, “caput”, da mes-ma Lei 8.666/93).
FASE INTERNA DA LICITAÇÃO – PROCEDIMENTOS ANTERIORES À PUBLICAÇÃO DO EDITAL
O processo de licitação compre-ende duas fases distintas e importan-tíssimas: a fase interna, que abrange todos os atos administrativos prévios à publicação do edital e todos os ele-mentos necessários à sua elaboração; e a fase externa, que se inicia com a publicação do edital e se estende até a homologação da licitação e adjudi-cação do objeto ao vencedor.
Na legislação federal, os proce-dimentos da fase interna da licitação vêm prescritos nos arts. 7º, 38, 39, 40 e 42 da Lei Federal 8.666/93.
Da leitura desses dispositivos le-gais, é possível inferir que para a ela-boração de um bom edital a área de licitação deve ter em suas mãos as seguintes informações:
• Especificação técnica do ob-jeto da licitação, com o detalhamento
de suas características e quantida-des, prazo e forma de execução;
• Estimativa do valor da contra-tação;
• Requisitos de habilitação;• Definição das sanções e pe-
nalidades para a execução contratualVale registrar, aqui, quão impor-
tante é a interação das áreas en-volvidas no processo da licitação. A elaboração do edital deve ser acom-panhada pela área técnica (requisi-tante), pois ela é a destinadora final que receberá o contrato resultante da licitação e será responsável por sua gestão.
Sem esse trabalho conjunto da área de licitação com o gestor do contrato, corre-se o risco de contra-tar aquém ou além do necessário à Administração ou de celebrar con-tratos com cláusulas impertinentes e até mesmo incompatíveis com sua execução. E essa situação pode ser irreversível, quando constatada já na fase de execução do contrato admi-nistrativo.
Em relação aos elementos ne-cessários para a elaboração do edi-tal, cuidaremos inicialmente da espe-cificação técnica do objeto, que nada mais é do que o detalhamento do objeto a ser licitado, nos termos pre-tendidos pela área requisitante. Esse documento dará início ao processo da contratação e seu conteúdo cons-tituirá o Anexo do edital.
Assim sendo, independentemen-te do nome que se pretenda dar a esse Anexo I do edital - projeto bási-co, especificações técnicas do objeto, memorial descritivo, termo de refe-rência -, importante é que o mesmo contenha todas as informações ne-cessárias para que o licitante elabore sua proposta de forma a atender às necessidades da Administração.
Nesse sentido, no caso de obras
e serviços, o legislador foi incisivo ao afirmar que “as obras e os serviços somente poderão ser licitados quando houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em par-ticipar do processo licitatório” (inciso I do § 2º do art. 7º da Lei 8.666/93).
Além dessa categórica exigên-cia para a abertura da licitação, a Lei 8.666/93 explicitou os elementos es-senciais que deverão ser atendidos na elaboração do projeto básico (no inciso IX do seu art. 6º) e delineou, no art. 12, os requisitos considerados principais para efeito de avaliação do projeto básico.
Tendo em vista o grande núme-ro de licitações com projeto básico incompleto e inconsistente, é forçoso inferirmos que mencionados dispositi-vos não são lidos e interpretados com o cuidado que deveriam merecer.
No caso de compras, a necessi-dade de adequada caracterização do objeto - com a especificação comple-ta do bem a ser adquirido, definição das unidades e das quantidades a se-rem adquiridas em função do consu-mo e utilização prováveis, bem como as condições de guarda e armazena-mento - vem prescrita nos arts. 14 e 15 da Lei Federal 8.666/93.
A definição do prazo contratual e a forma de execução do objeto tam-bém são informações que devem in-tegrar a especificação técnica, em to-dos os tipos de contratação, de modo a permitir que o licitante, além das características do objeto, conheça as condições de sua execução.
Ainda sobre a especificação téc-nica do objeto, vale esclarecer que a não apresentação de um adequado projeto básico (para obras e serviços) ou a não elaboração de uma ade-quada caracterização do objeto (para compras) pode motivar a nulidade da
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licitação com a responsabilização de quem lhe tenha dado causa. É o que dispõem o § 6º do art. 7º e o “caput” do art. 14, ambos da Lei 8.666/93, respectivamente.
Outro elemento importante para a elaboração do edital é a estimativa do valor da contratação. É requisito econômico, de fundamental importân-cia, pois será parâmetro para diversas cláusulas do edital (exigência de ca-pital social mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, garantia de partici-pação e garantia de execução), para elaboração da planilha orçamentária estimativa e para definição do valor máximo ou do valor referência das propostas comerciais.
Para tanto, a Administração deve realizar pesquisa de preços, recor-rendo ao mercado ou se utilizando de informações de contratos celebrados por outros órgãos ou entidades públi-cas, podendo fazer uso de tabelas ou de valores constantes em publicações oficiais.
O importante é que as empresas contatadas sejam do mesmo ramo do objeto licitado e que tenham interesse em contratar com a Administração nas condições inerentes às contratações públicas – submeter-se a um proce-dimento licitatório, subordinar-se às cláusulas unilaterais impostas pelo interesse público e aceitar o prazo de pagamento próprio do Poder Público. Não se pode conceber pesquisa de preço efetuada com empresa que não se submeta a essas condições e que certamente não participará da futura licitação, pois o valor apresentado não representará “valor de mercado no âmbito da Administração Pública”.
De igual forma, para efeito de pesquisa válida, as informações de contratos celebrados por outras Admi-nistrações devem considerar ajustes com idêntico objeto, com quantidades
compatíveis e execução contemporâ-nea.
O que importa é a seriedade da pesquisa e a eficácia da metodologia realizada, considerando-se todas as peculiaridades da contratação -- es-pecificação técnica do objeto, quan-tidade, forma e prazo de sua execu-ção.
O terceiro elemento necessário para a elaboração do edital refere-se aos requisitos de habilitação. Para a definição dos requisitos de habilita-ção, deve-se conhecer muito bem o objeto a ser licitado, evitando-se, as-sim, exigências desnecessárias, que ultrapassem o mínimo indispensável “à garantia do cumprimento das obri-gações” (Constituição da República, art. 37, inciso XXI).
Esse é o cuidado que o adminis-trador público deve ter ao definir as exigências de habilitação. Os arts. 27 a 31 da Lei 8.666/93 trazem os parâ-metros máximos permitidos, devendo a Administração atentar sempre para a limitação constitucional e exigir tão somente o necessário para garantir o cumprimento do futuro contrato.
Nesse sentido, vale lembrar que o administrador público só pode agir nos exatos termos da lei e todos os seus atos devem ser motivados, de acordo com o interesse público pre-tendido.
Assim é que a habilitação jurídi-ca deve restringir-se aos documentos necessários à comprovação da exis-tência legal do licitante, seja pessoa física ou jurídica, e de sua capacida-de jurídica para contratar com a Ad-ministração, nos termos do art. 28 da Lei Federal 8.666/93.
Os requisitos de comprovação de regularidade fiscal, por sua vez, são os legalmente previstos no art. 29 da citada Lei 8.666/93, ressaltando-se que, em relação à regularidade junto
às Fazendas Públicas, as exigências devem ater-se aos tributos pertinen-tes ao objeto da licitação. É o que vem prescrito no art. 193 do Código Tribu-tário Nacional, que assim dispõe:
“Art. 193 – Salvo quando expres-samente autorizado por lei, nenhum departamento da Administração Pú-blica da União, dos Estados, do Distri-to Federal ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou acei-tará proposta em concorrência públi-ca sem que o contratante ou propo-nente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre”.
Isso significa que a Administra-ção deve evitar exigências desneces-sárias, com tributos não relacionados ao objeto da futura contratação.
No tocante à comprovação de capacidade técnica, o art. 30 da Lei 8.666/93 permite as exigências de comprovação da capacidade técnica operacional e do profissional, registro na entidade profissional competente e, se for o caso, prova de atendimen-to de requisitos previstos em lei espe-cial.
Os questionamentos mais co-muns estão nas exigências dos ates-tados técnicos. A norma legal permite sejam exigidos os dois tipos de ates-tado, ficando a critério da Administra-ção decidir qual ou quais incluirá em seu edital (consoante disposto no in-ciso II do art. 30 da Lei 8.666/93). A dificuldade reside no âmbito do con-teúdo e da limitação de quantidade desses atestados.
De acordo com o inciso II do art. 30 da Lei 8.666/93, deverá ser aceita a comprovação de atividade compatí-vel em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação.
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Essa é a regra geral que funda-menta as exigências de atestados técnicos, tanto profissional quanto operacional.
Sendo o termo “compatível” am-plo e genérico, fica vedada qualquer limitação para a exigência de atesta-dos técnicos.
Não pode a Administração, sem uma justificativa técnica devidamente fundamentada, impor no edital res-trição para a apresentação desses atestados. Tanto para os atestados técnicos profissionais, quanto para os operacionais, a Administração deve ater-se às limitações impostas pelo inciso XXI do art. 37 da Constituição da República, quais sejam, às exigên-cias de qualificação técnica indispen-sáveis à garantia do cumprimento das futuras obrigações do contrato.
Excepciona-se dessa regra geral “as situações em que a complexida-de técnica do objeto licitado justificar uma restrição em função da dimensão quantitativa, do local, do prazo ou de qualquer outro dado que for essencial à satisfação do interesse público ou retratar algum tipo de dificuldade pe-culiar”. É assim que nos ensina o ilus-tre administrativista, Professor MAR-ÇAL JUSTEN FILHO, ao comentar o inciso II e parágrafos do art. 30 da Lei 8.666/93 (Comentários à Lei de Licita-ções e Contratos Administrativos, 10ª ed., 2004, Dialética, São Paulo, p. 325).
Não constando do processo ad-ministrativo a justificativa técnica, a limitação será ilegal – por restritiva e inibidora de participação na licitação – e poderá ser impugnada tanto admi-nistrativa, quanto judicialmente.
Finalizando as anotações sobre os requisitos de habilitação, temos os de capacidade econômico-financeira, contidos no art. 31 da Lei 8.666/93.
Importante destacar que a exi-gência de apresentação de balanço
patrimonial deve ser acompanhada de índices contábeis objetivos -- devida-mente justificados no processo admi-nistrativo da licitação --, que permitam a aferição da boa situação financeira do licitante, consoante exigido no § 5º do art. 31 da Lei 8.666/93.
Esclarecemos que as exigências de “capital mínimo ou patrimônio lí-quido mínimo”, “garantia de execução contratual” e “relação de compromis-sos” só se justificam nos casos de compras para entrega futura e na execução de obras e serviços (cf. §§ 2º, 3º e 4º do citado art. 31 da Lei 8.666/93).
O último elemento pertinente às informações para a elaboração do edital é a definição das sanções e penalidades para a execução contra-tual.
Trata-se de uma das cláusulas essenciais do edital e do contrato, à qual, infelizmente, não é dada a de-vida importância. Via de regra, essa cláusula é simplesmente copiada de outros editais, sem que se atente para as peculiaridades do objeto licitado e as reais implicações da inadimplência do contratado com o interesse público protegido na contratação.
O resultado disso é a prescrição de sanções impertinentes e penali-dades desproporcionais às infrações cometidas, que culminam, quase sempre, na não penalização do con-tratado infrator.
Essa não aplicação de sanções “menores” pode prejudicar ou impedir a aplicação da penalidade de sus-pensão do direito de licitar e contra-tar ou até mesmo da declaração de inidoneidade, fazendo com que um contratado chegue ao final do prazo contratual sem ter recebido qualquer sanção por suas falhas ou faltas na execução, embora não tenha execu-tado suas obrigações nas condições
pretendidas pela Administração, Dessa forma, na próxima licita-
ção, certamente estará esse mesmo contratado, como licitante, disputan-do a futura contratação. E embora a Administração não o tolere mais, não terá instrumentos legítimos para afas-tá-lo do novo procedimento licitatório.
A partir dos elementos aqui exa-minados, a área de licitação terá con-dições de elaborar o competente edi-tal, definindo a modalidade cabível e o critério de julgamento mais adequado para obter a proposta mais vantajosa para a Administração.
Em se tratando de licitação de menor preço, a Administração deve esclarecer se o julgamento será pelo menor valor unitário ou menor valor global.
Parece tratar-se de uma coloca-ção óbvia, mas muitas licitações não terminam porque o edital não deixa claro o critério de julgamento e isso prejudica a análise objetiva da Co-missão de Licitação. Numa licitação de vários itens, por exemplo, a Admi-nistração tem duas formas de definir o critério de julgamento:
a) Julgar a licitação por menor valor unitário, o que significa que o resultado será por item, sagrando-se vencedor o licitante que ofertar o me-nor valor para cada item; ou
b) Julgar a licitação pelo menor valor global, o que significa que o re-sultado será pelo valor total proposto e que será vencedor o licitante que apresentar o menor valor global, in-cluindo todos os itens.
Outros fatores a serem decididos para o edital dizem respeito às con-dições de participação do licitante: participação de pessoa jurídica, de pessoa física, de empresas em con-sórcio e de cooperativas; exigência de garantia para licitar e exigência de garantia para execução do contrato.
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Quanto à pessoa do licitante, a Administração tem total discriciona-riedade para escolher a categoria do seu futuro contratado; é de suma im-portância que as regras estejam bem definidas no edital e que, no caso de alguma restrição, esta tenha justifica-tiva de ordem técnica ou jurídica.
Em relação à exigência de garan-tia, a Lei 8.666/93 permite dois tipos de garantia: a de participação, previs-ta no inciso III do seu art. 31, limitada a 1% (um por cento) do valor estima-do para a contratação; e a de execu-ção contratual, prevista no art. 56 da mesma norma federal, limitada a 5% (cinco por cento) do valor do contrato, podendo, excepcionalmente, chegar a 10% (dez por cento).
Embora se trate de decisão de conveniência e oportunidade, a Ad-ministração não pode olvidar que os valores eventualmente dispendidos pelos licitantes para a prestação da garantia serão incorporados à sua proposta comercial. Sendo assim, a exigência de qualquer das garantias deve ser definida com responsabilida-de e critério.
Uma vez exigida, a garantia não pode ser dispensada. Isso significa que, a partir do momento que o edital estipulou prestação de garantia para execução contratual, o futuro contrato não poderá ser assinado sem a apre-sentação da mesma, sob pena de sua nulidade.
Finalizado, assim, o edital, sua minuta, juntamente com a do contra-to, deverá ser submetida à área jurí-dica para apreciação e aprovação. É condição expressamente prevista no parágrafo único do art. 38 da Lei 8.666/9
Também integra a fase interna da licitação a informação da área finan-ceira para a formalização da reserva orçamentária. Esse documento infor-
mará sobre a previsão dos recursos orçamentários que irão assegurar o pagamento das obrigações a serem executadas no exercício financeiro em curso e indicação dos recursos orça-mentários para os exercícios seguin-tes, se a execução contratual avançar o exercício em curso.
Nenhum serviço, obra ou compra poderá ser licitado sem a indicação dos recursos orçamentários suficien-tes à sua satisfação. Assim já deter-minava a Lei 8.666/93, no inciso III do § 2º do seu art. 7º e no seu art. 14, sendo posteriormente reforçados pelos arts. 15, 16 e 17 da Lei Com-plementar 101, de 04/5/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Assim instruído o processo de lici-tação, estará apto a receber a aprova-ção da autoridade competente para a abertura do procedimento licitatório.
De tudo que apresentamos, cre-mos que ficou evidenciada a grande importância da fase interna da licita-ção e dos procedimentos nela realiza-dos, como parâmetros para todas as decisões subseqüentes, notadamen-te para a elaboração do edital e para a execução do futuro contrato admi-nistrativo.
Bem consolidadas no momento inicial da licitação – na sua fase inter-na, as informações proporcionarão à Comissão de Licitação e ao gestor do contrato todas as condições de rea-lizar um bom trabalho, em conformi-dade com a legislação e os princípios que regem a matéria.
[*] Izabel Camargo Lopes Monteiro é ba-charel em Direito, formada pela Pontifícia Uni-versidade Católica de São Paulo. Atuou em escritórios de advocacia, no Departamento de Estradas de Rodagem e na São Paulo Trans-portes S/A . Atualmente, é subchefe da Asses-soria Jurídica de Controle Externo e profes-sora de Direito Administrativo da Escola de Contas conselheiro Eurípedes Salles (TCM).
O assunto de que trata este artigo, bem como os temas abor-dados pelos autores Wagner Dal Médico (“Preparando o Ambiente de Trabalho para a Nova Realida-de no Serviço Público” – TCM In-formativo de Janeiro/Fevereiro de 2007); Abrão Blumen (“Implanta-ção de Sistemas de Controle para Geração de Informações e Apoio às Decisões dos Administradores Públicos” - TCM Informativo de Março/Abril de 2007); Valmir Leôn-cio da Silva (“Processo de Planeja-mento e Execução Orçamentária” - TCM Informativo de Maio/Junho de 2007) e Moacir Marques da Silva (“A Empresa Estatal Dependente no Contexto da Lei de Responsa-bilidade Fiscal” - TCM Informativo de Julho/Agosto de 2007) foram reunidos no Guia Municipal de Ad-ministração Pública , de autoria dos mesmos, publicado pela editora NDJ em 2006.
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O tema da Previdência repre-
senta, inegavelmente, por
sua relevância social, econômica e
administrativa, grande interesse por
parte tanto do aparato estatal, especi-
ficamente, como da sociedade como
um todo. Por isso mesmo, merece
e exige um debate amplo e o mais
transparente possível. Obviamente,
por ter esta discussão interesse di-
largado, não precisa envolver apenas
minúcias técnicas, afetas a especialis-
tas, sendo as discussões conceituais
perfeitamente permeáveis aos atores
sociais envolvidos, assim como ab-
solutamente saudáveis, não obstante
alguma eventual carga de passionali-
dade em torno do assunto.
Alberto Guimarães Júnior [*]
DéFICIT DA PREVIDêNCIA, UMA QUESTÃO DE ESTADO
Desta forma, du-
rante os últimos anos,
vem se falando, quase
sempre de forma mo-
nocórdia e uníssona,
na questão do “déficit
da Previdência e na ur-
gência em debelá-lo”.
Só muito recentemen-
te, algumas vozes têm
surgido questionando
a tese deste famoso
déficit, sobretudo dian-
te de critérios de con-
tabilização ou de divul-
gação que omitem as
fontes de custeio do
sistema de Segurida-
de Social do país. Esta
circunstância apurada a partir de um
único exemplo, por si só, demonstra
a necessidade de um debate ampli-
ficado sobre a matéria, e, por conse-
guinte, a real situação da escolha do
modelo de Estado que a envolve.
Contudo, esta não é a única razão
para que tal tema seja tratado como
questão de Estado, assim como não
deve haver uma visão unívoca sobre
o discutível déficit da Previdência. Há
uma – dentre outras – razão bastante
relevante para conferirmos tal dimen-
são à matéria, pois a unicidade de
sistemas previdenciários entre traba-
lhadores da iniciativa privada e os do
governo de um país ou ainda das três
esferas de governo de um Ente fede-
rado como o Brasil, está longe de ser
uma unanimidade, ou, sequer, uma
tendência em termos mundiais.
Prova disso pode ser vista na in-
teressante obra sobre o nível de ca-
pitalização dos Regimes Próprios de
Previdência – RPPS, vale dizer, os
Entes responsáveis pelo pagamen-
to das aposentadorias e pensões li-
gadas aos servidores públicos dos
Municípios, Estados e União Federal
(cabendo registrar que esta ainda não
criou seu RPPS), o livro “IDP – Índice
de Desenvolvimento Previdenciário”,
de autoria do Prof. Benedito Passos,
do Núcleo Atuarial de Previdência da
UFRJ, que lista 74 países com regime
de Previdência própria para servido-
res públicos e outros 23 países com
sistema previdenciário unificado para
servidores públicos e trabalhadores
da iniciativa privada.
Assim sendo, também neste as-
pecto, muito antes de se aprofundar
qualquer discussão sobre sistemas de
seguridade ou mesmo dos elementos
que configurariam déficit ou superá-
vit na Previdência no País, há que se
discutir que tipo de Previdência, a so-
ciedade, e, conseqüentemente, o Es-
tado brasileiro, querem. Certo é que,
na quase totalidade da experiência
republicana nacional, a opção consti-
tucional sempre foi pela existência de
dois regimes previdenciários, um para
trabalhadores da iniciativa privada e
outro para servidores públicos.
�0
A R T I G O S
Há que se reconhecer que o pri-
meiro impulso de quem nunca pensou
mais profundamente sobre o assunto
ou mesmo procedeu a uma análise
histórica mínima, é o de se posicionar
favoravelmente à unicidade dos regi-
mes entre ambas as categorias labo-
rais. Todavia, se examinarmos com
um pouco mais de atenção e cuida-
do a matéria, iremos verificar que um
sistema de aposentadorias e pensões
específico para servidores públicos
não foi decorrência de nenhum privi-
légio. Antes, pelo contrário, tal sistema
diferenciado e mais vantajoso do que
o dos demais trabalhadores era de-
corrente de uma histórica sub-remu-
neração no setor público (lembram da
expressão pejorativa “barnabés”?!),
em comparação com a iniciativa pri-
vada, com as proibições atuais e de
outrora; restrição quanto ao direito de
greve; ausência de FGTS; teto sala-
rial, dentre outras limitações.
Logo, um regime de aposentado-
rias e pensões específico constituía
uma compensação por tais desvan-
tagens na comparação com o traba-
lho na iniciativa privada. Ressalte-se,
a propósito, também, que, tal siste-
mática não foi um mero impulso de
criatividade ou benevolência dos le-
gisladores de outrora, mas a adoção,
por aqui, do princípio pro labore facto
(1952), de inspiração e incorporação
na legislação francesa correlata.
Além do conteúdo compensató-
rio, o sistema previdenciário dual ou
até tríplice (com a admissão da Pre-
vidência complementar facultativa a
ambos os segmentos) comporta uma
outra discussão crucial para o Esta-
do brasileiro. Qual é o Estado que se
quer? Com que estrutura? Com que
nível de qualidade e de serviços?
Com que nível de articulação e de-
senvolvimento estratégico, inclusive
dos pontos de vista do auto-aprimora-
mento e militar?
Se a resposta a tais indagações
for sempre no sentido qualitativo,
estará automaticamente afastada
a tese da unicidade dos regimes de
Previdência, pois um regramento de
aposentadoria mais favorável do que
a do Regime Geral (INSS) constitui
hoje um dos maiores – se não o maior
– fatores de atratividade nas carreiras
públicas, instrumento absolutamente
fundamental para que se retenha ta-
lentos e profissionais de qualidade no
serviço público, juntamente com as
diretrizes de constante capacitação,
profissionalização e preservação da
memória institucional deste.
Agora, se a resposta a estas
mesmas perguntas for a negativa
às premissas apresentadas
anteriormente, há que se ter maiores
preocupações com a retenção de
talentos; mão-de-obra qualificada e
treinada – em várias áreas cobiçadas
pela iniciativa privada, como, por
exemplo, os engenheiros do Instituto
Militar de Engenharia – ou com a
tentativa de eliminação ou redução
da eventual promiscuidade entre a
dedicação de um servidor público a
sua função pública ou alguma outra
atividade de interesse privado. Neste
caso, a unicidade de regimes seria
um caminho absolutamente coerente.
Cumpre registrar, por fim, que
a livre iniciativa tem sido a alavanca
maior do desenvolvimento dos países
que lograram não só sucesso em suas
economias como liderança tecnoló-
gica, mas é certo também que tanto
nestes exemplos como em qualquer
outro, não é papel do setor privado
pensar o País ou mesmo capitanear
um projeto para a nação. É claro que
se deve pensar o Estado, o Brasil,
com o natural e inescapável concurso
dos vários agentes sociais, inclusive
o empresariado. Contudo, o grande
agente do pensamento da coisa pú-
blica e da modelagem do Estado bra-
sileiro é, inegável e indelegavelmente,
o servidor público.
Isto posto, fica então a pergun-
ta: Que Estado você, cidadão, quer?
Que Brasil todos nós queremos? Que
nível de qualidade de serviços pú-
blicos o País deseja? Respondidas
estas questões, aí sim estaremos
habilitados a discutir a questão pre-
videnciária no País, sob o referencial
do Estado Brasileiro ideal, e, conse-
qüentemente, do polêmico déficit da
Previdência.
[*] Alberto Guimarães Júnior é procura-
dor do Município do Rio de Janeiro e ex-presi-
dente do Instituto de Previdência e Assistência
do Município do Rio de Janeiro – PREVI-RIO.
�1
A R T I G O S
De acordo com estudo recente realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a popula-ção centenária do Brasil vem aumen-tando ano a ano e poderá chegar a 45,4 mil pessoas em 2010. Por sua vez, os mais recentes dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também apontam uma evolução na expectativa de vida dos brasileiros ao nascer. Baseando-se no crescimento ocorrido entre os anos 1980 e 2005, que representou um aumento de 9,3 anos nesta ex-pectativa, subindo de 62,6 para 71,9 anos, o IBGE aposta ainda que, em pouco mais de quatro décadas, será esperado que o brasileiro viva mais de 90 anos.
Sem dúvida nenhuma, um dos ar-gumentos mais importantes para que esta expectativa de vida maior para o
brasileiro seja possí-vel é o progresso que a medicina tem apre-sentado nas últimas décadas, pois isso contribui para que as crianças tenham uma expectativa de vida maior e permite maior sobrevida aos idosos. As estatísticas do IBGE também apon-tam a diminuição da taxa de natalidade (nº de nascidos vivos por total da popula-ção), que hoje não chega aos 2%, como um dos fatores para o envelhecimento da população.
O envelhecimento da popula-ção e as reformas previdenciárias
O aumento da esperança de vida ao nascer em conjunto com a queda do nível geral da fecundidade resulta no aumento absoluto e relativo da po-pulação idosa. O que foi constatado nas últimas décadas em relação ao perfil populacional do Brasil, se proje-tado para o futuro, mostra que os im-pactos nas aposentadorias e pensões nas próximas décadas serão enor-mes. Por isso, de 1980 até os dias de hoje, o assunto tem sido tão debatido, pois, caso não haja mudanças, o sis-tema que foi idealizado no século XX entrará em colapso logo mais e não será capaz de arcar com os compro-missos assumidos.
Como o Regime Previdenciário Brasileiro básico (RGPS e RPPS)
é de Repartição Simples, baseado no princípio da solidariedade, isso pressupõe que as aposentadorias e pensões de hoje são pagas graças a contribuições dos trabalhadores que estão na ativa. Caso nenhuma mudança seja realizada, não haverá trabalhadores suficientes num futuro próximo para arcar com as despesas previdenciárias que irão surgir e o Es-tado se verá diante da difícil opção entre pagar benefícios ou proporcio-nar o desenvolvimento de áreas fun-damentais como saúde, educação e segurança, entre outras.
Vale lembrar ainda que as regras de aposentadoria que estarão em vi-gor em 2040 devem ser definidas hoje, pois as principais mudanças somen-te deverão atingir aqueles que ainda nem entraram no mercado de traba-lho. Caso isso não aconteça, haverá a confrontação com o eterno debate entre direitos adquiridos e expectativa de direito. Isso quer dizer que há a obrigação, hoje, de definir-se a forma como os futuros cidadãos, aqueles que hoje são crianças ou ainda nem nasceram, irão aposentar-se e sob quais regras e condições. Entretanto, é importante ressaltar que todas as alterações proporcionadas por refor-mas previdenciárias que tratam de re-gras de aposentadoria (concessão e cálculo) só podem ser realizadas pela União, conforme prevê o artigo 22 da Constituição Federal.
As reformas previdenciárias do Estado de São Paulo
Com as aprovações das Leis Complementares nºs 1.010 (1º de junho), 1.012 (de 5 de julho) e 1.013
Carlos Henrique Flory[*]
O NOVO PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E A REFORMA DA PREVIDêNCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
��
A R T I G O S(6 de julho de 2007), foi realizada a Reforma Previdenciária do Estado de São Paulo. Na verdade, não houve uma reforma propriamente dita, ape-nas uma adaptação às leis federais e à Constituição Federal, pois não provocou nenhuma mudança nos ter-mos dos benefícios previdenciários. As alterações advindas destas novas leis estaduais foram somente as exi-gidas pelo Governo Federal para que o Estado de São Paulo não sofresse sanções que seriam provocadas pela perda do Certificado de Regularida-de Previdenciária (CRP), documento emitido e exigido pelo Ministério da Previdência, que atesta a conforma-ção dos entes federativos às normas em vigor ditadas pela União.
A mudança mais significativa para a previdência paulista foi a criação de um gestor único para o regime próprio dos servidores titulares de cargo efe-tivo, capaz de unificar a concessão, a manutenção e o pagamento dos be-nefícios previdenciários do Estado. A São Paulo Previdência (SPPREV), criada pela LC 1.010, será a autarquia responsável pela gestão das aposen-tadorias e pensões de todos os po-deres, órgãos e entidades paulistas, sem que, para isso, haja qualquer alteração nas regras de concessão e cálculo. Ou seja, para os servidores, isto não representa absolutamente nenhuma modificação no processo de requisição de aposentadoria ou pen-são, assim como também não implica em nenhuma diferença no valor dos benefícios que tenham respeitado as normas legais pertinentes.
Entretanto, a aprovação da LC 1.010 significou a possibilidade de re-gularização da aposentadoria para os cerca de duzentos mil servidores con-tratados pela Lei Estadual nº 500 que ingressaram no serviço público até o dia 1º de junho de 2007. Com a LC 1.010, ficou definido que estes ser-vidores, em sua maioria professores do ensino fundamental, continuarão
a fazer parte do RPPS de São Paulo. Esta questão está em litígio entre o governo federal e o estadual desde a publicação da Emenda Constitucional nº 20, em 1998, que transfere obriga-toriamente todos os servidores con-tratados em regime temporário ou de comissão para o RGPS.
Em concordância com a Consti-tuição, o Estado de São Paulo deve-ria transferir todos os seus servidores contratados pela Lei Estadual nº 500 para o RGPS, administrado pelo Ins-tituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A permanência destes servi-dores no RPPS só foi possível devido a um acordo entre o Governador José Serra e o Ministro da Previdência Luís Marinho, a ser formalizado nos autos dos processos que tramitam no Supre-mo Tribunal Federal (STF). Estes ser-vidores, por terem sido admitidos por meio de um processo seletivo para o exercício de uma função permanente e obedecerem a normas estatutárias, são considerados titulares de cargo efetivo para fins previdenciários.
Os desafios da SPPREV
Segundo a LC 1.010, de 1º de ju-nho de 2007, a SPPREV deverá estar completamente estruturada até o dia 1º de dezembro deste ano e absor-ver todas as funções previdenciárias do Estado no prazo máximo de dois anos após a publicação da referida lei. Isto significa que todo o processo de concessão das aposentadorias e pensões, bem como a elaboração de todas as folhas de pagamentos pre-videnciários do Estado de São Paulo deverão ser responsabilidade da SP-PREV até 1º de junho de 2009.
Para isso, até dezembro do cor-rente ano, será divulgado um crono-grama responsável por especificar todos os passos deste processo de absorção e estipular datas para a migração das folhas de pagamento de todos os poderes, universidades,
autarquias e demais órgãos da admi-nistração direta e indireta do Estado para a SPPREV. Essa medida visa à tranqüilidade da operação, tanto no que diz respeito aos aspectos técni-cos como humanos, pois haverá a ne-cessidade de conformação dos siste-mas de informática e de treinamento, assim como a capacitação das pes-soas envolvidas com as atividades de concessão e pagamento de apo-sentadorias e pensões, alocadas nos diversos setores a serem absorvidos pela SPPREV.
Em suma, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secreta-ria da Fazenda, está empenhado em criar um órgão gestor de previdência estadual maior e melhor. Todos os es-forços estão sendo realizados para que as bases do sistema previden-ciário do futuro sejam sólidas e que venham a gerir com eficiência e segu-rança a previdência dos servidores. A SPPREV representa a nova previdên-cia do servidor: maior, mais eficiente e mais segura.
[*] Carlos Henrique Flory é formado em Economia e pós-graduado em Finanças pela Universidade de São Paulo. Foi diretor financeiro das empresas do grupo Siemens e diretor financeiro da Previ-Siemens. Foi presidente da Fundação Petrobrás de Seguridade Social – Petros. É Sócio da Flory Associados - Consultoria em Previdência Complementar. Foi superintendente do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – IPREM SP. Atualmente é superintendente do Instituo de Previdência do Estado de São Paulo – IPESP.
�3
A R T I G O S
Sumário:
1. Introdução. 2. Ato de controle. 3.
Ato complexo. 4. Jurisprudência do Su-
premo Tribunal Federal. 5. Conclusão.
Resumo:
Discute-se a natureza jurídica do
ato complexo, abordando a corrente
doutrinária que o considera um ato
complexo e aquela que o entende
como um ato de controle, sem perder
de vista a jurisprudência do Supre-
mo Tribunal Federal, solidificada no
enunciado de sua Súmula Vinculante
nº 03.
1. Introdução
A aposentadoria, segundo crista-
Inácio Magalhães Filho [*]
NATUREZA JURÍDICA DO ATO DE REGISTRO DE APOSENTA-DORIA PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS
lizada doutrina, é ato
administrativo vincula-
do, a partir do momen-
to em que, cumpridas
as exigências legais,
nasce para o servidor
o direito inegável de
aposentar-se. Contu-
do, a inativação con-
tém regras próprias,
pois, para ganhar ple-
na efetividade, carece
de atos emanados de
autoridades diversas:
a Administração, que
expede o ato, e o Tri-
bunal de Contas, a quem constitucio-
nalmente cabe conceder o registro de
legalidade de tal concessão.
Questão intrincada, então, é de-
terminar o aspecto jurídico do ato
oriundo das Cortes de Contas. A
doutrina costuma dividir-se em dois
vértices: um defende que o ato de
aposentadoria completa-se com a
manifestação da Administração, sen-
do a atribuição do Tribunal de Contas
apenas um ato de controle, extrínseco
àquele. Outra posição assegura que o
ato de aposentadoria está inserido no
rol dos atos complexos, porque consi-
dera que a manifestação da Corte de
Contas integra o ato de aposentado-
ria, exercendo, in casu, função admi-
nistrativa intrínseca.
�. Ato de controle
Para aqueles que defendem que
a atuação do Tribunal de Contas é um
ato de controle, a aposentadoria, logo
que concedida, reveste-se de plena
perfeição e eficácia, produzindo des-
de já todos os efeitos do ato adminis-
trativo.
Premissa comumente levantada
por essa corrente, avessa à teoria do
ato complexo, diz respeito à ausên-
cia de hierarquia entre o Tribunal de
Contas e o órgão do qual se origina
o ato. Assim, não haveria sentido em
fazer com que a aposentadoria de-
pendesse da vontade externada pelo
Tribunal. Entendem, os que defendem
essa corrente, que, quando a apo-
sentadoria é submetida ao Tribunal
de Contas, não há vontades que se
revistam do mesmo conteúdo ou dos
mesmos fins.
3. Ato complexo
Passando a outro prisma, cum-
pre, inicialmente, identificar o ato
complexo, na lição lapidar de Di Pie-
tro (2001, p. 207), como aquele que
resulta da manifestação de dois ou
mais órgãos, cuja vontade se funde
��
A R T I G O Spara formar um ato único. Assim, para
os adeptos dessa segunda corrente, o
ato efetivado pelo Tribunal de Contas
é condição sine qua non a que o ato
inaugural do órgão de origem adquira
perfeição e validade plena.
Dessa forma, o ciclo do ato de
aposentação só se completaria com o
concurso da vontade jurídica dos dois
órgãos – Administração e Tribunal de
Contas - , fato que confirma a nature-
za complexa.
Em que pese a discordância de
fundo material, quer parecer, todavia,
que assiste razão, em parte, a ambas
as correntes. Assim, permissa venia,
poder-se-ia definir a natureza jurídica
do registro da aposentadoria como
um ato administrativo complexo sui
generis. Complexo, porque depende
realmente das vontades de órgãos di-
versos, sem as quais não tem o con-
dão de definitividade. Nesse aspecto,
o ato da Corte de Contas integra o
âmago jurídico do ato, não lhe sen-
do extrínseco, apenas de controle.
Porém, sui generis, porquanto, desde
a primeira manifestação do órgão de
origem, a concessão de aposentado-
ria já ganha contornos de eficácia,
com resultados concretos no mundo
jurídico, independentemente da chan-
cela do Tribunal de Contas.
�. Jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal
O debate poder-se-ia alargar.
Entrementes, a discussão, neste mo-
mento, ganha aspectos puramente
acadêmicos, porquanto com a edição
da Súmula Vinculante nº 3, o Supre-
mo Tribunal Federal deu contornos
definitivos ao tema, ao estabelecer
que o registro da aposentadoria é ato
complexo, que só se aperfeiçoa com
a intervenção do Tribunal de Contas.
É o que deflui dos Mandados de Se-
gurança que serviram de preceden-
tes à citada Súmula (nos 24.754/DF,
24.742/DF e 24.728/RJ).
A propósito, o Ministro Marco
Aurélio, no MS 24.754/DF (igual teor
no MS 24.742/DF), realça que: “sob
o ângulo do contraditório, registre-se
a natureza do processo concernente
à aposentadoria do servidor. Mostra-
se complexo, com o implemento pelo
órgão de origem, a fim de não haver
quebra da continuidade da satisfação
do que percebido, seguindo a homo-
logação pelo Tribunal de Contas da
União”. A seu turno, o Ministro Gilmar
Mendes (MS 24.728/RJ) enfatiza que:
“É certo que a interposição tempesti-
va de Pedido de Reexame, com efeito
suspensivo, impediu que se perfizes-
se o ato complexo de registro da pen-
são militar, nos termos da Decisão (...)
Portanto, na hipótese, não se trata de
revisão de pensão devidamente regis-
trada perante o órgão competente.”
�. Conclusão
Este Subscritor filia-se à corren-
te que considera a aposentadoria um
ato complexo, visto que o exame do
Tribunal de Contas é condição sine
qua non para que o ato inaugural do
órgão de origem adquira perfeição e
validade plena.
Esse entendimento também en-
cerra um componente de efetividade
das decisões dos órgãos de controle
externo, qual seja: harmonizar-se à
jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal é criar um insuperável óbice
à revisibilidade judicial das decisões
dos tribunais de contas que aprecia-
rem, para fim de registro, os atos de
concessão.
[*] Inácio Magalhães Filho é procurador do Mi-
nistério Público de Contas do Distrito Federal,
especialista em Direito Público, doutorando
em Direito pela Universidade Autônoma de
Lisboa – Portugal e professor de Direito Cons-
titucional do Centro Universitário do Distrito
Federal – UniDF
��
QUALIDADE DE VIDA
A crescente procura pela terapia de acupuntura é justificada, de um lado,
pela credibilidade desta pela população e, de outro, pelo desejo de melhor qua-
lidade de vida, já que o paciente, ao ser tratado com a acupuntura, registra bom
resultado terapêutico em vários aspectos e praticamente sem os desagradáveis
efeitos colaterais causados pelos medicamentos alopáticos.Veja abaixo as per-
guntas e respostas mais freqüentes.
Como a acupuntura age?
Sabe-se que o estímulo dos pon-tos leva à produção de substâncias que tem ação sobre receptores do sistema nervoso (neurotransmissores e neuromediadores), e que o resulta-do final é a normalização das funções alteradas. A acupuntura tem também ação anti-inflamatória por estimular a produção de corticóides pela glându-la supra-renal. A acupuntura é mais que um analgésico, combatendo a dor através da resolução do processo inflamatório que a causa.
Quando está indicada?Além dos casos de dor, várias do-
enças podem ser tratadas pela acu-puntura. Dentro da concepção chine-sa, a doença é uma manifestação de desequilíbrio, e a acupuntura seria uma forma de readquirir a harmonia perdida. Entre as doenças tratáveis pela acupuntura estão: dores em ge-ral, especialmente do aparelho mús-culo-esquelético, gastrite, estresse, distúrbios hormonais, insônia, asma, distúrbios menstruais, paralisia facial, sinusite, entre outros.
Dr. Roger Lin [*]
A crescente procura pela terapia de acupuntura é justificada, de um lado, pela
credibilidade desta pela população e, de outro, pelo desejo de melhor qualidade de
vida, já que o paciente, ao ser tratado com a acupuntura, registra bom resultado
terapêutico em vários aspectos e praticamente sem os desagradáveis efeitos
colaterais causados pelos medicamentos alopáticos.Veja abaixo as perguntas e
respostas mais freqüentes.
Como a acupuntura age?
Sabe-se que o estímulo dos pontos leva à produção de substâncias que tem ação
sobre receptores do sistema nervoso (neurotransmissores e neuromediadores), e
que o resultado final é a normalização das funções alteradas. A acupuntura tem
também ação anti-inflamatória por estimular a produção de corticóides pela
glândula supra-renal. A acupuntura é mais que um analgésico, combatendo a dor
através da resolução do processo inflamatório que a causa.
Quando está indicada?
Além dos casos de dor, várias doenças podem ser tratadas pela acupuntura. Dentro
da concepção chinesa, a doença é uma manifestação de desequilíbrio, e a
acupuntura seria uma forma de readquirir a harmonia perdida. Entre as doenças
tratáveis pela acupuntura estão: dores em geral, especialmente do aparelho
músculo-esquelético, gastrite, stress, distúrbios hormonais, insônia, asma,
distúrbios menstruais, paralisia facial, sinusite, entre outros.
Ação mais importante Sintomas e doenças tratáveisAnalgésica dor de qualquer origem
Antiinflamatória artrite e traumatismo
Relaxante muscular contratura muscular, torcicolo
Ansiolítica (calmante): insônia, estresse, ansiedade, irritabilidade, síndrome de abstinência.
Antidepressiva (leve) angústia, depressão, irritabilidade.
Broncodilatadora asma, enfisema, bronquite.
Antiemética náuseas e vômitos de origem gastrintestinal, da gravidez e/ou pós-quimioterapia.
Cicatrizante, melhora de circulação sangüínea
escara, acne, incisões cirúrgicas
Imunidade rinite, alergia, asma
Dr. Roger Lin [*]
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QUALIDADE DE VIDAmenos de seis meses de duração exi-gem, em média, cinco a dez sessões até o seu controle.
Quando posso interromper o tratamento?
Geralmente a alta acontece na ausência dos sintomas que levaram o paciente ao consultório. O paciente deve retomar o tratamento se notar que os sintomas estão reaparecendo. Neste caso, quanto mais cedo, mais rápido o resultado.
O que o paciente deve fazer para ter maior conforto durante a sessão de Acupuntura?
O paciente deve usar roupas confortáveis e soltas, estar relaxado e procurar manter a mente tranqüila. Deve desligar o telefone celular.
[*] Dr. Roger Lin é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especializado em cirurgia geral pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Acupunturista pelo Centro de Acupuntura do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas. Médico da Sessão Técnica de Saúde do Tribunal de Contas do Município de São Paulo.
A acupuntura não tem contra-indicações?
Qualquer indivíduo, em qualquer idade, pode ser tratado com acupun-tura, exceto os pacientes com infec-ções generalizadas da pele. Mesmo durante a gravidez, a acupuntura não é contra-indicada, desde que se evi-te a aplicação nos pontos que atuam como dilatadores do colo do útero e facilitadores da contração uterina; entretanto, ainda se trata de assunto polêmico, a não ser nas vésperas do trabalho de parto, quando a acupun-tura pode auxiliar sua aceleração.
Posso misturar outros trata-mentos com a acupuntura?
Pode-se associar a acupuntura a outros tratamentos. Geralmente a fisioterapia, remédios alopáticos, psi-coterapia, homeopatia são beneficia-dos pela associação com a acupuntu-ra, ocorrendo desde a aceleração e a facilitação de processos terapêuticos até a redução das doses dos remé-dios utilizados.
Quais as complicações da acu-puntura?
A acupuntura é uma técnica inva-siva que exige conhecimentos médi-cos sobre anti-sepsia, anatomia e fi-
siologia humanas, fundamentais para evitar acidentes e complicações que eventualmente possam ocorrer, tais como inoculação de microorganismos no corpo humano ou dano a alguma estrutura nobre, como fígado, rim ou pulmão, com seqüelas imprevisíveis. Mas esse tipo de risco é extremamen-te baixo. Hoje temos agulhas descar-táveis disponíveis, tornando mais prá-tico e seguro o tratamento.
As agulhas podem permanecer na pele após a sessão?
Sim. Em alguns casos, deixa-se uma agulha pequena coberta com adesivo num determinado período, para que haja estímulo do ponto du-rante este tempo, recomendando-se que seja retirada ao primeiro sinal de incômodo.
Qual a freqüência do tratamento?Usualmente a freqüência é de
uma vez por semana, porém em ca-sos agudos sessões diárias podem ser necessárias. A duração do tra-tamento é dependente do tempo da doença: quanto mais recente, mais rápido o resultado. Algumas doenças respondem mais rapidamente que ou-tras. Como exemplo, dores lombares de origem músculo-ligamentar com
��
A assessora de Controle Externo do TCM, Magadar Rosália Costa Briguet, lançou, em parceria com dois grandes nomes da área previdenciária, Miguel Horvath Júnior e Maria Cristina Lopes Victorino, o livro “Previdência Social: Aspectos Práticos e Doutrinários dos Regimes Próprios”.
A obra de 394 páginas foi publi-cada pela Editora Atlas e serve como instrumento de consulta para diver-sas dúvidas práticas sobre o Regime Próprio do Servidor Público, que, se-gundo Briguet, é uma matéria nova, com pouca doutrina e jurisprudência incipiente.
No livro foram agregados diver-sos questionamentos obtidos no tra-balho de consultoria que os autores realizam para a APEPREM - Asso-ciação Paulista de Entidades de Pre-vidência Municipal e ABIPEM - As-sociação Brasileira dos Institutos de Previdência Estaduais e Municipais.
ASSESSORA DO TCMSP LANÇA LIVRO SOBRE PREVIDÊNCIA
SOCIAL
O conselheiro Maurício Faria, que participou do XXI Congresso Brasileiro de Direito Administrativo, realizado em Aracaju, destacou o alto nível do evento e a importante atuação dos Tribunais de Contas durante sessão plenária realizada no dia 26 de setembro. O encontro, ocorrido nos dias 19, 20 e 21 de setembro, contou com a presença de cerca de 1500 participantes.
O Congresso Brasileiro de Direito Administrativo, promovido anualmente pelo Instituto Brasilei-ro de Direito Administrativo – IBDA, consiste em conferências e debates sobre aspectos e caminhos desse ramo do Direito Público e permite o lançamento de obras inéditas e discussões de teses acadêmicas.
Entre os palestrantes, apre-sentaram-se importantes especia-listas em Direito Administrativo e ministros do Supremo Tribunal Fe-
deral. Além do conselheiro Maurício Faria, os agentes de fiscalização do TCM, Carlos Eduardo Almeida Mar-tins de Andrade, Daniela Shimizu e Tarcila de Arruda Miranda, e o as-sessor de gabinete Rui Corrêa parti-ciparam do evento. No dia 5 de outu-bro, esses servidores expuseram ao TCM os principais assuntos aborda-dos no XXI Congresso Brasileiro de Direito Administrativo. A explanação teve como objetivo multiplicar a ex-periência obtida por meio da partici-pação no evento.
TCMSP PARTICIPOU DO XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
N O T A S
A assessora de Controle Externo do TCM, Magadar Briguet, é uma das autoras da obra Mesa de abertura do Congresso Brasileiro de Direito Administrativo
Fot
o: A
SC
OM
TC
E/S
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O assessor de gabinete, Rui Corrêa, durante a explanação realizada no TCM
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O Tribunal de Contas do Município de São Paulo obteve a recomendação da continuidade da
certificação ISO 9001:2000, após auditoria externa realizada pela BSI nos dias 18 e 19 de outubro. A visita integrou o calendário de auditorias contínuas, realizadas semestralmente com o objetivo de avaliar a conformidade do Sistema de Gestão certificado.
Na ocasião, foram avaliados o Sistema de Ges-tão/Alta Direção/Escritório da Qualidade - ETQC e as coordenadorias de Contas, Saúde, Transporte e Meio Ambiente. Os resultados da auditoria foram apresenta-dos pelo auditor Luiz Antonio Haruo Yochikawa durante reunião com a Alta Direção do TCM e representantes das coordenadorias avaliadas.
No relatório final, Yochikawa destacou a maturi-dade do Sistema de Gestão e o comprometimento e envolvimento dos servidores das áreas auditadas.
Durante o processo de auditoria, não foi registra-da nenhuma não-conformidade, apenas quatro oportu-nidades de melhoria. A primeira refere-se a um ajuste de procedimento relativo à nova sistemática de enume-ração dos relatórios da auditoria interna.
A segunda diz respeito à identificação de interpre-tações equivocadas dos conceitos de ação corretiva, ação preventiva e correção, com avaliação da possibili-dade de treinamento para sanar os problemas concei-tuais.
Outra oportunidade está relacionada à possibili-dade da extensão da certificação para outras áreas do TCM ou para a sua totalidade.
Finalmente, foi observada uma carência de regis-tros de dados das não-conformidades, fato que induz a pensar na inexistência do retrabalho. Os eventuais ajustes realizados nos documentos antes da sua apro-vação final, que consomem tempo e recursos, não são computados no processo.
Os resultados positivos da auditoria, segundo Yo-chikawa, demonstram uma constância de valores em relação às metas estabelecidas.
A próxima auditoria acontecerá em abril de 2008, ocasião em que serão avaliados o Processo de Gestão/Alta Direção e todas as coordenadorias.
AUDITORIA EXTERNA RECOMENDOU A CONTINUIDADE DA CERTIFICAÇÃO ISO 9001: 2000 AO TCMSP
Na reunião para a apresentação dos resultados da auditoria, Luiz Yochikawa destacou a maturidade do Sistema de Gestão e o comprometimento dos servidores do TCM com a qualidade total
O auditor da BSI, Luiz Yochikawa, com a equipe da coordenadoria de Saúde e o coordenador do ETQC, José Alberto Bicudo Paranhos
(10 à esq.), durante a auditoria