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Silas Silva Corrêa
METODOLOGIAS ATIVAS: o uso de recursos tecnológicos no auxílio do processo ensino-aprendizagem no curso de enfermagem
Palmas – TO
2019
Silas Silva Corrêa
METODOLOGIAS ATIVAS: o uso de recursos tecnológicos no auxílio do processo ensino-aprendizagem no curso de enfermagem
Monografia elaborado como requisito parcial para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de bacharel em Enfermagem pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Orientadora: Prof.ª Dra. Tatyanni Peixoto Rodrigues
Palmas – TO
2019
Silas Silva Corrêa
METODOLOGIAS ATIVAS: o uso de recursos tecnológicos no auxílio do processo ensino-aprendizagem no curso de enfermagem
Monografia elaborado como requisito parcial para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de bacharel em Enfermagem pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Orientadora: Prof.ª Dra. Tatyanni Peixoto Rodrigues
Aprovado em: _____/_____/_______
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Prof. Dra. Tatyanni Peixoto Rodrigues
Orientadora
Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP
____________________________________________________________
Prof. Esp. Jussara Dias Queiroz Brito
Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP
____________________________________________________________
Prof. Dra. Solange Maria Miranda Silva
Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP
Palmas – TO
2019
Primeiramente a Deus, que iluminou
meu caminho durante esta
caminhada. Aos meus familiares
com muito carinho e apoio, não
mediram esforços para que eu
chegasse até esta etapa da minha
vida...
Dedico.
AGRADECIMENTOS
Aos agradecimentos, primeiramente a Deus pela oportunidade
proporcionada a mim em estar concluindo um ensino superior e passar por
essa etapa com saúde, garra e determinação chegando até fim. Aos meus
familiares que sempre me apoiarão nessa jornada e com quem pude sempre
contar nos momentos de dificuldade. Aos amigos e colegas de turma que
enfrentamos e vencemos várias batalhas juntos. Ao corpo docente que compõe
a Enfermagem CEULP/ULBRA, pelos ensinamentos compartilhado, as
experiências e atitude profissional repassadas, sempre terão meu
reconhecimento e minha gratidão por tudo durante todos esses anos. Grato de
coração.
RESUMO
CORRÊA, Silas Silva. METODOLOGIAS ATIVAS: o uso de recursos tecnológicos no auxílio do processo ensino-aprendizagem no curso de enfermagem. 2019. 33f. Projeto de Pesquisa em Enfermagem – Curso de Enfermagem, Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas/TO.
No processo ensino-aprendizagem a motivação deve estar presente em todos os momentos. A presença das metodologias ativas no processo de ensino remonta a uma aprendizagem significativa que favoreça a formação de pessoas com personalidade interrogativa, flexível, crítica, capaz de enfrentar incertezas e ambiguidades e de construir novos significados que possibilitem o enfrentamento de mudanças, num processo de busca chamado de aprender a aprender. Aos recursos que interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos indivíduos, sendo um conjunto de recursos tecnológicos que, se estiverem integrados entre si, podem proporcionar a automação e/ou a comunicação de vários tipos de processos existentes no ensino ou em outras áreas. Nesse sentido este estudo teve como objetivos: Avaliar a perspectiva dos alunos em relação ao uso de tecnologias que facilita seu desempenho acadêmico; identificar iniciativas de produção e implementação de instrumentos didáticos que facilita o processo ensino-aprendizagem; analisar o conhecimento sobre metodologias ativas e recursos tecnológicos disponíveis. Trata-se de uma revisão bibliográfica, narrativa, cuja amostra foi fixada em 10 artigos que contemplaram os critérios de inclusão e exclusão. Acredita-se, portanto, que, para produzir os resultados pretendidos, se faz necessário, ao docente, compreender a metodologia utilizada de tal forma que sua escolha traduza uma concepção clara daquilo que intenciona obter como resultado. Dessa forma, possibilita-se, também, a autonomia dos estudantes e uma nova cultura alicerçada na atualização e em um currículo flexível, de modo que ambos possam refletir sobre suas condutas e contribuir para o desenvolvimento de um melhor ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Metodologias Ativas, Recursos Tecnológicos, Processo
Ensino-Aprendizagem.
ABSTRACT
CORRÊA, Silas Silva. ACTIVE METHODOLOGIES: the use of technological resources to assist the teaching-learning process in the nursing. course nursing 2019. 33f. Research Project -Nursing Course, Lutheran University Center of Palmas, Palmas / TO.
In the teaching-learning process the motivation must be present at all times. Strategies The presence of active methodologies in the teaching process goes back to a meaningful learning that favors the formation of people with interrogative, flexible, critical personality, capable of facing uncertainties and ambiguities and of constructing new meanings that allow the confrontation of changes, in a process of called quest to learn to learn. to interfere and mediate the informational and communicative processes of individuals, a set of technology resources that, if integrated with each other, can provide the automation and / or communication of various types of existing processes in education or other áreas. In this sense, this study aimed to: Evaluate the students' perspective regarding the use of technologies that facilitate their academic performance; Identify production initiatives and implementation of didactic instruments that facilitates the teaching-learning process; Analyze knowledge about active methodologies and available technology resources. This is a bibliographical, narrative review, whose sample was set in 10 articles that met the inclusion and exclusion requirements. To believe, therefore, that, in order to produce the desired results, if necessary, the teacher understands a methodology used for such that his choice translates a clearly clear option of what he intends to obtain as a result.Thus, it also enables students' autonomy and a new culture based on updating and a flexible curriculum, so that both can reflect on their behavior and contribute to the development of better teaching-learning.
Keywords: Active Methodologies, Technological Resources, Teaching-Learning Process.
LISTA DE SIGLAS
MAA – Metodologias Ativas de Aprendizagem
PBL – Project Based Learning (aprendizagem baseado em problemas)
TDIC – Tecnologias da Informação e Comunicação
DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais
PI - Peer Instruction “instrução entre pares”
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Demonstrativo em ordem cronológica decrescente, entre os anos de 2019 a 2009, das produções literárias sobre como aprimorar métodos de aprendizagem utilizando recursos tecnológicos....................................................................................16
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................08
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA..............................................................09
1.2
PROBLEMA .................................................................................................09
1.3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................09
1.4 OBJETIVOS................................................................................................ 10
1.4.1 Objetivo geral..........................................................................................101.4.2 Objetivos específicos.............................................................................102. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................... 102.1 FATORES HISTÓRICOS E RELEVANTES DO PROCESSO DE
EDUCAÇÃO..................................................................................................... 10
2.2 METODOLOGIAS ATIVAS MAIS
APLICADAS...................................................................................................... 11
2.3 RECURSOS TECNOLOGICOS ................................................................ 12
3. METODOLOGIA.......................................................................................... .14
3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO..................................................................14
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA........................................................................14
3.3 LOCAL E PERÍODO ...................................................................................14
3.4 FONTES DE DADOS...................................................................................14
3.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO................................................14
3.5.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO.....................................................................15
3.5.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO....................................................................15
3.6 ESTRATÉGIA DE COLETA DE
DADOS......................................................15
3.7ANALISE E APRESENTAÇÃO DOS
DADOS...............................................15
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................164.1 PERSPECTIVA DOS ALUNOS EM RELAÇÃO AO USO DE TECNOLOGIAS QUE FACILITA SEU DESEMPENHO ACADÊMICO.............23
4.2 COMO IDENTIFICAR INSTRUMENTOS DIDÁTICOS QUE FACILITAM O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM..........................................................244.3 ANALISE DO CONHECIMENTO SOBRE METODOLOGIAS ATIVAS E RECURSOS TECNOLÓGICOS DISPONÍVEIS.....................................................24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................30REFERÊNCIAS.................................................................................................19
8
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
O conceito de Metodologias Ativas de Aprendizagem (MAA) e definido como um
“processo interativo de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais
ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema. ”tendo o potencial
de despertar a curiosidade, à medida que os alunos se inserem na teorização e trazem
elementos novos, ainda não considerados nas aulas ou na própria perspectiva do
professor (BERBEL, 2011).
As MAA são pontos de partida para o avanço de processos de reflexão,
integração cognitiva, generalização e reelaboração de novas práticas. O aprendizado se
dá a partir de problemas e situações reais; os mesmos que os alunos vivenciarão depois
na vida profissional, de forma antecipada durante o curso (MORÁN, 2015).
Com a Internet e a divulgação aberta de materiais, podemos aprender em
qualquer lugar, a qualquer hora e com muitas pessoas diferentes, permitindo o registro, a
visualização do processo de aprendizagem de cada um e de todos os envolvidos. Por
isso a educação formal é cada vez mais misturada, porque não acontece só no espaço
físico da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais.
(VALENTE, 2014).
Atualmente, observa-se que, para conseguir influenciar a geração Y, Z, frente à
tantas mudanças na sociedade, é necessário inovar a educação, implementando no
processo formas competentes de ensino, possibilitando um desenvolvimento educacional
focado, capaz de forma o sujeito como um ser ético, histórico, crítico, reflexivo,
transformador e humanizado, refletindo a ação docente em uma boa formação e
construção de uma sociedade pensante (GEMIGNANI, 2012).
Em nossa sociedade atual, a tecnologia evolui a cada instante, fazendo-se cada
vez mais presente em nosso cotidiano em diferentes aspectos. Cada vez mais pessoas,
de diferentes idades, estão tendo acesso e se integrando com a modernização. O
empenho do discente na construção do saber ao longo de sua vida acadêmica é relativo a
cada indivíduo, mas de forma compartilhada, consegue-se aprimorar maneiras de
potencializar o seu aprendizado individual, que está relacionado à forma como cada aluno
9
busca o significado diferenciado no ensino proporcionado em sala de aula, por meio de
estratégias utilizadas pelo colaborador na construção do conhecimento (BITTENCOURT,
2013).
Na Educação, a literatura traz bases para guiar o ensino de habilidades e
competências, ao apoio de ensino presencial que respeita a autonomia do aluno,
complementando com desenvolvimento de métodos de informação digitais de recurso
pedagógico, implementado o presente estudo no curso de enfermagem, com intuído de
redirecionar a visão acadêmica, potencializando o estudo extraclasse por meio do
ambiente virtual (GARCIA, 2018).
Diante disso, o processo de ensino-aprendizagem, para ser adequadamente
compreendido, precisa ser combinando equilibradamente atividades, desafios e
informação contextualizada de forma a analisar de tal modo que articule consistentemente
as dimensões humanas, técnica e político social (BORGES, ALENCAR, 2014).
Dessa forma, a pesquisa traz analises da percepção dos alunos frente ao
desenvolvimento de Metodologias Ativas e uso de recursos tecnológicos no curso de
Enfermagem e identificar os fatores positivos destas condutas.
1.2 PROBLEMA
Quais perspectivas professores e alunos tem em relação as metodologias ativas e recursos tecnológicas que acrescentam no rendimento acadêmico?
1.3 JUSTIFICATIVA
No ambiente acadêmico a troca de informações por midas digitais está
habitualmente ligada ao cotidiano dos alunos, dispondo de tecnologias de fácil acesso
onde a comunicação ajuda a informar sobre as atividades diárias das diversas disciplinas.
Neste contexto a pesquisa busca analisar métodos que desenvolvem nos alunos,
autonomia na busca do conhecimento, utilizando recursos tecnológicos disponíveis para o
aprimoramento do aprendizado, tendo o professor como incentivador.
10
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 OBJETIVO GERAL:
Aprimorar métodos de aprendizagem utilizando recursos tecnológicos.
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Avaliar a perspectiva dos alunos em relação ao uso de tecnologias que facilita seu
desempenho acadêmico.
Identificar instrumentos didáticos que facilitam o processo ensino-aprendizagem.
Analisar o conhecimento sobre metodologias ativas e recursos tecnológicos
disponíveis.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 FATORES HISTÓRICOS E RELEVANTES DO PROCESSO DE EDUCAÇÃO
Com as constantes transformações sociais, políticas e tecnológicas, temos assistido a
uma desenfreada mudança de paradigmas. Isso se reflete na educação e principalmente
na construção do conhecimento, obrigando professores e alunos a repensarem as suas
práticas como condição imprescindível para que possam continuar agindo de forma crítica
em relação à evolução da sociedade (FREIRE, 2009).
O desafio para os pressupostos básicos da pedagogia deriva da natureza excêntrica e
essencialmente imprevisível das mudanças contemporâneas. O conhecimento sempre foi
valorizado por sua fiel representação da sociedade, mas o que aconteceria se a mesma
mudasse? A primeira hipótese justificava a necessidade e as vantagens da transmissão
do conhecimento dos professores aos alunos. A segunda traz no professor a auto
segurança necessária para esculpir a personalidade dos alunos, como se esculpe um
mármore (BAUMAN, 2009).
Não se trata de negar o professor que mantém uma postura tradicional relativamente
ao ensino. Mas sim implementar inovações pedagógicas, sobretudo no referente à
tecnologia e material de ensino, agregando conhecimento e podendo ao mesmo tempo
manter sua característica conservadora de ensino (BORGES, ALENCAR 2014).
11
Dessa forma, é preciso questionar as práticas adotadas e a qualidade do ensino para
que se possa fazer uma transformação que melhore o nível das aprendizagens
realizadas. A função seria oferecer ou proporcionar conhecimentos já elaborados para
sua incorporação ou assimilação na memória dos aprendizes (FREIRE, 2009).
Consecutivamente assistir os alunos como os principais agentes do processo
educativo. Preocupar em identificar suas aptidões, necessidades e interesses com vista a
auxiliá-los na coleta das informações de que necessitam no desenvolvimento de novas
habilidades (SILVA, BORBA, 2011).
É necessário que o professor continue se comunicando face a face com os alunos,
mas também digitalmente, equilibrando a interação com todos e com cada um. O ensinar
e aprender acontece numa interligação simbiótica, constante entre o que chamamos
mundo físico e mundo digital, conectados pela rede, proporcionado pelas tecnologias
moveis, que traz integração de todos os espaços e tempos (MORÁN, 2015).
Essa mescla prever processos de comunicação mais planejados, organizados e
formais com outros mais abertos, como os que acontecem nas redes sociais, onde há
uma linguagem mais familiar, uma espontaneidade maior, uma fluência de imagens,
ideias e vídeos constante. A combinação dos ambientes mais formais (sala de aula) com
os informais (redes sociais, blogs), feita de forma inteligente e integrada, nos permite
conciliar a necessária organização dos processos com a flexibilidade de poder adaptá-los
para melhor aproveitamento do aprendizado (MORÁN, 2015).
2.2 METODOLOGIAS ATIVAS MAIS APLICADAS
Existem várias possibilidades de Metodologias Ativas, com potencial de levar os
alunos a aprendizagem para a autonomia, e de um indivíduo crítico. Para que possam
causar efeito na direção da intencionalidade pela qual são definidas ou eleitas, será
necessário que os participantes do processo as assimilem no sentido de compreendê-las
(BERBEL, 2011).
Diante deste cenário, destacaremos aqui algumas metodologias dentre as diversas
existentes e praticadas no processo-aprendizagem. O Peer Instruction “instrução entre
pares” ou “instrução pelos colegas”. Outra e PBL – Project Based Learning (aprendizagem
baseado em problemas) (MORÁN, 2015).
12
Pela metodologia desenvolvida, Peer Instruction faz com que o estudante busque a
fonte primária do conhecimento através de leitura prévia à aula, pensem e reflitam. Após,
durante a aula, promove-se a discussão dos temas abordados em grupos de alunos. Além
disso, os professores se comunicam de modo constante com seus estudantes através do
website da disciplina, o que proporciona, também, monitoramento de todo o processo.
(CAMPAGNOLO, et al 2014).
A PBL, é um método caracterizado pelo uso de problemas do mundo real para
encorajar os alunos a desenvolverem pensamento crítico e habilidades de solução de
problemas e adquirirem conhecimento sobre os conceitos essenciais da área em questão
(BORGES, ALENCAR, 2014)
Na aplicação do processo, o desafio do docente no ensino superior é fazer com
que o acadêmico tenha uma participação efetiva nas discussões de sala de aula,
portanto, a substituição das formas tradicionais de ensino por Metodologias Ativas de
Aprendizagem (MAA), pode ser o diferencial para utilizá-las como recurso didático na
prática educacional.
Essas condutas possibilitara o desenvolvimento de habilidades na execução de
procedimentos teórico-práticos, necessários a assistência de enfermagem, com foco ao
indivíduo, família e comunidade, sendo de fundamental importância para o
desenvolvimento das atividades de enfermagem (NUNES, et al 2012).
2.3 RECURSOS TECNOLÓGICOS
As tecnologias de informação e comunicação estão proporcionando um novo
campo de saber para o mundo, caracterizando o corpo social pela globalização
tecnológica e direcionando-a para uma humanidade digital, de forma que auxiliarão de
maneira evidente o aluno, no qual se sentira estimulado a construir novos conhecimentos
e melhorando o seu desempenho educacional. (GUIMARAES, et al 2016).
A inserção de recursos tecnológicos no âmbito educacional tem proporcionado
melhorias na qualidade da educação pública. Percebe-se que, os jovens têm
demonstrado cada vez mais interesse no aprendizado. Isso é dado ao fato de que os
jovens de hoje em dia estão cada vez mais conectados, já praticamente nasceram à
mercê da tecnologia, e a usam em seu cotidiano para jogar, assistir vídeos, escutar
13
música, entre outras atividades que proporcionam lazer (BONATTO, SILVA, LISBOA
2013).
Sobre a linha de pensamento apresentada por Rodrigues (2012, p. 39)
A Tecnologia hoje tem um papel importantíssimo na educação, a forma mais
expressiva de seu ingresso no ensino, se dá pela inserção dos computadores nas
escolas, com eles alguns softwares também são fundamentais para o processo de
ensino, tais como editores de texto, planilhas, desenhos, navegadores, entre
outros; Porém a tecnologia não está somente nos computadores mais também em
componentes que junto a eles se tornam importantes para uma aula bem
dinâmica, como o projetor de imagens (Data Show), Impressoras, Kits de Áudio,
Microfones entre outros.
Atualmente, com o crescente desenvolvimento da tecnologia, surgem ambientes
digitais modernizados com as novas tecnologias digitais; estes são ambientes de
aprendizagem e desenvolvimento educacionais interativos, onde o educador assume o
papel de mediador das aprendizagens. De outro lado, o educador deverá assumir-se com
critérios metodológicos fazendo análise cuidadosa dos materiais que coloca à disposição
dos alunos (GOMES, 2014).
Tais possibilidades interativas podem trazer para a docência novos
encaminhamentos quanto ao processo de aquisição do conhecimento pelo aluno. Esta
questão volta acerca da incorporação das tecnologias digitais às ações educativas
formais, e o papel do professor frente às atuais demandas trazidas por essas tecnologias
digitais que traz possibilidades interativas para a educação, as quais, em muitas escolas
ainda não foram incorporadas nas práticas docentes, independentemente da adoção, ou
não, dessa nova linguagem (SILVA, SALES, 2019).
3. METODOLOGIA
3.1 DELINEAMENTO DE ESTUDO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva com abordagem qualitativa,
desenvolvendo uma revisão narrativa da literatura.
14
Estudos descritivos reproduzem as características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis como: observa, registra,
analisa e ordena dados. Procura descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua
natureza, suas características, causas, relações com outros fatos. (PRODANOV,
FREITAS 2013).
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população foi composta por 78 artigos científicos encontrados na base de dados,
entretanto, a amostra foi fixada em 11 artigos, sendo que 7 foram achados no Redalyc, 6
no portal CAPES, 1 no Lilacs e 1 no Scielo.
3.3 LOCAL E PERÍODO
A pesquisa ocorreu nas bases de dados citadas, a partir de materiais
acadêmicos relacionados ao tema, entre os meses de agosto a novembro de 2019.
3.4 FONTES DE DADOS
A pesquisa foi realizada via aparelho eletrônico (celular e notebook) na base de dados
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde); portal CAPES
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), REDALYC ( rede de
revistas cientificas da América latina e Caribe, Espanha e Portugal) e SciELO (Scientific
Eletronic Libraly online). Através dos descritores em ciências da saúde (DECS):
Metodologias Ativas, Recursos Tecnológicos, Processo Ensino-Aprendizagem.
3.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
3.5.1- CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
a) Procedência nacional;b) Do período de 2009 até 2019;
c) Materiais relacionados ao tema em questão;
15
3.5.2- CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
a) Não disponibilizaram o artigo e ou material na íntegra; b) Artigos repetidos que já tenham sido citados em outra base de dados.
3.6 ESTRATÉGIA DE COLETA DE DADOS
Para examinar os materiais literários pesquisados, primeiro foi realizada uma leitura
criteriosa dos textos, e em seguida, fizemos a análise do conteúdo de cada um deles de
forma que permita identificar o que a pesquisa se propunha. A coleta de dados baseia-se
em: identificação do artigo original dos autores; fonte de localização; análise de conteúdo
para coleta de dados.
3.7 ANALISE E APRESENTAÇÃO DOS DADOS
Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo e serão
apresentados a seguir de forma descritiva.
Segundo Bardin (2006), a técnica da análise de conteúdo se organiza em três
fases: 1) pré-análise, 2) exploração do material e 3) tratamento dos resultados, inferência
e interpretação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para dar início a análise de literatura, encontra-se abaixo o quadro com o
demonstrativo da amostra de estudo com: título do artigo, nome dos autores, ano de
publicação, periódico e considerações principais.
16
Quadro 1- Demonstrativo em ordem cronológica decrescente, entre os anos de 2019 a 2009, das produções literárias sobre como aprimorar métodos de aprendizagem utilizando recursos tecnológicos.
Título doArtigo
Nome dosautores
Ano Periódico
Considerações principais
Percepção do discente de enfermagem
na construção do seu
conhecimento no contexto da
metodologia ativa
GARCIA, Izabela Melo 2018
Revista Eletrônica Acervo Saúde /
Electronic Journal
Collection Health
Os discentes de enfermagem perceberam que o emprego da metodologia ativa na formação profissional auxilia positivamente no desenvolvimento e construção do conhecimento, tornando os sujeitos ativos, críticos e reflexivos e com maior autonomia na construção de seu conhecimento
Mudando a educação com metodologias
ativa
MORÁN, José
2015 Coleção Mídias
Contemporâneas. Convergê
ncias Midiática
s, Educaçã
o e Cidadani
a: aproxima
ções jovens.
Todos os processos de organizar o currículo, as metodologias, os tempos, os espaços precisam ser revistos e isso é complexo, necessário e um pouco assustador, porque não temos modelos prévios bem-sucedidos para aprender. Estamos sendo pressionados para mudar sem muito tempo para testar. Por isso, é importante que cada escola defina um plano estratégico de como fará estas mudanças.
A importância da didática no
ensino superior
SILVA , Regina
Nogueira
2015 CADERNOS NA ICE EDU
Os estudantes universitários, por já possuírem uma “personalidade formada” e por saberem o que pretendem, não exigiriam de seus professores mais do que competência para transmitir os conhecimentos e para sanar suas dúvidas.
Uso da CAMPAGN 2014 Revista Os resultados sugerem que a
17
abordagem peer
instruction como
metodologia ativa de
aprendizagem: um relato
de experiência
OLO,Rodrigo
Signo utilização do PI pode trazer benefícios imediatos para o processo de aprendizagem, como o aumento no acerto das questões conceituais e compreensão do conteúdo, no Feedback instantâneo pelo professor em relação ao processo de ensino-aprendizagem, na melhoria da motivação, participação em aula e cooperação por parte dos estudantes, na atualização dos conteúdos e melhoria da qualidade das aulas pelo professor.
Metodologias ativas na
promoção da formação crítica do
estudante: o uso das
metodologias ativas como
recurso didático na formação crítica do
estudante do ensino
superior
BORGES, Tiago Silva. ALENCAR,
Gidélia
2014 Cairu em Revista
O uso das metodologias ativas como recurso didático na formação crítica do estudante do nível superior, buscando perceber através de uma revisão bibliográfica, a importância destes recursos e do papel docente no processo de ensino-aprendizagem no ensino universitário
A Comunicação e a Educação baseada no
uso das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação
VALENTE,José
Armando
2014 Revista UNIFES
O – Humanas e Sociais
São discutidas atividades como a educação a distância na abordagem do “estar junto virtual”, o uso de software do tipo simulação, a construção de narrativas digitais, e a implantação da abordagem híbrida de ensino e de aprendizagem - conhecida como a sala de aula invertida -mostrando como as TDICs podem ser efetivas na criação de condições para o aluno construir conhecimento.
Ensino de enfermagem fundamental pelo uso de
BITTENCOURT,
mariana emília da
2013 FUNDAÇÃO
OSWALDO
A partir dos dados obtidos foi produzido um Software Educacional para o ensino das técnicas de administração de medicamentos por
18
tecnologia digital
silveira ARANHA via parentérica, direcionado para graduandos e profissionais de enfermagem atuantes na área. Acredita-se que a utilização de um Software Educacional, possa facilitar a compreensão dos acadêmicos de enfermagem e profissionais atuantes na área no auxílio da tomada de decisão na assistência de enfermagem prestada ao paciente com necessidade de vias alternativas para administração de medicamentos por vias parentéricas.
Formação de Professores e Metodologias
Ativas de Ensino-
Aprendizagem: Ensinar Para a Compreensão
GEMIGNANI, Elizabeth Yu Me Yut
2012 Revista Fronteira
A complexa transformação política, econômica e social pela qual o mundo passa exige da humanidade uma rápida adaptação às inovações tecnológicas veiculadas por meio da informação e da comunicação. Neste cenário, a Universidade cumpre um papel importante na formação do sujeito e em sua formação profissional, pois deve inserir o estudante no mercado de trabalho.
As metodologias
ativas e a promoção da autonomia de
estudantes
BERBEL, Neusi
Aparecida Navas
2011 Semina: Ciências Sociais e Humanas
São exemplificadas alternativas metodológicas com suas características essenciais, com ênfase na metodologia da problematização com o arco de Maguerez, pelo potencial de levar alunos a aprendizagens para a autonomia, assim como estudos que a utilizaram.
Estratégias de ensino
Estratégias de ensino-
aprendizagem na -
aprendizagem na percepção
de graduandos
MOURA, Elaine
Cristina Carvalho.
MESQUITA ,Lúcia de Fátima
Carvalho.
2010 Revista Brasileira
de Enfermag
em
A ação de ensinar é sobremaneira baseada na intencionalidade que predispõe a ajudar alguém que quer aprender, assim existe um caminho longo entre o propósito e sua realização, nesse sentido surgem os procedimentos didáticos, visando um encontro entre ensinar e aprender
19
de enfermagem
Auto-regulação da aprendizagem
FREIRE , Luiz
Gustavo Lima
2009 Revista Ciências
& Cognição
Para que se possa provocar transformações nesse sentido, é preciso que os professores se armem através de um conjunto de práticas que se baseiem, não tanto em seus sentimentos e crenças, mas fundamentalmente num estudo sistematizado acerca do construto do auto regulação da aprendizagem e das implicações enriquecedoras que ele traz.
Compreende-se que na escola, o professor é o intermediador de condição e
relação com o aluno, e ele tanto pode contribuir para a promoção de autonomia dos
alunos como para a manutenção de comportamentos de controle sobre os mesmos,
encontramos para a palavra Autonomia (2010), no dicionário Michaelis, os seguintes
significados:
“1 Qualidade ou estado de autônomo. 2 Sociol e Polít Autodeterminação político-administrativa de que podem gozar, relativamente, grupos (partidos, sindicatos, corporações, cooperativas etc.), em relação ao país ou comunidade política dos quais fazem parte.3 Liberdade moral ou intelectual”. Embora ligado à área da sociologia e da política, esse dicionário apresenta o termo autodeterminação, que é utilizado pela psicologia de modo associado com os conceitos de motivação e autonomia.
O que a tecnologia traz hoje é integração de todos os espaços e tempos. O
ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o
que chamamos mundo físico e mundo digital, não são dois mundos ou espaços, mas um
espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente.
Por isso a educação formal é cada vez mais blended, misturada, híbrida, porque não
acontece só no espaço físico da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano,
que incluem os digitais, o professor precisa seguir comunicando-se face a face com os
alunos, mas também digitalmente, com as tecnologias móveis, equilibrando a interação
com todos e com cada um (GARCIA, 2018).
Podemos entender Metodologias Ativas como formas de desenvolver o
20
processo do aprender que os professores utilizam na busca de conduzir a formação
crítica de futuros profissionais nas mais diversas áreas, A utilização dessas metodologias
pode favorecer a autonomia do educando, despertando a curiosidade, estimulando
tomadas de decisões individuais e coletivas, advindos das atividades essenciais da
prática social e em contextos do estudante (SILVA, 2015).
A questão dos currículos de graduação começou a ganhar importância na
reforma da educação superior, a partir de 1995, com a nova LDB (Lei nº 9131), que criou
a necessidade de estabelecer Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação, o que
permitiu a eliminação dos chamados currículos mínimos e tornando os currículos mais
flexíveis (SILVA, 2015).
A memorização é uma componente indissociável do processo de ensino-
aprendizagem, mas não deve ser sua última finalidade. É obvio que aprender implica
processos de retenção, que o aluno deverá ser capaz de realizar através da codificação
simbólica e da condensação das informações, o que lhe permitirá estabelecer uma rede
integrada capaz de se sustentar na consciência pelo seu caráter afetivo e usual (SILVA,
2015).
Destaca –se ainda que os métodos tradicionais, que privilegiam a transmissão
de informações pelos professores, faziam sentido quando o acesso à informação era
difícil. Com a Internet e a divulgação aberta de muitos cursos e materiais, podemos
aprender em qualquer lugar, a qualquer hora e com muitas pessoas diferentes. Isso é
complexo, necessário e um pouco assustador, porque não temos modelos prévios bem-
sucedidos para aprender de forma flexível numa sociedade altamente conectada
(CAMPAGNOLO, 2014).
Em se tratando da educação de nível superior, sempre se estigmou que para ser
considerado um bom docente universitário, bastaria ter um vasto conhecimento na área
da disciplina lecionada e uma boa oratória; contudo é perceptível que a cada dia mais os
estudantes do nível superior, chegam com suas personalidades formadas, uma bagagem
de conhecimento muito grande, frutos de uma sociedade globalizada e informativa. A fim
de atender as necessidades dessa nova realidade universitária, é de grande importância o
desenvolvimento de habilidades didáticas suficientemente eficazes, buscando ter uma
visão de mundo, ciência, ser humano e educação compatível com a realidade atual
(BORGES, ALENCAR 2014).
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Não basta aprender os conteúdos curriculares formais, mas principalmente
poder fazer escolhas críticas, estar preparado para o “novo”, poder agir com autonomia, e
saber gerir a informação, a atualidade exige que os indivíduos reflitam, buscando novas
soluções e ideias, pois os velhos procedimentos já não atendem às necessidades
cambiantes modernas, daí o imperativo do pensamento flexível e inovador, capaz de
estabelecer soluções, no entanto, essas competências só poderão ser estimuladas
através da compreensão dos conteúdos, e de um ensino-aprendizagem que promova a
auto regulação do aluno para aprender (VALENTE, 2014).
Com outras palavras, mas na mesma direção, no Novo Dicionário da Língua
Portuguesa, autonomia significa a faculdade de se governar por si mesmo; o direito ou
faculdade de se reger por leis próprias; liberdade ou independência moral ou intelectual.
Esse conceito se apresenta tendo como foco uma nação, mas diferentes áreas da
atividade humana dele se apropriam. Se utiliza dessa conceituação para explicar que “o
adjetivo autônomo se refere a agir sem controle externo e o termo autodeterminação lhe é
associado de modo bastante apropriado”, explica, ainda, que “para a teoria da
autodeterminação, o conceito de autonomia é vinculado ao desejo ou à vontade de o
organismo organizar a experiência e o próprio comportamento e para integrá-los ao
sentido do self” (BITTENCOURT, 2013).
A maior parte do tempo, na educação presencial e a distância, é utilizado como
apoio materiais e (resumos, leituras extra cotidiano sala de aula), orais e audiovisuais,
previamente selecionados ou elaborados. São extremamente importantes, mas a melhor
forma de aprender é combinando equilibradamente atividades, desafios e informação
contextualizada. (GEMIGNANI, 2012).
A prática educativa implica mudanças nos conteúdos e no modo de avaliar, ao
considerar as finalidades do ensino, de acordo com um modelo centrado na formação
integral da pessoa. A proposta curricular deve se fundamentar em projetos de intervenção
adaptados às necessidades de sua realidade educativa, estilo profissional, propostas
singulares e valendo-se de recursos variados, de modo a integrar as unidades de
aprendizagem construídas pelos professores (GEMIGNANI, 2012).
As estratégias de ensino no processo de aprendizagem são aspecto fundamental
na atuação do docente. Porém o sucesso de uma estratégia de ensino-aprendizagem irá
depender da integração de fatores relacionados tanto ao professor quanto ao aluno,
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fatores estes que implicam motivação, conhecimento e principalmente persistência. O
envolvimento desse processo resulta na formação para o ensino superior em uma troca
significativa de saberes onde o docente também é aprendiz e pode possibilitar ao
aprendiz que seja docente, numa troca valorosa de papéis (MOURA, MESQUITA, 2010)
Entende-se ainda que as instituições educacionais atentas às mudanças
escolhem fundamentalmente dois caminhos, um mais suave - mudanças progressivas - e
outro mais amplo, com mudanças profundas. No caminho mais suave, elas mantêm o
modelo curricular predominante – disciplinar – mas priorizam o envolvimento maior do
aluno, com metodologias ativas como o ensino por projetos de forma mais interdisciplinar,
o ensino híbrido ou blended e a sala de aula invertida (ALBA, 2009).
O destaque também é para as DCN estabelecem que o perfil dos egressos de um
curso compreenderá uma sólida formação técnica, científica e profissional geral que o
capacite a absorver e a desenvolver novas tecnologias estimulando a sua atuação crítica
e reflexiva, criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus
aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e
humanística, em atendimento às demandas da sociedade (ALBA,2009).
Está mais do que na hora de rever a prática pedagógica universitária para que
os futuros profissionais não sejam mais rotulados como “cópias”, que cursou a faculdade
reproduzindo o saber existente, sem acrescentar nada de novo. Uma proposta
construtivista para o ensino superior consiste em educar para a autonomia, através de
metodologias inovadoras, para a descoberta, utilizando-se da pesquisa, participação dos
alunos, trabalhos em grupo, como um meio de aprofundar e resinificar os conhecimentos
(FREIRE,2009).
4.1 - Perspectiva dos alunos em relação ao uso de tecnologias que facilita seu desempenho acadêmico.
Em estudo mais recente de Moran (2015), o autor enfatiza que alunos se mostram
autônomos em suas interações escolares, onde apresentam resultados positivos em
relação: 1- à motivação (apresentando motivação intrínseca, á percepção de
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competência, pertencimento, curiosidade, internalização de valores); 2- ao engajamento
(com emoções positivas, persistência, presença nas aulas, não reprovam ou se evadem
da escola); 3- ao desenvolvimento (evidenciando autoestima, autovalor, preferência por
desafios ótimos, criatividade); 4- à aprendizagem (melhor entendimento conceitual,
processamento profundo de informações, uso de estratégias autorreguladas); 5- à
melhoria do desempenho em notas, nas atividades, nos resultados em testes
padronizados); e 6- ao estado psicológico (apresentando indicadores de bem-estar,
satisfação com a vida, vitalidade).
Berbel (2011), conseguiu identificar os estilos motivacionais de estudantes de
um curso de formação de professores. Nesse estudo, os participantes, caracterizados
como promotores de autonomia, diferentemente dos que primavam por utilizar técnicas de
controle, relataram adotar os seguintes comportamentos em suas interações com os
alunos: (a) ouvem-nos com mais frequência; (b) permitem que eles lidem de modo
pessoal com materiais e ideias; (c) perguntam o que seus alunos querem; (d) respondem
aos questionamentos; (e) assumem com empatia o ponto de vista deles; (f) com menor
probabilidade dão soluções; (g) tendem mais a centralizar-se nos alunos, com
encorajamento de iniciativas e com comunicações não controladoras.
As metodologias ativas têm o potencial de despertar a curiosidade, à medida que
os alunos se inserem na teorização e trazem elementos novos, ainda não considerados
nas aulas ou na própria perspectiva do professor. Quando acatadas e analisadas as
contribuições dos alunos, valorizando-as, são estimulados os sentimentos de
engajamento, percepção de competência e de pertencimento, além da persistência nos
estudos, entre outras.
4.2 - Como identificar instrumentos didáticos que facilitam o processo ensino-aprendizagem. Garcia (2018), fala claramente em sua pesquisa de forma esperançosa sobre a
ideia de que a tecnologia é uma ferramenta utilizada no ensino de enfermagem para a
busca de soluções atendendo as diferentes necessidades do estudante, aplicado no
ensino-aprendizagem refletindo na prática em estágio supervisionado no ambiente
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hospitalar, deste modo contribuindo no desenvolvimento das atividades e proporcionando
melhoria à atenção à saúde.
Nesse contexto, Bittercourt (2013) afirma que a tecnologia como suporte para
formação profissional, e mediada pela informatização, prepara o usuário para o mercado
tecnológico, por meio de interação com o computador e integrando a informática ao
ensino de enfermagem. Como evidenciado, a publicação eletrônica facilita o acesso à
informação, mediante a utilização da mídia digital e de recursos tecnológicos.
Moura (2010) O ensino fundamenta-se na estimulação que é favorecido por
recursos didáticos que facilitam a aprendizagem. Esses meios despertam o interesse e
provocam a discussão e detalhes desencadeando perguntas e gerando ideias, o
professor utiliza ferramentas no sentido de estimular a produção do conhecimento e a
recriação deste conhecimento tanto para o docente como para o aluno.
4.3 – Analise do conhecimento sobre metodologias ativas e recursos tecnológicos disponíveis. Uma das principais questões relacionadas à atuação do professor universitário
refere-se à relação entre ensino e aprendizagem. Trata-se de um assunto bastante
polêmico, apesar de alguns autores considerarem-no uma falsa questão.
Para Campagnolo (2014), uma das mais importantes opções feitas pelo
professor, dá-se entre o ensino que ministra ao aluno e a aprendizagem que este adquire.
Muitos professores, ao se colocarem à frente de uma classe, tendem a se ver como
especialistas na disciplina que lecionam a um grupo de alunos interessados em assistir a
suas aulas.
Dessa forma, as ações que desenvolvem em sala de aula podem ser expressas
pelo verbo ensinar ou por correlatos, como: instruir, orientar, apontar, guiar, dirigir, treinar,
formar, amoldar, preparar, doutrinar e instrumentar. A atividade desses professores, que,
na maioria das vezes, reproduz os processos pelos quais passaram ao longo de sua
formação, centraliza-se em sua própria pessoa, em suas qualidades e habilidades. Assim,
acabam por demonstrar que fazem uma inequívoca opção pelo ensino.
Mas há professores que veem os alunos como os principais agentes do processo
educativos. Preocupam-se em identificar suas aptidões, necessidade e interesses com
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vistas a auxiliá-los na coleta das informações de que necessitam no desenvolvimento de
novas habilidades, na modificação de atitudes e comportamentos e na busca de novo
significado nas pessoas, nas coisas e nos fatos.
Suas atividades estão centradas na figura do aluno, em suas aptidões,
capacidades, expectativas, interesses, possibilidades, oportunidades e condições para
aprender.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o levantamento dos dados da pesquisa foi possível verificar no que se
refere a grande importância da didática no ensino superior, que as metodologias ativas
acaba sendo uma ferramenta de formação crítica e reflexiva do estudante universitário, e
se lança como uma prática pedagógica inovadora, trazendo a participação coletiva
democrática como requisito fundamental para uma aprendizagem significativa.
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Podemos notar que neste cenário, as universidades cumprem um papel importante
na formação do sujeito e em sua formação profissional, pois buscam inserir o estudante
no mercado de trabalho, provido dos conhecimentos adequados a essas novas
necessidades sociais, fundamentados numa abordagem holística e humanística.
Mas em um contraponto, uma metodologia, por mais promissora que seja pelas
suas características, por si só, não transforma o modo de ensino-aprendizagem, nem
mesmo consegue promover a motivação autônoma dos alunos. O papel do professor,
nessa perspectiva e gerar um status de relevância, ao mesmo tempo em que se lhe
acrescentam responsabilidades quando comparadas a estilos de trabalho convencionais.
Nesse contexto, a empatia com o professor facilita a identificação pessoal com
aquilo que é apresentado em sala de aula, possibilitando a valorização das atividades e
conteúdos propostos e o cumprimento das exigências ou demandas externas. A interação
com os professores é uma das principais fontes para a melhoria da qualidade
motivacional, sem esse aspecto é pouco provável que os estudantes, em situação
escolar/acadêmica, envolvam-se espontaneamente em todas as atividades de
aprendizagem de modo autônomo, com grande interesse, alegria ou prazer.
O uso dos recursos da tecnologia oportuniza a elaboração de situações
educacionais que desenvolvem diferentes habilidades em diversas áreas, permitindo
assim, a construção de conhecimentos significativos, desenvolvendo diferentes
habilidades de pensamento dos alunos e possibilitem ao professor atuar naquelas
situações que promovem a autonomia, substituindo, sempre que possível, as situações
evidentemente controladoras.
A implantação de recursos tecnológicos na educação vai muito além do prover
acesso à informação. Elas têm que estar inseridas e integradas aos processos
educacionais, agregando valor à atividade que o aluno ou o professor realiza, assim
vivenciar experiências com práticas interdisciplinares que proporciona aprendizagens
significativas, construções de novos significados, desenvolvimento de ambientes
colaborativos e cooperativos, possibilitando assim a integração das disciplinas.
Acredita-se, portanto, que, para produzir os resultados pretendidos, se faz
necessário, ao docente, compreender a metodologia utilizada de tal forma que sua
escolha traduza uma concepção clara daquilo que intenciona obter como resultado.
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Dessa forma, possibilita-se, também, a autonomia dos estudantes e uma nova
cultura alicerçada na atualização e em um currículo flexível, de modo que ambos possam
refletir sobre suas condutas e contribuir para o desenvolvimento de um melhor ensino-
aprendizagem.
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