um norte para a política industrial...de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar do estado...
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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XVII Nº 217 dezemBro 2011
Bahia
FIEB, governo do Estado e Petrobras definem prioridades para a indústria baiana
Um norte para a política industrial
� Bahia Indústria
Um passo importante no planejamento industrialNas últimas seis décadas, o Nordeste experimentou certo surto de in-
dustrialização a partir dos incentivos fiscais concedidos pela SUDE-
NE ou pelos estados da região. Com o fim da guerra fiscal decretado
pelo Supremo Tribunal Federal, é necessário repensar alternativas
de desenvolvimento, particularmente de incentivo à indústria.
É com essa finalidade que, no âmbito do Projeto Aliança, Gover-
no do Estado, Petrobras e Federação das Indústrias do Estado da
Bahia, com a coordenação do Instituto Euvaldo Lodi, lançaram o
documento Política Industrial da Bahia – Estratégias e Proposições.
O lançamento, durante evento com a presença do governador Jaques
Wagner, foi prestigiado por personalidades dos mundos político,
acadêmico e empresarial.
Elaborado a partir das contribuições de 86 profissionais de reco-
nhecido mérito e de consultas a vasta bibliografia, o documento faz
um diagnóstico da realidade industrial baiana e propõe alternativas
capazes de alavancar o crescimento de dez segmentos escolhidos: au-
tomotivo; agoindústria; calçados e segmentos intensivos em design;
celulose e a cadeia da madeira; construção civil; intensivos em tecno-
logia (informática, fármacos etc); mineração e transformação mineral;
naval e offshore; petróleo e gás; química e petroquímica.
Ao mesmo tempo, aborda também temas transversais aos dez
segmentos selecionados. São: política fiscal e de desenvolvimento
regional; energia; infraestrutura logística; inovação tecnológica;
educação profissional; sustentabilidade ambiental e responsabilida-
de social empresarial; e fomento ao empreendedorismo e promoção
de pequenas empresas.
Para cada um dos dez segmentos tratados são definidas estra-
tégias e correspondentes proposições. Por exemplo, na construção
civil, uma das quatro estratégias aponta para a necessidade de
melhorar a produtividade do setor com a incorporação de técnicas
construtivas inovadoras. As proposições daí decorrentes incluem a
criação de grupo de inteligência tributária intra-cadeia para reduzir
a cunha tributária e incentivar o encadeamento produtivo; e sugere
criar laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, mais um
Núcleo de Certificação de Desempenho e de Novas Soluções na Cons-
trução, com liderança do SENAI.
Como afirma o presidente da FIEB, José Mascarenhas, uma pro-
posta de planejamento foi feita; agora ela precisa ser implementada.
EDITORIAL
FIEB, Governo do Estado e Petrobras lançam proposta de planejamento para a indústria na Bahia, definindo estratégias e ações
A indústria baiana foi
radiografada pelo estudo, com a
colaboração de 86 entrevistados
joão a
lvarEz
� Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria
da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-
caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-
coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de
mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,
SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS
e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-
to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e
itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,
BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]
fiEBPresidente josé de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-
Presidente: victor Fernando ollero ventin. Vice-
Presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;
Emmanuel Silva Maluf; reinaldo Dantas Sampaio;
vicente Mário visco Mattos. diretores titulAres alberto Cânovas ruiz; antonio ricardo alvarez al-
ban; andré régis andrade; Carlos Henrique jorge
Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca-
tharino Gordilho; josair Santos Bastos; leovegildo
oliveira De Souza; luiz antonio de oliveira; Manuel
ventin ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; re-
ginaldo rossi; Sérgio Pedreira de oliveira Souza;
Wilson Galvão andrade. diretores suPlentes adal-
berto de Souza Coelho; alexi Pelagio Gonçalves
Portela júnior; Carlos alberto Matos vieira lima;
juan josé rosário lorenzo; Marcos Galindo Pereira
lopes; Mário augusto rocha Pithon; Noêmia Pinto
de almeida Daltro; Paulo josé Cintra Santos; ricar-
do de agostini lagoeiro
conSElhoSconselho de economiA e desenVolVimento in-
dustriAl antônio Sérgio alípio; conselho PArA
o desenVolVimento emPresAriAl estrAtégico Clóvis Torres júnior; conselho de Assuntos Fis-
cAis e tributários Cláudio Murilo Micheli Xavier; conselho de comércio exterior reinaldo Dantas
Sampaio; conselho dA micro e PequenA emPresA
industriAl Carlos Henrique jorge Gantois; con-
selho de inFrAestruturA Marcos Galindo Pereira
lopes; conselho de meio Ambiente Irundi Sam-
paio Edelweiss; comitê de Petróleo e gás Edu-
ardo rappel; conselho de inoVAção e tecnologiA josé luís Gonçalves de almeida; conselho de
resPonsAbilidAde sociAl emPresAriAl Marconi
andraos oliveira; conselho de relAções trAbA-
Editada pela Superintendência
de Comunicação Institucional
do Sistema Fieb
conselho editoriAl Irundi Ede-
lweiss, Maurício Castro, Cleber
Borges e Mônica Mello. editor
Cleber Borges. estAgiário Fábio
araujo. Projeto gráFico e diA-
grAmAção ana Clélia rebouças.
ilustrAção Gentil. inFogrAFiA Bamboo Editora. trAtAmento de
imAgem Marcelo Campos.
imPressão Stilo Gráfica e Editora FederAção dAs indÚstriAs
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riamente o pensamento da FIEB.
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BahialhistAs Homero ruben rocha arandas; comitê de
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ciEBdiretor-Presidente josé de Freitas Mascarenhas.
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Martins. diretores titulAres Carlos antônio Bor-
ges Cohim Silva; Clovis Torres junior; Fernando
Elias Salamoni Cassis; joão de Teive e argollo;
luís Fernando Galvão de almeida; luiz antunes
athayde andrade Nery; Marconi andraos oliveira;
roberto Fiamenghi; rogelio Golfarb; ronaldo Mar-
quez alcântara; diretores suPlentes Davidson de
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ge robledo de oliveira Chiachio; josé luiz Poças
leitão Filho; Mauricio lassmann diretor regionAl
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Presidente do conselho e diretor regionAl josé
de Freitas Mascarenhas. suPerintendente josé Wagner Fernandes
SEnaiPresidente do conselho josé de Freitas Masca-
renhas. diretor regionAl: leone Peter
iElPresidente do conselho e diretor regionAl josé
de Freitas Mascarenhas. suPerintendente arman-
do da Costa Neto
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sede - 71 3343-1214
sistema fieb nas mídias sociais
CIN fomenta
comércio exterior
de produtos
baianos, diz João
Marcelo Alves
Rumo a novos meRcados
A Semana Internacional de Fibras
Naturais, realizada em novembro em
Salvador, reuniu pesquisadores e
empresários do setor para definir acordos
comerciais e sugerir políticas públicas
os novos usos das fibRas natuRais paRa a indústRia
Em 7ª edição do evento realizado em
parceria com a Rede Globo, SESI Simões
Filho oferece serviços à população por
meio de mais de 40 atividades de
incentivo ao bem estar
saúde e lazeR paRa mais de quatRo mil pessoas
Em Salvador, o
SENAI-BA forma
primeiras turmas
do Pronatec no
Brasil
foRmação pioneiRa
Documento
lançado pela
FIEB, no âmbito
do Projeto
Aliança, reúne um
diagnóstico da
indústria na
Bahia, aponta
seus gargalos e
propõe estratégias
de crescimento
indústRia mapeada
sUmáRIO dEz 2011
28
FoTo
S jo
ão a
lvarEz
ilustração: gentil
3314
joão alvarEz
16
7
� Bahia Indústria
Após um longo processo de negociação, no
âmbito de um grupo de trabalho formado
por seis entidades – inclusive a FIEB – e co-
ordenado pela Secretaria da Fazenda do Es-
tado (Sefaz), ficou decidido que as empresas baianas
não incluídas no Simples Nacional terão prorrogado o
prazo de entrega dos arquivos do Sistema Público de
Escrituração Fiscal Digital. Este mecanismo, popular-
mente conhecido como Sped Fiscal, vem ensejando
dificuldades operacionais para ser implementado no
prazo programado para o dia 25 de dezembro, espe-
cialmente para as empresas de pequeno porte.
O documento aprovado pelo grupo de trabalho foi
entregue, no último dia 7 de dezembro, ao secretá-
rio da Fazenda, Carlos Martins. Este ressaltou que o
acordo é fruto do diálogo entre o Fisco estadual e os
empresários e buscou o consenso “dentro do limite
do possível”, inaugurando uma nova fase na busca
do entendimento entre o interesse público e privado.
Falando em nome do grupo de trabalho, o diretor
da FIEB e coordenador do seu Conselho de Assuntos
Fiscais e Tributários, Cláudio Murilo Xavier, disse
esperar que novas parcerias sejam concretizadas a
partir dessa experiência de negociação. “Esse pacto
dá às empresas maior flexibilidade para atender às
exigências da Escrituração Fiscal Digital, com prazo
maior para aquelas de menor faturamento”, ressaltou
o empresário. A previsão da Sefaz era de que o de-
creto regulamentando o assunto fosse publicado no
Diário Oficial do dia 20 de dezembro.
PRAZOSConforme a proposta aprovada pelo grupo de tra-
balho e acatada pela Sefaz, empresas com faturamen-
to em 2011 acima de R$ 36 milhões têm até 25 de abril
de 2012 para entregar à Sefaz os arquivos referentes
aos meses de janeiro/outubro de 2011. Para elas, os
arquivos referentes aos meses de novembro e dezem-
bro continuaram com o prazo inicial de entrega em 25
de dezembro. As empresas com faturamento entre R$
15 milhões e R$ 36 milhões têm prazo até 25 de julho
de 2012, com retroatividade a partir de 1º de janeiro do
próximo ano; com faturamento entre R$ 3,6 milhões
e R$ 15 milhões, a partir de janeiro de 2013 e até 25 de
fevereiro daquele ano; e com faturamento inferior a
R$ 3,6 milhões, até 1º de janeiro de 2014.
Em compensação, os subscritores do acordo
(FIEB, Fecomércio, Federação das Câmaras de Diri-
gentes Lojistas da Bahia, Conselho Regional de Con-
tabilidade, Associação das Empresas Brasileiras de
Tecnologia da Informação e Sindicato Patronal de
Empresas Contábeis) se comprometem a desenvol-
ver ações voltadas para a capacitação das empresas
na adoção da Escrituração Fiscal Digital, incluindo
distribuição de cartilhas, realização de palestras e
road shows de soluções tecnológicas, em uma ação
conjunta com a Sefaz. [bi]
murilo (e)
entrega
propostas
ao secretário
carlos martins
Prorrogado prazo do Sped FiscalPrazo maior atende às necessidades das empresas baianas, especialmente as de pequeno e médio portes
joão alvarEz
Bahia Indústria �
joão alvarEz
SENaI-Ba é primeiro a formar pelo PronatecExperiência da instituição do Sistema FIEB servirá como base para a aplicação do programa em todo o país
Os primeiros 34 diplomas
dos Cursos de Formação
Inicial do Programa Nacio-
nal de Acesso ao Ensino Técnico
e Emprego (Pronatec) no Brasil
foram entregues pelo SENAI-BA
no dia 1º de dezembro. Em cará-
ter experimental, beneficiários
de programas de transferência de
renda tiveram a oportunidade de
receber capacitação para atuar no
mercado de trabalho. A cerimô-
nia de formatura foi realizada na
Unidade Cimatec e contou com a
presença da secretária extraordi-
nária para Superação da Extrema
Pobreza do Ministério do Desen-
volvimento Social, Ana Fonseca,
além de representantes do SENAI
e da prefeitura de Salvador.
Aos 30 anos, a sacoleira Adi-
cléia Macêdo também já sonha
com outro destino. Recém-forma-
da no Curso para Pintor de Obras,
ela já tem dois trabalhos em anda-
mento como pintora, mas quer se
preparar para atuar como pedrei-
ra. Depois, quer fazer faculdade.
“Me apaixonei pela área e já de-
cidi: serei engenheira civil”, disse
determinada.
Para a gerente de Clientes
Nacionais do SENAI Nacional,
Anamaria Raposo, este novos
profissionais podem fazer fren-
te ao desafio de crescimento do
Brasil, pois receberam capaci-
tação de valor agregado e agora
têm condições de se inserir no
mercado de trabalho que a in-
dústria demanda. “Esta primeira
formatura do Pronatec do SENAI
tem um grande simbolismo pela
importância deste programa pa-
ra o país”, afirmou.
Segundo a gerente da Escola
Técnica do Cimatec, Greta Morei-
ra, o Pronatec já tem outras turmas
em andamento e, somando-se as
vagas deste ano às de 2012, serão
oferecidas cerca de 22 mil pelo SE-
NAI Bahia. “Estamos atuando em
parceria com os ministérios, o es-
tado e a prefeitura para fazer com
que os alunos do ensino médio e
os beneficiários de programas so-
ciais cheguem às nossas salas de
aula”, disse. [bi]
Adicléia (d)
é um dos 34
formandos do
Pronatec
“Foi muito importante que as
turmas experimentais (chamadas
de Prova Conceito) fossem execu-
tadas por instituições de excelên-
cia como o SENAI e o resultado foi
muito bom. A partir desta experi-
ência vamos fazer os ajustes para
atuar em grande escala no Prona-
tec”, disse Ana Fonseca.
“Gostaria de ter recebido esta
oportunidade há 30 anos”, disse
emocionado seu Jair Dias Araújo,
50, ao receber o diploma do curso
para Eletricista Predial de Baixa
Tensão. Autodidata, o eletricista
diz que agora está melhor pre-
parado para fazer os “bicos” dos
quais tira o sustento, mas já tem
outros planos: quer trabalhar na
indústria.
� Bahia Indústria
C om a economia mundial em transformação, boas opor-
tunidades de negócio estão surgindo em mercados até
então pouco explorados pelos empresários, os de países
da África e Oriente Médio. As vendas de produtos baianos pa-
ra estas regiões, em 2010, não passaram de 0,85% do total do
estado comercializado para o exterior, mas este cenário pode
mudar, desde que se tenham informações, apoio e um pouco
de coragem, garantem os especialistas convidados do Seminá-
rio Mercado Foco África e Oriente Médio, realizado no dia 12 de
dezembro, na FIEB.
“Ao contrário do que se pensa, os povos árabes estão aber-
tos a negociar com os brasileiros, inclusive com as mulheres”,
afirma o diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio
Árabe Brasileira (CCAB), Michel Alaby.
Com uma alta renda per capta, os Emirados aceitam bem
produtos de luxo, de acordo com o analista da Unidade de In-
teligência da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos), João Ulisses Pimenta. “Vários
oportunidades na África e oriente MédioEm seminário realizado na FIEB, empresários puderam conhecer características destes mercados e obter informações sobre como exportar
estilistas e alguns produtores de joias já
estão se saindo muito bem nestes merca-
dos”, explica Pimenta.
O analista conta ainda que há espa-
ço para outros setores em expansão em
diversos países do Oriente Médio, como
o de alimentos e bebidas, logística, ser-
viços, e casa e construção, estes últimos
com expressivo crescimento na Arábia
Saudita e Catar.
Já nos principais mercados da Àfrica
(África do Sul, Moçambique e Angola), a
situação é diferente. Boa parte destas po-
pulações pertence às classes C e D, por-
tanto as oportunidades de negócio estão
na venda de produtos em escala, princi-
palmente alimentos e bebidas, calçados,
plásticos, agronegócio, papel e celulose
e construção. Em Angola, há espaço pa-
ra negócios na cadeia do petróleo e, em
Moçambique, no extrativismo do gás e
do carvão.“São mercados carentes de di-
versos produtos e serviços e a presença
de brasileiros é grande, mas tem espaço
para crescimento, porque os governos
locais estão investindo muito em infra-
estrutura”, disse Pimenta.
Disponibilizar este tipo de informação
é parte das ações que o Centro Interna-
cional de Negócios (CIN) vem realizando
no sentido de fomentar a internacionali-
zação. “Em breve, vamos fazer um diag-
nóstico das exportações na Bahia e focar
nossa atuação em inteligência comercial,
fazendo com que os empresários possam
adequar-se aos padrões e aumentar a
competitividade”, assegurou o diretor
executivo da FIEB, Roberto Musser. [bi]
joão Pimenta diz
que alimentos,
bebidas, calçados
e plásticos têm
mercado
FÁBIo araujo
circuito poR clebeR boRges
Bahia Indústria �
Participação de importados bate recordeA participação dos produtos
importados no mercado
brasileiro de bens industriais
bateu recorde em 2011. O peso
dos produtos importados no
consumo doméstico de itens
industriais atingiu 21,5% no
acumulado dos quatro trimestres
encerrados em setembro último.
A informação é do estudo
Coeficientes de Abertura
Comercial, da Confederação
Nacional da Indústria (CNI). O
indicador considera tanto o
consumo final das pessoas
quanto o de insumos pela
indústria e mostra que de todos
os bens industriais
comercializados no país 21,5%
vêm de fora. Esse indicador
cresceu 1,2%. A CNI atribui o
crescimento das importações à
valorização cambial e à retração
da economia.
empresas mais admiradasCompromisso com a ética,
respeito ao consumidor,
compromisso com os recursos
humanos, responsabilidade
social, compromisso com o
desenvolvimento sustentável e a
busca da inovação são os
requisitos que levam atualmente
uma empresa a ser admirada
pela sociedade. Essa é a
conclusão de pesquisa realizada
para a edição As Empresas mais
Admiradas no Brasil 2011, da
revista Carta Capital. Por ordem
decrescente, as dez mais
admiradas do ano foram:
Natura, Apple, Vale, Petrobras,
Nestlé, Itaú, AmBev, Google,
Embrase e Gerdau.
bahia terá usina de álcoolA Bahia pode ganhar uma usina
de álcool em Pilão Arcado, na
região do Vale do São
Francisco. O projeto
prevê investimentos de
R$ 4 bilhões, valor 45
vezes maior que o PIB
da cidade – o último
relatório do IBGE indica
que o total de riquezas
geradas pelo município
foi de R$ 89 milhões em
2008. A informação foi
publicada no site iG.
Segundo a publicação, o
protocolo para instalação da
usina já foi assinado e o anúncio
oficial pode ser feito nas
próximas semanas. O
investimento será de um
consórcio formado por três
sócios: uma empresa da Bahia,
uma de São Paulo e outra do Rio
de Janeiro. Ainda segundo o iG,
a Petrobras, por meio de sua
subsidiária PBio, informa que a
produção deve superar 70 mil
metros cúbicos de álcool. José
Sergio Gabrielli, presidente da
estatal, disse recentemente que
a meta é aumentar de 5,3%
para 12% a participação da
Petrobras na produção nacional
de etanol até 2015.
“o NorDESTE Não TEM uM ProjETo GloBal DE DESENvolvIMENTo, CoMo Na éPoCa DE CElSo FurTaDo, E ISSo FraGMENTa açõES E rEalIzaçõES”
Antonio risério, poeta, ensaísta e antropólogo baiano, ao defender que o Brasil precisa acolher a região como parte de um projeto nacional
despesas crescem mais que receitas na bahiaAs Despesas Correntes do governo do Estado cresceram 10% mais que as Receitas
Correntes, no período 2003-2010, de acordo com levantamento feito pela Superintendência
de Desenvolvimento Industrial da FIEB. O aumento das despesas foi liderado pela alta de
69,4% no item Outras Despesas Correntes, que inclui serviços de terceiros e transferências
constitucionais para municípios, e pelo aumento de 58,4% nos gastos com pessoal e
encargos sociais. Já a participação relativa dos investimentos nas despesas totais do
governo estadual manteve-se em patamar de 6% a 8%. As despesas com saúde ficaram no
patamar de 15% a 16% do total e com educação em 13%, mesmo com o crescimento
acumulado de 43% verificado no período pesquisado.
10 Bahia Indústria
sindicatos
Simagran sob nova direção
Levar as atividades do Sindicato das Indústrias de
Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia
para indústrias do interior, em alinhamento com o
Programa da Interiorização da Federação das Indús-
trias do Estado da Bahia, é uma das prioridades do
mandato de Marcos Régis Andrade, novo presidente
do Simagran. Ele coordenará as ações do sindicato
no triênio 2011-2014. Neste período, Marcos Régis im-
plantará uma linha de trabalho com visão de futuro
e pretende modernizar a marca do sindicato. “Vamos
convocar o empresariado local para mudar a realida-
de atual”, destacou. O Simagran foi presidido por três
mandatos consecutivos pelo vice-presidente da FIEB,
Reinaldo Sampaio, atual delegado representante do
Conselho junto à FIEB. “Continuo com a camisa do
Simagran para a defesa dos interesses do nosso seg-
mento”, afirma Reinaldo.
sinditabaco no Anuário brasileiro
Interessados em conhecer o cenário econômico do tabaco na Bahia,
as produções de cigarrilhas e charutos e as tecnologias utilizadas para
cultivo e beneficiamento da planta no Brasil podem consultar o Anu-
ário Brasileiro do Tabaco 2011, lançado pela Editora Gazeta. Além dos
aspectos econômicos, a publicação apresenta informações sobre a re-
presentatividade do setor, tanto para a geração de emprego e renda nas
micro e pequenas propriedades, quanto para questões sociais e cultu-
rais. De acordo com Odacir Tonelli Strada, presidente do Sindicato das
Indústrias do Tabaco no Estado da Bahia - Sinditabaco, a atividade é de
significativa importância para
o estado, em especial o Recôn-
cavo baiano. “Não conhecemos
atividade agrícola rentável co-
mo o tabaco em propriedades
pequenas, o que faz com que
o produtor rural possa utilizar
os recursos naturais de forma
sustentável, consciente e prote-
gendo o meio ambiente”, comentou. Em 2010, foram produzidas 6.147
toneladas de tabaco no estado. Nos próximos anos, serão desenvolvidas
ações estratégicas para criação da sustentabilidade do setor no estado,
em parceria com as câmaras Setoriais das Cadeias Produtivas do Cha-
ruto Baiano e do Tabaco. O anuário pode ser consultado no endereço:
www.gaz.com.br/tratadas/flip/editora/anuario_tabaco_2011
valTEr PoNTES
marcos régis aposta na interiorização e busca apoio dos associados
diretoriA emPossAdA- Empresários e convidados participaram da cerimônia de posse da diretoria do Sindicato as Indústrias da Construção Civil do Estado da Bahia, realizada no auditório da FIEB, este mês. Carlos Alberto Vieira Lima, presidente reeleito, irá comandar a direção Sinduscon por mais dois anos.
valTEr PoNTES
joão a
lvarEz
Bahia Indústria 11
sinprocim na Parada do bem-estar
Trezentos e cinquenta traba-
lhadores de dez indústrias de pro-
dutos de cimento participaram da
3ª edição da Parada do Bem-Estar,
promovida pelo Sindicato das In-
dústrias de Produtos de Cimento
do Estado da Bahia – Sinprocim.
Realizado no SESI Simões Filho, o
encontro teve por objetivo promo-
ver a integração e entretenimen-
to entre trabalhadores das indús-
trias do setor por meio de práticas
esportivas e socioeducativas. De
acordo com Carlos Gantois, presi-
dente do Sinprocim - BA, o sindi-
cato, por meio da parada cumpre
o seu objetivo na promoção da
qualidade de vida dos trabalha-
dores e familiares. Além das com-
petições esportivas, durante o dia
os trabalhadores participaram do
Circuito do Bem-Estar e das ativi-
dades de lazer.
joão alvarEz
1� Bahia Indústria
Qualidade reconhecidaEnsino e unidades do SENaI são referência para projetos do governo federal
poR Carolina Mendonçafotos joão alvarez
dilma rousseff disse que senAi é instituição de excelência
Um dos mais importantes polos nacionais
de geração e difusão de conhecimento
aplicado à indústria, o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI) é ho-
je reconhecido nacional e internacionalmente pela
qualidade dos serviços que oferece. Com uma estru-
tura composta de profissionais de excelência e equi-
pamentos de ponta, a instituição tornou-se referência
para projetos e programas do governo federal.
Ao sancionar a lei que cria o Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em
26 de outubro, a presidente Dilma Rousseff destacou
a excelência da instituição na formação de mão de
obra para a indústria. “Poucos países no mundo po-
dem contar com a qualificação do SENAI e do Senac
(Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). Com
o Pronatec, estamos dizendo: o Estado cumpre a sua
MarCEllo CaSal jr./aG. BraSIl
Bahia Indústria 13
parte e os setores produtivos, como a indústria, dão a
sua importante contribuição”, declarou a presidente.
A cerimônia, no Palácio do Planalto, contou com
a presença de ministros, parlamentares e governado-
res, além do presidente da Confederação Nacional da
Indústria, Robson Andrade, e dez alunos do SENAI-
BA, que fizeram parte das duas turmas-piloto para o
Programa do governo federal, uma para formação de
pintor de obras e outra de eletricista predial de baixa
tensão. Os alunos se formaram no fim de novembro.
A experiência com estas turmas serviu como base
preparatória para a realização do programa em gran-
de escala. Em 2012, serão oferecidas 15.920 vagas em
cursos de Formação Inicial e Continuada e mais duas
mil para cursos técnicos em Salvador e vários outros
municípios do estado. A oferta faz do SENAI líder do
Pronatec na Bahia.
O SENAI também foi citado como um dos princi-
pais parceiros do governo federal para capacitar pes-
soas em situação de extrema pobreza pela ministra
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS),
Tereza Campello, em videoconferência na sede do
Sistema CNI, em Brasília, no dia 4 de outubro. “A nos-
sa parceria com o SENAI permitirá que o Brasil, que
está na miséria, se encontre com o que está em cresci-
mento e precisa de trabalhadores qualificados”, asse-
gurou Tereza Campello.
MOdelO CiMAteCLocalizado no bairro de Piatã,
em Salvador, o Centro Integrado
de Manufatura e Tecnologia (Cima-
tec) do SENAI-BA será um dos três
centros de pesquisas apoiados pe-
la Empresa Brasileira de Pesquisa
e Inovação Industrial (Embrapii)
quando esta iniciar suas ativida-
des. Este foi um dos motivos que le-
vou o ministro de Ciência e Tecno-
logia, Aloizio Mercadante, a fazer
uma visita à unidade quando este-
ve na capital baiana para o lança-
mento do Plano de Desenvolvimen-
to Científico e Tecnológico para o
Nordeste, dia 4 de novembro.
Pouco antes, na sede da FIEB,
o ministro ressaltou a qualidade
técnica do centro: “O Cimatec é
um dos grandes centros de pesqui-
sa na área industrial atualmente,
talvez o melhor do SENAI em ter-
mos de perfil e de desempenho”,
afirmou.
Mercadante percorreu a sede
do Cimatec e conheceu de perto
O SENAI vai ampliar a formação
de mão de obra para o setor de
energia eólica, de acordo com in-
formações divulgadas pela Con-
federação Nacional da Indústria
em novembro. O projeto, uma
parceria com a Cooperação Alemã
para o Desenvolvimento (GIZ), vai
capacitar 500 pessoas, entre téc-
nicos de planejamento e análise
de instalação de parques eólicos,
profissionais para construção,
operação e manutenção desses
parques e instrutores do próprio
SENAI até 2014.
A Bahia está entre os nove es-
SENAI e instituição alemãformarão mão de obra
tados brasileiros em que os cursos
serão oferecidos. Além das aulas
teóricas e práticas, estão previstas
visitas técnicas de profissionais
do SENAI a parques eólicos da
Alemanha e de outros países euro-
peus referências na área.
O curso vai contribuir para a am-
pliação de mão de obra qualificada,
um dos gargalos do setor. De acor-
do com o Marcello Coelho, analis-
ta de Desenvolvimento Industrial
do SENAI nacional, a escassez de
trabalhadores especializados é um
forte obstáculo para o crescimento
da energia eólica no Brasil.
algumas das pesquisas em desen-
volvimento, como a de polímeros
biodegradáveis, que já resulta em
produtos de “plástico ecológico” à
base de sisal. Entusiasmado com
a possibilidade de produzir, em
escala, objetos e móveis de origem
vegetal, o ministro idealizou uma
unidade como a de Salvador no
norte do país. “Imagino a quanti-
dade de produtos que poderão ser
beneficiados em um Cimatec Nor-
te. Vamos elaborar este projeto e
queremos a colaboração da equipe
daqui”, anunciou.
O presidente da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), José Mascarenhas, que
acompanhou o ministro na visi-
ta, afirmou que o SENAI-BA está à
disposição para ajudar o governo
nesta empreitada. “Se o projeto se
concretizar, estaremos prontos a
levar nossos profissionais e nosso
conhecimento ao local para mon-
tar uma unidade no norte do pa-
ís”, afirmou. [bi]
ministro
mercadante
conheceu
no cimatec
produtos feitos
de plástico e
fibras naturais
FÁBIo araujo
1� Bahia Indústria
Um dia de cidadania e de muita descontra-
ção. Foi o que vivenciaram os mais de 4 mil
participantes do evento Esporte, Cidadania
e Saúde, no dia 26/11, no SESI Simões Filho.
Em sua maioria crianças e adolescentes, os presentes
participaram das mais de 40 atividades realizadas,
totalizando 12 mil atendimentos. O evento, que está
em sua 7ª edição, é uma parceria do SESI com a Rede
Globo e acontece simultaneamente em todo o país,
Exemplo de cidadania e apoio à saúde
com o objetivo de incentivar a prática esportiva e pro-
mover ações educativas e preventivas de saúde para
a população.
O sábado começou com uma caminhada de rua
do centro da cidade até a unidade do SESI, em um
percurso de quase dois quilômetros. Na sequência,
participaram de atividades nas áreas de saúde (tes-
te de glicemia, exame de pressão arterial, noções de
higiene bucal etc), alimentação saudável (com dicas
de aproveitamento de alimentos do Cozinha Brasil) e
esportivas, estas voltadas para alunos do Programa
Atleta do Futuro.
José de Oliveira, 12 anos, estudante da 5ª série do
ensino básico, morador de Simões Filho, passou boa
parte da manhã do evento participando das várias
atividades de lazer. “O que mais gosto é dos jogos do
Xbox”, falou. Já Mariana dos Santos, 11 anos, jogava
cartas com amigas e, segundo ela, não se cansava de
ganhar. “Se deixar, elimino tudo mundo”, disse sem
modéstia.
Na abertura, o superintendente do SESI Bahia,
Wagner Fernandes, destacou a importância do espor-
te na vida de jovens e adultos e como ele ajuda a refor-
çar conceitos de cidadania. Por sua vez, Alessandra
Franco, do setor de Marketing da Rede Bahia, disse
que para a empresa de comunicação “é um prazer de-
senvolver eventos dessa natureza em parceria com o
SESI. Eles possuem um grande apelo na comunida-
de”, destacou.
Milhares de pessoas foram ao SESI Simões Filho, onde puderam contar com mais de 40 atividades
poR Cleber borges fotos joão alvarez
industriários e
dependentes
fizeram
caminhada do
centro à unidade
do sesi
Bahia Indústria 15
joão alvarEz
Semana de Promoção daVida SaudávelAlém dos atendimentos realizados no sábado, o
Esporte, Cidadania e Saúde contou também com a
Semana de Promoção da Vida Saudável, realizada
entre os dias 21 e 25/11 em aproximadamente 40
empresas industriais na Bahia, com mais de 11 mil
trabalhadores atendidos. Por meio da tecnologia SE-
SI Lazer Ativo, foram feitas intervenções utilizando
ações voltadas ao bem-estar: atividade física, ali-
mentação saudável, controle do estresse, comporta-
mento preventivo e relacionamento saudável.
Os trabalhadores participaram de atividades por
meio da vivência do lazer com foco no estilo de vida.
Conviver bem com outras pessoas, ter uma alimen-
tação saudável, interagir positivamente com o meio
ambiente e praticar atividade física regularmente,
são os pilares deste programa que, em um conjun-
to de ações integradas por meio de uma experiência
prazerosa e voluntária, as pessoas melhoram seus
estilos de vida, obtendo ainda mais saúde. [bi]
Wagner
Fernandes
destacou papel
do esporte na
cidadania
1� Bahia Indústria
Música e poesia valorizam o trabalhador poR larissa Cortizo
Idealizados como uma oportu-
nidade para despertar e formar
talentos musicais dentro da in-
dústria baiana, o Festival SESI
Música e o Concurso SESI Poesia
cumpriram mais uma vez sua mis-
são. Em 2011, os eventos contaram
juntos com 158 inscritos, de mais
de 70 empresas diferentes, que con-
correram em categorias de conteú-
do inédito e de interpretação. Após
o término das inscrições, uma co-
missão julgadora selecionou 20 fi-
nalistas de música e dez de poesia,
que se apresentaram nas cerimô-
Talentos revelados da música e da poesia encantaram o público que compareceu às noites de premiação do SESI
nias de entrega dos prêmios, mo-
mentos em que foram conhecidos
os grandes vencedores.
A cerimônia do Festival SESI
Música aconteceu no dia 14 de no-
vembro. O público lotou o Teatro
do Instituto de Radiofusão Educa-
tiva da Bahia (Irdeb), em Salvador,
para conferir a apresentação dos
finalistas. Em seguida, enquanto
os jurados definiam os vencedo-
res da grande noite, o cantor Luiz
Caldas tomou conta do palco com
canções marcantes de sua carrei-
ra. Após a participação especial
que agitou a noite, foi apresentado
o resultado.
Estreante no concurso e única
mulher entre os classificados para
a etapa final, Damares Galisa foi
a campeã na categoria interpreta-
ção com a música gospel Coração
que Sangra, de Fernanda Brum.
Emocionada, a representante da
empresa MK Eletrodomésticos, de
Conceição do Jacuípe, não poupou
elogios ao projeto. “Desde que fiz
a inscrição, as pessoas me recebe-
ram muito bem no SESI e isso me
motivou. Estar aqui hoje é inex-
plicável e sem essa iniciativa e
apoio, nada disso seria possível”,
ressalta. Participante pelo terceiro
ano consecutivo, o trabalhador da
empresa Celiga, em Ilhéus, Deníl-
son Guimarães ficou em segundo
lugar ao interpretar Romaria.
Na categoria composição, o ven-
cedor foi o técnico de produção Cel-
so Andrade, colaborador da Norsa,
que levou o público às gargalha-
das com a canção Melô da Sogra.
Ele afirmou que não esperava ser
consagrado campeão e agradeceu
aos organizadores do festival pela
oportunidade. “O incentivo do SE-
SI é importante para nos tirar do
damares galisa
(abaixo) e
rosana silva
(ao lado, melhor
performance
em poesia)
são talentos
revelados
valTEr PoNTES
joão a
lvarEz
Bahia Indústria 1�
ambiente fabril e nos dar a chance
de mostrar nosso talento. Tomara
que venham outras edições des-
se projeto e que ele nunca acabe”,
destaca Andrade, que representou
Vitória da Conquista.
A grande noite do Concurso SE-
SI Poesia aconteceu no dia 25 de
novembro, no Teatro SESI Rio Ver-
melho, em Salvador. Na ocasião,
os dez finalistas tiveram seus tra-
balhos interpretados em clima de
muita descontração e emoção. Gri-
gório Maurício Rocha, da empresa
Embasa, foi o primeiro colocado
no concurso, com o poema Ícaro e
a Lua. Para ele, o maior ganho na
participação do evento é a possi-
bilidade de interagir com poetas
de outras empresas e também de
conhecer talentos da sua empre-
sa, que desconhecia. “O concurso
possibilita que os artistas rompam
com a timidez e mostrem o seu ta-
lento”, afirma Grigório, que escre-
ve há cerca de seis anos.
Os vencedores receberam um
total de R$ 9.500 em prêmios. Além
disso, para o Festival de Música foi
concedido o registro do evento em
DVD e, para o Concurso de Poesia,
será feita a publicação do material
em um livro. Catarina Laborda,
coordenadora dos eventos, rea-
firma a importância da iniciativa.
“É uma emoção muito grande ver
esses trabalhadores no palco. Os
dias anteriores às cerimônias fo-
ram de muito trabalho, mas nós,
mais uma vez, conseguimos al-
cançar o nosso maior objetivo que
é promover a cultura e estimular a
criatividade dos trabalhadores da
indústria.” [bi]
>>Confira tabela com vencedores em www.fieb.org.br/sesi/noticia/420/conheca-os-vencedores-do-concurso-sesi-poesia-2011.aspx
1� Bahia Indústria
té recentemente, a política de in-
centivos respaldou o crescimento
da indústria brasileira. Com o fim
da guerra fiscal, decretado pelo
Supremo Tribunal Federal, os es-
tados mais pobres da Federação,
especialmente os do Nordeste,
devem criar mecanismos alternativos de desenvolvi-
mento regional. Em razão disso, é importante que a
Bahia planeje seu desenvolvimento industrial, defi-
nindo os papéis que cabem ao setor público, iniciati-
va privada e academia.
“A indústria na Bahia é concentrada na RMS. Para
criar oportunidades de emprego e renda no interior
é preciso desconcentrá-la. Além disso, é estratégico
definir políticas que conduzam à verticalização de
nossa cadeia produtiva, para que possamos produzir
bens finais, e também investir na logística de trans-
portes, especialmente em ferrovias e portos”, afirmou
o presidente da Federação das Indústrias do Estado
da Bahia, José Mascarenhas, no lançamento, no final
de novembro, na sede da FIEB, do documento Política
Bahia define política industriallançado na FIEB, estudo define estratégias e propostas que contemplam dez segmentos industriais do estado
poR Cleber borges e Carolina Mendonçafotos joão alvarez
Bahia Indústria 1�
josé mascarenhas entrega cópia de
documento ao governador jaques Wagner
�0 Bahia Indústria
industrial da Bahia – Estratégias e
Proposições.
Fruto de parceria firmada entre
a Secretaria da Indústria, Comér-
cio e Mineração da Bahia (Sicm),
Petrobras e FIEB, no âmbito do
Projeto Aliança, o documento pro-
põe um novo olhar sobre a forma
como o estado deve conduzir seu
desenvolvimento econômico nesta
década. O evento de lançamento
contou com a presença do gover-
nador da Bahia, Jaques Wagner,
que elogiou a iniciativa.
“Acredito que o plano pro-
posto é um guia e não uma obra
acabada, porque as condições
da realidade mudam, mas é uma
demonstração de que temos na
Bahia um ambiente de diálogo
para se liberar energias produti-
vas para o desenvolvimento”, dis-
se o governador.
O secretário estadual de Indús-
tria e Comércio, James Correia,
elogiou os 86 profissionais que
participaram do estudo coorde-
nado pelo Instituto Euvaldo Lodi
(IEL), entidade vinculada ao Sis-
tema FIEB, além de ressaltar que,
apesar dos entraves estruturais, a
Bahia tem sido um polo de atração
de investidores no setor industrial.
“Temos novas plantas industriais
sendo implantadas pela Kimberly-
Clark, a Basf, a Jac Motors e não
são investimentos só na Região
Metropolitana de Salvador (RMS),
70% das empresas abertas estão
no interior”, garantiu.
Representando o ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Co-
mércio Exterior (MDIC), Fernando
Pimentel, a secretária de Comér-
cio Exterior, Tatiana Prazeres,
destacou que, com o lançamento
da Política Industrial, a Bahia sai
na frente de outros estados brasi-
leiros. “O estado dá um exemplo
ao país e intensifica sua política
de desenvolvimento industrial”,
afirmou.
Neste sentido, o presidente da
Academia de Ciências da Bahia,
Roberto Santos, pontuou que “as
mudanças necessárias ao desen-
volvimento exigem planejamento,
novas tecnologias e educação, e a
indústria tem um importante pa-
pel neste processo.”
PUBliCAÇÃOA nova Política Industrial da
Bahia faz um diagnóstico e propõe
ações capazes de criar condições
favoráveis ao desenvolvimento de
dez segmentos selecionados da
atividade industrial no estado: au-
tomotivo; agroindústria; calçados
e segmentos intensivos em marca
e design; celulose e a cadeia da
madeira; construção civil; inten-
sivos em tecnologia (informática,
fármacos etc); mineração e trans-
formação mineral; naval e offsho-
re; petróleo e gás; química e petro-
química.
Foram abordados também
temas transversais aos dez seg-
mentos selecionados. Dentre eles,
energia, infraestrutura logística,
educação profissional, inovação
tecnológica, responsabilidade so-
cial e sustentabilidade ambiental.
Sob a coordenação técnica do Ins-
tituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade
vinculada ao Sistema FIEB, o estu-
Autoridades,
empresários
e formadores
de opinião
prestigiaram
lançamento
da Política
industrial
Bahia Indústria �1
do partiu de ampla sondagem feita
junto a personalidades dos setores
público, privado e da academia,
formadores de opinião, com o in-
tuito de definir ações estratégicas
e estabelecer proposições.
“Este é o primeiro projeto que
apresenta estratégias para o setor
no nosso estado formulado com
a participação de empresários e
líderes sindicais – que contribuí-
ram com a vivência prática no se-
tor –, e de professores e pesquisa-
dores de universidades baianas e
de outros estados, que trouxeram
o conhecimento teórico sobre o te-
ma”, explica o superintendente do
IEL, Armando Costa.
Conforme declara o presidente
da Petrobras, José Sergio Gabrielli,
as proposições que brotaram dos
diagnósticos setoriais e temáticos
estão em linha com a realidade
nacional e internacional e “foram
legitimadas por ampla sondagem
feita junto a agentes públicos e
privados.”
iNFRAeStRUtURAO estudo Política Industrial
da Bahia mostra que a dinâmica
industrial desloca-se das plantas
(unidades fabris) para o centro
de decisão das empresas; que as
cadeias industriais tornam-se
segmentadas, com a criação de
produtos regionalmente adapta-
dos; as empresas líderes tendem
a fomentar fornecedores locais; e
que a inovação é fundamental na
valorização de cadeias produtivas.
No primeiro caso, ressalta que é
importante para um estado como
a Bahia, em processo de industria-
lização, atrair plantas produtivas,
pois resultam em empregos e tri-
butos, mas é ainda mais importan-
te atrair e fixar empresas que tra-
zem decisões fundamentais para o
No lançamento da publicação
Política Industrial, o presidente da
Federação, José Mascarenhas,
concedeu entrevista à imprensa.
Leia abaixo alguns dos principais
trechos:
A partir da publicação da Política
industrial, o que muda em relação
á atração de investimentos para o
estado?
jm – Este é um plano de médio
a longo prazos e, como nós te-
mos muitas deficiências de in-
fraestrutura, é preciso avançar
primeiro em algumas questões
fundamentais, como a do porto,
por exemplo. Pernambuco tem
menos potencial de desenvolvi-
mento industrial que a Bahia,
mas eles fizeram o porto, o que
tem atraído muitos investimentos
importantes para aquele estado.
Na Bahia, ainda faltam soluções
nesta questão de movimentação
de grandes cargas, que a gente
precisa corrigir. Uma proposta de
planejamento foi feita, agora pre-
cisa ser implementada. A decisão
das ações a serem iniciadas é do
estado. Por outro lado, o governo,
sozinho, não tem recursos para
resolver tudo, como a moderniza-
ção do Porto de Aratu. É preciso
abrir uma concorrência pública
para se fazer esta concessão.
neste sentido, é preciso também
implementar medidas de mudança
no interior do estado?
jm - A interiorização é um elemen-
to-chave para o desenvolvimento
industrial da Bahia. Falta integração. Nós temos
que oferecer aos empresários destas regiões as
mesmas oportunidades que são oferecidas aos da
capital e Região Metropolitana, até para reduzir a
pressão sobre Salvador. A FIEB está engajada nes-
sa perspectiva, mas a política (de interiorização) é
uma decisão de estado.
como ficam as questões ambientais frente à neces-
sidade de realização de obras estruturantes para o
desenvolvimento?
jm - Temos um acúmulo de processos a serem jul-
gados que acabam inviabilizando os investimentos.
Quantos já deixaram de ser feitos aqui porque a li-
cença ambiental não saiu? Por isso, apoiamos total-
mente a iniciativa do governo de realizar mudanças
na legislação ambiental presumindo que, em princí-
pio, as pessoas são sérias. Se elas estiverem fazendo
coisas erradas, serão punidas com a fiscalização,
assim como acontece com a Declaração de Renda
em que, primeiro, o cidadão declara os rendimentos
e, depois, verifica-se se o que foi declarado está cor-
reto. Isso pode ser feito com as atividades não po-
luidoras, o que daria agilidade aos processos, pois
teríamos mais técnicos e fiscais disponíveis.
“Uma proposta de planejamento foi feita, agora ela precisa ser implementada”
�� Bahia Indústria
agroindústria• Definir programa de atração seletiva de investimentos• Planejar a espacialização de investimentos e o sistema logístico alimentador da Ferrovia Oeste-Leste• Estimular modelos integrados de produção agropecuária, industrialização e comércio, inclusive Programa de Marcas (Café Gourmet Bahia, Vinhos do São Francisco etc).• Capacitar recursos humanos em gestão empresarial, produção e logística para a agroindústria.
automotivo• Apoiar o parque automotivo instalado e estimular sua expansão, atraindo novos projetos e adensando a cadeia de fornecedores• Implantar programa CKD (processo de produção que consiste em enviar um veículo completo desmontado para ser finalizado no país onde será vendido) no estado, com ênfase em motos e veículos especiais.
intensivos em marca e design• Tornar atrativo investir no setor calçadista na Bahia e ampliar conteúdo local da cadeia de fornecedores• Adensar indústria moveleira• Fortalecer a aglomeração da indústria de confecções e valorizar a marca de origem Bahia
celulose• Fomentar as atividades transformadoras com base florestal• Fomentar a cadeia industrial da madeira
construção civil• Fomentar negócios sustentáveis• Melhorar produtividade pela incorporação de novas técnicas construtivas e organização da cadeia construtiva em bases industriais• Ampliar o conteúdo local da cadeia de fornecedores
intensivos de tecnologia • Agregar valor à produção de hardware• Articular a produção de software com os segmentos dinâmicos da economia
dinamismo da industrialização.
Para se beneficiar dessas ten-
dências, é necessário que a Bahia
invista em infraestrutura logís-
tica, especialmente ferrovias e
portos. “É imprescindível tornar
realidade a Ferrovia Oeste-Leste e
o Porto Sul, criar um eixo ferrovi-
ário ligando Salvador a São Pau-
lo e qualificar o Porto de Aratu”,
afirmou o presidente da FIEB, José
Mascarenhas. Em relação a Aratu,
é importante mencionar que existe
na Antaq uma proposta de conces-
são da sua exploração feita por um
consórcio privado.
Outras recomendações contidas
no documento Política Industrial
da Bahia – Estratégias e Proposi-
ções envolvem a necessidade de
investir na qualificação de peque-
nos fornecedores locais, em ino-
vação tecnológica e na atração e
fixação de empresas, ao invés de
apenas estimular a vinda de plan-
tas produtivas.
Para cada um dos dez segmen-
tos industriais selecionados, o do-
cumento assinado pela Sicm, FIEB
e Petrobras define ações estratégi-
cas e propõe iniciativas para os vá-
rios entes envolvidos. Por exemplo,
na área automotiva, define como
ações estratégicas qualificar sítios
para implantar futuras montado-
ras e estimular o adensamento da
cadeia de fornecedores. Para tanto,
propõe a remodelagem regulatória
da Ferrovia Centro-Atlântico para
assegurar o fluxo de mercadorias;
a consolidação de modelo opera-
cional do Terminal de Veículos e a
criação do Terminal de Contêineres
em Aratu; um programa de atração
de fabricantes de veículos pesados
e de duas rodas; além de um pro-
grama de qualificação em mão de
obra e serviços tecnológicos.
• Articular iniciativas de inovação do Centro Industrial de Subaé (Feira) com a pesquisa acadêmica• Fortalecer o Parque Tecnológico da Bahia
mineração e transformação mineral• Reforçar funções institucionais na cadeia mineral, inclusive fortalecendo a base de dados• Ampliar externalidades positivas, incluindo infraestrutura de suporte com rede logística• Encadear elos do comércio, serviços e logística na indústria da mineração, inclusive com formatação de planos para a indústria cerâmica e de rochas ornamentais
naval e offshore• Criar condições, inclusive definição de sítios, para atrair empresas construtoras de navios e plataformas de grande porte, além de sondas e outras unidades offshore• Adensar a cadeia de fornecedores locais para a indústria naval
petróleo e gás• Interiorizar a oferta de gás canalizado e ampliar sua competitividade• Promover a maior integração dos campos maduros à cadeia do petróleo
química e petroquímica• Promover maior integração operacional entre a Rlam e a central de matérias-primas do polo de Camaçari• Melhorar a integração logística com o mercado do Sudeste e o mercado internacional, incluindo a remodelagem regulatória do Porto de Aratu e o fomento da cabotagem• Na base da cadeia petroquímica focar a descomotização, aproveitando a potencialidade do pólo acrílico
Estratégias Setoriais
estudo selecionou dez segmentos
industriais estratégicos para a bahia
Bahia Indústria �3
Já no segmento naval e offshore, a Bahia, estado
com grande disponibilidade de áreas costeiras, de-
ve atrair empresas de construção de navios de por-
te, sondas, plataformas e outras unidades offshore;
adensar a cadeia de fornecedores locais e fomentar
o desenvolvimento de uma indústria de construção
de embarcações de esporte e lazer de pequeno porte,
integrada às áreas de turismo e esportes náuticos.
eStRAtÉGiAAo identificar estratégias empresariais, cria-se es-
paço para a formulação de uma política industrial.
Elas compreendem não apenas as indústrias ins-
taladas na Bahia como aquelas com potencial para
investir em território baiano, criando um bom am-
biente institucional e econômico. A grande pauta do
momento, afirma o documento Política Industrial da
Bahia, é atuar nas relações da indústria com seu en-
torno para melhorar o ambiente de negócios.
A estratégia de industrialização proposta é empre-
endida em três planos: o primeiro envolve as possibi-
lidades de inserção da Bahia nos movimentos globais;
um segundo, a inserção do Estado na matriz indus-
trial nacional, identificando movimentos que favore-
cem ou dificultam a expansão da indústria estadual
no marco de crescimento nacional; e dimensionar e
antecipar ações e proposições para a construção de
uma nova dinâmica de industrialização. [bi]
Foram
definidas
estratégias e
apresentadas
proposições
sobre
segmentos
como
automotivo,
agronegócio,
construção e
petroquímica
aG. BraSIl
�� Bahia Indústria
Workshop de estágio em campo FormosoO Instituto Euvaldo Lodi –
IEL/BA e a Prefeitura
Municipal de Campo
Formoso realizaram,
naquela cidade, o I
Workshop de Estágio, no dia
09 de dezembro, na Escola
Rural de Campo Formoso. O
objetivo foi disseminar a
importância da educação na
formação dos jovens através
da prática de estágio.
Participaram
aproximadamente 200
estagiários da área de
educação. O encontro
proporcionou aos
participantes um dia de
muita interação,
esclarecimento de dúvidas,
com o IEL, mostrando a
importância de uma postura
profissional durante o
desenvolvimento do estágio.
senAi-bA vence Prêmio AutomaçãoO Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial
(SENAI Bahia) recebeu o
XIV Prêmio Automação da
GS1, entregue no dia 9 de
novembro, em São Paulo. A
instituição dividiu o
primeiro lugar na categoria
Inovação e Capacitação com
a Rfid COE. Ao todo, 35
empresas e entidades
representativas de classe
foram reconhecidas pelos
esforços na difusão do
Sistema GS1. O prêmio,
criado em 1998, contempla
as empresas pelo melhor
desempenho e realização de
projetos inovadores.
Carlos Cavalcante foi homenageado com a comenda Deputado Luís Eduardo Magalhães
valTEr PoNTES
Vice-presidente da Fieb recebe comenda“As reformas política, administrativa e tributária são um atalho na busca de um Estado
verdadeiramente voltado ao cidadão, com serviços de qualidade e tendo como regra número
um a transparência. Não o Estado do privilégio a grupos e corporações. Mas aquele que não
abandona a maioria à própria sorte, que não seja fonte de injustiça e exclusão.” A declaração,
do empresário Carlos Gilberto Cavalcante Farias, foi feita durante a solenidade na qual
recebeu, do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, a Comenda
Deputado Luís Eduardo Magalhães. A solenidade aconteceu no dia 10 de novembro, no
plenário da Assembléia Legislativa da Bahia. A outorga da comenda resultou de projeto de
autoria do deputado Pedro Alcântara. Vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado
da Bahia, Carlos Cavalcante é diretor da Agroindústrias do Vale do São Francisco (Agrovale),
localizada em Juazeiro (BA), considerada uma das principais produtoras de etanol, açúcar e
bioenergia do Nordeste.
painel
campanha do sesi vai atender 30 mil trabalhadoresEntre os meses de dezembro e fevereiro o SESI Bahia realiza campanha educativa para a
prevenção às DST/AIDS junto a cerca de 300 empresas industriais. Será feita a distribuição de
material informativo e ações de engajamento, com previsão de atender 30 mil trabalhadores. A
campanha, realizada em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da
Saúde (OMS), será implantada por promotores de Qualidade de Vida, capacitados pelo SESI
para sensibilizar os trabalhadores para o tema. Essa e outras campanhas podem ser
solicitadas gratuitamente ao SESI. Mais informações, no endereço www.fieb.org.br/sesi/sv.
Bahia Indústria �5
demanda porengenheirosirosA necessidade de atender
a demanda da indústria
por engenheiros levou o
Grupo Temático de
Engenharia do Fórum de
Inovação da Bahia a
elaborar o Programa de
Incentivo à Formação e à
Atuação de Engenheiros,
um documento
propositivo apresentado
durante a II reunião do
Comitê Gestor do Fórum,
realizada na Federação
das Indústrias do Estado
da Bahia (FIEB). O
objetivo do Programa é
ampliar a oferta de
profissionais ao mercado
baiano aumentando o
número de ingressos nas
faculdades, diminuindo a
evasão dos alunos, que
chega a 50%, segundo o
INEP, e fomentar o
empreendedorismo, a
inovação e o
desenvolvimento da
pesquisa aplicada. Em
recente publicação do
IPEA (2011), prevê-se que
a demanda por
engenheiros no país deva
continuar crescendo,
apresentando a
estimativa de que, em
2020, o Brasil precise de
560 mil a 1,16 milhão de
engenheiros, dependendo
do crescimento
econômico alcançado.
Lançado em 10 de junho
de 2011, o Fórum tem
como meta apoiar a
Inovação no estado.
joão alvarEz
embaixador da nova zelândia visita FiebO embaixador da Nova Zelândia no
Brasil, Mark Trainor, esteve na sede da
FIEB, no dia 10 de novembro, onde
reuniu-se com o presidente da casa,
José Mascarenhas. Acompanhado do
vice-presidente de vendas da América
latina da Tait, empresa especializada
em rádio comunicadores, Trainor
entregou a Mascarenhas uma
proposta de colaboração para a
melhoria do ensino de inglês no
Brasil. O vice-presidente de vendas da
Tait, Hamish Wiig, afirmou que a
empresa, que já atua no Brasil há 20
anos, deve montar uma base no país e
a Bahia pode ser o local escolhido.
Secretário Zezéu Ribeiro disse na FIEB que a intenção é proteger áreas consideradas vulneráveis
secretário apresenta zee a empresáriosPrevisto para ser implantado em junho de 2012, o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) foi
apresentado pelo secretário estadual do Planejamento, Zezéu Ribeiro, às lideranças
empresariais em reunião de diretoria da FIEB, em 24 de novembro. Instrumento de gestão que
vai orientar os investimentos públicos e privados no Estado, o ZEE aponta quais são as áreas
adequadas à implantação de arranjos socioprodutivos, os locais que devem ser protegidos
devido a vulnerabilidade ambiental e as regiões degradadas que deverão receber ações de
recuperação. “O ZEE foi elaborado com base na compreensão de que o nosso parque ambiental
é um ativo importante ao desenvolvimento do estado”, disse.
Mark Trainor quer melhorar o ensino de inglês
joão alvarEz
�� Bahia Indústria
InDIcADOREs Números da Indústria
Produção industrial da Bahia caiu 5%
Em outubro, a taxa anua-
lizada da produção física
da indústria de transfor-
mação da Bahia apresen-
tou queda de 5%, após registrar
redução de 4,2% em setembro,
mantendo a trajetória descenden-
te iniciada no último trimestre
do ano passado. Em razão disso,
ficou em antepenúltimo lugar no
ranking dos 13 estados pesquisa-
dos pelo IBGE, acima apenas do
Espírito Santo e do Ceará.
Tal resultado pode ser atribu-
ído à retração de quatro dos oito
segmentos pesquisados: Produtos
Químicos/Petroquímicos (-13,4%),
Metalurgia Básica (-10,4%), Refino de Petróleo e Prod.
de Álcool (-4,7%), Veículos Automotores (-3%). Por ou-
tro lado, os segmentos de Alimentos e Bebidas (7,5%),
Minerais não-metálicos (7,1%), Borracha e Plástico
(4,4%) e Celulose (0,9%) apresentaram resultados
positivos.
Na comparação do acumulado de janeiro a outubro
de 2011 com igual período do ano anterior, a produção
física da indústria de transformação baiana registrou
queda de 4,4% (contra uma alta de 0,7% da média na-
cional), refletindo, principalmente, a interrupção do
fornecimento de energia elétrica que atingiu o Nor-
deste no início de fevereiro, com maior impacto sobre
o Polo Petroquímico de Camaçari.
Apresentaram resultados negativos cinco dos oito
segmentos pesquisados: Metalurgia Básica (-11,6%,
queda na produção de alumínio não ligado em for-
Somente Espírito Santo e Ceará tiveram desempenho pior que a Bahia, segundo levantamento do IBGE
Bahia Indústria ��
mas brutas, por conta do fecha-
mento da planta da Novelis no
final de 2010, e de ouro em bar-
ras), Produtos Químicos/Petro-
químicos (-10,2%, menor fabri-
cação de etileno não-saturado,
polietileno de alta e baixa den-
sidade e polipropileno, ainda
influenciado pela paralização
técnica provocada pelo desli-
gamento do sistema elétrico da
Região Nordeste em fevereiro),
Refino de Petróleo (-5,7%, redu-
ção na fabricação de naftas pa-
ra petroquímica e óleo diesel),
Veículos Automotores (-2,6%) e
Celulose e Papel (-0,5%). Por ou-
tro lado, registraram resultados
positivos: Alimentos e Bebidas
(7,5%, aumento na produção de
refrigerantes, cerveja e chope),
Minerais não-metálicos (7%) e
Borracha e Plástico (4,3%).
Na comparação de outubro
de 2011 com igual mês do ano
anterior, a produção física da in-
dústria de transformação baiana
apresentou queda de 3,6% (con-
tra uma queda de 2,4% da média
nacional). Três dos oito segmen-
tos da Indústria de Transforma-
da na atividade: Veículos Auto-
motores (-43,1%, redução influen-
ciada pela concessão de férias
coletivas em importante empresa
automobilística), Metalurgia Bási-
ca (-10,3%, redução na fabricação
de alumínio não ligado em formas
brutas e ouro em barras), Produtos
Químicos/Petroquímicos (-9,5%,
devido ao recuo na produção de
hidróxido de sódio ou de potás-
sio, misturas de alquilbenzenos
e polietileno de alta densidade),
Minerais não-metálicos (-0,9%),
Borracha e Plástico (-0,3%).
A produção de petroquímicos
representou uma influência nega-
tiva para o agregado da indústria
de Transformação da Bahia em
virtude principalmente da inter-
rupção do fornecimento de ener-
gia elétrica verificada em feverei-
ro, comprometendo o resultado
do agregado na análise anualiza-
da. Por outro lado, a atividade dos
segmentos produtores de bens de
consumo tem-se mantido aqueci-
da, influenciando positivamente
o agregado, apesar da tendência
de arrefecimento no segmento de
Veículos Automotores. [bi]
São Paulo -4,6 1,1 1,4
minas gerais -4,6 0,1 0,7
Rio de Janeiro -1,3 3,5 4,2
paraná 13,4 5,2 5,5
Rio grande do sul 6,9 2,4 2,6
Bahia -3,6 -4,4 -5,0
santa catarina -8,5 -4,4 -3,1
amazonas 16,0 4,5 5,1
espírito santo -9,6 -5,1 -5,5
pará 2,2 -1,5 -0,8
goiás 2,9 5,8 6,7
pernambuco 4,1 -0,7 -0,4
ceará -6,4 -12,6 -11,6
Brasil -2,4 0,7 1,1
produção física por estados: indústria de transformação
Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI
estAdos varIação (%)
out11/ jAn-out11/ noV10-out11/ out10 jAn-out10 noV09-out10
ção registraram crescimento da
atividade, como segue: Celulose e
Papel (7,1%, devido ao aumento da
produção de celulose), Refino de
Petróleo e Prod. de Álcool (1,8%,
aumento da produção de álcool,
gasolina automotiva e óleos lu-
brificantes básicos) e Alimentos e
Bebidas (0,9%).
No entanto, no mês em questão,
cinco segmentos registraram que-
JAN
JUL
FEV
MAR
ABR MAI
JUN
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
130
135
140
125
120
115
110
105
100
95
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2009 - 2011)
2009
2011
2010
�� Bahia Indústria
Em encontro internacional, comitê discute questões econômicas e novas políticas para uso das fibras
Há muito as fibras natu-
rais produzidas pelo
mundo deixaram de
ser matéria-prima de
artesãos e ganharam novos mer-
cados. O crescente interesse de
alguns segmentos industriais em
inovar suas produções utilizando
fibras naturais, em especial o si-
sal, piaçava, algodão e coco, vem
promovendo discussões econômi-
cas e políticas em torno da atual
situação do mercado de fibras e as
perspectivas para o setor a médio
e longo prazo.
O destino das fibras naturais
Wilson
Andrade
destacou a
importância
de realizar
encontro na
bahia
poR bárbara assisfotos joão alvarez
da FAO e definiu acordos econômi-
cos e comerciais para o setor.
Para Wilson Andrade, presi-
dente do Sindifibras, realizar esta
edição do encontro na Bahia foi
de fundamental importância para
a construção conjunta de políti-
cas públicas estratégicas para o
desenvolvimento sustentado das
fibras de coco, piaçava, sisal, entre
outras, e a sustentabilidade da ca-
deia produtiva. O estado é o maior
produtor de sisal do Brasil. “O pe-
so econômico dos nossos produtos
é significativo, mas, ainda mais
importante é a sua contribuição
social”, destacou o presidente, ao
lembrar as transformações mun-
diais em áreas ambientais, sociais
e econômicas. Andrade também
destacou a necessidade do apoio
do governo na execução das ações.
Além da participação nas reuni-
ões temáticas, representantes do
Fundo Comum de Commodities
(pertencente à FAO) visitaram o
SENAI Cimatec e conheceram as
pesquisas de desenvolvimento de
compósitos de sisal para uso nas
indústrias moveleira, automobilís-
tica e de calçados.
Reinaldo Sampaio, vice-presi-
dente da FIEB, chamou a atenção
para a característica da sociedade
contemporânea que tem uma cres-
No mês de novembro, represen-
tantes da Alemanha, Bangladesh,
Colômbia, Filipinas, Guatemala,
Malásia, Nigéria, Portugal, Repú-
blica Unida da Tanzânia e Brasil,
membros do Fundo para Agricul-
tura e Alimentação (FAO), partici-
param da Semana Internacional
de Fibras Naturais, realizada em
Salvador.
O encontro, promovido pelo
Sindicato das Indústrias de Fibras
Naturais do Estado da Bahia, abri-
gou a 36ª reunião do Grupo Inter-
governamental das Fibras Duras
Bahia Indústria ��
cente difusão social do trabalho
através da especialização das pes-
soas, empresas e dos territórios. “A
especialização só se torna possível
na medida em que há uma mobili-
dade e uma fluidez do conhecimen-
to, da informação, das finanças,
da mobilidade dos bens variáveis,
das máquinas, insumos e produtos
e das pessoas. Essa fluidez é uma
condição primordial para que a ci-
ência e a técnica se espalhem em
prol do desenvolvimento histórico
da humanidade”, comentou.
No encontro, foram definidos
acordos extraoficias sobre os pre-
ços relacionados á produção e co-
mercialização de fibras como sisal,
piaçava, coco e juta, encontradas
na Ásia e, no Brasil, na Amazônia;
kenaf, oriunda da Malásia, usada
na confecção de sacos e cordas; e
abacá (das Filipinas, muito resis-
tente à tensão e usada em cabos
para navios). Na agenda do setor
para a Bahia, estão ainda ações
estratégicas como a recuperação
da produtividades e das condições
do trabalho no campo; moderniza-
ção das máquinas e equipamentos
utilizados nos processos produ-
tivos; e a utilização integral das
plantas, com foco na eliminação
da geração de resíduos na produ-
ção ambiental. [bi]
representantes
de países
produtores
trocaram
experiências
30 Bahia Indústria
Não estou aqui para di-
zer a vocês o que devem
fazer, mas para que nos
digam como podemos
ajudar.” Com esse espírito, o pre-
sidente do Sistema Federação das
Indústrias do Estado da Bahia,
José Mascarenhas, lançou no dia
1º de dezembro, no Centro de Con-
venções de Ilhéus, o Programa de
Interiorização do Sistema FIEB pa-
ra a Região Sul da Bahia.
A iniciativa foi apresentada por
José Mascarenhas e executivos
do Sistema FIEB a empresários e
autoridades locais, sendo recebi-
da em clima de grande otimismo.
Idealizado por José Mascarenhas
e incluído como ação prioritária
FIEB vai reforçar atuação na Região Sul o presidente da FIEB, josé de Freitas Mascarenhas, anunciou em Ilhéus ações de incentivo ao aumento da competitividade do sul da Bahia
poR Cleber borges
no Planejamento Estratégico 2012-
1016 da entidade, o Programa de
Interiorização partiu de um estu-
do econômico realizado pela FIEB
sobre as três regiões que considera
estratégicas: Sul da Bahia (Itabu-
na e Ilhéus), Oeste (Luís Eduardo
Magalhães e Barreiras) e Feira de
Santana. Futuramente, outras re-
giões serão incluídas.
O Programa de Interiorização
visa respaldar o desenvolvimento
industrial das três regiões, po-
tencializando suas vocações. Sua
execução será realizada em par-
ceria com empresários regionais,
governo do Estado e prefeituras.
Por meio do Sistema FIEB, serão
reforçados, pelo SESI, SENAI e
IEL, os serviços prestados atualmente em áreas como
qualificação de mão de obra, educação, saúde, lazer
e apoio à inovação, com investimentos na construção
e aparelhamento de novas unidades.
No caso do sul do estado, os investimentos previs-
tos ou realizados na área de infraestrutura, a exem-
plo do Complexo Porto Sul, Ferrovia de Integração
Oeste-Leste e Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene)
potencializarão o desenvolvimento econômico e so-
cial da região. Em municípios como Itabuna e Ilhéus
há um visível clima de otimismo, não obstante todas
as atuais carências, especialmente nas áreas de mo-
bilidade urbana e de infraestrutura para o escoamen-
to da produção, bem como do relativo abandono em
que se encontra o Distrito Industrial de Ilhéus.
A FIEB, na gestão do Programa de Interiorização
para a Região Sul, atuará em várias frentes. Estimula-
rá o desenvolvimento mediante a defesa de interesses
da indústria e reivindicando a melhoria do ambiente
Bahia Indústria 31
de negócios. Além disso, desen-
volverá programas que fortaleçam
o associativismo e a gestão empre-
sarial. Para tanto, pretende cons-
truir uma nova e moderna unida-
de em área a ser definida, próxima
ao campus da Universidade Esta-
dual de Santa Cruz, às margens da
rodovia Ilhéus-Itabuna.
FORtAleCiMeNtOApós se reunir com lideranças
políticas da região, às quais solici-
tou apoio para a iniciativa, o presi-
dente do Sistema FIEB esteve com
empresários de vários segmentos,
dos municípios de Ilhéus e Itabu-
na, aos quais disse ser importante
levar a industrialização ao inte-
rior. “Não viemos trazer dádivas,
mas buscar o diálogo. Vocês é que
vão nos dizer do que precisam, pa-
ra que todos nós, juntos, possamos
melhorar o emprego e renda na re-
gião”, afirmou José Mascarenhas,
na companhia do diretor executi-
vo do Sistema Roberto Musser; do
diretor regional do SENAI, Leone
Peter; do superintendente do SE-
SI, Wagner Fernandes; do supe-
rintendente do Instituto Euvaldo
Lodi, Armando Neto; do superin-
tendente de Desenvolvimento In-
dustrial, João Marcelo Alves; e do
superintendente de Comunicação
Institucional, Maurício Castro.
“A presença da entidade aqui
já é forte e será fortalecida. Isso é
muito importante, pois os investi-
mentos estão chegando”, afirmou
o secretário de Indústria e Co-
mércio de Itabuna, Carlos Leahy.
Por sua vez, o prefeito de Ilhéus,
Newton Lima, observou que o re-
forço na atuação do Sistema FIEB
deve ser um fator importante para
a atração local de investimentos.
Por sua vez, o consultor portu-
ário e diretor da Associação Co-
mercial de Ilhéus, Libério Mene-
zes Filho, explicou que, além da
manutenção do Porto de Malhada,
que não vem recebendo a devida
atenção, também é necessário ela-
borar estudo logístico, incluindo o
município de Itabuna. Ele lembrou
que a BR-415 ainda é utilizada in-
Autoridades
brasileiras
e japoneses
prestigiaram
evento do
comitê de
cooperação
econômica
CloDoalDo rIBEIro
mascarenhas:
o sistema Fieb
não dirá ao
empresário o
que deve ser
feito
3� Bahia Indústria
devidamente como corredor rodo-
viário para o tráfego de carretas
para o desembarque no porto.
“Queremos tirar um pouco da
carga sobre a RMS, que hoje en-
frenta, por conta da concentração
econômica, problemas urbanos
graves. É preciso mais equilíbrio
regional, democratizar os frutos
do desenvolvimento na Bahia”,
explicou na ocasião José Masca-
renhas.
PORtOSO presidente do Sistema FIEB
destacou a importância estratégi-
ca do Porto Sul e garantiu que a
FIEB se juntará ao empresariado
local para defender essa bandeira,
sem que isso signifique desprezar
o atual Porto de Malhada. “O Porto
Sul é extremamente importante,
mas não podemos simplesmente
descartar Malhada ou transformá-
lo em simples porto de cruzeiro
turístico”, disse. Para ressaltar a
importância do porto na econo-
mia, citou que nos últimos anos a
Bahia perdeu investimentos para
outros estados, inclusive na área
automotiva, porque o estado não
tem portos estruturados.
Também destacou que é crucial
criar na região Sul uma estrutura
empresarial forte, com lideranças
locais, capaz de defender os inte-
resses da tradicional região. “No
caso de Ilhéus, temos como dife-
rencial o Polo de Informática”, ava-
liou. Ponderou que essa entidade
deve reunir as lideranças dos vá-
rios segmentos econômicos, inclu-
sive o comércio, para defender com
maior vigor os pontos de vista do
empresariado local frente às ins-
tâncias públicas. “Normalmente, o
governo prefere conversar com um
grupo de empresários que com um
empresário isolado”, disse.
A economia do Sul da Bahia de-
senvolveu-se com base na mono-
cultura do cacau. Com a introdu-
ção da praga vassoura-de-bruxa e
o forte declínio dos preços inter-
nacionais do cacau, entre o final
dos anos 1980 e início da década
de 1990, a região experimentou
uma progressiva decadência, que
só recentemente começou a ser re-
vertida, mediante a diversificação
da sua economia, culminando
com a implantação de novos seg-
mentos industriais, especialmen-
te o de informática, e a expansão
de outros, já existentes, como os
de vestuário e têxtil.
Com uma população estimada
em quase 800 mil habitantes, o sul
do estado possui PIB de R$ 5,1 bi-
lhões, com PIB per capita de R$ 6,4
mil. Itabuna tem um PIB de R$ 1,9
bilhão e Ilhéus, de R$ 1,6 bilhão. A
Expectativa de novo ciclo econômico
economia ilheense é dominada pe-
lo setor de serviços/comércio (67%),
vindo a seguir a indústria (29%,
com 105 empresas instaladas, des-
taque para produtos de informática
e alimentos) e agropecuária (4%).
Já a economia itabunense é ainda
mais dominada pelo setor serviços/
comércio (82%), vindo a seguir a
indústria (17%, com 108 empresas
instaladas, destaque para produtos
têxteis e alimentos) e o setor agro-
pecuário (1%).
Composta por 27 municípios,
atualmente, a região sul vive a ex-
pectativa de um novo e promissor
ciclo de desenvolvimento com a
esperada concretização de proje-
tos estruturantes, a exemplo da
Ferrovia Oeste-Leste (investimen-
to previsto de R$ 6 bilhões), do
Porto Sul e a duplicação da rodo-
via Ilhéus-Itabuna. [bi]
CloDoalDo rIBEIro
comitiva da
Fieb visitou a
fábrica da invix
no polo de
informática
Bahia Indústria 33
IDEIAs
poR joão MarCelo
Nos últimos dez anos as exporta-
ções baianas apresentaram uma
dinâmica bastante favorável,
com elevado crescimento, alcan-
çando em 2010 um valor expor-
tado quatro vezes superior ao de
2001, com média de crescimento
anual de 16,4%. No acumula-
do até o terceiro trimestre desse
ano, o crescimento foi de 22,6%,
comparado ao mesmo período do
ano anterior e as exportações do
estado atingiram 60% do total
do Nordeste, ou seja, exportamos
mais que todos os outros estados
da região reunidos.
Embora os resultados no perí-
odo analisado tenham sido alta-
mente positivos em termos de valor
exportado, não houve mudança na
composição da pauta baiana, que
continua muito concentrada em
poucos setores. Segundo dados
do Ministério do Desenvolvimento
Indústria e Comércio (MDIC), no
ano de 2010, apenas cinco setores
ou produtos (celulose, químicos,
petróleo e derivados, automotivo
e soja) responderam por 60% das
exportações.
Apesar do grau de internacio-
nalização das empresas baianas
(método FSTS: exportações/ven-
das totais) nos últimos anos ter
ficado acima da média nacional,
inclusive de alguns estados com
forte base industrial, como São
Paulo, os números analisados in-
dicam um alto grau de concentra-
ção das exportações baianas em
pouquíssimas empresas indus-
triais de grande porte. Dados do
MDIC indicam que apenas cinco
Um passo rumo à internacionalização
empresas baianas exportaram aci-
ma de 50% do total do estado no
ano passado e 38 empresas foram
responsáveis por 89% do total ex-
portado.
Ainda segundo o MDIC, das
428 empresas baianas exporta-
doras em 2010, 181 eram grandes
empresas que exportaram 95,4%
do total. As 247 micro, pequenas e
médias empresas que exportaram
no ano passado responderam por
apenas 6,4% das exportações do
estado e têm perdido terreno pa-
ra as grandes nos últimos anos:
as exportações das menores ca-
íram de 8,7% em 2002 para 4,6%
em 2010. Além disso, 143 grandes
empresas não estão engajadas no
esforço de exportações, pois res-
ponderam por apenas 6,4% do seu
total.
A elevada concentração das ex-
portações em empresas e produtos
ressalta a falta de estruturas de su-
porte no estado direcionadas à in-
ternacionalização das empresas e
à promoção de uma cultura expor-
tadora. A recente reestruturação
do CIN - Centro Internacional de
Negócios - da FIEB, que culminou
com o lançamento da Unidade de
Atendimento Apex, em 22 de no-
vembro, vai na direção de se criar
uma estrutura ágil e competente,
capaz de apoiar as iniciativas de
internacionalização das indús-
trias do estado.
O CIN-FIEB atuará como arti-
culador das áreas voltadas à in-
ternacionalização das indústrias
baianas, trabalhando com parcei-
ros estaduais, nacionais e interna-
cionais, públicos e privados para,
por meio de ações comuns, desen-
joão marcelo é superintendente de desenvolvimento industrial da FieB, à qual está vinculado o CiN
Internacionalização leva a empresa a buscar novos patamares de produção, gerando escala e diminuindo custos
“volver estudos e projetos voltados
ao aumento do comércio exterior e
à cooperação internacional entre
empresas industriais.
A internacionalização leva a em-
presa a buscar novos patamares de
produção, gerando escala e redu-
zindo custos. Dessa forma, produz
um efeito multiplicador na econo-
mia local via aumento da demanda
por insumos e da melhoria contí-
nua dos fornecedores. Portanto, a
estrutura de promoção e suporte à
internacionalização de empresas
industriais do CIN-FIEB será fun-
damental para elevar a competi-
tividade e o potencial exportador,
em especial das empresas de pe-
queno e médio porte; disseminar
as melhores práticas de gestão; ele-
var a qualidade do produto/serviço
e promover o desenvolvimento de
cadeias produtivas em diferentes
regiões do estado. [bi]
teatro
livros
leitura&entretenimento
Bahia Indústria 3�
discutindo o conceitoComo definir sustentabilidade? São
muitas as variáveis em jogo, o que acaba
abrindo brechas para se cometer atos
ilícitos no campo ambiental. Em
Sustentabilidade: a Legitimação de um
Novo Valor, o autor afirma que a falta de
uma definição clara de sustentabilidade
não pode (e não deve) impedir medidas
restritivas por parte do poder público.
Um assunto atual de ampla discussão em
vários segmentos da sociedade civil
moderna.
questões humanasEm meio ao drama de um sequestro, a dor de três mulheres
inspira a discussão sobre o universo feminino em O Voo das
Borboletas, espetáculo teatral realizado pelo Instituto de
Inclusão Social Solidão Solidária. Com texto e direção do
dramaturgo e ator Ivan Antônio, a narrativa trata de questões
existenciais dos personagens, algumas comuns a todos os
seres humanos. Utilizando o método do Teatro da Solidão
Solidária, que busca a aproximação com o público, a
montagem foi elaborada de modo a instigar o espectador a
refletir sobre a situação em que se encontra cada personagem
e, possivelmente, sua própria identidade.
o caminho de um visionárioBaseado em mais de 40 entrevistas com
Steve Jobs e entrevistas com familiares,
amigos, colegas, adversários e
concorrentes, o livro narra a vida do
fundador da Apple, que morreu aos 56
anos em outubro de 2011. Nos
depoimentos, a paixão do empresário
pelas ideias que contribuíram para a
inovação em seis segmentos industriais:
computação pessoal, cinema de animação,
música, telefonia celular, computação em
tablet e edição digital.
Sustentabilidade – A Legitimação de um novo ValorJosé eli da Veiga, editora SeNaC São Paulo, 160p. R$ 35
Steve Jobs: A BiografiaWalter Isaacson, editora Companhia das Letras, 632p. R$ 49,90
DIvulGação
música&dança
DIvulGação
Arte flamencaResultado do trabalho de pesquisa e inovação na arte flamenca
da dançarina Presentación Gonzalez, da percussionista
Mariana Marin e do guitarrista Ricardo Cathalá, o Grupo
Farrucos leva ao público músicas de flamenco tradicional e
contemporâneo, além de encenações autorais e poemas
musicados com percussão e baile no espetáculo “Nuestros Piés,
nuestras manos y nuestros amigos”. Tendo textos de Federico
Garcia Lorca como fio condutor, a montagem reúne números
que usam o sapateado como instrumento percussivo, a fala
como canto e o silêncio como música.
nãO pERcA Teatro do SESI, no Rio Vermelho, quarta-feira (11/01), às 20h. R$ 20 (inteira). Informações: (71) 3616-7061/ 3616-7060
nãO pERcA Teatro do SESI, Rio Vermelho, quarta-feira (25/01), às 20h. Classificação: 16 anos. Informações: (71) 3616-7061/ 3616-7060
teatro
Bahia Indústria 35
Faculdades SENAI> Pós-Graduação Lato Sensu
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71
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3� Bahia Indústria
De educação equalidade de vida,
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De um lado, o SESI expande e diversifica a oferta de educação, com cursos ajustados às necessidades da indústria. De outro, oferece consultoria, assessoria, serviços integrados de saúde e segurança no trabalho.EmEm meio a isso tudo está o trabalhador da indústria, que ganha um ambiente de trabalho cada vez mais seguro e saudável.
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