um olhar sobre abril
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EB 2,3 D. Fernando II
História A – 12ºA
2009/2010
Feito por:
Maria João Martins Nº11
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Antes da grande revolução de 25 de Abril, as
coisas em Portugal não estavam fáceis, tanto em
termos sociais como em políticos.
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As liberdades que temos hoje, á uns anos
eram impensáveis. Até em coisas simples,
como por exemplo, o tipo de roupa, não
havia qualquer liberdade de escolha. As
mulheres não podiam usar saias muito
curtas, só abaixo do joelho, já para não falar
dos simples fatos de banho, e sim, fatos de
banho, pois os biquínis eram inconcebíveis
nessa altura, as mulheres tinham de ter
tudo bem tapadinho, ou então eram
consideradas umas oferecidas.
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Realmente hoje em dia o que mais para aí havia eram oferecidas.
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Quanto á economia, Portugal continuava a ser
um país rural com profundo desequilíbrio
económico, a indústria era pouco desenvolvida,
no entanto apresentava uma boa situação
económica.
No entanto, o dinheiro dessa altura
faz me lembrar o Euro de hoje, não
valia nada.
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Havia também uma grande desigualdade entre classes sociais
e muito más condições de trabalho enquanto, “os grandes”,
se aproveitavam dos trabalhadores que nesta altura, não
tinham quaisquer direitos como têm hoje em dia, tendo de
trabalhar sol-a-sol e nem sequer podiam pensar em
contestar, só tinham de trabalhar.
Sinceramente, com uma política assim, o melhor era sair do
país, pois nem dava vontade de lutar pela pátria.
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A perseguição política é mais um ponto
a contestar, a PIDE chegava ao ponto de
“convidar” os cidadãos a denunciar
quem ousava levantar a voz contra o
regime, fossem familiares ou
simplesmente conhecidos, se há algo
que enerva é ser perseguido por tudo e
mais alguma coisa, sem ter liberdade de
dizer o que pensa e ter de calar para
não ser presa ou mesmo para proteger
familiares, que podiam ser exilados por
vingança.
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Uma vida de ditadura e fascismo insuportável. Enerva saber
que, além destes problemas que já enunciei, haviam ainda
piores quanto á guerra colonial em que Portugal se
encontrava.
Perderam-se vidas inocentes por uma causa que estava
perdida. Muitos militares não regressaram, outros voltaram
em condições trágicas, mutilados.Estou farto disto!
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Em 1970, morre Salazar. Na chefia do
governo sucedeu-lhe Marcelo Caetano.
Criaram-se muitas expectativas em
relação ao novo governo, mas em breve
todos os que tinham esperanças que as
coisas se alterassem, ficaram
desiludidos. Tudo continuou
praticamente na mesma. Para a guerra
colonial não se encontrou solução e a
juventude Portuguesa continuava a ser
sacrificada.
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Marcelo Caetano, tentava explicar o
inexplicável, criou um programa de
televisão. Contudo, a conversa era a
mesma: “Portugal deve continuar no
Ultramar”
O sofrimento das famílias era visível, só
lhes restava rezar, e pedir para que os
seus filhos voltassem sãos e salvos…
nem sempre assim foi.
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E finalmente…
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Tanto descontentamento, levou á rebelião das forças
armadas, que se virou contra o regime na madrugada de 24
de Abril de 1974.
Foi, sem dúvida, a revolta que devolveu a liberdade e a
dignidade a todos os portugueses. Era o princípio do fim
de um pesadelo de quase 50 anos.
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Mas mesmo assim, o regime fascista colocou-se contra a
história até ao ridículo. A censura proíbe, no próprio dia
25 de Abril, os títulos de alguns jornais.
Mesmo perante isto, foi devolvido ao
povo o que era do povo: a liberdade.
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Como disse a Sra. Edite Estrela:
“O que Abril representa, não pode ser reduzido a um acto de memória ou a
um ritual evocativo. Tem de ser memória do passado e afirmação do
futuro.”
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Para nós, que já nascemos com liberdade, é difícil entender o
que significou o 25 de Abril, mas podemos agradecer aos
nossos militares pela sua coragem e determinação.
![Page 17: Um olhar sobre Abril](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022042700/5598d1c01a28abd9038b45e5/html5/thumbnails/17.jpg)
Na minha opinião, Salazar até fazia alguma falta
a Portugal nos dias que decorrem, mas só no que
diz respeito á economia e á ordem social.
Por outro lado, não concordava com a sua
volta, pois Salazar até podia ser um “génio”
financeiro, mas era egoísta e manipulador,
parecia não se preocupar com o povo,
apenas com o umbigo dele.
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Logo, o povo precisa de ser apoiado e não deitado abaixo,
precisa de ser ouvido e não calado, precisa simplesmente de
ser livre.
Apesar da crise que se sente hoje em Portugal há algo que
permanece desde o 25 de Abril, a liberdade, para
defendermos os nossos interesses e até poder votar para
“escolher” quem gostávamos de ver no poder.
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Podemos não ter dinheiro, nem casa, nem carro, mas, a
liberdade já ninguém nos tira!
O 25 de Abril fez-se para salvar Portugal da opressão, do
medo, da miséria, da ignorância e da decadência.
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Por isso, 25 de Abril?!
Sempre!!!
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Fim