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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em
Portugal
João Guilherme Ferreira Batista Edite Romana Bessa Batista
Angra do Heroísmo Março 2011
Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Introdução
A agricultura biológica, como método de produção que privilegia a utilização
de boas práticas agrícolas, procurando adaptar as produções às características
regionais, constitui, em alternativa à chamada agricultura convencional, uma boa
solução para a preservação das condições ambientais. Pretendendo ser uma actividade
sustentável, existem outros aspectos a ter em consideração, como sejam os da
melhoria da qualidade alimentar, da revitalização do meio rural e das vantagens
económicas que daí derivam.
Em Portugal, sobretudo no decurso da última década, têm-se registado avanços
significativos nesta forma de agricultura, embora com algumas limitações, como seria
natural em qualquer processo inovador. Face à informação disponível, tentar
caracterizar a actividade, quantificando, tanto quanto possível, os principais aspectos
relacionados com a produção, comercialização e transformação, tornava-se
imperativo. Foi nesse sentido que decidimos integrar um projecto de trabalho em
conjunto com várias instituições europeias de ensino superior.
O projecto Parcerias Leonardo da Vinci, “Criação de uma plataforma para
comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”, foi
concebido por um grupo de professores interessados no desenvolvimento da
agricultura biológica na Europa, integrados na rede ENOAT (European Network of
Organic Agriculture Teachers).
A candidatura foi apresentada em 2008 e aceite em 2009. O projecto teve início
em 1 de Agosto de 2009, com final agendado para 31 de Julho de 2011. A parceria
inclui instituições de ensino superior de Portugal, Polónia, Alemanha, Holanda,
Finlândia, Eslovénia, República Checa, Itália, Espanha, e outras partes interessadas,
provenientes de outros países europeus, como a Bulgária, a Estónia e a Hungria. Ao
todo, constituíram-se quinze parceiros.
Os objectivos específicos do projecto (com o acrónimo “LOVEt”), centram-se
na identificação das principais lacunas de conhecimento na área da agricultura
biológica na Europa; na identificação dos problemas de comunicação entre ciência e
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
prática; na criação de conceitos comuns, de modo a preencher as lacunas
identificadas no conhecimento e fortalecer a cooperação entre investigadores e partes
interessadas (aumentando a fluência de comunicação) nos países participantes; na
implementação conjunta dos conceitos desenvolvidos; no desenvolvimento da
produção biológica.
Este trabalho pretende apresentar os resultados obtidos até ao momento,
referentes a Portugal, numa tentativa de cumprir uma promessa feita a todos que nele
colaboraram. Não se trata de uma versão final, pois essa será apresentada durante o
próximo mês de Julho, em que serão integradas e comparadas as informações
provenientes dos diferentes países envolvidos e relatadas as conclusões e
recomendações.
Metodologia utilizada
A primeira fase do trabalho passou pela elaboração de um inquérito dirigido a
produtores, negociantes, transformadores e consultores (ver anexos I, II, III e IV). O
documento ficou pronto no início de 2010. Feita a tradução dos documentos
originais, cada parceiro, conjuntamente com parceiros locais (no nosso caso, a
cooperativa de produtores biológicos, BioAzórica), procurou seleccionar um número
de inquiridos de acordo com estabelecido em reunião para o efeito (um mínimo de 50
para produtores, 10 para negociantes, 10 para transformadores e 5 para consultores).
No caso português, a escolha foi bastante dificultada por falta de informação
disponível. Na realidade, apenas o sítio na internet do Gabinete de Planeamento e
Políticas, do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas,
disponibiliza uma lista de operadores em modo de produção biológico (MPB),
actualizada em 12/02/2008 (http://www.gppaa.min-agricultura.pt/biologica
/Operadores_MPB.pdf). Este documento, com 2600 nomes e endereços postais, não é
explícito quanto ao tipo de operador. De modo a destrinçar a separação, recorremos a
contactos com o presidente do gabinete, entidades de controlo e certificação, assim
como com as Direcções Regionais de Agricultura da Madeira e dos Açores. Os
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
esforços foram infrutíferos. No que respeita à Região Autónoma dos Açores, valeu-
nos contudo a informação prestada pela BioAzórica, que nos forneceu uma lista dos
produtores biológicos registados nas ilhas.
Não nos restou outra alternativa, senão enviar por correio postal, um inquérito
a produtores, dirigido à lista de operadores em MPB anteriormente referida, da qual
excluímos 20 nomes, que por razões óbvias, não se enquadravam na análise a
realizar. No caso da Região Autónoma dos Açores, enviamos um inquérito a 26
produtores certificados. Para negociantes e transformadores, recorremos a motores de
busca na internet, o que permitiu localizar um universo de 30 negociantes e 12
transformadores. Quanto a consultores, enviamos um inquérito às oito entidades de
certificação existentes no país.
Produtores biológicos. Resultados obtidos
Dos 2580 inquéritos enviados, recebemos até 30 de Novembro de 2010, um
total de 91 respostas, 90 do Continente e 1 da Região Autónoma dos Açores. O
número de envelopes devolvidos, quer por insuficiência de endereço, desactualização
do mesmo, ou outros motivos, foi de 124 para o Continente e 1 para a Região
Autónoma dos Açores.
• Distribuição dos produtores por regiões do país
De modo a simplificar a análise, consideramos a parte continental do país
dividida em três regiões (Norte, Centro e Sul) (figura 1), sendo que, para cada uma
delas, foi definida uma zona interior e outra litoral, a partir de uma linha
perpendicular traçada a meio do mapa de Portugal continental. Utilizando os
endereços obtidos nos inquéritos recebidos, foi fácil efectuar a distribuição.
Os resultados mostram uma distribuição mais ou menos equitativa para as
regiões consideradas, com um ligeiro acréscimo a sul (gráfico 1), sendo que nas
regiões interiores, particularmente a sul, é que se concentra o maior número de
explorações. As regiões do país menos povoadas, com maior susceptibilidade à
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
desertificação, menor PIB per capita, são aquelas onde se verifica maior número de
explorações de agricultura biológica (gráfico 2 e figura 2).
Figura 1 – Regiões de consideradas em Portugal Continental
Figura 2 – Densidade populacional, PIB per capita e susceptibilidade à desertificação em Portugal Continental (http://alea-estp.ine.pt/html/actual/img/act027_01.gif; http://www.j-f.org/images/Mapa_percapita.jpg; http://povos.files.wordpress.com/2007/07/f321.jpg)
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Figura 3 – Algumas características climáticas de Portugal Continental (fonte: Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica).
Figura 4 – Carta de solos de Portugal Continental (http://www.tvciencia.pt/cat/pagcat/vcat01.asp?tip_pesq =99&campo=PBLCAT&str=Minist%E9rio%20da%20Economia)
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Gráfico 1 - Distribuição dos produtores por regiões do país (I)
Gráfico 2 - Distribuição dos produtores por regiões do país (II)
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
• Distribuição por sexo, idade e nível de instrução do responsável pela
exploração
O sexo masculino é dominante (gráfico 3), sendo que é na Região Centro que
se verifica a maior percentagem de responsáveis do sexo feminino e na Região Sul a
menor.
Quanto à faixa etária, a distribuição pelo país é muito equilibrada (gráfico 4).
No sul do país é que se encontram mais produtores acima dos 60 anos de idade, e é
no centro que se situa o maior número de produtores mais jovens (18 – 45 anos).
A formação universitária é dominante (gráfico 5), mais acentuada a sul,
conjuntamente com a conclusão do ensino pós-secundário.
Masculino81%
Feminino19%
Norte ‐ M84%
Norte ‐ F16%
Centro ‐ M71%
Centro ‐ F29%
Sul ‐ F13%
Sul ‐ M87%
Gráfico 3 – Distribuição dos produtores por sexo (da esquerda para a direita, nível nacional, norte, centro e sul)
• Ano de início de actividade, área total e área agrícola utilizável das
explorações.
A maioria das explorações iniciou a sua actividade há 5-10 anos (gráfico 6) e
as percentagens de produtores em actividade há menos de 5 anos ou há mais de 10
anos, são sensivelmente idênticas.
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Gráfico 4 – Nível etário (da esquerda para a direita, País, Região Norte, Região Centro e Região Sul)
Universidade28%
Ensino pós secundário
24%Ensino primário
5%
Universidade ‐ agricultura
28%
Ensino pós secundário ‐ agricultura
15%
Universidade24%
Ensino pós secundário
24%Ensino primário
4%
Universidade ‐ agricultura
32%
Ensino pós secundário ‐ agricultura
16%
Universidade25%
Ensino pós secundário
29%
Ensino primário4%
Universidade ‐ agricultura
34%
Ensino pós secundário ‐ agricultura
8% Universidade33%
Ensino pós secundário
20%
Ensino primário7%
Universidade ‐ agricultura
20%
Ensino pós secundário ‐ agricultura
20%
Gráfico 5 – Nível de instrução (da esquerda para a direita, País, Região Norte, Região Centro e Região Sul)
Para o total de Portugal Continental, a área média das explorações é de 113 ha,
com grande variabilidade entre o valor máximo e o valor mínimo. Esta variabilidade
é maior no centro e no sul do país, do que a norte, mas é a norte que o valor da área
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
média das explorações é mais reduzido (gráfico 7 e 8). Este facto, afecta o modo
como a agricultura biológica é praticada, sobretudo ao nível das técnicas utilizadas e
da própria concepção do sistema de produção.
• Tipo de maneio da exploração
Para o total do país, dominam a exploração animal, exploração mista e
produção frutícola (gráfico 9), sendo que a norte são mais importantes a produção
frutícola, a exploração mista e a produção vitivinícola; no centro, situação idêntica,
com maior expressão dos restantes modos de produção (produção de ervas
aromáticas, produção hortícola, especialização em culturas arvenses, especialização
animal); a sul, domina a especialização animal, seguida pela exploração mista, sendo
que a produção vitivinícola é nula.
> 10 anos21%
5‐10 anos45%
< 5 anos25%
s/resposta9% > 10 anos
20%
5‐10 anos44%
< 5 anos32%
s/resposta4%
> 10 anos31%
5‐10 anos46%
< 5 anos15%
s/resposta8%
> 10 anos13%
5‐10 anos47%
< 5 anos27%
s/resposta13%
Gráfico 6 - Ano de início de actividade (da esquerda para a direita, País, Região Norte, Região Centro e Região Sul)
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Valor máximo 858
Desvio padrão 198Média
131Valor mínimo
00
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Desvio padrão 46
Média 36
Valor máximo 150
Valor mínimo 1
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Valor máximo 800
Média 83
Desvio padrão 170
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Valor máximo 858
Média 248
Valor mínimo 3
Desvio padrão 236
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Gráfico 7 - Área total e área agrícola utilizável das explorações (da esquerda para a direita, País, Região Norte, Região Centro e Região Sul)
Valor máximo 770
Valor mínimo
Desvio Padrão 182Média
113
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Valor máximo 150
Desvio Padrão 33
Média 20 Valor mínimo
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Valor máximo 770
Valor mínimo
Média 69
Desvio Padrão 156
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Valor mínimo
Desvio Padrão 217
Média 224
Valor máximo 730
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
ha
Gráfico 8 – Área agrícola útil das explorações (da esquerda para a direita, País, Região Norte, Região Centro e Região Sul)
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Exploração mista 23%
Especialização culturas
arvenses 4%
Especial ização animal 24%Produção
hortícola 10%
Produção frutícola 22%
Produção ervas aromáticas 5%
Produção viti‐vinícola 12%
Exploração mista 22%
Especialização culturas
arvenses 0%
Especial ização animal 16%
Produção hortícola 9%
Produção frutícola 31%
Produção ervas aromáticas 3%
Produção viti‐vinícola 19%
Exploração mista 21%
Especialização culturas
arvenses 3%
Especialização animal 8%
Produção hortícola 16%
Produção frutícola 22%
Produção viti‐vinícola 19%
Produção ervas aromáticas 11%
Especial ização culturas
arvenses 8%
Especial ização animal 45%
Produção hortícola 8%
Exploração mista 26%
Produção viti‐vinícola 0%
Produção ervas aromáticas 0%
Produção frutícola 13%
Gráfico 9 - Tipo de maneio da exploração (da esquerda para a direita, País, Região Norte, Região Centro e Região Sul)
• Produção vegetal
A área dedicada a pastagens permanentes e culturas forrageiras, domina a nível
nacional, o que está de acordo com dados oficiais (gráfico 10, gráfico 11). Em termos
percentuais, a norte dominam a vinha, as culturas hortícolas e as culturas oleaginosas;
ao centro, as culturas frutícolas, as culturas oleaginosas e a vinha; a sul, culturas não
especificadas, plantas aromáticas e cereais. Em 4% dos inquéritos recebidos a área
utilizada é superior à área utilizável declarada, sendo que, dado o número de anos de
actividade, não é cumprido um dos requisitos desta forma de agricultura, a rotação de
culturas.
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Cer
eais
Ole
agin
osas
Hor
tícol
as
Frut
ícol
as
Vin
ha
Forra
geira
s
Aro
mát
icas
Pas
tage
ns p
erm
anen
tes
Out
ras
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
ha
Cereais 9%
Horticolas 19%
Frutícolas 6%
Vinha 23%Aromáticas 4%
Forrageiras 11%
Pastagens permanentes
10%
Outras 0%
Oleaginosas 18%
Frutícolas 30%
Vinha 28%
Oleaginosas 30%
Aromáticas 5%
Forrageiras 0%
Pastagens permanentes 0%
Outras 5%
Cereais 1% Horticolas 1%Cereais 15%
Horticolas 9%
Frutícolas 9%
Vinha 0%
Aromáticas 17%Forrageiras 14%
Pastagens permanentes
14%
Outras 19%
Oleaginosas 3%
Gráfico 10 - Produção vegetal (da esquerda para a direita, País, Região Norte, Região Centro e Região Sul)
Gráfico 11 – Tipo de maneio da exploração agrícola e evolução da produção vegetal (ha/ano) em Portugal Continental (a partir de dados do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, http://www.gpp.pt/Biologica/).
• Produção animal
Os ovinos, as aves para produção de ovos e as vacas aleitantes, são as espécies
mais exploradas no país (gráfico 12), resultados coincidentes com os publicados
oficialmente em 2008. Em 12,5% dos inquéritos recebidos, o número de ovinos por
unidade de área é superior ao regulamentado, assim como 3,4% dos caprinos.
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Vac
as a
leita
ntes
Por
cas
parid
eira
s
Por
cas
engo
rda
Ave
s (c
arne
)
Ave
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vos)
Ovi
nos
Cap
rinos
Out
ros
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Uni
dade
s
Gráfico 12 - Produção animal
• Existência e frequência de apoio técnico regular.
A maioria dos inquiridos tem apoio técnico regular, sendo que este acontece
várias vezes por ano (gráfico 13).
Sim
Não
s/resposta
1 x ano
várias x ano
<1 x ano
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Gráfico 13 - Existência e frequência de apoio técnico regular.
• Grau de satisfação com a qualidade do aconselhamento técnico
Os serviços oficiais e as organizações de produtores mereceram dos inquiridos
as melhores referências, enquanto que as entidades privadas e a indústria ligada ao
sector, mereceram as piores (gráfico 14).
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Elevado22%
Neutro14%
Sem resposta45%
Muito baixo6%
Baixo6%
Muito elevado7%
Neutro19%
Baixo7%
Muito baixo11%
Sem resposta54%
Muito elevado3%
Elevado6%
Muito elevado
10%
Elevado21%
Neutro12%
Baixo5%
Sem resposta49%
Muito baixo3%
Sem resposta77%
Elevado3%
Neutro7%Baixo1%
Muito baixo9%
Muito elevado3%
Elevado19%
Neutro7%
Baixo6%
Muito baixo4%
Sem resposta59%
Muito elevado5%
Gráfico 14 - Grau de satisfação com a qualidade do aconselhamento técnico (da esquerda para a direita, organização de produtores, serviços oficiais, apoio técnico privado, indústria, colegas)
• Obtenção de informação
Em termos pessoais, a informação necessária ao bom funcionamento da
exploração é obtida maioritariamente a partir das entidades de certificação, visitas a
explorações, seminários ou encontros regulares (gráfico 15).
De modo impessoal, o recurso a revistas especializadas, à internet e livros
técnicos, constituem a maior fonte de informação (gráfico 15).
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Encontros regulares
13%
Visitas a explorações
23%
Entidades de Certificação
31%
Outros19%
Seminários (1 dia)14%
Jornais9%
Revistas28%
TV7%
Rádio2%
Internet24%
Outras10%
Livros20%
Gráfico 15 - Obtenção de informação (modo pessoal e impessoal)
• Tipo de conhecimentos mais necessários para tomar decisões acerca do
funcionamento da exploração.
Neste grupo de perguntas, consideraram-se vários aspectos, como sejam o
período de conversão, as novas técnicas, o maneio nutritivo, o controlo de pragas e
doenças, o controlo de infestantes, a qualidade das sementes, a escolha de cultivares,
a nutrição e saúde animal, as raças e o sistema de maneio animal, o marketing, o
volume de vendas e a transformação (gráfico 16). Muito
importante13%
Importante15%
Neutro8%
Menor importância
5%
n.r.37%
Menos importante
22%
Muito importante
36%
n.r.26%
Importante28%
Menos importante
1% Neutro6%
Menor importância
3%
Muito
importante23%
Importante25%
n.r.39%
Neutro6%
Menos importante
4%
Menor importância
3%
Muito importante
43%
Importante24%
n.r.24%
Neutro5%
Menor importância
0%Menos
importante4%
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Muito importante
29%
Importante31%
n.r.30%
Menos importante
4% Neutro5%
Menor importância
1%
Muito importante
18%
Importante19%
n.r.48%
Menos importante
3%
Menor importância
3%
Neutro9%
Importante22%
n.r.42%
Muito importante
18%
Menor importância
3% Neutro11%Menos
importante4%
Importante16%
n.r.62% Menos
importante1%Menor
importância3%
Neutro3%
Muito importante
15%
Muito importante
21%
n.r.60% Menos
importante0%
Importante13%
Menor importância
1%
Neutro5%
importante9%
Importante21%
n.r.64%
Menos importante
0%
Menor importância
3%
Neutro3%
n.r.63%
Menos importante
3%
Menor importância
4%
Neutro3%
Importante11%
Muito importante
16%
Muito importante
38%
Neutro11%
Menos importante
0%
n.r.33%
Importante18%
Menor importância
0%
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Muito importante
46%
Importante19%
n.r.30%
Neutro5%
Menos importante
0%
Menor importância
0%Importante
16%n.r.53%
Menos importante
1%
Menor importância
1%
Neutro11%
Muito importante
18%
Gráfico 16 - Tipo de conhecimentos mais necessários para tomar decisões acerca do funcionamento da exploração (da esquerda para a direita, período de conversão, novas técnicas, maneio nutritivo, controlo de pragas e doenças, controlo de infestantes, sementes, cultivares, nutrição animal, saúde animal, raças animais, maneio animal, marketing, vendas).
Vendas, pragas e doenças, novas técnicas, controlo de infestantes e marketing,
significam para os inquiridos, os aspectos que envolvem maior número de
conhecimentos necessários para a tomada de decisões, essenciais para o bom
funcionamento da sua exploração.
No que respeita a vendas, os principais problemas registados foram a
sazonalidade da produção, a quase inexistência de redes de distribuição, a dimensão
do mercado, volumes de produção reduzidos em relação às exigências das grandes
superfícies comerciais e a falta de mercados biológicos.
No controlo de pragas e doenças, os maiores problemas estão relacionados com
a gestão de organismos auxiliares, a eficiência das técnicas de controlo e a fraca
divulgação de conhecimentos.
As novas técnicas envolvem complexidade e custos acrescidos, mais
informação técnica e uma análise cuidada da relação entre custos e benefícios.
A dificuldade na aplicação de técnicas biológicas e o custo da mão-de-obra,
constituem os principais problemas com o controlo de infestantes.
Para o marketing, a legislação existente, os custos demasiado elevados, a
dificuldade em compreender o que é que o comprador valoriza mais num produto e a
educação do consumidor, são os principais problemas referidos.
Durante o período de conversão, segundo os inquiridos, as principais
dificuldades passam pelo controlo de infestantes e pragas, custos de produção
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
elevados, maior necessidade em mão-de-obra e pela análise da razão entre custos de
produção e valor de comercialização.
É difícil adquirir nutrientes e o seu custo pode não compensar os benefícios.
Quanto às sementes, verifica-se que estão pouco disponíveis no mercado,
existe escassez de escolha e nem sempre são certificadas. O mesmo se verifica em
relação à escolha de cultivares, acrescendo a sua capacidade de se adaptarem a solos
e clima.
O custo da proteína animal, a disponibilidade em rações biológicas, os
fármacos certificados e seu custo elevado, constituem os principais problemas com a
nutrição e saúde animal.
Em períodos de escassez alimentar, as raças animais não autóctones
apresentam quebras de rendimento mais significativas do que as autóctones. Nas
zonas do país com propriedade de menor dimensão, o maneio animal é limitado pela
dimensão das parcelas, o que obriga a um sistema de rotatividade, com os
inconvenientes daí resultantes.
Os principais problemas decorrentes da transformação de produtos biológicos,
passam pela dificuldade no licenciamento da actividade, problemas de escala, custo
do equipamento e falta de conhecimentos técnicos.
As respostas aos inquéritos relatam ainda outro tipo de problemas, tais como a
falta de cooperativismo, a falta de preparação dos técnicos ao serviço de
departamentos governamentais, politica governamental para o sector errada, falta de
apoio ao investimento e, por último, o facto de os legisladores não possuírem o
conhecimento da realidade da agricultura biológica em Portugal. Verifica-se uma
contradição entre o grau de satisfação com a qualidade do aconselhamento técnico e a
sua declarada falta de preparação. Na realidade, foram os que não responderam à
primeira questão 44% dos inquiridos, que referem a falta de preparação, contra 29%
que afirmam o contrário.
Em resposta à questão sobre as expectativas a curto prazo, alguns dos
inquiridos revelaram a intenção de reconverter a sua exploração, utilizar energias
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
renováveis, diversificar a produção, inovar em termos de produtos e processos,
avaliar o grau de satisfação dos consumidores, valorizar a fauna e a flora, explorar a
vertente do turismo rural, dispor de reservas hídricas e investir mais para simplificar
os processos de produção.
Perante todos estes resultados, foi possível realizar uma análise SWOT para
determinar, em termos gerais, os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças à
agricultura biológica em Portugal, estabelecendo uma separação entre o
conhecimento e a prática (quadro 1).
Análise SWOT
PONTOS FORTES baixo médio elevado PONTOS FRACOS baixo médio elevadoProdutores Produtores1. Nível educacional muito elevado (universidade x 1. Percentagem elevada de produtores com xou ensino pós-secundário) mais de 60 anos de idade.2. Apoio técnico regular várias vezes por ano x 2. Problemas de comunicação entre x3. Distribuição uniforme das explorações pelas três regiões do país x produtores e cientistas4. Maior número de explorações no interior do país, menos x 3. Fraca cooperação entre produtores (pouco xpovoadas e mais desfavorecidas. associativismo)5. Poucos problemas de ordem técnica x 4. Heterogeneidade do tamanho das 6. Utilização de raças animais autóctones para a produção de x exploraçõescarneConhecimento Conhecimento7. As entidades de certificação constituem a maior fonte de x 5. Baixo nível de apoio por parte dos serviços xinformação a nível pessoal, para a aquisição do conhecimento oficiais.essencial 6. Falta de conhecimentos suficientes para x8. Procura de actividades alternativas, tais como turismo rural x solucionar problemas técnicos (pragas & ou de inovação em termos de produtos ou métodos alternativos doenças, marketing, vendas)de produção (energia solar, biogás ou energia eólica) 7. Pouca comunicação com a indústria e apoio x9. Utilização intensa de internet e livros, como fonte de x técnico privado.conhecimento. 8. Falta de formação especializada por parte dos x
técnicos dos serviços oficiais.9. Baixo grau de transferência de xconhecimento entre a investigação e a produção.
OPORTUNIDADES AMEAÇASProdutores Produtores1. Melhorar a qualidade e a frequência do apoio técnico oficial. x 1. Abandono da actividade devido ao envelhecimento x2. A existência de várias universidades e o seu potencial como x de muitos produtores e às maiores facilidades na fonte de formação e informação de produtores biológicos. produção convencional
2. Problemas de sustentabilidade financeira devido xà reduzida dimensão do mercado, em conjunto coma crise económica (poder de compra)
Conhecimento Conhecimento3. Desenvolvimento de investigação no domínio de novas técnicas, x 3. Falta de integração entre as instituições de xmarketing e vendas. ensino/investigação, ministério da agricultura,4. Mais profissionalismo e competência por parte dos técnicos x entidades de certificação.oficiais. 4. Falta de financiamento para realizar investigação. x
Quadro 1 – Análise SWOT à produção.
Existem condições agroecológicas favoráveis à produção biológica (figuras 3 e
4), as explorações situam-se maioritariamente em regiões do país mais
desfavorecidas, menos povoadas, com solos relativamente bem preservados e
diversidade de agroecossistemas, de fauna e de flora; o nível de instrução dos
produtores é elevado; existe toda uma estrutura de apoio real e potencial (unidades de
certificação, universidades, entidades privadas) capaz de superar as dificuldades que
possam derivar da falta de conhecimento específico.
A falta de capacidade organizativa, de ligação entre o conhecimento e a
produção, de informação e de uma política consistente para o sector, parecem Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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constituir as principais causas que limitam a consolidação deste modo de produção
agrícola.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Comércio de produtos biológicos. Resultados obtidos.
Como anteriormente se referiu, num universo de 30 negociantes de produtos
biológicos, obtivemos 10 respostas ao questionário enviado. Às perguntas
enunciadas, seguem-se os resultados obtidos.
• Há quanto tempo trabalha com produtos biológicos?
Como se pode verificar através do gráfico 17, o comércio de produtos biológicos
em Portugal é relativamente recente.
Gráfico 17 – Tempo de actividade como negociante de produtos biológicos.
• Qual é a sua actividade mais importante no que respeita a produtos biológicos
(resposta múltipla)?
Importar produtos não processados e intermediar a venda por todo o país,
constituem as actividades mais importantes (gráfico 18).
Gráfico 18 – Actividade mais importante na área da comercialização de produtos biológicos.
• Quais são as suas maiores preocupações no que respeita a produtos biológicos
(resposta múltipla)?
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
As principais preocupações registadas (gráfico 19) centram-se no preço, que é
elevado; na disponibilidade de produtos, face às quantidades exigidas; na rápida
degradação e difícil traceabilidade dos produtos.
Gráfico 19 – Principais preocupações no que respeita à comercialização de produtos biológicos.
• Que tipo de conhecimento extra acerca de produtos com que trabalha, necessita
para melhorar o seu negócio (e vender mais produtos biológicos)?
As expectativas do consumidor, a qualidade dos produtos e o sistema de
processamento, constituem os aspectos que os inquiridos consideram como sendo os
que necessitam de maior conhecimento, para que o negócio melhore (gráfico 20).
Gráfico 20 – Tipo de conhecimento acrescentado para a melhoria da comercialização de produtos biológicos.
• Como é que gostaria de obter esse conhecimento (resposta múltipla)?
Artigos em revistas, seminários de curta duração e consultas feitas na internet,
constituem para os inquiridos, a melhor forma de obter conhecimento (gráfico 21).
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Gráfico 21 – Qual a melhor forma de obter conhecimento acrescentado para a melhoria da comercialização de produtos biológicos.
• Que tipo de investigação acerca do valor da cadeia de produtos biológicos,
necessita para melhorar o seu negócio (e vender mais produtos biológicos)?
Processamento, sistemas de armazenamento, embalagem e formas de atracção de
clientes, são os aspectos que mais merecem ser investigados (gráfico 22).
Gráfico 22 – Tipo de investigação acerca do valor da cadeia de produtos biológicos, necessária para melhorar a comercialização de produtos biológicos.
• Quem deverá realizar essa investigação?
A universidade e as instituições de investigação, segundo os inquiridos, deverão
realizar investigação acerca do valor da cadeia de produtos biológicos (gráfico 23).
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Gráfico 23 – Entidade (s) que deverão realizar investigação acerca do valor da cadeia de produtos biológicos.
• Quais são as suas expectativas económicas a curto e médio prazo, em relação à
mudança da sua empresa?
A curto e médio prazo (gráfico 24), as expectativas são para crescimento ou
manutenção da situação actual. O decréscimo é pouco considerado.
Gráfico 24 – Expectativas económicas a curto e médio prazo.
Através de uma análise SWOT aos resultados, foi possível definir pontos fortes
e fraquezas específicas, assim como oportunidades e ameaças (quadro 2).
A estes resultados, seria possível incluir outros aspectos, que sem serem
provenientes do inquérito, parecem contudo evidentes, tais como a incipiente
organização das cadeias de distribuição, falta de uma rede de lojas especializadas e a
falta de informação sobre as qualidades dos produtos biológicos, do lado das
fraquezas; o aumento da procura de produtos agrícolas de qualidade, por parte das
oportunidades; o elevado nível dos preços praticados, por parte das ameaças.
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Análise SWOT
PONTOS FORTES baixo médio elevado PONTOS FRACOS baixo médio elevado1. Preocupação com os consumidores, qualidade dos x 1. Actividade muito recente x produtos e tipo de processamento. 2. Não existência de exportadores x2. Disponibilidade para melhorar o conhecimento x 3. Preços elevados x3. Confiança nas universidades x 4. Produtos muito perecíveis x
5. Traceabilidade difícil x
OPORTUNIDADES AMEAÇAS1. Produtos nacionais com qualidade x 1. Aumento do rácio importações/exportações x2. Aumento de produção, com diversificação de produtos x 2. Aumento de preços e/ou diminuição do número x3. Investigação ou aplicação de conhecimentos em conservação, de consumidores.qualidade, processamento e marketing de produtos. 3. Falta de interacção entre as várias fontes do saber x4. Maior número de publicações/informações em revistas, x 4. Falta de fundos para investigação xinternet e seminários/conferências.
Quadro 2 – Análise SWOT à comercialização de produtos biológicos.
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Transformação de produtos biológicos. Resultados obtidos.
Das 12 entidades a quem enviamos um inquérito acerca da transformação de
produtos biológicos, apenas 2 nos responderam, pelo que decidimos não apresentar
resultados neste domínio.
Consultores em agricultura biológica. Resultados obtidos.
Dos 8 inquéritos enviados, não obtivemos nenhuma resposta.
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Anexos
• Anexo 1 – Inquérito a produtores biológicos Questionário: Projecto Leonardo (LOVEt)Em nome da equipa do projecto, muito obrigado pela sua cooperação, ao partilhar o seu tempo e experiências connosco.
Qual o nome da Região em que trabalha?
Sexo
Masculino Feminino
Idade
18-45 >6046-60
Quais são as suas habilitações para o exercício da sua actual profissão? (mais do que 1 escolha)
Universidade Universitário (relacionado com agricultura)Ensino pós-secundário Ensino pós-secundário (relacionado com agricultura)Ensino primário
Em que ano é que iniciou a conversão da sua exploração para modo biológico?
Qual é a área total da sua exploração? hectares
Qual é a área agrícola utilizável? hectares
Como é que define o tipo de maneio da sua exploração?
Exploração mista Produção fruteiraEspecialização em culturas aráveis (produção Produção viti-vinícolaexclusiva para comercialização) Produção de ervas aromáticasEspecialização animal (produção exclusiva para comercialização)Produção de hortícolas
Área produtiva - por favor, insira o número de hectares
CereaisCulturas oleaginosas e leguminosasHortícolas, incluindo a batateiraFruteirasVinhaErvas aromáticas Culturas forrageiras, incluindo pastagens anuaisPastagens permanentesOutras
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal Produção animal - por favor indique o número de animais
Vacas leiteirasVacas aleitantes (amas)Porcos de engordaPorcas parideirasAves (produção de carne)Aves (produção de ovos)OvinosCaprinosOutros animais
Tem apoio técnico regular? (1 opção)
Sim Não
Com que frequência acontece? (1 opção)
Uma vez por ano Menos que umaVárias vezes por ano vez por ano
Como é que classificaria o seu grau de satisfação com o apoio técnico prestado?Mto elevado Elevado Neutro Baixo Mto baixo Sem resposta
Organização de produtoresServiços oficiaisApoio técnico privadoIndústriaColegas
Como é que, pessoalmente, procura obter informações? (mais que 1 escolha)
Visitas a explorações Entidades de certificação
Encontros regulares Outros
Seminários (1 dia)
Como é que, de modo impessoal, procura obter informações? (mais que 1 escolha)
Revistas agrícolas RádioJornais InternetLivros OutrasTV
Que tipo de conhecimentos mais necessita para tomar decisões acerca do funcionamento da sua exploração?(5 = muito importante … 1= menor importância)
Mto importante Importante Neutro Menos importante Menor importância Semresposta
Período de conversãoNovas técnicasManeio nutritivoControlo de pragas e doençasControlo de infestantesSementesEscolha de cultivaresNutrição animalSaúde animalRaças animaisSistemas de maneio animalMarketingVendaTransformaçãoOutros
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Problemas durante o período de conversão Problemas com novas técnicas Problemas com o maneio de nutrientes Problemas com o controlo de doenças e pragas Problemas com o controlo de infestantes Problemas com sementes Problemas com a escolha de cultivares
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Problemas com a nutrição animal Problemas com a saúde animal Problemas com as raças animais Problemas com os sistemas de maneio animal Problemas com o marketing Problemas com as vendas
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal Problemas com a transformação
Outro tipo de problemas
No que respeita ao negócio da sua exploração, quais são os seus planos e expectativas a curto e médio prazo? ( não mais que 4 palavras por item; começe pelo mais importante; 15 opções)
Autor do questionário: Peter von Fragstein et ale-mail: [email protected]ção: Universidade de Kassel - AlemanhaO questionário (em inglês) está disponível na internet, no seguinte endereço electrónico: http://mars.wiz.uni-kassel.de/dsp/formulare/lovet_f.htmTradutor do questionário: João Guilherme Ferreira Batistae-mail: [email protected]ção: Universidade dos Açores - Portugal
• Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
• Anexo 2 – Inquérito ao comércio de produtos biológicos Questionário: Projecto Leonardo (LOVEt)Em nome da equipa do projecto, muito obrigado pela sua cooperação, ao partilhar o seu tempo e experiências connosco.
1. Em que cidade (ou vila) trabalha?
2. Há quanto tempo trabalha com produtos biológicos?
anos
3. Qual é a sua actividade mais importante, no que respeita a produtos biológicos? (mais do que 1 escolha)
Importação (produtos não processados) Negócio por atacadoImportação (produtos processados ou alimentos) Retalhista em loja especializadaExportação (produtos não processados) Retalhista em supermercado ou mercado convencionalExportação (produtos processados ou alimentos)Intermediário (comércio no interior do país)
4. Quais são as suas maiores preocupações no que respeita a produtos biológicos? (mais do que 1 escolha)
Baixa qualidade dos produtos Logos (poucos ou demasiados)Disponibilidade limitada de produtos, Baixo grau de reconhecimento da marcaface às quantidades exigidas Preço elevadoEntrega fora de prazo Sem preocupaçõesRápida degradação dos produtos OutrasTraceabilidade difícilEmbalagem não atractiva
5. Que tipo de conhecimento extra acerca de produtos com que trabalha, necessita para melhorar o seu negócio (e vender maisprodutos biológicos)? (mais do que 1 escolha)
Sistema de produção Qualidade dos produtosSistema de processamento Expectativas do consumidorLegislação / Normas Não são necessários conhecimentos adicionais
6. Como é que gostaria de obter esse conhecimento?
Artigos em revistas InternetFolhetos / Panfletos OutrosSeminários curta duração / conferências
7. Que tipo de investigação acerca do valor da cadeia de produtos biológicos, necessita para melhorar o seu negócio (e vender mais produtos biológicos)? »"Melhoria de …"« (mais do que 1 escolha)
Produção ao nível da exploração (por exemplo, Rotulaçãopadrões de qualidade do produto, ambientais e sociais) Reconhecimento da marcaProcessamento (por exemplo, padrões de qualidade, gosto, Atracção dos clientes pela minha companhiapericibilidade, ambiente) Não é necessária investigaçãoSistemas de armazenamentoEmbalagem
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal 8. Quem deveria realizar essa investigação? (mais do que 1 escolha)
A minha empresa Universidade e instituições de investigaçãoUma firma privada de consultoria Outros
9. Que tipo de produto gostaria de comercializar, mas que actualmente não se encontra disponível? (Máximo 3 entradas)
10. Quais são as suas expectativas económicas a curto e médio prazo, em relação à mudança da sua empresa?
CrescimentoManutenção da situação actualDecréscimo da actividade
11. Quais são os seus planos a curto e médio prazo em relação à sua actividade com produtos biológicos? (Máximo 6 entradas)
Autor do questionário: Peter von Fragstein et ale-mail: [email protected]ção: Universidade de Kassel - AlemanhaO questionário (em inglês) está disponível na internet, no seguinte endereço electrónico: http://mars.wiz.uni-kassel.de/dsp/formulare/lovet_f.htmTradutor do questionário: João Guilherme Ferreira Batistae-mail: [email protected]ção: Universidade dos Açores - Portugal
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
• Anexo 3 – Inquérito ao processamento de produtos biológicos Questionário: Projecto Leonardo (LOVEt)Em nome da equipa do projecto, muito obrigado pela sua cooperação, ao partilhar o seu tempo e experiências connosco.
Em que cidade (ou vila) trabalha?
Em que ano é que começou a processar produtos biológicos?
Ano
Actualmente, que percentagem de produção da sua empresa é dedicada ao processamento de produtos biológicos?
%
Por favor, indique as actividades mais importantes, no que respeita a produtos ecológicos? (mais do que 1 escolha)
Processamento inicial Embalar e rotular para prateleiraProduto final para prateleira (produtos domésticos)Entre a 1ª fase de processamento Embalar e rotular para prateleirae o produto final (produtos importados)
Catering
Por favor, indique 10 dos produtos mais importantes, com que trabalha
Leite fresco PãoLacticínios Molhos com especiarias e salCarne Compotas e marmeladasDerivados de carne Produtos com chocolateHortícolas, fruta MelFrutos tropicais Óleos e azeiteVinho CaféSumos CosméticaChá Comida para bébéProdutos farináceos Comida congeladaLeguminosas Refeições prontasCereais pequeno-almoço OutrasMassas
Que percentagem da sua matéria prima é produzida:
A nível regional %A nível nacional %No interior da U.E. %Fora da U.E. %
Sim Não
Comercializa produtos de marca exteriorà sua empresa? (1 escolha)Comercializa mais do que 50% dos seus produtoscom o logo de outras empresas? (1 escolha)
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Quais são para si, os factores que mais limitam o seu negócio de processamento de produtos biológicos? (mais do que 1 escolha)
Baixa qualidade da matéria prima Pouca visibilidade da marcaDisponibilidade limitada de matéria prima Matéria prima muito caraRápida pericibilidade da matéria prima Custos de processamento muito elevadosDificuldade em traçar a origem e evolução Capacidade limitada dos comerciantes para vender o meu produtodo produto OutrosDificuldade em desenvolver uma embalagemapropriada e atractivaDificuldade em selecionar um logo apropriado
Que tipo de conhecimento extra, lhe poderá ser mais útil? (mais do que 1 escolha)
Acerca da matéria prima (resíduos de pesticidas, Acerca de legislação (normas, regulamentos sobre higiene,organismos patogénicos, OGM) regulamentos veterinários)Acerca do processamento (tecnologias, novos Acerca de expectativas do consumidorprodutos, controlo de pragas, conservação)
Como é que gostaria de obter este conhecimento? (mais do que 1 escolha)
Artigos em revistas ConsultoriaFolhetos / Panfletos OutrosSeminários de curta duração / conferênciasInternet
Em que domínios gostaria que houvesse mais investigação? Melhoria de … (mais do que 1 escolha)
Produção ao nível da exploração RotulagemProcessamento Sistemas de distribuiçãoSistemas de armazenamento Imagem de marcaEmbalagem Não é necessária investigação
Quem deveria levar a cabo esta investigação? (mais do que 1 escolha)
A minha empresa Universidades e institutos de investigaçãoEmpresas privadas de consultoria Outros
Quais são as suas expectativas futuras em relação a mudanças na sua empresa? (1 escolha)
Crescimento EstabilidadeDecréscimo de actividade
Quais são os seus planos, no que respeita ao processamento de produtos biológicos?
O que é que gostaria de produzir e que de momento não é possível?
Porquê?
Autor do questionário: Peter von Fragstein et ale-mail: [email protected]
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
• Anexo 4 – Inquérito a consultores em agricultura biológica Questionário: Projecto Leonardo (LOVEt)Em nome da equipa do projecto, muito obrigado pela sua cooperação, ao partilhar o seu tempo e experiências connosco.
Qual o nome da Região em que trabalha?
Como classifica a sua actuação? "Trabalho para …"
uma organização de produtores firma privada de extensãoserviço público um manufactor / fornecedor
Que tipo de aconselhamento sobre agricultura biológica, dá aos agricultores?
Geral Especializado em fruticulturaEspecializado em produção animal Especializado em viticulturaEspecializado em culturas arvenses Especializado em economiaEspecializado em culturas hortícolas
Qual o nº de agricultores que regularmente aconselha
FONTES DE CONHECIMENTO DOS PRODUTORES BIOLÓGICOS
Com base numa estimativa, qual a percentagem dods produtores biológicos em Portugal, possui acesso ou não, a aconselhamento regular?
SimNão
Em termos percentuais, com que frequência é os produtores biológicos utilizam o serviço de aconselhamento
Uma vez por anoVárias vezes por anoMenos do que uma vez por ano
Quem os aconselha? (Por favor, de 1 a 5, ordene a frequência das opções apresentadas)
mto frequente frequente neutro pouco nada
Organização de produtoresServiço público de aconselhamentoServiço privado de aconselhamentoIndústriaColegasNinguém
Como é que os produtores biológicos procuram pessoalmente obter informações? (Por favor, de 1 a 5, ordene a frequência das opções apresentadas)
mto frequente frequente neutro pouco nada
Visitas a exploraçõesReuniões regularesSeminários (1 dia)Unidade de certificaçãoOutros
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Como é que os produtores biológicos procuram de outro modo, obter informaçõe(Por favor, de 1 a 5, ordene a frequência das opções apresentadas)
mto frequente frequente neutro pouco nada
Revistas agrícolasJornaisLivrosTVInternetOutros
Que tipo de conhecimentos é que o agricultor mais necessita para tomar decisões acerca do funcionamento da sua exploração?(5 = muito importante … 1= menor importância)
Mto importante Importante Neutro Menos importante Menor importância Semresposta
Período de conversãoNovas técnicasManeio nutritivoControlo de pragas e doençasControlo de infestantesSementesEscolha de cultivaresNutrição animalSaúde animalRaças animaisSistemas de maneio animalMarketingVendaTransformaçãoManeio trabalhadoresManeio da exploraçãoOutros
Problemas durante o período de conversão
Problemas com novas técnicas
Problemas com o maneio de nutrientes
Problemas com o controlo de doenças e pragas
Problemas com o controlo de infestantes
Problemas com sementes
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Problemas com a escolha de cultivares
Problemas com a nutrição animal
Problemas com a saúde animal
Problemas com as raças animais
Problemas com os sistemas de maneio animal
Problemas com o marketing
Problemas com as vendas
Problemas com a transformação
Outro tipo de problemas
Por favor, especifique os detalhes do problema / informação necessária
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Uma perspectiva sobre a Agricultura Biológica em Portugal
Projecto de Parcerias Leonardo da Vinci “Criação de uma plataforma para comunicação entre ciência e prática num sistema de produção biológica”.
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Que tipo de conhecimento será importante? (não mais de 4 palavras por item; 15 opções, começe pela mais importante
Autor do questionário: Peter von Fragstein et ale-mail: [email protected]ção: Universidade de Kassel - AlemanhaTradução e adaptação do questionário: João Guilherme Ferreira Batistae-mail: [email protected]ção: Universidade dos Açores - Portugal