uma revolução energética para a cana de açúcar
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Trabalho sobre uso energeticamente eficiente da canada de açucarTRANSCRIPT
Uma Revolução Energética Para a
Cana de AçúcarJayme Buarque de Hollanda
Diretor Geral do Instituto Nacional de Eficiência Energética - INEE
Alunos:Diego Bernardi BestelGustavo Henrique de MelloRomário Santos
ProálcoolInício: crise do petróleo no começo da década de1973,” em três
meses o barril passa de US$ 2,90 para US$ 11,65” IPEA;Auge do programa em 1979 com a segunda crise do petróleo;
Ruptura do programa na década de 1980.
Início
Essa dívida que, em 1973, era cerca de US$ 6,2 bilhões de dólares correntes, passou para cerca de US$ 17,2 bilhões em 1975 (RICHER, 1987).
Em 1975 é criado o PROÁLCOOL Entre 1975-76 se observou um incremento da produção alcooleira de cerca
de 555 milhões de litros/ano, em 1979-80 a produção alcooleira atingiu 3,400 milhões de litros (IAA, apud BORGES et al., 1988). A produção do álcool etílico (anidro e hidratado, expresso em quantidade equivalente de petróleo) passou de cerca de 2.000 barris/dia, em 1975, para 39.000 barris/dia, em 1980 (RICHER, 1987). A área colhida com cana-de-açúcar cresceu 609 mil ha – 29%, entre 1975-80, a produção total aumentou 42,7% e o rendimento por unidade de área aumentou em 20,0% (IBGE apud MAGALHÃES et al., 1991).
Com a segundo grande aumento do petróleo em 1979 devido a guerra do Kuwait o barril passa de 12,9 para 30,5 dólares.
Deu-se início a utilização de casos movidos a álcool. A meta para a produção era de 14 bilhões de litros/ano e o mais próximo da meta foram
em 1985-86 que produziu-se 11 bilhões de litros. A participação da gasolina, no consumo de combustível líquido, declinou de98,9% para
42,8% entre 1975 e 1986 e a participação do álcool nesse período passou de 1,1 % para 55,5%. Em 1979, a percentagem dos veículos a álcool subiu de 0,5%para 66,2% em 1986, enquanto que a de carros à gasolina caiu de 89% para 20,9%. O consumo do álcool, entre 1984-86, no setor automobilístico era de 89,6% do total, sendo de 3,5% a participação da indústria química, 3,1% a parcela das exportações e3,3% para outros fins (RIBAS, 1987).;
Tornou o uso de carro a álcool prioritário na sua frota; Fixou em 20% a mistura de álcool a gasolina; Ampliou a revenda de álcool hidratado com preço estipulado em no máximo de 65% do
preço da gasolina; Redução de alíquotas de Imposto sobre Produto Industrializado – IPI e Taxa Rodoviária Única (atual IPVA) para veículos movidos a álcool; Isenção de IPI para táxis a álcool; Melhora nos preços dos produtos, com redução na paridade de 60 kg de açúcar por 44 litros de álcool, para 60 kg de açúcar por 38 litros de álcool, tornando mais
compensador a produção de álcool.
Crises e Avanços do Programa
Aumento do preço do açúcar, que estava em queda dês dos anos 60; Queda do preço do petróleo; Alto endividamento do governo, o que impossibilitava a continuação
dos subsídios para o programa. Em mais de 30 anos do programa já foram substituídos mais de 45%
da gasolina para o álcool. Passou-se de 555,6 m³ safra 1875-76 para 15.850,7 2005-06.
Em Busca do Aumento da Eficiência Energética Há pesquisas visando o uso energético da Biomassa Seca (BS)
Pois dois terços da energia potencial da cana está na BS (bagaço e palha)
BS in natura é difícil de ser usada como combustível Manter ela seca
Absorve umidade quando exposta
Biodegradável perdendo potencial energético
Iniciativas em P&D Transformar BS em “Etanol de Segunda Geração”
Aumenta a fabricação do etanol sem aumentar a área de cultivo Produz o Bioetanol que é idêntico ao Etanol produzido pelo método
convencional Ação de enzimas no bagaço resulta em um caldo que é fermentado
posteriormente
Iniciativas em P&D
Produção de biogás Decomposição de matéria orgânica na ausência de O2
Composto principalmente por CH4, CO2 e H2S Pode ser usado em turbinas a gás com alta eficiência
Produção de synfuel (combustíveis sintéticos) a partir do biogás Combustíveis produzidos por gases de síntese CO + H2
Combustíveis semelhantes à gasolina ou diesel Metanol: 3H2 + CO2 -> CH3OH + H2O Metano: 2H2 + CO2 -> CH4 + H2O
Palhiço
material remanescente da colheita da cana-de-açúcar sem queimar, que fica no campo e necessita ser recolhido e transportado até a usina para possibilidade de uso como insumo energético.
Densificados
biocombustível sólido formato cilíndrico
pequeno (“pellet”) grande (“briquete”)
Com uma densidade de energia alta metade da densidade do óleo combustível
fácil de transportar, armazenar e de usar
Produção do Biocombustível
pouco capital-intensiva tem um balanço de energia positivo não depende de grandes escalas de fabricação e pode ser feita nas usinas, onde os insumos (BS, energia elétrica e
calor) têm baixos custos. estocar energia nas usinas para uso na entressafra.
Pellets de densificados
Na Europa substituem óleo combustível em usos urbanos (a queima é limpa) até 35% do carvão mineral em termelétricas A demanda cresceu (cerca de 40% aa!)
No Canadá e EUA o uso também aumenta e supre 20% da demanda da Europa
A SUZANO, tradicional produtora de madeira anunciou que planeja exportar 3 milhões de toneladas/ano de pellets de madeira para a Europa.
No Brasil
O uso no Brasil é pequeno vis-à-vis a quantidade de resíduos de biomassa agroindustrial
mais competitivo se usado próximo aos locais de produção
O mercado que começa a se organizar, pode ter grande expansão com os pellets de BS da cana sucesso em outros países de onde se pode trazer o “knowhow” para seu
desenvolvimento
Bagaço como combustível permite que as usinas sejam auto suficientes em energia térmica e elétrica o que não é comum acontecer em outros ramos industriais
Torrefado
biocombustível sólido produzido esquentando a BS a 250 °C na ausência de oxigênio
Com densidade energética maior que os condensados é refratário à agua podendo ser estocado por períodos mais longos O EPRI, centro de pesquisas das empresas elétricas dos EUA, tem
testado o uso de torrefado de capim em termelétricas para substituir carvão mineral Empresas elétricas norte-americanas estudam o uso de torrefados de
madeira para substituir 100% do carvão mineral na geração elétrica. Ele é produzido em unidades sobre rodas que se deslocam para o
campo, tecnologia que seria ideal para processar as palhas da cana