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A yala A yala Cuadernos de REVISTA DE LA FEDERACIÓN ESPAÑOLA DE GENEALOGÍA Y HERÁLDICA Y CIENCIAS HISTÓRICAS ISSN 1576-2068 Dep. Legal M-10186-2000 Número 45 Enero-Marzo 2011

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Page 1: UN EJEMPLO A SEGUIR - Inicio - Cuadernos de Ayala · heráldicos com a insígnia da Sagrada e Militar Ordem ... Correia de Matos (IPH), Cônsules e vice-cônsules das Duas-Sicílias

A y a l aA y a l aC u a d e r n o s d e

REVISTA DE LA FEDERACIÓN ESPAÑOLA DE GENEALOGÍA Y HERÁLDICAY CIENCIAS HISTÓRICAS

ISSN 1576-2068 Dep. Legal M-10186-2000 Número 45 Enero-Marzo 2011

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [2]

Como es b ien sab ido, la Orden Mi l i ta rde Sant iago de la Espada, estab lec ida hac iae l año de 1170, se extendió ráp idamente porlos re inos de León, de Cast i l la y de Por tugal .La lengua por tuguesa se separó de la caste-l l ano - l eonesa , po r bu la pon t i f i c i a , en 132 . . .Pero ambas s iguieron ínt imamente unidas - loscabal leros por tugueses acudían y se gu iabanp o r l o s e s t a b l e c i m i e t n o s a c o r -dados en e l convento cent ra l deUclés- , y s igu ieron también unap a r e c i d a e v o l u c i ó n h i s t ó r i c a :sus maest razgos fueron un idosa s u s r e s p e c t i v a s c o r o n a s d u -rante e l s ig lo XVI , y ambas su-f r ieron los avatares de los cam-b ios y mudanzas de l s ig lo XIX.La Orden española se conv i r t ió en una inst i -tuc ión públ ica, perd ió todos sus b ienes cuan-do las desamor t izac iones l ibera les , y por f infue ext inguida def in i t ivamente por decreto enel ac iago año de 1931. Por su par te , la Ordenpor tuguesa, secular iazada en 1789, se convi r -t i ó desde 1862 en l a te rce ra condecorac iónde Estad, ded icada a ga lardonar los mér i tosen e l campo cu l t u ra l , a r t í s t i co y docen te , yhoy perdura.

Desde 1931, la ún ica Orden Mi l i tar deSant iago que ex is te en e l mundo con carácterof ic ia l es la que encabeza S.E. e l pres identede la Repúbl ica Por tuguesa. Mient ras que enEspaña, a par t i r de 1931, fungen media doce-n a d e a s o c i a c i o n e s p r i v a d a s , e n s u m a y o rpar te creadas en los ú l t imos años, que se hanaprop iado de l g lo r ioso nombre san t iagu is ta ,s i n pe r j u i c i o de r ea l i za r a l guns ac t i v i dadescul tura les y p iadosas in teresantes, pero s iem-p re en e l p l ano meramen te p r i vado - l a másimpor tante y act iva de e l las es la denominadaOrden de l Camino de Sant iago, y la más e le-gante la autodenominada Orden de Sant iago,que encabeza e l mismís imo Rey de España, yque vegeta a la sombra de l in tegr ismo cató l i -co) .

Vo l v i endo a l a O rden po r t uguesa , r e -su l ta que e l convento pr inc ipa l de aquel la Or-dem de Sant iago da Espada estuvo rad icada

en la be l l ís ima c iudad de Palmela, a pocos k i -lómetros de L isboa, desde f ines de l s ig lo XV,hasta 1834. Este v íncu lo h is tór ico con la mi l i -c ia sant iagu is ta movió a l munic ip io a in ic iar,a par t i r de 1989, a lgunos t rabajos c ient í f icossobre e l tema de la h is to r ia de las ÓrdenesMi l i tares peninsu lares.

Y, después de va r i os en -cuentros, publ icac iones, y recre-a c i o n e s h i s t o r i c i s t a s , e n 1 9 9 7se creó e l Gabinete de Estudossobre a Ordem de Sant iago (GE-sOS ) , como cen t ro coord inadorde esos t rabajos y encuentros.

ElGEsOS t iene como obje-t ivos la promoción de las inves-t igac iones h is tó r i cas e h is to r io -

g r á f i c a s e n e l á m b i t o d e l e s t u d i o d e l a sÓrdenes Mi l i tares peninsulares; la d ivu lgaciónde su pat r imonio documenta l e h is tór ico; y fo-mentar e l apoyo y la ed ic ión de t raba jos deinvest igac ión en estas áreas. Para e l lo desa-r ro l la las acc iones s igu ientes:

- Coord inac ión de proyec tos de inves t iag-c ión sobre las Órdenes Mi l i tares;

- Estab lec imiento de acuerdos de coopera-c ión cu l tura l con ins t i tuc iones y ent idadespor tuguesas y ext ran jeras;

- E d i c i ó n d e e s t u d i o s s o b r e l a O r d e n d eSant iago, y de las actas de los encuentrosorganizados por e l prop io GEsOS;

- Adqu i s i c i ón de un f ondo b i b l i og rá f i co ydocumenta l para su Bib l io teca especia l iza-da;

- Organizac ión regular de cursos y encuen-t ros in ternacionales, or ientados a la temát i -ca de las Órdenes Mi l i tares.

Desde 2001, e l GEsOS es tá ins ta ladoen la sacr is t ía de la ig les ia de Santa María doCaste lo , en e l prop io corazón de la v ie ja for -t a l e z a s a n t i a g u i s t a , r e c o n s t r u i d a t o t a l m e n t epara d ichos f ines.

E n d i c h o e s p a c i o , c i e r t a m e n t e g r a t opa ra e l t r aba jo i n t e l ec tua l y l a consu l t a , e lGEsOS cuenta con un Centro de Documenta-

EDITORIAL

NUESTRA PORTADA

Un retrato del teniente general D. Manuel Pavía y Lacy, Marqués de Novaliches (1814-1896), gran cruzlaureada de la Real y Militar Orden de San Fernando, luciendo el manto capitular y el collar propios de su

rango (Segovia, colección del Marqués de La Floresta).

UN EJEMPLO A SEGUIR:EL GABINETE DE ESTUDOS DA ORDEM DE SANTIAGO

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [3]

c ión y una Bib l io teca Especia l izada en las Ór-denes Mi l i tares, compuesta por un acerbo depubl icac iones de ampl io ámbi to cronológ ico yespac ia l , con los más se lec tos t í t u los de lab ib l iograf ía a t inente -mayor i tar iamente por tu-gueses y españoles) , y con especia l inc iden-c ia en e l per íodo medieval . Inc luyendo:

- Fuentes re la t ivas a la Orden de Sant iagopor tuguesa, en su mayor par te obrante enlos Arqu ivos Nac iona is - To r re do Tombo,en sopor te d ig i ta l . ;

- Monograf ías, per iód icos, separatas y es-tudos especí f icos sobre la temát ica de lasÓrdenes Mi l i tares;

- Fuentes h is tór icas impresas;

- Dicc ionar ios de lenguas, de h is tor ia y e lu-c idar ios;

- Monog ra f í as de h i s tó r i a económica , so -c ia l , po l í t ica y cu l tura l de Por tugal , de Es-paña y de Europa, en los per íodos medie-va l y moderno;

- Monogra f ías y pe r iód i cos sob re h i s to r i agera l de la Ig les ia y de las Órdenes re l ig io-sas;

- Monograf ías y estud ios var ios sobre for t i -f icac iones medievales;

- Tes is de doc torado y de maest rado, aúnno publ icadas.

- Regis tos de audio de cursos y encuentross o b r e l a s Ó r d e n e s M i l i t a r e s o r g a n i z a d o spor e l GEsOS.

Al l í , e l invest igador cuenta con accesoa in ternet , y puede rea l izar consul tas de l fon-do documenta l y de las publ icac iones especia-l izadas -puede inc luso acceder a l catá logo at ravés de la web: h t tp : / /pa lmela.b ib l iopol is . in-fo / ) .

En su ya l a rga t r ayec to r i a , e l GEsOSha rea l i zado pub l i cac iones muy impor tan tes ,a lgunas de las cua les se encuent ran todavíaa la venta a l l í :

• As Ordens Mi l i tares em Portugal , Actas doI Encont ro Sobre Ordens Mi l i ta res (Pa lme-la , 1991, agotado) .

• As Ordens Mi l i tares em Por tugal e no Sulda Europa, Actas do I I Encontro sobre Or-dens Mi l i tares (Palmela, 1997) .

• As Ordens Mi l i tares: Guerra, Rel ig ião, Po-

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [4]

der e Cul tura, Actas do I I I Encontro sobreOrdens Mi l i tares (2 vo ls . , Pa lmela, 1999) .

• As Ordens Mi l i tares e as Ordens de Cava-la r i a na Cons t rução do Mundo Oc iden ta l ,Actas do IV Encontro sobre Ordens Mi l i ta-res (Palmela, 2005) .

• As Ordens Mi l i tares e as Ordens de Cava-lar ia entre o Ocidente e o Or iente, Actas doV Encontro sobre Ordens Mi l i tares (Palme-la , 2009) .

• M a r i a C r i s t i n a P i m e n t a : A s O r d e n s d eAv is e de Sant iago naBa i xa I dade Méd ia . OG o v e r n o d e D . J o r g e(Palmela, 2002) .

• VV.AA. , Ordens Mi l i -t a res e Re l i g ios idade .H o m e n a g e m a o P r o -f e s s o r J o s é M a t t o s o(Palmela, 2010) .

• C r i s t i n a Pa u l a V i n a -gre Alves, A Propr ieda-d e d a O r d e m d e S a n -t i a g o e m P a l m e l a : a sV i s i t a ç õ e s d e 1 5 1 0 e1534 (Palmela, 2011) .

• I s a b e l M a r i a G . G .Mendes O le i r o Lucas ,As E rm idas da Ordemd e S a n t i a g o n a s V i s i -t ações de Pa lme la doS é c u l o X V I ( P a l m e l a ,2011) .

• Mar ia Regina Soares

Bronze Ramos , As Ig re -jas de Pa lmela nas Vis i -t a ç õ e s d o S é c u l o X V I :R i tua i s e Man i fes taçõesd e C u l t o ( P a l m e l a ,2011) .

• Revis ta Mi l i tar ium Ord i-n u m A n a l e c t a , v o l . I I( D i r. L u í s A d ã o d a F o n -s e c a ) : A s O r d e n s d eCr i s to e de San t iago noi n í c i o d a É p o c a M o d e r -na: A Normat iva (Opor to ,1999) .

De la ca l i dad c ien -t í f ica de l GEsOS da bue-n a c u e n t a e l e l e n c o d ea u t o r e s y d e t r a b a j o sp r e s e n t a d o s a l V I E n -cuentro de Órdenes Mi l i -ta res , ce lebrado en Pa l -mela hace pocos meses,que deta l lamos en nust ras e c c i ó n d e N o v e d a d e s ,

Cursos y Encuentros : se t ra ta de una re lac iónc ier tamente impres ionante.

En resumen: e l Grupo de Es tudos so -bre a Ordem de Sant iago es s in duda a lgunaun g ran e jemp lo que nues t r s vec inos po r tu -gueses nos dan a los españoles, en espec ia la l o s a y u n t a m i e n t o s d e l a s a n t i g u a s e n c o -miendas sant iaguis tas. Quiera Dios que sepa-mos aprovechar lo y segui r lo .

El Dr. Marqués de La F loresta

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ACADÉMIE INTERNATIONAL D’HÉ-RALDIQUE

La Delegación portuguesa de laAcadémie Internationale d’Héraldi-que ha organizado en Lisboa, el 26

de marzo, en la sede de la Universi-dade Lusófona de Humanidades e Tec-

nologias (Campus de Campo Grande), unencuentro científico dedicado al tema Ordem Constanti-niana de São Jorge - Património Histórico e Cultural, diri-gido por la Profª Drª Ana Cristina Martins. Entre las co-municaciones allí presentadas, las de Jorge de Matos(AIH),A Milícia Constantiniana num documento portu-guês; José Colaço (AIH), Membros da Dinastia Real Por-tuguesa distinguidos com Ordens da Casa Real dasDuas-Sicílias; Vítor Escudero de Campos (AIH), Ex-líbrisheráldicos com a insígnia da Sagrada e Militar OrdemConstantiniana de São Jorge; Segismundo Ramires Pin-to (AIH), Direitos heráldicos dos Cavaleiros da Sagrada eMilitar Ordem Constantiniana de São Jorge; y LourençoCorreia de Matos (IPH), Cônsules e vice-cônsules dasDuas-Sicílias em Portugal. Jornada memorable (ACE).

VI ENCUENTRO DE ÓRDENESMILITARES EN PALMELA

En la ciudad ducal de Palmela,que fue sede de la Orden de San-tiago entre los siglos XV y XIX, seha celebrado en los días 10 al 14de marzo de 2010 el VI Encuentrosobre Órdenes Militares. Organiza-do cada cuatro años por el Gabine-te de Estudos sobre a Ordem deSantiago, en esta ocasión ha trata-do del tema Freires, guerreiros, ca-

valeiros, y se ha puesto bajo el alto patrocinio del Presi-dente de la República Portuguesa (Cancillería de lasÓrdenes Honoríficas), del Ministerio de Cultura de Portu-gal, del Ayuntamiento de Palmela, y de los rectores delas Universidades de Minho, Porto, Coimbra, Lisboa, No-va de Lisboa, Évora y Algarve. Entre los especialistas,procedentes de nueve países europeos y americanos,que han presentado sus comunicaciones, las primerasautoridades mundiales en la materia: Jonathan Riley-Smith (Universidad de Cambridge), New approaches tothe Histories of the Templars and the Hospitallers in thecentral Middle Ages; Luis Adâo da Fonseca (Universida-de do Porto), A memoria das Ordens Militares na IdadeMédia portuguesa: recordaçôes populares e intencionali-dade do poder; Karl Borchardt (Universidad de Würzburgy Monumenta Germaniae Historica), Historiography andmemory: was there something new and unique about theTemplars?; Luis García-Guijarro Ramos (Universidad deZaragoza), Cruzadas y Órdenes Militares: problemas de-finitorios; Francisco Fernández Izquierdo (Consejo Supe-rior de Investigaciones Científicas, Madrid), Historiografíay biblimetría: publicaciones recientes sobre Órdenes Mili-tares en bases de datos y repertorios bibliográficos enInternet, 2005-2009; Julia Pavón (Universidad de Nava-

rra), Historiografía de las Órdenes Militares en el reinode Navarra; Bernardo de Sá-Nogueira (Universidade deLisboa), O Livro dos Copos. Notas codicológicas; Carlosde Ayala Martínez (Universidad Autónoma de Madrid),Espiritualidad y práctica religiosa en las Órdenes Milita-res. Los orígenes de la espiritualidad militar; Luis RafaelVillegas (Universidad de Granada), Influencias dle Císteren Calatrava; Helen Nicholson (Universidad de Cardiff),Charity and hospitality in Military Orders; Ditte Gurack(Universidad de Bochum), Military Orders and the cult toMary; Jochen Schenk (German Historical Institute, Lon-dres), The Military Orders in hagiography; Natalia MariaLops Nunes (Universidade Nova de Lisboa), O culto dasreliquias nas Ordens Militares em Portugal; Luis CorralVal (Castilla-La Mancha), La dimensión religiosa de laOrden del Pereiro-Alcántara en la Edad Media; Saúl Go-mes (Universidad de Coimbra), Leituras e espiritualidadenas Ordens Militares no Portugal Medieval; Nicole Bé-riou (Universidad de Lyon), Prédication et Ordres Militai-res; María de Lurdes Rosa (Universidade Nova de Lis-boa), Luis de Brito, cavaleiro de Santiago (meados doséc. XV-1523): aventureiro, senhor e devoto; Joâo Costa(Universidade Nova de Lisboa), Elementos de religiosi-dade em Palmela a partir do códice da visitaçâo da Or-dem de Santiago de 1510; Francesco Tommasi (Univer-sidad de Perugia), I Templari come feudatari dei re diSicilia; Simonetta Cerrini (Ovada, Italia), I templari, i reli-giosi e gli intellettuali del XII secolo; José Valente (SantaBárbara, California), O fim dos Templários em Portugal:lealdade ou pragmatsmo?; Luis Filipe Oliveira (Universi-dade do Algarve), A coroa e as Ordens Militares no sécu-lo XV; a propósito de umas “Definiçôes” inéditas da Or-dem de Avis (1327); Paula Pinto Costa (Universidade doPorto), As visitaçôes: as Ordens Militares portuguesasentre poderes?; José Ignacio Ruiz Rodríguez (Universi-dad de Alcalá de Henares), Confesionalidad y prácticassociales de los caballeros de las Órdenes Militares; Ma-ría Cristina Pimenta (CEPESE), O “Livro das Conchas”da Ordem de Santiago. Um ponto de partida para algu-mas notas en torno da convivência peninsular; SantiagoPalacios-Ontalva (Universidad Autónoma de Madrid),Iconografía de las Órdenes Militares: símbolos de podere imagenía bélica; Feliciano Novoa Portela (Ministerio deCultura, España), Alfonso X el papado en el proyecto re-novador del maestre alcantarino García Fernández(1255-1284); Barbara Bombi (Universidad de Kent), TheTeutonic Order and the Papacy; Enrique Rodríguez-Pi-cavea Matilla (Universidad Autónoma de Madrid), LasÓrdenes Militares en los reinos ibéricos medievales. Unanálisis comparativo de la relación con el poder real; Fer-nanda Olival (Universidad de Évora), Comissários nasOrdens e comissários do Santo Oficio: dos modelos deactuaçâo?; Herminia Vilar (Universidade de Évora), En-tre cavaleiros: Ordens Militares e concelhos no Sul dePortugal, na Idade Média; José Augusto Oliveira (Univer-sidade Nova de Lisboa), Administraçâo da Ordem deSantiago e poder concelhio: a ascensâo de Estêvâo Es-teves, um criado do comendador de Sesimbra; ElenaPostigo Castellanos (Universidad Autónoma de Madrid),

NOvEDADES, CuRSOS y ENCuENTROS CIENTÍFICOS y CuLTuRALES

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [6]

La incorporación de los maestrazgos en la corona (Casti-lla y Portugal): una perspectiva comparada; Nikolas Jas-pert (Universidad de Bochum), Military Orders and socialhistory: some introductory thoughts; Nuno GonçaleoMonteiro (Universidade de Lisboa), Ordens Militares,identidades noliárquicas e heranças reinícolas: umaperspetiva euro-americana comparada; Thomas Krämer(Berlín), The role of Military Orders in German andFrench towns: a functional comparison; Antonella Pelle-tieri (IBAM, Potenza); Gli Ordini Militari nelle città del SudItalia: topografia e sviluppo urbano; Joel Mata (Universi-dad Lusíada, Oporto), A educaçâo das freiras do mostei-ro de Santos; Anne Brogini (Universidad de Niza), L’ima-ge du chevalier de l’Ordre de Malte; Joâo deFigueroa-Rego (Universidad Nova de Lisboa), Signos derepresentaçâo, limpeza de sangue e hábitos de OrdensMilitares (séculos XVII-XVIII); Zsolt Hunyadi (Universidadde Szeged), Social and religious ties between the Mili-tary-Religious Orders; Hubert Houben (Universidad delSalento, Lecce), A northern Military Order in a mediterra-nean context: the Teutonic knights in Southern Italy(13th-15th centuries); Antonio Pestana de Vasconcelos(Universidad de Oporto), “Ser freire, ser comendador”: asconsequências sociais da ascensâo institucional; ClaraAlmagro (Universidad de Granada), La Orden de Cala-trava y la minoría mudéjar; Manuel Lamas de Mendonça(CEPESE), O mestre da Ordem de Cristo Dom Frei LopoDias de Sousa; Francis Dutra (Universidad de Califor-nia), As Ordens de Cristo, Santiago e Avis e o Interreg-num (1580); Ronald Raminelli (Universidad Federal Flu-minense, Brasil), Os Indios e a obtençâo de hábitos dasOrdens Militares; Philippe Josserand (Universidad deNantes), De l’arriere au front: perspectives croisées,perspectives comparées; Klaus Militzer (Universidad deBochum), Administrative organizations of the three mainMilitary Orders in the Holy Land; Pierre-Vincent Claverie(Asamblea Nacional francesa), Les Templiers informa-teurs de l’Occident à travers leur correspondance; CarlosBarquero Goñi (UNED), La provincia castellana del Hos-pital y el Oriente en la época de Rodas; Alain Demurger(Universidad de la Sorbona), Subsidium Terre Sanctaeet Ordres Militaires; Kristjan Toomaspoeg (Universidaddel Salento, Lecce), Charles I d’Anjou, les Ordres Militai-res et la Terre Sainte; Damien Carraz (Universidad deClermont-Ferrand), Les Templiers de Provence en TerreSainte: mobilité et carrières (XIIIe-XIVe siècles); ElenaBellomo (Universidad de Génova), Templari, Oriente ecrociata: percorsi di ricerca in Italia settentrionale; JoâoGouveia Monteiro (Universidade de Coimbra), As OrdensMilitares e os modelos tácticos de combate de um e deoutro lado do Mediterrâneo: uma abordagemcomparada; Joan Fuguet Sans (Escuela Superior deRestauración de Cataluña), Notas sobre la arquitecturamilitar del Temple y el Hospital catalano-aragonés y surelación con Oriente; Joâo Paulo Oliveira e Costa (Uni-versidade Nova de Lisboa), Acçâo cruzadística e OrdensMilitares nos descobrimentos portugueses: o outroOriente; Vítor Serrâo (Universidade de Lisboa), Um pin-tor do Mestrado das Ordens Militares na viragem do sé-culo XVI para o XVII: Fernâo Gomes; José Antonio

Falcâo (Diócesis de Beja), Iconografía Jacobeia e o ca-minho de Santiago no Baixo Alentejo. Balanço de resul-tados, metodologias e problemas em aberto; Olga PérezMonzón (Universidad Autónoma de Madrid), Espacio fu-nerario y Órdenes Miliatres en la Castilla medieval; Sal-vador Andrés Ordax (Universidad de Valladolid), La Ar-quitectura de la Orden de Alcántara; Miguel Soromenho(IGESPAR), Mateus do Couto, o Velho, arquitecto dasOrdens Militares; Margarida Valla, Arquitectos e engen-heiros das Ordens Militares no peíodo da restauraçâo;Wifredo Rincón García (CSIC, Madrid), El convento eiglesia de San Juan de los Panetes de Zaragoza, sedede la Castellanía de Amposta, de la Orden de San Juande Jerusalén; y Giulia Rossi Vairo (Universidade Nova deLisboa), Arte da Ordem Teutónica em Italia. El encuentrose ha extendido a siete mesas redondas, en las que res-pectivamente se ha tratado de Historiografía y Memorias;Órdenes Militares y Literatura Actual; Práctica religiosa yespiritualidad militar; Órdenes Militares y Poderes; Mo-delos y prácticas sociales; Oriente y Occidente; y Arte yÓrdenes Militares. La Presidencia de la República Portu-guesa ofreció una cena a todos los participantes, queademás giraron vista a los monasterios de Flor de Rosa(Crato) y de Santos-o-Novo (Lisboa), y también escucha-ron un selecto concierto de música en el auditorio de Pal-mela. Finalmente, en este importantísimo encuentro in-ternacional se ha presentado el Dictionnaire Européendes Ordres Militaires au Moyen Âge, obra de los profeso-res Nicole Bériou y Philippe Josserand; y también la edi-ción del volumen Ordens Militares e Religiosidade, dedi-cado al profesor José Mattoso, del que dado su interéstrataremos por menor en futuros números de Cuadernosde Ayala (ACE).

CONFERENCIA INTERNACIONALDE GENEALOGÍA EN MÓDENA

Se ha celebrado en la capital delantiguo Ducado estense, el 20 denoviembre de 2010, la I Conferen-cia Internacional de Genealogía or-ganizada por el Común de Módenay por el Istituto Araldico Genealogi-co Italiano (IAGI) y por Family Se-arch. Los 117 asistentes pudieron

escuchar las comunicaciones de los grandes especialis-tas en la materia, entre ellas las del Dr. Pier Felice degliUberti, Fra i grandi della terra ci sono i nostri antenati,andiamo a scoprirli; Georges Donnet-Monay, La genealo-gia utilizznado le tradizioni orali: la mia esperienza nellaNuova Caledonia e nella Polinesa Francese con i Kanak;Carlo Tibaldeschi, L’utilitá dell’Araldica nella storia fami-liare: Ruth Lapioli Merriman, La Biblioteca di Storia di Fa-miglia a Salt Lake City, Utah, ed i servizzi che offre; GianCarlo Montanari, La genealogia degli Este; Walter Zaffa-rana, Family Search Indexing: il programma di fare un in-dice generale dei registri di tutto il mondo. Obiettivi e ri-sorse; Dra. Chiara Dall’Olio, Come datare le vecchiefotografie; Dr. Keith Rose, Organizzare i dati e costruirel’albero genealogico online: risorse e potenzialità. Un pri-mer encuentro muy interesante y sobre todo muy prome-tedor (ACE).

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XVII COLOQUIO INTERNACIONALDE HERÁLDICA EN FRIBURGO

La Académie Internationaled’Héraldique establecida en la Confe-deración Helvética -no confundir con

la prestigiosa Académie Internationaled’Héraldique que abarca a toda la Unión

Europea- convoca este encuentro en Friburgo(Suiza), para los días 29 de agosto al 1º de septiembrede 2011. Organizado por la Sociedad Suiza de Heráldicacon la participación del Instituto Friburgense de Heráldicay Genealogía, tendrá lugar en la Universidad de Fribur-go, y versará sobre el tema Mujeres e intercambio herál-dico. El encuentro será amenizado por visitas al Museode Arte e Historia, a la colegiata de Romont y a la vecinaciudad de Moudon. Puede pedirse más información a sutesorero el Dr. Guntern Mattern en [email protected](ACE).

FUNDACIÓN INSTITUTO ESPAÑOLDE ESTUDIOS NOBILIARIOS

El 29 de noviembre de 2010, el Pro-tectorado de Fundaciones de la Co-munidad Autónoma de Madrid ha re-gistrado legalmente la Fundación

Instituto de Estudios Nobiliarios, desti-nada a concentrar toda la actividad cultu-

ral de la Real Asociación de Hisdalgos de España -lamás activa y poderosa de las entidades paranobiliariasque fungen en España-, siendo sus fines particulares losde constituir un centro de investigación, de conocimientoy de difusión de todo los relacionado con las cienciashistoriográficas, los estudios sociológicos, y otros atinen-tes al conocimiento de la Nobleza en España, la heráldi-ca, la nobiliaria, la genealogía y el protocolo. El Patrona-to de la nueva Fundación lo forman las mismas personasy cargos que integran la Junta de Gobierno de la Asocia-ción matriz: el presidente D. José Antonio Martínez deVillarreal y Fernández-Hermosa, Conde de Villarreal; losvicepresidentes D. Faustino Menéndez Pidal de Navas-cués y D. Manuel Pardo de Vera Díaz; el secretario d.Fernando González de Canales Ruiz; el tesorero D. Ma-nuel Ladrón de Guevara Isasa; y los vocales D. AmpelioAlonso de Cadenas López, el Marqués de Selva Alegre,el Conde de Gaviria, D. Valentín Céspedes Aréchaga, D.Alfonso Coronel de Palma Martínez-Agulló, Dª DoloresDuque de Estrada Castañeda, D. Mario Jaramillo y Con-treras, Dª Beatriz Lechuga Lombo, D. Arturo Llerandi Mo-rán, y el Marqués de Casa Real. El llamado comité cien-tífico lo preside el citado señor Menéndez Pidal -que porcierto no dejó muy bien parado su nombre cuando estu-vo al frente de la Real Academia Matritense de Heráldicay Genealogía-, y lo forman un grupo heterogéneo de pro-fesores universitarios junto a conocidos aficionados al te-ma: D. Ampelio Alonso de Cadenas, el Dr. D. Javier Alva-rado Planas, el Dr. D. Feliciano Barrios, el Dr. Marquésde Selva Alegre, el Dr. D. Alfonso Bullón de Mendoza, elConde de Gaviria, D. Valentín Céspedes, el Dr. D. JoséMaría de Francisco Olmos, la Dra. Dª Yolanda Gómez, elDr. D. Eduardo Pardo de Guevara y Valdés, el prestigio-

so D. Jaime Salazar Acha, y el reputado heraldista Dr. D.Luis Valero de Bernabé, Marqués de Casa Real. Para elpresente año, la Fundación quiere impartir algunos cur-sos de nobiliaria, heráldica y genealogía -alguno de ellosen colaboración con la UNED-, ciclos de conferencias,publicaciones y otorgamiento de premios -esperemosque no los repartan, como hasta ahora, entre sus pro-pios miembros-. Esta iniciativa cultural merece nuestrosplácemes, aunque el proyecto, por lo visto en sus estatu-tos, más que de estudios nobiliarios debiera llamarse deestudios nobiliaristas. Y, dejando aparte que casi todoslos miembros tengan la misma procedencia -ocho de do-ce son jaimitos matritenses, lo que ya previene de lo queserá la nueva Fundación-, el caso es que no acaba deconvencernos del todo que una entidad que se quierededicar con criterios científicos al estudio histórico del fe-nómeno nobiliario, se integre en una asociación parano-biliaria: porque es muy de temer que ello afecte a su ri-gor científico, debido a las sólitas convenienciaspersonales de sus miembros, alguno de ellos bien signifi-cado en sus pretensiones de ascenso social. Quizá hu-biera sido más oportuno y prudente integrar esta Funda-ción en alguna Universidad pública prestigiosa, o bien enla Real Academia de la Historia. Pero tiempo al tiempo, ymientras tanto le deseamos grandes éxitos (ACE).

HERÁLDICA MUNICIPAL DE LA PROVINCIA DE JAÉN

El 3 de marzo se ha presentado en Jaén el libroHeráldica Municipal de la Provincia de Jaén, obra de D.Andrés Nicás Moreno, editado por la Fundación Caja Ru-ral de Jaén. El acto ha tenido lugar en el salón de actosde la Real Sociedad Económica de Amigos del País deJaén, estando presidido por su director D. Ramón Ca-rrasco Feo. La presentación ha sido realizada por el pro-fesor D. Manuel Rodríguez de Maribona y Dávila, secre-tario general del Colegio Heráldico de España y de lasIndias, numerario y fundador de la Real Academia Matri-tense de Heráldica y Genealogía, y ha contado con la in-tervención del gerente de la Fundación Caja Rural, D.Luis García-Lomas, y del propio autor. Esta obra recogeel estudio y la descripción de todos los escudos de losayuntamientos de la provincia de Jaén, realizados me-diante una profunda investigación, tanto en los archivosandaluces como en los de ámbito nacional, y se acompa-ña de magníficas ilustraciones del artista D. Juan MillánBruno. Una gran asistencia de público animó el acto, y acontinuación la Real Sociedad Económica ofreció uncóctel en sus dependencias a todos los asistentes (LCE).

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DE RE CABALLERESCA

A L G U N O S C O M E N TA R I O S A P R O P Ò S I T O D E L A SÓ R D E N E S N O B I L I TA N T E S E N E L R E I N O D E E S PA Ñ A

por el Dr. Marqués de La Floresta, de la Academia Melitense

Durante el Antiguo Régimen (siglos XVI-XIX), que engran medida heredó instituciones premiales nacidas du-rante la Baja Edad Media, todo título, honor y preemi-nencia -todo premio, enfin- tuvo como única fonshonorum, tanto en la reali-dad como en la legalidad,a la Corona. Y, en su in-mensa mayoría, dichos ho-nores premiales estabandirigidos a la élite directorade aquella sociedad esta-mental, es decir a la No-bleza.

Es sabido que, aconsecuencia de los avata-res del tránsito entre lasantiguas Órdenes de Ca-ballería de origen medieval-cuya pertenencia estabareservada a la Nobleza-, ylas nuevas Órdenes de Es-tado nacidas al socaire dela revolución francesa -alas que se accede exclusi-vamente por el mérito y losservicios personales-, sonmuchas las Órdenes quehan incluido en sus estatu-tos y ordenanzas una con-cesión de nobleza expresao un reconocimiento de no-bleza genérico. Recorde-mos, entre las que siguensiendo de Estado, las Ór-denes pontificias de la Espuelade Oro y de Pío IX, aunque ya noson nobilitantes; y, entre las queya no son de Estado hoy en día,algunas Órdenes rusas (San An-drés, San Alejandro Nevski, SanWladimiro, Santa Ana), o la Or-den portuguesa de Nuestra Se-ñora de Vila Viçosa(1). Pero noson las únicas, pues el carácterde nobilitante se repitió en otras.

Es también el caso de al-gunas Órdenes del Reino de Es-paña, unas nacidas durante elMedievo -la Insigne Orden delToisón de Oro-; otras durante elAntiguo Régimen -la Real y Dis-

tinguida Orden de Carlos III-; y otras creadas en los al-bores del liberalismo y del sistema constitucional -comolas Reales y Militares Órdenes de San Fernando y de

San Hermenegildo, o laReal y Americana Ordende Isabel la Católica-. Creoque es oportuno tratar deellas, y de sus respectivascircunstancias nobilitantes,a cuyo efecto me he pro-puesto ofrecer ahora algu-nas consideraciones y co-mentarios, sin más ánimoque el de ilustrar a los inte-resados en una materiaque ofrece algunos puntososcuros, y otros delicados.

La Insigne Orden delToisón de Oro, creada enBrujas en 1430 con oca-sión de sus bodas por Feli-pe III el Bueno, Duque deBorgoña y Conde de Flan-des -un vástago de la granCasa de Francia-, con elpropósito de consolidar supreeminencia política -so-bre todo frente a la Coronafrancesa- como uno de loscuatro grandes duques deOccidente, fomentar la leal-tad de la nobleza -cuyo so-metimiento se disimuló enmedio de un ceremonialextraordinario-, y orientar

sus ánimos hacia la reconquistade los Santos Lugares. Es una delas Órdenes llamadas de collar yde fe, es decir de una única clasede miembros (cincuenta y uno,contando el del Jefe y Soberano),y quedó unida a la MonarquíaUniversal española a partir delreinado de Felipe I el Hermoso, omás bien durante el de su hijo elCésar Carlos (que celebró un fas-tuoso capítulo en la catedral deBarcelona en 1519)(2).

Las Constituciones, ordenanzaso estatutos fundacionales, en nú-mero de sesenta y seis artículos,fueron promulgadas en Lille el 27

La Insigne Orden del Toisón de Oro, establecida por el Duquede Borgoña en 1430, y heredada por los Reyes de España

desde 1506, se convirtió desde entonces en la más importantede toda la Cristiandad. Arriba, uno de sus fastuosos capítulos,

y debajo su célebre collar.

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de noviembre de 1431, y nohan sido apenas modificadasdesde su fundación, hace yacasi seiscientos años. En elcapítulo I (declarado inmuta-ble), el Duque Felipe estable-ció y ordenó que la Ordenconstase de treinta y un caba-lleros, todos ellos nobles denombre y armas, en los que nose halle cosa alguna reprensi-ble. Desde entonces acá, asíse ha venido considerando, detal modo que aunque un noto-rio plebeyo tuviese ingreso enla Amigable Compañía -y nohan sido pocos, sobre todo apartir del siglo XIX-, por tal he-cho él, sus ascendientes y susdescendientes, quedaban con-siderados como nobles desangre ab origine -y no comopecheros ennoblecidos-.

Notemos, para valorarbien lo que significa cuanto an-tecede, que en la etiqueta dela Corte española, inmediata-mente por debajo de las Gran-dezas de España y de los Títu-los del Reino quedaban loscincuenta collares de la Insigne Ordendel Toisón de Oro: por lo que cualquierade los personajes condecorados coneste preciado collar quedaba propia-mente integrado en la más encumbra-da Nobleza hispana.

La Real y Muy Distinguida Or-den Española de Carlos III, estableci-da por el gran monarca de este mismonombre en 1771, representó una ciertanovedad en el panorama premial de laspostrimerías del Antiguo Régimen: fueOrden con exigencia de pruebas nobi-liarias severas, según sus Estatutos, ydesde luego distribuida ampliamente ala más conspicua nobleza española,pero tenía de facto un carácter másabierto a las nuevas clases emergentesde la población: la alta burguesía y los comerciantes degrueso giro, casi todos ellos procedentes de la noblezaprovincial y de la hidalguía rural.

En sus Estatutos, fundacionales, artículo 36,dispuso el monarca fundador que las pruebas de los ca-balleros de las tres clases, grandes cruces, pensionis-tas y supernumerarios, consistirán en hacer constar lavida arreglada y buenas costumbres del interesado; sulegitimidad, cristiandad y limpieza de sangre y oficios; yde sus padres, abuelos y bisabuelos paternos y mater-nos; y la nobleza de sangre y no de privilegio del

pretendiente, su padre yabuelo paterno y del abuelomaterno, a uso y fuero deEspaña. Esta disposición semantuvo sin novedad al me-nos hasta 1847.

Pero notemos que sólocon la reforma de las Órde-nes de Estado españolas porel ministro Pacheco (real de-creto de 26 de julio de 1847,en su artículo 19) se suprimióla condición y la exigencia delas pruebas nobiliarias para elingreso en esas Órdenes, porlo que todos los que a esta deCarlos III han pertenecido conanterioridad -se conserven ono sus pruebas- deben serconsiderados como tales. Deesto no parece haber lugar aduda. Pero )y los creados conposterioridad? Este es ya unterreno más dudoso, toda vezque nada hay legislado: aun-que por deducción indirectayo considero que también,habida cuenta de que seríaun concepto absurdo el deconsiderar que los caballeros

de Carlos III no son nobles después de1847, al tiempo que sí lo serían los delas Órdenes de Isabel la Católica, SanFernando y San Hermenegildo, queson más modernas y de menor rangojerárquico, cortesano y premial. De es-te modo indirecto, resulta que todoslos condecorados con la que es, dehecho, la primera de las Órdenes deEstado españolas, han sido considera-dos por la Corona como nobles desangre -no como ennoblecidos-. Estono parece que pueda dar lugar a du-das, toda vez que si consideramos,con justicia, que un privilegio de caba-llerato dado por el Rey Católico en lacampaña de Granada, por ejemplo, esun acto positivo de nobleza, habremos

de ser ecuánimes, considerando igualmente como unaprueba nobiliaria la concesión por los monarcas espa-ñoles de los siglos XIX y XX, de una cédula de caballe-ro o comendador o gran cruz de esta Orden de CarlosIII. Al final he de volver sobre este asunto, que me pare-ce importante.

La Real y Militar Orden de San Fernando fuefundada por la Regencia de España e Indias en 31 deagosto de 1811, precisamente a iniciativa de las Cortesde Cádiz, durante la ausencia y cautividad de Don Fer-nando VII, como el primer premio general al valor mili-

La Real y Distinguida Orden Española de Carlos III, cre-ada en 1771 y hoy en día la más importante de las con-

decoraciones de Estado, tuvo un carácter netamentenobiliario al menos hasta 1847 -y probablemente aún

mucho tiempo después-.

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tar, pero también como la primera con-decoración de mérito, es decir demo-crática, puesto que estaba abierta a to-do aquel que lo mereciese, sin atendera razones de nobleza y cuna, ni degraduación, en una España entoncesarrasada y sacudida hasta sus cimien-tos por la invasión napoleónica. Duran-te los dos siglos siguientes, la Ordenadquirió un extraordinario prestigio,fundado ante todo en el respeto a lasestrictas y costosas condiciones parasu obtención, atentas siempre a la co-rrecta apreciación del valor en gradoheroico o muy distinguido. Ciertamen-te, el establecimiento de la Orden Na-cional de San Fernando, en 1811, mar-có la frontera histórica entre el sistemade recompensas del Antiguo Régimen,y el del Sistema Constitucional.

Y es que hubo un interesanteaspecto de esta Real y Militar Orden,que es el de la concesión de la noble-za, aneja a las cruces de la misma. Eseste un asunto que, desde antiguo, hapreocupado a los estudiosos de la Or-den(3), y también a los agraciados y asus descendientes, muchos de ellosinteresados en acreditar su hidalguía ynobleza de sangre en diversas Órde-nes Militares y Corporaciones nobilia-rias(4).

Para justificar esa concesiónde nobleza aneja a las cruces de estaOrden, se han invocado tradicional-mente los artículos 24 y 26 del primerReglamento, el de 1811. Así, en el artí-culo 26 se especifica que

A todos los expresados en los artículosanteriores que no fueren nobles y exe-cutaren seis acciones distinguidas ycalificadas como se manda en este de-creto, se concede la nobleza heredita-ria. Además podrán poner una Coronade laurel en la portada de sus casas,en la de sus Padres, y en el escudo desus armas.

Según aquella normativa, lanobleza personal se concedía a lossargentos después de la cuarta accióndistinguida -con la segunda ya gana-ban la cruz laureada-; y la nobleza he-reditaria a todos los caballeros de la Orden que hubie-sen realizado seis acciones distinguidas, junto con elprivilegio heráldico que expresa ese artículo 26. La vo-luntad del legislador era inequívoca: de esta merced seocuparon las Cortes gaditanas en su sesión de 19 deagosto de 1811, especificándose que esa sexta accióndistinguida llevaba aneja a la cruz laureada el goce de

nobleza personal y hereditaria...(5)

Pero es bien conocido que eseprimer Reglamento quedó derogadoformalmente en su integridad en1815, cuando el Rey promulgó casiseguidos el segundo y el tercero, ypor lo tanto lo dispuesto en sus artí-culos pudo quedar sin efecto desdeentonces. Bien es verdad que, tam-bién de una manera tradicional peromeramente consuetudinaria, las Órde-nes y Corporaciones nobiliarias espa-ñolas han recibido en su seno a loslaureados -sólo a los caballeros laure-ados-, o a sus descendientes, sincuestionar excesivamente su condi-ción nobiliaria -aunque no siempre: elingreso del laureado teniente generalOrozco Massieu en la Orden de San-tiago, hace muy pocos años, sufrió al-gunos retrasos y contradicciones,hasta que la decidida intervención delRey removió los obstáculos que al he-roico general ponían algunos mente-catos-.

La solución definitiva nos la dael hallazgo de un importante texto le-gal, hasta ahora desconocido de loshistoriadores y estudiosos de la Realy Militar Orden de San Fernando, qui-zá porque ha pasado inadvertido alformar parte del corpus normativo deotra de las más importantes Órdenesciviles del Reino de España, la Real yAmericana Orden de Isabel la Católi-ca. Ese importante texto legal, quefue promulgado por cierto muy pocassemanas después de que se publica-ra el segundo Reglamento de la Or-den de San Fernando (19 de enero de1815), dice textualmente en su artícu-lo 9(6), al referirse a las condiciones deingreso, lo que sigue:

Bien entendido que según el espíritude esta institución, no se hará apreciode otras calidades por parte de loscandidatos, que de los méritos perso-nales y de las expresadas en los artí-culos 51, 61 y 11, pues como losamericanos, del mismo modo que loseuropeos, tienen derecho a [ingresaren] las Órdenes Militares que piden

nobleza, y pueden hacerlas los que quieran, no se exi-gen en esta Orden [de Isabel la Católica] por extender-la a todos los que la merezcan, como sucede en lasde S. Fernando y S. Hermenegildo.

Queda así aclarado que las cruces de San Fer-nando, todas ellas y de cualquiera de sus cinco clases -hoy reducidas a dos-, llevaron aneja -y quizá aún lle-

La Real y Militar Orden de San Fer-nando, establecida en 1811 como su-prema recompensa la valor en cam-

paña, tuvo desde sus mismosorígenes un carácter nobilitante, quede facto se ha mantenido hasta nues-tros días. De arriba a abajo: la placade la gran cruz laureada, la cruz lau-reada, y el manto usado efímeramen-te por sus caballeros durante el Trie-

nio Constitucional de 1820-1823

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van- una expresa concesiónde nobleza.

Pasemos, siguiendo elorden cronológico de sus res-pectiva creación, a tratar de laReal y Americana Orden deIsabel la Católica, fundadapor el mismo Don FernandoVII en 24 de marzo de 1815,para premiar los méritos y ser-vicios prestados por america-nos y españoles en pro de laconservación y pacificación delos territorios ultramarinos, en-tonces en plena efervescenciaseparatista. Sobre la noblezade los agraciados con las cru-ces de la Real Orden de Isa-bel la Católica ya he tratadopor menor en otra ocasión(7),estudiando el artículo séptimode sus estatutos fundaciona-les, que dice así:

A la gracia de cruz de esta Or-den acompañará, como inhe-rente a ella, la nobleza perso-nal en favor del que no lagozare.

Notemos que, segúndictamen del Ministerio deAsuntos Exteriores, en que radicala Cancillería de esta Orden, co-municado a este mismo autor me-diante oficio de 27 de mayo de1996, esos Estatutos fundaciona-les de la Real Orden de Isabel laCatólica, de 1814, continúan te-niendo plena vigencia en lo relati-vo a la concesión de la nobleza atodos los agraciados con crucesde aquella Orden, y por ende tam-bién sigue en vigor la referencia oremisión respectiva a las Órdenesde San Fernando y de San Her-menegildo. Y así se compruebamediante la lectura de los vigentesEstatutos de la Orden de Isabel laCatólica -cuya sabia redacción nohubiera sido capaz de mejorar el autor de estas pági-nas-, aprobados por real decreto de 6 de noviembre de1998, y en cuya disposición derogatoria única se abro-gan los reales decretos de 25 de octubre de 1900, 16de marzo de 1903 y 15 de abril de 1907, los decretosde 10 de octubre de 1931, 12 de agosto de 1932, 14 deoctubre de 1932, 4 de diciembre de 1934, 8 de enero y8 de agosto de 1935, 29 de septiembre de 1938, 11 deseptiembre de 1953 y 5 de junio de 1971, así comocualesquiera normas de igual o inferior rango que seopongan a lo dispuesto en el presente Real Decreto. Es

decir: que el real decreto fun-dacional de 1814 permaneceen vigor en cuanto a la conce-sión de la nobleza personal.

Por último, digamos dela Real y Militar Orden deSan Hermenegildo, creadapor el Rey Fernando VII el 28de noviembre de 1814 comoel premio a la constancia en elservicio militar. Ya he dichoantes, al tratar de la de SanFernando, que ninguna normareglamentaria de esta Ordense refiere a la concesión de lanobleza a sus miembros; perotambién he dicho que esaconcesión se materializó efec-tivamente en el artículo 9 delos Estatutos fundacionales dela Real y Americana Orden deIsabel la Católica (1816)(8), aldisponer que en ella no se re-quería la nobleza de sangrepara el ingreso por extenderlaa todos los que la merezcan,como sucede en las de SanFernando y San Hermenegil-do.

En conclusión, el asun-to que nos ocupa, que tanto hadado que hablar a los tratadistasde las distintas Órdenes de Esta-do españolas, queda pues resuel-ta de un modo tan claro como sa-tisfactorio: los caballeros de laInsigne Orden del Toisón de Orohan venido siendo consideradospor la Corona como nobles desangre, todos ellos y sin distinciónde cuna; mientras que los de laReal y Distinguida Orden de Car-los III, la Real y Militar Orden deSan Fernando, la Real y America-na Orden de Isabel la Católica, yla Real y Militar Orden de SanHermenegildo, han gozado y qui-zá gozan de la nobleza personal

cuando menos, por expresa concesión regia -y, en cier-tos casos, como el de los caballeros laureados de la deSan Fernando, de la nobleza hereditaria-.

Cuanto antecede, si aún tuviera vigencia legal,constituiría hoy en día uno de los cuatro únicos modosde adquisición de nueva nobleza en España -junto alotorgamiento por S.M. el Rey de un Título de nueva cre-ación; la obtención y ejercicio durante veinte años deuna cátedra universitaria; o la obtención de un título dedoctor por las Universidades de Salamanca, Valladolid,Bolonia y Complutense(9)-. De lo que no hay duda, por-

La Real y Americana Orden de Isabel la Católica fuecreada en 1814 con una expresa condición nobilitante,que se ha mantenido al parecer hasta nuestros días.

Arriba, un comendador luciendo el manto capitular de laOrden; debajo, la insignia de tal encomienda.

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que la Majestad reinante nosha dado pruebas de ellos, esde que se mantienen en todosu vigor las leyes de Partidas,respecto de la segunda, título27, ley sexta, que estableceque:

el Rey puédeles dar onrra defijos dalgo, a los que no lo fue-ren por linaje...

Todo ello, claro está,limitado por las disposicionesde la Constitución de 1978 ypor la Sentencia del TribunalSupremo de 16 de febrero de1988, que establecen que enel Reino de España no haymás Nobleza hoy en día quela titulada que integran losGrandes de España y los Tí-tulos del Reino, y la no titula-da que integran los miembrosdel Real Cuerpo de la Noble-za de Madrid y de las cincoReales Maestranzas de Caba-llería(10). Y, con la ley en lamano, nadie más -pese aquien pese y duela a quienduela-, formamos hoy en díala Nobleza histórica españo-la(11).

Pero antes de poner fin a estaslíneas, permítaseme una breve disquisi-ción sobre el mejor modo de aplicaresas normas atinentes a las Órdenesnacionales a que he hecho alusión, si esque a pesar de lo que tienen declaradola Constitución y el Tribunal Supremo,fuesen de aplicación hoy en día, en elseno de las distintas instituciones nobi-liarias y entidades paranobiliarias(12).

Resulta que a partir del establecimiento de laReal y Militar Orden de San Fernando, y de las Órde-nes coetáneas de Isabel la Católica y de San Hermene-gildo, se produjo un lento pero imparable cambio en elsistema premial español; aunque por otra parte, y con-secuente con el carácter pactado del advenimiento delrégimen constitucional español, ese cambio no será to-tal: muchas de las viejas distinciones -Grandezas, Títu-los, hábitos- se perpetuarán, pero las viejas Órdenessuprimirán una tras otra el requisito de la nobleza desangre -caso de las de Carlos III y San Juan a partir de1847-, o bien dejarán de considerarse condecoracionesde Estado -caso de las cuatro Órdenes Militares hispa-nas, de fundación medieval, extinguidas en 1931-. Y asu lado se irán creando nuevas Órdenes de mérito onacionales, como la de Beneficencia (1856), que fue laprimera condecoración civil de mérito española, abiertaa todas las clases sociales, y por cierto a ambos sexos,

y que además se ganaba tam-bién mediante juicio contradic-torio, como la cruz laureadade San Fernando. Les segui-rán las del Mérito Militar(1864) y Mérito Naval (1866),y ya a comienzos del siglo XX,las de Alfonso XII (1902), Mé-rito Agrícola (1902) y MéritoCivil (1926), junto a la Medalladel Trabajo (1926). Ya des-pués de la Guerra Civil se cre-arán otras bajo el mismo espí-ritu y parecidas normas-Sanidad, Cisneros, San Rai-mundo de Peñafort, MéritoDeportivo-, y después otrasque más bien son meras con-decoraciones -como la del Mé-rito Constitucional-, cuya vi-gencia alcanza a nuestrosdías.

Como jurista, lo repitouna vez más, no estoy segurode que la legislación nobilitan-te que tuvieron algunas Órde-nes de Estado españolas con-tinúe vigente en su integridad.Pero, si así fuera, resulta queantiguamente la concesión por

el Rey de un privilegio de caballería ha-cía noble al recipiendario, y nadie tienedudas de que esto fue así. Entonces,)por qué razón hoy en día, en las institu-ciones nobiliarias y entidades paranobi-liarias, no se viene admitiendo como tala quien acredita haber sido condecora-do con el ingreso en una de las Órde-nes militares o civiles del Reino? Si enun diploma alfonsino o juancarlino se di-ce que un señor fue nombrado caballerode la Orden del Mérito Civil, por ejem-

plo, )entonces por qué razón no se le viene consideran-do ese privilegio de caballería -que no hay duda lo es-como un acto positivo?. Pues si el Rey le ha hecho ca-ballero )por qué no se estima ipso iure su nobleza? Asíse observaba en la Baja Edad Media, y son muchos loscasos que conocemos documentalmente(13).

De todo lo que he expuesto por menor anterior-mente, creo que es posible extraer dos conceptos o ide-as fundamentales:

- Primera, que en el Reino de España la concesióndel collar o de una cruz de cualquier clase de las Re-ales Órdenes del Toisón de Oro, de Carlos III, deSan Fernando, de Isabel la Católica y de San Her-menegildo, presuponía hasta 1836 -y quizá suponeaún hoy en día- la concesión o el reconocimiento,bien de la nobleza de sangre o bien de la noblezapersonal del agraciado, y constituía -y quizá constitu-

La Real y Militar Orden de San Hermenegildo, creadaen 1814 como premio a la constancia militar, tiene ensus estatutos fundacionales la misma condición nobili-tante que la de Isabel la Católica. Arriba, banda y vene-

ra de la gran cruz; debajo, insignia de la placa

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ye- un verdaderoacto positivo denobleza conformea las disposicionesde la Pragmáticade 10 de febrerode 1623, insertaen la NovísimaRecopilación.

- Segunda: que si,ya en el RégimenConstitucional, osea después de1836, el Rey deEspaña ha venidocreando caballerosy damas -y de ahíarriba- de las Ór-denes nacionales,debería quizá esti-marse ipso iure sunobleza personal,en lo relativo a lacalificación de laspruebas nobiliariasque se regulan porla repetida Prag-mática promulgadapor el Rey Don Fe-lipe IV el 10 de fe-brero de 1623.

Y hasta aquílas prometidas brevesconsideraciones so-bre la nobleza desangre o personalaneja a algunas delas Órdenes de Esta-do españolas, y del que -a mi juicio- debería ser el co-rrecto modo de apreciarla y de calificarla por parte delas instituciones nobiliarias y las entidades paranobilia-rias.

N O T A S

1. Sobre todas ellas en general, y sus circunstancias nobilitantes,pueden consultarse la obra colectiva de varios especialistas, reco-pilada por Guy S. SAINTY y Rafal HEYDEL-MANKOO (editores),World Orders of Knighthood & Merit (Londres, 2006, en dos grue-sos tomos). Para las Órdenes pontificias, también la de Pier Felicedegli UBERTI, Ordini cavallereschi e onorificenze (Milán, 1993).

2. Sobre la primera, más antigua y prestigiosísima Orden de la Mo-narquía española puede consultarse Alfonso de CEBALLOS-ES-CALERA Y GILA, Marqués de la FLORESTA, (dir.), La Insigne Or-den del Toisón de Oro (Madrid, Patrimonio Nacional, 1996).

3. Alfonso y Luis de CEBALLOS-ESCALERA GILA, y José LuisISABEL SÁNCHEZ, La Real y Militar Orden de San Fernando (Ma-drid, 2003), capítulo III, págs. 77-79. También el coronel don Ricar-do SERRADOR AÑINO, de grata memoria, en su denso artículo“Condecoraciones militares que imprimen nobleza”, publicado enHidalguía, 181 (noviembre-diciembre 1983), págs. 1017-1048.

4. El reciente establecimiento de la Maestranza de Caballería de

San Fernando, que agru-pa a los caballeros laure-ados y a sus descendien-tes, mu-estra el interésde estos por los aspectosnobiliarios de la Ordensanfernandina.

5. Diario de Sesiones delas Cortes, año 1811,pág. 1658.

6. Colección Legislativa,año 1815, página 622.

7. Alfonso de CEBA-LLOS-ESCALERA GILA,Marqués de la FLORES-TA, “El artículo VII de losEstatutos fundacionalesde la Orden de Isabel laCatólica”, en Hidalguía,193 (1985), págs. 777-784.

8. Sobre esta prestigiosainstitución militar, puedeverse Alfonso de CEBA-LLOS-ESCALERA GILA,Marqués de la FLORES-TA, La Real y Militar Or-den de San Hermenegil-do (Madrid, 2007). Elasunto se trata por menoren el capítulo IV, págs.107-109.

9. Sobre la concesión denobleza en el ámbito uni-versitario, podrá leersepronto, Dios mediante, miestudioClerezia e letradu-ra: el reconocimiento le-gal de la nobleza e hidal-guía de los doctores enCastilla.

10. Sobre el estado ac-tual de la hispánica No-bleza, véase Alfonso de

CEBALLOS-ESCALERA Y GILA, Marqués de la FLORESTA, “Re-flexiones sobre la Nobleza española del Siglo XXI”, en Luis Pala-cios Bañuelos e Ignacio Ruiz Rodríguez (dirs.), La Nobleza en Es-paña. Historia, presente y perspectivas de futuro. Actas del VICurso de Verano Ciudad de Tarazona (Madrid, Universidad ReyJuan Carlos I, 2009), págs. 307-324.

11. El caso del secular privilegio del Antiguo e Ilustre Solar de Teja-da es muy singular por haber sido confirmado por S.M. el Rey, porhaberse publicado en el Boletín Oficial del Estado, y por aparecerincluido en la Guía Oficial de Grandezas de España y Títulos delReino, que publica el Ministerio de Justicia. Pero no parece que setrate de un privilegio propiamente nobiliario -al menos para los divi-seros por línea femenina-, y sí heráldico, aunque también produceun peculiar ius nomen, al ser sus poseedores los únicos que en Es-paña pueden hoy en día titularse legalmente y con toda propiedadcaballeros hijosdalgo.

12. Véase a estos mismos efectos el interesante artículo del difuntoMarqués de VILLARREAL DE ÁLAVA titulado “Contribución al estu-dio de los actos positivos de Nobleza, y a la valoración correcta yobjetiva de los mismos”, en Estudios del XXV Aniversario del Insti-tuto Internacional de Genealogía y Heráldica (Madrid, 1979).

13. Alfonso de CEBALLOS-ESCALERA GILA, Marqués de la FLO-RESTA, La Orden y Divisa de la Banda Real de Castilla (Madrid,1993).

Oficio del Ministerio de Asuntos Exteriores, donde radica la Cancillería de laOrden de Isabel la Católica, confirmando la vigencia del artículo VII de sus

Estatutos fundacionales, y por ende la de llevar aneja sus cruces la noblezapersonal. Expedido en 1996, a instancias del autor.

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [14]

La Iglesia Cristiana primitiva surge y nace en tornoa la predicación de la Palabra y a la fracción del Pan. Talvez el texto litúrgico más primitivo sea el comprendido entrelos versículos 23 a 29 del capítulo XI, de la Primera Cartade San Pablo a los Corintios. Pero esenúcleo inicial crece y se desarrolla, enlas diversas Iglesias particulares, demodo escasamente uniforme, nacien-do así las distintas liturgias que se vandistanciando más y más en el tiempo,lo que explica las diferencias litúrgicasentre la Iglesia Greco-Oriental y la La-tina-Occidental, y la Africana, que sonlos tres núcleos esenciales, así comolas diversas maneras de vivir los ritos,dentro de cada uno de estos tres gran-des grupos, de las Iglesias particula-res, sin que falten influencias más omenos acusadas entre unas y otras.De este modo se consolidan, ya sobrelos siglos IV y V, las liturgias naciona-les, terminando, en Occidente, por pre-dominar la de Roma. Pero cada litur-gia nacional se acomoda a laidiosincrasia del Pueblo de Dios al queestá dirigida, y a su vez la liturgia influ-ye en el carácter de ese mismo Pue-blo, en su espiritualidad y valores morales y patrios.

De este modo nace el Rito Hispano, cono-cido como Hispano-Visigótico e Isidoriano y, finalmente, co-mo Mozárabe o como Hispano-Mozárabe, que había llega-do a su madurez, en lo esencial, gracias a las aportacionesde los grandes Padres de la Iglesia de España, antes delsiglo VII. Pero este rito, más tarde, al sufrir la invasión mu-sulmana del 711, adquirió el derecho a ser denominado elrito heroico de la Cristiandad Occidental. El acento dolientede no pocas oraciones e himnos posteriores a la invasión,nos revelan un ambiente ocasional de persecución. Peroeste breve trabajo de divulgación no versa sobre este Ritoy Liturgia ancestral, sino sobre la Comunidad toledana queconserva esta tradición española y ecuménica e, indisolu-blemente unida a ella, la transmite al futuro desde hacemás de mil años, comunidad especialmente significada porsu fidelidad doctrinal y sumisión al Sumo Pontífice y por suconstante lealtad a sus Prelados.

No está de más recordar que, como es sabido, seconoció y conoce como Mozárabes (de Moçtareb = Arabi-zados), a los cristianos, de origen hispano-romano o hispa-no-visigodo, que quedaron bajo la dominación musulmanaen España, aunque se arabizaron culturalmente pero sinmestizarse, y continuaron rigiéndose por las leyes de losvisigodos y conservando celosamente su fe cristiana, en laque se fortalecían con su ancestral liturgia hispana o Isido-

riana, que por ellos se denominó más tarde Mozárabe, me-reciendo ser llamados, entonces y siempre, Testigos deCristo, manteniendo en Toledo abiertas sus iglesias. LosMozárabes toledanos (notablemente incrementado su nú-

mero por las numerosas familias deeste origen que se refugiaron en Tole-do de las persecuciones de los Almo-rávides y, sobre todo, de las más viru-lentas de los Almohades), al no haberestado Toledo ni las Taifas del sur, so-metidos al Rey de Castilla en el 1080,cuando en el llamado Concilio de Bur-gos se abolió el rito nacional y se im-puso el Romano y -esencialmente- portratarse de un derecho personal, lo si-guieron conservando en las seis pa-rroquias que se habían mantenidoabiertas bajo los árabes. Y quedaronellos mismos, así como sus descen-dientes -fuese por línea de varón o dehembra, y fuese cualquiera su vecin-dad-, adscritos por linaje, como feligre-ses personales, a las parroquias deeste rito de sus antepasados, a lasque mantenían con sus diezmos. Conla reconquista de Toledo (1095) y lacontinuidad del rito ancestral en las

antiguas parroquias y la adscripción de las familias mozára-bes a las mismas, nace de este modo, la única comunidadeclesial por derecho de sangre del Occidente cristiano,consolidada por la concesión, por el Rey reconquistador deToledo, del Fuero Mozárabe o Charta Firmitatis, en XIV ka-lendas de abril de la Era 1130 (19 de marzo de 1101), dirigi-do ad totos mozárabes de Toleto, concediéndoles diversosprivilegios y entre ellos el de seguir rigiéndose por las leyesvisigodas, el más tarde llamado Fuero Judgo, así como elde poder ingresar en el Estamento de Caballeros. EsteFuero (cuyo noveno centenario se celebró el pasado 2001en Toledo), fue confirmado por los Reyes de Castilla entrelos años de 1117 y 1434, siendo de destacar los privilegiosrodados de Alfonso X el Sabio y de Sancho IV el Bravo,que al referirse a los mozárabes toledanos concretan, en elcastellano de entonces, a los que armaron Caballeros losdel mi linaje. Y por los de España, desde Isabel I en el año1480, hasta Fernando VII en el de 1815. Son en total, 26Fueros, Privilegios y Cédulas Reales, aunque si bien lasconfirmaciones medievales siguen la usual fórmula, hastala última medieval, en 1434, la de Juan II, dice vimos unprivilegio, del rey, que santa gloria haya, etc. etc. Sin em-bargo, a partir de la confirmación de los Reyes Católicos,en 1480, la fórmula cambia y justifican el otorgamiento deestos privilegios y de sus confirmaciones, por ellos y suspredecesores, por la muy grande devoción que tuvieron alas dichas Yglesias e Oficio mozárabe. Es esta Ilustre Co-

Escudo de armas de la IlustreComunidad Mozárabe de Toledo

DE RE NOBILIARIA

L A I L U S T R E C O M U N I D A D M O Z Á R A B E D E T O L E D O :L A N O B L E Z A H E R E D I TA R I A D E S U S FA M I L I A S

por D. José Antonio Dávila García-Miranda, Abogado, Caballero Mozárabey Numerario de la Real Academia Matritense de Heráldica y Genelaogía

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [15]

munidad, por tanto, elúnico Cuerpo genea-lógico-nobiliario espa-ñol que puede docu-mentar su origenhasta el siglo XI, sien-do todos sus miem-bros beneficiarios ydestinatarios actualesde estos privilegios yposteriores reconoci-mientos regios, si biende haber sido en laEdad Media un grupoprivilegiado étnico-po-lítico-cultural-cultual,ha pasado a ser, en laEdad Moderna y hoyen día, una comuni-dad eclesial histórico-litúrgica de la IglesiaCatólica, así mismopor derecho familiar o ius sanguinis, igualmente privilegia-da.

Estas parroquias mozárabes toledanas, eran lasde las Santas Justa y Rufina, Santa Eulalia, San Marcos,San Sebastián, San Lucas y San Torcuato, hoy reducidas alas dos subsistentes de Santas Justa y Rufina, con sus fi-liales, de San Lucas y San Sebastián (cuyos tres templosse conservan), y de Santa Eulalia, con sus filiales de SanMarcos y San Torcuato (conservándose solamente la igle-sia de Santa Eulalia, de gran antigüedad y mérito, pero de-nominada parroquia de Santa Eulalia y San Marcos). A estarealidad, y estrechamente vinculadas con ella, se han su-mado, en la edad moderna, dentro de la Iglesia diocesana,diversas entidades, cada una -al igual que las referidas dosparroquias gentilicias-, con plena independencia, personali-dad canónica y por tanto legal, y entre ellas, la fundacióndel Cardenal Cisneros, por el año 1500, en la Catedral Pri-mada, de la Capilla Mozárabe del Santísimo Corpus Chris-ti, y la llamada Hermandad Mozárabe, que es la antiguaCofradía-Esclavitud de Nuestra Señora de la Esperanza,de San Lucas, cuyo origen se remonta al 9 de mayo de1513, y antes a la conocida tradición de Diego de la Salvey al milagro sabatino del año 1490 en dicha antigua parro-quia de este rito; Hermandad de la que era y es, desde el20 de septiembre de 1867, Protector el ExcelentísimoAyuntamiento de Toledo, así como de toda la mozarabíatoledana, orgánica y personal, es Patrono y Cabeza natu-ral, el Sr. Arzobispo Primado. La expresada cofradía maria-na fue refundada en 15 de junio de 1966 como Ilustre y An-tiquísima Hermandad de Caballeros y Damas Mozárabesde Toledo, y adoptó como símbolo propio la Cruz Tricúspi-de Mozárabe, llamada de Alfonso VI, agrupando, por supropio derecho, a los mozárabes de linaje y consortes quelo deseen, pudiendo recibir como miembros o hermanoshonorarios, a personalidades vinculadas con nuestra ciu-dad, con la liturgia antigua hispana o con la realidad mozá-rabe toledana, pero sin derecho a voto ni a ser elegidospara cargos de gobierno de la Hermandad -a los que solopor cortesía de les denomina mozárabes, aunque se bene-ficien, como los que ingresan por su linaje, de las graciasespirituales de la antigua Cofradía Esclavitud-. Lógicamen-

te, los miembros ho-norarios de la Her-mandad no son bene-ficiarios nidestinatarios de losprivilegios regios refe-ridos.

Así pues, la Ilus-tre Comunidad Mozá-rabe de Toledo, desdeel punto de vista so-cial, se constituía y seconstituye sólo por lasfamilias católicas deeste rito y jurisdiccióntoledana, por su lina-je, sea este por líneade varón o de hem-bra, en jurisdicciónpersonal, indepen-dientemente de suvecindad, reconocien-

do diversos documentos de la Iglesia diocesana y de laSanta Sede (la bula del Papa Julio III de 9 de marzo de1553 y antes la Sentencia de la Sacra Rota Romana de1551), el carácter personal y hereditario de la condición ycalidad de feligreses de una de estas parroquias gentiliciassubsistentes y la pervivencia del rito ancestral en ellas. Lacondición y calidad de feligreses de una de las dos parro-quias mozárabes citadas, exige que estén debidamenteinscritos, por linaje, en sus respectivas Matrículas Parro-quiales y por tanto, en el común Padrón de las Nobles Fa-milias de Caballeros y Damas Mozárabes de Toledo. Portanto los únicos y solos sujetos y beneficiarios de los privi-legios honoríficos y nobiliarios otorgados a sus antecesorespor los Reyes de Castilla y de España, comenzando por elcitado Fuero de Alfonso VI, del 1101, y siguiendo por susnumerosas confirmaciones regias, son los mozárabes de li-naje, sea cual fuere su línea genealógica, así como susconsortes canónicos, preceptivamente inscritos en una delas matrículas parroquiales, independientemente de su ve-cindad, incluso aunque residieran fuera de España, comoconsta en diversas matriculas parroquiales en las que apa-recen parroquianos de otros lugares de España, siendo dedestacar, entre otras, una Matrícula de las parroquias mo-zárabes toledanas del año 1751, que se conserva en la Bi-blioteca Nacional (colección Burriel, ms. 13.034), en la quese censan feligreses mozárabes de estas parroquias, nosolo de fuera de Toledo y del Arzobispado, sino incluso defuera de la Península -vecinos de Nápoles, de Lisboa y deLima-, considerándose, canónicamente, esta jurisdicciónparroquial personal, cumulativa con la de la parroquia latinaterritorial de su domicilio para los mozárabes de fuera de laCiudad Imperial.

Esta Comunidad no era apenas conocida y consi-derada por el mundo genealógico-nobiliario, debido funda-mentalmente a su completa dependencia eclesial y a la ca-rencia de representación seglar propia y privativa, y esto apesar de constar numerosos datos históricos de la mismaen los archivos, y de las ejecutorias de hidalguía ganadaspor ser el litigante caballero mozárabe de Toledo, en deter-minada parroquia (por ejemplo: Real Chancillería de Gra-

El estandarte de la Ilustre Comunidad Mozárabe de Toledodurante la Profesión del Corpus Christi

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nada, real carta ejecutoriade hidalguía ganada en 14de junio de 1659 por donGabriel Romero Mozárabe,y reales provisiones a susdescendientes), actos positi-vos reconocidos por el mis-mo motivo, incluso en lasÓrdenes Militares, en Esta-tutos de Nobleza, en empa-dronamientos municipales yen obras especializadas,(así, los padrones de la villade Vargas, año 1737; lasRelaciones de Felipe II,1575, villa de Orgaz, pre-gunta 40; en los Linajes No-bles de España, ms. de Mi-guel de Salazar en laBiblioteca Nacional, en la re-lación de hidalgos de Tole-do, año 1579, página 64; laNobleza del Andalucía, de Argote de Molina, 1588, capítuloXXXVI; la Certificación de genealogía, nobleza y armas,dada en 1719 por don José Alfonso de Guerra y Villegas,rey de armas principal, universal y más antiguo de Don Fe-lipe V; el Archivo de la Alhambra, granadina, donde seacredita la hidalguía para ser alcaide de la Puerta de Baja-lauza, en 1736, por ser el aspirante Caballo Mozárabe deToledo,; etcétera) así como las confirmaciones de sus privi-legios por los Reyes, que se dirigen siempre a las Noblesfamilias de Caballeros Mozárabes de Toledo. Otorgadas apetición del alcalde Mayo de los Mozárabes, en el régimenmunicipal toledano medieval y desde la de los Reyes Cató-licos, solicitadas a los diversos Monarcas, a favor de susfeligreses, por la Congregación de Curas y BeneficiadosMozárabes, adscrita a la Capilla de esta liturgia de la Cate-dral, que a ese efecto se consideraban partes formales, osea con legitimación procesal para solicitarlo, ya que conlos diezmos de sus parroquianos se sostenían estos sacer-dotes y las parroquias de su rito. Pero, consecuentementeel conjunto de estas familias, en sí carecían de representa-ción propia, de protagonismo social y de resonancia nobi-liaria, lo que se echa especialmente de menos a partir de lallamada confusión de Estados (que se fecha en 1836-1837)y de la abolición de los obligatorios diezmos parroquiales(1841). Pero modernamente, gracias a restaurarse, en1966, como se ha dicho, esa antiquísima Cofradía-Esclavi-tud, como Hermandad de las Nobles Familias Mozárabesde Toledo, con su Hermano Mayor y su Junta Directiva oCabildo, integrado por sus curas párrocos y capellanes,juntamente con seglares prestigiosos de linaje mozárabe,existe por vez primera, un organismo que rige no solo laHermandad sino que además representa, a lo menos mo-ralmente, al conjunto de realidades mozárabes toledanas ya la misma Ilustre Comunidad Mozárabe de Toledo, en susaspectos humano y orgánico. Revitalizándose e incremen-tándose desde 1966, con estudios históricos y genealógi-cos especialmente, esta milenaria Comunidad familiar, hoyintegrada por casi 2.000 familias, por su linaje, de este rito,calidad y jurisdicción eclesial. Y así ha cambiado sustan-cialmente esa situación desde mediado el pasado siglo XX.Sobre el particular fue recibido con gran interés un estudio

pionero, obra del que sus-cribe, aparecido en la revis-ta HIDALGUÍA nº 75, demarzo-abril de 1966, que setituló Nobleza e Hidalguíade las Familias Mozárabesde Toledo. Además, desde1968, y con el fin de dar aconocer sus actividades,documentos y genealogías,edita y sufraga la Herman-dad, un boletín informativoy cultural, CRÓNICA MO-ZÁRABE, del que han apa-recido hasta ahora 76 nú-meros, publicación que seintitula y lo es efectivamen-te Boletín Informativo de laIlustre Comunidad Mozára-be de Toledo.

Se ha de resaltar que en-julio del pasado año 2007 le fue concedida a esta Comuni-dad uno de los premios de la Real Fundación de Toledo,por recuperar y mantener hasta nuestros días el rito y lastradiciones mozárabes que se han conservado exclusiva-mente en la Ciudad de Toledo de forma ininterrumpida des-de la dominación islámica.

Finalmente, es muy importante, aunque sea gene-ralmente sabido, resaltar la trascendencia ecuménica denuestra Comunidad, ya que la liturgia mozárabe, antiguaHispana o Hispano-Visigótica, -liturgia católica, latina y oc-cidental-, creció y se perfeccionó mucho antes de las gra-des divisiones del Cristianismo, de modo que recoge y re-memora una tradición común. Y que la pervivencia hastahoy de nuestra milenaria Comunidad, la hace testigo vivode que hubo un tiempo en el que en Toledo, convivieron enpaz, mutua armonía y tolerancia, musulmanes, judíos ycristianos, fueran estos de rito mozárabe o latino, fructifi-cando esta convivencia, años mas tarde, en la llamada Es-cuela de Traductores de Toledo, en los siglos XII y XIII. Es-píritu Ecuménico que produjo y se refleja claramente en suOración ecuménica, que sigue, mosaico de textos bíblicosa la que otorgó el Imprimatur el Cardenal González Martínen 25 de noviembre de 1973. así como su asistencia a nu-merosos actos ecuménicos e inter-eclesiales.

ORACIÓN ECUMÉNICA

DE LA ILUSTRE COMUNIDAD MOZÁRABE DE TOLEDO

Dios Eterno, Clemente y Compasivo,

Padre Omnipotente de todos los hombres,

que elegiste a Abraham, nuestro Padre en la Fe,

y bendijiste en él, a todas las Naciones de la tierra.

Haz que los que en Tí creemos,

vivamos en Paz, Caridad y Justicia,

revestidos de entrañas de Misericordia,

mientras llega el día de la plenitud,

en el que todos, desde el Oriente al Ocaso del sol,

marchemos por Tus senderos, siempre en Tu Nombre,

aunque todavía caminemos hacia Ti, fatigosamente,

por las antiguas sendas, en pos de nuestros pensamientos.

Procesión del Corpus en Toledo:presidencia del paso de la Ilustre Comunidad Mozárabe

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [17]

De antiguo me han llamado la atención las Ór-denes caballerescas “reinventadas” o refundadas so-bre bases historicistas o juridicistas; sobre todo me lahan llamado aquellas Órde-nes que, nacidas falsas o almenos con escasa legitimidadjurídica o histórica, han llega-do a alcanzar un cierto reco-nocimiento oficial, o un ciertoprestigio social. Me refiero,por ejemplo, a la Orden delToisón de Oro austriaca, crea-da en 1712 a imitación de laverdadera, perteneciente a laCorona española, pero quecon el tiempo ha alcanzado aigualarla en rango premial,prestigio y respeto; a la llama-da Orden Constantiniana es-pañola, creada en 1960 por elInfante Don Alfonso para imi-tar a la verdadera Sacra y Mi-litar Orden Constantiniana deSan Jorge que, encabezadapor el Jefe de la Real Casa deBorbón de las Dos Sicilias,fungía en Italia; o a las llama-das cuatro “Órdenes” españo-las, creadas en 1980 comomeras asociaciones de imitación de las prestigiosasÓrdenes homónimas extinguidas desde 1931. A estasúltimas quiero dedicar hoy algunas consideraciones.

Antecedentes históricos

De las cuatro antiguas Órdenes Militares lla-madas españolas, que fueron las de Santiago, Cala-trava, Alcántara y Montesa, se encuentran abundantesantecedentes y noticias en una amplia bibliografía quecomprende miles de obras (que puede consultarse porejemplo en el Repertorio OOMM Bibliografía de las Ór-denes Militares en la Edad Moderna, mantenido desde2004 por el Seminario Internacional para el estudio delas Órdenes Militares, en http://www.moderna1.ih.csic.es/oomm/), así como en otras varias miles deentradas en la web, cuya consulta es extremadamentefácil. Son hechos y circunstancias generalmente cono-cidos, y por ello, y para evitar una indeseable proliji-dad, no se hará aquí ni siquiera un breve resumen de

su dilatada historia, bastando recordar que se tratabade Órdenes de fundación medieval, absolutamente su-jetas a la Santa Sede (contaban con profesos, religio-

sos y religiosas), y de tradi-ción caballeresca, dedicadascon preferencia a la luchacontra los musulmanes, y cu-yos Maestrazgos quedaronunidos a la Corona de Españapor varias bulas papales data-das entre finales el siglo XV(Calatrava en 1477, Alcántaraen 1492 y Santiago en 1493)y mediados del siglo XVI(Montesa en 1587). Durante laEdad Moderna, concluida lareconquista de España, per-dieron su dedicación militar yse dedicaron a sus funcionesreligiosas, pero adquiriendoun neto carácter nobiliario ypalatino, sirviendo también ala Corona como premio y re-compensa de méritos y servi-cios.

La extinción de las cuatroÓrdenes Militares españolasen 1931

Si bien las cuatro Ór-denes Militares españolas pudieron sobrevivir a loscambios producidos por la transición del Antiguo Régi-men al Sistema Constitucional, durante el siglo XIXfueron perdiendo paulatinamente sus derechos y atri-buciones, hasta quedar reducidas a unas meras enti-dades nobiliarias tuteladas por la Corona.

Pocos días después de la caída de la Monar-quía el 14 de abril de 1931, el Gobierno Provisionalrepublicano, por medio de su decreto de 29 de abril de1931, publicado en la Gaceta de Madrid el dia 30, porel que se suprimían las Órdenes Militares de Santiago,Calatrava, Alcántara y Montesa, declaró extinguidas yabolidas estas cuatro Órdenes Militares españolas. Unsucesivo decreto gubernamental de 6 de agosto de1931 confirmó en todo la abolición y extinción decreta-da por la anterior norma legal, y permitió su reconver-sión en asociaciones civiles al único efecto de admi-nistrar sus bienes -unas asociaciones que, según

DE RE CABALLERESCA

DE LAS CUATRO ÓRDENES MILITARES ESPAÑOLAS,EXTINGUIDAS EN 1931,

Y DE SUS SUCEDÁNEOS ACTUALES

por el Dr. Marqués de La Floresta, de la Academia Melitense

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [18]

declaró el Tribu-nal Supremo enSentencia de 28de noviembre de2008, a la vistade certificacióndel Ministerio delInterior, nunca lle-garon a constituir-se-.

Esos De-cretos no han si-do hasta ahoraderogados, y per-manecen en todosu vigor por partedel Estado espa-ñol, como recogeel Tribunal Supre-mo en su citadaSentencia de 28de noviembre de2008.

Por la parte religiosa, resulta que tras la muer-te del Rey Don Alfonso XIII en febrero de 1941, la San-ta Sede no concedió a sus sucesores la preceptiva bu-la pontificia para que pudiesen ejercer el Maestrazgo yadministración de dichas Órdenes, que no obstantecontinuaron existiendo según el Derecho canónico, entanto que quedaban muchos caballeros vivos -creadosantes de 1931-, que se reunían ocasionalmente en ca-pítulos religiosos a partir de 1939.

Sin embargo, la bula Constat Militarium de 4de febrero de 1980, por la que se erigió la Diócesis deCiudad Real (a partir del preexistente Priorato de lasÓrdenes Militares), confirmó la extinción canónica deaquellas cuatro Órdenes Militares antiguas: illorum ta-men Ordinis Militibus anno MCMXXXI sublatis ob mu-tata rerum adiuncta... Esta bula pontificia no ha sidoderogada ni modificada por ninguna otra de fecha pos-terior, y por ende está en plena vigencia. En este mis-mo sentido, las sucesivas notas de la Santa Sede so-bre las órdenes de Caballería actualmente recon-ocidas, la última datada el 16 de octubre de 2012, enlas cuales no se mencionan nunca estas cuatro Órde-nes Militares españolas extinguidas.

En conclusión, las antiguas cuatro ÓrdenesMilitares de Santiago, Calatrava, Alcántara y Montesa,no tienen existencia legal ni reconocimiento público -nipor parte estatal ni por parte canónica- desde el dia 29de abril de 1931.

La “reinvención” de las nuevas “Órdenes” llama-das de Santiago, Calatrava, Alcántara y Montesaen 1980

Tras la instauración de la Monarquía en el añode 1975, algunos particulares intentaron, tanto cerca

del Gobierno es-pañol como dela Santa Sede,la restauraciónde las cuatro ex-tinguidas Órde-nes Militares es-p a ñ o l a s .Conozco bien elproceso, dirigidopor mi tío abueloel Marqués deLozoya, caballe-ro de Santiagodesde 1917 yentonces presi-dente del RealConsejo de lasÓrdenes Milita-res. Pero estosintentos no tu-vieron éxito, ydichas institucio-

nes no fueron restauradas jamás ni por el Estado nipor la Santa Sede.

No obstante, en 23 de marzo de 1980 esosmismo ciudadanos procedieron a la creación de cuatroasociaciones civiles privadas, que fueron inscritas conlos números 34.736 (Asociación Orden de Santiago),34.737 (Asociación Orden de Calatrava), 34.734 (Aso-ciación Orden de Alcántara) y 34.735 (Asociación Or-den de Montesa) en el Registro General de Asociacio-nes del Ministerio del Interior, conforme a la Ley deAsociaciones entonces vigente.

Dichas asociaciones civiles privadas contarondesde luego con el amparo de la Corona, ingresandoen ellas como socios destacados, y encabezándolas,tanto S.M. el Rey como SS.AA.RR. el Príncipe de As-turias y el Infante Don Carlos.

Sin embargo, el Tribunal Supremo, en su men-cionada Sentencia de 28 de noviembre de 2008, reco-ge expresiones por las se deduce que estas cuatroasociaciones civiles privadas llamadas de Santiago,Calatrava, Alcántara y Montesa, no pueden ser consi-deradas en modo alguno herederas ni sucesoras nicausahabientes de las antiguas cuatro Órdenes Milita-res españolas extinguidas en 1931: entendemos quelas Órdenes Militares de Santiago, Calatrava, Alcánta-ra y Montesa quedaron disueltas en virtud del decretodel Ministerio de la Guerra de 29 de abril de 1931, sinque dichas Órdenes cumplimentasen los trámites exi-gidos por el Decreto de 5 de agosto de 1931 paraconstituirse en asociación de Derecho común y, con-secuentemente, mantener la personalidad jurídica quehasta entonces habían ostentado. Por lo tanto, lascuatro asociaciones civiles privadas creadas en 1980no traen causa de las extinguidas en 1931, ni son sus

Capítulo general de las Órdenes Militarescelebrado en Madrid durante el reinado de Don Alfonso XII

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [19]

herederas o sucesoras, sino queson entidades privadas creadasex-novo.

Cabe también señalarque en España fungen actual-mente otras asociaciones civilesprivadas de nombres semejan-tes; así la Orden de Caballerosde Santiago de la Espada, la Or-den de los Caballeros del Cami-no de Santiago (que hoy tieneuna presencia social muy supe-rior a las que pretenden ser úni-cas herederas de las antiguas yextinguidas), la Orden de Pere-grinos del Camino de Santiago,la Asociación Maestres de la Or-den de Calatrava, o los Caballeros Templarios de San-tiago. Et sic de ceteris. Y todas ellas tienen la mismalegitimidad: la que les otorga la Ley de Asociaciones.

Del carácter y circunstancias de las cuatro asocia-ciones autodenominadas “Órdenes” de Santiago,de Calatrava, de Alcántara y de Montesa

Las cuatro asociaciones civiles privadas auto-denominadas “Órdenes” de Santiago, Calatrava, Al-cántara y Montesa, tienen un carácter exclusivamentecivil, puesto que no son en absoluto una Orden en elpleno sentido religioso del término, ni siquiera una píaasociación de fieles, pero ciertamente tienen tambiénuna marcada vocación religiosa, sujetándose estricta-mente a la doctrina y los mandamientos de la SantaMadre Iglesia. Sus reuniones, que son frecuentes, secentran casi siempre en las celebraciones eucarísticas(que, siguiendo la tradición de las Órdenes católicas,sus socios llaman “capítulos”).

Y es que en todas sus actividades y en todassus apariencias estas asociaciones civiles privadasprocuran imitar fielmente en todo a las cuatro extingui-das Órdenes Militares de Santiago, Calatrava, Alcánta-ra y Montesa; muy en particular en cuanto al uso devestimentas y ropajes, insignias y denominaciones desus cargos de gobierno y de administración. Tambiénlas imitan en cuanto a sus requisitos y apariencias no-biliaristas: en ellas solamente son admitidas como so-cios las personas del género masculino, que ademásacrediten una procedencia familiar nobiliaria. En estose igualan a otras “recreaciones” historicistas que fun-gen en nuestros días, como las “Órdenes” neotempla-rias, que también se adornan de mantos, plumeros,pasamanería e insignias, y cuyos miembros son gene-ralmente calificados de falsarios.

El número de socios (autodenominados “caba-lleros”) con que cuentan estas cuatro asociaciones ci-viles privadas, es en la actualidad de unos doscientoscuarenta (240), aproximadamente. La Orden más nu-merosa en socios es la de Calatrava, y la menos nu-merosa es la de Alcántara.

Y hay que decir además, por-que es de justicia, que esos doscentenares y medios de sociosson, a pesar de su notoria afi-ción al uso de mantos e insig-nias históricas a los que no pa-recen tener ningún derecho,personas de principios, de valo-res morales, y de acreditadacristiandad; aunque en su mayorparte ignorantes de su verdade-ra condición caballeresca, quecomo se ha dicho es legalmenteinexistente.

También es notorio que estascuatro asociaciones civiles pri-vadas gozan de cierto prestigio

social, aunque sea en el reducido ámbito de la Noble-za histórica española, y también en algunas de las vi-llas y poblaciones cuyo señorío feudal ostentaron enlos siglos pasados las cuatro Órdenes Militares extin-guidas, a las que imitan constantemente estas asocia-ciones hodiernas.

Del futuro de estas cuatro asociaciones privadas

El futuro de las cuatro asociaciones civiles pri-vadas, culturales y no lucrativas, fundadas en 1980 yque no obstante se nos autopresentan como las suce-soras y herederas de las antiguas Órdenes Militaresespañolas, extinguidas por el Estado y por la Iglesia,es incierto. Es posible que no pasen nunca de ser lomismo que hoy son, unas meras “recreaciones” histori-cistas de aquellas prestigiosas instituciones con lasque jurídica y e históricamente nada tienen que ver -eneste sentido, a quienes las denostan y tachan de falsi-ficaciones, no les falta razón-. Pero también es posibleque busquen adquirir legitimidad, esto es, volver a te-ner un carácter oficial, tanto estatal como canónico.

Cuanto a lo primero, no parece que ello seafácil, pues si bien no sería imposible que el Gobierno,por ejemplo a través del Ministerio de Defensa, dero-gue el decreto republicano de 1931, ello no supondríaque, de manera automática, las cuatro asociacionesprivadas de que estoy tratando pasasen a constituirautomáticamente las cuatro Órdenes refundadas ofi-cialmente. De ninguna manera: el Estado, en tal caso,refundaría esas cuatro Órdenes “ab initio”. Entre otrascosas, porque el Estado, por imperativo constitucional,no podría reconocer legitimidad a esas cuatro asocia-ciones privadas, y negarla galanamente a las otrasasociaciones privadas que, con el mismo o parecidonombre, y dese luego el mismo derecho, fungen hoyen España. Aún más: el Estado no puede de ningúnmodo dar un carácter oficial a cuatro asociaciones queson declaradamente confesionales (católicas), decla-radamente no igualitarias (pretenden ser nobiliarias yexigen pruebas nobiliarias a sus socios), y declarada-mente sexistas o mejor dicho machistas (en estas cua-

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tro asociaciones lasmujeres simplementeno pueden ingresar).No cabe pensar, enfin, que el Ministeriode Defensa, ponga-mos por caso, refun-de las antiguas Órde-nes, como condeco-raciones militares, yno pueda concederlasa militares que no se-an católicos, que nosean nobles, o que nosean varones. A miparecer, la posibilidadde que el Estado deun carácter oficial aestas cuatro asocia-ciones, es muy remo-to, e incluso seríamuy inconvenientepara su tradición his-tórica y caballeresca.

Otra cosa dis-tinta, y sin duda algu-na la única solución sies que se quieremantener el espíritucatólico, nobiliario yvaronil de las anti-guas cuatro ÓrdenesMilitares, es que seala Santa Sede la quelas refunde y reconoz-ca. Esto es posible,sin duda alguna, por-que en materia de Ór-denes religiosas laSanta Sede tiene ple-na legitimidad y plenacapacidad de obrar.Otra cosa es que elactual Papa Francis-co, de ideas más bien lejanas a la tradición nobiliaria,esté dispuesto a ello.

A modo de conclusiones

En fin, recapitulando: existieron en España, en-tre los siglos XII y XX, cuatro Órdenes Militares nom-bradas de Santiago, de Calatrava, de Alcántara y deMontesa, autorizadas por la Iglesia y protegidas por laCorona española, que tuvieron un papel ciertamenteimportante en la historia y en la sociedad hispana.

Dichas cuatro Órdenes Militares de Santiago,de Calatrava, de Alcántara y de Montesa fueron extin-guidas y abolidas por el Gobierno español mediantelos Decretos de 29 de abril y 6 de agosto de 1931, hoy

en plena vigencia co-mo a efectos civiles hasido recientemente re-conocido por el Tribu-nal Supremo en su tanrepetida Sentencia de28 de noviembre de2008. Por otra parte,dicha abolición y extin-ción fue reconocida yconfirmada por la San-ta Sede mediante labula Constat Milita-rium, de 4 de febrerode 1980.

En 1980 secrearon cuatro asocia-ciones civiles privadasautodenominadas “Ór-denes”, con los mismonombres históricos deSantiago, Calatrava,Alcántara y Montesa,como lo fue años mástarde la asociación“Orden del Camino deSantiago”, y todas fue-ron legalmente inscri-tas en el Registro Na-cional de Asociacionesdel Ministerio del Inte-rior. Dichas asociacio-nes civiles privadas nopueden ser considera-das en modo algunocomo herederas o su-cesoras de las cuatroÓrdenes Militares ex-tinguidas en 1931, se-gún ha reconocido elTribunal Supremo ensu repetida Sentencia,por lo que deben serconsideradas meras

“recreaciones” privadas de las históricas y extinguidashomónimas. No obstante, dichas cuatro asociacionesprivadas, compuestas por unos 240 asociados, gozanpor ahora del amparo expreso de la Corona española,tienen prestigio social en determinados ámbitos, yademás se sujetan voluntariamente al credo y manda-mientos de la Santa Madre Iglesia, obrando pública-mente como personas de bien y de buenos principiosmorales y cristianos. Pero la restauración oficial de lasantiguas cuatro Órdenes Militares no parece que seacosa ni fácil ni tampoco inmediata, ni por parte del Es-tado español (que en todo caso había de desvirtuarcompletamente su tradición institucional), ni por partede la Santa Sede.

Imágenes de dos de las varias asociaciones privadas “recreacionistas”que hoy han tomado el nombre de las extinguidas Órdenes Militares es-pañolas: arriba, una “procesión” de “caballeros” de las autodenominadas“Órdenes de Santiago, Calatrava, Alcántara y Montesa” por las calles deCiudad Real. Debajo, los “caballeros y damas” de la llamada “Orden delCamino de Santiago”, reunidos en “capítulo” en la catedral de Santiago

de Compostela.Notemos cómo todas estas buenas gentes se disfrazan constantementecon los hábitos y birretes de los antiguos caballeros de las Órdenes Mili-

tares españolas, y usan sin rebozo de sus insignias venerables

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Cuéntase entre mis pasados, por el costado de miabuelo don Joaquín Campoy y Coronel, Chacón y Lennox, uninteresante personaje que al tiempo de su nacimiento se lla-mó Andrew Lennox, y se decía hijo naturalde uno de los Condes de Lennox, y vástagode una de las grandes familias escocesas:los Lennox, originarios de la ciudad del mis-mo nombre, que ya figuran como condes(mormaedom) de Lennox y señores del vallede Leven entre los siglos XII y XV.

El primer mormaedom o conde deLennox fue Ailin I, que vivió hacia el año1200, y fue cabeza de un linaje muy bien es-tudiado en nuestros días por Cynthia Nevilley Michael Brown. En 1424 fueron diezmadoslos Lennox en batalla por el clan Colquhoun,y perdieron el castillo de Dumbarton. La últi-ma titular del condado, Isabella de Lennox(†1458) fue esposa de Murdoch Stewart, IIDuque de Albany, y por eso a los pocosaños, en 1473, la dignidad condal de Len-nox pasó a los Stewart (Estuardo): uno deellos, el célebre John Stewart, lord Darnley(†1498). Pero todavía en 1570 batallaron losLennox contra el clan Kincaid, pocos añosantes de que el Condado de Lennox fueseelevado en 1581 a Ducado.

De ser cierta la filiación aludida, elcapitán Andrés de Lennox sería o nieto deMatthew Stewart, IV Conde de Lennox(1516-1571) o bien hijo de Ludovic Stewart,II Duque de Lennox y I Duque de Richmond(1574-1623).

El afortunado hallazgo que ha he-cho mi buen amigo el infatigable Marquésde La Floresta, de un Memorial de méritos yservicios de Andrés de Lenox, escocés, en-tretenido de las Galeras de España, que notiene fecha pero que podemos datar entre 1635 y 1640, mepermite trazar hoy una breve semblanza de su carrera navalal servicio del Rey de España.

En su memorial, Lennox nos dice que sirve en la Es-cuadra de Galeras de España, con base en Cartagena, desdeel año de 1623, en la plaza de intérprete que en ella había si-do creada en 1º de julio de 1621, al tiempo de la reforma dedicha Escuadra por su capitán general el Marqués de Villa-franca y Duque de Fernandina, para que traduxese los pape-les de los navíos Olandeses, con cuyos estados havía enton-ces guerra, y reconociese sus fábricas, y para lasdeclaraciones de los marineros. Esto nos lleva a pensar queLennox era un marino, habituado al ámbito profesional y altráfico marítimo, a más de hablar el inglés y el flamenco.

Y continúa Lennox su memorial explicando que des-cubrió muchos navíos enemigos con pasaportes y banderasfingidas. Que en 1625 capturó el navío llamado El Ángel. Queluego fue a reconocer nueve navíos surtos frente a Rota, y

trajo a tres hasta el Puerto de Santa María; y que además, to-mó un navío holandés. Que en 1627 dio aviso de un navío in-glés que estaba en Cádiz fingiéndose irlandés, y enseguida lo

capturó. Que en 1628 sirvió con el Duquede Fernandina, general de las Galeras deEspaña, en la captura de seis navíos (cincode ellos irlandeses y el otro inglés). Que en1630 salió de Málaga con dos galeras paraperseguir el contrabando. Que tiene el em-pleo de entretenido de las Galeras de Es-paña, con sueldo de 30 reales y de 40 rea-les, desde el 1º de enero de 1631. Que sehalló en el socorro de Cádiz el año de1623. Que se halló en la jornada de Italiade 1628, dando muchos avisos secretos deimportancia. Que ha mandado cuatro gale-ras que fueron hasta la plaza de Orán. Yque estaba bien conceptuado por sus man-dos. Por todo lo cual, pedía la patente decapitán numerario de galeras, con el sueldocorrespondiente.

La resolución regia debió de ser fa-vorable a esta petición, toda vez que estábien documentado que Lennox fue efectiva-mente capitán, como diré enseguida.

Otro documento atinente a Lennox,igualmente hallado por el Marqués de LaFloresta en el verano pasado de 2010, yque está escrito por el sucesor de Lenox enel oficio de intérprete, datado el 25 de sep-tiembre de 1673, nos informa de que An-drés de Lennox obtuvo la plaza de intérpre-te de las Galeras de España en 1621, y quealcanzó el empleo de capitán de galera consueldo de 44 escudos mensuales. Mencio-na también que el capitán Lennox murió el12 de febrero de 1652, y yo añado que eseóbito probablemente ocurriría en Cartage-na, base de las Galeras de España.

Por documentos de mi archivo familiar, recordaré queAndrés de Lennox se casó en España con doña María deVich, señora de Barcelona, y que en dicha ciudad nació su hi-jo don Diego de Lennox, que se bautizó en la parroquial deSan Pablo. También alcanzó el empleo de capitán, pero en laArmada y como ayudante del Duque de Sessa, capitán gene-ral de la Armada del Mar Océano, Costas y Ejércitos de Anda-lucía. Fue casado con doña Manuela Fernández Cordovés,natural de Tembleque (Toledo), de la que enviudó, viniendo éla morir en la ciudad y gran Puerto de Santa María el 24 de ju-lio de 1694, a los cinco días de hacer allí su testamento anteBartolomé de Torres. Su única hija, doña Paula de Lennox -oLenos, ya castellanizado el apellido originario-, criada en Tem-bleque, se casó en el vecino pueblo de Lillo con don DiegoChacón, vástago de una de las familias más hidalgas de dichalocalidad. Y estos cónyuges sí tuvieron mucha prole, que llegahasta nuestros días.

DE RE GENEALOGICA

NOTICIA DEL ESCOCÉS ANDRÉS DE LENNOXCAPITÁN DE LAS GALERAS DE ESPAÑA

por Conrado García de la Pedrosa y Campoy,Numerario de la Real Academia Matritense de Heráldica y Genealogía

Armerías y tartandel Clan Lennox

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María Isabel Falcón Pérez: LOS INFAN-ZONES DE ARAGÓN EN LA EDAD ME-DIA. Zaragoza, Institución Fernando elCatólico, 2008. ISBN 978-84-7820-919-0.280 páginas, con ilustraciones en color yen blanco y negro. Ya en Cuadernos deAyala nº 15 (2003) nos hacíamos eco dela primera versión de este excelente es-tudio de Isabel Falcón -porque se tratasin duda alguna del mejor estudio decuantos hasta ahora se han dedicado altema de la nobleza aragonesa en el pe-riodo medieval-. La autora, con una acu-ciosidad bien notable, estudia con preci-sión la condición jurídica y social de losinfanzones durante la Baja Edad Media(siglos XIII-XV), así como sus privilegiosmilitares y fiscales, sus procesos de sal-vaguarda de sus privilegios, su onomásti-ca y sus apellidos, y su distribución geo-gráfica. Se ha basado en el análisis de2.400 volúmenes de registros de Canci-llería del Archivo de la Corona de Aragón,de donde proceden las noticias de 2.130salvas de infanzonía, examinadas por elJusticia de Aragón y aprobadas por elRey. Por eso muy gran interés tienen losapéndices, que en realidad son unoscompletísimos elencos de la legislaciónatinente, de los apellidos que adoptaron,de la geografía de sus casales. Por últi-mo, una no menos extensa antología do-cumental, y unos útiles índices onomásti-cos y toponímicos vienen a completaresta excelente obra, que mereció con to-da justicia el Premio Dragón de Aragón2004, y que nos parece imprescindibleen una biblioteca especializada [MF].

VV.AA.: SAN FRANCISCO DE BORJA1510-1572. Valencia, Real Maestranzade Caballería de Valencia, 2010. ISBN978-84-693-6087-3. 120 páginas. Estepequeño pero digno libro recoge los tex-tos de las tres conferencias que, en el ci-clo dedicado al Santo Patrón de la Gran-deza de España, natural de la ciudad deValencia, organizó la Real Maestranzavalenciana con ocasión del quinto cente-

nario de su nacimiento: son los de Vicen-te Luis Navarro de Luján, El contexto so-cio-político de San Francisco de Borja;Francisco Pons Fuster, El mundo culturalvalenciano en la época de San Franciscode Borja; y Miguel Navarro Sorní, SanFrancisco de Borja, jesuita. Una feliz ini-ciativa, coronada con este volumen (MF).

Jesús de las Heras: LA ORDEN DESANTIAGO. Madrid, Edaf, 2010. ISBN978-84-414-2194-3. 320 páginas, conilustraciones a color. Obra de divulga-ción, escrita en estilo llano y periodísticopero sin embargo dotada de la suficienteentidad como para serlo igualmente deconsulta. Por sus páginas, puesta en sucontexto histórico, desfila toda la historiade la Orden jacobea, con sus glorias mili-tares (Alarcos, las Navas de Tolosa, Se-villa, El Salado, La Higueruela, Granada),su preeminencia política y su prestigiosocial, desde su fundación en 1170 hastasu extinción en 1931 -en España: en Por-tugal sigue fungiendo como Orden deEstado-. El autor nos relata por menorsus orígenes, el elenco de sus maestres,su organización, sus encomiendas y suimplantación territorial, su participaciónen las empresas militares y en las luchaspolíticas castellanas, la adscripción de suMaestrazgo a la Corona, y los procesosque, a partir del siglo XIX, produjeron sudeclive y extinción a mediados dle sigloXX. Una obra interesante y oportuna,que viene a llenar un vacío muy notorio,causado por la dificultad de encontrarhoy un vademecum actualizado sobre elconjunto de la historia santiaguista (MF).

María José Casaus Ballester (editora):EL CONDADO DE ARANDA Y LA NO-BLEZA ESPAÑOLA EN EL ANTIGUORÉGIMEN. Zaragoza, Institución Fernan-do el Católico, 2009. ISBN 978-84-9911-042-4. 332 páginas con ilustraciones encolor. Se trata de la recopilación de lostextos de las intervenciones hechas du-rante las II Jornadas Archivo Ducal de Hí-jar, que bajo el mismo título del libro tu-vieron lugar en Épila (Zaragoza) en losdías 6 al 8 de noviembre de 2008. Quefueron -entre otras- las de Esteban Sara-sa Sánchez, La alta nobleza laica arago-nesa en torno a los Trastámara (sigloXV); Aránzazu Lafuente Urién, Fuentespara el estudio del señorío en Aragón:fondos del Archivo de la Nobleza (Tole-do); Germán Navarro Espinach, La for-mación de los señoríos del condado deAranda; María Teresa Iranzo Muñío, Ar-queología del archivo: inventarios de loscondes de Aranda; Esperanza Velascode la Peña: Una visión del Archivo delCondado de Aranda a fines del sigloXVIII; Enrique Soria Mesa, La nobleza enla España moderna. Presente y futuro de

la investigación; José Francisco ForniésCasals, La otra nobleza titulada en la Re-al Sociedad Económica Aragonesa deAmigos del País en tiempos del Condede Aranda (1776-1789); y José AntonioFerrer Benimelli, El X Conde de Aranda yAragón. Una obra colectiva de gran inte-rés para nuestra historia nobiliaria (MF).

José María de Francisco Olmos: MA-NUAL DE CRONOLOGÍA. LA DATA-CIÓN DOCUMENTAL HISTÓRICA ENESPAÑA. Madrid, Hidalguía, 2010. ISBN978-84-89851-66-5. 384 páginas, con uncd-rom anexo. El profesor de FranciscoOlmos nos proporciona un excelente ins-trumento para la datación de documen-tos -de hechos-, desde Roma (los calen-darios romano: republicano, juliano,augusteo, la kalendación, los calendariosregionales y en especial la Era Hispana),pasando por las diversas dataciones Igle-sia cristiana (ortodoxa, romana, mozára-be, litúrgica), de la Monarquía visigoda,de musulmanes y hebreos, la reformagregoriana, la revolución francesa, la so-viética, la fascista, etcétera, hasta nues-tros días (ACE).

Valeriano Labara Ballestar: PERSONA-JES DE LA LITERA. TAMARITE. Hues-ca, Centro de Estudios Literanos, 2010.ISBN 978-84-613-7554-7. 164 páginascon ilustraciones a color. El profesor La-bara, catedrático en Tarrasa (Barcelona)y gran conocedor del pasado históricodel Alto Aragón, nos presenta este primerelenco de personajes de la comarca dela Litera, y en especial de su capital Ta-marite de Litera (Huesca). Entre los se-senta personajes biografiados destacanel Rey Juan I de Castilla y de León(1358-1390), San Vicente de Paul (1576-1660), el teniente general Bellet (1659-1723), varios vástagos del ilustre linajede Cabrera, los hermanos Miranda y Bis-tuer (uno de ellos obispo de Segovia), losMola de Vinacorba, fray Diego de la Con-cepción, el gran científico y académicoJulio Palacios (1891-1970), los Purroy ylos Zaydín, y el eximio jurista Pedro Sa-

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bau (1808-1879). Cada personaje apare-ce por su orden alfabético y está tratadocon brevedad, según fuentes escogidasy bien referenciadas, lo que avala el mé-rito de la obra. A destacar la extensa se-lección de imágenes de emblemas herál-dicos, muy atractiva e interesante (MF).

VV.AA.: APELIDOS PORTUGUESESCOM HISTÒRIA. Lisboa, Prosafeita,2010. ISBN 978-972-8996-67-3. 400 pá-ginas con numerosas ilustraciones a co-lor y en blanco y negro. Estimable intentode divulgar la onomástica lusitana, reali-zado desde las páginas del diario Corrieoda Manhâ en sucesivas entregas, ahorareunidas en un solo volumen, por ciertomuy bien ilustrado. Por sus páginas des-filan los más señeros personajes y fami-lias que han llevado los apellidos de Al-meida, Alves, Alvares, Antunes, Araújo,Azevedo, Barbosa, Cardoso, Carvalho,Castro, Coelho, Correia, Costa, Cruz,Cunha, Fernandes, Ferreira, Fonseca,Gomes, Gonçalves, Lopes, Marques,Martins, Matos, Mendes, Monteiro, Mo-reira, Nunes, Oliveira, Pereira, Pinto, Pi-res, Reis, Ribeiro, Rocha, Rodrigues,Santos, Silva, Soares, Sousa y Teixeira.De cada uno de ellos se mencionan susorígenes etimológicos y significado, sudistribución geográfica, y el elenco de lospersonajes y familias que lo han llevado;todo ello bien ilustrado gráficamente.Una iniciativa notable y útil, que tocatambién a linajes originarios de España -casi todos de Galicia-, y en la que sola-mente es de censurar que se insista enla habitual confusión entre apellido y fa-milia (MF).

Andrés Nicás Moreno: HERÁLDICA MU-NICIPAL DE LA PROVINCIA DE JAÉN.Jaén, Fundación Caja Rural de Jaén,2011. ISBN 978-84-614-58530. 356 pági-nas, con numerosas ilustraciones a colorde Juan Millán Bruno. Prologado por elprofesor Manuel María Rodríguez de Ma-ribona y Dávila, numerario de la Real

Academia Matritense de Heráldica y Ge-nealogía (fue uno de sus tres fundado-res), el estudio se centra en el análisis delos emblemas municipales giennenses,que suman 98, puestos por su orden al-fabético. Lo preceden sendos capítulosdedicados a la heráldica municipal en An-dalucía, a las fuentes documentales, bi-bliográficas y artísticas utilizadas, y a laheráldica propia de la Diputación Provin-cial de Jaén. Una obra bien concebida,bien documentada, bien ilustrada y muybien realizada, por la que el doctor NicásMoreno, cuyo buen hacer es conocido enel ámbito de nuestros estudios heráldi-cos, merece todos los plácemes (MF).

VV.AA.: REAL Y MILITAR ORDEN DESAN FERNANDO. 200 AÑOS. Madrid,Ministerio de Defensa, 2011. NIPO 075-11-022-2. 64 páginas con numerosasilustraciones a color. Con ocasión del bi-centenario de la Orden de San Fernan-do, dedicada desde 1811 a premiar el va-lor heroico, el Ministerio de Defensa haorganizado diversas manifestaciones, en-tre ellas esta de divulgar un gran númerode ejemplares de este libro con la historiaresumida de la Laureada. Comprende 17artículos o capítulos independientes, es-critos por el coronel y académico JoséLuis Isabel Sánchez (Introducción; DeOcaña a Cádiz; La Orden de San Fer-nando en las Cortes de Cádiz; Los tiposde recompensas en los sucesivos regla-mentos; Las recompensas colectivas;Los primeros caballeros de la Orden; Lasprimeras corbatas de San Fernando; Lascorbatas ganadas en Ultramar; Las cam-pañas de Marruecos; El humilde y vale-roso soldado español; y Heroísmo en losCuerpos Auxiliares); el coronel e historia-dor Juan Carrillo de Albornoz Galveño(Valor, ciencia y arte en el Cuerpo de In-genieros); y el doctor Alfonso de Ceba-llos-Escalera y Gila, Marqués de La Flo-resta (La Armada y la Orden de SanFernando; y La institución de la Real yMilitar Orden de San Fernando: breveexamen comparativo en el contexto pre-mial europeo).

VV.AA.: EL ESCUDO DE GIPUZKOA.UNA PROXIMACIÓN A LA HERÁLDICAINSTITUCIONAL DE LOS TERRITO-RIOS DE LENGUA VASCA. San Sebas-tián, Sociedad de Estuidos Vascos, 2010.ISBN 978-84-8419-208-4. 196 páginascon ilustraciones en blanco y negro. Estelibro recoge las ponencias del encuentroque sobre el mismo asunto tuvo lugar enSan Sebastián en junio de 2009 (del queya dimos cuenta en Cuadernos de Ayala37 y 38, que bajo la dirección de la profe-sora María Rosa Ayerbe Iribas organizóla Sociedad de Estudios Vascos - EuskoIkaskuntza, con el patrocinio de la Dipu-

tación General de Guipúzcoa y otras ins-tituciones públicas. Esos textos son losde Andoni Esparza Leibar, Heráldica ins-titucional en los territorios de lengua vas-ca; Dr. Alfonso de Ceballos-Escalera yGila, Marqués de La Floresta (cronista dearmas de Castilla y León), Breves notassobre los orígenes y la evolución de laheráldica hispana, y también Heraldos yoficiales de armas en Europa y en la Pe-nínsula Ibérica: sus cometidos armeros;Dr. Alberto Montaner Frutos (Universidadde Zaragoza), La creación, modificacióny rehabilitación de emblemas municipa-les: el papel de las administraciones pú-blicas; Dr. Félix Martínez Llorente (Uni-versidad de Valladolid), Del sello alescudo de armas: aproximación a la gé-nesis de la heráldica institucional; y Dra.María Rosa Ayerbe Iribas (Universidaddel País Vasco), Estudio histórico-jurídi-co sobre el escudo y el blasón de Gipuz-koa. En el contexto de los estudios herál-dicos, este conjunto de textos tiene unalcance mayor de lo que su título y ámbi-to nos sugieren (MRM).

José María Zavala: EL PATRIMONIO DELOS BORBONES. Madrid, La Esfera delos Libros, 2010. ISBN 978-84-9734-966-6. 466 páginas, con ilustraciones a colory en blanco y negro. Prologado por elprofesor Stanley Payne, en este libro Za-vala, buen investigador de archivo a pe-sar de ser periodista -y buen conocedordel Archivo del Palacio Real madrileño-,ha realizado un buen trabajo sobre losorígenes y la evolución de la fortuna par-ticular del Rey Don Alfonso XIII, asuntoque en los abyectos años republicanostanto dio que hablar. Como en sus traba-jos anteriores, Zavala ha reunido un ex-tenso elenco de noticias y datos, bien do-cumentados y muchas veces novedosose inéditos, y ha realizado una estimablevisión de conjunto. Solamente es de la-mentar el estilo, que aunque ágil y ame-no es a veces demasiado desgarrado yajeno a la época que trata (MF).

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NOBILTÀ, 100 (enero-febrero 2011). Deeste número centenario destacamos sueditorial, dedicado al escudo de armascomo medio de identificación; y los artí-culos que firman Enzo CAPASSO TO-RRE, Un Papa quasi di famiglia: i due-cent’anni di Leone XIII; Gian CarlosMONTANARI, La genealogia degli Este etre personaggi emblematici; Amadeo-Martín REY Y CABIESES, La nueva No-bleza titulada española; y Piero BUGIA-NI, I Cavalieri Teutonici. Crudeltà deipagani e vite esemplai dei Fratres (ACE).

HIDALGUÍA, 344 (enero-febrero 2011).En este número se publican los siguien-tes artículos de interés: Fernando GAR-CÍA-MERCADAL Y GARCÍA-LOYGO-RRI, La Heráldica, un lenguaje fronterizoentre la Arqueología y la modernidad(continuará); José Luis GONZALO SÁN-CHEZ-MOLERO, La heráldica de FelipeII, Príncipe, a través de las encuaderna-ciones de su librería rica (fin); José Maríade FRANCISCO OLMOS, La revoluciónde 1868 y la elección e un rey para Es-paña: los candidatos y sus problemas(continuará); y José Miguel de MAYO-RALGO LODO, Conde de los ACEVE-DOS, Necrologio nobiliario madrileño delsiglo XVIII (continuará) (ACE).

ATAVIS ET ARMIS, 22 (marzo 2011). Eneste número recomendamos la lecturade los artículos de José Antonio DÁVILAGARCÍA-MIRANDA, Elogio y memoriade Don Francisco de Borbón y Borbón;Rafael PORTELL PASAMONTE, Conce-sión de distinciones de la Orden Hospita-laria y Militar de San Lázaro a la locali-dad de Trillo en 1952; y José María deMONTELLS Y GALÁN, El Ejército Espa-ñol y la Cruz de Sinople (ACE).

HIDALGOS, 525 (invierno 2011) .La re-vista de la Real Asociación de Hidalgosde España incluye los interesantes artí-culos de Manuel PARDO DE VERA, No-bleza obliga; Valentín de CÉSPEDESARÉCHAGA, La Real Maestranza de

Caballería de Ronda; Faustino MENÉN-DEZ PIDAL DE NAVASCUÉS, Las armasde los Reyes Católicos; Marqués de CA-SA REAL, Las hojas en la Heráldica; Al-fonso ENSEÑAT DE VILLALONGA, Co-lón, sus remotos orígenes escoceses;Marquesa de CASA REAL, La Loca delSacramento Dª Teresa Enríquez; y Du-que de ABRANTES, Sobre el apellidoZuleta de Reales y sus armas (ACE).

BOLETÍN DE LA REAL ACADEMIA DELA HISTORIA, CCVIII/I (enero-abril2011). En esta entrega nos interesa eltexto de Esther MERINO, Juegos escéni-cos, aparatos diversos de la historia delespectáculo en la época moderna (ACE).

IL MONDO DEL CAVALIERE, 41 (enero-marzo 2011). Aclara en su editorial que laautorización de uso, en la República Ita-liana, no significa el reconocimiento deuna determinada Orden “no nacional”; ydespués nos presenta los artículos deMario VOLPE, La riforma dell’Ordine de-lla Stella d’Italia; Luigi G. de ANNA, Il Ca-ravaggio, l’Ordine di Malta e Andrea Ca-milleri; y Antonella PELLETTIERI, lltemplarismo al tempo di facebook (ACE).

BOLETÍN INFORMATIVO DEL SISTE-MA ARCHIVÍSTICO DE LA DEFENSA,18 (diciembre 2010). Incluye los artículosde Diego CASTRO CAMPANO, Los “su-marísimos” de la Guerra Civil: el archivodel Tribunal Militar Territorial Primero;Francisco Javier LÓPEZ JIMÉNEZ, Ex-pedientes de la Guardia Mora en el Ar-chivo General Militar de Guadalajara; Mi-guel RUIZ CABRERA, Documentacióndel Cuartel General del Generalísimo enel Archivo General de Palacio. La Secre-taría Particular y Militar de S.E. el Jefedel Estado (1936-1939); y Noelia VICEN-TE CASTRO, El archivo de la familia Hi-dalgo de Cisneros (ACE).

TOP CETRERÍA, 8 (2010). En est revistadedicada al arte de la caza de volatería ocetrería hallamos la inesperada sorpresa

de un denso artículo nobiliario: el denuestro Director el Dr. Alfonso de CEBA-LLOS-ESCALERA Y GILA, Marqués dela FLORESTA, titulado La Casa de Ville-gas y el privilegio de los halcones de lacosta del Cantábrico (ACGT).

BULLETIN DE LA SOCIÉTÉ D’HISTOI-RE ET DU PATRIMOINE DE L’ORDREDE MALTE, 24 (2011). En esta entregade la mejor publicación actual sobre lahistoria de la Orden de San Juan, halla-mos los soberbios trabajos de AlainBELTJENS, La papauté et les querellesrécurrentes, souvent fratricides, qui oppo-saient les Hospitaliers aux Templiers;Pierre BONNEAUD, Les origines du maî-tre de l’hôpital Antoni de Fluvià 1421-1437; Alain BLONDY, La commanderiede Saint-Jean de Latran et son environ-nement au XVIIIe siècle; Laurent VISSIÈ-RE, Les fondements d’une guerre nouve-lle: Rhodes et Otrante en 1480; JeanBernard de VAIVRE, Notes sur l’icono-graphie de Rhodes au temps des cheva-liers. II. Le port et le palais des grandsmaîtres; y también Visite de commande-ries en Auvergne (ACE).

PARATGE, 22 (2009). La revista de laSocietat Catalana de Genealogia, Heràl-dica, Sigil.lografia, Vexil.lologia y Nobilià-ria nos presenta en este número, entreotas, las aportaciones de Salvador J.ROVIRA GÓMEZ, Els Morenés vuicentis-tes; Rafael José de ESPONA, Los As-prer, Condes de Fogonella; Joan MaríaPOYATOS i JORDÁ, Genealogía delsPalou de Montfeliu i Bescanó; Jaime PÉ-REZ i ALEJANDRE, Heràldica esportiva.Origen i evolució de l’escut del F.C. Bar-celona; Josefina RIBALTA DELGADO, Laevolución de los nombres femeninos. DelSantotal a las revistas del corazón; Ra-món MARRUGAT i CUYÁS, Donant tombpels marges de la genealogía: els Guar-diola i els Xatruch d’Hondures; LeticiaDARNA GALOBART, El Hospital de laSanta Cruz y San Pablo (ACE).

REvISTA DE REvISTAS

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [25]

Hace pocos años traté por menor del asunto de lamás antigua condecoración militar europea, que fue la Me-dalla de la Real Efigie del Rey Nuestro Señor, estudioque vio la luz en las páginas de Cuadernos de Ayalanúmero 38 (abril-junio 2009). Recordemos breve-mente que fue creada durante el reinado de DonFelipe IV, a mediados del siglo XVII, y que sedistribuyó larga y constantemente hasta los deDon Fernando VII y Doña Isabel II. Duró, pues,desde 1630 aproximadamente, hasta 1869.Fue un premio generalista -se concedía porservicios distinguidos, y también por la constan-cia en el servicio militar-, que gozó de un granprestigio en los Reales Ejércitos y Armadas, y quese discernió ocasionalmente a paisanos heroicos.

Para complementar la historia de esta im-portantísima cuan desconocida condecoraciónmilitar hispana, traigo hoy a las páginas de Cua-dernos de Ayala la mención de una versión fe-menina de tal premio: la que estableció en1818 el Deseado para distinguir a las fielesamericanas, distinguidas en la lucha contralos separatistas locales.

Antes de explicar el caso, digamosque se había dado por entonces un prece-dente: en noviembre de 1814, las hermanasdoña Bárbara, doña Manuela, doña Vicenta ydoña María Soledad Rojas Queipo exponían alRey los sufrimientos que padecieron en Caracaspor su adhesión al Trono durante la revolución de1810, y solicitaban que en atención a estos méritosles concediese una pensión y una condecoración: conel apoyo del capitán general de Venezuela, ya en 1820 seles concedió esta medalla de oro con el Real busto, pero elConsejo de Indias denegó la pensión solicitada(1).

Pero la causante inmediata fue otra señora vene-zolana: doña María Josefa Matos, esposa de don DomingoManterola, quien hacia 1815 suplicó al monarca la conce-sión de la gracia de llevar al cuello mi Real busto con el le-ma de Fiel Venezolana, como premio a sus servicios duran-te las revoluciones ocurridas desde 1810 en Costa Firme.Su marido, como realista, había sido sentenciado a muerte.

No quiso el monarca -quien por cierto, ya lo he di-cho en otros lugares, era muy entendido en materia pre-mial-, darla satisfacción a ella solamente, sino aprovecharel caso para establecer ese premio con un carácter másgeneral; y así ordenó al Consejo de Indias el estudio delasunto, y le ordenó presentarle una propuesta de distinciónpara todas las mugeres que se hallasen en semejante ca-so. Y habiendo elevado el Consejo al Rey en noviembre de1817 una consulta avalada con el parecer de los fiscales,decidió el soberano por su real decreto dado en Madrid a23 de febrero de 1818,

que así a la referida Doña María Josefa Matos, como alas demás que se hallen en igual caso, se las condeco-

re con la distinción de una medalla de oro orleada y coro-nada de mi Real busto, y en el reverso una inscripciónque diga ‘El premio de la fidelidad de las Americanas.

Y además dio licencia a sus virreyes y presidentesde las Reales Audiencias ultramarinas para que en

su nombre pudiesen conceder la medalla

a aquellas mugeres que acrediten en debida for-ma, y con hechos positivos, su fidelidad y amora mi Real servicio y Persona

exhortándoles a decidir las concesionescon la mayor escrupulosidad, para no hacer des-

preciable una distinción que debe acreditar unaconstante fidelidad. Esta real disposición fue luego

impresa para darla a conocer en todos los dominios es-pañoles(2).

Y tuvo efectivo cumplimiento, como nosacredita una carta de don Mariano Fernández deFolgueras, gobernador interino de Filipinas, diri-gida en 1819 al secretario del Supremo Conse-jo y Cámara de Indias, dando cuenta del reciboy cumplimiento de la cédula que ordenabaconceder distintivo a las mujeres que acredi-ten su fidelidad al real servicio como la fiel ve-nezolana María Josefa Matos(3). Y también eldecreto dado por el Rey en 1820, ordenandola concesión de la medalla a las cuatro señoras

venezolanas antes citadas, que como he dichose lo habían solicitado a finales de 1814.

No tengo conocimiento del modelo exactode este premio femenino y americano, ni tampoco

conozco ningún ejemplar de esta medalla, que segúnJosé Manuel Pérez Guerra en sus Órdenes y Condecora-ciones de España (Zaragoza, 2000), era ovalada con el bus-to regio orlado de laureles y rematada por la coronal real; lacinta era roja. Parece que se debía lucir al pecho, bien alcuello y pendiente de una cinta, bien con un lazo. Probable-mente sería como otras medalla del Real busto y premioscoetáneos semejantes: por ejemplo la medalla creada parapremiar a los alcaldes de barrio (ilustración del centro).

Recordemos para concluir otros dos premios en fe-menino, coetáneos del que he comentado: la medalla de laJunta Patriótica de Señoras de Cádiz (1815), y la llamadacinta de Juchipila (1816). Estos casos fernandinos abriríandefinitivamente la puerta a otras concesiones posteriores alas mujeres, como la medalla de las defensoras de Vergara(1834), la medalla de honor a doña Isidora Mora (1837), ypor fin la Orden Civil de Beneficencia (1856).

N O T A S

1) Archivo General de Indias, Ultramar, 2009, exptes. 1, 2, 3.

2) Archivo General Militar de Segovia, 2ª sección, 12ª divi-sión, legajo 135.

3) Archivo General de Indias, Filipinas, 389, N.51.

DE RE PREMIAL

MÁS SOBRE LA MEDALLA DE LA REAL EFIGIE DEL REY N.S.UNA VERSIÓN FEMENINA Y AMERICANA

por el Vizconde de Ayala

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [26]

CONDECORACIÓN LAZARISTA PARA EL PRÍNCIPEOSMAN RIFAT IBRAHIM

El pasado día 12 de febrero, en la sedemadrileña de la delegación española del Real InstitutoMohammed Alí (sita en el Colegio Heráldico de Españay de las Indias) en un sencillo acto, tuvo lugar unencuentro entre don Carlos Gereda de Borbón, marquésde Almazán, Gran Maestre de la Orden de San Lázaro yS.A.R. el Príncipe Osman Rifat Ibrahim, canciller de lasOrdenes Reales egipcias y Lugarteniente de SM el ReyFouad II, al que asistieron entre otros, S.A.R. DomMiguel de Braganza, Duque de Viseu e Infante dePortugal, el Gran Prior de España marqués de la Lapilla;el Gran Prior de Portugal mayor don José da SilvaDuarte; y el Prior de España marqués de Armunia, en eltranscurso del cual el marqués de Almazán hizo entregaal príncipe egipcio de la Gran Cruz de Mérito de laOrden de San Lázaro. Actuó de anfitrión el Juez deArmas, doctor don José María de Montells, a su vezdirector de la delegación española del mencionadoInstituto. Por su parte, el Príncipe condecoró al GranMaestre lazarista y al Marqués de Armunia, con el GranCordón de la Orden del Creciente de África, distinciónque discierne en su condición de Protector del InstitutoMohamed Alí, con la aquiescencia del Jefe de laDinastía. El acto supuso un intercambio de opinionessobre los recientes acontecimientos que se han vividoen Egipto, el peligro que para aquella nación y para todoOccidente supone la radicalización de las posturaspolíticas y religiosas y la vigencia de la soluciónmonárquica para construir un nuevo Egipto,fundamentado en lo mejor de sus tradiciones. El Juez deArmas de la orden de San Lázaro, doctor Montellsdestacó en una breve alocución, que la restauración dela monarquía en Egipto, desenlace por el que apuestadecididamente el Hospital y la Milicia del Resucitado,representaría para esa nación africana, la creación deun poder moderador del que ha carecido hasta la fecha.Añadió también que frente aquellos que se declaranateos o predican la adoración de todo lo mundano, laOrden de San Lázaro, de profundas raíces cristianas,está con las gentes del Libro, con aquellos otros quecreen en un solo Dios, único y misericordioso (GTM).

CAPÍTULO DE LA ORDEN DE MALTA EN LA FIESTADE LA CANDELARIA

Como es tradición ya centenaria, la AsambleaEspañola de la Soberana y Militar Orden de San Juan deJerusalén, de Rodas y de Malta, se ha reunido encapítulo el 5 de febrero, con ocasión de la festividad deNuestra Señora de la Luz (vulgo la Candelaria), en laiglesia catedral de las Fuerzas Armadas españolas -esaiglesia del Sacramento que fue su propia sede litúrgicadurante varios decenios-. El capítulo lo encabezó elConde de Orgaz, actual presidente de la AsambleaEspañola de la Orden, ocupando un lugar destacado D.José María Morendo de Barreda, actual Regente delSubpriorato de San Jorge y Santiago -que es la máximajerarquía de la Orden en España-, y el señor Jean-MarieMusy, actual embajador de la Orden en Madrid. Ofició lamisa el Arzobispo de Toledo, Primado de España,monseñor D. Braulio Rodríguez Plaza. En el transcursode la ceremonia se formalizó el nombramiento decapellán superior de la Asamblea Española en lapersona de monseñor D. Juan Miguel Ferrer (quesucede a monseñor D. Antonio Cabrera), y se dio elhábito de la tercera clase, en la categoría de caballerosde honor y devoción, a D. Pedro Sáinz de Baranda yRiva, D. Isidro del Alcázar y Silvela, D. Álvaro ferrer yFigueroa, D. José Luis Andrada-Vanderwilde y deQuadras, y D. José Luis Gragera y Serrano. En lacategoría de caballero de gracia y devoción lo recibieronD. Luis Yanguas y Gómez de la Serna, y D. EnriqueMarchesi-Herce y García San Martín; y en la decaballero de gracia magistral, D. José Luis Cabrera yOrtiz. En la categoría de dama de honor y devoción,recibieron el lazo e hicieron la promesa Dª CarmenAllendesalazar y Ruiz de Arana, Dª Paz González deAguilar y de la Peña, Dª Carmen Lizarriturri y Quijano, DªCarmen Conejo y Navarrete, y Dª María de laConcepción Gragera y Serrano. Además, durante laceremonia se entregaron algunas condecoraciones ydistinciones. Una vez concluido el capítulo, el Conde deOrgaz dirigió a las representaciones invitadas, y a losparticipantes, familiares, amigos e invitados, unaspalabras de bienvenida y de gratitud, y seguidamente sesirvió un vino español (ACE).

DE PERSONAS y GENTES

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [27]

FIESTA DEL REAL CUERPO DE LANOBLEZA DE MADRID

Según viene haciendo desdemediados del siglo XIX, el Real Cuerpo

de la Nobleza e Madrid se ha reunidoenla tarde del 23 de enero para festejar a su

Santo Patrón: San Ildefonso, arzobispo de Toledo. Lafiesta comenzó con una misa en el Real Convento de laEncarnación, que fue oficiada por su capellán de honor,monseñor D. Antonio Astillero Bastante, deán de la cate-dral de la Almudena, y por su capellán monseñor D. Joa-quín Martín Abad. Se hallaron en ella los representantesde otras instituciones nobiliarias, encabezados por elMarqués de Campo Real, de la Excma. Diputación Per-manente y Consejo de la Grandeza de España; tambiénlos de las Órdenes Militares de San Fernando y San Her-menegildo, las cinco Reales Maestranzas de Caballería,las Órdenes de Malta, Constantiniana de San Jorge y delSanto Sepulcro, la Real Asociación de Hisdalgos de Es-paña, la Junta de Nobles Linajes de Segovia y otras enti-dades nobílicas. Previamente a la misa, que los caballe-ros siguieron en forma de capítulo -aunque el RealCuerpo no es una entidad eclesiástica- y revestidos consus blancos mantos y bonetes, prestaron el juramentopreceptivo -en manos del Vizconde de las Torres de Lu-zón- e ingresaron en el Real Cuerpo los nuevos caballe-ros y damas: D. Francisco Javier de Chávarri Girón; D.Iván Moreno y Landahl, Conde de los Andes y Grande deEspaña; D. Juan Ferrer de Sant Jordi y Montaner; D.Ra-fael de Aguilar y Molleja, Marqués de la Vega de Armijo;Dª Leticia y Dª Itziar de Chávarri del Hoyo; Dª María Lui-sa Fuertes de Villavicencio y Lomo; Dª María Fernandade Sagarra y Manglano; y Dª María del Carmen Regueroy Marrero. La fiesta concluyó con un cóctel y una cenaen el hotel Ritz (LCE).

PIER FELICE DEGLI UBERTI EN LAACADÉMIE BELGO-ESPAGNOLED’HISTOIRE

El Conde de Cavaglià, que yaera desde hace varios años Correspon-diente de esta antigua institución cultu-ral, ha sido electo en el mes de febreronuevo académico numerario, en la va-cante causada por la muerte del Prínci-

pe de Ligne. La imposición de la medalla y entrega deldiploma tendrán lugar -Dios mediante- en Casale Monfe-rrato (Italia) en el mes de abril. Cuadernos de Ayala sesuma a las muchas felicitaciones que por esta merecidaelección recibe el Dr. Degli Uberti (LCE).

EL ALCALDE DE SORIA, DIPUTADO DEHONOR DE LA CASA TRONCAL DELOS DOCE LINAJES.

El alcalde de Soria, D. CarlosMartínez Mínguez, ha aceptado la

distinción de Diputado de Honor de laCasa Troncal, tras el ofrecimiento hecho por

el presidente de la Diputación de Linajes, D. Francisco

Manuel de las Heras y Borrero, en cumplimiento delartículo 5° de los Estatutos, en el que se consigna que elalcalde de la Muy Noble y Leal Ciudad de Soria esDiputado de Honor nato de la Casa Troncal de los DoceLinajes, previa su aceptación, teniendo estenombramiento carácter vitalicio. Una grata nueva, decuya conclusión seguiremos informando (JMM).

CARLOS ESCUDERO DE BURÓN Y GONZÁLEZ, CO-MENDADOR DE LA ORDEN DE LA STELLA DELLASOLIDARIETÁ ITALIANA

El presidente de la República Italiana, onorevoleGiorgio Napolitano, ha concedido la Orden de la Stelladella Solidarietá Italiana(la más antigua condecoraciónnacional, y la principal que puede recibir un extranjero),en el grado de Commendatore , a D. Carlos Escudero deBurón y González, presidente de la Fundación Carlos III,del Forum de Alta Dirección y del Círculo Diplomático. Laimposición la realizó el Embajador de la República Italia-na en el Reino de España, D. Leonardo Visconti di Mo-drone, destacando en su discurso los méritos que concu-rren en la persona del condecorado, valorando su apoyoen las relaciones económicas y culturales entre ambospaíses, aspecto fundamental en el marco del diálogo queune a los españoles y a los italianos, y que cada día seenriquece de nuevos matices y avances. El señor Escu-dero de Burón agradeció la distinción, destacando la his-tórica solidaridad entre Italia y España desde el sigloXVIII, consecuencia de la globalización creada por la Ca-sa de Borbón entre los reinos de Francia, de las Dos Si-cilias y de España, gracias al gran monarca que fue DonCarlos III, concluyendo que, obligado por esta condicióngozosa de Comendador de la Orden de la Estrella de laSolidaridad Italiana, seguirá contribuyendo solidariamen-te a las mayores y mejores relaciones entre nuestros paí-ses, y que ello no será para él tan sólo una sincera devo-ción, sino también un deber de honor. Entre losnumerosos invitados presentes en la Embajada de Italiase encontraban familiares del condecorado, el embaja-dor de Rusia, el secretario de Estado y director del Cen-tro Nacional de Inteligencia, el presidente de la AudienciaNacional, el director operativo de la Guardia Civil, y lasjuntas de gobierno y patronatos del Forum de Alta Direc-ción, del Círculo Diplomático y de la Fundación CarlosIII. Reciba nuestra afectuosa felicitación (ACE).

DE PERSONAS y GENTES

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [28]

En la que considero la mejor colección privadade retratos en miniatura que existe hoy en España, quees la que ha reunido en su domicilio de Tarragona elseñor don Eloy Martínez Lanzas(1), se conserva, bajo elnúmero 262, una que representa el busto de un anónimomilitar español de mediados del siglo XIX. Un militar que,a pesar de los esfuerzos del señor Martínez Lanzas y denuestro amigo y suyo don Luis Sorando Muzás, no habíapodido ser identificado hasta ahora(2), pero que desdehace tiempo había llamado miatención y me había movido al in-tento de averiguar su nombre y sutrayectoria vital.

El personaje, de medianaedad, con cabello oscuro perobastante calvo, bigote recortado yperilla generosa, viste el uniforme del Cuerpo de Estado Mayorque fue reglamentario entre el 8de septiembre de 1843 y el año1856 (en que se introdujerongrandes solapas): levita azul os-curo con dos filas de botones do-rados, cuello azul celeste con elemblema del Cuerpo bordado enoro, y grandes charreteras decanutillo de oro. Aún puede es-trecharse la datación si consi der-amos que las grandes charreterasfueron suprimidas en el Ejércitoespañol a partir de 1849. Esasmismas charreteras, por su tamaño y riqueza, nos indican que elpersonaje retratado era un gener-al, y en ello abundan las bandas yplacas de las grandes cruces queluce, pues en tal grado esas condecora ciones sola-mente se concedían entonces -y ahora- a los generales.

Las condecoraciones que poseía el retratadoson numerosas. En primer lugar, dos placas y dos ban-das que corresponden a las grandes cruces de las Ór-denes de Isabel la Católica y de Cristo (Portugal).Además, en un broche sobre ambas placas notamosotras cinco condecoraciones en tamaño princesa, quesolamente en parte -no están representa das con grandetalle- había logrado identificar Sorando: yo he podidocomprobar en la hoja de servicios del general retratadoque estas cinco insignias son, de izquierda a derecha delespectador, la cruz de primera clase de la Real y MilitarOrden de San Fernando; la cruz de caballero de la Real

y Americana Orden de Isabel la Católica; la medalla deIrún; la cruz de distinción del Tercer Sitio de Bilbao (parasalvadores); y la cruz de segunda clase de la FidelidadMilitar.

Mis pesquisas se dirigen a cruzar los datos máselementales para lograr la identificación del personaje,utilizando tres relaciones distintas atinentes al periodoestimado: la de los generales y brigadieres del Cuerpo

de Estado Mayor(3); la de los ca-balleros gran cruz de la Real yAmericana Orden de Isabel laCatólica(4); y la de los caballerosgran cruz de la Orden de Cristoportuguesa(5). Simultáneamente,fijamos nuestra atención en laexpedición española enviada aOporto en la primavera-veranode 1847 para auxiliar a lasfuerzas gubernamentales por-tuguesas que combatían una in-surrección ocurrida en el nortede Portugal(6).

Además, he ido identificandopacientemente por su fisionomíaa todos y cada uno de los per-sonajes militares que han idoapareciendo en las tres rela-ciones y que fueran susceptiblesde asemejarse al retratado, me-diante comparación con otros re-tratos suyos localizados y cono-cidos: así los generales Montes,Tena, San Miguel, Chacón, Corti-na, Figueras, Sanz y Soto, Gar-cía-Loygorri, Carratalá, Messina,

Calonge, La Torre, La Valette y Belestá; pero tambiénMata y Alós, Manso, Ortega, Lersundi, Blaser, Vilallon-ga, Luxán, Osuna y Alesón.

El resultado ha sido bastante preciso: el person-aje retratado no puede ser otro que don Francisco de LaValette, mariscal de campo procedente del Cuerpo deEstado Mayor, que efectivamente tuvo las grandescruces de las Órdenes de Isabel la Católica (15 de juliode1847), y de Cristo (2 de septiembre de 1847), así co-mo dos cruces de primera clase de San Fernando (ac-ción de Muez, 25 de mayo de 1834; acción de Aspai, 2de junio de 1839), y las medallas de distinción de la Fi-delidad Militar, del Tercer Sitio de Bilbao y de la toma deIrún.

I D E N T I F I C A C I Ó N D E U N A M I N I AT U R AD E L A C O L E C C I Ó N M A R T Í N E Z L A N Z A S :

E L R E T R AT O D E L G E N E R A L L A VA L E T T E

por el Dr. Marqués de La Floresta, Cronista de Armas de Castilla y León

DE RE ICONOGRAFICA

Retrato en miniatura del mariscal de campo donFrancisco de La Valette y Rada (1797-1851), en la

Colección Martínez Lanzas

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [29]

La identificaciónse confirma mediantecomparación con otro re-trato que se conserva delgeneral La Valette: setrata de la bella litografíade J. Tolosa, estampadapor Fourquemain enParís y publicada por elcapitán don PedroChamorro Baquerizo ensu Estado Mayor Gener-al del Ejército Español,en el tomo de mariscalesde campo (Madrid,1854). El parecido es to-tal, y el uniforme queluce el general La Valettees el mismo que ennuestra miniatura, salvoen cuanto a las charreteras, que han desapareci-do como es natu ral, alhaberse realizado de-spués de 1849 en quedejaron de ser reglamen-tarias. También luce enesta litografía otras con-decoraciones recibidas apartir de 1847: la placa ybanda de la gran cruz dela Real y Militar Ordende San Hermene gildo (9de marzo de 1850), y laplaca de la cruz de ter-cera clase de la Real yMili tar Orden de SanFernando (28 de octu bre de 1850).

Don Francisco de La Valette Parisot y Radanació en la isla de San Fernando, en Cádiz, el 9 de juliode 1797, vástago de una noble familia de origen francés,emparentada con el célebre gran maestre de la Ordende San Juan que fundó la capital de Malta(7). En abril de1814 ingresó como cadete en el Real Colegio de Ar-tillería, y tras cursar sus estudios con gran brillantez enMallorca y en Segovia fue promovido a subteniente en1818, dedicándose hasta 1822 al estudio de lasmatemáticas superiores, la física y la química. Sirviósucesivamente en la fábrica de bronces de Sevilla (1820-1822) y en la Capitanía General de Aragón (1822-1823),hasta que la entrada en España de los Cien Mil Hijos deSan Luis le llevó a campaña, distinguiéndose en la ac-ción del puente de Guadalajara, bloqueo de Mequinen-za, acción de Alcira, en la que mereció el ascenso a te-niente. El triunfo de los absolutistas le dejó inactivo hastaque en 1827 pasó al 1er Regimiento, con el que prestóservicio en Tarragona y Reus, siendo destinado en 1828a la Academia del Arma en el 1er Departamento, y en1830 de nuevo a la fundición de bronces sevillana. Enenero de 1833 pasó al Arma de Infantería, y como tal

sirvió en el Regimiento deSan Fernando y en el 2ºRegimiento de la GuardiaReal. El inicio de laprimera guerra carlista lellevó al ejército del Nortecomo secretario de cam-paña del general en jefe,y entonces se halló en laacción de Muez, dondeganó una cruz de SanFernando. Poco despuésvolvió a Madrid como se-gundo jefe de la planamayor de la CapitaníaGeneral de Castilla laNueva, y tras su ascensoa segundo comandantese distinguió durante lossucesos revolucionariosde enero y de agosto de1835, mereciendo el as-censo a primer coman-dante de la Guardia Real.

En el verano de 1836volvió al ejército del Nortecomo ayudante de suPlana Mayor General,participando en el levan-tamiento del tercer sitiode Bilbao y acciones deBurceña, Castrejana, Lu-jia, Sondica y monte delas Cruces, y batalla deLuchana. En 1837 se hal-ló en la expedición a Du-

rango y Elorrio, combatió en las líneas de Galdácano,monte de Lemona y parapetos de Argoiti, en el puente deIbarra y en Zornoza, donde ganó sobre el campo el em-pleo de coronel de Infantería. Después participó en lasoperaciones sobre las líneas de Hernani, San Sebastián,Irún y Fuenterrabía.

En septiembre regresó a Madrid para participaren la defensa de la villa y corte, amenazada por la Expe-dición Real encabezada por Don Carlos, y luego pasó ala Plana Mayor General del ejército del Centro ya comocoronel del nuevo Cuerpo de Estado Mayor. Se halló asíen el socorro de Lucena del Cid, y en la expedición con-tra Morella y su sitio, y su difícil retirada por Portes. Enoctubre pasó al ejército de Cataluña, y poco después alde reserva, en Andalucía. En 1839 pasó a Galicia comojefe del Estado Mayor de su Capitanía General, y en laacción de Aspai (Lugo) ganó una segunda cruz de SanFernando.

Brigadier de Infantería desde marzo de 1840, hi-zo dimisión de su mando en septiembre pero fue re-puesto al año siguiente, pasando en febrero de 1843 a laCapitanía General de Casti lla la Vieja, en Valladolid, co-mo jefe del Estado Mayor. Mariscal de campo desde en-

Retrato del general La Valette dibujado por J. Tolosa, litografiado porFourquemain y publicado en 1854 por el capitán Chamorro en su

célebre obra sobre el Generalato español de entonces.

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ero de 1844, fue nombrado superin-tendente de las minas de Almadén,donde prestó muy buenos servicios.En julio de 1843 renunció tal destino,pasó a Cádiz, y enseguida fue nom-brado segundo cabo de la CapitaníaGeneral de Castilla la Vieja. En en-ero de 1847 fue nombrado capitángeneral interino de Castilla la Vieja, yen abril se puso a las órdenes del tit-ular, don Manuel Gutiérrez de laConcha, que le dio el mando de la 1ªDivisión del ejército de 12.000 hom-bres destinado a entrar en Portugalen auxilio de la Reina María II. Verifi-cada la expedición,se halló en Portugaldesde el 1º de mayoal 31 de julio, logran-do entrar en Oporto yacabar con la suble-vación lusitana, porcuyo servicio merecióluego la gran cruz deIsabel la Católica, y lade Cristo portuguesa.

D e s p u é svolvió a ser segundocabo de Castilla laVieja, en marzo de1850 obtuvo la gran cruz de la Orden de SanHermenegildo, y poco después la cruz de terce ra clasede la de San Fer nando. Un año más tarde, en octubre de1851, fue destinado a Cuba como segundo cabo de la is-la: allí fomentó notablemente el desarrollo económico ylas mejoras administrativas, y reorganizó las fuerzas mil-itares. En octubre de 1854 volvió a la Península a bordodel vapor Isabel II; pero durante la exagerada cuarente-na a que se sometió al buque, el 9 de diciembre de 1854murió el general La Valette en el lazareto de Mahón, aconsecuencia del vómito negro. Sus restos recibierondespués sepultura en Cádiz(8).

Se había casado en 1829 con doña María Con-solación de Herrera Dávila y Loizaga (*Jerez de la Fron-tera 1805 y †Cuba 9 de noviembre de 1860), hija de uncapitán de navío gallego y de una dama habanera, am-bos de ilustre prosapia; de cuya unión nacieron varioshijos. Pero la familia del general La Valette quedó a lamuerte de éste en muy mala situación económica, porno tener derecho al Montepío militar(9).

En conclusión, el personaje retratado en laminiatura número 262 de la colección Martínez-Lanzasde las Heras, es sin duda alguna el mariscal de campodon Francisco de La Valette (1797-1854); y la obra hubode ser realizada entre el mes de septiembre de 1847 (enque recibió la gran cruz de la Orden de Cristo, teniendodesde poco antes la de Isabel la Católica, y luce ambasinsignias en el retrato), y el mes de marzo de 1850 (enque recibió la gran cruz de la Orden de San

Hermenegildo, y poco después lacruz de 3ª clase de San Fernando,cuyas insignias no luce en este retra-to miniatura).

No me ha sido posible identificaral artista que pintó esta miniatura,sin duda diestro en esta especiali-dad: pero cabe sospechar con bas-tante fundamento que la obra se re-alizó en la ciudad de Valladolid,porque en ella residió constante-mente el general La Valette duranteel mencionado periodo de su vida.

N O T A S

1. Puede verse parte deesta soberbia colecciónen http://colecciondem-iniaturas.blogspot.com.

2. Aunque Martínez Lan-zas y Sorando han sug-erido que se tratase delgeneral Rodil, ello eraciertamente poco proba-ble, toda vez que se tra-ta de un personaje quefungió veinte años antes,y que sin duda lucióotros uniformes bien dis-tintos al del Cuerpo de

Estado Mayor, sobre todo desde que en 1841 fue elevado a lasuprema dignidad de capitán general de los Ejércitos.

3. Tomada de cada Escalafón del Cuerpo que anualmente publi-caba entonces por el Ministerio de la Guerra.

4. Tomada de la Guía de Forasteros publicada oficialmente concarácter anual.

5. Según consta en los Arquivos Nacionais-Torre do Tombo, enLisboa: Ministério do Reino, libro 915. Agradezco la inapreciableayuda que en este punto me ha prestado mi excelente amigo elgran genealogista lisboeta don Lourenço Correia de Matos.

6. Sobre este asunto puede consultarse los escritos de CarlosMARTÍNEZ DE CAMPOS SERRANO, Duque de la TORRE, Es-paña Bélica. El siglo XIX (Madrid, 1961), pág. 168; y de Gonzalode PORRAS RODRÍGUEZ DE LEÓN, Dos intervenciones mil-itares hispano-portuguesas en guerras civiles del siglo XIX(Madrid, 2001).

7. Marqués de VALDELOMAR, “Descendencia gerundense delcélebre Juan de La Valette-Parisot, Gran Maestre de la OrdenMilitar de San Juan, fundador de la ciudad de La Valeta en 1566,isla de Malta”, en Hidalguía, 108 (1971), págs. 619-624. Este au-tor usó como fuente principal una Relación de méritos y serviciosde la familia de La Valette-Parisot originaria de la Provincia deRouergue en Francia, escrita en 1793, que se conserva en elArchivo General del Ministerio de Justicia, legajo 2906.

8. AGM Segovia, 1ª Sección (Personal), legajo B-323; y San Fer-nando, legajo 1766. Pedro CHAMORRO BAQUERIZO, EstadoMayor General del Ejército Español, tomo de mariscales de cam-po (Madrid, 1854).

9. AGM Segovia, 1ª Sección (Personal), legajo L-4.

Cuadernos de Ayala 44 - OCT/2010 [30]

Armerías del general La Valette, y facsímil de su firma, estampadas al piedel retrato litográfico de J. Tolosa

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [31]

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Cuadernos de Ayala 45 - ENE/2011 [32]

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[2] Editorial: El Grupo de Estudos da Ordem deSantiago, en ejemplo a seguir

[5-7] Novedades, cursos y encuentros culturales[8-13] Consideraciones sobre las Órdenes de Estado

nobilitantes en el reino de España, por el Dr. D.Alfonso de Ceballos-Escalera Gila

[14-17] Acerca de la nobleza de las familias mozára-bes de Toledo, por D. José Antonio Dávila Gar-cía-Miranda

[17-20] De las cuatro Órdenes Militares españolas,extinguidas en 1931, y de sus sucedáneos ac-tuales, por el Dr. Alfonso de Ceballos-Escaleray Gila

[21] Noticia del escocés Andrés de Lennox, capitánde las Galeras de España, por D. Conrado Gar-cía de la Pedrosa y Campoy

[22-23] Revista de libros[24] Revista de revistas[25] Más sobre la Medalla de la Real Efigie del Rey

N.S.: una versión femenina y americana, por elVizconde de Ayala

[26-27] De personas y gentes[28-30] Identificación de una miniatura de la colec-

ción Martínez-Lanzas: el retrato de general LaValette, por el Dr. Marqués de La Floresta

[32] Versos de historia y tiempo: Todos somos raci-mos de una cepa, por el Dr. Diego de Torres Vi-llarroel

[32] Humor: Esquela de la Orden de Montes Claros

VERSOS DE HISTORIA Y TIEMPO

Mofa de las cruces de las Órdenes Militares

Cruz de Santiago seráque es peregrino un casado

quando con sus hijos va;de Alcántara porque tiene

siempre una verde esperanzade enviudar, quando no alcanza

lo que a su estado conviene;el que por dineros deja

de vivir a su plazery tiene vieja muger,

es Calatrava la Vieja;de Montesa, si hay sarao,

pues le vuelven montés luego;y si hay celos, que son fuego,

es de Sant’Antón el tao;y quando por el dineroes público socarrón,so sé si diga Tusón,

pues tray al pecho el carnero.

fray Lope Félix de Vega y CarpioEl sembrar en buena tierra

(1616)