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UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
Mantenedora
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC-CG
Mantida
MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
3ª EDIÇÃO
CAMPINA GRANDE-PB
2012
MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
3ª EDIÇÃO
ORGANIZAÇÃO
Profª. Ma. Maria Zélia Araújo: Professora da disciplina Sociologia e Saúde para os
cursos de Enfermagem e Fisioterapia e Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e
Extensão da UNESC Faculdades. Também é responsável pela edição e organização da
Revista de Ciências e Cultura – UNESCIÊNCIAS.
Profª. Ma. Fátima Daniela Lúcio Jorge Rocha: Coordenadora do Trabalho de
Conclusão de Curso para o Curso de Enfermagem e membro da Comissão Científica
da Revista de Ciências e Cultura – UNESCIÊNCIAS.
Profª. Esp. Eliane de Menezes Cabral: Professora da disciplina Didática Aplica a
Enfermagem, Coordenadora do Seminário Integrador para o curso de Enfermagem e
Coordenadora do Núcleo Pedagógico da UNESC Faculdades. Preside a Comissão
Própria da Avaliação da UNESC Faculdades.
Profª. Ma. Priscilla Indianara Di P. Pinto Taques: Professora das disciplinas:
Seminário em Fisioterapia, Metodologia da Pesquisa, TCC I e TCC II para o curso de
Fisioterapia, como também Coordenadora do Trabalho de Conclusão de Curso para o
mesmo curso.
Prof. Me. Eurípedes Gil de França: Professor das disciplinas História e Teorias da
Enfermagem e Exercício Profissional e Bioética do curso de Enfermagem.
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE-FAC-CG
DIRETORA-PRESIDENTE
LÍGIA DA COSTA FELICIANO
DIRETORIA ACADÊMICA
PROFº ME. DANILO DE OLIVEIRA ALEIXO
COORDENAÇÕES DE CURSO
PROFª ESP. LÍDIA MARIA ALBUQUERQUE MARQUES – FISIOTERAPIA
PROFª MA. JULIANA ANDREIA FERNANDES NORONHA – ENFERMAGEM
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DO TCC ......................................................................... 7
1.1 TCC .................................................................................................................................. 8
1.1.1 Papel do coordenador do TCC ................................................................................... 9
1.1.2 Papel do professor orientador .................................................................................. 10
1.1.3 Papel do aluno orientando ........................................................................................ 11
1.2 TCC – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ................................................................... 12
1.2.1 Escolha do orientador ............................................................................................... 12
1.2.2 Número de orientandos/orientador ......................................................................... 12
1.2.3 Escolha do tema ......................................................................................................... 12
1.2.4 Substituição do orientando ou orientador .............................................................. 12
1.2.5 Composição da banca ............................................................................................... 13
1.2.6 Local de defesa e recurso multimeio ........................................................................ 13
1.2.7 Abertura dos trabalhos para a defesa pública........................................................ 13
1.2.8 Entrega da versão final do TCC .............................................................................. 14
1.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO NO ATO DA DEFESA ............................................. 14
1.3.1 Apresentação gráfica................................................................................................. 14
1.3.2 Escrita ......................................................................................................................... 15
1.3.3 Margens ...................................................................................................................... 15
1.3.4 Parágrafo.................................................................................................................... 16
1.3.5 Espaçamento .............................................................................................................. 16
1.3.6 Numeração das páginas ............................................................................................ 16
1.3.7 Indicativo numérico da seção ................................................................................... 17
1.3.7.1 Título sem indicativo numérico ............................................................................... 18
1.3.8 Tabelas e ilustrações.................................................................................................. 18
1.3.8.1 Tabelas ..................................................................................................................... 19
1.3.8.2 Quadros .................................................................................................................... 20
1.3.8.3 Gráficos .................................................................................................................... 20
1.3.8.4 Ilustrações em geral ................................................................................................. 21
CAPÍTULO 2 – ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA ............................................... 23
2.1 PROJETO DE PESQUISA ............................................................................................. 24
CAPÍTULO 3 – ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ................. 25
3.1 DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS ............................................................................... 26
3.1.1 Elementos pré-textuais .............................................................................................. 27
3.1.1.1 Título do Trabalho ................................................................................................... 27
3.1.1.2 Nome dos Autores ................................................................................................... 28
3.1.1.3 Resumo .................................................................................................................... 28
3.1.1.4 Palavras-chaves ........................................................................................................ 28
3.1.1.5 Título do Trabalho em Língua Inglesa..................................................................... 29
3.1.1.6 Abstract e Keywords ................................................................................................ 29
3.1.1.7 Nota explicativa com informações acadêmicas sobre os autores ............................ 29
3.1.2 Elementos textuais....................................................................................................... 29
3.1.2.1 Introdução ................................................................................................................ 30
3.1.2.2 Método ..................................................................................................................... 32
3.1.2.3 Resultados ................................................................................................................ 38
3.1.2.4 Discussão ................................................................................................................. 38
3.1.2.5 Conclusões ............................................................................................................... 38
3.1.3 Elementos pós-textuais ................................................................................................ 38
3.1.3.1 Referências ............................................................................................................... 39
3.1.3.2 Apêndices ................................................................................................................. 39
3.1.3.3 Anexos ..................................................................................................................... 39
3.2 MODELO FINAL DO TRABALHO ............................................................................. 40
CAPÍTULO 4 – REFERÊNCIAS .............................................................................................. 41
4.1 MONOGRAFIA (LIVRO, MANUAL, RELATÓRIO, ENCICLOPÉDIA ETC.) ........ 42
4.2 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS .................................................................................... 44
4.3 EVENTOS ...................................................................................................................... 45
4.4 PATENTE ...................................................................................................................... 46
4.5 DOCUMENTO JURÍDICO ........................................................................................... 46
4.6 MULTIMEIOS (CD ROM, DVD, DISQUETE, ETC.) ................................................. 47
4.7 DOCUMENTOS EXCLUSIVAMENTE ELETRÔNICOS ........................................... 47
4.8 TRABALHOS ACADÊMICOS ..................................................................................... 48
CAPITULO 5 – CITAÇÕES ..................................................................................................... 50
5.1 CITAÇÃO DIRETA ....................................................................................................... 51
5.2 CITAÇÃO INDIRETA .................................................................................................. 52
5.3 CITAÇÃO DE CITAÇÃO ............................................................................................. 52
5.4 SISTEMA DE CHAMADA DAS CITAÇÕES.............................................................. 53
CAPÍTULO 6 – OUTRAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO GRÁFICA .................................. 55
6.1 FÓRMULAS E EQUAÇÕES (ABNT NBR 14724, 2011) ............................................ 56
6.2 NUMERAIS ................................................................................................................... 56
6.2.1 Frações........................................................................................................................ 57
6.2.2 Porcentagem .............................................................................................................. 57
6.2.3 Ordinais ...................................................................................................................... 57
6.2.4 Quantias ..................................................................................................................... 57
6.2.5 Algarismos romanos .................................................................................................. 58
6.3 HORÁRIOS .................................................................................................................... 58
6.4 DATAS (ABNT NBR 5892, 1989) ................................................................................ 58
CAPITULO 7 – DIMENSÕES E ENTREGA DO ORIGINAL .................................................. 59
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 61
APÊNDICES ............................................................................................................................ 64
6
APRESENTAÇÃO
O presente documento descreve e exemplifica, clara e resumidamente, as diversas
diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)1 referentes à formatação
do Trabalho de Conclusão de Curso. Visa propiciar a utilização prática e rápida das normas
para produção científica de qualidade. Desta forma, todo o conteúdo deste documento é
baseado nas recomendações da ABNT.
Ao iniciar um Trabalho de Conclusão de Curso tem-se como primeiro passo a
elaboração de um projeto de pesquisa que, dependendo de sua natureza e finalidade, deverá
ser encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa. Portanto, todos os trabalhos acadêmicos
produzidos na Faculdade de Campina Grande – FAC-CG deverão seguir as normas técnicas
aqui expostas.
1ABNT NBR 14724 (2011); NBR 6022 (2003); NBR 6023 (2002); NBR 6024 (2003); NBR 6027 (2003); NBR
6028 (2003); NBR 6032 (1989);NBR 6034 (2005); NBR 10520 (2002); NBR 12225 (2004); NBR 15287 (2006).
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DO TCC
8
1.1 TCC
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) consiste no grande esforço desenvolvido
pelo graduando na sua fase inicial de produção intelectual, como também no
desenvolvimento individual de um estudo sob a orientação de docente com experiência e
conhecimento aprofundado na área em que está inserido o tema de estudo. Trata-se de um
trabalho organizado de compilação promovendo reflexão e aprofundamento daqueles já
apreendidos na graduação. Não há TCC sem pesquisa científica. O trabalho acadêmico exige
investigação científica e muitas vezes esta não vai além dos limites da documentação e da
reflexão analítica e crítica. O importante neste caso é saber exercer a reflexão.
A proposta acadêmica do TCC nos cursos de graduação visa treinar o estudante nas
atividades de leitura-estudo, análise de texto, crítica e discussão de ideias e nas habilidades de
síntese. Neste sentido, o TCC será desenvolvido em formato de artigo científico, de acordo
com o regulamentado pela NBR 6022.
O artigo científico é uma proposta de apresentação dos achados da pesquisa científica
que requer escrita segundo a norma culta, raciocínio e reflexão na análise das variáveis,
objetividade, coesão textual, simplicidade e clareza. A exequibilidade destas características
possibilita a explanação dos achados científicos de forma sucinta, não exaustiva, sem margem
para repetição desnecessária de informações, otimização do tempo para avaliação, correção e
apresentação do trabalho.
O resultado final será o produto da cooperação entre discente e orientador, ampliando
o horizonte para publicação do trabalho em periódicos de grande circulação, enaltecendo os
autores e as instituições promotoras.
Para tanto, a presente proposta de trabalho conta com a atuação de três atores, são eles:
coordenador de TCC, orientador e orientando.
9
1.1.1 Papel do coordenador do TCC
Publicar a relação do Corpo Docente disponível para orientação com respectivas
linhas de pesquisa/extensão, mediante a disponibilidade dos professores analisada pela
Coordenação do Curso;
Apresentar e discutir com alunos e professores a Resolução, que fixa normas que
regulamentam o Componente Curricular;
Entregar a Carta de Aceite (APÊNDICE A) aos alunos matriculados no TCC;
Apresentar a estrutura organizacional do TCC da Faculdade de Campina Grande –
FAC-CG aos alunos e professores;
Receber a Carta de Aceite entregue pelo (a) aluno (a), quinze dias após o primeiro dia
do ano letivo;
Fazer o levantamento de orientadores (as) a partir da Carta de Aceite;
Apresentar a estrutura do Projeto de Pesquisa/Extensão aos alunos;
Discutir as normas vigentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
Disponibilizar as Normas Técnicas vigentes, bem como o Manual do TCC da UNESC
Faculdades;
Receber o projeto entregue pelo aluno e assinado pelo orientador, de acordo com as
normas estabelecidas;
Apresentar a estrutura do Trabalho de Conclusão de Curso;
Realizar reuniões com os orientadores quando necessário;
Organizar calendário de defesa dos TCCs, em consonância com o calendário escolar
da instituição;
Apresentar aos alunos a forma como será realizada a defesa pública do TCC e o
instrumento de avaliação dos mesmos, de acordo com o regulamento da IES;
Organizar coletânea dos trabalhos;
Catalogar os trabalhos acadêmicos na íntegra;
Enviar as versões finais dos TCCs à biblioteca;
Emitir declarações da orientação e da banca examinadora.
10
1.1.2 Papel do professor orientador
Orientar os acadêmicos na escolha do tema, elaboração e execução do TCC, segundo
calendário acadêmico e jornada de atividades pré-estabelecidas pelo CONSEPE
(Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão);
Programar o calendário de encontros de orientação com o(s) orientado(s), no inicio do
semestre, e informar este calendário ao Coordenador do TCC;
Dar orientação individual, com atendimento semanal de meia hora para cada
orientando;
Conduzir o desenvolvimento do projeto de pesquisa indicando bibliografia específica;
Sugerir ao Coordenador do TCC normas ou instruções destinadas a aprimorarem o
processo de elaboração e execução do TCC;
Participar de reuniões, convocadas pela Coordenação do Curso, para tratar dos
assuntos relativos ao TCC;
Emitir relatórios periódicos sobre o desempenho e a avaliação dos acadêmicos,
conforme a Ficha de Controle de Frequência (FCF);
Preparar o orientando para a defesa pública do TCC;
Presidir sessão de defesa pública a ser realizada de acordo com o calendário
acadêmico da FAC-CG;
Orientar no mínimo um (1) e no máximo cinco (5) projetos de pesquisa. Casos
especiais serão examinados pelo Coordenador do TCC e do Curso;
Indicar à Coordenação do TCC a formação da Banca Examinadora;
Avaliar o conteúdo e a qualidade do TCC em andamento e liberar ou vetar a
apresentação e julgamento perante banca examinadora;
Marcar a data da defesa púbica, no período determinado pela Coordenação do TCC, de
acordo com o calendário acadêmico vigente;
Tomar todas as medidas cabíveis seja de caráter de orientação ou administrativo,
previstas neste Regulamento e demais normas pertinentes.
11
1.1.3 Papel do aluno orientando
Elaborar o pré-projeto do TCC sob orientação do professor responsável pelo
componente curricular TCC I e desenvolver o projeto de pesquisa sob orientação do
professor-orientador;
Frequentar as reuniões convocadas pelo professor-orientador, correspondendo a o
mínimo de 75% da frequência geral;
Manter contatos periódicos com o professor-orientador, que devem ser previamente
agendados no início do período letivo, através do preenchimento das fichas de
inscrição do TCC (APÊNDICE B), de acordo com este Regulamento;
Responder as exigências das diferentes etapas do TCC: elaboração do projeto e versão
final do artigo científico;
Cumprir o calendário divulgado pela Coordenação do TCC e aprovado pelo Colegiado
do Curso;
Realizar a entrega dos exemplares finais do artigo no período estipulado no calendário
semestral do TCC II, entregue pela coordenação;
No caso de alteração do tema do TCC, entregar ao Coordenador do TCC o novo
projeto, com a anuência do professor-orientador;
Informar por escrito à Coordenação do TCC sobre eventuais problemas e dificuldades
no processo de orientação;
Em caso de solicitação de mudança de orientador, serão considerados os relatórios de
desempenho e avaliação preenchidos pelo orientador e uma justificativa por escrito
sobre os motivos dessa solicitação;
Elaborar a versão final do TCC, obedecendo às normas e instruções deste regulamento
e outras aprovadas pelos órgãos colegiados e executivos da Instituição;
Encaminhar cópia final a banca examinadora, para apreciação, em até oito dias antes
da data marcada para a defesa;
Comparecer no dia, hora e local determinados pelo Coordenador do TCC, segundo o
calendário estabelecido, para a defesa do trabalho final, perante Banca Examinadora.
12
1.2 TCC – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
A estrutura obedece a uma sequência organizada de padrões normatizados pela ABNT.
1.2.1 Escolha do orientador
Caberá ao coordenador do TCC a sugestão do Professor/Orientador para o aluno
conforme linha de pesquisa do projeto. O aluno deverá solicitar Carta de Aceite do professor e
encaminhá-la ao coordenador do TCC.
1.2.2 Número de orientandos/orientador
Cada professor deverá orientar no mínimo um (1) e no máximo cinco (5) alunos por
semestre, perfazendo uma carga horária de vinte minutos, semanal, por orientando.
1.2.3 Escolha do tema
Caberá ao aluno a escolha do tema de acordo com as Linhas de Pesquisa/Extensão do
Projeto Pedagógico do Curso, em consonância com a área de atuação do orientador.
1.2.4 Substituição do orientando ou orientador
Deverá o (a) orientador (a) ou orientando (a) encaminhar por escrito à Coordenação do
TCC de cada curso a justificativa da substituição.
13
1.2.5 Composição da banca
A banca examinadora será composta pelo professor orientador e dois professores
convidados, de áreas afins ao tema defendido.
A formação da Banca Examinadora será realizada através da indicação, pelo
orientador, de dois professores de áreas afins, desde que estes não tenham nenhum vínculo de
parentesco com o candidato. Obrigatoriamente, o primeiro examinador deve fazer parte do
corpo docente do curso em questão. O segundo examinador pode ou não estar ligado ao curso,
ou ser professor externo convidado, desde que esteja vinculado a Instituição de Ensino
Superior – IES ou matriculado em curso de pós-graduação Stricto sensu devidamente
reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.
Após a indicação, a Coordenação do TCC poderá aprovar a indicação ou sugerir
substituição.
1.2.6 Local de defesa e recurso multimeio
Caberá ao Coordenador do TCC reservar o espaço para defesa do TCC e os recursos
audiovisuais.
1.2.7 Abertura dos trabalhos para a defesa pública
A defesa pública do TCC deverá ser aberta pelo presidente da banca examinadora
(orientador).
Na defesa do Trabalho de Conclusão de Curso, o aluno terá o tempo mínimo de 15
minutos e máximo de 20 minutos para sua apresentação, tendo a Banca Examinadora 30
minutos para as devidas arguições.
14
1.2.8 Entrega da versão final do TCC
A entrega do exemplar final se dará em até quinze dias após a defesa. O aluno deverá
entregar o TCC, na versão final, em CD, com cópia do artigo em formato Word 97/2003 ou
2010, em embalagem própria para a mídia, com capa padronizada definida pela UNESC
Faculdades.
1.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO NO ATO DA DEFESA
A nota final do componente curricular Trabalho de Conclusão de Curso II – TCC II
será obtida por meio da média aritmética da Banca Examinadora, de acordo com os aspectos
definidos na ficha de avaliação do TCC (APÊNDICE C).
A nota final deverá ser registrada pelo coordenador do TCC após a entrega do
exemplar final do artigo científico. No ato da apresentação do TCC, o professor orientador
anunciará ao aluno e a todos os presentes, por meio da leitura da ata da defesa pública, a
aprovação ou reprovação do trabalho. O orientador não atribuirá nota nesta avaliação, apenas
presidirá a banca.
1.3.1 Apresentação gráfica
O texto deve ser apresentado em papel branco, formato A4 (2,10 cm x 29,7 cm),
digitado na cor preta e impresso apenas no anverso da folha. O texto deve ser escrito
conforme estrutura padronizada pela Instituição.
Utilizar-se-á fonte Times New Roman tamanho 12 para o texto e paginação, e tamanho
10 para citações com mais de três linhas, notas de rodapé. Para legendas das ilustrações,
quadros e tabelas, fonte 11. O tamanho da fonte para as seções primárias será 12. Poder-se-á
utilizar seções secundárias caso haja necessidade de melhor explicar os resultados da pesquisa
15
(p.ex.: descrever categorias temáticas em pesquisa qualitativa), no entanto o uso de apenas
seções primárias é suficiente para alocar e explicar todas as etapas da investigação.
A página também poderá ser acompanhada de figura ou fotografia, desde que seja
descrita a fonte, com registro nas referências, ou créditos para fotógrafo. Neste caso, a
numeração não deverá ser mostrada.
1.3.2 Escrita
Times New Roman, espaço entre linhas 1,5;
Título do trabalho (em português e inglês): fonte 12, caixa alta, centralizado;
Nome dos autores: fonte 12, alinhado à direita, espaçamento simples, com informação
de rodapé a respeito da formação, maior titulação dos autores e atuação profissional;
Título do resumo: fonte 12, alinhado à esquerda, em negrito;
Corpo do resumo: fonte 12, justificado, espaçamento simples, no máximo 250
palavras;
Palavras-chaves: no mínimo três e no máximo cinco, utilizando-se dos Descritores em
Ciência da Saúde;
Texto: fonte tamanho 12;
Seções primárias: fonte tamanho 12, em negrito, em caixa alta;
Seções secundárias: fonte tamanho 12, em caixa alta;
Citações diretas longas (com mais de três linhas): fonte tamanho10, recuadas a quatro
centímetros da margem esquerda;
Nome que faz referência às tabelas, ilustrações e fonte: negrito, fonte tamanho 11,
precedida de um ponto e o numeral referente;
Texto do título de ilustrações e tabelas e da fonte: fonte tamanho 11.
1.3.3 Margens
As folhas devem apresentar:
16
Margem esquerda: 3 cm;
Margem direita: 2,5 cm;
Margem superior: 3 cm
Margem inferior: 2,5 cm.
Alinhamento do texto: justificado;
Alinhamento das seções primárias e secundárias: justificado (deve localizar-se à
esquerda);
Alinhamento do título dos agradecimentos, dedicatória e referências:
centralizado;
Recuo de parágrafo para citação direta longa (com mais de três linhas): quatro
(4) cm.
1.3.4 Parágrafo
O parágrafo (recuo da primeira linha) deve estar a 1,25 cm da margem.
1.3.5 Espaçamento
O espaçamento entre as linhas do texto deverá ser 1,5 cm. No entanto, as citações com
mais de três linhas, as notas, as referências, as legendas das ilustrações e tabelas devem ser
digitados em espaço simples. O espaçamento entre os parágrafos e os capítulos de seções e
subseções deve ser um espaço de 1,5 cm entrelinhas.
As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço
simples, serem apresentadas em ordem alfabética e seguir as normas da NBR 6023 (ABNT,
2002), de acordo com o tipo da fonte pesquisada: livro, revista, site, monografia, jornal, etc.
1.3.6 Numeração das páginas
17
Deverá ser colocada em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha,
mesma fonte que a utilizada no corpo do trabalho, a 2 cm da borda superior (tamanho da fonte
12). Começa-se a contar as páginas a partir da primeira, mas a numeração somente deve
aparecer da segunda página em diante.
Figura 1. Exemplo de margem, parágrafo, espaçamento e citação longa em
um trabalho acadêmico.
Fonte. Confeccionados pelos autores (2012).
1.3.7 Indicativo numérico da seção
Adotar a numeração progressiva para as seções do documento, a qual deve preceder o
título, alinhada à esquerda, separada por um espaço de caractere, em caixa alta.
18
1.3.7.1 Título sem indicativo numérico
Ocorre nos agradecimentos, dedicatória e referências. Todos devem aparecer
centralizados na página, em negrito, caixa alta, e o tamanho da fonte deverá ser 12.
1.3.8 Tabelas e ilustrações
A fonte é a indicação da entidade responsável pela coleta de dados, sejam dados da
própria pesquisa ou dados coletados de outras. O temo “Fonte”, deve ser citado em fonte
tamanho 10, em negrito, precedido de um ponto e logo após, um espaço de caractere. O texto
indicativo da fonte dos dados deve ser citado em versal, fonte tamanho 11, sem negrito, com
espaçamento entre linhas simples, logo abaixo da linha de fechamento da mesma.
O título é a descrição da tabela ou da ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas,
fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos, figuras e outros) e deve
ser citado no corpo do texto a que se refere. Sua identificação aparece da palavra designada
(tabela, mapa, figura...), seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em
algarismos arábicos. O termo “Título” deve ser citado em fonte tamanho 11, em negrito,
precedido de um ponto e logo após, um espaço de caractere. O texto indicativo do título deve
ser citado em versal, fonte tamanho 11, sem negrito, com espaçamento entre linhas simples.
Deve ser apresentado acima da ilustração ou tabela, segundo a NBR 14724 (ABNT, 2011).
Para ilustrações, o título da ilustração deve ficar logo abaixo, e na linha seguinte, a
indicação de fonte.
Para tabelas, deve-se seguir a normalização do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O título da tabela a precede, e o indicativo de fonte, localiza-se logo
abaixo, alinhados ao tamanho da tabela. A fonte deve conter o período e o local onde os foram
coletados e os detalhes do evento.
As tabelas não apresentam linhas verticais e devem ser abertas nas laterais. Quando
uma tabela ocupar mais de uma página, não será delimitada na parte inferior, devendo-se
repetir o cabeçalho na página seguinte. O espaço entrelinhas deve ser igual a um (1) cm. Caso
algum valor ou unidade mereçam explicação, esta poderá ser salientada com um asterisco
19
abaixo da tabela (colocar o mesmo símbolo ao lado direito e acima do valor em destaque)
(IBGE, 2006).
Para maiores informações sobre apresentação de tabelas, consultar a publicação
“Normas para apresentação tabular – 2006” do IBGE (IBGE, 2006).
1.3.8.1 Tabelas
As fontes dos dados usados na tabela devem ser escritas abaixo dela. “Para tabelas
extraídas de documentos publicados é necessário referenciar tais documentos” (PORTELA,
2005, p. 40). A referência da fonte só precisa estar completa quando aparecer pela primeira
vez no texto. Elas devem ser abertas lateralmente, tendo somente uma linha horizontal
superior e outra inferior. “Deve-se restringir o uso de traços tanto na horizontal, como
vertical, usando-os apenas para separar os títulos das colunas nos cabeçalhos” (PORTELA,
2005, p. 40-41) (VIDE EXEMPLO).
As tabelas pequenas ficam centralizadas, e tabelas grandes podem:
Ficar na horizontal;
Ficar isoladas numa página;
Desmembrá-la em partes, colocando uma abaixo da outra, separadas por traço
horizontal duplo (PORTELA, 2005, p. 42);
Dividir a tabela, inserindo a expressão ‘continua’ repetindo o cabeçalho, para
facilitar ao leitor saber sobre quais elementos se está referindo sem ter que
voltar a página (PORTELA, 2005, p. 42).
EXEMPLO:
Tabela 1. Título explicativo da tabela
MÊS NÚMERO ÍNDICE
VARIAÇÃO (%)
NO MÊS 3 MESES SEMESTRAL NO ANO
agosto – – – – –
setembro – – – – –
outubro – – – – –
novembro – – – – –
20
dezembro – – – – –
janeiro – – – – –
fevereiro – – – – –
Fonte. Local de onde foram retirados os dados (ANO).
1.3.8.2 Quadros
Os quadros compreendem ilustrações que contêm informações textuais e seus quatro
lados fechado. (PORTELA, 2005, p. 40) (VIDE EXEMPLO).
Títulos e fontes devem aparecer abaixo dos quadros.
EXEMPLO:
Características de pessoas
Características de domicílio
Tamanho da
estimativa
Erro padrão
aproximado
Tamanho da
estimativa
Erro padrão
aproximado
100
500
1.000
2.000
5.000
10.000
20.000
50.000
100.000
150.000
200.000
500.000
557.526
26
58
83
117
184
259
363
557
748
865
936
593
0
100
500
1.000
2.000
5.000
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
100.000
131.580
26
58
82
116
181
251
340
398
436
460
405
0
Quadro 1. Erro padrão aproximado para alguns tamanhos de estimativas
para características de pessoas e domicílios do Acre.
Fonte. Diretoria de Pesquisa, Sendo Demográfico: migração e
deslocamento (IBGE, 2000, p. 8).
1.3.8.3 Gráficos
21
Eles “facilitam as demonstrações de dados em um trabalho” (PORTELA, 2005, p. 41).
Títulos e fontes devem aparecer abaixo do gráfico, centralizados, em negrito, tamanho 11
(VIDE EXEMPLO).
É essencial que o gráfico apresente as respectivas legendas.
EXEMPLO:
Gráfico 1. Distribuição percentual do PIB, durante os quatro trimestres do ano
de 2008, para os estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Fonte. IBGE, 2009.
1.3.8.4 Ilustrações em geral
Compreendem mapas, fotografias, desenhos, fórmulas, diagramas, fluxogramas etc.
Títulos e fontes devem aparecer embaixo das ilustrações (tamanho 11, negrito, alinhado à
esquerda). “Para ilustrações extraídas de documentos publicados é necessário referenciar tais
documentos” (PORTELA, 2005, p. 40) (VIDE EXEMPLO).
EXEMPLO:
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim
MT
GO
MS
22
Figura 2. Superfícies de projeção desenvolvidas em um plano.
Fonte. IBGE, 2006.
CAPÍTULO 2 – ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA
24
2.1 PROJETO DE PESQUISA
A primeira etapa da elaboração do TCC é o projeto de pesquisa. Segundo Gil (2009, p.
19), o projeto de pesquisa é definido como “o documento explicitador das ações a serem
desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa”.
O modelo do Projeto de Pesquisa adotado pela UNESC Faculdades é uma adaptação
da ABNT NBR 15287 – Informação e documentação – Projeto de pesquisa – Apresentação
(2006), porém, cada curso poderá adequar seus projetos as necessidades especificas da área.
Esse deverá constar de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, a saber:
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS OBRIGATÓRIOS: capa, folha de rosto e sumário;
ELEMENTOS TEXTUAIS OBRIGATÓRIOS: introdução, justificativa, objetivos, referencial
teórico, metodologia e cronograma de execução; ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
OBRIGATÓRIOS: referências, apêndices e anexos (Estes dois últimos, quando houver).
Apesar da recomendação para formatação do projeto de pesquisa (supracitadas), o
aluno deverá observar as normas exigidas pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP), via Plataforma Brasil, onde será submetida à proposta de trabalho. Recomenda-se
que o projeto não ultrapasse quinze laudas.
CAPÍTULO 3 – ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE CURSO
26
Segundo a ABNT NBR 6022 o artigo científico é parte de uma publicação com autoria
declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas
diversas áreas do conhecimento. O artigo científico pode ser caracterizado como original ou
de revisão.
Artigos originais são trabalho de pesquisa com resultados inéditos, frutos de pesquisa
de campo, com metodologia e resultados claramente expostos e discussões que agreguem
valor ao estudo. Artigos de revisão são trabalhos de pesquisa com resultados baseados em
dados secundários, síntese de múltiplos estudos publicados e que possibilitem conclusões
gerais a respeito de um tema específico, contribuindo para aprofundamento na área do
conhecimento.
Ao elaborar qualquer trabalho acadêmico, torna-se necessário, primeiramente,
visualizar a sua estrutura geral, que, neste caso, será composta de três partes. Importa
conhecer e planejar todos os elementos e, antes de redigir o trabalho, pensar em cada um deles
e na sua localização no documento.
As três partes que compõem a estrutura de um artigo científico são:
Elementos Pré-textuais;
Elementos Textuais;
Elementos Pós-textuais.
3.1 DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS
Os elementos, obrigatórios e opcionais, devem ser dispostos de acordo com a ordem
sequencial demonstrada abaixo.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS:
Título do trabalho;
Nome dos autores;
Resumo;
Palavras-chaves;
Título do trabalho em Língua Inglesa;
Abstract;
27
Keywords;
Nota explicativa com informações acadêmicas sobre os autores.
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução;
Método;
Resultados;
Discussão;
Conclusões.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências;
Apêndice(s) (opcional);
Anexo(s) (opcional).
3.1.1 Elementos pré-textuais
Elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o texto com informações que
ajudam na identificação e utilização da obra. São escritos a partir da página de apresentação
do artigo (primeira página), podendo se estender para a segunda.
3.1.1.1 Título do Trabalho
O título do trabalho é a palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou conteúdo
de uma publicação. Deverá ser escrito no topo da folha, centralizado, espaçamento simples,
em caixa alta, fonte 12. O subtítulo refere-se a informações complementares ao título. Caso
haja, deverá seguir o título, após dois pontos, e escrito em caixa baixa.
28
3.1.1.2 Nome dos Autores
Os autores são pessoas físicas responsáveis pela criação do conteúdo intelectual ou
artístico de um documento. Serão dois os autores, sendo o primeiro o discente, e o segundo o
professor orientador.
Seus nomes estarão alinhados à direita, fonte 12, um espaço abaixo do título,
espaçamento simples entre os nomes dos autores, com indicativo de nota explicativa para
ambos.
3.1.1.3 Resumo
Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. Deve-se iniciar com a
indicação de “resumo”, em negrito, fonte 12, alinhado à esquerda, um espaço abaixo do nome
dos autores. Abaixo do título “Resumo”, após um espaço, dever-se-á redigir o corpo do
resumo, abordando sucintamente: Objetivos, Método, Resultados e Conclusões. O texto
referente a cada tópico deve ser precedido de sua indicação. Devem-se evitar uso de fórmulas,
equações, abreviaturas, siglas e citações, que, se imprescindíveis, devem ser escritas por
extenso. O resumo do artigo deverá conter até 250palavras, escrito em espaçamento simples e
justificado.
3.1.1.4 Palavras-chaves
Palavras representativas do conteúdo do documento, escolhidas em vocabulário
controlado. Utilizam-se os Descritores em Ciências da Saúde – DECS, mínimo de três,
máximo de cinco, um espaço após o resumo. O indicador “palavras-chaves” deverá vir
alinhado à esquerda, em negrito. As palavras-chaves estarão separadas entre si por ponto. Para
selecionar os descritores, consulta-se o site: http://decs.bvs.br/.
29
3.1.1.5 Título do Trabalho em Língua Inglesa
O artigo deverá ter o título (e subtítulo, caso haja) traduzidos para o inglês. Seguem-se
as mesmas normas estabelecidas para o título em português.
3.1.1.6 Abstract e Keywords
O resumo em língua inglesa deve ser a tradução fiel do resumo em português. As
mesmas normas do resumo aplicam-se ao abstract. Devem-se conter os seguintes elementos:
Objectives, Method, Results e Conclusions.
Após o texto adicionar as Keywords, termos em inglês correspondentes às palavras-
chaves em português. Também estão disponíveis no site: http://decs.bvs.br/.
3.1.1.7 Nota explicativa com informações acadêmicas sobre os autores
Informações usadas para esclarecimentos que não possam ser incluídas no texto.
Referem-se às informações acadêmicas gerais sobre os autores. Deve conter maior titulação,
atuação profissional, local de atuação e e-mail para contato.
3.1.2 Elementos textuais
Componente principal do texto, também chamado corpo do trabalho, que contém a
exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Trata-se da parte que compreende o
desenvolvimento do conteúdo do trabalho, consistindo nos seguintes itens, que devem ser
digitados em sequência:
Introdução (inclui problematização, objetivos da pesquisa e justificativa);
30
Método (metodologia ou procedimentos metodológicos aplicados para alcançar os
resultados);
Resultados;
Discussão;
Conclusão.
3.1.2.1 Introdução
Consiste na descrição genérica de todo o conteúdo tratado ao longo do trabalho.
Realiza-se a apresentação do problema investigado e são informados os motivos que
justificam a pesquisa. Item numerado. É a parte do trabalho que tem o objetivo de situar o
leitor quanto ao tema tratado e aos procedimentos utilizados.
Como parte inicial do corpo do trabalho, a introdução deve contextualizar a temática,
com base na literatura; explicitar a relevância do assunto abordado, apresentando a
problemática, justificativa e objetivos.
3.1.2.1.1 Problema de pesquisa
O problema, segundo Marconi e Lakatos (2007, p.159) corresponde a “uma
dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para
qual se deve encontrar uma solução”. “Chamamos de problema à pergunta que o pesquisador
formula para ser respondida por meio de seu trabalho de pesquisa. Toda pesquisa envolve
pelo menos um problema” (MARTINS; LINTZ, 2000, p.40).
Para Rudio (2000, p. 94) formular o problema “consiste em dizer de maneira explícita,
clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que
pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características”. Pode-se
dizer que a formulação de um problema ajuda a especificar o que se pretende solucionar
através de uma pesquisa.
A formulação do problema prende-se ao tema proposto; ele esclarece a dificuldade
específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa para
31
ser cientificamente válido. Em outras palavras, é uma questão não resolvida e que é objeto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento.
Para ser um problema cientificamente válido, este deve ser:
Formulado como pergunta;
• O problema deve ser claro e preciso;
• O problema deve ser empírico;
• O problema deve ser suscetível de solução.
3.1.2.1.2 Justificativa
Uma maneira simples de entender o que é uma justificativa é responder à pergunta:
“Por que estou pesquisando este tema?”. A resposta será exatamente a justificativa. Consiste
na apresentação, de forma clara e sucinta das razões de ordem teórica e/ou prática que
justificam a realização da pesquisa. Na pesquisa acadêmica deve constar:
Contribuições que a pesquisa trará para as teorias vigentes;
Relevância social do problema a ser investigado;
Se a realização dessa pesquisa ocasionará transformações ou não na realidade.
Apresente neste tópico, a relevância técnica, importância e contribuição do tema em
estudo para a ciência e para a sociedade. Fale também o que o motivou a pesquisar sobre o
tema. Em outras palavras, justifique de maneira técnica, científica e socialmente sua proposta.
Arrole e explicite argumentos que indiquem que sua pesquisa é significativa, importante ou
relevante.
3.1.2.1.3 Objetivos
Nessa etapa, explicita-se o objetivo geral a ser utilizado durante a investigação. Esse
deverá ser extraído diretamente dos problemas levantados no tópico anterior. O OBJETIVO
GERAL define, de modo geral, a síntese do que se pretende alcançar com a realização da
pesquisa.
32
Já os OBJETIVOS ESPECÍFICOS “definem etapas que devem ser cumpridas para
alcançar o objetivo geral” (RICHARDSON, 1999, p. 62-63). Os objetivos gerais e específicos
aparecem apenas como objetivos no corpo do trabalho.
Recomenda-se que para pesquisas quantitativas sejam explicitados ao menos três
objetivos específicos e para pesquisas qualitativas no mínimo dois. Para pesquisas quanti-
qualitativa, ao menos dois.
Respeitam-se as seguintes “regras” na formulação de objetivos de pesquisa:
Devem ser definidos de maneira clara, correlacionados com o problema proposto e
com a justificativa;
O objetivo deve expressar apenas uma ideia. Em termos gramaticais, deve incluir
apenas um sujeito e um complemento;
O objetivo deve referir-se apenas à pesquisa que se pretende realizar. Não são
objetivos de uma pesquisa, propriamente, discussões, reflexões ou debates em torno
dos resultados do trabalho [...] (RICHARDSON, 1999);
Devem ser sempre expressos em verbos de ação;
Devem ser formulados em uma frase ou parágrafo;
Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo
deve indicar uma ação passível de mensuração (ex.: identificar, relatar, analisar,
examinar, validar, interpretar, etc.);
Os objetivos informarão quais os resultados que se pretende alcançar, ou qual a
contribuição que a pesquisa irá efetivamente proporcionar.
Enquanto a justificativa responde à pergunta “Por que estou pesquisando este tema?”,
os objetivos de um projeto de pesquisa são praticamente a resposta à pergunta: “O que quero
fazer com este tema?” ou “Qual o meu propósito com este tema?”.
Os objetivos permitem que o leitor reconheça rapidamente a natureza da pesquisa.
Nesse sentido, é importante que o pesquisador estabeleça suas metas de investigação usando
os verbos no infinitivo, tais como: analisar, compreender, narrar, reconstituir, identificar,
examinar, resignificar, comparar, investigar, interpretar, etc.
3.1.2.2 Método
33
Planos de pesquisa, métodos ou procedimentos metodológicos utilizados para a
realização da pesquisa. Nesta etapa o autor definirá onde e como se realizou a pesquisa.
Descrevem-se os passos dados para atingir o objetivo final da pesquisa.
O método é o espaço para informar como se realizou a pesquisa na prática. Refere-se
a como se obteve os dados necessários. Neste item o pesquisador deve se perguntar: qual tipo
de pesquisa empregado? Qual método? Quais técnicas foram implementadas?
Neste item apresenta-se o desenho da pesquisa. Caso seja uma pesquisa qualitativa, de
que maneira coletaram-se e analisaram- os dados qualitativos (observação/entrevistas, etc.).
Caso seja uma pesquisa quantitativa, de que maneira coletaram-se os dados. Apresenta-se em
linhas gerais o método a ser utilizado para a execução da pesquisa.
O aluno deve saber que uma pesquisa científica consiste numa atividade que visa
capacitá-lo a enfrentar temas, a ordenar suas ideias, em argumentar solidamente e extrair
conclusões coerentes e persistentes.
As pesquisas científicas podem ser caracterizadas quanto ao objeto de estudo e quanto
aos objetivos de estudo.
3.1.2.2.1 Tipos de pesquisa quanto aos objetivos
Exploratórias – exploram os fenômenos extraindo deles a sua essência (GIL, 2008).
Descritivas – descreve o fenômeno, estabelecendo a relação entre variáveis (GIL,
2008).
Explicativas – são pesquisas que mais aprofundam o conhecimento da realidade,
porque explica a razão e o porquê das coisas (GIL, 2008).
3.1.2.2.2 Tipos de pesquisa quanto ao objeto
Pesquisa Bibliográfica – é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de livros, revistas, artigos científicos etc.
34
Pesquisa de Campo – o trabalho em campo se caracteriza pelo contato direto do
investigador com o fenômeno em estudo.
Pesquisa de Laboratório – distingue-se pelo uso de experimentos na investigação
realizada.
Pesquisa Documental – é composta de materiais que não receberam ainda um
tratamento analítico ou que ainda podem ser reelaborada de acordo com os objetos de
pesquisa (GIL, 2008).
Levantamento – as pesquisas desse tipo se caracterizam pela interrogação direta das
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer (GIL, 2008).
Estudo de Caso – é o estudo profundo ou exaustivo de um ou de poucos objetos, de
maneira que permite o seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 2008). Recomenda-
se que os elementos textuais se apresentem da seguinte forma: introdução, descrição
do caso, técnicas realizadas ou situações, discussão com revisão de literatura e
conclusões (YOSHIDA, 2007). Os elementos pré e pós-textuais são inseridos
normalmente assim como recomenda este manual.
Pesquisa Participante – é aquela em que há um envolvimento direto do pesquisador
com seu objeto de estudo (GIL, 2008).
Pesquisa Experimental – consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as
variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de
observação dos efeitos que a variável produz no objeto (GIL, 2008).
Estudo de Coorte – refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica
comum, constituindo uma amostra a ser acompanhada por certo período de tempo,
para se observar o que acontece com elas (GIL, 2008).
3.1.2.2.3 Os métodos de pesquisa
É importante que o pesquisador relate também que tipo de método foi utilizado para o
desenvolvimento da pesquisa, não se esquecendo de justificar o porquê da escolha no uso de
tal método. Os métodos científicos podem ser classificados como:
Método Racionalista – criado por René Descartes, para ele o pesquisador deve sempre
ter em mente e praticar a dúvida metódica, isto é, não aceitar nenhum pensamento ou
ideia em que possa haver a menor dúvida.
35
Método Empirista – baseia-se na interpretação dos fatos em observações e
experimentos que permitem estabelecer induções e que ao serem completas, oferecem
a definição do objeto, suas propriedades e suas leis de funcionamento. As
experiências, não têm simplesmente o papel de verificar e confirmar conceitos, mas
tem a função de produzi-los.
Método Dedutivo – baseado na síntese, ou seja, de duas proposições necessariamente
surge uma conclusão, um conhecimento inevitável sem contraposição. Ele parte do
geral para o particular, do universal para o particular (LAKATOS, 1992; VIEIRA;
HOSSNE, 2001). Esse método é a fase de realização da atividade (oferece certezas).
Ex.: Sócrates.
Método Indutivo – analisa dados particulares para chegar a noções gerais. Ele oferece
resultados universais que podem ser transformados em probabilidades (LAKATOS,
1992).
Método hipotético-dedutivo – esse método é característica da ciência racionalista que
define o objeto e suas leis e a partir disso deduz propriedades, efeitos posteriores,
previsões, etc. Parte do geral para o particular (GUEDES, 1997).
Método hipotético-indutivo – esse método é característica da concepção empirista, que
apresenta suposições sobre o objeto, realiza observações e experimentos para chegar a
definições dos fatos, às suas leis, suas propriedades, seus efeitos posteriores e a
previsões.
Método Dialético – que penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação
recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na
natureza e na sociedade (LAKATOS, 1992).
Método Histórico – investiga o passado para verificar a sua influência na sociedade
hoje (LAKATOS, 1992).
Método Comparativo – compara tanto grupos no presente, no passado ou entre aqueles
que não mais existem. Edward Taylor (LAKATOS, 1992).
Método Tipológico – o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construídos a partir
da análise de aspectos essenciais do fenômeno (id ibidem).
Método Funcionalista – estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas
unidades, isto é, como é um sistema organizado em atividades (id ibidem).
36
3.1.2.2.4 As técnicas de pesquisa
Por fim é interessante mencionar a técnica ou procedimento que o pesquisador
utilizará para o tratamento dessas fontes, ou seja, como fará para fazer as fontes selecionadas
“falarem”. A técnica ou procedimento diz respeito a como o pesquisador irá operacionalizar a
pesquisa. Deve explicar como se pretende coletar e analisar os dados a serem obtidos.
Portanto, refere-se à parte prática da coleta de dados. Apresentam duas grandes
divisões. A primeira é a documentação indireta que envolve a pesquisa bibliográfica e
documental. A segunda subdivisão refere-se à documentação direta. Esta pode ainda ser
dividida em:
Observação – utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. É
muito mais que ver e ouvir consiste em examinar fatos ou fenômenos que se deseja
estudar. Pode ser (RUDIO, 2000; MARCONI; LAKATOS, 2007):
o Sistemática – quando o pesquisador procura direcionar sua visão a
determinado aspecto;
o Assistemática – quando o pesquisador observa o fenômeno de maneira geral,
sem enfocar em um único ponto;
o Participante – quando o pesquisador se insere no grupo ou fenômeno a ser
pesquisado, como recurso para obtenção de maiores informações;
o Não participante – quando o pesquisador faz as observações, mas não interfere
ou entra em contato com o fenômeno pesquisado;
o Em equipe – quando um ou mais pesquisadores participam da observação;
o Na vida real – quando o fenômeno acontece na vida real e não como fruto de
experiência em laboratório;
o Em laboratório – referem-se aos trabalhos ou experiências desenvolvidos em
laboratórios.
As técnicas de observação variam por grau de estruturação e pelo grau de proximidade
entre o observador e o objeto de sua observação: desde o observador que se mantém
completamente afastado, munindo-se de uma grade precisa e detalhada de informações, até
aquele que se integra em um grupo e em uma situação para selecionar o máximo de
informações, podem-se imaginar tantas modalidades de observação quantas se quiser, sendo
37
que o essencial é, ainda uma vez, escolher uma que convenha ao objeto da pesquisa
(LAVILLE, 1999).
Entrevista – é a conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio do
interrogatório do informante, dados para a pesquisa (CERVO, 2002).
Estruturada – quando o pesquisador leva um roteiro anteriormente preparado e segue-o
no decorrer da conversação.
Semiestruturada – quando o pesquisador deixa o entrevistado livre para falar sobre o
tema proposto. O entrevistador elabora um roteiro partindo de temas e não de
perguntas.
História de vida – tenta obter dados relativos à “experiência íntima” de alguém que
tenha significado importante para o conhecimento do objeto em estudo (MARCONI;
LAKATOS, 2007).
Questionários – são constituídos por uma série de perguntas que devem ser
respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador (RUIZ, 1991; MARCONI;
LAKATOS, 2007). Eles podem ser classificados como:
o Perguntas abertas – “também chamadas livres ou não limitadas, são as que
permitem ao informante responder livremente, usando linguagem própria e
emitir opiniões” (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 101).
o Perguntas fechadas ou dicotômicas – “também denominadas limitadas ou de
alternativas fixas, são aquelas em que o informante escolhe sua resposta entre
duas opções: sim e não” (idem).
o Perguntas de múltipla escolha – “são perguntas fechadas, mas que apresentam
uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto,
devendo o pesquisador explicitar quando deseja uma única resposta” (idem).
Formulários – roteiro de perguntas enunciadas pelo entrevistador e preenchida por ele
com as respostas do pesquisado (RUIZ, 1991). Assim como o questionário, o
formulário pode ser: fechado, aberto ou misto.
Pesquisa de mercado – é a obtenção de informação sobre o mercado, de maneira
organizada e sistemática, tendo em vista ajudar o processo decisivo nas empresas,
minimizando a margem de erros (MARCONI; LAKATOS, 2007).
38
3.1.2.3 Resultados
Neste capítulo o pesquisador demonstra os dados recolhidos de sua pesquisa e as
possíveis conclusões que estes mesmos dados apontam. Nele o pesquisador apresenta
gráficos, trechos de entrevistas, todos os elementos necessários para comprovar a sua
hipótese. Atenta-se para o resgate dos objetivos e hipóteses levantadas no projeto, justificando
a sua posição em conformidade ou não com a literatura pesquisada, levando-se em
consideração os dados colhidos.
3.1.2.4 Discussão
Análise dos resultados obtidos considerando os achados de outros autores que
pesquisaram a respeito do tema. A discussão fornece possível explicação para o significado
das variáveis, similitudes e diferenças com os resultados de outras pesquisas, além de sugerir
linhas de investigação, pontos fortes do trabalho e aqueles que não puderam ser respondidos.
3.1.2.5 Conclusões
Parte final do trabalho, na qual se apresentam as conclusões referentes aos objetivos e
hipóteses. Resultados alcançados e as recomendações dos autores são expostos de forma
pontual e concisa. Trata-se da recapitulação sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o
alcance e as consequências de suas contribuições, bem como seu possível mérito. Deve ser
breve e basear-se em dados comprovados.
3.1.3 Elementos pós-textuais
39
São os elementos que sucedem a conclusão do trabalho. Devem encontrar-se
centralizados na página, na sequência do texto. São os seguintes:
Referências (obrigatório);
Apêndices (opcional);
Anexo(s) (opcional).
3.1.3.1 Referências
Elemento obrigatório constitui uma lista alfabética dos documentos efetivamente
citados no texto (NBR 6023, 2002). A sua fonte principal é a folha de rosto dos materiais
utilizados. Caso esta seja insuficiente, é possível examinar outras partes do documento.
Informações não citadas explicitamente no trabalho, mas cuja validade indispensável, podem
ser referenciadas, desde que entre colchetes. O título “Referências” deverá estar centralizado,
em negrito, caixa alta, não numerado. Abaixo, após um espaço, colocam-se as referências, e
estas devem estar separadas uma das outras por um espaço simples. O espaçamento das
referências será simples.
Somente deverão constar nas referências, as obras que embasaram as citações contidas
no corpo do trabalho. As normas para a elaboração das referências estão localizadas do
capítulo 4 deste manual.
3.1.3.2 Apêndices
“Material (is) complementar (es) que quando necessário, servem para esclarecer e/ou
completar um raciocínio” (PORTELA, 2005, p. 29). Importante ressaltar que os apêndices são
elaborados pelo autor.
3.1.3.3 Anexos
40
São informações demonstrativas e complementares, elaboradas por outros autores,
anexadas opcionalmente ao trabalho “para fundamentar, comprovar ou ilustrar” (PORTELA,
2005; ABNT/NBR 14724, 2011).
Apêndices e anexos poderão ser colocados na versão final do artigo conforme
preferência ou sugestão da banca avaliadora, como recurso para melhor explicar a
investigação e achados da pesquisa.
3.2 MODELO FINAL DO TRABALHO
Um modelo de artigo padrão da UNESC Faculdades encontra-se no APÊNDICE D.
CAPÍTULO 4 – REFERÊNCIAS
42
É importante atentar para a configuração deste item, de acordo com a ABNT. De
maneira geral, a norma diz que:
O título do item “REFERÊNCIAS” deve estar centralizado no topo da página, não
numerado e separado do início das obras por dois (2) espaços de 1,5 cm;
As obras devem estar alinhadas à esquerda;
Devem ser digitadas em espaçamento simples e separadas entre si por dois (2) espaços
simples;
Devem ainda ser digitadas em ordem alfabética (pelo sobrenome dos autores) com
tamanho e tipo de fonte iguais as utilizadas no corpo do trabalho, isto é, fonte Arial ou
Times New Roman, tamanho ≤ 12 (sugere-se fonte tamanho 11);
O recurso tipográfico (destaque) utilizado para destacar os títulos das obras deve ser
uniforme em todas as referências, ou seja, utilizar negrito OU itálico OU sublinhado.
NUNCA utilizar mais de um desses recursos de destaque.
O TCC deve conter no mínimo 15 e no máximo 30 referências.
Para esclarecer dúvidas e visualizar mais exemplos, consultar a NBR 6023/2002
(Informação e documentação – Referências – Elaboração) (ABNT, 2002).
4.1 MONOGRAFIA (LIVRO, MANUAL, RELATÓRIO, ENCICLOPÉDIA
ETC.)
A referência de uma monografia compõe-se dos principais elementos bibliográficos
descritos a seguir:
1°. Autor (es) – o último sobrenome deverá preceder o restante do nome e está redigido em
caixa alta. Quando houver mais de três autores, indicar somente o sobrenome do primeiro,
acrescentando-se a expressão et al.;
2°. Título e variações do título – se houver, somente o título deverá estar em negrito; o
subtítulo não. Se não houver autor, a primeira palavra do título ficará toda em caixa alta e sem
negrito;
3°. Edição – se houver, o termo edição deve estar abreviado e o número que o antecede
seguido de um ponto final (.), como em 24. ed.;
43
4°.Local de publicação – caso seja desconhecido, colocar [S.l.]; se o local for encontrado
fora da folha de rosto, colocar o nome da cidade entre colchetes [];
5°. Editora – caso seja desconhecida, colocar [s.n.]; se for encontrada fora da folha de rosto,
colocar o nome da editora entre colchetes [];
6°. Data de publicação – caso seja:
Desconhecida – estipular data aproximada [1994 ou 1995];
Provável – acrescentar um ponto de interrogação [1994?];
A correta, mas não citada no documento. Fica apenas entre colchetes [1994];
Intercalada [entre 1990 e 1999];
Aproximada [ca. 1999];
De década certa [198-] e provável [198-?];
De século certo [19--] e provável [19--?].
EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS DE LIVROS NO TODO
PAULA, Maria Carlota de Souza (Coord.); ALVES, Isabel Teresa Gama; ROITMAN, Celina.
Centro brasileiro argentino de biotecnologia: 16 anos de atuação: 1987-2002. Brasília:
MCT, 2004. 90 p.
BONDI, Herman et al. Problemas da revolução científica: incentivos e obstáculos ao
progresso das ciências. 2. ed. rev. e aum. Belo Horizonte: Itatiaia, 1976. 125 p. (Coleção O
Homem e a Ciência, 1).
MACIEL NETTO, Hugo. Desenvolvimento sustentável. [S.l.: s.n.], 1956. 30 p.
Caso não haja autor, a primeira palavra do titulo (exceto artigos) deverá estar em
caixa alta.
PERFIL da administração publica paulista. 6. ed. São Paulo: FUNDAP, 1994. 317 p. ISBN
85-7285-026-0.
44
EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS DE PARTES (CAPÍTULOS) DE LIVROS
BODMER, W. F. Conquistas biomédicas: uma benção? In: BONDI, Herman et al.
Problemas da revolução científica: incentivos e obstáculos ao progresso das ciências. 2. ed.
Belo Horizonte: Itatiaia, 1976. cap. 3, p. 41-57.
OBS.: Caso a parte do livro possua autoria igual ao do livro no todo, após o In: deverá
ser colocado um traço da seguinte forma:
BONDI, Herman et al. Conquistas biomédicas: uma benção? In:_____. Problemas da
revolução científica: incentivos e obstáculos ao progresso das ciências. 2. ed. Belo
Horizonte: Itatiaia, 1976. cap. 3, p. 41-57.
4.2 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
A referência de periódicos abrange: título do periódico, local de publicação, editora,
periodicidade, volume, número e data dos fascículos. O título do periódico deverá estar em
negrito.
EXEMPLO DE REFERÊNCIA DE FASCÍCULO DE REVISTA NO TODO
INFOCAPES. Brasília: Capes, 1998-. Trimestral.
EXEMPLO DE REFERÊNCIA DE ARTIGO DE REVISTA
SPAGNOLO, Fernando; CALHAU, Maria Gladis. Observadores internacionais avaliam a
avaliação da CAPES. Infocapes, Brasília, v. 10, n. 1, p. 7-34, 2002.
45
EXEMPLO DE REFERÊNCIA DE ARTIGO DE JORNAL
LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25
abr. 1999.
4.3 EVENTOS
A referência de documentos, como atas, anais, proceedings, ou seja, dos produtos de
congressos, conferências, fóruns, entre outros, deve indicar essencialmente:
1º. Nome do evento (em caixa alta);
2°. Numeração (se houver);
3°. Ano e local de ocorrência do evento;
4°. Título do documento (em negrito);
5°. Local de publicação, editora e data de publicação.
EXEMPLO DE REFERÊNCIA DE EVENTO NO TODO
CONFERENCIA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 3., 2005, Brasília. Anais...
Brasília: MCT, 2005.
EXEMPLO DE REFERÊNCIA DE TRABALHOS APRESENTADOS NO
EVENTO
COUTINHO, Jorge. et al. Economia do conhecimento. In: CONFERENCIA NACIONAL DE
CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 4., 2005, Brasília. Anais... Brasília: MCT, 2005.
EXEMPLO DE REFERÊNCIA DE TRABALHOS APRESENTADOS EM MEIO
ELETRÔNICO
CANDIDO, Elza. Educação. In: CONFERENCIA NACIONAL DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA, 4., 2005, Brasília. Anais... Brasília: MCT, 2005. 1 CD-ROM.
46
CANDIDO, Elza. Educação. In: CONFERENCIA NACIONAL DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA, 4., 2005, Brasília. Anais... Brasília: MCT, 2005. Disponível em:
<http://www.cgee.org.br>. Acesso em: 23 nov. 2005.
4.4 PATENTE
É um tipo de documento não convencional, ou seja, não comercializado no mercado
livreiro, mas que cada vez mais está ganhando valor intelectual. Sua referência deve indicar
essencialmente: entidade responsável e/ou autor, título (em negrito), número da patente e
datas (do registro).
EXEMPLO DE REFERÊNCIA DE PATENTE
EMBRAPA. Unidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação
Agropecuária (São Carlos, SP). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multissensor de
temperatura para solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. 1989, 30 maio 1995.
4.5 DOCUMENTO JURÍDICO
Legislação: representada pela Constituição, emendas constitucionais, textos legais
infraconstitucionais (leis complementar e ordinária, medida provisória, decretos, resolução do
Senado Federal) e normas de entidades públicas e privadas (ato normativo, resolução,
circular, etc.) (ABNT NBR 6023, 2002, p. 8). Sua referência deve indicar essencialmente:
jurisdição, título, numeração, data e dados da publicação.
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº. 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de
legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 9, de 9 de novembro de 1995. Lex:
legislação federal e marginalia, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995.
47
Jurisprudência: representada pelas súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e outras
decisões judiciais. Sua referência deve indicar essencialmente: jurisdição e órgão judiciário
competente, título, número, partes envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da
publicação.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 14. In: ____. Súmulas. São Paulo:
Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.
Doutrina: representada por documentos que abordam conteúdo jurídico, tais como
artigos de periódico e livros.
BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do
Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. 19, n. 139,
p. 53-72, ago. 1995.
4.6 MULTIMEIOS (CD ROM, DVD, DISQUETE, ETC.)
ALCIONE. Ouro e cobre. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro.
BRASIL e parte da América do Sul. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa. Escala 1:600.000.
GEDDES, Anne. Geddes135.jpg. 2000.Altura: 432 pixels. Largura: 376 pixels. 51 Kb.
Formato JPEG. 1 disquete, 5 ¼ pol.
KOBAYSHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm x 56 cm.
4.7 DOCUMENTOS EXCLUSIVAMENTE ELETRÔNICOS
São representados pelos bancos de dados online, listas de discussão, sites, programas,
mensagens eletrônicas, arquivos em disco rígido, etc.
48
MICROSOFT Project for Windows 95.Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1
CD-ROM.
AVES do Amapá: banco de dados. Disponível em: <http://www.bdt.org/bdt/avifauna/aves>.
Acesso em: 30 maio 2002.
MARINHO, Ana. Programa do seminário [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
[email protected] em 20 abr. 2000.
QUANDO HÁ INDICAÇÃO DE AUTORIA
TERÇAROLLI, T.F; TERÇAROLLI, S.P. AMAMENTAÇÃO. ABC da Saúde. 2009.
Disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?705&-amamentacao>. Acesso
em: 25 de set de 2010. 09:23:04.
QUANDO NÃO HÁ INDICAÇÃO DE AUTORIA
LER/DORT. Portal Educação. 2009. Disponível em: <
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/8804/ler-dort>. Acesso em: 25 de set
de 2010. 09:27:04.
SILICOSE clássica. Adam. 2010. Disponível em: <
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/000134.htm>. Acesso em: Acesso em:
25 de set de 2010. 09:32:04.
4.8 TRABALHOS ACADÊMICOS
Tese:
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de
um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base
em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade
em questão. É feito sob orientação de um pesquisador (doutor) e visa a obtenção do
título de Doutor ou similar. (ABNT/NBR14724, 2011, p. 3).
MARINHO, Maria Clara. Alimentos geneticamente modificados. 2003. 250 p. Tese
(Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) - Centro de Desenvolvimento Sustentável,
Universidade de Brasília, Brasília.
49
Dissertação:
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de
um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão,
com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o
conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de
sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor),
visando a obtenção do título de mestre (ABNT/NBR14724, 2011, p. 2).
DE’CARLI, Carlos Ricardo. EMBRAPA: precursora da parceria público-privada no Brasil.
2005. 166 p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) – Centro de
Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília.
Trabalho de Conclusão de Curso: Consiste no trabalho individual de conclusão de
curso referente a uma reflexão sistemática e científica sobre um problema. Pode-se afirmar
que “é mais um trabalho de assimilação de conteúdos, de confecção, de fichamento e,
sobretudo, de reflexão” (GONÇALVES, 2005, p. 15).
MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização)–Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, São
Paulo, 1990.
CAPITULO 5 – CITAÇÕES
51
São formas de fazer menção, em um texto, de informações retiradas em outras fontes
(livros, revistas, etc.). São trechos retirados de texto alheio a fim de complementar o estudo ou
reforçar um conhecimento já sabido e descoberto por outro indivíduo. As citações localizam-
se no texto ou em notas de rodapé. Há três tipos de citação:
5.1 CITAÇÃO DIRETA
É a transcrição idêntica de um trecho da fonte consultada. Até três linhas de citação,
ela ficará inserida no parágrafo, entre aspas duplas (“”).
Com mais de três linhas, deve encontrar-se a quatro (4) cm da margem esquerda do
texto, terminando na margem direita, com espaçamento simples entre as linhas e espaço 1,5
entre a citação e os parágrafos anterior e posterior, sem aspas duplas e com o tamanho da
fonte menor que a do texto (fonte = 10). A indicação da página pesquisada é obrigatória
(ABNT/NBR 10520:2002, p. 2).
“Obstáculos ao progresso encontram-se na própria ciência ou fora dela” (BONDI, 1976, p.
17).
Há trezentos anos, a maioria das pessoas – ou, pelos menos, muitíssimas pessoas –
acreditavam na existência de bruxas. Entretanto, ao que me consta, ninguém jamais
refutou a existência de bruxas. Dá-se, apenas, que bruxas não se acomodam á
espécie de clima intelectual em que vivemos (BONDI, 1976, p. 23).
Podem-se utilizar símbolos e destacar palavras (em negrito ou itálico) na citação,
desde que estejam de acordo com a norma. Os Símbolos são: [...] para fazer supressões e [ ]
para interpolações, acréscimos ou comentários (ABNT/NBR 10520:2002, p. 2).
“Obstáculos ao progresso encontram-se na própria ciência ou fora dela” (BONDI, 1976, p.
17, grifo nosso).
Há trezentos anos, a maioria das pessoas [...] acreditavam na existência de bruxas.
Entretanto, ao que me consta, ninguém jamais refutou a existência de bruxas. Dá-
se, apenas, que bruxas não se acomodam á espécie de clima intelectual em que
vivemos (BONDI, 1976, p. 23).
52
5.2 CITAÇÃO INDIRETA
“Texto baseado na obra do autor consultado” (PORTELA, 2005, p. 31). Neste caso
preserva-se a ideia original do autor, mas não as suas palavras. A indicação da página não é
necessária.
EXEMPLO:
Segundo Lancaster (2004), o indexador deve ser imparcial no momento de analisar o
documento e selecionar seus descritores.
O indexador deve ser imparcial no momento de analisar o documento e selecionar seus
descritores (LANCASTER, 2004).
5.3 CITAÇÃO DE CITAÇÃO
Ocorre quando o autor transcreve um trecho de um documento que pertence a um
segundo documento, ou seja, cita ideias que pertencem à outra fonte que não a consultada no
momento. Neste caso, utiliza-se o “apud” (que significa citado por) (ABNT/NBR 10520,
2002).
As citações das citações podem ser diretas ou indiretas.
EXEMPLO DE CITAÇÃO DA CITAÇÃO – DIRETA:
“O objetivo de promover um sistema internacional para controle e intercâmbio de
informações bibliográficas” (ANDERSON, 1974, p. 10 apud OLIVEIRA, 1990, p. 50).
53
5.4 SISTEMA DE CHAMADA DAS CITAÇÕES
Responsável pela indicação das citações no texto. Pode ser numérico ou autor-data (o
adotado pela UNESC Faculdades).
No sistema autor-data, as citações aparecem no texto e os seus elementos (último
sobrenome do autor, data e número da página) ficam dentro dos parênteses, caso o autor não
esteja citado na frase da citação.
EXEMPLO:
“Obstáculos ao progresso encontram-se na própria ciência ou fora dela” (BONDI,
1976, p. 17).
Segundo Lancaster (2004), o indexador deve ser imparcial no momento de analisar o
documento e selecionar seus descritores.
Há situações nas quais as formas de citações variam. São elas:
Para obras que possuam até três autores, colocar os três últimos sobrenomes seguidos
da data do documento. Exemplos: (SILVA; GOMES; FERREIRA, 2000) ou Para
Silva, Gomes e Ferreira (2000);
Se a obra possui mais de três colocar o sobrenome do primeiro autor seguido de et al,
que significa, “e outros”;
Caso haja mais de uma citação cujo autor seja o mesmo, mas que ocorrem em
documentos distintos, e com a mesma data, acrescentar uma letra à data das obras na
ordem cronológica. Exemplo: Segundo Silva (2002a), Segundo Silva (2002b);
Caso sejam feitas várias citações de obras de datas distintas, mas da mesma autoria, o
sobrenome do autor é citado uma só vez e seguido das datas. Exemplo: (SILVA, 1999,
2000);
Caso a obra não possua autoria, colocar a primeira palavra do título. Exemplo: (A
PROBLEMÁTICA, 2000) ou A problemática... (2000);
Para citar entidades, escreve-se o nome da mesma por extenso até o primeiro sinal de
pontuação. Exemplo: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
(2005).
54
As subsequentes citações da MESMA OBRA podem ser referenciadas de forma
abreviada, desde que não haja referências intercaladas de outras obras do mesmo autor,
utilizando as seguintes expressões latinas (ABNT/NBR 10520, 2002), que devem ser escritas
utilizando o mesmo tipo e tamanho da fonte usada para o texto principal:
a) apud = citado por, segundo
b) confira, confronte – cf.
c) ibidem ou Ibid = na mesma obra
d) idem ou Id. = mesmo autor
e) loco citato - loc. cit. = mesma página já citada
f) opus citatum - op. cit. =obra citada
g) passim = aqui e ali, em vários trechos ou passagens
h) sequentia - et seq. = seguinte ou que se segue
As expressões citadas nas linhas b), c), d) e f), só podem ser usadas na mesma página
ou folha da citação a que se referem.
A expressão citada na linha a) – pode, também, ser usada no texto.
OBS.: as expressões Id., Ibid., op. cit. e Cf. devem estar na mesma página ou folha da
citação a que se referem.
CAPÍTULO 6 – OUTRAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO
GRÁFICA
56
6.1 FÓRMULAS E EQUAÇÕES (ABNT NBR 14724, 2011)
Devem aparecer bem destacadas no texto, de modo a facilitar a leitura, sendo
numeradas consecutivamente, exceto as fórmulas simples, que podem aparecer no próprio
texto, sem numeração. O número da equação ou fórmula deve ser colocado na margem
direita, entre parênteses. Quando localizadas:
Ao longo do texto, pode-se usar uma entrelinha maior que abranja os seus elementos
(expoentes, etc.);
Fora do parágrafo, devem ser centralizadas e, se preciso numeradas;
Em mais de uma linha, devido à falta de espaço, “devem ser interrompidas antes do
sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão”.
Ex.: x² + y² = z²
As chamadas das equações, expressões e fórmulas, no texto, devem ser feitas da
seguinte forma:
equação (1), expressão (1) , fórmula (1)
6.2 NUMERAIS
Os números devem ser escritos em algarismos arábicos. Devem ser escritos por
extenso quando:
De zero a nove: oito livros, cinco mil, três milhões etc.;
As dezenas redondas: trinta, noventa, vinte mil, sessenta milhões etc.;
As centenas redondas: quatrocentos, trezentos mil, seiscentos milhões etc.
Nos demais casos só se usam palavras quando não houver nada nas ordens ou classes
inferiores: 13 mil, 13.700 e não 13 mil e setecentos; 247.320 e não 247 mil e trezentos e vinte.
Acima do milhar, todavia, é possível recorrer a dois procedimentos:
Aproximação do número fracionário, como em 23,6 milhões;
Desdobramento dos dois termos numéricos, como em 23 milhões e 635 mil.
57
As classes separam-se por pontos, exceto nos casos de anos e de numeração de
páginas, como 1.750 livros, ano 1999 e página 1230.
6.2.1 Frações
Indicadas por algarismos, exceto quando ambos os elementos estão entre um e dez e em
frações decimais: dois terços; um quarto; 3/15; 5/12; 1,25 etc.
6.2.2 Porcentagem
Indicada por algarismos sucedidos do símbolo %, sem espaçamento: 10%, 35%.
6.2.3 Ordinais
São escritos por extenso somente do primeiro ao décimo: segundo, quinto, 21º.
6.2.4 Quantias
As quantias se escrevem por extenso somente de um a dez: seis reais, dez mil dólares.
Daí em diante em algarismos: 11 reais, 235 mil dólares, 48 milhões de francos. Entretanto,
quando ocorrem frações (pence, centavos etc.), registra-se a quantia exclusivamente de forma
numérica, acompanhada do símbolo respectivo: por exemplo, US$ 326,40.
58
6.2.5 Algarismos romanos
São usados normalmente nos seguintes casos:
Séculos: século XIX, século IV a.C. etc.;
Reis, imperadores, papas etc. de mesmo nome: Filipe IV, Napoleão II, João XXII etc.;
Grandes divisões das forças armadas: I Exército, II Zona Aérea, IV Distrito Naval etc.;
Conclaves, reuniões, acontecimentos etc. repetidos periodicamente: IX Bienal de São
Paulo, XII Copa do Mundo etc.;
Dinastias reais, convencionalmente estabelecidas em sequência: II dinastia, VII
dinastia etc.
Essa norma não se aplica aos episódios que não sejam periódicos: Segunda Guerra
Mundial, Terceira República, Segundo Reinado etc.
6.3 HORÁRIOS
As horas são indicadas de 0h às 23h, seguidas, quando for o caso, dos minutos e
segundos.
Exemplo: 12h21min32s
6.4 DATAS (ABNT NBR 5892, 1989)
O ano deve ser escrito com algarismo arábico, sem o uso de ponto para separar as
classes. Exemplo: 07 de setembro de 2000.
CAPITULO 7 – DIMENSÕES E ENTREGA DO ORIGINAL
60
O TCC poderá conter entre oito (8) e 25 páginas a depender do tipo do artigo. Artigos
de pesquisa de campo com padrão tradicional e artigos de revisão deverão conter entre 14 e
25 laudas. Artigos de relato de experiência ou estudos de caso deverão conter entre oito (8) e
quinze (15) laudas. Os números de exemplares do texto, para fins de defesa e análise da banca
examinadora, são três (dois para os professores avaliadores e uma para o orientando
acompanhar a correção).
Após a defesa e as correções necessárias, será exigido para entrega na Coordenação do
TCC do curso um (1) CD contendo cópia do artigo, com um arquivo em formato Office®
Word nas versões 97/2003 ou 2007. A capa do CD deverá seguir padrão estabelecido pela
UNESC Faculdades.
61
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 6022: informação e
documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de
Janeiro, 2003.
______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro,
2002.
______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um
documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro,
2003.
______. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documento. Rio de Janeiro,
2002.
______. NBR 12225: informação e documentação: lombada: apresentação. Rio de Janeiro,
2004.
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio
de Janeiro, 2011.
______. NBR 15287: Informação e documentação: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de
Janeiro, 2006.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
______. Métodos e Técnicas da Pesquisa Social.6.ed. São Paulo: Atlas, 2008.
______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
62
GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. São
Paulo: AVERCAMP, 2005.
GUEDES, Enildo Marinho. Curso de metodologia científica. Curitiba: HD Livros Editora,
1997.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA: Normas de
apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 2006.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos,
pesquisa bibliográfica, projeto e relatório. São Paulo: Atlas, 1992.
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da
pesquisa em ciências humanas. trad. Heloísa Monteiro e Francisco Settineri. Porto Alegre:
Editora Artes Médicas Sul Ltda.; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
MARTINS, G.A. de.; LINTZ, A. Guia para elaboração de monografias e trabalhos de
conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2000.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa:
planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração,
análise e interpretação de dados. 6. ed. 3. reimp. São Paulo: Atlas, 2007.
PORTELA, Patrícia de Oliveira. Apresentação de trabalhos acadêmicos de acordo com as
normas de documentação da ABNT: informações básicas. Uberaba, 2005.
RICHARDSON, Roberto J. Pesquisa social. métodos e técnicas. 3.ed. São Paulo: Atlas,
1999.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1991.
VIEIRA, Sônia; HOSSNE, William Saad Metodologia científica para área de saúde. 7.
reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
63
YOSHIDA, Winston Bonetti. Redação do relato de caso. J Vasc Bras, São Paulo, v. 6, n. 2,
p. 112-3, 2007.
APÊNDICES
APÊNDICE A – CARTA DE ACEITE DO TCC
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
CARTA DE ACEITE
Campina Grande, ___ de _______________ de 20___.
Eu, _____________________________________________________, professor desta
instituição de ensino, informo que aceito o encargo de orientar e acompanhar o (a) aluno (a):
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
regularmente matriculado no ____ período do curso de Enfermagem desta IES, durante a
condução dos trabalhos de pesquisa para elaboração do trabalho de conclusão de curso –
TCC, tendo como tema:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________________________________________________, visando à
obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.
Declaro estar ciente das normas, das obrigações e prazos a serem cumpridos.
Sem mais,
___________________________________
Professor Orientador
APÊNDICE B – FICHA DE INSCRIÇÃO DO TCC
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
FICHA DE INSCRIÇÃO DO TCC – VIA DA COORDENAÇÃO
1 IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Nome: _____________________________________________________________________
CPF: _______________________Identidade: _________________ Órgão Expedidor:______
Matrícula n.º: ___________________
Endereço Residencial: _________________________________________________________
n.º: _________ Bairro: ______________________ Cidade: ___________________________
Estado:_______
Telefones: __________________________________________________________________
E-mail: _____________________________________________________________________
2. DADOS DO ORIENTADOR
Nome :_____________________________________________________________________
Telefones: _____________________ E-mail: ______________________________________
3. DADOS SOBRE O TCC
Tema:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Linha de Pesquisa: ___________________________________________________________
Horário de atendimento do orientador: ____________________________________________
O aluno afirma estar ciente de que este documento se refere a ficha para a elaboração do TCC.
Campina Grande – PB, _____ de _______________ de_________
_____________________________________
ALUNO (a)
_____________________________________
ORIENTADOR (a)
____________________________________________
Coordenação do TCC
UNESC Faculdades
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
FICHA DE INSCRIÇÃO DO TCC – VIA DO ALUNO
1 DADOS DO ORIENTADOR
Nome :_____________________________________________________________________
Telefones: _____________________ E-mail: ______________________________________
2 DADOS SOBRE O TCC
Tema: _____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Linha de Pesquisa: ___________________________________________________________
Horário de atendimento do orientador: ____________________________________________
O aluno afirma estar ciente de que este documento se refere a ficha para a elaboração do TCC.
Campina Grande – PB, _____ de _______________ de _________.
_____________________________________
ALUNO (a)
_____________________________________
ORIENTADOR (a)
____________________________________________
Coordenação do TCC
UNESC Faculdades
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
FICHA DE INSCRIÇÃO DO TCC – ORIENTADOR
1IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Nome: _____________________________________________________________________
CPF: _______________________Identidade: _________________Órgão Expedidor: _____
Matrícula n.º: _______________________
Endereço Residencial: _________________________________________________________
n.º: _________ Bairro: ______________________ Cidade: ___________________________
Estado:_______
Telefones: __________________________________________________________________
E-mail: _____________________________________________________________________
2. DADOS SOBRE O TCC
Tema: _____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Linha de Pesquisa: ___________________________________________________________
Horário de atendimento do orientador: ____________________________________________
O aluno afirma estar ciente de que este documento se refere a ficha para a elaboração do TCC.
Campina Grande – PB, _____ de _______________ de _________.
_____________________________________
ALUNO (a)
_____________________________________
ORIENTADOR (a)
____________________________________________
Coordenação do TCC
UNESC Faculdades
APÊNDICE C – FICHAS DE AVALIAÇÃO DO TCC
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
FICHA DE AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: _______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
NOME DO ALUNO:_____________________________________________________________
ORIENTADOR:_______________________________________________________________
TÓPICOS A SEREM AVALIADOS TÓPICOS NOTA
ARTIGO – ASPECTOS GERAIS
Formatação estrutural do artigo de acordo com a norma 1,0
Cumprimento das Normas da ABNT 0,5
Correção de Vernáculos 0,5
TOTAL 2,0
ARTIGO – PARTE ESCRITA
Introdução e objetivos 0,5
Método 1,0
Relato da experiência 1,5
Discussão 1,5
Conclusões 0,5
TOTAL 5,0
DEFESA
Adequação de Recursos 0,5
Encadeamento e Domínio do Assunto na Apresentação 0,5
Postura do Apresentador 0,5
Linguagem Utilizada 0,5
Domínio e segurança nas arguições da banca examinadora 0,5
Cumprimento do Tempo 0,5
TOTAL 3,0
MÉDIA
Campina Grande – PB, _____de _____________________de 20_____.
Professor-avaliador ________________________________________________
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
FICHA DE AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ARTIGO ORIGINAL
TÍTULO: _______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
NOME DO ALUNO:______________________________________________________________
ORIENTADOR:_______________________________________________________________
TÓPICOS A SEREM AVALIADOS TÓPICOS NOTA
ARTIGO – ASPECTOS GERAIS
Formatação estrutural do artigo de acordo com a norma 1,0
Cumprimento das Normas da ABNT 0,5
Correção de Vernáculos 0,5
TOTAL 2,0
ARTIGO – PARTE ESCRITA
Introdução e objetivos 0,5
Método 1,0
Resultados 1,5
Discussão 1,5
Conclusões 0,5
TOTAL 5,0
DEFESA
Adequação de Recursos 0,5
Encadeamento e Domínio do Assunto na Apresentação 0,5
Postura do Apresentador 0,5
Linguagem Utilizada 0,5
Domínio e segurança nas arguições da banca examinadora 0,5
Cumprimento do Tempo 0,5
TOTAL 3,0
MÉDIA
Campina Grande – PB, _____de _____________________de 20_____.
Professor-avaliador ________________________________________________
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
FICHA DE AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ESTUDO DE CASO
TÍTULO: _______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
NOME DO ALUNO:______________________________________________________________
ORIENTADOR:_______________________________________________________________
TÓPICOS A SEREM AVALIADOS TÓPICOS NOTA
ARTIGO – ASPECTOS GERAIS
Formatação estrutural do artigo de acordo com a norma 1,0
Cumprimento das Normas da ABNT 0,5
Correção de Vernáculos 0,5
TOTAL 2,0
ARTIGO – PARTE ESCRITA
Introdução e objetivos 0,5
Método 1,0
Relato de caso 1,5
Resultados e Evolução 1,5
Conclusões 0,5
TOTAL 5,0
DEFESA
Adequação de Recursos 0,5
Encadeamento e Domínio do Assunto na Apresentação 0,5
Postura do Apresentador 0,5
Linguagem Utilizada 0,5
Domínio e segurança nas arguições da banca examinadora 0,5
Cumprimento do Tempo 0,5
TOTAL 3,0
MÉDIA
Campina Grande – PB, _____de _____________________de 20_____.
Professor-avaliador ________________________________________________
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC – CG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO DO TCC
FICHA DE AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SIMPLES
TÍTULO:_______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
NOME DO ALUNO:______________________________________________________________
ORIENTADOR:_______________________________________________________________
TÓPICOS A SEREM AVALIADOS TÓPICOS NOTA
ARTIGO – ASPECTOS GERAIS
Formatação estrutural do artigo de acordo com a norma 1,0
Cumprimento das Normas da ABNT 0,5
Correção de Vernáculos 0,5
TOTAL 2,0
ARTIGO – PARTE ESCRITA
Introdução e objetivos 1,0
Método 1,0
Resultados e Discussão (ou Referencial Teórico) 2,0
Conclusões 1,0
TOTAL 5,0
DEFESA
Adequação de Recursos 0,5
Encadeamento e Domínio do Assunto na Apresentação 0,5
Postura do Apresentador 0,5
Linguagem Utilizada 0,5
Domínio e segurança nas arguições da banca examinadora 0,5
Cumprimento do Tempo 0,5
TOTAL 3,0
NOTA FINAL
Campina Grande, _____de ___________________de20______.
Professor-avaliador ________________________________________________
76
APÊNDICE D – MODELO DO ARTIGO
HIPERTENSÃO ARTERIAL COMO DOENÇA DE BASE PREDITIVA
PARA INSUFICIÊNCIA RENAL
Juliana Gomes Teixeira Santana1
Eurípedes Gil de França2
Resumo
Objetivo: Determinar o índice de pacientes com insuficiência renal, tendo como doença de
base a hipertensão, em tratamento em um hospital de Campina Grande-PB, o perfil
socioeconômico destes e seus estados clínicos. Método: Pesquisa descritiva, documental, com
abordagem quantitativa, realizada em Campina Grande-PB, no Hospital João XXIII em
outubro de 2012. Foram estudados prontuários de pacientes do setor de hemodiálise, do
referido hospital, cadastrados a partir do ano de 2007. A amostra resultante foi de 40
prontuários. O banco de dados foi montado em planilhas do Microsoft Office Excel 2010 e
analisado no Programa Statistical Package for the Social Science, versão 17. Resultados: 57%
foram pacientes do sexo masculino, 53,8% da amostra era de casados. A média das idades foi
de 44,53 anos e das pressões arteriais foi de 161/88 mmHg. Foram registrados pacientes com
diabetes, cardiopatia e doenças infectocontagiosas. Com relação às complicações, a maioria
apresentou fortes dores nos músculos inferiores (65%) e cerca de 30% da amostra evoluiu a
óbito. Conclusão: Foram registradas outras doenças crônicas como diabetes e cardiopatias
além da doença de base hipertensão. Os profissionais da saúde devem buscar conhecimento
para auxiliar no tratamento da doença, incentivando os pacientes a perseverarem no
tratamento e se adequarem às mudanças no estilo de vida.
Palavras-chave: Insuficiência Renal. Diálise Renal. Enfermagem.
HYPERTENSION AS A PREDICTIVE BASED DISEASE FOR CHRONIC KIDNEY
DISEASE
Abstract
Objective: Determining patient rate having kidney failure, having as basis illness the
hypertension, under treatment at a hospital in Campina Grande-PB, the social economic
profile of those patients as well as their clinic state. Method: Descriptive research,
documented, with a quantitative approach, made in Campina Grande – PB, at John XXIII
Hospital, on October, 2012. Medical records were studied in the hemodialysis section at the
hospital mentioned registered from 2007. The resulting sample came from 40 records. Data
bank was assembled in Microsoft Office Excel 2010 spread sheets and make analysis in
Statistical Package for the Social Science program, version 17. Results: 57% were male
patients, 53% of the samples were married. Age group was 44,53 years old and the arterial
pressure rate was 161/88 mmHg. Patients were registered having diabetes, cardiopathy, and
contagious illnesses. Regarding to the complications, most of the patients presented strong
1 Graduanda do curso de Bacharelado em Enfermagem. União de Ensino Superior de Campina Grande – UNESC
Faculdades. E-mail: 2 Enfermeiro. Mestre em Saúde Pública pela Universidade Estadual da Paraíba. Docente do Curso de
Bacharelado em Enfermagem da União de Ensino Superior de Campina Grande-UNESC. E-mail:
2
pains in the inferior members, legs, (65%), and about 30% of the sample came to a death.
Conclusion: Other chronic illness like diabetes and cardiopathy were registered beyond basis
illness to hypertension. Health care professionals must seek knowledge in order to help in the
illness treatment, encouraging patients to keep their treatment and adapt themselves to life
style changes.
Keywords: Renal Insufficiency. Renal Dialysis. Nursing.
1 INTRODUÇÃO
No corpo humano o produto do metabolismo é filtrado pelos rins e são estes órgãos os
responsáveis pela coleta de resíduos no sangue e seu acúmulo, tendo como produto final a
urina. O conhecimento do órgão é essencial para o diagnóstico e tratamento da doença renal
crônica – DRC (CLARKSON; BRENNER; 2007; SMETZER; BARE, 2006).
Existem duas alternativas principais para a substituição da função renal: a diálise e o
transplante renal. A diálise é um tratamento que filtra dejetos e água do sangue e subdivide-se
em duas formas principais: a hemodiálise e a diálise peritoneal. A primeira forma de diálise é
feita através de uma máquina que funciona com um rim artificial, filtrando o sangue. Nela,
encontram-se vários tubos com membranas semipermeáveis que se encontram mergulhadas
em soluções com sais, glicose e outras mesmas substâncias encontradas no sangue. Como
essa solução encontra-se na mesma concentração do sangue, as substâncias impuras e tóxicas
que possuem concentrações diferentes, são eliminadas (NASCIMENTO; MARQUES, 2005).
A fim de retirar e devolver o sangue para o corpo do paciente, durante a hemodiálise é
necessário que se construam fístulas arteriovenosas, que ligam uma artéria a uma veia,
criando uma veia periférica com alto fluxo sanguíneo e mais resistente a punções repetidas.
Cada sessão de hemodiálise dura entre quatro a seis horas, e deve ser feita pelo menos três
vezes por semana (NASCIMENTO; MARQUES, 2005).
Para realizar a diálise peritoneal, introduz-se cateter especial dentro da cavidade
abdominal, que através do mesmo, passa-se uma solução aquosa, semelhante ao plasma. Essa
solução fica por um determinado tempo dentro da cavidade abdominal, para que seja realizada
a mudança. Cada vez que uma nova solução é introduzida no abdômen e entra em contato
com o peritônio, ele passa para a solução os líquidos tóxicos que devem ser eliminados do
organismo, equivalendo assim à função renal (COELHO, 1998).
O transplante renal consiste em substituir do paciente os rins doentes por um rim, que
cumpra a função renal, de um doador. Desde que o paciente apresente condições clinicas para
suportar o transplante, tal como suportar uma cirurgia (com duração de 4 a 6 horas), não ter
3
lesões em outros órgãos que impeçam o transplante (como cirrose, câncer ou acidentes
vasculares), não ter infecção ou focos ativos (na urina, nos dentes, tuberculose ou fungos), e
não ter problemas imunológicos adquiridos por muitas transfusões ou várias gestações,
qualquer portador de DRC pode submeter-se a esse tipo de tratamento (NASCIMENTO,
2000).
A doença renal crônica é problema de saúde pública no Brasil, sendo que a assistência
a esses pacientes é um processo de avaliação constante por parte das instituições de saúde, de
pesquisa e do governo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2011). Esta
patologia exige cuidados que em vários casos leva a uma vida inteira de tratamento.
Em 2000, estimou-se que havia 42.695 mil pacientes em tratamento dialítico. Em
2011, o número mais do que dobrou, chegando a 91.314 mil. Desses, 84,9 % possuíam
despesas com tratamento pagas por meio do Sistema Único de Saúde – SUS. A prevalência da
doença aumenta significativamente com a idade, com predomínio do sexo masculino (57,3%)
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2011). Com isto, é possível perceber que
a Insuficiência Renal Crônica – IRC tem-se tornado problema de grandes proporções para o
governo, pois ainda é visível a necessidade de aplicação de políticas voltadas para a
sobrevivência e a melhoria da qualidade de serviços prestados.
As doenças renais levam a óbito pelo menos 15 mil pessoas por ano no Brasil e os
gastos com estes doentes são de R$ 1,4 bilhão/ano, o que representa 10% de toda a verba
destinada a hospitais, clínicas, médicos e remédios (AJZEN; SCHOR, 2004). Embora se tenha
uma deficiência nos serviços prestados e no capital investido, havendo uma modificação na
repartição dos recursos públicos que são destinados atualmente ao tratamento da IRC, poderia
atingir-se um maior número de doentes e melhorar a qualidade de vida dos mesmos
(COELHO, 1998).
Alguns pacientes apresentam suscetibilidade aumentada decorrente de patologias que
influenciam na lesão renal, tais como a hipertensão arterial (ROMÃO, 2004). A hipertensão
encontra-se entre as principais causas de IRC (35,1%), seguida pela diabetes mellitus (28,4%)
e glomerulonefrite (11,4%) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2011).
Atualmente existem mais de 177 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo.
Em 2030, esse número deve chegar a 360 milhões, e caso essas previsões se confirmem o
número de indivíduos com acometimento renal será expressivo (ROMÃO, 2004).
A condição crônica e o tratamento hemodialítico são fontes de estresse e representam
desvantagem por ocasionar problemas como
4
Isolamento social, perda do emprego, dependência da Previdência Social, parcial
impossibilidade de locomoção e passeios, diminuição da atividade física,
necessidade de adaptação à perda da autonomia, alterações da imagem corporal e
ainda, um sentimento ambíguo entre medo de viver e de morrer (MACHADO; CAR,
2003, p. 28).
Para Barbosa (1993), o doente renal crônico vivência uma brusca mudança no seu
viver, convive com limitações, com o tratamento doloroso, com um pensar na morte, mas
convive com a possibilidade de submeter-se ao transplante renal e a expectativa de melhorar a
sua qualidade de vida. Ainda, os pacientes renais crônicos acabam se tornando desanimados,
desesperados e, muitas vezes, por estas razões ou por falta de orientação, acabam
abandonando o tratamento ou não dando importância aos cuidados constantes que deveriam
ter.
Diante do exposto, é possível compreender que o papel do enfermeiro na assistência
ao paciente renal crônico é extremamente importante, pois é também sua função incentivar o
autocuidado, facilitando a aceitação do tratamento por parte do paciente. A assistência ao
portador de IRC, adiante, deve focar a orientação, pois sempre ocorrerá a mesma dentro dos
centros de hemodiálise, em cada sessão de diálise, e a adesão ao tratamento, fazendo com que
o paciente adquira hábitos que favoreçam o bem estar (MASCARENHA, 2011).
Nesta perspectiva, é correto inferir que as ações educativas, desenvolvidas juntamente
com o paciente, família e comunidade, têm um papel fundamental no controle dessa
enfermidade (MASCARENHAS, 2011). De fato, houve reformulação no Programa Nacional
de Avaliação dos Serviços Hospitalares, passando a Programa Nacional de Avaliação dos
Serviços de Saúde – PNASS a fim de verificar a qualidade dos padrões de conformidade,
indicadores produtivos, pesquisa de satisfação do usuário e condições de relações de trabalho
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2004).
Pode-se observar lacuna em relação à avaliação da assistência aos portadores de IRC,
desde a concepção do diagnóstico até a qualidade do tratamento oferecido a estes no âmbito
do atendimento. Além disso, ainda são escassos os números de estudos de enfermagem
relativos aos cuidados ao paciente nefrológico, tanto no que se refere a métodos de
procedimentos quanto também na qualidade de assistência profissional (OLIVEIRA et al.,
2008).
Devido à importância do tema no campo da Enfermagem e vistas pela alta prevalência
e por apresentarem grandes impactos na vida dos pacientes objetivou-se neste estudo
determinar o índice de pacientes com insuficiência renal, tendo como doença de base a
hipertensão, em tratamento em um hospital de Campina Grande-PB, identificando também o
5
perfil socioeconômico dos pacientes e verificando o estado clínico destes durante as sessões
de hemodiálise de acordo com os seguintes critérios: pressão arterial, temperatura, glicemia,
complicações, temo de tratamento, número de internações, e evolução a óbito.
2 MÉTODO
Pesquisa descritiva, documental, com abordagem quantitativa. Os estudos descritivos
têm a finalidade de traçar um estado situacional do objeto de estudo. (RICHARDSON, 1989).
A pesquisa foi documental, pois teve como objeto de investigação prontuários de um hospital.
Estes documentos foram importantes, uma vez que contribuíram com os dados dos pacientes
na elaboração dos resultados.
A coleta de dados foi realizada em Campina Grande-PB, no Hospital João XXIII, no
mês de outubro de 2012. Foram estudados os prontuários do setor de hemodiálise do referido
hospital. Este departamento funciona de segunda a sábado das 06h00 às 22h00 em três turnos:
manhã, tarde e noite. O hospital possui 18 máquinas para o tratamento, 18 leitos e 20
profissionais para atendimento. Por dia são atendidos 54 pacientes.
Os pacientes são divididos em duas turmas: a primeira realiza hemodiálise nas
segundas, quartas e sextas-feiras e a segunda nas terças, quintas e sábados. Cada turma
frequenta o hospital três vezes por semana. Foram incluídos na pesquisa todos os prontuários
de pacientes atendidos no turno da manhã e a partir do ano de 2007. Prontuários rasurados,
danificados ou que apresentassem qualquer ilegibilidade que impossibilitasse a coleta dos
dados foram excluídos. Dos 70 disponíveis, amostra resultante foi de 40 prontuários que
atenderam aos critérios de inclusão.
A pesquisa foi realizada em dois dias, sem dificuldade para o acesso aos prontuários.
A pesquisadora deslocou-se ao Hospital e lá contatou o profissional responsável pelo setor a
fim de ter acesso aos documentos. Foram selecionados os prontuários de acordo com os
critérios de inclusão e em sala reservada o pesquisador fez a coleta dos dados.
O instrumento de coleta utilizado foi composto por questões objetivas – com opção de
escolha e outras abertas – contemplando dois grupos: o primeiro referente às variáveis
socioeconômicas e o segundo as variáveis clínicas. Ao todo havia 14 questionamentos, sete
perguntas referentes ao primeiro grupo e sete referentes ao segundo.
O banco de dados foi montado em planilhas do Microsoft Office Excel 2010. Após
digitação, a planilha foi transferida para o programa Statistical Package for the Social Science
6
– SPSS, versão 17, e realizada então a análise descritiva e apresentação dos dados em tabelas
e gráficos.
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa – CEP da Universidade
Estadual da Paraíba – UEPB, para apreciação e recebeu parecer favorável à sua realização
CAAE: 0317.0.133.000-12. O pesquisador responsável assinou o Termo de Compromisso
para Uso de Dados em Arquivo e se comprometeram a cumprir as normas da resolução
196/96 do Conselho Nacional de Saúde, evidenciando as finalidades do estudo, identificação,
contatos do pesquisador e garantia de sigilo das informações.
3 RESULTADOS
Verificou-se a predominância de pacientes com IRC do sexo masculino com 57,5%.
Dentre os pesquisados 53,8% eram casados e a média de idade dos pacientes foi de 44,53
anos, evidenciando um perfil de pacientes adultos maduros. A idade mínima registrada foi de
17 anos.
Devido ao hospital ser uma das referências na cidade para o atendimento em
nefrologia, muitos pacientes se deslocam de outras cidades circunvizinhas para realizarem
tratamento. Considerando este fato, não surpreende que 85% da amostra estudada eram
provenientes de outras cidades que não Campina Grande.
Não foi possível pesquisar mais dados a respeito do perfil socioeconômico dos
pacientes, pois os prontuários não abrangiam outras informações.
Tabela 1. Perfil socioeconômico dos pacientes em Diálise
N % %
válido
%
cumulativo
Sexo
Feminino 17 42,5 42,5 42,5
Masculino 23 57,5 57,5 100,0
Total 40 100,0 100,0
Estado civil
Casado 21 52,5 53,8 53,8
Divorciado 02 5,0 5,1 59,0
Solteiro 09 22,5 23,1 82,1
Viúvo 07 17,5 17,9 100,0
Total 39 97,5 100
Missing 01 2,5
Naturalidade
Campina Grande 06 15,0 15,0 15,0
Outras cidades – PB 34 85,0 85,0 100,0
7
Total 40 100,0 100,0
Fonte: Dados da pesquisa.
Tabela 2. Descrição das idades dos pacientes
Idade
Total 40
Média 44,53
Mediana 43,50
D. padrão 14,88
Mínimo 17
Máximo 77
Fonte: Dados da pesquisa.
Gráfico 1. Histograma da variação das idades dos pacientes
Fonte: Dados da pesquisa.
A média da PA sistólica (161 mmHg) apenas ratifica a característica da amostra, visto
que foram analisados os prontuários de pacientes renais com doença de base a hipertensão.
Todos os pacientes, cujos prontuários foram analisados, deram entrada no serviço com
diagnóstico de doença hipertensiva.
A média verificada para o tempo de tratamento dos pacientes foi de 2,2 anos.
Verificou-se também média de 3,8 para número de internações.
Além da doença base hipertensão, a maior parte dos pacientes possuía diabetes
(32,5%). A mesma também pode se desenvolver durante o tratamento, o que justifica a média
de glicemia elevada (média de 175,45). Outros possuíam hipertensão e cardiopatia (27,5%). O
percentual para portadores de IRC com hipertensão e diabetes ou somente hipertensão foi de
65%.
8
Com relação ao registro das complicações, metades dos prontuários não possuíam
anotações referentes a esta evolução. Isto significou considerável perda de informações para
esta pesquisa. A maioria dos prontuários válidos relatou dores nos membros inferiores –
MMII como complicações (65%, percentual resultante da soma das variáveis fortes dores em
MMII e dores em MMII por excesso de peso).
Dos prontuários pesquisados, 12 desses eram de pacientes que foram a óbito, o que
equivale a cerca de 30% do total. Não houve óbitos dentre os que estavam em primeiro ano de
tratamento, porém 16,7% dos óbitos foram registrados antes do segundo ano e50% morreram
antes de completar o terceiro ano de tratamento.
Tabela 3. Perfil de saúde dos pacientes (N = 40)
PA
Sistólica
PA
Diastólica Temperatura Glicemia
Tempo de
tratamento
(anos
completos)
Número de
internações
Média 161,00 88,00 35,6 175,45 2,2 3,8
Mediana 165,00 90,00 36,0 173,00 2,0 3,5
D. Padrão 15,98 7,23 2,2 21,07 1,4 1,8
Mínimo 130,00 70,00 29,0 140,00 0 1,0
Máximo 180,00 100,00 39,0 228,00 5,0 8,0
Fonte: Dados da pesquisa.
Tabela 4. Complicações no decorrer do tratamento (N = 40)
N % % válido
Doença de base*
Cardiopatia 11 27,5 27,5
Cardiopatia e hepatite C 01 2,5 2,5
Cardiopatia e diabetes 02 5,0 5,0
Diabetes 13 32,5 32,5
Somente hipertensão 13 32,5 32,5
Total 40 100,0 100,0
Complicações
Fortes dores em MMII 08 20,0 40,0
Dores em MMII (excesso de peso) 5 12,5 25,0
Dores torácicas 1 2,5 5,0
Náuseas durante as sessões 2 5,0 10,0
Vertigens durante as sessões 4 10,0 20,0
Total 20 50,0 100,0
Missing 20 50,0
Óbitos
Sim 12 30,0 30,0
Não 28 70,0 70,0
Total 40 100,0 100,0
Fonte: Dados da pesquisa.
*Além das doenças relatadas, todos eram hipertensos.
9
4 DISCUSSÃO
Alguns resultados relativos ao perfil socioeconômico dos pacientes em análise foram
condizentes com os dados encontrados através da pesquisa bibliográfica que embasa este
estudo, já que, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (2011) a
prevalência da doença renal aumenta significativamente com a idade, com predomínio do
sexo masculino, fato este que se comprovou através dos dados coletados na presente pesquisa
visto que 57,5% dos pacientes com IRC eram do sexo masculino. Caso a pesquisa fosse
realizada nos três turnos o percentual para masculinos poderia aumentar.
De acordo com a tabela 3.4, dentre os pesquisados 53,8% eram casados e com média
de idade de 44,53 anos, evidenciando um perfil de pacientes adultos maduros. A idade
mínima registrada foi de 17 anos. Com o avanço da idade diversas doenças aparecem, sendo
influenciadas também pelo ritmo acelerado de vida e por estresses sofridos no trabalho.
Também estão mais propensos às patologias pelo fato da maioria ser de zona rural onde o
acesso a tratamentos médicos e condutas profiláticas é mais restrito.
Na presente pesquisa a existência de adolescentes com IRC pode estar relacionada às
doenças genéticas que são transmitidas aos descendentes através da hereditariedade. Também
pode ser relacionada à dieta inadequada. Quando relacionados à ambição pela estética
corporal, os jovens fazem a utilização de medicamentos, sem acompanhamento médico e sem
conhecimento dos familiares e que prejudicam a função renal, para manter o padrão corporal
idealizado na mídia (CABRAL; DINIZ; ARRUDA, 2005).
Em relação à doença de base dos indivíduos em análise, a média da PA sistólica
encontrada entre eles apenas ratifica a característica da doença de base da amostra, visto que
foram analisados os prontuários de pacientes renais com doença de base a hipertensão. Todos
os pacientes, cujos prontuários foram analisados, deram entrada no serviço com diagnóstico
de doença hipertensiva.
A predominância de pacientes hipertensos com problemas renais ocorre devido ao fato
de que, além do órgão ser responsável por controlar a concentração de sódio e a quantidade de
líquido do corpo, o rim também é responsável pelo controle da pressão arterial sanguínea –
PA. Ao haver falha na função do mesmo, pode ocorre um aumento na PA. Quando os rins não
funcionam adequadamente é produzida renina em excesso e isto pode resultam em
hipertensão. A hipertensão prolongada danifica os vasos sanguíneos, causando assim falha
renal (CONSTANZO, 1999).
10
Foram registradas prevalências de cardiopatia (27,5%) e diabetes (32,5%). A
existência destas pode ser explicada, de acordo com Bortolotto e Praxedes (2008), porque a
hipertensão arterial é uma das principais causas de IRC, e quando associadas, aumentam o
risco cardiovascular. Quando, ainda, relacionadas à idade, sedentarismo, dieta desequilibrada
e proteinúria (dentre outras), aumenta as chances para aparecimento do quadro diabético.
O tempo de tratamento dos pacientes estudados teve uma média de 2,2 anos.
Verificou-se também média de 3,8 para número de internações. Apesar de não terem sido
realizados testes de associação suspeitam-se (baseado na literatura) que as internações estejam
relacionadas às complicações da insuficiência renal e idade elevada.
Com relação ao registro das complicações, metades dos prontuários não possuíam
anotações referentes a esta evolução. Isto significou considerável perda de informações para
esta pesquisa. A maioria dos prontuários válidos relatou dores nos membros inferiores
(MMII) como complicações (65%, percentual resultante da soma das variáveis fortes dores
em MMII e dores em MMII por excesso de peso).
Dos prontuários pesquisados, 12 eram de pacientes que foram a óbito, o que equivale a
cerca de 30% do total. Não houve óbitos dentre os que estavam em primeiro ano de
tratamento, porém 16,7% dos óbitos foram registrados antes do segundo ano e 50% morreram
antes de completar o terceiro ano de tratamento. O período geral de tratamento é geralmente
longo e o tempo máximo de tratamento registrado (nestes prontuários) foi de cinco anos, o
que implica que a permanência por longos períodos de tratamento indica aceitação da doença
e mudança de hábitos de vida.
A média de internações pode estar associada ao número de complicações, isto porque
são pacientes que frequentemente necessitam de assistência médica. Também ocorre devido à
associação entre insuficiência renal e idade (os de mais idade estão mais susceptíveis às
internações) (BRASIL, 2004).
Registrou-se que metades dos prontuários não possuíam anotações referentes às
complicações, fato que significou considerável perda de informações para esta pesquisa.
Acredita-se que os pacientes que sofrem de IRC veem sua condição crônica e o
tratamento hemodialítico como fontes de estresse, representando desvantagem por ocasionar
problemas como o isolamento social, perda do emprego, dependência da Previdência Social,
alterações da imagem corporal e ainda, um sentimento ambíguo entre medo de viver e de
morrer, entre outros (SANTOS; ROCHA; BERARDINELLI, 2011).
Para Barbosa (1993), o doente renal crônico passa a conviver com uma brusca
mudança no seu viver, já que passa a ter limitações e devido também ao tratamento ser
11
doloroso convive com pensar na morte, mas com a possibilidade de submeter-se ao
transplante renal e a expectativa de melhorar a sua qualidade de vida.
É possível compreender que o papel do enfermeiro na assistência ao paciente renal
crônico é de suma importância, já que tem o dever de incentivar o autocuidado, facilitando a
aceitação do tratamento por parte do paciente, melhorando assim a qualidade de vida do
indivíduo acometido pela hemodiálise. A assistência ao portador de IRC também deve focar a
orientação em cada sessão de diálise, e a adesão ao tratamento, fazendo com que o paciente
adquira hábitos que favoreçam o bem estar (MASCARENHA, 2011).
Durante o tratamento ocorre alteração na nutrição (inferior às exigências corporais),
devida à anorexia, náuseas, vómitos e dieta restritiva; a integridade cutânea é prejudicada,
devido ao congelamento urético e alterações nas glândulas oleosas e sudoríparas; ocorre
constipação devida à restrição de líquidos e ingestão de agentes fixadores de fosfato; risco de
lesão enquanto está a andar, devido ao potencial de fraturas e câimbras musculares,
relacionado à deficiência de cálcio e não aceitação do esquema terapêutico, devida às
restrições impostas pela IRC e seu tratamento (OLIVEIRA et al., 2008).
As dores têm relação com a dieta alimentar dos pacientes e com o excesso de peso
ocasionado por ela. Por não terem os rins em pleno funcionamento, os portadores de IRC
devem evitar a ingestão de líquidos e de alimentos ricos em líquidos, pois o excesso do
mesmo pode levá-lo a óbito.
Cada portador possui uma maneira única de lidar com o tratamento. A maioria dos
pacientes adquiriu a IRC através de uma doença base, que na pesquisa teve-se a prevalência
da hipertensão. Ainda é necessária a melhoria do tratamento oferecido pelo governo para os
pacientes, para que haja uma melhoria na expectativa de vida dos mesmos e ocorra a
diminuição do índice de óbitos.
5 CONCLUSÕES
Ficou evidente que, mesmo considerando que apenas os prontuários de pacientes com
hipertensão como doença de base tenham sido verificados, é visível o impacto desta doença
no surgimento da insuficiência renal crônica. Dos prontuários de pacientes verificados no
turno da manhã, 40 (57,1%) apresentou a doença hipertensiva como doença de base. Além
desta, 32,5% dos pacientes apresentavam concomitantemente diabetes e 35% possuía
cardiopatia. O percentual para aquele somente com hipertensão foi de 32,5%.
12
O estudo também avaliou os dados socioeconômicos, em que se constataram faixa
etária dos pacientes entre 17 e 77 anos, sendo o perfil prevalente entre os pacientes
pesquisados, de adultos maduros. 57% eram do sexo masculino (maioria), dos quais 53,8 %
eram casados.
A média das pressões arteriais dos pacientes foi 161/88 mmHg, resultado esperado
considerando a doença de base e a própria IRC. A média da glicemia esteve elevada
demonstrando desequilíbrio hormonal e suposição para diabetes. A média do tempo de
tratamento dos pacientes em análise foi de 2,2 anos. A média do número de internações obtida
foi de 3,8. Com relação às complicações a maioria apresentou fortes dores nos MMII (65%).
Dos prontuários pesquisados, cerca de 30% do total eram de pacientes que foram a óbito.
O papel da enfermagem é evidente, pois existe a criação de um forte vínculo entre o
paciente e o enfermeiro, sendo que o profissional muitas vezes é considerado como membro
da família. O profissional deve buscar ajudar o paciente aprender a lidar com a doença e
incentivar as práticas que levem ao bem estar do mesmo.
A enfermagem atua nessa área, diagnosticando e buscando solucionar os problemas
vivenciados pelo portador e pelos familiares. Devem detectar os sinais que os pacientes
apresentam, bem como verificar as informações e as orientações fornecidas aos mesmos. Ela
também tem o papel de ajudar na adaptação do paciente à nova realidade e incentivar a
continuidade do seu tratamento.
Portanto, o estudo oferece base para que os atuantes da área de saúde percebam o
quanto é essencial avaliar quais as razões que estão por trás da doença e a qualidade
assistencial fornecida ao paciente. Importa que os profissionais se sensibilizem e assumam a
responsabilidade na luta por melhores condições de tratamento clínico para os usuários,
estimulação à mudança na dieta alimentar e manutenção desta e fortalecer as convicções do
paciente para a esperança com relação ao transplante e a continuidade da vida.
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