unidade 2 parte 2
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30/03/2015
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Mercado Financeiro: Taxas de Juros de Mercado,
Risco e Estrutura a Termo da Taxa de Juros
Unidade 2 – Parte 2
Profa. Gisele F. Tiryaki
ECO 174 – Economia Monetária
FCE/UFBA
Sumário Estrutura de Risco da Taxa de Juros
Estrutura a Termo da Taxa de Juros
Definição
Curva de Rendimento: Definição e Teorias
Mercados Segmentados, Expectativas e “Habitat Preferido”
Informação e Eficiência do Mercado Financeiro
Estratégias de Investimento
Anomalias
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Estrutura de
Risco da Taxa de
Juros
Definição e Determinantes Estrutura de risco: diferenças na precificação de ativos com mesmo
prazo de maturação, mas com características diferenciadas
Nota do Tesouro Nacional c/vencimento em 2025: 13,4%
Empréstimo residencial – Pessoas Físicas/Mercado: 12,5%
Taxa média de juros em op. crédito: 25.1%
Debêntures: define-se percentual acima da NTN
Determinantes:
Probabilidade de não pagamento (default)
Liquidez
Custo de informação
Tributação do retorno esperado
Prêmio de risco: diferença entre a taxa de juros de um título e a taxa de
título livre de risco para um mesmo vencimento
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Estrutura de Risco – Estados Unidos
Fonte: Hubbard (2005)
Estrutura de Risco – Brazil
Fonte: BCB (2015)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
mar
/00
nov/
00
jul/
01
mar
/02
nov/
02
jul/
03
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/04
nov/
04
jul/
05
mar
/06
nov/
06
jul/
07
mar
/08
nov/
08
jul/
09
mar
/10
nov/
10
jul/
11
mar
/12
nov/
12
jul/
13
mar
/14
nov/
14
Selic acumulada no mês anualizada - % a.a.
CDI acumulada no mês anualizada base 252 - % a.a.
Taxa média de juros das operações de crédito - Total - % a.a.
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Determinantes Risco de Default (não pagamento): empresas que oferecem
maior risco ao investidor de não honrar o pagamento de um título
têm que ofertar uma maior taxa de juros
Implicação: preço do ativo seguro excede o preço do ativo
mais arriscado
O que aconteceria se, em função de uma recessão e seu
impacto negativo sobre a lucratividade das empresas, os
investidores acreditassem que a possibilidade de não
pagamento do ativo mais arriscado se elevasse?
Prêmio de Risco de Default e Retorno
de Ativos: “Fuga para a Qualidade”
Baixo Risco de Não Pagamento Alto Risco de Não Pagamento
Pre
ço d
e B
,
P(R
$)
Quantidade de Bônus de
Baixo Risco, R$ bilhões
1. Investidores
↓ a carteira de
ativos
arriscados
Quantidade de Bônus de
Risco Elevado, R$ bilhões
Seguro0
Seguro1
Arriscado0
Arriscado1
2. Investidores
demandam mais
ativos seguros
3. Prêmio
de Risco de
Default ↑ Pre
ço d
e B
,
P(R
$)
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Determinantes Liquidez: investidores requerem um prêmio de liquidez para adquirir ativos
que são menos líquidos do que títulos governamentais
O que aconteceria com um ativo com baixa liquidez que se torna ainda mais
ilíquido?
Pre
ço d
e B
,
P(R
$)
Pre
ço d
e B
,
P(R
$)
Ativo com Liquidez Elevada Ativo com Liquidez Reduzida
1. Demanda por
ativos de baixa
liquidez ↓
2. Demanda por
ativos de alta
liquidez ↑
3. Prêmio de
liquidez ↑
Determinantes Custo de aquisição de informação: a necessidade de
dedicar tempo e dinheiro para aquisição de informação sobre
um ativo reduz o retorno esperado no investimento
Diferenças na aquisição de informação levam a diferenças nas
taxas de juros
Custo: contratação de analistas ou aquisição de informação
junto a empresas especializadas (S&P, Merrill Lynch)
Variação na avaliação de risco do mercado: modificações no prêmio de
risco
Um aumento no custo de se obter informação sobre um ativo
eleva o prêmio de informação deste...
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Prêmio de Custo de Informação P
reço
de
B,
P(R
$)
Pre
ço d
e B
,
P(R
$)
Mercado de Ativos com Baixo
Custo de Informação
1. Demanda por
ativos com alto
custo de info. ↓
2. Demanda por
ativos com alto
custo de info. ↑
3. Prêmio de
custo de
info. ↑
Mercado de Ativos com Alto
Custo de Informação
Info (-)
Info (-)
Info (-)
Info (+)
Info (+)
Info (+)
Determinantes Tributação: diferenças na forma como os ativos são
tributados podem levar os investidores a requererem um
prêmio adicional relativo ao peso dos impostos
Relevante para o investidor: retorno líquido de impostos
Obrigação tributária diferida: beneficia o investidor ao reduzir o
valor presente dos impostos a serem pagos somente no
vencimento ou na venda do ativo
O que acontece quando um ativo passa a ser tributado?
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Prêmio Relacionado à Cobrança de
Impostos P
reço
de
B,
P(R
$)
Pre
ço d
e B
,
P(R
$)
Mercado de Ativos sem
Cobrança de Impostos
1. Demanda por
ativos com
tributação sobre
ganhos↓
2. Demanda por
ativos não
tributados
3. Prêmio de
impostos ↑
Mercado de Ativos com
Cobrança de Impostos
Imp (0)
Imp (0)
Imp (0)
Imp (+)
Imp (+)
Imp (+)
Em Resumo... Prêmio de risco: diferença entre o retorno de um ativo e o
retorno de um ativo livre de risco com prazos de maturação
semelhantes
Componentes do prêmio de risco:
Risco de Default
Risco de Baixa Liquidez
Risco de Custo de Informação
Risco de Cobrança de Impostos
Analistas utilizam o prêmio de risco como indicador de
recessão futura
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Estrutura a
Termo da Taxa
de Juros
Definição e Determinantes Definição: efeito de diferenças no prazo de maturação de ativos
financeiros no retorno esperado destes
Comparação de ativos com mesmo nível de risco de default,
liquidez, custo de informação e carga tributária
Ativos normalmente utilizados na análise: títulos
governamentais com diferentes prazos de maturação
Outros ativos utilizados: comercializados na BM&F
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Definições - Fonte:
http://www3.tesouro.gov.br Letra do Tesouro Nacional (LTN): título com rentabilidade
definida (taxa fixa) no momento da compra. Forma de
pagamento: no vencimento
Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F): título com
rentabilidade prefixada, definida no momento da compra. Forma
de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento
(principal)
Letra Financeira do Tesouro (LFT): título com rentabilidade
diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa média das
operações diárias com títulos públicos registrados no sistema
SELIC, ou, simplesmente, taxa Selic)
Definições – Fonte:
http://www3.tesouro.gov.br Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B): título com
rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros
definidos no momento da compra. Forma de Pagamento:
semestralmente (juros) e no vencimento (principal).
Nota do Tesouro Nacional Principal série B (NTN-B
Principal): título com rentabilidade vinculada à variação do
IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra .
Forma de pagamento: no vencimento
Nota do Tesouro Nacional série C (NTN-C): título com
rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros
definidos no momento da compra
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Títulos
do
Tesouro
Nacional
Títulos
do
Tesouro
Nacional
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Curva de Rendimento Curva de rendimento (yield curve): relaciona o retorno em ativos
similares, mas com diferentes prazos de vencimento Inclinação ascendente: rendimentos maiores para títulos com
maturação mais longa
Inclinação constante: rendimentos iguais, independente do prazo de maturação
Inclinação descendente: rendimentos menores para títulos com maturação mais longa
Curva de rendimento típica: Curva com inclinação ascendente que se movimenta verticalmente ao
longo do tempo, mas que não muda de formato Rendimentos dos títulos de curto e longo prazo se movimentam na
mesma direção e proporção ao longo do tempo em resposta a fatores diversos: elevada correlação positiva
Curva de Rendimento Típica
% a.a.
Prazo de Vencimento 1 ano 2 anos 5 anos
13%
13,8%
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Explicando a Curva de Rendimento
Teorias:
Mercados Segmentados
Expectativas
“Habitat Preferido”
Como julgar a validade de uma teoria?
Consistência lógica: a teoria oferece um modelo do mercado
financeiro que é internamente consistente e que explica eventos
reais?
Capacidade de previsão: a teoria consegue explicar os dados
estatísticos reais das curvas de rendimento?
Teoria dos Mercados Segmentados Hipótese: o rendimento de cada instrumento com prazo de
vencimento diferente é determinado em um mercado separado (curvas de demanda e oferta de mercado específicas)
Preferência por período específico: emprestadores e tomadores de recursos têm objetivos pré-definidos e não estão dispostos a se deslocarem para o mercado de ativos com outros prazos, senão aquele previamente escolhido
Exemplo 1: uma firma com pretensão de investir em um projeto cujo retorno ocorrerá em um prazo de 20 anos procurará fazer com que o pagamento de seus débitos sejam sincronizados com suas receitas esperadas
Exemplo 2: emprestadores de recursos poupam para aposentadoria ou para o pagamento da universidade de seus filhos
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Teoria dos Mercados Segmentados Implicação: ativos semelhantes, mas com diferentes prazos de
vencimento, não são substitutos
A curva de rendimentos pode ter qualquer inclinação a depender das condições de mercado para cada ativo
Validade?
Consistência lógica: dado que a curva de rendimento tende a ter inclinação positiva, a teoria tem consistência lógica desde que investidores demonstrem maior preferência por ativos com curto prazo de maturação
Capacidade de previsão: a teoria explica a inclinação da curva, mas não tem como explicar o movimento sincronizado dos retornos de ativos com prazos de maturação diferenciados observado ao longo do tempo
Teoria das Expectativas Hipótese: investidores consideram que ativos semelhantes, mas
com diferentes prazos de maturação, são perfeitamente substitutos
O que acontece quando a taxa de rendimento para títulos que vencem
em 1 ano excede a taxa de rendimento de títulos que vencem em 2
anos?
Demanda por T1 cresce e demanda por T2 reduz
Resultado: expectativa de rendimento futuro declinante para T1
Equilíbrio requer que o retorno no ativo de longo prazo seja igual à
média do retorno de ativos de curto prazo durante aquele período
n
iiii
e
nt
e
tt
tn
1,11,1,1
,
...
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Teoria das Expectativas Implicação: a inclinação da curva de rendimentos depende da
expectativa de desempenho futuro dos rendimentos de curto prazo
Se espera-se que o rendimento de títulos de curto prazo irá crescer, a curva de rendimento tem inclinação positiva
Se espera-se que o rendimento de títulos de curto prazo permanecerá no mesmo patamar, a curva de rendimento é perfeitamente elástica
Se espera-se que o rendimento de títulos de curto prazo irá decrescer, a curva de rendimento tem inclinação negativa
Conclusão: a curva de rendimentos permite estimar o comportamento futuro das taxas de juros
Teoria das Expectativas Exemplo: considere as curvas a seguir
Prazo de
Maturação
Prazo de
Maturação
Prazo de
Maturação
Espera-se que o
rendimento de ativos
com prazo de
maturação de 1 ano ↑
Espera-se que o
rendimento de ativos
com prazo de
maturação de 1 ano se
mantenha constante
Espera-se que o
rendimento de ativos
com prazo de
maturação de 1 ano ↓
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Teoria das Expectativas: Estimando o
Comportamento Futuro das Taxas de Juros
Exemplo 1a: Curva de inclinação positiva Qual o valor da taxa de juros esperada para títulos com prazo de maturação
de 1 ano daqui a um ano, se a taxa atual de títulos com vencimento em 1 ano
é 6% e a taxa atual de títulos com vencimento em 2 anos é 7%?
Qual o valor da taxa de juros esperada para títulos com prazo de maturação
de 1 ano daqui a dois anos, se a taxa atual em títulos com vencimento em 1
ano é 6% e em títulos com vencimento em 3 anos é 8%?
72
6 2,1
eii1,2
e = 8%
83
86 3,1
eii1,3
e = 10%
Teoria das Expectativas: Estimando o
Comportamento Futuro das Taxas de Juros
Exemplo 1b: Curva de inclinação constante Qual o valor da taxa de juros esperada para títulos com prazo de maturação
de 1 ano daqui a um ano, se a taxa atual em títulos com vencimento em 1 ano
é 6% e a taxa atual em títulos com vencimento em 2 anos é 6%?
Qual o valor da taxa de juros esperada para títulos com prazo de maturação
de 1 ano daqui a dois anos, se a taxa atual em títulos com vencimento em 1
ano é 6% e em títulos com vencimento em 3 anos é 6%?
62
6
XX = 6%
63
66
XX = 6%
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Teoria das Expectativas: Estimando o
Comportamento Futuro das Taxas de Juros
Exemplo 1c: Curva de inclinação declinante Qual o valor da taxa de juros esperada para títulos com prazo de maturação
de 1 ano daqui a um ano, se a taxa atual em títulos com vencimento em 1 ano
é 6% e a taxa atual em títulos com vencimento em 2 anos é 5,5%?
Qual o valor da taxa de juros esperada para títulos com prazo de maturação
de 1 ano daqui a dois anos, se a taxa atual em títulos com vencimento em 1
ano é 6% e em títulos com vencimento em 3 anos é 5%?
5,52
6
XX = 5%
53
56
XX = 4%
Teoria das Expectativas Em resumo... A teoria implica que a inclinação da curva de rendimentos é
determinada pelas expectativas dos investidores Na ausência de imperfeições de mercado, a existência de substituição
perfeita requer que o retorno esperado em ativos semelhantes com diferentes prazos de maturação seja igual, dado o período de manutenção do investimento
Se o retorno atual em um ativo com longo prazo de maturação excede o retorno atual de ativo semelhante com curto prazo de maturação, o retorno esperado nos ativos de curto prazo deve se elevar Se a taxa de juros de um título do governo com 10 anos de vencimento
excede a taxa de juros de um título do governo com 1 ano de vencimento, espera-se que a taxa de juros de títulos do governo com 1 ano de vencimento cresça ao longo dos próximos 10 anos
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Teoria das Expectativas
Consistência lógica e capacidade de previsão?
A teoria oferece uma explicação lógica para o movimento
sincronizado dos retornos de ativos com prazos de maturação
diferenciados observado ao longo do tempo
De acordo com a teoria, se a curva de rendimentos tem
inclinação positiva, as taxas de rendimento de ativos de curto
prazo devem sempre crescer, o que não é consistente com o que
se observa no mercado
Teoria do “Habitat Preferido” Hipótese: investidores levam em consideração o retorno esperado e o
prazo de maturação dos ativos
Ativos com diferentes prazos de maturação são substitutos imperfeitos: investidores tem um prazo de maturação de preferência (habitat), mas podem ser induzidos a adquirir ativos com prazos diferentes a depender do diferencial em retorno esperado
Habitat preferido é normalmente o curto prazo
É preciso pagar um prêmio para induzir os investidores a adquirir um ativo com prazo maior de maturação
Exemplo: um investidor preferiria adquirir títulos com vencimento em um ano com retorno atual de 6% e retorno esperado para o próximo ano de 8% do que comprar um título com vencimento de dois anos e retorno de 7% O título com prazo de vencimento de dois anos somente seria adquirido se o
retorno fosse maior que 7%
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Teoria do “Habitat Preferido”
Teoria das expectativas :
Teoria do “Habitat Preferido”:
Implicação: a teoria do “habitat preferido” prevê a existência de uma inclinação embutida positiva na curva de rendimentos Curva de rendimentos constante: taxa de retorno esperada em ativos
de curto prazo deve declinar moderadamente no curto prazo Curva de rendimentos ascendente: taxa de retorno esperada em
ativos de curto prazo deve aumentar no curto prazo, mas em proporção menor do que a indicada pela teoria das expectativas
Curva de rendimentos declinante: taxa de retorno esperada em ativos de curto prazo deve declinar de forma significativa no curto prazo
n
i...iii
e
1nt,1
e
1t,1t1
t,n
t,n
e
1nt,1
e
1t,1t1
t,n hn
i...iii
Teoria do “Habitat Preferido” Consistência lógica e capacidade de previsão?
A teoria apresenta consistência lógica e oferece explicações para
o movimento sincronizado dos retornos de ativos com prazos de
maturação diferenciados observado ao longo do tempo e para a
inclinação positiva da curva de rendimento típica
Curvas de rendimento invertidas: utilizadas para prever
períodos recessivos com três a quatro trimestres de
antecipação
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Estrutura a Termo das Taxas de Juros Exemplo: assuma que um investidor possui R$1.000 para investir em títulos do
governo no dia 01 de janeiro de 2004. É possível adquirir títulos com prazo de 1 ano que estão remunerando em 4%, títulos com prazo de 2 anos com remuneração de 5%, títulos com prazo de 3 anos com remuneração de 5,5% ou títulos com prazo de 4 anos com remuneração de 6%. O investidor espera que as taxas de remuneração em ativos com maturação de 1 ano tenham um rendimento de 6,5% em 01 de janeiro de 2005, 7% em 01 de janeiro de 2006 e 9% em 01 de janeiro de 2007. O investidor espera manter o portfolio até 01 de janeiro de 2008. Qual das alternativas abaixo oferece o maior retorno esperado até esta data? Adquirir um título com prazo de maturação de 4 anos.
Adquirir imediatamente um título com prazo de maturação de 3 anos e, em 2007, um título com prazo de 1 ano.
Adquirir imediatamente dois títulos com prazo de maturação de 2 anos; em 2006, um título com prazo de 1 ano; e, em 2007, um título com prazo de 1 ano.
Adquirir imediatamente um título com prazo de maturação de 1 ano e, em 2005, 2006 e 2007, adquirir títulos com prazo de maturação de 1 ano.
Estrutura a Termo das Taxas de
Juros – Exemplo
Prazo Taxa Hoje Taxa Esperada
(rt,1 ano)
Taxa Esperada
Exp. Racionais
Venct. 1 ano 4% - -
Venct. 2 ano 5% 6,5% (4 + X)/2 = 5% => X = 6%
Venct. 3 ano 5,5% 7% (4 + 6 + X)/3 = 5,5% => X = 6,5%
Venct. 4 ano 6% 9% (4 + 6 + 6,5 + X)/4 = 6% => X = 7,5%
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Informação e
Eficiência no
Mercado
Financeiro
Introdução Foco: informação presente nos preços de mercado de ativos
financeiros
Referencial teórico inicial: Hipótese do Mercado Eficiente
Pressuposto: expectativas racionais Agentes econômicos utilizam toda a informação disponível no processo
decisório: informações históricas e expectativas futuras/previsões
Expectativas adaptativas: somente informações passadas são levadas em consideração (preços de mercado são ajustados à medida que informação sobre preços ou retornos no passado é disponibilizada)
Consequência: preços de mercado constituem indicadores para as decisões econômicas e financeiras
Preço de mercado: valor presente do instrumento financeiro
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Expectativas Racionais Preço de mercado: melhor estimativa do valor presente dos
retornos esperados de um ativo financeiro (“valor fundamental”)
PE = PP, onde E = esperado e P = previsto (melhor estimativa)
Preço de mercado > PE : investidores vendem o ativo, levando à redução do preço de mercado
Preço de mercado < PE : investidores compram o ativo, levando ao aumento do preço de mercado
Longo prazo: tendência do preço de mercado = PE
Pt – PtE = erro aleatório (erro não previsível)
Hipótese do Mercado Eficiente: a busca por lucro faz com que o preço de mercado incorpore toda a informação disponível aos investidores
Hipótese do Mercado Eficiente Pressupostos: existem custos de informação, mas os custos de
transação são negligenciáveis
Implicação: decisões de investimento dos agentes econômicos
fazem com que as discrepâncias entre o preço de mercado e o
“valor fundamental” (preço previsto quando se incorpora
toda a informação disponível) desapareçam
Ganhos individuais no curto prazo: agentes que disponibilizam
mais recursos na obtenção de informação
Longo prazo: oportunidades de lucro deixam de existir
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Preço Esperado Dois componentes:
Receita esperada durante o tempo que o ativo é mantido (DE)
Ganho de capital esperado ao final do período em que se mantém o ativo (PE)
Exemplos:
(i) Ações: DE = dividendos pagos; PE = preço obtido com a venda das ações
(ii) Títulos de cupom: DE = pagamentos do cupom; PE = preço obtido com a venda do título ou quando o título é resgatado
i = taxa de juros ajustada ao risco
nti
P
i
DP
n
E
nn
t
E
t ,...,2,1,)1(11
0
Flutuações no Preço de Mercado Fatores que afetam o preço de mercado:
Retorno esperado
Taxa de juros
Risco de default
Liquidez
Custo de informação
Fato: flutuações diárias do preço de mercado podem ser
significativas
A hipótese do mercado eficiente pode justificar tais flutuações?
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Índice Bovespa – Variação Mensal
Fonte: BCB (2015)
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140 ja
n/87
abr/
88
jul/
89
out/
90
jan/
92
abr/
93
jul/
94
out/
95
jan/
97
abr/
98
jul/
99
out/
00
jan/
02
abr/
03
jul/
04
out/
05
jan/
07
abr/
08
jul/
09
out/
10
jan/
12
abr/
13
jul/
14
Var
iaç
ão %
Me
nsa
l
Índice Bovespa – Volatilidade Anual
Fonte: BCB (2015)
0
10
20
30
40
50
60
1987
19
88
1989
19
90
1991
19
92
1993
19
94
1995
19
96
1997
19
98
1999
20
00
2001
20
02
2003
20
04
2005
20
06
2007
20
08
2009
20
10
2011
20
12
2013
20
14
De
svio
Pad
rão
- V
ar. %
Me
nsa
l
30/03/2015
24
Índice Bovespa
Fonte: BCB (2015)
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40 ja
n/95
dez/
95
nov/
96
out/
97
set/
98
ago/
99
jul/
00
jun/
01
mai
/02
abr/
03
mar
/04
fev/
05
jan/
06
dez/
06
nov/
07
out/
08
set/
09
ago/
10
jul/
11
jun/
12
mai
/13
abr/
14
Var
iaç
ão %
Me
nsa
l
Índice Bovespa
Ver link: http://www.enfoque.com.br/poster/ibovespa/view_ibovespa_enfoque.aspx
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 15 16 17 18 19 22 23 24 25 26 29 30
Var
iaçã
o %
IB
OV
ESP
A, U
S$
Setembro de 2008
30/03/2015
25
Índice Bovespa
Fonte: BCB (2015)
-15
-10
-5
0
5
10
15
Var
iaç
ão %
Me
nsa
l
Flutuações do Preço de Mercado Exemplo: assuma que investidores esperam que o pagamento de
dividendos de uma Empresa A cresça a uma taxa de 4% ao ano
indefinidamente e que o dividendo por ação hoje seja de R$2,00. Dado
que a taxa de juros ajustada ao risco é de 10% e assumindo que o valor
de uma ação hoje é o valor presente dos dividendos futuros, temos que:
ou
Logo, se g = 4%, PVA = R$34,67. O que aconteceria se alguma notícia
negativa sobre a empresa fizesse com que os investidores revisassem sua
estimativa de g para 2%? Qual seria a variação no preço de mercado das
ações?
...)1(
16.2
1
08.22
iiPVA
gi
gPVA
100,2
PVA = R$25,5 (∆ = -26.7%)
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Estratégias de Investimento
Aumentos no(a)... Sinalizam que... Porque...
Preços das ações Empresas devem investir mais Existem mais
oportunidades de
investimento
Preços dos títulos Poupadores: devem reduzir a
taxa de retorno esperada
Tomadores de empréstimos:
devem investir mais
O risco de default ou a
taxa de juros declinou
Prêmio de risco Poupadores: devem elevar a
taxa de retorno esperada
Tomadores de empréstimos:
devem reduzir o investimento
Houve aumento no risco
de default, redução na
liquidez ou aumento no
custo de informação
Estratégias de Investimento
Aumentos no(a)... Sinalizam que... Porque...
Inclinação positiva na
curva de rendimentos
(estrutura a termo)
Poupadores devem requerer
maiores retornos nos ativos de
longo prazo em relação aos ativos
de curto prazo
A taxa de inflação esperada
ou a taxa de juros reais
esperada se elevou
Diferença entre a taxa
real de juros no
mercado internacional e
no mercado doméstico
Poupadores devem ajustar seus
portfólios, direcionando recursos
para o mercado internacional e as
taxas de câmbio vão se modificar
Houve mudanças nas
preferências internacionais
no direcionamento de
recursos
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Hipótese do Mercado Eficiente
Implicações para as estratégias de alocação de portfólio:
Se informação está disponível para todos, oportunidades para
ganhos acima da média são exploradas no processo de
comercialização de ativos: na ausência de informação
privilegiada, a melhor opção é manter um portfólio
diversificado
Se os preços refletem a informação disponível, movimentos
constantes de recursos de um ativo para outro não são
indicados: na ausência de informação privilegiada, a melhor
opção é manter o portfólio escolhido por um longo período de
tempo
Hipótese do Mercado Eficiente Implicações para as estratégias de alocação de portfólio:
Conselhos de analistas financeiros ou de agências não ajudam
significativamente em prever o preço futuro dos ativos
financeiros: essa informação já está presente nos preços dos
ativos (atuação dos investidores “bem informados”)
Previsões dos preços de mercado são inúteis, pois a diferença
entre o preço esperado e o preço de mercado reflete
movimentos aleatórios: somente o componente inesperado dos
anúncios de empresas afetam o preço de mercado
Preços dos ativos financeiros seguem um “caminho ou passeio aleatório”
(random walk)
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Validade da Hipótese do Mercado
Eficiente?
Diferenças entre as implicações da hipótese do mercado
eficiente e a realidade
Anomalias de preço
Reversão de média
Excesso de volatilidade
Crise de 1987
Anomalias de Preço Efeito das firmas pequenas: investidores de pequeno porte têm
obtido ganhos acima do “normal” ao investirem em firmas
pequenas
Justificativa: baixa liquidez e alto custo com informação explica
porque o retorno em tais ativos proporciona ganhos acima da média
Efeito “Janeiro”: por um longo período, as taxas de retorno de
ativos em cada “janeiro” eram acima do normal
Justificativa: investidores vendem ativos onde incorreram em perdas
no final do ano para minimizar gastos com impostos e voltam a
comprar em janeiro para re-balancear seus portfólios
Problema com a justificativa: os grandes investidores institucionais,
fundos de pensão, não pagam impostos
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29
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120 19
90-9
1
1991
-92
1992
-93
1993
-94
1994
-95
1995
-96
1996
-97
1997
-98
1998
-99
1999
-00
2000
-01
2001
-02
2002
-03
2003
-04
2004
-05
2005
-06
2006
-07
2007
-08
2008
-09
2009
-10
2010
-11
2011
-12
2012
-13
2013
-14
Var
iaç
ão %
Dez Jan
Efeito “Janeiro” – Bovespa
Fonte: BCB (2014)
Efeito somente observado em
9 das 24 observações estudadas
Reversão de Média Fato: ativos financeiros com elevados retornos hoje tendem a
apresentar baixos retornos no futuro (e vice-versa)
Implicação: preços de mercado seriam previsíveis!
Justificativa de alguns economistas: evidência somente
comprovada para ações de pequenas empresas no período
anterior à 2ª Guerra Mundial
Maioria dos investidores: preços de mercado seriam
imprevisíveis
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Volatilidade Excessiva
Preços no mercado acionário seriam mais voláteis do que o
consistente com a hipótese da eficiência de mercado? Não há
consenso...
Evidência empírica: preços de mercado aparentemente
flutuam muito mais do que seria justificado por flutuações no
“valor fundamental” das ações
Crise de 1987 “Black Monday”: em 19/10, a Dow Jones Industrial Average
perdeu 23% do seu valor, sem ter ocorrido nenhuma informação
adicional que justificasse tal desempenho
Não houve nenhuma dramática reavaliação da lucratividade das
empresas americanas
Possíveis explicações:
“Noise traders” e comportamento de manada
Bolhas e a teoria do “maior ingênuo” (greater fool): investidores mais
informados podem obter ganhos acima da média ao comercializarem
ações acima do valor fundamental
Problema: bolha cresce mais do que a economia, eventualmente estourará
Bolhas e o “espírito animal”: Shiller e irracionalidade
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Black Monday
* Jan-Ago/1987:
crescimento de 44%
no índice
(crescimento
econômico e “junk
bonds”)
* Possibilidade de
guerra com Iraque
* Automatização e
Program Trading
Ciclo de Emoções dos Investidores
Ponto de Máxima Oportunidade
Financeira
Otimismo
Empolgação
Arrebatamento
Euforia Ansiedade
Negação
Medo
Desespero
Pânico
Rendição
Desânimo Depressão
Esperança
Alívio
Otimismo
Ponto de Risco Financeiro Máximo “Fiz um grande
Investimento!!!”
“Investir no mercado
financeiro não é para
mim.”
“Isso é só uma perda
temporária. Sou investidor
de longo prazo.”