universidade candido mendes - avm.edu.br · comportamento do indivíduo por ele estar ali...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES
Rosimeire Pereira do Nascimento
Orientadora
Vera Agarez
Rio de Janeiro
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão em Recursos Humanos.
Por: Rosimeire Pereira do Nascimento
Rio de Janeiro
2009
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me
ajudado na elaboração desta monografia, a
minha mãe Nina por estar sempre me
apoiando, incentivando e orando por mim e ao
meu sobrinho Nattan por me dá forças para
continuar.
4
DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente a Deus que permitiu
mais uma realização de um sonho, a meus
professores e meus colegas e principalmente a
minha orientadora Vera Agarez que dispensou
alguns leques do seu conhecimento
abrilhantando desta forma este humilde
trabalho.
5
RESUMO
Um dos objetivos principais deste trabalho é estudar sobre o
comportamento do indivíduo nas organizações relativo ao estresse. No capítulo
I pode ser verificada uma breve pesquisa sobre o comportamento humano de
forma geral. No capítulo II foi pesquisado sobre o comportamento humano nas
organizações e no capítulo III foi pesquisado sobre o estresse e o mau que ele
pode causar na saúde de um indivíduo. Pode ser verificada também a
Síndrome de Burnout e Karoshi, isto é, são doenças relacionadas ao estresse.
Sabe-se que o estresse na vida da pessoa traz um transtorno fora do comum.
Há vários graus de estresse. Muitas das vezes as pessoas sentem algum mal
estar ou se comportam de maneira que não são de costume, isto já pode ser o
estresse se manifestando em seu psicológico. Será feita uma pesquisa
suscinta, de forma que possa ser entendida facilmente.
PALAVRA-CHAVE: Motivação, Análise Comportamental e Estresse.
6
METODOLOGIA
Os métodos utilizados para a produção desta monografia foram
pesquisas bibliográficas, sites de internet, sendo examinados diversos
conteúdos de publicações de variados autores.
A partir de um breve exame foram escolhidos alguns conteúdos que
procuraram atender a pesquisa que propus realizar. Espera-se que com a
realização deste trabalho possa auxiliar outras pessoas que se interessem
pelo tema abordado.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – O Comportamento Humano 09
CAPÍTULO II – O Comportamento Humano nas Organizações 15
CAPÍTULO III – O Estresse 27
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 43
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
8
INTRODUÇÃO
A monografia tem por finalidade destacar o comportamento humano
nas organizações. Sabe-se que dentro de organizações da maneira como os
funcionários são tratados, pode-se perceber claramente a alteração no seu
comportamento. Dentro das empresas é mais fácil ver as mudanças no
comportamento do indivíduo por ele estar ali trabalhando sob pressão, isso faz
com o estresse comece a fazer mudanças em seu psicológico.
O estresse pode trazer várias mudanças no comportamento do
indivíduo de maneira grave. Através de nossos estudos será visto também a
síndrome de Burnout e Karoshi, que estão relacionadas ao estresse, e que
afeta muito mais aos trabalhadores, trazendo vários transtornos em sua vida,
social, familiar, etc.
A escolha do tema surgiu da necessidade de alertar aos superiores,
principalmente aos responsáveis de RH a maneira de como eles vem tratando
seus subordinados: como seres humanos ou como robôs? O mau tratamento
traz consigo pontos negativos para a organização. Os funcionários trabalham,
e com isto vão se tornando seres estressantes com tantas cobranças que
ouvem no dia a dia, tornado-se também desmotivados e muitas da vezes
agressivos. Isto faz com que a produção no trabalho caia de forma
progressiva.
Pois o funcionário já não mais terá vontade de dar todo o seu
potencial; pois eles raramente ouvem palavras ou são tratados de forma que o
motivam. No capítulo I há uma breve pesquisa sobre o que é o comportamento
humano; no capítulo II, pode-se ver o comportamento humano nas
organizações e no capítulo III pode-se verificar o que é o estresse e o mau que
ele pode causar ao ser humano.
9
CAPÍTULO I
O COMPORTAMENTO HUMANO
O comportamento é o conjunto de reações de um sistema dinâmico em
face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido.
Como exemplos serão citados alguns tipos de comportamentos:
comportamento social, comportamento humano, comportamento animal,
comportamento atmosférico, etc. Há alguns autores que ainda dizem que o
comportamento humano é um conjunto de operações materiais e simbólicas, e
que podem ser entendido como um processo dialético e significativo em
permanente interação. Observando pelo aspecto dialético do comportamento
nos dar a possibilidade de compreendê-lo como um sistema de múltiplas
interações.
“O engajamento do homem ao trabalho dá-se a partir do
momento em que ele percebe que o que ele busca, o
que quer e o que precisa poderá ser atendido”.
(KANAANE, 2008, p. 86)
O comportamento humano ainda pode ser definido como as reações
dos indivíduos e as repostas que este apresenta a dado estímulo,
determinados pelo conjunto de características ambientais adquiridas e
hereditárias. A compreensão do psiquismo humano, não é feito de maneira
simples. Pois o comportamento humano sofre influência continuamente de
aspectos do meio ambiente, o que de alguma maneira lhe confere o caráter de
adaptação constante.
Pode-se dizer de outra forma que, enquanto o comportamento refere-
se às ações que o indivíduo exterioriza em sua relação direta com o meio
social, a atitude já implica uma predisposição interior do indivíduo para reagir
em face de tais situações, ela é anterior ao comportamento. Isto faz com que
10
estas predisposições relacione-se diretamente às concepções que o indivíduo
vai formando sobre si mesmo, os outros e as atividades sociais que realiza no
contexto social mais amplo. Pode-se verificar que as atitudes, levam às
reações comportamentais, ou seja, as causas da regularidade de como nos
comportamos, onde os valores e as crenças formam as bases para que a
pessoa adote determinadas posturas. Vejamos a seguir fatores que levam à
algumas mudanças comportamentais como: Auto Estima e Motivação em
Relação ao Comportamento.
1.1 Fatores Relacionados a Auto-Estima
As necessidades que as pessoas possuem, fazem com que sejam
motivadas a se enquadrarem numa hierarquia, em cuja base estão as
necessidades fisiológicas e de segurança: além destas estão as necessidades
do ego, como exemplo, a necessidade do respeito e as de auto-atualização,
como a necessidade de significação e de crescimento pessoal. Hoje em dias
as pessoas sente-se mais motivadas pelas necessidades mais altas, do ego e
de auto-atualização.
A motivação é um dos fatores primordiais que vai de encontro ao
comportamento do indivíduo. Através da motivação vai se formando um
processo mental positivo que estimula a iniciativa e determina o nível de
entusiasmo e esforço que a pessoa aplica no desenvolvimento de suas
atividades. Este processo motivacional é responsável pela intensidade, direção
e persistência desses esforços. O grau de motivação é influenciado por
diversos fatores como a personalidade da pessoa, suas percepções do meio
ambiente, interações humanas e emoções.
11
1.2 Necessidade Motivacionais
Necessidades orgânicas: a motivação mais fácil de se analisar, é
aquela baseada em necessidades fisiológicas, ou seja, incluem a fome, sede e
escapar da dor. Quando realizada a análise dos processos por trás de tais
motivações pode ser feito o uso da pesquisa em animais, na etologia,
psicologia comparativa e psicologia fisiológica, e os processos cerebrais e
hormonais envolvidos neles parecem ter muito em comum, pelo menos em
todos os mamíferos e provavelmente entre todos os vertebrados. Em seres
humanos, mesmo essas motivações básicas são modificadas e mediadas
através de influências sociais e culturais de vários tipos.
Motivações biológicas: o próximo nível de motivações são as que
também têm uma base biológica óbvia, mas que não são requeridas para a
sobrevivência imediata do organismo. Esse tipo inclui motivações poderosas
para o sexo, cuidado com a prole e agressão: as bases fisiológicas dessas
motivações são similares em seres humanos e em outros animais, mas as
complexidades sociais são maiores em humanos. As necessidades biológicas
tendem a gerar emoções mais poderosas, dando origem a motivações mais
poderosas também. Uma distinção pode ser feita entre a motivação direta e a
indireta: na motivação direta, a ação satisfaz a necessidade, e na motivação
indireta, a ação satisfaz um objetivo intermediário, que por sua vez pode
direcionar na satisfação de uma necessidade.
A forma mais óbvia de motivação é a coerção, onde evitar a dor ou
outras conseqüências negativas tem um efeito imediato no comportamento do
ser humano. As coerções de sucesso naturalmente são prioritárias sobre
outros tipos de motivação. O auto-controle da motivação é entendido como um
subconjunto da inteligência emocional: uma pessoa pode ser extremamente
inteligente de acordo com uma definição mais conservadora, no entanto, não
tem motivação para dedicar sua inteligência para certas tarefas. O auto-
12
controle é constantemente contrastado com processos automáticos de
estímulo-resposta, como no paradigma, ou seja, pessoas são levadas à
algumas ações.
1.3 A Teoria Contingencial da Motivação
A teoria contingencial da motivação provê um modelo de quando as
pessoas decidem exercer auto-controle para perseguir e determinar um modelo
de como as pessoas decidiriam racionalmente a se motivar ou não por um
curso particular de ação. O nível de produtividade individual depende de três
forças básicas que atuam dentro do indivíduo: objetivos individuais; a relação
que o indivíduo percebe entre produtividade e alcance de seus objetivos
individuais; e a capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de
produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo.
Os três principais fatores nessa teoria são: valência, expectativa e
instrumentalidade. Valência é a importância colocada na recompensa. A
expectativa é a crença de que os esforços estão ligados à performance e a
instrumentalidade é a crença de que a performance está relacionada às
recompensas. Outro aspecto da teoria diz que uma pessoa só aplica esforço
se há uma chance de ela alcançar um determinado desempenho
(performance). Alcançar essa performance faria com que acontecesse
determinada consequência que a pessoa tinha em mente. A performance deve
ser alcançável pelo sujeito em questão. Objetivos inalcançáveis são
desmotivadores e com isto o seu nível comportamental fica abalado
A teoria da expectativa, diz que a quantidade de esforço que uma
pessoa exerce em uma tarefa específica depende da expectativa que ela tem
13
de seu resultado. Esta teoria é o modelo de motivação que especifica que o
esforço para se atingir um alto desempenho e resultante de se perceber a
possibilidade que o alto desempenho pode ser alcançado e recompensado se
alcançado e que a recompensa valerá o esforço despendido.
1.4 Motivação: A motivação nas organizações
Teorias bem desenvolvidas são a base para uma aplicação motivadora
para o ser humano. A motivação nasce somente das necessidades humanas e
não daquelas coisas que satisfazem essas necessidades. Vale lembrar que a
motivação é resultante de pulsões internas, de desejos, de necessidades
individuais que cada ser humano como ser único busca concretizar. O meio
externo, as organizações não são origem da motivação. A organização,
enquanto meio social, poderá facilitar ou barrar a realização dos desejos e a
satisfação das necessidades.
“A motivação das pessoas depende da intensidade de
seus motivos, isto é, suas necessidades, desejos ou
impulsos que vêm de dentro do indivíduo e que são
dirigidos para objetivos, que podem ser conscientes ou
inconscientes”. (CARVALHAL, 2008, p 99)
Este conceito de motivação é válido, uma vez que esta é contida ao
individuo, ou seja, o ser humano somente se sentirá motivado a partir do
momento em que houver uma razão, um objetivo, um fim a ser atingido. A
motivação perpassa, pelas relações intra e interpessoais que são
desenvolvidas dentro da organização. As dificuldades fazem parte da vida do
ser humano e essas relações constituem-se num grande desafio para a
humanidade. Vive-se um momento em que há uma ansiedade em indagar
sobres as finalidades do agir humano dentro das organizações. Surge assim,
14
uma nova demanda: o homem tem que aprender a ser cooperativo e, por
conseguinte, aprender a trabalhar em equipe. Através desse contexto, o
profissional de recursos humanos adquire força e reconhecimento para
alavancar os processos de melhoria da condição do capital humano dentro das
organizações. Cada ser é um mundo a parte que possui um mundo próprio,
integrado de pensar, sentir e agir, que se desenvolve através do efeito do
estímulo sobre as potencialidades humanas.
15
CAPÍTULO II
O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES
Segundo KANAANE, 2008, p. 81, comportamento é um conjunto de
operações materiais e simbólicas, entendido como um processo dialético e
significativo em permanente interação. O aspecto dialético do comportamento
possibilita-nos compreendê-lo como um sistema de múltiplas interações. A
origem destas operações situa-se no âmago das necessidades humanas,
permitindo o surgimento de novas instâncias de comportamentos.
Ainda segundo KANAANE, 2008, p. 81, comportamentos podem ser
definidos como a reações dos indivíduos e as respostas que este apresenta a
dado estímulo, sendo determinados pelo conjunto de características ambientais
(adquiridas) e hereditárias (genéticas), com absorção das pressões exercidas
pelo meio ambiente.
O trabalho ocupa um lugar central na vida de diferentes comunidades,
onde foi sendo limitado pelas condições socialmente estabelecidas. A
Revolução Industrial trouxe transformações vitais: a aplicação de
descobrimentos científicos, e de novos avanços tecnológicos industriais,
expansão sem precedentes da produção em setores estratégicos,
aparecimento de grupos cada vez mais numerosos de empresários industriais
de diversos extratos sociais. Com o surgimento de outra mentalidade é que as
organizações sociais poderão utilizar-se para o bem em sua plenitude, dos
recursos advindo da Revolução Industrial. O trabalho é considerado o processo
entre a natureza e o homem, através do qual este realiza, regula e controla,
mediante sua própria ação, o intercâmbio de materiais com a natureza.
16
“A cultura organizacional influencia todos os apectos da
organização, estrutura, infra-estrutura, estratégia,
processos, programas de desenvolvimento e de melhoria
contínua, sistema de controle e de comunicação e, não
menos importante o comportamento dos indivíduos e
dos grupos presentes na organização”. (CHAMON,
2007, p. 47)
Considera-se o trabalho como uma ação humanizada exercida num
contexto social, que sofre influências oriundas de distintas fontes, o que resulta
numa ação recíproca entre o trabalhador e os meios de produção, o
trabalhador e a organização social do trabalho determina o grau de flexibilidade
percebido nas relações de produção. O trabalho e os trabalhadores assumem
suma importância na vida coletiva, ou seja, determina que seja focalizado pela
Sociologia do trabalho.
Há momentos em que profissionais manifestam distintos graus de
insatisfação diante do trabalho que realizam. Isto se dá devido ao desajustes e
até conflitos entre o homem e o resultado. Esse tipo de atitudes são conflitos
não resolvidos pelos sujeitos envolvidos em relação de poder e autoridade, ou
seja, falta de participação quanto à tomada de decisão inerente ao processo
de trabalho.
Atualmente, a satisfação quanto ao trabalho pouco tem atendido às
expectativas e aos anseios de diferentes classes sociais; pois o trabalho tem
se caracterizado como uma relação utilitarista, mecanicista, unidirecional, com
limitadas perspectivas de relações satisfatórias entre os envolvidos, que
salientam o conflito entre o capital e o trabalho.
Segundo KANAANE, 2008, p. 57, os estudos sobre motivação têm
assinalado a importância dos aspectos ambientais, ergonômicos e de
expectativas diante do trabalho como representante da qualidade de vida
17
experienciada pelo trabalhador neste contexto. As informações trazidas pela
Sociologia, Antropologia, Ciência Política e Psicologia Social têm contribuído
de forma acentuada para a compreensão do fenômeno qualidade de vida.
Essas ciências trazem como proposta a compreensão do homem e dos grupos
sociais, partir da identificação dos mecanismos presentes em tais realidades,
ou seja: o sistema de comunicação, as relações interpessoais, a dinâmica dos
valores pessoais/grupais, o contexto organizacional vigente, o habitat
vivenciado pelos indivíduos e grupos e a história a cultura características das
respectivas realidade.
Nos dias de hoje tem havido a tendência de considerar-se de forma,
mais extensiva as aplicações da Sociologia à administração e, ao
comportamento dos grupos presentes nos diversos setores componentes de
uma organização. Através dos grupamentos constituem-se em
microssociedades, em que se desenvolvem comportamentos peculiares, que
fazem surgir novas crenças e valores.
Em relação as distintas maneiras pelas quais as organizações se
estruturam contemplam formas diferenciadas de organização, entre outras: a
departamentalização, as equipes, as comissões, os colegiados, o que implica a
análise e a compreensão das relações sociais contidas nos respectivos
agrupamentos. Esses agrupamentos possuem clima, cultura e subculturas
organizacionais específicas.
O trabalho através da perspectiva sociológica, é elemento chave na
formação de coletividades humanas diversas por seu tamanho e suas funções.
As atividades de trabalho alteradas pelo progresso técnico têm implicado
mudanças nas condutas e reações dos grupos e dos indivíduos que os
compõem. Através do ponto de vista psicológico, o trabalho provoca no
comportamento das pessoas diferentes graus de motivação e de satisfação no
trabalhador quanto à forma e ao meio no qual desempenha sua tarefa. A
18
motivação humana destaca o conceito de necessidade e o conceito
expectativa. Para se considerar as necessidades como determinantes do
comportamento do trabalhador, é necessário considerar também em que grau
o mesmo percebe as condições existentes no ambiente organizacional, como
facilitadoras ou não, para o alcance de seus objetivos e de suas necessidades.
2.1 Interações Socioprofissionais nas Organizações
Nas organizações o comportamento humano também é identificado a
partir da responsabilidade, postura, tônus corporal, que possibilita visualizar os
traços e características de personalidade. A partir da responsabilidade tende a
corresponder ao conjunto de valores introjetados pelo indivíduo e
disseminados a partir de condutas compromissadas com o processo de
trabalho. A autonomia e a dominação fazem uma relação como mecanismos
reguladores do comportamento individual e grupal. Quando o indivíduo torna-
se responsável por seus atos implica capacidade de discriminar entre
condições imposta pela organização e assume o compromisso de intervir e
posiciona-se como ator e autor do processo de trabalho, representando assim
os respectivos papéis profissionais.
A disponibilidade do indivíduo diante das condições de trabalho, a
partir daí evidencia tônus ou energia manifesta através da vivência e
experiência corporal, que caracterizam as distintas posturas. O indivíduo, ao
sentir-se participante de um processo de trabalho, ele tende a responsabilizar-
se pelo mesmo. Esta participação proporciona-lhe consciência mais ampla de
si mesmo e dos meios de produção e possibilita-lhe desenvolver sua liberdade
de opção diante do contexto de trabalho, e por extensão da sociedade de
maneira geral. Através deste caminho há a possibilidade de apropriar-se de
sua cidadania, que lhe proporciona condições de desenvolvimento e equilíbrio
psicológico.
19
O trabalho é muito importante no destino individual, evidenciando sua
importância como fator de equilíbrio psicológico. O indivíduo estabelece
relações com a sociedade, pois desta maneira já está demarcada as
possibilidades e perspectivas originadas da posição ocupada no contexto
social e na forma pela qual ele consegue exercer sua ação, no ambiente
profissional.
O trabalho possibilita ao indivíduo mostrar a sua potencialidade
criativa, desde que o ambiente profissional facilite para que ele tenha a plena
realização. As energias individuais e grupais , se canalizadas possibilitam o
indivíduo de dar vazão a suas potencialidades, assim tendo a realização
pessoal. O homem pode modificar seu meio e modificar-se a si mesmo através
do seu trabalho, à medida que possa exercer sua capacidade criativa e atuar
como co-partícipe do processo de construção das relações de trabalho e da
comunidade na qual se insere.
Há uma interdependência entre o homem e seu trabalho e é
intermediada por vetores administrativos, tecnológicos, sociais, políticos,
ideológicos, comportamentais etc. Na sociedade há um processo de
transformação a partir das ações dos indivíduos e grupos, onde requer um
movimento constante entre a ação e a reação dos envolvidos. Assim dizem
que todo o movimento humano se propaga em ondas simétricas e não
simétricas.
Através do dinamismo as interações sociais denota as respectivas
mudanças que dirigem o comportamento humano. Existem diversos sentidos
atribuídos ao trabalho: trabalho como forma de realização, trabalho como
disciplina do intelecto, trabalho como forma de sobrevivência. O trabalho surge
como uma das formas de relação do homem com o meio o qual se insere. Isto
se dá através das concepções sobre o trabalho: liberal, trabalho realizado em
organizações, trabalho dirigido, trabalho manipulado. Foi admitido na década
20
de 50, que a evolução tecnológica poderia ter um grande impacto positivo
sobre as condições e organizações do trabalho. Porém a mudança tecnológica
atualmente está criando uma defasagem entre as habilidades existentes e as
requeridas, além de alterar a natureza do trabalho. Apesar de todos esses
questionamentos pode-se considerar que essas mudanças no trabalho não se
devem somente a tecnologia; mas também aos fatores políticos, históricos,
socioculturais, econômicos e psicológicos. A maneira de como o funcionário é
visto dentro da estrutura organizacional, faz com que gere ineficiências na
qualidade do produto a ser produzido.
As organizações, nos dias de hoje teêm vivido à beira de um colapso
organizacional devido ao quadro político e econômico; por causa disso muitas
das vezes têm que recorrer às alterações estruturais e funcionais, visando
diminuir os níveis hierárquicos e do redimensionamento das atividades. Devido
a este processo o contexto organizacional que contempla distintas dimensões
do próprio trabalho, isto é, a automação e a informatização de sistemas
produtivos e não produtivos.
Nos dias de hoje o ambiente profissional vem estabelecendo de certa
forma parâmetros contemporâneos em relação à conduta humana,
incrementando atitudes e posturas compatíveis ao momento atual vivenciado
pelas empresas. De acordo com (KANAANE, 2008, p.82), há algumas ações
necessárias para o efetivo desempenho profissional que são: Não perguntar o
que a empresa pode fazer por você, e sim o que você pode fazer por ela; estar
sempre disponível e preparado para esforços extras e encará-los como
oportunidades; ser capaz de se relacionar, captar a confiança das pessoas,
transmitir seus conhecimentos; saber ajudar sua empresa a lidar com suas
reais necessidades; investir mais em suas competências duráveis do que nos
conhecimentos específicos; lembrar que os resultados obtidos no passado não
garantem nada para o aqui e agora; fazer com que seu trabalho adicione valor
verdadeiro aos produto s de serviços da empresa; interessar-se mais pelos
21
novos desafios do que pela compensação financeira que eles podem fazer; ter
disposição para assumir riscos e não justificar as próprias falhas, atribuindo a
culpa aos outros.
Conforme foi dito acima o comportamento humano é compreendido
como as ações expressas pelo indivíduo no contexto social. Tal ações poderão
ou não corresponder às atitudes determinadas, provavelmente em última
instância; pois o comportamento do indivíduo representa sua capacidade de
adaptar-se ao meio social circulante. Há ainda uma perspectiva
contemporânea em que visa estimular atitudes e comportamento compatíveis
com as necessidades organizacionais e mercadológicas contemporâneas.
2.2 O Comportamento Humano quanto a personalidade,
cultura, expectativas, papéis sociais e experiências.
A conduta humana possibilita conceber atitude como resultante de
valores, crenças, sentimentos, pensamentos, cognições e tendências à reação,
referentes a determinado objeto, pessoa ou situação. Desta forma, a pessoa,
ao assumir uma atitude, vê-se diante de u conjunto de valores que tendem a
influenciá-lo. O sistema de crenças do indivíduo corresponde a um
agrupamento de suas crenças, que variam em profundidade, são formadas
como resultado de sua atuação na natureza e na sociedade, auxiliando na
manutenção de um sentimento de identidade do ego e do grupo, estável e
contínuo através do tempo.
Através das crenças são selecionadas as novas informações que são
incorporadas a consciência individual, associadas às motivações e
expectativas que o indivíduo apresenta no decorrer de sua existência. Os
motivos estão vinculados de certa forma às normas e valores socialmente
inseridos em um dado contexto; a pessoa apresenta uma tendência a reagir a
22
determinadas situações; mas sua ações são influenciadas pelas circunstâncias
presentes.
Como exemplo, tem-se o fato de o superior avaliar o desempenho do
seu colaborador em função das relações afetivas que mantém com o mesmo,
independente da capacitação que esse colaborador possa apresentar. Através
da cultura pode-se determinar de forma significativa a conduta individual, e
funciona como estrutura de referência que, entre outros fatores orienta os
comportamentos e atitudes em face a sociedade; da mesma forma a pessoa
tende a influenciar a cultura na qual se insere, à medida que atua como
produto e produtor da mesma.
O comportamento humano, são influencias também por determinantes
sociopolíticos, no sentido de moldar e dirigir os mesmos, com a finalidade de
manter o poder estabelecido. Segundo (KANAANE, 2008, p. 79), a atitude é
vista como uma reação avaliativa, no decorrer da experiência de vida do
indivíduo, que tem como componentes básicos, presentes em sua formação:
• Comportamento afetivo-emocional: refere-se aos sentimentos
ou reação emocional que o indivíduo apresenta em face de uma situação
específica;
• Componente cognitivo: refere-se às crenças do indivíduo, os
conhecimentos e os valores associados à situação, objeto ou pessoa;
• Componente comportamental: refere-se às ações favoráveis ou
desfavoráveis com relação à situação em foco;
• Componente volitivo: constitui-se nas motivações, desejos,
expectativas e necessidades inatos e adquiridos.
Através das atitudes as tendências às reações deliniam os comos, os
quês e os porquês do comportamento humano. A maneira como nos
comportamos, ou seja, os valores e a crenças formam as bases para que o
23
indivíduo adote determinadas posturas. Existem situações em que o
comportamento do indivíduo não reflete as atitudes para a ação, uma vez que
ele se vê impelido a agir mais em função das expectativas que o grupo social
espera de seu desempenho, do que em função de reais impulsos, desempenha
assim os papéis sociais que são padrões esperados e aceitos.
Os preceitos que estão contidos nas atitudes tendem a refletir
percepções distorcidas da realidade, baseando-se naquilo que o indivíduo
aprendeu como certo e captou idéias circulantes sobre dada situação ou
pessoa. Em algumas vezes, as distorções são percebidas como preconceitos,
que tem uma associação às questões étnicas, religiosas, sexuais, econômicas,
culturais etc., manifestando-se assim em reações comportamentais de rejeição
em face de indivíduos, grupos, departamentos, organizações e comunidades.
As atitudes que o indivíduo desenvolve, identifica-se a tendência de
que as mesmas se mantenham estáveis durante um período, ou até mesmo
durante toda a vida, pois os valores e as crenças já adquiridas tendem a
permanecer fixos e termos gerais. Entretanto, o fenômeno mudança vem
surgindo nas relações sociais e, em particular no ambiente de trabalho.
De acordo com (KANAANE, 2008, p. 80), é difícil efetivar as mudanças
atitudinais, inclusive pela presença de sinais de pressão ao conformismo,
expressos pelos hábitos e costumes vigentes em sociedade. Diz ainda, que a
formação da personalidade e do caráter individual e grupal resulta no
estabelecimento de estruturas fixas e até certo ponto rígidas, que atuam como
fatores impeditivos da efetiva mudança de atitudes.
Nos dias atuais pode ser observado o desenvolvimento de
competências profissionais num mercado globalizado. (BARROSO &
ROSETTI, 1996) apud KANAANE, p. 80, que dentre as atitudes e
competências, destacam-se:
24
Atitudes Competências
Disposição para correr riscos Capacidade em estabelecer network
Curiosidade e inquietação Concentração criativa
Abertura intelectual Capacidade conceitual
Agressividade positiva Domínio de línguas estrangeiras
Segurança: não ter medo de perder a cadeira
Multifuncionalidade Versatilidade
Relação adulto/adulto Banho internacional
Habilidade de perceber e lidar com pessoas
Visão de conjunto de longo prazo Leitura diária
Disposição tanto para ser estrela como para carregar piano
Capacidade de mudar História profissional
Jogar em equipe: conseguir trabalhar com pessoas de pontos de vistas diferentes
Capital social e profissional Capacidade de lidar com pressão
Drive/energia Flexibilidade
Capacidade lidar com ambiguidades e incertezas
Adaptabilidade Comunicabilidade
Capacidade para usar os conhecimentos acumulados
Capacidade de aprender Capacidade de implementar Equilíbrio da vida pessoal com profissional
2.3 Concepções e Atitudes sobre Comportamentos
Pode-se dizer que o indivíduo é uma caixinha de surpresa; pois muitas
das vezes ele com funcionário é pontual, realiza suas tarefas com perfeição;
mas na verdade não está satisfeito com o trabalho. Pois a necessidade de ter
um emprego o faz demonstrar-se interessado pelo que faz, ou seja, pela
função que exerce, as dificuldades de uma forma geral nos dias de hoje na
vida de um indivíduo o torna um ser humano assim, tendo que suportar muitas
coisas. O indivíduo em determinadas situações de trabalho tendem a conceber
segundo valores preestabelecidos relacionados a esse contexto e à visão que
possuem do próprio trabalho. Isto será percebido nas atitudes e percepções
25
acerca do trabalho, com influências diretas no desempenho profissional.
A percepção muitas das vezes atua como um mecanismo regulador e
mediador do comportamento humano, as vezes amplia e, em outras, reduz o
campo de visão do funcionário nas diversas condições organizacionais. O ser
humano desenvolve imagens e idéias que lhe possibilitam interagir consigo ou
com os demais membros, observando o grau em que o mesmo se expõe ou
solicita contínuos feedbacks sobre seu comportamento.
“A personalidade humana é uma coisa sagrada; ninguém
pode viola-la ou infrigir seus limites, embora, ao mesmo
tempo, o maior bem consista na comunicação com os
outros”. (Émile Durkeim) apud KANAANE, op. Cit. p. 77
O relacionamento interpessoal entre os indivíduos configura-se a partir
de tais percepções, dando origem em facilidades ou dificuldades na interação
socioprofissional. Em relação ao desempenho profissional dos trabalhadores; o
feedback das chefias torna-se parcial, ou seja, mesmo que esta chefia forneça
este feedback, observa-se que há tendência de que aqueles funcionários
forjem explicações, utilizando mecanismos de defesa, como racionalização,
regressão, negação, fantasia, formação de reação, etc., inconscientemente,
com o objetivo de justificar os respectivos desempenhos e encontrar respostas
compatíveis com uma situação de não-frustração.
No entanto, esse papel nem sempre é claro para a organização, o que
ela realmente deseja, são os limites esperados dos cargos e dos
desempenhos, percebendo assim a dificuldade de posicionar-se em situações
que envolvam o funcionário. O que pode ser percebido é que, muitas das
vezes o comportamento observado no ambiente de trabalho pode não refletir a
atitude que o indivíduo possui nesta situação, significando o desempenho de
papéis profissionais.
26
Diante desse contexto, pode ser verificado que o papel profissional
ocupa um lugar extremamente importante no conjunto dos comportamentos e
atitudes expressos no trabalho, cuja retroalimentação é mantida pelas
expectativas que o grupo estabelece e pelas características pessoais do
ocupante do cargo.
As atitudes e os comportamentos explicitam diferentes graus de
integração, adaptação e ajustamento do trabalhador aos postos de trabalho.
Existe também os comportamentos dos executivos que salientam condutas
excessivamente racionais e desconsideram a existência dos aspectos
humanos e intuitivos. Há ainda, a perda da identidade pessoal, substituída pelo
estereótipo empresarial, o homem organizacional, o indivíduo age em função
dos paradigmas instituídos pela empresa, perdendo assim a sua identidade
social.
As mudanças nas relações do homem com o trabalho esta relacionado
as suas atitudes e a seus comportamentos a partir de suas relações com as
outras pessoas. É necessário que haja uma preocupação em analisar os
conflitos que surge, entre o capital e o trabalho, para que sejam identificadas
as causas que impedem as mudanças necessárias para o desenvolvimento
das organizações, como resultado, das pessoas. É através da análise e
reflexão dos conflitos é que as empresas partirão para a compreensão do
comportamento humano e das relações interpessoais no contexto trabalho.
O conflito reflete a um estado de desequilíbrio que pode ser
permanente ou momentâneo. A partir dos conflitos é que surgem as mudanças.
Para que se veja uma total contribuição dos indivíduos no ambiente do trabalho
é necessário compreendê-los, e verificar seus motivos e detectar meios para
envolvê-los e compreendê-los nas situações de trabalho. Isto só será possível
através de uma conversa clara e da predisposição para que reconhecer o
seres humanos são diferentes um do outro.
27
CAPÍTULO III
O ESTRESSE
Segundo CARVALHAL (2008, p. 23), estresse é qualquer pressão ou
acúmulo de pressões - física ou psicológica – que leva um indivíduo ao
desequilíbrio. Na era de moderna, ou seja, nos dias de hoje todos os níveis de
sociedade, tem passado por mudanças, exigindo assim muito mais do se
humano, em relação a sua capacidade de adaptação, física, mental e social.
Isto vai acarretando vários males em relação a qualidade de vida das pessoas,
principalmente dentro das organizações.
Nos dias de hoje com o avanço tecnológico muitas pessoas não se
deram conta de como se preparar para este novo mundo moderno; não tendo
tempo suficiente para se adaptarem a essas mudanças, surgindo assim
insegurança no trabalho, jornada de trabalho externa, sobrecarga de
informações, etc. Desta forma o funcionário para ser mais exigidos dos seus
superiores, fazendo aumentar assim o seu nível de estresse.
Devido a essas mudanças, faz com que o indivíduo tenha dificuldades
para lidar com suas emoções, com os níveis de frustrações e também fez
aumentar a instabilidade na família, o resultado disso justifica-se somente em
uma palavra “estresse”. O estresse no trabalho vem aumentado
gradativamente, obtendo assim uma perda de produtividade excessiva. As
muitas cobranças dos superiores para com os seus subordinados, deixam-os
com o comportamento alterados, surgindo assim sintomas de doenças físicas,
emocionais e psicológicas, que estão diretamente ligada ao estresse.
Segundo Carvalhal, (2008, p. 24) “uma dose baixa de estresse é
normal, fisiológico e desejável. Trata-se um ocorrência indispensável para
nossa saúde e capacidade produtiva. As características desse estresse
28
positivo são aumento da vitalidade, manutenção do entusiasmo, do otimismo,
da disposição física, interesse, etc. O estresse patológico e exagerado pode
ter consequências mais danosas, como cansaço, irritabilidade, falta de
concentração, depressão, pessimismo, queda da resistência imunológica, mau-
humor, etc”.
De acordo com CARVALHAL (2008, p.24), o indivíduo reage ao
estresse através de 3 (três) situações: luta, fuga ou congelamento. A luta e a
fuga são quando o indivíduo se depara com determinadas situações que
transmitem ameaças para si e o estado de congelamento ou imobilidade é
quando o indivíduo encontra-se em uma situação e não sabe o que fazer.
Para que os seres humanos, possam ter uma vida saudável é
necessário que haja uma descarga de energia mobilizada para a sua
sobrevivência. Através dessa descarga completa o ciclo ativado no cerébro da
reposta à ameaça e permite retornar ao estado normal. A este processo dá-se
o nome de homeostase, ou seja, a habilidade de um organismo responder
apropriadamente em qualquer circunstância e então retornar ao seu estado
normal de funcionamento.
Há várias situações em que o organismo pode lutar, fugir ou congelar
em resposta à ameaça. Porém as respostas fazem parte de um sistema
integrado de defesa. Se essas respostas de luta ou fuga são impedidas, o
organismo devido ao instinto se contrai e vai para o estado de congelamento
ou imobilidade. É muito importante ter a possibilidade se saber aprender de
como lidar com o estresse. Determinada ações apropriadas pode diminuir os
efeitos dos hormônios do estresse e com isso aliviá-lo e evitar o aceleramento
da ansiedade.
29
3.1 Causas do Estresse
Existem 3 (três) sintomas patológicos relativos ao estresse, são eles: a
ansiedade, a depressão e os traumas.
Ansiedade-> A ansiedade e o estresse estão bastante interligados;
pois muitas causas da ansiedade decorrem de um nível crônico de estresse.
Há várias formas de a ansiedade se manifestar; ou seja, pela manhã ao
acordar com a sensação de que algo irá acontecer, ou batimento cardíaco
acelerado, ou garganta seca, ou respiração ofegante, ou o peito/e a garganta
apertados e tentando descobrir a razão, sem nem mesmo saber o que está
acontecendo.
A ansiedade pode provocar ataque de pânico e nervoso, podendo
também interferir no sono ou fazê-lo perder o controle. Pode-se dizer que a
ansiedade é o primeiro passo para o estresse, e por causa da ansiedade pode
desenvolver em nosso organismo algumas doenças como: eczema, asma,
artrite, doenças cardíacas, enxaquecas, gastrites, psoríase e outras doenças
do aparelho digestivo.
Depressão->A depressão é uma doença que vem afetando pessoas
de várias faixa etárias de idade e classes sociais diferentes. Muitas pessoas
pensam que a depressão é uma doença hereditária ou biológica. Mas pode-se
dizer que a depressão se dá com as mudanças exorbitantes em nossa
sociedade, como exemplo, são as altas e baixas vistas na economia do país,
violência, o caos na saúde da população, perdas, etc..
Traumas-> O trauma é entendido como algo que aconteceu na vida de
um indivíduo, deixando em sua mente acontecimento guardado para toda a
vida. O trauma pode trazer um transtorno para a vida social de uma pessoa.
Pode trazer para a realidade do indivíduo, a dificuldade para se relacionar, a
30
diminuição da capacidade produtiva e do desempenho sexual. O trauma é algo
perturbador e que fica preso a memória do indivíduo.
3.2 Causas do Estresse no Trabalho
No ambiente de trabalho as pessoas são submetidas a desgastes
emocional muito grande. A todo instante estão sendo cobradas por alguma
tarefa que deixaram de fazer o por algo que ou porque ainda não terminaram
de realizar a tarefa. E como o avanço tecnológico nos dias atuais vem
aumentando gradativamente as pessoas também estão sendo cobradas para
que se atualizem também.
Uma das causas do estresse no trabalho é que as pessoas ficam
submetidas a sociedade quanto às manifestações de suas angústias,
frustrações e emoções. Por causa disso as pessoas são sujeitas as normas e
regras sociais impostas, tendo então que aparentar um comportamento
emocional ou motor incongruente com seus reais sentimentos de agressão ou
medo.
“A grande concorrência nas corporações e nossa
ambição podem distorcer a realidade e nos levar por
caminhos sem volta”. (CARVALHAL, 2008, p. 65)
É importante ressaltar, que, é necessário perceber os limites, ter
equilíbrio e humildade para aceitar, que na pirâmide de ascensão
organizacional não há lugar para todos.
Segundo Carvalhal (2008, p. 65), nossas habilidades e competências
estão sendo desenvolvidas constantemente através de treinamento e podem
ser construídas a cada novo desafio, mas não é disso que estou falando e sim
da capacidade de resiliência a que estamos expostos a cada dia e que não
31
percebemos. De esforço que fazemos para agradar a todas as pessoas que
estão à nossa volta sem dar conta do preço que estamos pagando, que pode
ser muito alto e desnecessário. Reconhecer as fontes dessas pressões e
desenvolver estratégias para prevenir e conviver com elas, poderá aliviar muito
o estresse. Vejamos a seguir os sintomas que podem nos alertar para o fato de
estarmos sob estresse, que podem ser: Físicos, Emocionais e Racionais.
Em relação aos sintomas físicos pode-se verificar: taquicardia, dor de
cabeça, suor nas palmas das mãos, boca seca, constipação, indigestão,
alergias de pele, respiração ofegante, respiração curta, mãos frias, insônia,
dormir em demasia, fadiga, diarréia, dor de estômago e dores musculares.
Alguns desses sintomas podem ser experimentados durante a nossa vida se
fizermos excessos como beber ou comer demais, muito exercício físico ou
ficarmos expostos em temperaturas altas ou baixas.
Em relação aos sintomas emocionais pode-se verificar: a mudanças de
humor, irritabilidade, depressão, ansiedade, falta de motivação, atitude hostil,
grosseria, nervosismo, perda de senso de direção e cinismo. Esses sintomas
podem fazer com que o indivíduo se sinta frustrado, com raiva, desmotivado ou
até mesmo acordando durante a noite pensando no trabalho. Isto poder levar a
um consumo excessivo de bebidas alcoólicas, cigarros, comida ou, ao
contrário, perda do apetite.
Os sintomas racionais podem ser verificados como: esquecimento,
perda de concentração, dificuldade de tomar decisões, perda de criatividade,
desorganização, sem capacidade de fazer julgamentos, falta de interesse,
confusão, deterioração para cálculos matemáticos, pessimismo, percepção
distorcida e pensamentos negativos. Esses tipos de sintomas podem ser
identificados em situações particulares como: irritabilidade, raiva e violência,
mudança de humores, ansiedade, depressão.
32
No contexto acima abordado as causas do estresse no ambiente de
trabalho pode ser verificado também a síndrome de Burnout, esta é uma
síndrome psicológica que envolve uma reação prolongada aos estressores
interpessoais crônicos. As três principais dimensões desta reação são uma
exaustão avassaladora, sensações de ceticismo e desligamento do trabalho,
uma sensação de ineficácia e falta de realização. Esta definição é uma
descrição mais ampla do modelo multidimensional que foi predominante no
campo do burnout (Maslach, 1993) apud ROSSI, op cit p. 41.
Com a dimensão da exaustão representa o componente básico
individual do stress no burnout. Com isso verifica-se às sensações de estar
além dos limites e exaurido de recursos físicos e emocionais.Os funcionários
sentem-se extenuados, esgotados, sem fonte de reposição. Eles precisam de
alguma forma de uma fonte de reposição, para que possam enfrentar mais um
dia de trabalho. Uma das principais fontes de exaustão são a sobrecarga de
trabalho e o conflito pessoal no trabalho.
Segundo Rossi (2008, p. 41), a dimensão do ceticismo representa o
componente do contexto interpessoal no burnout. Ela refere-se à reação
negativa, insensível ou excessivamente desligada dos diversos aspectos do
trabalho. Ela geralmente se desenvolve em resposta à sobrecarga de exaustão
emocional, sendo primeiramente autoprotetora – um amortecedor emocional de
“preocupação desligada”. Se as pessoas estão trabalhando arduamente e
fazendo coisa demais, elas começam a se retrair, cortar e reduzir o que estão
fazendo. Mas o risco é de que o desligamento possa resultar na perda de
idealismo e na desumanização dos outros.
Os trabalhadores não estão simplesmente criando um amortecedor e
diminuindo a quantidade de trabalho, mas também desenvolvendo uma reação
negativa às pessoas e a seu trabalho. Os trabalhadores céticos diminuem a
sua permanência no escritório ou no local do trabalho e quantidade de energia
33
que dedicam a seu trabalho. Eles só fazem o mínimo necessário, de modo que
a qualidade de seu desempenho acaba caindo. O tamanho da dimensão da
ineficácia representa o componente de auto-avaliação no burnout.
“A energia transforma-se em exaustão, o envolvimento,
em ceticismo e a eficácia, em ineficácia”. (ROSSI, 2008,
p. 52)
Segundo Rossi (2008, p. 42), as pessoas que vivenciam esta dimensão
do burnout se perguntam: “O que estou fazendo aqui? Por que estou aqui?
Talvez este não seja o emprego certo para mim”. Esta sensação de ineficácia
pode fazer com que os trabalhadores com burnout sintam que cometeram um
erro ao escolher sua carreira e frequentemente faz com que não gostem do
tipo de pessoa que acham que se tornaram. Portanto, eles passam a ter uma
consideração negativa de si mesmos e dos outros.
O burnout é uma reação cumulativa a estressores ocupacionais
contínuos. A ênfase tem sido colocada mais no processo de erosão psicológica
e nas conseqüências psicológicas e sociais desta exposição crônica, e não
apenas nas físicas. Burnout por ser uma reação prolongada a estressores
interpessoais crônicos no trabalho, ele tende a ser estável ao longo do tempo.
A relação entre saúde pessoal e stress sempre esteve no centro da
pesquisa sobre o stress. Já se demonstrou que o stress tem um impacto
negativo sobre a saúde física (especialmente problemas cardiovasculares) e
sobre o bem-estar psicológico. A dimensão individual do burnout é a exaustão
e, como seria previsível, esta dimensão tem sido associada a vários sintomas
físicos de stress: cefaléia, problemas gastrintestinais, tensão muscular,
hipertensão, episódios de resfriado/gripe e problemas do sono (Leiter e
Maslach, 2000a, para uma revisão) apud ROSSI, op cit p. 44.
34
“Se as relações de trabalho estão indo bem, há bastante
apoio social e os empregados têm uma maneira eficaz
de resolver as desavenças. Mas, quando há uma ruptura
na comunidade e não há muito apoio, há uma verdadeira
hostilidade e concorrência, o que dificulta a resolução
dos conflitos. Sob tais circunstâncias, o grau de stress e
burnout é elevado e o trabalho torna-se difícil”. (ROSSI,
2008, p. 49)
Algumas pessoas dizem acerca do burnout que ele se deve tão
somente a características particulares do indivíduo. Pois as pessoas mais
empenhadas, os indivíduos com muitas realizações são tão motivados que
acabam trabalhando em excesso e fazendo coisas demais. Infelizmente os
considerados os melhores são os que mais sofrem de burnout.
Segundo Rossi (2008, p. 45), o burnout tende a ser mais elevado entre
pessoas com baixa auto-estima, um lócus de controle externo, baixos níveis de
resistência e comportamento tipo A. As pessoas com burnout lidam com
eventos estressantes de forma bastante passiva, defensiva, ao passo que os
estilos de coping ativos e confrontadores estão associados a menos burnout.
As pessoas com alto grau de neuroticismo, ou seja, ansiedade,
hostilidade, depressão, insegurança e vulnerabilidade, são emocionalmente
instáveis e suscetíveis a distresse psicológico, tais pessoas correm um risco
maior de burnout. Segundo Rossi (2008, p. 46), a idade é uma variável que
tende a apresentar uma correlação burnout. Entre empregados mais jovens, o
nível relatado de burnout é maior do que entre os que têm mais de 30 ou 40
anos de idade. A idade se confunde claramente com a experiência de trabalho,
de modo que parece haver um risco maior de burnout no início da carreira de
um indivíduo.
35
3.3 Tratamento para o Burnout
O tratamento para a doença é variável, pois podem ser iniciados a
partir de fitoterápicos, fármacos, intervenções psicossociais, afastamento
profissional e readaptações. Vale a pena lembrar que a Síndrome de Burnout é
diferente da depressão, pois a síndrome está diretamente ligada com situações
ligadas ao trabalho, enquanto a depressão está ligada a situações pessoais
relacionadas com a vida da pessoa.
3.4 Karoshi
Segundo Chamon (2007, p.169) Karoshi é um termo utilizado no Japão
que designa Karo (morte por excesso de trabalho) e Shi (fadiga no trabalho).
Os trabalhadores afetados pelo Karoshi possuem, possuem geralmente, um
salário elevado, o que dá a noção do sacrifício de si para atender as exigências
dos outros e da empresa (CAROUI E MAURANGES, 2004).
O Karoshi afeta homens que trabalham horas extras de forma
excessiva para cumprir suas obrigações. Há uma grande exigência na jornada
de trabalho, além de grandes distâncias entre suas residências e os locais de
trabalho. Isto faz com que os trabalhadores se levantem muito cedo e durma
muito tarde, configurando-se assim uma importante causa do estresse.
3. 5 Prevenção do Karoshi
Para assegurar o bem-estar físico, emocional e social e prevenir o
estresse de seus trabalhadores, deve dispor de políticas de prevenção
primária, secundária e terciária. A prevenção primária foca no que diz respeito
a redução ou eliminação do estresse o promover um ambiente de trabalho
saudável.
36
A prevenção secundária procura tratar a depressão e ansiedade
precoce, nesta caso há uma vigilância na saúde do trabalhador como:
cardápios saudáveis nos refeitórios das empresas; disponibilidade de
instalações esportivas e educação física aos trabalhadores; programas de
prevenção cardiovascular ; programas de controle de tabagismo e
assessoramento sobre a forma de vida. Na prevenção terciária preocupa-se na
reabilitação e recuperação dos trabalhadores que sofreram ou sofrem de
problemas graves de saúde ocorridos pelo estresse. É importante que seja feita
uma entrevista com o trabalhador para sua reincorporação para determinar se
o indivíduo afetado está preparado para reintegrar-se à vida laboral.
3.6 Sintomas do Estresse Relativo ao Trabalho
Como passamos grande parte do nosso tempo no ambiente de
trabalho, sujeito a pressões e gerando estresse. Será exposto a seguir alguns
desses sintomas como: perda de vitalidade e energia, dificuldade de tomar
decisões, criatividade reduzida, satisfação reduzida, desempenho prejudicado
no trabalho, falha na comunicação e falta de atenção e foco.
De maneira que seu desempenho está sendo prejudicado pelo
resultado do estresse, fique sabendo que as pressões e demandas continuarão
as mesmas. Para que o funcionário não tenha um retrabalho e se sinta ainda
mais cansado, é muito importante que fique atento e aprenda reconhecer seus
sintomas e seus padrões de respostas, assim saberá entender suas reações e
aprender a manejar e desenvolver estratégias positivas e efetivas como lidar
com o seu interesse. Há algumas causas do estresse no trabalho que estão
relacionadas as seguintes áreas: ambiente físico, viagens, tecnologia e
pressão.
De acordo com Carvalhal (2008, p. 69), o ambiente físico de trabalho
deve ser o mais agradável possível, o que muitas vezes não acontece, já que
37
vários fatores devem ser observados, tais como: barulho, luz, conforto,
decoração, privacidade e poluição. Com os problemas de tráfego que temos
atualmente fica fácil entender que, ao chegar ao trabalho, a pessoa já está com
uma carga de estresse muito aumentada e as viagens de negócios
representam um fator altamente estressante.
Carvalhal (2008, p.70) ainda diz que a introdução da tecnologia nos
locais de trabalho leva a uma constante adaptação aos novos processos. O
profissional é testado a todo o momento, o que pode leva-lo a frustração e a
um sentimento de incompetência. Trabalhar com prazos apertados,
dependendo de terceiros para realizar a tarefa, colocando em prova suas
habilidades e competências, pode resultar numa diminuição da sua auto-
estima, perda de compromisso e motivação.
Dependendo do papel que cada um desempenha na organização pode
influenciar no maior ou menor nível de estresse. O relacionamento entre as
pessoas dentro da organização pode ser a fonte de estresse no trabalho.
Segundo Carvalhal (2008, p. 70), quando se tem um bom relacionamento com
os superiores, a atmosfera é agradável, calorosa, com amizade e respeito
mútuo. Porém, caindo na real, muitas das vezes, superiores tendem a ser
críticos, distantes, inflexíveis, imperativos e desinteressados. Um ambiente de
trabalho com bom inter-relacionamento promove uma comunicação mais
efetiva e deixa menos possibilidades para dúvidas e interpretações ambíguas.
3.7 Como Prevenir o Estresse
A palavra prevenir nos leva a pensar como podemos evitar alguma
coisa, situações difíceis em nossas vidas. Como podemos minimizar os danos
causados devido ao estresse? Vejamos a seguir, segundo Carvalhal (2008, p.
135-136)
38
Aceite-se como você é – seus erros, suas fraquezas, suas qualidades, seu
defeitos.
Evite blasfemar em relação aos outros – isso só nos leva a enfraquecer
nossas energias e nutrir um sentimento negativo, altamente prejudicial a nossa
saúde.
Fique em harmonia com a natureza – procure estar em contato com a
natureza e com os animais.
Tenha um hobbie – apreciar vinhos, ir ao futebol, jogar tênis ou qualquer outro
esporte, ter um grupo para desenvolver atividades lúdicas. A minha hora de
desligar do mundo é quando estou sozinha. A arte da culinária é uma das
melhores formas de estimular o prazer através dos sentidos, além de ser
altamente prazeroso para quem prepara o alimento. Não importa o que seja,
deve ser algo muito agradável e que o afaste dos pensamentos negativos e de
todas as preocupações do dia-a-dia.
Tenha responsabilidade pela sua vida – você é a pessoa mais importante da
sua vida. Não negligencie sua saúde, nem se boicote. Se goste acima de tudo
e de todos.
Suas necessidades são mais importantes do que as necessidades dos
outros – sem nenhum egoísmo, mas com plena consciência de que é preciso
para que suas necessidades básicas sejam alcançadas em primeiro lugar, para
depois entender aos demais.
Exerça o direito de se expressar – é fundamental que sua opinião seja
exposta. Que você se faça ouvir!
Julgue seu comportamento, pensamentos e emoções e tenha
responsabilidade pelas conseqüências – “Lei da ação e reação”. Tenha
plena noção daquilo que está fazendo.
O estresse pode ser transformado em uma força positiva. O indivíduo
tem que aprender a dizer não; ter metas realísticas; aprender a delegar; ser
organizado e priorizar; procurar ajudar quando necessário; ser sincero e
procurar trabalhar no que goste.
39
De acordo com Carvalhal (2008, p. 140) vejamos a seguir os sete
passos contra o estresse: ouça o seu corpo, relaxe, respire e medite, dance,
pule, cante, ria, faça sexo com prazer, não tente ser onipotente, não tenha
medo de partilhar seus receios e desejos, seja honesto com você e com os
outros, seja honesto com você e com os outros e se tudo não for suficiente,
procure a ajuda de um especialista.
40
CONCLUSÃO
A partir deste estudo procurou-se analisar um pouco do
comportamento do indivíduo de maneira geral e dentro das organizações e o
quanto o estresse pode ser prejudicial a saúde do ser humano. A maneira
como os funcionários são tratados, pode-se perceber claramente a alteração
no seu comportamento. Dentro das empresas é mais fácil ver as mudanças no
comportamento do indivíduo por ele estar ali trabalhando sob pressão, isso faz
com o estresse comece a fazer mudanças em seu psicológico. Isto faz com
que a produção no trabalho caia de forma progressiva.
A compreensão do psiquismo humano, não é feito de maneira simples.
Enquanto o comportamento refere-se às ações que a pessoa exterioriza em
sua relação direta com o meio social, a atitude já implica uma predisposição
interior de alguém para reagir em face de tais situações, ela é anterior ao
comportamento. A motivação é um dos fatores primordiais que vai de encontro
ao comportamento das pessoas. O grau de motivação é influenciado por
diversos fatores como a personalidade da pessoa, suas percepções do meio
ambiente, interações humanas e emoções.
A forma mais óbvia de motivação é a coerção, onde evitar a dor ou
outras conseqüências negativas tem um efeito imediato no comportamento do
ser humano. As organizações não é o ambiente onde pode dar origem a
motivação, ou seja, a organização enquanto meio social, pode facilitar ou
barrar a realização dos desejos e a satisfação das necessidades.
A motivação perpassa, pelas relações intra e interpessoais que são
desenvolvidas dentro da organização. As dificuldades fazem parte da vida do
ser humano e essas relações constituem-se num grande desafio para a
humanidade. A partir daí o profissional de recursos humanos adquire força e
41
reconhecimento para superar os processos de melhoria da condição do capital
humano dentro das organizações.
O trabalho e os trabalhadores assumem suma importância na vida
coletiva e profissional. Há momentos em que profissionais demonstram
distintos graus de insatisfação diante do trabalho que realizam. As atividades
de trabalho alteradas pelo progresso técnico têm implicado mudanças nas
condutas e reações dos grupos e dos indivíduos que os compõem.
As atitudes e os comportamentos explicitam diferentes graus de
integração, adaptação e ajustamento do trabalhador aos postos de trabalho.
Existe também os comportamentos dos executivos que salientam condutas
excessivamente racionais e desconsideram a existência dos aspectos
humanos e intuitivos. Isto faz gerar a perda da identidade pessoal, substituída
pelo estereótipo empresarial, o homem organizacional, o indivíduo age em
função dos paradigmas instituídos pela empresa, perdendo assim a sua
identidade social.
Surgem então os conflitos que reflete a um estado de desequilíbrio que
pode ser permanente ou momentâneo. A partir dos conflitos é que surgem as
mudanças. Para que se veja uma total contribuição dos indivíduos no ambiente
do trabalho é necessário compreendê-los, e verificar seus motivos e detectar
meios para envolvê-los e compreendê-los nas situações de trabalho.
Assim, o estresse no trabalho vem aumentado gradativamente,
obtendo desta forma uma perda de produtividade excessiva. No ambiente de
trabalho as pessoas são submetidas a desgaste emocional muito grande. Uma
das causas do estresse no trabalho é que as pessoas ficam submetidas a
sociedade quanto às manifestações de suas angústias, frustrações e emoções.
42
Como as pessoas passam grande parte do seu tempo no ambiente de
trabalho, fica sujeito a pressões e com isto gerando estresse. Dependendo da
função que cada um desempenha na organização pode apresentar maior ou
menor nível de estresse. O relacionamento entre as pessoas dentro da
organização pode ser a fonte de estresse no trabalho.
Uma das principais fontes de exaustão que acarreta o indivíduo ao
Burnout é a sobrecarga de trabalho e o conflito pessoal no trabalho. Burnout
por ser uma reação prolongada a estressores interpessoais, crônicos no
trabalho, ele tende a ser estável ao longo do tempo.
Para finalizar nosso estudo procurou-se investigar também como a
comunicação pode ser uma forte aliada na gerencia de conflitos e como as
habilidades da comunicação poderão auxiliar na administração de conflitos e
chegar a resultados satisfatórios.
Através desta pesquisa pôde-se observar que o estresse é um fator
muito importante a ser colocado em pauta, pois implica no gerenciamento de
pessoas e é fundamental que os administradores observem atentamente como
as mudanças de comportamento relativo ao estresse pode influenciar os
indivíduos nos resultados dos processos da organização que podem elevar ou
não o grau de satisfação de seus colaboradores.
43
BIBIOGRAFIA
CARVALHAL, Célia Regina, Como Lidar com o Estresse em Gerenciamento
de Projetos Profissional e Pessoal - Editora Brasport, 2008.
CHAMON, Edna Maria Querido de Oliveira (organizadora) – Editora Brasport,
2007.
DE QUE MORREM OS MÉDICOS –Disponível em www.boasaude.com –
acessado em 04/04/2009.
KANAANE, Roberto - Comportamento Humano nas Organizações: o homem
rumo ao século XXI - 2ª edição.; Ed. Atlas, 2008.
MOTIVAÇÃO – Disponível em pt.wikipedia.org/wiki/motivação – acessado em
18/03/2009.
MOTIVAÇÃO PROFISSIONAL – A Essência da Administração – Disponível
em www.administradores.com.br – acessado em 05/04/2009.
O QUE É O COMPORTAMENTO HUMANO – Disponível em
pt.wikipedia.org/wiki/comportamento – acessado em 05/04/2009.
ROSSI, Ana Maria; PIRREWI, Pámela L. e SAUTER, Steven L.
(organizadores) – 1ª edição – Editora Atlas, 2008.
SINDROME DE BURNOUT – Disponível em www.brasilescola.com – acessado
em 04/04/2009.
SÍNDROME DE BURNOUT – DOENÇA DO TRABALHO – Disponível em
www.mundodastribos.com – acessado em 05/04/2009.
STONER, James A. F. e FREEMAN, R. Edward, Administração – . 5ª. edição -
Editora LTC, 1999.
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O COMPORTAMENTO HUMANO 09
1.1 – Fatores Relacionados a Auto-Estima 10
1.2 – Necessidades Motivacionais 11
1.3 – A Teoria Contingencial da Motivação 12
1.4 – Motivação: A Motivação nas Organizações 13
CAPÍTULO II
O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES 15
2.1 – Interações Socioprofissionais nas Organizações 18
2.2 – O Comportamento Humano quanto a Personalidade,
Cultura, Expectativas, Papéis Sociais e Experiências 21
2.3 – Concepções e Atitudes sobre Comportamentos 24
45
CAPÍTULO III
O ESTRESSE 27
3.1 – Causas do Estresse 29
3.2 – Causas do Estresse no Trabalho 30
3.3 – Tratamento para o Burnout 35
3.4 – Karoshi 35
3.5 – Prevenção do Karoshi 35
3.6 – Sintomas do Estresse Relativo ao Trabalho 36
3.7 – Como Prevenir o Estresse 37
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 43
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
46
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: O Comportamento Humano nas Organizações
Autor: Rosimeire Pereira do Nascimento
Data da entrega: 01/08/2009
Avaliado por: Vera Agarez
Conceito: