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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR REGINA SIQUEIRA MOTTA MOREIRA Prof. Ms.: Carlos Alberto Cereja De Barros Rio de Janeiro 2004

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

REGINA SIQUEIRA MOTTA MOREIRA

Prof. Ms.: Carlos Alberto Cereja De Barros

Rio de Janeiro 2004

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS - GRADUAÇÃO “LATO – SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

OBJETIVOS:

Focalizar a Avaliação Educacional pautada

nos Parâmetros Curriculares do Ensino

Fundamental de acordo com a LDB para os

devidos questionamentos.

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PRÓLOGO

“Educar é fazer ato do sujeito , é

problematizar o mundo em que

vivemos para superar as contradições,

comprometendo-se com esse mundo

concretamente.”

Gadotti,1984. p.17

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AGRADECIMENTOS

A Deus que me deu vida,

luz e forças para lutar e conseguir vencer.

Ao meu

orientador Carlos Alberto Cereja de Barros

que muito contribuiu para a realização desse trabalho.

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DEDICATÓRIA

Aos meus filhos , aos meus pais que

colaboraram para que eu continuasse o

curso . Aos meus familiares e amigos

que me incentivaram e torceram pela

minha vitória.

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RESUMO

Nesta monografia é abordado o tema avaliação da aprendizagem

escolar numa visão tradicional e nas mudanças que estão ocorrendo após a

implementação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(9394 / 96).

A avaliação tradicional era utilizada como medida, e uma constante

ameaça contra o aluno, para que este fosse ou se tornasse disciplinado.

Esta avaliação era manipuladora, pois era usada de acordo com os

interesses dos professores e Instituição de Ensino. Os professores não

davam condições para que os alunos crescessem individualmente.

A partir da atual L.D.B. muitos autores dissertaram sobre o tema, o

que possibilitou a leitura e as discussões entre professores, alunos,

coordenadores etc, cada qual defendendo o seu ponto de vista.

Cipriano Luckesi deixa claro que, a avaliação é um processo

contínuo, e que o professor é um orientador no processo ensino-

aprendizagem, oferecendo subsídios para que seus alunos possam construir

o seu conhecimento de forma satisfatória, ele precisa estar disposto a

acolher os seus alunos, para que este tenha confiança em si e possa

alcançar os seus objetivos enquanto cidadão.

A prova não é mais o único instrumento de avaliação. A avaliação

acontece ao longo do período e todos que estão inseridos nesse processo,

têm participação ativa em todas as atividades.

É muito importante que os aluno enquanto estão na escola, tenham

condições de fazer uma “leitura de mundo”, que sejam capazes de defender

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suas idéias, discutindo seu ponto de vista. Dessa forma será um adulto

crítico que saberá fazer uso dos seus direitos e deveres.

Palavras chaves: Avaliação, aprendizagem, ensino, educação e

escola .

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METODOLOGIA

A temática, Avaliação da Aprendizagem, que entre muitos autores

suscita discussões no intuito de melhor entendê-la, justificá-la e aplicá-la.

Assim esse trabalho vem ser uma das formas mais sucintas para abordagem

dessas discussões, desenvolvido através de pesquisa bibliográfica. Sendo,

para tal utilizadas diversas textos, artigos, livros, revista, jornais e os PCNs.

,

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPITULO I 13

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NUMA VISÃO ANTERIOR LDB. 14

CAPITULO II 17

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM APÓS A LDB 18

CAPITULO III 29

ALGUMAS MANEIRAS MAIS COMUNS DE AVALIAR 30

CONCLUSÃO 34

ANEXOS 38

REFERÊNCIAS 42

ÍNDICE 44

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INTRODUÇÃO

A temática sobre avaliação da aprendizagem ao longo dos anos tem sido

discutida por estudiosos desta área e muito se tem progredido no sentido torná-la

mais completa, menos complexa e mais justa.

Desde a regulamentação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei 9394/96), vêm-se acompanhando as discussões sobre as mudanças

ocorridas no processo de avaliação, nas turmas iniciais do Ensino Fundamental; onde

haviam inúmeras falhas, que traziam como conseqüência um índice de repetência nas

séries iniciais.

Pretende-se mostrar as discussões que vêm sendo abordadas por autores,

para auxiliar os professores na sua prática pedagógica, para que eles possam

refletir sobre as mudanças que estão ocorrendo em termos de avaliação no seu dia-

a-dia.

Nesta proposta de investigação, a avaliação pretende-se mostrar a avaliação

de forma global e não como ocorria, onde ao final somente no final de cada bimestre

aplicava-se apenas uma prova para diagnosticar o aprendizado do educando. Na

avaliação global, procura-se analisar o aluno como um todo, observando o seu

cotidiano de sala de aula, para que se possa avaliá-lo de forma gradativa propondo

atividades que vai lhe permitir fazer um relatório individua do desenvolvimento do

aluno, com trabalhos bem elaborados.

Ao destacar que avaliação é um meio para alcançar fins e não um fim em si

mesma. Turra (1987), salienta que medir a rigor quer dizer determinar a extensão,

as dimensões, a quantidade, o grau, a capacidade de uma coisa ou objeto de estudo.

Numa visão holística sobre avaliação da aprendizagem, vários autores

elucidam paradigmas que rompem com a forma tradicional de avaliar e apresentam

conceitos que viabilizam uma nova avaliação para os dias atuais.

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No primeiro capítulo pretende-se mostrar que a avaliação antes da L.D.B.

era uma prática de exclusão, na medida em que vai selecionando o que pode e o

que pode e deve ser aceito na escola.

A avaliação funcionava como um instrumento de controle e de limitação

das atuações (professor x aluno) no contexto escolar. Jussara Hoffmann aborda

neste capítulo que a avaliação era vista como um instrumento ameaçador e

autoritário, que tinha como função medir e atribuir notas, o que importava era a

quantidade de conteúdos e não a qualidade do ensino-aprendizagem.

O conteúdo escolar é organizado de forma linear, hierárquica e previamente

determinado por bimestres, séries e disciplinas. A repetência era vista como fator

de aprendizagem, uma vez que ficar mais tempo na mesma série é a alternativa

para que alcance os pré-requisitos da série seguinte. A avaliação é usada como

instrumento de coerção e controle social. Os professores utilizavam as provas

como instrumento de ameaça e tortura prévia dos alunos, protestando ser um

elemento motivador da aprendizagem, numa prática de educação bancária.

Desta forma resolve-se focalizar a avaliação educacional nos “Parâmetros

Curriculares do Ensino Fundamental, na nova Lei de Diretrizes e Bases, pois traz

inovações que viabilizam a sua aplicabilidade com ações pedagógicas, cabendo

estabilizar os limites para alguns conceitos”.

Veremos no segundo capítulo que a avaliação da aprendizagem após a

L.D.B. é apresentada com uma nova visão, e que a sua ação avaliativa trabalha em

prol do desenvolvimento de homens capazes de criar e inovar e não simplesmente

repetir o conhecimento já existente. Interessa-se contribuir para formar mentes que

possam ser críticas, verificadoras, analisadoras e que não aceitem o que lhes é

fornecido, sem sua participação na construção do conhecimento.

Neste capítulo Luckesi deixa claro que a avaliação não é mais apresentada

como uma ameaça, mais sim como uma avaliação amorosa, inclusiva, dinâmica e

construtiva. Ela além de diagnosticar o progresso do aluno, possibilitará que o

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professor avalie também a sua atuação e revê-la ao longo do seu trabalho, para que

possa melhor atender o seu educando, ouvindo sua clientela como mediador.

Com essa nova visão de avaliação, o aluno não é o único responsável pelo

seu insucesso, pois todos que estão envolvidos no processo educativo são

responsáveis pelo seu desenvolvimento, pois cabe ao educador ficar atento aos

aspectos afetivos e culturais do aluno e não somente aos cognitivos e assim

professor e aluno terão uma relação de troca, onde o acolhimento e o amor no ato

de ensinar é imprescindível, tornando imprescindível desta forma a avaliação

prazerosa e comum na prática educativa.

No terceiro capítulo pretende-se mostrar as diferentes maneiras pela qual

podemos avaliar os alunos, mas compreendemos que avaliação é um ato

individual, que depende da relação que o professor tem com o educando e da

proposta pedagógica que ele segue. A forma de avaliar depende muito da visão que

o educador tem de avaliação.

Esta proposta científica traz a oportunidade de reconstruir aos passos da

avaliação nas mais diversas formas apresentadas por vários autores. Aos frutos

deste trabalho, tem a oportunidade de aprofundar e promover novos conhecimentos

e maior compreensão sobre avaliação.

A proposta de investigação, contribui para o aperfeiçoamento dos aspectos

metodológicos da avaliação, servindo de fonte de consulta para os diversos

segmentos educacionais interessados na temática focalizada.

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CAPÍTULO I

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1. A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NUMA VISÃO

ANTERIOR A L.D.B.

Na cultura dos povos, o ato de avaliar faz parte da condição humana. Tudo e

todos são avaliados. Emitem–se conceitos, julgamentos e pareceres a respeito de

pessoas, fatos e coisas direta ou indiretamente, numa abordagem de regras e normas

fixadas pela sociedade que se consiga integrar as pessoas aos parâmetros

estabelecidos.

Na abordagem educacional, acontece de modo semelhante, procura-se avaliar,

ou seja, determinar o valor, a validação do planejamento, execução e controle do

processo ensino-aprendizagem, bem como o desempenho do discente e da

administração escolar. A avaliação não é usada como uma questão educativa, mas

um instrumento de controle social. Examinam-se os resultados educacionais para

saber se os objetivos educacionais foram atingidos ou não. A avaliação tende a ser

confundida com medida educacional.

Teorias norte-americanas sobre avaliação tiveram grande influência no Brasil

nos anos de 1960 e repercutem até hoje. Um dos estudiosos que tiveram as idéias

difundidas por aqui foi Ralph Tyler (1974, p .106). Ele propunha “avaliação por

objetivos”. E com esse modelo o processo se resume a verificar mudanças

comportamentais dos alunos. Hoje o que se vê dessa influência é a prática de o

professor estabelecer objetivos e verificar por meios de testes se foram atingidos.

As idéias do norte-americano Michel Scriver (1967, p. 18), sobre a

“necessidade de desenvolver uma avaliação formativa, como complemento da

avaliação somativa” foram lançados em 1967 e tiveram grande impacto no Brasil na

década seguinte. Só então começamos a compreender que avaliação não deve ter

como funçã determinar se o aluno será aprovado ou não.

Segundo Michel Scriver, (1967, p. 39) “só com a observação sistemática o

educador consegue aprimorar as atividades de classe e garantir que todos aprendam”.

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Muitos vêem a avaliação formativa como uma “oposição” à avaliação

tradicional, também conhecida como somativa ou classificatória. Esta se caracteriza

por ser realizada geralmente ao final de um programa, com um único objetivo de

definir uma nota ou estabelecer um conceito, ou seja, dizer se os estudantes

aprenderam ou não e orientá-los. Na verdade, as duas não são opostas, mas servem

para diferentes fins. A avaliação somativa é o melhor jeito de listar os alunos pela

quantidade de conhecimentos que eles dominam, como no curso de vestibular ou de

outros concursos. A avaliação formativa é mais adequada no dia-a-dia.

Hoffmann (1996: p. 68) afirma:

A ação avaliativa enquanto mediação, se faria presente justamente, no

interstício entre uma etapa e outra de construção de conhecimento do aluno

e a etapa possível de produção por ele, de um saber enriquecido,

complementado.

A avaliação da aprendizagem da aprendizagem escolar além de ser praticada

com tal independência do processo ensino-aprendizagem vem ganhando foros de

independência da relação professor–aluno. As provas e exames são realizados

conforme o interesse do professor ou do sistema de ensino. Nem sempre se leva em

consideração o que foi ensinado. As notas são dadas como se nada tivessem a ver

com a aprendizagem.

O ato de avaliar não serve como pausa para pensar a prática e retomar a ela,

mas sim como meio de julgar a prática e torná-la estratificada.

A avaliação tem expressado princípios e metodologias de concepção estática

e inibidora, de caráter classificatório e fundamentalmente sentencivo.

Como função classificatória, a avaliação torna-se um instrumento autoritário

e freador do desenvolvimento de todos os que passaram pelo ritual escolar,

possibilitando a uns o acesso e aprofundamento no saber. Nessa função

classificatória, o professor tem o papel disciplinador, enquadrando os alunos dentro

da normatividade socialmente estabelecida.

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A prática da avaliação classificatória é antidemocrática, pois não encaminha

uma tomada de decisão para o avanço, para o crescimento. Essa prática de avaliação

classificatória do aluno é antidemocrática no que se refere ao ensino, pois o aluno

pode ser aprovado ou reprovado por distorção que há entre qualidade e quantidade. A

valorização da quantidade, impossibilita o professor de diagnosticar a real situação

do aluno e, conseqüentemente ao aluno de tomar consciência de sua real situação em

termos de aprendizagem.

A avaliação que impede a expressão de determinadas vozes, é uma prática de

exclusão em que vai selecionando o que pode e deve ser aceito na escola. A partir da

classificação das respostas dos alunos em erros e acertos impede que o processo

ensino–aprendizagem incorpore a riqueza presente nas propostas escolares. A

avaliação funciona como instrumento de controle e de limitações das atuações

(professor-aluno) no contexto escolar.

Os conteúdos escolares são organizados de forma linear e hierárquica,

previamente determinados por bimestre, série, disciplina sob justificativa de serem

pré-requisitos de outros. A repetência é vista como fator de aprendizagem, pois

acreditava que o aluno quanto mais tempo ele ficasse na escola, mais ele alcançaria

os pré-requisitos para a série seguinte. Só que já é provado que a repetência escolar

leva o aluno a exclusão.

A avaliação educacional escolar como instrumento de classificação, não serve

em nada para a transformação, contudo é extremamente eficiente para a conservação

da sociedade, pela domesticação dos educandos. Esse tipo de avaliação permite que o

professor também seja avaliado no seu trabalho, não de uma forma qualitativa,

sinalizando onde ele poderia melhorar, mas sim como um controle da sua prática

pedagógica.

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CAPÍTULO II

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2. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM APÓS A L.D.B.

A educação para a transformação da sociedade, a avaliação passa a ter

objetivos um pouco diferentes daquelas que encontrávamos na prática pedagógica de

muitas escolas.

A finalidade classificatória perde seu significado, pois não interessa

classificar o aluno como fraco, carente, incompetente, mas buscar caminhos para

que ele adquira a cultura letrada, tão valorizada pela atual sociedade.

A avaliação portanto passará a ter como principal objetivo diagnosticar

as dificuldades do processo de transmissão/aquisição do conhecimento.

Cipriano (2002 , p. 35) diz que:

Com a função classificatória, a avaliação constitui-se num instrumento

estático e freneador do processo de crescimento, com a função

diagnóstica, ao contrário, ela constitui-se num momento dialético do

processo de avançar no desenvolvimento da ação, do crescimento para

a autonomia, do crescimento para a competência etc. Como

diagnóstica, ela será um momento dialético de “senso” do estágio em

que se está e de sua distância em relação à perspectiva que está

colocada como ponto de ser atingido à frente. A função classificatória

subtrai da prática da avaliação aquilo que lhe é constitutivo: a

obrigatoriedade da tomada de decisão quanto à ação, ela está

avaliando uma ação.

Visando focalizar as avaliações educacionais nos Parâmetros Curriculares

e na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de vinte de

dezembro de mil novecentos e noventa e seis, traz inovações que viabilizam a

aplicabilidade com ações pedagógicas.

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Após a L. D.B. a avaliação passou a ter uma reflexão transformadora em

ação. Ação essa que nos impulsiona a reflexões. Reflexões permanentes do

educador sobre sua realidade e um acompanhamento contínuo do educando, na

sua trajetória de construção do conhecimento. “A avaliação é essencial a

educação. Inerente e indissociável enquanto concebida com problematização ,

questionamento, reflexão sobre a ação.” (HOFMANN,1996.p. 17 ).

A avaliação é considerada um elemento favorecedor da melhoria de

qualidade de aprendizagem, deixando de funcionar como arma contra o aluno .

A avaliação não diz respeito somente ao aluno, mas também ao professor e ao

próprio sistema escolar.

No entanto a avaliação subsidia o professor com elementos para uma

reflexão contínua sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos que

devem ser revistos ou reconhecidos como adequados para o processo de

aprendizagem: individual ou grupal.

Contudo a avaliação não pode restringir-se a julgamento sobre sucessos

ou fracassos do aluno, a intervenção pedagógica acontece contínua e

sistematicamente, por meio de interpretação qualitativa do conhecimento

construído pelo aluno , possibilitando que o mesmo tome consciência dos

seus avanços e dificuldades que ocorre durante todo o processo ensino-

aprendizagem.

A avaliação “contínua e cumulativa” do desempenho do aluno indica-

se que a avaliação deve ser tomada como processo intrínseco do fenômeno de

aprendizagem, e não como intervenção externa e mais ou menos intempestiva.

Daí a prevalecência dos critérios qualitativos sobre os quantitativos, com

alusão explícita a resultado ao longo do período, que seriam mais decisivos do

que “eventuais provas finais”.

Waiselfisz (1993 , p. 5-22):

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O docente precisa avaliar o aluno todo dia, seja para ter em

mãos de modo permanente um diagnóstico, para elaborar uma

estratégia de combate ao fracasso escolar. Isso implica um

complexo de iniciativas que deve ser visto como intrínseco ao

processo de aprendizagem.

Na função diagnóstica, a avaliação deverá ser o instrumento dialético do

avanço, terá de ser o instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos

e da identificação dos caminhos a serem perseguidos. A avaliação deverá

verificar a aprendizagem não a partir dos mínimos possíveis, mas sim dos

mínimos necessários. Não é possível repensar a avaliação de forma isolada,

pois ela reflete uma concepção de educação, de escola e de sociedade, sendo

ela um reflexo. Entretanto, repensar a avaliação é caminho possível para trilhar

em busca de redirecionamento da totalidade do processo pedagógico.

O uso da avaliação numa perspectiva democrática, só poderá acontecer

se forem superados o caráter de terminalidade e de mediação dos conteúdos

aprendidos. A avaliação é compreendida como elemento integrador, entre

aprendizagem e o ensino e tem como objetivo o ajuste, a intervenção

pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma possível. A construção

da escola democrática deve continuar a ser uma luta entre todos os educadores

e profissionais ligados à educação para que no futuro a sociedade seja mais

igualitária com menos injustiça social e que não se aceite uma escola

qualquer e que se forme uma escola onde alunos e professores tenham todas

as condições para poder reconstruir quotidianamente o sentido de uma escola

promotora das aprendizagens e dos saberes que são imprescindíveis a uma

participação ativa numa sociedade cada vez mais complexa .

Nessa dimensão educativa, os erros, as dúvidas dos alunos são

consideradas como episódios altamente significativos e impulsionadores da ação

educativa. O sentido fundamental da ação avaliativa é o movimento, a

transformação . O que implica num processo de intervenções entre educando e

educador.

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Esses dados serão definidos no planejamento de ensino, a partir de

teoria pedagógica que serão traduzidas em práticas educativas nas aulas. Para

isso, o planejamento de ensino necessita ser produzido de forma consciente e

uma qualitativamente satisfatória, tanto do ponto de vista científico como do

ponto de vista político-pedagógico.

A avaliação tem como função o diagnóstico, pois o seu primeiro passo

é coletar dados relevantes que configurem o estado de aprendizagem do

educando . Deverão ser coletados dados que serão essenciais para avaliar aquilo

que se pretende avaliar.

Como ato diagnóstico, a avaliação tem como objetivo a inclusão e não

a exclusão, a inclusão e não a seleção.

A avaliação como prática de investigação tem o sentido de romper as

barreiras entre os participantes do processo ensino-aprendizagem e entre os

conhecimentos presentes no contexto escolar. Dessa maneira, é possível

perceber se os alunos estão ampliando o seu conhecimento ou se algum aluno

está sendo posto à margem do processo do ensino. A finalidade é que todos

possam ampliar os conhecimentos que possuem, cada um no seu tempo,

individualmente ou com a ajuda do coletivo.

Investigando o processo ensino–aprendizagem o professor redefine o

sentido da prática avaliativa, pois é necessário que se tenha professores

comprometidos com uma escola democrática .

Com uma visão holística o diagnóstico envolve o auto-diagnóstico e a

dimensão : intuitivo e não só a dimensão racional.

2.1. AVALIAÇÃO NUMA NOVA PERSPECTIVA

Segundo Garcia (1984 , p. 15):

“A avaliação só tem sentido se tiver como ponto de partida e o

ponto de chegada o processo pedagógico para que, identificadas as

causas do sucesso ou do fracasso , sejam estabelecidas estratégias

de enfretamento da situação.”

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Uma aprendizagem mecânica, que não vai além da simples retenção,

não tem significado para o aluno. Para ser significativa , é necessário que a

aprendizagem envolva o raciocínio, análise, imaginação e o relacionamento entre

idéias, coisas e acontecimentos. O sucesso do aluno não depende apenas dele .

Todos nós somos responsáveis direta ou indiretamente pelo seu

desenvolvimento educacional. Daí a necessidade de ser ter uma visão holística de

avaliação.

A metodologia até então empregada apresenta-se defasada,

comprometendo grande parte do processo pedagógico concorrendo para evasão,

ou seja, há que se pensar em mudança estrutural no modelo pedagógico

existente.

Nessa nova perspectiva de avaliação exige do educador uma concepção

de criança .de jovem e de adulto, como sujeito do seu próprio

desenvolvimento, inseridos no contexto de sua realidade social e política. Seres

autônomos, intelectual e moralmente (com capacidade e liberdade de tomar suas

próprias decisões), críticos , criativos e participativos.

Nessa dimensão educativa, os erras e as dúvidas dos alunos são

significativas, pois serão através delas, que o professor poderá observar e

investigar como o aluno se posiciona diante do mundo ao construir suas

verdades.

A confiança mútua entre educando e educador, quanto às possibilidades

de reorganização conjunta do saber pode transformar o ato avaliativo em um

momento prazeroso de descoberta e troca de conhecimento.

Hoffmann (1996, p.10) afirma:

O sentido fundamental da ação avaliativa é o movimento, a

transformação... que implica num processo de integração entre

educando e educador, num engajamento pessoal a que nenhum

educador pode ser furtar sob pena de ver completamente

descaracterizada a avaliação em seu sentido dinâmico.

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A avaliação é essencial, a docência no sentido de inquietação de

dúvida. Um professor que não problematiza as situações do cotidiano, que não

reflete passo-a-passo sobre ações e as manifestações dos alunos , insta-la em

sua docência verdades prontas, adquiridas, pré – fabricadas . Ao mesmo tempo a

avaliação encomendada do aluno e do professor é um jogo político poderoso .

A avaliação deve ser encarada como uma reorientação do sistema de ensino .

Todo professor deve ficar atento aos aspectos afetivos e culturais do estudante, não

só os cognitivos. Avaliação é um processo dialógico, interativo, que visa fazer do

indivíduo um ser melhor, mais crítico, mais autônomo, mais participativo.

A prática da avaliação da aprendizagem, em seu sentido pleno, só será

possível na medida em que se estiver efetivamente interessado na

aprendizagem do educando, ou seja, há que se estar interessado em que o

educando aprenda aquilo que está sendo ensinado. No entanto o sistema social

não demonstra estar interessado em que o educando aprenda, a partir do

momento em que se investe pouco na educação .

Para que a avaliação se torne um instrumento subsidiário significativo

da prática educativa , é importante que tanto a prática educativa como a

avaliação sejam conduzidas com um determinado rigor científico e técnico . A

ciência pedagógica , hoje , está suficientemente amadurecida para oferecer

subsídios à condução de uma prática educativa capaz de levar à construção

de resultados significativos da aprendizagem, que se manifestem em prol do

educando.

Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de

comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário

que ele perceba a relação entre o que se está aprendendo e a sua vida.

O aluno precisa ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o

novo conhecimento ou habilidade.Tanto quanto possível, aquilo que é aprendido

precisa ser significativo para ele.

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2.2 . AVALIAÇÃO COMO UM ATO ACOLHEDOR

O ato de avaliar, devido estar a serviço do melhor resultado possível

de mais nada implica na disposição de acolher para obtenção de uma melhor

qualidade de vida. A disposição de acolher está no sujeito avaliador e não

no objeto de avaliação . O avaliador é o adulto da relação e por isso deve ter

a disposição de acolher. Avaliar a aprendizagem escolar implica estar

disponível para acolher nossos educandos no estado em que estejam para

poder auxilia-los em sua trajetória de vida .

O ato amoroso é um ato que acolhe atos, ações, alegrias e dores como

eles são. Acolhe para permitir que cada coisa seja o que é. O ato amoroso

tem a característica de não julgar . Julgamentos aparecerão, mas para dar

curso à vida (à ação) e não excluí-la, o acolhimento integra, o julgamento

afasta. Todos necessitam de acolhimento por parte de nós mesmos e dos

outros.

A avaliação da aprendizagem é um ato amoroso, no sentido que é um

ato acolhedor, integrativo, incluso e tem por objetivo diagnosticar, acolher e

reincluir o educando nos mais variados meios, no processo de aprendizagem e

na interação de todas as experiências vividas .

Cipriano (1996: p. 172 ) define avaliação da aprendizagem como:

Acolher o educando, é o ponto básico para proceder atividades de

avaliação, assim como proceder toda e qualquer prática educativa. Sem

Um ato amoroso, no sentido de que a avaliação por si, é um ato

acolhedor, integrativo, inclusivo. Para compreender isso, importa

distinguir avaliação de julgamento, distinguir o certo do errado,

incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A educação tem por base

acolher uma situação para então (e só então), ajuizar a sua

qualidade, tendo em vista dar - lhe suporte de mudança se necessário.

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acolhimento temos a recusa. E a recusa significa a impossibilidade de

estabelecer um vínculo de trabalho educativo com quem se está sendo

recusado.

O currículo escolar deve acolher a diversidade explicitando os trabalhos,

as diferenças garantindo a todos o seu lugar, valorizando as suas

potencialidades, respeitando o seu próprio modo de ser.

O ato de avaliar, por sua constituição mesmo, não se destina a um

julgamento definitivo sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois não é um

ato relativo.

A avaliação se destina ao diagnóstico e por isso mesmo , a inclusão ,

destina-se à melhoria do ciclo da vida . Por isso é um ato amoroso.

Infelizmente, por nossas experiências históricas - sociais e pessoais , temos

dificuldades em assim compreendê-las e praticá-la.

A avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educando e o educador

na sua viagem comum de crescimento , e a escola na sua responsabilidade

social. Educando e educador, juntos constroem a aprendizagem. A avaliação da

aprendizagem neste contexto é um ato amoroso, na medida que inclui o

educando no seu curso de aprendizagem, cada vez com qualidade mais

satisfatória, assim como na medida em que inclui entre os bem-sucedidos,

devido ao fato de que esse sucesso foi construído ao longo do processo de

aprendizagem.

2.3. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA ESCOLA

ATUAL

O processo da avaliação tem por objetivo auxiliar o educando no seu

crescimento e, por isso mesmo, na sua integração consigo mesmo, ajudando –o

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na apropriação dos conteúdos significativos (conhecimentos, habilidades, hábitos,

convicções e outros).

A avaliação da aprendizagem para cumprir seu verdadeiro significado,

deve assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem

sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação

deixe de ser utilizada como recurso de autoridade , que decide sobre destinos

do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento do mesmo. O ato

de avaliar também exige a entrega, entrega à construção da experiência

satisfatória do educando. A entrega do desejo de que o educador cresça e se

desenvolva, possibilitando ao educador, o envolvimento com o processo do

educando, estando sempre atento às suas necessidades.

A escola hoje deve buscar trabalhar de forma que o aluno desenvolva

suas potencialidades e criatividade, por meio de uma ação pedagógica com base

na interdisciplinaridade que indica caminhos para a construção de uma escola

participativa e decisiva na formação do sujeito social. Para isso , é necessário

partir para uma metodologia criativa, possibilitando ao aluno aprender através

de suas próprias ações, experiências e vivências .

A educação deve estar em sintonia com o tempo em que vivemos .

Tempos estes que se caracterizam pela pluralidade de expressões, pela

veracidade com que as informações e as transformações atingem a todos, pela

rapidez com que as coisas tornam-se obsoletas diante das novidades.

Caminhamos para uma sociedade cada vez mais global , onde as áreas do

conhecimento se interpenetram , exigindo formas de pensar mais ampla e

integrada. Portanto, a avaliação deve identificar o que é essencial para a

construção de conceitos e valores de forma interdisciplinar.

Na escola, o professor deve estar sempre atento às etapas do

desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem

e calcando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança, e no afeto.

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A avaliação é necessária ao professor, para determinar o progresso e as

dificuldades que devem ser superadas pelos alunos, face aos objetivos

propostos. Daí percebe – se , claramente , que avaliação e objetivos estão

interligados e é importante que os objetivos traduzam o atendimento das

expectativas, interesses e necessidades do aluno.

O aluno deve ter participação dinâmica na sala de aula , evidenciando

esforço no ato de aprender, colocando em funcionamento os seus sentimentos,

sua capacidade intelectual e suas habilidades, buscando sempre formas criativas

para solução de problemas.

A avaliação deve deixar de ser um momento terminal do processo

contínuo para se transformar na bases incessante de compreensão das

dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de

conhecimento.

No entanto avaliação deve apostar para reformulação e para a

descoberta de novas possibilidades de construção de conhecimento. Ela terá seu

sentido mais autêntico e significativo se tiver articulação com o projeto –

político – pedagógico da escola. Ele é que dá significado ao trabalho docente e

à relação professor- aluno. O ato pedagógico é político, pois não há educação

neutra, tudo é contextualizado e depende de uma concepção de homem, de

sociedade e de mundo . Na avaliação , deve ser visto o aproveitamento dos

alunos dentro do que a escola propôs e discutir os porquês das dificuldades

de assimilação desses conhecimentos. A escola não existe para avaliar pessoas

e aprovar ou reprovar , mas para fazê-las adquirir conhecimentos e crescer

plenamente.

A proposta de avaliação é de se fazer uma ruptura nas vias tradicionais,

que permeiam a educação e conseqüentemente as práticas pedagógicas

decorrentes delas, passando assumir uma posição contra hegemônica que

contempla o desenvolvimento do sujeito e de todos os sujeitos do ato

educativo.

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A avaliação faz parte do ato educativo, do processo de aprendizagem .

Avalia-se para diagnosticar avanços e entraves, para intervir, agir,

problematizando, interferindo e redefinindo os rumos e caminhos a serem

percorridos.

O processo educativo tem por objetivo ajudar o educando no seu

crescimento ,na sua integração consigo mesmo , ajudando-o na apropriação dos

conteúdos significativos e ele deve fornecer suporte ao educando no seu

processo de assimilação dos conteúdos e no de constituição de si mesmo,

como sujeito existencial e como cidadão .

Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de

comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário

que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida.

O aluno precisa ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará

o novo conhecimento ou habilidade. Tanto quanto possível, aquilo que é

aprendido precisa ser significativo para ele.

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CAPITULO III

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3. ALGUMAS MANEIRAS MAIS COMUNS DE AVALIAR

A avaliação apresenta-se com características variáveis conforme veremos

na reportagem em anexo as diversas formas de avaliar o educando, conforme o

que se objetiva a avaliar dentro da aprendizagem do mesmo.

O ato de avaliar depende muito de quem avalia, pois cada educador

prioriza um tipo de avaliação. Poucos docentes conseguem avaliar o aluno de

forma global, não se dando conta que o aluno não tem dentro do seu cérebro

uma caixinha dividida em disciplinas , onde o aluno abre de acordo com as

suas necessidades. O professor precisa mostrar ao aluno as diferentes formas

de avaliar e o aluno precisa aprender a ser avaliado de outras maneiras;

como também ser informado de que maneira será avaliado ao longo do ano

letivo e em que momento se fará a avaliação.

Nas provas objetivas o aluno mostrará o que adquiriu de conhecimento,

já nas provas dissertativas o aluno terá a liberdade para expor o seu

pensamento desenvolvendo a sua habilidade de organização , interpretação e

expressão; todo esse processo deve ser acompanhado pelo professor, que

observará os avanços e as dificuldades do aluno para que utilize o ajustamento

adequado ao aprendizado do aluno, para que haja progresso em suas ações

pedagógicas.

Os alunos e os professores deverão estar preparados para avaliar e

serem avaliados. Os docentes devem ser capazes de avaliar os alunos de

diferentes formas e só assim ele dará condições ao aluno de mostrar o que

realmente é capaz de desenvolver através dos conteúdos que lhe foi passado. O

educador que não avalia o seu aluno de forma global, contribui para o

fracasso escolar deste educando, pois somente leva em consideração o que o

aluno não sabe e evidência o erro como referencial de sua avaliação.

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O educador precisa dar ao educando a chance de se mostrar melhor

em determinado tipo de avaliação. Daí a importância do educador saber

utilizar vários tipos de avaliação onde o aluno terá a oportunidade de

demonstrar uma parte da aprendizagem que mais desenvolveu. A diversidade

de instrumento de avaliação é a estratégia mais segura para obter informações

a respeito dos processos de aprendizagens.

Hoje a auto-avaliação está sendo muito utilizada nas escolas, pois ela

dá oportunidades ao aluno de discutir com o professor e com os colegas, o

que aprendeu, o que achou de mais importante, as suas dificuldades e o que

não aprendeu. Essa é uma maneira de promover a autonomia de cada aluno,

mas para que isso aconteça de forma saudável, deve- se deixar claro que o

aluno vai falar o que pensa sem ser punido pelo professor, ocorrendo então

uma relação de confiança.

A auto avaliação coloca o jovem como sujeito da própria educação e dá

mais segurança ao educador , que muitas vezes teme ser injusto ou tendencioso

na hora de dar notas.

Ao observar e servir como mediador nas atividades de grupos, o

professor deve evidenciar o espírito colaborativo e a socialização, onde a

colaboração exerce papel principal na busca dos objetivos propostos. Neste

momento, o professor deixa de ser o único a contribuir com informações, pois

o aluno fará pesquisa sobre determinado assunto para compartilhar com o

grupo e o restante da classe. Durante o trabalho podem ocorrer debates onde

cada um poderá expor o seu ponto de vista, desenvolvendo a habilidade da

argumentação e oralidade. Ao final do trabalho poderá ser feito um relatório

individual ou coletivo para que o professor avalie os conhecimentos adquiridos.

O professor quando é realmente educador ele avalia o dia- a- dia do

educando e valoriza o que ele produz, observa as inteligências múltiplas nele

existente e valoriza a de maior evidência, para o contexto da avaliação.

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A avaliação precisa ser processual e contínua, pois só assim será um

processo permanente de ação – reflexão –ação. Essa avaliação continuada tem

como objetivo prevenir a repetência e corrigir as deficiências ao longo do ano

letivo.

O uso de vários instrumentos de avaliação, principalmente da avaliação

continuada, permite que o professor acompanhe passo- a – passo o aprendizado

do aluno e defina o ritmo do cumprimento do programa. O professor deve

estar disposto e preparado para situações em que não consiga avançar com os

conteúdos. O desafio é buscar formas de trabalhar esses conteúdos de maneira

diversificada e agradável.

O professor quando realmente é um educador comprometido com o

seu aluno, ele encontrará meios que possibilitará avaliar o seu aluno da melhor

maneira possível .

Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada

aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para

que todos alcancem os objetivos. A interação do educador com o grupo é

fator primordial para que ocorra a aprendizagem.

A avaliação dos resultados imediatos da aprendizagem devem ser

expressos, por palavras que expressem amor, fé, incentivo, e não rótulos e

agressões que impeçam o indivíduo de continuar aprendendo, criando,

realizando, realizando-se.

A verificação dos resultados se processará no maior número de testes,

provas, inquisições, observações, auto- avaliação, avaliação – cooperativa,

feedback constante e tudo o mais que ocorrer ao professor que possa permitir

um domínio do conhecimento pretendido. Mais tais resultados deverão ser

expressos em unidades curtas e progressivas cujas conotações sejam iguais

para o aluno e professor e definam qual o melhor rumo a seguir em termos

de ensino aprendizagem.

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O professor deve elogiar o aluno quando estiver sucesso na

aprendizagem e demonstrar interesse pelo aluno que não logrou êxito,

incentivando – o e dando –lhe liberdade para que com outras alternativas,

obtenha o resultado certo. Ao agir assim demonstrando interesse pelo aluno e

isto o gratificará. Todos precisam de alguém que demonstre interesse por eles

e lhe dêem oportunidades para manifestar o sentimento de realização.

Avaliar significa atribuir algum valor , e não implica e desvalorização.

A avaliação só será eficiente e eficaz se ocorrer de forma interativa entre

professor e aluno, ambos caminhando na mesma direção em busca dos

mesmos objetivos.

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CONCLUSÃO

O aluno deve ter participação dinâmica em sala de aula, evidenciando

esforço no ato de aprender, colocando em funcionamento seus sentimentos,

sua capacidade intelectual , suas habilidades, etc.

No entanto avaliação deixa de ser um momento terminal do processo

educativo para se transformar na busca incessante de compreensão das

dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de

mudanças.

Contudo avaliação pode fornecer ao professor subsídios para uma

reflexão constante da sua prática, pois vai favorecer a utilização de novos

instrumento de trabalho.

A avaliação é um processo presente em todos os aspectos da vida

escolar, professores avaliam alunos, alunos avaliam professores, diretor avalia

professores e estes o diretor, pais avaliam professores e escola .

Devemos utilizar diferentes instrumentos para avaliar como: provas,

testes, trabalhos individuais e de grupo, observações, trabalhos de casa, etc , e

deve acontecer durante todo o processo de ensino- aprendizagem.

O objetivo da avaliação deve estar acima de aprovar ou reprovar

aluno, mas sim de corrigir as deficiências ao longo do ano letivo. Não faz

sentido aplicar apenas prova, seja bimestral ou semestral depois que todas

aulas foram dadas e com base no resultado decidir pela aprovação ou

reprovação. A nota ou conceito demonstra apenas o rendimento quantitativo

do aluno.

A diversidade de instrumentos de avaliação é a estratégia mais segura

para obter informações a respeito dos processos de aprendizagem. Quando a

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legislação enfatiza a predominância dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos, quer deixar claro o compromisso da avaliação com

aprendizagem do aluno. Cabe a nós educadores fazer com que essa lei seja

cumprida e que nossos alunos sejam bem orientados para a vida , que

desenvolvam uma “leitura de mund” enquanto estão em sala de aula e que

não sejam avaliados como robôs , que só expressam os conteúdos que o

professor deseja saber, mais sim o que foi significativo para ele enquanto ser

humano.

A nova L.D.B. caracteriza a avaliação do rendimento escolar como um

processo contínuo e cumulativo com predominância dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período, sobre os

eventuais provas finais. Essa nova forma de avaliar põe em questão não apenas

um projeto educacional, mas uma mudança social. A mudança não é apenas

técnica, mas também política. Tudo porque essa a avaliação serve a um projeto

de sociedade pautado pela cooperação e pela inclusão, em lugar da

competição, da exclusão. Uma sociedade onde todos tenham o direito de

aprender.

A avaliação só é válida quando serve para que o professor reveja a

sua prática pedagógica e a partir daí faça uma mudança no que não está

bom, observando o que os alunos ainda não aprenderam e que ele possa

reavaliar de uma outra forma esses alunos.

Hoje a melhor maneira para avaliar é se colocando para o aluno de

maneira aberta, pronta para o acolhimento, pois acolher o aluno é o ponto

básico para realizar atividades de avaliação. Sem acolhimento temos recusa e

essa recusa afeta toda relação professor – aluno. Muitos professores têm

dificuldades em aceitar essa nova maneira de avaliar, porque tem medo das

mudanças que estão ocorrendo no processo educativo. Cabe ao professor

adequar–se a essas transformações, porque os nossos alunos já não são mais

os mesmos, eles estão em constantes mudanças, até mesmo pela diversidade

de informações que chegam até eles diariamente.

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As aulas deverão ter uma metodologia que chame atenção do aluno,

para que este sinta –se motivado para participar ativamente das atividades

propostas e absorver o máximo do que está sendo dado. Quando avaliamos

devemos olhar o aluno como um todo e não por partes, temos que aproveitar

tudo que o aluno é capaz de oferecer. Precisamos estar dispostos a orientá-los

para que possam desenvolver todo o seu potencial. Ainda há professores que

pensa que avaliar é só dar prova e atribuir valores , mas o ato de avaliar vai

muito além disso, devemos estar envolvidos e comprometidos com esse

processo. È esse comprometimento que diferencia a avaliação tradicional citada

na nova L.D.B. e nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Nós educadores devemos ter a preocupação de formar indivíduos críticos,

capazes de buscar soluções aos problemas encontrados e de analisarem a

realidade de forma objetiva. È necessário que a forma de avaliar esteja

explícito no Projeto Político Pedagógico da escola e deve atingir os objetivos

pedagógicos que se tenha estabelecido.

A qualidade do trabalho pedagógico é fundamental para o

desenvolvimento eficiente do processo ensino- aprendizagem; é do cuidado

professor no planejamento e no desenvolvimento das atividades e da sua

competência técnica, principalmente, depende o nível de aprendizagem escolar.

A ação docente deve ser a fonte dinamizadora de todo processo educativo,

devendo, para isto, utilizar-se dos recursos da avaliação educacional com vistas

à melhor orientação do ensino e da aprendizagem.

Um educador que se preocupe com sua prática educacional esteja

voltada para a transformação , não poderá agir inconsciente e irrefletidamente.

Cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e

explícita do que está fazendo e para onde possivelmente esta caminhando os

resultados de sua ação. A avaliação não poderá ser uma ação mecânica, ao

contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um

encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para

a participação democrática da vida social.

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Quando um educador respeita a dignidade do aluno e trata–o com

compreensão e ajuda construtiva, ele desenvolve na criança a capacidade de

procurar dentro de si mesma as respostas para os seus problemas, tornando-a

responsável e, conseqüentemente, agente do seu próprio processo de

aprendizagem.

Infelizmente o sistema social não demonstra estar tão interessado em

que o educando aprenda, a partir do momento em que investe pouco na

educação. Há pouco investimento, tanto do ponto de vista financeiro quanto do

pedagógico, na efetiva aprendizagem do educando.

Faz-se se necessário em um futuro trabalho, verificar como ocorre, nos

dias de hoje, a avaliação da aprendizagem escolar nas turmas do segundo

segmento do Ensino Fundamental, como também no Ensino Médio.

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ANEXOS

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ANEXO

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ANEXO

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ANEXO

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REFERÊNCIAS

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2002.

CIPRIANO, Carlos Luckesi. Avaliação da Aprendizagem Escolar .12ª ed. São

Paulo: Cortez, 2002.

COSTA, Antônio Fernando Gomes da . Interdisciplinaridade: A Práxis da Didática

Psicopedagógica. Rio de Janeiro : Unitec, 2002.

DEMO, Pedro. A Nova L.D.B: Ranços e Avanços. 3ª ed. Coleção Magistério:

Formação do Trabalho Pedagógico. Campinas: Papirus, 1997.

ESTEBAN , Maria Teresa ( org.). Avaliação : Uma Prática em busca de Novos

Sentidos. 2ª ed. Rio de Janeiro : DP& A, 2000.

HOFFMANN, Jussara Maria Learch: Avaliação , Mito e Desafio : Uma Perspectiva

Construtivista , 19 ed. Ptorto Alegre : Mediação,1996.128p.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Introdução aos Parâmetros

Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF,

1997. 126p.

PERRENOUR, Philippe. Avaliação da Excelência à Regulação das Aprendizagens

entre duas Lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999 .183 p.

REVISTA ESCOLA. nº 147, Novembro 2001. p.15 – 21.

________________ nº 159, Janeiro / Fevereiro 2003. p. 26 -33.

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SOUZA, Clarilza Prado ( org.): Avaliação do Rendimento Escolar. In Coleção

Magistério : Formação e Trabalho Pedagógico, 6ª ed . Campinas: Papirus, 1997.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I

1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NUMA VISÃO ANTERIOR

LDB

CAPÍTULO II

2. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM APÓS A L.D.B.

2.1- Avaliação numa nova perspectiva

2.2- Avaliação como um ato acolhedor

CAPÍTULO III

ALGUMAS MANEIRAS MAIS COMUNS DE AVALIAR

CONCLUSÃO

ANEXOS

ANEXO I

ANEXO II

ANEXO III

REFERÊNCIAS

ÍNDICE

10

12

14

17

18

21

24

29

30

34

38

39

40

41

42

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação “Lato-Sensu”

Título da Monografia: Avaliação da aprendizagem escolar.

.

Data da Entrega:_____________________

Auto-Avaliação: Como você avalia esta monografia?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________.

Avaliado por: _________________________________ Grau ____________

Rio de Janeiro. ________ de _________________ de 2004.