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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTREGADA
RECICLAGEM DE PAPEL
Por: Camille Paiva Mendonça Lima
Orientadora Prof. Edla Trocoli
Niterói 2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTREGADA
RECICLAGEM DE PAPEL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção
do grau de especialista em gestão ambiental.
Por: Camille Paiva Mendonça Lima.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus por estar sempre ao
meu lado, guiando meus caminhos e me abençoando.
Aos meus pais, Angela e Jorge, por terem acreditado em
mim, me apoiado em todos os momentos e me dado a
oportunidade de realizar mais um sonho. Sem eles, eu
nunca chegaria até aqui. Eles são minha vida! Obrigada
por existirem!
Aos meus avós, Antonio, Elizabeth, Marilda e ao meu
irmão Bruno que sempre apostaram no meu talento e me
deram forças para continuar lutando pela minha
realização pessoal e profissional.
A amiga Juliany, que sempre esteve comigo e que, com
certeza, levarei para toda a vida.
A Profª Edla Tricolo, pela ajuda para a conclusão deste
trabalho.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu padrinho Paulo Roberto
(in memorian), que sempre confiou e acreditou em mim
e que, de onde estiver, sei que está feliz,realizado com
minha conquista. Ele estará sempre no meu coração.
RESUMO
O objetivo principal deste trabalho é que as pessoas se
conscientizem que a reciclagem de papel tem muita importância tanto pro meio
ambiental, social, econômico entre outros e é de suma importância saber que
podemos utilizar a reciclagem de papel para evitar vários problemas em nossa
cidade como o fato de entupimentos de bueiros nas ruas, em rios, isso tudo é
imprudência da sociedade que descarta o material incorretamente.
Se uma simples medida como reciclagem fosse adotada todo
esse transtorno e sofrimentos seriam evitados, assim essa pesquisa aborda
como nosso consumo e descarte de dejetos precisam e tem soluções positivas
no impacto ambiental.
Metodologia
Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas em livros,
jornais, revistas, internet, entre outros veículos de informação relacionados ao
assunto em questão.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - A ORIGEM DO PAPEL 10 CAPÍTULO II – RECICLAGEM 18 CAPÍTULO III - RECICLAGEM DO PAPEL 28 CAPÍTUO IV - VANTAGEM DO PAPEL RECICLADO 35 CONCLUSÃO 41 ANEXOS 42 BIBLIOGRAFIA 51 ÌNDICE 55
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Introdução
A palavra papel é originária do latim "papyrus", nome dado a um
vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules
era empregada, pelos egípcios, há 2.400 anos antes de Cristo. Entretanto
foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual.
Por volta do século VI A.C., os chineses começaram a produzir um
papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. O papel produzido
após a proclamação da invenção diferenciava-se desse unicamente pela
matéria prima utilizada.
A primeira fábrica de papel no Brasil, entre 1809 e 1810, no Andaraí
Pequeno (Rio de Janeiro), foi construída por Henrique Nunes Cardoso e
Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o Brasil. Deve
ter começado a funcionar entre 181O e 1811 e pretendia trabalhar com fibra
vegetal. Outra fábrica aparece no Rio de Janeiro, montada por André Gaillard
em 1837, e, logo em seguida em 1841, tem início a de Zeferino Ferraz,
instalada na freguesia do Engenho Velho.
O papel é um dos produtos mais utilizados nas tarefas do cotidiano.
Quando não está sendo mais utilizado, pode passar por um processo de
reciclagem que garante seu reaproveitamento na produção do papel reciclado.
Este tem praticamente todas as características do papel comum, porém, sua
cor pode variar de acordo com o papel utilizado no processo de reciclagem.
A reciclagem do papel é de extrema importância para o meio
ambiente. Como sabemos, o papel é produzido através da celulose de
determinados tipos de árvores. Quando reciclamos o papel ou compramos
papel reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente, pois árvores
deixaram de ser cortadas. Não podemos esquecer também que a reciclagem
de papel gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam,
principalmente, em cooperativas de catadores e recicladores de papel.
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Em ambos os casos há um prejuízo ambiental para mitigar os danos
causados à natureza na produção de papel. Hoje em dia, os ambientalistas
tendem a conscientizar as comunidades para a reciclagem do papel.
Uma das alternativas da economia da natureza na produção de papel
é a coleta para reciclagem desta matéria-prima, utilizada nas listas telefônicas.
Tal reciclagem pode ser efetuada não só usando-se as listas
telefônicas, rebarbas usadas geradas durante os processos de fabricação
destes materiais, ou de sua conversão em artefatos, ou ainda geradas em
gráficas; artefatos destes materiais pré ou pós-consumo.
O material gerado para fabricação do papel com pré ou pós-consumo
é transformado em uma pasta celulósica com o material coletado para este fim,
através da coleta seletiva.
O objetivo principal desse trabalho é ressaltar a importância e as
vantagens da reciclagem, visando à proteção do meio ambiente e à redução do
desperdício.
Espera-se como resultado final dessa pesquisa que as pessoas se
conscientizem de que a reciclagem é de extrema importância para o meio
ambiente, refletindo numa maior qualidade de vida para os seres humanos.
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CAPÍTULO I - A origem do papel
O nome PAPEL deriva da palavra PAPYRUS. Vem do latim e se
refere a palavra papiro, uma planta que cresce nas margens do rio Nilo no
Egito, da qual se extraia fibras para a fabricação de cordas, barcos e as folhas
feitas de papiro para a escrita.
Planta de Papiro (Cyperus Papyrus)
Fragmento de papiro com manuscrito de Platão
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Plato-Alcibiades.jpg
Na pré-história, alguns grupos usavam formas curiosas para
escrever, como por exemplo, na Índia eles usavam folhas de palmeiras, na
China, os livros eram feitos com cascos de tartaruga e conchas, depois em
bambu e seda. Em outros povos, era comum o uso da pedra, barro e até
mesmo casca de árvores.
A escrita independente surgiu no Egito, na Mesopotâmia e na China.
A partir desse momento, os materiais usados para registrar informações foram
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sendo cada vez mais aperfeiçoados, atingindo hoje o seu auge, com a
utilização de espécies florestais de rápido crescimento e que são capazes de
produzir papel de boa qualidade. Os equipamentos primitivos tais como, os
moinhos para os trapos, produziam apenas uma pasta mecânica de baixa
qualidade.
Em meados do século XIX, o papel começou a ser fabricado, tendo
como principal matéria-prima, a madeira. A partir dos anos 60 a espécie
eucalipto tornou-se amplamente utilizada como a principal fonte de fibra para a
fabricação do papel (PIERRE NOE, 2014).
Durante todo esse século, os técnicos e engenheiros florestais
aprenderam a manejar espécies cujos ciclos de crescimento são bastante
longos. O Eucalipto brasileiro é entre todas as espécies o que tem menor ciclo
de crescimento (somente sete anos), o que acarreta elevada produtividade
florestal e permite redução de investimentos e custos de produção da madeira.
Dessa forma, as práticas de manejo florestal implicaram na sustentabilidade do
fornecimento de matéria-prima e o Eucalipto pode ser considerado a grande
conquista na busca do controle total da matéria-prima. (BRACELPA, 2014)
Por volta do séc. XVII e até meados do séc. XIX, começaram a
utilizar a fabricação mecânica do papel. A principal matéria prima utilizada era o
panos. Quando o panos começou a ficar escasso, devido a grande demanda
do uso pelos procedimentos mais rápidos, apareceu a utilização da polpa de
madeira.
Com a invenção da "imprensa", permitindo a impressão por linotipos
em papel, a propagação das informações passou a ser muito mais rápida e
acessível a todas as pessoas, e a Revolução Industrial contribuiu para
estimular essas mudanças; hoje o papel talvez seja o produto mais utilizado e
corriqueiro.
De acordo com alguns historiadores, a invenção do papel se deu na
China, 105 anos d.C., por T’sai Lun. Ele fez uma mistura com casca de
amoreira, cânhamo, restos de roupas e outros produtos que contivessem fonte
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de fibras vegetais. Bateu a massa até formar uma pasta, peneirou-a e obteve
uma fina camada. Esta foi colocada para secar no sol. Depois de seca, a folha
de papel estava pronta. A técnica, no entanto, foi guardada a sete chaves, pois
o comércio de papel era bastante lucrativo na época. Somente 500 anos
depois, os japoneses conheceram o papel, graças aos monges budistas
coreanos que lá estiveram.
No ano de 751 d.C, os chineses tentaram conquistar uma cidade
dominada pelos árabes e foram derrotados. Com isso, os árabes capturaram
alguns artesãos chineses e o segredo da fabricação de papel foi revelado.
Tempos depois, os mouros invadiram a Espanha e deixaram uma forte
influência cultural e tecnológica. Foi assim, que os espanhóis conheceram
também a técnica de dobrar papéis que ficou conhecida como papiroflexia. O
processo básico de fabricação de papel criado por T’sai Lun foi sendo
sofisticado e possibilitou uma imensa diversidade de papéis quanto à texturas,
cores, maleabilidade, resistência, etc.
1.1- A História do Papel no Brasil
O primeiro papel que chegou ao Brasil foi a carta de Pero Vaz de
Caminha, escrita logo após o descobrimento. Porém, a primeira produção
nacional que se tem conhecimento, foi um documento escrito em 1809, pelo
Frei José Mariano da Conceição Velozo para o Ministro do Príncipe Regente D.
João, Conde de Linhares. Neste, ele dizia: “... lhe remeto uma amostra do
papel, bem que não alvejado, feito em primeira experiência, da nossa embira. A
segunda, que já está em obra, se dará alvo, e em conclusão pode V. Excia.
Contar com esta fábrica.” Este documento, do qual foi retirado este texto,
encontra-se no Museu Imperial.
Em 1809, teve início a construção da primeira fábrica de papel no
Brasil. Esta se localizava no Rio de Janeiro, construída por Henrique Nunes
Cardoso e Joaquim José da Silva, ambos industriais portugueses. Trabalhava
com fibra vegetal e iniciou seu funcionamento entre os anos de 1810 e 1811.
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Outra fábrica que aparece no Rio de Janeiro, foi montada por André
Gaillard em 1837. Em 1841, tem início a fábrica de Zeferino Ferraz, instalada
na freguesia do Engenho Velho. Já em 1852, construída pelo Barão de
Capanema, nas proximidades de Petrópolis, a Fábrica de Orianda, produziu um
papel de ótima qualidade para os padrões da época, até a sua falência, em
1874. Em 1889, devido ao grande desenvolvimento industrial a partir da
chegada dos imigrantes europeus na então Província de São Paulo, a empresa
Melchert & Cia deu início a construção da Fábrica de Papel de Salto. Esta
funciona até os dias atuais, devidamente modernizada e produz papéis
especiais, sendo uma das poucas fábricas no mundo a produzir papel para a
produção de dinheiro.
Durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu um grande problema: o
Brasil não podia contar com as importações da celulose que vinham todas do
exterior. Esse fato acabou por dar um novo impulso à fabricação nacional, que
foi obrigada a procurar alternativas para substituir a celulose.
Hoje em dia, praticamente qualquer árvore pode servir como
matéria-prima, mas as mais utilizadas são o vidoeiro, a faia, o choupo preto, o
bordo e, principalmente, o eucalipto. Entretanto, dentre todas as espécies de
árvores utilizadas no mundo para a produção de celulose, o eucalipto brasileiro
é a que tem o menor ciclo de crescimento - somente sete anos (Adriana
Jardim, 2014).
1.2 – A História do Papel no Egito
Os egípcios, que abasteciam o mundo com o papiro, tinham em sua
fabricação grande fonte de renda. Os romanos davam muito valor ao papiro,
tanto que o chamava de papel augusto. O papiro era considerado importante
instrumento de escrita naquela época, como hoje são os aparelhos de
comunicação.
Muito da História do Egito nos foi transmitido pelos rolos de papiro
encontrados nos túmulos dos nobres e faraós. Foram os egípcios que, por volta
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de 2200 antes de Cristo, inventaram o papiro, espécie de pergaminho e
antepassado do papel.
Papiro é uma planta aquática existente no delta do Nilo. Seu talo em
forma piramidal chega a ter de 5 a 6 metros de comprimento. Era considerada
sagrada porque sua flor, formada por finas hastes verdes, lembra os raios do
Sol, divindade máxima desse povo. O miolo do talo era transformado em
papiros e a casca, bem resistente depois de seca, utilizada na confecção de
cestos,camas.
Para se fazer o papiro, corta-se o miolo do talo - que é
esbranquiçado e poroso - em finas lâminas. Depois de secas em um pano, são
mergulhadas em água com vinagre onde permanecem por seis dias para
eliminar o açúcar. Novamente secas, as lâminas são dispostas em fileiras
horizontais e verticais, umas sobre as outras. Esse material é colocado entre
dois pedaços de tecido de algodão e vai para uma prensa por seis dias. Com o
peso, as finas lâminas se misturam e formam um pedaço de papel amarelado,
pronto para ser usado (Nova Era, 2003).
1.3 - A História do Papel na China
O papel teve a sua origem na China, sendo várias as matérias-
primas utilizadas no seu fabrico — o bambu, o linho e a palha. No século II,
a China começou a produzir papel para escrita com fibras de cânhamo ou
de casca de árvore.
Segundo os registros da "História do Período Posterior da
Dinastia Han" do século V, o marquês TSai Lun (?-125) dos Han do Este
(25-220 n.E.) produziu papel a partir de 105 n.E. com casca de árvore,
extremidades de cânhamo, farrapos de algodão e redes de pesca
rasgadas. O uso do papel vulgarizou-se a partir de então (Tipografia,
2014).
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1.4 A História do Papel no Japão
Hoje, como antigamente, fazer papel a mão, no Japão, é
frequentemente realizado como uma fonte de renda fora da estação pelos
pequenos fazendeiros que vivem em aldeias nas montanhas, onde há pouca
terra para cultivo de arroz, mas uma abundância de boa água limpa nos
riachos.
Quando o fim do ano chega e a colheita do arroz acaba, esses
fazendeiros invariavelmente se ocupam com a feitura de papel.
Em um certo sentido, o trabalho é hereditário, sendo desempenhado
em uma pequena escala, em casa, pelos membros capazes de cada família.
Os métodos empregados são muito antigos e têm sido passados através de
gerações sucessivas com pequenas mudanças. A estação para fazer papel
difere de acordo com as localidades nas quais ele é feito. Ela geralmente
começa no fim de Novembro ou início de Dezembro e termina em Abril ou Maio
do ano seguinte.
Nesta época do ano os fazendeiros que fazem papel como trabalho
paralelo encontram-se muito ocupados, pois eles têm muito o que fazer no
transplante de mudas de arroz e na criação de bicho-da-seda.
Seja feito a mão ou a máquina muitos papéis japoneses usam fibras
vegetais como matéria-prima. Entre essas fibras o gampi, kozo e mitsumata
constituem o trio principal de materiais. Papel de gampi é considerado nobre; o
de kozo, forte; e o de mitsumata, delicado. Para fazer papel japonês é comum
usar um material muscilaginoso vegetal que é comburente chamado neri.
Há vários tipos de neri, o mais comum é o tororo, uma substância
proveniente das raízes do crescimento do primeiro ano da planta tororo, que é
um tipo de malvácea. A função do tororo é fazer com que as fibras flutuem
uniformemente na água. Outra função é retardar a velocidade de drenagem
resultando assim uma folha de papel melhor formada (Nota Positiva, 2014).
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1.5 - A História do Papel na Espanha
A fabricação estendeu-se logo às costas do norte da África,
chegando até a Europa pela península Ibérica, onde por volta do ano 1150 os
árabes a implantaram em Xativa (Espanha).
Os fabricantes de Játiva produziam papel de algodão no século XI.
O material, de frágil consistência, a julgar pelas toscas mostras de épocas
posteriores que se conservaram, revelam uma elaboração obtida com
escassos elementos à base de algodão cru. Além de Játiva, outra cidade
espanhola a dominar a produção do papel foi Toledo, onde era fabricado o
papel chamado "toledano".
Os próprios árabes chegaram a importar o papel fabricado na
Espanha nos séculos IX e X, mas o uso generalizado do papel espanhol só
aconteceu no século XIII. Há registros, ainda que controversos, da produção de
papel em Valencia, Gerona e Manresa, no período. No século XIV, a indústria
se estende às regiões de Aragão e Catalunha, embora ainda fosse muito
utilizado o pergaminho de pele (Raquel Regiz Barreto, 2014).
1.6- A História do Papel em outros países da Europa
Na Alemanha, remonta ao fim do século XII as primeiras iniciativas
na produção do papel. As cidades pioneiras foram Kaufheuren, em 1312;
Nuremberg, em 1319 e Augsburgo, em 1320. Seguem-se Munich, Leesdorf e
Basiléia, que também implantam no mesmo século as suas fábricas,
geralmente em decorrência da demanda proporcionada pelas tipografias
ligadas à Igreja e às Universidades. Na França, onde já se fabricava papel
artesanalmente desde o ano de 1248, o primeiro moinho surge na cidade de
Troyes, em 1350. Na Inglaterra, o papel só começa a ser produzido
industrialmente em 1460, na cidade de Steuenage e quase um século depois
(1558), em Dartford.
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Na Itália já se fabricava papel desde o ano de 1200, em Fabriano,
onde fora introduzido por Pace. Há ainda quem afirme que o primeiro fabricante
seria Bernardo de Praga, enquanto outros sustentam que a primazia caberia ao
mestre Polese, a quem se atribui, também, a inovação da substituição do
algodão pela pasta de linho. As cidades italianas, que importavam o papel no
século XIII, passaram a ser abastecidas, já no século XIV, pelos papeleiros de
Fabriano, Pádia e Caller, onde a indústria estava bastante desenvolvida. Antes
de 1500 já se contavam indústrias em Sabóia, Lombardo, Tosca e Roma.
Até o final do século XVIII, a fabricação do papel era totalmente
artesanal. Os moinhos de papel eram oficinas primitivas, e as folhas de papel
eram feitas uma a uma, em quantidades bastante reduzidas. A indústria surge
apenas quando é possível mecanizar o processo.
O fato que deu o grande impulso à fabricação do papel foi, sem
dúvida, a invenção da imprensa e logo a Reforma, com o grande ressurgimento
intelectual que desenvolveu-se em todo o período do Renascimento. A este
fator seguiu-se, depois, a máquina de fabricar papel contínuo. Um operário
francês Louis Robert obteve, em 1799, patente para uma máquina agitadora
quem em 1800 foi vendida para Didot, o diretor da fábrica de Saint-Leger. Juan
Gamble a patente para a Inglaterra e a explorou em sociedade com Fourdrinier
e Donkin, aperfeiçoando-se muito a máquina (Raquel Regiz Barreto, 2014).
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CAPÍTULO II- Reciclagem
Quando falamos na palavra reciclagem difundiu-se nos media a
partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de
petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando
rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de lixo e de outros
dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re= repetir, e cycle =
ciclo) (AMBIENTE BRASIL,2014).
Reciclagem é todo processo de reaproveitamento de metais,
plásticos, papéis, vidros ou qualquer outro material, orgânico ou inorgânico
recuperando-o ou retransformando-o para aproveitamento ou novo uso. O
processo pode ser industrial ou artesanal. Caso não sejam reaproveitados,
esses materiais, normalmente tratados como lixo ou dejetos, tendem a causar
sérios problemas ambientais.
A reciclagem é o reaproveitamento dos resíduos como matéria-prima
para um novo produto, ou, de uma outra forma, como está escrito acima, ’’ é o
reprocessamento dos materiais em novos produtos. Assim, existe uma leve
diferença em reciclar e reutilizar. Quando material é retransformado para
aproveitamento ou novo uso seria reutilizar (SANTA CECÍLIA,2014).
O conceito de reciclagem diz respeito ao processo de transformação
dos resíduos sólidos que envolvem a alteração de suas propriedades físicas,
físico-químicas ou biológicas com vistas à transformação em insumos ou novos
produtos. É importante diferenciar o conceito de reciclagem do de reutilização.
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um
determinado material já beneficiado em um outro produto. Um exemplo claro da
diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel (UFSC,2014).
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Reciclar significa repetir um ciclo. E para compreendermos a
importância da reciclagem, temos de transformar o conceito de lixo. Cerca de
35% dos materiais do lixo coletado poderiam ser reciclados ou reutilizados e
outros 35% poderiam virar adubo orgânico (CAPITAL RECICLÁVEIS,2014).
2.1- Lixo
Lixo é tudo aquilo que já não tem utilidade e é jogado fora. É
qualquer material sólido originado em trabalhos domésticos e industriais, e que
é eliminado.
Muitos dos resíduos que vão para o lixo podem ser reutilizados
através de um processo denominado reciclagem. No processo de reciclagem, o
lixo orgânico e inorgânico é reaproveitado, contribuindo para a redução da
poluição do meio ambiente.
Para a prevenção do meio ambiente, o lixo deve ser considerado
como uma questão de toda a sociedade e não um problema individual
(SIGNIFICADOS,2014).
No Brasil, uma pessoa produz em média 1 kg de lixo por dia. A cada 24
horas o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo. No Japão, por exemplo, é o dobro
por pessoa: 2 kg diariamente.
São Paulo é a cidade que mais produz lixo: são 50 mil toneladas por dia
e cada paulistano produz 1,4 kg. Mas é Brasília que lidera a lista da produção de
lixo per capita entre as grandes cidades: cada morador da capital brasileira produz
mais de 1,5 kg diariamente. Os moradores de Santa Catarina são os que menos
produzem, gerando apenas 800 gramas por dia.
Para resolver esse problema, a reciclagem é uma boa ferramenta para
combater os grandes acúmulos de lixo em cidades com muitos habitantes e para
reciclar é preciso separar os tipos de lixo adotando um sistema chamado coleta
seletiva de lixo (GLOBO,2014).
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2.1.1- Tipos de Lixo
Papel
Coleta seletiva
Podem ser descartados para reciclagem: papéis de escritório, papelão,
todos os tipos de caixa, jornais, revistas, livros, cartolinas, embalagens longa vida e
coisas desse tipo.
Lixo Comum
Alguns tipos de papel não podem ser reciclados devido ao seu uso
original. São exemplos disso: papel carbono, papel higiênico, papéis encerados,
lenços de papel ou etiquetas adesivas.
Vidro
Coleta Seletiva
Os vidros são os materiais mais difíceis de descartar, pois há a
possibilidade de ferir quem irá realizar o trabalho de recolhimento. Por este motivo,
é recomendado enrolar as peças de vidro em papel (pode ser jornal) para proteger
os catadores.
São exemplos de materiais de vidro que podem ser descartados:
garrafas de bebida, frascos em geral e copos.
Lixo Comum
Alguns tipos de vidro não podem ser descartados também devido a sua
composição química, exemplos comuns destes materiais são: espelhos, cristais,
vidros de janelas e vidros de automóveis.
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Plástico
Coleta Seletiva
Os plásticos representam uma grande variedade de materiais que
podem ser reciclados, como por exemplo: sacolas, CDs, disquetes, garrafas PET
(garrafas de refrigerante), canos e tubos de plástico.
Lixo Comum
Contudo, algumas embalagens ainda não servem para a reciclagem,
entre elas podemos citar: embalagens metalizadas (como as de salgadinhos) e os
plásticos termofixos (que aparecem em eletrônicos como computadores e
telefones).
Metais
Coleta Seletiva
Os metais representam a maior parte do que pode ser reciclado,
principalmente pelas latinhas de alumínio. O Brasil é o maior reciclador de latinhas
de alumínio do mundo. Além de latinhas, outros tipos de metais podem ser
reaproveitados, como: tampas de embalagens, folhas-de-flandres e latas de
produtos alimentícios.
Lixo Comum
No lixo comum, vão outros tipos de metais como: clipes, grampos,
tachinhas, esponjas de aço e até mesmo carros (BEEHIVE,2014).
2.1.2 – Destino do lixo
Os aterros sanitários este é o sistema de tratamento de lixo mais
usado no Brasil atualmente. Nestes locais, o solo é preparado
(impermeabilizado) para receber o lixo orgânico. Este é colocado em camadas
intercaladas com terra, evitando assim o mau cheiro, contaminação e a
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proliferação de insetos e ratos. O processo de decomposição do material
orgânico é feito por bactérias anaeróbicas. Como resultado deste processo,
ocorre à geração do gás metano, que pode ser descartado (queimado) por
saídas específicas ou utilizado na geração de energia elétrica (sistema mais
adequado) (MAHLER,2014).
2.2 – Coleta Seletiva
É a separação dos materiais que podem ser reciclados, na sua fonte
geradora.
Existem algumas formas de coletas de materiais recicláveis.
O primeiro exemplo é o sistema de porta a porta onde os caminhões do serviço
de limpeza passam recolhendo os materiais separados, como na coleta de lixo
comum, mas em dias específicos.
O segundo exemplo é através da entrega voluntária (PEV) em postos de coleta
distribuídos pela cidade nas escolas, praça, supermercados, etc., onde a
população entrega os materiais separados nos respectivos coletores.
Hoje existem, também, empresas especializadas que retiram os materiais
selecionados e encaminham para as usinas de reciclagens mediante contratos
ou solicitações. Este método é mais adequado às empresas onde o volume de
material é maior (IAP,2014).
2.2.1 – Principais tipos de coleta
Porta a Porta
Os veículos coletores percorrem as residências em dias e horários
específicos que não coincidam com a coleta normal. Os moradores colocam os
recicláveis nas calçadas, acondicionados em contêineres distintos;
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PEV (Postos de Entregas Voluntárias)
Utiliza normalmente contêineres ou pequenos depósitos, colocados
em pontos fixos, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis;
Postos de Troca
Troca do material entregue por algum bem ou benefício;
PICs
Outra modalidade de coleta é a PICs,Programa Interno de Coletiva
Seletiva, que é realizado em instituições públicas e privadas, em parceria com
associações de catadores (SÃO FRANCISCO,2014).
2.2.2 – Cor padrão dos cestos de coleta
No Brasil os recipientes para receber materiais recicláveis seguem o
seguinte padrão:
d Azul: papel/papelão
d Vermelho: plástico
d Verde: vidro
d Amarelo: metal
d Preto: madeira
d Laranja: resíduos perigosos
d Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
d Roxo: resíduos radioativos
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dCastanho: resíduos orgânicos
d Cinza: resíduo geralmente não reciclável, misturado ou
contaminado, não sendo possível de separação (FABIANE EILERT,2014).
2.2.3 – Resultados do sistema de coleta
Sanitários
Contribui decisivamente para a melhoria da saúde pública.
Ambientais
Diminui a exploração de recursos naturais, muitos não renováveis
como o petróleo;
Reduz o consumo de energia;
É um grande passo para a conscientização de inúmeros outros
problemas ecológicos;
Evita a poluição do ambiente (água, ar e solos) provocada pelo lixo;
Aumenta a vida útil dos aterros sanitários, pois diminui a quantidade
de resíduos a serem dispostos;
Sociais
A reciclagem garante ganhos sociais imensuráveis.
Por exemplo: Tem-se a geração de empregos diretos, a
possibilidade de união e organização da força trabalhista mais desprestigiada e
marginalizada (em cooperativas de reciclagem) e a oportunidade de incentivar
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a mobilização comunitária para o exercício da cidadania, em busca de solução
de seus próprios problemas.
Contribui para a diminuição da marginalidade, pois auxilia a retirada
das pessoas dos lixões, e para a melhoria da qualidade de vida;
Econômicos
Representa uma grande atividade econômica indireta, tanto pela
economia de recursos naturais quanto pela diminuição dos gastos com
tratamento de doenças, controle da poluição ambiental e remediação de áreas
degradadas e uso de espaços de reserva;
É também uma atividade econômica direta pela valorização, venda e
processamento industrial de produtos descartados. - Diminui os gastos com a
limpeza urbana;
Gera empregos para a população não qualificada;
Estimula a concorrência, uma vez que produtos fabricados a partir
dos recicláveis são comercializados em paralelo àqueles feitos a partir de
matérias-primas virgens;
Melhora a produção de compostos orgânicos, a partir da reciclagem
de resíduos orgânicos (compostagem).
Educação Ambiental
Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma
forma concreta. Assim, as pessoas se sentem mais responsáveis pelo lixo que
geram.
Políticos e Institucionais
Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da
cidade, a coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos
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assumem um papel ativo em relação à administração da cidade. Além das
possibilidades de aproximação entre o poder público e a população, a coleta
seletiva pode estimular a organização da sociedade civil.
Educacionais
As atividades de reciclagem industrial ou artesanal, bem como as
centrais de triagem ou usinas de compostagem, têm fortes vínculos com a
formação e educação ambientais de crianças, jovens e adultos. Essas
instalações, além de serem unidades de tratamento do lixo, podem funcionar
como grande laboratório de ciências para que professores e alunos tenham
aulas práticas e discorram sobre as várias áreas e atividades relacionadas com
a reciclagem do lixo urbano;
Mobilização e participação comunitária; (SÃO FRANCISCO,2014).
2.2.4 - Vantagens da reciclagem
Reciclar embalagens usadas, ou outros materiais, traz diversas
vantagens quer ambiental quer econômica. Assim contribui para:
• Aumento do tempo de vida e maximização do valor
extraído das matérias-primas;
• Economizar energia;
• Conservação dos recursos naturais;
• Desviam-se os resíduos dos aterros ou outras instalações
de tratamento mais poluidoras;
• Participação ativa dos consumidores, o que implica uma
maior consciência ambiental;
• Redução da poluição atmosférica e da poluição dos
recursos hídricos;
• Reduzir a quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
que são depositadas nos aterros sanitários, prolongando o tempo de
vida útil destas infra-estruturas;
27
• Criação de novos negócios e mercados para os produtos
reciclados (RESULIMA,2014).
2.2.5 – Reciclando com os 3R`s
Chamamos de 3 Rs : primeiro Reduzir o lixo evitando o desperdício,
depois Reaproveitar tudo o que for possível antes de jogar fora e só então
enviar para Reciclar.
Reduzir: analisar o que realmente é importante e essencial em
“minha vida” e, acima de tudo, diminuir o consumo. Exemplo: lave seu carro
utilizando um pano e um balde com água e não com a torneira aberta.
Reutilizar: sempre que possível utilizar um produto várias vezes.
O filtro de papel que você utiliza para passar o café pode ser substituído por
um filtro de pano, que pode ser utilizado várias vezes.
Reciclar: utilizando sua criatividade você pode transformar o
material do lixo em outros produtos (RECICLANDO O PLANETA,2014).
28
CAPÍTULO III - Reciclagem do papel
A reciclagem de papel além de ser de origem renovável, o papel
está entre os produtos que apresentam maior taxa de reciclagem no Brasil. No
total, 45,5% de todos os papéis que circularam no País, em 2011, foram
encaminhados à reciclagem.
É importante ressaltar que grande quantidade de aparas de papel
reciclável é utilizada na fabricação de outros produtos, como telhas, sem ser
computada nas estatísticas de recuperação. Além disso, também não se
excluem os papéis que não são passíveis de reciclagem, como os higiênicos,
que contém impurezas. Se esses quesitos passassem a ser avaliados, a taxa
de recuperação subiria expressivamente.
A palavra reciclagem é tradicional no setor papeleiro. As fábricas são
abastecidas por uma grande rede de aparistas, cooperativas e outros
fornecedores de papel pós-consumo que fazem a triagem, a classificação e o
enfardamento do material. A cadeia produtiva que envolve a atividade gera
empregos e renda, movimentando a economia.
Sob o ponto de vista econômico, a atividade reduz os custos de
produção, distribui riquezas e promove a recuperação de matérias-primas que
serão novamente inseridas no ciclo de consumo.
Como todo papel produzido no Brasil tem origem na celulose de
florestas plantadas de pinus e eucalipto, o processo de reciclagem tem origem
em uma fonte de recursos renováveis. Ou seja, depois de utilizadas, as fibras
dessas árvores se transformam novamente em matéria-prima para a fabricação
de novo produto.
Ainda em relação ao meio ambiente, a reciclagem – aliada a outros
fatores, como o uso de resíduos para aproveitamento energético e plantio de
florestas que absorvem carbono da atmosfera – contribui para um balanço
ambiental positivo como resultado da produção de celulose e papel.
29
A recuperação do material após o consumo ajuda a diminuir o
volume de detritos a ser descartado em lixões e aterros sanitários já saturados.
Pelo alto poder calorífico, o papel pode ser utilizado na reciclagem energética,
característica que deverá ganhar importância no futuro próximo.
A reciclagem poderia ser ainda maior com políticas públicas de
incentivo do governo, iniciativas empresariais, maior organização dos
trabalhadores que recolhem os materiais e novas atitudes do consumidor
(BRACELPA,2014).
Importância
A reciclagem do papel é de extrema importância para o meio
ambiente. Como sabemos, o papel é produzido através da celulose de
determinados tipos de árvores. Quando reciclamos o papel ou compramos
papel reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente, pois árvores
deixaram de ser cortadas. Não podemos esquecer também, que a reciclagem
de papel gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam,
principalmente, em cooperativas de catadores e recicladores de papel (SUA
PESQUISA,2014).
Tipos de papéis recicláveis
Tipos de papel que podem ser reciclados: papel sulfite, papelão,
caixas de embalagens de produtos, papel de presente, folhas de caderno, entre
outros (SO BIOLOGIA,2014).
3.1- Processo de reciclagem de papel
A produção do papel reciclado é semelhante à produção do papel
comum. A principal diferença está na necessidade da utilização de vários
produtos químicos para retirar as impurezas, como tinta e cola.
30
Dependendo do tipo de papel, apenas a massa reciclada é
insuficiente para garantir a resistência e durabilidade do novo papel. Assim, a
indústria opta por incluir fibra virgem durante o processo.
A reciclagem na indústria se dá com as aparas, misturadas com
água e desintegrada em pulpers (liquidificadores). Os contaminantes (plástico,
metal, etc) são separados através de telas limpadores. Se necessário, a tinta é
retirada numa combinação entre água, substâncias químicas, calor e energia
mecânica, Figura 1.
A polpa reciclada é usada no fabrico de papel cartão, papel jornal,
bem como, em papéis usados nas indústrias e nos lares como: papel higiênico,
toalha, lenços e guardanapos de papel, entre outros.
Porém, o processo de reciclagem de papel também gera poluição,
pois consiste em operação que utiliza energia, água e insumos químicos.
FIGURA 1 . Diagrama do Processo de Reciclagem Industrial de Papel
Fonte:Reciclagem..., (2007)
31
Segundo o CEMPRE (2007), a produção do papel reciclado é
aplicada em 80% para embalagens; 18% para fins sanitários; 2% para
impressão. Esse papel é oriundo 86% do comércio e indústria; 10% de
residências, instituições e escolas e 4% outras fontes. Cada tonelada de papel
reciclado poupa cerca de 60 eucaliptos adultos; 2,5 barris de petróleo; 50% da
água usada na fabricação normal do papel (ou 30.000 litros); evita um volume
de resíduo de cerca de 3m² nos lixões e aterros; gera menos poluição da água
(65%) e do ar (26%) do que a fabricação a partir da celulose virgem.
Cerca de 40% do resíduo urbano é composto de papel. A reciclagem
industrial recupera 30% do papel descartado.
A reciclagem não é viável a todos os tipos de papel, o Quadro 2
elenca os recicláveis e não-recicláveis, porém a maioria é reciclável.
QUADRO 2 - Papel Reciclável e Não-Reciclável
Fonte: RECICLAGEM..., (2007).
Na reciclagem manual o papel é produzido a partir das aparas, ação
que deve ser vista como uma atividade artística e social, que ajuda na
32
disseminação da cultura da reciclagem. Ambientalmente, as unidades de
fabricação devem descartar corretamente seus rejeitos para não produzir
material poluente.
É importante saber que o papel é um emaranhado de fibras
vegetais, ao se transformar o papel novo em reciclado, desfaz-se essa trama e
as fibras se entrelaçam novamente, sua reciclagem dá-se entre cinco e sete
vezes.
De acordo com o exposto em Reciclagem... (2006), as etapas para a
reciclagem manual perpassa pela coleta seletiva, triagem, classificação e a
transformação “do que é velho em novo”. O processo de reciclagem de papel
de forma artesanal segue algumas fases:
. rasgar o papel
. amolecer e moer
. diluir a pasta
. sobrepor a moldura
. mergulhar a moldura na vertical e levantar na horizontal
. inverter o conjunto
. enxugar a pasta
. levantar o crivo
. secar a folha nova
. prensar as folhas
. corte da folha
. produtos finais (confeccionados artesanalmente)
33
3.1.1- O que podemos fazer pela reciclagem do
papel?
Devemos reduzir o desperdício de papel e adotar hábitos para a
separação do material reciclável nas residências. Essas práticas contribuem
para melhorar a qualidade e a homogeneidade das fibras que retornam às
indústrias. Também é importante a coleta seletiva e a triagem dos resíduos
recicláveis – sem a contaminação por matéria orgânica tais como restos de
comida e outras impurezas.
É importante ressaltar que o papel não pode ser reciclado infinitas
vezes, pois as fibras perdem a resistência e as características que definem o
tipo do papel. Por isso, será sempre necessário o uso de fibras virgens
originárias das florestas plantadas para viabilizar a produção e atender às
necessidades de consumo da população (BRACELPA,2014).
3.1.2- Reduzindo o uso de papel
Cada tonelada de papel que se recicla, significa que deixam de ser
cortadas 32 árvores de Pinus e três de Eucalipto. Todo o papel que não
reciclamos vai para os aterros sanitários. Reciclar uma tonelada de papel
significa 3m3 de espaço livre nos aterros, proporcionando a estes uma vida
mais longa.
Você sabia que para produzir uma tonelada de papel reciclado são
necessários apenas 2 mil litros de água, enquanto que para produzir o papel
tradicional, de cor branca, esse volume pode chegar a 100 mil litros. Assim
como os metais e os plásticos, o papel é um bem precioso que precisa ser
reciclado.
Passo 1: Tente reduzir ao máximo o consumo de papel.
Passo 2: Separe todo o papel que você utilizar em sua casa e
encaminhe para a reciclagem como folhas de caderno, aparas de papel,
34
envelopes, folhas de rascunho, fotocópias, cartazes, panfletos que você
receber na rua e caixas.
Passo 3: Evite imprimir suas mensagens eletrônicas, antes de
encaminhar para a reciclagem verifique se mais alguém em sua casa não pode
utilizar este papel; procure anotar recados sempre utilizando lápis, pois
posteriormente você poderá apagá-lo e utilizar o papel novamente.
O Brasil recicla apenas 45% do papel que consome, valor ainda
muito pequeno quando comparado com outros países e com o quanto ainda
podemos fazer. Seguindo os passos de nossa Atitude 4, podemos contribuir
para aumentar a quantidade de papel reciclado (RECICLANDO O
PLANETA,2014).
“papel usado e reutilizado = menos lixo e mais árvores”
35
CAPÍTULO IV - Vantagem do papel reciclado Vantagens e desvantagens do papel reciclado
O papel reciclado, embora não derrube florestas, gera impactos
onerosos. O branqueamento do material, por exemplo, consome produtos
químicos muito tóxicos. Um dos componentes desse processo, o ftalato, aditivo
usado para dar plasticidade à tinta, se não for corretamente tratado, é
altamente poluente. Os empresários de indústrias estão temerosos se a
produção - cujo consumo cresce a taxas de 20% ao ano - está ajudando a
reduzir impactos ambientais ou se é apenas uma ferramenta para atrair
consumidores.
Fonte:http://portalpenseverde.blogspot.com.br/2010/06/vantagens-e-
desvantagens-do-papel.html
De acordo com ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose
e Papel), a vida útil do papel dura de quatro a sete reciclagens. E, a cada nova
reciclagem, o papel perde qualidade e ganha novas funções. No seu primeiro
estágio (papel virgem), ele pode, por exemplo, ser sulfite. Depois, reciclado,
pode até voltar a sê-lo, mas, para isso, precisa receber certa quantidade de
papel virgem. Na reciclagem seguinte, pode se tornar embalagem de
36
mercadorias. Em outra reciclagem, já se torna caixa de papelão. E, no último
estágio, vira “miolo” de caixa de papelão.
Para Antonio Gimenez, gerente de Negócios de Impressão da
International Paper, é um mito dizer que o papel reciclado salva árvores.”Não
há evidências que comprovem, com segurança, que o papel reciclado traga
menos impactos para o meio ambiente do que o papel branco”, afirma. Um
estudo realizado pela Esalq-USP mostra que a produção de papel 100%
reciclado para imprimir e escrever pode gerar um volume de efluentes até seis
vezes maior que o papel branco (CARLOS CAMARGO, 2014).
Economia de Recursos Naturais:
- Madeira: Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de
madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma
nova vida útil para de 15 a 30 árvores.
- Água: Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado são
necessários apenas 2.000 litros de água, ao passo que, no processo
tradicional, este volume pode chegar a 100.000 litros por tonelada.
- Energia: Em média, economiza-se metade da energia, podendo-se
chegar a 80% de economia quando se comparam papéis reciclados simples
com papéis virgens feitos com pasta de refinador.
- Redução da Poluição: Teoricamente, as fábricas recicladoras
podem funcionar sem impactos ambientais, pois a fase crítica de produção de
celulose já foi feita anteriormente. Porém as indústrias brasileiras, sendo de
pequeno porte e competindo com grandes indústrias, às vezes subsidiadas,
não fazem muitos investimentos em controle ambiental.
37
- Criação de Empregos: estima-se que, ao reciclar papéis, sejam
criados cinco vezes mais empregos do que na produção do papel de celulose
virgem e dez vezes mais empregos do que na coleta e destinação final de lixo.
- Redução da "conta do lixo": o Brasil, no entanto, só recicla 30%
do seu consumo de papéis, papelões e cartões.
O papel reciclado pode ser aplicado em caixas de papelão,
sacolas, embalagens para ovos, bandejas para frutas, papel higiênico,
cadernos e livros, material de escritório, envelopes, papel para impressão,
entre outros usos (RECICLANDO O PLANETA, 2014).
4.1- Por que usar papel reciclado?
Vocês já devem ter reparado que algumas empresas começaram a
utilizar aquele papel mais escuro, de cor creme, diferente da tradicional folha
branca, ou seja, o papel reciclado. Isso se deve ao fato da preocupação destas
organizações com a sustentabilidade e o meio ambiente, mas é claro que ainda
falta a conscientização de diversas pessoas e corporações. Mas além de
serem ecologicamente corretos, quais as vantagens do papel reciclado?
Uma das principais vantagens é a diminuição do impacto ao meio
ambiente, já que diminui a utilização de madeiras para sua produção e dá nova
vida útil para cerca de 15 a 30 árvores. Além disso, alguns processos de
reciclagem podem economizar água e energia, o que também contribui para
nosso meio ambiente.
Quanto aos custos, quando o papel reciclado começou a ser
utilizado com mais frequência no Brasil, seu custo era muito superior ao papel
comum, contudo, com o passar dos anos, esta diferença diminuiu bastante.
É claro que utilizar papel reciclado não garante a sustentabilidade da
sua empresa, há algumas outras dicas básicas para um ambiente corporativo
mais “ecologicamente correto”:
38
- Imprima apenas o necessário;
- Observe seus materiais de escritório, procure usar lápis com
madeira certificada e canetas com componentes que não agridem o meio
ambiente;
- Utilize rascunhos;
- Desligue o computador por completo quando não for utilizá-lo mais
e na hora do almoço ou alguma pausa no trabalho, deixe o monitor desligado;
- Utilize cartões de visita de papel reciclado;
- Evite utilizar copos descartáveis;
- Faça com que seus funcionários tenham consciência de práticas de
sustentabilidade;
- Faça a coleta seletiva (GOMAQ, 2010).
4.1.1- Benefícios
Os benefícios da reciclagem do papel incluem a redução no
consumo de água utilizada na produção, assim como no consumo de energia
muito embora os números sejam bastante divergentes de uma empresa para
outra dependendo do tipo de tecnologia empregada e da eficiência do
processo. Mas é fato que com a reciclagem de papel deixa-se de cortar
árvores: calcula-se que para cada 1 tonelada de aparas (papéis cortados
usados na reciclagem) deixa-se de cortar de 15 a 20 árvores (CAROLINE
FARIA, 2014).
39
4.1.2- As principais vantagens do
papel reciclado na perspectiva do envolvimento
natural são:
d Diminuição da necessidade de recursos naturais, que aliviará a
pressão que existe sobre as massas florestais, permitindo a sua exploração
mais racional. Isto favorecerá o aumento do coberto vegetal do Planeta,
contribuindo para absorver o CO2 produzido pelos consumos energéticos.
d Poupança de 62,5% no consumo de energia primária, ao reutilizar
as fibras celulósicas, evitando o emprego de dispendiosos processos químicos
ou mecânicos para a sua obtenção.
d Poupança de 86% na utilização de água para o fabrico de papel.
d Diminuição global de 92% nos níveis de contaminação de água,
atmosfera e elementos sólidos.
d Diminuição do crescimento das lixeiras, ao evitar a acumulação
dos materiais sólidos e recuperar a fibra celulósica. Nas sociedades
desenvolvidas chega a representar até 30% do volume dos R.S.U. (Resíduos
Sólidos Urbanos).
d O papel reciclado pode recuperar-se sucessivamente para voltar à
fábrica, já que na sua técnica de fabrico não destrói as fibras nem as suas
propriedades físico-mecânicas.
d Alta qualidade de produto e, em consequência, grande
rendimento, o que beneficia o ambiente pela poupança de recursos que origina
(BLOG VERDE, 2014).
4.1-3- Processo de produção do papel reciclado
As etapas do processo de produção de papel reciclado a partir de
aparas de papéis:
Etapa 1:
Entrega das aparas (fardo) na fábrica recicladora de papel
40
Passa pelo controle de qualidade e é classificado
Vai para o estoque de aparas
O lote do estoque mais antigo vai para as esteiras transportadoras
O hidrapulper desagrega o papel, juntamente com água industrial
Depois de desagregado, a bomba puxa a massa de papel para
outras etapas
Etapa 2 - turbo tiraplástico (retirada de plástico)
Etapa 3 - processo de centrifugação para retirada de impurezas
(areia, prego, etc)
Etapa 4 - processo de refino da massa
Aditivos são adicionados à massa: sulfato de alumínio, amido de
mandioca, etc
Etapa 5 - Caixa de entrada da máquina de papel
Etapa 6 - Mesa formadora (vácuo retira umidade excedente)
Etapa 7 - Prensa acerta gramatura do papel
Etapa 8 - O papel passa pelos rolos secadores
Etapa 9 - Chega até a enroladeira
Etapa 10 - Forma-se o rolo de papel
Etapa 11 - O rolo é transportado por ponte rolante até a
rebobinadeira
Etapa 12 - O papel é rebobinado conforme formato da bobina
Etapa 13 - A bobina de papel acabada vai para o controle de
qualidade
Etapa 14 - Vai para o estoque, podendo ser vendida ou vai para a
cartonagem, transformando-se em chapa de papelão, a fim de ser
industrializada como caixas de papelão ( RECICLA BRASIL, 2014).
41
Conclusão
A reciclagem é uma solução para recuperação do meio ambiente
e sobrevivência da humanidade, não apenas com o papel também com outros
resíduos gerados pelas atividades humanas, se utilizarmos tecnologia junto
com consciência será possível tornar viável os investimentos em processos de
reciclagem e reaproveitamento de dejetos, assim essa pesquisa vem
demonstrar que o papel reciclado gera uma serie de beneficio abrangendo
vários aspectos.
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo
ambiental, como nos campos econômico e social.
No meio ambiente a reciclagem reduz a acumulação progressiva
de resíduos, o desaparecimento do coberto vegetal natural, e como ele animais
de todas as espécies, evita a degradação da paisagem e a perda do seu
caráter e da sua especificidade (biodiversidade).
No aspecto econômico a reciclagem contribuiu para o uso mais
racional dos recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são
passiveis de reaproveitamento.
No âmbito social, a reciclagem proporciona melhor qualidade de
vida para muitas pessoas, a reciclagem é uma das únicas alternativas de renda
e ganhar o seu sustento.
A reciclagem é um meio essencial ao meio ambiental. Achamos
que deveria haver mais pessoas a contribuir na reciclagem, pois a reciclagem é
para o bem de todos nós.
42
ANEXOS
ANEXO I – O alto custo do consumo excessivo de papel
ANEXO II - Qual a vantagem de usar papel reciclado?
ANEXO III – Tempo de decomposição do lixo
ANEXO IV- Como fazer papel reciclado em casa (reciclagem
caseira)
43
ANEXO I
O alto custo do consumo excessivo de papel
Ao analisar os processos de destruição ambiental, identificam-se,
geralmente, uma série de causas, que se classificam em diretas e em
subjacentes. Por exemplo, uma das causas diretas da destruição de florestas é
sua conversão em monoculturas de soja (Brasil, Paraguai), de dendezeiros
(Indonésia, Malásia, Papua Nova Guiné, Colômbia), de pinheiros (Chile), de
eucaliptos (Brasil, Equador). Contudo, por trás dessa causa facilmente
identificável há outras- as subjacentes- que foram as que, definitivamente,
determinaram e fizeram possível essa conversão.
Tais causas subjacentes podem ser variadas e estar inter-
relacionadas: a abertura das estradas que permitiram o ingresso das empresas
à floresta; os créditos da Banca Multilateral que viabilizaram a construção
dessas estradas; as pressões do Fundo Monetário Internacional para aumentar
as exportações para o pagamento da dívida externa; o assessoramento da
FAO e outros organismos de “cooperação” na promoção dessas culturas; a
promoção dos agrocombustíveis pela União Européia, entre outras.
Contudo, quase todos os processos de destruição ambiental
partilham uma mesma causa subjacente: o consumo excessivo. Os exemplos a
esse respeito são profusos. A destruição social e ambiental de indústrias como
a petroleira, mineira, madeireira ou camaroneira já tem sido amplamente
documentada. Se bem os produtos assim obtidos são consumidos em muitos
países, o principal consumo tem lugar em um número relativamente pequeno
de países: os Estados Unidos, o Japão e os membros da União Européia, por
citar os mais óbvios. Esse consumo constitui então a causa subjacente comum
da destruição dos territórios e meios de sobrevivência de numerosas
comunidades do mundo.
No caso do papel e do papelão, o consumo mundial já tem
ultrapassado de longe o limiar da sustentabilidade. Contudo, a indústria que
disso se beneficia pretende incrementá- lo ainda mais. Contrariamente ao que
afirma a publicidade das empresas, esse aumento não visa satisfazer as reais
necessidades de papel das pessoas, e sim a aumentar o uso de papel e
44
papelão para embalagem, que constitui mais de 50% do total produzido. Ao
mesmo tempo, o aumento também não visa produzir mais livros de texto ou
cadernos, e sim a inventar novas “necessidades” de produtos descartáveis (por
exemplo, copos, toalhas de mesa e guardanapos de papel), que após um único
uso passam a alimentar as montanhas de lixo nos países ricos.
Um consumo desse tipo de papel e papelão exige um fornecimento
contínuo de enormes quantidades de matéria- prima abundante, homogênea e
barata. Para isso, a indústria papeleira apelou inicialmente a uma fonte de
matéria- prima que parecia inesgotável: as florestas localizadas na Europa,
Japão, Estados Unidos e Canadá. Contudo, o consumo excessivo determinou
que esse recurso começasse a se esgotar e a indústria passou então a instalar
grandes monoculturas de árvores de rápido crescimento (eucaliptos, acácias,
pinheiros), que resultaram na destruição de florestas e pradarias de países do
Sul (e inclusive de algumas regiões do Norte). Essas plantações, em contínua
expansão, agora estão passando a ser sua principal fonte de matéria- prima
para a produção de papel. Mais recentemente, a indústria tem começado a
deslocar a produção de celulose para o Sul- nos arredores das plantações de
árvores- a fim de abastecer suas plantas de papel localizadas perto dos
principais mercados: no Norte consumidor.
Esse deslocamento tem vários objetivos, o primeiro deles é o
barateamento dos custos através do acesso a terra barata (além de ser onde
as árvores crescem 10 vezes mais rapidamente que no Norte), mão-de-obra
barata, apoio governamental e escassos controles ambientais. O segundo
objetivo, vinculado ao primeiro, consiste em aumentar a produção de celulose
barata, para poder assim criar novas "necessidades" de consumo de papel. Ao
atingir esses dois objetivos é possível alcançar o terceiro e mais importante:
aumentar os lucros da indústria.
Contudo, esses custos economicamente “baratos” para as empresas
resultam social e ambientalmente muito caros para aqueles que os sofrem. O
avanço das plantações e as fábricas de celulose vem sendo resistido por
inúmeras populações locais na África, Ásia e América Latina, que se vinculam
a organizações e processos no Norte para agirem em forma mais coordenada.
A fim de colaborar nesse processo, nesta edição do boletim incluímos uma
seção especial sobre a questão do consumo de papel, que esperamos que seja
45
útil para todas as que estão envolvidas - tanto no Sul quanto no Norte - nessa
luta. (Fonte: Boletim Nº 131 do MMFT, junho 2008)
46
ANEXO II
Qual a vantagem de usar papel reciclado?
Nós no Instituto de Psicologia da USP consumimos em média 110
mil folhas de sulfite por mês, ou seja, 22 caixas com 10 resmas cada.
Anualmente consumimos em média 835 mil folhas de sulfite, ou seja, 167
caixas com 10 resmas cada.
Veja qual a economia de recursos naturais que o uso do Papel
Reciclado proporcionaria ao meio-ambiente, levando em conta apenas se nós
no IPUSP substituíssemos o papel sulfite consumido atualmente por Papel
Reciclado já disponível e à venda no Mercado.
P
PERÍODO
FOLHAS
UTILIZADAS
ENERGIA
POUPADA
ÁGUA
ECONOMIZADA
ÁRVORES NÃO
DERRUBADAS REDUÇÃO NA EMISSÃO DE CO2
No mês 110 mil 1.936 kW/h 47.432 litros 29 árvores 1.210kg de dióxido de carbono
No ano 835 mil 14.696 kW/h 360.052 litros 220 * árvores 9.185kg de dióxido de carbono
Fonte: Rogério (almoxarifado IPUSP)
Informações para os cálculos: www.incoplastic.com.br
Paulo César de Paiva – IPUSP _ Bloco D – ramal 5015
Portanto usar reciclado é também uma questão de responsabilidade
social, comprometimento com a preservação do meio-ambiente e sobre tudo de
consciência ambiental.
Acho inclusive que todos alunos podem contribuir muito quando/se
passar a utilizar papel reciclado para imprimir seus trabalhos, monografia,
teses, etc.
Entendo também que reduzir o consumo deve ser a meta prioritária,
mas porque não reduzir o consumo já usando papel reciclado.
*Parece que é mais do que o número de árvores já plantadas em
toda área do IPUSP.
47
ANEXO III
Tempo de decomposição do lixo
http://www.coladaweb.com/biologia/saude/decomposicao-do-lixo
48
ANEXO IV
Como fazer papel reciclado em casa (reciclagem caseira)
Materiais:
• papel e água
• bacias: rasa e funda
• balde
• moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta
• moldura de madeira vazada (sem tela)
• liquidificador
• jornal ou feltro
• pano (ex.: morim)
• esponjas ou trapos
• varal e pregadores
• prensa ou duas tábuas de madeira
• peneira côncava (com "barriga")
• mesa
•
Modo de preparo:
49
A - Preparando a polpa
Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na
bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na
proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e
desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa
está pronta.
B - Fazendo o papel
Despeje a polpa numa bacia grande, maior que a moldura.
Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a
moldura verticalmente e deite-a no fundo da bacia.
Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo
que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para
dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.
Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano.
Tire o excesso de água com uma esponja.
Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida
sobre o jornal ou morim.
C - Prensando as folhas
Para que suas folhas de papel artesanal sequem mais rápido e o
entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte
forma:
Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis
folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do jornal
com papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel artesanal.
Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver
prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de
madeira.
50
Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que
sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça
uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um
livro pesado por uma semana.
D - Efeitos decorativos
Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de
alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.
Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente,
casca de cebola ou de alho.
Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de
cartolina, pano de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é
necessário pressionar com o pedaço de madeira.
Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no
liquidificador e junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou
anilina diretamente à polpa.
Dicas importantes:
A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por
tachinhas ou grampos.
Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no
liquidificador
Conserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano.
Guarde, ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de
algodão).
A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente.
FONTE: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/reciclagem/reciclagem4.php
51
Bibliografia
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54
Índice FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A origem do papel 10
1-1- A história do papel no Brasil 13
1.2 – A história do papel no Egito 14
1.3 – A história do papel na China 15
1.4 – A história do papel no Japão 16
1.5 – A história do papel na Espanha 17
1.6 – A história do papel em outros países da Europa 17
CAPÍTULO II
Reciclagem 19
2.1 - Lixo 20
2.1.1 - Tipos de lixo 21
2.1.2 – Destino do lixo 22
2.2 – Coleta seletiva 23
2.2.1 – Principais tipos de coleta 23
2.2.2 – Cor padrão dos cestos de coleta 24
2.2.3 – Resultados do sistema de coleta 25
2.2.4 – Vantagens da reciclagem 27
2.2.5 – Reciclando com os 3R´s 28
CAPÍTULO III
Reciclagem do papel 29
3.1 – Processo de reciclagem do papel 30
55
3.1.1 – O que podemos fazer pela reciclagem do papel 34
3.1.2 – Reduzindo o uso de papel 34
CAPÍTULO IV
Vantagem do papel reciclado 36
4.1 – Por que usar papel reciclado? 38
4.1.1 – Benefícios 39
4.1.2 – As principais vantagens do papel reciclado na
perspectiva do envolvimento natural são: 40
4.1.3 – Processo de produção do papel reciclado 40
CONCLUSÃO 42
ANEXOS 43
BIBLIOGRAFIA 52
ÍNDICE 55