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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM Plano de Negócio: Uma ferramenta Eficaz e Fundamental para Longevidade das Micro e Pequenas Empresas. Por: Márcio Alexandre de Araújo Ferreira Orientador Prof. Sérgio Majerowicz Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

Plano de Negócio: Uma ferramenta Eficaz e Fundamental para

Longevidade das Micro e Pequenas Empresas.

Por: Márcio Alexandre de Araújo Ferreira

Orientador

Prof. Sérgio Majerowicz

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

Plano de Negócio: Uma ferramenta Eficaz e Fundamental para

Longevidade das Micro e Pequenas Empresas.

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Empresarial.

Por: Márcio Alexandre de Araújo Ferreira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado à oportunidade de

alcançar mais essa vitória. Aos professores da pós e em especial ao prof.º

Sérgio Majerowicz que além de ser um dos professores foi também meu

orientador da monografia. Agradeço a todos os meus colegas da turma (da

antiga e da nova) e em especial ao meu grupo (Claudio, Danyelle e Paula

Young) por ter me aturado e entendido quando estava com problemas.

Agradeço principalmente a minha esposa e meu amor Luciana por me

apoiar totalmente nessa empreitada, por recolher com calma e paciência as

pedras do meu caminho, por te me dado força a cada momento em que pensei

que nunca alcançaria esse objetivo e por ser a pessoa que amo demais.

Agradeço a meus filhos João Gabriel e Isabella Vitória que me estimulam cada

vez mais a alcançar meus objetivos, a minha avó que sempre acreditou em

mim e me fez ver que o sucesso é possível ser alcançado.

Agradeço a meus pais (in memoriam) que estejam onde estiverem

estarão sempre olhando por mim.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho minha amada

esposa Luciana, filhos, a minha avó, a

meus pais (in memoriam) e amigos.

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RESUMO

O elevado índice de mortalidade das pequenas e micro empresas tem

sido um fator preocupante, pois estes organismos possuem grande

importância para o desenvolvimento do país. Com isto o presente trabalho tem

em sua essência os procedimentos para o planejamento empresarial, que se

traduz na construção de um eficiente plano de negócios. Trata-se de uma

ferramenta poderosa para colaborar com os novos empreendedores na criação

de novos negócios mais sólidos. Os fatores condicionantes da mortalidade das

pequenas e micro empresas foram associados à estrutura do plano de

negócio, demonstrando a eficácia da ferramenta.

Palavras Chaves

Plano de Negócios, Micro e pequenas Empresas, Planejamento,

Mortalidade de Empresas, Empreendedor.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a confecção desse trabalho foi à pesquisa

a livros, artigos e sites da internet visando a consistência teórica do trabalho.

A monografia foi criada através de pesquisa em livros técnicos da área

de administração e de vários artigos sobre a criação e implementação de um

plano de negócio.

Não foi pesquisada nenhuma organização em específico, a pesquisa

foi feita de forma genérica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Plano de Negócios – O que é e para

que se utiliza. 10

CAPÍTULO II - Qual a importância de um Plano

de Negócios para as empresas. 20

CAPÍTULO III – A Importância do Plano de Negócios

para as Pequenas e Micro Empresas. 29

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

ÍNDICE 42

FOLHA DE AVALIAÇÃO 63

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INTRODUÇÃO

Segundo o SEBRAE (Serviço Brasileira de Apoio a Pequena e Micro

Empresa) as micro e pequenas empresas correspondem a 99% de cerca de

7,43 milhões de empresas no país, empregando cerca 40,01% da população

brasileira e participam com aproximadamente 43% da renda gerada nos

setores da indústria, construção civil, comércio e serviços, além de contribuir

com algo em torno de 20% do PIB (Produto Interno Bruto). Um outro aspecto

extremamente importante é a alta taxa de mortalidade, já que ao final dos

quatro primeiros anos de vida o percentual de micro e pequenas empresas que

estão em atividade se reduz a metade em relação a quantidade de criadas.

Essa quebra se dá justamente pelos diversos problemas que o candidato a

empresário enfrentará se o mesmo não possuir espírito empreendedor, tino

comercial e competência profissional para atuar na área que escolheu.

Conforme Dolabela apud Silva e Sobral (2003, p.2):

[...] a participação das micro e pequenas empresas tenha crescido continuamente no Brasil, a mortalidade desses empreendimentos tem chamado a atenção de estudiosos e governantes. De cada três empresas formadas, duas fecham as portas antes do segundo ano de vida. Os fatores que levam uma pequena empresa a encerrar suas atividades são muitos, que vão desde a falta de um planejamento organizacional no momento de sua implantação, passando pela burocracia fiscal, até o despreparo do empreendedor para superar as dificuldades.

Com o constante aumento do desemprego no país, a maioria dessa

população passa a querer aparecer no mercado criando o seu próprio negócio

para ter renda própria e como costuma se pensar “deixar de trabalhar para os

outros”. Porém em sua grande maioria esses futuros empresários se lançam

sem conhecimento e preparo adequados e costumam quebrar antes de dois

anos de empresa lançada no mercado.

Para se iniciar um empreendimento não basta ter somente uma boa

idéia, é necessário que essa idéia se transforme em fatos que possam ser

encarados de maneira objetiva. Não basta apenas que essa idéia seja um

sonho é preciso transformar esse sonho em ações reais e concretas de forma

que se possa mensurar e apurar esses fatos. Para que isso possa vir a

acontecer existe o fator planejamento (não muito utilizado nos países latinos

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americanos principalmente no Brasil), que é uma ferramenta bastante

importante no dimensionamento e configuração de um novo negócio que é o

Plano de Negócios.

Para Krumer apud Barbosa e Pereira (2003, p.2) “O Plano de Negócio

é uma necessidade. Se uma pessoa quer começar um pequeno

empreendimento e não tiver um Bussines Plan, então essa pessoa tem um

problema”.

A elaboração de um bom plano de negócio é de fundamental

importância para qualquer empreendedor, não somente para a busca de

recursos financeiros, mas principalmente como forma de sistematizar suas

idéias e planejar de forma mais eficaz, antes de mergulhar de cabeça no

mundo dos negócios, um mundo completa e extremamente competitivo.

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CAPÍTULO I

Plano de Negócios – O que é e para que se utiliza.

Com o aumento da demanda de pessoas no mercado de trabalho,

muito ex-colaboradores de empresas entram no mercado do

empreendedorismo, sem o devido conhecimento do mesmo, pensando sempre

em criar/construir seu próprio negócio, de forma a alcançar a independência

financeira e o sonho de ser seu próprio patrão.

Mas para isso somente um sonho ou uma boa idéia não é o suficiente,

se torna necessário que essa idéia se torne fatos que possam ser encaradas

de maneira objetiva, o empreendedor deve ter além do sonho, ter a idéia de

transformá-lo em ações reais onde se possa mensurar os resultados dessas

ações e para isso se faz necessário um planejamento onde se minimizará as

incertezas e tentar evitar possíveis surpresas que possam vir comprometer o

desenvolvimento de seu negócio. Esse planejamento é chamado de Plano de

Negócios.

Para Salim et al (2005, p.3): “Plano de Negócios é um documento que

contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias,

seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesa,

receitas e resultados financeiros”.

Seguindo esse conceito, Plano de Negócios é um documento ou um

check list que ajuda a responder questões cruciais relativas ao seu negócio,

como você pode vir a conquistar o seu mercado e quanto você deverá investir

para ter um retorno mais rápido e seguro. É o momento onde o empreendedor

pode pesquisar e testar o mercado de forma a enxergar a viabilidade ou não

desse projeto.

Mas o que é mercado?

Para Maximiano (2006, p.88): “Mercado é um grupo de consumidores

que tem necessidades e interesses similares, poder aquisitivo e disposição

para comprar”.

O empreendedor tem que conhecer como o seu mercado atua e qual

é o mercado que a empresa pretende atingir de forma que o mesmo possa

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dirigir o seu Plano de Negócio para o público alvo correto é mitigar a

possibilidade de erro, sabendo quem exatamente ele vai atingir.

O Plano de Negócio é um documento onde o empreendedor descreve

todo o seu negócio, onde possuem seções geralmente padronizadas com o

intuito de facilitar o entendimento do Plano. Essas seções possuem sempre um

propósito definido de forma a especificá-las.

Não existe uma estrutura formal e obrigatória para a confecção de um

bom Plano de Negócios, porém, deve possuir um número mínimo de seções

onde o empreendedor possa ter uma compreensão de como será a execução

desse Plano. Essas seções devem ser dispostas de forma lógica e racional

para permitir que qualquer pessoa que venha ler esse plano possa entender de

que maneira essa empresa é estruturada, seus objetivos, produtos e/ou

serviços, qual o mercado está inserido, qual a sua estratégia de marketing e

qual a situação financeira essa empresa se encontra.

Para Salim et al (2005, p.40) “A estrutura básica de um plano de

negócios é: Sumario Executivo, Resumo da Empresa, Produtos e Serviços,

Análise do Mercado, Estratégia do Negócio, Organização e Gerencia do

Negócio e o Planejamento Financeiro”.

Estudaremos abaixo individualmente cada seção, lembrando que as

seções devem ser abordadas sempre de maneira objetiva, sem perder sua

essência e seus aspectos mais relevantes.

1.1 – Sumário Executivo.

É a seção mais importante do plano de negócios, porém é a ultima a

ser escrita e definida, pois precisaremos ter todas as informações completas

das partes a serem lidas pelos investidores interessados no plano. Por esse

motivo deverá ser estrategicamente colocado no inicio de forma resumida e

deve ser direcionada ao público alvo e aos investidores e explicitar qual o

objetivo do plano como, por exemplo, financiamento junto ao mercado

financeiro.

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O Sumário Executivo deve focar sempre os aspectos abaixo citados:

• Uma pequena descrição da empresa, tendo de conter qual

produto/serviço o empreendedor irá vender e para quem o

mesmo oferecerá esse produto/serviço;

• Como surgiu a idéia da criação da empresa, contextualizando a

idéia e se a mesma surgiu de uma necessidade do mercado, ou

a alteração da legislação vigente;

• A apresentação do negócio e qual a sua vantagem competitiva

em relação a sua concorrência já estabelecida;

• Definição de valor de agregação do produto ao cliente;

• Quais os investimentos necessários para a empresa se

posicionar no mercado, ou seja, se for necessário uma

ampliação qual o valor do investimento a mais a empresa vai

precisar;

• Quais serão os custos fixos e variáveis para que a empresa

possa funcionar;

• Qual será a receita prevista e como ela evolui durante esse

período;

• Qual o ponto de equilíbrio da empresa, isto é, qual o mínimo de

produtos/serviços a empresa de vender ou produzir para que

não haja lucro ou prejuízo;

• Quanto tempo será o payback dessa empresa, ou seja, em

quanto tempo o investidor recuperará o valor em dinheiro

investido na empresa.

1.2 – Resumo da Empresa.

Nessa seção deverá conter os itens gerais da empresa, tais como

razão social: logotipo, site na WEB (caso possua), a estrutura organizacional, a

localização, certificação de qualidade (ISO), quem são os sócios e/ou

proprietários da empresa. Deve constar também a missão que é a razão de ser

da empresa, a visão (aonde a empresa quer chegar a um determinado período

de tempo) e os valores que norteiam a empresa.

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1.3 – Produtos e Serviços.

Nessa seção o empreendedor deve apresentar todas as vantagens e

benefícios de seu produto/serviço, mostrando as características desse produto

e qual a diferenciação competitiva em relação ao seu concorrente.

A seção produtos e serviços é descrita pelos seguintes itens:

• Descrição clara e detalhada de cada produto/serviço que a

empresa comercializa;

• Descrição do mercado e das necessidades verificadas através

dos clientes que poderão ser selecionadas pelos produtos e/ou

serviços oferecidos pela empresa;

• Comparar os seus produtos e/ou serviços com o dos seus

concorrentes, destacando de forma principal os benefícios que

fazem os seus produtos/serviços melhores que os deles;

• Definição do material a ser utilizado para a divulgação de seu

produto e/ou serviço;

• Avaliação das margens de preço que sua empresa empregará

na comercialização de seus produtos/serviços;

• Análise da tecnologia utilizada nos seus produtos/serviços (grau

de atualidade, volatilidade e obsolescência);

• Definição da visão futura dos produtos/serviços comercializados

pela empresa;

1.4 – Análise do Mercado

Nessa seção o empreendedor deve fazer uma análise completa do seu

mercado, da sua concorrência entre outros, mostrando assim a importância do

foco total do empreendedor as possíveis variáveis existentes no mercado.

Os Itens principais contidos nessa seção são:

• Projeção de Mercado

Para Salim et al (2005, p.75) “Projeção de mercado são feitas por

instituições especializadas, utilizando ferramentas estatísticas adequadas,

quando o mercado alvo é de grande amplitude”.

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É a definição do seu público alvo por uso de ferramentas estatísticas.

• Segmentação de Mercado -> É a escolha através de alguns

critérios para o direcionamento de seus produtos, ou seja, é a

escolha de quem vai consumir o seu produto/serviço.

Esse critério segue basicamente os seguintes itens:

Ø Localização Geográfica;

Ø Segmento Econômico;

Ø Renda Familiar;

Ø Idade;

Ø Sexo;

Ø Grau de Escolaridade;

Ø Profissão entre outras;

• Características do seu Concorrente em relação ao seu mercado;

• As formas de vendas dos seus produtos/serviços em relação ao

tipo de negócio que você possui, mostrando como serão

executadas essas vendas;

• Análise da sua Concorrência, onde o empreendedor deve estudar

o mercado e saber onde sua concorrência é mais segmentada.

Para que o empreendedor tenha uma noção mais apurada dessa

seção o mesmo deve fazer sempre pesquisas de mercado e para Salim (2005)

uma pesquisa de mercado determina as características desse mercado, quais

são as expectativas e necessidades, se um produto/serviço teria uma boa

aceitação ou não no mercado, sendo feita através de uma amostra desse

mercado.

1.5 – Estratégia do Negócio.

Nesse segmento do plano constará o resultado da análise do mercado,

e o empreendedor irá montar a estratégia empresarial que melhor lhe couber.

O empreendedor irá analisar os seus pontos fortes e fracos,

juntamente com as oportunidades e ameaças do mercado em que está

inserido, onde através dessa análise identificar os seguintes pontos:

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• Definição dos segmentos de mercado atingidos pela empresa e

qual a prioridade nessa segmentação.

• Alto conhecimento de seus concorrentes, de forma a poder usar

esse conhecimento a seu favor no mercado.

• Estratégia na montagem de preço na venda de seu

produto/serviço de modo sempre a considerar possíveis

descontos, melhores formas de pagamento e crédito.

• Criação de um sistema de previsão de vendas.

• Criação de processos que venham se tornar diferenciais

competitivos em relação aos seus concorrentes.

• Criação de um cronograma básico, onde deverão constar

informações a respeito da implementação do negócio.

1.6 – Organização e Gerência do Negócio.

Nesse item do Plano de Negócios deverá constar de maneira clara e

objetiva qual a forma de funcionamento da empresa, isto é, como será a

organização da sua empresa para o alcance dos resultados e estratégias

estabelecidas.

Para que se tenha uma melhor organização e gerencia do negócio, se

faz necessário alguns componentes fundamentais tais como:

• Composição da equipe gerencial que são a quantidade

necessária de pessoas por função, com responsabilidades e

perfis bem definidos para cada cargo.

• A criação de um funcionograma e/ou um organograma básico

para a organização para que a mesma tenha um mínimo de

ordem e hierarquia profissional.

• Detalhar de forma clara como será feita a remuneração dos seus

possíveis colaboradores, como será feita as avaliações de

desempenho, treinamentos, evolução da carreira entre outros.

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1.7 – Planejamento Financeiro

Essa é a seção mais importante de um bom plano de negócios, pois é

através dele que verificamos a “saúde financeira” da empresa, em quanto

tempo o dinheiro investido irá retornar (PAYBACK), será mostrada a evolução

das receitas e das despesas da organização.

Para um planejamento financeiro perfeito, deverão constar nessa

seção do plano os seguintes itens:

• Análise de Cenários, onde é mostrado qual o cenário o

empreendedor se encontra, sendo necessário que seja traçado

mais dois possíveis cenários sendo eles o otimista e o

pessimista, nas mais diversas áreas como, por exemplo, a área

econômica, a politico legal e etc., e que podem gerar diferentes

resultados em seu negócio.

• Cálculo do ponto de equilíbrio econômico-financeiro da empresa,

que é o ponto em que a empresa passa a ter lucros de modo

continuado, ou seja, as receitas da empresa são suficientes

para a cobertura das suas despesas.

Salim et al diz que: (2005, p.108) diz que: “O BREAK EVEN POINT

(ponto de equilíbrio) representa o nível de vendas no qual a receita iguala a

soma dos custos fixos mais cos custos variáveis, ou seja, no qual o lucro é

zero”.

• Cálculo do custo de manutenção da estrutura da empresa sem ter

nenhuma atividade, ou seja, sem produção e/ou

comercialização dos seus produtos e serviços como, por

exemplo, custo com energia elétrica, agua, telefone, pagamento

de pessoal entre outras.

• Apresentação do Balanço Patrimonial e das Demonstrações do

Resultado do Exercício, conforme lei 11.638/07.

• Fluxo de Caixa Projetado.

• Cálculo dos indicadores de liquidez, endividamento e

rentabilidade.

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• Cálculo do PAYBACK que é o tempo que leva para o retorno

financeiro do valor investido no projeto.

Os “clientes” de um Plano de Negócio são na sua maioria das vezes:

• O próprio empreendedor;

• Sócios e empregados;

• Sócios em potencial;

• Parceiros em potencial tais como distribuidores e representantes;

• Órgãos governamentais de financiamento, tais como bancos;

• Grandes clientes como atacadistas e distribuidores;

• Franqueados entre outros.

Para Nigri (2005, p.7) “Qualquer empreendimento prescinde de um

Plano de Negócio completo e com as informações que sustentarão, a priori, a

relação comportamental do negócio face aos índices do mercado”.

Uma das funções principais de um bom Plano de Negócio é demarcar

a empresa no mercado e levar as empresas novas a determinar a linha central

de atuação da empresa e dar suporte ao empreendedor a pensar nas

previsões para que seu negócio funcione dentro de um prazo pré-estabelecido.

Outras funções básicas, porém essenciais de um bom Plano de

Negócios:

• Avaliar riscos e necessidades;

• Clarificar os objetivos da empresa;

• Guiar o empreendedor nas tomadas de decisões;

• Auxiliar na gestão estratégica;

• Dar base histórica externa e interna para o empreendimento.

Permite também que a empresa tenha o feedback de informações em

relação ao seu concorrente, ajudando a encontrar o valor agregado de seus

produtos/ serviços e o valor acumulado em capitais, isto é, quanto você pode

agregar de valor financeiro a sua empresa. O Plano de Negócios guia todas as

suas ações empresariais.

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1.8 – O Plano de Negócio como Ferramenta de Gestão.

Para que o Plano de Negócio seja considerado como uma boa

ferramenta de gestão, se faz necessário que as informações circulem de

maneira aberta dentro da própria organização, fazendo com que seus

colaboradores possam conhecer seu teor e assim se alinharem com o

pensamento da empresa. Mas para que isso aconteça de uma forma correta, é

necessário um monitoramento constante sobre os números, metas e objetivos

a serem alcançados dentro do plano.

Uma das maneiras mais eficazes em relação a esse monitoramento é

a criação de painéis indicativos das metas a serem alcançadas e quanto da

mesma já se alcançou. Nesses painéis devem conter gráficos que mostram a

evolução periódica das metas e devem ser colocados em locais de fácil acesso

a todos os colaboradores independentes de nível hierárquico e devem ser

espelhos fieis do Plano de Negócio.

Esse painel é uma ferramenta dinâmica que exige as atualizações

constantes das informações, de forma a se ter sempre uma visão momentânea

da empresa e de como ela vem se portando durante aquele período.

Conforme Dornelas (2007, p.9):

Desta forma o plano de negócios pode se transformar em um instrumento dinâmico de implementação da estratégia da empresa. Ele deixará de correr o risco de ser apenas um mito e se tornará uma ferramenta fundamental de gestão, que certamente, auxiliará o empreendedor a alcançar o sucesso almejado, ou ainda, mostrará a esse mesmo empreendedor que o momento não é propício para o negócio vislumbrado, evitando decepções futuras.

Vale lembrar que é importante cuidar de alguns procedimentos ao

longo da redação do Plano de Negócios, já que durante a elaboração dos itens

que foram acima descritos, a visão do empreendedor mediante ao seu negócio

deve ter como objeto focal qual é a função principal de seu empreendimento.

Definir de forma clara e objetiva e imparcial qual a finalidade de sua

organização, apontando sempre o porquê de seu empreendimento se

encontrar nesse local atualmente.

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O Plano de Negócios deve ser visto sempre como uma contribuição

administrativa da organização e como importante ferramenta operacional de

forma pró ativa e retrospectiva, portanto o mesmo deve ser sempre

remodelado periodicamente conforme a necessidade do empreendimento e do

empreendedor, para que demonstre sempre a atitude atual da empresa.

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CAPÍTULO II

Qual a importância de um Plano de Negócios para as empresas.

O Plano de Negócios tem como importância principal a diminuição da

morte precoce das empresas, uma vez que parte dos riscos e situações

operacionais contrárias será prevista no processo de elaboração do mesmo,

assim como também a elaboração de um plano de contingência.

Para SEBRAE (2009): O Plano de Negócios auxilia você na “tomada de decisão” sobre levar adiante o seu projeto. A razão é que, com planejamento, as chances de sucesso de um negócio aumentam substancialmente. Um plano de negócios é sim indispensável para se iniciar uma micro ou pequena empresa.

A elaboração de um Plano de Negócios:

• Permite ao empreendedor aprimorar sua idéia, tornando-a clara, precisa

e de fácil entendimento. Para isso, ele terá de buscar informações

completas e detalhadas sobre o mercado e o seu negócio,

assegurando assim uma visão de todo o negócio. Uma idéia é

diferente de uma oportunidade de negócio devidamente analisada.

• Permite ao empreendedor conhecer todos os pontos fortes e fracos do

futuro negócio. Com isso, possibilita a diminuição dos riscos de

fracassar.

• Facilita a apresentação do negócio a fornecedores e clientes potenciais,

contribuindo para as negociações de apoio.

• Analisa o volume de recursos que será necessário para a implantação

(quanto de capital será necessário?), a lucratividade e a rentabilidade

do negócio.

• Permite a simulação de situações favoráveis e desfavoráveis.

• Permite que os sócios negociem claramente as funções de cada um.

• É importante para a contratação de funcionários e para a orientação

deles na execução de suas tarefas, apresentando as perspectivas de

crescimento para o negócio.

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• É um importante documento para a apresentação a futuros sócios,

investidores e bancos.

Pela criação De um Plano de Negócios podemos adquirir

conhecimentos necessários de qual produto/serviço está sendo oferecidos,

quais os objetivos a serem alcançados, quais são os clientes atuais e em

potenciais, qual o mercado a ser atingido. Assim é possível tornar a gestão

mais eficiente e, por consequência, elevar a qualidade da comunicação, o grau

de confiança e a melhoria da imagem do empreendimento como um todo.

Pavani apud Barbosa e Pereira (2003, p.7) afirma que: “[...] o Plano de

Negócio é muito importante na medida em que serve como instrumento de

apresentação da empresa para diferentes públicos”.

Para uma melhor compreensão do dito acima, segue tabela abaixo:

TABELA 1- Possíveis públicos alvo para o seu plano de negócio.

Possíveis públicos-alvo para o seu plano de negócio. Sócios potenciais: Para vender parte do negócio e estabelecer acordos e direção Parceiros: Para estabelecer estratégias conjuntas Bancos: Para conseguir financiamentos Intermediários: Pessoas que ajudam a vender o seu negócio Investidores: Empresas de capital de risco, pessoas jurídicas e outros interessados. Gerentes: Para estabelecer canal de comunicação Executivos de alto nível: Para aprovar e alocar recursos Fornecedores: Para outorgar crédito para compra de mercadorias e matéria-prima Gente talentosa: Que você deseja contratar para fazer parte da sua empresa A própria empresa Para a comunicação interna com os empregados Clientes potenciais: Para vender o produto/serviço Fonte: PAVANI, Cláudia. Plano de Negócios.

Faz-se necessário utilizar o Plano de Negócio de maneira dinâmica, e

deve ser atualizado periodicamente acompanhando as mudanças tanto no

ambiente externo, quanto o do ambiente interno. Além disso, pode auxiliar na

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comunicação entre a empresa e os vários Stakeholders como clientes, bancos,

investidores, entre outros.

Deve ser elaborado de forma a entender e estabelecer as diretrizes

para a abertura do negócio, gerindo de maneira mais eficaz a empresa e

tomando decisões acertadas, monitorar o cotidiano da empresa e conseguir

financiamentos junto as instituições financeiras.

Então, o Plano de Negócios constitui-se como uma poderosa

ferramenta de gestão para:

• Aprendizagem e auto conhecimento para a organização e

explicitação das ideias;

• Cooperação;

• Convencimento -> comunicação externa, no sentido de obtenção

dos recursos financeiros;

• Navegação -> planejamento e monitorização do negócio.

O Plano de Negócios é uma ferramenta extremamente importante e

eficaz para alcançar o sucesso no negócio, uma vez que explica de forma

abrangente de qual maneira a necessidade de seus clientes serão atendidas e

como vai adquirir mercados face a concorrência existente.

A figura abaixo mostra de maneira lúdica a interação entre a empresa,

os clientes e a concorrência dentro de um plano de negócios conforme visão

de Pissarra (2008. p.3).

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Figura 1: Interação empresa – clientes - concorrência no Plano de Negócios.

Segundo Pissara (2008, p.3):

Muitas empresas tem sucesso sem possuírem um plano de negócios, mas mesmo nestas situações, a necessidade de efetuar um planejamento torna-se evidente nos períodos de pior desempenho, quando as vendas estagnam, os resultados caem ou os concorrentes lançam produtos bastante inovadores. Apenas a preparação atempada de planos de negócios possibilita à empresa alcançar o sucesso com consistência e regularidade.

Verifica-se então que a maior importância de um Plano de Negócios é

fazer com que o empreendedor possa estar interagindo com o mercado em

que vai atuar de forma a criar vantagens competitivas em relação à

concorrência, de forma a tentar agregar uma maior quantidade de clientes e

fazer com que o seu negócio cresça e consiga sobreviver.

Para Dornelas (2003, p. 3):

[...] Outro paradigma que precisa ser quebrado é o fato de achar-se que o plano de negócios depois de feito pode ser esquecido. Este é um erro imperdoável e as consequências serão mostradas pelo mercado que está em constante mutação. A concorrência muda, o mercado muda, as pessoas mudam. E o plano de negócios, sendo uma ferramenta de planejamento que trata especialmente de pessoas, oportunidades, do contexto e mercado, riscos e retornos

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também muda. O plano de negócios é uma ferramenta dinâmica e deve ser atualizado constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico.

Para isso é necessário que o empreendedor entenda quais são os

objetivos de um plano de negócios.

2.1 – OBJETIVOS DE UM PLANO DE NEGÓCIOS

O valor principal de um Plano de Negócios está na capacidade de

agregar os esforços do empreendedor para a definição do futuro de seu

empreendimento. O processo de elaboração do Plano de Negócios contribui

para incentivar o espirito empreendedor do responsável pela organização a

criar condições e encontrar novas alternativas de crescimento do seu negócio.

Um bom Plano de Negócios tem como objetivos principais:

• Promover o pensamento estratégico na empresa;

• Estruturar o processo de planejamento;

• Melhorar a comunicação interna e externa;

• Facilitar a coordenação das atividades;

• Criar mecanismos adequados de controle das atividades;

• Fortalecer a motivação de todos os membros da organização.

Cada um desses objetivos desempenha papel fundamental na

promoção de vários interesses da organização. Vamos estudar individualmente

os objetivos de forma a ter uma idéia de qual a funcionalidade de cada um.

2.1.1 – Pensamento Estratégico

Um Plano de Negócio deve incentivar o empreendedor e/ou seus

sócios a pensar de maneira estratégica, a distinguir as variáveis que são

responsáveis pelo sucesso daquelas que tem apenas impacto menor nas

atividades da organização, e a compreender a influência da estratégia na

estrutura e na gestão funcional. Sendo assim, o processo de criação do Plano

de Negócio se transforma em um precioso exercício de aprendizagem

estratégica organizacional.

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2.1.2 – Planejamento

A criação de um Plano de Negócio é, por definição, um processo de

planejamento, com a particularidade de reunir em um só documento fatores

estratégicos e operacionais. Serve ainda de base para outros planos

complementares de natureza mais detalhada e com prazos mais reduzidos

como por exemplo o orçamento anual da empresa.

Tzu apud Pinheiro (2009, p.7)

Se você se conhece e ao inimigo, não precisa temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória teremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo sucumbiremos em todas as batalhas.

Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos

três fatores críticos que podem ser destacados:

• Toda a empresa necessita de um planejamento do seu negócio para

poder gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes

e para seus parceiros, sejam eles fornecedores ou colaboradores;

• Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos

financeiros necessita de um Plano de Negócios da empresa requisitante

para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio e;

• Poucos empresários sabem como escrever um Plano de Negócios. A

maioria destes é composta de micros e pequenos empresários, os quais

não tem conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de

caixa, ponto de equilíbrio e projeções do faturamento. Quando

entendem o conceito, geralmente não conseguem coloca-lo

objetivamente dentro do Plano de Negócios.

Ou seja, o planejamento é de extrema importância para que você se

conheça e também ao seu concorrente para que possa criar o diferencial

competitivo que levará o seu negócio à frente através do Plano de Negócio.

2.1.3 – Comunicação

Um bom Plano de Negócios deve também contribuir para reforçar a

comunicação interna na organização, tanto nos níveis superiores como nos

inferiores de forma a fazer com que a informação flua de maneira correta

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dentro da mesma. Um bom Plano de Negócio utilizado como referência básica

em reuniões cria condições para os temas serem debatida em uma perspectiva

mais ampla e compartilhada por toda a organização.

2.1.4 – Controle

Serve para identificar com clareza os objetivos da empresa, o Plano de

Negócio pode e deve ser utilizado como documento de controle, já que com a

sua criação o empreendedor terá como ter as informações do mercado em que

atua e as informações internas de seu empreendimento sob seu comando de

forma a utilizá-las para o seu crescimento e obtenção de vantagens

competitivas em seu produto/serviço, para que possa estar sempre um passo a

frente em relação ao seu concorrente.

Para Chiavenato (2003, p.635) controle é “a função administrativa que

consiste em medir o desempenho a fim de assegurar que os objetivos

organizacionais e os planos estabelecidos sejam realizados”.

2.1.5 – Coordenação

O Plano de Negócios desempenha uma importante função de

coordenar todas as áreas da organização, gerando um processo de discussão

e de soluções de compromisso tem por vezes valor superior a própria

concepção do documento final.

2.1.6 – Motivação

O Plano de Negócios tem importante função motivacional para a ação

de incentivo à concretização dos objetivos propostos pelo empreendedor. É

necessário que o responsável pelo empreendimento (dono da empresa) tenha

motivação de lançar o empreendimento depois de pesquisas feitas através do

plano.

Gonçalves (2003, p.1) diz que motivação é “um conjunto de fatores

psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou

afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo”.

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Além dos objetivos acima descritas, o Plano de Negócios deve

apresentar 3 (três) características fundamentais, sendo elas:

• Utilidade Prática -> Um Plano de Negócios é primeiramente uma

ferramenta de trabalho, por isso deve ser um documento

sintético e facilmente compreensível para seus leitores. Mais

importante que a riqueza de conceitos é a sua capacidade de

transmitir as orientações da gestão aos colaboradores da

organização.

• Qualidade -> A qualidade do Plano de Negócios é mais relevante

que a quantidade de páginas, a preocupação com a qualidade

deve estar sempre presente, tanto na redação como na

concepção do conteúdo.

• Integração -> Um Plano de Negócio deve explicitar a relação

entre a estratégia, estrutura e politica funcionais de marketing,

pesquisa e desenvolvimento, produção, recursos humanos e

finanças. Os mecanismos de controle de gestão devem ser

identificados e descritos no Plano de Negócios.

Para Samirra (2008, p.7) a visão das características de um Plano de

Negócios conforme gráfico abaixo:

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Figura 2: Características do Plano de Negócios.

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CAPÍTULO III

A Importância do Plano de Negócios para as Pequenas e Micro Empresas.

Neste capítulo estudaremos a importância de um Plano de Negócios

para as pequenas e Micros empresas, mas antes precisamos definir o que se

trata e como se diferenciam a micro da pequena empresa.

3.1 – Definição de Micro e Pequena Empresa.

Conforme lei complementar 123 de 14 de dezembro de 2006 em seu

artigo 3º informa que a micro empresa é aquela em que tem faturamento bruto

anual no valor de até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e como

pequena empresa é aquela que tem faturamento bruto superior a R$

240.000,00 e inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil

reais). Considera-se como faturamento bruto o produto da venda de bens e

serviços nas operações das empresas não incluídas as vendas canceladas e

os descontos incondicionais concedidos. Estas empresas dependendo do

segmento em que atuam, podem estar aderindo ao Imposto Simples (Sistema

Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Micro empresas e

Empresas de Pequeno Porte), possuindo legislação própria.

Existe ainda outra metodologia para a diferenciação das micro e

pequenas empresas que são pela quantidade de colaboradores inseridos nos

quadros de funcionários. Para Chiavenato (2004) as micro empresas no ramo

industrial possui até 19 colaboradores, no ramo de comércio e serviço até 09

colaboradores. Já as pequenas empresas no ramo das indústrias a quantidade

de colaboradores varia de 20 a 99 e nas áreas de comércio e serviço, esse

número passa para entre 10 e 49 colaboradores.

Pesquisas realizadas pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as

Pequenas e Micro Empresas) no ano de 2009 mostram que o total de

empresas legalizadas no Brasil é de aproximadamente 7,43 milhões e que no

Estado do Rio de Janeiro esse total é de 510 mil dividias entre os setores da

indústria, do Comércio, Serviços e Agropecuarias. Isso significa que

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aproximadamente 7% dessas empresas estão localizadas no Estado do Rio de

Janeiro.

As micro e pequenas empresas em conjunto representam 99% do total

de empresas no Brasil, no Estado do Rio de Janeiro esse número chega

98,4%. As grandes empresas são apenas 0,5% do total no país e no Rio tem-

se um percentual de 0,7% das empresas.

Tabela 2:Tabela de Distribuição das empresas por porte

Abaixo, mostraremos os gráficos que demonstram os resultados

informados nessa pesquisa.

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Gráfico: Porcentual de Empresas por Porte no Brasil e no Rio de

janeiro

Fonte: SEBRAE 2009

Já em relação a criação de empregos, foi verificada nessa pesquisa

que as micro e pequenas empresas são responsaveis pela criação da maiorias

das vagas de empregos formais no país. No ano de 2009 (ano em que foi

realizada a pesquisa) representaram 40,01% do total das vagas criadas no

Brasil e 37,44% do total no Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa informa

também que essas vagas são divididas basicamente nos setores da indústria,

construção civil, comércio e serviços.

Conforme o IBGE (2003, p.15):

Uma importante contribuição das micro e pequenas empresas no crescimento e desenvolvimento do País é a de servirem de “colchão” amortecedor do desemprego. Constituem uma alternativa de ocupação para uma pequena parcela da população que tem condição de desenvolver seu próprio negócio, e em uma alternativa de emprego formal e informal, para uma grande parcela da força de

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trabalho excedente, em geral com pouca qualificação, que não encontra emprego nas empresas de maior porte,

As micro e pequenas empresas que conseguem sobreviver no Brasil

são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas destinadas a

combater os problemas sociais, entre elas a criação de empregos, conforme

pesquisa SEBRAE.

Alem das exigencias legais citadas acima existem diversas formas de

se estabelecer o que sejam empresas de pequeno porte.

Para Bensadon apud Silva e Sobral (2003, p.3):

O que caracteriza de forma especial as microempresas e empresas de pequeno porte são os seus recursos muito limitados e a exigencia fundamental de que o proprietário-gerente administre e mantenha controle total sobre todos os aspectos da empresa.

3.2 – Fatores Condicionantes para a mortalidade das micro e pequenas

empresas no Brasil.

Já é sabido que as micro e pequenas empresas crescem muito e que

são as responsaveis pela geração de emprego e renda no país, porem

conforme pesquisas feitas pelo SEBRAE (2004) 31% dessas empresas não

ultrapassam o primeiro ano de vida.

Para Bensadon apud Silva e Sobral (2003) diz que existe uma

quantidade de itens que geralmente são tidos como responsáveis pelo

fracasso das micro e pequenas empresas, tais como:

• Má administração, com destaque para a falta de planejamento e a

falta de competência da gerência e da falta de conhecimento

prático no ramo escolhido;

• Planos econômicos e economias alternantes;

• Alta concorrência;

• Desinformação, falta de conhecimento e atualização;

• Acesso restrito as fontes de informação;

• Falta de dedicação total ao negócio;

• Industrialização tardia;

• Dificuldade de acesso ao crédito e baixo investimento;

• Elevadas obrigações tributárias e jurídicas;

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• Falta de qualificação de mão de obra.

Conforme pesquisa feita pelo SEBRAE (1999) os principais problemas

encontrados pelas pequenas empresas são:

Tabela 3: Principais dificuldades encontradas pelas empresas

Principais dificuldades

encontradas pelas

empresas

Ativas (%) Extintas (%)

Falta de Capital de Giro 46 48

Problemas Financeiros 26 41

Carga Tributária Elevada 39 33

Recessão Economica no

País

45 28

Falta de Clientes 21 21

Concorrencia Muito Forte 23 10

Fonte: SEBRAE, 1999.

Nesta pesquisa além de outros itens, foi pesquisado quais os motivos

que levaram os proprietários ao fechamento de suas empresas. A pergunta foi

feita de maneira aberta, ou seja, poderia haver várias respostas diferentes. As

respostas dadas foram as seguintes:

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Tabela 4: Motivos que levaram o proprietário ao fechamento de

sua empresa.

Motivo Empresas Extintas (%)

Falta de Capital de Giro 26,3

Falta de Clientes 21,1

Carga tributária elevada 17,5

Recessão econômica no país 14,0

Maus pagadores 12,3

Concorrência muito forte 10,5

Problemas financeiros 8,8

Falta de crédito 7,0

Ponto inadequado 5,3

Falta de mão-de-obra qualificada 5,3

Instalações inadequadas 3,5

Falta de conhecimentos gerenciais 3,5

Outros 28,1

Fonte: SEBRAE, 1999.

Segundo Chiavenato (2004, p.12) “nos novos negócios a mortalidade

prematura é elevadissima, pois os riscos são inumeros e os perigos não

faltam”.

Diante disso Chiavenato aponta as principais causas de falhas nos

negócios:

• Fatores Economicos -> Os fatores economicos são responsáveis

por 72% de falhas nos negócios e eles ocorrem em sua maioria

das vezes pelos motivos: Incompetência do empreendedor; falta

de experiência de campo; falta de experiência gerencial e

experiência desequilibrada.

• Inexperiência -> Esse item para Chiavenato é responsável por

20% dessas falhas e seus motivos principais são: Lucros

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insuficientes; juros elevados; perda de mercado; mercado

consumidor restrito e nenhuma visibilidade futura.

• Vendas Insuficientes -> São responsáveis por 11% das falhas

mais comuns cometidos pelos empreendedores e os motivos

mais verificados são: Fraca competitividade; recesão

econômica; vendas insuficientes; dificuldades de estoque;

localização inadequada.

• Despesas Excessivas -> Tratam de 8% das falhas e são divididas

em: Dívidas e cargas demasiadas e despesas operacionais

elevadas.

• Outras Causas -> Essas outras causas são: Negligência; capital

insuficiente; clientes insatisfeitos; fraudes e ativos insuficientes.

Esses itens representam apenas 3% das falhas mais comuns

para o mal andamento do negócio.

A mortalidade das micro e pequenas empresas pode ser atribuida aos

seguintes fatores:

• Falta de experiência no ramo dos negócios e principalmente no

ramo em que o empreendimento será criado, já que a falta de

conhecimento gera incompetência administrativa e incapacidade

de assumir riscos;

• O chamado efeito sanduiche onde essas pequenas e micro

empresas compram geralmente seus produtos de grandes

incorporações e vendem os mesmos também para grandes

empresas , dessa forma os preços acabam sendo influenciados

pelo fornecedor como também pelo comprador, ou seja, o micro

empreendedor geralmente tem um baixo poder de barganha

com o mercado;

• Uma legislação tributária elevada;

• Baixo volume de crédito e de financiamento;

• Mao de obra desqualificada; entre outros.

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Conforme SEBRAE apud Pinheiro (2006, p.10):

[...] as causas da alta mortalidade das empresas no Brasil estão

fortemente relacionadas, em primeiro lugar, a falhas gerenciais na

condução dos neócios, seguida de causas economicas conjunturais e

tributação. As falhas gerenciais, por sua vez, podem ser relacionadas

à falta de planejamento na abertura do negócio, levando o empresário

a não avaliar de forma correta, previamente, dados importantes para

o sucesso do empreendimento, como a existência da concorrência

nas proximidades do ponto escolhido, a presença potencial de

consumidores, dentre outros fatores.

Degen apud Junior (2010) observou que a falta de conhecimento e

habilidades administrativas, mercadológicas, financeiras e tecnológicas são

principais razões para o insucesso empresarial. Sendo razões mais

importantes: Insuficiência de disponibilidade de capital para iniciar o negócio;

Problemas de qualidade de produto; Localização errada; Erros gerenciais no

desenvolvimento do negócio; Capitalização excessiva em ativos fixos;

Inadimplência de credores; Ineficiência de marketing e vendas; Excessiva

centralização gerencial do empreendedor; Crescimento mal planejado; Atitude

errada do empreendedor para com o negócio; Erro na avaliação da reação do

concorrente; Rápida obsolescência do produto; Abordagem incorreta de

vendas; Problemas de produção do produto; Escolha do momento errado para

iniciar o empreendimento; Falta ou erros de planejamento do empreendimento,

como na projeção de vendas, de custos e do fluxo de caixa.

3.3 – A importância do Plano de Negócios para as Micro e Pequenas

Empresas

Como já foi verificado ao longo desse trabalho, muitos são os

problemas e dificuldades enfrentadas pelas micro e pequenas empresas

quando as mesmas são abertas sem o devido planejamento necessário, já que

o empreendedor geralmente utiliza uma visão não ampla do empreendimento e

acaba na maioria das vezes conforme informações do SEBRAE fechando sua

empresa antes dos dois primeiros anos de vida.

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Conforme Dorneles apud Silva e Sobral (2003, p.13)

Existe uma importante ação que somente o prórprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto é notório a falta de cultura de planejamento do brasileiro que por outro lado é sempre admirado pela sua criatividade e persistencia.

Não basta somente ter um sonho, temos que tornar esse sonho em

atividades mensuráveis, reais e concretas e para que possamos ter essas

atitudes podemos utilizar o plano de negócios como uma ferramenta de gestão

eficaz e eficiente de forma a minimizar os possíveis problemas e maximizando

a possibilidade de uma gestão mais segura, onde com isso você aumenta a

probabilidade de sucesso e de geração de lucros para o empreendedor e para

a sociedade.

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CONCLUSÃO

Diante do que foi abrangido nesse trabalho, pode se concluir que o

sucesso de qualquer empreendimento está diretamente vinculado a um bom

planejamento, bem como também da capacidade do novo empresário de saber

enfrentar e superar os possíveis obstáculos que com certeza se apresentarão

ao longo da vida empresarial.

Verifica-se que esse tipo de empresa (micro e pequenas) são

responsáveis pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil, já que a

maioria dos empregos são criados por esses organismos, fazendo com que a

economia nacional possa girar mais facilmente com a geração de renda

provisionadas por esses postos de trabalhos gerados.

Apesar da alta taxa de desemprego no país, a solução nem sempre é

a abertura de um novo negócio, principalmente se este não foi adequadamente

planejado. Muitos desses desempregados se jogam no mercado sem nenhum

tipo de preparo, na aventura de montar um negócio próprio, como o sonho de

independência financeira. A maioria dessas micro e pequenas empresas

fecham suas atividades por não contarem com o auxilio de uma ferramenta

que poderia prever os principais problemas em que o empreendedor esbarra

para o desenvolvimento de seu negócio, conhecendo então a cruel realidade

do mercado em que atuam, já que na maioria das vezes esses

empreendedores não se encontram preparados para a inserção nesse

mercado.

A partir da identificação dos problemas principais enfrentados pelas

micro e pequenas empresas, os quais vêm contribuindo para os altos índices

de mortalidade das mesmas, foi possível fazer uma associação com a

estrutura de um plano de negócio, que se trata de uma ferramenta eficaz e

poderosa de gestão comercial capaz de fornecer dados não só ao

empreendedor como também aos Stakeholders envolvidos com a organização,

contribuindo assim com a formação de uma base extremamente firme, sólida e

segura para a organização.

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O Plano de Negócios comtempla todos os quesitos apontados como

fatores de insucesso empresarial, sendo importante frisar que mesmo com a

importância de algumas partes (tópicos) do plano, o empreendedor deve se

preocupar com a integralidade do plano de negócios, não desprezando

nenhum tópico.

Fica claro então que se o empreendedor não for capaz de se organizar

e planejar seu futuro, a possibilidade de o mesmo ser engolido pelo mercado e

que seu tão sonhado negócio quebre é muito grande. Para que isso não ocorra

se faz necessário a implementação de uma ferramenta que possa fazer com

que esse novo empresário possa se resguardar de todos os possíveis

problemas encontrados pelo caminho, essa ferramenta se chama Plano de

Negócios onde segundo Nigri (2005) é uma das ferramentas mais importantes

para o empresário, devendo ser escrito a lápis, pois deve ser frequentemente

ajustado.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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42

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Plano de Negócios – O que é e para

que se utiliza. 10

1.1– Sumário Executivo. 11

1.2 - Resumo da Empresa. 12

1.3 – Produtos e Serviços. 13

1.4 – Análise do Mercado. 13

1.5 – Estratégia do Negócio. 14

1.6 – Organização e Gerência do Negócio. 15

1.7 – Planejamento Financeiro. 16

1.8 – O Plano de Negócio como Ferramenta de Gestão. 18

CAPÍTULO II - Qual a importância de um Plano de

Negócios para as empresas. 20

2.1 – OBJETIVOS DE UM PLANO DE NEGÓCIOS 24

2.1.1 – Pensamento Estratégico 24

2.1.2 – Planejamento 25

2.1.3 – Comunicação 25

2.1.4 – Controle 26

2.1.5 – Coordenação 26

2.1.6 – Motivação 26

CAPÍTULO III - A Importância do Plano de

Negócios para as Pequenas e Micro Empresas. 29

3.1 – Definição de Micro e Pequena Empresa. 29

3.2 – Fatores Condicionantes para a mortalidade

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43

das micro e pequenas empresas no Brasil. 32

3.3 – A importância do Plano de Negócios para

as Micro e Pequenas Empresas 36

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

ÍNDICE 42

FOLHA DE AVALIAÇÃO 44

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: