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Universidade Comunitária da Região de ChapecóCurso de PsicologiaPsicologia e EducaçãoProf. Silvia Maria Alves de Almeida
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃODA SOCIEDADE PRIMITIVA A
MODERNA
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Questões problematizadoras
Em que contexto a educação de crianças, jovens e adultos se constitui no transcorrer da história?
Como as instituições de educação se organizam para atender a essa população em cada contexto social?
Quais os objetivos e funções destas instituições na formação das subjetividades, considerando estes contextos sociais?
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Educação na Sociedade Primitiva Modo de produção – homem mantinha contato direto
com a natureza e se apropriava dos bens desta;
O que era produzido em comum era repartido com todos e imediatamente consumido, limitação dos instrumentos de trabalho não possibilitavam acumulação de bens e produtos;
Coletividade pequena, assentada sobre a propriedade comum da terra e unida por laços de sangue, seus membros eram indivíduos livres, com direitos iguais;
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Educação na Sociedade Primitiva Ensino era para a vida e por meio da vida, as
crianças se educavam tomando parte nas funções da coletividade;
As crianças acompanhavam os adultos em todos seus trabalhos, sua educação não estava confiada a ninguém em especial, e sim a vigilância difusa do ambiente;
O aparecimento das classes sociais teve provavelmente uma dupla origem: o escasso rendimento do trabalho humano e a substituição da propriedade comum pela propriedade privada;
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Educação na Sociedade Primitiva As modificações na técnica (domesticação de animais
e o seu emprego na agricultura) de trabalho modificou a produção e o aumento de produtos, que possibilitou a troca entre outras comunidades;
Divisão entre os “organizadores” e “executores” reflete na educação, a qual passa a ser diferente para esses grupos na medida em que define os rituais, as crenças e técnicas que cada membro da tribo deveria receber;
Surge então o Estado, instituição que vai legitimar e perpetuar a divisão em classes
A escola nasceu na passagem do modo de produção primitivo para o escravista
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Educação na Antiguidade Roma e Grécia – sociedades escravistas
Trabalho manual é desvalorizado e o intelectual constitui privilégio da aristocracia (nobreza)
Comércio era reduzido e a técnica se resumia na força humana, a partir do séc. V a.C as exigências de um comércio mais produtivo trouxe duas inovações: a moeda que facilitou a troca e o aperfeiçoamento da navegação, que permitiu o enriquecimento da nobreza;
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Educação na Antiguidade
Primeiros tempos quando não existia a escrita, a educação era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa.
Aparecimento da aristocracia (senhores de terras) os jovens eram confiados a preceptores.
Começam a aparecer as primeiras escolas
Palavra grega para escola (scholé) significa inicialmente “o lugar do ócio”.
O ócio digno significou a disponibilidade de gozar do tempo livre, privilégio daqueles que não precisam se preocupar com a subsistência
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Educação na Antiguidade A escola nasceu com as desigualdades e a divisão de
funções sociais na sociedade.
Surge o professor com o papel de conduzir a criança para a idade adulta, através de rituais de iniciação, cerimônias religiosas, do ensino de habilidades manuais, da expressão corporal e do desenvolvimento das artes e da cultura. (Gadotti, p.76)
A Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia, a palavra paidagogos significa aquele que conduz a criança, o escravo que acompanha a criança a escola.
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Educação na Antiguidade A escola era reservada aos homens livres, que
se formam para ser orador (defender seus direitos) e não escravos.
O grau de consciência de si mesmos que os gregos atingiram não ocorrera até então em lugar algum. A nova concepção de cultura e do lugar ocupado pelo indivíduo na sociedade repercute no ensino e nas teorias educacionais. (Ponce, p.49)
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Educação na Antiguidade
Tempos Homéricos (XII a.C e VIII a.C) – a criança nobre permanece em casa até os sete anos, quando é enviada aos palácios de outros nobres a fim de aprender o ideal cavalheiresco. São contratados preceptores que dão uma formação integral, baseada no afeto e no exemplo.
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Educação do Homem Feudal ao Renascimento Até o séc X, o escravismo (modo de produção
da Antiguidade greco-romana) vai cedendo espaço para o feudalismo
Com a insegurança advinda das invasões bárbaras e a expansão mulçumana, as cidades se despovoam, desencadeia um processo de ruralização
Sociedade agrária, aristocrática, comércio restrito, quase desaparecimento da moeda
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Educação do Homem Feudal ao Renascimento A condição social dos homens é determinada
pela sua relação com a terra, os proprietários (nobreza e clero) tem poder e liberdade. Os servos prestam serviços aos senhores feudais
A igreja é detentora do poder e saber
Os parâmetros de educação na Idade Média se fundam na concepção de homem como criatura divina, que deve cuidar da salvação da alma e da vida eterna
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Educação do Homem Feudal ao Renascimento A Igreja viu na escola um meio de difusão de seus ideais,
dominou o Estado, o qual tornou-se dirigente, organizador da sociedade em torno de uma única religião
A Igreja retirou a educação das ruas e a jogou para um recinto fechado, sagrado, onde a palavra era policiada pelo Sumo Pontífice, o papa
A Igreja havia montado um sistema de escolas paroquiais e catedrais para a formação básica e catequética. Já as escolas monásticas destinavam-se a formação do clérigo, tiveram importante papel na preservação da cultura greco-latina
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Educação do Homem Feudal ao Renascimento As origens da nova classe social que começou a se
formar durante a Idade Média se deu pelas transformações econômicas que abalam o feudalismo
Século XI, o comércio ressurge, as moedas voltam a circular, os negociantes formam ligas de proteção.... as cidades crescem e começam as lutas contra os senhores feudais
A Renascença européia é o período compreendido entre os séc XV e XVI e representa a retomada dos valores greco-romanos, conhecido como humanismo, significa a procura de uma imagem de homem e da cultura em contraposição a concepção teológica da Idade Média
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Educação do Homem Feudal ao Renascimento Renascimento é o período das grandes
invenções e viagens ultramarinas, decorrentes da ampliação dos negócios e enriquecimento da burguesia
A crise maior da Igreja se dá no século XVI com a Reforma Protestante, contrariando as restrições feitas pelos católicos aos negócios e a condenação aos empréstimos a juros
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Educação do Homem Feudal ao Renascimento Enquanto os homens ricos ou de alta nobreza
continuam a ser educado por preceptores em seus próprios castelos, a pequena nobreza e a burguesia querem educar seus filhos e os encaminham para a escola, na esperança de melhor prepará-los para a liderança e a administração da política e dos negócios. Já os segmentos populares, não tem seus interesses pela educação levados em conta (Aranha, p.90)
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Educação do Homem Burguês Século XVII ainda persistem as contradições
decorrentes do processo de decomposição da ordem feudal e da ascensão da burguesia
Modo de pensar burguês instaurou a ideia de progresso e de que tudo deve ser comprovado e verificado, não deve ser aceito dogmas
Intérprete das ideias políticas liberais, John Locke (1632-1704), liberalismo enquanto expressão dos anseios da burguesia, defende o direito a iniciativa privada
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Educação do Homem Burguês Transformações na ciência vão influenciar em
outros setores da sociedade, há uma busca pelo método e a razão, explicações dadas a realidade partem da experiência e do método científico
Efetivamente o monopólio do ensino ainda pertence a Companhia de Jesus, que entra no século XVIII com mais de 600 colégios espalhados pelo mundo com base na escolástica
Lutero foi o primeiro a se preocupar com a escola pública
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Educação do Homem Burguês ... É preciso reconhecer, está nascendo a escola
tradicional como passaremos a conhecê-la a partir do século XIX
Em 1750 com a entrada da máquina a vapor nas fábricas inicio da Revolução Industrial, que altera a visão de homem e de mundo
Século XVIII explodem as revoluções burguesas, as ideias liberais de Locke se espalham pela Europa
Revolução Francesa (1789) defende os princípios de “igualdade, liberdade e fraternidade”, contra os privilégios hereditários da nobreza, os burgueses propõem a igualdade de direitos e oportunidades
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Educação do Homem Burguês Século XVIII é conhecido como século das Luzes,
do Iluminismo – significa o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo
O Iluminismo é um período de reflexão pedagógica, um aspecto marcante está no esforço para tornar a escola leiga e função do Estado
Apesar dos projetos de estender a educação a todos os cidadãos, prevalece a diferença de ensino, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia
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Educação do Homem Burguês Para a doutrina liberal o talento e a capacidade
não são iguais, e portanto os homens não são também iguais em riqueza
A escola que conhecemos hoje é, portanto, produto dos séculos XVIII e XIX, período em que aparece a ideia da necessidade de educação pública e obrigatória para todas as pessoas
A escola se propõe o objetivo de preparar os indivíduos para a vida em sociedade ao mesmo tempo que desenvolve suas aptidões pessoais.
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Referências ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação.
São Paulo: Moderna, 1996.
BELLO, José Luiz de Paiva. Educação no Brasil: a História das rupturas. Pedagogia em foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb14.pdf
GADOTTI, Moacir. Organização do Trabalho na Escola. São Paulo: Ática, 1993.
PONCE, Anibal. Educação e Luta de Classes. 9ed. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1989.