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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA JAISON PACHECO FRANCISCO YURI PRUDÊNCIO RAFAEL AVALIAÇÃO DA CRONOBIOLOGIA NAS PACIENTES MENOPÁUSICAS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO CAMINHAR COM A UNISUL Tubarão, 2008

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

JAISON PACHECO FRANCISCO

YURI PRUDÊNCIO RAFAEL

AVALIAÇÃO DA CRONOBIOLOGIA NAS PACIENTES MENOPÁUSICAS

PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO CAMINHAR COM A UNISUL

Tubarão,

2008

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JAISON PACHECO FRANCISCO

YURI PRUDÊNCIO RAFAEL

AVALIAÇÃO DA CRONOBIOLOGIA NAS PACIENTES MENOPÁUSICAS

PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO CAMINHAR COM A UNISUL

Este trabalho de conclusão de curso foi apresentado ao curso de Fisioterapia como requisito à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Universidade do Sul de Santa Catarina

Orientador Prof. Msc. Ralph Fernando Rosas

Tubarão,

2008

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RESUMO

Com o passar do tempo, as pessoas com idade elevada, precisam de uma supervisão

maior para realizar as suas atividades de vida diárias (AVD´s). Com isso, o estudo da

cronobiologia ajuda-nos a diferenciar pessoas que preferem realizar suas atividades de manhã,

que são os matutinos, dormem cedo e acordam cedo, com as que preferem realizar suas

atividades a tarde e a noite, que são os vespertinos, dormem tarde e acordam tarde. Sabendo

disso é possível prescrever um horário que o paciente esteja mais apto para realizar suas

atividades de vida diária. O presente estudo tem como objetivo geral comparar aspectos

cronobiológicos em participantes do Projeto de Extensão Caminhar com a Unisul, obtendo

dados no teste de flexibilidade, teste caminhada de 6 minutos e manuvacuômetro em dois

horários do dia, às 8 horas e 18 horas. A amostra é composta por mulheres pós-menopáusicas,

matutinas (moderadamente ou definitivamente, segundo Horne e Osteberg, 1976), que já

participam do projeto há mais de 6 meses. Foi utilizado o teste de Wilcoxon para amostras

independentes, com significância igual a 5% (p=0,05). Os resultados obtidos com o teste foi

que não há diferença significante (p > 0,05) para flexibilidade, teste de caminhada e pressão

inspiratória máxima entre os períodos estudados para nenhuma das mulheres, o nos indica que

não há relação entre a cronobiologia e flexibilidade em diferentes horários para o grupo

estudado.

Palavras-chaves: Cronobiologia, Flexibilidade, Manuvacuômetro, Menopáusicas.

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ABSTRACT

Over time, people with high age, they need a greater oversight in their activities of

daily living (ADL's). With this, the study of Chronobiology helps us to differentiate between

people who prefer to conduct their activities in the morning, who are the morning, sleep early

and quickly agree with those who prefer to conduct their activities in the afternoon and

evening, which are the evening, sleep and agree late afternoon. Knowing it is possible to

prescribe a time that the patient is more able to perform their daily activities. This study aims

to compare general chronobiological aspects of participating in Project Extended Walking

with Unisul, obtaining data on the test of flexibility, test, 6 minute walk and manuvacuômetro

in two hours of the day, 8 hours and 18 hours. The sample is composed of postmenopausal

women, matutinas (moderately or permanently, according to Horne and Osteberg, 1976),

already in the project for more than 6 months. We used the Wilcoxon test for independent

samples, with significance equal to 5% (p = 0.05). The results with the test was that there was

no significant difference (p> 0.05) for flexibility, the walking test and maximal inspiratory

pressure between the periods studied for any of the women, the shows us that there is no

relationship between the Chronobiology and flexibility at different times for the group.

Key words: Chronobiology, Flexibility, Manuvacuômetro, menopause.

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JAISON PACHECO FRANCISCO

YURI PRUDÊNCIO RAFAEL

AVALIAÇÃO DA CRONOBIOLOGIA NAS PACIENTES MENOPÁUSICAS

PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO CAMINHAR COM A UNISUL

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado á obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Universidade do Sul de Santa Catarina

Tubarão, 21 de novembro de 2008.

____________________________________________

Orientador. Prof. Ralph Fernando Rosas, Msc

Universidade do Sul de Santa Catarina

____________________________________________

Prof ª Rodrigo da Rosa Iop

Universidade do Sul de Santa Catarina

____________________________________________

Graciela Freitas

Universidade do Sul de Santa Catarina

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a toda nossa família que

sempre esteve ao nosso lado e a quem ajudou de

maneira assídua na realização do mesmo.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a nossa família por estarem sempre ao nosso lado nos momentos mais

felizes e tristes.

Agradecemos também ao nosso professor orientador Ralph Fernando Rosas e a todos

que nos ajudaram na conclusão deste trabalho e de nossos anos acadêmicos.

E, finalmente agradecemos a presença de Deus em todo momento de nossas vidas.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores dos testes aplicados para cada mulher nos períodos estudados (8 hs e 18

hs) .................................................................................................................…………………27

Tabela 2 - Valores do teste de caminhada 6 minutos (número de voltas) para cada mulher nos

períodos estudados (8hs e 18 hs).............................…………………………………………..28

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................9

2 CRONOBIOLOGIA ...................................................................................................11

2.1 CRONOBIOLOGIA ..................................................................................................11

2.2 FLEXIBILIDADE .....................................................................................................11

2.2.1 Banco de Wells .......................................................................................................12

2.3 MANUVACUÔMETRO............................................................................................12

2.4 TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS ............................................................14

3 MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................16

3.1 DELINEAMNETO DO ESTUDO .............................................................................16

3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA........................................................................................16

3.3 MATERIAIS..............................................................................................................16

3.4 MÉTODOS................................................................................................................17

3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS .............17

4 RESULTADOS ...........................................................................................................18

5 DISCUSSÃO ...............................................................................................................20

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................22

REFERÊNCIAS ... ........................................................................................................ .23

APÊNDICE ...................................................................................................................25

APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido .....................................25

ANEXO ..........................................................................................................................27

ANEXO A – CLASSIFICAÇÃO DE HORNE E OSTERG..............................................27

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1 INTRODUÇÃO

Com o passar do tempo, as pessoas com idade elevada, precisam de uma

supervisão maior para realizar as suas atividades de vida diárias (AVD´s). Com isso, o estudo

da cronobiologia ajuda-nos a diferenciar pessoas que preferem realizar suas atividades de

manhã, que são os matutinos, dormem cedo e acordam cedo, com as que preferem realizar

suas atividades à tarde e a noite, que são os vespertinos, dormem tarde e acordam tarde.

Uma das maneiras mais viáveis e saudáveis para o idoso realizar atividades extra-

diárias é a pratica de atividade física, sendo todo movimento corporal voluntário humano,

resultante num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade do

cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento inerente ao ser humano com

características biológicas e sócio-culturais. Sendo considerado um realizador de atividade

física todo aquele indivíduo que pratica dois ou mais exercícios físicos durante a semana.

Um exemplo clássico de atividade física é a caminhada que é o exercício mais

adequado para os idosos, devido regular a diabete, diminui a obesidade, controla o colesterol e

regula a pressão arterial, ela também faz com que a capacidade pulmonar aumente,

melhorando as trocas gasosas e o consumo de oxigênio. Com todas essas positivas melhoras,

é obvio e preciso, salientar que há uma grande evolução nas realizações das AVD´s e

qualidade de vida.

Qualidade de vida foi definida pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização

Mundial de Saúde O.M.S, como “a percepção do individuo de sua posição na vida, no

contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação a seus objetivos,

expectativas padrões e preocupações”1.

As pessoas têm seus horários de preferência para realizar suas atividades. Alguns

se sentem bem acordando cedo e outras mais tarde. Muitos preferem praticar esportes à noite

enquanto outros não se sentem bem em uma hora do dia tão avançada2.

Sabendo desse conhecimento pergunta-se: As mulheres pós-menopáusicas do

Projeto de Extensão Caminhar com a UNISUL têm variáveis fisiológicas com rendimento

maior no horário padrão (18 horas) ou no período da manhã (8 horas)?

A pesquisa caracteriza-se com base na pesquisa descritiva, com correlação de

variáveis sem manipulação da amostra.

O presente estudo tem como objetivo geral comparar aspectos cronobiológicos em

participantes do Projeto de Extensão Caminhar com a Unisul e como objetivo específico

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identificar o cronotipo dos pacientes, verificar a flexibilidade ao longo do dia, verificar o

resultado do teste de caminhada seis minutos, verificar a força muscular respiratória.

O trabalho divide-se em seis capítulos, onde o primeiro é destinado a introdução

da pesquisa, sendo o segundo responsável pelo referencial teórico, o terceiro é destinado a

descrever metodologicamente o estudo, o quarto a demonstrar e analisar estatisticamente os

resultados, o quinto para discussão e o sexto e último capítulo para considerações finais.

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2 ANÁLISE CRONOBIOLOGICA DA FLEXIBILIDADE, MANUVACUÔMETRO E

TESTE DE CAMINHADA 6 MINUTOS.

2.1 CRONOBIOLOGIA

Cronobiologia refere-se ao estudo sistemático das principais características

temporais da matéria viva, em todos os seus níveis e aplicações de organização. Inclui o

estudo de ritmos biológicos como, por exemplo, as oscilações periódicas em variáveis

biológicas e as mudanças associadas ao movimento2,3,4.

A organização temporal compreende a capacidade dos seres vivos de expressarem

seus comportamentos e controlarem suas fisiologias de uma forma recorrente e periódica3.

As pessoas têm seus horários de preferência para realizar suas atividades. Alguns

se sentem bem acordando cedo e outros mais tarde. Esta escolha depende do cronotipo, que

são características particulares de cada indivíduo, que varia de acordo com seu relógio

biológico, desenvolvendo assim, com melhor eficácia e produtividade, suas atividades de vida

diárias2.

Cada indivíduo possui seu cronotipo, ou seja, cada um tem um período do dia em

que terá maior rendimento. Os matutinos preferem realizar as suas atividades pela manhã, os

vespertinos durante a tarde, e os neutros não mostram uma predileção bem definida pela

manhã ou tarde2,4.

2.2 FLEXIBILIDADE

A palavra flexibilidade é derivada do latim flectere ou flexibilis, que significa

“curvar-se”, ou seja, “habilidade de ser curvado, flexível”5.

A flexibilidade é a habilidade para mover uma articulação ou articulações através

de uma ADM livre de dor e sem restrições. Dependendo da extremidade da extensibilidade

dos músculos, que permite que estes cruzem uma articulação para relaxar, alongar e conter

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uma força de alongamento. A artrocinemática da articulação em movimento assim como a

habilidade dos tecidos conectivos periarticulares para deformarem-se afetam a ADM da

articulação e a flexibilidade geral do indivíduo. Geralmente o termo “flexibilidade” é usado

para referir-se mais especificamente á habilidade da unidade musculotendínea para alongar-se

enquanto um segmento corporal ou articulação se move através da ADM6.

Quanto maior a herança genética, maiores serão os índices de flexibilidade iniciais

sendo que o grau de desenvolvimento posterior será menor, ocorrendo o contrário na

população que não é favorecida geneticamente. A flexibilidade pode ser diferente em

articulações bilaterais, entre pessoas da mesma família, este fato é devido a uma lateralidade

das habilidades, pelas situações de trabalho, lazer e fatores como lesão prévia5,7.

A flexibilidade tende a variar com a idade, aumenta durante a infância e até o

princípio da adolescência e depois tende a diminuir pelo aumento de idade ou devido a

inatividade e falta de exercícios de alongamento5,7.

Ainda podemos diferenciar a flexibilidade com relação ao sexo do indivíduo.

Meninas em sua maioria estão mais direcionadas a atividades ao longo de sua vida

relacionadas com a flexibilidade, enquanto os meninos são submetidos predominantemente a

atividades de força5,6,7.

2.2.1 Banco de Wells

O banco de Wells (Wells e Dillon) é utilizado no teste de flexibilidade, para medir

a flexibilidade da parte posterior do tronco e pernas. É uma peça de madeira compensada de

61x20cm, com linhas horizontais desenhadas em intervalos de 1,3cm. Usado para tomada da

medida de flexibilidade. A base da escala é feita de tábua de 27,94cm colocada sobre a borda

com fita métrica para possibilitar a graduação do teste8.

2.2.1.1 Adequação do paciente ao treinamento

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Durante o teste, o indivíduo fica posicionado sentado sobre um colchonete, com os pés

em pleno contato com a face anterior do banco e os membros inferiores com extensão de

joelhos e com os quadris fletidos. Assim, são orientados a mover o escalímetro do banco ao

máximo que conseguissem, realizando uma flexão de tronco. O valor obtido para cada

tentativa é expresso em centímetros (cm)9.

2.3 MANUVACUÔMETRO

O manuvacuômetro é um aparelho que nos permite medir a pressão inspiratória

máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx)10.

É originada da junção de dois conceitos “manômetro” em relação a pressões

positivas e “vacuômetro” em relação às pressões negativas10.

Com o desenvolvimento da fisiologia muscular respiratória, o manuvacuômetro

tornou-se indispensável em várias áreas como a pneumologia e terapia intensiva, uma vez que

ele permita a mensuração da força dos músculos inspiratórios (pressão negativa) e

expiratórios (pressão positiva)10.

Essa mensuração da força dos músculos respiratórios tem uma vasta aplicação:

permite diagnóstico de insuficiência respiratória por falência muscular; possibilita o

diagnóstico precoce da fraqueza em músculos respiratórios, ajudando o médico ou

fisioterapeuta a estabelecer protocolo de treinamento físico geral e em particular da

musculatura respiratória10.

2.3.1 Adequação do paciente ao treinamento

O paciente deve estar mantendo sua freqüência respiratória em 20 movimentos

por minuto pra que seja feito o teste com o manuvacuômetro. Vai utilizar 50% de sua pressão

inspiratória máxima para gerar dentro do orifício do aparelho11

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Em condições ambulatoriais, o indivíduo costuma ser testado na posição sentada,

estando o tronco num ângulo de 90º com as coxas. Alguns autores evitam a posição sentada

quando o indivíduo a ser testado apresenta grande excesso de peso (evidenciado por um

índice de massa corporal igual ou superior a 35kg/m²), mas não justificam tal atitude, nem

esclarecem qual a posição a ser utilizada nesse caso11

Em indivíduos normais, os valores de pressão inspiratória máxima (PImáx) e

Pressão Expiratória máxima (PEmáx) medidos na posição sentada não diferem

significativamente dos alcançados na posição de pé, contudo, tanto em normais como em

obesos, os valores medidos em decúbito dorsal tendem a ser menores que os obtidos nas

posições sentada e de pé11

Como a postura pode influenciar os valores de PEmáx e PImáx, recomenda-se que

mensurações seriadas num dado indivíduo sejam feitas sempre na mesma posição. Devem ser

afrouxadas ou removidas peças de vestuário que possam interferir com os esforços

respiratórios máximos, tais como cintos apertados, faixas elásticas abdominais, cintas e

espartilhos11.

2.4 TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS

O teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) é um método que serve para avaliar

a capacidade funcional, ou seja, a habilidade do paciente para caminhar. Esta habilidade

reflete diretamente na capacidade dele em realizar suas atividades do dia-a-dia. Trata-se de

um método simples, prático e com grande facilidade operacional.

Deve ser realizado em superfície plana e em percurso retilíneo (que deve ser de no

mínimo 25 metros), durante 6 minutos para ser registrada a distância percorrida. Um instrutor

deve acompanhar o paciente, e controlar a saturação de oxigênio (SaO2), freqüência

respiratória (FR), freqüência cardíaca (FC) e grau de dispnéia. O paciente não deve apresentar

contra-indicações ortopédicas, pneumológicas ou cardiológicas à marcha forçada.

O treino com caminhada tem ainda como objetivo auxiliar o bom funcionamento

cardio-respiratório, melhorando o transporte de oxigênio, e contribuindo assim para prevenir,

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reverter ou minimizar disfunções, maximizando a funcionalidade e qualidade de vida dos

pacientes10.

2.4.1 Adequação do paciente ao treinamento

Antes de iniciar o teste de caminhada 6 minutos devem ser coletados dados como:

FC, FR, escore de dispnéia pela escala de Borg, SaO2, monitoração com oximetria de pulso4.

Inicia-se a caminhada com esforço máximo através da estimulação do terapeuta.

Com o auxilio do cronômetro, de 1 em 1 minuto é verificado todos os dados já citados acima

até completar 6 minutos. As mesmas aferições realizadas antes do teste são feitas

imediatamente após o seu término. O teste é encerrado quando o paciente completar 6

minutos propostos inicialmente.

O paciente permanece em repouso até a normalização da SaO2. Determina-se a

distância percorrida, considerando-se satisfatório quando são percorridos 500 metros6.

Algumas indicações para a realização do teste de caminhada 6 minutos6:

• Avaliar e quantificar a SaO2 ao repouso e ao exercício.

• Avaliar o grau de dispnéia.

• Avaliação de disfunção respiratória.

• Verificação da indicação O2 e estabelecimento de níveis adequados para o exercício.

• Avaliação de intervenções terapêuticas.

Algumas contra-indicações para realização do teste de caminhada 6 minutos4:

• Angina instável.

• Hipertensão arterial sistêmica sem controle.

• Embolia pulmonar ou sistêmica recente.

• Infarto do miocárdio recente.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

A pesquisa caracteriza-se com base na pesquisa descritiva, com correlação de

variáveis sem manipulação da amostra. Segundo Leonel e Motta, pesquisa descritiva é

“aquela que analisa, observa, registra e correlaciona aspectos (variáveis) que envolvem fatos

ou fenômenos, sem manipulá-los”. Esta pesquisa tem como característica quantitativa, pois irá

analisar mensurações numéricas. A abordagem quantitativa está preocupada com a

generalização, relacionada com o aspecto da objetividade passível de ser mensurável,

permitindo uma idéia de rigor, precisão e objetividade”12.

A pesquisa terá como procedimento de coleta de dados, um estudo comparativo,

comparando o comportamento de indivíduos em diferentes horários. Leonel e Motta, o

método comparativo “tem como preocupação básica a verificação de semelhança entre

pessoas, padrões de comportamento ou fenômenos, para poder explicar as divergências

constatadas nessa comparação”12.

3.2 POPULAÇÃO / AMOSTRA

A amostra foi constituída por mulheres pós-menopáusicas do Projeto Caminhar

com a Unisul, que já participavam do projeto há mais de 6 meses.

Todas as mulheres foram avaliadas através da aplicação do questionário de HO, e

foram definidas como sendo matutinas moderadas ou definitivas.

Foram excluídas da amostra as tabagistas, etilistas e praticantes de outras

atividades que não seja o projeto ou ainda que não conseguissem realizar, por qualquer

motivo, os testes realizados nesta pesquisa.

3.3 MATERIAIS

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Com a finalidade de fazer cumprir os objetivos gerais e específicos deste estudo,

foram utilizados:

• Questionário de Horne e Osteberg (HO), com perguntas fechadas.

• Escala de Borg para saber o grau de esforço subjetivo percebido.

• Manuvacuômetro da marca GERAR que irá medir a pressão da inspiração e da

expiração, informando a força muscular.

• Banco de Wells.

• Cronômetro da marca MORMAII para cronometrar o teste de caminhada.

3.4 MÉTODOS

Após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade do Sul de

Santa Catarina UNISUL com protocolo número 08.080.4.08.III, foram iniciados os

procedimentos. Inicialmente foi feito um contato com os integrantes do projeto, informando-

os do trabalho.

Os indivíduos que aceitaram, assinaram TCLE e preencheram o questionário HO.

Os pacientes que não atingiram o escore necessário para ser classificado por ter hábitos

preferencialmente matutinos, foi automaticamente excluído da pesquisa.

A coleta dos dados foi realizada às 8 horas e 18 horas no mesmo dia. Em ambos

horários foram realizados os seguintes procedimentos:

1º Medida da flexibilidade com o teste do banco de Wells, com o paciente

realizando o movimento três vezes e utilizando o valor maior para o estudo.

2º Medições com manuvacuômetro.

3° Teste de caminhada de 6 minutos.

3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Os dados coletados foram anotados e avaliados utilizando o teste de Wilcoxon

para amostras independentes, com significância igual a 5% (p<0,05)

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4 RESULTADOS

O cronotipo das mulheres analisadas foi definido como matutino, ou seja, a

preferência para realizar suas atividades cotidianas, neste caso, foi no período das 8 horas.

Os resultados obtidos com o teste de Wilcoxon não apresentaram diferença

significante (p > 0,05) para flexibilidade, teste de caminhada e pressão inspiratória máxima

entre os períodos estudados para nenhuma das mulheres (Quadro1). Já a pressão expiratória

máxima não foi possível aplicar o teste de Wilcoxon, pois em 3 pacientes não teve diferença

na força aplicada no manuvacuômetro, assim os dados foram insuficientes.

Quadro 1: Valores dos testes aplicados para cada mulher nos períodos estudados (8hs e 18 hs).

NOME T.S. L. M.A. M.S. M.C. A.B. PERÍODO 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs

N. VOLTAS 12 10 6 7 8 6,3 5 6,75 9 7,2 6 8,55 T. FLEXIBILIDADE (cm) 49 47 40,5 45 54,5 52 52 50 41 42 37 40

MANUVACUÔMETRO - PIM 80 80 80 50 90 90 20 60 40 90 120 100 PEM 110 110 80 80 100 130 30 70 100 100 90 70

Nos dois horários, a flexibilidade, manteve-se constante para todas as mulheres.

Portanto, não há diferença quando comparadas uma com a outra, mas não quando comparado

os períodos (Gráfico 1).

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20

0

10

20

30

40

50

60

T.S. L. M.A. M.S. M.C. A.B.

Indivíduos analisados

flexi

bilid

ade

(cm

)8 hs

18 hs

Gráfico 1: Valores do teste de flexibilidade (cm) para cada mulher nos períodos estudados (8hs e 18 hs). Para o teste de caminhada 6 minutos, metade dos indivíduos apresentou maior

rendimento, ou seja, maior número de voltas, às 8 horas (Quadro 2).

Quadro 2: Valores do teste de caminhada 6 minutos (número de voltas) para cada mulher nos períodos estudados (8hs e 18 hs).

NOME T.S. L. M.A. M.S. M.C. A.B.

PERÍODO 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs 8 hs 18 hs

N. VOLTAS 12 10 6 7 8 6,3 5 6,75 9 7,2 6 8,55 Apesar de não apresentar diferença significativa para PImáx, algumas mulheres

mostraram-se mais adaptadas a um dos períodos estudados. (Gráfico 2 e 3).

0

20

40

60

80

100

120

140

T.S. L. M.A. M.S. M.C. A.B.

Indivíduos analisados

man

uvac

uôm

etro

(Pim

ax.)

8 hs

18 hs

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Gráfico 2: Valores do manuvacuômetro (PImáx) para cada mulher nos períodos estudados (8hs e 18 hs).

0

20

40

60

80

100

120

140

T.S. L. M.A. M.S. M.C. A.B.

Indivíduos analisados

man

uvac

uôm

etro

(Pem

ax.)

8 hs

18 hs

Gráfico 3: Valores do manuvacuômetro (PEmáx) para cada mulher nos períodos estudados (8hs e 18 hs).

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5 DISCUSSÃO

A idéia de relacionar a cronobiologia com o grupo de caminhada advém da

importância de cada mulher, freqüentadora do projeto, estabelecer o melhor horário para

prática de sua atividade física.

O cronotipo é a preferência temporal para a realização de atividades em

determinados horários, características de cada indivíduo. Algumas pessoas são matutinas,

outras são vespertinas e outras são indiferentes. A pessoa que conhecer seu cronotipo poderá

assim, realizar suas atividades no momento do dia mais apropriado13.

O fato de não haver diferença significativa entre os períodos nos indica que não há

relação entre a cronobiologia e flexibilidade em diferentes horários para o grupo estudado.

Mas se analisar individualmente podemos observar uma diferença de 5 cm a mais de

flexibilidade da mulher L., no período vespertino. De acordo com o questionário HO, L. é

classificada como matutina, mas teve que se adaptar ao período vespertino devido suas

AVD’s. Contrariando Alter, que diz que a maior melhora da flexibilidade encontrava-se no

período matutino, entre as 8h e 12h, corroborando com os achados significativos desta

pesquisa7.

Existem evidências de que a tendência a matutinidade e a vespertinidade é

herdada, e que constitui o cronotipo dos indivíduos, sendo que este não muda apenas com

modificações de nossos hábitos, portanto, não é porque L. tem maior flexibilidade no período

vespertino que ela deixa de ter suas preferências no início do dia14.

Stabille, acrescenta que em relação ao horário preferencial de trabalho dos

funcionários entrevistados, os definidamente matutinos e moderadamente matutinos

escolheram o período da manhã. Os moderadamente vespertinos preferiram os horários da

tarde ou da noite. Os horários escolhidos pelos intermediários variaram entre os três períodos

do dia15.

Em relação ao número de voltas percorrido no teste de caminhada, T.S., M.A. e

M.C. completaram mais voltas no início do dia, o que era previsto com relação as suas

preferências. Este resultado sugere que se a caminhada fosse normalmente praticada no

período matutino a diferença poderia ser maior ainda do que a observada.

Pode-se constatar também que quando o indivíduo consegue realizar suas

atividades no período do seu cronotipo o rendimento acaba sendo maior. Quando o cronotipo

ou tipo cronobiológico encontra-se compatível com o horário de sua atividade laboral, parece

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ajudar os indivíduos na adaptação aos turnos de trabalho. E ressalta que resultados similares já

foram demonstrados, e que pessoas que possuem tipo cronobiológico indiferente, adaptam-se

a qualquer horário e as do tipo vespertino suportam melhor ficarem acordadas de

madrugada16.

Os que dormem e acordam cedo rendem mais no início do dia do que os outros. Os

que preferem dormir e acordar mais tarde atinge maior disposição ao fim do dia. Por isso

provavelmente as mulheres analisadas estão mais dispostas a realizar a caminhada pela

manhã17. Contudo, na amostra não houveram diferenças nas variáveis analisadas no período

matutino e vespertino.

Como todas as variáveis analisadas, a pressão pulmonar também tem picos em

determinados horários do dia, as mulheres L., M.S. e M.C. apresentaram diferenças nos

valores de PIM entre os períodos.

L. teve maior PIM no período matutino, sabemos que os valores da respiração

variam ao longo das 24 h do dia18. Numerosos estudos têm demonstrado um ritmo diurno nos

índices das funções pulmonares. O mais claro exemplo deste fenômeno é a existência de

pacientes com asma que experienciam uma piora noturna da função pulmonar, sintomas

asmáticos, e baixa qualidade do sono, associada à observação de uma variação diurna nas

taxas de mortalidade entre pacientes com asma em que o pico ocorre durante as horas iniciais

da manhã19. É claro que nenhuma das pacientes analisada possuía asma, mais o autor cita uma

piora noturna da função pulmonar corroborando com resultados de L..

Já M.S. e M.C. obtiveram em PIM o maior pico no final do dia, contrariando a

tendência do grupo, que significamente não mostrou esta diferença.

Já na avaliação do PEM, observou-se maior diferença em M.A. e M.S., que

contrariado suas preferências matutinas, obtiveram picos de pressão pulmonar do período

vespertino.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisas sobre cronobiologia são de extrema importância para intervenções da

área da saúde, pois diferenciando as pessoas em matutinas ou vespertinas aumentaremos a

eficácia do tratamento estabelecido para preferência do individuo em realizar suas atividades.

Não foi possível estabelecer resultados significantes nos testes executados em

relação à matutinidade, mais é possível dizer que os resultados para cada indivíduo obtiveram

diferenças individuais, podendo estar prejudicando o trabalho o caso de já realizarem

atividades físicas no período da tarde.

Este estudo não obteve significância em relação ao teste estatístico estabelecido,

mas quando avaliamos cada mulher individualmente foi possível estabelecer uma preferência

para determinados horários.

Mesmo não obtendo resultados significativos a realização deste trabalho foi de

suma importância para o meio acadêmico.

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REFERÊNCIAS

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Biológicas Da Universidade Estadual De Maringá No Ano 2000. Arq. Ciênc. Saúde Unipar 5(3); 227-233, 2001. 16 Campos, Martino. Aspectos cronobiológicos do ciclo vigília-sono e níveis de ansiedade dos enfermeiros nos diferentes turnos de trabalho. Ver. Esc. Enferm. USP 2004; v.38, n. 4, p. 415-21. 17 Mcenany; G. Lee, K. A. Owls, larks and he significance of morningness/eveningness rhythm propensity in psychiatric-mental health nursing. Issues in Mental Health Nursing, v.21, n.2, p.203-216, Março 2000 18 Horne, J. A. Osteberg O. A self-assesment quatinnare to determine morningness/eveningness in humsn circadian rhythms. Int J Chronobiol, v.4, P.97-110,1976.

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APÊNDICE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Título da Pesquisa: “Cronoterapia da flexibilidade”.

Nome da Pesquisadora: Jaison Pacheco Francisco, Yuri Prudêncio Rafael

Nome do Orientador: Prof. Ralph Fernando Rosas.

1 Natureza da pesquisa: o sr está sendo convidado a participar desta pesquisa.

2 Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo a sr permitirá que os pesquisadores

a fazer avaliações com questionário e aplicação do teste de flexibilidade. A sr tem liberdade

de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em qualquer fase da

pesquisa, sem qualquer prejuízo para a sr Sempre que quiser poderá pedir mais informações

sobre a pesquisa através do telefone da pesquisadora.

3 Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Os

procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com

Seres Humanos conforme Resolução no. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum

dos procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade.

4 Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente

confidenciais. Somente a pesquisadora e o orientador terão conhecimento dos dados.

5 Benefícios: Esperamos que este estudo traga informações importantes sobre cronobiologia

da flexibilidade, de forma que o conhecimento que será construído a partir desta pesquisa,

onde os pesquisadores se compromete a divulgar os resultados obtidos.

6 Pagamento: a sr não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem como

nada será pago por sua participação.

Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar

desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem:

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Consentimento Livre e Esclarecido

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu

consentimento em participar da pesquisa.

__________________________________

Nome do Participante da Pesquisa

__________________________________

Assinatura do Participante da Pesquisa

__________________________________

Assinatura do Pesquisador

__________________________________

Assinatura do Orientador

*TELEFONES

Pesquisadores: (48) 9132 0538

Orientador: (48) 9622 9817

* Modelo adaptado a partir do TCLE elaborado por KOLLER, S. H. , Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004.

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ANEXOS

CLASSIFICAÇÃO DE HORNE E OSTERG (1976)

QUESTIONARIO DO SONO Hábitos e preferências de cada pessoa

Nome:_______________________________________________________________________________________________________________________________________

1) A que horas você gostaria de se levantar, se estivesse inteiramente livre para planejar seu dia?

a) 05:00 h b) 05:30 h c) 06:00 h d) 06:30 h e) 07:00 h f) 07:30 h g) 08:00 h h) 09:00 h i) 09:30 h j) 10:00 h k) 10:00 h l) 11:00 h m) 11:30 h n) 12:00 h

2) A que horas você gostaria de se levantar, se estivesse inteiramente livre para planejar

sua noite? a) 20:00 h b) 20:30 h c) 21:00 h d) 21:30 h e) 22:00 h f) 22:30 h g) 23:00 h h) 23:30 h i) 24:00 h j) 24:30 h k) 01:00 h l) 01:30 h m) 02:00 h n) 02:30 h o) 03:00 h

3) até que ponto você gostaria de ir se depende de um despertador (ou outro barulho que

o acorde) para se levantar de manhã ?

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a) Na dependo de despertador b) Dependo muito pouco (só às vezes) do despertador c) Dependo do despertador muitas vezes d) Não acordo sem o despertador 4) Se as condições do quarto onde você dorme lhe permitem um sono calmo, e a

temperatura está agradável, quão fácil você consegue levantar-se de manhã cedo? a) Muito difícil b) Às vezes difícil c) Com certa facilidade d) Muito fácil

5) Quão você se sente na primeira meia hora depois que se levantou de manhã? a) Bastante sonolento b) Ligeiramente sonolento c) Alerta d) Muito alerta

6) Como é o seu apetite na primeira meia hora após se levantar de manhã? a) Não tenho vontade de comer b) Mais ou menos c) É bom d) Tenho muito fome

7) Na primeira meio hora, após você ter se levantado de manhã, quão cansado ainda se

sente? a) Muito cansado b) Ligeiramente cansado c) Disposto d) Muito bem disposto

8) Quando você não tem compromissos no dia seguinte, a que horas você geralmente vai

para a cama comparando com a sua hora normal de ir domir? a) Nunca ou raramente mais tarde b) Menos que 1 hora mais tarde c) De 1 a 2 horas mais tarde d) Mais que 2 horas mais tarde que a usual

9) Você decidiu fazer exercícios físicos. Um amigo lhe disse que a melhor hora de fazê-

los 7: 00 e 8:00 horas da manhã. Se você fosse seguir os conselhos do seu amigo, e nada o impedisse de fazer os exercícios, como você se sairia?

a) Estaria em ótima disposição b) Estaria com certa disposição c) Encontraria certas dificuldades d) Seria muito difícil fazer os exercícios a esta hora

10) A que hora dá noite você se sente cansado e com voltade de ir dormir, se não tiver que

ir trabalhar? a) 20:00 h b) 20:30 h c) 21:00 h

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d) 21:30 h e) 22:00 h f) 22:30 h g) 23:00 h h) 23:30 h i) 24:00 h j) 24:30 h k) 01:00 h l) 01:30 h m) 02:00 h n) 02:30 h o) 03:00h

11) se você tivesse que passar por um teste de capacidade intelectual, que durasse 2 horas,

que horas você escolheria para fazer esse teste. a) Das 8 às 10 horas da manhã b) Entre 11 e 1 hora da tarde c) Entre 3 e 5 horas da tarde d) Entre 7 e 9 horas da noite

12) Se você for se deitar às 23 horas (11 horas da noite) quão cansado você deve se

encontar? a) Não me sinto cansado b) Ligeiramente cansado c) Cansado d) Muito cansado (exausto)

13) Se por alguma razão você for para a cama mais tarde do que normalmente vai, e não

tem nada programado para manhã seguinte (nem trabalho ou compromisso) o que você fará?

a) Vai se levantar à mesma hora de sempre e não tornará a dormir b) Vai se levantar à mesma hora de sempre, mas tirará um cochilo mais tarde c) Vai se levantar à mesma hora de sempre, mas vai tornar a dormi em seguida d) Não vai se levantar à mesma hora de sempre, mas, somente acordará mais tarde

14) Uma noite você tevê que permanecer acordado entre 4 e 6 horas da madrugada, a fim

de prestar um serviço, no dia seguinte seria o da sua folga. Quais as seguintes coisas você faria?

a) Não dormiria nem pouquinho, até que o serviço estivesse terminado b) Iria tirar um cochilo antes do serviço e dormi depois de terminado c) Iria dormir um bom sino antes do serviço e tirar um cochilo depois d) Iria dormir todo o sono daquela noite antes de fazer o serviço às 4 horas da manhã

15) Você tem que fazer 2 horas de trabalho físico pesado. A que horas você estaria mais disposto a este trabalho. Se você tivesse o dia inteiro para faze-lo?

a) Entre 8 e 10 oras b) Entre 11 e 1 hora da tarde c) Entre 3 e 5 da tarde

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d) Entre 7 e 9 horas da noite 16) Você decidiu fazer ginástica. Um amigo seu lhe contou que a melhor hora para ele

fazer exercícios é à noite, entre 22 e 23 horas. Se você pudesse acompanhar seu amigo e fazer exercício a esta hora da noite, como você se sentiria?

a) Em muita boa forma b) Daria para fazer c) Seria um pouco difícil d) Encontraria grande dificuldade a esta hora da noite

17) Suponha que você possa escolher suas própria horas de trabalho. Assuma que você

vai trabalhar apenas 5 horas por dia, seu trabalho é interessante e pago de acordo com sua produção. Quais as cincos horas? (faça um circulo em volta dos números que representam as horas)

12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

18) A que horas do dia ou da noite você alcança o seu melhor “pico” ou seja, sente-se

muito bem disposto para fazer qualquer coisa? (faça um circulo em volta desta hora [somente uma alternative]).

12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 19) Você se considera uma pessoa que gosta de ter atividades de manhã ou, que prefere a

tardinha ou começo de noite para trabalhar? a) Prefiro, sem duvida, a parte da manhã b) Gosto da manhã um pouco mais tarde c) Gosto da tarde um pouco mais que da manhã d) Prefiro, muito mais, a tarde e a noite.