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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

MESTRADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS (2013)

Aluno: Aline Conceição da Silva

Título: Análise dendroclimática da região de Três Barras e Canoinhas - SC

Data da Defesa: 19/12/2013

Texto completo: http://biblioteca.univap.br//dados//00002d/00002dc7.pdf

Resumo: Os estudos científicos sobre o passado são baseados em medidas feitas sobre registros naturais que, de uma maneira geral, fornecem informações sobre fenômenos ocorridos antes de o homem começar a estudá-los. Os registros instrumentais de mudanças do clima são insuficientes para observar e estudar como o sistema do clima opera em escalas de tempo muito maiores do que umas poucas décadas ou sob forçantes climáticas diferentes do presente. Assim, há a necessidade de se entender e estimar as mudanças ambientais de longos períodos que ocorreram ou ocorrerão. A dendrocronologia pode ser a ligação do presente e futuro dentro do amplo contexto de muitas realizações do sistema dinâmico do clima passado. Baseado nestas considerações, obteve-se séries dendrocronológicas de amostras de 14 árvores de Araucaria angustifolia, por meio de analises matemáticas, por wavelet e crosswalet compreendendo o período de 1684 a 2009, coletadas na região de Três Barras e Canoinhas-SC a fim de estudar e compreender melhor as variações climáticas e os efeitos de eventos El Niño e La Niña na região. Foram analisados os efeitos de eventos como mudanças climáticas relacionadas à temperatura, precipitação e fenômenos El Niño/La Nina. Os resultados das análises demonstraram uma forte influência de eventos El Niño/Oscilação Sul - ENOS sobre o crescimento dos anéis de crescimento das árvores estudadas. Não foi observada uma resposta intra-anual significativa dos anéis de crescimento à precipitação, indicando a não sazonalidade no local, ou seja, não há estação seca nem chuvosa bem demarcada. Observou-se que somente quando ocorridas grandes variações de temperatura houve o registro nos anéis de crescimento. Portanto, pode-se verificar a variabilidade climática natural na região, devido principalmente à forçantes naturais como eventos El Nino/La Nina.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Araucária angustifólia; Dendroclimatologia; Anéis de crescimento; Fenômenos El Ninõ e la Ninã

Orientador(es): Alan Prestes

Membros da Banca: Walderez Moreira Joaquim; Alan Prestes; Francisco Carlos Rocha Fernandes; Nivaor Rodolfo Rigozo


Aluno: Carla Toneli Fernandes

Título: Estudo dos efeitos da toxidade da peçonha de Bothrops fonsecai na junção neuromuscular de preparações de aves e mamíferos


Texto completo: http://biblioteca.univap.br//dados//000004/00000481.pdf

Resumo: A serpente Bothrops fonsecai é popularmente conhecida como cotiara e urutu. É uma serpente terrícola e de hábitos noturnos, podendo ser encontrada na região cone leste paulista, sul do Rio de Janeiro e ao extremo sul de Minas Gerais. Este estudo teve por objetivo avaliar os efeitos fisiopatológicos da peçonha da serpente Bothrops fonsecai na neurotransmissão. A atividade neuromuscular da peçonha foi estudada "in vitro" em preparações de junção neuromuscular de pintainho nas concentrações de 40, 80 e 160 µg/mL sob estimulação direta e indireta. Os resultados mostram que a peçonha da serpente Bothrops fonsecai causou bloqueio muscular dose-tempo-dependente. O bloqueio persistiu mesmo após lavagens da preparação, indicando que as alterações promovidas pela peçonha foram irreversíveis; porém não houve diferença significativa entre o bloqueio caracterizado pelo estímulo indireto e direto. A resposta à ACh foi reduzida em 69.1 10.6, 88.1 7.8 e 100% nas doses de 40, 80 e 160 µg/mL respectivamente. Quanto à contratura promovida pela adição de KCl no banho, verificou-se que também houve bloqueio na resposta de 53+6.6%, 69.3 2.1 e 87.1 2%, utilizando as mesmas concentrações da peçonha. Observou-se que em comparação ao bloqueio muscular, a preparação nervo-frênico diafragma se mostrou menos sensível aos efeitos da toxina quando se comparado à preparação biventer cervicis de ave. O registro do potencial de membrana e potencial em miniatura de placa terminal fez-se em preparações nervo frênico-diafragma de camundongo. Após a adição da peçonha em altas doses (100 e 200 µg/mL), o registro do potencial de membrana e o potencial em miniatura de placa terminal, permaneceram sem mudanças significativas. A peçonha da serpente Bothrops fonsecai causou danos histológicos no músculo biventer cervicis, além de causar um alto nível de mionecrose nas fibras musculares. A liberação de CK mostrou-se do tipo dose-tempo-dependente, aumentando conforme a concentração de peçonha utilizada. Pôde-se concluir que, a peçonha da serpente Bothrops fonsecai causa bloqueio muscular, na porção pós-sináptica, caracterizado, possivelmente, pela destruição dos receptores nicotínicos colinérgicos e pela ação miotóxica, não havendo nenhum tipo de atividade pré-sináptica.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Bothrops; Neurotoxinas; Fibras Musculares Esqueléticas.

Orientador(es): José Carlos Cogo

Membros da Banca: José Carlos Cogo; Julia Prado Franceschi; Wellington Ribeiro


Aluno: Carolina Genúncio da Cunha Menezes Costa

Título: Avaliação da inativação de melanoma após terapia fotodinâmica


Texto completo: http://biblioteca.univap.br//dados//000004/000004f4.pdf

Resumo: O câncer é reconhecidamente a moléstia que mais apreensão tem provocado na história da humanidade. Os três tratamentos classicamente adotados contra o câncer são a Quimioterapia, a Radioterapia e a Cirurgia. Tratamentos alternativos têm-se desenvolvido, dentre os quais se inclui a Terapia Fotodinâmica, a qual tem sido amplamente utilizada na Europa, Estados Unidos e alguns países da América do Sul. Entretanto a aplicação da terapia fotodinâmica apresenta pontos que ainda necessitam ser esclarecidos. Neste projeto, visando melhor entender os mecanismos moleculares, associados ao microambiente tumoral avaliamos a Terapia Fotodinâmica, em modelo in vivo. Para tanto, foram utilizados os fotossenssibilizantes Photosan3®, ALA e AlPcS4e analisadas suas influências quanto à progressão tumoral, histologia do tumor, nível das proteínas HSP27, HSP70, HSP90, GRP78 e MCP-1 e angiogênese tumoral. Quando comparados com o grupo controle, os tratamentos apresentaram os seguintes resultados: o grupo ALA apresentou crescimento tumoral estável, diminuição significativa da HSP70 e diminuição de 50% da angiogênese; o grupo AlPcS4 apresentou diminuição significativa da HSP27 e HSP70, foi o mais eficiente na inibição da angiogênese, com eliminação de 100% dos vasos e apresentou redução completa do tumor; o grupo Photosan se mostrou o mais eficiente na diminuição da HSP27, apresentou diminuição significativa da HSP70, contudo não teve efeito significativo na angiogênese. Nenhum dos tratamentos apresentou resultados quanto a HSP90, GRP78 e MCP-1. Concluiu-se que a AlPcS4, fotossenssibilizante de segunda geração, apresentou-se mais efetivo na eliminação do tumor do que os fotossenssibilizantes comerciais ALA e Photosan.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Fotoquimioterapia; Câncer; Melanoma; Agentes Fotossensibilizantes

Orientador(es): Cristina Pacheco Soares; Karen Cristiane Martinez de Moraes

Membros da Banca: Cristina Pacheco Soares ; Flavia Villaça Morais; Susane Moreira Machado de Souza;


Aluno: Eber Goulart Carvalho

Título: Efeito dos diferentes substratos no desenvolvimento de Pereskia Aculeata Miller (Cactaceae) e ação do extrato bruto etanólico na cicatrização in vitro


Texto completo: http://biblioteca.univap.br//dados//00002d/00002dea.pdf

Resumo: Pereskia aculeata é uma planta da família das Cactaceae, nativa dos trópicos, perene, rica em mucilagem e utilizada pela população não só para fins medicinais, como também para alimentação e ornamentação. Suas folhas são usadas como emolientes, no abrandamento de processos inflamatórios, na recuperação da pele em caso de queimaduras e também na cicatrização de feridas. Os objetivos deste estudo foram avaliar o crescimento e desenvolvimento de P. aculeata em diferentes tipos de substratos, verificar a influência dos diferentes substratos (areia, solo, areia + solo, areia + esterco bovino e solo + esterco bovino) no acúmulo de mucilagem nas folhas, quantificar compostos polifenólicos totais e a capacidade sequestradora de radicais nos extratos obtidos de suas folhas nos diferentes substratos, e observar a ação cicatrizante dos extratos in vitro. A partir de estacas apicais cultivadas por um período de 8 meses no Viveiro de Plantas Medicinais da Universidade do Vale do Paraíba - Univap nos diferentes substratos, analisou-se os parâmetros fisiológicos de crescimento (altura, matéria fresca e seca de cada órgão da planta), e analisou-se os extratos hidroalcoólicos obtidos por turbo extração a partir de folhas frescas quanto ao teor de fenólicos totais, empregando-se o método de Folin-Ciocalteu, e quanto à atividade antioxidante, verificada através da capacidade sequestradora de radicais empregando-se o método do DPPH. Para a determinação do índice de intumescimento, utilizou-se folhas secas pulverizadas de cada tratamento. As células L929 (fibroblasto de camundongo) foram cultivadas em meio de cultura DMEM (Gibco), suplementado com 10% de Soro Fetal Bovino (SBF) e 1% de antibiótico e antimicótico, a 37ºC com 5% de CO2. Para testar a viabilidade celular foi utilizado o teste de MTT. A cicatrização celular in vitro foi avaliada pelo ensaio scratch assay. As maiores médias de altura e de peso de matéria seca foram obtidas nos tratamentos que continham esterco bovino; entretanto, os maiores índices de intumescimento foram verificados nos substratos em que não havia esterco bovino. Não houve variação do teor de compostos fenólicos e nem da capacidade seqüestradora de radicais nos extratos analisados. Observou-se apenas uma ação cicatrizante mínima na maior concentração de extrato utilizado. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que P. aculeata é uma planta que se desenvolve melhor em solos ricos em nutrientes (T4 = areia + esterco bovino e T5 = solo +

esterco bovino), porém acumula mais mucilagem em suas folhas quando é cultivada em solos pobres em nutrientes (T1 = areia e T2 = solo). A análise dos extratos obtidos das folhas frescas de P. aculeata, cultivadas em diferentes tipos de substratos, mostrou baixa citotoxicidade em todas as diluições utilizadas; também revelou que a concentração de compostos fenólicos não foi alterada em função dos substratos utilizados no cultivo das mudas e não mostrou variação da capacidade sequestradora de radicais pelo teste do DPPH. Houve melhora na morfologia celular dos fibroblastos da linhagem L929 quando incubados com as maiores concentrações de todos os extratos. Porém, os resultados do ensaio de cicatrização in vitro sugerem uma fraca atividade cicatrizante.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Cicatrização de Feridas; Plantas Medicinais; Cactaceae; Fertilizantes Orgânicos

Orientador(es): Walderez Moreira Joaquim; Renato Farina Menegon

Membros da Banca: Walderez Moreira Joaquim; Renato Farina Menegon; Newton Soares da Silva; Wellington Ribeiro; Simey Thury Vieira Fisch


Aluno: Emanoel Pedro de Oliveira Silva

Título: Estudos da interação de derivados de ftalocianinas de zinco com albumina bovina e a sua potencialidade na terapia fotodinâmica em macrófagos infectados com Leishmania spp


Texto completo: http://biblioteca.univap.br/dados/000004/00000430.pdf

Resumo: Neste estudo, a interação com albumina bovina (BSA) e a potencialidade da terapia fotodinâmica das ftalocianinas de zinco (PcZns): ftalocianina de zinco (PcZn), tetranitro-ftalocianina de zinco (PcZn4NO2), tetramino-ftalocianina de zinco (PcZn4NH2) e tetrasulfonada-ftalocianina de zinco (PcZn4SO3H) foram investigadas em macrófagos da linhagem celular (J774.A1A1, ATCC) infectados com L. amazonensis ou L. braziliensis. As células J774.A1 e J774.A1-infectadas foram incubadas com as PcZns em diferentes concentrações (0,01-10 µM) por 3 horas e então submetidas a irradiação com LED em 660 nm com fluência de 50 J/cm2 (25 mW). A viabilidade celular foi determinada por teste de MTT ([3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazoliumbromide]) após 20 horas do tratamento com a luz. Os resultados da interação das PcZns com a BSA demonstraram que as PcZns ligam-se fortemente à BSA, indicando que podem ser armazenadas e carregadas pelas proteínas no corpo. Os resultados demonstram que todas as PcZns exibiram uma alta atividade leishmanicida, principalmente na concentração de 10 µM. As atividades fotodinâmicas são diferentes entre os macrófagos infectados e não infectados com os parasitas, sendo que os ultimos foram mais sensíveis a terapia fotodinâmica do que os macrófagos infectados. A comparação da atividade fotodinâmica entre as PcZns mostrou aumento de atividade na seguinte ordem: PcZn4NO2 < PcZn < PcZn4NH2 < PcZn4SO3H. Os resultados obtidos nesse trabalho apresentam-se promissores e ajudam a compreender melhor a relação entre a estrutura molecular do agente fotossensível e sua potencialidade na terapia fotodinâmica, com isso criando novas estratégias de desenvolvimento de agentes fotossensíveis para o tratamento de leishmaniose.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Albumina Sérica Bovina; Leishmaniose; Fotoquimioterapia

Orientador(es): Milton Beltrame Júnior; Josane Mittmann

Membros da Banca: Milton Beltrame Júnior; Josane Mittmann; Cristina Pacheco Soares; Deborah Dibbern Brunelli


Aluno: Luciana Marques de Paula

Título: Análise de marcadores moleculares como fatores preditivos do envolvimento de linfonodos em carcinomas mamários



Resumo: O status dos linfonodos axilares é o fator prognóstico mais informativo no tratamento das pacientes com câncer de mama. A identificação de marcadores moleculares pode permitir a estratificação das pacientes que necessitam da dissecção dos linfonodos axilares das pacientes em que este procedimento cirúrgico é desnecessário, contribuindo assim para um prognóstico e um tratamento mais preciso. Contudo, até o momento, os estudos ainda são preliminares e controversos, e embora vários marcadores moleculares candidatos tenham sido avaliados, poucos são utilizados na prática clínica para o prognóstico das pacientes com câncer de mama. O objetivo deste estudo foi determinar se os genes PPM1D, B3GNT7, NEDD9, PHB, PIK3R5, PIP4K2A, TNKS2, BAD, GTSE1 e PAXIP1, descritos como marcadores prognósticos em câncer de mama em um estudo prévio de microarray realizado por nosso grupo, também são marcadores preditivos do envolvimento dos linfondos axilares em câncer de mama. Para isso, foi realizada a análise de expressão gênica pela técnica de qRT-PCR em 50 amostras de tumor primário, sendo 27 tumores primários linfonodo negativo, 23 tumores primários linfonodo positivo e 11 amostras de metástases nos linfonodos axilares correspondentes. Para todos os genes analisados, apenas o gene PIK3R5 apresentou expressão diferenciada quando realizada a comparação dos tumores primários linfonodo positivo com os tumores primários linfonodo negativo (P=0,0347). Estes resultados demonstram que o gene PIK3R5 pode ser considerado um fator preditivo do envolvimento dos linfonodos axilares em carcinomas mamários e, embora, os outros genes foram relacionados previamente com o desenvolvimento de metástases à distância, o potencial preditivo dos mesmos não foi verificado neste estudo.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Mamas-Câncer; Marcadores; Câncer Aspecto Genêtico.

Orientador(es): Renata de Azevedo Canevari

Membros da Banca: Renata de Azevedo Canevari ; Juliana Ferreira;, Fabíola Encinas Rosa


Aluno: Quênia Yoko de Paula Matsui

Título: Sequenciamento parcial do gene codificador da cromo-helicase ligadora de DNA (CHD-1) de Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) e análise in sílico do gene da subunidade 1 da citocromo oxidase (COI) em Mimidae (Bonaparte, 1853)



Resumo: Há muito se tem o conhecimento da grande diversidade de espécies de aves nas regiões neotropicais, principalmente nas Américas. O desenvolvimento das técnicas moleculares permitiu que um vasto volume de informações acerca do genoma das espécies estivesse acessível, assim como permitiu que as aves fossem sexadas sem a necessidade de estresse ao animal, ao utilizar os bulbos das penas como fontes de DNA. Com o desenvolvimento da biologia molecular, é crescente o volume e fluxo de informações acerca de projetos genoma, além de inserções de sequências parciais que podem ser acessadas em bancos de dados genômicos públicos, como o NCBI e BOLD. Deste modo, a análise de sequência é uma técnica importante na biologia computacional, pois ela permite inferir sobre a construção de árvores evolutivas e identificação de características de famílias de proteínas, a partir da criação de modelos de homologia. A espécie Mimus saturninus (Sabiá-do-campo) é uma das três espécies de aves da família Mimidae que ocorrem no Brasil. A família Mimidae possui 34 espécies que diversificaram-se desde o sudoeste da América do Norte, Antilhas, América Central e do Sul e suas ilhas satélites. Esta pesquisa teve como objetivo obter a sequência parcial do gene CHD do DNA genômico de M. saturninus e do gene COI do DNA mitocondrial depositadas nos bancos de dados das espécies que compõem a família Mimidae para caracterização da variabilidade genética e buscar relacionar as informações do DNA mitocondrial com sua distribuição geográfica nas Américas. Foi possível clonar e sequenciar parcialmente o amplicon do gene CHD1 de Mimus saturninus e a sequência parcial obtida foi comparada com dados do GenBank, sendo possível associá-la ao cromossomo Z do gene CHD1 aviário. Em M. saturninus foi observado que o tamanho do íntron relativo ao CHD1-Z é maior do que o CHD1-W, ao contrário do que ocorre em outras espécies aviárias, e que a sequência obtida é homologa a espécies como Turdus merula (DQ517891.1) e Passer montanus (GU370351.1). Na análise do gene COI dos representantes da família Mimidae, ao comparar as 86 sequências a partir dos programas Phylip e Mega5, observou-se que as topologias são consistentes com os resultados anteriores e estão de acordo com as interpretações históricas com base nos resultados em relação a esta família, que afirmam que Mimidae teve uma

ampla distribuição em todo o Hemisfério Norte durante o Mioceno, e que o período subsequente promoveu a diversificação da família em latitudes mais meridionais. O monofiletismo de Mimidae é fortemente apoiado, sendo este grupo endêmico no Novo Mundo e considerado grupo irmão da Sturnidae no Velho Mundo. Mimidae está dividida em dois subclados nos quais um subclado é característico da América Central e das Antilhas, e outro com distribuição pan-americana. Nas regiões neotropicais verifica-se que padrões complexos de especiação foram responsáveis pela alta diversidade de espécies de aves neotropicais, onde padrões de distâncias genéticas comuns e divergentes observadas dentro e entre espécies estreitamente relacionadas sugerem que vários processos geográficos moldaram a distribuição das aves na região Neotropical.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Análise de Sequência de DNA; Aves

Orientador(es): Josane Mittmann

Membros da Banca: Priscila Pereira Fávero; Flavia Villaça Morais; Eduardo Leonardecz Neto; Josane Mittmann


Aluno: Rafael de Paula Rodrigues

Título: Efeito da quercetina na terapia fotodinâmica na linhagem celular HEP-2


Texto completo: http://biblioteca.univap.br//dados//000004/000004f6.pdf

Resumo: A quercetina (QCT), um composto fenólico da classe dos flavonoides, pode ser eficiente na redução da viabilidade celular em diferentes linhagens de células tumorais e, atualmente, este composto tem sido investigado como forma de terapia da medicina complementar e alternativa combinada com terapias convencionais no tratamento oncológico. A terapia fotodinâmica (TFD) é outra modalidade terapêutica complementar que pode ser combinada com radioterapia, quimioterapia ou cirurgia no tratamento do câncer. Poucos estudos têm explorado a influência de flavonoides na TFD. Com base nessas evidências, o presente estudo visou avaliar os efeitos de diferentes concentrações do flavonoide QCT (0, 5, 50 e 100 µM) combinada com TFD, utilizando o fotossensibilizante alumínio ftalocianina tetrasulfonada (AlPcS4), sobre a viabilidade, o padrão de atividade mitocondrial e a indução de morte por apoptose/necrose em células de carcinoma de laringe humana (HEp-2). As células HEp-2 foram incubadas com AlPcS4 durante 60 minutos e tratadas com concentrações de QCT 40 minutos antes da irradiação (685 nm, 35 mW, 4.5 J/cm2). Após 24 horas da irradiação, as células foram submetidas aos ensaios de citotoxicidade - MTT e microscopia de fluorescência (padrão de atividade mitocondrial e detecção de apoptose/necrose). Os resultados demonstraram que o tratamento de células HEp-2 com concentrações elevadas de QCT (pelo menos 50 µM) reduziu a viabilidade celular. Esta resposta foi aumentada em células submetidas a TFD suplementada com concentrações elevadas de QCT. Além disso, observou-se diminuição no potencial de membrana mitocondrial e características de apoptose tardia e/ou o processo de inicial de necrose. Com base nos resultados, a QCT em concentrações de 50 µM melhora a citotoxicidade induzida por TFD reduzindo, significativamente, a viabilidade celular por apoptose e/ou necrose, e o potencial de membrana mitocondrial das células HEp-2.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas, Quercetina; Fotoquimioterapia; Sobrevivência Celular.

Orientador(es): Newton Soares da Silva; Cristina Pacheco Soares

Membros da Banca: Newton Soares da Silva; Cristina Pacheco Soares; Walderez Moreira Joaquim; Samira Esteves Afonso Camargo


Aluno: Roberta Caricatto Bernardo Pinto

Título: Avaliação da capacidade regenerativa de fragmentos de duas espécies de planárias límnicas em hipergravidade


Texto completo: http://biblioteca.univap.br//dados//00002d/00002dec.pdf

Resumo: As planárias têm sido utilizadas como modelo experimental clássico para estudos de regeneração, devido a sua elevada capacidade regenerativa. Girardia tigrina (Girard, 1850) está amplamente distribuída na América do Sul, sendo usualmente utilizada em estudos de diferentes áreas da biologia. A gravidade é um efeito permanente na superfície do planeta e a ausência ou a condição de baixa gravidade provoca alterações nos organismos. O presente trabalho objetivou analisar quais alterações podem ocorrer durante o processo regenerativo em fragmentos de planárias límnicas em condições de hipergravidade. Os fragmentos de G. tigrina e Planria sp. Foram submetidas à simulação de hipergravidade de 3.3xG em centrífuga durante nove dias com temperatura a 15°C ± 1°C. Posteriormente foram selecionados fragmentos anteriores, medianos e posteriores, e realizada a técnica de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Após esse período, os exemplares foram mensurados por cinco semanas. A comparação do crescimento médio dos fragmentos anteriores, medianos e posteriores dos grupos experimental e controle de Planaria sp. Indicou que o crescimento dos fragmentos medianos do grupo experimental foi maior na quinta semana em relação as demais semanas (ANOVA F(3.16)=13,66 p=0,000). O crescimento médio dos fragmentos anteriores, medianos e posteriores dos grupos experimental e controle de G. tigrina indicou que o crescimento do fragmento mediano do grupo experimental foi maior na quinta semana em relação as demais semanas (ANOVA F(3.16)=16,88 p=0,000). Para o crescimento médio dos fragmentos anteriores dos grupos experimental de Planaria sp. E G. tigrina indicaram que o crescimento foi maior na quarta semana em relação as demais semanas (ANOVA, F(3.16)=16,88 p=0,513). A comparação do crescimento médio dos fragmentos medianos dos grupos experimental de Planaria sp. E G. tigrina indicaram que o crescimento foi maior na quinta semana (ANOVA F(1,8)= 4,71 p=0,062). Para os fragmentos posteriores dos grupos experimental de ambas espécies o crescimento médio indicou que houve diferença significativa no crescimento entre os fragmentos (ANOVA, F(1,8)= 5,65; p=0,043). A análise dos fragmentos com microscopia eletrônica de varredura (MEV) revelou que nos fragmentos dos grupos experimental de G. tigrina e Planaria sp. Houve regeneração. A facilidade de manutenção em laboratório e a capacidade regenerativa por longos períodos

fazem destes organismos ótimos modelos para utilização em experimentos de média e longa duração em condições adversas.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Planária; Regeneração (Biologia); Super Gravidade (Física)

Orientador(es): Nádia Maria Rodrigues de Campos Velho

Membros da Banca: Nádia Maria Rodrigues de Campos Velho; Cristina Pacheco Soares; Flavia Villaça Morais; Luiz Alberto Vieira Dias


Aluno: Roberta Kelly de Faria Souza

Título: Hipoxia durante o crescimento micelial induz o aumento de tolerância de conídios de fungos entomopatogênicos ao calor e ao menadione



Resumo: Hipoxia (baixas concentrações de oxigênio) faz com que os fungos filamentosos sofram mudanças significativas em seu metabolismo, germinação e crescimento micelial, além de afetar atividades anabólicas. O presente estudo tem como objetivo avaliar a tolerância de conídios ao calor (38 e 45 °C) e ao menadione em dez espécies de fungos entomopatogênicos sob-baixas concentrações de oxigênio. Além disso, conídios das 12 espécies de fungos entomopatogênicos, foram avaliados em relação à hidrofobicidade. As espécies foram divididas entre conídios hidrofílicos e hidrofóbicos. A tensão superficial de conídios de cada isolado foi também estudada. Foi observado que o crescimento micelial em baixas concentrações de oxigênio (placas seladas) induziu maior termotolerância de conídios de três espécies de fungos, Tolypocladium cylindrosporum, Metarhizium anisopliae, e Lecanicillium aphanocladii, entretanto, apenas conídios da espécie Aschersonia aleyrodis produzidos após anaerobiose foram mais resistentes ao calor. Crescimento micelial em baixas concentrações de oxigênio (placas seladas) também induziu aumento de tolerância ao menadione em quatro espécies Beauveria bassiana, M. brunneum, M. robertsii, e M. anisopliae, da mesma forma apenas conídios do fungo A. aleyrodis produzidos após a anaerobiose foram mais resistentes. Condições de estresse nutritivo induziram maior termotolerância de conídios apenas nos fungos M. brunneum e M. anisopliae. O estresse nutritivo, entretanto, induziu alta tolerância em conídios dos fungos B. bassiana, M. brunneum, M. robertsii, M. anisopliae e Simplicillium lanosoniveum ao menadione. A condição de anaerobiose durante cinco dias causou a morte celular dos fungos Isaria fumosorosea, L. aphanocladii e S. lanosoniveum que, consequentemente, não produziram conídios. Diferença considerável em termotolerância foi encontrada entre as doze espécies de fungos entomopatogênicos. Espécies com conídios hidrofóbicos foram geralmente os mais termotolerantes. Todos os isolados hidrofóbicos apresentaram tensão de superfície de conídios mais elevada do que os isolados hidrofílicos. Em conclusão, as espécies que produzem conídios hidrofóbicos foram mais termotolerantes do que as espécies com conídios hidrofílicos, e os conídios produzidos sob hipoxia e anoxia induziram significativamente a maior parte dos isolados ao aumento de tolerância dos conídios ao calor e ao menadione, em relação aos conídios produzidos em condições normoxica.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Fungos; Temperatura Alta; Esporos Fúngicos

Orientador(es): Drauzio Eduardo Naretto Rangel

Membros da Banca: Drauzio Eduardo Naretto Rangel ;Flavia Villaça Morais; Cristina Pacheco Soares; Gilberto Úbida Leite Braga


Aluno: Rosana de Fátima Faria Azevedo

Título: Luz visível durante o crescimento micelial de fungos entomopatogênicos aumenta tolerância dos conídios ao estresse térmico e ao agente oxidativo menadione


Texto completo: http://biblioteca.univap.br/dados/000004/00000468.pdf

Resumo: Fungos patógenos de insetos são conhecidos como potentes agentes de controle biológico, podendo ser inativados em poucas horas por alguns fatores ambientais causadores de estresse. Exposição à luz influencia o desenvolvimento e o comportamento em muitos fungos. Conídios de dez espécies de fungos entomopatogênicos cultivados em meio PDA sob luz contínua e conídios cultivados em meio mínimo (MM) no escuro, tiveram sua tolerância comparada ao controle (PDA) no escuro. A tolerância dos conídios destas espécies foi avaliada em relação ao estresse térmico e ao estresse oxidativo causado pelo menadione, um potente indutor de espécies reativas de oxigênio (EROS). Crescimento sob luz visível aumentou a tolerância de conídios ao calor apenas do isolado ARSEF 5749 de Metarhizium anisopliae s.l. Os conídios dos isolados ARSEF 1187 de M.brunneum, ARSEF 2575 de M. robertsii e ARSEF 5749 de M. anisopliae s.l foram mais tolerantes ao agente oxidativo menadione. O estresse nutritivo causado pelo MM aumentou a tolerância ao calor apenas para os conídios dos isolados ARSEF 1187 de M. brunneum e ARSEF 4877 de Tolypocladium inflatum. Entretanto, conídios de quatro isolados produzidos no MM foram mais tolerantes ao agente oxidativo menadione, conídios dos isolados ARSEF 252 de Beauveria bassiana, ARSEF 1187 de M. brunneum, ARSEF 2575 de M. Robertsii e ARSEF 5749 de M. anisopliae s.l. Uma maior produção de conídios foi induzida pelo estímulo da luz visível nos isolados ARSEF 3392 de T. cylindrosporum e ARSEF 4877 de T. Inflatum. Ainda neste estudo, 15 espécies de fungos entomopatogênicos foram cultivados em meio PDA suplementado com menadione. A tolerância ao estresse oxidativo foi avaliada através das concentrações inibitórias mínimas (CIM) e concentrações letais 50 (LC50) de menadione. Conídios dos isolados ARSEF 5626 de M. Brunneum e ARSEF 5749 de M. anisopliae s.l. foram os mais tolerantes ao agente menadione (LC50 = 0.22 mM, CIM = 0.28 mM). As espécies Aschersonia foram as mais susceptíveis (LC50 = 0.04 mM, CIM 0.08 mM).Os demais isolados apresentaram tolerância intermediária alta (LC50 entre 0.09 mM e 0,14 mM) ou tolerância intermediária baixa (LC50 entre 0,07 mM e 0,08 mM).

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Fungos entomopatogênico; Luz visível; Tolerância ao calor; estresse oxidativo.

Orientador(es): Drauzio Eduardo Naretto Rangel;

Membros da Banca: Drauzio Eduardo Naretto Rangel; Flavia Villaça Morais; Cristina Pacheco Soares; Gilberto Úbida Leite Braga


Aluno: Tayla Gabrielle Gonçalves de Souza

Título: Estudo dendroclimático da região de Campos do Jordão - SP


Texto completo: http://biblioteca.univap.br//dados//00002d/00002deb.pdf

Resumo: O conhecimento adquirido de estudos dendrocronológicos tem um vasto campo de aplicações, como a dendroclimatologia, que relaciona os anéis anuais de crescimento de árvores com as condições climáticas, permitindo reconstruções e caracterizações de mudanças na temperatura global e da alternância de períodos secos e úmidos que ocorreram no passado. Sabemos que as variações climáticas, produzem importantes mudanças nos padrões de temperatura, umidade e precipitação; essas variáveis causam impactos na biosfera terrestre. Por isso, há a necessidade de compreender as variações climáticas e fenômenos geofísicos, ocorridos no passado, para entender melhor as relações entre causa-efeito. Assim, obtiveram-se séries dendrocronológicas, que cobriu o intervalo de tempo de 1803 a 2011, de amostras de Araucaria angustifólia da região de Campos do Jordão - SP, com objetivo de compreender os fenômenos climáticos registrados nos anéis de crescimento. A série temporal das espessuras dos anéis das árvores foi correlacionada com as séries temporais de precipitação, temperatura e ao índice Oscilação Sul e analisada pelos métodos de ondeleta e ondeleta-cruzada. Destas análises, observou-se que os curtos períodos entre 3 a 7 anos, provavelmente, estão relacionados nos eventos EI Niño e La Niña/Oscilação Sul; que os extremos das temperaturas máximas e mínimas da região apresentaram influência no crescimento das araucárias, principalmente quando a mínima média ficou abaixo de 8°C; e percebeu-se a influência positiva da precipitação na série dendrocronológica, porém tanto o excesso, quanto a escassez da precipitação podem desfavorecer o crescimento. Os resultados apresentados corroboram que os anéis de crescimento de A. angustifólia são sazonais, já que a atividade cambial é regulada pela variação anual da precipitação e temperatura.

Palavras-Chave: Ciências Biológicas; Dendroclimatologia; Araucária angustifolia

Orientador(es): Alan Prestes

Membros da Banca: Alan Prestes; Newton Soares da Silva; Alessandra Abe Pacini; Nivaor Rodolfo Rigozo,

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