universidade estadual de campinas faculdade de...

93
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA GIOVANA RENATA GOUVÊA A PRÁTICA CLÍNICA ODONTOLÓGICA: ANÁLISE ERGONÔMICA DA POSTURA SENTADA THE DENTAL CLINICAL PRACTICE: ERGONOMIC ANALYSIS OF THE SITTING POSTURE PIRACICABA 2017

Upload: truongkhuong

Post on 30-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

GIOVANA RENATA GOUVÊA

A PRÁTICA CLÍNICA ODONTOLÓGICA: ANÁLISE ERGONÔMICA

DA POSTURA SENTADA

THE DENTAL CLINICAL PRACTICE: ERGONOMIC ANALYSIS OF

THE SITTING POSTURE

PIRACICABA

2017

Page 2: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

GIOVANA RENATA GOUVÊA

A PRÁTICA CLÍNICA ODONTOLÓGICA: ANÁLISE ERGONÔMICA

DA POSTURA SENTADA

THE DENTAL CLINICAL PRACTICE: ERGONOMIC ANALYSIS OF

THE SITTING POSTURE

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de

Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas

como parte dos requisitos exigidos para obtenção

do título de Doutora em Odontologia, na área de

Saúde Coletiva.

Thesis presented to the Piracicaba Dental School of

the University of Campinas in partial fulfillment of

the requirements for the degree of Doctor in

Dentistry, in Public Health.

Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Pereira

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À

VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA

PELA ALUNA GIOVANA RENATA

GOUVÊA, E ORIENTADA PELA PROF. DR

ANTONIO CARLOS PEREIRA.

PIRACICABA

2017

Page 3: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira
Page 4: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

Page 5: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

DEDICATÓRIA

Ao Grande Arquiteto Do Universo

Ao meu amor, amigo e companheiro para todas as horas, Giampietro Deserti pelo incentivo

em todos os momentos em que tive dúvidas, pelo amor, carinho e pela, principalmente, pela

compreensão. Agradeço por permanecer sempre ao meu lado, com sua bondade,

generosidade, otimismo e perseverança. Você disse que eu tinha potencial e auxiliou-me a

manifestá-lo. Obrigada!

A você, todo meu carinho e amor.

“A ciência é para o temporal. O amor é para o divino. Pode-se passar sem a ciência, mas não

sem o amor, e é pelo amor que tudo acabará, porque é pelo amor que tudo começou e que

tudo existe”.

Page 6: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

AGRADECIMENTOS

À Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP, representada por seu

Diretor, Prof. Dr. Guilherme Elias Pessanha Henriques.

Ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de

Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas pela contribuição em minha formação.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Antonio Carlos Pereira, que por sua sabedoria não

convidou-me a entrar na mansão de seu saber, e sim, estimulou-me a encontrar o limiar da

minha própria mente.

A todos os professores (as) do Departamento de Odontologia Social e professores (as)

convidados, pelos conhecimentos transmitidos.

À Profa. Dra. Jaqueline Vilela Bulgareli, minha amiga e orientadora da especialização,

pelo olhar sereno em momentos turbulentos.

Ao Professor Luiz Renato Paranhos, que teve a generosidade e a grandeza de despertar

competências que desconhecia.

À Profa. Karine Laura Costelazzi Mendes, minha madrinha acadêmica, pela amizade,

atenção e principalmente pela confiança.

À Profa. Dra. Sofia Takeda Uemura, Coordenadora do Curso de Odontologia da

UNIARARAS, pelo incentivo à docência, pela amizade, confiança e encorajamento para

realizar este doutorado. Obrigada por oportunizar toda coleta de dados, pelos ricos

ensinamentos e pelas contínuas ideias a serem colocadas em prática.

À UNIARARAS, por me proporcionar um espaço de aplicação da docência e por mais

uma vez trazer a certeza de estar no caminho certo.

A toda a equipe técnica e pedagógica da UNIARARAS que apoiaram o

desenvolvimento da pesquisa.

Page 7: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

À Profa. Ms. Sofia Poletti, Professora do Curso de Fisioterapia da UNIARARAS.

Querida amiga mística que me ensinou com maestria a “fazer o bem sem fazer barulho, pois o

barulho não faz o bem, e o bem não faz barulho.” Muito obrigada querida, sem a sua pessoa

essa pesquisa permaneceria somente no plano mental.

Às alunas do Curso de Fisioterapia da UNIARARAS, Adriane, Larissa, Gabriela,

Giselli e Igor pela amizade, pelos ensinamentos, por todos os momentos de aprendizagem

durante os incansáveis dias de coleta.

A toda equipe Salli Brasil e Finlândia, em especial ao Sr. Victor Lembo e ao Sr. Veli-

Jussi Jalkanen. Ressalto a importância desta parceria e parabenizo o excelente trabalho que

desempenham em prol da saúde postural de milhares de pessoas no Brasil e no Mundo.

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Aos meus pais Pedro Lopes Gouvêa e Roseli Henriqueta Menin Gouvêa, meus

primeiros mestres, pela oportunidade da vida, pelo amor, pelo ensinamento dos princípios da

honestidade, justiça, respeito, responsabilidade, ética.

Às sobrinhas, Ana Beatriz, Pietra e Anthony, estes lindinhos me ensinaram que o

estudo, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido sermos crianças

por toda a vida.

Aos meus irmãos Gislaine e Guilherme, pela amizade incondicional, carinho e apoio.

Aos meus filhos e netos de coração, Bruna, Marcela, Pietro, Amon-Há, Pablo e

Eduardo, que me ensinaram a imergir com suavidade uma verdadeira expressão do amor.

Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira da Silva, por

participar da construção desta trajetória, pelos momentos especiais vividos juntos, pela

amizade, conselhos e experiências trocadas.

MUITO OBRIGADA!

Page 8: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

DEUS – SEGUNDO SPINOZA

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num

amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho… Não me encontrarás em

nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te

incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de

prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes

a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te

controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa

que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. Esta vida não é uma prova,

nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único

que há aqui e agora, e o único que precisas. Eu te fiz absolutamente livre.

Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um

registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo

depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única

oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu

gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua

amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te

sentes olhado, surpreendido?… Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. A única certeza é que tu estás

aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que

tantas explicações?

Não me procures fora! Não me acharás.

Procura-me dentro… aí é que estou, batendo em ti.

Baruch Spinoza ou Espinosa, ou Espinoza (1632-1677)

Page 9: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

RESUMO

O objetivo geral deste estudo foi realizar um levantamento sobre o “estado da arte”,

avaliar a influência do assento tipo sela na prática clínica do acadêmico em odontologia e a

satisfação com o tipo de assento utilizado. No artigo 1, o objetivo da revisão sistemática e

meta-análise foi verificar se o assento tipo sela proporciona menor risco ergonômico quando

comparado aos convencionais, enquanto no artigo 2, o objetivo do ensaio clínico controlado e

aleatorizado foi avaliar, em acadêmicos de Odontologia, o impacto dos assentos do tipo sela e

convencional, em relação às variáveis centro de gravidade plano frontal e lateral,

incapacidade funcional associada à condição de dor cervical e lombar e a satisfação do

assento. No artigo 1, a busca foi realizada em oito bases de dados eletrônicas e resultou em

3.147 registros, dos quais dois foram considerados elegíveis. Os achados desta revisão

indicam que o assento tipo sela proporciona menor risco ergonômico quando comparado ao

assento convencional. No artigo 2, 84 acadêmicos de Odontologia foram alocados em Grupo

Controle (GC) e Intervenção (GI). O GC (n = 40) utilizou o assento convencional nos

atendimentos clínicos e o GI (n = 44) utilizou o assento tipo sela. Após dez meses de

seguimento, observou-se redução estatisticamente significativa nos problemas cotidianos

relacionados com dores no pescoço, melhora na projeção do centro de gravidade plano lateral

para o GI (p < 0,05) e piora significativa nas médias da projeção do centro de gravidade plano

lateral para o GC (p≤0,05). O assento do tipo sela foi melhor avaliado em relação a satisfação

do assento em todos os aspectos (p < 0,001). O assento do tipo sela apresentou maior

satisfação, impactou positivamente no alinhamento corporal lateral e nos problemas

cotidianos relacionados à região cervical. Já o assento convencional apresentou impacto

negativo no alinhamento corporal lateral. Como conclusão, foi observado que o impacto do

assento tipo sela, quando comparado ao assento convencional, foi significativamente positivo

em relação ao risco ergonômico, à projeção do centro de gravidade lateral, aos problemas

cotidianos relacionados à região cervical e à satisfação. Essa Tese é original e contribuiu para

o avanço do conhecimento científico a partir de três pontos principais. Primeiro, trata-se da

primeira revisão sistemática da literatura que investigou a influência do tipo de assento sobre

o risco ergonômico entre dentistas e/ou acadêmicos de Odontologia. Segundo, refere-se ao

primeiro ensaio clínico controlado e aleatorizado que avalia o impacto de diferentes tipos de

assentos em acadêmicos de Odontologia ao longo de dez meses nas disciplinas clínicas com

paciente. Terceiro, fornece embasamento para novos estudos relacionados a essa temática,

podendo este trabalho ser alvo referencial para pesquisas de diversas áreas de estudo, e

Page 10: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

auxiliar na amenização da carência literária existente em torno do assento tipo sela na prática

clínica odontológica.

Palavras-chave: Engenharia humana. Equilíbrio Postural. Odontologia. Riscos Ocupacionais.

Page 11: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

ABSTRACT

The main objective of this study was to perform a survey on the "state of the art", as

well as to assess the influence of the saddle seat on the clinical practice of dental students and

the satisfaction with the type of seat used. In article 1, the systematic review and meta-

analysis aimed to verify whether the saddle seat provides lower ergonomic risk than

conventional seats. In article 2, the randomized and controlled clinical trial aimed to assess, in

dental students, the impact of saddle and conventional seats regarding the variables of center

of gravity of frontal and lateral planes, functional impairment associated with the condition of

cervical and low back pain, and seating satisfaction. In article 1, the search was performed in

eight electronic databases and resulted in 3,147 records, from which two were considered

eligible. The findings of this review indicate that the saddle seat provides lower ergonomic

risk than the conventional seat. In article 2, 84 dental students were allocated in Group

Control (GC) and Intervention (GI). The GC (n = 40) used the conventional seat for clinical

care and the GI (n = 44) used the saddle seat. After ten months of follow-up, a statistically

significant reduction was observed for the daily problems related to neck pain, as well as an

improvement in the projection of the center of gravity of the lateral plane for GI (p < 0.05)

and a significant worsening in the means of projection of the center of gravity of the lateral

plane for GC (p ≤ 0.05). The saddle seat was better evaluated regarding seating satisfaction in

all aspects (p < 0.001). The saddle seat presented higher satisfaction and had a positive impact

on lateral body alignment and on the daily problems regarding the cervical region, while the

conventional seat presented a negative impact on lateral body alignment. In conclusion, the

impact of the saddle seat, when compared to the conventional one, was significantly positive

regarding ergonomic risk, projection of the lateral center of gravity, daily problems related to

the cervical region, and satisfaction. This thesis is original and contributed to the development

of scientific knowledge from three main points. Primarily, it is the first systematic review in

the literature to investigate the influence of the type of seat on the ergonomic risk among

dentists and/or dental students. Second, it is the first randomized and controlled clinical trial

to assess the influence of different types of seats on dental students over one academic year in

the clinical practices with patients. Third, it provides a background for further studies related

to this topic, so this work may be a reference target for research in numerous fields of study,

and it helps to decrease the lack of literature on the topic of the saddle seat in the dental

clinical practice.

Key Words: Dentistry. Human Engineering. Postural Balance. Occupational Risks.

Page 12: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 13

2 ARTIGOS

2.1 Artigo: Assessment of the ergonomic risk provided by saddle and conventional

seats on dentistry context: a systematic review and meta-analysis.

20

2.2 Artigo: Impacto dos assentos do tipo sela e convencional na ergonomia e

satisfação de acadêmicos em odontologia: estudo clínico randomizado

44

3 DISCUSSÃO 68

4 CONCLUSÃO 71

REFERÊNCIAS 72

APÊNDICE 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 82

ANEXOS 84

Anexo 1 – Submissão do artigo 2.1 85

Anexo 2 – Registro da Revisão Sistemática 86

Anexo 3 – Certificado de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa 87

Anexo 4 – Registro do ensaio clínico 88

Anexo 5 – Questionário perfil 89

Anexo 6 – Questionário problemas cotidianos relacionados com dores no pescoço 90

Anexo 7 – Questionário problemas cotidianos relacionados com dores na lombar 92

Anexo 8 – Questionário satisfação do assento 93

Page 13: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

13

1 INTRODUÇÃO

A ergonomia, também chamada de fatores humanos é o estudo da adaptação do

trabalho ao ser humano, e tem evoluído de forma significativa ao longo dos anos. Está

consolidada como disciplina própria que estuda as interações objeto-homem no sentido do

trabalho para o ser humano (Iida, 2016). A Associação Internacional de Ergonomia (IEA,

2000) define ergonomia (ou fatores humanos) como uma “disciplina científica relacionada

com a compreensão das interações e adaptações entre seres humanos e outros elementos ou

sistemas, e a aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de aperfeiçoar

o bem-estar humano e o desempenho global do sistema”. A recorrência de ações ergonômicas

ocorre do homem para o trabalho. Isso significa que a Ergonomia deve partir do

conhecimento do homem para fazer o projeto do trabalho, tentando ajustá-lo às suas

capacidades e limitações (Iida, 2016).

A postura é a organização dos segmentos corporais no espaço (Másculo e Vidal,

2011). Não se trata apenas de manter-se em pé ou sentado, mas de "agir" dando um suporte à

tomada de informações e à ação motora no meio de trabalho (Assunção, 2004). A atividade

postural se expressa na imobilização de partes do esqueleto em posições determinadas,

solidárias umas às outras, submete-se às características anatômicas e fisiológicas do corpo

humano, ligando-se às limitações do equilíbrio e obedecendo às leis da física e da

biomecânica, a fim de agir no ambiente (Assunção, 2004; Filho, 2010). Trata-se, assim, de

organizar o espaço em referência ao seu corpo para localizar-se, deslocar-se e agir numa

perspectiva dinâmica.

A postura ideal do CD lhe dá, por um lado, condições de trabalho ótimas (acesso,

visibilidade e controle na cavidade oral) e, por outro lado, conforto físico e psicológico ao

longo da execução dos atos clínicos (Pîrvu et al., 2014). Ao longo da prática odontológica, o

cirurgião-dentista tem adotado diferentes posturas de trabalho que impactaram na sua saúde

(Barros, 2006). A primeira posição adotada foi a em pé, ao lado da cadeira, com o paciente

sentado (Hauser, 1946; Scougall, 1946; Wright, 1947).

A ergonomia na Odontologia contribui para a manutenção da saúde ocupacional dos

cirurgiões-dentistas (CD) por meio da preservação do equilíbrio entre as tecnologias

disponíveis no consultório odontológico com o sistema musculoesquelético do profissional

(Garbin et al., 2011; Pîrvu et al., 2014; Gupta et al., 2014). Assim, o principal objetivo da

ergonomia em Odontologia é agilizar o trabalho, aumentar a produtividade mantendo a saúde

postural e qualidade de vida do CD (IEA, 2000; Corrocher et al., 2014).

Page 14: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

14

Barros (2006) cita a pesquisa de E. Atzler que em seu manual de fisiologia afirma que

uma pessoa sentada consome 4% de energia e uma pessoa em pé 12%. Quando se adota a

postura em pé e inclinada este consumo energético passa para 55%, mas em contrapartida

gera grande carga de pressão concentrada sobre os membros inferiores, sendo o retorno

venoso dificultado (Maciel e Marziale, 1997; Harrison et al.,1999; Szczygieł et al., 2017).

Segundo Goldem (1959), na década de 50, seria preferível adotar a posição sentada

para minimizar o esforço muscular excessivo, que se contrapõe à força da gravidade se o

profissional permanece em pé ao longo do dia de trabalho. O mesmo autor, após 15 anos,

mostrou por meio de estudos eletromiográficos que, quando o cirurgião-dentista fica em pé,

por períodos muito prolongados, apresenta um grau de fadiga que no trabalho sentado

permanece ausente (Goldem, 1974).

Com o surgimento do mocho, nos anos 50, o CD passou a trabalhar sentado, mas em

condições bastante desfavoráveis, pois os equipamentos odontológicos não foram projetados

para serem utilizados nesta posição. A cadeira do paciente não portava mecanismos de ajustes

de elevação e inclinação, dificultado o campo de visão da cavidade oral (Seyffarth e Johnsen,

1954).

Desde o desenvolvimento da Odontologia a quatro mãos na década de 1960, a posição

sentada tornou-se a preferida na tentativa de reduzir o desconforto e fadiga típica do trabalho

dental (Kortsch, 1964; Chovet, 1965). No entanto, estudos de 1965 a 1991, apontaram que a

postura de trabalho sentada não eliminou o risco de desconforto e dor musculoesquelética

(Eugster, 1965; Pieper, 1966; Rundcrantz et al., 1990; Rundcrantz et al., 1991).

Sentar é uma posição antifisiológica, que provoca grande pressão nos discos

intervertebrais. Estudos apontam que mesmo numa postura sentada considerada “ideal”, a

mudança da posição de bipedestação para sedestação aumenta em 35% a pressão interna no

núcleo dos discos intervertebrais e todas as estruturas que ficam na parte posterior da coluna

vertebral são tensionadas (Harrison et al., 1999; Kroemer e Grandjean, 2005; Lis et al., 2007;

De Carvalho et al., 2016; Hey et al., 2017), contribuindo para a alta prevalência de dor lombar

em cirurgiões-dentistas em todo o mundo até os dias de hoje (Botha et al., 2014; Gaowgzeh et

al., 2015; Prasad et al., 2017; Mohseni-Bandpei et al., 2017; Çinar-Medeni et al., 2017)

A postura sentada é descrita como uma postura ereta, dinâmica, com cabeça e tronco

alinhados na vertical, membros inferiores fletidos acerca de 90º em quadris e tronco, e pés

apoiados no solo (Lis et al., 2007). Nesta postura, as tuberosidades isquiáticas deveriam ser os

principais pontos de apoio do corpo (Makhsous, 2009). No entanto, o projeto da maioria dos

assentos convencionais não favorece o sentar ereto e dinâmico, aumentando a tensão passiva

Page 15: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

15

dos músculos Isquiotibiais, ocorrendo uma rotação pélvica posterior, resultando em uma

postura sentada cifótica da coluna lombar (De Carvalho et al., 2016; Hey et al., 2017).

Contribui-se assim para um único perfil sagital em forma de C que compreende a coluna

torácica e lombar, aumentando a lordose cervical e a rotação pélvica posterior

(Kanalayanaphotporna, 2013; Hey et al., 2017).

Szczygieł et al. (2017) em uma revisão sistemática sobre as consequências da postura

sentada incorreta, apontaram que esta postura altera a curvatura fisiológica da coluna vertebral

e aumenta a pressão sobre os discos intervertebrais, na qual a parte da frente é comprimida e a

parte traseira estirada. Hey et al. (2017) e Szczygiel et al. (2017) corroboram que, na medida

em que a coluna vertebral cai em uma única curva em forma de C, ocorre uma mudança para

trás do núcleo pulposo, que ao longo do tempo pode levar ao desenvolvimento de hérnia de

disco.

É importante notar que a postura sentada afeta a função respiratória e a mobilidade do

tórax e do diafragma (Lee et al., 2010; Kaneko e Horie, 2012). Há diferenças na mobilidade

do tórax dependendo do tipo de cadeira. Essas diferenças consideraram as mudanças no

percurso respiratório (superior e inferior) e o tamanho da amplitude do movimento

respiratório (Ackermann et al., 2014; Szczygieł et al., 2015).

A postura sentada é influenciada pelo desenho ergonômico do assento. Diferenças

significativas entre assentos, com e sem encosto de costas, confirmam que o assento sem

encosto preserva a lordose lombar e é acompanhado de tensão muscular reduzida na região

lombar. Em contrapartida, assento com encosto predispõe a posição cifótica, achatando a

lordose lombar e contribuindo para a inclinação pélvica posterior (Morl e Brandl, 2012).

Sentar em uma postura lombar cifótica prolongada pressiona os discos vertebrais (Hey

et al., 2017; Szczygiel et al., 2017). O aumento da pressão intradiscal pode chegar a mais de

70%, caso o indivíduo sentado realize posturas incorretas por longos períodos, tais como

flexão anterior do tronco e falta de apoio de antebraço, o que pode ocasionar desconfortos

gerais e, principalmente, processos degenerativos do sistema musculoesquelético (Harrison et

al., 1999; Lis et al., 2007; Makhsous, 2009; Hey et al., 2017; Szczygiel et al., 2017).

Nos últimos anos, com a aplicação da ergonomia na odontologia ocorreu grande

avanço tecnológico (Garbin et al., 2011; Pîrvu et al., 2014; Gupta et al., 2014). No entanto, os

cirurgiões-dentistas continuam sendo uma população alvo de muitas dores articulares e

musculares, decorrentes das más posturas de trabalho em vários países (Alexopoulos et al.,

2004; Leggat et al., 2007; Hayes et al., 2009; Morse et al., 2010; Dajpratham et al., 2010;

Kierklo et al., 2011; Sustova et al., 2013; Kumar et al., 2013; Yi et al., 2013; Tirgar et al.,

Page 16: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

16

2014; Feng et al., 2014; Gupta et al., 2014; Hodacova et al., 2015; Ohlendorf et al., 2017).

Uma das principais causas destes desequilíbrios musculares e, consequentemente, problemas

musculares é a postura sentada inadequada que os CDs adotam durante o trabalho (Hayes et

al., 2009; Rafie et al., 2015). Lee et al. (2010) corroboram apontando que pequenas alterações

na postura sentada produzem mudanças tridimensionais na forma e no movimento do tronco

em indivíduos saudáveis.

Assim, para evitar posições de alcance final potencialmente dolorosas e para facilitar a

ativação dos músculos do tronco durante o estar sentado, os benefícios potenciais das posturas

da coluna lombar neutra foram enfatizados (O'Sullivan et al., 2012). Há um consenso entre

vários estudos (Scannell et al., 2003; Corlett, 2006; Dankaerts et al., 2006; Womersley et al.,

2006; Pynt et al., 2008; Claus et al., 2009; De Carvalho et al., 2010; O'Sullivan et al., 2010;

De Carvalho et al., 2011; O'Sullivan et al., 2013; De Carvalho et al., 2016; Hey et al., 2017)

que a postura sentada lordótica da coluna lombar é tida como a ideal, pois favorece uma

postura lombar neutra, minimizando a sintomatologia dolorosa e facilitando a ativação dos

músculos do tronco durante o estar sentado. Essa postura neutra é obtida através do

posicionamento da coluna lombar inferior em ligeira inclinação anterior e ligeira lordose

lombar, enquanto o relaxamento da coluna torácica é mantido (O'Sullivan et al., 2010).

Uma revisão sistemática sobre os efeitos musculoesquelético e pulmonar da posição

sentada (Szczygieł et al., 2017) concluiu que a maioria dos autores estudados corroboram em

alguns pontos: 1) a postura sentada incorreta contribui para muitas desordens, especialmente

na coluna cervical e lombar; 2) manter a curvatura da coluna vertebral fisiológica quando

sentado é crucial na biomecânica da posição sentada (a postura da cabeça e a posição da pelve

são particularmente importantes; 3) é necessário aumentar a conscientização sobre riscos

relacionados ao trabalho pela manutenção da postura sentada incorreta.

Entretanto, o uso de uma cadeira adequada não é suficiente para garantir uma postura

correta no trabalho. A posição das mãos, bem como o ponto de focalização dos olhos, tem

uma grande importância para a postura da cabeça, tronco e braços. Então, a melhor altura da

superfície de trabalho acaba por ser determinada por estas duas variantes. Em princípio, uma

superfície baixa é melhor porque os braços não precisam ser erguidos, e nesta posição, é mais

fácil aplicar forças. Em compensação, as superfícies mais altas permitem uma melhor

visualização do trabalho, sem necessidade de se curvar para frente (Dul e Weerdmeester,

2004).

No Brasil, a redação da Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia foi estabelecida pela

Portaria nº 3.751, de 23 de novembro de 1990. Esta Portaria traz em seu texto que os assentos

Page 17: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

17

utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:

a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; b) características

de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) borda frontal arredondada; d)

encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar (Brasil,

1990).

Em 2013, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2013) através da

Comissão de Estudo Especial de Ergonomia – Antropometria e Biomecânica (ABNT/CEE-

136), elaborou a NBR ISO 11226. Esta norma é uma adoção à ISO 11226:2000 (ISO, 2000).

A NBR ISO 11226 contém uma abordagem específica sobre a postura estática de trabalho da

população adulta. A amplitude articular máxima é descrita em grau respeitando as estruturas

passivas como os ligamentos. Neste documento, a postura do tronco na posição sentada é

considerada aceitável quando a coluna lombar não está retificada (cifose lombar), sendo

aceitável a coluna lombar neutra (lordótica). Entretanto, o ângulo do joelho para a postura

sentada, que impreterivelmente era preconizada a 90º, passou a ser considerada aceitável de

90º a 135º (ABNT, 2013).

Em decorrência destes primeiros passos, ao longo desta última década, observa-se uma

intensificação nas pesquisas (ensaios clínicos), delineando os efeitos dos diferentes tipos de

assentos na prática clínica do cirurgião-dentista e do acadêmico de Odontologia (Gandavadi et

al., 2007; Haddad et al., 2012; Custódio et al., 2012; Dable et al., 2014; Tran et al., 2016; De

Bruyne et al., 2016). Dentre esses, três estudaram o mocho convencional modificado

ergonomicamente (Haddad et al., 2012; Custódio et al., 2012; Tran et al., 2016) e três

estudaram o assento tipo sela (Gandavadi et al., 2007; Dable et al., 2014; De Bruyne et al.,

2016). Em todos os estudos houve uma melhora no grupo experimental, quando comparado

ao controle.

O assento tipo sela trás um olhar especial entre os estudos sobre assentos,

apresentando quatro aspectos importantes. 1) O seu projeto ergonômico inovador já foi

industrializado (Salli® saddle chair - de origem finlandesa e BambachTM Saddle Seat - de

origem australiana) e, é prontamente comercializado em vários países do mundo. 2) Esse tipo

de assento favorece a obtenção e manutenção de coluna lombar neutra pelo aumento do

ângulo do quadril (Mandal, 1981; Corlett, 1999), posição difícil de manter na maioria das

cadeiras convencionais a 90º ângulo de joelho. 3) A articulação do joelho fica posicionado

entre 120º e 135º. 4) É considerada como uma postura sentada dinâmica, pois está associada à

alta atividade muscular e ao aumento da carga espinhal devido à inclinação posterior da pelve,

Page 18: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

18

que é então contrabalançada por contrações dos músculos da coluna vertebral dorsal (Grooten

et al., 2013).

O conceito do assento tipo sela foi desenvolvido partindo dos estudos apresentados por

Corlett (1984; 1988; 1989) que indica qual a postura mais correta para a posição sentada. Este

assento foi desenhado para permitir que as nádegas e coxas não fiquem comprimidas contra a

cadeira devido ao suporte firme dos ossos ísquios. As coxas ficam inclinadas para baixo com

um ângulo de 120 a 130º entre coxa e tronco, inclinando a pelve para uma posição quase

neutra como se estivesse em pé, e ampliando a angulação do joelho. Isto permite que a região

lombar inferior e tronco superior encontrem uma postura natural e relaxada sem a necessidade

de estar encostado.

Sob o ponto de vista angular entre coxa e tronco e perna e coxa foi descrita uma

postura em que o corpo permanece numa condição neutra, com um estresse

musculoesquelético mínimo muito próximo ao posicionamento do assento em sela. Essa

posição foi encontrada durante estudos de Skylab-NASA (JSC-09551), baseados na medição

de 12 indivíduos em condições de gravidade zero e é conhecida como postura corporal neutra.

Nessa postura, a articulação coxofemoral apresenta uma angulação entre 120° e 128º e se

observa menor compressão intradiscal, além da preservação das curvaturas vertebrais dentro

de valores normais (Griffin, 1978).

Desta forma, o assento tipo sela vem sendo utilizado por profissionais da saúde,

principalmente por cirurgiões-dentistas, em substituição ao mocho convencional, objetivando

medidas preventivas ou corretivas aos problemas posturais, por reduzir a rotação posterior da

pélve, por facilitar a manutenção de uma curva natural da coluna vertebral e pela menor

compressão intradiscal (Gadge e Innes, 2007).

Mudar as condições críticas de trabalho, alterar práticas cristalizadas, enraizadas, que

ocasionam alto custo humano, requer mudar concepções pessoais, através do estudo de

normas ergonômicas atuais existentes. Esse processo de mudança deve ampliar o conceito de

postura, considerando a dinâmica do aparelho musculoesquelético, atentando-se as outras

funções do organismo implicadas na fisiologia postural, como a função visual, a mecânica

circulatória, a posição dos órgãos internos e o sistema neurológico (Assunção, 2004).

Assim, visando ampliar o conhecimento sobre a influência do assento tipo sela na

redução dos problemas posturais na prática clínica do cirurgião-dentista e do acadêmico de

Odontologia ainda pouco exploradas pela literatura, realizou-se o presente trabalho, composto

por dois estudos com desenhos metodológicos distintos.

Page 19: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

19

O corrente estudo, em formato alternativo foi baseado nas normas da Deliberação

CCPG-Nº 228/2013, composto de dois artigos, sendo um previamente submetido à

publicação. O objetivo geral deste estudo foi realizar um levantamento sobre o “estado da

arte”, avaliar o impacto do assento tipo sela na ergonomia do acadêmico em odontologia e a

satisfação com o tipo de assento utilizado.

Page 20: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

20

2 ARTIGOS

2.1 ASSESSMENT OF THE ERGONOMIC RISK PROVIDED BY SADDLE AND

CONVENTIONAL SEATS ON DENTISTRY CONTEXT: A SYSTEMATIC REVIEW

AND META-ANALYSIS

Artigo submetido ao periódico BMJ Open (Anexo 1).

Giovana Renata Gouvêa *, DDS, MSc, PhD student

Walbert de Andrade Vieira**, DDS

Luiz Renato Paranhos***, DDS, MSc, PhD

Ítalo de Macedo Bernardino****, DDS, MSc student

Jaqueline Vilela Bulgareli *, DDS, MSc, PhD

Antonio Carlos Pereira*, DDS, MSc, PhD

* Department of Community Dentistry, Piracicaba Dental School, University of

Campinas, Piracicaba, SP, Brazil.

** Department of Dentistry, University of Sergipe, Aracajú, SE, Brazil.

*** Department of Gerontology, Federal University of São Carlos, São Carlos, SP,

Brazil.

**** Postgraduate Program in Dentistry, State University of Paraíba, Campina

Grande, PB, Brazil.

Correspondence: Giovana Renata Gouvêa, Post Box 112, 13600-070, Araras-SP, Brazil

(Tel/Fax: +55 19 99820-0438; e-mail: [email protected]).

Word count: 3,709

Page 21: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

21

ABSTRACT

Background Dentistry is a profession that is highly vulnerable to musculoskeletal diseases.

Ergonomic seats were designed to improve posture quality during labor activities. Thus, the

aim of this study was to verify if the saddle-style seat provides lower ergonomic risk when

compared with conventional seats.

Methods This review followed PRISMA recommendations, and a protocol was elaborated

and registered on PROSPERO (CRD42017074918). Primary sources of research were the

electronic databases Embase, Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS),

PubMed (including MedLine), SciELO, Scopus and Web of Science. OpenThesis and Open

Grey were used to collect “grey literature”. The search was performed in August 2017. Two

reviewers assessed the eligibility criteria, independently, and performed the data extraction.

Risk of bias was evaluated through MAStARI tool. Meta-analysis was performed to estimate

the effect of seat type in ergonomic risk score in the dentistry context. The heterogeneity

among studies was assessed using the I2 statistic.

Results The search resulted in 3,147 records, of which two were considered eligible for this

review. Saddle seats were associated with significantly lower ergonomic risk, when

compared with conventional seats [right side (mean difference = -3.18; 95%CI = -4.96, -1.40;

p < 0.001) and left side (mean difference = -3.12; 95%CI = -4.56, -1.68; p < 0.001)],

highlighting a postural improvement.

Conclusions The findings suggest that saddle seats provide lower ergonomic risk when

compared with conventional seats. Although the included studies presented low risk of bias,

the results should be interpreted with caution due to the heterogeneity observed.

Keywords: Dentistry, Human Engineering, Occupational health, Posture.

INTRODUCTION

The dentist has been pointed out in the literature as a professional who is highly

vulnerable to musculoskeletal diseases,1 2

being work posture and position two of the main

factors to the development of these diseases.3 The seated posture is the body positioning most

frequently adopted by the dentist4 and is influenced by the dental seats,

5-7 since they induce

the adoption of certain postural patterns in search for a more comfortable and/or functional

position.5-7

There is evidence that the seated posture to 90° (knee angle and hip angle) does not

favor the erect and dynamic sitting,8 enhancing the passive tension of hamstring muscles,

occurring a posterior pelvic rotation and incurring in a kyphotic seated posture of the lumbar

Page 22: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

22

spine.8 9

However, the consensus among ergonomic recommendations,10

radiographic

studies,8 9

physical therapists11

and lay people’s12

analyses singled the lordotic seated posture

of the lumbar spine as ideal, since it favors a neutral lumbar posture.

The potential benefits of neutral lumbar posture were emphasized in minimizing

painful symptomatology and facilitating the activation of trunk muscles during the sitting

posture.13

This neutral posture is obtained through the positioning of the inferior lumbar spine

in slight anterior tilt and slight lumbar lordosis, while relaxation of the thoracic spine is

maintained.11

However, this position is difficult to maintain in most conventional chairs.7

Worker position and type of seat used are important factors for maintaining the

worker health, since the physiological curvature of the spine, location and correct position of

the head and pelvis are crucial for the sitting position biomechanics.14-16

Sitting incorrectly is

correlated to several musculoskeletal disorders, especially in cervical and lumbar spines,17

being a major problem for dentists.

Aiming to reduce postural problems in dentistry and to promote lumbar lordosis in the

seated position, scientific evidences have been carried out to elucidate the impact of different

types of seats in the posture of students and trained professionals16

as well as demonstrate the

importance of ergonomic seats interventions14

in reducing musculoskeletal symptoms.15

Hence, the conventional seat has been replaced by saddle stools, which allow a greater

trunk/thigh angle and favor a neutral lumbar posture.5 6 18

However, the literature does not

show yet a consensus if the saddle seat is a superior alternative to conventional ones in the

maintenance of an ideal posture. Thus, our study aimed to answer the following guiding

question: “Does the saddle seat provides lower ergonomic risk to dentists and dentistry

academics when compared with conventional seats?”. We accept the hypothesis that saddle

stools provide lesser ergonomic risk when compared with conventional ones.

METHODOLOGY

Protocol and Registry

This systematic review was carried out following the PRISMA Statement (Preferred

Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses)19

and Cochrane guidelines.20

The systematic review protocol was registered in the PROSPERO database, under the

number CRD42017074918 (https://www.crd.york.ac.uk/PROSPERO/).

Study design and eligibility criteria

This study was a systematic review, with the objective of answering the following

guiding question (based on PICO strategy): “Does the saddle seat (intervention) provides

Page 23: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

23

lower ergonomic risk (outcome) to dentists and/or dentistry academics (population) when

compared with conventional seats (comparison)?”.

In the review were included only clinical studies, in which the work posture of

dentistry academics and/or dentists were compared between conventional seats, with no

ergonomic modifications, and ergonomic saddle-type stools. There were no restrictions of

year, language, or publication status (Ahead of print).

Were excluded: 1) Studies not related to the topic; 2) Reviewing studies, letters to the

editor, personal opinions, book/book chapter, educational material, reports, abstracts, and

patents; 3) Qualitative or prevalence studies; 4) Studies that used other types of seats or

modified seats.

Sources of information and research

Primary sources of research were the electronic databases Embase, Latin American

and Caribbean Health Sciences (LILACS), PubMed (including MedLine), SciELO, Scopus

and Web of Science. OpenThesis and Open Grey were used to collect “grey literature,”

avoiding selection bias and publication bias. A manual search was also performed, through a

systematic analysis of references from the eligible articles.

Two eligibility reviewers conducted the research, in an independent manner (GG and

WAV). DeCS (Descriptors in Health Sciences – http://decs.bvs.br) and MeSH (Medical

Subject Headings – https://www.ncbi.nml.nih.gov/mesh) resources were used to select the

keywords. Boolean operators “AND” and “OR” were employed to enhance the search

strategy through several combinations (Table 1). The bibliographical research was developed

in August 2017. Obtained records were exported to the software EndNote™ Basic/Online,

desktop version (Thomson Reuters, New York, EUA), and the duplicates, removed.

Page 24: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

24

Tabela 1 - Strategies for database search. Database Search Strategy (August, 2017)

PubMed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubm

ed

("dentists"[MeSH Terms] OR "dentists"[All Fields] OR "dental students"[All Fields] OR "student of dentistry"[All Fields] OR

"undergraduate student of dentistry"[All Fields]) AND

("Posture"[MeSH Terms] OR "Posture"[All Fields] OR "human

engineering"[MeSH Terms] OR "human engineering"[All Fields]

OR "Seated Position"[All Fields] OR "Sitting Position"[All

Fields] OR "Saddle chair"[All Fields] OR "Saddle seat"[All

Fields])

603

Web Of Science http://apps.webofknowledge.com/

((("dentists" OR "dental students" OR "student of dentistry" OR

"undergraduate student of dentistry") AND ("posture" OR

“human engineering” OR "seated position" OR "sitting position"

OR "saddle chair" OR "saddle seat")))

74

Embase http://www.embase.com/

('dentists'/exp OR 'dentists' OR 'dental students'/exp OR 'dental students' OR 'student of dentistry' OR 'undergraduate student of

dentistry') AND ('posture'/exp OR 'posture' OR 'human

engineering'/exp OR 'human engineering' OR 'seated position' OR

'sitting position'/exp OR 'sitting position' OR 'saddle chair' OR

'saddle seat')

591

Scopus http://www.scopus.com/

((("dentists" OR "dental students" OR "student of dentistry"

OR "undergraduate student of dentistry" ) AND ( "posture" OR

"human engineering" OR "seated position" OR "sitting

position" OR "saddle chair" OR "saddle seat")))

646

LILACS http://lilacs.bvsalud.org/

(((("dentists" OR "dentistry" OR "dental students" OR "student of

dentistry" OR "undergraduate student of dentistry") AND

("Posture" OR "Seated Position" OR "Sitting Position" OR

"human engineering" OR "Dental Equipment" OR "Equipment

Dental" OR "Saddle chair" OR "Saddle seat"))) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

160

(“cirurgião-dentista” AND "postura") AND (instance:"regional")

AND ( db:("LILACS"))

21

(“cirurgião-dentista” AND "postura sentada" ) AND (instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

7

(“cirurgião-dentista” AND “mocho odontológico” ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

2

(“cirurgião-dentista” AND “Assento tipo sela”) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“estudantes de odontologia” AND "postura" ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

17

(“estudantes de odontologia” AND "posição sentada") AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“estudantes de odontologia” AND “mocho odontológico”) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“estudantes de odontologia” AND “Assento tipo sela”) AND (instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“odontologia” AND "postura" ) AND (instance:"regional") AND

( db:("LILACS"))

88

(“odontologia” AND "postura sentada" ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

25

(“odontologia” AND “mocho odontológico” ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

2

(“odontologia” AND “assent tipo sela” ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“dentista” AND "postura" ) AND (instance:"regional") AND (

db:("LILACS"))

27

Page 25: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

25

(“dentista” AND "postura de sentado" ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

8

(“dentista” AND “equipo dental” ) AND (instance:"regional")

AND ( db:("LILACS"))

31

(“dentista” AND “"Taburete de silla de montar"”) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“estudiantes de odontología” AND "postura" ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

9

(“estudiantes de odontología” AND "posição de sentado") AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“estudiantes de odontología” AND “equipo dental” ) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

20

(“estudiantes de odontología” AND “Taburete de silla de

montar”) AND (instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“odontología” AND "postura" ) AND (instance:"regional") AND

( db:("LILACS"))

88

(“odontología” AND "posição de sentado") AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

(“odontología” AND “equipo dental”) AND (instance:"regional")

AND ( db:("LILACS"))

220

(“odontología” AND “Taburete de silla de montar”) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS"))

0

SciELO http://www.scielo.org/

(("dentists" OR "dental students" OR "student of dentistry" OR

"undergraduate student of dentistry") AND ("posture" OR human

engineering OR "seated position" OR "sitting position" OR "saddle chair" OR "saddle seat"))

107

cirurgião-dentista AND postura 3

cirurgião-dentista AND postura sentada 0

cirurgião-dentista AND mocho odontológico 0

cirurgião-dentista AND assento tipo sela 0

estudantes de odontologia AND postura 4

estudantes de odontologia AND posição sentada 0

estudantes de Odontologia AND mocho odontológico 0

estudantes de Odontologia AND assento tipo sela 0

odontologia AND postura 14

odontologia AND posição sentada 0 odontologia AND mocho odontológico 0

odontologia AND assento tipo sela 0

dentista AND postura 6

dentista AND postura de sentado 0

dentista AND equipo dental 10

dentista AND Taburete de silla de montar 0

estudiantes de Odontología AND postura 10

estudiantes de Odontología AND posição de sentado 0

estudiantes de Odontología AND equipo dental 6

estudiantes de Odontología AND taburete de silla de montar 0

odontología AND postura 14

odontología AND posição de sentado 0 odontología AND equipo dental 26

odontología AND taburete de silla de montar 0

OpenGrey http://www.opengrey.eu/

(("dentists" OR "dental students" OR "student of dentistry" OR

"undergraduate student of dentistry") AND ("posture" OR

“human engineering” OR "seated position" OR "sitting position" OR "saddle chair" OR "saddle seat"))

1

OpenThesis http://www.openthesis.org/

(("dentists" OR "dental students" OR "student of dentistry" OR

"undergraduate student of dentistry") AND ("posture" OR “human engineering” OR "seated position" OR "sitting position"

OR "saddle chair" OR "saddle seat"))

153

TOTAL 2993

Page 26: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

26

Selection of studies

The selection of studies was performed in three stages. In stage 1, titles were

systematically analyzed by two reviewers (GG and WAV), independently. Articles in which

the titles corresponded to the objectives of the study were selected for stage 2. In this stage,

the abstracts were also systematically analyzed by two reviewers (GG and WAV). At such

moment, studies that were not related to the topic, reviews, letters to editors, personal

opinions, book/book chapter, educational material, reports, abstracts, patents, qualitative or

observational studies, as well as those that used other types of seats or modified ones were

excluded. Articles with titles corresponding to study objectives, but which had no abstract,

were fully reviewed in stage 3.

In a third stage, full texts of the preliminary eligible studies were obtained and

evaluated to verify if they corresponded to the eligibility criteria. When those two reviewers

could not reach an agreement, a third reviewer (LRP) was consulted to make a final decision.

Rejected studies were separately recorded, along with the explicit grounds for exclusion.

Process of data collection and extraction

Data were extracted by two authors (GG and WAV) with spreadsheets specially

designed for data extraction, which included the following information: article identification

(author, year, and country of the study); sample characteristics (number of patients in each

study, mean age, gender distribution, school year); type of intervention (type of seat, training

time, time until evaluation onset); methods for obtaining the results (method used in posture

evaluation, method of image analysis, and calibration time). Any disagreement was

discussed, and a third reviewer (LRP) was consulted when necessary.

Individual risk of bias of the studies

Risk of bias in the selected studies was assessed through MAStARI (Meta-Analysis of

Statistics Assessment and Review Instrument).21

Two authors (WAV and LRP)

independently assessed each domain in relation to bias potential risk. For evaluation, the

following questions were used: 1) Was the study based on a random or pseudo-random

sample?; 2) Were the criteria for inclusion in the sample clearly defined?; 3) Were the

confounding factors identified, and the strategies to deal with them stated?; 4) Were

outcomes assessed using objective criteria?; 5) If comparisons were being made, was there

sufficient description of groups?; 6) Was follow-up carried out over a sufficient time period?;

7) Were the outcomes of people who withdrew described and included in the analysis?; 8)

Were outcomes measured in a reliable way?; 9) Was appropriate statistical analysis used?

The risk of bias was categorized as High when the studies reached up to 49% of “yes” score,

Page 27: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

27

Moderate when it reached 50% to 69%, and Low when the study reached more than 70% of

the “yes” score.

Outcome measures and data analysis

Meta-analysis for continuous outcome was performed to estimate the effect of seat

type in ergonomic risk score in the dentistry context.20

Heterogeneity among studies was

assessed using I2 statistic, and classified as follows: low (I

2 < 25%), moderate (I

2 = 50%), and

high (I2 > 75%).

22 The random model was selected to minimize the effect of heterogeneity

among studies.23

Publication bias was not evaluated since there were no sufficient studies to

be grouped in a funnel plot. The software Review Manager, version 5.3 (RevMan, Cochrane

Collaboration), was used to perform all the statistical analyses.

RESULTS

Selection of studies

During the first stage of studies selection, 2,993 records were found, distributed in six

electronic databases. After removal of the records that were repeated/duplicated, 1,918

articles proceeded to the analysis of titles and abstracts. A total of 154 studies of “grey

literature” was found by the search strategy, although only one was related to this study

objectives. Subsequently to the analysis of titles and abstracts, only 3 studies were eligible for

full-text analysis. References of studies that were initially eligible were carefully assessed, to

verify the possible existence of articles that were absent of the main search strategy.

However, from the 3 studies included at this stage, 1 was excluded for being a thesis that

resulted in an eligible article. Therefore, 2 articles proceeded to the results analysis. Figure 1

reproduces the process of searching, identifying, including, and excluding articles.

Page 28: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

28

Figure 1 Flowchart of the process of searching and selecting the literature, adapted from

PRISMA.19

Page 29: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

29

Characteristics of studies

Both eligible studies5 6

commented on the research ethical criteria and clarified on the

use of consent forms for research subjects. No studies presented sample calculation, or study

power. The analysis resulted in a total sample of 150 dentistry academics. There were no

studies with professional dentists. The studies were performed at the United Kingdom5 in

2007 and at India6

in 2014. One compared the Salli Saddle Chair with a conventional seat,6

and the other compared a Bambach Saddle Seat with a conventional seat.5 Both studies

5 6

were held with second-year students of the dentistry program, who were in the beginning of

their laboratory activities with phantom heads use.

Eligible studies5 6

conducted training with the participants as to the correct posture and

use of each type of seat. Evaluation was conducted after a time period for the students to get

used to the seats. A summary of the main characteristics of these studies is described in Table

2.

Page 30: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

30

Table 2 – Summary of the main characteristics of the eligible studies.

Author,

Year, and

Country

Seat types Sample (n) School

period

Location Performed

procedure

Training

time

Time for

assessment

Method for

evaluation

Methods

of

analysis

Calibration

time

Gandavadi et

al., 2007,

Reino Unido

Bambach Saddle

Seat (BSS)

Conventional

Seat (CS)

Bambach Saddle

Seat: 30

Conventional

Seat: 30

2nd

year

Preclinical

laboratory

Cavity preparation

of mandibular arch

teeth in a

mannequin

10 weeks 2 weeks RULA* Photos 10 minutes

Dable et al.,

2014, India

Salli Saddle

Chair (SSC)

Conventional

chair with back

rest (CC1)

Conventional

chair without

back rest (CC2)

Salli Saddle

Chair: 30

Conventional

chair with back

rest: 30

Conventional

chair without

back rest: 30

2nd

year

Preclinical

laboratory

Cavity preparation

of the first

mandibular

premolar in a

mannequin

12 weeks 3 days RULA* Videos 15 minutes

Note. *RULA: Rapid Upper Limb Assessment.

Table 3 – Risk of bias, assessed trough the Meta-Analysis of Statistics Assessment and Review Instrument (MAStARI) evaluation tool47.

Authors Q.1 Q.2 Q.3 Q.4 Q.5 Q.6 Q.7 Q.8 Q.9 %yes/risk

Gandavadi et al., 2007 √ √ – √ √ NA NA √ √ 85.7%/Low

Dable et al., 2014 √ √ – √ √ NA NA √ √ 85.7%/Low

Note. Q.1) Was the study based on a random or pseudo-random sample?; Q.2) Were the criteria for inclusion in the sample clearly defined?; Q.3) Were confounding factors

identified, and strategies to deal with them, stated?; Q.4) Were outcomes assessed using objective criteria?; Q.5) If comparisons were being made, was there sufficient description of groups?; Q.6) Was follow-up carried out over a sufficient time period?; Q.7) Were the outcomes of people who withdrew described and included in the

analysis?; Q.8) Were outcomes measured in a reliable way?; Q.9) Was appropriate statistical analysis used? / NA = Not Applicable; √ = Yes; “–” = No.

Page 31: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

31

Risk of bias in the studies

Both studies5 6

presented low risk of bias in the MAStARI tool.21 Detailed

information on risk of bias of the included studies can be found in Table 3. Items 6 and 7 of

Table 3 were deemed “not applicable” (NA) to all studies, since they were studies on which

the participants were evaluated only once, not requiring monitoring time and not presenting

the possibility of abandonment during evaluation.

Results of individual studies and meta-analysis

The selected studies used the assessment method RULA (Rapid Upper Limb

Assessment), which analyzes the overload concentrated in the neck and upper limbs during

work, in addition to evaluating the static muscle work and the forces exerted by the analyzed

segments. The calibration time established by the studies ranged from 105 to 15

6 minutes, in

such a way the students could focus on their work, being evaluated after it. In both studies the

students held the preparation of a mandibular tooth in a mannequin.

According to Gandavadi et al.5 study, photographs were taken both from the left and

right sides; in turn, in the study by Dable et al.6

the analysis was performed from static

images taken from videos. The results showed that ergonomic seats (Salli Saddle Chair and

Bambach Saddle Seat) had lower scores than those provided by conventional seats. In the

Dable et al.6 study, the authors also used image magnification lenses in order to perform

comparisons between the groups, and showed that, in such system, the scores were even

lower.

Figure 2 presents the forest plots. Mean differences in ergonomic risk score and their

respective confidence intervals at 95% are represented by squares for the individual studies.

The diamonds at the bottom represent the general means estimated from the included studies.

Meta-analysis results showed that saddle seats are associated with significantly lower scores

of ergonomic risk when compared with conventional seats [right side (mean difference = -

3.18; 95% CI = -4.96, -1.40; p < 0.001) and left side (mean difference = -3.12; 95% CI = -

4.56, -1.68; p < 0.001)], indicating a postural improvement. The overall mean difference in

ergonomic risk score was -3.16 (95% CI = -4.02, -2.30; p <0.001).

Page 32: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

32

Figure 2 Effect of type of seat (Saddle versus Conventional) on ergonomic risk score in dentistry context, evaluated through RULA scale.

Page 33: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

33

DISCUSSION

This study aimed to compare the ergonomic risk of saddle and conventional seats,

used in labor practices of dentists and/or dentistry academics. The results indicate there is a

superiority of saddle seat regarding conventional seats, thus confirming the initial hypothesis.

Dentists, over the dental practice, adhere to standing or seated working postures that

impacted their health. To work standing up and leaning forward generates a great load of

concentrated pressure on lower limbs, interfering in the venous return.17

On the other hand,

keeping a seated posture for long periods increases the intradiscal pressure, compressing the

spine.8 9

The complexity in conducting experimental studies in a non-convenience sample can

lead to non-control of bias in the clinical routine, and to the great physical displacement of

researchers for monitoring and data collections. Another factor that might be crucial to this

absence of clinical essays with dentists is the formation of experimental and control groups,

which are homogeneous in variables of age and time of profession. These variables reflect

mainly in already acquired musculoskeletal diseases (and in the resistance to changing usual

postural practices).24 25

All these highlighted factors are easier to overcome with dentistry

academics, which reflects the results of this review since both studies were conducted with

this group.

In both eligible studies,5 6

dentistry academics were oriented to perform a cavity

preparation on mandibular teeth, in a mannequin at the preclinical laboratory. It is well known

that a procedure carried out in dental mannequin does not totally reproduce the reality in

dentistry routine, since a real patient has variables such as age (older people or children),

anatomical structures (tongue, cheek, oral opening limitation), special care (physical and/or

mental disabilities), altered psychological states (fear and/or anxiety), obesity, and pregnancy,

which can alter and complicate the operational procedure. However, it is in the preclinical

laboratory, with procedures in mannequins, that academics experience the first body postures,

adapting their body to the seat, to static posture, reduced field of vision, dental procedure,

precision of fine movements, and, especially, to the fear and insecurity of dealing with

something new.26

Dentistry labor conditions are constricted to the restricted area of the oral cavity,

which requires access, visibility, and control.27

The work posture is usually a trade-off

between neutral posture and the posture needed for an optimal vision of the oral cavity,28

which may cause both muscular and joint pain1 29

as well as postural abnormalities.30

Thus,

some dental chairs were studied, aiming to provide better physical comfort and/or

Page 34: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

34

functionality in care.5,7

The results of such studies showed improvement in experimental

groups when compared with control group in the studied variable. The saddle seat has an

innovative ergonomic project, and is within the norms31

of ISO 11226:2000, being promptly

commercialized in several countries worldwide. Another important factor of this type of seat

is the favoring and maintenance of neutral and dynamic seated postures that this seat

provides.5 6

Neutral seated postures are associated with high muscular activity, and with the

increase of spinal load due to the posterior tilt of pelvis, which is then balanced by contraction

of muscles in dorsal spine,32

which is considered a dynamic posture.

Interdisciplinarity between bioengineering and health sciences leads to improvements

of clinical relevance and research.10 18 33 34

Dynamic seats35 36

with a slight forward

inclination,18 34 37

with or without lumbar backrest,35

that favor support in the ischia,10 38

are

the challenges for new seat projects.

Besides the seat design, human, occupational, and organizational factors also play an

important role in terms of load conditions in the human body.39 41

Thus, to facilitate the

positioning and maintenance of the natural curves of lumbar spine (cervical lordosis, thoracic

kyphosis, lumbar lordosis, and sacral kyphosis), allowing a neutral seated posture,13 37

in such

a way that the muscles and intervertebral discs can alternate between relaxation and loading,

is beneficial to the nutrition of muscles42

and intervertebral discs,43

and may reduce

ergonomic risks.

One of the observation methods of ergonomic risk most cited in the literature, and also

used in both eligible studies in this review, is the Rapid Upper Limb Assessment (RULA). In

this method, the position of individual body segments is observed and noted, with scores

increasing according to the growing deviation of neutral posture.44

The validity and reliability

of this method were assessed through diverse studies44 45

and this is considered to be an

adequate method to assess the dentists’46

and dentistry academics’47

body postures. In these

studies, body positions were differently assessed. Gandavadi et al.,5 assessed the work

posture, from the right and the left sides, through digital photos. Dable et al.,6 in turn, used

videos, which were paused at every postural position and at every body movement, from the

right and the left sides. Thus, the resources to image capture were distinct, but the assessment

and final score, in both studies, was held in a static image.46

Evaluators’ observations to the

static images may be associated with the uncertainty regarding camera angle.48

In our study, the images of body postures of the dentistry academics started to be taken

after a period of 10 to 15 minutes in a familiar environment. Given the long time of capture, it

is likely the participants concentrated in the proposed activity and kept postural habits of

Page 35: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

35

usual routine; hence diminishing the Hawthorne effect,49

a phenomenon in which participants

change their behavior once they know they are being watched. Thus, the ergonomic risk was

assessed in groups that used conventional and saddle-type seats. Results pointed an

intermediate to high score for ergonomic risk in the groups using the conventional seat, what

is consistent with other studies.47 50

Dental procedures require high precision, and are often performed with unsupported

arms, and the spine in rotation and flexed forward.29

These characteristics of attendance,

associated with a static and non-neutral seated position (lumbar and cervical kyphosis),

increase the pressure on intervertebral discs, which can lead to the development of herniated

disc over time.8 17

Static work procedures that involve maintenance of unsupported arms cause

additional muscular tension, considering that muscular resistance is necessary to perform the

respective tasks in isometric positions.5

Besides the postural problems, the use of static occupational seats,51

combined with a

sedentary lifestyle, is associated with cardiovascular diseases52

and cardiometabolic risk

biomarkers.53

In addition, static sitting in a conventional chair, which does not facilitate the

postural change, is associated with comfort and muscle rest by the vast majority of the

population, becoming problematic when it occurs over long periods of time.17

A more detailed view of “active” or “dynamic” sitting is relatively recent.5-6 32 54

Dynamic sitting, with greater knee angle amplitude, can avoid high ergonomic risk

positioning due to the following reasons: a) facilitating the trunk muscles activation during

the seated posture,37

b) favoring the lordotic seated position, which is considered ideal, 8-12 55

c) promoting a dynamic seated posture,37

and d) promoting lesser intradiscal compression,18

thus corroborating our results, which showed lower levels of ergonomic risk in groups that

used saddle seats. However, there is a study7 in which the authors suggest that the use of the

saddle seat, during 15.5 minutes, results in a slightly hyperlordotic posture. Saddle seats

completely change the usual way of sitting, both due to its innovative design and to the

angulation change of knee and hip joints, being necessary a previous training to its utilization.

Maintenance of lumbar lordosis while sitting, through the stabilization and movement of the

lumbosacral spine, depends on the complex interaction among muscles, ligaments, and fascia

surrounding the trunk.56

The loss of segment stability of the spine, due to hypotonia, can lead

to overload or excessive stretching of internal articular structures during global body

movements, and predispose the onset of musculoskeletal system dysfunctions and painful

symptomatology in the spine.57

Thus, tonicity is an essential factor for positioning and

maintenance of neutral seated posture in dynamic seats.

Page 36: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

36

Dynamic seats, such as saddle seats, favor the neutral posture, increase energy

expenditure due to the effort in maintaining balance while seated, and aim to solve the

negative effects of the prolonged work session.55

The body asks for movement, the muscles

seek electrical activity. To seat should be an active phenomenon, not a static one, involving a

regular movement of the spine or a postural change.8 9

Dynamic seats allow constant

movement while sitting, due to the chair design.13 37

However, it is important to highlight that the adoption of a good posture, and the use

of correct furniture, are not enough to reduce the overload in musculoskeletal system tissues

of dentists.58 59

Four-handed dentistry, equipment organization in the workspace, and the

correct positioning of the patient, illumination, and auxiliary components should be observed

and watched in dentistry clinical practice.58 59

The dentist should also improve the muscular

system conditioning through interventions with physical exercises, which increase the

muscular resistance and the proprioception, as well as the postural re-education, in order to

provide stability to the spine.38

Our study is not exempt from limitations. One of them is the few clinical studies on

the subject in the scientific literature. In the two included studies, data collection was

performed only at the end of monitoring. It is noteworthy that short-term investigations of

seated posture, might not completely represent the biological time-dependent responses.

Future studies are recommended to determine whether the effectiveness of a saddle-type stool

intervention maintain the benefits in the long-term, especially concerning neutral lumbar

posture. Therefore, we believe that future studies, addressing the long-term effects of saddle

seats, need to be designed to take these factors into account.

On the other hand, this is an original review and contributed to the advancement of

scientific knowledge from three main points. First, this is the first systematic literature review

that investigated the influence of the type of seat on ergonomic risk among dentists and/or

dentistry academics. Second, the low risk of bias in the eligible studies enables more

consistent and reliable conclusions from the obtained data. Third, results of both the

individual studies and the meta-analysis confirmed that the type of seat chosen may influence

the ergonomic risk in dentistry context, generating important implications for the clinical

practice.

Page 37: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

37

CONCLUSION

Our findings indicate that saddle seats provide lower ergonomic risk when compared

with conventional seats. Although the included studies presented a low risk of bias, the results

should be interpreted with caution due to the heterogeneity observed.

REFERENCES

1- Feng B, Liang Q, Wang Y, et al. Prevalence of work-related musculoskeletal symptoms of

the neck and upper extremity among dentists in China. BMJ Open

2014;4:e006451.doi:10.1136/bmjopen-2014-006451.

2-Tirgar A, Javanshir K, Talebian A, et al. Musculoskeletal disorders among a group of

Iranian general dental practitioners. J Back Musculoskelet Rehabil 2015;28:755-

59.doi:10.3233/BMR-140579.

3- Rafie F, Zamani Jam A, Shahravan A, Raoof M, Eskandarizadeh A. Prevalence of upper

extremity musculoskeletal disorders in dentists: symptoms and risk factors. J Environ Public

Health. 2015;2015:517346.doi: 10.1155/2015/517346.

4- Endo k, Suzuki H, Nishimura H, et al. Sagittal lumbar and pelvic alignment in the standing

and sitting positions. J Orthop Sci 2012;17:682-86.doi:10.1007/s00776-012-0281-1.

5- Gandavadi A, Ramsay JRE, Burke FJT. Assessment of dental student posture in two

seating conditions using RULA methodology - a pilot study. Br Dent J 2007;203:601-

05.doi:10.1038/bdj.2007.1047.

6- Dable RA, Wasnik PB, Yeshwante BJ, et al. Postural Assessment of Students Evaluating

the Need of Ergonomic Seat and Magnification in Dentistry. J Indian Prosthodont Soc

2014;14:51-58.doi:10.1007/s13191-014-0364-0

7- De Bruyne MAA, Van Renterghem B, Baird A, et al. Influence of different stool types on

muscle activity and lumbar posture among dentists during a simulated dental screening task.

Appl Ergon 2016;56:220-226.doi:10.1016/j.apergo.2016.02.014.

Page 38: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

38

8- Hey HW, Wong CG, Lau ET, et al. Differences in erect sitting and natural sitting spinal

alignment-insights into a new paradigm and implications in deformity correction. Spine J

2017;17:183-89.doi:10.1016/j.spinee.2016.08.026.

9- De Carvalho D, Grondinb D, Callaghanc J. The impact of office chair features on lumbar

lordosis, intervertebral joint and sacral tilt angles: a radiographic assessment. Ergonomics

2016;60:1393-04.doi:10.1080/00140139.2016.1265670.

10- Corlett EN. Background to sitting at work: research-based requirements for the design of

work seats. Ergonomics 2006;49:1538–46.doi:10.1080/00140130600766261.

11- O’Sullivan K, O’Dea P, Dankaerts W, et al. Neutral lumbar spine sitting posture in pain-

free subjects. Man Ther 2010;15:557-61.doi:10.1016/j.math.2010.06.005.

12- O'Sullivan K, O'Keefe H, O'Sullivan G, et al. Perceptions of sitting posture among

members of the community, both with and without non-specific chronic low back pain. Man

Ther 2013;18:551-56.doi:10.1016/j.math.2013.05.013.

13- O'Sullivan K, McCarthy R, White A, et al. Can We Reduce the Effort of Maintaining a

Neutral Sitting Posture? A Pilot Study. Man Ther 2012;17:566-

71.doi:10.1016/j.math.2012.05.016.

14- Driessen MT, Proper KI, Van Tulder M W, et al. The effectiveness of physical and

organizational ergonomic interventions on low back pain and neck pain: A systematic review.

Occup Environ Med 2010;67:277–85.doi:10.1136/oem.2009.047548

15- van Niekerk SMS, Louw QQA, Hillier SS. The effectiveness of a chair intervention in the

workplace to reduce musculoskeletal symptoms. A systematic review. BMC Musculoskeletal

Disord 2012;13:145.doi:10.1186/1471-2474-13-145.

16- Curran M, O’Sullivan L, O’Sullivan P, et al. Does Using a Chair Backrest or Reducing

Seated Hip Flexion Influence Trunk Muscle Activity and Discomfort? A Systematic Review.

Hum Factors 2015;57:1115–48.doi:10.1177/0018720815591905.

Page 39: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

39

17- Szczygieł E, Zielonka K, Mętel S, et al. Musculo-skeletal and pulmonary effects of sitting

position - a systematic review. Ann Agric Environ Med 2017;24:8-

12.doi:10.5604/12321966.1227647.

18- Gadge K, Innes E. An investigation into the immediate effects on comfort, productivity

and posture of the Bambach saddle seat and a standard office chair. Work 2007;29:189-03.

19- Liberati A, Altman DG, Tetzlaff J, et al. The PRISMA statement for reporting systematic

reviews and meta-analyses of studies that evaluate healthcare interventions: explanation and

elaboration. BMJ 2009;339:b2700.doi:10.1136/bmj.b2700.

20- Higgins JPT, Green S (editors): Cochrane Handbook for Systematic Reviews of

Interventions Version 5.1.0 [updated March 2011]. The Cochrane Collaboration, 2011.

Available from http://handbook.cochrane.org. Accessed 25 Ago 2017.

21- The Joanna Briggs Institute. Joanna Briggs Institute Reviewers’ Manual: 2011 edition.

Australia: The Joanna Briggs Institute; 2011.

22- Higgins JP, Thompson SG. Quantifying heterogeneity in a meta-analysis. Stat Med

2002;21:1539–58.doi:10.1002/sim.1186.

23- DerSimonian R, Laird N. Meta-analysis in clinical trials revisited. Contemp Clin Trials

2015;45:139-45.doi:10.1016/j.cct.2015.09.002.

24- Esquirol Y, Niezborala M, Visentin M, et al. Contribution of occupational factors to the

incidence and persistence of chronic low back pain among workers: results from the

longitudinal VISAT study. Occup Environ Med 2017;74:243-51.doi:10.1136/oemed-2015-

103443.

25- Aicardi G, Alvarez J, Cotobal F, Hernandez M, Cumplido M, Lourdes Barrueco. Effect of

age and body mass index as risk factor for occupational contingencies in healthcare workers

Occup Environ Med 2017;74:A138-A139.

Page 40: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

40

26- Hayes MJ, Smith DR, Taylor JA. Musculoskeletal disorders in a 3 year longitudinal

cohort of dental hygiene students. J Dent Hyg 2014;88:36-1.

27- Pîrvu C, Pătraşcu I, Pîrvu D, et al. The dentist’s operating posture – ergonomic aspects. J

Med Life 2014;7:177-82.

28- Bolderman FW, Bos-Huizer JJA, Hoozemans MJM. The Effect of Arm Supports on

Muscle Activity, Posture, and Discomfort in the Neck and Shoulder in Microscopic Dentistry:

Results of a Pilot Study. IIE TOEHF 2017;5:92-105.doi:10.1080/24725838.2017.1335659.

29- Ohlendorf D, Erbe C, Nowak J, et al. Constrained posture in dentistry - a kinematic

analysis of dentists. BMC Musculoskelet Disord 2017;18:291.doi:10.1186/s12891-017-1650-

x.

30- Vakili L, Halabchi F, Mansournia MA, et al. Prevalence of Common Postural Disorders

Among Academic Dental Staff. Asian J Sports Med 2016;7:e29631.doi:10.5812/asjsm.29631.

31- International Ergonomics Association. Nordic Ergonomics Society. The Discipline of

Ergonomics 2000. Available from URL: http://www.nordiskergonomi.org. Accessed 27 Ago

2017.

32- Grooten WJ, Äng BO, Hagströmer M, et al. Does a dynamic chair increase office

workers' movements? - Results from a combined laboratory and field study. Appl Ergon

2017;60:1-11.doi:10.1016/j.apergo.2016.10.006.

33- George SC, Meyerand ME, On behalf of the council of chairs of biomedical Engineering.

Challenges and Opportunities: Building a Relationship Between a Department of Biomedical

Engineering and a Medical School. Ann Biomed Eng 2017;45:521–24.doi:10.1007/s10439-

016-1785-1.

34- Zemp R, Taylor WR, Lorenzetti S. Seat pan and backrest pressure distribution while

sitting in office chairs. Appl Ergon 2016;53:1-9.

Page 41: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

41

35- Kingma I, Van Dieën JH. Static and Dynamic Postural Loadings During Computer Work

in Females: Sitting on an Office Chair Versus Sitting on an Exercise Ball. Appl Ergon

2009;40:199–05.doi:10.1016/j.apergo.2008.04.004.

36- van Uffelen JG, Wong J, Chau JY, et al. Occupational Sitting and Health Risks: A

Systematic Review. Am J Prev Med 2010;39:379-88.doi:10.1016/j.amepre.2010.05.024.

37- O'Sullivan K, McCarthy R, White A, et al. Lumbar Posture and Trunk Muscle Activation

During a Typing Task When Sitting on a Novel Dynamic Ergonomic Chair. Ergonomics

2012;55:1586-95.doi:10.1080/00140139.2012.721521.

38- Pynt J, Higgs J, Mackey M. Seeking the optimal posture of the seated lumbar spine.

Physiother Theory Pract 2001;17:5-21.doi:10.1080/09593980151143228.

39- Eriksen W, Bruusgaard D, Knardahl S. Work factors as predictors of intense or disabling

low back pain; a prospective study of nurses’ aides. Occup Environ Med 2004;61:398–04.

doi:10.1136/oem.2003.008482.

40- Molenbroek JFM, Albin TJ, Vink P. Thirty years of anthropometric changes relevant to

the width and depth of transportation seating spaces, present and future. Appl Ergon

2017;65:130-38.doi:10.1016/j.apergo.2017.06.003.

41- Steenbeek R, Dam LV, Vroome ED. 0263 Determinants of occupational diseases in the

Netherlands: risks at the individual and the population level. Occup Environ Med

2017;74:A81.doi:10.1136/oemed-2017-104636.214.

42- Visser B, Van Dieën JH. Pathophysiology of upper extremity muscle disorders. J

Electromyogr Kinesiol 2006;16:1-16.doi:10.1016/j.jelekin.2005.06.005.

43- Belavý DL, Albracht K, Bruggemann GP, et al. Can Exercise Positively Influence the

Intervertebral Disc? Sports Med 2016;46:473-85.doi:10.1007/s40279-015-0444-2.

44- McAtamney L, Nigel Corlett E. RULA: A survey method for the investigation of work-

related upper limb disorders. Appl Ergon 1993;24:91-9.

Page 42: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

42

45- Levanon Y, Lerman Y, Gefen A, et al. Validity of the modified RULA for computer

workers and reliability of one observation compared to six. Ergonomics 2014;57:1856-

63.doi:10.1080/00140139.2014.952350.

46- Park HS, Kim J, Roh HL, et al. Analysis of the risk factors of musculoskeletal disease

among dentists induced by work posture.J Phys Ther Sci 2015;27:3651-

54.doi:10.1589/jpts.27.3651.

47- Movahhed T, Dehghani M, Arghami S, et al. Do dental students have a neutral working

posture? J Back Musculoskelet Rehabil 2016;29:859-64.doi:10.3233/BMR-160702.

48- Qu Y, Hwang J, Lee KS, et al. The effect of camera location on observation-based

posture estimation. Ergonomics 2012;55:885-97.doi:10.1080/00140139.2012.682165.

Rafie F, Zamani Jam A, Shahravan A, et al. Prevalence of upper extremity musculoskeletal

disorders in dentists: symptoms and risk factors. J Environ Public Health

2015;2015:517346.doi:10.1155/2015/517346.

49- Gillespie R. Manufacturing knowledge: A history of the Hawthorne experiments.

Cambridge: Cambridge University Press; 1993.

50- Petromilli NSGP, Polli GS, Campos JA. Working postures of dental students: ergonomic

analysis using the Ovako Working Analysis System and rapid upper limb assessment. Med

Lav 2013;104:440-47.

51- Brown WJ, Miller YD, Miller R. Sitting time and work patterns as indicators of

overweight and obesity in Australian adults. Int J Obes Relat Metab Disord 2003;27:1340–

46.doi:10.1038/sj.ijo.0802426.

52- Dunstan DW, Barr EL, Healy GN, et al. Television viewing time and mortality: the

Australian diabetes, obesity and lifestyle study (AusDiab). Circulation 2010;121:384–

91.doi:10.1161/CIRCULATIONAHA.109.894824.

53- Thorp AA, Healy GN, Owen N, et al. Deleterious associations of sitting time and

television viewing time with cardiometabolic risk biomarkers: Australian diabetes, obesity

Page 43: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

43

and lifestyle (AusDiab) study 2004–2005. Diabetes Care 2010;33:327–34.doi:10.2337/dc09-

0493.

54- Synnott A, Dankaerts W, Seghers J, et al. The effect of a dynamic chair on seated energy

expenditure. Ergonomics 2017;60:1384-92.doi:10.1080/00140139.2017.1324114.

55- Pynt J, Mackey MG, Higgs J. Kyphosed seated postures: extending concepts of postural

health beyond the office. J Occup Rehabil 2008;18:35-5.doi:10.1007/s10926-008-9123-6.

56- Vleeming A, Schuenke MD, Danneels L, et al. The functional coupling of the deep

abdominal and paraspinal muscles: the effects of simulated paraspinal muscle contraction on

force transfer to the middle and posterior layer of the thoracolumbar fascia. J Anat

2014;225:447-62.doi:10.1111/joa.12227.

57- Hebert JJ, Koppenhaver SL, Magel JS, et al. The relationship of transversus abdominis

and lumbar multifidus activation and prognostic factors for clinical success with a

stabilization exercise program: a cross-sectional study. Arch Phys Med Rehabil 2010;91:78-

5.doi:10.1016/j.apmr.2009.08.146.

58- Presoto CD, Wajngarten D, Garcia PPNS. Risk Factors of Musculoskeletal Disorders in

Dental Students – A Qualitative Study. Br J Med Med Res 2016;18:1-9.doi:

10.9734/BJMMR/2016/30232.

59- Garcia PP, Gottardello AC, Wajngarten D, Presoto CD, Campos JA. Ergonomics in

dentistry: Experiences of the practice by dental students. Eur J Dent Educ 2016;21:175-

79.doi:10.1111/eje.12197.

Funding This work was funded by the Coordination for the Improvement of Higher

Education Personnel of Brazil.

Page 44: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

44

2.2 IMPACTO DOS ASSENTOS DO TIPO SELA E CONVENCIONAL NA

ERGONOMIA E SATISFAÇÃO DE ACADÊMICOS EM ODONTOLOGIA: ESTUDO

CLÍNICO RANDOMIZADO

Será submetido ao periódico Occupational and Environmental Medicine.

RESUMO

Objetivos Avaliar o impacto dos assentos do tipo sela e convencional na prática clínica de

acadêmicos de Odontologia.

Métodos Um ensaio clínico controlado e aleatorizado foi desenvolvido em 84 graduandos

saudáveis, alocados em Grupo Controle (GC) e Intervenção (GI). O GC (n = 40) utilizou o

assento convencional nos atendimentos clínicos e o GI (n = 44) utilizou o assento tipo sela. A

avaliação postural por fotogrametria (SAPO) foi realizada para avaliar a projeção do centro de

gravidade plano frontal (CGPF) e lateral (CGPL), os instrumentos Roland Morris, Neck

Disability Index (NDI) foram aplicados para avaliar as incapacidades associadas à cervicalgia

e lombalgia, além de um formulário de satisfação do assento. As análises entre grupos e

tempos foram realizadas pelo procedimento GENMOD do programa SAS e teste t. Em todas

as análises foi considerado o nível de significância de 5%.

Resultados Após dez meses de seguimento observou-se redução, estatisticamente

significativa, nas médias da incapacidade funcional associada à condição de dor cervical,

melhora significativa nas médias da projeção do centro de gravidade plano lateral para o GI e

piora significativa nas médias da projeção do centro de gravidade plano lateral para o GC

(p≤0,05). O assento do tipo sela foi melhor avaliado em relação a satisfação do assento em

todos os aspectos (p < 0,001).

Conclusão O assento do tipo sela apresentou maior satisfação, impactou de forma positiva no

alinhamento corporal lateral e nos problemas cotidianos relacionados à região cervical, já o

assento convencional apresentou impacto negativo no alinhamento corporal lateral.

Número Universal do Ensaio: U1111-1195-2567 (UTN)

Palavras-chave: Cervicalgia, Dor lombar, Engenharia Humana, Equilíbrio Postural,

Odontologia.

Page 45: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

45

ABSTRACT

Objectives Assess the impact of saddle and conventional seats in the clinical practice of

dental academics.

Methods A randomized and controlled clinical trial was developed in 84 healthy

undergraduate students, allocated in Group Control (GC) and Intervention (GI). The GC (n =

40) used the conventional seat for clinical care and the GI (n = 44) used the saddle seat. Both

groups received a previous posture training for the type of seat they used for clinical care. The

posture was assessed by photogrammetry (SAPO) to evaluate the projection of the center of

gravity of frontal and lateral planes. The instruments Roland Morris and Neck Disability

Index (NDI) were used to assess the impairments associated with cervicalgia and low back

pain, and a form was applied to assess seating satisfaction. The analyzes between groups and

times were performed by the GENMOD procedure of the SAS program and t test. In all

analyzes the significance level of 5% was considered.

Results After ten months of follow-up, a statistically significant reduction was observed for

the means of functional impairment associated with the condition of cervical pain, as well as a

significant improvement in the means of projection of the center of gravity of the lateral plane

for GI and a significant worsening in the means of projection of the center of gravity of the

lateral plane for GC (p ≤ 0.05). The saddle seat was better evaluated regarding seating

satisfaction in all aspects (p < 0.001).

Conclusions It is concluded that there was difference between the groups intervention and

control. The saddle seat, for the present method conditions, presented higher satisfaction and

had a positive impact on lateral body alignment and on the daily problems regarding the

cervical region, while the conventional seat presented a negative impact on lateral body

alignment.

Universal Trial Number: U1111-1195-2567 (UTN)

Keywords: Low Back Pain, Neck Pain, Human Engineering, Postural Balance, Dentistry.

INTRODUÇÃO

Para exercer a prática odontológica é recomendado que o dentista adote tanto a postura

em pé quanto a postura sentada de trabalho.1 2

Alternar da postura em pé para a sentada a 90

graus, entre tronco/coxa, resulta em diminuição da tonicidade muscular3 4

propiciando maior

retificação da coluna na região lombar5 resultando em uma postura sentada cifótica da coluna

Page 46: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

46

lombar.6 4

Em conjunto, estes fatores acarretam em maior sobrecarga aos discos

intervertebrais, especialmente na região lombar.4 6

Desse modo, o assento odontológico exerce

forte impacto no desempenho, no conforto e na saúde do dentista, além de ser um

equipamento fundamental para o exercício profissional.7-10

Na prática profissional do cirurgião-dentista, o trabalho biomecânico significa o

treinamento do posicionamento da cabeça, do pescoço, dos ombros, do tronco, dos braços, das

mãos, do quadril, das pernas e dos pés, além da compreensão do equilíbrio postural sentado

durante o trabalho dental para compensar o efeito da gravidade. Os desvios posturais e

anormalidades são possíveis fatores etiológicos na patogênese de distúrbios

musculoesqueléticos.11

Assim, a avaliação da projeção do centro de gravidade plano frontal

(CGPF) e plano lateral (CGPL) em cirurgiões-dentistas são fatores essenciais para a

compreensão do seu equilíbrio corporal em diferentes assentos, visto que esses profissionais

atuam inclinados para frente, com torção do tronco para direita, na grande maioria dos

atendimentos clínicos. Portanto, diversos fatores podem ser considerados como intervenientes

na manutenção do equilíbrio corporal, sendo o centro de gravidade (CG) e/ou centro de massa

(CM) alguns desses fatores.12 13

A fotogrametria computadorizada é considerada um método consistente e confiável

para avaliar o alinhamento postural, além de ser uma ferramenta efetiva e segura na avaliação,

análise e quantificação de mudanças posturais.14 15 16 17

A importância da avaliação postural

para pesquisa, intervenções terapêuticas, de mobiliários e prescrição de exercícios concentra a

atenção nos métodos quantitativos utilizados para avaliar o alinhamento do corpo e propor

mudanças visando melhor alinhamento postural do indivíduo.17 18

Embora uma série de estudos tenha apontado anteriormente o risco de distúrbios

musculoesqueléticos entre os profissionais da odontologia devido a sua postura de trabalho,19-

21 poucos avaliaram o impacto do assento na manutenção da postura recomendada de

trabalho9 10 22

e nenhum avaliou o impacto de assentos no alinhamento postural por longo

prazo de acompanhamento no atendimento clínico de pacientes. Investigações desta natureza

podem fornecer evidências valiosas para nortear a escolha de assentos mais ergonômicos,

contribuindo com o aumento da produtividade, da satisfação, do bem-estar e da qualidade de

vida daqueles que fazem uso rotineiramente durante as atividades clínicas. Por esta razão, este

estudo inédito teve por objetivo avaliar o impacto do assento tipo sela, quando comparado ao

convencional, sobre os problemas cotidianos relacionados com dores na região cervical e

lombar, projeção do centro de gravidade em acadêmicos do Curso de Odontologia e a

satisfação do assento utilizado. Foram testadas três hipóteses: (H1) o assento tipo sela, quando

Page 47: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

47

comparado ao convencional, impacta positivamente no alinhamento corporal frontal e lateral

ao longo de 10 meses; (H2) o assento tipo sela, quando comparado ao convencional, impacta

positivamente reduzindo a incapacidade nas atividades cotidianas pela diminuição da

sintomatologia dolorosa na região cervical e lombar; (H3) o assento tipo sela, quando

comparado ao convencional, proporciona maior satisfação à sua utilização.

MATERIAIS E MÉTODOS

Considerações éticas

O presente estudo atendeu aos requisitos da Declaração de Helsinque, tendo sido

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos em 19 de agosto de 2014

(Anexo 3), sob parecer número 759.473/2014 (CAAE: 34391714.3.0000.5385). Os indivíduos

que concordaram em participar do estudo assinaram o TCLE, em duas vias, recebendo todas

as explicações acerca da pesquisa (Apêndice 1).

Protocolo e Registro

O ensaio clínico foi inscrito no Universal Trial Number (UTN) sob o número U1111-

1195-2567 (UTN), submetido ao Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC) sob o

número RBR-8xvwpj (Anexo 4) e seguiu as recomendações do Consort Statement.23

Cálculo do tamanho amostral

A amostra foi dimensionada com intuito de proporcionar um poder do teste acima de

80%, com nível de significância de 5%, para um tamanho de efeito pequeno (mínimo de 35

participantes em cada grupo).24 25

Desta forma, considerando possíveis perdas, foram alocados

44 participantes no grupo intervenção e 40 participantes no grupo controle.

Desenho do estudo, características e seleção da amostra

Tratou-se de ensaio clínico controlado e aleatorizado, conduzido ao longo de dez

meses, em duas etapas de coleta de dados. O estudo foi realizado em uma Instituição de

Ensino Superior Brasileira. Os dados foram coletados no período de fevereiro de 2015 a

dezembro de 2015. A amostra foi composta por alunos do terceiro e quarto ano do curso de

Odontologia, em ambos os sexos.

Realizou-se, em janeiro de 2015, um levantamento inicial, a fim de estimar o número

de alunos matriculados nas disciplinas clínicas do 3º e 4º ano de Odontologia. Assim, dos 131

alunos matriculados, 102 alunos atendiam a todos os critérios de inclusão.

Após esta etapa, foi aplicado questionário para traçar o perfil do aluno (Anexo 5), com

o objetivo de verificar quais não contemplavam os critérios de exclusão. Assim, uma lista de

ordem aleatória de alocação foi criada e, em seguida, aplicou-se uma série de números,

Page 48: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

48

tipicamente gerados por computador, selecionando, desta maneira, 84 alunos (faixa etária

entre 18 e 45 anos) que aceitaram participar da pesquisa dentre os 102 alunos elegíveis. Estes

foram convidados pelo pesquisador, por meio de uma reunião, para participar do estudo. No

baseline, os indivíduos foram aleatorizados em dois grupos: Grupo Controle – GC (n = 40) e

Grupo Intervenção – GI (n = 44). Por entender que o assento tipo sela Salli®

difere

essencialmente na forma tradicional de se sentar, houve uma preocupação em alocar mais

voluntários do GI, pois poderia causar perdas de voluntários neste grupo (Figura 1).

Figura 1. Diagrama representando o fluxo dos participantes em cada etapa do estudo.23

(a)

= Intervenção investigada; (b)

= Intervenção controle.

Os alunos do GC utilizaram no atendimento clínico o assento Dabi Atlante (D700,

Ribeirão Preto, SP, Brasil) (Figura 2), e os alunos do GI utilizaram o assento tipo sela Salli®

(JOB, Rautalampi, Finlândia) (Figura 3) no atendimento clínico.

Page 49: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

49

Figura 2. Assento convencional (Dabi Atlante). Figura 3. Assento tipo sela (Salli®).

Critérios de elegibilidade

Graduandos de Odontologia foram incluídos no estudo. Estes, na avaliação

fisioterápica prévia, não poderiam apresentar desvios posturais como lordose cervical, cifose

dorsal, lordose lombar e escoliose, e deveriam estar matriculados na disciplina de clínica

integrada, com tempo mínimo de atividade laboral semanal de 10 horas.

Os alunos que faziam uso contínuo de medicamentos para dor, que possuíam

diagnóstico de transtornos mentais que pudessem afetar a compreensão dos instrumentos de

coleta de dados; alunos em condições clínicas e/ou fisiológicas que os impossibilitassem à

realização do atendimento clínico de pacientes, como problemas motores de origem

ortopédica ou outras, foram excluídos.

Critérios de descontinuidade

A descontinuidade foi determinada para aqueles que não realizaram a atividade clínica

no assento que foi alocado e que não realizaram a coleta de dados final, ou que por algum

motivo se sentiram desconfortáveis em continuar na pesquisa.

Variáveis

- Centro de gravidade plano frontal e lateral (CGPF – CGPL): em posição ereta, o centro de

gravidade pode ser representado por um eixo central, que divide o corpo em duas partes,

quando visto de frente; já quando o corpo é visto de perfil, o centro de gravidade pode ser

representado por uma linha vertical que passa pelo osso mastóide, imediatamente atrás da

orelha e pelo tornozelo.

Page 50: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

50

- Problemas cotidianos relacionados com dores no pescoço (PCDP): dor localizada na região

cervical e/ou associada à sintomatologia dos membros superiores que gera incapacidade nas

atividades funcionais.

- Problemas cotidianos relacionados com dores na região lombar (PCDL): dor localizada na

região lombar e/ou associada à sintomatologia dos membros inferiores que gera incapacidade

nas atividades funcionais.

-Satisfação do assento (SA): Níveis de satisfação do usuário ao assento utilizado.

Instrumentos

Medidas Subjetivas:

- Versão língua portuguesa do Neck Disability Index (NDI): desenvolvido em 1991, traduzido

e adaptado para a língua portuguesa em 2006,26

(Anexo 6). Trata-se de uma escala de 10

itens/secções, em que sete são relativos às atividades de vida diária, dois são relativos à dor e

um está relacionado à capacidade de concentração. O maior escore indica maior incapacidade

cervical e o menor escore, menor incapacidade cervical. Seu escore pode ser categorizado e

permite compreender o individuo como, sem incapacidade, incapacidade leve, moderada,

severa e completa.27

- Versão brasileira do Roland Morris (RM): desenvolvido em 1983 e adaptado para o Brasil

em 2001,28

este é recomendado para uma população geral em um espectro de baixa

incapacidade lombar.29

Trata-se de um questionário com vinte e quatro itens que

exemplificam consequências funcionais decorrentes da lombalgia acrescido da frase “por

causa das minhas costas”. Quanto maior a pontuação final, maior será a incapacidade lombar

do indivíduo (Anexo 7).

Os instrumentos NDI e RM foram aplicados nos tempos: T0 (baseline) e T1 (10 meses

após o T0).

- Questionário de Satisfação do assento (SA): A satisfação geral do usuário quanto ao uso de

cada assento foi medida por meio do questionário de satisfação,30

que incluiu seis critérios de

avaliação, sendo eles conforto, segurança, adaptabilidade e praticidade, aparência e adequação

ao trabalho. O protocolo continha uma linha reta para que o participante da pesquisa marcasse

o grau de satisfação, partindo do nada satisfeito (0) para o muito satisfeito (10), concluindo a

satisfação do usuário referente a cada item pesquisado; adaptação, praticidade, adequação,

conforto, segurança e aparência (Anexo 8). Este instrumento para SA foi aplicado no T1 (10

meses após o T0).

Page 51: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

51

Medidas Objetivas:

- Avaliação da projeção do centro de gravidade (CG): foi avaliado por meio de

fotogrametria, com marcação dos pontos anatômicos e utilização do Software de Avaliação

Postural (SAPO).16

As imagens digitalizadas foram inseridas e analisadas por um pesquisador com

expertise na utilização do SAPO. O software determinou os ângulos articulares e a projeção

plantar do centro de gravidade (CG) baseada em cálculos realizados através da análise da

distância entre a posição projeção do CG relativo a posição média dos maléolos no plano

frontal e lateral, descritos em centímetros (cm). Os valores expressos com sinal negativo

simbolizam o posicionamento à esquerda no plano sagital e posterior à posição média dos

maléolos no plano frontal, e valores positivos simbolizam o posicionamento à direita e,

anteriormente, à posição média dos maléolos.16

A avaliação da projeção do centro de gravidade foi realizada nos tempos: T0 e T1 (10

meses após T0).

Coleta de dados

A duração deste estudo foi de dez (10) meses. Os dados foram coletados por meio de

aplicação de instrumentos e avaliação postural (SAPO).16

Primeiro Encontro - T0

No T0, o aluno foi convidado a participar do estudo e foi realizada a explicação dos

objetivos e procedimentos da pesquisa. Após o aceite em participar, os alunos deram seu

consentimento por escrito em duas vias e foram aleatorizados. A aplicação dos instrumentos

de coleta de dados e a avaliação postural foram realizadas antes de qualquer outra atividade

programada para este estudo, a fim de evitar a interferência destas atividades nas mensurações

realizadas no baseline e realizadas por um pesquisador com expertise na aplicação dos

mesmos.

Ainda no baseline, os participantes do GI e GC passaram por um treinamento em

grupo, com o objetivo de orientar o posicionamento e altura ideal em cada assento.

Fase de Intervenção

Na fase de intervenção, os alunos executaram todos os atendimentos clínicos

odontológicos no assento que foram alocados inicialmente. O pesquisador esteve presente

diariamente nas clínicas do primeiro mês do período de intervenção e, semanalmente, do 2º ao

10º mês, corrigindo a postura dos voluntários e o posicionamento do paciente.

Page 52: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

52

Último encontro – T1

A aplicação dos instrumentos de coleta de dados e a avaliação postural foram

realizadas após dois dias do último atendimento clínico, a fim de evitar a interferência destas

atividades nas mensurações das variáveis. As avaliações foram realizadas pelo mesmo

examinador nos tempos T0 e T1, com expertise na aplicação dos mesmos.

Análises dos dados

Os indivíduos foram comparados quanto ao sexo, ano escolar, lateralidade, idade,

utilização do encosto do assento, posição e visão mais adotada durante atendimento clínico e

prática de atividade física regular, a fim de se avaliar a homogeneidade entre os grupos

(análise intergrupos). Para tal comparação, os testes exato de Fisher e qui-quadrado de

Pearson foram empregados com nível de significância de 5%.

Os dados referentes ao Centro de gravidade plano frontal (CGPF), Centro de

gravidade plano lateral (CGPL), problemas cotidianos relacionados com dores no pescoço

(NDI) e problemas cotidianos relacionados com dores na região lombar (RMDQ)

apresentaram distribuição assimétrica. Desta forma, para a comparação entre os grupos e

tempos foram ajustadas modelos lineares generalizados, segundo um delineamento de

medidas repetidas no tempo para efeitos de grupo, tempo e a interação grupo versus tempo.

As análises foram realizadas pelo procedimento GENMOD do programa SAS. A comparação

de cada grupo com o valor de referência (zero) para as variáveis Centro de gravidade plano

frontal (CGPF) e Centro de gravidade plano lateral (CGPL) foram realizadas pelo teste t para

uma média. Em todas as análises foi considerado o nível de significância de 5%.

Os dados referentes à satisfação do assento (SA) do GI e GE foram comparados

intergrupos através do teste de Mann Whitney, com nível de significância de 5% .

RESULTADOS

Características da amostra e análise de homogeneidade entre os grupos

Ao longo dos dez meses de intervenção, houve três descontinuidades de indivíduos do

GC (por motivo de não comparecimento para coleta de dados no T1). A caracterização dos

grupos intervenção e controle pode ser visualizada na Tabela 1. Diferenças significativas não

foram verificadas (p-valores > 0,05), sugerindo haver homogeneidade em relação às variáveis

de interesse investigadas. Pôde-se observar que os dois grupos foram constituídos

predominantemente de mulheres, perfil dos cursos de Odontologia no Brasil. Com relação à

lateralidade, 97% eram destros nos dois grupos. A faixa etária de 21 a 29 anos concentrou a

grande maioria dos alunos, apresentando 63,64% no GI e 67,57% no GC.

Page 53: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

53

A utilização do encosto do assento também foi motivo de questionamento. No GI,

54,55 % declararam que não utilizavam o encosto durante o atendimento clínico, e 54,06% no

GC. Quando analisamos o tipo de visão adotada durante o atendimento clínico, percebe-se

que a grande porcentagem dos alunos adota a visão direta, 86,36% no GI e 89,19% no GC.

Verificou-se que 40,9 % do GI e 51,35% do GC praticavam atividade física regularmente.

Tabela 1. Frequência de Acadêmicos de Odontologia e sua distribuição segundo sexo, ano

escolar, lateralidade, idade, utilização de encosto, posição de atendimento, tipo de visão adotada e prática de atividade física. Araras, 2016.

GRUPO

INTERVENÇÃO

Assento tipo sela

GRUPO

CONTROLE

Assento

Convencional

p valor

Variáveis n % n %

Sexo

Masculino 4 9,09 9 24,32 0.0755

(a)

Feminino 40 90,91 28 75,68

Cursando 3º ano 22 50 22 59,45

0,3946(b)

4º ano 22 50 15 40,55

Lateralidade Destro 43 97,73 36 97,30

1,0000(a)

Sinistro 1 2,27 1 2,70

Idade

18-20 anos 12 27,28 11 29,73

0,8233(a)

21-29 anos 28 63,64 25 67,57

30-39 anos 3 6,81 1 2,70

40-49 anos 1 2,27 0 0,0

Utiliza o encosto do assento

durante o atendimento clínico

Sim 20 45,45 17 45,94 0,9647(b)

Não 24 54,55 20 54,06

Posição mais adotada durante

atendimento

Posição de 9 horas 29 65,91 26 70,28

0,8432(a)

Posição de 11 horas 12 27,28 8 21,62 Posição de 12 horas 1 2,27 1 2,70

Outra posição 2 4,54 2 5,40

Visão mais adotada durante o

atendimento clínico

Visão direta 38 86,36 33 89,19 0,7480(a)

Visão indireta 6 13,64 4 10,81

Realiza atividade física

regularmente

Sim 18 40,90 19 51,35 0,3473

(b)

Não 26 59,10 18 48,65

Nota. (a)

Teste exato de Fisher; (b)

Teste qui-quadrado de Pearson.

Page 54: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

54

Na Tabela 2, são apresentadas as comparações entre as variáveis de desconforto físico.

As regiões cervical e lombar foram as mais acometidas por sintomatologia dolorosa.

Novamente não foram constatadas diferenças significativas entre os grupos para essas

variáveis.

Tabela 2. Frequência de Acadêmicos de Odontologia e sua distribuição segundo sintomatologia

dolorosa nas regiões corporais. Araras, 2016.

GRUPO

INTERVENÇÃO

Assento tipo sela

GRUPO

CONTROLE

Assento

convencional

p valor

Variáveis n % n %

Dor na região cervical

Sim 23 52,27 15 40,54 0,2919(b)

Não 21 47,73 22 59,46

Dor punhos e mãos

Sim 10 22,72 5 13,51 0,3919(b)

Não 34 77,28 32 86,49

Dor na região dorsal

Sim 15 34,09 7 18,92 0,1262(b)

Não 29 65,91 30 81,08

Dor no quadril

Sim 8 18,18 3 8,10 0,2139(a)

Não 36 81,82 34 91,90

Dor na região lombar

Sim 26 59,09 18 48,64 0,3473(b)

Não 18 40,91 19 51,36

Dor nos joelhos

Sim 8 18,18 5 13,51 0,7627(b)

Não 36 81,82 32 86,49

Dor nos ombros

Sim 15 34,09 12 32,43 0,8747(b)

Não 29 65,91 25 67,57

Dor nos tornozelos e pés

Sim 4 9,10 4 10,81 1,000(a)

Não 40 90,90 33 89,19

Dor no cotovelo

Sim 6 13,64 1 2,70 0,1185(a)

Não 38 86,36 36 97,30

Dor nas pernas

Sim 2 4,55 3 8,10 0,6557(a)

Não 42 95,45 34 91,90

Nota. (a)

Teste exato de Fisher; (b)

Teste qui-quadrado de Pearson.

Page 55: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

55

Análise de alterações posturais, problemas cotidianos relacionados a dores na cervical e

lombar e satisfação do assento

A análise relacionada ao Centro de Gravidade no plano lateral, mostrada na Tabela 3,

revelou significativa melhora entre os tempos T0 e T1 no GI (p≤0,05), com diminuição

acentuada nas médias do CGPL, ficando mais próximo do ponto zero. No grupo controle,

houve significativa piora (p≤0,05), com aumento nas médias do CGPL, ficando mais distante

do ponto zero, entre T0 e T1.

A análise, quanto aos problemas cotidianos relacionados a dores no pescoço, revelou

que o uso do assento tipo sela pelo GI apresentou melhoras significativas intragrupo (T0 e T1

GI) e intergrupo (T1 GI e GC) (p≤0,05).

Tabela 3. Média (desvio padrão) do Centro de gravidade plano frontal (CGPF), Centro de gravidade plano lateral (CGPL), Problemas cotidianos relacionados a dores no pescoço (NDI) e Problemas

cotidianos relacionados a dores na região lombar (RMDQ) em função do grupo e do tempo. Araras,

2016.

Grupo Tempo

Inicial Final

Centro de gravidade plano frontal (CGPF)

Intervenção *0,94 (0,56) Aa *0,67 (0,45) Aa

Controle *0,42 (0,72) Aa *0,70 (0,92) Aa

Centro de gravidade plano lateral (CGPL)

Intervenção *2,84 (0,88) Aa *1,98 (0,83) Bb

Controle *2,69 (1,06) Ba *3,34 (0,95) Aa

Problemas cotidianos relacionados a dores no pescoço (NDI)

Intervenção 7,09 (4,77) Aa 2,70 (3,20) Bb

Controle 6,51 (5,02) Aa 7,00 (6,50) Aa

Problemas cotidianos relacionados a dores na região lombar

(RMDQ)

Intervenção 2,40 (2,34)Aa 0,43 (1,13) Aa Controle 1,89 (1,73) Aa 2,76 (3,28) Aa

*Difere significativamente de zero (p<0,05). Médias seguidas de letras distintas (maiúsculas na

horizontal e minúsculas na vertical) diferem entre si (p≤0,05).

Na Tabela 4, são apresentados os dados sobre o grau de satisfação dos participantes no

T1, após utilizarem os diferentes tipos de assentos. Os assentos do tipo sela foram melhor

avaliados em relação ao conforto (p < 0,001), segurança (p < 0,001), adaptação (p < 0,001),

Page 56: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

56

praticidade (p < 0,001), adequação ao trabalho (p < 0,001) e aparência (p < 0,001) em

comparação aos assentos convencionais.

Tabela 4. Comparações entre a variável satisfação relacionada ao conforto, segurança, adaptação,

praticidade, adequação a profissão e aparência dos assentos no T1 intergrupos. Araras. 2016

DISCUSSÃO

O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do assento tipo sela, quando

comparado ao convencional, sobre os problemas cotidianos relacionados a dores na região

cervical e lombar, projeção do centro de gravidade em acadêmicos do Curso de Odontologia e

a satisfação do assento. Os resultados do T0 indicam que a sintomatologia dolorosa nas

regiões corporais pode aparecer ainda no início da prática clínica corroborando os estudos

recentes realizados na Arábia Saudita,31

Reino Unido,32

Irã,33

Austrália34

e no Brasil.35

Há um

significativo aumento ano-a-ano da percepção de que a prática clínica agrava a dor

musculoesquelética relatada entre estudantes de Odontologia de uma universidade

americana.36

Adquirir hábitos posturais incorretos de atendimento clínico na graduação é

preocupante devido ao fato de acompanhá-los para a vida profissional. Essas descobertas são

alarmantes para grupos que ainda não iniciaram a carreira profissional e atendem poucos

Variável Grupo Média Desvio-padrão Mínimo Mediana Máximo p-valor

Conforto Intervenção 8,98 1,40 4 9,5 10 <0,0001

Controle 4,65 1,64 1 5 8

Segurança Intervenção 9,11 1,38 5 10 10 <0,0001

Controle 5,27 1,97 1 5 9

Adaptação Intervenção 9,36 0,94 6 10 10 <0,0001

Controle 4,62 1,80 1 5 10

Praticidade Intervenção 9,45 1,11 4 10 10 <0,0001

Controle 4,81 1,80 2 5 9

Adequação a profissão Intervenção 9,59 1,02 5 10 10 <0,0001

Controle 5,02 2,10 1 5 10

Aparência Intervenção 9,45 0,90 7 10 10 <0,0001

Controle 5,67 1,81 1 6 9

Page 57: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

57

pacientes por dia, dado que suscita algumas questões sérias sobre a longevidade profissional e

a eficácia de medidas preventivas.37

Um fator que afeta a habilidade do dentista para tolerar o carregamento físico (dinâmico

e estático) é o tônus muscular. O presente estudo apontou que apenas 45% dos acadêmicos

praticavam atividade física regularmente e somente 23% praticavam há mais de um ano. Por

outro lado, Singh e Purohit38

relataram inatividade física em 68% dos profissionais de saúde

bucal na Índia. A dor musculoesquelética é a forma mais comum de dor crônica. O tratamento

eficaz comum para quase todos os tipos de dor crônica, incluindo aqueles com dor

musculoesquelética, é o exercício físico regular.39-43

Isto é particularmente importante à luz

dos níveis crescentes de inatividade física na população em geral44

e na evolução significativa

do excesso de peso em diferentes profissões da área da saúde ao ingressar na faculdade e vinte

anos após.45

No presente estudo, a fonte de dor mais comumente relatada pelos acadêmicos de

Odontologia está na região lombar (54%), seguido da região cervical (46%) e ombros (33%).

Vijay e Ide32

apontaram porcentagem idêntica para dor lombar. Al-Shehri e Al Zoughool31

balizaram porcentagens ainda maiores para dor na região lombar (64%) e no pescoço (60%)

neste mesmo público. Este achado é significativo e preocupante para o futuro do profissional

de Odontologia, como destacado por Myers e Myers,46

pois a principal queixa de saúde entre

dentistas - causando assistência médica e levando ao absenteísmo - era dor lombar, citando

uma prevalência ligeiramente maior que 62%. A posição sentada não neutra estática, nos

postos de trabalho, quando mantida por longos períodos, leva a cifose lombar, cifose cervical

e sobrecarga estática nos tecidos osteomioarticulares da coluna,3 4

favorecendo um perfil

sagital em forma de C que compreende a coluna cervical, torácica e lombar e a rotação

pélvica posterior.4 47

Estes fatores estão diretamente relacionados ao desenvolvimento da dor

lombar e cervical em razão do aumento da pressão intradiscal.4 6

Os problemas cotidianos relacionados a dores no pescoço (PCDP) e a dores na região

lombar (PCDL) foram questionados no presente estudo. Após 10 meses de seguimento, o

grupo que utilizou o assento tipo sela demostrou melhoras significativas nos PCDP intragrupo

(T0 e T1 GI) e intergrupo (T1 GI e GC). Além disso, podemos citar a redução das médias nos

PCDL no GI e aumento das médias nos PCDL no GC. De Bruyne et al.,10

indicaram que a

biomecânica do assento tipo sela resulta em uma postura um tanto hiperlordotica, e que

estudos futuros deveriam avaliar períodos de tempo mais longos em ensaios de campo. O

estudo de Silva et al.,48

sugere que o assento tipo sela melhora a postura de trabalho devido à

anteversão pélvica. Plessas e Delgado49

concluiram, com base em um número limitado de

Page 58: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

58

estudos, que o uso de assentos tipo sela leva a melhores posturas de trabalho, mas que o efeito

destes assentos na dor musculoesquelética é desconhecido.

O tipo de assento utilizado pode evitar posições de alcance final, potencialmente,

dolorosas e facilitar a ativação dos músculos do tronco durante o estar sentado, quando as

tuberosidades isquiáticas são os principais pontos de apoio do corpo.50

Os quadris fletidos em

aproximadamente 90º aumentam a tensão passiva dos músculos Isquiotibiais, podendo levar a

retroversão pélvica e, consequentemente, cifose lombar.51

Quando o ângulo do quadril é

ampliado (entre 110 e 125º) com um assento inclinado para frente, a tensão passiva nos

músculos Isquiotibiais é aliviada, ocorrendo a anteversão pélvica e, consequentemente, a

lordose lombar, propiciando uma postura sentada neutra.

A postura sentada pode ser dividida em três posições: anterior, média e posterior,

dependendo da tarefa e da cadeira utilizada.52

Essa divisão é baseada no ponto em que está

localizado o centro da massa corporal (CM) e afeta a proporção do peso do corpo transmitida

para as diferentes superfícies de apoio. Na postura sentada média, o CM está acima das

tuberosidades isquiáticas da pelve, e quando o indivíduo está relaxado, a coluna lombar está

retificada ou com uma pequena cifose. Na postura sentada anterior, ocorre a anteversão

pélvica, mantendo a coluna ereta ou em lordose lombar quando o indivíduo se senta em uma

superfície inclinada para frente.52

Essas alterações na posição do CG durante a posição

sentada, se mantidas por longos períodos e numa frequência regular, geram adaptação na

postura e equilíbrio em pé do individuo.12

Esse fato também foi inferido por Lemos et al.

(2009),13

pois devido ao longo tempo de prática da canoagem, percebeu-se que o equilíbrio

ântero-posterior não é muito trabalhado em comparação ao médio-lateral. Sendo assim, os

atletas estariam mais adaptados às oscilações médio-lateral em virtude do longo tempo dos

treinamentos práticos da modalidade.

O assento tipo sela aumenta a atividade dos músculos abdominais,10

que são

responsáveis pela estabilização da coluna vertebral e pelo controle postural do tronco durante

as posturas sentadas.53 54

Assim é considerado um assento que exercita as musculaturas

envolvidas. O exercício pode proporcionar melhora em alguns parâmetros do alinhamento

postural frontal do ombro e alinhamento sagital da cabeça e da pelve,55

o que impacta na

projeção do centro de gravidade.

A maioria dos alunos apresentou valores do plano lateral e frontal positivos, o que

significa uma projeção do centro da gravidade para frente e para o lado direito, condizente

com a postura adotada durante a sua prática clínica. Este achado ratifica os valores de

referência calculados em outros estudos no qual não foi observada a presença de simetria

Page 59: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

59

esquerda-direita no plano lateral e anterior-posterior no plano frontal em adultos saudáveis.17

56 57 A simetria no plano frontal e lateral é recomendada para uma postura vertical normal

pela literatura16-18 58

e também pelo sistema PAS / SAPO.16

O estudo do alinhamento postural assume a inclusão de vários segmentos corporais que,

por sua vez, geram um grande número de variáveis. Neste estudo, os critérios estabelecidos

foram priorizar as medidas da projeção do centro de gravidade. A localização de pontos

anatômicos pode estar sujeita a erros causados por características antropométricas e método

de avaliação. A localização correta dos pontos anatômicos é um pré-requisito fundamental

para garantir a reprodutibilidade e a confiabilidade da análise postural.59-61

Assim, todas as

avaliações posturais foram executadas por um único avaliador experiente, com conhecimento

da anatomia e cego ao grupo controle e experimental. A falta de familiaridade com o uso do

software pode prejudicar o desempenho do avaliador, mas neste estudo, todos os testes foram

conduzidos pelo mesmo indivíduo. A confiabilidade intra-examinador é maior do que a

confiabilidade entre inter-examinador nessas avaliações.59 60

A satisfação do assento neste estudo foi verificada em seis aspectos. O desenho e a

funcionalidade do assento pode influenciar positiva ou negativamente cada um destes

aspectos. O assento tipo sela apresentou maior satisfação em todos os aspectos quando

comparado ao assento convencional. O conforto/desconforto do assento, um dos aspectos

estudados, é baseado em uma sensação subjetiva e, portanto, é difícil de quantificar. É mais

difícil detectar diferentes graus de conforto em comparação aos diferentes graus de

desconforto.62

A postura sentada, e especialmente o esforço associado à adoção de uma

postura sentada específica, afetam o estado afetivo.63

Baixos níveis de satisfação com o

conforto do assento, geralmente levam a queixas musculoesqueléticas, como dor lombar.64

O

conforto subjetivo do assento pelo usuário é o critério decisivo que deve orientar as decisões

de compra,65

por influenciar fortemente as condições do estar sentado para quem vai utilizá-

lo.62

Algumas limitações devem ser levadas em consideração ao interpretar os resultados

deste estudo. Primeiro, uma amostra de conveniência foi recrutada por meio de comunicação

pessoal. Como consequência, foram incluídos participantes relativamente jovens, o que limita

a generalização dos resultados. Segundo, poderíamos citar que algumas características físicas

e genéticas dos indivíduos não foram aqui observadas, como o fato de pessoas com maiores

quantidades de massa no segmento superior corporal elevar o centro de gravidade e, por

conseguinte, provocar maiores oscilações corporais. Em terceiro lugar, não foi observada a

relação de sexos, vislumbrado na literatura, na qual mulheres têm o centro de gravidade mais

Page 60: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

60

baixo que homens em virtude de características morfológicas e, esse fato, é interveniente no

equilíbrio corporal. Por último, os resultados podem ser inferidos para o grupo de graduandos

com ausência de desvios posturais, levando-se em consideração o tempo reduzido de

atividade laboral semanal e a idade. Dessa forma, sugerimos estudos futuros com experientes

profissionais da Odontologia e alta carga horária semanal laboral.

A relação específica da projeção do centro de gravidade em dentistas é uma abordagem

nula na literatura, o que impossibilitou a comparação de valores obtidos neste estudo com

outros, e pode ainda ser bem desenvolvida, relacionando sexo, tempo de profissão, idade,

IMC e especialidades. Este é o primeiro ensaio clínico controlado aleatorizado que avalia o

impacto de diferentes tipos de assentos na ergonomia de acadêmicos de Odontologia, ao

longo de um ano letivo (10 meses de acompanhamento), durante as atividades clínicas com

pacientes, realizando tipos diferentes de procedimentos odontológicos. Estudos com o mesmo

objetivo dispuseram de tempo significativamente menor de seguimento (entre 15 minutos a 2

meses), foram conduzidos em laboratório pré-clínico, em manequim, realizando um tipo de

procedimento dental. Por fim, acredita-se que o presente estudo forneça embasamento para

novas pesquisas relacionadas a essa temática, podendo ser alvo referencial para investigações

de diversas áreas e profissões, e auxiliar na amenização da carência literária existente em

torno do assento tipo sela na prática clínica odontológica.

CONCLUSÃO

O assento do tipo sela apresentou maior satisfação, impactou de forma positiva no

alinhamento corporal lateral e nos problemas cotidianos relacionados à região cervical, já o

assento convencional apresentou impacto negativo no alinhamento corporal lateral.

REFERENCIAS

1- Hokwerda O, de Ruijter, R, Shaw, S. Adopting a healthy sitting working posture during

patient treatment. Eur. Soc. Dent. Ergonom. 2006. Available from

http://www.esde.org/docs/adopting_healthy_sitting_posture_during_patient_treatment.pdf.

Accessed 25 Ago 2017.

Page 61: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

61

2- Pejčić N, Petrović V, Marković D, et al. Assessment of risk factors and preventive

measures and their relations to work-related musculoskeletal pain among dentists. Work

2017;57:573-93.doi:10.3233/WOR-172588.

3- De Carvalho D, Grondin D, Callaghan J. The impact of office chair features on lumbar

lordosis, intervertebral joint and sacral tilt angles: a radiographic assessment. Ergonomics

2017;60:1393-04.doi: 10.1080/00140139.2016.1265670.

4- Hey HW, Wong CG, Lau ET, et al. Differences in erect sitting and natural sitting spinal

alignment-insights into a new paradigm andimplications in deformity correction. Spine J

2017;17:183-89.doi:10.1016/j.spinee.2016.08.026.

5- Ohlendorf D, Erbe C, Nowak J, et al. Constrained posture in dentistry - a kinematic

analysis of dentists. BMC Musculoskelet Disord 2017;18:291.doi: 10.1186/s12891-017-1650-

x.

6- Szczygieł E, Zielonka K, Mętel S, et al. Musculo-skeletal and pulmonary effects of sitting

position - a systematic review. Ann Agric Environ Med 2017;24:8-12.doi:

10.5604/12321966.1227647.

7- Valachi B, Valachi K. Preventing musculoskeletal disorders in clinical dentistry: strategies

to address the mechanisms leading to musculoskeletal disorders. J Am Dent Assoc

2003;134:1604-12.http://dx.doi.org/10.14219/jada.archive.2003.0106.

8- Hokwerda O, Wouters JAJ, de Ruijter RAG, et al. Indicazioni ergonomiche per

attrezzature dentali I parte: Linee guida. Dental Cadmos 2008;76:85-99.

9- Dable RA, Wasnik PB, Yeshwante BJ, et al. Postural Assessment of Students Evaluating

the Need of Ergonomic Seat and Magnification in Dentistry. J Indian Prosthodont Soc

2014;14:51-8.doi:10.1007/s13191-014-0364-0.

10- De Bruyne MA, Van Renterghem B, Baird A, et al. Influence of different stool types on

muscle activity and lumbar posture among dentists during a simulated dental screening task.

Appl Ergon 2016;56:220-26.doi: 10.1016/j.apergo.2016.02.014.

Page 62: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

62

11- McEvoy MP, Grimmer K. Reliability of upright posture measurements in primary school

children. BMC Musculoskelet Disord 2005;6:35.doi:10.1186/1471-2474-6-35

12- Lemos LFC, Teixeira CS, Mota CB. Uma revisão sobre centro de gravidade e equilíbrio

corporal. R bras Ci e Mov 2009;17:83-90.

13- Lemos LFC, Teixeira CS, Mota CB. Lombalgia e o equilíbrio corporal de atletas da

seleção brasileira feminina de canoagem velocidade. Rev Bras Cineantropom Desempenho

Hum 2010;12:457-63.doi:10.5007/1980-0037.2010v12n6p457.

14- Braz RG, Goes FPC, Carvalho GA. Confiabilidade e validade de medidas angulares por

meio do software para avaliação postural. Fisioter Mov 2008;21:117-26.

15- Iunes DH, Bevilaqua-Grossi D, Oliveira AS, et al. Comparative analysis between visual

and computerized photogrammetry postural assessment. Rev Bras Fisioter 2009;13:308–15.

http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552009005000039.

16- Ferreira EA, Duarte M, Maldonado EP, et al. Quantitative assessment of postural

alignment in young adults based on photographs of anterior, posterior, and lateral views. J

Manipulative Physiol Ther 2011;34:371-80.doi: 10.1016/j.jmpt.2011.05.018.

17- Krawczky B, Pacheco AG, Mainenti MR. A systematic review of the angular values

obtained by computerized photogrammetry in sagittal plane: a proposal for reference values. J

Manipulative Physiol Ther 2014;37:269-75.doi: 10.1016/j.jmpt.2014.01.002.

18- Macedo Ribeiro AF, Bergmann A, Lemos T, et al. Reference Values for Human Posture

Measurements Based on Computerized Photogrammetry: A Systematic Review. J

Manipulative Physiol Ther 2017;40:156-68.doi:10.1016/j.jmpt.2016.12.001.

19- Feng B, Liang Q, Wang Y, et al. Prevalence of work-related musculoskeletal symptoms

of the neck and upper extremity among dentists in China. BMJ Open 2014;4:e006451.doi:

10.1136/bmjopen-2014-006451.

Page 63: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

63

20- Wang SY, Liu LC, Lu MC, et al. Comparisons of musculoskeletal disorders among ten

different medical professions in Taiwan: a nationwide, population-based study. PLoS One

2015;10:e0123750.doi: 10.1371/journal.pone.0123750.

21- Tirgar A, Javanshir K, Talebian A, et al. Musculoskeletal disorders among a group of

Iranian general dental practitioners. J Back Musculoskelet Rehabil 2015;28:755-9.doi:

10.3233/BMR-140579.

22- Gandavadi A, Ramsay JR, Burke FJ. Assessment of dental student posture in two seating

conditions using RULA methodology - a pilot study. Br Dent J 2007;203:601-5.doi:

10.1038/bdj.2007.1047

23- Moher D, Hopewell S, Schulz KF, et al. CONSORT 2010 explanation and elaboration:

updated guidelines for reporting parallel group randomised trials. Int J Surg 2012;10:28-55.

doi: 10.1016/j.ijsu.2011.10.001.

24- Cohen J. A power primer. Psychol Bull. 1992 Jul;112(1):155-9.

25- Thalheimer W, Cook S: How to Calculate Effect Sizes From Published Research Articles:

A Simplified Methodology. Work-Learning Research Publication, 2002. Available from

http://work-learning.com/effect_sizes.htm. Accessed 10 Set 2017.

26- Cook C, Richardson JK, Braga L, et al. Cross-cultural adaptation and validation of the

Brazilian Portuguese version of the Neck Disability Index and Neck Pain and Disability

Scale. Spine (Phila Pa 1976);31:1621-27.doi: 10.1097/01.brs.0000221989.53069.16.

27- Vernon H. The Neck Disability Index: state-of-the-art, 1991-2008. J Manipulative Physiol

Ther 2008;31:491-02.doi:10.1016/j.jmpt.2008.08.006.

28- Nusbaum L, Natour J, Ferraz MB, et al. Translation, adaptation and validation of the

Roland-Morris questionnaire--Brazil Roland-Morris. Braz J Med Biol Res 2001;34:203-10.

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2001000200007.

Page 64: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

64

29- Kopec JA. Measuring functional outcomes in persons with back pain: a review of back-

specific questionnaires. Spine (Phila Pa 1976) 2000;25:3110-4.doi:10.1097/00007632-

200012150-00005.

30- Occhipinti E, Colombini D, Molteni G, et al. Criteria for the ergonomic evaluation of

work chairs. Med Lav 1993;84:274-85.

31- Al-Shehri Z, Al Zoughool M. Prevalence and risk factors of musculoskeletal symptoms

among dental students and dental practitioners in Riyadh City, Saudi Arabia. Arch Environ

Occup Health 2017;14:1-8.doi:10.1080/19338244.2017.1299085.

32- Vijay S, Ide M. Musculoskeletal neck and back pain in undergraduate dental students at a

UK dental school - a cross-sectional study. Br Dent J 2016;221:241-5.doi:

10.1038/sj.bdj.2016.642.

33- Shirzaei M, Mirzaei R, Khaje-Alizade A, et al. Evaluation of ergonomic factors and

postures that cause muscle pains in dentistry students' bodies. J Clin Exp Dent 2015;7:e414-8.

doi: 10.4317/jced.51909.

34- Ng A, Hayes MJ, Polster A. Musculoskeletal Disorders and Working Posture among

Dental and Oral Health Students. Healthcare (Basel) 2016;4:E13.doi:

10.3390/healthcare4010013.

35- Garcia PP, Presoto CD, Campos JA. Perception of risk of musculoskeletal disorders

among Brazilian dental students. J Dent Educ 2013;77:1543-8.doi: 10.1111/eje.12197.

36- Rising DW, Bennett BC, Hursh K, et al. Reports of body pain in a dental student

population. J Am Dent Assoc 2005;136:81-6.https://doi.org/10.14219/jada.archive.2005.0032.

37- Hayes MJ, Smith DR, Taylor JA. Musculoskeletal disorders in a 3 year longitudinal

cohort of dental hygiene students. J Dent Hyg 2014;88:36-41.

38- Singh A, Purohit B. Physical activity, sedentary lifestyle, and obesity among Indian

dental professionals. J Phys Act Health 2012;9:563-70.doi: 10.1123/jpah.9.4.563. ·

Page 65: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

65

39- van Tulder MW, Koes BW, Bouter LM. Conservative treatment of acute and chronic

nonspecific low back pain. A systematic review of randomized controlled trials of the most

common interventions. Spine (Phila Pa 1976) 1997;22:2128-56.

40- Fransen M, McConnell S, Bell M. Therapeutic exercise for people with osteoarthritis of

the hip or knee. A systematic review. J Rheumatol 2002;29:1737-45.

41- Schachter CL, Busch AJ, Peloso PM, et al. Effects of short versus long bouts of aerobic

exercise in sedentary women with fibromyalgia: a randomized controlled trial. Phys Ther

2003;83:340-58.doi: 10.1093/ptj/83.4.340.

42- Bazelmans E, Bleijenberg G, Voeten MJ, et al. Impact of a maximal exercise test on

symptoms and activity in chronic fatigue syndrome. J Psychosom Res 2005;59:201-8.doi:

10.1016/j.jpsychores.2005.04.003.

43-. Larun L, Brurberg KG, Odgaard-Jensen J, et al. Exercise therapy for chronic fatigue

syndrome. Cochrane Database Syst Rev 2017;4:CD003200.doi:

10.1002/14651858.CD003200.pub7.

44- Hallal PC, Andersen LB, Bull FC, et al. Global physical activity levels: surveillance

progress, pitfalls, and prospects. Lancet 2012;380:247-57.doi:10.1016/S0140-6736(12)60646-

1.

45- Jardim TV, Sousa AL, Povoa TR, et al. Comparison of cardiovascular risk factors in

different areas of health care over a 20-year period. Arq Bras Cardiol2014;103:493-501.doi:

10.5935/abc.20140150.

46- Myers HL, Myers LB. 'It's difficult being a dentist': stress and health in the general dental

practitioner. Br Dent J 2004;197:89-93.

47- Kanlayanaphotporn R. Changes in sitting posture affect shoulder range of motion. J

Bodyw Mov Ther 2014;18:239-43.doi: 10.1016/j.jbmt.2013.09.008.

Page 66: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

66

48- Silva V, Fonseca P, Pinho ME, et al. Biomechanical study of dentists’ posture when using

a conventional chair versus a saddle-seat chair. Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac

2017; 58:39-45. doi: 10.24873/j.rpemd.2017.05.005.

49- Plessas A, Bernardes Delgado M. The role of ergonomic saddle seats and magnification

loupes in the prevention of musculoskeletal disorders. A systematic review. Int J Dent Hyg

2018 Jan 10. doi: 10.1111/idh.12327.

50- Makhsous M, Lin F, Bankard J, et al. Biomechanical effects of sitting with adjustable

ischial and lumbar support on occupational low back pain: evaluation of sitting load and back

muscle activity. BMC Musculoskelet Disord 2009;10:17.doi: 10.1186/1471-2474-10-17.

51- Claus AP, Hides JA, Moseley GL, et al. Is 'ideal' sitting posture real? Measurement of

spinal curves in four sitting postures. Man Ther 2009;14:404-8.doi:

10.1016/j.math.2008.06.001.

52- Chaffin DB, Anderson GBJ. Biomecânica Ocupacional. 3a ed. Belo Horizonte: Editora

Ergo; 2001.

53- Snijders CJ, Bakker MP, Vleeming A, et al. Oblique abdominal muscle activity in

standing and in sitting on hard and soft seats. Clin Biomech (Bristol, Avon) 1995;10:73-8.

54- Moseley GL. Impaired trunk muscle function in sub-acute neck pain: etiologic in the

subsequent development of low back pain? Man Ther 2004;9:157-63.doi:

10.1016/j.math.2004.03.002.

55- Cruz-Ferreira A, Fernandes J, Kuo YL, et al. Does pilates-based exercise improve

postural alignment in adult women? Women Health 2013;53:597-11.doi:

10.1080/03630242.2013.817505.

56- Moraes GF, Antunes NA, Rezend ES, et al. Uso de diferentes tipos de calçados não

interfere na postura ortostática de mulheres hígidas. Rev Fisio Mov 2010;23:565-74.

Page 67: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

67

57- Carregaro R, Falcão J, Massuda K, et al. Postural analysis and psychosocial

measurements of federal civil servants of an institution of higher education. Work

2012;41:4795-800.doi:10.3233/WOR-2012-0766-4795.

58- de Oliveira Pezzan PA, João SM, Ribeiro AP, et al. Postural assessment of lumbar

lordosis and pelvic alignment angles in adolescent users and nonusers of high-heeled shoes. J

Manipulative Physiol Ther 2011;34:614-21.doi:10.1016/j.jmpt.2011.09.006.

59- Billis EV, Foster NE, Wright CC. Reproducibility and repeatability: errors of three groups

of physiotherapists in locating spinal levels by palpation. ManTher 2003;8:223-32.

https://doi.org/10.1016/S1356-689X(03)00017-1.

60- Fedorak C, Ashworth N, Marshall J, et al. Reliability of the visual assessment of cervical

and lumbar lordosis: how good are we? Spine (Phila Pa 1976) 2003;28:1857-9.doi:

10.1097/01.BRS.0000083281.48923.BD.

61- Pausić J, Pedisić Z, Dizdar D. Reliability of a photographic method for assessing standing

posture of elementary school students. J Manipulative Physiol Ther 2010;33:425-31.doi:

10.1016/j.jmpt.2010.06.002.

62- Zemp R, Taylor WR, Lorenzetti S. Are pressure measurements effective in the assessment

of office chair comfort/discomfort? A review. Appl Ergon 2015;48:273-82.doi:

10.1016/j.apergo.2014.12.010.

63- Ceunen E, Zaman J, Vlaeyen JW, et al. Effect of seated trunk posture on eye blink startle

and subjective experience: comparing flexion, neutral upright posture, and extension of spine.

PLoS One 2014;9:e88482.doi: 10.1371/journal.pone.0088482.

64- Vink P, Hallbeck S. Editorial: comfort and discomfort studies demonstrate the need for a

new model. Appl Ergon 2012;43:271-6.doi:10.1016/j.apergo.2011.06.001.

65- Christiansen K. Subjective assessment of sitting comfort. Coll Antropol 1997;21:387-95.

Page 68: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

68

3 DISCUSSÃO

Os estudos apresentados, artigo 2.1 e 2.2, destacam a importância de pesquisas que

não se limitem apenas a realçar os problemas posturais inerentes a Odontologia. É possível

constatar que os resultados apresentados nos dois artigos científicos direcionam ações e novas

perspectivas nos estudos sobre os impactos do assento tipo sela na prática clínica

Odontológica.

Em estudo de revisão sistemática (artigo 2.1) foi possível avaliar o impacto do assento

tipo sela sobre o risco ergonômico em dentistas e/ou acadêmicos de Odontologia, utilizando

para isso uma busca sistemática da literatura. Não foi surpreendente a literatura escassa sobre

esse assunto, mas sim incompreensível. Estudos apontam desde a década de 50 até os dias

atuais (Hauser, 1946; Scougall, 1946; Wright, 1947; Seyffarth e Johnsen, 1954; Goldem,

1959; Kortsch, 1964; Chovet, 1965; Eugster, 1965; Pieper, 1966; Goldem, 1974; Rundcrantz

et al., 1990; Rundcrantz et al., 1991; Alexopoulos et al., 2004; Leggat et al., 2007; Hayes et

al., 2009; Morse et al., 2010; Dajpratham et al., 2010; Kierklo et al., 2011; Sustova et al.,

2013; Kumar et al., 2013; Yi et al., 2013; Tirgar et al., 2014; Feng et al., 2014; Gupta et al.,

2014; Botha et al., 2014; Gaowgzeh et al., 2015; Çinar-Medeni et al., 2017; Prasad et al.,

2017; Mohseni-Bandpei et al., 2017; Ohlendorf et al., 2017) a alta prevalência de dor e

distúrbios osteomusculares em dentistas. Porém, a proporção de estudos sugerindo novos

projetos de assentos ergonômicos, bem como a inserção de assentos ergonômicos existentes

no campo Odontológico é consideravelmente inferior (Gandavadi et al., 2007; Haddad et al.,

2012; Custódio et al., 2012; Dable et al., 2014; Tran et al., 2016; De Bruyne et al., 2016),

mesmo, os assentos experimentais, apresentando melhores resultados posturais quando

comparado ao mocho convencional. Estes resultados indicam a necessidade urgente de novos

estudos longitudinais objetivando avaliar um assento que realmente se adeque a prática clínica

do cirurgião-dentista.

A ABNT, através da NBR ISO 11226 (ABNT, 2013), literalmente ampliou as

possibilidades do design de assentos. O ângulo do joelho para a postura sentada passou a ser

considerada aceitável de 90º a 135º. Angulação que já tinha sido ampliada desde o ano 2000

pela ISO 11226:2000 (ISO, 2000). O Brasil delongou 13 anos, após a publicação da ISO

11226:2000 (ISO, 2000), para alterar uma norma que tinha sido estabelecida no ano de 1990.

Uma mudança notável para a pesquisa de novos assentos.

Também foi possível perceber, através da revisão sistemática, que o assento tipo sela

pode proporcionar menor risco ergonômico quando comparado ao mocho convencional

Page 69: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

69

(Gandavadi et al., 2007; Dable et al., 2014). O que encorajou a pesquisa, com esse tipo de

assento, avaliando outras variáveis importantes para a postura do cirurgião-dentista.

O artigo 2.2 deste estudo apresenta metodologia e resultados originais e inovadores na

literatura através de diferentes abordagens, fornecendo novas visões a assento já existente no

mercado, mas pouco estudado, não só na área odontológica, como também em outras áreas de

interesse. Apesar de já ser reconhecido pela literatura que a postura sentada deve ser neutra,

mantendo as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral (Scannell et al., 2003; Corlett, 2006;

Dankaerts et al., 2006; Womersley et al., 2006; Pynt et al., 2008; Claus et al., 2009; De

Carvalho et al., 2010; O'Sullivan et al., 2010; De Carvalho et al., 2011; O'Sullivan et al.,

2012; O'Sullivan et al., 2013; De Carvalho et al., 2016; Hey et al., 2017), poucos assentos são

projetados para facilitar o posicionamento e a manutenção nesta postura dita como “ideal”.

O conceito do assento tipo sela (Salli®) foi desenvolvido partindo do estudo

apresentado por Corlett (1984; 1988; 1898; 1999), que indica qual a postura mais correta para

a posição sentada. Este assento foi desenhado para permitir que as nádegas e coxas não

fiquem comprimidas contra a cadeira devido ao suporte firme dos ossos ísquios. As coxas

ficam inclinadas para baixo com um ângulo de 45º inclinando a pelve para uma posição

neutra como se estivesse em pé. Isto permite que a região lombar inferior e tronco superior

encontrem uma postura natural e relaxada sem a necessidade de estar encostado. Os pés ficam

bem assentes no chão numa posição de descanso lateral ao corpo.

Uma das características principais do assento tipo sela é a sua altura do chão. A altura

do assento pode ser associada a várias dimensões antropométricas. Mandal (1981) considerou

a altura do assento proporcional à altura do corpo de uma pessoa, enquanto Noro (1994)

afirmou que a altura do assento é baseada na altura poplítea de um indivíduo. A altura do

assento em sela também pode ser calculada com base na altura do joelho (Diffrient et al.,

1981). Mououdi (2012) utilizou este critério em seu estudo para determinar as características

antropométricas para o projeto e avaliação do conforto do assento de sela. Características

antropométricas como altura do corpo, peso, altura poplítea são consideradas variáveis chave

para mensurar a altura do assento tipo sela a 135º de ângulo de joelho como é recomendado

pelo fabricante (Babaei et al., 2016).

O assento em sela difere essencialmente na forma tradicional de se sentar. O controle

postural requer uma interação completa entre o sistema neural e musculoesquelético (Danis et

al., 1998; Maylor et al., 2001). Através de sinais medulares o controle postural é efetuado pela

ativação de músculos dos membros e tronco (Maylor et al., 2001). Assim, alterações no

padrão postural, pela utilização do assento tipo sela, podem causar sintomatologia dolorosa de

Page 70: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

70

2 a 30 dias após o início de sua utilização. Essa percepção tende a diminuir gradualmente com

a adaptação neuromuscular a nova postura de trabalho.

Considerando que as novas tecnologias e mudanças visam dar ao dentista maior

conforto e melhor saúde, os fatores de risco ocupacionais associados ao aparecimento das

desordens musculoesqueléticas ainda estão relacionados com o ambiente físico, equipamentos

e mobiliário do posto de trabalho (fatores biomecânicos) (Rocha e Ferreira, 2000). É

importante ressaltar, também, que a postura adotada pelo dentista não é produto de seu inteiro

arbítrio, ela é determinada pelas características do contexto de atendimento. Assim, a sua

postura depende dos determinantes externos do atendimento clínico e de sua especificidade

temporal, técnico e organizacional e dos determinantes internos do indivíduo: características

antropométricas, estado funcional físico e sensorial, da experiência e da formação do

profissional.

Por conseguinte, apesar das recomendações ergonômicas, muitas vezes, os dentistas e

acadêmicos de Odontologia, adotam posições inadequadas ou viciosas, que poderão acarretar

prejuízos para a sua saúde. A literatura sugere que existe uma alta prevalência de sintomas

musculoesqueléticos nesta população (Alexopoulos et al., 2004; Polat et al., 2007; Hayes et

al., 2009; Park et al., 2015; Bozkurt et al., 2016). As sugestões sobre a posição preferida para

o trabalho dentário estão mudando junto com o desenvolvimento de equipamentos

odontológicos, alguns autores apontam que os riscos de aumento da fadiga muscular e

possíveis lesões podem ser reduzidos ao combinar as posições ocupacionais sentadas estáticas

e posições ocupacionais dinâmicas em pé (Jonker et al., 2009; Pejčić et al., 2016). Ao

combinar posições sentadas e em pé, o trabalho dinâmico pode ser alcançado. O trabalho

dinâmico é menos cansativo e mais eficiente do que o trabalho estático (Pîrvu et al., 2014).

Entretanto, a mudança de posição para o alcance de uma postura dinâmica, acarretaria em

vários momentos de ajustes dos determinantes externos do atendimento clínico e maior gasto

de tempo para executar um procedimento dental.

O tipo de assento utilizado pode evitar efeitos deletérios, portanto, ser benéfico na

prevenção da dor e disfunções da coluna vertebral. Um assento que contempla os requisitos

ergonômicos é, portanto, postulado para reduzir a ocorrência de sintomas

musculoesqueléticos. Assim, esta tese amplia as escolhas das posturas de trabalho do dentista.

O assento tipo sela pode ser uma escolha de postura sentada dinâmica e posição de trabalho

mais confortável.

Page 71: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

71

4 CONCLUSÃO

Esse estudo apresenta aspectos de originalidade e contribuiu para o avanço do

conhecimento científico a partir de três pontos principais. Primeiro, trata-se da primeira

revisão sistemática da literatura que investigou a influência do tipo de assento sobre o risco

ergonômico entre dentistas e/ou acadêmicos de Odontologia. Segundo, refere-se ao primeiro

ensaio clínico controlado e aleatorizado que avalia o impacto de diferentes tipos de assentos,

em acadêmicos de Odontologia, ao longo de dez meses, nas disciplinas clínicas com paciente.

Finalmente, terceiro, fornece embasamento para novos estudos relacionados a essa temática,

podendo este trabalho ser alvo referencial para pesquisas de diversas áreas de estudo,

contribuindo para preencher lacunas científicas sobre o tema.

Pode-se, através dos resultados, sugerir que o assento tipo sela proporciona menor risco

ergonômico quando comparado ao assento convencional e impacta, positivamente, no

alinhamento corporal lateral de acadêmicos de Odontologia, minimizando a ocorrência de

problemas cotidianos relacionados à região cervical e proporciona maior satisfação a sua

utilização. Além disso, sugere-se uma maior reflexão sobre a escolha de assentos odontológicos

na prática clínica odontológica diante dos aspectos positivos do assento tipo sela.

Page 72: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

72

REFERÊNCIAS*

1 - ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISSO 11226 – Postura estática.

Rio de Janeiro, RJ. 2013.

2 - Ackermann BJ, O'Dwyer N, Halaki M. The difference between standing and sitting in 3

different seat inclinations on abdominal muscle activity and chest and abdominal expansion in

woodwind and brass musicians. Front Psychol. 2014;5:913.

3 - Alexopoulos EC, Stathi IC, Charizani F. Prevalence of musculoskeletal disorders in

dentists. BMC Musculoskelet Disord. 2004;5:16.

4 - Associação Internacional de Ergonomia – IEA. (2000). A disciplina ergonomia: o que é

ergonomia. Rio de Janeiro: IEA.

5 - Assunção AA. A Cadeirologia e o Mito da Postura Correta. Revista Brasileira de Saúde

Ocupacional. São Paulo. 2004;29(110):41-55.

6 - Babaei H, Razeghi M, Choobineh A, Pakshir H. Rajaeifard A, Rezaian J. A new method

for calculating saddle seat height with an emphasis on optimal posture based on trigonometric

relations. International Journal of Occupational Safety and Ergonomics (JOSE),

2016;22(4):565–571.

7 - Barros OB. PTO: Posto de Trabalho Odontológico. Maringá: Editora Dental Press, 2006.

8 - Botha PJ, Chikte U, Barrie R, Esterhuizen TM. Self-reported musculoskeletal pain among

dentists in South Africa: A 12-month prevalence study. SADJ. 2014;69(5):208- 210-3.

9 - Bozkurt S, Demirsoy N, Günendi Z. Risk factors associated with workrelated

musculoskeletal disorders in dentistry. Clin Invest Med 2016; 39 (6): S192-S196.

10 - Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma regulamentadora 17 – Ergonomia.

Portaria n° 3.751 de 23 de Novembro de 1990. Brasília, DF, 1990. Disponível em:

http://www.mte.gov.br . Acesso em: 17 agosto 2017.

Page 73: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

73

11 - Chovet M. Comfort of dentist and patient during sitting work. Rev Belge Med Dent.

1965;20(4):429-444.

12 - Çınar-Medeni Ö, Elbasan B, Duzgun I. Low back pain prevalence in healthcare

professionals and identification of factors affecting low back pain. J Back Musculoskelet

Rehabil. 2017;30(3):451-459.

13 - Claus AP, Hides JA, Morseley GL, Hodges PW. Is ‘ideal’ sitting posture real?

Measurement of spinal curves in four sitting postures. Man Ther. 2009;14(4):404-408.

14 - Corlett EN, Eklund JAE. How does a back rest work? Appl Ergon. 1984;15:111-114.

15 - Corlett EN. The investigation and evaluation of work and workplaces. Eg. 0noic. 1988;

21(5):727-734.

16 - Corlett EN. Aspects of the evaluation of industrial seating. Ergonomics. 1989;2:257-269.

17 - Corlett, EM. Are you sitting comfortably? International J Industrial Ergonomics. 1999;

24:7-12.

18 - Corlett, EN. Background to sitting at work: research-based requirements for the design of

work seats. Ergonomics. 2006;49(14):1538-1546.

19 - Corrocher PA, Presoto CD, Campos JADB, Garcia PPNS. The association between

restorative pre-clinical activities and musculoskeletal disorders. Eur J Dent Educ. 2014;

18:142-146.

20 - Custódio RA, Brandão JG, Amorim JB. The influence of an abdominal support for a

dental stool in the distributions and electrical activity of the longissimus and the superior

trapezius muscle in dentists. Work. 2011;41:5652-5654.

21 - Dable RA, Wasnik PB, Yeshwante BJ, Musani SI, Patil AK, Nagmode SN. Postural

Assessment of Students Evaluating the Need of Ergonomic Seat and Magnification in

Dentistry. The Journal of Indian Prosthodontic Society. 2014;1-8.

Page 74: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

74

22 - Dajpratham P, Ploypetch T, Kiattavorncharoen S, Boonsiriseth K. Prevalence and

associated factors of musculoskeletal pain among the dental personnel in a dental school. J

Med Assoc Thai. 2010;93(6):714-721.

23 - Danis CG, Krebs DE, Gill-Body KM, Sahrmann S. Relationship between standing

posture and stability. Phys Ther. 1998;78(5):202-546.

24 - Dankaerts W, O’Sullivan PB, Burnett A, Straker LM. Differences in sitting postures are

associated with non-specific chronic low back pain disorders when subclassified. Spine

2006;31(6):698-704.

25 - De Bruyne MAA, Renterghem BV, Baird A, Palmans T, Danneels L, Dolphens M.

Influence of different stool types on muscle activity and lumbar posture among dentists

during a simulated dental screening task. Applied Ergonomics.2016;56:220-226.

26 - De Carvalho DE, Soave D, Ross K, Callaghan JP. Lumbar spine and pelvic posture

between standing and sitting: A radiologic investigation including reliability and repeatability

of the lumbar lordosis measure. J Manipulative Physiol Ther. 2010;33(1): 48-55.

27 - De Carvalho DE, Callaghan JP. Influence of automobile seat lumbar support prominence

on spine and pelvic postures A radiological investigation. J Manipulative Physiol Ther.

2011;43(5):876–882.

28 - De Carvalho D, Grondinb D, Callaghanc J. The impact of office chair features on lumbar

lordosis, intervertebral joint and sacral tilt angles: a radiographic assessment. 2016;23:1-12.

29 - Diffrient N, Tilley AR, Harman D. Human scale 4/5/6. Massachuswtts, The Mit Press.

1981.

30 - Dul J, Weerdmeester B. Ergonomia prática. Tradução: Itiro Iida. São Paulo: Edgard

Blücher, 2004.

31 - Eugster CM. The consequences of working in the sitting position. Rev Fr

Odontostomatol. 1965;12(5):824-828.

Page 75: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

75

32 - Feng B, Liang Q, Wang Y, Andersen LL, Szeto G. Prevalence of work-related

musculoskeletal symptoms of the neck and upper extremity among dentists in China. BMJ

Open. 2014;4(12):e006451.

33 - Filho JG. Ergonomia do objeto. Sistema técnico de leitura ergonômica. 2a ed., São Paulo:

escrituras editora, 2010.

34 - Gadge K, Innes E. An investigation into the immediate effects on comfort, productivity

and posture of the Bambach saddle seat and a standard office chair. Work. 2007;29: 189-203

35 - Gandavadi A, Ramsay JRE, Burke FJT. Assessment of dental student posture in two

seating conditions using RULA methodology - a pilot study. Br Dent J. 2007;203(10): 601-

605.

36 - Gaowgzeh RA, Chevidikunnan MF, Al Saif A, El-Gendy S, Karrouf G, Al Senany S.

Prevalence of and risk factors for low back pain among dentists. J Phys Ther Sci.

2015;27(9):2803-2806.

37 - Garbin AJ, Garbin CA, Diniz DG, Yarid SD. Dental students' knowledge of ergonomic

postural requirements and their application during clinical care. Eur J Dent Educ. 2011:15:31–

55.

38 - Golden SS. Human factors applied to study of dentist and patient in dental environment:

astatic appraisal. American Dentistry Journal Ass. 1959;59(1):17-31.

39 - Golden SS. Engenharia aplicada ao conforto da dentística. Seleções Odontológicas.

1974;14(18):18-24.

40 - Griffin BN. The Influence of Zero-g and Acceleration on the Human Factors of

Spacecraft Design. NASA-JSC. 1978;8:78.

41 - Grooten WJ, Conradsson D, Äng BO, Franzén E. Is active sitting as active as we think?

Ergonomics. 2013;56:1304-1314.

Page 76: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

76

42 - Gupta A, Bhat M, Mohammed T, Bansal N, Gupta G. Ergonomics in dentistry. Int J Clin

Pediatr Dent 2014;7(1):30-34.

43 - Gupta D, Bhaskar DJ, Gupta KR, Karim B, Kanwar A, Jain A, et al. Use of

complementary and alternative medicine for work related musculoskeletal disorders

associated with job contentment in dental professionals: Indian outlook. Ethiopian J health

Sci. 2014;24(2):117-124.

44 - Haddad O, Sanjari MA, Amirfazli A, Narimani R, Parnianpour M. Trapezius muscle

activity in using ordinary and ergonomically designed dentistry chairs. The international

journal of occupational and environmental medicine. 2012;3(2 April).

45 - Harrison DD, Harrison SO, Croft AC, Harrison DE, Troyanovich SJ. Sitting

biomechanics part I: review of the literature. J Manipulative Physiol Ther. 1999;22(9):594-

609.

46 - Hauser E D. Health and posture of the dentist. Cal. 1946;9(2-3):8

47 - Hayes MJ, Cockrell D, Smith DR. A systematic review of musculoskeletal disorders

among dental professionals. Int J Dent Hyg. 2009a;7(3):159–165.

48 - Hayes MJ, Smith DR, Cockrell D. Prevalence and correlates of musculoskeletal disorders

among Australian dental hygiene students. Int J Dent Hygiene 2009b;7:176-181.

49 - Hayes M.J, Smith D.R, Cockrell D. An international review of musculoskeletal disorders

in the dental hygiene profession.Int Dent J. 2010;60:343-352.

50 - Hey HW, Wong CG, Lau ET, Tan KA, Lau LL, Liu KG, Wong HK. Differences in erect

sitting and natural sitting spinal alignment-insights into a new paradigm and implications in

deformity correction. Spine J.2017;17 (2):183-189.

51 - Hodacova L, Sustova Z, Cermakova E, Kapitan M, Smejkalova J. Self-reported risk

factors related to the most frequent musculoskeletal complaints among Czech dentists. Ind

Health. 2015;53(1):48-55.

Page 77: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

77

52 - Iida I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.

53- Itiro I, Guimarães LBM. Ergonomia: projeto e produção. 3. ed. São Paulo: Blucher, 2016.

54 - International Ergonomics Association. Nordic Ergonomics Society. The Discipline of

Ergonomics 2000. Disponível em URL: http://www.nordiskergonomi.org

55 - International Organization for Standardization. ISO 11226:2000 - Ergonomics --

Evaluation of static working postures. 2000. Geneva:ISO.

56 - Jonker D, Rolander B, Balogh I. Relation between perceived and measured workload

obtained by long-term inclinometry among dentists. Appl Ergon. 2009; 40:309–315.

57 - JSC-09551, Skylab Experience Bulletin No. 17 - Neutral Body Posture in Zero G,

NASA-JSC, 7-75.

58 - Kanalayanaphotporn R. Changes in sitting posture affect shoulder range of motion.

Bodyw Mov Ther. 2013;1-5.

59 - Kaneko H, Horie J. Breathing movements of the chest and abdominal wall in healthy

subjects. Respir Care 2012; 57(9):1442-1451.

60 - Kierklo A, Kobus A, Jaworska M, Botulinski B. Work-related musculoskeletal disorders

among dentists - a questionnaire survey. Ann Agric Environ Med. 2011;18(1):79-84.

61 - Kortsch WE. Chairside equipment to lessen dentist fatigue. J Am Dent Assoc.

1964;68:763-765.

62 - Kroemer KHE, Grandjean E. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5ª

Ed. Porto Alegre: Bookman; 2005.

63 - Kumar VK, Kumar SP, Baliga MR. Prevalence of work-related musculoskeletal

complaints among dentists in India: a national cross-sectional survey. Indian J Dent Res.

2013;24(4):428-438.

Page 78: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

78

64 - Lee LJ, Chang AT, Coppieters MW, Hodges PW. Changes in sitting posture induce

multiplanar changes in chest wall shape and motion with breathing Respir Physiol Neurobiol.

2010;170(3):236-245.

65 - Leggat PA, Kedjarune U, Smith DR. Occupational health problems in modern dentistry:

a review. Ind Health. 2007;45(5):611-621.

66 - Lis AM, Black KM, Korh H, Nordin M. Association between sitting and occupational

LBP. Eur Spine J. 2007;16:283-98.

67 - Maciel MHV, Marziale MHP. Problemas posturais X mobiliário: uma investigação

ergonômica junto aos usuários de microcomputadores de uma escola de enfermagem.

Rev.Esc.Enf.USP. 1997;31(3):368-386.

68 - Mandal AC. The seated man (homo sedens) the seated work position. Theory and pratice.

Applied Ergonomics. 1981;12(1):19-26.

69 - Makhsous M, Lin F, Bankard J, Hendrix RW, Hepler M, Press J. Biomechanical effects

of sitting with adjustable ischial and lumbar support on occupational low back pain:

evaluation of sitting load and back muscle activity. BMC Musculoskelet Disord.

2009;10(1):17.

70 - Másculo FS, Vidal MC. Ergonomia: Trabalho adequado e eficiente. Rio de Janeiro:

Elsevier Ltda, 2011.

71 - Maylor EA, Allison S, Wing AM. Effects of spatial and nonspatial cognitive activity on

postural stability. British Journal of Psychology.2001;92:319-338.

72 - Mohseni-Bandpei MA, Rahmani N, Halimi F, Farooq MN. The prevalence of low back

pain in Iranian dentists: An epidemiological study. Pak J Med Sci. 2017;33(2):280-284.

73 - Morl F, Bradl I. Lumbar posture and muscular activity while sitting during office work. J

Electromyogr Kinesiol. 2012;23(2):1-6.

Page 79: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

79

74 - Morse T, Bruneau H, Dussetschleger J. Musculoskeletal disorders of the neck and

shoulder in the dental professions. Work. 2010;35(4):419-429.

75 - Mououdi MA. The determination of static anthropometry characteristics for designing

and evaluating the comfort of saddle chair. Iran Occup Health. 2012;9(4):24–29.

76 - Noro K. Sashaku: a user-oriented approach for seating. In: Lueder R, Noro K, editors.

Hard facts about soft machines: the ergonomics of seating. London: Taylor & Francis;

1994:7–28.

77 - Ohlendorf D, Erbe C, Nowak J, Hauck I, Hermanns I, Ditchen D, Ellegast R, Groneberg

DA. Constrained posture in dentistry - a kinematic analysis of dentists. BMC Musculoskelet

Disord. 2017;18(1):291.

78 - O’Sullivan K, O’Dea P, Dankaerts W, O’Sullivan P, Clifford A, O’Sullivan L. Neutral

lumbar spine sitting posture in pain-free subjects. Manual Therapy 2010;15(6):557-561

79 - O’Sullivan K. O’Sulliva L. Campbell A. O’Sullivan P. Dankaerts W. Towards

monitoring lumbo-pelvic posture in real-life situations: concurrent validity of a novel posture

monitor and a traditional laboratory-based motion analysis system. Manual

Therapy.2012;17(1):77-83.

80 - O'Sullivan K 1 , O'Keefe H , O'Sullivan G , O'Sullivan P , Dankaerts W . Perceptions of

sitting posture among members of the community, both with and without non-specific chronic

low back pain. Man Ther. 2013;18(6):551-556.

81 - Park HS, Kim J, Roh HL, Namkoong S. Analysis of the risk factors of musculoskeletal

disease among dentists induced by work posture. J PhysTher Sci. 2015;27:3651-4.

82 - Pejčić N, Đurić-Jovičić M, Miljković N, Popović DB, Petrović V. Posture in dentists:

Sitting vs. standing positions during dentistry work – An EMG study. Srp Arh Celok Lek.

2016;144(3-4):181-187.

Page 80: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

80

83 - Pieper E. Functional disorders of the spine and their significance for the dentist. Rev

Belge Med Dent. 1966;21(5):601-606.

84 - Pîrvu C, Pătraşcu I, Pîrvu D, Ionescu C. The dentist’s operating posture – ergonomic

aspects. J Med Life. 2014;7(2):177-182.

85 - Polat Z, Başkan S, Altun S et al. Musculoskeletal Symptoms of Dentists from South-East

Turkey. Biotechnol. & Biotechnol. EQ. 2007: 86-90.

86 - Prasad DA, Appachu D, Kamath V, Prasad DK. Prevalence of low back pain and carpal

tunnel syndrome among dental practitioners in Dakshina Kannada and Coorg District. Indian

J Dent Res. 2017;28(2):126-132.

87 - Pynt J, Mackey MG, Higgs J. Kyphosed seated postures: extending concepts of postural

health beyond the office. J Occup Rehabil. 2008;18(1):35-45.

88 - Rafie F, Zamani Jam A, Shahravan A, Raoof M, Eskandarizadeh A. Prevalence of upper

extremity musculoskeletal disorders in dentists: symptoms and risk factors. J Environ Public

Health. 2015;2015:517346.

89 - Rocha LE, Ferreira Júnior M. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. In:

JUNIOR, M. F. Saúde e Trabalho: temas básicos para o profissional que cuida da saúde dos

trabalhadores. São Paulo: Roca, 2000. cap. 11, p. 286-319.

90 - Rundcrantz B, Johnsson B, Moritz L. Occupational cervicobrachial disorders among

dentists: Analysis of ergonomics and locomotor functions. Swed Dent J, 1991; 15(5):105-115.

91 - Rundcrantz BL, Johnsson B, Moritz U. Cervical pain and discomfort among dentists.

Epidemiological, clinical and therapeutic aspects. Part 1. A survey of pain and discomfort.

Swed Dent J, 1990;14:71-80.

92 - Scannell JP, McGill SM. Lumbar posture – should it, and can it, be modified? A study of

passive tissue stiffness and lumbar position during activities of daily living. PhysTher.

2003;83(10):907-917.

Page 81: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

81

93 - Scougall S. Postural problems of the dentist. Dent J Aust. 1946;18(6):315-332

94 - Seyffarth H, Johnsen SS. Working position of the dentist and diseases due to strain.

Tandlaegebladet. 1954;58(4):139-159.

95 - Sustova Z, Hodacova L, Kapitan M. The prevalence of musculoskeletal disorders among

dentists in the Czech Republic. Acta medica. 2013;56(4):150-156.

96 - Szczygieł E, Zielonka K, Mazur T, Mętel S, Golec J. Respiratory chest movement

measurement as a chair quality indicator--preliminary observations. Int J Occup Saf Ergon.

2015;21(2):207-212

97 - Szczygieł E, Zielonka K, Mętel S, Golec J. Musculo-skeletal and pulmonary effects of

sitting position - a systematic review. Ann Agric Environ Med. 2017;24(1):8-12.

98 - Tirgar A, Javanshir K, Talebian A, Amini F, Parhiz A. Musculoskeletal disorders among

a group of Iranian general dental practitioners. Journal of back and musculoskeletal

rehabilitation. 2014;bmr-140579.

99 - Tran V, Turner R, MacFadden A, Cornish SM, Esliger D, Komiyama K, Chilibeck PD

(2016) A dental stool with chest support reduces lower back muscle activation, International

Journal of Occupational Safety and Ergonomics. 2016;22(3):301-304.

100 - Womersley L, May S. Sitting posture of subjects with postural backache. J

Manipulative Physiol Ther. 2006;29(3):213–218.

101 - Wright J. Protective posture for dentists. Penn Dent J (Phila). 1947;14(8):258.

102 - Yi J, Hu X, Yan B, Zheng W, Li Y, Zhao Z. High and specialty-related musculoskeletal

disorders afflict dental professionals even since early training years. J Appl Oral Sci.

2013;21(4):376-382.

*De acordo com as normas da UNICAMP/FOP, baseadas na padronização internacional Committee of Medical

Journal Editors. Abreviatura dos periódicos em conformidade com o Medline.

Page 82: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

82

APÊNDICE 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título do Projeto: Impacto de assentos com diferentes desenhos ergonômicos sobre alterações posturais e

quadros de algias em acadêmicos de Odontologia

Prezada Srtª,

Este Termo de Consentimento pode conter palavras que você não entenda. Peça ao pesquisador que explique as

palavras ou informações não compreendidas completamente.

1) Introdução

Você está sendo convidada a participar de uma pesquisa que estudará um novo desenho ergonômico de mocho.

Você foi selecionado porque é aluna devidamente matriculada do 3º ou 4º ano de Odontologia da UNIARARAS.

Sua participação não é obrigatória. O objetivo do projeto é avaliar o impacto de assentos com diferentes

desenhos ergonômicos sobre alterações posturais e quadros de algias em acadêmicos do 3º e 4º ano do Curso de

Odontologia de Araras (UNIARARAS), e a justificativa se pauta na necessidade de uma abordagem ergonômica

sistêmica da posição sentada para a prática odontológica, para que possa aprimorar ainda mais as condições de trabalho, otimizando a produtividade e diminuindo a ocorrência de lesões.

2) Procedimentos do Estudo

Para participar deste estudo solicito a sua especial colaboração em responder um questionário com dados

pessoais, acadêmicos, de atividade física e de saúde geral, bem como se submeter a avaliações antropométricas e

posturais no início, durante e ao final da pesquisa. Toda coleta de dados será realizada dentro das dependências

da UNIARARAS, em horários pré-agendados de acordo com a sua disponibilidade.

3) Riscos e desconfortos

Por se tratar de aplicação de questionários, não há para você risco previsível, uma vez que há o compromisso de

não divulgação de seus dados. O desconforto pode advir em alguns momentos da pesquisa como: O tempo

despendido na resposta às perguntas do questionário inicial, da Escala de desconforto corporal e nos dias de

avaliações posturais; nas duas primeiras semanas de utilização do assento tipo sela (fase de adaptação), se for

sorteado aleatoriamente para o grupo experimental;

4) Benefícios

Como benefício, você receberá, através da pesquisa, avaliação postural detalhada, conhecimento sobre

Ergonomia e postura de trabalho, que poderá utilizar tanto na vida a acadêmica, quanto profissional. Além disso,

você estará contribuindo com uma pesquisa científica que visa uma melhor postura de trabalho do Cirurgião-

Dentista.

5) Tratamento Alternativo

Se você decidir não participar deste estudo, existem outros tratamentos disponíveis para o seu caso como:

Preventivo – prática regular de atividade física, yoga, relaxamento, técnicas de meditação, massagem.

Patológico – fisioterapia, acupuntura.

Tratamentos ofertados no Centro Universitário Hermínio Ometto – UNIARARAS:

Preventivo – yoga, massagem. Patológico – fisioterapia e acupuntura.

Informo que receberá o tratamento padrão oferecido, de acordo com as normas desta instituição, quando estas

estiverem capacitadas a resolver o problema.

6) Acompanhamento e Responsabilidade

Efeitos indesejáveis são possíveis de ocorrer em qualquer estudo de pesquisa, apesar de todos os cuidados

possíveis, e podem acontecer sem que a culpa seja sua ou dos pesquisadores. Se você sofrer efeitos indesejáveis

como resultado direto da sua participação neste estudo, a necessária assistência profissional será providenciada

por profissionais colaboradores do projeto e atuante das áreas de Fisioterapia, Educação Física e Odontologia,

vinculados a UNIARARAS.

7) Garantia de Esclarecimento

Você terá acompanhamento dos pesquisadores e todas suas dúvidas serão esclarecidas.

8) Grupo Placebo ou Controle Para este estudo, oitenta alunas serão sorteadas aleatoriamente e distribuídas por dois tipos de assentos. Quarenta

estudantes formarão o grupo 1 (controle) e utilizarão na pesquisa o assento convencional já disponibilizado na

Clínica de Odontologia da Faculdade, e Quarenta estudantes formarão o grupo 2 (experimental) e utilizarão na

pesquisa o assento tipo sela (Salli®).

8) Participação

Sua participação neste estudo é muito importante e voluntária. Você tem o direito de não querer participar ou de

sair deste estudo a qualquer momento, sem penalidades ou perda de qualquer benefício ou cuidados a que tenha

direito nesta instituição. Você também pode ser desligado do estudo a qualquer momento sem o seu

consentimento nas seguintes situações: (a) você não use ou siga adequadamente as orientações em estudo;

(b) você sofra efeitos indesejáveis não esperados; (c) o estudo termine, (d) Você se ausente das atividades

clínicas por um período superior a 15 dias, (e) Você inicie um tratamento de saúde fazendo uso de

Page 83: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

83

medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios por um período superior a 10 dias. EM CASO DE

VOCÊ DECIDIR RETIRAR-SE DO ESTUDO, FAVOR NOTIFICAR O PROFISSIONAL E /OU

PESQUISADOR QUE ESTEJA ATENDENDO-O IMEDIATAMENTE.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo poderão fornecer qualquer esclarecimento sobre o estudo, assim

como tirar dúvidas, bastando contato com o seguinte endereço e/ou telefone, e-mail:

Nome do Orientado (aluna responsável): Giovana Renata Gouvêa

Endereço: Avenida Antônio Prudente nº 313, Bairro Jardim Universitário

Araras – SP, CEP: 13607-335

Telefone: (19) 9261-5223 (19) 998200438

E-mail: [email protected]

Nome do Orientador (pesquisador responsável): Antônio Carlos Pereira Endereço: Av. Limeira, 901 cx. postal 52 - 13914-903 Piracicaba – SP.

Telefone: (19) 21065278 (falar com secretária Eliana)

E-mail: [email protected]

10) Caráter Confidencial dos Registros

A sua identidade será mantida em sigilo. Os resultados serão sempre apresentados como o retrato de um grupo e

não de uma pessoa. Dessa forma, você não será identificado quando o material de seu registro for utilizado, seja

para propósitos de publicação científica ou educativa. Cada voluntário será credenciado e enumerado para

identificação, portanto a sua identificação será numérica e não nominal, mantendo devido sigilo.

11) Custos e Reembolso

Você não terá nenhum gasto com a sua participação no estudo e também não receberá pagamento pelo mesmo.

12) Declaração de Consentimento Li ou alguém leu para mim as informações contidas neste documento antes de assinar este termo de

consentimento. Declaro que toda a linhagem técnica utilizada na descrição de estudo de pesquisa foi

satisfatoriamente explicada e que recebi respostas para todas as minhas dúvidas. Confirmo também que recebi

uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido. Compreendo que sou livre para me retirar do estudo

em qualquer momento, sem perda de benefícios ou qualquer outra penalidade.

Dou meu consentimento de livre e espontânea vontade para participar deste estudo.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Mérito Científico do Centro Universitário Hermínio Ometto –

UNIARARAS, coordenado pela Profa. Dra. Miriam de Magalhães Oliveira Levada, que poderá ser contatado em

caso de questões éticas, pelo telefone 19-3543-1439 ou e-mail: [email protected] ou pelo endereço Av.

Dr. Maximiliano Baruto, nº 500 – Jd. Universitário – Araras/SP.

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas nas alíneas acima elencadas e que obtive,

de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a

realização desta pesquisa.

Giovana Renata Gouvêa

Pesquisador

QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,_______________________________________________________________________________________

______________, RG__________________________, certifico ter lido todas as informações acima citadas e

estar suficientemente esclarecido de todos os itens pela pós-graduanda Giovana Renata Gouvêa,

pesquisadora responsável na condução da pesquisa. Estou plenamente de acordo e aceito participar da

pesquisa: “Impacto de assentos com diferentes desenhos ergonômicos sobre alterações posturais e quadros

de algias em acadêmicos de Odontologia”. E recebi uma cópia deste documento.

Endereço:___________ nº: _________ Bairro:_______Cidade:_____________ Cep:_______________

Tel (fixo): ___________________

Celular 1 (WhatsApp):____________________________________Operadora:______________________

E-mail:____________________________________________________________

Nome da Dupla de Clínica:____________________________________________

Atua em todas as clínicas com a mesma dupla: ( ) Sim ( ) Não

_____/______/_____ ______________________________

Assinatura do Declarante

Page 84: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

84

ANEXOS

Page 85: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

85

Anexo 1– Submissão do artigo 2.1

Page 86: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

86

Anexo 2 - Registro da Revisão Sistemática

Page 87: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

87

Anexo 3 - Certificado de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa

Page 88: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

88

Anexo 4 - Registro do ensaio clínico

Page 89: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

89

Anexo 5 – Questionário perfil

I – DADOS PESSOAIS

1.1 Nome: ____________________________________________________________________

1.2 Data de nascimento: ____/____/____ 1.3 Idade:________________

1.3 Lateralidade: ( ) Destro ( ) Sinistro

II – DADOS DE ATUAÇÃO COMO ACADÊMICO:

2.1 Cursando: ( ) 3º ano ( ) 4º ano

2.2 Se você atende sentado (a), qual o ângulo aproximado entre a região posterior da coxa e a região

posterior da panturrilha: ( )menor que 90º ( )de 90º a 115º ( )maior que 115º

2.3 Você utiliza o encosto do mocho? ( ) sim ( ) não

2.4 Imaginando um mostrador de um relógio, onde o centro corresponde ao eixo dos ponteiros. A boca do

paciente representa o centro do relógio, estando o cliente na cadeira odontológica, deitada na horizontal.

Tendo em vista a descrição acima, qual a posição adotada durante o trabalho: ( ) Posição de 7 (sete) horas

( ) Posição de 9 (nove) horas ( ) Posição de 11 (onze) horas

( ) Posição de 12 (doze) horas

( ) Outra posição, especificar: _____________

2.5 Qual a visão mais adotada durante o trabalho: ( ) direta ( ) indireta

III – DADOS QUANTO A ATIVIDADE FÍSICA

3.1 Você realiza alguma atividade física regularmente? (Três ou mais vezes por semana, com no MÍNIMO

30 minutos de duração) ( ) sim ( ) não

IV – DADOS QUANTO A SAÚDE: 4.1 Você sente alguma dor ou desconforto físico? ( ) sim ( ) não

4.1.1 Se sentir, onde? ( )Coluna cervical ( )Coluna dorsal ( )Coluna lombar ( )Ombro ( )Cotovelo

( )Punho e mãos ( )Quadril ( )Joelho ( )Tornozelos e pés ( )Outros:_________

4.2 Você já consultou algum médico por causa dos sintomas: ( ) Sim ( ) Não

4.2.1 Se visitou, qual dos seguintes distúrbios foi diagnosticado:

( ) Tendinite / inflamação dos tendões

( ) Tenosinovite / inflamação do tecido que revestem os tendões

( ) Miosite / inflamação nos músculos

( ) Bursite / inflamação das bursas

( ) Epicondilite / inflamação das estruturas do cotovelo

( ) Cervicobraquialgia / dor na região cervical, referindo-se para o braço.

( ) Ombro doloroso / compressão de nervos e vasos na região do ombro ( ) Síndrome do túnel do carpo / comprometimento ao nível do punho

( ) Outras. Quais? __________________________________________

( ) Nenhum

4.3 Você está em tratamento médico? ( ) Sim ( ) Não

4.4 Está fazendo uso de algum medicamento abaixo:

( ) analgésico, qual________ ( ) anti-inflamatório, qual__________ ( ) Relaxantes Musculares___________

4.13 Você pretende realizar alguma cirurgia no ano de 2015? ( ) Sim ( ) Não

Obrigada por sua valiosa colaboração

À Equipe de Pesquisa

IDENTIFICAÇÃO NUMÉRICA

Page 90: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

90

Anexo 6 – Questionário problemas cotidianos relacionados com dores no pescoço

Este questionário foi concebido para dar informações de como a sua dor no pescoço afeta a sua capacidade de

agir no dia-a-dia. Por favor, responda a cada secção deste questionário assinalando APENAS UM dos quadrados

que melhor se aplique ao seu caso. Sabemos que pode considerar como aplicáveis a si duas afirmações em cada

secção, mas, por favor, assinale apenas o quadrado que descreve melhor o seu problema.

Secção 1 – Intensidade da dor

□ Neste momento não sinto nenhuma dor.

□ Neste momento a dor é muito fraca.

□ Neste momento a dor é moderada.

□ Neste momento a dor é bastante forte.

□ Neste momento a dor é muito forte.

□ Neste momento a dor é mais forte do que se possa

imaginar.

Secção 2 – Cuidados pessoais (lavar-se, vestir-se etc.)

□ Posso tratar de mim normalmente sem causar mais

dores.

□ Posso tratar de mim normalmente, mas isso causa-me

mais dores.

□ É doloroso tratar de mim próprio e sou lento(a) e

cuidadoso(a).

□ Consigo realizar a maior parte dos meus cuidados

pessoais, mas preciso de algum auxílio.

□ Na maior parte dos meus cuidados pessoais, preciso todos os dias auxilio.

□ Não consigo vestir-me, lavo-me com dificuldade e

permaneço deitado(a) na cama

Secção 3 – Levantar coisas

□ Consigo levantar coisas pesadas sem causar mais

dores.

□ Consigo levantar coisas pesadas mas causa-me

mais dores.

□ A dor impede-me de levantar coisas pesadas do

chão, mas posso levantá-las se estiverem convenientemente colocadas, como por exemplo em

cima de uma mesa.

□ A dor impede-me de levantar coisas pesadas, mas

consigo fazê-lo se forem coisas leves ou de peso

médio, convenientemente colocadas.

□ Posso levantar apenas coisas muito leves.

□ Não consigo levantar ou transportar seja o que for.

Secção 4 – Leitura

□ Posso ler o tempo que quiser sem causar dores no

pescoço.

□ Posso ler o tempo que quiser mas com uma ligeira dor

no pescoço.

□ Posso ler o tempo que quiser mas com dores

moderadas no pescoço. □ Não posso ler o tempo que quiser por causa das dores

relativamente fortes no pescoço.

□ Quase que não posso ler por causa das dores muito

fortes no pescoço.

□ Não posso ler nada por causa das dores no pescoço.

Secção 5 – Dores de cabeça

□ Não tenho qualquer dor de cabeça.

□ Tenho ligeiras dores de cabeça que aparecem de

vez em quando. □ Tenho dores de cabeça moderadas que aparecem

de vez em quando.

□ Tenho dores de cabeça moderadas que aparecem

frequentemente.

□ Tenho fortes dores de cabeça que aparecem

frequentemente.

□ Tenho dores de cabeça quase permanentemente.

Secção 6 – Concentração

□ Consigo concentrar-me sem dificuldade.

□ Consigo concentrar-me, mas com ligeira dificuldade.

□ Sinto alguma dificuldade em concentrar-me. □ Sinto muita dificuldade em concentrar-me.

□ Sinto imensa dificuldade em concentrar-me.

□ Não sou capaz de me concentrar de todo.

Page 91: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

91

Secção 7 – Trabalho / Atividades diárias

□ Posso trabalhar tanto quanto eu quiser.

□ Só consigo fazer o meu trabalho habitual, mas não

mais.

□ Consigo fazer a maior parte do meu trabalho

habitual, mas não mais.

□ Não consigo fazer o meu trabalho habitual.

□ Dificilmente faço qualquer trabalho.

□ Não consigo fazer nenhum trabalho.

Secção 8 – Guiar um carro

□ Posso guiar um carro sem causar qualquer dor no

pescoço.

□ Posso guiar um carro durante o tempo que quiser,

mas com uma ligeira dor no pescoço.

□ Posso guiar um carro durante o tempo que quiser,

mas com dores moderadas no pescoço.

□ Não posso guiar um carro durante o tempo que

quiser devido a dores relativamente fortes no pescoço. □ Mal posso guiar um carro devido às dores muitos

fortes no pescoço.

□ Não posso guiar um carro por causa das dores no

pescoço.

Secção 9 – Dormir

□ Não tenho dificuldade em dormir.

□ O meu sono é ligeiramente perturbado (fico sem

dormir no máximo 1 hora)

□ O meu sono é um bocado perturbado (fico sem

dormir entre 1 a 2 horas) □ O meu sono é moderadamente perturbado (fico sem

dormir entre 2 a 3 horas)

□ O meu sono é muito perturbado (fico sem dormir

entre 3 a 5 horas)

□ O meu sono é completamente perturbado (fico sem

dormir entre 5 a 7 horas)

Secção 10 – Atividades de lazer

□ Sou capaz de fazer qualquer das minhas atividades

de lazer, sem sentir quaisquer dores no pescoço.

□ Sou capaz de fazer qualquer das minhas atividades

de lazer, mas com algumas dores no pescoço.

□ Sou capaz de fazer a maior parte das minhas atividades de lazer, mas não todas, devido às dores no

pescoço.

□ Sou capaz de fazer apenas algumas das minhas

atividades de lazer habituais devido às dores no

pescoço.

□ Dificilmente sou capaz de fazer quaisquer atividades

de lazer devido às dores no pescoço.

□ Não sou capaz de fazer nenhuma das minhas

atividades de lazer.

Score:___________[50]

Data:___/___/___

Page 92: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

92

Anexo 7 – Questionário problemas cotidianos relacionados com dores na lombar

Quando tem dores nas costas, pode sentir dificuldade em fazer algumas das coisas que normalmente faz. Esta

lista contém frases que as pessoas costumam usar para se descreverem quando têm dores nas costas. Quando as

ler, pode notar que algumas se destacam porque o descrevem hoje. Quando ler uma frase que o descreve hoje,

coloque-lhe uma cruz. Se a frase não o descrever, deixe o espaço em branco e avance para a frase seguinte.

Lembre-se, apenas coloque a cruz na frase se estiver certo de que o descreve hoje.

1. Fico em casa a maior parte do tempo por causa das minhas costas.

2. Mudo de posição frequentemente para tentar que as minhas costas fiquem confortáveis.

3. Ando mais devagar do que o habitual por causa das minhas costas.

4. Por causa das minhas costas não estou a fazer nenhum dos trabalhos que habitualmente faço em casa.

5. Por causa das minhas costas, uso o corrimão para subir escadas.

6. Por causa das minhas costas, deito-me com mais frequência para descansar.

7. Por causa das minhas costas, tenho de me apoiar em alguma coisa para me levantar de uma poltrona.

8. Por causa das minhas costas, tento conseguir que outras pessoas façam as coisas por mim.

9. Visto-me mais lentamente do que o habitual por causa das minhas costas.

10. Eu só fico em pé por curtos períodos de tempo por causa das minhas costas.

11. Por causa das minhas costas, evito dobrar-me ou ajoelhar-me.

12. Acho difícil levantar-me de uma cadeira por causa das minhas costas.

13. As minhas costas estão quase sempre a doer.

14. Tenho dificuldade em virar-me na cama por causa das minhas costas.

15. Não tenho muito apetite por causa das dores das minhas costas.

16. Tenho dificuldade em calçar meias ou meia-calça por causa das dores das minhas costas.

17. Só consigo andar distâncias curtas por causa das minhas costas.

18. Não durmo tão bem por causa das minhas costas.

19. Por causa da dor nas minhas costa, visto-me com a ajuda de outras pessoas.

20. Fico sentado a maior parte do dia por causa das minhas costas.

21. Evito trabalhos pesados em casa por causa das minhas costas.

22. Por causa das dores nas minhas costas, fico mais irritado e mal-humorado com as pessoas do que o habitual.

23. Por causa das minhas costas, subo as escadas mais devagar do que o habitual.

24. Fico na cama a maior parte do tempo por causa das minhas costas.

Page 93: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/330894/1/Gouvea... · Ao meu amigo e parceiro de Pós-Graduação Marco Antonio Vieira

93

Anexo 8 – Questionário satisfação do assento

NOME: ____________________________________________________________________

Marque na régua abaixo o número referente a sua resposta em cada questão sobre o assento que

você utilizou na pesquisa

1- Pensando que um assento deve ser confortável, você está:

Pouco satisfeito Muito satisfeito

2- Pensando que um assento deve ser seguro, você está:

Pouco satisfeito Muito satisfeito

3- Pensando que um assento deve ser adaptável, você está:

Pouco satisfeito Muito satisfeito

4- Pensando que um assento deve ser prático, você está:

Pouco satisfeito Muito satisfeito

5- Pensando que um assento deve ser adequado ao seu trabalho, você está:

Pouco satisfeito Muito satisfeito

6- Pensando na aparência, você está:

Pouco satisfeito Muito satisfeito