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ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 1
Universidade Estadual de Campinas
Relatório Experimental – Ensaio de Tração / Compressão, Microscopia
EM423 – Resistência dos Materiais
ENSAIO DE
TRAÇÃO/COMPRESSÃO,
MICROSCOPIA
Grupo
Integrante RA
Gabriel Sabença Gusmão 081465
Lara Nagafuti dos Santos 081875
Lucas de Matos Vilas Boas 081968
Marco Nagaóka Lopes 083849
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 2
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 31.1 Conceitos ...................................................................................................................... 31.2 Objetivo ........................................................................................................................ 3
2. Materiais e Métodos ........................................................................................................... 42.1 Ensaio de Tração .............................................................................................................. 42.2 Microscopia Eletrônica de Varredura - MEV ................................................................... 53. Resultados e Discussão ....................................................................................................... 7
3.1 Ensaios de Tração - Aço ............................................................................................... 73.1.1 Ensaios de Tração – Aço 1 ....................................................................................... 73.1.2 Ensaios de Tração – Aço 2 ....................................................................................... 83.1.3 Ensaios de Tração – Aço 3 ..................................................................................... 103.1.4 Ensaios de Tração – Aço 4 ..................................................................................... 113.1.5 Ensaios de Tração – Aço 5 ..................................................................................... 123.2 Ensaios de Tração – Alumínio .................................................................................... 143.2.1 Ensaios de Tração – Alumínio 1 ............................................................................. 143.3 Resultados e Comparações ......................................................................................... 193.4 Resultados - MEV ...................................................................................................... 20
4. Conclusão ......................................................................................................................... 235. Bibliografia ....................................................................................................................... 24
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 3
1. Introdução 1.1 Conceitos
Os conceitos envolvidos neste experimento são os relacionados as propriedades
mecânicas intrínsecas dos materiais. Dentre elas, o módulo de elasticidade axial (Módulo
de Young) proveniente de experimentos envolvendo a aplicação de cargas a materiais.
Ainda neste experimento serão abordados princípios envolvidos em técnicas de análise
microscópica relativos a técnica de Microscopia Eletrônica de Varredura.
1.2 Objetivo
Os experimentos envolvidos neste trabalho foram realizados com o objetivo de analisar
e caracterizar determinados materiais, como o aço e o alumínio, quanto suas propriedades
físicas e comportamento quando sujeitos a determinadas cargas e compará-las com os
dados disponíveis na literatura. Dentre tais propriedades pode-se citar o Módulo de
Elasticidade (Módulo de Young), a Tensão de Ruptura e a faixa de carga na qual se
encontra o Regime Elástico e Dureza.
Ainda neste experimento, procurou-se diferenciar, em termos de composição,
impurezas presentes e morfologia, os materiais dos ensaios de tração e, a partir das partes
rompidas do ensaio, analisar o tipo de fatura relacionando o mesmo as características dos
materiais.
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 4
2. Materiais e Métodos O experimento consistiu em duas etapas distintas. A primeira, de um ensaio de tração
de amostras de aço e alumínio. Já a segunda, de estudo, por microscopia de varredura
eletrônica, das regiões dos metais que se partiram durante o ensaio de tração. Uma amostra
de jornal também foi recoberta com partículas de ouro de maneira que sua estrutura pudesse
ser observada e comparada com as dos metais.
2.1 Ensaio de Tração O ensaio de tração é um dos métodos mais utilizados para caracterização de um
material em termos de suas propriedades mecânicas. Trata-se de um método relativamente
barato e que gera resultados e dados que podem ser aplicados aos mesmos materiais em
situações cotidianas nas quais há forças envolvidas. Podendo-se determinar então o
alongamento do material dada uma carga hipotética aplicada.
Os aparelhos utilizados para realização dos ensaios de tração são geralmente as
chamadas máquinas universais de ensaios. Servem tanto para execução de ensaios de tração
quanto outros ensaios, como compressão, flexão, dobramento (deflexão) entre outros testes
que não serão abordados neste experimento.
Figura 2.1 – Máquina Universal de Ensaios
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 5
A partir dos dados advindos dos ensaios de tração, são construídos gráficos de tensão e
deformação que mostram como o material reage para uma determinada carga. Os materiais
possuem um padrão de comportamento para baixas tensões e para tensões mais elevadas,
até o ponto de ruptura. Para regiões de baixas tensões aplicadas, a lei de Hooke pode ser
relacionada. Sendo regiões em que ao cessar a tensão o material recupera a forma inicial.
Trata-se de comportamento elástico, em que a deformação do material varia linearmente
com a tensão aplicada e a constante de proporcionalidade se chama módulo de elasticidade
ou módulo de Young.
𝑑𝑑𝑑𝑑 = 𝐸𝐸𝑑𝑑𝐸𝐸
Em que 𝑑𝑑 é a tensão aplicada, 𝐸𝐸 o módulo de Young e 𝐸𝐸 a variação de comprimento do
material. Como 𝐸𝐸 não tem unidade relacionada, o módulo de Young tem as mesmas
unidades da tensão aplicada.
Gráficos de tensão e deformação para as amostras de metais que foram utilizadas para
os ensaios de tração serão explorados mais adiante com o intuito de se obter o módulo de
Young a partir dos dados experimentais.
No entanto, a região de deformação elástica, a qual a lei de Hooke pode ser aplicada,
quase sempre é estreita. A partir do momento em que se cessa a relação de linearidade entre
força aplicada e variação de comprimento do material, tem-se o inicio do escoamento e
ocorre deformações plásticas. Esta faixa de tensão tem como principal característica a de
que o material não retoma sua forma original depois de retirada a carga.
2.2 Microscopia Eletrônica de Varredura - MEV A microscopia eletrônica de varredura (MEV) é ferramenta útil na caracterização
morfológica, topológica e estrutural de materiais em geral. Seu princípio de funcionamento
principal está na excitação eletrônica de uma amostra pela passagem de corrente elétrica e
quantificação dos elétrons emitidos como resposta, em que o aparelho opera no chamado
modo elétron secundário.
O microscópio de varredura eletrônica é formado por alguns elementos principais,
dentre eles uma coluna eletro-óptica que gera o feixe de elétrons, um compartimento onde
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 6
fica a amostra a pressões baixas e o sistema de detecção dos sinais, processamento e
geração de dados.
Figura 2.2 – Microscópio Eletrônico de Varredura
Outro modo de operação do microscópio eletrônico de varredura é o Raio X. Modo que
geralmente é utilizado para se fazer análises elementares. Trata-se de detecção de ondas de
freqüência e energia características, de forma que, a partir da intensidade e da posição da
detecção na amostra, pode-se determinar quantitativamente as proporções dos elementos
componentes da amostra.
Os raios-x penetram mais profundamente a amostra, diferentemente do método de
elétrons secundários. Dessa forma, este método é mais utilizado para caracterização
topológica e morfológica da amostra, enquanto aquele empregado geralmente para
caracterização da amostra em termos composicionais.
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 7
3. Resultados e Discussão 3.1 Ensaios de Tração - Aço Foram realizados cinco ensaios de tração para amostras de aço. Todas eram constituídas
por barras cilíndricas com 5mm de diâmetro. Os testes se sucederam com sensor de posição
fixo nos quatro primeiro testes e com ele “escorregando” no último, onde não é possível a
observação qualitativa de onde se dá os pontos de início de escoamento e a tensão limite
deste.
Mais adiante, após análise dos gráficos resultantes dos ensaios de tração e inferência
dos valores de certas propriedades mecânicas dos materiais, serão utilizados como meio de
comparação dados da literatura referentes as mesmas propriedades.
3.1.1 Ensaios de Tração – Aço 1 Abaixo encontram-se os gráficos referentes ao ensaio de tração e compressão para a
primeira amostra de aço. No Gráfico 3.1, é possível analisar todo comportamento do
material quando sujeito a determinadas cargas tracionantes.
Gráfico 3.1 – Ensaio de Tração – Aço 1
0
10
20
30
40
50
60
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 8
É notável a pequena faixa de deformação em que está compreendido o regime elástico,
inferior a 1%, e a grande região de deformação elástica que segue até próximo de 33% onde
está situado o ponto de ruptura em que a resistência a tração é portanto, próxima a 32MPa.
No Gráfico 3.2 está delimitada somente a região de regime elástico, onde foi ajustada a reta
cujo valor do coeficiente, conforme a Lei de Hooke, é o valor do módulo de Young
aproximado para a barra.
Gráfico 3.2 – Deformação Elástica – Aço 1
Para tal amostra foi obtido, conforme consta no gráfico, um módulo de Young de
aproximadamente 215GPa.
3.1.2 Ensaios de Tração – Aço 2 A seguir, nos Gráficos 3.3 e 3.4 encontram-se os dados referentes ao segundo ensaio de
tração e compressão realizado, de maneira que no segundo está relacionada somente a parte
de deformação elástica.
y = 2,1494E+11xR² = 9,9618E-01
0
5
10
15
20
25
30
0,00% 0,02% 0,04% 0,06% 0,08% 0,10% 0,12% 0,14%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 9
Gráfico 3.3 – Ensaio de Tração – Aço 2
Como é possível observar, ponto de ruptura para aproximadamente 35% de deformação
e limite de resistência a tração próximo de 32MPa . O módulo de Young é dado pelo ajuste
linear para o Gráfico abaixo para aprox. 240GPa.
Gráfico 3.4 – Deformação Elástica – Aço 2
0
10
20
30
40
50
60
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
y = 2,3832E+11xR² = 9,9171E-01
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0,00% 0,02% 0,04% 0,06% 0,08% 0,10% 0,12% 0,14% 0,16%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 10
3.1.3 Ensaios de Tração – Aço 3 Adiante estão dispostos os gráficos referentes ao ensaio de tração e deformação para
terceira amostra de metal e a parcela de deformação elástica do mesmo.
Gráfico 3.5 – Ensaio de Tração – Aço 3
Do gráfico anterior referente a terceira amostra, pode-se concluir que o material
analisado possuía tensão de ruptura próxima de 32MPa para um deformação de
aproximadamente 33,5%.
Já o próximo gráfico, a partir do ajuste linear dos dados referentes a faixa de tensão e
deformação em que esta é elástica, estima o módulo de Young desta amostra em valor de
aprox. 240GPa.
0
10
20
30
40
50
60
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 11
Gráfico 3.6 – Deformação Elástica – Aço 3
3.1.4 Ensaios de Tração – Aço 4 Abaixo estão estabelecidos os gráficos referentes ao ensaio de tração e deformação da
quarta amostra.
Gráfico 3.7 – Ensaio de Tração – Aço 4
y = 2,3916E+11xR² = 9,9611E-01
0
5
10
15
20
25
30
35
0,00% 0,02% 0,04% 0,06% 0,08% 0,10% 0,12% 0,14% 0,16%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
0
10
20
30
40
50
60
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 12
Em que os valores de deformação e tensão no ponto de ruptura são de aproximadamente
29% e 30,5MPa, respectivamente.
Gráfico 3.8 – Deformação Elástica – Aço 4
Estranhamente, esta amostra apresentou valor de módulo de Young determinado pela
reta ajustada inferior a média das amostras anteriores. Valor este que foi de
aproximadamente 175GPa.
3.1.5 Ensaios de Tração – Aço 5 Para esta última amostra de aço ao sensor de posição foi permitido seu deslize pela
amostra de forma que aparentemente o ponto limite de proporcionalidade, ou seja, aquele
em que começa a deformação plástica ficou bem definido. O Gráfico 3.9 revela tal fato. Do
mesmo gráfico se infere que, no ponto de ruptura, a deformação foi de aprox. 17,5% e
tensão no ponto de ruptura de aproximados 32%.
Já no Gráfico 3.10 encontram-se os dados pautados na faixa de deformação linear do
material e onde, conforme feito anteriormente, foi definido o valor de módulo de Young
com base no coeficiente angular da reta ajustada.
y = 1,7489E+11xR² = 9,9255E-01
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0,00% 0,02% 0,04% 0,06% 0,08% 0,10% 0,12%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 13
Gráfico 3.9 – Ensaio de Tração – Aço 5
Aparentemente, o fato de o sensor poder deslizar influenciou no valor de deformação
máxima no ponto de ruptura assim como no valor de módulo de Young que ficou de aprox.
163GPa. Os valores de tensão de ruptura e os outros valores de propriedades mecânicas
inferidos serão comparados com os da literatura.
Gráfico 3.10 – Deformação Elástica – Aço 5
0
10
20
30
40
50
60
0% 5% 10% 15% 20%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
y = 1,6264E+11xR² = 9,9294E-01
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 14
3.2 Ensaios de Tração – Alumínio Foram realizados quatro ensaios de tração para amostras de alumínio. Todas estas tinha
diâmetro de 5mm com exceção da primeira que possuía 4,9mm. A seguir estão
relacionados os dados referentes aos experimentos.
3.2.1 Ensaios de Tração – Alumínio 1 Dados referentes ao ensaio de tração e deformação e a parte elástica do mesmo
encontram-se nos gráficos abaixo, respectivamente.
Gráfico 3.11 – Ensaio de Tração – Alumínio 1
A partir do gráfico pode-se observar que o alumínio possui região linear de deformação
elástica mais extensa que a do aço em termos de deformação alcançada para uma menor
tensão aplicada. Já o ponto de ruptura está próximo de 12,8% para uma tensão aplicada de
aprox. 17MPa.
Já do Gráfico 3.12 abaixo pode-se concluir que o material tem um módulo de Young
menor, de aproximadamente 66GPa.
0
5
10
15
20
25
30
35
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 15
Gráfico 3.12 – Deformação Elástica – Alumínio 1
3.2.2 Ensaios de Tração – Alumínio 2 Abaixo encontram-se os dados expostos em gráficos para a segunda amostra de
alumínio, de onde pode-se inferir, a partir do Gráfico 3.13, que a tensão e a deformação no
ponto de ruptura são de aprox. 17,5MPa e 14,8%, respectivamente.
Gráfico 3.13 – Ensaio de Tração – Alumínio 2
y = 6,5695E+10xR² = 9,9521E-01
0
5
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0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30% 0,35%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
0
5
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30
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0% 5% 10% 15% 20%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 16
Já do Gráfico 3.14 pode-se estimar o módulo de Young para a amostra de aprox
67,5GPa, dado pelo ajuste linear dos dados.
Gráfico 3.14 – Deformação Elástica – Alumínio 2
3.2.3 Ensaios de Tração – Alumínio 3 Para terceira amostra de alumínio foram feitos os gráficos a seguir que, ao serem
analisados, pode-se inferir, a partir do Gráfico 3.15, a tensão e deformação no ponto de
ruptura em aprox. 17,5MPa e 15%, respectivamente.
O Gráfico 3.16 por outro lado revela o valor do Módulo de Young dado pelo ajuste da
parte linear dos dados em aprox. 66GPa.
y = 6,7477E+10x + 7,2161E+06R² = 9,9833E-01
0
5
10
15
20
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0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30% 0,35%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 17
Gráfico 3.15 – Ensaio de Tração – Alumínio 3
Gráfico 3.16 – Deformação Elástica – Alumínio 3
3.2.4 Ensaios de Tração – Alumínio 4 Os gráficos a seguir refletem os dados deste último ensaio de tração.
0
5
10
15
20
25
30
0% 5% 10% 15% 20%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
y = 6,5732E+10xR² = 9,9513E-01
0
5
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15
20
25
0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30% 0,35%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 18
Gráfico 3.17 – Ensaio de Tração – Alumínio 4
Do gráfico anterior temos que no ponto de ruptura os valores de tensão e de deformação
foram de aprox. 18MPa e 13%, respectivamente. Já do próximo gráfico, o módulo de
Young obtido foi de aprox. 65GPa
Gráfico 3.18 – Deformação Elástica – Alumínio 4
0
5
10
15
20
25
30
35
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
y = 6,5188E+10xR² = 9,9815E-01
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
0,00% 0,05% 0,10% 0,15% 0,20% 0,25% 0,30%
Tens
ão [P
a]
x 10
0000
00
Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 19
3.3 Resultados e Comparações Abaixo está a tabela comparativa entre os dados obtidos e os dados que constam na
literatura.
Modulo de
Elasticidade (Young)
[GPa]
Tensão de Ruptura
[MPa]
Alongamento /
Deformação [%]
Amostras Aço Alumínio Aço Alumínio Aço Alumínio
1 214,9 65,7 322,7 177,6 32,7 12,1
2 238,3 67,5 321,0 178,0 35,5 14,8
3 239,2 65,7 315,9 177,2 33,3 15,3
4 174,9 65,2 329,0 184,3 29,5 12,7
5 162,6 - 323,8 - 18,1 -
Literatura 206,2 69,6 345-485 90-228 301 122
Tabela 3.1 – Resultados e Comparações3
Aparentemente os dados da literatura estão de acordo com os dados experimentais.
Contudo, para as amostras 4 e 5 de aço, o fato de ao sensor de posição ter sido permitido o
seu livre escorregamento pode ter levado a grande discrepância em relação ao valor
tabelado.
O alongamento do Alumínio varia muito de acordo com os elementos componentes de
sua liga. Dessa forma, o alumínio foi tratado como se a amostra fosse semelhante aos dados
da nota de rodapé.
Já os dados da literatura para o alongamento do aço foram buscados de forma a
coincidir com o alongamento médio experimental. Portanto, os valores foram retirados para
ligas de aço carbono forjadas padrões.
1 (Perry, 1999) Liga de Aço Carbono 405 (11,5-14,5% Cr; 0,08% C; 1,00% Mn; 1,00% Si; 0,04% P e 0,03% S) 2 (Perry, 1999) Alumínio (0,25% Cu; 9,5-10,6% Mg; 0,15% Mn; 0,25% Si) 3 (Perry, 1999) 70°F/21°C, Aço carbono com mais de 30% de carbono e Ligas de Alumínio em Geral
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 20
A tensão de ruptura possui variação muito grande de acordo com o tratamento que foi
dado ao material. Há ligas de aço que são tratadas para utilização em situações especificas
que podem ter resistência a tração quase 3 vezes maior que aços comuns.
3.4 Resultados - MEV Dados referentes a dureza são relativos, ou seja, não são propriedades intrínsecas dos
materiais e sim, critérios de medidas adotados com as mais diversas unidades e
relacionados empiricamente sem nenhuma base teórica. Contudo, de forma geral, a dureza
é uma medida que estima a capacidade do material a resistir determinada carga sem sofrer
deformações permanentes que, para o aço, pode variar geralmente em torno de 130 e 160
HB e para o alumínio entre 19 e 60 HB.
Assim, podemos relacionar os dados de dureza pelas fotos de MEV. Sendo a dureza
uma medida da intensidade das interações intermoleculares, o aço, por ser mais duro, ao
fraturar exibe menor deformação por alongamento plástico de suas cadeias como é possível
observar pela Figura 3.1 abaixo.
Figura 3.1 – MEV- Ruptura Aço
A figura também revela os grandes grãos que constituem a liga de aço. Grãos estes que
não possuem grande mobilidade.
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 21
Já no Alumínio, por ser menos duro, seus átomos possuem menor intensidade de
interação e dessa forma podem se deformar e deslocar uns sobre outros formando na
ruptura como uma colméia. A Figura 3.2 a seguir torna claro o que foi explicitado.
Figura 3.2 – MEV- Ruptura Alumínio
Através de método de análise quantitativa do aparelho de Microscopia Eletrônica de
Varredura no modo raios-x, pode-se fazer análise da composição da liga de alumínio pela
contagem de pontos que emitiam a energia específica da análise em comparação com os
que não como na Figura 3.3.
Figura 3.3 – MEV- Raio-X AlNb
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 22
Dessa maneira, pela análise da intensidade de emissão determinou-se que a liga era
praticamente 50% de cada elemento (Al e Nb) em termos atômicos e 78,1% de Nb 21,9%
de Al em massa.
Ainda se tratando de MEV, para demonstrar a versatilidade do aparelho e do método
como um todo um pedaço de jornal foi recoberto com partículas de ouro e foi introduzido
no compartimento de amostras do aparelho. Tais partículas serviram como contraste para
que o bombardeamento com elétrons fosse ajustado para sinalizar a posição das partículas
de ouro sobre o material. Portanto, conseguiu-se uma visão geral da morfologia e
amorfidade do material celulósico conforme a Figura 3.3.
Figura 3.4 – MEV- Jornal recoberto com Ouro
ENSAIO DE TRAÇÃO/COMPRESSÃO, MICROSCOPIA – p. 23
4. Conclusão O experimento serviu como base de comparação entre propriedades mecânicas contidas
na literatura e as calculadas empiricamente. Alguns dos ensaios resultaram em valores
discrepantes para o módulo de Young como as amostras 4 e 5. A amostra 5, em particular,
talvez pelo fato de o sensor de posição poder se deslocar, também acarretou numa
deformação de ruptura muito distante do valor diferente.
Por outro lado, os dados para as três primeiras amostras de aço e de todas as amostras
de alumínio revelaram propriedades mecânicas semelhantes as encontradas na literatura
tanto em termos de alongamento quanto de módulo de Young e tensão de ruptura.
A MEV serviu para comparação em termos de dureza e sua explicação teórica
relacionada as interações entre os átomos de cada liga. Mais além, o mesmo método
utilizado para o jornal que é composto de celulose revelou a característica amorfa de sua
estrutura.
Portanto, com objetivo de introdução as propriedades dos materiais e caracterização
morfológica e topológica, o experimento obteve sucesso.