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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁCAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE
SUELI APARECIDA GOBBO CATHARINO
O JOGO E SUA IMPORTÂNCIA SIGNIFICATIVA NA APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
CORNÉLIO PROCÓPIO2010
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SUELI APARECIDA GOBBO CATHARINO
O JOGO E SUA IMPORTÂNCIA SIGNIFICATIVA NA APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
Produção Didática (Unidade Didática) apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Secretaria do Estado da Educação.Orientador: Profª Ms. Marlize Spagolla Bernardelli.
CORNÉLIO PROCÓPIO2010
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Produção Didática Pedagógica
Unidade Didática: O JOGO E SUA IMPORTÂNCIA SIGNIFICATIVA NA APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
Autor: Suelí Aparecida Gobbo Catharino
Escola de Atuação: Escola Estadual João XXIII – Ensino Fundamental.
Município da Escola: São Jerônimo da Serra.
Núcleo Regional de Educação: Cornélio Procópio.
Orientador: Profª Ms. Marlize Spagolla Bernardelli.
Instituição do Ensino Superior: Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus de Cornélio Procópio.
Disciplina Área: Matemática.
Produção DidáticoPedagógica: Unidade Didática.
Público Alvo: Alunos de 5ª série do Ensino Fundamental.
Localização: Rua Luíz Perusso Sobrinho, nº 500.
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1. INTRODUÇÃO
Esta produção didática tencionase com o intuito de apresentar uma proposta
de jogo como um dos recursos a ser utilizado como forma de desenvolver um melhor
processo de ensino e de aprendizagem sobre temas que fazem parte do currículo de
matemática no ensino fundamental.
A busca que leva a evidenciar o ensino das operações por meio de jogo se
caracteriza em identificar as formas de inserir o jogo nas operações básicas como
recurso pedagógico para a unidade matemática, evidenciando a importância de
como um jogo pode contribuir nos processos de raciocínio e na formulação das
relações entre a teoria e a prática dos conteúdos nas fases de desenvolvimento
intelectual e cognitivo, no entanto classificandoo como auxílio que vem contribuir
como um modelo prático que dimensione o ensino e a aprendizagem, portanto,
compreendendo a relação entre as operações.
O uso desse recurso proporcionase ao educando aulas mais interessantes e
significativas, dinamizando a atividade, colocandoo em movimento e ação.
Para o educador é desafiante vincular a teoria e a prática, e por meio do jogo
há possibilidade de ser proposto com um prolongamento da prática habitual da aula
como forma interessante e eficiente, não como um instrumento de recurso mas,
como um meio facilitador, colaborando para trabalhar os bloqueios que se apresenta
na sua compreensão e memorização.
Para escolher e organizar um jogo, devese valorizar o processo e analisar
todos os resultados, possibilitando ao educando um comportamento crítico e criativo,
visando sua participação em todas as etapas da atividade proposta, pois buscando o
prazer em aprender devemos têlo como um elemento indispensável para que
ocorra a aprendizagem significativa, portanto no ensino da matemática visase o
desenvolvimento do raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a
criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Com esse trabalho há a preocupação em exercer o desafio de como os jogos
podem auxiliar o processo e ensino e aprendizagem da matemática das operações
básicas no ensino fundamental ?
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Norteando dentro das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado
do Paraná, acompanhando os passos da evolução da matemática, observase um
contexto onde ocorreram mudanças e influências, transformações culturais e sociais
surgindo também estudiosos que apresentaram grande influência no ensino da
matemática.
O ensino da matemática sofreu mudanças teóricas, adequações, enfim
passou por períodos demarcados por sistematização diferentes devido aos avanços
nos estudos, revoluções e críticas consideráveis dos sistemas.
Nos últimos séculos com as exigência sucedidas das transformações sociais
e econômicas, buscouse novas propostas pedagógicas, visando fundamentações
teóricas matemáticas, psicológicas, filosóficas e sociológicas causando
manifestações onde ocorreu uma nova organização sistemática, ocorrendo novas
propostas educacionais e reações contrárias a uma estrutura de educação artificial e
verbalizada.
Hoje a tendência é um ensino direcionado pela concepção empíricoativista
onde valorizamse processos de aprendizagem e o envolvimento do educando nas
atividades envolvendo pesquisa, lúdico, resolução de problemas, jogo e
experimentos.
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2. O JOGO NAS AULAS DE MATEMÁTICA
A Escola Estadual João XXIII – Ensino Fundamental, onde será desenvolvido
o projeto, atende alunos da 5º série do ensino fundamental, em que o públicoalvo
são alunos oriundos de baixo nível social e cultural, apresentando pouca perceptiva
no interesse e valorização do ensinoaprendizagem.
Moura et. al (2008) apresenta perspectivas hoje colocadas para o ensino de
matemática: a psicológica é a que tem várias formas de encontrar soluções para
resolver problemas como nas operações; a cultura é a que propicia aprender
conteúdos significativos, próprios para o dia a dia da vida; a histórica é que leva a
pensar de acordo com a o contexto matemático.
Para Oliveira (2007), hoje há um conflito entre professores, pais, diretores e a
escola sentese como perdida em relação ao processo aprendizagem/disciplina.
Referência esta, que há dificuldade muito grande em coordenar o aprendizado e o
comportamento.
Tal desconforto é real, pois a impossibilidade frente ao saber desencadeia na criança outros processos que dificultam o andamento escolar. As crianças, desde então são rotuladas a partir de comportamentos que podem se associar aos distúrbios da aprendizagem: agressivas, apáticas, desinteressadas, desatentas, desorganizadas, etc. Desse modo, intervenções que possibilitem a integração da criança ao mundo do saber tornamse necessárias (OLIVEIRA 2007).
Na atualidade, é bastante comum nos encontros dos ambientes
escolares contemplarmos a frustração docente na tentativa de vencer o desinteresse
de grande parte dos alunos. Nesse sentido, Smole; Diniz e Milani (2007) enfocam a
utilização de jogos na escola não como algo novo, mas mostrando o valor de seu
potencial para o ensino e a aprendizagem em muitas áreas do conhecimento.
[...] o uso de jogos implica uma mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem que permite alterar o modelo tradicional de ensino, que muitas vezes tem no livro e em exercícios padronizados seu principal recurso didático. O trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização, as quais estão
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estreitamente relacionadas ao assim chamado raciocínio lógico (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007, p. 09).
O jogo possibilita uma situação de prazer e aprendizagem nas aulas de
matemática, descobrindo assim as habilidades porque,
“[...] ao jogar os alunos têm a oportunidade de resolver problemas, investigar e descobrir a melhor jogada; refletir e analisar as regras, estabelecendo relações entre os elementos do jogo e os conceitos matemáticos” (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007, p. 09).
Observarse que trabalhar com jogos é utilizar de um recurso favorável ao
desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação
entre os educandos, uma vez que durante um jogo cada jogador tem a possibilidade
de acompanhar o trabalho de todos os outros defendendo ponto de vista e
aprendendo a ser crítico e confiante em si mesmo.
Para Smole; Diniz e Milani (2007) mostram que o jogo tem sua função de
socialização acreditando que na discussão entre os pares, a criança pode
desenvolver seu potencial de participação, cooperação, respeito mútuo e crítica, pois
em seu desenvolvimento as ideias dos outros são importantes pois promovem
situações que o levam a pensar criticamente sobre as próprias ideias em relação
aos outros. É na troca de pontos de vista com outras pessoas que o educando em
qualquer fase de sua vida gradativamente descentralizase passando a pensar por
uma outra perspectiva, coordenando seu próprio modo de ver com outras opiniões.
Pode se afirmar que a lógica de uma pessoa não se desenvolveria
plenamente, sem a interação social, porque é nas situações interpessoais que ela se
sente obrigada a ser coerente. Quando se está em grupo, sentirá a necessidade de
pensar naquilo que diria, que fará, para que possa ser compreendida. A cooperação
é essencial para chegar a algum acordo onde pareça adequado a todos os
envolvidos, obrigandose a considerar todos os pontos de vista, ser coerente,
racional, justificar as próprias conclusões e ouvir o outro.
É nesse processo que se dá a negociação de significados e que se
estabelece a possibilidade de novas aprendizagens.
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Com relação ao trabalho com a matemática, temos defendido a ideia de que há um ambiente a ser criado na sala de aula que se caracterize pela proposição, pela investigação e pela exploração de diferentes situações problema por parte dos alunos. Também temos afirmado que a interação entre os alunos, a socialização de procedimentos encontrados indispensáveis em uma proposta que visa a uma melhor aprendizagem significativa da matemática (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007, p. 09).
De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, vem destacar
considerações importantes como pontos relacionados a perspectiva metodológica
necessários à reflexão na opção pelo uso desse material em sala de aula.
• qualquer recurso deve servir para que os alunos aprofundem
e ampliem os significados e noções matemáticas;
• os jogos só são úteis se provocarem, em quem os utiliza,
processos de reflexão sobre as noções matemáticas que se quer desenvolver a
partir de seu uso;
• é importante que o jogo selecionado seja adequado aos
objetivos que você traçou para seu trabalho com a Matemática;
• é fundamental que os educandos possam discutir as ideias
que vão tendo e as descobertas que vão fazendo, enquanto jogam;
• ao planejar ações envolvendo jogos para a sua turma, pense
com antecedência em questões a serem propostas enquanto os educandos jogam;
• é preciso prever um tempo para que, ao final do trabalho
proposto, os alunos discutam e registrem suas conclusões, suas descobertas;
• um mesmo jogo deverá ser usado em momentos diferentes
para desenvolver novas ideias, aprofundar aquelas já percebidas pelos alunos, ou
mesmo para rever noções que não ficaram muito claras numa primeira exploração.
Ainda para SMOLE, DINIZ e MILANI (2007), o sentido que a palavra jogo
assume na escola, são tantos e variados que caracterizalo não é fácil. No entanto
por meio de todo trabalho, estudo e reflexão a respeito dos significados que
atendem às necessidades de aprendizagem pelo jogo em aulas de matemática, é
necessário basicamente perceber e compreender os seguintes pontos:
• o jogo deve ser para dois ou mais jogadores, sendo,
portanto, uma atividade que os educandos realizam juntos;
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• o jogo deverá ter objetivo a ser alcançado pelo jogadores, ou
seja, ao final, haverá um vencedor;
• o jogo deverá permitir que os educandos assumam papéis
interdependentes, opostos e cooperativos, isto é, os jogadores devem perceber a
importância de cada um na realização dos objetivos do jogo, na execução das
jogadas, e observar que um jogo não se realiza a menos que cada jogador concorde
com as regras estabelecidas e coopere seguindoas e aceitando suas
consequências;
• o jogo precisa ter regras preestabelecidas que não podem
ser modificadas no decorrer de uma jogada, isto é, cada jogador deve perceber que
as regras são um contrato aceito pelo grupo e que sua violação representa uma
falta; havendo o desejo de fazer alterações, isso deve ser discutido com todo o
grupo e, no caso de concordância geral, podem ser impostas ao jogo daí por diante;
• no jogo, deve haver a possibilidade de usar estratégias,
estabelecer planos, executar jogadas e avaliar a eficácia desses elementos nos
resultados obtidos, isto é, o jogo não deve ser mecânico e sem significado para os
jogadores.
Os jogos devem trazer situações interessantes e desafiadoras, permitindo aos
jogadores se autoavaliarem e participarem do jogo ativamente percebendo os
efeitos de suas decisões, dos riscos que podem correr ao optar por um caminho ou
por outro, analisando suas jogadas avaliando sua resistência.
Acreditase na forma de introduzir jogos lúdicos como metodologia para
eficácia do processo de aprendizagem, onde o educando possa produzir e recriar o
meio a sua volta, proporcionando oportunidades de buscar a soluções mais
adequadas para situações de dificuldades no aprendizado e os mesmos possam
ampliar a capacidade de compreensão dos conceitos, códigos sociais e das
diferentes linguagens, por meio de expressão e comunicação de sentimentos e
ideias, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da construção de
objetos e brinquedos, facilitando a abertura para o campo cognitivo (OLIVEIRA
2007).
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[...] podese dizer ainda que o brincar é a forma mais fácil e real para se estabelecer relações afetivas com a criança, transmitindolhe segurança e confiança para que a sua introdução no processo de escolarização seja saudável e prazerosa, sem sofrimentos e culpas. Através do brincar e das gratificações afetivas que lhe acompanham esta atividade, a criança da vazão à sua ânsia de conhecer e descobrir (OLIVEIRA, 2007).
Nessa perspectiva, o jogo na matemática, fazse necessária à intervenção
conveniente do professor, onde poderá propiciar espaços e situações de
aprendizagem que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais
e perceptíveis de cada educando aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos
referentes aos diferentes campos de conhecimento da matemática, tornase mais
fácil o seu entendimento e compreensão de regras. As regras são de suma
importância para a vida em sociedade, despertando também o companheirismo
(SOUZA, 2009).
No jogo, as regras são parâmetros de decisão, uma vez que ao iniciar uma partida, ao aceitar jogar, cada um dos jogadores concorda com as regras que passam a valer para todos, como um acordo, um propósito que é de responsabilidade de todos. Assim, ainda que haja um vencedor e que a situação de jogo envolva competição, suas características estimulam simultaneamente o desenvolvimento da cooperação e do respeito entre os jogadores porque não há sentido em ganhar a qualquer preço. Em casos de conflitos, as regras exigem que os jogadores cooperem para chegar a algum acordo e resolver seus conflitos (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007, p. 09).
No método tradicional, o saber e o controle da situação é autoria do educador
no processo de ensino e aprendizagem. Ele é o definidor de toda situação por
colocar e conduzir o educando ao conhecimento.
Com o jogo na matemática encontrase dificuldade na prática dessa
metodologia, pois implica mudança de postura em relação ao educador e ao
educando o que caracteriza um desafio considerável.
Na conquista de uma educação matemática de qualidade, buscase trabalhar
com ludicidade. O lúdico, isto é, o jogo passa a desencadear novos conceitos de
aprendizagem, sugerindo novas perspectivas, acontecendo um encontro pedagógico
onde educador e educando interagem de modo a desenvolver pensamentos,
linguagens e afetividade, buscando superar tensão, criação individual ou coletivas
de estratégias que apontem solução para o problema.
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Na concepção, a lógica matemática poderá ser treinada com jogos
direcionados para uma orientação construtiva de experiências vividas entre o
educador e o educando.
O educando traz consigo saberes e influência do meio ao qual ele vive e isso
deve ser agregado no seu cotidiano escolar para o ensino e aprendizagem.
É essencial que a educação infantil seja plena de brincadeiras que gratificam os sentidos, levam ao domínio de habilidades, despertam a imaginação, estimulam a cooperação e a compreensão sobre regras e limites, e respeite, explore e amplie os inúmeros saberes que toda criança possui quando chega à escola (ANTUNES, 2003, p. 30).
Devese propiciar meios para que o educando desenvolva de forma
equilibrada e segura suas ações, permitindo a evolução de seu processo cognitivo.
[...] até mesmo durante a adolescência, o jovens avançam muito em pensamentos sobre a moralidade e é impossível desassociar essa evolução do progresso cognitivo. É sem dúvida a fase de vida em que com maior intrepidez e maior cuidado a criança necessita de alfabetização emocional, seja a que é praticada diariamente pelos pais, seja a institucionalizada pela escola. Nenhum trabalho com as inteligências múltiplas requer tanta certeza de tempo de maturação, quanto o momento preciso para se usar os jogos estimuladores da inteligência inter e intrapessoal. É nesse período que se estrutura o autoconceito e é quando se organiza mentalmente autoimagem negativa e positiva. [...], pois é na construção da autoimagem, que permanece muito tempo depois da infância, que começam a se definir os jovens que apresentam um olhar de encantamento ou de tédio para com a orquestra da vida (ANTUNES, 2003, p. 32 e 33).
Para Moisés (1994) em se tratando de termos metodológicos há a opção pelo
enfoque qualitativo que buscase um enlace constante e permanente entre a teoria e
a prática, onde o fazer vai se construindo nas idas e vindas entre esses dois pólos e
ao mesmo tempo construindo o conhecimento sobre o objeto de estudo e
enfrentandoo com coerência e desafio de saber ensinar.
Saber ensinar é uma temática que nos assalta, pois não é assim tão simples
estabelecer o significado do que seja esse saber, portanto é necessário ao educador
depararse com questões que o leva a refletir tal como: a quem ensinar? o que
ensinar? e como ensinar?
Porém, quando falamos em saber ensinar, estamos pensando em algo que é mais do que uma simples habilidade expressa pela competência do
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professor diante do processo de ensino/aprendizagem. É muito mais. Tarefa complexa, requer preparo e compromisso; envolvimento e responsabilidade. E algo que se define pelo engajamento do educador com a causa democrática e se expressa pelo seu desejo de instrumentalizar política e tecnicamente o se aluno, ajudandoo a construirse como sujeito social (MOYSÉS, 1994, p. 13 e 14).
É importante termos bem claro que a clientela da escola pública da educação
básica são oriundos de camadas populares; possibilitar a essa clientela saberes que
lhes permitirão atuar no mundo em que vivem de forma crítica e consciente, partindo
das habilidades básicas, como: ler, escrever, fazer as operações matemáticas, até
as mais elaboradas, os conhecimentos sistematizados, as artes (MOYSÉS, 1994).
3. O JOGO ENTRE O LÚDICO E O EDUCATIVO
O jogo matemático deve ser utilizado dentro de uma proposta para
desencadear e resolver os problemas matemáticos como aprendizagem significativa
(SOUZA, 2009).
Segundo Smole, Diniz e Milani (2007), reconhecer a importância do jogo com
o intuito da significância na aprendizagem do educando, é um desafio para o
educador, pois envolve comprometimento com a qualidade de sua prática
pedagógica e a importância do mesmo como um veículo para o desenvolvimento
social, emocional e intelectual por parte dos educandos.
O jogo por muitas vezes foi visto simplesmente como um “passatempo”, um
descanso para distrair os alunos e diminuir a seriedade das aulas, mas ao contrário,
corresponde a uma profunda exigência do organismo e é extraordinária a sua
importância na educação escolar, pois evidência o aspecto da possibilidade de um
rico trabalho, para que venha a estimular à aprendizagem e o desenvolvimento de
habilidades matemáticas, tais como, faculdades intelectuais, desenvolvendo o
espírito construtivo, a imaginação, a iniciativa individual, capacidade de sistematizar
e abstrair favorecendo o esperado e o progresso do vocabulário, estimulando a
observar e conhecer as pessoas e coisas a sua volta, acontecendo ai a interação
social.
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Todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma certa alegria para o espaço no qual normalmente entram apenas o livro, o caderno e o lápis. Essa dimensão não pode ser perdida apenas porque os jogos envolvem conceitos de matemática. Ao contrário, ela é determinante para que os alunos sintamse chamados a participar das atividades com interesse (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007, p.10).
Pois para a dimensão lúdica envolve desafio, surpresa, possibilidade de fazer
novamente, superação de obstáculos e ver que não se pode controlar todos os
resultados.
A dimensão lúdica está associada a dimensão educativa, hoje reconhecidas,
pois o jogo diminui a consequência dos erros e dos fracassos do jogador, permitindo
que ele desenvolva iniciativa, autoconfiança e autonomia. O jogo não trás
consequências frustrantes, sendo então uma atividade séria mostrando ao educando
ver que o erro não é algo definitivo e insuperável, pois devem serem vistos de forma
natural, na ação de suas jogadas não deixar marcas negativas, propiciar novas
tentativas, estimular previsões e checagem. Os conhecimentos adquiridos servem
para um melhor planejamento das jogadas propiciando a aquisição de novas ideias
e novos conhecimentos. Para o jogador, permite controlar e corrigir seus erros,
avanços, assim como para rever suas respostas, possibilitando a ele descobrir suas
falhas, sucessos e o motivo pela ocorrência, evidenciando a compreensão do
próprio avanço no processo de aprendizagem, bem como o desenvolvimento e a
autonomia para continuar à aprendizagem (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007).
A utilização dos jogos deve ser somente quando a programação possibilitar e
somente quando se constituírem em um auxílio eficiente, ao alcance de um objeto
dentro dessa programação (ANTUNES, 2003).
Souza (2009) relata que o jogo deve ter sempre um caráter desafiador para o
educando acompanhado de um planejamento educacional com objetivos propostos
pelo educador. Neste contexto observase a importância do planejamento do
educador, pois o jogo deve estar inserido em suas atividades como suportes
pedagógicos e não como mero passa tempo.
Ressaltase ainda a observação do educador na introdução do jogo, este
deve ter a preocupação com a maturidade da criança quanto aos desafios as serem
superados e ao mesmo tempo perceber quando o educando não está sentindo
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interesse ou sentese cansado.
Notase que quando se estuda a possibilidade da utilização de jogos
matemáticos no processo ensino aprendizagem não apenas o seu conteúdo deve
ser considerado, mas também a maneira como o jogo se apresenta tem grande valia
no contexto, verificando a faixa etária em questão.
Para Antunes (1998) existem quatro elementos que justificam e, condicionam
a aplicação dos jogos. Esses elementos se graduam segundo a sua importância, tais
como:
1. Capacidade de se construir em um fator de autoestima do aluno;
2. Condições psicológicas favoráveis;
3. Condições ambientais;
4. Fundamentos técnicos.
É importante que o educador possa organizálos para simbolizarem desafios
intrigantes e estimulantes, porém, possíveis de serem concretizados pelos
educandos, individualmente ou em grupo, e é essencial sua utilização como
ferramenta de combate à apatia e como instrumento de inserção e desafios grupais,
devendo ser seguido de entusiasmo convite para outros jogos.
A posição clara dos educandos e bem definidos. O jogo deve ser introduzido
em um ambiente com espaço e condições favoráveis e a sequência a ser obedecida
tendo começo, meio e fim.
Além das situações didáticas e cotidianas as situações problemas e os jogos
constituemse em propostas privilegiadas de ensino e de aprendizagem com a
matemática. Trabalhando matemática com jogos possibilita:
• Registros numéricos;
• Operações aritméticas;
• Argumentação entre jogadores;
• Concentração.
Entendese por habilidade operatória uma aptidão ou capacidade cognitiva e
apreciativa específica, que possibilita a compreensão e a intervenção de indivíduo
nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões (ANTUNES,
1998).
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No campo cultural verificase que as discussões sobre cultura sempre foram
lugar de opiniões muito divergentes, destacase interesses econômicos, políticos e
sociais. Em alguns grupos destacase o etnocentrismo aflorado. É importante
perceber que somos todos indivíduos sociais e a formação cultural é um direito que
cabe a todos (SOUZA, 2009).
Kishimoto (2002) defende que com a aquisição do conhecimento físico, o
educando terá elementos para estabelecer relações e resolver seu raciocínio lógico
matemático, o que é importante para o desenvolvimento da capacidade de ler e
escrever.
É viável observar que para o sujeito apropriarse de conceitos como de
números é necessário que este exercite a ação mental sobre o objeto social de
conhecimento (SOUZA, 2009).
Ainda para Kishimoto (2002) o desenvolvimento do raciocínio lógico
matemático, o mediador deve organizar jogos voltados para classificação, seriação,
sequência, espaço, tempo e medidas.
A introdução de jogos como recursos didáticos nas aulas de matemática é
considerada como possibilidade para diminuir os bloqueios apresentados por alguns
alunos, a respeito da matemática (SOUZA, 2009).
Em Moura et.al (2008) mostram que o jogo é um dos recursos metodológicos
que apresenta um caráter lúdico e desafiador visando a construção e formalização
dos conceitos relacionados à disciplina de matemática.
Quando o jogo é utilizado pelo educador, este dever explorado mediante a
uma intervenção adequada propondo um “aprender brincando”, desenvolvendo
linguagem matemática, trabalhando estratégias de resolução de problemas e
também desenvolver raciocínio lógico. Levar o educando a elaborar estratégias,
testar, confirmar e reformular se necessário, percorrendo o caminho da
problematização, ou seja, resolvendo problemas para vencer o jogo.
Ocorrendo a intervenção pedagógica por parte do educador em um situação
ocorrida durante a partida de um jogo, o educando vai planejar as próximas jogadas
tendo um aproveitamento melhor.
É necessário criar estratégias para jogar onde o educador é convidado a se
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envolver na problematização, experimentandoo e desenvolvendoo em sua sala de
aula, proporcionando assim a reflexão sobre o desencadear do trabalho com os
conteúdos propostos tendo como subsídio:
• Repensar sobre esse recurso no ensino da matemática;
• Refletir sobre habilidades matemáticas com raciocínio lógico,
construção de estratégias de jogo e de resolução de problemas, antecipação de
jogadas e análises de possibilidades;
• Desenvolver com os educandos atividades de ensino que envolva a
utilização do pensamento de resolução de problemas por meio de jogos;
• Compreender a necessidade do desenvolvimento de um linguagem
própria na resolução de problemas matemáticos.
A vantagem do jogo consiste em provocar a necessidade de pensar para agir,
de analisar as situações para uma melhor possibilidade de ação.
Na consideração dessas situações, fica evidente a dificuldade que se
encontra para coordenar as diferentes variáveis de um jogo, onde se destaca
também na ocasião da resolução de problemas, como uma situação desafiadora que
não apresenta uma solução imediata e única, envolvendo assim a necessidade de
diversos conhecimentos, podendo ser matemáticos ou não, estabelecendo pelo
educando uma relação entre eles, reflexões e investigações, onde se forma uma
criação de processos próprios de resolução, ampliando seus conhecimento e
criando novos conceitos.
Na resolução de problemas pode ocorrer dificuldades por parte do educando
em conseguir identificar, interpretar, analisar, relacionar variáveis, coordenar
diversas informações, tomar decisões para solucionar uma situação, mais com o
tempo passa a perceber e sentir a necessidade de observar os indícios de um jogo e
suas regras tal como jogadores, isto é, seus pares e adversários e assim poder
melhor planejar suas próprias jogadas/ações.
[...] o levantamento e a análise das possibilidades de uma determinada situação e o planejamento de sequências de ações. Esse planejamento é constantemente ampliado, de acordo com o desenvolvimento das possibilidades dos participantes tomarem consciência das jogadas feitas e de seus resultados. [...] o planejamento de ações também é importante na resolução de problemas, pois se a situação não for convenientemente
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analisada, o problema pode não ser solucionado (MOURA et. al, 2008, p.32).
Para se calcular dados Moura et. al (2008) mostra que, tratando de jogo onde
há utilização de jogos para calcular por meio de operações básicas verificase a
necessidade de sua utilização tendo como subsídios:
• Verificar a aprendizagem das quatro operações básicas;
• Elaborar atividades de ensino com jogos;
• Desenvolver com os educandos atividades de ensino que envolvam a
utilização do pensamento de resolução de problemas por meio de jogos;
• Compreender a necessidade do desenvolvimento de um linguagem
própria na resolução de problemas matemáticos.
O educador deve se atentar às jogadas, verificando se todas as regras estão
sendo aplicadas, obedecidas, lembradas e praticar o jogo várias vezes antes de
levalo para sala de aula, assim poderá fazer intervenções adequadas e necessárias
garantindo melhor o aproveitamento na utilização do material. Há também a
oportunidade de propor situações problemas a serem desenvolvidos pelo educando.
Para D’ Ambrosio (1996) a disciplina de matemática é vista como uma
estratégia desenvolvida pela espécie humana ao longo de sua história para explicar,
para entender, para manejar e conviver a realidade sensível, perceptível, e com seu
imaginário, naturalmente dentro de um contexto natural e cultural. Segundo sua
percepção, por meio de um programa de educação matemática onde vise à busca
de sua relevância e importância a ser considerado.
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REFERÊNCIAS
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MOYSÉS, Lúcia. O desafio de saber ensinar. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 1994.
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