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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL PÓLO EM ERECHIM CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MEIO AMBIENTE DANIELLE PAULA MARTINS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: ESTUDO DOS ASPECTOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM EMPRESAS PÚBLICAS O CASO DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, UFRGS, RS. PORTO ALEGRE 2007

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

PÓLO EM ERECHIM

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MEIO AMBIENTE

DANIELLE PAULA MARTINS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO:

ESTUDO DOS ASPECTOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PARA A

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM

EMPRESAS PÚBLICAS O CASO DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS,

UFRGS, RS.

PORTO ALEGRE

2007

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M386r Martins, Danielle Paula

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado: Estudo dos

Aspectos e Impactos Ambientais para a Implantação do Sistema de

Gestão Ambiental em Empresas Públicas o Caso do Instituto de

Biociências, UFRGS, RS. / Danielle Paula Martins. – Erechim, 2007.

108 f.

Estágio Curricular Supervisionado (Tecnólogo) – Universidade

Estadual do Rio Grande do Sul, Tecnologia em Meio Ambiente, Pólo em

Erechim, 2007.

Orientadora: Profa. Me. Rosane Menna Barreto Peluso.

1. Aspectos e Impactos Ambientais. 2. Ciências da Vida e do Meio

Ambiente – Estágio Curricular Supervisionado. I. Peluso, Rosane

Menna Barreto. II. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul,

Tecnologia em Meio Ambiente, Pólo em Erechim. III. Título.

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DANIELLE PAULA MARTINS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO:

ESTUDO DOS ASPECTOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PARA A

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM EMPRESAS

PÚBLICAS O CASO DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, UFRGS, RS.

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado

apresentado como requisito parcial para a obtenção

do título de tecnólogo em Meio Ambiente, na

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.

Me. Rosane Menna Barreto Peluso

Orientadora

Porto Alegre 2007

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DANIELLE PAULA MARTINS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

ESTUDO DOS ASPECTOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PARA A

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM EMPRESAS

PÚBLICAS: CASO DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, UFRGS, RS.

Relatório de estágio curricular supervisionado

aprovado como requisito parcial para obtenção do

título de tecnólogo ambiental, na Universidade

Estadual do Rio Grande do Sul.

Aprovada em :..../...../.....

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Antônio Batista Pereira

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Prof. Ms Rosane Menna Barreto Peluso

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Prof. Dra. Silvia Santin Bordin

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

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AGRADECIMENTOS

Foram muitas as pessoas que me acompanharam durante o processo de

realização deste estágio. Meu agradecimento a todos em especial:

Meus queridos pais Gilberto Martins e Janete Martins pelo apoio em realizar

esse estágio e suas participações durante toda a graduação e a minha irmã Gisa

com carinho.

A Profa. Teresinha Guerra pela oportunidade do estágio e pela orientação de

forma muito dedicada e amiga. Aos colegas Gulherme Gastal e Lucas Boeira que

trabalharam comigo neste levantamento.

A Lídia Kehl, Rubem Kehl, Pricila Kehl e Carol Kehl por ter aberto as portas

de sua casa para mim, me proporcionando um segundo lar durante o período deste

trabalho. E a Caroline Kehl, minha prima que foi a responsável pela correção de

português. Todo o meu carinho para vocês.

Ao meu namorado Giovani Tonel pela ajuda nos gráficos, formatação e no

abstract, pelo seu apoio, paciência, amor e compreensão em todos os momentos.

Agradeço à Professora Rosane Menna Peluso pelos seus ensinamentos e

profissionalismo na orientação deste estágio.

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“Em algum momento a humanidade pode se dar ao luxo de extrair, produzir e consumir sem se preocupar com a concorrência e o desperdício. Os recursos naturais pareciam inesgotáveis e os mercados, impermeáveis. Este processo, porém mudou irreversivelmente, transformando o progresso quase forçado em uma evolução caótica. A natureza, que assimilava sem traumas as necessidades de um desenvolvimento controlado, hoje se mostra totalmente vulnerável às mega agressões de uma população que, neste impreciso período, dobrou, triplicou e logo vai quadruplicar. Agora, ante a total impossibilidade de deter a progresso, só nos resta a alternativa de domá-lo, controlá-lo, adequá-lo, enfim, a sua mais inerente finalidade: o bem estar do ser humano.(...) Preservar o meio ambiente não é mais um modismo de minorias, mas uma necessidade universal para a preservação de nossa espécie.(...)”(VALLE, 1996,p.1).

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RESUMO

O presente trabalho apresenta um estudo de Aspectos e de Impactos Ambientais do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no período de setembro, outubro e novembro de 2007, como atividade prévia para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental. A metodologia utilizada neste estudo de caso, que fora aplicada em uma Instituição de Ensino Superior, tem por objetivo também ser modelo para empresas públicas em processo de implantação de Gestão Ambiental. Dentro dos procedimentos para atingir este objetivo, primeiramente foram efetuadas pesquisas na bibliografia disponível quanto à identificação de aspectos e de impactos ambientais. Com o estudo teórico adquirido, foi realizado o levantamento dos aspectos e dos impactos ambientais através de visitas em cada sala, laboratório e gabinete dos prédios que compõem este Instituto, observando e identificando impactos potenciais. Como forma mais adequada de sistematizar o levantamento e de quantificar e qualificar os dados encontrados, foi utilizada a ferramenta FMEA (Failure Mode and Effects Analysis - Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos) devido à criterização que ela disponibiliza quanto à avaliação dos impactos encontrados no estudo. A classificação desses impactos é apresentada por quatro índices de criticidade disponibilizados pelo FMEA, no qual os impactos são avaliados quanto à Gravidade, à Ocorrência da Causa, ao Grau de Detecção e à

Facilidade de implantação da Ação Recomendada. Com a aplicação da ferramenta FMEA, foram apontadas as atividades com maiores impactos ambientais. Na etapa seguinte do trabalho, foi realizada a elaboração de um plano de ações que servirá como fonte de dados para a futura implantação de um Sistema de Gestão Ambiental nesta instituição.Nos resultados obtidos, foi possível identificar alguns problemas de ordem educacional, com necessidade de trabalhos intensivos de educação ambiental quanto à correta separação de lixo e à sua destinação e ao tratamento adequado de resíduos químicos. Alguns problemas de ordem física dos prédios também foram encontrados, como necessidades de reparos e melhorias estruturais, e manutenção de equipamentos e/ou substituição de lâmpadas como alternativa de diminuir os gastos com recursos energéticos (energia elétrica), e melhorar as condições de trabalho nos ambientes.

Palavras chaves: Aspectos e Impactos Ambientais; SGA, FMEA.

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ABSTRACT

The present work presents a study of Environmental Aspects and Impacts on Bioscience Institute at Federal University of Rio Grande do Sul as previous activity for implementation of an Environmental Management System. Also, the methodology used in this case study (in a Higher-Education Institution) aims to be a model for public companies that are in implementation stage of Environmental Management. Among the procedures to achieve this goal, firstly searches were made in the available literature about identification of environmental aspects and impacts. With the previously knowledge acquired was accomplished a review about the environmental aspects and impacts through visits accomplished in each room, laboratory and cabinets at the buildings that compose this Institute, observing and identifying potential impacts. Like the most suitable or appropriated form to systematize the review, quantify and qualify the found data was used the methodology called FMEA, that stand for Failure Mode and Effects Analysis, due the criteria that it provides the evaluation of the impacts results obtained in this work. The classification of theses impacts is presented by four criticality indexes (or indices) provided by FMEA, where impacts are evaluated for the Gravity (Severity), (Cause) Occurrence, Detection (Degree or rate) and Easiness Detection of the Recommended Action. By the application of the FMEA tool there were identified the activities with the most environmental impacts. In the following stage of this work was accomplished an elaboration of a plan of actions that will be a data source for a future Environmental Management System implementation in the same Institution. By the obtained results, it was possible to identify some problems of the educational order, that require intensive works in education environmental area in respect to the correct waste separation and its destination and the appropriate treatment of chemical residues. Some problems of physical order in regard to the buildings were also found, as needs of repairs and structural improvements, and equipments maintenance or substitution of lamps as an alternative to reduce costs with energy resource (electric energy), and improve the conditions of work environments.

Key Words: Aspects and Impacts Environmental, SGA, FMEA.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Motivações para a proteção ambiental nas empresas e

organizações.........................................................................................21

Figura 2: Processo de implantação do SGA com todos os itens necessários.....23

Figura 3: Campus do Vale, UFRGS – RS............................................................47

Figura 4: Instituto de Biociências, UFRGS – RS..................................................47

Figura 5: Estrutura da Comissão de SGA da UFRGS.........................................52

Figura 6: Representação gráfica das ordens dos IRAS do depto de

Biofísica.................................................................................................56

Figura 7: Representação gráfica das ordens dos IRAs no Centro de

Biotecnologia ........................................................................................59

Figura 8: Depósito de reagentes e resíduos no Centro de Biotecnologia............60

Figura 9: Representação gráfica das ordens dos IRAS no Depto de

Botânica................................................................................................63

Figura 10: Imagem de escrementos de pombas e pomba morta no parapeito

das janelas do Prédio 43433 do Depto de Botânica.............................64

Figura 11: Representação gráfica das ordens dos IRAS no Centro

de Ecologia ..........................................................................................66

Figura 12: Iluminação da sala da escola técnica, lâmpadas com mal

funcionamento.......................................................................................67

Figura 13: Representação gráfica das ordens dos IRAS encontrados na

Genética ...............................................................................................70

Figura 14: Representação gráfica das ordens dos IRAS na Zoologia ..................72

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Figura 15: Representação gráfica das ordens dos IRAs encontrados na

avaliação do FMEA...............................................................................75

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. NBR – ISO 14000 e suas áreas

abrangentes............................................38

Tabela 2. Diretrizes para classificar o índice de gravidade do

Impacto.....................43

Tabela 3. Diretrizes para classificar o índice de ocorrência da

causa.......................43

Tabela 4. Diretrizes para classificar o grau de

detecção...........................................44

Tabela 5. Diretrizes para classificar a facilidade de implantação da ação

Recomendada...........................................................................................44

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 12

2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 14

2.1 Relação entre homem, suas organizações e natureza.............................. 14

2.2 Gestão e sistemas de gestão ambiental..................................................... 17

2.2.1 Estímulos para a implantação de sga em empresas......................... 20

2.3 Etapas para desenvolver um sistema de gestão ambiental........................ 22

2.3.1 Aspectos, impactos e riscos ambientais............................................ 30

2.3.2 Gestão ambiental em instituições de ensino superior....................... 33

2.3.3 Histórico ambiental das instituições de ensino superior................... 33

2.4 Failuri Mode and Effects Analysis – FMEA…………………………………. 35

2.5 Empresas, Meio Ambiente e Legislação.................................................... 36

3 METODOLOGIA.............................................................................................. 40

3.1 Ferramenta FMEA...................................................................................... 42

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................... 46

4.1 Histórico do local estudado......................................................................... 46

4.2 Gestão Ambiental na UFRGS..................................................................... 51

4.3 Resultados de cada departamento que compõe o IBde Biociências.......... 54

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4.3.1 Resultados do Departamento de Biofísica......................................... 55

4.3.2 Resultados do Centro de Biotecnologia............................................ 58

4.3.3 Resultados do Departamento de Botânica........................................ 62

4.3.4 Resultados do Centro de Ecologia..................................................... 65

4.3.5 Resultados do Departamento de Genética........................................ 68

4.3.6 Resultados do Departamento de Zoologia......................................... 71

4.4 Conclusões sobre o Instituto de Biociências............................................... 76

4.5 Sugestão de plano de ações para o IB....................................................... 77

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 78

6 REFERÊNCIAS................................................................................................ 81

ANEXOS........................................................................................................... 85

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1 INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos, a evolução da consciência ambiental vem criando e

aprimorando as práticas de gestão ambiental. Em tempos de profundas

preocupações com o meio ambiente, organizações de diferentes setores estão

deixando de agir de forma reativa para agir de forma pró-ativa em relação às

questões ambientais. Diante das responsabilidades globais que cada ser possui

sobre as conseqüências de suas ações, aqui como foco as suas ações ambientais,

as organizações das mais diversas áreas têm a principal responsabilidade em

organizar-se e adotar medidas de enquadramento ambiental. Como alternativa

básica, faz-se necessário que os setores públicos e privados planejem e

apresentem Sistemas de Gestão Ambiental. Atendendo a esta necessidade, é

fundamental o envolvimento de profissionais das mais diversas áreas do

conhecimento, principalmente ambiental, na elaboração desses sistemas, para o

correto desenvolvimento da política ambiental nas organizações.

Este trabalho realizou o levantamento de aspectos e impactos ambientais do

Instituto de Biociências/UFRGS1 situado no Campus do Vale, Bairro Agronomia,

Porto Alegre-RS durante o período de setembro, outubro e novembro de 2007.

Fazem parte desse Instituto: Centro de Ecologia, Departamentos de Zoologia,

Departamentos de Botânica, Departamento de Genética, Departamento de

Biofísica e Centro de Biotecnologia. O processo de implantação do Sistema de

Gestão Ambiental em uma empresa ou organização exige uma série de

procedimentos preliminares.

1 UFRGS é sigla de Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Entre eles, o levantamento de aspectos e impactos ambientais é

considerado o mais importante, pois a partir da correta identificação deles é que se

proporciona uma das maiores condições para atingir o sucesso neste processo.

Para avaliar, classificar e apontar impactos deste instituto, foi utilizada à ferramenta

FMEA (Failure Mode and Effects Analysis – Análise dos Modos de Falha e seus

Efeitos). A escolha do FMEA como instrumento de trabalho foi feita em função da

particularidade que possui de ótima avaliação dos impactos que são mencionados.

Esse método foi projetado inicialmente para estudar as falhas em potencial de

produtos da indústria aeronáutica, e mostra-se uma metodologia muito eficaz para

a realização de análise de risco ambiental, possuindo notável eficiência na

identificação e diagnóstico de problemas ambientais (ANDRADE, 2000).

Para alcançar com êxito o objetivo central do trabalho, cumpriram-se

algumas etapas específicas. Primeiramente buscou-se nas referências

bibliográficas disponíveis, tanto brasileira quanto internacional, formas de identificar

e qualificar os aspectos e impactos ambientais em um pré-processo de

implantação de SGA. Utilizou-se a ferramenta FMEA como instrumento de

priorização na avaliação de impactos ambientais (UNGARETTI et al, 2007). Então,

com os resultados apontados pelo FMEA, elaborou-se um plano de ações como

forma sugestiva de minimização dos maiores problemas. De acordo com a

composição do Instituto, que é formado por seis centros e departamentos,

totalizando 10 prédios, foi feito o levantamento de aspectos e impactos e, após

essa etapa, foram criadas tabelas no formato FMEA para cada um dos

departamentos, apontando seus impactos particulares. Em seguida ao

levantamento realizado em todos os locais, foram apresentados os impactos com

maior relevância ambiental de cada departamento, de acordo com os valores da

avaliação da ferramenta. Para apresentar os aspectos e os impactos ambientais do

Instituto de Biociências, serão reunidos os impactos que obtiveram maior valor

indicado pela ferramenta, em cada um dos departamentos e centros que formam

este instituto.

Com os resultados obtidos em todo o processo de levantamento de

aspectos e de impactos ambientais do Instituto de Biociências, foi elaborado um

plano de ações com medidas pontuais, que posteriormente será o instrumento

utilizado para a elaboração do Sistema de Gestão Ambiental pela Universidade.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Relações entre o Homem, suas Organizações e a Natureza.

A cultura de uma sociedade produtora, consumidora e despreocupada com

o meio ambiente esbarra com o desafio de encontrar alternativas para garantir o

atendimento às necessidades globais em uma dimensão ambiental. A dinâmica

atual de interação com o ambiente natural, preservando-o, recuperando os danos

já causados e minimizando eventuais impactos inevitáveis, cria a necessidades de

novas formas de gerir as atividades humanas, e as organizações públicas são

responsáveis por apresentar modelos bem sucedidos, eficazes, dessas interações

(SANTOS, 1997).

A discussão que se faz hoje introduz a necessidade de repensar essa

Sociedade da qual descreve Santos (1997) , primeiramente associando à Natureza

os mesmos cuidados e preocupações que se tem com a preservação de boas

condições para a via humana. Deve-se assumir uma nova visão de mundo, que

deverá ser sistêmico e organicista, onde a integração ser humano com o meio

ambiente seja gerenciada de forma a ser uma inter-relação (CAPRA, 1982).

No começo dos tempos históricos, cada grupo humano construía seu

espaço de vida com as técnicas que inventava para tirar do seu pedaço de

natureza os elementos indispensáveis à sua própria sobrevivência. Organizando a

produção, organizava-se a vida social e organizava-se também o espaço, na

medida de suas próprias forças, necessidades e desejos. A cada constelação de

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recursos correspondia um modelo particular. Pouco a pouco esse esquema se foi

desfazendo: as necessidades de comércio na coletividade introduziam nexos

novos e também desejos e necessidades, e a organização da sociedade e do

espaço tinham de se fazer segundo parâmetros estranhos às necessidades íntimas

do grupo (SANTOS, 1997).

A sociedade atual funciona mediante fluxos lineares: para extrair recursos de

que precisam a sociedade, os sistemas produtivos se valem da natureza, para a

qual se paga muito pouco do que lhe é extraído, transformado e consumido. Essa

sociedade não funciona ciclicamente, mas linearmente, porque em seus processos

não recicla, não reintroduz no ciclo ecossistêmico os seus resíduos

(RIBEIRO,2005).

Essa sociedade, que foi discutida e criticada por Santos, e que Capra e

Ribeiro nos parágrafos anteriores também mencionam, ganha um reforço com

Medeiros ,Suertegray ,Daudt (1993), que propõe como ação para este estilo de

sociedade uma revisão de conceitos unida ao trabalho com a interdisciplinaridade.

Em âmbito da analise ambiental, é importante frisar o valor de uma nova postura,

que conjugue Natureza e Sociedade nas avaliações ambientais, que supere

objetivos específicos e parta para a resolução de questões mais globais, o que

significa trabalhar interdisciplinarmente, que é não só soma de conhecimento

específico, mas também construção coletiva de um novo objetivo.

O rápido crescimento industrial dos dois últimos séculos tem melhorado o

padrão de vida do ser humano, entretanto esse crescimento, frequentemente, tem

determinado elevados custos ambientais. A partir da tomada de consciência

desses problemas, as discussões sobre o tema ambiental têm evoluído muito. As

relações sociedade - empresa - entidade - natureza, passaram a ser analisadas de

forma menos localizada e mais globalizada, com as devidas responsabilidades.

Isso levou a um posicionamento mais crítico, que tem determinado o surgimento de

novas alternativas de relacionamento da sociedade contemporânea com seu

ambiente, com o intuito de reduzir os impactos que ela produz sobre o meio que a

cerca (BELLEN, 2005).

Quando se busca um histórico dessa mudança na sociedade, como explana

Bellen (2005), encontra-se na década de 1980 a ampliação da conscientização de

que os danos ambientais poderiam ser reduzidos através da administração

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ecologicamente correta e que os custos de limpeza desses danos eram mais caros

que a eco-adminstração, altamente estimulada por vertentes político-sociais da

época. Independente de sua motivação, do senso de responsabilidade ecológica,

das exigências legais, da proteção dos interesses da empresa, da imagem, da

proteção dos funcionários, da pressão do mercado e da qualidade de vida ou do

lucro, as organizações passaram a investir no futuro através de ações de

preservação e manutenção ambientais (CALLENBACH et al., 1993).

Mas em se tratando da atual realidade ambiental, do histórico de agressões

e da falta de comprometimento de que se tem registro, percebe-se que empresas

do setor de prestação de serviços têm participado de uma forma bem modesta

ambientalmente. Mas com o crescimento do setor, ele deverá conhecer seus

impactos ambientais e suas responsabilidades e resolvê-los como parte dos

problemas ambientais da sociedade. Por este motivo, entidades devem se

reestruturar para assumir a responsabilidade pela criação de sistemas voltados à

preservação de recursos, criando alternativas para um sistema ambiental integrado

voltado à renovação do atual modelo de desenvolvimento. Essa busca pelo

reestruturar-se e por verter soluções faz com que gestores adotem ferramentas

que auxiliem e sirvam de modelo em todo o mundo, citando formas de agir pró-

ativamente em relação às questões relacionadas à gestão de seu serviço e de

seus resíduos e conseqüentes recursos naturais (RIBEIRO,2005).

Barbieri (2004) apresenta três abordagens que as organizações podem

adotar referentes a sistematizar na prática seus compromissos com uma gestão

ambiental, variando de acordo com sua consciência, com o tipo de impacto que

produz ao meio ambiente, com o tempo de atuação e porte, sendo elas: controle da

poluição, prevenção da poluição e estratégica. Elas também podem ser etapas de

implementação de uma política ecológica na organização. O controle da poluição

se caracteriza pelo comportamento reativo da empresa, em geral desenvolvido

para atender as exigências legais. Organizações que estão nessa fase costumam

aplicar tecnologias chamadas end-of-pipe, ou seja, controles de final de processo,

que tentam capturar e tratar a poluição gerada na produção antes que chegue ao

ambiente, ao invés de evitar a geração dos resíduos. Nesse caso, os métodos

aplicados são custosos, não agregam valores ao produto e nem sempre são

eficazes. A prevenção da poluição é uma abordagem que atua nos produtos e

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processos, usando de tecnologias limpas para aperfeiçoar o processo de produção

e eliminar a maior parte dos resíduos na fonte. Os resíduos que não podem ser

eliminados ou reaproveitados no processo produtivo são tratados através de

controles de produção end-of-pipe. Já na abordagem estratégica, a organização

além de efetuar controles e prevenção da poluição, busca oportunidades para seu

negócio no momento atual ou futuramente.

As instituições de ensino têm significativas responsabilidades quanto à

introspecção em seus sistemas dos fundamentos de conservação ambiental e

atendimento às necessidades humanas. Adiante é possível conhecer melhor as

relações das instituições de ensino superior com o meio ambiente. A administração

ecológica ou gestão ambiental é uma abordagem sistêmica da realidade que

pressupõe profundas mudanças na cultura da organização. Os problemas

ambientais não podem ser compreendidos de forma isolada, ao contrário, são

interligados e interdependentes, como prevê o paradigma holístico. As mudanças

na base de valores da organização são o resultado de uma nova forma de pensar,

com novas percepções e atitudes, e que vincula seu sucesso ao nível do

conhecimento ecológico presente na cultura organizacional. Na obtenção de uma

aplicação satisfatória desses mecanismos, é necessário, além de seu

planejamento, a completa participação de toda a empresa (SHENINI, 2005).

2.2 Gestão e sistemas de gestão ambiental

O conceito de gestão, há bastante tempo estabelecido no ambiente

profissional ligado à administração de empresas, vem adquirindo crescente

popularidade em conexão com outros campos. No Brasil, desde a segunda metade

da década de 80, vem-se intensificando o uso de expressões como gestão urbana,

gestão ambiental, gestão de trabalho. Nesta interpretação, a palavra gestão veio

bem a calhar como um sucedâneo do termo planejamento. A consciência da

necessidade de maior intimidade com essa ligação entre “gestão” e “ambiental”

vem tomando espaço e crescendo à medida que o conhecimento humano toma as

responsabilidades de ele ser ambiental (SOUZA, 2004).

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Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é um sistema que identifica

oportunidades de melhoria a partir da redução dos impactos ambientais gerados

dentro da organização. O sistema de gestão ambiental é uma estrutura

padronizada, utilizada pelas empresas e instituições para sistematicamente

gerenciar suas atividades nos mais diversos níveis que afetam o meio ambiente

pela integração de procedimentos e processos, envolvendo treinamento,

monitoramento e registros (Freimann e Waalther, 2001). Estas atividades

englobam pessoas, instrumentos e ações com o propósito de coletar e processar

dados que possibilitem informações ambientais para gerenciamento e tomada de

decisão (Bouma e Kamproelands, 2000).

O maior objetivo da Gestão Ambiental é a procura permanente da melhoria

da qualidade ambiental dos serviços, dos produtos e do ambiente de trabalho, de

qualquer instituição pública ou privada, resultando numa forma sistematizada de

redução de impactos ambientais e de medidas de preservação. Assim essa procura

é um processo de aperfeiçoamento constante do SGA de acordo com a Política

Ambiental proposta pela alta direção e avalizada pela organização (UNGARETTI et

al, 2007). A Norma NBR ISO 14001/2004 descreve os elementos básicos de um

sistema de gestão ambiental que foram apresentados logo abaixo no item 2.3.

Naime (2004) conceituam gestão ambiental como um conjunto de técnicas e

disciplinas que dirigem as empresas na adoção de uma produção mais limpa e de

ações de prevenção de perdas e de poluição. Para esses autores, o sistema de

gestão ambiental deve envolver as seguintes áreas de atividades das empresas:

elaboração de políticas (estratégia), auditoria de atividades, administração de

mudanças e comunicação e aprendizagem dentro e fora da organização.

“A gestão ambiental, enfim, torna-se um importante instrumento

gerencial para capacitação e criação de condições de

competitividade para as organizações, qualquer que seja o seu

segmento econômico” (Tachizawa et al, 2002, p12).

Para Naime (2004), gestão ambiental é todo o conjunto de rotinas e

procedimentos escritos e aprovados que permite a uma organização administrar e

executar adequadamente as relações entre as suas atividades e o meio ambiente,

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compreendido pelos meios físico, biológico e antrópico, atentando para a legislação

em vigor, para as boas práticas recomendáveis e para expectativas das partes

interessadas. É um processo que objetiva identificar as ações mais adequadas ao

atendimento das imposições legais e das soluções reais e práticas, aplicáveis às

várias fases dos processos de fabricação e de serviços, desde a produção até o

descarte final, passando pela comercialização e mantendo procedimentos

preventivos e pró-ativos. Objetiva contemplar os aspectos e os efeitos ambientais

da atividade.

Na década de 80, o conceito de controle ambiental evoluiu para a gestão

ambiental, com ações de planejamento e gerenciamento ambiental, através de

controle de emissões, de tratamento de efluentes e de resíduos sólidos. Pode-se

citar alguns acidentes ambientais como os de Bhopal (Índia), Chernobyl (Ucrânia) e

Exxon Valdez (Alasca), bem como a identificação de problemas ambientais globais,

como a redução da camada de ozônio, o efeito estufa, o aquecimento do globo, a

escassez de água potável, entre outros, que contribuíram para as mudanças nas

políticas de meio ambiente e para o apoio ao gerenciamento ambiental em

organizações. Nesta década surgiram, em alguns países, os partidos verdes,

defensores dos seres vivos e do meio em que vivem. A discussão sobre o meio

ambiente começou a deixar de ser um tema isolado para se incorporar aos vários

setores. As questões do meio ambiente, segurança e saúde passaram a ser

tratadas em nível de assessoria especializada dentro das empresas e agora

também nas organizações de ensino (MAIMON, 1996).

A década de 90 caracterizou-se pela globalização dos conceitos. No seu

inicio, houve maior divulgação das normas que apresentavam requisitos para

sistema de gerenciamento da qualidade e do ambiente (normas da série ISO

14000 e 9000). Iniciaram-se neste período, em alguns encontros e conferências

internacionais, mencionados aqui por Pampanelli (2004, p. 24), discussões que

pautavam os problemas ambientais como relevantes. Dentre os vários momentos

de grandes debates, cita-se abaixo alguns, como a Conferência Mundial sobre

Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92) – 1992 – Rio de Janeiro, a

Conferência Mundial sobre Direitos Humanos 1993 – Viena, a Conferencia

Internacional sobre População e Desenvolvimento 1994 – Cairo. A Conferência

Mundial do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, por exemplo, comprometeu países a

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atingirem objetivos ambientais como a eliminação de gases nocivos, salientando o

direito soberano ao desenvolvimento sem comprometer o ambiente e a saúde dos

envolvidos.

No entanto, nota-se que essa caracterização dos conceitos ambientais tem

um foco diferenciado quando apurados alguns dos interessados, ou também

devida à aplicação das relações de comercio entre países e às restrições de

grupos estrangeiros nas transações de importação e de exportação têm crescido o

interesse e a busca para a concretização de planos de gestão ambiental. Essa

gestão ambiental deverá contemplar em sua elaboração as fases de diagnóstico,

de levantamento, de definição dos programas prioritários e de um cronograma de

implantação, de acordo com as características de cada aspecto apurado. É

necessário, para ter sucesso nesta elaboração, considerar todos os aspectos,

todas as minúcias que possam interferir no processo, tanto sócio-econômicas,

culturais e ambientais (MÜLLER E BERGMANN, 2001).

2.2.1 Estímulos para implantação de SGA em empresas

Uma das áreas onde as organizações têm buscado obter vantagens é na

adoção de ações ou medidas gerenciais e operacionais sustentáveis, como

conhecido, sistema de gestão ambiental. Donaire (1999) ilustra logo abaixo

algumas motivações que defende como sendo as principais que despertam as

empresas e organizações quanto à causa ambiental. Schenini (2005) logo em

seguida aponta suas inúmeras razões para levar uma empresa ou qualquer

entidade a utilizar o SGA, mostrando com destaque as ações internas à

organização e também as externas ou provindas do mercado onde se insere de

acordo com sua atividade. A figura 1 representa algumas motivações pelas quais

as empresas e organizações dos mais diversos gêneros sentem-se encorajadas e

estimuladas a preservar recursos e se envolver na causa ambiental(DONAIRE,

1999).

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Figura 1. Motivações para a proteção ambiental nas empresas e organizações

Fonte: Donaire (1999)

Dentro destas motivações, Donaire (1999) frisa que os principais ganhos

para a empresa na implantação de um sistema ambiental adequado são a redução

dos gastos com multas ambientais e a construção e manutenção de uma boa

imagem da instituição perante a comunidade e seus clientes ou freqüentadores.

Esses são os principais fatores que asseguram uma administração tranqüila e

facilitada para o órgão implantador de um SGA.

Schenini (2005) apresenta todas as abordagens de motivações e benefícios

adquiridos na implantação de uma administração ecológica e um SGA, citando

benefícios ecológicos e estratégicos.

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QUADRO 1. Razões e motivações para implantação de SGA em empresas e instituições.

Fonte: Schenini (2005)

2.3 Etapas para desenvolver um sistema de gestão ambiental

De acordo com a Norma ISO 14000 apresentada por Naime (2004), a

ferramenta Sistema de Gestão Ambiental deve ser simples e completa, com a

integração de alguns itens: a) visão – sintetiza a concepção geral que a cultura da

organização, num determinado momento, é capaz de conceituar e de se

comprometer; b) missão – determina as finalidades e meios a serem alcançados

pela operação e desempenho do Sistema; c) metas – explica os objetivos

específicos a serem alcançados pela operação e desempenho do Sistema. Com o

item d aparece a padronização – cria conceitos comuns a todos dentro da empresa

sobre as concepções, as ações e os procedimentos; e) Diretrizes operacionais –

são determinações claras e precisas sobre os procedimentos para cada situação e

para as responsabilidades setoriais e pessoais, f) Indicadores – contextualizam a

Razões de motivações internas e benefícios econômicos

- custos de redução, reciclagem, remoção, tratamento e disposição de resíduos;

- diminuição de custos de matéria prima e de produção;

- otimização na qualidade dos produtos acabados;

- diretrizes e normas da empresa para a produção com qualidade total;

- redução das despesas com multas e descontaminações;

- prevenção de acidentes ecológicos;

Razões de motivações externas e benefícios estratégicos

- diretrizes e normas para a gestão ambiental;

- pressão da comunidade local;

- atendimento à legislação pertinente;

- evitar ações judiciais;

- marketing, clientes e consumidores;

- pressões das agências ou bancos financiadores;

- vantagens e competitividade;

- pressões das seguradoras;

- pressões das ONGs.

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mensuração e o monitoramento necessários para que qualquer programa seja

acompanhado e alcance seus objetivos, com correções permanentes, de acordo

com as necessidades.

A figura 2 é auto-explicativa e poderia ser denominada de método e itens

necessários para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) numa

organização. A NBR ISO 14004/2000, através de exemplos e descrições, fornece

orientações muito úteis à implementação de sistemas e princípios de gestão

ambiental. Naime (2004) apresenta os requisitos gerais exigidos pela Norma

14001/2004 que a organização deve estabelecer. Como requisitos gerais, a

organização deve estabelecer, documentar, programar, manter e continuamente

melhorar um sistema de gestão ambiental, em conformidade com os requisitos

desta Norma e principalmente determinar como ela atenderá a esses requisitos

Figura 2. Processo de implantação do SGA com todos os itens necessários.

Fonte: Naime, 2004.

SGA Etapa 1

Compromisso e Política ambiental ETAPA 5

Análise Crítica pela Administração

EEttaappaa 44 VVeerriiffiiccaaççããoo ee aaççããoo ccoorrrreettiivvaa -- MMoonniittoorraammeennttoo ee mmeeddiiççããoo

--RReeggiissttrrooss --AAuuddiittoorriiaass iinntteerrnnaass

-- AAççõõeess pprreevveennttiivvaass ee ccoorrrreettiivvaass

ETAPA 3 Implementação e operação

Estrutura e responsabilidade Treinamento, conscientização e

competência, Comunicação Documentação, Controle de

documentos, Controle operacional Preparação e atendimento à emergência

Etapa 2 Planejamento

-aspectos ambientais -requisitos legais e outros

requisitos - objetivos e metas

- programa de gestão ambiental

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A ordem de organização para se atingir o êxito em um sistema de gestão

ambiental é apresentada a seguir:

Etapa 1 - Política Ambiental:

A formação da Política Ambiental vem sendo historicamente um item

normativo, ainda delegado ao caráter empírico das organizações, conforme

observa Cajazeira (2003). Recomenda-se a utilização de pesquisas com

inferências estatísticas através da teoria das estimações, como metodologia

necessária para que através da eleição de fatores relevantes e significativos, seja

formulada uma política ambiental adequada. A administração da organização deve

definir a política ambiental da organização e assegurar que, dentro do escopo

definido de seu sistema de gestão ambiental, a política seja apropriada à natureza,

à escala e aos impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços. Deve

incluir um comprometimento com a melhoria continua e com a prevenção de

poluição e incluir um comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis

e a outros requisitos subscritos pela organização que se relaciona os seus

aspectos ambientais. Que ela forneça uma estrutura para o estabelecimento e

análise dos objetivos e metas ambientais e que seja documentada, implementada e

mantida, que seja comunicada a todos que trabalhem na organização ou que

atuem em seu nome e, como último item, que deve ser assegurado é que ela

esteja disponível ao público.

Cajazeira (2003) apresenta um método de questionários para dar suporte ao

atendimento das causas reais e poder subsidiar o documento final da Política

Ambiental. Esse questionário é dividido em 4 grupos que foram aplicados a

diferentes setores e depois compilados e tratados estatisticamente, são eles: a)

comunidade – avaliação sobre impacto social, impacto financeiro, impacto

ambiental, integração social e reconhecimento; b) funcionários –avaliação sobre

comunicação, motivação, prevenção ambiental, aspectos sociais e econômicos e

preocupação com a qualidade; c) fornecedores – dados sobre confiança, parceria,

critérios exigidos, preços praticados e sistemas de comunicação; d) clientes –

avaliação sobre confiança e parceria, atendimento às necessidades, à imagem

ambiental e à excelência como fornecedor. Baseado nas pesquisas é que deve ser

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fundamentado o texto da Política Ambiental, para que não seja apenas um discurso

de boas intenções.

Etapa 2 - Planejamento, requisitos legais, objetivos, metas e programa

Quanto aos aspectos e impactos ambientais Naime (2004) descreve como

etapa 2 que a organização deve estabelecer, programar e manter procedimentos

para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, de seus produtos e de

seus serviços, dentro do escopo definido do seu sistema da gestão ambiental, de

forma que a organização possa controlar seus impactos, levando em consideração

os desenvolvimentos novos ou planejados, as atividades, os produtos e os

serviços, novos ou modificados. É correto determinar os aspectos que tenham ou

possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente. A organização deve

documentar essas informações e mantê-las atualizadas.

Quanto aos requisitos legais e a outros requisitos (legislação), a organização

deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar e ter

acesso a requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos subscritos pela

organização, relacionando aos seus aspectos ambientais. É parte integrante da

exigência da norma o estabelecimento de procedimentos para identificação de leis,

de normas, de regulamentos, de portarias e de qualquer espécie de legislação ou

de outros requisitos que sejam aplicáveis e pertinentes aos aspectos ambientais

das atividades, dos produtos e dos serviços.

A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas

ambientais documentados, nas funções e nos níveis relevantes na organização. Os

objetivos e metas devem ser mensuráveis, quando exeqüível, e coerentes com a

política ambiental, incluindo-se os comprometimentos com a prevenção de

poluição, com o atendimento aos requisitos legais e a outros requisitos subscritos

pela organização e pela melhoria continua. Ao estabelecer e analisar seus

objetivos e metas, uma organização deve considerar os requisitos legais e os

outros requisitos por ela subscritos, além de seus aspectos ambientais

significativos. Deve também considerar suas opções tecnológicas, seus requisitos

financeiros, operacionais, comerciais e a visão das partes interessadas. Deve ser

estabelecido pela organização a implementação e manutenção dos programas

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para atingir seus objetivos e metas, que devem incluir: a) atribuição de

responsabilidade para atingir os objetivos e metas em cada função e cada nível

pertinente da organização; b) os meios e os prazos nos quais eles devem ser

atingidos (NAIME, 2004).

Etapa 3 - Implementação e operação

A etapa 3, onde se considera a implementação e operação, é constituída por

competências, por treinamento e por conscientização. A comunicação e em

seguida a documentação com o controle de documentos aparecem posteriormente.

Logo abaixo consecutivamente menciona-se o controle operacional e preparação e

resposta às emergências. A administração deve assegurar a disponibilidade de

recursos essenciais para estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema

de gestão ambiental. Esses recursos incluem recursos humanos e habilidades

especializadas, infra-estrutura organizacional, tecnologia e recursos financeiros.

Funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e

comunicadas, visando facilitar uma gestão ambiental eficaz (CAJAZEIRA ,2003).

A organização deve identificar as necessidades de treinamento associadas a

seus aspectos ambientais e a seu sistema de gestão ambiental. Devem ser

promovido treinamento ou ação para atender a essas necessidades, devendo

manter os registros associados. Devem ser mantidos procedimentos para fazer

com que as pessoas que trabalham estejam conscientes da importância de se

estar em conformidade com a política ambiental e com os requisitos do sistema de

gestão ambiental e dos aspectos ambientais significativos e respectivos impactos

reais ou potenciais associados com seu trabalho, e dos benefícios ambientais

provenientes da melhoria do desempenho particular. Como em todo procedimento,

é importante valorar as funções e responsabilidades por atingir a conformidade

com os requisitos do sistema de gestão ambiental e diagnosticar as potenciais

conseqüências da inobservância de procedimentos especificados (NAIME, 2004).

Com relação aos seus aspectos ambientais e ao sistema de gestão

ambiental, a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos

para que exista a comunicação interna entre os vários níveis e funções da

organização. O recebimento, a documentação e a resposta a comunicações

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pertinentes, oriundas de partes interessadas externas, precisa acontecer

adequadamente. A organização deve decidir se realizará comunicação externa

sobre seus aspectos ambientais significativos, devendo documentar sua decisão. A

documentação para um sistema de gestão ambiental deve incluir:

- política, objetivos e metas ambientais,

- descrição do escopo do sistema de gestão ambiental,

- descrição dos principais elementos do sistema de gestão ambiental e suas

interação e referência aos documentos associados,

- documentos, incluindo registros requeridos por essa Norma,

- documentos, incluindo registros determinados pela organização como sendo

necessários para assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes dos

processos que estejam associados aos seus aspectos ambientais significativos (

NAIME, 2004).

Os documentos requeridos pelo sistema da gestão ambiental devem ser

controlados. É preciso analisar e atualizar, conforme necessário, e reaprovar

documentos, assegurar que as alterações e a situação atual da revisão de

documentos sejam identificadas. Deve-se contar com que os documentos estejam

legíveis e prontamente identificáveis. Na sub-etapa de controle operacional, a

organização deve identificar e planejar aquelas operações que estejam associadas

aos aspectos ambientais significativos. Para isso deve-se objetivar a determinação

de critérios operacionais nos procedimentos e estabelecer, implementar e fazer

manutenção de procedimentos associados aos aspectos ambientais significativos,

identificados de produtos e serviços utilizados pela organização e pela

comunicação de procedimentos e requisitos pertinentes a fornecedores, incluindo

os prestadores de serviços (CAJAZEIRA, 2003).

Ainda Cajazeira (2003), menciona organização deve estabelecer,

implementar e manter procedimentos para identificar potenciais situações de

emergência e potenciais acidentes que possam ter impactos sobre o meio

ambiente, e como a organização responderá a eles. Deve ser feito periodicamente

uma análise e, quando necessário, revisão de seus procedimentos de preparação

e resposta à emergência, em particular após ocorrência de acidentes ou situações

emergenciais.

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Etapa 4 - Verificação, monitoramento e medição.

Deve ser estabelecidos, implementados e mantidos os procedimentos para

monitorar e medir regularmente as características principais de suas operações

que possam ter um impacto ambiental significativo. A organização deve assegurar

que equipamentos de monitoramento e medição calibrados ou verificados sejam

utilizados e mantidos, devendo-se reter os registros associados. Dentro desta

etapa de verificação, monitoramento e medição, deve-se avaliar o atendimento a

requisitos legais e a outros, não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva

devem ter tamanha relevância .E como os processos de verificação sistemática e

documentada apresentam-se às auditorias internas (NAIME, 2004).

De maneira coerente com o seu comprometimento de atendimento a

requisitos, a organização deve manter procedimentos para avaliar periodicamente

o atendimento aos requisitos legais aplicáveis. A organização deve manter

registros dos resultados das avaliações periódicas. Os procedimentos nesta etapa

devem definir requisitos para:

- identificar e corrigir não-conformidades e executar ações para mitigar seus

impactos ambientais, investigar não-conformidades, determinar suas causas e

executar ações para evitar sua repetição;

- avaliar a necessidade de ações para prevenir não-conformidades e implementar

ações apropriadas para evitar sua ocorrência;

- registrar os resultados das ações corretivas e preventivas executadas;

- analisar eficácia das ações corretivas e preventivas executadas (CAJEZEIRA,

2003).

As ações executadas devem ser adequadas à magnitude dos problemas e

dos impactos ambientais encontrados. E principalmente a organização deve

assegurar que sejam feitas as mudanças necessárias na documentação do

sistema da gestão ambiental. Deve-se assegurar neste item que as auditorias

internas do sistema de gestão ambiental sejam conduzidas em intervalos

planejados para, assim:

- determinar se o SGA está em conformidade com os arranjos planejados para a

gestão ambiental, incluindo-se os requisitos da Norma e também se foi

adequadamente implementado e é mantido.

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- fornecer informações à administração sobre os resultados das auditorias.

Os procedimentos de auditoria devem ser estabelecidos e implementados para

tratar:

- das responsabilidades e dos requisitos para se planejar e se conduzir as

auditorias, para relatar os resultados e manter registros associados;

- da determinação dos critérios de auditoria, de escopo, de freqüência e de

métodos. A seleção de auditores e a condução das auditorias devem assegurar

objetividade e imparcialidade do processo de auditoria (NAIME, 2004).

Etapa 5 - Análise pela administração

A alta administração da organização deve analisar o sistema de gestão

ambiental, em intervalos planejados, para assegurar sua continuada adequação,

pertinência e eficácia. Análises devem incluir a avaliação de oportunidades de

melhoria e a necessidade de alterações no SGA, inclusive da política ambiental,

dos objetivos e das metas ambientais. Os registros das análises pela administração

devem ser mantidos. As entradas para análise pela administração devem incluir:

- resultados das auditorias internas e das avaliações do atendimento aos requisitos

legais e a outros subscritos pela organização;

- comunicação proveniente de partes interessadas externas, incluindo

reclamações;

- o desempenho ambiental da organização;

- extensão na qual foram atendidos os objetivos e metas;

- situação das ações corretivas e preventivas.

Para as ações de acompanhamento das análises anteriores, apresenta-se:

- mudança de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos em requisitos legais e em

outros relacionados aos aspectos ambientais;

- recomendações para melhoria.

As saídas da analise pela administração devem incluir quaisquer decisões e ações

relacionadas a possíveis mudanças na política ambiental, nos objetivos, nas metas

e em outros elementos do sistema da gestão ambiental, consistentes com o

comprometimento e com a melhoria contínua (NAIME,2004).

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2.3.1 Aspectos, impactos e riscos ambientais

Os aspectos ambientais são elementos das atividades, dos produtos ou dos

serviços de uma organização que podem interagir com o meio ambiente, gerando

impactos no ar, na água, no solo, na fauna, na flora, ou do homem em suas inter-

relações com a comunidade. Para identificação dos aspectos, são levados em

consideração os resíduos sólidos, os subprodutos, os efluentes líquidos, as

emissões atmosféricas, a emissão de ruído, o calor ou a vibração da referência

investigada, os quais possam interagir com o meio ambiente. A cada aspecto

ambiental corresponde, no mínimo, um impacto direto. A avaliação do impacto é

efetuada sem considerar tratamentos posteriores, caso existam (SHENINI et al,

2005). A implantação de Gestão Ambiental busca atender, na maioria das vezes,

os interesses comerciais das organizações. Neste item do SGA, levantamento de

todos os aspectos ambientais relevantes, é interessante que esta parte do

procedimento seja subsidiada pro um Diagnóstico Ambiental.

Define-se por impacto ambiental qualquer alteração das propriedades

físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, que venha a ser causada por

qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, de forma

direta ou indireta e que afetem a saúde, a segurança e o bem estar de todos os

tipos de populações e comunidades dos mais diversos locais. É definido também

como as alterações no meio em que interfiram as atividades sociais e econômicas,

que influam na biota, nas condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e

também na qualidade dos recursos ambientais. (BRASIL,Conama Nº001, 1986). O

enfoque adotado na criação dessa Resolução está vinculado à idéia de onde ou de

em quem ocorre o impacto ambiental. De forma complementar deve-se incluir três

novas bordagens que são as seguintes: quem polui, como polui e quem pode

corrigir ou minimizar esses problemas (SCHENINI, 2005).

Sugere-se também a definição de Impacto Ambiental Regional, onde a

justificativa é ser todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de

influencia direta, local, pontual) no todo ou em parte, o território de dois ou mais

Estados (BRASIL, Conama 237 ,1997).

Erikson (1994), define a origem dos impactos ambientais como sendo direta,

indireta e cumulativa. Impactos diretos são mudanças ambientais compostas por

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processos com resultados imediatos, com estreita relação atividade - ação.

Impactos indiretos são defendidos pela autora como mudanças ambientais com

impactos secundários, onde as conseqüências são melhores observadas

analisando os impactos diretos. Definiram-se como impactos cumulativos aqueles

que têm a agregação do resultado de impactos diretos e indiretos, os dois em uma

mesma área e região de aplicabilidade.

Segundo Medeiros (1995), a avaliação de impacto ambiental (AIA) deve ser

concebida antes de tudo como um instrumento preventivo de política pública e só

se torna eficiente quando puder se constituir num elemento de auxílio à decisão,

numa ferramenta de planejamento e concepção de projetos para que se efetive um

desenvolvimento sustentável como forma de se sobrepor ao viés economicista do

processo de desenvolvimento que, aparecendo como sinônimo de crescimento

econômico, ignora os aspectos ambientais, culturais, políticos e sociais. A

avaliação das relações entre os aspectos ambientais e impactos comerciais podem

ser vistos no quadro 2.

Aspectos Ambientais Impactos Comerciais

Escala dos impactos Potencial de exposição legal e regulamentar

Gravidade ou importância do impacto Dificuldade para redução ou eliminação dos impactos

Probabilidade de ocorrência Custos para a redução ou eliminação dos impactos

Duração do impacto

Efeitos de uma alteração sobre outras atividades e/ou

processos

Localização dos impactos Preocupação das partes interessadas

Momentos de ocorrência dos impactos Efeitos na imagem pública da organização

Quadro 2 . Relações entre aspectos ambientais e impactos comerciais. Fonte: Naime (

2004)

Risco é a avaliação de um perigo associado à probabilidade de ocorrência

de um evento indesejável (incidente ou acidente) e a gravidade de suas

conseqüências. Em todos os processos, há riscos ambientais que são óbvios, tanto

pela natureza do processo quanto pelas pessoas e produtos envolvidos. Constitui-

se em um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma atividade proposta

ou existente identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que

essa atividade representa para a população vizinha, para o meio ambiente e para a

própria empresa. Os principais resultados de uma análise de riscos são a

identificação de cenários de acidentes, suas freqüências esperadas de ocorrência

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e a magnitude das possíveis conseqüências. A identificação destes riscos e a

avaliação de suas possíveis conseqüências constituem os passos iniciais para a

implementação de Sistema de Gestão Ambiental (NICOLELLA et al, 2000).

O quadro de risco ambiental é geralmente composto por três categorias:

risco natural, risco tecnológico e risco social, abrangendo processos bastante

variados como a ocorrência de catástrofes naturais, acidentes em indústrias e as

condições de vida da sociedade. Estas categorias, assim como a própria noção de

risco ambiental, são desenvolvidas por diversos pesquisadores em todo o mundo.

O risco está vinculado a um acontecimento que pode se realizar ou não. Porém, a

existência do risco só se constitui quando há a valorização de algum bem, material

ou imaterial, pois não há risco sem a noção de que se pode perder alguma coisa.

Portanto, não se pode pensar em risco sem considerar alguém que corre risco, ou

seja, a sociedade e o meio ambiente (CASTRO, 2006).

Ao pensar em um cenário de risco, visando principalmente à saúde humana,

seus efeitos (evitáveis ou mitigáveis) serão em função das características da

exposição. Mas destaca-se como reconhecer um risco ambiental a identificação, no

local de trabalho ou tarefa que esteja sendo realizada, a presença de um risco que

pode estar afetando a saúde do trabalhador, a qualidade no ambiente de trabalho

ou mesmo alterando as condições ambientais globais, isto é, impactando o meio

ambiente das mais diversas formas (NICOLELLA et al, 2000).

2.3.2 Gestão ambiental em instituições de ensino superior

A preocupação com a preparação de profissionais que tenham

conhecimento e um nível de envolvimento com as questões de ordem ambiental

tem se mostrado notável no âmbito educacional das universidades. No entanto

ainda são poucas as práticas observadas e com resultados nas Instituições de

ensino superior, que têm como responsabilidade o papel de qualificar e

conscientizar os cidadãos formadores de opinião de amanhã (TAUCHEM &

BRANDLI, 2006).

Discutem Careto e Vendeirinho (2003), que as Universidades e outras

instituições de ensino superior precisam praticar aquilo que ensinam. Enquanto as

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universidades são freqüentemente vistas como instituições estagnadas e

burocráticas, outras instituições demonstram ser capazes de ao menos iniciar o

caminho da sustentabilidade.

Existem razões significativas para implantar um SGA numa Instituição de

Ensino Superior, entre elas o fato de que as faculdades e universidades podem ser

comparadas com pequenos núcleos urbanos, envolvendo diversas atividades de

ensino, pesquisa, extensão e atividades referentes à sua operação por meio de

bares, restaurantes, alojamentos, centros de conveniência, entre outras facilidades.

Além disto, um campus precisa de infra-estrutura básica, redes de abastecimento

de água e energia, redes de saneamento e coleta de águas pluviais e vias de

acesso. Como conseqüência das atividades de operação do campus, há geração

de resíduos sólidos e efluentes líquidos, consumo de recursos naturais, uma boa

amostra industrial (TAUCHEM & BRANDLI, 2006).

2.3.3 Histórico ambiental das instituições de ensino superior

A temática ambiental e esquemas de gestão ambiental tiveram inserção nas

instituições de ensino superior a partir dos anos setenta. As primeiras experiências

surgiram nos Estados Unidos, simultaneamente com as promoções de

profissionais nas ciências ambientais, que se estenderam ao longo dos anos

setenta. Nos anos oitenta, o destaque foi para políticas mais específicas sobre a

gestão de resíduos e eficiência energética. Durante a década de noventa se

desenvolveram políticas ambientais no âmbito global que congregam todos os

âmbitos das instituições, a exemplo de Campus Ecology da University of Brown

nos Estados Unidos (Delgado e Vélez, 2005).

Até a Conferência do Rio de Janeiro em 1992, as IES praticamente

estiveram fora do palco da discussão sobre o desenvolvimento sustentável. A

experiência trouxe uma lição clara: as universidades não devem se esquivar do

desafio, pois se não se envolvem, se não envolverem, se não usarem as suas

forças combinadas para ajudar a resolverem os problemas emergentes da

sociedade global, serão ignoradas no despertar de outro motor de mudança, uma

outra agência ou estrutura será convidada a promover a liderança. O período entre

as Conferências de Estocolmo em 1972 e do Rio de Janeiro em 1992 foi marcado

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pela emergência de instituições, parcerias e redes de trabalho particularmente

empenhadas em (re) conduzir as instituições de ensino superior para o lugar que

lhe era de responsabilidade e estava reservado (ECOCAMPUS, 1997).

Na Declaração de Kyoto, ocorrida em novembro de 1993 no Japão, as

Instituições de Ensino Superior, em sua reunião, emitiram um chamado a seus 650

membros para que estabelecessem e disseminassem uma compreensão mais

desobstruída do desenvolvimento sustentável; que utilizassem recursos das

universidades para incentivar uma melhor compreensão por parte dos governos e

do público em geral sobre os perigos físicos, biológicos e sociais enfrentados pelo

planeta; que enfatizassem a obrigação ética da geração atual para superarem as

práticas de utilização dos recursos e daquelas disparidades difundidas que se

encontram na raiz da insustentabilidade ambiental; que realçassem a capacidade

das universidades de ensinar e empreender na pesquisa e na ação os princípios

sustentáveis do desenvolvimento; e, finalmente, que se sentissem incentivadas a

rever suas próprias operações, para refletir quais as melhores práticas sustentáveis

do desenvolvimento (THE KYOTO DECLARATION, 1993).

Demonstrando um panorama atual da situação das universidades quanto à

gestão ambiental, Delgado e Vélez (2005), citam que existem atualmente cerca de

140 instituições de ensino superior que incorporam políticas ambientais na

administração e na gestão acadêmicas. Dentro dessas que adotaram

compromissos e políticas ambientais para o desenvolvimento sustentável, dez

estão certificadas com ISO 14001, como é o caso da Universidade da Organização

das Nações Unidas em Tókio no Japão.

Ao longo da década de 90 do século 20, foram implementados nas

empresas instrumentos de gestão ambiental para o controle e a prevenção de

danos ambientais, a fim de responder com maior eficiência às atuais demandas do

mercado. Diversos instrumentos, desenvolvidos para melhorar seu desempenho

ambiental, redundaram numa série de vantagens econômicas: redução de custos e

aumento de competitividade, abertura de novos mercados e diminuição das

chances de serem surpreendidas por algum tipo de bônus imprevisível e

indesejável. No entanto, instituições públicas que atuam no campo da pesquisa e

da prestação de serviços biomédicos ainda carecem de uma política efetiva de

gestão ambiental. Mesmo executando serviços essenciais à sociedade,

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apresentam potencial poluidor capaz de causar danos à saúde de seus

trabalhadores e à população localizada em seu entorno, além de contaminar o

solo, a atmosfera, os rios e os lençóis freáticos (BARATA; KLIGERMAN;GOMEZ,

2007).

2.4 Failure Mode and Effects Analysis - FMEA

Técnica que visa o reconhecimento e avaliação das falhas potenciais de

projeto ou de um processo e seus efeitos, identificando ações que possam eliminar

ou reduzir a ocorrência dessas falhas. Essa ferramenta tem como objetivo principal

prever os problemas mais importantes, impedir ou minimizar as conseqüências de

problemas e maximizar a qualidade e a confiabilidade de todo o sistema

(PALADY,1997).

A utilização do FMEA (Failure Mode and Effects Analysis), como ferramenta

de priorização, permite, através da aplicação de índices de criticidade, dar valores

para que possam ser avaliados os principais riscos ambientais associados às

facilidades de implementar ações corretivas (UNGARETTI et al, 2007).

O emprego do método no Sistema de Gestão Ambiental iniciou com a

necessidade da utilização de formulários simplificados e eficientes na avaliação de

impacto ambiental. Projetado inicialmente para estudar as falhas em potencial em

projetos novos ou alterados da indústria aeronáutica, o FMEA possui notável

aplicação na identificação e diagnósticos de problemas ambientais

(VANDERBRANDE,1998).

2.5 Empresas, meio ambiente e legislação

Conforme explanação anterior sobre a crescente preocupação e mudança

de comportamento das empresas e instituições quanto à sua relação com o meio

ambiente, Maimon (1996), apresenta que as empresas brasileiras vêm adotando

atitudes mais responsáveis em relação ao meio ambiente devido, principalmente, a

exigências da legislação ambiental e, mais recentemente, pelas pressões e

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ingerências internacionais que condicionam financiamentos de projetos a seu

impacto ambiental. Assim pode-se dizer que essas organizações, em sua maioria,

estão agindo movidas por pressões externas. O quadro 3 apresenta a evolução da

legislação ambiental brasileira nos últimos 50 anos.

Cita-se brevemente a Constituição Federal Brasileira de 1988 com maior

realce, que contempla obrigações e definições ambientais nos artigos 20, 23 e 225.

Nas leis federais encontra-se exemplos como a Lei 6938/81, que estabelece as

regras para a Política Nacional do Meio Ambiente, ou a Lei de Crimes Ambientais

9605/98, que aponta as responsabilidades civil e penal dos gerentes e entidades

jurídicas envolvidos com os impactos ambientais (SCHENINI, 2005).

Apresentam-se no Brasil as normas de qualidade ambiental, que são

estímulos para as organizações implantarem SGA com a oportunidade de

certificação ambiental. Estudos realizados pela Confederação Nacional da Indústria

mostram que a gestão ambiental já está presente em 65% das empresas do país.

O índice é superior em grandes empreendimentos particulares, atingindo 90%, em

maioria vinculada a grupos internacionais, aonde a pressão vem da população dos

países de origem. Nas microempresas esse percentual cai consideravelmente para

35%, tão bem explicado pela dificuldade de capital.

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Quadro 3 : Evolução da Legislação Ambiental Brasileira

Fonte :Maimon (1996)

São preconizadas pela ISO-14000, que são representadas pela ABNT

(1996) e abrangem seis áreas bem definidas, as quais podem ser mais bem

Linha do Tempo 50/60 70/80 90/00

Percepção do Meio

Ambiente

Pontual:

Recursos Naturais

Multidisciplinar:

Ecossistema

Interdisciplinar:

Teia da Vida

Conduta Livre Reativa Preventiva

Ênfase Produtividade Tratamento fim-de-

tubo

Sustentabilidade

Responsabilidade Inexistente Imputada Mudança de

Paradigma

Direitos Indivíduo:

Liberdade,

Igualdade,Fraternidade

Coletiva

Saúde, Educação,

Trabalho

Difuso

Qualidade de vida

Desenvolvimento

Sustentável,

Responsabilidade

social

Marcos Históricos

Mundiais

Clube de Roma (1957)

Poluição do Reno (1963)

Estocolmo (1972)

Bhopal – Índia

Chernobyl – Ucrânia

Exxon Valdez –

Alasca

Rio 92

Marcos da Legislação

Ambiental Brasileira

Código Florestal

Trabalho Rural

Política Nacional do

MA(1981)

Constituição

Federal(1988)

Poluição Industrial ,

Zoneamento

industrial, Transporte

de Produtos

Perigosos

Lei de Crimes

Ambientais(1998)

Licenciamento

Ambiental (1987)

Diversidade Biológica

Manejo Florestal

Educação Ambiental

(1999 – PNEA)

Gerenciamento de

Resíduos

Gerenciamento de

Recursos Hídricos.

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observadas a seguir, mesmo após bastante mencionadas neste trabalho por Naime

(2004) nos subitens anteriores:

Tabela 1. NBR – ISO 14000 (2004) e suas áreas abrangentes

Fonte: NBR – ISO 14000, (2004).

A proteção ao meio ambiente no Brasil é de responsabilidade do Sistema

Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, que deve estabelecer o compromisso de

garantir o equilíbrio entre os impactos gerados pelas atividades humanas

consideradas no planejamento do desenvolvimento estratégico nacional e regional,

e entre a industrialização e a capacidade de suporte da natureza. Sua ação se

apóia em: a) legislação abrangente e padrões limitantes da poluição; b)

organizações de controle setorial (florestas, solo, recursos hídricos, ar, educação

ambiental). A autorização de instalação e funcionamento dos empreendimentos é

realizada através do processo de licenciamento que, na maior parte das vezes, se

efetiva mediante um Estudo de Impacto Ambiental. A regulamentação pública se

refere à postura governamental para direcionar, acompanhar, controlar e fiscalizar

a atuação ambiental dos setores público e privado. A atuação do poder público em

relação ao meio ambiente está expressa principalmente na estruturação do

SISNAMA, descrito pela lei 6.938 de 1.981 ou lei da Política Nacional do Meio

Ambiente, que abrange todas as ações referentes ao meio ambiente com objetivos

de prevenção, controle e proteção ambiental (MMA, 2007).

O Decreto n º 99.274, de 6 de junho de 1.990, prevê ainda em seu artigo 3º

a existência de órgãos Seccionais federais e estaduais que tenham atividades

associadas à proteção da qualidade ambiental ou àquelas de disciplinamento do

uso de recursos ambientais, ou execução de programas e projetos de controle e

Áreas abrangentes da série ISO 14000 NBR

Sistema de Gestão Ambiental 14001

Auditoria Ambiental 14010

Rotulagem Ambiental 14020

Avaliação e performance ambiental 14030

Análise de ciclo de vida 14040

Aspectos ambientais em normas de produtos 14060

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fiscalização de atividades capazes de provocar degradação ambiental. Os sistemas

ambientais Público e Privados objetivam a diminuição de consumo de matérias

primas, de recursos naturais e de resíduos resultantes dos processos relacionados

com a fabricação de produtos ou realização de serviços. É de interesse da

sociedade que ambas as iniciativas se integrem e sejam realizadas de forma

coerente e relacionadas para o alcance de seus objetivos (FARIA ,ALARCÓN,

REYDON, 2003).

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3. METODOLOGIA

Esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso que, de acordo com

Buyne, Herman e Schoutheete (1997), é frequentemente de natureza qualitativa,

no entanto pode recorrer a métodos quantitativos por envolver análises de

propriedades específicas assim como suas relações e variações. Benbasat,

Goldstein e Mead (1987) definem o estudo de caso como aquele que examina um

fenômeno em seu ambiente natural, utilizando múltiplos métodos para coleta de

dados para acumular informações a partir de um ou mais entidades. Esta

estratégia de pesquisa é comumente aplicada quando o investigador tem pequeno

ou nenhum controle sobre os eventos que estão contextualizados num ambiente

contemporâneo da vida real .

O presente trabalho é uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, pois a

investigação qualitativa, de acordo com Bogdan e Biklen (1994, p.16), é “um termo

genérico que agrupa diversas estratégias de investigação que partilham

determinadas características”. Para esses autores, as questões de pesquisa

qualitativa são estabelecidas com o objetivo de investigar os fenômenos em toda

sua complexidade e em contexto natural. A pesquisa exploratória tem a intenção

de satisfazer a curiosidade, causando um melhor entendimento sobre o assunto

que é proposto. Essa condição examina possibilidades de se fazer um estudo mais

profundo posteriormente, com base nos resultados encontrados.

O objeto de estudo é um Instituto composto por vários departamentos de

uma instituição de ensino superior.A fim de realizar um levantamento de aspectos e

impactos ambientais para posterior implantação de um Sistema de Gestão

Ambiental, o que representa um estudo de caso, desenvolveu-se uma série de

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etapas. Com o intuito de encontrar possíveis aspectos e impactos, foi utilizada uma

abordagem qualitativa. Todas as atividades procederam na seguinte seqüência:

a) Objeto de pesquisa:

Definiu-se o ambiente a ser estudado, neste caso o Instituto de Biociências

da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que é composto por quatro

departamentos e dois centros que são eles: Centro de Ecologia e de Biotecnologia

e os departamentos de Biofísica, Botânica, Genética e Zoologia. Com

conhecimento das plantas baixas dos pavimentos de cada centro ou departamento,

traçou-se a ordem de locais para serem realizadas as visitas para o levantamento

proposto para obtenção de dados.

b) Conhecimento da ferramenta de trabalho:

Com a disponibilidade de recursos bibliográficos, foi realizado o estudo da

ferramenta FMEA, para conhecer e adaptar a aplicabilidade dela sobre o estudo de

caso.

c) Coleta de dados:

Na etapa de coleta de dados, o ambiente, os processos e as pessoas foram

observados e considerados caso a informação fosse pertinente para a pesquisa.

As visitas para elaborar o levantamento dos aspectos e impactos ambientais foram

realizadas em cada sala, cada laboratório e cada gabinete dos prédios, observando

a geração e destinação dada aos resíduos, a disposição e eficácia das lâmpadas,

as condições ambientais, os fatores de influência nas condições de trabalho e

demais impactos característicos dos locais. Enfim foram apontadas as causas

potenciais. Foi observado o comportamento das pessoas que trabalham e

freqüentam os locais estudados, retratando seu posicionamento quanto à

realização de coleta seletiva de lixo e eventuais problemas de ordem educacional.

d) Sistematização dos dados:

Após o levantamento de aspectos e impactos ambientais em cada

departamento foram construídas tabelas com os dados encontrados e inserida na

avaliação FMEA uma tabela para cada pavimento. As tabelas (anexos 1 a 20)

foram elaboradas no formato da ferramenta. Com os resultados da coleta de

dados, as causas potenciais foram avaliadas e então elencados os aspectos

ambientais, os impactos ambientais, o “G” (gravidade) – inscrita a causa potencial

–, o “O” (ocorrência) – a forma atual de controle –, o “D” (detecção) – a ação

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recomendada –, o “F” (facilidade), o IRA, e posteriormente dada a ordem de maior

IRA (Índice de Risco Ambiental) de cada causa.

Com as causas potenciais distribuídas na tabela do FMEA, foram então

discutidos e definidos os valores atribuídos a cada aspecto e impacto para fixar os

índices de criticidade representados pelas letras “G”, “O”, “D” e “F”. A identificação

das formas de controle, avaliando as possibilidades de responderem à implantação

das ações pretendidas foi o seguinte passo e, posteriormente, a multiplicação dos

índices de criticidade geraram os valores do IRA. Sendo o IRA a representação das

causas potenciais com maior relevância, obtém-se as conclusões quanto às

causas que são prioritárias de abordagem.

e) Elaboração dos Planos de Ações:

Após sistematização de todos os dados e conclusão das tabelas, foi possível

conhecer os maiores aspectos e impactos ambientais de cada departamento e com

eles então elaborar sugestões para um plano de ações.

3.1 Ferramenta FMEA

O método da pesquisa se orientou pelos índices de criticidade delimitados

pela ferramenta FMEA. Esta ferramenta identifica, através da avaliação por quatro

critérios, ações que possam eliminar ou reduzir a ocorrência de falhas, tendo assim

como objetivo principal prever os problemas mais importantes, impedir ou

minimizar as conseqüências de problemas e maximizar a qualidade e a

confiabilidade de todo o sistema. Os índices com os quais são avaliados os

aspectos e impactos apontados são os seguintes:

- Gravidade do impacto “G”: Avalia a gravidade de um impacto ambiental de um

modo potencial de falha. - Ocorrência da Causa “O”: Trata-se da probabilidade de

ocorrência de uma especifica causa/mecanismo. - Grau de Detecção “D”:

Estabelece a relação atual entre a detecção e a solução de uma ocorrência

- Facilidade de implantação da Ação Recomendada “F”: A Tabela 5 relaciona os

custos, o número de pessoas envolvidas e o tempo gasto para a aplicação do

plano de ação.Cada causa potencial encontrada é submetida à avaliação das

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quatro tabelas abaixo, que são os índices de criticidade, valores conforme a

graduação que aspecto foi analisado. Abaixo, nas tabelas 2,3,4 e 5 estão os dados

com os quais são julgadas cada causa encontrada.

Tabela 2 – Diretrizes para classificar o índice de gravidade do impacto:

1 Dificilmente será visível.

2 Muito Baixa para ocasionar algum impacto ao meio ambiente

3 Baixa mas poderá ocasionar impacto ao ambiente ao longo prazo

4 Não-conformidade com a política de gestão ambiental da universidade. Impacto baixo

ou muito baixo sobre o meio ambiente

5 Não-conformidade com os requisitos legais e normativos. Potencial de prejuízo baixo

ao meio ambiente

6 Não-conformidade com os requisitos legais e normativos. Potencial de prejuízo

moderado ao meio ambiente

7 Impacto somente à saúde de pessoas diretamente envolvidas com a tarefa

8 Sérios prejuízos à saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa, com baixo

impacto ao meio ambiente

9 Sérios prejuízos a saúde das pessoas envolvidas diretamente com a tarefa, moderado

impacto ao meio ambiente

10 Sérios riscos ao meio ambiente

Fonte: FMEA

Tabela3 – Diretrizes para classificar o índice de ocorrência da causa:

1 Improvável Não foi observada ocorrência em período maior que o de referência

2 Remota Ocorreu uma vez no período mas é improvável uma nova ocorrência

3 Muito Baixo Ocorreu uma vez no período mas pode ocorrer novamente

4 Baixo Ocorreu duas vezes no período de observação

5 Médio Baixo Ocorreu três vezes no período de observação

6 Médio Ocorreu quatro vezes no período de observação

7 Médio alto Ocorreu cinco vezes no período de observação

8 Alto Ocorreu seis vezes no período de observação

9 Muito alta Grande possibilidade de ocorrer cada vez que executada a tarefa

10 Sempre Ocorre sempre que executada a tarefa

Fonte: FMEA

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Tabela 4 – Diretrizes para classificar o grau de detecção:

1 Detecção rápida e solução rápida

2 Detecção rápida e solução à médio prazo

3 Detecção a médio prazo e solução rápida

4 Detecção rápida e solução a longo prazo

5 Detecção a médio prazo e solução a médio prazo

6 Detecção a longo prazo e solução a solução rápida

7 Detecção a médio prazo e solução a longo prazo

8 Detecção a longo prazo e solução a médio prazo

9 Detecção a longo prazo e solução a longo prazo

10 Sem detecção e/ou sem solução

Fonte: FMEA

Tabela 5 – Diretrizes para classificar a facilidade de implantação da ação recomendada:

CUSTO N° DE PESSOAS TEMPO

1 Não existe tecnologia ou o

custo da mesma é inviável

2 Alto Todas Alto

3 Alto Apenas envolvidas com a tarefa Alto

4 Alto Todas Baixo

5 Alto Apenas envolvidas com a tarefa Baixo

6 Baixo Todas Alto

7 Baixo Apenas envolvida s com a tarefa Alto

8 Baixo Todas Baixo

9 Baixo Apenas envolvidas com a tarefa Baixo

10 Mínimo custo ou custo

beneficio de retorno

imediato

Fonte: FMEA

Como fase final realiza-se a determinação do Índice de Risco Ambiental

(IRA). Este indice é obtido pela multiplicação dos valores estimados para cada um

dos 4 índices anteriores, fornecendo uma escala de relevância de cada

aspecto/impacto analisa do, variando entre 1 e 10000. Foram destacados como

itens de prioridade para implantação do plano de ações aqueles que possuíssem

IRA mais

alto, seguindo uma ordem decrescente de prioridade.

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O aspecto ambiental consumo de energia elétrica foi discutido neste trabalho

com a avaliação do consumo de lâmpadas e monitores deste instituto. A média da

potencia das lâmpadas que são consideradas como fora do padrão UFRGS são de

60W e as lâmpadas que são sugeridas como padrão da instituição são de 32W

com calha espelhada. Para calcular o consumo de uma lâmpada de 60w em um

mês, supondo 8 horas diárias de uso da lâmpada e 5/7 do mês compostos de dias

úteis, basta multiplicar a potência pelo tempo diário de uso, obtendo-se assim a

energia consumida em cada dia, e depois multiplicar isto pelo número suposto de

dias úteis no mês (5/7 x 30 dias). A razão de dias úteis no mês foi baseada na

razão de dias úteis na semana. Para calcular o consumo de uma lâmpada de 32

W usa-se o mesmo método descrito acima, apenas alterando a potência de 60 W

para 32 W.

Consumo em um mês de 60W = 10,285714 kWh, aproximadamente

10,286kWh. Consumo em um mês de 32W = 5,4857138 kWh, aproximadamente

5,486kWh. Após calculado o consumo em kWh de cada lâmpada, realizou-se o

calculo para representar o valor em reais, levando em consideração informaçoes

da consecionária de energia (CEEE) de o custo do kWh ser de R$ 0,435. Foi então

multiplicado o consumo de cada lâmpada de acordo com sua potência pela

quantidade de lâmpadas de cada local. Sabendo-se a quantidade total de consumo

em kWh de cada departamento, multiplicou-se o valor encontrado pelo valor do

kWh. A formula criada para representar esse cálculo: Consumo total de energia

lâmpada = Ct = clm x ql.

O mesmo procedimento foi realizado para cálculos de gastos e economias

dos monitores CRT e LCD. Considerou-se que a potência média de um monitor do

modelo LCD e de 75 W. Usando-se 8 horas por dia durante 5/7 de 30 dias:

28800 x 75W (potência) x 30 dias x 5/7 = 46285714,286J = 12,857kWh. Obteve-se,

com o cálculo realizado, que o consumo mensal de um monitor CRT é de

12,857kWh. Esse valor foi referência para os cálculos realizados na discussão dos

resultados de cada departamento. O mesmo calculou-se com o modelo de monitor

LCD, considerando sua potência média de 35W .Usando-se 8 horas por dia (28800

segundos por dia), durante 5/7 de 30 dias:28800 x 35W (potência) x 30 dias x 5/7 =

21600000J = 6kWh. O consumo encontrado de energia elétrica para um monitor

LCD mensal foi de 6kWh.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta sessão será apresentado o local de estudo, com descrição das

atividades desenvolvidas em cada departamento de acordo com seu foco de

estudo. Logo em seguida, no item 4.2, apresentam-se as atividades de gestão

ambiental desenvolvidas até o presente momento nesta instituição. Os resultados

encontrados em cada departamento estudado e consecutivas conclusões sobre

todo o Instituto de Biociências é apresentado na seqüência.

4.1 Histórico do local estudado

Esse trabalho foi desenvolvido no Instituto de Biociências da Universidade

Estadual do Rio Grande do Sul – UFRGS. A unidade está alocada em uma área de

15.000m2, no Campus do Vale em Porto Alegre. O Instituto possui um curso de

graduação, denominado Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura e

Bacharelado, com ênfases: “Ambiental” e “Molecular, Celular e Funcional”. Além da

graduação, o Instituto de Biociências possui quatro cursos de Pós-Graduação,

todos com Mestrado e Doutorado (Botânica, Ecologia, Genética e Biologia

Molecular e Biologia Animal). Compõem este Instituto os seguintes centros e

departamentos: Departamento de Biofísica; Centro de Biotecnologia; Departamento

de Botânica; Centro de Ecologia – Ceneco; Departamento de Genética;

Departamento de Zoologia.

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Figura 3 .Campus do Vale , UFRGS – RS

Fonte: Google Earth

Esses centros e departamentos, citados acima, estão localizados no setor 4 da Instituição como é possível

visualizar mais claramente na imagem abaixo. Os prédios que estão contornados em rosa compõem o Instituto de

Biociências.

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Figura 4 .Instituto de Biociências – UFRGS, RS.

Fonte: Google Earth

A missão do Instituto de Biociências, além da proposta para a Universidade em seu Estatuto Geral, é expressa

no artigo 2º do seu Regimento que diz: ”O Instituto de Biociências tem por finalidade o desenvolvimento, por seus

professores, alunos e técnico-administrativos, de atividades de ensino, de pesquisa e de extensão na área das

Ciências da Vida, e sua integração com as demais áreas do conhecimento”.

Abaixo foi apresentada uma breve descrição de cada departamento que compõe o Instituto de Biociências,

objeto deste estudo, com explanação das atividades desenvolvidas e seus históricos para melhor compreensão dos

resultados posteriores.

a. Departamento de Biofísica

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O Departamento de Biofísica foi criado a partir da aprovação do parecer número 761/90, aprovado em reunião

Plenária do Conselho Federal de Educação, que alterou o Estatuto e o Regimento Geral da Universidade, com o

objetivo de desdobrar o Departamento de Fisiologia, Farmacologia e Biofísica em três novos: de Fisiologia, de

Farmacologia e de Biofísica. Em 10/09/1996 inaugurou suas novas instalações no Campus do Vale, dando início à sua

nova fase de expansão do espaço físico bem como do Corpo Docente. Dentre outras linhas de pesquisa, esse

departamento desenvolve atividades em radioanálise. O Laboratório de Radioanálise determina o teor de

radioatividade em amostras de bens destinado à exportação, com vistas à expedição do correspondente certificado.

b. Centro de Biotecnologia

O Centro de Biotecnologia do Estado do Rio Grande do Sul foi criado em dezembro de 1981, através de

convênio entre o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, o Banco de Desenvolvimento do Estado (BADESUL), a

FAPERGS e a UFRGS, com os seguintes objetivos: a) integração de esforços e recursos entre o Estado, Órgãos

Federais e Estaduais de Pesquisa e Apoio Financeiro, as Universidades e as Empresas Privadas do Rio Grande do

Sul; b) execução de projetos de pesquisa em biotecnologia; c) formação de recursos humanos em biotecnologia; d)

promoção de integração entre as entidades públicas e privadas que possa contribuir para o desenvolvimento das

pesquisas. O Centro iniciou as suas atividades em julho de 1982 em área de 220m² cedido pelo Instituto de Pesquisas

Agropecuárias (IPAGRO) da Secretaria da Agricultura, com o apoio financeiro da FAPERGS, BADESUL e

Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Em 1988 a nova sede do Centro de Biotecnologia, com uma área de 2400m², foi construída no Campus do Vale

da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com recursos da FINEP. No mesmo ano foi criado o Departamento de

Biotecnologia do Instituto de Biociências da UFRGS que passou a funcionar nas dependências do Centro de

Biotecnologia. Ainda em 1988 foi oferecido o primeiro Curso de Especialização em Biotecnologia Moderna de âmbito

nacional, com apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) através do Programa de Capacitação de Recursos

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Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) e da FINEP.

c. Departamento de Botânica.

Este departamento comporta laboratórios e salas de aulas tanto da graduação quanto da pós-graduação. Está

contido neste departamento o programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul que possui os cursos de Mestrado Acadêmico e Doutorado em Botânica. Por iniciativa de um grupo de professores

de Botânica do antigo Instituto de Ciências Naturais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1969, foi

criado o Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, área de concentração em Botânica Sistemática e Ecologia

Vegetal, com a primeira dissertação de mestrado sendo defendida em 1973. Em 1990, esse curso foi recredenciado

pelo Conselho Federal de Educação, com a recomendação de que passasse também a oferecer formação no nível de

Doutorado. Dois anos mais tarde, em 1992, o Curso de Pós-Graduação em Botânica começou a funcionar no nível de

Doutorado e, em janeiro de 1993, teve o seu mérito reconhecido pelo Grupo Técnico Consultivo da CAPES. A primeira

tese de doutorado foi defendida em 1997.

Ao longo dos últimos anos, o Programa se empenhou na redefinição das linhas de pesquisa dentro das

respectivas áreas de concentração que, desde 2002, ficaram assim definidas: 1. Área de Taxonomia Vegetal: Ficologia

e Micologia, Taxonomia de Plantas Vasculares, Etnobotânica; 2. Área de Fisiologia Vegetal: Ecofisiologia Vegetal,

Metabolismo Vegetal e Diferenciação in vitro, Germinação e Desenvolvimento Vegetal; 3. Área de Morfologia Vegetal:

Morfologia e Anatomia de Órgãos Vegetativos e Reprodutivos de Plantas Vasculares, Palinologia; 4. Área de Ecologia

Vegetal: Fitoecologia de Comunidades e Populações, Fitogeografia. As modificações, em síntese, geraram linhas mais

abrangentes e adequadas à área de atuação dos pesquisadores que fazem parte de seu corpo docente.

d. Centro de Ecologia

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O Centro de Ecologia – Ceneco – é um órgão auxiliar do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul. Fazem parte deste o Departamento de Ecologia e o Programa de Pós-Graduação em Ecologia.

Destaca-se por promover pesquisas, ensino e extensão, realizando projetos e serviços na área de análise e

monitoramento ambiental. Oferece apoio técnico e infra-estrutura ao PPG - Ecologia, ao curso de graduação em

Ciências Biológicas e ao curso técnico de Controle e Monitoramento Ambiental. Possui corpo técnico formado por uma

equipe multidisciplinar e qualificada de químicos, engenheiros químicos, biólogos, geógrafos, geólogos, agrônomos,

além de técnicos químicos e técnicos em monitoramento e controle ambiental.

O Departamento de Ecologia da UFRGS foi criado em 1991, a fim de atender uma crescente demanda por

disciplinas de cursos de graduação, bem como propiciar uma melhor sustentação ao já existente Curso de Pós-

Graduação em Ecologia e congregar institucionalmente atividades interdisciplinares na área.

Atualmente ocupa três andares de dois prédios, que compreendem salas de aulas, laboratórios dentre eles:

microscopia, limnologia, ecologia animal, entomologia e zooplâncton, laboratório de ecologia vegetal, microbiologia,

cromatografia, absorção atômica, bioindicação vegetal. Compreende também salas de lavagem, laboratório de

geoprocessamento, ecologia de vertebrados, ecotoxicologia e geoquímica ambiental. Somamos um total de 19

gabinetes de docentes também, quatro banheiros e cinco salas que são discriminadas como anexos.

e. Departamento de Genética

A história do atual Departamento de Genética do Instituto de Biociências teve início com o Laboratório de

Genética, fundado pelo Prof. Dr. Antônio Rodrigues Cordeiro no ano de 1949, na então Faculdade de Filosofia da

UFRGS. Em 1952, o Prof. Dr. Francisco M. Salzano veio reunir-se ao Prof. Cordeiro, depois de ter realizado um

estágio em Genética na Universidade de São Paulo, em 1951. Com a fundação do Instituto de Ciências Naturais em

1953, o Laboratório de Genética alcançou o "status" de Seção de Genética. O Instituto de Ciências Naturais foi extinto

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90

em 1971, em decorrência da reforma universitária, sendo criado, em seu lugar, o Instituto de Biociências, do qual a

Seção de Genética passou a fazer parte, agora com a denominação de Departamento de Genética.

Em relação direta com as linhas de investigação de seus docentes, no Departamento de Genética existem,

atualmente, laboratórios de pesquisa em: eletroforese de plantas e insetos, cultura de tecidos vegetais e transformação

de plantas, citogenética vegetal, citogenética e evolução de Drosophila, imunogenética, mutagênese, citogenética de

vertebrados, investigação de DNA, eletroforese de proteínas animais, hemostasia, grupos sangüíneos e

aconselhamento genético.

f. Departamento de Zoologia

O Departamento de Zoologia ocupa dois pavimentos do prédio 43435. Esse departamento conta com os

seguintes grupos de pesquisa e laboratórios: Ecologia, diversidade e conservação de insetos, Laboratório de Ecologia

de Insetos; Entomologia (sistemática), Biologia, Ecologia, Morfologia e Comportamento de Insetos, Laboratório de

Ecologia de Insetos, Laboratório de Entomologia, Laboratório de Morfologia Comparada de Insetos, Crustáceos

Neotropicais, Laboratório de Carcinologia, Ictiologia, Laboratório de Ictiologia, Herpetologia, Laboratório de

Herpetologia, Vertebrados, Laboratório de Mastozoologia e Ornitologia, Invertebrados e comunidades aquáticas,

Laboratório de Malacologia, Laboratório de Invertebrados bentônicos, Helmintologia, Laboratório de helmintologia;

Programa macacos urbanos e Laboratórios de ecologia de insetos.

4. 2 A Gestão Ambiental na UFRGS

A Gestão Ambiental da UFRGS iniciou pela criação de sua Política Ambiental e da nomeação de uma Comissão

para a sua implantação. De acordo com os passos exigidos pela norma 14000/2004 e pelas etapas obrigatórias de um

SGA, que neste trabalho foram apresentadas por Naime (2004), a criação de uma política ambiental representa o

primeiro e um dos mais importantes procedimentos para a implantação de um SGA. Pois a instituição baseará todas

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91

suas ações e procedimentos perante os princípios propostos na política ambiental desenvolvida. Com os resultados

obtidos, em 2007 foi criada a Coordenadoria de Gestão Ambiental para dar efetividade à implantação da Gestão. De

acordo com a proposta de Ribeiro(2005), presencia-se que esta instituição está adotando ferramentas para passar a

agir de uma forma ativa sobre os impactos causados, e sobre sua responsabilidade perante a causa ambiental.

Comprovam essas ações as atividades desenvolvidas na instituição, como a qualificação de agentes ambientais,

responsáveis locais pela gestão, além de atividades concretas como a implantação de um programa de Coleta Seletiva

(anexo 21) e uma proposta de compostagem para a UFRGS.

Figura 5. Estrutura da Comissão de SGA da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fonte: UFRGS,2007.

Como visto na figura 5, onde são apresentados todos os níveis da estrutura da comissão de SGA da UFRGS, se

expande as subdivisões constituídas por:

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A. Comitê Diretor: Constituído pelo Reitor, Vice-Reitor, Coordenador de Gestão Ambiental, Pró-Reitores e

Secretários da PROGRAD, PRORH, SUINFRA, SAE, PROPLAN, PROPG e da PROREXT. Tem como função a

orientação geral para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental, como a aprovação de Normativas e Diretrizes,

e demais ações visando sua execução.

B. Coordenação Executiva: Constituído pelo Coordenador de Gestão Ambiental, um Coordenador Adjunto e os

Coordenadores dos Órgãos e Projetos participantes da Coordenadoria de Gestão Ambiental, como CGTRQ2, SPR3,

Resíduos de Serviços de Saúde, Compostáveis, REVIS4, Edificações Sustentáveis, Educação Ambiental,

Racionalização de Uso de Recursos Energéticos e Água, além dos Coordenadores por Campi. É de caráter executivo,

devendo implantar o Sistema de Gestão Ambiental através do desdobramento dos Planos de Ação do planejamento

ambiental ou da articulação da execução de atividades específicas, como o gerenciamento de resíduos, bem como

encaminhar, ao Comitê Diretor, propostas de Normativas e Diretrizes.

C. Conselho Ambiental: De caráter consultivo, é composto por todos os agentes ambientais, integrantes do

GIGA5 e representantes da UFRGS em órgãos externos com ação na área ambiental (CONSEMA COMAM, Comitês

de Bacias,...). Tem como função subsidiar as discussões metodológicas, bem como as Diretrizes e Normativas,

propondo também os grandes temas a serem debatidos para o aprofundamento da prática ambiental em todos os

âmbitos da UFRGS, acompanhamento do SGA.

D. Coordenação Campi: Constituído pelos Agentes Ambientais de cada Campus Universitário, sob a

coordenação de um membro da Coordenação Executiva. Tem como função implantar o Sistema de Gestão

2 CGTRQ Existe na UFRGS um Centro de Gestão e Tratamento de Resíduos Químicos que tem a qualificação de receber e tratar resíduos

químicos. 3 SPR – Serviço de Proteção Radiológica. Embora os pesquisadores que empregam fontes de radiação sejam responsáveis pela segurança das mesmas, a responsabilidade normativa maior é atribuída à Direção da instalação que, no presente caso, é a Reitoria da UFRGS. 4 REVIS Refúgio de Vida Silvestre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (REVIS UFRGS), Porto Alegre, RS. 5 Giga: Grupo Interdissiplinar de Gestão Ambiental da UFRGS

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Ambiental em cada Campus da UFRGS aplicando os elementos do Planejamento Ambiental, medindo e informando

a sua eficiência, desdobrando sua ação em Planos de Ação com metas.

A tomada de consciência quanto à maior intimidade com ações e programas de gestão ambiental que aborda

Souza (2004) em sua discussão é bem presente nesta instituição. Isso pode ser compreendido em sua Política

Ambiental e nos passos dados no que se referem à disciplina de compromissos e cumprimento dos objetivos

propostos.

4.3 Resultados de cada departamento que compõe o Instituto de Biociências

Com base no método descrito no subitem 4.1, onde foi realizada a coleta das características de cada sala e

laboratório visitados, foram elaboradas tabelas com a disposição de todas as causas potenciais encontradas com base

na observação dos ambientes como método para elencar aspectos e impactos ambientais. Como descrito por Shenini

et al (2005), aspectos ambientais são elementos das atividades que podem interagir com o meio ambiente causando

impactos, por isso a necessidade de conhecimento e estudo desses fatores.

Exemplos de causas potenciais, pode-se mencionar as características de iluminação fora do padrão e a

presença de pombos nos ambientes entre outras que serão descritas no decorrer desta discussão. As tabelas

elaboradas criterizam cada causa potencial de acordo com sua gravidade, causa, detecção e facilidade de implantação

da ação recomendada. Todas as tabelas construídas neste estudo estão disponíveis em anexo neste trabalho,

possibilitando o conhecimento detalhado do valor dado a cada critério e a cada causa potencial.

A partir das tabelas construídas sobre o levantamento prático realizado e que estão no final deste trabalho em

formato de anexo, construiu-se tabelas derivadas para orientar gráficos ilustrativos, onde então foram apresentadas as

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causas potenciais de impactos ambientais em cada departamento com a média de seus IRAs. Através da

representação dos dados encontrados em cada departamento em forma de tabela e de gráfico, a discussão de seus

resultados abordaram as primeiras quatro maiores causas potenciais de impactos ambientais, sendo possível

conhecer as causas restantes com visualização nos gráficos.

Quanto à análise sobre os equipamentos elétricos, neste trabalho menciona-se o consumo de energia elétrica

em relação ao consumo das lâmpadas em cada departamento e também foi calculado o consumo de energia elétrica

dos monitores. Optou-se pela análise desses dois fatores por serem os itens mais comuns de todo o Instituto de

Biociências e também por existir alternativas acessíveis para a substituição tanto de lâmpadas com alto consumo de

energia, quanto de monitores do modelo CRT que tem um gasto energético maior, podendo assim ser modificados

conforme sugestão do plano de ações desse trabalho em curto prazo. Pelas características do local estudado em

apresentar uma grande quantidade de equipamentos científicos, a análise deles exigiria um maior tempo de pesquisa

para assim poder conhecer a potência de todos esses equipamentos. A acessibilidade de informações quanto ao

consumo de energia desses dois itens (lâmpadas e monitores) foi uma outra justificativa por sua escolha.

Diante do proposto, apresenta-se os resultados de cada departamento estudado com a ilustração do gráfico de

média de IRAs. É discutido também em cada departamento o consumo de energia elétrica de lâmpadas e monitores

de computadores, com os respectivos cálculos de economias sugeridas. Logo após a apresentação de todos os

departamentos, tem-se a avaliação globalizada do Instituto de Biociências, onde agrupou-se as médias de todas as

causas potencias mencionadas.

4.3.1 Resultados do Departamento de Biofísica

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O Departamento de Biofísica é composto por dois pavimentos. Nos anexos 1 e 2 está apresentado em formato

de tabelas os aspectos e impactos ambientais encontrados neste departamento, com o valor dado para cada ação

descrita de acordo com a avaliação do FMEA, sendo representado em uma tabela por pavimento. De modo a

representar claramente os resultados encontrados, sintetizou-se as causas potenciais destes dois pavimentos

apresentados nos anexos mencionados e foi feita a média de seus IRAs, o gráfico expressos abaixo.

Figura 6 . Representação gráfica das ordens dos IRAS do depto de Biofísica

Fonte: Elaborado pela autora.

Biofísica

480

630

900

1008

1200

2700

4200

5000

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Ilum.fora padrão

Carpetes

Destilação

Capelas lib.gas

Monitores CRT

Papel branco

Armz. Reag.Quim.

Falta limp. Ar- cond

CA

US

AS

PO

TE

NC

IAIS

Ira

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96

Através da análise realizada sobre a observação do gráfico acima, é possível visualizar que destacam-se como

maiores causas potenciais de impactos ambientais a falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de

manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. As informações obtidas com os profissionais que trabalham no local

mencionam a inexistência de limpeza dos filtros dos aparelhos de ar-condicionado, causa de impacto tanto nas

condições de saúde do local quanto no consumo de energia elétrica. A seguir, o armazenamento de reagentes

químicos em local sem ventilação, podendo causar acidentes ou contaminação, tem a sua média de IRA em 4200,

sendo assim a segunda maior causa potencial de impactos terceira maior causa potencial. Tendo apresentado a média

do IRA com valor de 1200, o uso ambientais neste departamento. O uso de papel branco clorado6 representa a de

monitores CRT é a quarta causa potencial de impacto ambiental no departamento de Biofísica.

Na contabilização dos dois pavimentos deste departamento foram encontradas 477 lâmpadas de 60W (fora do

padrão UFRGS). Os monitores presentes totalizam 41 aparelhos do modelo CRT e 7 do modelo LCD. De acordo com

cálculo apresentado no sub-item 3.2 da metodologia deste trabalho, foi calculado o consumo total de 477 lâmpadas de

60W em um mês:

Ct (60W) = cm x ql

Consumo total de 477 (60W) = 10,286 kWh x 477 = 4906,422 kWh

Consumo total x valor do kWh = 4906,422 kWh x 0,435 = R$ 2134,30

- 6 Na produção do papel branqueado são usados diversos produtos clorados que são altamente tóxicos e poluentes. São necessárias três

toneladas de árvores para produzir uma tonelada de papel.

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97

Ct (32W) = cm x ql

Consumo total de 477= 5,486 kWh x 477 = 2616,822 kWh

Consumo total x valor do kWh =2616,822 kWh x 0,435 = R$ 1138,31

=

Economia de = R$ 2134,30 - R$ 1138,31 = R$ 995,99 mês

O consumo de 477 lâmpadas em um mês (considerando dias úteis) é de 4906,422kWh, multiplicando pelo valor

do kWh que é de R$0,435, sabe-se que os gastos com energia elétrica apenas em lâmpadas neste departamento é de

R$2133,13 mensais. Se as mesmas 477 lâmpadas fossem do modelo padrão da UFRGS (lâmpadas de 32W com

calha espelhada), teriamos um consumo de 2616,822kWh, em reais isso representa R$1138,31 por mês.

Então é possível concluir que a utilização de lâmpadas do modelo padrão que a UFRGS propõe, se implantada

neste departamento, poderia gerar uma economia de R$995,99 por mês .No final de 12 meses, somaria-se

R$11951,88 de economia conquistada. Basta salientar que foram analisados apenas os ganhos econômicos em

relação ao consumo de energia dos dois modelos de lâmpadas (60W e 32W), não foram feitas bases de cálculos

quanto ao valor da calha espelhada para substituição.

Em relação aos monitores dos modelos CRT e LCD foram feitas mesmas análises, encontramos neste

departamento 41 monitores CRT, sabe-se conforme cálculo realizado no sub-item 3.2 da metodologia deste trabalho

que um monitor CRT consome 12,857kWh por mês se usado 8 horas por dia, enquanto um monitor LCD consome

6kWh por mês se também usado neste mesmo período. De acordo com o calculo abaixo realizado conclui-se que a

economia gerada com a substituição dos monitores dos computadores do modelo CRT para o modelo LCD seria de

R$122,29 por mês. Cabe salientar que se pretendeu demonstrar com esses cálculos de economia de substituição de

novas alternativas que consomem menos energia as tecnologias disponíveis que prezam o menor consumo de energia

elétrica possível.

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Consumo total de 41 CRT = 12,857 kWh x 41 = 527,137 kWh mês

Consumo total x valor do kWh = R$ 229, 30 mês

-

Consumo total de 41 LCD = 6 kWh x 41 = 246 kWh mês

Consumo total x valor do kWh = R$ 107,01 mês

=

Economia de R$ 122,29 mês

4.3.2 Resultados do Centro de Biotecnologia

O Centro de Biotecnologia é composto por 3 pavimentos. Nos anexos 3, 4 e 5 estão dispostas as tabelas com a

avaliação realizada pelo FMEA em relação aos aspectos e impactos ambientais, menciona-se nestes anexos os

índices das causas potenciais. Foi efetuado o cálculo da média dos IRAs dos 3 pavimentos para assim poder

apresentar os resultados do Departamento de Biotecnologia. A média encontrada está representada no gráfico

ilustrativo da importância das causas potenciais de impactos ambientais.

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99

Biotecnologia

168

630

630

720

900

1008

1170

1200

1323

1440

2070

5000

5000

6300

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

Apar. Fluxo pessoas

Carpetes

Falta de uso de epis

Ilum.fora padrão

Destilação

Capelas lib.gas

Copos descartáveis

Monitores CRT

Ruído equipamentos

Desc. Coleta seletiva

Papel branco

Falta limp. Ar- cond

Falta manut. Ar-cond

Armz. Reag.Quim.

CA

US

AS

PO

TE

NC

IAIS

IRA

Figura 7. Representação gráfica das ordens dos IRAs no Centro de Biotecnologia

Fonte: Elaborado pela autora.

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100

O armazenamento de reagentes químicos em local sem ventilação, podendo causar acidentes ou

contaminação, foi apontado pela avaliação dos índices do FMEA como sendo a causa potencial de impactos

ambientais. Abaixo, a figura 8 apresenta um depósito de reagentes e resíduos químicos, localizado embaixo da

escada. Por ser um local sem ventilação, devido ao risco de acidentes que o ambiente expõe, no caso de explosões ou

incêndio, e por ser embaixo de uma escada, local de circulação de pessoas, os critérios do FMEA apontaram esta

como sendo a causa com maior relevância dentre as demais causas potenciais estudadas neste centro.

Apresentadas como segunda causa potencial a falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de

manutenção do ar-condicionado obtiveram uma média do IRA de 5000. E o uso de papel branco clorado em seguida

apresenta-se como a terceira causa potencial do Centro de Biotecnologia.

Falta de conhecimento das pessoas sobre a coleta seletiva se dá como sendo a quarta causa potencial desta

análise, onde a média do IRA dos 3 pavimentos resultou em 1440. Esta causa se refere à falta de conhecimento que

as pessoas têm em relação ao sistema de separação de lixo que foi implantado como padrão na UFRGS, mas também

está incluso nela o conhecimento da forma correta de separar os resíduos em recicláveis e não recicláveis. Notou-se

durante o trabalho prático que grande parte das pessoas que trabalham no local tem dúvidas quanto à destinação de

alguns resíduos em suas lixeiras.

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101

Figura 8. Depósito de reagentes e resíduos no Centro de Biotecnologia

Fonte. Fotografado pela autora.

No Centro de Biotecnologia foram encontradas 592 lâmpadas de 60W (fora do padrão UFRGS) e 95 lâmpadas

de 32W (padrão UFRGS). Calculando-se da mesma forma como foi feito no Departamento de Biofísica, é possível

encontrar que o gasto de energia elétrica, primeiro o gasto que se tem com as lâmpadas de 60W e respectivamente o

gasto possível se as mesmas lâmpadas fossem do modelo 32W:

Ct (60W) = cm x ql

Consumo total de 592 (60W) = 10,286 kWh x 592 = 6089,312 kWh

Consumo total x valor do kWh = 6089,312 x 0,435 = R$ 2648,86

-

Ct (32W) = cm x ql

Consumo total de 592 = 5,486 kWh x 592 = 3247,712 kWh

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102

Consumo total x valor do kWh = 3247,712 kWh x 0,435 = R$ 1412, 76

=

Economia de = R$ 2648,86 - R$ 1412, 76 = R$ 1236,10

A economia gerada com a substituição de lâmpadas de 60W para as lâmpadas de 32W em termos de energia

elétrica é de R$1236,10 por mês. No final de 12 meses tem-se um acumulado de R$14.833,20. As informações

concedidas pelo agente ambiental deste departamento é de que a iluminação está sendo substituída para o modelo

padrão da UFRGS de acordo com a necessidade de manutenção.

Quanto aos monitores do modelo CRT, foram encontrados 82 equipamentos, e do modelo LCD existem 25

equipamentos. A adesão a esses monitores está sendo feita de acordo com a necessidade de substituição dos

existentes defeituosos e é feita a opção desses modelos em novas compras.

Consumo total de 82 CRT = 12,857 kWh x 82 = 1054,274 kWh mês

Consumo total x valor do kWh = R$ 458,60 mês

-

Consumo total de 82 LCD = 6 kWh x 82 = 492 kWh mês

Consumo total x valor do kWh = R$ 214,02 mês

=

Economia de R$ 244,58 mês

4.3.3 Resultados do Departamento de Botânica

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103

O departamento de Botânica está distribuído em três prédios ocupando 6 pavimentos. Nos anexos 6, 7, 8, 9, 10

e 11 estão representadas as tabelas, uma por pavimento, com todos os aspectos e impactos ambientais identificados

no Departamento de Botânica. As causas potenciais desses impactos estão com seus índices de classificação que

foram dados através da criterização do FMEA. Foram reunidos todos os IRAS dos 6 pavimentos e calculada a média,

encontrando assim o IRA do Departamento de Botânica, possibilitando então construir uma conclusão sobre os

maiores impactos deste. A partir da média encontrada foi elaborado o gráfico a seguir representando a ordem das

causas potenciais.

No Departamento de Botânica a média do IRA de todos os pavimentos evidenciou a causa ambientes sem

ventilação com ênfase nas bibliotecas, que obteve um índice de 7200 em seu IRA. Por ser um local considerado

insalubre deu-se como sendo esta a maior causa potencial de impacto ambiental. Sua insalubridade fora considerada

devido a suas características, pois no caso da biblioteca, observou-se a insuficiência de janelas, a inexistência de ar-

condicionados ou exaustores e uma grande quantidade de livros por sua grande área, sendo assim um local

inadequado de trabalho, tanto para estudantes quanto para funcionários. Pode-se citar também nesta causa a falta de

ventilação em depósitos de reagentes. A falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de manutenção do ar-

condicionado aparecem também neste departamento. Em segunda posição quanto à importância de causa potencial,

elas se apresentam com uma média de IRA de 5000.

Em terceira ordem de importância quanto às causas potenciais apontadas no Departamento de Botânica,

classificou-se a presença de pombos próximos às janelas e aos aparelhos de ar do ar-condicionado. Pombos causam

grandes perturbações e malefícios à saúde do ser humano7. Na figura 10 abaixo é possível visualizar a presença de

7 DOENÇAS CAUSADAS POR POMBAS. Respiratórias: causadas pela inalação de poeira contendo fezes secas dos pombos. Provoca

secreção nos olhos e problemas no pulmão, rins, fígado, ossos e pele. Digestivas: causadas pela ingestão de alimentos e água contaminada

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104

pombos no parapeito das janelas, essa imagem inclusive retrata uma pomba morta neste local e uma grande

quantidade de excrementos.

pelas fezes das aves. Provoca febre alta súbita, dores de cabeça, diarréias e vômitos. De pele: causadas pelos piolhos das aves. Provoca alergias. Do sistema nervoso central: meningites e toxoplasmose. Afeta a visão e podem levar à morte (www.saude.gov.br) .

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105

105

Botânica

240

690

800

1008

1140

1200

1200

1440

1800

2240

2400

2700

2730

4000

5000

5000

7200

900

0 2000 4000 6000 8000

Rachaduras.

Carpetes

Extintores

Destilação

Capelas lib.gas

Geração res. orgânico

Monitores CRT

Limpeza mist.lixo

Desc. Coleta seletiva

Luvas contaminadas

Tubulação

Porta acesso fechada

Papel branco

Armz. Reag.Quim.

Presença de Pombos

Falta de limp. Ar- cond

Falta de manut. Ar-cond

Amb. Sem ventilação

CA

US

AS

PO

TE

NC

IAIS

IRA

b

Figura 9. Representação gráfica das ordens dos IRAS na Botânica.

Fonte: Elaborado pela autora.

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106

Como quarta causa potencial de impactos ambientais foi apontado o armazenamento de reagentes químicos

em local sem ventilação e sem extintores, podendo causar acidentes ou contaminação. Durante as visitas para o

levantamento dos aspectos e dos impactos ambientais visualizou-se a existência de um depósito de reagentes e

resíduos sem nenhuma ventilação, produtos inflamáveis em condições indevidas, inexistência de extintor dentro e fora

do depósito. Esse depósito localiza-se no final do corredor do prédio 43.432, a porta de acesso do final deste corredor

é mantida fechada sempre como medida de segurança contra furtos, o que acentua, em caso de um acidente ou

incêndio, as dificuldades quanto à minimização deles.

Figura 10 .Imagem de escrementos de pombas e pomba morta no parapeito das

janelas do Prédio 43433 do Departamento de Botânica.

Fonte: Profa. Lilian Eggers

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107

Na contabilização das lâmpadas, foram encontradas 1076 lâmpadas de 32W (padrão UFRGS), e 330 lâmpadas

de 60W (fora do padrão UFRGS). Na avaliação do FMEA quanto à criterização das causas potenciais a causa

iluminação fora do padrão da UFRGS não teve relevância tanto pelo número baixo de lâmpadas de 60W existentes

quanto pela substituição que vem sendo realizada.

O número de monitores CRT é de 72 aparelhos e 14 são do modelo LCD. Sendo o gasto de um monitor CRT de

12,857kWh por mês de dias úteis e de um monitor LCD de 6kWh por mês, calculou-se quanto os 72 aparelhos de CRT

ligados 8 horas diárias consomem de recurso energético e qual seu custo econômico, depois fez-se o mesmo cálculo

supondo que esses monitores fossem de LCD. Abaixo está apresentado o cálculo:

Consumo total de 72 CRT = 12,857 kWh x 72 = 925,704 kWh mês

Consumo total x valor do kWh = R$ 402,50 mês

-

Consumo total de 72 LCD = 6 kWh x 72 = 432 kWh mês

Consumo total x valor do kWh = R$ 187,92 mês

=

Economia de R$ 214,58 mês

Se for feito o comparativo econômico da utilização dos monitores LCD conclui-se que há uma economia de

R$214,58 por mês neste departamento. Esse valor no acumulado de um ano representaria a economia de R$2.574,96.

Com base no Anexo 21, o valor de um aparelho de LCD é de R$599,00, com a economia de gastos de energia elétrica

na substituição, dá para comprar 4 monitores de LCD por mês.

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108

108

4.3.4 Resultados do Centro de Ecologia – Ceneco

O Centro de Ecologia ocupa dois prédios, o 43411 onde ocupa dois pavimentos, 1º e 2º andar, e o prédio

43422 ocupando um pavimento, 1º andar. Conforme os anexos 12, 13 e 14, estão apresentados em formato de

tabelas os índices e a criterização dada pela ferramenta FMEA, reunido-se os IRAs dos três pavimentos foram

realizadas as suas médias, assim conforme representação gráfica, aponta-se a ordem de importância das causas

potenciais.

A falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de manutenção do ar-condicionado aparecem neste

Centro como as causas potenciais com maior relevância. Em seguida percebe-se que o uso de papel branco clorado

como sendo o tipo predominante de uso do local com sua média de IRA em 2700. Iluminação fora do padrão da

UFRGS está classificada na avaliação do IRA como sendo a terceira causa potencial. Observou-se que todos os

extintores estão vencidos neste Centro, sendo que estes datam sua última recarga em 2001. Devido à característica

do local em utilizar grande quantidade de reagentes, é de suma importância a manutenção dos extintores como forma

de controle de possíveis acidentes.

Foram encontrados durante o trabalho prático alguns problemas muito específicos do local, que não foram

incluídos na avaliação do FMEA por não serem de abrangência de todos os envolvidos do Centro. Quanto à

localização do gerador de eletricidade, conforme relatos e observação, constatou-se que as salas 21, 22 e 23 estão

expostas a alto nível de ruído quando ligado esse equipamento. Por isso, essas salas permanecem com suas portas

sempre fechadas e nos dias de temperatura mais elevada necessitam estar com o ar condicionado sempre ligados.

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109

109

Ecologia

280

320

360

693

765

900

900

924

1120

1157

1600

2700

5000

5000

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Interruptores

Ruído do Ar-cond.

Iluminação prec.

Pombos

falta de lixeiras

Monitores CRT

Destiladores

Copos

Capelas lib.gas

Extintores

Ilum.fora padrão

Papel branco

Limp. Ar- cond

Manut. Ar-cond

CA

USA

S P

OTEN

CIA

IS

IRA

Figura 11. Representação gráfica dos IRAS no Centro de Ecologia. Fonte: Elaborado pela autora

Nas salas da Escola Técnica e nos gabinetes 109 e 107 percebeu-se um odor muito forte, tornando o ambiente

insalubre para um longo tempo de permanência. Possível causa do odor é um biotério na parte superior do prédio. Em

algumas salas (107, 103, 105 e 206), foi observado que existe forração em carpete. Esse tipo de forração torna-se um

problema para a questão alergias. Seria mais adequado, para garantir melhores condições de saúde, a sua

substituição por outro tipo de cobertura. Observou-se e também foi relatada pelas pessoas que trabalham no local a

existência de lâmpadas que não funcionam regularmente ou necessitam de algum tipo de adaptação manual para

funcionarem.

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110

110

Figura 12. Iluminação da sala da escola técnica, lâmpadas com mal funcionamento

Fonte: Fotografado pela autora

Na contabilização de lâmpadas, totalizaram-se neste Centro 714, todas da potência 60W, sendo classificadas

como fora do padrão da UFRGS. No esquema abaixo é possível concluir que a substituição das lâmpadas de 60W por

lâmpadas de 32W renderia uma economia de R$1.490,15 por mês, no final de 12 meses R$17.881,80 economizados.

Ct (60W) = cm x ql

Consumo total de 714 (60W) = 10,286 kWh x 714 = 7344,204 kWh

Consumo total x valor do kWh = 7344,204 x 0,435 = R$ 3193,25

-

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111

111

Ct (32W) = cm x ql

Consumo total de 714 = 5,486 kWh x 714 = 3917,004 kWh

Consumo total x valor do kWh = 3917,004 kWh x 0,435 = R$ 1703,11

=

Economia de = R$ 3193,25 - R$ 1703,11 = R$ 1490,15 mês

Em se tratando dos monitores do local estudado, do modelo CRT contou-se 77 aparelhos e 6 do modelo LCD.

Sabendo-se conforme cálculo desenvolvido neste trabalho que um monitor do modelo CRT consome 12,857kWh por

mês e que um monitor do modelo LCD consome 6kWh por mês, observando o cálculo do consumo dos monitores nos

seus diferentes modelos é possível gerar uma economia de R$229,68 por mês, sendo R$2.756,16 economizados no

final de um ano.

Consumo total de 77 CRT = 12,857 kWh x 77 = 989,989 kWh mês

Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 430,65 mês

-

Consumo total de 77 LCD = 6 kWh x 77= 462 kWh mês

Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 200,97 mês

=

Economia de R$ 229,68 mês

4.3.5 Resultados do departamento de Genética

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112

112

O departamento de Genética está disposto em 2 prédios, ocupando 4 pavimentos. Estão disponíveis nos

anexos 15, 16 e 17 as tabelas com a avaliação realizada pelo FMEA. Destes anexos foram retiradas às causas

potenciais e o IRA de cada uma das tabelas e depois realizada a média deles, o que resultou no gráfico explicativo

abaixo.

Na conclusão da média dos IRAs da avaliação feita pelo FMEA, a causa resíduos que são liberados na rede de

esgoto sem tratamento foi apresentada com sua média de IRA de 3800, este departamento conta com um grande

número de laboratórios. Mais precisamente pode-se falar que de acordo com relatos dos profissionais que trabalham

no local, os resíduos que são utilizados e posteriormente descartados basicamente são fenol-clorofórmio, ácido

acético+álcool, gel de brometo de etídio diluído. Falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e falta de manutenção

do ar-condicionado aparecem neste levantamento como segunda maior média dos IRAs. Em terceiro lugar apresenta-

se o uso de papel branco clorado e o armazenamento de resíduos químicos e drogas em local inadequado, podendo

causar acidentes ou contaminação, e está em quarto lugar em ordem das médias do IRA calculados o armazenamento

de todos os tipos de drogas, resíduos e reagentes manuseados neste departamento. As condições de armazenamento

disponíveis para eles são de ocupação de uma sala, onde são armazenados dentro de um grande armário. Esta sala

não possui ventilação e nenhum sistema de exaustão, o que exigiria máscaras de proteção das pessoas teriam acesso

ao local.

As lâmpadas encontradas contabilizam 485 do proposto padrão UFRGS (32W) e fora do padrão (60W)

encontrou-se 441 lâmpadas. Conhecendo-se que o consumo de uma lâmpada de 60W é de 10,286kWh, calculou-se o

consumo das 441 lâmpadas da potência 60W (fora do padrão UFRGS), para assim estipular-se a economia na

adaptação da iluminação padrão.

Ct (60W) = cm x ql

Consumo total de 441 (60W) = 10,286 kWh x 441 = 4536,126 kWh

Consumo total x valor do kWh = 4536,126 x 0,435 = R$ 1,972,31

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113

-

Ct (32W) = cm x ql

Consumo total de 441 = 5,486 kWh x 441 = 2419,326 kWh

Consumo total x valor do kWh =2419,326 kWh x 0,435 = R$ 1051,92

=

Economia de = R$1,972,31 - R$1051,92 = R$ 920,38 mês

Conforme é possível visualizar no cálculo de comparações de consumo pelas duas alternativas de lâmpadas, os

ganhos quanto ao fator economia são bastante consideráveis. E se forem contabilizados esses ganhos mensais no

final de 12 meses, a economia gerada é de R$11.044, 56, considerando como já mencionado nos outros

departamentos apenas a substituição das lâmpadas e desconsiderando o custo de reatores e calhas espelhadas.

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114

114

Genética

168

240

420

630

630

900

1080

1152

1200

1200

1280

1440

1440

2240

2700

3250

3250

3800

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Aparelhos.dif.pas.

Acesso ar-cond.

Carpetes

Carpetes

Tóxicos sem Epis

Destiladores

Copos plásticos

Capelas lib. Gás

Ilum.fora padrão

Monitores CRT

Pombos

Desc. Coleta seletiva

Lixo mist.coleta

Armaz. Resíduos

Papel branco

Limp. Ar- cond

Manutenção ar-cond

Res. Rede esgoto

CA

US

AS

PO

TE

NC

IAIS

IRA

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115

115

Figura 13. Representação gráfica das ordens dos IRAS na Genética. Fonte: Elaborado pela autora

Os monitores encontrados do modelo CRT foram 77 aparelhos e 9 unidades do modelo LCD. Foram realizados

os cálculos dos ganhos energéticos e econômicos da substituição do modelo CRT por LCD.

Consumo total de 77 CRT = 12,857 kWh x 77 = 989,989 kWh mês

Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 430,65 mês

-

Consumo total de 77 LCD = 6 kWh x 77= 462 kWh mês

Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 200,97 mês

=

Economia de R$ 229,68 mês

A economia obtida na substituição é de R$229,68 mensais, considerando-se apenas a substituição dos

aparelhos, não considerando o preço dos novos adquiridos. A economia no acumulado do ano é de R$2.756,16.

4.3.6 Resultados do departamento de Zoologia

O Departamento de Zoologia está concentrado em 2 pavimentos ocupando um prédio. Estão apresentadas nos

anexos 18 e 19 as tabelas de avaliação da ferramenta FMEA com os dados índices de criticidade. Neste

departamento, como pode-se observar na figura referenciada pela tabela(nº), as maiores causas potenciais

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116

encontradas de acordo com a avaliação do FMEA são a falta de limpeza dos filtros de ar condicionado8 que aqui

aparecem repetidamente por representar um grande impacto ambiental tanto na ordem de consumo de energia elétrica

quanto na importância de interferência das condições de salubridade. Em seguida tem-se o uso de papel branco

clorado com a sua média de IRA em 2700, representando a segunda maior causa potencial de risco ambiental. Quanto

a este fator uso de papel branco, é abundante o uso desse tipo de papel em todos os departamentos, o que foi

presenciado são ações pontuais de algumas pessoas que trabalham no local fazerem o aproveitamento máximo de

suas folhas, utilizando-se os versos das páginas ou como rascunho e posteriormente encaminha-las para reciclagem.

A falta de conhecimento das pessoas sobre a coleta seletiva é um fator muito relevante na avaliação de impactos

ambientais, pois ela representa uma etapa fundamental para se atingir o objetivo do processo.

8 A falta de limpeza nos filtros e dutos de ar refrigerado propicia o desenvolvimento de microrganismos - fungos, bactérias e leveduras - que

podem levar os ocupantes de ambientes climatizados a contraírem doenças respiratórias, infecciosas ou alérgicas. A portaria N.º 523, de agosto de 1998 se refere basicamente ao estabelecimento de uma rotina de procedimentos de limpeza em sistemas de refrigeração.

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117

Zoologia

600

720

900

1008

1152

1260

1440

2700

5000

5000

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Monitores CRT

Extintores

Destiladores

Lixo mist.coleta

Capelas lib.gas

Armaz.resíduos

Desc.coleta

Papel branco

Limp. Ar- cond

Manut. Ar-cond

CA

US

AS

PO

TE

NC

IAIS

IRA

Figura 14. Representação gráfica das ordens dos IRAS encontrados na Zoologia

Fonte: Elaborada pela autora Neste departamento foram encontradas 410 lâmpadas, sendo estas todas modelo 32W com calha espelhada

como objetiva o padrão da Instituição. Ao que se trata de uso de monitores dos computadores, encontrou-se 53

aparelhos do modelo CRT e 7 do modelo LCD. No cálculo a seguir foi realizado o cálculo do consumo de energia dos

monitores CRT e seu valor em reais/kWh. Observa-se que a economia resultante do uso da mesma quantidade de

monitores apenas no modelo LCD é de R$158,09 mensais. Esse valor considerado em um ano seria de R$1.897,80.

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118

Consumo total de 53 CRT = 12,857 kWh x 53 = 681,421 kWh mês

Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 296,42 mês

-

Consumo total de 53 LCD = 6 kWh x 53= 318 kWh mês

Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 138,33 mês

= Economia de R$ 158,09 mês

4.4 Conclusões sobre o Instituto de Biociências Para apresentar as causas potenciais de atividades mais impactantes do Instituto de Biociências, foram

reunidos os impactos que apontaram o IRA mais elevado de cada centro e departamento que o compõe. Com a

reunião dos IRAs mais relevantes, foi elaborada uma tabela de avaliação do FMEA para analisar cada uma dessas

atividades e assim para ser apontado qual o maior problema em relação a impactos encontrado neste Instituto. Foi

elaborada uma nova tabela de avaliação do FMEA após a reunião dos maiores impactos de todo o Instituto (ANEXO

20), feita assim uma nova criterização, levando em consideração a ordem de importância do impacto para todos os

centros e departamentos. A sintetização desta tabela do Anexo 20 está resumida no gráfico logo em seguida, onde

visivelmente é possível reconhecer os maiores impactos encontrados.

É possível concluir que a falta manutenção e de limpeza do filtro do ar-condicionado apresentam-se como os

maiores problemas deste Instituto, onde em 90% das tabelas de avaliação do FMEA este impacto elenca os maiores

IRAs e, como conseqüência, teve a maior importância quando avaliado no quadro geral. A causa iluminação fora do

padrão da Instituição foi criterizada na avaliação como sendo o consumo de energia elétrica o aspecto ambiental.

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119

Quanto ao impacto ambiental desta causa foi conseqüentemente condicionado o comprometimento dos recursos

naturais.

Armazenamento de reagentes químicos em local inadequado9, podendo causar acidentes ou contaminação

aparece como o segundo impacto dentre os com maior relevância quando criterizado pelo FMEA na tabela de

avaliação. Foram encontrados em todos os departamentos reagentes químicos armazenados em condições

inadequadas. Estão eles em locais não apropriados, como salas de outras atividades, no departamento de Zoologia foi

encontrado um depósito de resíduos em uma sala de coleções líquidas (animais dentro do álcool), sem nenhum

sistema de exaustão ou ventilação. Em alguns laboratórios foram encontrados frascos para deposição de resíduos

com etiquetas identificadoras em todos eles, mas então predominava o grande acúmulo de resíduos químicos de

muitos anos. No departamento de Botânica foram encontrados resíduos químicos que datam 12 anos de

armazenamento.

Um outro grande problema encontrado em quase todos os departamentos e que se classificou como a terceira

causa potencial foi a presença de pombos próximo às janelas e aos aparelhos de ar do ar-condicionado. O aspecto

ambiental desta causa potencial é classificado como salubridade e o impacto ambiental resulta no comprometimento

da saúde, como grandes causadores de problemas de ordem respiratória já descritos anteriormente, essa causa

compromete as boas condições de trabalho em alguns locais. Relatou-se em alguns departamentos, como por

exemplo, na Botânica, a impossibilidade de abrir janelas e ligar aparelhos de ar-condicionado como prevenção de

contrair doenças devido à quantidade de excremento desses animais.

9 Deverão ser armazenados nos laboratórios os resíduos de metais para recuperação e os resíduos passíveis de tratamento/destruição

(exceto solventes a recuperar). Frascos destinados a resíduos ácidos e básicos deverão ser armazenados em locais diferentes, para evitar confusões no momento do descarte. O mesmo deve ser feito para resíduos ácidos e orgânicos. NUNCA armazenar frascos de resíduos na capela.

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120

Resíduos químicos que são liberados na rede de esgoto10 sem tratamento obteviveram uma média de IRA de

3600, sendo assim disposto em quarto lugar na ordem das causas potenciais. Cabe ressaltar que essa causa potencial

tem maior ocorrência no departamento de Genética, de acordo com relatos das pessoas que ali trabalham. No anexo

15 é possível conhecer os valores obtidos na avaliação realizada sob essa questão, mais especificadamente do

departamento de Genética.

10 Descarte de resíduos químicos: Em geral, podem ser descartados diretamente na pia (após diluição-100x e sob água corrente) os compostos solúveis em água (pelo menos 0,1g ou 0,1ml/3 ml de água) e com baixa toxicidade. Para os orgânicos é preciso que também sejam facilmente biodegradáveis. Quantidade máxima recomendável: 100 g ou 100 ml, por ponto,por dia.

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121

121

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS

400

420

480

900

1008

1080

1200

1440

1440

2700

2880

3600

5000

5000

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Falta lixeiras

Armaz.de reagentes

Ilum.fora padrão

Destiladores

Gases capelas

Copos plásticos

Mnitores CRT

Separação incorre.

Extintores

Papel branco

Falta ventilação

Resíduos. Rede

Falta limpz. Ar-cond

Falta manut.ar-condC

AU

SA

S P

OT

EN

CIA

IS

IRA

Figura 15. Representação gráfica das ordens dos IRAs encontrados na avaliação do FMEA.

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122

Fonte: Elaborado pela autora Alguns ambientes como depósitos de reagentes e a biblioteca da botânica que não possuem ventilação

obtiveram um IRA de 2880 pontos. Essa causa potencial é significativamente classificada quanto à questão de falta de

controle de acidentes quando citado o fator depósito de reagentes químicos, por essa ser uma causa propícia de

oportunidade de acidentes. A salubridade é comprometida por esta causa se analisada pelo aspecto da falta de

ventilação nos ambientes das bibliotecas.

O uso de papel branco clorado é demonstrado logo a seguir da causa citada por obter um índice de IRA em

2700. O uso desse tipo de papel é comum em todos os departamentos estudados. Em alguns locais visitados foi

possível visualizar que as pessoas tentam reaproveitar ao máximo suas folhas e posteriormente encaminham para a

reciclagem.

A separação dos resíduos recicláveis e não recicláveis não está sendo feita de acordo com o programa proposto

pelo UFRGS. A NBR 14000/2004 que neste estudo foi apresentada por Naime (2004) cita como requisitos para atingir

o SGA a criação de metas e objetivos. No caso desta instituição o programa proposto para a coleta seletiva de todo o

campus faz parte de um de seus objetivos propostos dentro das metas de redução de impactos ambientais. Foram

encontrados problemas tanto de ordem educacional em relação à separação incorreta, pelos freqüentadores dos

ambientes, pessoas que trabalham nestes locais e principalmente pela falta de cooperação quanto ao recolhimento

separado dos resíduos que já estão dispostos nos sacos pretos e azuis.

Após a problemática da separação dos resíduos, o FMEA indicou em sua avaliação com um IRA em 1440

pontos a causa extintores vencidos ou inexistência deles. Em vários departamentos os extintores representam um

problema bastante relevante, como por exemplo, no centro de ecologia onde a última manutenção foi realizada no ano

de 2001. Esse fator contraria o requisito verificação, monitoramento e medição que faz parte de uma das etapas para o

SGA de acordo com Naime (2004).

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123

123

O uso de copos plásticos descartáveis e o uso de computadores com monitores CRT estão em todos os

departamentos como grandes causas potenciais de impactos ambientais. Em alguns locais presenciou-se o uso de

canecas de porcelana ao invés do uso de copos plásticos, mas essa predominância ocorreu apenas nos laboratórios e

em alguns gabinetes. Os monitores do modelo CRT estão por toda a parte, em alguns gabinetes já houve a

substituição por modelos LCD. Capelas de exaustão foram encontradas em todos os departamentos, com

particularidades de alguns locais onde elas não são utilizadas. O lançamento de gases diversos por esses tipos de

capelas caracterizou-se como uma causa potencial de impactos ambientais.

Em todos os departamentos foram encontrados destiladores, aparelhos que no seu processo de destilação

consome muita água potável, como já mencionado, para destilar 10 litros de água são necessários 210 litros de água

potável. Esse fator tem muita significância quanto ao aspecto comprometimento dos recursos naturais. A iluminação

fora do padrão da UFRGS foi avaliada também como uma causa potencial de impactos, pois esse tipo de iluminação

está presente em vários departamentos com exceção dos prédios mais novos e de algumas substituições que foram

feitas. A utilização da iluminação fora do padrão consome mais energia e dificulta o trabalho quanto à organização de

almoxarifado, pois não se torna possível fazer uma padronização no ato na compra.

4.4.1 Sugestão de plano de ações para o Instituto de Biociências

De acordo com apresentado acima, onde se sintetizou todos os maiores problemas encontrados no Instituto de

Biociências e reuniu-se os maiores IRAs de cada departamento que posteriormente foram dispostos em uma nova

tabela, assim foram elencados por uma nova ordem de criterização do FMEA os problemas mais relevantes deste

Instituto. De acordo com esses problemas mais relevantes foi criado um plano de ações que está representado no

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124

quadro abaixo, relacionando cada causa potencial com a sugestão de ação corretiva. Cabe salientar que todas as

sugestões que se referem à substituição de equipamentos deve ser realizadas somente com a necessidade de novas

compras ou devido a problemas com os equipamentos antigos evitando ou minimizando a geração de resíduos.

Causa Potencial de impacto ambiental encontrada no Instituto de Biociências

Sugestão para minimização de impactos

Falta de limpeza dos filtros de ar condicionado e sua manutenção

Criar um programa de limpeza e manutenção dos aparelhos, executado por equipe delegada.

Iluminação fora do Padrão da UFRGS Quando houver a necessidade de manutenção

trocar gradualmente o conjunto calhas e lâmpadas pelo modelo padrão.

Armazenamento de reagentes químicos em local inadequado

Identificá-los adequadamente com rótulos e dispó-los em local adequado para

posteriormente serem encaminhados à CGTRQ.

Utilização das capelas nos laboratórios, com liberação de gases

Adaptação de filtros nas capelas existentes e na compra de novas capelas essas serem de fluxo

laminar.

Extintores vencidos ou inexistência dos mesmos Criar um cronograma de acompanhamento da validade dos extintores e aquisição de novos

Lixeiras sem identificação ou falta de lixeiras

Criar um programa onde cada sala e laboratório controle a existência de duas lixeiras, tendo o seu lixo não recolhido pelos funcionários da

limpeza se misturado.As etiquetas de identificação são disponibilizadas.

Uso de monitores CRT Na compra de novos monitores optar pelo

modelo LCD.

Destiladores que no seu processo disperdiçam muita àgua

Implantação de um projeto para reutilização da àgua que é descartada para o processo de

refrigeração durante a destilação.

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125

125

Uso de papel branco clorado Criação de um programa de estímulos para

utilização de papel reciclado em todo o Instituto.

Utilização de copos plásticos descartáveis O ideal seria a utilização de copos de vidro ou canecas individuais.

Separação dos resíduos em recicláveis e não recicláveis

Fortalecer programas de educação e concientização quanto à separação correta dos

resíduos. Programa de acompanhamento do trabalho realizado pelos funcionários da limpeza

que são responsáveis pela coleta.

Liberação de resíduos químicos na rede de esgoto.

Criar um programa de visitas de uma comissão da CGTRQ aos laboratório, explicando os

corretos

Ambientes sem ventilação (depósitos de reagentes e bibliotecas)

Fazer uma análise dos possíveis melhoramentos, exaustores que possam ser

adaptados, ou circuladores de ar.

Quadro 4. Plano de ações para o I.B, UFRGS Fonte: Elaborada pela autora.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa teve por objetivo identificar os aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biociências como

atividade prévia para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental.

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A proposta surgiu como estudo de caso, mas também com o objetivo de ser modelo nas atividades precedentes

ao processo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental em empresas públicas, com ênfase nas que

desempenham atividades na ordem educacional. Tendo como papel principal no atendimento as necessidades de

ações emergenciais quanto à questão ambiental, as empresas públicas e instituições de ensino superior apareceram

no estudo bibliográfico realizado com atividades bem modestas nesta área. Ao que se refere ao local i objeto de

pesquisa, identificou-se grande interesse quanto ao atendimento dessas demandas de ações de cunho ambiental.

Com o estudo realizado por departamento, observou-se as causas potenciais dos possíveis impactos ambientais em

específico, apontando assim o foco dessas causas, o que facilitará o momento de solucionar os problemas a agilidade

do processo.

Esse estudo evidenciou com seus resultados a necessidade de trabalhos intensivos na área de sensibilização

ambiental de todos os envolvidos com as atividades desenvolvidas neste Instituto. Esses trabalhos exigem renovações

constantes de metodologia e adaptações quanto ao direcionamento de indivíduos que devem ser abordados. Como

um exemplo de ação merecedora de aplicações sensibilizadoras, pode-se citar a causa desconhecimento do programa

de coleta seletiva da UFRGS, e falta de colaboração no correto recolhimento do lixo pelo serviço da limpeza. Foram

encontrados problemas desta ordem também quanto ao tratamento que é dado aos resíduos químicos produzidos. Há

necessidade de uma equipe que coordene o encaminhamento dos resíduos químicos, e realize todo o trabalho de

instrução dos laboratoristas quanto à correta separação desses reagentes para tornar possível o tratamento de todos

os resíduos químicos gerados. Reforçar à equipe da CGTRQ para tornar esse trabalho realizável conforme a produção

da universidade.

As instituições de ensino superior têm como papel prioritário qualificar e sensibilizar, tanto em escala

educacional das salas de aula com seus educandos, quanto na responsabilidade da promoção de exemplo para a sua

sociedade, de métodos de trabalho que não agridam o meio ambiente. O envolvimento nestes métodos de correta

convivência com o ambiente natural, tanto da sociedade quanto de seus freqüentadores deve ser proporcionado pelas

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universidades. Através do levantamento de aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biociências observaram-se

causas potenciais de impactos ambientais de ordem estrutural como problemas de infiltração, rachaduras nos prédios.

De acordo com a importância do tema estudado, sugere-se a continuação de trabalhos nesta área,

principalmente quanto ao levantamento de alternativas práticas para a solução dos resíduos químicos e técnicas de

educação ambiental. A criação de mini-cursos abertos à professores, alunos e envolvidos nas atividades do local foi

sugerida em vários momentos nos relatos obtidos durante as visitas. Esses cursos abrangeriam a questão de resíduos

recicláveis e não recicláveise a reagentes químicos. Com esse trabalho espera-se que as ações tomadas no decorrer

do processo de implantação do SGA, utilizem os dados apresentados e que estes facilitem os futuros trabalhos. Após

a implantação do Sistema de Gestão Ambiental sugere-se fazer uma avaliação de desempenho ambiental, para avaliar

o quão bem foram implementadas as ações dentro da organização, e medir a forma que esse estudo contribuiu para

que fossem alcançadas as metas e os objetivos do SGA.

6 REFERÊNCIAS

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Anexo 1. Tabela de avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biofísica, 2° pavimento do prédio 43422, pela ferramenta FMEA.

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Anexo 1. Tabela de avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biofísica, 2° pavimento do prédio 43422, pela ferramenta FMEA.

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Anexo 2. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biofísica, 1° pavimento do prédio 43431, pela ferramenta FMEA.

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Anexo 3. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Biotecnologia, 1° pavimento do prédio 43421

.

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Anexo 4. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Biotecnologia, 2° pavimento do prédio 43421, pela

ferramenta FMEA.

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Anexo 5. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Biotecnologia, 2° pavimento e anexos do prédio

43431, pela ferramenta FMEA.

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Anexo 6. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 1° pavimento do prédio 43423

Aspecto Ambiental

Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 3

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 3

Substituição gradativa por monitores LCD.

5 600 14

Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao

consumo de energia.10 1200 9

Comprometimento dos recursos

naturais3

Uso de papel branco clorado.

10Alguns usuários utilizam os

dois lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5

Comprometimento dos recursos

hídricos3

O processo de destilação consome muita água

potável.10 Nenhuma. 10

Implantação de um projeto de reutilização da água.

3 900 12

Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.

3 432 15

Adaptar filtros nas capelas de exaustão.

7 1008 11

8Sala da biblioteca

totalmente sem ventilação.10 Nenhuma. 10

Instalar um ar-condicionado ou um exaustor.

9 7200 1

7Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 7000 2

7

Armazenamento de resíduos químicos em local

inadequado e sem exaustão, podendo causar

acidentes ou contaminação.

10Os resíduos são

depositados dentro de recipientes e rotulados.

9Armazenar os resíduos em um local adequado e destiná-los ao

tratamento adequado.2 1260 8

6 Extintores estão vencidos. 10Não são recarregados,

quando vencem.4

Recarga dos extintores sempre que necessário.

3 720 13

8Tubulação de gás, água e esgoto sem manutenção.

10 Manutenção remediativa. 4Organizar uma manutenção

preventiva da tubulação.7 2240 6

Mistura de resíduos 6Falta de conhecimento das

pessoas sobre a coleta seletiva.

10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.

4

Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite

as salas e por meio de correio eletrônico.

6 1440 7

Resíduos orgânicos 3Geração de grande

quantidade de resíduos orgânicos.

9Descarte junto ao restante

dos resíduos.7

Fazer uma composteira onde esses resíduos possam ser

colocados. 6 1134 10

Botânica - Prédio 43423 A - 1 º pavimento

2Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,

sem emissão de gases

Lançamento de gases diversos pelas capelas

Comprometimento da qualidade do ar

8 9

Uso de recursos naturais

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturaisUso de computadores com

monitores CRT.Nenhuma.10 4

Resíduos sólidos

3

SalubridadeComprometimento

da saúde

Qualidade do ar

SegurançaFalta de controle de

acidentes

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Anexo 7. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 2° pavimento do prédio 43423 A,

Aspecto Ambiental

Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 2

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 2

Substituição gradativa por monitores LCD.

5 600 17

Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao

consumo de energia.10 1200 11

Comprometimento dos recursos

naturais3

Uso de papel branco clorado.

10Alguns usuários utilizam os

dois lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 6

Comprometimento dos recursos

hídricos3

O processo de destilação consome muita água

potável.10 Nenhuma. 10

Implantação de um projeto de reutilização da água.

3 900 15

Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.

3 432 18

Adaptar filtros nas capelas de exaustão.

7 1008 14

7Algumas salas têm o piso

coberto por carpete.10 Limpeza periódica. 1 Trocar o piso. 9 630 16

7Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 7000 1

8

Presença de pombos próximo às janelas e aos aparelhos de ar do ar-

condicionado.

10 Nenhuma. 10Colocar uma rede que impeça a

passagem dos animais.5 4000 5

7

Armazenamento de reagentes químicos em

local sem ventilação e sem extintores, podendo causar

acidentes ou contaminação.

10 Nenhuma. 10Armazenar os reagentes em local

adequado.6 4200 4

6

Porta dos fundos do corredor sempre

chaveada, sala de reagentes próxima

10Acesso apenas pela porta da frente do pavimento.

4Fechadura com abertura livre por

dentro do prédio, em caso de acidentes sendo fácil o acesso.

10 2400 7

6 Falta de extintores. 10 Nenhuma. 4Aquisição e manutenção de

extintores.5 1200 11

8Tubulação de gás, água e esgoto sem manutenção.

10 Manutenção remediativa. 4Organizar uma manutenção

preventiva da tubulação.7 2240 8

Mistura de resíduos 5

Falta de cooperação na separação dos resíduos por parte do pessoal da

limpeza.

10

Já foi feito treinamento para que eles aprendam a fazer a correta separação

dos resíduos.

4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a

destinação correta.6 1200 11

Descontaminar e então descartar as luvas normalmente.

5 1800 9

Enviar as luvas para o CGTRQ. 5 1800 9

Estrutura do prédio

Possibilidade de comprometimento estrutural do prédio

6O prédio apresenta

rachauras.1 Nenhuma. 4

Solicitar um laudo técnico e a solução do problema.

10 240 19

SegurançaFalta de controle de

acidentes

Comprometimento da saúde

Salubridade

Lançamento de gases diversos pelas capelas

Comprometimento da qualidade do ar

8

Uso de recursos naturais

Poluição

Botânica - Prédio 43423 A - 2 º pavimento

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturais3

Uso de computadores com monitores CRT.

9

Nenhuma.10 4

Nenhuma. 4

2Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,

sem emissão de gases

Resíduos sólidos

Meterial contaminado

9 10Luvas com brometo são

descartadas junto ao resíduo normal.

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Anexo 8. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 1° pavimento do prédio 43432,

pela ferramenta FMEA.

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Anexo 9. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 2° pavimento do prédio 43432,

pela ferramenta FMEA.

Aspecto Ambiental

Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 2

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 2

Substituição gradativa por monitores LCD.

5 600 13

Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao

consumo de energia.10 1200 7

3O processo de destilação

consome muita água potável.

10 Nenhuma. 10Implantação de um projeto de

reutilização da água. 3 900 10

3Uso de papel branco

clorado.10

Alguns usuários utilizam os dois lados das folhas.

10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5

8Presença de pombos

próximo às salas.10 Nenhuma. 10

Colocar uma rede que impeça a passagem dos animais.

5 4000 4

8Piso dos auditórios coberto

por carpete.10 Limpeza periódica. 1

Substituir o carpete por outro tipo de piso.

9 720 11

7Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 7000 1

6Falta de conhecimento das

pessoas sobre a coleta seletiva.

10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.

4

Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite

as salas e por meio de correio eletrônico.

6 1440 6

5

Falta de cooperação na separação dos resíduos por parte do pessoal da

limpeza.

10

Já foi feito treinamento para que eles aprendam a fazer a correta separação

dos resíduos.

4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a

destinação correta.6 1200 7

SegurançaFalta de controle de

acidentes6 Extintores estão vencidos. 10 Nenhuma. 4

Recarga dos extintores sempre que necessário.

3 720 11

Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.

3 432 14

Adaptar filtros nas capelas de exaustão.

7 1008 99

Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros, sem emissão de gases.

2PoluiçãoComprometimento da qualidade do ar

8Lançamento de gases

diversos pelas capelas.

Botânica - Prédio 43432 - 2º pavimento

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturaisUso de computadores com

monitores CRT.Nenhuma.10 43

Uso de recursos naturais

Comprometimento dos recursos

naturais

Resíduos sólidos

Mistura de resíduos

SalubridadeComprometimento

da saúde

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Anexo 10. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 1° pavimento do prédio 43433,

pela ferramenta FMEA.

Aspecto Ambiental

Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 2

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 2

Substituição gradativa por monitores LCD.

5 600 10

Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao

consumo de energia.10 1200 7

Uso de recursos naturais

Comprometimento dos recursos

naturais3

Uso de papel branco clorado.

10Alguns usuários utilizam os

dois lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5

8Presença de pombos

próximo às salas.10 Nenhuma. 10

Colocar uma rede que impeça a passagem dos animais.

5 4000 4

7Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 7000 1

6Falta de conhecimento das

pessoas sobre a coleta seletiva.

10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.

4

Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite

as salas e por meio de correio eletrônico.

6 1440 6

5

Falta de cooperação na separação dos resíduos por parte do pessoal da

limpeza.

10

Já foi feito treinamento para que eles aprendam a fazer a correta separação

dos resíduos.

4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a

destinação correta.6 1200 7

SegurançaFalta de controle de

acidentes6 Extintores estão vencidos. 10

Não são recarregados, quando vencem.

4Recarga dos extintores sempre

que necessário.3 720 9

Botânica - Prédio 43433 - 1º pavimento

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturaisUso de computadores com

monitores CRT.Nenhuma.10 43

Comprometimento da saúde

Salubridade

Resíduos sólidos

Mistura de resíduos

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Anexo 11. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 2° pavimento do prédio 43433,

pela ferramenta FMEA.

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Anexo 12. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Ecologia, 1° pavimento do prédio 43411

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Anexo 13. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Ecologia, 2° pavimento do prédio 43411, pela

ferramenta FMEA.

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Anexo 14. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Ecologia, 1° pavimento do prédio 43422, pela

ferramenta FMEA.

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Anexo 15. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Genética, 1° pavimento do prédio 43323,

pela ferramenta FMEA.

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Anexo 16. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Genética, 1° pavimento do prédio 43323

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 2

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 2

Substituição gradativa por monitores LCD.

5 600 11

Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao

consumo de energia.10 1200 6

3Uso excessivo de água por

destiladores.10 Nenhuma. 10

Usar a água do destilador ao invés de desperdiçá-la.

3 900 9

3Uso de papel branco

clorado.10

Alguns usuários utilizam os dois lados das folhas.

10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5

Resíduos sólidos

Geração de resíduos sólidos

6Uso de copos plásticos

descartáveis.9

São colocados junto aos resíduos recicláveis.

2Conscientizar os usuários para

que sejam utilizadas canecas ao invés de copos plásticos.

10 1080 7

7A maioria das salas tem

piso coberto por carpete.10

Limpeza periódica (duas vezes por semana).

1 Trocar de piso. 9 630 10

7Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 7000 1

Comprometimento da qualidade da

água.7

Descarte e estocagem de resíduos químicos.

10 Nenhuma. 10Mandar os resíduos para o

CGTRQ.6 4200 4

Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.

3 432 12

Adaptar filtros nas capelas de exaustão.

7 1008 8

Alguns já são do modelo de monitores LCD.

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturais

3Uso de computadores com

monitores CRT.

Aspecto Ambiental

Impacto Ambiental Ação RecomendadaO Forma Atual de Controle

Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,

sem emissão de gases

Lançamento de gases diversos pelas capelas.

9

Genética - sn - 1º pavimento

OrdemG Causa Potencial F IRA D

410

Comprometimento dos recursos

naturais

Poluição

Comprometimento da qualidade do ar

8

Uso de recursos naturais

Comprometimento da saúde

Salubridade

2

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Anexo 17. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Genética, 1° pavimento do prédio 43323

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 2

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 2

Substituição gradativa por monitores LCD.

5 600 13

Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao

consumo de energia.10 1200 7

3Uso excessivo de água por

destiladores.10 Nenhuma. 10

Usar a água do destilador ao invés de desperdiçá-la.

3 900 11

3Uso de papel branco

clorado.10

Alguns usuários utilizam os dois lados das folhas.

10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5

Resíduos sólidos

Geração de resíduos sólidos

6Uso de copos plásticos

descartáveis.9

São colocados junto aos resíduos recicláveis.

2Conscientizar os usuários para

que sejam utilizadas canecas ao invés de copos plásticos.

10 1080 8

7Manuseio de produtos

tóxicos sem EPIS.10 Nenhuma. 1

Fornecimento de EPIs para toda atividade.

9 630 12

7Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 7000 1

Comprometimento da qualidade da

água.7

Descarte e estocagem de resíduos químicos inadequadamente.

10 Nenhuma. 10Mandar os resíduos para o

CGTRQ.6 4200 4

Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.

3 432 14

Adaptar filtros nas capelas de exaustão.

7 1008 10

6O lixo é misturado no

momento da coleta pelas pessoas da limpeza

10 Nenhuma. 4

Fazer com que a faxineira recolha separadamente o lixo, devidamente identificado na

lixeira.

6 1440 6

9Mistura de resíduos secos, orgânicos e biomédicos de

certos laboratórios.10 Nenhuma. 2

Separar o lixo nesses laboratórios e destinar de acordo com seu

potencial poluidor.6 1080 8

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturais

3Uso de computadores com

monitores CRT.

Ação RecomendadaO Forma Atual de Controle

Alguns já são do modelo de monitores LCD.

Resíduos sólidos

Genética - sn - 2º pavimento

OrdemG Causa Potencial F IRA D Aspecto

AmbientalImpacto Ambiental

Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,

sem emissão de gases

Lançamento de gases diversos pelas capelas

9

Mistura de resíduos sólidos

410

Comprometimento dos recursos

naturais

Poluição

Comprometimento da qualidade do ar

8

Uso de recursos naturais

Comprometimento da saúde

Salubridade

2

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Tabela 18. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Zoologia 1° pavimento pela

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Anexo 19. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Zoologia, 2° pavimento pela ferramenta

FMEA.

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10 Não é feita limpeza do filtro. 10

Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 1

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Não é feita manutenção. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 1

5Uso de computadores com

monitores CRT10 Nenhuma. 4

Substituição por monitores LCD

3 600 10

6Falta de conhecimento das

pessoas sobre a coleta seletiva.

10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.

4

Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite as salas e por meio de

correio eletrônico.

6 1440 5

4Falta de apoio para a

coleta seletiva por parte do pessoal da limpeza.

9Algumas pessoas levam o

resíduo reciclável para outro ponto de coleta.

4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a

destinação correta.7 1008 7

SalubridadeComprometimento

da saúde5

Falta de limpeza do filtro do ar-condicionado.

10 Não é feita limpeza do filtro. 10Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 1

6Alguns extintores estão

vencidos.10

Apenas os extintores do corredor estão dentro do

prazo de validade.4

Monitoramento freqüente dos vencimentos e recargas

necessárias.3 720 9

7

Armazenamento de resíduos químicos em local

inadequado sem ventilação, podendo causar acidentes ou

contaminação.

10

Os resíduos são depositados dentro de recipientes e alguns

rotulados.

9

Armazenar os resíduos em um local adequado, rotulá-los e destiná-los ao tratamento

adequado.

2 1260 6

Comprometimento dos recursos

hídricos3

O processo de destilação consome muita água

potável.10 Nenhuma. 10

Implantação de um projeto de reutilização da água.

3 900 8

Comprometimento dos recursos

naturais3

Uso de papel branco clorado.

10 Nenhuma. 10 Passar a utilizar papel

reciclado.9 2700 4

SegurançaFalta de controle de

acidentes

Ação RecomendadaAspecto

AmbientalImpacto Ambiental

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturais

Forma Atual de Controle D

Geração de resíduos Resíduos sólidos

Uso de recursos naturais

Zoologia prédio 43435 2° pavimento

OrdemG Causa Potencial F IRAO

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Anexo 20. Instituto de Biociência.

Aspecto Ambiental

Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem

4Iluminação fora do padrão

da UFRGS.10

Alguns prédios adaptaram a iluminação padrão.

4Adaptar a iluminação ao padrão

gradativamente.3 480 17

5Falta de limpeza do filtro

do ar-condicionado.10

Em algumas salas é feita limpeza pelos usuários.

10Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.

10 5000 1

5Falta de manutenção do ar-

condicionado.10 Nenhuma. 10

Sistematizar a manutenção preventiva.

10 5000 1

Substituição gradativa por monitores LCD.

5 600 16

Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao

consumo de energia.10 1200 12

Comprometimento dos recursos

hídricos3

O processo de destilação consome muita água

potável.10 Nenhuma. 10

Implantação de um projeto de reutilização da água.

3 900 15

Comprometimento dos recursos

naturais3

Uso de papel branco clorado.

10Alguns usuários utilizam os dois

lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 7

4Falta de lixeiras nos

ambientes.10

Normalmente existe apenas uma lixeira por sala.

1Disponibilizar duas lixeiras por ambiente com identificação da

coleta seletiva.10 400 19

6

A separação dos resíduos não está sendo feita de acordo com o proposto

pela UFRGS.

10Algumas pessoas separam os

resíduos adequadamente.4

Conscientizar os usuários e os funcionários da limpeza sobre a importância da coleta seletiva.

6 1440 9

6Uso de copos plásticos

descartáveis.9

São colocados junto aos resíduos recicláveis.

2Conscientizar os usuários para

que sejam utilizadas canecas ao invés de copos plásticos.

10 1080 13

8

Presença de pombos próximo às janelas e aos aparelhos de ar do ar-

condicionado.

10Alguns prédis já instalaram

redes.10

Colocar redes que impeçam a passagem dos animais.

5 4000 4

8

Alguns ambientes como depósitos e a biblioteca da

botânica não possuem ventilação.

10 Nenhuma. 4Instalar aparelhos de ar-

condicionado ou exaustores nestes locais.

9 2880 6

Treinamento para os envolvidos com as atividades estarem aptos a fazer a correta disposição dos

resíduos químicos.

2 1800 8

Coletar e enviar os resíduos devidamente separados para o

CGTRQ.4 3600 5

Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.

3 432 18

Adaptar filtros nas capelas de exaustão.

7 1008 14

Cada departamento deve sistematizar um plano de recarga

e manutenção dos extintores.3 1440 9

Instalar extintores onde há falta. 3 1440 9

7

Armazenamento de reagentes químicos em

local inadequado, podendo causar acidentes ou

contaminação.

10Alguns laboratórios armazenam

e enviam os resíduos para o CGTRQ.

10Armazenar os reagentes em local

adequado e enviá-los para tratamento no CGTRQ.

6 4200 3

Instituto de Biociências

10Resíduos químicos são

liberados ne rede de esgoto sem tratamento.

10Alguns resíduos são dissolvidos

para diminuir o impacto.

Resíduos sólidos

Geração de resíduos sólidos

9

Uso de recursos naturais

Consumo de energia elétrica

Comprometimento dos recursos

naturais

4Alguns já são do modelo de

monitores LCD.10

Uso de computadores com monitores CRT.

3

Em alguns prédios já está sendo providenciada a troca.

10 8Extintores vencidos ou

inexistência dos mesmos.

2Algumas capelas são de fluxo

laminar, com filtros, sem emissão de gases.

Lançamento de gases diversos pelas capelas.

9

6

SalubridadeComprometimento

da saúde

Falta de controle de acidentes

Segurança

Poluição

Comprometimento dos recursos

hídricos

8Comprometimento da qualidade do ar

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Anexo 21 – Folder desenvolvido pelo Sistema de Gestão Ambiental

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Anexo 22.Redes para solução da presença das pombas nos arredores dos prédios.

Fonte: Fotografada pela autora. Instituto de Informática