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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
PÓLO EM ERECHIM
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MEIO AMBIENTE
DANIELLE PAULA MARTINS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO:
ESTUDO DOS ASPECTOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PARA A
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM
EMPRESAS PÚBLICAS O CASO DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS,
UFRGS, RS.
PORTO ALEGRE
2007
M386r Martins, Danielle Paula
Relatório de Estágio Curricular Supervisionado: Estudo dos
Aspectos e Impactos Ambientais para a Implantação do Sistema de
Gestão Ambiental em Empresas Públicas o Caso do Instituto de
Biociências, UFRGS, RS. / Danielle Paula Martins. – Erechim, 2007.
108 f.
Estágio Curricular Supervisionado (Tecnólogo) – Universidade
Estadual do Rio Grande do Sul, Tecnologia em Meio Ambiente, Pólo em
Erechim, 2007.
Orientadora: Profa. Me. Rosane Menna Barreto Peluso.
1. Aspectos e Impactos Ambientais. 2. Ciências da Vida e do Meio
Ambiente – Estágio Curricular Supervisionado. I. Peluso, Rosane
Menna Barreto. II. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul,
Tecnologia em Meio Ambiente, Pólo em Erechim. III. Título.
DANIELLE PAULA MARTINS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO:
ESTUDO DOS ASPECTOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PARA A
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM EMPRESAS
PÚBLICAS O CASO DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, UFRGS, RS.
Relatório de Estágio Curricular Supervisionado
apresentado como requisito parcial para a obtenção
do título de tecnólogo em Meio Ambiente, na
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.
Me. Rosane Menna Barreto Peluso
Orientadora
Porto Alegre 2007
DANIELLE PAULA MARTINS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
ESTUDO DOS ASPECTOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PARA A
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM EMPRESAS
PÚBLICAS: CASO DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, UFRGS, RS.
Relatório de estágio curricular supervisionado
aprovado como requisito parcial para obtenção do
título de tecnólogo ambiental, na Universidade
Estadual do Rio Grande do Sul.
Aprovada em :..../...../.....
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Antônio Batista Pereira
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Prof. Ms Rosane Menna Barreto Peluso
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Prof. Dra. Silvia Santin Bordin
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
AGRADECIMENTOS
Foram muitas as pessoas que me acompanharam durante o processo de
realização deste estágio. Meu agradecimento a todos em especial:
Meus queridos pais Gilberto Martins e Janete Martins pelo apoio em realizar
esse estágio e suas participações durante toda a graduação e a minha irmã Gisa
com carinho.
A Profa. Teresinha Guerra pela oportunidade do estágio e pela orientação de
forma muito dedicada e amiga. Aos colegas Gulherme Gastal e Lucas Boeira que
trabalharam comigo neste levantamento.
A Lídia Kehl, Rubem Kehl, Pricila Kehl e Carol Kehl por ter aberto as portas
de sua casa para mim, me proporcionando um segundo lar durante o período deste
trabalho. E a Caroline Kehl, minha prima que foi a responsável pela correção de
português. Todo o meu carinho para vocês.
Ao meu namorado Giovani Tonel pela ajuda nos gráficos, formatação e no
abstract, pelo seu apoio, paciência, amor e compreensão em todos os momentos.
Agradeço à Professora Rosane Menna Peluso pelos seus ensinamentos e
profissionalismo na orientação deste estágio.
“Em algum momento a humanidade pode se dar ao luxo de extrair, produzir e consumir sem se preocupar com a concorrência e o desperdício. Os recursos naturais pareciam inesgotáveis e os mercados, impermeáveis. Este processo, porém mudou irreversivelmente, transformando o progresso quase forçado em uma evolução caótica. A natureza, que assimilava sem traumas as necessidades de um desenvolvimento controlado, hoje se mostra totalmente vulnerável às mega agressões de uma população que, neste impreciso período, dobrou, triplicou e logo vai quadruplicar. Agora, ante a total impossibilidade de deter a progresso, só nos resta a alternativa de domá-lo, controlá-lo, adequá-lo, enfim, a sua mais inerente finalidade: o bem estar do ser humano.(...) Preservar o meio ambiente não é mais um modismo de minorias, mas uma necessidade universal para a preservação de nossa espécie.(...)”(VALLE, 1996,p.1).
RESUMO
O presente trabalho apresenta um estudo de Aspectos e de Impactos Ambientais do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no período de setembro, outubro e novembro de 2007, como atividade prévia para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental. A metodologia utilizada neste estudo de caso, que fora aplicada em uma Instituição de Ensino Superior, tem por objetivo também ser modelo para empresas públicas em processo de implantação de Gestão Ambiental. Dentro dos procedimentos para atingir este objetivo, primeiramente foram efetuadas pesquisas na bibliografia disponível quanto à identificação de aspectos e de impactos ambientais. Com o estudo teórico adquirido, foi realizado o levantamento dos aspectos e dos impactos ambientais através de visitas em cada sala, laboratório e gabinete dos prédios que compõem este Instituto, observando e identificando impactos potenciais. Como forma mais adequada de sistematizar o levantamento e de quantificar e qualificar os dados encontrados, foi utilizada a ferramenta FMEA (Failure Mode and Effects Analysis - Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos) devido à criterização que ela disponibiliza quanto à avaliação dos impactos encontrados no estudo. A classificação desses impactos é apresentada por quatro índices de criticidade disponibilizados pelo FMEA, no qual os impactos são avaliados quanto à Gravidade, à Ocorrência da Causa, ao Grau de Detecção e à
Facilidade de implantação da Ação Recomendada. Com a aplicação da ferramenta FMEA, foram apontadas as atividades com maiores impactos ambientais. Na etapa seguinte do trabalho, foi realizada a elaboração de um plano de ações que servirá como fonte de dados para a futura implantação de um Sistema de Gestão Ambiental nesta instituição.Nos resultados obtidos, foi possível identificar alguns problemas de ordem educacional, com necessidade de trabalhos intensivos de educação ambiental quanto à correta separação de lixo e à sua destinação e ao tratamento adequado de resíduos químicos. Alguns problemas de ordem física dos prédios também foram encontrados, como necessidades de reparos e melhorias estruturais, e manutenção de equipamentos e/ou substituição de lâmpadas como alternativa de diminuir os gastos com recursos energéticos (energia elétrica), e melhorar as condições de trabalho nos ambientes.
Palavras chaves: Aspectos e Impactos Ambientais; SGA, FMEA.
ABSTRACT
The present work presents a study of Environmental Aspects and Impacts on Bioscience Institute at Federal University of Rio Grande do Sul as previous activity for implementation of an Environmental Management System. Also, the methodology used in this case study (in a Higher-Education Institution) aims to be a model for public companies that are in implementation stage of Environmental Management. Among the procedures to achieve this goal, firstly searches were made in the available literature about identification of environmental aspects and impacts. With the previously knowledge acquired was accomplished a review about the environmental aspects and impacts through visits accomplished in each room, laboratory and cabinets at the buildings that compose this Institute, observing and identifying potential impacts. Like the most suitable or appropriated form to systematize the review, quantify and qualify the found data was used the methodology called FMEA, that stand for Failure Mode and Effects Analysis, due the criteria that it provides the evaluation of the impacts results obtained in this work. The classification of theses impacts is presented by four criticality indexes (or indices) provided by FMEA, where impacts are evaluated for the Gravity (Severity), (Cause) Occurrence, Detection (Degree or rate) and Easiness Detection of the Recommended Action. By the application of the FMEA tool there were identified the activities with the most environmental impacts. In the following stage of this work was accomplished an elaboration of a plan of actions that will be a data source for a future Environmental Management System implementation in the same Institution. By the obtained results, it was possible to identify some problems of the educational order, that require intensive works in education environmental area in respect to the correct waste separation and its destination and the appropriate treatment of chemical residues. Some problems of physical order in regard to the buildings were also found, as needs of repairs and structural improvements, and equipments maintenance or substitution of lamps as an alternative to reduce costs with energy resource (electric energy), and improve the conditions of work environments.
Key Words: Aspects and Impacts Environmental, SGA, FMEA.
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Motivações para a proteção ambiental nas empresas e
organizações.........................................................................................21
Figura 2: Processo de implantação do SGA com todos os itens necessários.....23
Figura 3: Campus do Vale, UFRGS – RS............................................................47
Figura 4: Instituto de Biociências, UFRGS – RS..................................................47
Figura 5: Estrutura da Comissão de SGA da UFRGS.........................................52
Figura 6: Representação gráfica das ordens dos IRAS do depto de
Biofísica.................................................................................................56
Figura 7: Representação gráfica das ordens dos IRAs no Centro de
Biotecnologia ........................................................................................59
Figura 8: Depósito de reagentes e resíduos no Centro de Biotecnologia............60
Figura 9: Representação gráfica das ordens dos IRAS no Depto de
Botânica................................................................................................63
Figura 10: Imagem de escrementos de pombas e pomba morta no parapeito
das janelas do Prédio 43433 do Depto de Botânica.............................64
Figura 11: Representação gráfica das ordens dos IRAS no Centro
de Ecologia ..........................................................................................66
Figura 12: Iluminação da sala da escola técnica, lâmpadas com mal
funcionamento.......................................................................................67
Figura 13: Representação gráfica das ordens dos IRAS encontrados na
Genética ...............................................................................................70
Figura 14: Representação gráfica das ordens dos IRAS na Zoologia ..................72
10
Figura 15: Representação gráfica das ordens dos IRAs encontrados na
avaliação do FMEA...............................................................................75
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. NBR – ISO 14000 e suas áreas
abrangentes............................................38
Tabela 2. Diretrizes para classificar o índice de gravidade do
Impacto.....................43
Tabela 3. Diretrizes para classificar o índice de ocorrência da
causa.......................43
Tabela 4. Diretrizes para classificar o grau de
detecção...........................................44
Tabela 5. Diretrizes para classificar a facilidade de implantação da ação
Recomendada...........................................................................................44
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 14
2.1 Relação entre homem, suas organizações e natureza.............................. 14
2.2 Gestão e sistemas de gestão ambiental..................................................... 17
2.2.1 Estímulos para a implantação de sga em empresas......................... 20
2.3 Etapas para desenvolver um sistema de gestão ambiental........................ 22
2.3.1 Aspectos, impactos e riscos ambientais............................................ 30
2.3.2 Gestão ambiental em instituições de ensino superior....................... 33
2.3.3 Histórico ambiental das instituições de ensino superior................... 33
2.4 Failuri Mode and Effects Analysis – FMEA…………………………………. 35
2.5 Empresas, Meio Ambiente e Legislação.................................................... 36
3 METODOLOGIA.............................................................................................. 40
3.1 Ferramenta FMEA...................................................................................... 42
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................... 46
4.1 Histórico do local estudado......................................................................... 46
4.2 Gestão Ambiental na UFRGS..................................................................... 51
4.3 Resultados de cada departamento que compõe o IBde Biociências.......... 54
13
4.3.1 Resultados do Departamento de Biofísica......................................... 55
4.3.2 Resultados do Centro de Biotecnologia............................................ 58
4.3.3 Resultados do Departamento de Botânica........................................ 62
4.3.4 Resultados do Centro de Ecologia..................................................... 65
4.3.5 Resultados do Departamento de Genética........................................ 68
4.3.6 Resultados do Departamento de Zoologia......................................... 71
4.4 Conclusões sobre o Instituto de Biociências............................................... 76
4.5 Sugestão de plano de ações para o IB....................................................... 77
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 78
6 REFERÊNCIAS................................................................................................ 81
ANEXOS........................................................................................................... 85
14
1 INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, a evolução da consciência ambiental vem criando e
aprimorando as práticas de gestão ambiental. Em tempos de profundas
preocupações com o meio ambiente, organizações de diferentes setores estão
deixando de agir de forma reativa para agir de forma pró-ativa em relação às
questões ambientais. Diante das responsabilidades globais que cada ser possui
sobre as conseqüências de suas ações, aqui como foco as suas ações ambientais,
as organizações das mais diversas áreas têm a principal responsabilidade em
organizar-se e adotar medidas de enquadramento ambiental. Como alternativa
básica, faz-se necessário que os setores públicos e privados planejem e
apresentem Sistemas de Gestão Ambiental. Atendendo a esta necessidade, é
fundamental o envolvimento de profissionais das mais diversas áreas do
conhecimento, principalmente ambiental, na elaboração desses sistemas, para o
correto desenvolvimento da política ambiental nas organizações.
Este trabalho realizou o levantamento de aspectos e impactos ambientais do
Instituto de Biociências/UFRGS1 situado no Campus do Vale, Bairro Agronomia,
Porto Alegre-RS durante o período de setembro, outubro e novembro de 2007.
Fazem parte desse Instituto: Centro de Ecologia, Departamentos de Zoologia,
Departamentos de Botânica, Departamento de Genética, Departamento de
Biofísica e Centro de Biotecnologia. O processo de implantação do Sistema de
Gestão Ambiental em uma empresa ou organização exige uma série de
procedimentos preliminares.
1 UFRGS é sigla de Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
15
Entre eles, o levantamento de aspectos e impactos ambientais é
considerado o mais importante, pois a partir da correta identificação deles é que se
proporciona uma das maiores condições para atingir o sucesso neste processo.
Para avaliar, classificar e apontar impactos deste instituto, foi utilizada à ferramenta
FMEA (Failure Mode and Effects Analysis – Análise dos Modos de Falha e seus
Efeitos). A escolha do FMEA como instrumento de trabalho foi feita em função da
particularidade que possui de ótima avaliação dos impactos que são mencionados.
Esse método foi projetado inicialmente para estudar as falhas em potencial de
produtos da indústria aeronáutica, e mostra-se uma metodologia muito eficaz para
a realização de análise de risco ambiental, possuindo notável eficiência na
identificação e diagnóstico de problemas ambientais (ANDRADE, 2000).
Para alcançar com êxito o objetivo central do trabalho, cumpriram-se
algumas etapas específicas. Primeiramente buscou-se nas referências
bibliográficas disponíveis, tanto brasileira quanto internacional, formas de identificar
e qualificar os aspectos e impactos ambientais em um pré-processo de
implantação de SGA. Utilizou-se a ferramenta FMEA como instrumento de
priorização na avaliação de impactos ambientais (UNGARETTI et al, 2007). Então,
com os resultados apontados pelo FMEA, elaborou-se um plano de ações como
forma sugestiva de minimização dos maiores problemas. De acordo com a
composição do Instituto, que é formado por seis centros e departamentos,
totalizando 10 prédios, foi feito o levantamento de aspectos e impactos e, após
essa etapa, foram criadas tabelas no formato FMEA para cada um dos
departamentos, apontando seus impactos particulares. Em seguida ao
levantamento realizado em todos os locais, foram apresentados os impactos com
maior relevância ambiental de cada departamento, de acordo com os valores da
avaliação da ferramenta. Para apresentar os aspectos e os impactos ambientais do
Instituto de Biociências, serão reunidos os impactos que obtiveram maior valor
indicado pela ferramenta, em cada um dos departamentos e centros que formam
este instituto.
Com os resultados obtidos em todo o processo de levantamento de
aspectos e de impactos ambientais do Instituto de Biociências, foi elaborado um
plano de ações com medidas pontuais, que posteriormente será o instrumento
utilizado para a elaboração do Sistema de Gestão Ambiental pela Universidade.
16
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Relações entre o Homem, suas Organizações e a Natureza.
A cultura de uma sociedade produtora, consumidora e despreocupada com
o meio ambiente esbarra com o desafio de encontrar alternativas para garantir o
atendimento às necessidades globais em uma dimensão ambiental. A dinâmica
atual de interação com o ambiente natural, preservando-o, recuperando os danos
já causados e minimizando eventuais impactos inevitáveis, cria a necessidades de
novas formas de gerir as atividades humanas, e as organizações públicas são
responsáveis por apresentar modelos bem sucedidos, eficazes, dessas interações
(SANTOS, 1997).
A discussão que se faz hoje introduz a necessidade de repensar essa
Sociedade da qual descreve Santos (1997) , primeiramente associando à Natureza
os mesmos cuidados e preocupações que se tem com a preservação de boas
condições para a via humana. Deve-se assumir uma nova visão de mundo, que
deverá ser sistêmico e organicista, onde a integração ser humano com o meio
ambiente seja gerenciada de forma a ser uma inter-relação (CAPRA, 1982).
No começo dos tempos históricos, cada grupo humano construía seu
espaço de vida com as técnicas que inventava para tirar do seu pedaço de
natureza os elementos indispensáveis à sua própria sobrevivência. Organizando a
produção, organizava-se a vida social e organizava-se também o espaço, na
medida de suas próprias forças, necessidades e desejos. A cada constelação de
17
recursos correspondia um modelo particular. Pouco a pouco esse esquema se foi
desfazendo: as necessidades de comércio na coletividade introduziam nexos
novos e também desejos e necessidades, e a organização da sociedade e do
espaço tinham de se fazer segundo parâmetros estranhos às necessidades íntimas
do grupo (SANTOS, 1997).
A sociedade atual funciona mediante fluxos lineares: para extrair recursos de
que precisam a sociedade, os sistemas produtivos se valem da natureza, para a
qual se paga muito pouco do que lhe é extraído, transformado e consumido. Essa
sociedade não funciona ciclicamente, mas linearmente, porque em seus processos
não recicla, não reintroduz no ciclo ecossistêmico os seus resíduos
(RIBEIRO,2005).
Essa sociedade, que foi discutida e criticada por Santos, e que Capra e
Ribeiro nos parágrafos anteriores também mencionam, ganha um reforço com
Medeiros ,Suertegray ,Daudt (1993), que propõe como ação para este estilo de
sociedade uma revisão de conceitos unida ao trabalho com a interdisciplinaridade.
Em âmbito da analise ambiental, é importante frisar o valor de uma nova postura,
que conjugue Natureza e Sociedade nas avaliações ambientais, que supere
objetivos específicos e parta para a resolução de questões mais globais, o que
significa trabalhar interdisciplinarmente, que é não só soma de conhecimento
específico, mas também construção coletiva de um novo objetivo.
O rápido crescimento industrial dos dois últimos séculos tem melhorado o
padrão de vida do ser humano, entretanto esse crescimento, frequentemente, tem
determinado elevados custos ambientais. A partir da tomada de consciência
desses problemas, as discussões sobre o tema ambiental têm evoluído muito. As
relações sociedade - empresa - entidade - natureza, passaram a ser analisadas de
forma menos localizada e mais globalizada, com as devidas responsabilidades.
Isso levou a um posicionamento mais crítico, que tem determinado o surgimento de
novas alternativas de relacionamento da sociedade contemporânea com seu
ambiente, com o intuito de reduzir os impactos que ela produz sobre o meio que a
cerca (BELLEN, 2005).
Quando se busca um histórico dessa mudança na sociedade, como explana
Bellen (2005), encontra-se na década de 1980 a ampliação da conscientização de
que os danos ambientais poderiam ser reduzidos através da administração
18
ecologicamente correta e que os custos de limpeza desses danos eram mais caros
que a eco-adminstração, altamente estimulada por vertentes político-sociais da
época. Independente de sua motivação, do senso de responsabilidade ecológica,
das exigências legais, da proteção dos interesses da empresa, da imagem, da
proteção dos funcionários, da pressão do mercado e da qualidade de vida ou do
lucro, as organizações passaram a investir no futuro através de ações de
preservação e manutenção ambientais (CALLENBACH et al., 1993).
Mas em se tratando da atual realidade ambiental, do histórico de agressões
e da falta de comprometimento de que se tem registro, percebe-se que empresas
do setor de prestação de serviços têm participado de uma forma bem modesta
ambientalmente. Mas com o crescimento do setor, ele deverá conhecer seus
impactos ambientais e suas responsabilidades e resolvê-los como parte dos
problemas ambientais da sociedade. Por este motivo, entidades devem se
reestruturar para assumir a responsabilidade pela criação de sistemas voltados à
preservação de recursos, criando alternativas para um sistema ambiental integrado
voltado à renovação do atual modelo de desenvolvimento. Essa busca pelo
reestruturar-se e por verter soluções faz com que gestores adotem ferramentas
que auxiliem e sirvam de modelo em todo o mundo, citando formas de agir pró-
ativamente em relação às questões relacionadas à gestão de seu serviço e de
seus resíduos e conseqüentes recursos naturais (RIBEIRO,2005).
Barbieri (2004) apresenta três abordagens que as organizações podem
adotar referentes a sistematizar na prática seus compromissos com uma gestão
ambiental, variando de acordo com sua consciência, com o tipo de impacto que
produz ao meio ambiente, com o tempo de atuação e porte, sendo elas: controle da
poluição, prevenção da poluição e estratégica. Elas também podem ser etapas de
implementação de uma política ecológica na organização. O controle da poluição
se caracteriza pelo comportamento reativo da empresa, em geral desenvolvido
para atender as exigências legais. Organizações que estão nessa fase costumam
aplicar tecnologias chamadas end-of-pipe, ou seja, controles de final de processo,
que tentam capturar e tratar a poluição gerada na produção antes que chegue ao
ambiente, ao invés de evitar a geração dos resíduos. Nesse caso, os métodos
aplicados são custosos, não agregam valores ao produto e nem sempre são
eficazes. A prevenção da poluição é uma abordagem que atua nos produtos e
19
processos, usando de tecnologias limpas para aperfeiçoar o processo de produção
e eliminar a maior parte dos resíduos na fonte. Os resíduos que não podem ser
eliminados ou reaproveitados no processo produtivo são tratados através de
controles de produção end-of-pipe. Já na abordagem estratégica, a organização
além de efetuar controles e prevenção da poluição, busca oportunidades para seu
negócio no momento atual ou futuramente.
As instituições de ensino têm significativas responsabilidades quanto à
introspecção em seus sistemas dos fundamentos de conservação ambiental e
atendimento às necessidades humanas. Adiante é possível conhecer melhor as
relações das instituições de ensino superior com o meio ambiente. A administração
ecológica ou gestão ambiental é uma abordagem sistêmica da realidade que
pressupõe profundas mudanças na cultura da organização. Os problemas
ambientais não podem ser compreendidos de forma isolada, ao contrário, são
interligados e interdependentes, como prevê o paradigma holístico. As mudanças
na base de valores da organização são o resultado de uma nova forma de pensar,
com novas percepções e atitudes, e que vincula seu sucesso ao nível do
conhecimento ecológico presente na cultura organizacional. Na obtenção de uma
aplicação satisfatória desses mecanismos, é necessário, além de seu
planejamento, a completa participação de toda a empresa (SHENINI, 2005).
2.2 Gestão e sistemas de gestão ambiental
O conceito de gestão, há bastante tempo estabelecido no ambiente
profissional ligado à administração de empresas, vem adquirindo crescente
popularidade em conexão com outros campos. No Brasil, desde a segunda metade
da década de 80, vem-se intensificando o uso de expressões como gestão urbana,
gestão ambiental, gestão de trabalho. Nesta interpretação, a palavra gestão veio
bem a calhar como um sucedâneo do termo planejamento. A consciência da
necessidade de maior intimidade com essa ligação entre “gestão” e “ambiental”
vem tomando espaço e crescendo à medida que o conhecimento humano toma as
responsabilidades de ele ser ambiental (SOUZA, 2004).
20
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é um sistema que identifica
oportunidades de melhoria a partir da redução dos impactos ambientais gerados
dentro da organização. O sistema de gestão ambiental é uma estrutura
padronizada, utilizada pelas empresas e instituições para sistematicamente
gerenciar suas atividades nos mais diversos níveis que afetam o meio ambiente
pela integração de procedimentos e processos, envolvendo treinamento,
monitoramento e registros (Freimann e Waalther, 2001). Estas atividades
englobam pessoas, instrumentos e ações com o propósito de coletar e processar
dados que possibilitem informações ambientais para gerenciamento e tomada de
decisão (Bouma e Kamproelands, 2000).
O maior objetivo da Gestão Ambiental é a procura permanente da melhoria
da qualidade ambiental dos serviços, dos produtos e do ambiente de trabalho, de
qualquer instituição pública ou privada, resultando numa forma sistematizada de
redução de impactos ambientais e de medidas de preservação. Assim essa procura
é um processo de aperfeiçoamento constante do SGA de acordo com a Política
Ambiental proposta pela alta direção e avalizada pela organização (UNGARETTI et
al, 2007). A Norma NBR ISO 14001/2004 descreve os elementos básicos de um
sistema de gestão ambiental que foram apresentados logo abaixo no item 2.3.
Naime (2004) conceituam gestão ambiental como um conjunto de técnicas e
disciplinas que dirigem as empresas na adoção de uma produção mais limpa e de
ações de prevenção de perdas e de poluição. Para esses autores, o sistema de
gestão ambiental deve envolver as seguintes áreas de atividades das empresas:
elaboração de políticas (estratégia), auditoria de atividades, administração de
mudanças e comunicação e aprendizagem dentro e fora da organização.
“A gestão ambiental, enfim, torna-se um importante instrumento
gerencial para capacitação e criação de condições de
competitividade para as organizações, qualquer que seja o seu
segmento econômico” (Tachizawa et al, 2002, p12).
Para Naime (2004), gestão ambiental é todo o conjunto de rotinas e
procedimentos escritos e aprovados que permite a uma organização administrar e
executar adequadamente as relações entre as suas atividades e o meio ambiente,
21
compreendido pelos meios físico, biológico e antrópico, atentando para a legislação
em vigor, para as boas práticas recomendáveis e para expectativas das partes
interessadas. É um processo que objetiva identificar as ações mais adequadas ao
atendimento das imposições legais e das soluções reais e práticas, aplicáveis às
várias fases dos processos de fabricação e de serviços, desde a produção até o
descarte final, passando pela comercialização e mantendo procedimentos
preventivos e pró-ativos. Objetiva contemplar os aspectos e os efeitos ambientais
da atividade.
Na década de 80, o conceito de controle ambiental evoluiu para a gestão
ambiental, com ações de planejamento e gerenciamento ambiental, através de
controle de emissões, de tratamento de efluentes e de resíduos sólidos. Pode-se
citar alguns acidentes ambientais como os de Bhopal (Índia), Chernobyl (Ucrânia) e
Exxon Valdez (Alasca), bem como a identificação de problemas ambientais globais,
como a redução da camada de ozônio, o efeito estufa, o aquecimento do globo, a
escassez de água potável, entre outros, que contribuíram para as mudanças nas
políticas de meio ambiente e para o apoio ao gerenciamento ambiental em
organizações. Nesta década surgiram, em alguns países, os partidos verdes,
defensores dos seres vivos e do meio em que vivem. A discussão sobre o meio
ambiente começou a deixar de ser um tema isolado para se incorporar aos vários
setores. As questões do meio ambiente, segurança e saúde passaram a ser
tratadas em nível de assessoria especializada dentro das empresas e agora
também nas organizações de ensino (MAIMON, 1996).
A década de 90 caracterizou-se pela globalização dos conceitos. No seu
inicio, houve maior divulgação das normas que apresentavam requisitos para
sistema de gerenciamento da qualidade e do ambiente (normas da série ISO
14000 e 9000). Iniciaram-se neste período, em alguns encontros e conferências
internacionais, mencionados aqui por Pampanelli (2004, p. 24), discussões que
pautavam os problemas ambientais como relevantes. Dentre os vários momentos
de grandes debates, cita-se abaixo alguns, como a Conferência Mundial sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92) – 1992 – Rio de Janeiro, a
Conferência Mundial sobre Direitos Humanos 1993 – Viena, a Conferencia
Internacional sobre População e Desenvolvimento 1994 – Cairo. A Conferência
Mundial do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, por exemplo, comprometeu países a
22
atingirem objetivos ambientais como a eliminação de gases nocivos, salientando o
direito soberano ao desenvolvimento sem comprometer o ambiente e a saúde dos
envolvidos.
No entanto, nota-se que essa caracterização dos conceitos ambientais tem
um foco diferenciado quando apurados alguns dos interessados, ou também
devida à aplicação das relações de comercio entre países e às restrições de
grupos estrangeiros nas transações de importação e de exportação têm crescido o
interesse e a busca para a concretização de planos de gestão ambiental. Essa
gestão ambiental deverá contemplar em sua elaboração as fases de diagnóstico,
de levantamento, de definição dos programas prioritários e de um cronograma de
implantação, de acordo com as características de cada aspecto apurado. É
necessário, para ter sucesso nesta elaboração, considerar todos os aspectos,
todas as minúcias que possam interferir no processo, tanto sócio-econômicas,
culturais e ambientais (MÜLLER E BERGMANN, 2001).
2.2.1 Estímulos para implantação de SGA em empresas
Uma das áreas onde as organizações têm buscado obter vantagens é na
adoção de ações ou medidas gerenciais e operacionais sustentáveis, como
conhecido, sistema de gestão ambiental. Donaire (1999) ilustra logo abaixo
algumas motivações que defende como sendo as principais que despertam as
empresas e organizações quanto à causa ambiental. Schenini (2005) logo em
seguida aponta suas inúmeras razões para levar uma empresa ou qualquer
entidade a utilizar o SGA, mostrando com destaque as ações internas à
organização e também as externas ou provindas do mercado onde se insere de
acordo com sua atividade. A figura 1 representa algumas motivações pelas quais
as empresas e organizações dos mais diversos gêneros sentem-se encorajadas e
estimuladas a preservar recursos e se envolver na causa ambiental(DONAIRE,
1999).
23
Figura 1. Motivações para a proteção ambiental nas empresas e organizações
Fonte: Donaire (1999)
Dentro destas motivações, Donaire (1999) frisa que os principais ganhos
para a empresa na implantação de um sistema ambiental adequado são a redução
dos gastos com multas ambientais e a construção e manutenção de uma boa
imagem da instituição perante a comunidade e seus clientes ou freqüentadores.
Esses são os principais fatores que asseguram uma administração tranqüila e
facilitada para o órgão implantador de um SGA.
Schenini (2005) apresenta todas as abordagens de motivações e benefícios
adquiridos na implantação de uma administração ecológica e um SGA, citando
benefícios ecológicos e estratégicos.
24
QUADRO 1. Razões e motivações para implantação de SGA em empresas e instituições.
Fonte: Schenini (2005)
2.3 Etapas para desenvolver um sistema de gestão ambiental
De acordo com a Norma ISO 14000 apresentada por Naime (2004), a
ferramenta Sistema de Gestão Ambiental deve ser simples e completa, com a
integração de alguns itens: a) visão – sintetiza a concepção geral que a cultura da
organização, num determinado momento, é capaz de conceituar e de se
comprometer; b) missão – determina as finalidades e meios a serem alcançados
pela operação e desempenho do Sistema; c) metas – explica os objetivos
específicos a serem alcançados pela operação e desempenho do Sistema. Com o
item d aparece a padronização – cria conceitos comuns a todos dentro da empresa
sobre as concepções, as ações e os procedimentos; e) Diretrizes operacionais –
são determinações claras e precisas sobre os procedimentos para cada situação e
para as responsabilidades setoriais e pessoais, f) Indicadores – contextualizam a
Razões de motivações internas e benefícios econômicos
- custos de redução, reciclagem, remoção, tratamento e disposição de resíduos;
- diminuição de custos de matéria prima e de produção;
- otimização na qualidade dos produtos acabados;
- diretrizes e normas da empresa para a produção com qualidade total;
- redução das despesas com multas e descontaminações;
- prevenção de acidentes ecológicos;
Razões de motivações externas e benefícios estratégicos
- diretrizes e normas para a gestão ambiental;
- pressão da comunidade local;
- atendimento à legislação pertinente;
- evitar ações judiciais;
- marketing, clientes e consumidores;
- pressões das agências ou bancos financiadores;
- vantagens e competitividade;
- pressões das seguradoras;
- pressões das ONGs.
25
mensuração e o monitoramento necessários para que qualquer programa seja
acompanhado e alcance seus objetivos, com correções permanentes, de acordo
com as necessidades.
A figura 2 é auto-explicativa e poderia ser denominada de método e itens
necessários para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) numa
organização. A NBR ISO 14004/2000, através de exemplos e descrições, fornece
orientações muito úteis à implementação de sistemas e princípios de gestão
ambiental. Naime (2004) apresenta os requisitos gerais exigidos pela Norma
14001/2004 que a organização deve estabelecer. Como requisitos gerais, a
organização deve estabelecer, documentar, programar, manter e continuamente
melhorar um sistema de gestão ambiental, em conformidade com os requisitos
desta Norma e principalmente determinar como ela atenderá a esses requisitos
Figura 2. Processo de implantação do SGA com todos os itens necessários.
Fonte: Naime, 2004.
SGA Etapa 1
Compromisso e Política ambiental ETAPA 5
Análise Crítica pela Administração
EEttaappaa 44 VVeerriiffiiccaaççããoo ee aaççããoo ccoorrrreettiivvaa -- MMoonniittoorraammeennttoo ee mmeeddiiççããoo
--RReeggiissttrrooss --AAuuddiittoorriiaass iinntteerrnnaass
-- AAççõõeess pprreevveennttiivvaass ee ccoorrrreettiivvaass
ETAPA 3 Implementação e operação
Estrutura e responsabilidade Treinamento, conscientização e
competência, Comunicação Documentação, Controle de
documentos, Controle operacional Preparação e atendimento à emergência
Etapa 2 Planejamento
-aspectos ambientais -requisitos legais e outros
requisitos - objetivos e metas
- programa de gestão ambiental
26
A ordem de organização para se atingir o êxito em um sistema de gestão
ambiental é apresentada a seguir:
Etapa 1 - Política Ambiental:
A formação da Política Ambiental vem sendo historicamente um item
normativo, ainda delegado ao caráter empírico das organizações, conforme
observa Cajazeira (2003). Recomenda-se a utilização de pesquisas com
inferências estatísticas através da teoria das estimações, como metodologia
necessária para que através da eleição de fatores relevantes e significativos, seja
formulada uma política ambiental adequada. A administração da organização deve
definir a política ambiental da organização e assegurar que, dentro do escopo
definido de seu sistema de gestão ambiental, a política seja apropriada à natureza,
à escala e aos impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços. Deve
incluir um comprometimento com a melhoria continua e com a prevenção de
poluição e incluir um comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis
e a outros requisitos subscritos pela organização que se relaciona os seus
aspectos ambientais. Que ela forneça uma estrutura para o estabelecimento e
análise dos objetivos e metas ambientais e que seja documentada, implementada e
mantida, que seja comunicada a todos que trabalhem na organização ou que
atuem em seu nome e, como último item, que deve ser assegurado é que ela
esteja disponível ao público.
Cajazeira (2003) apresenta um método de questionários para dar suporte ao
atendimento das causas reais e poder subsidiar o documento final da Política
Ambiental. Esse questionário é dividido em 4 grupos que foram aplicados a
diferentes setores e depois compilados e tratados estatisticamente, são eles: a)
comunidade – avaliação sobre impacto social, impacto financeiro, impacto
ambiental, integração social e reconhecimento; b) funcionários –avaliação sobre
comunicação, motivação, prevenção ambiental, aspectos sociais e econômicos e
preocupação com a qualidade; c) fornecedores – dados sobre confiança, parceria,
critérios exigidos, preços praticados e sistemas de comunicação; d) clientes –
avaliação sobre confiança e parceria, atendimento às necessidades, à imagem
ambiental e à excelência como fornecedor. Baseado nas pesquisas é que deve ser
27
fundamentado o texto da Política Ambiental, para que não seja apenas um discurso
de boas intenções.
Etapa 2 - Planejamento, requisitos legais, objetivos, metas e programa
Quanto aos aspectos e impactos ambientais Naime (2004) descreve como
etapa 2 que a organização deve estabelecer, programar e manter procedimentos
para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, de seus produtos e de
seus serviços, dentro do escopo definido do seu sistema da gestão ambiental, de
forma que a organização possa controlar seus impactos, levando em consideração
os desenvolvimentos novos ou planejados, as atividades, os produtos e os
serviços, novos ou modificados. É correto determinar os aspectos que tenham ou
possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente. A organização deve
documentar essas informações e mantê-las atualizadas.
Quanto aos requisitos legais e a outros requisitos (legislação), a organização
deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar e ter
acesso a requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos subscritos pela
organização, relacionando aos seus aspectos ambientais. É parte integrante da
exigência da norma o estabelecimento de procedimentos para identificação de leis,
de normas, de regulamentos, de portarias e de qualquer espécie de legislação ou
de outros requisitos que sejam aplicáveis e pertinentes aos aspectos ambientais
das atividades, dos produtos e dos serviços.
A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas
ambientais documentados, nas funções e nos níveis relevantes na organização. Os
objetivos e metas devem ser mensuráveis, quando exeqüível, e coerentes com a
política ambiental, incluindo-se os comprometimentos com a prevenção de
poluição, com o atendimento aos requisitos legais e a outros requisitos subscritos
pela organização e pela melhoria continua. Ao estabelecer e analisar seus
objetivos e metas, uma organização deve considerar os requisitos legais e os
outros requisitos por ela subscritos, além de seus aspectos ambientais
significativos. Deve também considerar suas opções tecnológicas, seus requisitos
financeiros, operacionais, comerciais e a visão das partes interessadas. Deve ser
estabelecido pela organização a implementação e manutenção dos programas
28
para atingir seus objetivos e metas, que devem incluir: a) atribuição de
responsabilidade para atingir os objetivos e metas em cada função e cada nível
pertinente da organização; b) os meios e os prazos nos quais eles devem ser
atingidos (NAIME, 2004).
Etapa 3 - Implementação e operação
A etapa 3, onde se considera a implementação e operação, é constituída por
competências, por treinamento e por conscientização. A comunicação e em
seguida a documentação com o controle de documentos aparecem posteriormente.
Logo abaixo consecutivamente menciona-se o controle operacional e preparação e
resposta às emergências. A administração deve assegurar a disponibilidade de
recursos essenciais para estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema
de gestão ambiental. Esses recursos incluem recursos humanos e habilidades
especializadas, infra-estrutura organizacional, tecnologia e recursos financeiros.
Funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e
comunicadas, visando facilitar uma gestão ambiental eficaz (CAJAZEIRA ,2003).
A organização deve identificar as necessidades de treinamento associadas a
seus aspectos ambientais e a seu sistema de gestão ambiental. Devem ser
promovido treinamento ou ação para atender a essas necessidades, devendo
manter os registros associados. Devem ser mantidos procedimentos para fazer
com que as pessoas que trabalham estejam conscientes da importância de se
estar em conformidade com a política ambiental e com os requisitos do sistema de
gestão ambiental e dos aspectos ambientais significativos e respectivos impactos
reais ou potenciais associados com seu trabalho, e dos benefícios ambientais
provenientes da melhoria do desempenho particular. Como em todo procedimento,
é importante valorar as funções e responsabilidades por atingir a conformidade
com os requisitos do sistema de gestão ambiental e diagnosticar as potenciais
conseqüências da inobservância de procedimentos especificados (NAIME, 2004).
Com relação aos seus aspectos ambientais e ao sistema de gestão
ambiental, a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos
para que exista a comunicação interna entre os vários níveis e funções da
organização. O recebimento, a documentação e a resposta a comunicações
29
pertinentes, oriundas de partes interessadas externas, precisa acontecer
adequadamente. A organização deve decidir se realizará comunicação externa
sobre seus aspectos ambientais significativos, devendo documentar sua decisão. A
documentação para um sistema de gestão ambiental deve incluir:
- política, objetivos e metas ambientais,
- descrição do escopo do sistema de gestão ambiental,
- descrição dos principais elementos do sistema de gestão ambiental e suas
interação e referência aos documentos associados,
- documentos, incluindo registros requeridos por essa Norma,
- documentos, incluindo registros determinados pela organização como sendo
necessários para assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes dos
processos que estejam associados aos seus aspectos ambientais significativos (
NAIME, 2004).
Os documentos requeridos pelo sistema da gestão ambiental devem ser
controlados. É preciso analisar e atualizar, conforme necessário, e reaprovar
documentos, assegurar que as alterações e a situação atual da revisão de
documentos sejam identificadas. Deve-se contar com que os documentos estejam
legíveis e prontamente identificáveis. Na sub-etapa de controle operacional, a
organização deve identificar e planejar aquelas operações que estejam associadas
aos aspectos ambientais significativos. Para isso deve-se objetivar a determinação
de critérios operacionais nos procedimentos e estabelecer, implementar e fazer
manutenção de procedimentos associados aos aspectos ambientais significativos,
identificados de produtos e serviços utilizados pela organização e pela
comunicação de procedimentos e requisitos pertinentes a fornecedores, incluindo
os prestadores de serviços (CAJAZEIRA, 2003).
Ainda Cajazeira (2003), menciona organização deve estabelecer,
implementar e manter procedimentos para identificar potenciais situações de
emergência e potenciais acidentes que possam ter impactos sobre o meio
ambiente, e como a organização responderá a eles. Deve ser feito periodicamente
uma análise e, quando necessário, revisão de seus procedimentos de preparação
e resposta à emergência, em particular após ocorrência de acidentes ou situações
emergenciais.
30
Etapa 4 - Verificação, monitoramento e medição.
Deve ser estabelecidos, implementados e mantidos os procedimentos para
monitorar e medir regularmente as características principais de suas operações
que possam ter um impacto ambiental significativo. A organização deve assegurar
que equipamentos de monitoramento e medição calibrados ou verificados sejam
utilizados e mantidos, devendo-se reter os registros associados. Dentro desta
etapa de verificação, monitoramento e medição, deve-se avaliar o atendimento a
requisitos legais e a outros, não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva
devem ter tamanha relevância .E como os processos de verificação sistemática e
documentada apresentam-se às auditorias internas (NAIME, 2004).
De maneira coerente com o seu comprometimento de atendimento a
requisitos, a organização deve manter procedimentos para avaliar periodicamente
o atendimento aos requisitos legais aplicáveis. A organização deve manter
registros dos resultados das avaliações periódicas. Os procedimentos nesta etapa
devem definir requisitos para:
- identificar e corrigir não-conformidades e executar ações para mitigar seus
impactos ambientais, investigar não-conformidades, determinar suas causas e
executar ações para evitar sua repetição;
- avaliar a necessidade de ações para prevenir não-conformidades e implementar
ações apropriadas para evitar sua ocorrência;
- registrar os resultados das ações corretivas e preventivas executadas;
- analisar eficácia das ações corretivas e preventivas executadas (CAJEZEIRA,
2003).
As ações executadas devem ser adequadas à magnitude dos problemas e
dos impactos ambientais encontrados. E principalmente a organização deve
assegurar que sejam feitas as mudanças necessárias na documentação do
sistema da gestão ambiental. Deve-se assegurar neste item que as auditorias
internas do sistema de gestão ambiental sejam conduzidas em intervalos
planejados para, assim:
- determinar se o SGA está em conformidade com os arranjos planejados para a
gestão ambiental, incluindo-se os requisitos da Norma e também se foi
adequadamente implementado e é mantido.
31
- fornecer informações à administração sobre os resultados das auditorias.
Os procedimentos de auditoria devem ser estabelecidos e implementados para
tratar:
- das responsabilidades e dos requisitos para se planejar e se conduzir as
auditorias, para relatar os resultados e manter registros associados;
- da determinação dos critérios de auditoria, de escopo, de freqüência e de
métodos. A seleção de auditores e a condução das auditorias devem assegurar
objetividade e imparcialidade do processo de auditoria (NAIME, 2004).
Etapa 5 - Análise pela administração
A alta administração da organização deve analisar o sistema de gestão
ambiental, em intervalos planejados, para assegurar sua continuada adequação,
pertinência e eficácia. Análises devem incluir a avaliação de oportunidades de
melhoria e a necessidade de alterações no SGA, inclusive da política ambiental,
dos objetivos e das metas ambientais. Os registros das análises pela administração
devem ser mantidos. As entradas para análise pela administração devem incluir:
- resultados das auditorias internas e das avaliações do atendimento aos requisitos
legais e a outros subscritos pela organização;
- comunicação proveniente de partes interessadas externas, incluindo
reclamações;
- o desempenho ambiental da organização;
- extensão na qual foram atendidos os objetivos e metas;
- situação das ações corretivas e preventivas.
Para as ações de acompanhamento das análises anteriores, apresenta-se:
- mudança de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos em requisitos legais e em
outros relacionados aos aspectos ambientais;
- recomendações para melhoria.
As saídas da analise pela administração devem incluir quaisquer decisões e ações
relacionadas a possíveis mudanças na política ambiental, nos objetivos, nas metas
e em outros elementos do sistema da gestão ambiental, consistentes com o
comprometimento e com a melhoria contínua (NAIME,2004).
32
2.3.1 Aspectos, impactos e riscos ambientais
Os aspectos ambientais são elementos das atividades, dos produtos ou dos
serviços de uma organização que podem interagir com o meio ambiente, gerando
impactos no ar, na água, no solo, na fauna, na flora, ou do homem em suas inter-
relações com a comunidade. Para identificação dos aspectos, são levados em
consideração os resíduos sólidos, os subprodutos, os efluentes líquidos, as
emissões atmosféricas, a emissão de ruído, o calor ou a vibração da referência
investigada, os quais possam interagir com o meio ambiente. A cada aspecto
ambiental corresponde, no mínimo, um impacto direto. A avaliação do impacto é
efetuada sem considerar tratamentos posteriores, caso existam (SHENINI et al,
2005). A implantação de Gestão Ambiental busca atender, na maioria das vezes,
os interesses comerciais das organizações. Neste item do SGA, levantamento de
todos os aspectos ambientais relevantes, é interessante que esta parte do
procedimento seja subsidiada pro um Diagnóstico Ambiental.
Define-se por impacto ambiental qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, que venha a ser causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, de forma
direta ou indireta e que afetem a saúde, a segurança e o bem estar de todos os
tipos de populações e comunidades dos mais diversos locais. É definido também
como as alterações no meio em que interfiram as atividades sociais e econômicas,
que influam na biota, nas condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e
também na qualidade dos recursos ambientais. (BRASIL,Conama Nº001, 1986). O
enfoque adotado na criação dessa Resolução está vinculado à idéia de onde ou de
em quem ocorre o impacto ambiental. De forma complementar deve-se incluir três
novas bordagens que são as seguintes: quem polui, como polui e quem pode
corrigir ou minimizar esses problemas (SCHENINI, 2005).
Sugere-se também a definição de Impacto Ambiental Regional, onde a
justificativa é ser todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de
influencia direta, local, pontual) no todo ou em parte, o território de dois ou mais
Estados (BRASIL, Conama 237 ,1997).
Erikson (1994), define a origem dos impactos ambientais como sendo direta,
indireta e cumulativa. Impactos diretos são mudanças ambientais compostas por
33
processos com resultados imediatos, com estreita relação atividade - ação.
Impactos indiretos são defendidos pela autora como mudanças ambientais com
impactos secundários, onde as conseqüências são melhores observadas
analisando os impactos diretos. Definiram-se como impactos cumulativos aqueles
que têm a agregação do resultado de impactos diretos e indiretos, os dois em uma
mesma área e região de aplicabilidade.
Segundo Medeiros (1995), a avaliação de impacto ambiental (AIA) deve ser
concebida antes de tudo como um instrumento preventivo de política pública e só
se torna eficiente quando puder se constituir num elemento de auxílio à decisão,
numa ferramenta de planejamento e concepção de projetos para que se efetive um
desenvolvimento sustentável como forma de se sobrepor ao viés economicista do
processo de desenvolvimento que, aparecendo como sinônimo de crescimento
econômico, ignora os aspectos ambientais, culturais, políticos e sociais. A
avaliação das relações entre os aspectos ambientais e impactos comerciais podem
ser vistos no quadro 2.
Aspectos Ambientais Impactos Comerciais
Escala dos impactos Potencial de exposição legal e regulamentar
Gravidade ou importância do impacto Dificuldade para redução ou eliminação dos impactos
Probabilidade de ocorrência Custos para a redução ou eliminação dos impactos
Duração do impacto
Efeitos de uma alteração sobre outras atividades e/ou
processos
Localização dos impactos Preocupação das partes interessadas
Momentos de ocorrência dos impactos Efeitos na imagem pública da organização
Quadro 2 . Relações entre aspectos ambientais e impactos comerciais. Fonte: Naime (
2004)
Risco é a avaliação de um perigo associado à probabilidade de ocorrência
de um evento indesejável (incidente ou acidente) e a gravidade de suas
conseqüências. Em todos os processos, há riscos ambientais que são óbvios, tanto
pela natureza do processo quanto pelas pessoas e produtos envolvidos. Constitui-
se em um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma atividade proposta
ou existente identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que
essa atividade representa para a população vizinha, para o meio ambiente e para a
própria empresa. Os principais resultados de uma análise de riscos são a
identificação de cenários de acidentes, suas freqüências esperadas de ocorrência
34
e a magnitude das possíveis conseqüências. A identificação destes riscos e a
avaliação de suas possíveis conseqüências constituem os passos iniciais para a
implementação de Sistema de Gestão Ambiental (NICOLELLA et al, 2000).
O quadro de risco ambiental é geralmente composto por três categorias:
risco natural, risco tecnológico e risco social, abrangendo processos bastante
variados como a ocorrência de catástrofes naturais, acidentes em indústrias e as
condições de vida da sociedade. Estas categorias, assim como a própria noção de
risco ambiental, são desenvolvidas por diversos pesquisadores em todo o mundo.
O risco está vinculado a um acontecimento que pode se realizar ou não. Porém, a
existência do risco só se constitui quando há a valorização de algum bem, material
ou imaterial, pois não há risco sem a noção de que se pode perder alguma coisa.
Portanto, não se pode pensar em risco sem considerar alguém que corre risco, ou
seja, a sociedade e o meio ambiente (CASTRO, 2006).
Ao pensar em um cenário de risco, visando principalmente à saúde humana,
seus efeitos (evitáveis ou mitigáveis) serão em função das características da
exposição. Mas destaca-se como reconhecer um risco ambiental a identificação, no
local de trabalho ou tarefa que esteja sendo realizada, a presença de um risco que
pode estar afetando a saúde do trabalhador, a qualidade no ambiente de trabalho
ou mesmo alterando as condições ambientais globais, isto é, impactando o meio
ambiente das mais diversas formas (NICOLELLA et al, 2000).
2.3.2 Gestão ambiental em instituições de ensino superior
A preocupação com a preparação de profissionais que tenham
conhecimento e um nível de envolvimento com as questões de ordem ambiental
tem se mostrado notável no âmbito educacional das universidades. No entanto
ainda são poucas as práticas observadas e com resultados nas Instituições de
ensino superior, que têm como responsabilidade o papel de qualificar e
conscientizar os cidadãos formadores de opinião de amanhã (TAUCHEM &
BRANDLI, 2006).
Discutem Careto e Vendeirinho (2003), que as Universidades e outras
instituições de ensino superior precisam praticar aquilo que ensinam. Enquanto as
35
universidades são freqüentemente vistas como instituições estagnadas e
burocráticas, outras instituições demonstram ser capazes de ao menos iniciar o
caminho da sustentabilidade.
Existem razões significativas para implantar um SGA numa Instituição de
Ensino Superior, entre elas o fato de que as faculdades e universidades podem ser
comparadas com pequenos núcleos urbanos, envolvendo diversas atividades de
ensino, pesquisa, extensão e atividades referentes à sua operação por meio de
bares, restaurantes, alojamentos, centros de conveniência, entre outras facilidades.
Além disto, um campus precisa de infra-estrutura básica, redes de abastecimento
de água e energia, redes de saneamento e coleta de águas pluviais e vias de
acesso. Como conseqüência das atividades de operação do campus, há geração
de resíduos sólidos e efluentes líquidos, consumo de recursos naturais, uma boa
amostra industrial (TAUCHEM & BRANDLI, 2006).
2.3.3 Histórico ambiental das instituições de ensino superior
A temática ambiental e esquemas de gestão ambiental tiveram inserção nas
instituições de ensino superior a partir dos anos setenta. As primeiras experiências
surgiram nos Estados Unidos, simultaneamente com as promoções de
profissionais nas ciências ambientais, que se estenderam ao longo dos anos
setenta. Nos anos oitenta, o destaque foi para políticas mais específicas sobre a
gestão de resíduos e eficiência energética. Durante a década de noventa se
desenvolveram políticas ambientais no âmbito global que congregam todos os
âmbitos das instituições, a exemplo de Campus Ecology da University of Brown
nos Estados Unidos (Delgado e Vélez, 2005).
Até a Conferência do Rio de Janeiro em 1992, as IES praticamente
estiveram fora do palco da discussão sobre o desenvolvimento sustentável. A
experiência trouxe uma lição clara: as universidades não devem se esquivar do
desafio, pois se não se envolvem, se não envolverem, se não usarem as suas
forças combinadas para ajudar a resolverem os problemas emergentes da
sociedade global, serão ignoradas no despertar de outro motor de mudança, uma
outra agência ou estrutura será convidada a promover a liderança. O período entre
as Conferências de Estocolmo em 1972 e do Rio de Janeiro em 1992 foi marcado
36
pela emergência de instituições, parcerias e redes de trabalho particularmente
empenhadas em (re) conduzir as instituições de ensino superior para o lugar que
lhe era de responsabilidade e estava reservado (ECOCAMPUS, 1997).
Na Declaração de Kyoto, ocorrida em novembro de 1993 no Japão, as
Instituições de Ensino Superior, em sua reunião, emitiram um chamado a seus 650
membros para que estabelecessem e disseminassem uma compreensão mais
desobstruída do desenvolvimento sustentável; que utilizassem recursos das
universidades para incentivar uma melhor compreensão por parte dos governos e
do público em geral sobre os perigos físicos, biológicos e sociais enfrentados pelo
planeta; que enfatizassem a obrigação ética da geração atual para superarem as
práticas de utilização dos recursos e daquelas disparidades difundidas que se
encontram na raiz da insustentabilidade ambiental; que realçassem a capacidade
das universidades de ensinar e empreender na pesquisa e na ação os princípios
sustentáveis do desenvolvimento; e, finalmente, que se sentissem incentivadas a
rever suas próprias operações, para refletir quais as melhores práticas sustentáveis
do desenvolvimento (THE KYOTO DECLARATION, 1993).
Demonstrando um panorama atual da situação das universidades quanto à
gestão ambiental, Delgado e Vélez (2005), citam que existem atualmente cerca de
140 instituições de ensino superior que incorporam políticas ambientais na
administração e na gestão acadêmicas. Dentro dessas que adotaram
compromissos e políticas ambientais para o desenvolvimento sustentável, dez
estão certificadas com ISO 14001, como é o caso da Universidade da Organização
das Nações Unidas em Tókio no Japão.
Ao longo da década de 90 do século 20, foram implementados nas
empresas instrumentos de gestão ambiental para o controle e a prevenção de
danos ambientais, a fim de responder com maior eficiência às atuais demandas do
mercado. Diversos instrumentos, desenvolvidos para melhorar seu desempenho
ambiental, redundaram numa série de vantagens econômicas: redução de custos e
aumento de competitividade, abertura de novos mercados e diminuição das
chances de serem surpreendidas por algum tipo de bônus imprevisível e
indesejável. No entanto, instituições públicas que atuam no campo da pesquisa e
da prestação de serviços biomédicos ainda carecem de uma política efetiva de
gestão ambiental. Mesmo executando serviços essenciais à sociedade,
37
apresentam potencial poluidor capaz de causar danos à saúde de seus
trabalhadores e à população localizada em seu entorno, além de contaminar o
solo, a atmosfera, os rios e os lençóis freáticos (BARATA; KLIGERMAN;GOMEZ,
2007).
2.4 Failure Mode and Effects Analysis - FMEA
Técnica que visa o reconhecimento e avaliação das falhas potenciais de
projeto ou de um processo e seus efeitos, identificando ações que possam eliminar
ou reduzir a ocorrência dessas falhas. Essa ferramenta tem como objetivo principal
prever os problemas mais importantes, impedir ou minimizar as conseqüências de
problemas e maximizar a qualidade e a confiabilidade de todo o sistema
(PALADY,1997).
A utilização do FMEA (Failure Mode and Effects Analysis), como ferramenta
de priorização, permite, através da aplicação de índices de criticidade, dar valores
para que possam ser avaliados os principais riscos ambientais associados às
facilidades de implementar ações corretivas (UNGARETTI et al, 2007).
O emprego do método no Sistema de Gestão Ambiental iniciou com a
necessidade da utilização de formulários simplificados e eficientes na avaliação de
impacto ambiental. Projetado inicialmente para estudar as falhas em potencial em
projetos novos ou alterados da indústria aeronáutica, o FMEA possui notável
aplicação na identificação e diagnósticos de problemas ambientais
(VANDERBRANDE,1998).
2.5 Empresas, meio ambiente e legislação
Conforme explanação anterior sobre a crescente preocupação e mudança
de comportamento das empresas e instituições quanto à sua relação com o meio
ambiente, Maimon (1996), apresenta que as empresas brasileiras vêm adotando
atitudes mais responsáveis em relação ao meio ambiente devido, principalmente, a
exigências da legislação ambiental e, mais recentemente, pelas pressões e
38
ingerências internacionais que condicionam financiamentos de projetos a seu
impacto ambiental. Assim pode-se dizer que essas organizações, em sua maioria,
estão agindo movidas por pressões externas. O quadro 3 apresenta a evolução da
legislação ambiental brasileira nos últimos 50 anos.
Cita-se brevemente a Constituição Federal Brasileira de 1988 com maior
realce, que contempla obrigações e definições ambientais nos artigos 20, 23 e 225.
Nas leis federais encontra-se exemplos como a Lei 6938/81, que estabelece as
regras para a Política Nacional do Meio Ambiente, ou a Lei de Crimes Ambientais
9605/98, que aponta as responsabilidades civil e penal dos gerentes e entidades
jurídicas envolvidos com os impactos ambientais (SCHENINI, 2005).
Apresentam-se no Brasil as normas de qualidade ambiental, que são
estímulos para as organizações implantarem SGA com a oportunidade de
certificação ambiental. Estudos realizados pela Confederação Nacional da Indústria
mostram que a gestão ambiental já está presente em 65% das empresas do país.
O índice é superior em grandes empreendimentos particulares, atingindo 90%, em
maioria vinculada a grupos internacionais, aonde a pressão vem da população dos
países de origem. Nas microempresas esse percentual cai consideravelmente para
35%, tão bem explicado pela dificuldade de capital.
39
Quadro 3 : Evolução da Legislação Ambiental Brasileira
Fonte :Maimon (1996)
São preconizadas pela ISO-14000, que são representadas pela ABNT
(1996) e abrangem seis áreas bem definidas, as quais podem ser mais bem
Linha do Tempo 50/60 70/80 90/00
Percepção do Meio
Ambiente
Pontual:
Recursos Naturais
Multidisciplinar:
Ecossistema
Interdisciplinar:
Teia da Vida
Conduta Livre Reativa Preventiva
Ênfase Produtividade Tratamento fim-de-
tubo
Sustentabilidade
Responsabilidade Inexistente Imputada Mudança de
Paradigma
Direitos Indivíduo:
Liberdade,
Igualdade,Fraternidade
Coletiva
Saúde, Educação,
Trabalho
Difuso
Qualidade de vida
Desenvolvimento
Sustentável,
Responsabilidade
social
Marcos Históricos
Mundiais
Clube de Roma (1957)
Poluição do Reno (1963)
Estocolmo (1972)
Bhopal – Índia
Chernobyl – Ucrânia
Exxon Valdez –
Alasca
Rio 92
Marcos da Legislação
Ambiental Brasileira
Código Florestal
Trabalho Rural
Política Nacional do
MA(1981)
Constituição
Federal(1988)
Poluição Industrial ,
Zoneamento
industrial, Transporte
de Produtos
Perigosos
Lei de Crimes
Ambientais(1998)
Licenciamento
Ambiental (1987)
Diversidade Biológica
Manejo Florestal
Educação Ambiental
(1999 – PNEA)
Gerenciamento de
Resíduos
Gerenciamento de
Recursos Hídricos.
40
observadas a seguir, mesmo após bastante mencionadas neste trabalho por Naime
(2004) nos subitens anteriores:
Tabela 1. NBR – ISO 14000 (2004) e suas áreas abrangentes
Fonte: NBR – ISO 14000, (2004).
A proteção ao meio ambiente no Brasil é de responsabilidade do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, que deve estabelecer o compromisso de
garantir o equilíbrio entre os impactos gerados pelas atividades humanas
consideradas no planejamento do desenvolvimento estratégico nacional e regional,
e entre a industrialização e a capacidade de suporte da natureza. Sua ação se
apóia em: a) legislação abrangente e padrões limitantes da poluição; b)
organizações de controle setorial (florestas, solo, recursos hídricos, ar, educação
ambiental). A autorização de instalação e funcionamento dos empreendimentos é
realizada através do processo de licenciamento que, na maior parte das vezes, se
efetiva mediante um Estudo de Impacto Ambiental. A regulamentação pública se
refere à postura governamental para direcionar, acompanhar, controlar e fiscalizar
a atuação ambiental dos setores público e privado. A atuação do poder público em
relação ao meio ambiente está expressa principalmente na estruturação do
SISNAMA, descrito pela lei 6.938 de 1.981 ou lei da Política Nacional do Meio
Ambiente, que abrange todas as ações referentes ao meio ambiente com objetivos
de prevenção, controle e proteção ambiental (MMA, 2007).
O Decreto n º 99.274, de 6 de junho de 1.990, prevê ainda em seu artigo 3º
a existência de órgãos Seccionais federais e estaduais que tenham atividades
associadas à proteção da qualidade ambiental ou àquelas de disciplinamento do
uso de recursos ambientais, ou execução de programas e projetos de controle e
Áreas abrangentes da série ISO 14000 NBR
Sistema de Gestão Ambiental 14001
Auditoria Ambiental 14010
Rotulagem Ambiental 14020
Avaliação e performance ambiental 14030
Análise de ciclo de vida 14040
Aspectos ambientais em normas de produtos 14060
41
fiscalização de atividades capazes de provocar degradação ambiental. Os sistemas
ambientais Público e Privados objetivam a diminuição de consumo de matérias
primas, de recursos naturais e de resíduos resultantes dos processos relacionados
com a fabricação de produtos ou realização de serviços. É de interesse da
sociedade que ambas as iniciativas se integrem e sejam realizadas de forma
coerente e relacionadas para o alcance de seus objetivos (FARIA ,ALARCÓN,
REYDON, 2003).
42
3. METODOLOGIA
Esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso que, de acordo com
Buyne, Herman e Schoutheete (1997), é frequentemente de natureza qualitativa,
no entanto pode recorrer a métodos quantitativos por envolver análises de
propriedades específicas assim como suas relações e variações. Benbasat,
Goldstein e Mead (1987) definem o estudo de caso como aquele que examina um
fenômeno em seu ambiente natural, utilizando múltiplos métodos para coleta de
dados para acumular informações a partir de um ou mais entidades. Esta
estratégia de pesquisa é comumente aplicada quando o investigador tem pequeno
ou nenhum controle sobre os eventos que estão contextualizados num ambiente
contemporâneo da vida real .
O presente trabalho é uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, pois a
investigação qualitativa, de acordo com Bogdan e Biklen (1994, p.16), é “um termo
genérico que agrupa diversas estratégias de investigação que partilham
determinadas características”. Para esses autores, as questões de pesquisa
qualitativa são estabelecidas com o objetivo de investigar os fenômenos em toda
sua complexidade e em contexto natural. A pesquisa exploratória tem a intenção
de satisfazer a curiosidade, causando um melhor entendimento sobre o assunto
que é proposto. Essa condição examina possibilidades de se fazer um estudo mais
profundo posteriormente, com base nos resultados encontrados.
O objeto de estudo é um Instituto composto por vários departamentos de
uma instituição de ensino superior.A fim de realizar um levantamento de aspectos e
impactos ambientais para posterior implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental, o que representa um estudo de caso, desenvolveu-se uma série de
43
etapas. Com o intuito de encontrar possíveis aspectos e impactos, foi utilizada uma
abordagem qualitativa. Todas as atividades procederam na seguinte seqüência:
a) Objeto de pesquisa:
Definiu-se o ambiente a ser estudado, neste caso o Instituto de Biociências
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que é composto por quatro
departamentos e dois centros que são eles: Centro de Ecologia e de Biotecnologia
e os departamentos de Biofísica, Botânica, Genética e Zoologia. Com
conhecimento das plantas baixas dos pavimentos de cada centro ou departamento,
traçou-se a ordem de locais para serem realizadas as visitas para o levantamento
proposto para obtenção de dados.
b) Conhecimento da ferramenta de trabalho:
Com a disponibilidade de recursos bibliográficos, foi realizado o estudo da
ferramenta FMEA, para conhecer e adaptar a aplicabilidade dela sobre o estudo de
caso.
c) Coleta de dados:
Na etapa de coleta de dados, o ambiente, os processos e as pessoas foram
observados e considerados caso a informação fosse pertinente para a pesquisa.
As visitas para elaborar o levantamento dos aspectos e impactos ambientais foram
realizadas em cada sala, cada laboratório e cada gabinete dos prédios, observando
a geração e destinação dada aos resíduos, a disposição e eficácia das lâmpadas,
as condições ambientais, os fatores de influência nas condições de trabalho e
demais impactos característicos dos locais. Enfim foram apontadas as causas
potenciais. Foi observado o comportamento das pessoas que trabalham e
freqüentam os locais estudados, retratando seu posicionamento quanto à
realização de coleta seletiva de lixo e eventuais problemas de ordem educacional.
d) Sistematização dos dados:
Após o levantamento de aspectos e impactos ambientais em cada
departamento foram construídas tabelas com os dados encontrados e inserida na
avaliação FMEA uma tabela para cada pavimento. As tabelas (anexos 1 a 20)
foram elaboradas no formato da ferramenta. Com os resultados da coleta de
dados, as causas potenciais foram avaliadas e então elencados os aspectos
ambientais, os impactos ambientais, o “G” (gravidade) – inscrita a causa potencial
–, o “O” (ocorrência) – a forma atual de controle –, o “D” (detecção) – a ação
44
recomendada –, o “F” (facilidade), o IRA, e posteriormente dada a ordem de maior
IRA (Índice de Risco Ambiental) de cada causa.
Com as causas potenciais distribuídas na tabela do FMEA, foram então
discutidos e definidos os valores atribuídos a cada aspecto e impacto para fixar os
índices de criticidade representados pelas letras “G”, “O”, “D” e “F”. A identificação
das formas de controle, avaliando as possibilidades de responderem à implantação
das ações pretendidas foi o seguinte passo e, posteriormente, a multiplicação dos
índices de criticidade geraram os valores do IRA. Sendo o IRA a representação das
causas potenciais com maior relevância, obtém-se as conclusões quanto às
causas que são prioritárias de abordagem.
e) Elaboração dos Planos de Ações:
Após sistematização de todos os dados e conclusão das tabelas, foi possível
conhecer os maiores aspectos e impactos ambientais de cada departamento e com
eles então elaborar sugestões para um plano de ações.
3.1 Ferramenta FMEA
O método da pesquisa se orientou pelos índices de criticidade delimitados
pela ferramenta FMEA. Esta ferramenta identifica, através da avaliação por quatro
critérios, ações que possam eliminar ou reduzir a ocorrência de falhas, tendo assim
como objetivo principal prever os problemas mais importantes, impedir ou
minimizar as conseqüências de problemas e maximizar a qualidade e a
confiabilidade de todo o sistema. Os índices com os quais são avaliados os
aspectos e impactos apontados são os seguintes:
- Gravidade do impacto “G”: Avalia a gravidade de um impacto ambiental de um
modo potencial de falha. - Ocorrência da Causa “O”: Trata-se da probabilidade de
ocorrência de uma especifica causa/mecanismo. - Grau de Detecção “D”:
Estabelece a relação atual entre a detecção e a solução de uma ocorrência
- Facilidade de implantação da Ação Recomendada “F”: A Tabela 5 relaciona os
custos, o número de pessoas envolvidas e o tempo gasto para a aplicação do
plano de ação.Cada causa potencial encontrada é submetida à avaliação das
45
quatro tabelas abaixo, que são os índices de criticidade, valores conforme a
graduação que aspecto foi analisado. Abaixo, nas tabelas 2,3,4 e 5 estão os dados
com os quais são julgadas cada causa encontrada.
Tabela 2 – Diretrizes para classificar o índice de gravidade do impacto:
1 Dificilmente será visível.
2 Muito Baixa para ocasionar algum impacto ao meio ambiente
3 Baixa mas poderá ocasionar impacto ao ambiente ao longo prazo
4 Não-conformidade com a política de gestão ambiental da universidade. Impacto baixo
ou muito baixo sobre o meio ambiente
5 Não-conformidade com os requisitos legais e normativos. Potencial de prejuízo baixo
ao meio ambiente
6 Não-conformidade com os requisitos legais e normativos. Potencial de prejuízo
moderado ao meio ambiente
7 Impacto somente à saúde de pessoas diretamente envolvidas com a tarefa
8 Sérios prejuízos à saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa, com baixo
impacto ao meio ambiente
9 Sérios prejuízos a saúde das pessoas envolvidas diretamente com a tarefa, moderado
impacto ao meio ambiente
10 Sérios riscos ao meio ambiente
Fonte: FMEA
Tabela3 – Diretrizes para classificar o índice de ocorrência da causa:
1 Improvável Não foi observada ocorrência em período maior que o de referência
2 Remota Ocorreu uma vez no período mas é improvável uma nova ocorrência
3 Muito Baixo Ocorreu uma vez no período mas pode ocorrer novamente
4 Baixo Ocorreu duas vezes no período de observação
5 Médio Baixo Ocorreu três vezes no período de observação
6 Médio Ocorreu quatro vezes no período de observação
7 Médio alto Ocorreu cinco vezes no período de observação
8 Alto Ocorreu seis vezes no período de observação
9 Muito alta Grande possibilidade de ocorrer cada vez que executada a tarefa
10 Sempre Ocorre sempre que executada a tarefa
Fonte: FMEA
46
Tabela 4 – Diretrizes para classificar o grau de detecção:
1 Detecção rápida e solução rápida
2 Detecção rápida e solução à médio prazo
3 Detecção a médio prazo e solução rápida
4 Detecção rápida e solução a longo prazo
5 Detecção a médio prazo e solução a médio prazo
6 Detecção a longo prazo e solução a solução rápida
7 Detecção a médio prazo e solução a longo prazo
8 Detecção a longo prazo e solução a médio prazo
9 Detecção a longo prazo e solução a longo prazo
10 Sem detecção e/ou sem solução
Fonte: FMEA
Tabela 5 – Diretrizes para classificar a facilidade de implantação da ação recomendada:
CUSTO N° DE PESSOAS TEMPO
1 Não existe tecnologia ou o
custo da mesma é inviável
2 Alto Todas Alto
3 Alto Apenas envolvidas com a tarefa Alto
4 Alto Todas Baixo
5 Alto Apenas envolvidas com a tarefa Baixo
6 Baixo Todas Alto
7 Baixo Apenas envolvida s com a tarefa Alto
8 Baixo Todas Baixo
9 Baixo Apenas envolvidas com a tarefa Baixo
10 Mínimo custo ou custo
beneficio de retorno
imediato
Fonte: FMEA
Como fase final realiza-se a determinação do Índice de Risco Ambiental
(IRA). Este indice é obtido pela multiplicação dos valores estimados para cada um
dos 4 índices anteriores, fornecendo uma escala de relevância de cada
aspecto/impacto analisa do, variando entre 1 e 10000. Foram destacados como
itens de prioridade para implantação do plano de ações aqueles que possuíssem
IRA mais
alto, seguindo uma ordem decrescente de prioridade.
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O aspecto ambiental consumo de energia elétrica foi discutido neste trabalho
com a avaliação do consumo de lâmpadas e monitores deste instituto. A média da
potencia das lâmpadas que são consideradas como fora do padrão UFRGS são de
60W e as lâmpadas que são sugeridas como padrão da instituição são de 32W
com calha espelhada. Para calcular o consumo de uma lâmpada de 60w em um
mês, supondo 8 horas diárias de uso da lâmpada e 5/7 do mês compostos de dias
úteis, basta multiplicar a potência pelo tempo diário de uso, obtendo-se assim a
energia consumida em cada dia, e depois multiplicar isto pelo número suposto de
dias úteis no mês (5/7 x 30 dias). A razão de dias úteis no mês foi baseada na
razão de dias úteis na semana. Para calcular o consumo de uma lâmpada de 32
W usa-se o mesmo método descrito acima, apenas alterando a potência de 60 W
para 32 W.
Consumo em um mês de 60W = 10,285714 kWh, aproximadamente
10,286kWh. Consumo em um mês de 32W = 5,4857138 kWh, aproximadamente
5,486kWh. Após calculado o consumo em kWh de cada lâmpada, realizou-se o
calculo para representar o valor em reais, levando em consideração informaçoes
da consecionária de energia (CEEE) de o custo do kWh ser de R$ 0,435. Foi então
multiplicado o consumo de cada lâmpada de acordo com sua potência pela
quantidade de lâmpadas de cada local. Sabendo-se a quantidade total de consumo
em kWh de cada departamento, multiplicou-se o valor encontrado pelo valor do
kWh. A formula criada para representar esse cálculo: Consumo total de energia
lâmpada = Ct = clm x ql.
O mesmo procedimento foi realizado para cálculos de gastos e economias
dos monitores CRT e LCD. Considerou-se que a potência média de um monitor do
modelo LCD e de 75 W. Usando-se 8 horas por dia durante 5/7 de 30 dias:
28800 x 75W (potência) x 30 dias x 5/7 = 46285714,286J = 12,857kWh. Obteve-se,
com o cálculo realizado, que o consumo mensal de um monitor CRT é de
12,857kWh. Esse valor foi referência para os cálculos realizados na discussão dos
resultados de cada departamento. O mesmo calculou-se com o modelo de monitor
LCD, considerando sua potência média de 35W .Usando-se 8 horas por dia (28800
segundos por dia), durante 5/7 de 30 dias:28800 x 35W (potência) x 30 dias x 5/7 =
21600000J = 6kWh. O consumo encontrado de energia elétrica para um monitor
LCD mensal foi de 6kWh.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta sessão será apresentado o local de estudo, com descrição das
atividades desenvolvidas em cada departamento de acordo com seu foco de
estudo. Logo em seguida, no item 4.2, apresentam-se as atividades de gestão
ambiental desenvolvidas até o presente momento nesta instituição. Os resultados
encontrados em cada departamento estudado e consecutivas conclusões sobre
todo o Instituto de Biociências é apresentado na seqüência.
4.1 Histórico do local estudado
Esse trabalho foi desenvolvido no Instituto de Biociências da Universidade
Estadual do Rio Grande do Sul – UFRGS. A unidade está alocada em uma área de
15.000m2, no Campus do Vale em Porto Alegre. O Instituto possui um curso de
graduação, denominado Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura e
Bacharelado, com ênfases: “Ambiental” e “Molecular, Celular e Funcional”. Além da
graduação, o Instituto de Biociências possui quatro cursos de Pós-Graduação,
todos com Mestrado e Doutorado (Botânica, Ecologia, Genética e Biologia
Molecular e Biologia Animal). Compõem este Instituto os seguintes centros e
departamentos: Departamento de Biofísica; Centro de Biotecnologia; Departamento
de Botânica; Centro de Ecologia – Ceneco; Departamento de Genética;
Departamento de Zoologia.
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Figura 3 .Campus do Vale , UFRGS – RS
Fonte: Google Earth
Esses centros e departamentos, citados acima, estão localizados no setor 4 da Instituição como é possível
visualizar mais claramente na imagem abaixo. Os prédios que estão contornados em rosa compõem o Instituto de
Biociências.
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Figura 4 .Instituto de Biociências – UFRGS, RS.
Fonte: Google Earth
A missão do Instituto de Biociências, além da proposta para a Universidade em seu Estatuto Geral, é expressa
no artigo 2º do seu Regimento que diz: ”O Instituto de Biociências tem por finalidade o desenvolvimento, por seus
professores, alunos e técnico-administrativos, de atividades de ensino, de pesquisa e de extensão na área das
Ciências da Vida, e sua integração com as demais áreas do conhecimento”.
Abaixo foi apresentada uma breve descrição de cada departamento que compõe o Instituto de Biociências,
objeto deste estudo, com explanação das atividades desenvolvidas e seus históricos para melhor compreensão dos
resultados posteriores.
a. Departamento de Biofísica
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O Departamento de Biofísica foi criado a partir da aprovação do parecer número 761/90, aprovado em reunião
Plenária do Conselho Federal de Educação, que alterou o Estatuto e o Regimento Geral da Universidade, com o
objetivo de desdobrar o Departamento de Fisiologia, Farmacologia e Biofísica em três novos: de Fisiologia, de
Farmacologia e de Biofísica. Em 10/09/1996 inaugurou suas novas instalações no Campus do Vale, dando início à sua
nova fase de expansão do espaço físico bem como do Corpo Docente. Dentre outras linhas de pesquisa, esse
departamento desenvolve atividades em radioanálise. O Laboratório de Radioanálise determina o teor de
radioatividade em amostras de bens destinado à exportação, com vistas à expedição do correspondente certificado.
b. Centro de Biotecnologia
O Centro de Biotecnologia do Estado do Rio Grande do Sul foi criado em dezembro de 1981, através de
convênio entre o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, o Banco de Desenvolvimento do Estado (BADESUL), a
FAPERGS e a UFRGS, com os seguintes objetivos: a) integração de esforços e recursos entre o Estado, Órgãos
Federais e Estaduais de Pesquisa e Apoio Financeiro, as Universidades e as Empresas Privadas do Rio Grande do
Sul; b) execução de projetos de pesquisa em biotecnologia; c) formação de recursos humanos em biotecnologia; d)
promoção de integração entre as entidades públicas e privadas que possa contribuir para o desenvolvimento das
pesquisas. O Centro iniciou as suas atividades em julho de 1982 em área de 220m² cedido pelo Instituto de Pesquisas
Agropecuárias (IPAGRO) da Secretaria da Agricultura, com o apoio financeiro da FAPERGS, BADESUL e
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Em 1988 a nova sede do Centro de Biotecnologia, com uma área de 2400m², foi construída no Campus do Vale
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com recursos da FINEP. No mesmo ano foi criado o Departamento de
Biotecnologia do Instituto de Biociências da UFRGS que passou a funcionar nas dependências do Centro de
Biotecnologia. Ainda em 1988 foi oferecido o primeiro Curso de Especialização em Biotecnologia Moderna de âmbito
nacional, com apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) através do Programa de Capacitação de Recursos
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Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) e da FINEP.
c. Departamento de Botânica.
Este departamento comporta laboratórios e salas de aulas tanto da graduação quanto da pós-graduação. Está
contido neste departamento o programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul que possui os cursos de Mestrado Acadêmico e Doutorado em Botânica. Por iniciativa de um grupo de professores
de Botânica do antigo Instituto de Ciências Naturais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1969, foi
criado o Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, área de concentração em Botânica Sistemática e Ecologia
Vegetal, com a primeira dissertação de mestrado sendo defendida em 1973. Em 1990, esse curso foi recredenciado
pelo Conselho Federal de Educação, com a recomendação de que passasse também a oferecer formação no nível de
Doutorado. Dois anos mais tarde, em 1992, o Curso de Pós-Graduação em Botânica começou a funcionar no nível de
Doutorado e, em janeiro de 1993, teve o seu mérito reconhecido pelo Grupo Técnico Consultivo da CAPES. A primeira
tese de doutorado foi defendida em 1997.
Ao longo dos últimos anos, o Programa se empenhou na redefinição das linhas de pesquisa dentro das
respectivas áreas de concentração que, desde 2002, ficaram assim definidas: 1. Área de Taxonomia Vegetal: Ficologia
e Micologia, Taxonomia de Plantas Vasculares, Etnobotânica; 2. Área de Fisiologia Vegetal: Ecofisiologia Vegetal,
Metabolismo Vegetal e Diferenciação in vitro, Germinação e Desenvolvimento Vegetal; 3. Área de Morfologia Vegetal:
Morfologia e Anatomia de Órgãos Vegetativos e Reprodutivos de Plantas Vasculares, Palinologia; 4. Área de Ecologia
Vegetal: Fitoecologia de Comunidades e Populações, Fitogeografia. As modificações, em síntese, geraram linhas mais
abrangentes e adequadas à área de atuação dos pesquisadores que fazem parte de seu corpo docente.
d. Centro de Ecologia
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89
O Centro de Ecologia – Ceneco – é um órgão auxiliar do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Fazem parte deste o Departamento de Ecologia e o Programa de Pós-Graduação em Ecologia.
Destaca-se por promover pesquisas, ensino e extensão, realizando projetos e serviços na área de análise e
monitoramento ambiental. Oferece apoio técnico e infra-estrutura ao PPG - Ecologia, ao curso de graduação em
Ciências Biológicas e ao curso técnico de Controle e Monitoramento Ambiental. Possui corpo técnico formado por uma
equipe multidisciplinar e qualificada de químicos, engenheiros químicos, biólogos, geógrafos, geólogos, agrônomos,
além de técnicos químicos e técnicos em monitoramento e controle ambiental.
O Departamento de Ecologia da UFRGS foi criado em 1991, a fim de atender uma crescente demanda por
disciplinas de cursos de graduação, bem como propiciar uma melhor sustentação ao já existente Curso de Pós-
Graduação em Ecologia e congregar institucionalmente atividades interdisciplinares na área.
Atualmente ocupa três andares de dois prédios, que compreendem salas de aulas, laboratórios dentre eles:
microscopia, limnologia, ecologia animal, entomologia e zooplâncton, laboratório de ecologia vegetal, microbiologia,
cromatografia, absorção atômica, bioindicação vegetal. Compreende também salas de lavagem, laboratório de
geoprocessamento, ecologia de vertebrados, ecotoxicologia e geoquímica ambiental. Somamos um total de 19
gabinetes de docentes também, quatro banheiros e cinco salas que são discriminadas como anexos.
e. Departamento de Genética
A história do atual Departamento de Genética do Instituto de Biociências teve início com o Laboratório de
Genética, fundado pelo Prof. Dr. Antônio Rodrigues Cordeiro no ano de 1949, na então Faculdade de Filosofia da
UFRGS. Em 1952, o Prof. Dr. Francisco M. Salzano veio reunir-se ao Prof. Cordeiro, depois de ter realizado um
estágio em Genética na Universidade de São Paulo, em 1951. Com a fundação do Instituto de Ciências Naturais em
1953, o Laboratório de Genética alcançou o "status" de Seção de Genética. O Instituto de Ciências Naturais foi extinto
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em 1971, em decorrência da reforma universitária, sendo criado, em seu lugar, o Instituto de Biociências, do qual a
Seção de Genética passou a fazer parte, agora com a denominação de Departamento de Genética.
Em relação direta com as linhas de investigação de seus docentes, no Departamento de Genética existem,
atualmente, laboratórios de pesquisa em: eletroforese de plantas e insetos, cultura de tecidos vegetais e transformação
de plantas, citogenética vegetal, citogenética e evolução de Drosophila, imunogenética, mutagênese, citogenética de
vertebrados, investigação de DNA, eletroforese de proteínas animais, hemostasia, grupos sangüíneos e
aconselhamento genético.
f. Departamento de Zoologia
O Departamento de Zoologia ocupa dois pavimentos do prédio 43435. Esse departamento conta com os
seguintes grupos de pesquisa e laboratórios: Ecologia, diversidade e conservação de insetos, Laboratório de Ecologia
de Insetos; Entomologia (sistemática), Biologia, Ecologia, Morfologia e Comportamento de Insetos, Laboratório de
Ecologia de Insetos, Laboratório de Entomologia, Laboratório de Morfologia Comparada de Insetos, Crustáceos
Neotropicais, Laboratório de Carcinologia, Ictiologia, Laboratório de Ictiologia, Herpetologia, Laboratório de
Herpetologia, Vertebrados, Laboratório de Mastozoologia e Ornitologia, Invertebrados e comunidades aquáticas,
Laboratório de Malacologia, Laboratório de Invertebrados bentônicos, Helmintologia, Laboratório de helmintologia;
Programa macacos urbanos e Laboratórios de ecologia de insetos.
4. 2 A Gestão Ambiental na UFRGS
A Gestão Ambiental da UFRGS iniciou pela criação de sua Política Ambiental e da nomeação de uma Comissão
para a sua implantação. De acordo com os passos exigidos pela norma 14000/2004 e pelas etapas obrigatórias de um
SGA, que neste trabalho foram apresentadas por Naime (2004), a criação de uma política ambiental representa o
primeiro e um dos mais importantes procedimentos para a implantação de um SGA. Pois a instituição baseará todas
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suas ações e procedimentos perante os princípios propostos na política ambiental desenvolvida. Com os resultados
obtidos, em 2007 foi criada a Coordenadoria de Gestão Ambiental para dar efetividade à implantação da Gestão. De
acordo com a proposta de Ribeiro(2005), presencia-se que esta instituição está adotando ferramentas para passar a
agir de uma forma ativa sobre os impactos causados, e sobre sua responsabilidade perante a causa ambiental.
Comprovam essas ações as atividades desenvolvidas na instituição, como a qualificação de agentes ambientais,
responsáveis locais pela gestão, além de atividades concretas como a implantação de um programa de Coleta Seletiva
(anexo 21) e uma proposta de compostagem para a UFRGS.
Figura 5. Estrutura da Comissão de SGA da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fonte: UFRGS,2007.
Como visto na figura 5, onde são apresentados todos os níveis da estrutura da comissão de SGA da UFRGS, se
expande as subdivisões constituídas por:
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A. Comitê Diretor: Constituído pelo Reitor, Vice-Reitor, Coordenador de Gestão Ambiental, Pró-Reitores e
Secretários da PROGRAD, PRORH, SUINFRA, SAE, PROPLAN, PROPG e da PROREXT. Tem como função a
orientação geral para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental, como a aprovação de Normativas e Diretrizes,
e demais ações visando sua execução.
B. Coordenação Executiva: Constituído pelo Coordenador de Gestão Ambiental, um Coordenador Adjunto e os
Coordenadores dos Órgãos e Projetos participantes da Coordenadoria de Gestão Ambiental, como CGTRQ2, SPR3,
Resíduos de Serviços de Saúde, Compostáveis, REVIS4, Edificações Sustentáveis, Educação Ambiental,
Racionalização de Uso de Recursos Energéticos e Água, além dos Coordenadores por Campi. É de caráter executivo,
devendo implantar o Sistema de Gestão Ambiental através do desdobramento dos Planos de Ação do planejamento
ambiental ou da articulação da execução de atividades específicas, como o gerenciamento de resíduos, bem como
encaminhar, ao Comitê Diretor, propostas de Normativas e Diretrizes.
C. Conselho Ambiental: De caráter consultivo, é composto por todos os agentes ambientais, integrantes do
GIGA5 e representantes da UFRGS em órgãos externos com ação na área ambiental (CONSEMA COMAM, Comitês
de Bacias,...). Tem como função subsidiar as discussões metodológicas, bem como as Diretrizes e Normativas,
propondo também os grandes temas a serem debatidos para o aprofundamento da prática ambiental em todos os
âmbitos da UFRGS, acompanhamento do SGA.
D. Coordenação Campi: Constituído pelos Agentes Ambientais de cada Campus Universitário, sob a
coordenação de um membro da Coordenação Executiva. Tem como função implantar o Sistema de Gestão
2 CGTRQ Existe na UFRGS um Centro de Gestão e Tratamento de Resíduos Químicos que tem a qualificação de receber e tratar resíduos
químicos. 3 SPR – Serviço de Proteção Radiológica. Embora os pesquisadores que empregam fontes de radiação sejam responsáveis pela segurança das mesmas, a responsabilidade normativa maior é atribuída à Direção da instalação que, no presente caso, é a Reitoria da UFRGS. 4 REVIS Refúgio de Vida Silvestre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (REVIS UFRGS), Porto Alegre, RS. 5 Giga: Grupo Interdissiplinar de Gestão Ambiental da UFRGS
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Ambiental em cada Campus da UFRGS aplicando os elementos do Planejamento Ambiental, medindo e informando
a sua eficiência, desdobrando sua ação em Planos de Ação com metas.
A tomada de consciência quanto à maior intimidade com ações e programas de gestão ambiental que aborda
Souza (2004) em sua discussão é bem presente nesta instituição. Isso pode ser compreendido em sua Política
Ambiental e nos passos dados no que se referem à disciplina de compromissos e cumprimento dos objetivos
propostos.
4.3 Resultados de cada departamento que compõe o Instituto de Biociências
Com base no método descrito no subitem 4.1, onde foi realizada a coleta das características de cada sala e
laboratório visitados, foram elaboradas tabelas com a disposição de todas as causas potenciais encontradas com base
na observação dos ambientes como método para elencar aspectos e impactos ambientais. Como descrito por Shenini
et al (2005), aspectos ambientais são elementos das atividades que podem interagir com o meio ambiente causando
impactos, por isso a necessidade de conhecimento e estudo desses fatores.
Exemplos de causas potenciais, pode-se mencionar as características de iluminação fora do padrão e a
presença de pombos nos ambientes entre outras que serão descritas no decorrer desta discussão. As tabelas
elaboradas criterizam cada causa potencial de acordo com sua gravidade, causa, detecção e facilidade de implantação
da ação recomendada. Todas as tabelas construídas neste estudo estão disponíveis em anexo neste trabalho,
possibilitando o conhecimento detalhado do valor dado a cada critério e a cada causa potencial.
A partir das tabelas construídas sobre o levantamento prático realizado e que estão no final deste trabalho em
formato de anexo, construiu-se tabelas derivadas para orientar gráficos ilustrativos, onde então foram apresentadas as
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causas potenciais de impactos ambientais em cada departamento com a média de seus IRAs. Através da
representação dos dados encontrados em cada departamento em forma de tabela e de gráfico, a discussão de seus
resultados abordaram as primeiras quatro maiores causas potenciais de impactos ambientais, sendo possível
conhecer as causas restantes com visualização nos gráficos.
Quanto à análise sobre os equipamentos elétricos, neste trabalho menciona-se o consumo de energia elétrica
em relação ao consumo das lâmpadas em cada departamento e também foi calculado o consumo de energia elétrica
dos monitores. Optou-se pela análise desses dois fatores por serem os itens mais comuns de todo o Instituto de
Biociências e também por existir alternativas acessíveis para a substituição tanto de lâmpadas com alto consumo de
energia, quanto de monitores do modelo CRT que tem um gasto energético maior, podendo assim ser modificados
conforme sugestão do plano de ações desse trabalho em curto prazo. Pelas características do local estudado em
apresentar uma grande quantidade de equipamentos científicos, a análise deles exigiria um maior tempo de pesquisa
para assim poder conhecer a potência de todos esses equipamentos. A acessibilidade de informações quanto ao
consumo de energia desses dois itens (lâmpadas e monitores) foi uma outra justificativa por sua escolha.
Diante do proposto, apresenta-se os resultados de cada departamento estudado com a ilustração do gráfico de
média de IRAs. É discutido também em cada departamento o consumo de energia elétrica de lâmpadas e monitores
de computadores, com os respectivos cálculos de economias sugeridas. Logo após a apresentação de todos os
departamentos, tem-se a avaliação globalizada do Instituto de Biociências, onde agrupou-se as médias de todas as
causas potencias mencionadas.
4.3.1 Resultados do Departamento de Biofísica
95
95
O Departamento de Biofísica é composto por dois pavimentos. Nos anexos 1 e 2 está apresentado em formato
de tabelas os aspectos e impactos ambientais encontrados neste departamento, com o valor dado para cada ação
descrita de acordo com a avaliação do FMEA, sendo representado em uma tabela por pavimento. De modo a
representar claramente os resultados encontrados, sintetizou-se as causas potenciais destes dois pavimentos
apresentados nos anexos mencionados e foi feita a média de seus IRAs, o gráfico expressos abaixo.
Figura 6 . Representação gráfica das ordens dos IRAS do depto de Biofísica
Fonte: Elaborado pela autora.
Biofísica
480
630
900
1008
1200
2700
4200
5000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Ilum.fora padrão
Carpetes
Destilação
Capelas lib.gas
Monitores CRT
Papel branco
Armz. Reag.Quim.
Falta limp. Ar- cond
CA
US
AS
PO
TE
NC
IAIS
Ira
96
96
Através da análise realizada sobre a observação do gráfico acima, é possível visualizar que destacam-se como
maiores causas potenciais de impactos ambientais a falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de
manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. As informações obtidas com os profissionais que trabalham no local
mencionam a inexistência de limpeza dos filtros dos aparelhos de ar-condicionado, causa de impacto tanto nas
condições de saúde do local quanto no consumo de energia elétrica. A seguir, o armazenamento de reagentes
químicos em local sem ventilação, podendo causar acidentes ou contaminação, tem a sua média de IRA em 4200,
sendo assim a segunda maior causa potencial de impactos terceira maior causa potencial. Tendo apresentado a média
do IRA com valor de 1200, o uso ambientais neste departamento. O uso de papel branco clorado6 representa a de
monitores CRT é a quarta causa potencial de impacto ambiental no departamento de Biofísica.
Na contabilização dos dois pavimentos deste departamento foram encontradas 477 lâmpadas de 60W (fora do
padrão UFRGS). Os monitores presentes totalizam 41 aparelhos do modelo CRT e 7 do modelo LCD. De acordo com
cálculo apresentado no sub-item 3.2 da metodologia deste trabalho, foi calculado o consumo total de 477 lâmpadas de
60W em um mês:
Ct (60W) = cm x ql
Consumo total de 477 (60W) = 10,286 kWh x 477 = 4906,422 kWh
Consumo total x valor do kWh = 4906,422 kWh x 0,435 = R$ 2134,30
- 6 Na produção do papel branqueado são usados diversos produtos clorados que são altamente tóxicos e poluentes. São necessárias três
toneladas de árvores para produzir uma tonelada de papel.
97
97
Ct (32W) = cm x ql
Consumo total de 477= 5,486 kWh x 477 = 2616,822 kWh
Consumo total x valor do kWh =2616,822 kWh x 0,435 = R$ 1138,31
=
Economia de = R$ 2134,30 - R$ 1138,31 = R$ 995,99 mês
O consumo de 477 lâmpadas em um mês (considerando dias úteis) é de 4906,422kWh, multiplicando pelo valor
do kWh que é de R$0,435, sabe-se que os gastos com energia elétrica apenas em lâmpadas neste departamento é de
R$2133,13 mensais. Se as mesmas 477 lâmpadas fossem do modelo padrão da UFRGS (lâmpadas de 32W com
calha espelhada), teriamos um consumo de 2616,822kWh, em reais isso representa R$1138,31 por mês.
Então é possível concluir que a utilização de lâmpadas do modelo padrão que a UFRGS propõe, se implantada
neste departamento, poderia gerar uma economia de R$995,99 por mês .No final de 12 meses, somaria-se
R$11951,88 de economia conquistada. Basta salientar que foram analisados apenas os ganhos econômicos em
relação ao consumo de energia dos dois modelos de lâmpadas (60W e 32W), não foram feitas bases de cálculos
quanto ao valor da calha espelhada para substituição.
Em relação aos monitores dos modelos CRT e LCD foram feitas mesmas análises, encontramos neste
departamento 41 monitores CRT, sabe-se conforme cálculo realizado no sub-item 3.2 da metodologia deste trabalho
que um monitor CRT consome 12,857kWh por mês se usado 8 horas por dia, enquanto um monitor LCD consome
6kWh por mês se também usado neste mesmo período. De acordo com o calculo abaixo realizado conclui-se que a
economia gerada com a substituição dos monitores dos computadores do modelo CRT para o modelo LCD seria de
R$122,29 por mês. Cabe salientar que se pretendeu demonstrar com esses cálculos de economia de substituição de
novas alternativas que consomem menos energia as tecnologias disponíveis que prezam o menor consumo de energia
elétrica possível.
98
98
Consumo total de 41 CRT = 12,857 kWh x 41 = 527,137 kWh mês
Consumo total x valor do kWh = R$ 229, 30 mês
-
Consumo total de 41 LCD = 6 kWh x 41 = 246 kWh mês
Consumo total x valor do kWh = R$ 107,01 mês
=
Economia de R$ 122,29 mês
4.3.2 Resultados do Centro de Biotecnologia
O Centro de Biotecnologia é composto por 3 pavimentos. Nos anexos 3, 4 e 5 estão dispostas as tabelas com a
avaliação realizada pelo FMEA em relação aos aspectos e impactos ambientais, menciona-se nestes anexos os
índices das causas potenciais. Foi efetuado o cálculo da média dos IRAs dos 3 pavimentos para assim poder
apresentar os resultados do Departamento de Biotecnologia. A média encontrada está representada no gráfico
ilustrativo da importância das causas potenciais de impactos ambientais.
99
99
Biotecnologia
168
630
630
720
900
1008
1170
1200
1323
1440
2070
5000
5000
6300
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Apar. Fluxo pessoas
Carpetes
Falta de uso de epis
Ilum.fora padrão
Destilação
Capelas lib.gas
Copos descartáveis
Monitores CRT
Ruído equipamentos
Desc. Coleta seletiva
Papel branco
Falta limp. Ar- cond
Falta manut. Ar-cond
Armz. Reag.Quim.
CA
US
AS
PO
TE
NC
IAIS
IRA
Figura 7. Representação gráfica das ordens dos IRAs no Centro de Biotecnologia
Fonte: Elaborado pela autora.
100
100
O armazenamento de reagentes químicos em local sem ventilação, podendo causar acidentes ou
contaminação, foi apontado pela avaliação dos índices do FMEA como sendo a causa potencial de impactos
ambientais. Abaixo, a figura 8 apresenta um depósito de reagentes e resíduos químicos, localizado embaixo da
escada. Por ser um local sem ventilação, devido ao risco de acidentes que o ambiente expõe, no caso de explosões ou
incêndio, e por ser embaixo de uma escada, local de circulação de pessoas, os critérios do FMEA apontaram esta
como sendo a causa com maior relevância dentre as demais causas potenciais estudadas neste centro.
Apresentadas como segunda causa potencial a falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de
manutenção do ar-condicionado obtiveram uma média do IRA de 5000. E o uso de papel branco clorado em seguida
apresenta-se como a terceira causa potencial do Centro de Biotecnologia.
Falta de conhecimento das pessoas sobre a coleta seletiva se dá como sendo a quarta causa potencial desta
análise, onde a média do IRA dos 3 pavimentos resultou em 1440. Esta causa se refere à falta de conhecimento que
as pessoas têm em relação ao sistema de separação de lixo que foi implantado como padrão na UFRGS, mas também
está incluso nela o conhecimento da forma correta de separar os resíduos em recicláveis e não recicláveis. Notou-se
durante o trabalho prático que grande parte das pessoas que trabalham no local tem dúvidas quanto à destinação de
alguns resíduos em suas lixeiras.
101
101
Figura 8. Depósito de reagentes e resíduos no Centro de Biotecnologia
Fonte. Fotografado pela autora.
No Centro de Biotecnologia foram encontradas 592 lâmpadas de 60W (fora do padrão UFRGS) e 95 lâmpadas
de 32W (padrão UFRGS). Calculando-se da mesma forma como foi feito no Departamento de Biofísica, é possível
encontrar que o gasto de energia elétrica, primeiro o gasto que se tem com as lâmpadas de 60W e respectivamente o
gasto possível se as mesmas lâmpadas fossem do modelo 32W:
Ct (60W) = cm x ql
Consumo total de 592 (60W) = 10,286 kWh x 592 = 6089,312 kWh
Consumo total x valor do kWh = 6089,312 x 0,435 = R$ 2648,86
-
Ct (32W) = cm x ql
Consumo total de 592 = 5,486 kWh x 592 = 3247,712 kWh
102
102
Consumo total x valor do kWh = 3247,712 kWh x 0,435 = R$ 1412, 76
=
Economia de = R$ 2648,86 - R$ 1412, 76 = R$ 1236,10
A economia gerada com a substituição de lâmpadas de 60W para as lâmpadas de 32W em termos de energia
elétrica é de R$1236,10 por mês. No final de 12 meses tem-se um acumulado de R$14.833,20. As informações
concedidas pelo agente ambiental deste departamento é de que a iluminação está sendo substituída para o modelo
padrão da UFRGS de acordo com a necessidade de manutenção.
Quanto aos monitores do modelo CRT, foram encontrados 82 equipamentos, e do modelo LCD existem 25
equipamentos. A adesão a esses monitores está sendo feita de acordo com a necessidade de substituição dos
existentes defeituosos e é feita a opção desses modelos em novas compras.
Consumo total de 82 CRT = 12,857 kWh x 82 = 1054,274 kWh mês
Consumo total x valor do kWh = R$ 458,60 mês
-
Consumo total de 82 LCD = 6 kWh x 82 = 492 kWh mês
Consumo total x valor do kWh = R$ 214,02 mês
=
Economia de R$ 244,58 mês
4.3.3 Resultados do Departamento de Botânica
103
103
O departamento de Botânica está distribuído em três prédios ocupando 6 pavimentos. Nos anexos 6, 7, 8, 9, 10
e 11 estão representadas as tabelas, uma por pavimento, com todos os aspectos e impactos ambientais identificados
no Departamento de Botânica. As causas potenciais desses impactos estão com seus índices de classificação que
foram dados através da criterização do FMEA. Foram reunidos todos os IRAS dos 6 pavimentos e calculada a média,
encontrando assim o IRA do Departamento de Botânica, possibilitando então construir uma conclusão sobre os
maiores impactos deste. A partir da média encontrada foi elaborado o gráfico a seguir representando a ordem das
causas potenciais.
No Departamento de Botânica a média do IRA de todos os pavimentos evidenciou a causa ambientes sem
ventilação com ênfase nas bibliotecas, que obteve um índice de 7200 em seu IRA. Por ser um local considerado
insalubre deu-se como sendo esta a maior causa potencial de impacto ambiental. Sua insalubridade fora considerada
devido a suas características, pois no caso da biblioteca, observou-se a insuficiência de janelas, a inexistência de ar-
condicionados ou exaustores e uma grande quantidade de livros por sua grande área, sendo assim um local
inadequado de trabalho, tanto para estudantes quanto para funcionários. Pode-se citar também nesta causa a falta de
ventilação em depósitos de reagentes. A falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de manutenção do ar-
condicionado aparecem também neste departamento. Em segunda posição quanto à importância de causa potencial,
elas se apresentam com uma média de IRA de 5000.
Em terceira ordem de importância quanto às causas potenciais apontadas no Departamento de Botânica,
classificou-se a presença de pombos próximos às janelas e aos aparelhos de ar do ar-condicionado. Pombos causam
grandes perturbações e malefícios à saúde do ser humano7. Na figura 10 abaixo é possível visualizar a presença de
7 DOENÇAS CAUSADAS POR POMBAS. Respiratórias: causadas pela inalação de poeira contendo fezes secas dos pombos. Provoca
secreção nos olhos e problemas no pulmão, rins, fígado, ossos e pele. Digestivas: causadas pela ingestão de alimentos e água contaminada
104
104
pombos no parapeito das janelas, essa imagem inclusive retrata uma pomba morta neste local e uma grande
quantidade de excrementos.
pelas fezes das aves. Provoca febre alta súbita, dores de cabeça, diarréias e vômitos. De pele: causadas pelos piolhos das aves. Provoca alergias. Do sistema nervoso central: meningites e toxoplasmose. Afeta a visão e podem levar à morte (www.saude.gov.br) .
105
105
Botânica
240
690
800
1008
1140
1200
1200
1440
1800
2240
2400
2700
2730
4000
5000
5000
7200
900
0 2000 4000 6000 8000
Rachaduras.
Carpetes
Extintores
Destilação
Capelas lib.gas
Geração res. orgânico
Monitores CRT
Limpeza mist.lixo
Desc. Coleta seletiva
Luvas contaminadas
Tubulação
Porta acesso fechada
Papel branco
Armz. Reag.Quim.
Presença de Pombos
Falta de limp. Ar- cond
Falta de manut. Ar-cond
Amb. Sem ventilação
CA
US
AS
PO
TE
NC
IAIS
IRA
b
Figura 9. Representação gráfica das ordens dos IRAS na Botânica.
Fonte: Elaborado pela autora.
106
106
Como quarta causa potencial de impactos ambientais foi apontado o armazenamento de reagentes químicos
em local sem ventilação e sem extintores, podendo causar acidentes ou contaminação. Durante as visitas para o
levantamento dos aspectos e dos impactos ambientais visualizou-se a existência de um depósito de reagentes e
resíduos sem nenhuma ventilação, produtos inflamáveis em condições indevidas, inexistência de extintor dentro e fora
do depósito. Esse depósito localiza-se no final do corredor do prédio 43.432, a porta de acesso do final deste corredor
é mantida fechada sempre como medida de segurança contra furtos, o que acentua, em caso de um acidente ou
incêndio, as dificuldades quanto à minimização deles.
Figura 10 .Imagem de escrementos de pombas e pomba morta no parapeito das
janelas do Prédio 43433 do Departamento de Botânica.
Fonte: Profa. Lilian Eggers
107
107
Na contabilização das lâmpadas, foram encontradas 1076 lâmpadas de 32W (padrão UFRGS), e 330 lâmpadas
de 60W (fora do padrão UFRGS). Na avaliação do FMEA quanto à criterização das causas potenciais a causa
iluminação fora do padrão da UFRGS não teve relevância tanto pelo número baixo de lâmpadas de 60W existentes
quanto pela substituição que vem sendo realizada.
O número de monitores CRT é de 72 aparelhos e 14 são do modelo LCD. Sendo o gasto de um monitor CRT de
12,857kWh por mês de dias úteis e de um monitor LCD de 6kWh por mês, calculou-se quanto os 72 aparelhos de CRT
ligados 8 horas diárias consomem de recurso energético e qual seu custo econômico, depois fez-se o mesmo cálculo
supondo que esses monitores fossem de LCD. Abaixo está apresentado o cálculo:
Consumo total de 72 CRT = 12,857 kWh x 72 = 925,704 kWh mês
Consumo total x valor do kWh = R$ 402,50 mês
-
Consumo total de 72 LCD = 6 kWh x 72 = 432 kWh mês
Consumo total x valor do kWh = R$ 187,92 mês
=
Economia de R$ 214,58 mês
Se for feito o comparativo econômico da utilização dos monitores LCD conclui-se que há uma economia de
R$214,58 por mês neste departamento. Esse valor no acumulado de um ano representaria a economia de R$2.574,96.
Com base no Anexo 21, o valor de um aparelho de LCD é de R$599,00, com a economia de gastos de energia elétrica
na substituição, dá para comprar 4 monitores de LCD por mês.
108
108
4.3.4 Resultados do Centro de Ecologia – Ceneco
O Centro de Ecologia ocupa dois prédios, o 43411 onde ocupa dois pavimentos, 1º e 2º andar, e o prédio
43422 ocupando um pavimento, 1º andar. Conforme os anexos 12, 13 e 14, estão apresentados em formato de
tabelas os índices e a criterização dada pela ferramenta FMEA, reunido-se os IRAs dos três pavimentos foram
realizadas as suas médias, assim conforme representação gráfica, aponta-se a ordem de importância das causas
potenciais.
A falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e a falta de manutenção do ar-condicionado aparecem neste
Centro como as causas potenciais com maior relevância. Em seguida percebe-se que o uso de papel branco clorado
como sendo o tipo predominante de uso do local com sua média de IRA em 2700. Iluminação fora do padrão da
UFRGS está classificada na avaliação do IRA como sendo a terceira causa potencial. Observou-se que todos os
extintores estão vencidos neste Centro, sendo que estes datam sua última recarga em 2001. Devido à característica
do local em utilizar grande quantidade de reagentes, é de suma importância a manutenção dos extintores como forma
de controle de possíveis acidentes.
Foram encontrados durante o trabalho prático alguns problemas muito específicos do local, que não foram
incluídos na avaliação do FMEA por não serem de abrangência de todos os envolvidos do Centro. Quanto à
localização do gerador de eletricidade, conforme relatos e observação, constatou-se que as salas 21, 22 e 23 estão
expostas a alto nível de ruído quando ligado esse equipamento. Por isso, essas salas permanecem com suas portas
sempre fechadas e nos dias de temperatura mais elevada necessitam estar com o ar condicionado sempre ligados.
109
109
Ecologia
280
320
360
693
765
900
900
924
1120
1157
1600
2700
5000
5000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Interruptores
Ruído do Ar-cond.
Iluminação prec.
Pombos
falta de lixeiras
Monitores CRT
Destiladores
Copos
Capelas lib.gas
Extintores
Ilum.fora padrão
Papel branco
Limp. Ar- cond
Manut. Ar-cond
CA
USA
S P
OTEN
CIA
IS
IRA
Figura 11. Representação gráfica dos IRAS no Centro de Ecologia. Fonte: Elaborado pela autora
Nas salas da Escola Técnica e nos gabinetes 109 e 107 percebeu-se um odor muito forte, tornando o ambiente
insalubre para um longo tempo de permanência. Possível causa do odor é um biotério na parte superior do prédio. Em
algumas salas (107, 103, 105 e 206), foi observado que existe forração em carpete. Esse tipo de forração torna-se um
problema para a questão alergias. Seria mais adequado, para garantir melhores condições de saúde, a sua
substituição por outro tipo de cobertura. Observou-se e também foi relatada pelas pessoas que trabalham no local a
existência de lâmpadas que não funcionam regularmente ou necessitam de algum tipo de adaptação manual para
funcionarem.
110
110
Figura 12. Iluminação da sala da escola técnica, lâmpadas com mal funcionamento
Fonte: Fotografado pela autora
Na contabilização de lâmpadas, totalizaram-se neste Centro 714, todas da potência 60W, sendo classificadas
como fora do padrão da UFRGS. No esquema abaixo é possível concluir que a substituição das lâmpadas de 60W por
lâmpadas de 32W renderia uma economia de R$1.490,15 por mês, no final de 12 meses R$17.881,80 economizados.
Ct (60W) = cm x ql
Consumo total de 714 (60W) = 10,286 kWh x 714 = 7344,204 kWh
Consumo total x valor do kWh = 7344,204 x 0,435 = R$ 3193,25
-
111
111
Ct (32W) = cm x ql
Consumo total de 714 = 5,486 kWh x 714 = 3917,004 kWh
Consumo total x valor do kWh = 3917,004 kWh x 0,435 = R$ 1703,11
=
Economia de = R$ 3193,25 - R$ 1703,11 = R$ 1490,15 mês
Em se tratando dos monitores do local estudado, do modelo CRT contou-se 77 aparelhos e 6 do modelo LCD.
Sabendo-se conforme cálculo desenvolvido neste trabalho que um monitor do modelo CRT consome 12,857kWh por
mês e que um monitor do modelo LCD consome 6kWh por mês, observando o cálculo do consumo dos monitores nos
seus diferentes modelos é possível gerar uma economia de R$229,68 por mês, sendo R$2.756,16 economizados no
final de um ano.
Consumo total de 77 CRT = 12,857 kWh x 77 = 989,989 kWh mês
Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 430,65 mês
-
Consumo total de 77 LCD = 6 kWh x 77= 462 kWh mês
Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 200,97 mês
=
Economia de R$ 229,68 mês
4.3.5 Resultados do departamento de Genética
112
112
O departamento de Genética está disposto em 2 prédios, ocupando 4 pavimentos. Estão disponíveis nos
anexos 15, 16 e 17 as tabelas com a avaliação realizada pelo FMEA. Destes anexos foram retiradas às causas
potenciais e o IRA de cada uma das tabelas e depois realizada a média deles, o que resultou no gráfico explicativo
abaixo.
Na conclusão da média dos IRAs da avaliação feita pelo FMEA, a causa resíduos que são liberados na rede de
esgoto sem tratamento foi apresentada com sua média de IRA de 3800, este departamento conta com um grande
número de laboratórios. Mais precisamente pode-se falar que de acordo com relatos dos profissionais que trabalham
no local, os resíduos que são utilizados e posteriormente descartados basicamente são fenol-clorofórmio, ácido
acético+álcool, gel de brometo de etídio diluído. Falta de limpeza do filtro do ar-condicionado e falta de manutenção
do ar-condicionado aparecem neste levantamento como segunda maior média dos IRAs. Em terceiro lugar apresenta-
se o uso de papel branco clorado e o armazenamento de resíduos químicos e drogas em local inadequado, podendo
causar acidentes ou contaminação, e está em quarto lugar em ordem das médias do IRA calculados o armazenamento
de todos os tipos de drogas, resíduos e reagentes manuseados neste departamento. As condições de armazenamento
disponíveis para eles são de ocupação de uma sala, onde são armazenados dentro de um grande armário. Esta sala
não possui ventilação e nenhum sistema de exaustão, o que exigiria máscaras de proteção das pessoas teriam acesso
ao local.
As lâmpadas encontradas contabilizam 485 do proposto padrão UFRGS (32W) e fora do padrão (60W)
encontrou-se 441 lâmpadas. Conhecendo-se que o consumo de uma lâmpada de 60W é de 10,286kWh, calculou-se o
consumo das 441 lâmpadas da potência 60W (fora do padrão UFRGS), para assim estipular-se a economia na
adaptação da iluminação padrão.
Ct (60W) = cm x ql
Consumo total de 441 (60W) = 10,286 kWh x 441 = 4536,126 kWh
Consumo total x valor do kWh = 4536,126 x 0,435 = R$ 1,972,31
113
113
-
Ct (32W) = cm x ql
Consumo total de 441 = 5,486 kWh x 441 = 2419,326 kWh
Consumo total x valor do kWh =2419,326 kWh x 0,435 = R$ 1051,92
=
Economia de = R$1,972,31 - R$1051,92 = R$ 920,38 mês
Conforme é possível visualizar no cálculo de comparações de consumo pelas duas alternativas de lâmpadas, os
ganhos quanto ao fator economia são bastante consideráveis. E se forem contabilizados esses ganhos mensais no
final de 12 meses, a economia gerada é de R$11.044, 56, considerando como já mencionado nos outros
departamentos apenas a substituição das lâmpadas e desconsiderando o custo de reatores e calhas espelhadas.
114
114
Genética
168
240
420
630
630
900
1080
1152
1200
1200
1280
1440
1440
2240
2700
3250
3250
3800
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Aparelhos.dif.pas.
Acesso ar-cond.
Carpetes
Carpetes
Tóxicos sem Epis
Destiladores
Copos plásticos
Capelas lib. Gás
Ilum.fora padrão
Monitores CRT
Pombos
Desc. Coleta seletiva
Lixo mist.coleta
Armaz. Resíduos
Papel branco
Limp. Ar- cond
Manutenção ar-cond
Res. Rede esgoto
CA
US
AS
PO
TE
NC
IAIS
IRA
115
115
Figura 13. Representação gráfica das ordens dos IRAS na Genética. Fonte: Elaborado pela autora
Os monitores encontrados do modelo CRT foram 77 aparelhos e 9 unidades do modelo LCD. Foram realizados
os cálculos dos ganhos energéticos e econômicos da substituição do modelo CRT por LCD.
Consumo total de 77 CRT = 12,857 kWh x 77 = 989,989 kWh mês
Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 430,65 mês
-
Consumo total de 77 LCD = 6 kWh x 77= 462 kWh mês
Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 200,97 mês
=
Economia de R$ 229,68 mês
A economia obtida na substituição é de R$229,68 mensais, considerando-se apenas a substituição dos
aparelhos, não considerando o preço dos novos adquiridos. A economia no acumulado do ano é de R$2.756,16.
4.3.6 Resultados do departamento de Zoologia
O Departamento de Zoologia está concentrado em 2 pavimentos ocupando um prédio. Estão apresentadas nos
anexos 18 e 19 as tabelas de avaliação da ferramenta FMEA com os dados índices de criticidade. Neste
departamento, como pode-se observar na figura referenciada pela tabela(nº), as maiores causas potenciais
116
116
encontradas de acordo com a avaliação do FMEA são a falta de limpeza dos filtros de ar condicionado8 que aqui
aparecem repetidamente por representar um grande impacto ambiental tanto na ordem de consumo de energia elétrica
quanto na importância de interferência das condições de salubridade. Em seguida tem-se o uso de papel branco
clorado com a sua média de IRA em 2700, representando a segunda maior causa potencial de risco ambiental. Quanto
a este fator uso de papel branco, é abundante o uso desse tipo de papel em todos os departamentos, o que foi
presenciado são ações pontuais de algumas pessoas que trabalham no local fazerem o aproveitamento máximo de
suas folhas, utilizando-se os versos das páginas ou como rascunho e posteriormente encaminha-las para reciclagem.
A falta de conhecimento das pessoas sobre a coleta seletiva é um fator muito relevante na avaliação de impactos
ambientais, pois ela representa uma etapa fundamental para se atingir o objetivo do processo.
8 A falta de limpeza nos filtros e dutos de ar refrigerado propicia o desenvolvimento de microrganismos - fungos, bactérias e leveduras - que
podem levar os ocupantes de ambientes climatizados a contraírem doenças respiratórias, infecciosas ou alérgicas. A portaria N.º 523, de agosto de 1998 se refere basicamente ao estabelecimento de uma rotina de procedimentos de limpeza em sistemas de refrigeração.
117
117
Zoologia
600
720
900
1008
1152
1260
1440
2700
5000
5000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Monitores CRT
Extintores
Destiladores
Lixo mist.coleta
Capelas lib.gas
Armaz.resíduos
Desc.coleta
Papel branco
Limp. Ar- cond
Manut. Ar-cond
CA
US
AS
PO
TE
NC
IAIS
IRA
Figura 14. Representação gráfica das ordens dos IRAS encontrados na Zoologia
Fonte: Elaborada pela autora Neste departamento foram encontradas 410 lâmpadas, sendo estas todas modelo 32W com calha espelhada
como objetiva o padrão da Instituição. Ao que se trata de uso de monitores dos computadores, encontrou-se 53
aparelhos do modelo CRT e 7 do modelo LCD. No cálculo a seguir foi realizado o cálculo do consumo de energia dos
monitores CRT e seu valor em reais/kWh. Observa-se que a economia resultante do uso da mesma quantidade de
monitores apenas no modelo LCD é de R$158,09 mensais. Esse valor considerado em um ano seria de R$1.897,80.
118
118
Consumo total de 53 CRT = 12,857 kWh x 53 = 681,421 kWh mês
Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 296,42 mês
-
Consumo total de 53 LCD = 6 kWh x 53= 318 kWh mês
Consumo total x valor do kWh (0,435) = R$ 138,33 mês
= Economia de R$ 158,09 mês
4.4 Conclusões sobre o Instituto de Biociências Para apresentar as causas potenciais de atividades mais impactantes do Instituto de Biociências, foram
reunidos os impactos que apontaram o IRA mais elevado de cada centro e departamento que o compõe. Com a
reunião dos IRAs mais relevantes, foi elaborada uma tabela de avaliação do FMEA para analisar cada uma dessas
atividades e assim para ser apontado qual o maior problema em relação a impactos encontrado neste Instituto. Foi
elaborada uma nova tabela de avaliação do FMEA após a reunião dos maiores impactos de todo o Instituto (ANEXO
20), feita assim uma nova criterização, levando em consideração a ordem de importância do impacto para todos os
centros e departamentos. A sintetização desta tabela do Anexo 20 está resumida no gráfico logo em seguida, onde
visivelmente é possível reconhecer os maiores impactos encontrados.
É possível concluir que a falta manutenção e de limpeza do filtro do ar-condicionado apresentam-se como os
maiores problemas deste Instituto, onde em 90% das tabelas de avaliação do FMEA este impacto elenca os maiores
IRAs e, como conseqüência, teve a maior importância quando avaliado no quadro geral. A causa iluminação fora do
padrão da Instituição foi criterizada na avaliação como sendo o consumo de energia elétrica o aspecto ambiental.
119
119
Quanto ao impacto ambiental desta causa foi conseqüentemente condicionado o comprometimento dos recursos
naturais.
Armazenamento de reagentes químicos em local inadequado9, podendo causar acidentes ou contaminação
aparece como o segundo impacto dentre os com maior relevância quando criterizado pelo FMEA na tabela de
avaliação. Foram encontrados em todos os departamentos reagentes químicos armazenados em condições
inadequadas. Estão eles em locais não apropriados, como salas de outras atividades, no departamento de Zoologia foi
encontrado um depósito de resíduos em uma sala de coleções líquidas (animais dentro do álcool), sem nenhum
sistema de exaustão ou ventilação. Em alguns laboratórios foram encontrados frascos para deposição de resíduos
com etiquetas identificadoras em todos eles, mas então predominava o grande acúmulo de resíduos químicos de
muitos anos. No departamento de Botânica foram encontrados resíduos químicos que datam 12 anos de
armazenamento.
Um outro grande problema encontrado em quase todos os departamentos e que se classificou como a terceira
causa potencial foi a presença de pombos próximo às janelas e aos aparelhos de ar do ar-condicionado. O aspecto
ambiental desta causa potencial é classificado como salubridade e o impacto ambiental resulta no comprometimento
da saúde, como grandes causadores de problemas de ordem respiratória já descritos anteriormente, essa causa
compromete as boas condições de trabalho em alguns locais. Relatou-se em alguns departamentos, como por
exemplo, na Botânica, a impossibilidade de abrir janelas e ligar aparelhos de ar-condicionado como prevenção de
contrair doenças devido à quantidade de excremento desses animais.
9 Deverão ser armazenados nos laboratórios os resíduos de metais para recuperação e os resíduos passíveis de tratamento/destruição
(exceto solventes a recuperar). Frascos destinados a resíduos ácidos e básicos deverão ser armazenados em locais diferentes, para evitar confusões no momento do descarte. O mesmo deve ser feito para resíduos ácidos e orgânicos. NUNCA armazenar frascos de resíduos na capela.
120
120
Resíduos químicos que são liberados na rede de esgoto10 sem tratamento obteviveram uma média de IRA de
3600, sendo assim disposto em quarto lugar na ordem das causas potenciais. Cabe ressaltar que essa causa potencial
tem maior ocorrência no departamento de Genética, de acordo com relatos das pessoas que ali trabalham. No anexo
15 é possível conhecer os valores obtidos na avaliação realizada sob essa questão, mais especificadamente do
departamento de Genética.
10 Descarte de resíduos químicos: Em geral, podem ser descartados diretamente na pia (após diluição-100x e sob água corrente) os compostos solúveis em água (pelo menos 0,1g ou 0,1ml/3 ml de água) e com baixa toxicidade. Para os orgânicos é preciso que também sejam facilmente biodegradáveis. Quantidade máxima recomendável: 100 g ou 100 ml, por ponto,por dia.
121
121
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
400
420
480
900
1008
1080
1200
1440
1440
2700
2880
3600
5000
5000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Falta lixeiras
Armaz.de reagentes
Ilum.fora padrão
Destiladores
Gases capelas
Copos plásticos
Mnitores CRT
Separação incorre.
Extintores
Papel branco
Falta ventilação
Resíduos. Rede
Falta limpz. Ar-cond
Falta manut.ar-condC
AU
SA
S P
OT
EN
CIA
IS
IRA
Figura 15. Representação gráfica das ordens dos IRAs encontrados na avaliação do FMEA.
122
122
Fonte: Elaborado pela autora Alguns ambientes como depósitos de reagentes e a biblioteca da botânica que não possuem ventilação
obtiveram um IRA de 2880 pontos. Essa causa potencial é significativamente classificada quanto à questão de falta de
controle de acidentes quando citado o fator depósito de reagentes químicos, por essa ser uma causa propícia de
oportunidade de acidentes. A salubridade é comprometida por esta causa se analisada pelo aspecto da falta de
ventilação nos ambientes das bibliotecas.
O uso de papel branco clorado é demonstrado logo a seguir da causa citada por obter um índice de IRA em
2700. O uso desse tipo de papel é comum em todos os departamentos estudados. Em alguns locais visitados foi
possível visualizar que as pessoas tentam reaproveitar ao máximo suas folhas e posteriormente encaminham para a
reciclagem.
A separação dos resíduos recicláveis e não recicláveis não está sendo feita de acordo com o programa proposto
pelo UFRGS. A NBR 14000/2004 que neste estudo foi apresentada por Naime (2004) cita como requisitos para atingir
o SGA a criação de metas e objetivos. No caso desta instituição o programa proposto para a coleta seletiva de todo o
campus faz parte de um de seus objetivos propostos dentro das metas de redução de impactos ambientais. Foram
encontrados problemas tanto de ordem educacional em relação à separação incorreta, pelos freqüentadores dos
ambientes, pessoas que trabalham nestes locais e principalmente pela falta de cooperação quanto ao recolhimento
separado dos resíduos que já estão dispostos nos sacos pretos e azuis.
Após a problemática da separação dos resíduos, o FMEA indicou em sua avaliação com um IRA em 1440
pontos a causa extintores vencidos ou inexistência deles. Em vários departamentos os extintores representam um
problema bastante relevante, como por exemplo, no centro de ecologia onde a última manutenção foi realizada no ano
de 2001. Esse fator contraria o requisito verificação, monitoramento e medição que faz parte de uma das etapas para o
SGA de acordo com Naime (2004).
123
123
O uso de copos plásticos descartáveis e o uso de computadores com monitores CRT estão em todos os
departamentos como grandes causas potenciais de impactos ambientais. Em alguns locais presenciou-se o uso de
canecas de porcelana ao invés do uso de copos plásticos, mas essa predominância ocorreu apenas nos laboratórios e
em alguns gabinetes. Os monitores do modelo CRT estão por toda a parte, em alguns gabinetes já houve a
substituição por modelos LCD. Capelas de exaustão foram encontradas em todos os departamentos, com
particularidades de alguns locais onde elas não são utilizadas. O lançamento de gases diversos por esses tipos de
capelas caracterizou-se como uma causa potencial de impactos ambientais.
Em todos os departamentos foram encontrados destiladores, aparelhos que no seu processo de destilação
consome muita água potável, como já mencionado, para destilar 10 litros de água são necessários 210 litros de água
potável. Esse fator tem muita significância quanto ao aspecto comprometimento dos recursos naturais. A iluminação
fora do padrão da UFRGS foi avaliada também como uma causa potencial de impactos, pois esse tipo de iluminação
está presente em vários departamentos com exceção dos prédios mais novos e de algumas substituições que foram
feitas. A utilização da iluminação fora do padrão consome mais energia e dificulta o trabalho quanto à organização de
almoxarifado, pois não se torna possível fazer uma padronização no ato na compra.
4.4.1 Sugestão de plano de ações para o Instituto de Biociências
De acordo com apresentado acima, onde se sintetizou todos os maiores problemas encontrados no Instituto de
Biociências e reuniu-se os maiores IRAs de cada departamento que posteriormente foram dispostos em uma nova
tabela, assim foram elencados por uma nova ordem de criterização do FMEA os problemas mais relevantes deste
Instituto. De acordo com esses problemas mais relevantes foi criado um plano de ações que está representado no
124
124
quadro abaixo, relacionando cada causa potencial com a sugestão de ação corretiva. Cabe salientar que todas as
sugestões que se referem à substituição de equipamentos deve ser realizadas somente com a necessidade de novas
compras ou devido a problemas com os equipamentos antigos evitando ou minimizando a geração de resíduos.
Causa Potencial de impacto ambiental encontrada no Instituto de Biociências
Sugestão para minimização de impactos
Falta de limpeza dos filtros de ar condicionado e sua manutenção
Criar um programa de limpeza e manutenção dos aparelhos, executado por equipe delegada.
Iluminação fora do Padrão da UFRGS Quando houver a necessidade de manutenção
trocar gradualmente o conjunto calhas e lâmpadas pelo modelo padrão.
Armazenamento de reagentes químicos em local inadequado
Identificá-los adequadamente com rótulos e dispó-los em local adequado para
posteriormente serem encaminhados à CGTRQ.
Utilização das capelas nos laboratórios, com liberação de gases
Adaptação de filtros nas capelas existentes e na compra de novas capelas essas serem de fluxo
laminar.
Extintores vencidos ou inexistência dos mesmos Criar um cronograma de acompanhamento da validade dos extintores e aquisição de novos
Lixeiras sem identificação ou falta de lixeiras
Criar um programa onde cada sala e laboratório controle a existência de duas lixeiras, tendo o seu lixo não recolhido pelos funcionários da
limpeza se misturado.As etiquetas de identificação são disponibilizadas.
Uso de monitores CRT Na compra de novos monitores optar pelo
modelo LCD.
Destiladores que no seu processo disperdiçam muita àgua
Implantação de um projeto para reutilização da àgua que é descartada para o processo de
refrigeração durante a destilação.
125
125
Uso de papel branco clorado Criação de um programa de estímulos para
utilização de papel reciclado em todo o Instituto.
Utilização de copos plásticos descartáveis O ideal seria a utilização de copos de vidro ou canecas individuais.
Separação dos resíduos em recicláveis e não recicláveis
Fortalecer programas de educação e concientização quanto à separação correta dos
resíduos. Programa de acompanhamento do trabalho realizado pelos funcionários da limpeza
que são responsáveis pela coleta.
Liberação de resíduos químicos na rede de esgoto.
Criar um programa de visitas de uma comissão da CGTRQ aos laboratório, explicando os
corretos
Ambientes sem ventilação (depósitos de reagentes e bibliotecas)
Fazer uma análise dos possíveis melhoramentos, exaustores que possam ser
adaptados, ou circuladores de ar.
Quadro 4. Plano de ações para o I.B, UFRGS Fonte: Elaborada pela autora.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa teve por objetivo identificar os aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biociências como
atividade prévia para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
126
126
A proposta surgiu como estudo de caso, mas também com o objetivo de ser modelo nas atividades precedentes
ao processo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental em empresas públicas, com ênfase nas que
desempenham atividades na ordem educacional. Tendo como papel principal no atendimento as necessidades de
ações emergenciais quanto à questão ambiental, as empresas públicas e instituições de ensino superior apareceram
no estudo bibliográfico realizado com atividades bem modestas nesta área. Ao que se refere ao local i objeto de
pesquisa, identificou-se grande interesse quanto ao atendimento dessas demandas de ações de cunho ambiental.
Com o estudo realizado por departamento, observou-se as causas potenciais dos possíveis impactos ambientais em
específico, apontando assim o foco dessas causas, o que facilitará o momento de solucionar os problemas a agilidade
do processo.
Esse estudo evidenciou com seus resultados a necessidade de trabalhos intensivos na área de sensibilização
ambiental de todos os envolvidos com as atividades desenvolvidas neste Instituto. Esses trabalhos exigem renovações
constantes de metodologia e adaptações quanto ao direcionamento de indivíduos que devem ser abordados. Como
um exemplo de ação merecedora de aplicações sensibilizadoras, pode-se citar a causa desconhecimento do programa
de coleta seletiva da UFRGS, e falta de colaboração no correto recolhimento do lixo pelo serviço da limpeza. Foram
encontrados problemas desta ordem também quanto ao tratamento que é dado aos resíduos químicos produzidos. Há
necessidade de uma equipe que coordene o encaminhamento dos resíduos químicos, e realize todo o trabalho de
instrução dos laboratoristas quanto à correta separação desses reagentes para tornar possível o tratamento de todos
os resíduos químicos gerados. Reforçar à equipe da CGTRQ para tornar esse trabalho realizável conforme a produção
da universidade.
As instituições de ensino superior têm como papel prioritário qualificar e sensibilizar, tanto em escala
educacional das salas de aula com seus educandos, quanto na responsabilidade da promoção de exemplo para a sua
sociedade, de métodos de trabalho que não agridam o meio ambiente. O envolvimento nestes métodos de correta
convivência com o ambiente natural, tanto da sociedade quanto de seus freqüentadores deve ser proporcionado pelas
127
127
universidades. Através do levantamento de aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biociências observaram-se
causas potenciais de impactos ambientais de ordem estrutural como problemas de infiltração, rachaduras nos prédios.
De acordo com a importância do tema estudado, sugere-se a continuação de trabalhos nesta área,
principalmente quanto ao levantamento de alternativas práticas para a solução dos resíduos químicos e técnicas de
educação ambiental. A criação de mini-cursos abertos à professores, alunos e envolvidos nas atividades do local foi
sugerida em vários momentos nos relatos obtidos durante as visitas. Esses cursos abrangeriam a questão de resíduos
recicláveis e não recicláveise a reagentes químicos. Com esse trabalho espera-se que as ações tomadas no decorrer
do processo de implantação do SGA, utilizem os dados apresentados e que estes facilitem os futuros trabalhos. Após
a implantação do Sistema de Gestão Ambiental sugere-se fazer uma avaliação de desempenho ambiental, para avaliar
o quão bem foram implementadas as ações dentro da organização, e medir a forma que esse estudo contribuiu para
que fossem alcançadas as metas e os objetivos do SGA.
6 REFERÊNCIAS
128
128
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132
132
Anexo 1. Tabela de avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biofísica, 2° pavimento do prédio 43422, pela ferramenta FMEA.
85
85
Anexo 1. Tabela de avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biofísica, 2° pavimento do prédio 43422, pela ferramenta FMEA.
86
86
Anexo 2. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Instituto de Biofísica, 1° pavimento do prédio 43431, pela ferramenta FMEA.
87
87
Anexo 3. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Biotecnologia, 1° pavimento do prédio 43421
.
88
88
Anexo 4. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Biotecnologia, 2° pavimento do prédio 43421, pela
ferramenta FMEA.
89
89
Anexo 5. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Biotecnologia, 2° pavimento e anexos do prédio
43431, pela ferramenta FMEA.
90
90
Anexo 6. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 1° pavimento do prédio 43423
Aspecto Ambiental
Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 3
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 3
Substituição gradativa por monitores LCD.
5 600 14
Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao
consumo de energia.10 1200 9
Comprometimento dos recursos
naturais3
Uso de papel branco clorado.
10Alguns usuários utilizam os
dois lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5
Comprometimento dos recursos
hídricos3
O processo de destilação consome muita água
potável.10 Nenhuma. 10
Implantação de um projeto de reutilização da água.
3 900 12
Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.
3 432 15
Adaptar filtros nas capelas de exaustão.
7 1008 11
8Sala da biblioteca
totalmente sem ventilação.10 Nenhuma. 10
Instalar um ar-condicionado ou um exaustor.
9 7200 1
7Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 7000 2
7
Armazenamento de resíduos químicos em local
inadequado e sem exaustão, podendo causar
acidentes ou contaminação.
10Os resíduos são
depositados dentro de recipientes e rotulados.
9Armazenar os resíduos em um local adequado e destiná-los ao
tratamento adequado.2 1260 8
6 Extintores estão vencidos. 10Não são recarregados,
quando vencem.4
Recarga dos extintores sempre que necessário.
3 720 13
8Tubulação de gás, água e esgoto sem manutenção.
10 Manutenção remediativa. 4Organizar uma manutenção
preventiva da tubulação.7 2240 6
Mistura de resíduos 6Falta de conhecimento das
pessoas sobre a coleta seletiva.
10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.
4
Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite
as salas e por meio de correio eletrônico.
6 1440 7
Resíduos orgânicos 3Geração de grande
quantidade de resíduos orgânicos.
9Descarte junto ao restante
dos resíduos.7
Fazer uma composteira onde esses resíduos possam ser
colocados. 6 1134 10
Botânica - Prédio 43423 A - 1 º pavimento
2Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,
sem emissão de gases
Lançamento de gases diversos pelas capelas
Comprometimento da qualidade do ar
8 9
Uso de recursos naturais
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturaisUso de computadores com
monitores CRT.Nenhuma.10 4
Resíduos sólidos
3
SalubridadeComprometimento
da saúde
Qualidade do ar
SegurançaFalta de controle de
acidentes
91
91
Anexo 7. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 2° pavimento do prédio 43423 A,
Aspecto Ambiental
Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 2
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 2
Substituição gradativa por monitores LCD.
5 600 17
Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao
consumo de energia.10 1200 11
Comprometimento dos recursos
naturais3
Uso de papel branco clorado.
10Alguns usuários utilizam os
dois lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 6
Comprometimento dos recursos
hídricos3
O processo de destilação consome muita água
potável.10 Nenhuma. 10
Implantação de um projeto de reutilização da água.
3 900 15
Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.
3 432 18
Adaptar filtros nas capelas de exaustão.
7 1008 14
7Algumas salas têm o piso
coberto por carpete.10 Limpeza periódica. 1 Trocar o piso. 9 630 16
7Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 7000 1
8
Presença de pombos próximo às janelas e aos aparelhos de ar do ar-
condicionado.
10 Nenhuma. 10Colocar uma rede que impeça a
passagem dos animais.5 4000 5
7
Armazenamento de reagentes químicos em
local sem ventilação e sem extintores, podendo causar
acidentes ou contaminação.
10 Nenhuma. 10Armazenar os reagentes em local
adequado.6 4200 4
6
Porta dos fundos do corredor sempre
chaveada, sala de reagentes próxima
10Acesso apenas pela porta da frente do pavimento.
4Fechadura com abertura livre por
dentro do prédio, em caso de acidentes sendo fácil o acesso.
10 2400 7
6 Falta de extintores. 10 Nenhuma. 4Aquisição e manutenção de
extintores.5 1200 11
8Tubulação de gás, água e esgoto sem manutenção.
10 Manutenção remediativa. 4Organizar uma manutenção
preventiva da tubulação.7 2240 8
Mistura de resíduos 5
Falta de cooperação na separação dos resíduos por parte do pessoal da
limpeza.
10
Já foi feito treinamento para que eles aprendam a fazer a correta separação
dos resíduos.
4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a
destinação correta.6 1200 11
Descontaminar e então descartar as luvas normalmente.
5 1800 9
Enviar as luvas para o CGTRQ. 5 1800 9
Estrutura do prédio
Possibilidade de comprometimento estrutural do prédio
6O prédio apresenta
rachauras.1 Nenhuma. 4
Solicitar um laudo técnico e a solução do problema.
10 240 19
SegurançaFalta de controle de
acidentes
Comprometimento da saúde
Salubridade
Lançamento de gases diversos pelas capelas
Comprometimento da qualidade do ar
8
Uso de recursos naturais
Poluição
Botânica - Prédio 43423 A - 2 º pavimento
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturais3
Uso de computadores com monitores CRT.
9
Nenhuma.10 4
Nenhuma. 4
2Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,
sem emissão de gases
Resíduos sólidos
Meterial contaminado
9 10Luvas com brometo são
descartadas junto ao resíduo normal.
92
92
Anexo 8. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 1° pavimento do prédio 43432,
pela ferramenta FMEA.
93
93
Anexo 9. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 2° pavimento do prédio 43432,
pela ferramenta FMEA.
Aspecto Ambiental
Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 2
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 2
Substituição gradativa por monitores LCD.
5 600 13
Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao
consumo de energia.10 1200 7
3O processo de destilação
consome muita água potável.
10 Nenhuma. 10Implantação de um projeto de
reutilização da água. 3 900 10
3Uso de papel branco
clorado.10
Alguns usuários utilizam os dois lados das folhas.
10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5
8Presença de pombos
próximo às salas.10 Nenhuma. 10
Colocar uma rede que impeça a passagem dos animais.
5 4000 4
8Piso dos auditórios coberto
por carpete.10 Limpeza periódica. 1
Substituir o carpete por outro tipo de piso.
9 720 11
7Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 7000 1
6Falta de conhecimento das
pessoas sobre a coleta seletiva.
10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.
4
Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite
as salas e por meio de correio eletrônico.
6 1440 6
5
Falta de cooperação na separação dos resíduos por parte do pessoal da
limpeza.
10
Já foi feito treinamento para que eles aprendam a fazer a correta separação
dos resíduos.
4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a
destinação correta.6 1200 7
SegurançaFalta de controle de
acidentes6 Extintores estão vencidos. 10 Nenhuma. 4
Recarga dos extintores sempre que necessário.
3 720 11
Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.
3 432 14
Adaptar filtros nas capelas de exaustão.
7 1008 99
Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros, sem emissão de gases.
2PoluiçãoComprometimento da qualidade do ar
8Lançamento de gases
diversos pelas capelas.
Botânica - Prédio 43432 - 2º pavimento
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturaisUso de computadores com
monitores CRT.Nenhuma.10 43
Uso de recursos naturais
Comprometimento dos recursos
naturais
Resíduos sólidos
Mistura de resíduos
SalubridadeComprometimento
da saúde
94
94
Anexo 10. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 1° pavimento do prédio 43433,
pela ferramenta FMEA.
Aspecto Ambiental
Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 2
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 2
Substituição gradativa por monitores LCD.
5 600 10
Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao
consumo de energia.10 1200 7
Uso de recursos naturais
Comprometimento dos recursos
naturais3
Uso de papel branco clorado.
10Alguns usuários utilizam os
dois lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5
8Presença de pombos
próximo às salas.10 Nenhuma. 10
Colocar uma rede que impeça a passagem dos animais.
5 4000 4
7Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 7000 1
6Falta de conhecimento das
pessoas sobre a coleta seletiva.
10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.
4
Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite
as salas e por meio de correio eletrônico.
6 1440 6
5
Falta de cooperação na separação dos resíduos por parte do pessoal da
limpeza.
10
Já foi feito treinamento para que eles aprendam a fazer a correta separação
dos resíduos.
4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a
destinação correta.6 1200 7
SegurançaFalta de controle de
acidentes6 Extintores estão vencidos. 10
Não são recarregados, quando vencem.
4Recarga dos extintores sempre
que necessário.3 720 9
Botânica - Prédio 43433 - 1º pavimento
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturaisUso de computadores com
monitores CRT.Nenhuma.10 43
Comprometimento da saúde
Salubridade
Resíduos sólidos
Mistura de resíduos
95
95
Anexo 11. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Botânica, 2° pavimento do prédio 43433,
pela ferramenta FMEA.
96
96
Anexo 12. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Ecologia, 1° pavimento do prédio 43411
97
97
Anexo 13. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Ecologia, 2° pavimento do prédio 43411, pela
ferramenta FMEA.
98
98
Anexo 14. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Centro de Ecologia, 1° pavimento do prédio 43422, pela
ferramenta FMEA.
99
99
Anexo 15. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Genética, 1° pavimento do prédio 43323,
pela ferramenta FMEA.
100
100
101
101
Anexo 16. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Genética, 1° pavimento do prédio 43323
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 2
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 2
Substituição gradativa por monitores LCD.
5 600 11
Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao
consumo de energia.10 1200 6
3Uso excessivo de água por
destiladores.10 Nenhuma. 10
Usar a água do destilador ao invés de desperdiçá-la.
3 900 9
3Uso de papel branco
clorado.10
Alguns usuários utilizam os dois lados das folhas.
10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5
Resíduos sólidos
Geração de resíduos sólidos
6Uso de copos plásticos
descartáveis.9
São colocados junto aos resíduos recicláveis.
2Conscientizar os usuários para
que sejam utilizadas canecas ao invés de copos plásticos.
10 1080 7
7A maioria das salas tem
piso coberto por carpete.10
Limpeza periódica (duas vezes por semana).
1 Trocar de piso. 9 630 10
7Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 7000 1
Comprometimento da qualidade da
água.7
Descarte e estocagem de resíduos químicos.
10 Nenhuma. 10Mandar os resíduos para o
CGTRQ.6 4200 4
Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.
3 432 12
Adaptar filtros nas capelas de exaustão.
7 1008 8
Alguns já são do modelo de monitores LCD.
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturais
3Uso de computadores com
monitores CRT.
Aspecto Ambiental
Impacto Ambiental Ação RecomendadaO Forma Atual de Controle
Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,
sem emissão de gases
Lançamento de gases diversos pelas capelas.
9
Genética - sn - 1º pavimento
OrdemG Causa Potencial F IRA D
410
Comprometimento dos recursos
naturais
Poluição
Comprometimento da qualidade do ar
8
Uso de recursos naturais
Comprometimento da saúde
Salubridade
2
102
102
Anexo 17. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Genética, 1° pavimento do prédio 43323
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 2
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 2
Substituição gradativa por monitores LCD.
5 600 13
Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao
consumo de energia.10 1200 7
3Uso excessivo de água por
destiladores.10 Nenhuma. 10
Usar a água do destilador ao invés de desperdiçá-la.
3 900 11
3Uso de papel branco
clorado.10
Alguns usuários utilizam os dois lados das folhas.
10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 5
Resíduos sólidos
Geração de resíduos sólidos
6Uso de copos plásticos
descartáveis.9
São colocados junto aos resíduos recicláveis.
2Conscientizar os usuários para
que sejam utilizadas canecas ao invés de copos plásticos.
10 1080 8
7Manuseio de produtos
tóxicos sem EPIS.10 Nenhuma. 1
Fornecimento de EPIs para toda atividade.
9 630 12
7Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 7000 1
Comprometimento da qualidade da
água.7
Descarte e estocagem de resíduos químicos inadequadamente.
10 Nenhuma. 10Mandar os resíduos para o
CGTRQ.6 4200 4
Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.
3 432 14
Adaptar filtros nas capelas de exaustão.
7 1008 10
6O lixo é misturado no
momento da coleta pelas pessoas da limpeza
10 Nenhuma. 4
Fazer com que a faxineira recolha separadamente o lixo, devidamente identificado na
lixeira.
6 1440 6
9Mistura de resíduos secos, orgânicos e biomédicos de
certos laboratórios.10 Nenhuma. 2
Separar o lixo nesses laboratórios e destinar de acordo com seu
potencial poluidor.6 1080 8
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturais
3Uso de computadores com
monitores CRT.
Ação RecomendadaO Forma Atual de Controle
Alguns já são do modelo de monitores LCD.
Resíduos sólidos
Genética - sn - 2º pavimento
OrdemG Causa Potencial F IRA D Aspecto
AmbientalImpacto Ambiental
Algumas capelas são de fluxo laminar, com filtros,
sem emissão de gases
Lançamento de gases diversos pelas capelas
9
Mistura de resíduos sólidos
410
Comprometimento dos recursos
naturais
Poluição
Comprometimento da qualidade do ar
8
Uso de recursos naturais
Comprometimento da saúde
Salubridade
2
103
103
Tabela 18. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Zoologia 1° pavimento pela
104
104
Anexo 19. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais do Departamento de Zoologia, 2° pavimento pela ferramenta
FMEA.
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10 Não é feita limpeza do filtro. 10
Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 1
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Não é feita manutenção. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 1
5Uso de computadores com
monitores CRT10 Nenhuma. 4
Substituição por monitores LCD
3 600 10
6Falta de conhecimento das
pessoas sobre a coleta seletiva.
10Algumas pessoas sabem sobre a coleta seletiva.
4
Divulgar a coleta seletiva por meio de uma comissão que visite as salas e por meio de
correio eletrônico.
6 1440 5
4Falta de apoio para a
coleta seletiva por parte do pessoal da limpeza.
9Algumas pessoas levam o
resíduo reciclável para outro ponto de coleta.
4Treinamento e monitoramento para que os resíduos tenham a
destinação correta.7 1008 7
SalubridadeComprometimento
da saúde5
Falta de limpeza do filtro do ar-condicionado.
10 Não é feita limpeza do filtro. 10Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 1
6Alguns extintores estão
vencidos.10
Apenas os extintores do corredor estão dentro do
prazo de validade.4
Monitoramento freqüente dos vencimentos e recargas
necessárias.3 720 9
7
Armazenamento de resíduos químicos em local
inadequado sem ventilação, podendo causar acidentes ou
contaminação.
10
Os resíduos são depositados dentro de recipientes e alguns
rotulados.
9
Armazenar os resíduos em um local adequado, rotulá-los e destiná-los ao tratamento
adequado.
2 1260 6
Comprometimento dos recursos
hídricos3
O processo de destilação consome muita água
potável.10 Nenhuma. 10
Implantação de um projeto de reutilização da água.
3 900 8
Comprometimento dos recursos
naturais3
Uso de papel branco clorado.
10 Nenhuma. 10 Passar a utilizar papel
reciclado.9 2700 4
SegurançaFalta de controle de
acidentes
Ação RecomendadaAspecto
AmbientalImpacto Ambiental
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturais
Forma Atual de Controle D
Geração de resíduos Resíduos sólidos
Uso de recursos naturais
Zoologia prédio 43435 2° pavimento
OrdemG Causa Potencial F IRAO
105
Anexo 20. Instituto de Biociência.
Aspecto Ambiental
Impacto Ambiental G Causa Potencial O Forma Atual de Controle D Ação Recomendada F IRA Ordem
4Iluminação fora do padrão
da UFRGS.10
Alguns prédios adaptaram a iluminação padrão.
4Adaptar a iluminação ao padrão
gradativamente.3 480 17
5Falta de limpeza do filtro
do ar-condicionado.10
Em algumas salas é feita limpeza pelos usuários.
10Sistematizar a limpeza do filtro removível do ar-condicionado.
10 5000 1
5Falta de manutenção do ar-
condicionado.10 Nenhuma. 10
Sistematizar a manutenção preventiva.
10 5000 1
Substituição gradativa por monitores LCD.
5 600 16
Plano de ação para configuração dos computadores quanto ao
consumo de energia.10 1200 12
Comprometimento dos recursos
hídricos3
O processo de destilação consome muita água
potável.10 Nenhuma. 10
Implantação de um projeto de reutilização da água.
3 900 15
Comprometimento dos recursos
naturais3
Uso de papel branco clorado.
10Alguns usuários utilizam os dois
lados das folhas.10 Passar a utilizar papel reciclado. 9 2700 7
4Falta de lixeiras nos
ambientes.10
Normalmente existe apenas uma lixeira por sala.
1Disponibilizar duas lixeiras por ambiente com identificação da
coleta seletiva.10 400 19
6
A separação dos resíduos não está sendo feita de acordo com o proposto
pela UFRGS.
10Algumas pessoas separam os
resíduos adequadamente.4
Conscientizar os usuários e os funcionários da limpeza sobre a importância da coleta seletiva.
6 1440 9
6Uso de copos plásticos
descartáveis.9
São colocados junto aos resíduos recicláveis.
2Conscientizar os usuários para
que sejam utilizadas canecas ao invés de copos plásticos.
10 1080 13
8
Presença de pombos próximo às janelas e aos aparelhos de ar do ar-
condicionado.
10Alguns prédis já instalaram
redes.10
Colocar redes que impeçam a passagem dos animais.
5 4000 4
8
Alguns ambientes como depósitos e a biblioteca da
botânica não possuem ventilação.
10 Nenhuma. 4Instalar aparelhos de ar-
condicionado ou exaustores nestes locais.
9 2880 6
Treinamento para os envolvidos com as atividades estarem aptos a fazer a correta disposição dos
resíduos químicos.
2 1800 8
Coletar e enviar os resíduos devidamente separados para o
CGTRQ.4 3600 5
Substituir capelas de exaustão pelas de fluxo laminar.
3 432 18
Adaptar filtros nas capelas de exaustão.
7 1008 14
Cada departamento deve sistematizar um plano de recarga
e manutenção dos extintores.3 1440 9
Instalar extintores onde há falta. 3 1440 9
7
Armazenamento de reagentes químicos em
local inadequado, podendo causar acidentes ou
contaminação.
10Alguns laboratórios armazenam
e enviam os resíduos para o CGTRQ.
10Armazenar os reagentes em local
adequado e enviá-los para tratamento no CGTRQ.
6 4200 3
Instituto de Biociências
10Resíduos químicos são
liberados ne rede de esgoto sem tratamento.
10Alguns resíduos são dissolvidos
para diminuir o impacto.
Resíduos sólidos
Geração de resíduos sólidos
9
Uso de recursos naturais
Consumo de energia elétrica
Comprometimento dos recursos
naturais
4Alguns já são do modelo de
monitores LCD.10
Uso de computadores com monitores CRT.
3
Em alguns prédios já está sendo providenciada a troca.
10 8Extintores vencidos ou
inexistência dos mesmos.
2Algumas capelas são de fluxo
laminar, com filtros, sem emissão de gases.
Lançamento de gases diversos pelas capelas.
9
6
SalubridadeComprometimento
da saúde
Falta de controle de acidentes
Segurança
Poluição
Comprometimento dos recursos
hídricos
8Comprometimento da qualidade do ar
106
Anexo 21 – Folder desenvolvido pelo Sistema de Gestão Ambiental
107
Anexo 22.Redes para solução da presença das pombas nos arredores dos prédios.
Fonte: Fotografada pela autora. Instituto de Informática