universidade federal da paraÍba centro de … · fontes de sabedoria, dedicação e confiança,...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Acacia farnesiana (L.) Willd. APÓS
TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS
Ricardo Gadelha Vilela
AREIA - PB
Novembro - 2012
RICARDO GADELHA VILELA
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Acacia farnesiana (L.) Willd. APÓS
TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS
Trabalho de Conclusão de Curso de
Graduação em Agronomia apresentado a
Universidade Federal da Paraíba, Centro de
Ciências Agrárias, Campus II, Areia - PB, como
parte das exigências para obtenção do título de
Engenheiro Agrônomo
Orientadora: Profa. Dra. Edna Ursulino Alves
AREIA - PB
Novembro - 2012
ii
RICARDO GADELHA VILELA
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Acacia farnesiana (L.) Willd. APÓS
TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS
BANCA EXAMINADORA
Profa. Dra. Edna Ursulino Alves
Orientadora/CCA-UFPB/DFCA
Dra. Luciana Rodrigues de Araújo
Examinadora/CCA-UFPB
Dra. Katiane da Rosa Gomes da Silva
Examinadora/CCA-UFPB
Areia - PB
Novembro - 2012
iii
AGRADEÇO
A DEUS, por ter me concedido saúde e sabedoria para concluir mais uma etapa
importante em minha vida.
DEDICO
Aos meus pais Juscelino Vilela Dourado e Maria Amélia Alves Gadelha,
fontes de sabedoria, dedicação e confiança, pelo apoio psicológico, financeiro e moral,
estando sempre juntos me incentivando e não deixando que desistisse em nenhum
momento da minha jornada. Para meus avós Otavio Sá Gadelha (in memoria) e Lair
Alves Gadelha pelo exemplo de vida e por estarem sempre presentes em minha vida.
OFEREÇO
Aos meus queridos irmãos Rafael Gadelha Vilela, Rodrigo Gadelha Vilela,
Clemência Raquel Gadelha Vilela. A minha companheira Bruna Teles Damaceno e
a minha amada filha Maria Rita Damaceno Vilela pelos momentos de felicidade que
proporcionaram durante esses anos.
“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma
oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do
reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e proveito da comunidade à qual seu
futuro trabalho pertencer.”
Albert Einstein
iv
AGRADECIMENTOS
Ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, por me
proporcionar uma formação profissional.
A minha orientadora, Edna Ursulino Alves por me despertar para questões
fundamentais que me orientaram em relação à pesquisa científica, contribuindo para
um profundo crescimento pessoal, por toda paciência e pelos incentivos, conselhos,
contribuições e críticas quando necessárias, a quem tenho profunda admiração,
gratidão e respeito, a qual me cedeu um pouco de seu conhecimento para a execução
deste trabalho, além da sua experiência, tranquilidade e ajuda em todos os momentos.
A meus amigos Paulo Alexandre (Paulão), Luís Cláudio (Mancha), Jefferson
Anderson (Matador), João Emmanuel (Presuntinho), Thales Medeiros (Baiano), Rinaldo
Barbosa, Antônio Neto (Gordin), aos meus companheiros de quarto Tarcíso Botelho e
Alberto Marreiro, aos meus grandes amigos André Mahon, Valter Jadiel, Carlos
Roberto, Leonardo Dourado e aos demais colegas de curso, por todo apoio, incentivo
ao longo desses anos.
A Kedma Maria e Janaina Mondego, pessoas incríveis que tive o privilégio de
conhecer e conviver, pois foram peças fundamentais no desenvolvimento desse
trabalho.
Aos professores Ivandro de França Silva, Américo Perazzo, José Alves Barbosa,
Riselane de Lucena Alcântara Bruno, Ademar Pereira de Oliveira, Rejane Maria Nunes
Mendonça, Jacinto de Luna Batista, Silvanda Silva Melo, Maílson Monteiro do Rêgo e
demais docentes por todo estímulo, atenção e dedicação que contribuíram para o meu
engrandecimento pessoal e profissional ao longo deste curso.
A Arinaldo e demais funcionários da universidade, por toda disponibilidade,
cordialidade e bom humor.
Muito Obrigado!
v
SUMÁRIO
Lista de Tabelas........................................................................................................ vii
RESUMO.................................................................................................................. viii
ABSTRACT.............................................................................................................. ix
1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 1
2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................. 3
2.1. Aspectos gerais da espécie.................................................................... 3
2.2. Superação de dormência........................................................................ 3
2.3. Temperatura............................................................................................ 5
3. MATERIAL E MÉTODOS....................................................................... 7
3.1. Obtenção e beneficiamento das sementes............................................. 7
3.2. Tratamento pré-germinativos.................................................................. 7
3.3. Variáveis analisadas............................................................................... 8
3.3.1 Teste de germinação e emergência........................................................ 8
3.3.2 Índice de velocidade de germinação e emergência................................ 9
3.3.3 Comprimento e massa seca da parte aérea e raízes de plântulas......... 9
3.4. Delineamento experimental e análise estatística.................................... 9
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................. 10
5. CONCLUSÕES....................................................................................... 19
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................... 20
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Germinação e primeira contagem de germinação de sementes de A.
farnesiana submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos.
CCA-UFPB, Areia - PB, 2012............................................................... 11
Tabela 2. Índice de velocidade de germinação de sementes de A. farnesiana
submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB,
Areia - PB, 2012................................................................................... 12
Tabela 3. Comprimento da parte aérea e da raiz de plântulas de A. farnesiana
do teste de germinação oriundas de sementes submetidas a
diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB, Areia - PB,
2012...................................................................................................... 14
Tabela 4. Massa seca da parte aérea de plântulas de A. farnesiana do teste de
germinação oriundas de sementes submetidas a diferentes
tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB, Areia - PB, 2012.............. 15
Tabela 5. Massa seca das raízes de plântulas de A. farnesiana do teste de
germinação oriundas de sementes submetidas a diferentes
tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB, Areia - PB, 2012.............. 16
Tabela 6. Emergência, primeira contagem e índice de velocidade de
emergência de plântulas de A. farnesiana oriundas de sementes
submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB,
Areia - PB, 2012................................................................................... 17
Tabela 7. Comprimento e massa seca da parte aérea e raízes de plântulas de
A. farnesiana do teste de emergência oriundas de sementes
submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB,
Areia - PB, 2012...................................................................................
18
vii
GADELHA, Ricardo Vilela. Qualidade fisiológica de sementes de Acacia farnesiana
(L.) Willd. após tratamentos pré-germinativos. 2012. 26f. Monografia (Graduação
em Agronomia). Centro de Ciências Agrárias - Universidade Federal da Paraíba.
Orientadora: Profa. Dra. Edna Ursulino Alves.
RESUMO - A Acacia farnesiana (L.) Willd., popularmente conhecida por corona,
aromita, clorana, esponjeira, espinilho, esponja, acácia doce, entre outros é um arbusto
ou árvore pequena, muito ramificada, com espinhos, copa extensa e folhagem bi-pinada,
ocorrendo desde o México até o Nordeste do Brasil, geralmente associada a áreas
secas com clima fortemente sazonal. O objetivo na presente pesquisa foi avaliar
métodos para a superação da dormência de sementes de A. farnesiana, assim como
verificar o efeito de diferentes temperaturas na condução do teste de germinação. Para
a superar de dormência das sementes os tratamentos empregados foram: imersão em
água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto (T1, T2, T3, T4, T5,
respectivamente), imersão em ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) por 10 e 20 minutos
(T6 e T7, respectivamente), imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior
embebição em água por 12 e 24 horas (T8 e T9, respectivamente), imersão em ácido
sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente
por 12 e 24 horas (T10 e T11, respectivamente), escarificação com lixa d’água n°. 80
(T12), escarificação com lixa seguida de embebição em água a temperatura ambiente
por 12 e 24 horas (T13 e T14, respectivamente) e testemunha - sementes intactas (T15),
sendo o teste de germinação conduzido nas temperaturas de 20-30 °C alternada e 25 e
30 °C constantes. O tratamento mais eficiente para superação da dormência de
sementes de A. farnesiana é a escarificação em lixa seguida de embebição em água
por 24 horas, quando associado às temperaturas constantes de 25 e 30 °C para
instalação do teste de germinação.
Palavras-chave: corona, germinação, vigor, espécie florestal, dormência.
viii
GADELHA, Ricardo Vilela. Physiological seed quality Acacia farnesiana (L.) Willd.
pre-germination treatments. 2012. 26f. Monograph (Undergraduate Agronomy).
Center for Agricultural Sciences - Federal University of Paraíba. Advisor: Profa. Dra.
Edna Ursulino Alves.
ABSTRACT- The Acacia farnesiana (L.) Willd., popularly known as corona, aromita,
clorana, cassie, espinilho, sponge, sweet acacia, among others is a shrub or small tree,
much branched, thorny, extensive crown and foliage bi-stroke, occurring from Mexico to
the Northeast of Brazil, usually associated with dry areas with strongly seasonal climate.
The aim of this study was to evaluate methods for overcoming seed dormancy of A.
farnesiana, as well as the effect of different temperatures in conducting germination
test. To overcome seed dormancy treatments used were: immersion in water at a
temperature of 60, 70, 80, 90 and 100 °C for one minute (T1, T2, T3, T4, T5, respectively),
immersion in sulfuric acid (H2SO4) for 10 and 20 minutes (T6 and T7, respectively),
immersion in sulfuric acid for 10 minutes, with subsequent soaking in water for 12 and
24 hours (T8 and T9 respectively), immersion in sulfuric acid for 20 minutes with
subsequent soaking in water at room temperature for 12 and 24 hours (T10 and T11,
respectively), scarification sandpaper n°. 80 (T12), scarification followed by soaking in
water at room temperature for 12 and 24 hours (T13 and T14, respectively) and control -
intact seeds (T15), and the germination test conducted at temperatures of 20-30 °C and
25 alternating and 30 °C constant. The most effective treatment to overcome dormancy
of seeds of A. farnesiana in sandpaper scarification is soaking in water for 24 hours,
when coupled with the constant 25 and 30 °C for installation of the germination test.
Keywords: corona, germination, vigor, forest species, dormancy.
ix
1. INTRODUÇÃO
O gênero Acacia, pertence à família Fabaceae, subfamília Mimosoideae
compreende várias espécies, dentre as quais destaca-se A. caven, A. bonariensis e A.
farnesiana (JOLY, 1998). Dentre as mesmas, a Acacia farnesiana (L.) Willd,
popularmente conhecida por corona, aromita, clorana, esponjeira, espinilho, esponja,
acácia doce, entre outros (BURKART, 1979) é um arbusto ou árvore pequena, muito
ramificada, com espinhos, copa extensa e folhagem bi-pinada, com distribuição ampla
no Neotrópico, ocorrendo desde o México até o Nordeste do Brasil, geralmente
associada a áreas secas com clima fortemente sazonal (QUEIROZ, 2009), bem como
em matas xerófitas na América tropical, África, Ásia e Austrália (BURKART, 1979).
A espécie é usada como ornamental (BURKART 1979; LORENZI, 2002),
enquanto sua madeira está sendo indicada para dormentes, moirões, esteios, eixos,
rodas, rolos para moendas, construção civil, peças de resistência, cabos de
instrumentos, bem como para lenha e carvão (LORENZI, 2002).
Assim como as sementes de algumas espécies florestais que tem dormência
mecânica, as de A. farnesiana também são dormentes devido a impermeabilidade do
tegumento a água, que é um fato comum, sendo esta, em condições naturais de
grande valor por ser um mecanismo de sobrevivência da espécie, no entanto, se torna
um problema quando as sementes são utilizadas para a produção de mudas em razão
do longo tempo necessário para a germinação, ficando as mesmas sujeitas a
condições adversas, com grandes possibilidades de ataques por fungos, ocasionando
grandes perdas no potencial fisiológico (BORGES et al., 1982).
A dormência é um fenômeno intrínseco da semente, funcionando como
mecanismo natural de resistência a fatores adversos do meio, podendo manifestar-se
de três formas: impermeabilidade do tegumento a água, dormência embrionária e
devido ao desequilíbrio entre substâncias promotoras e inibidoras da germinação
(BEWLEY e BLACK, 1994). Assim, o conhecimento das causas da incapacidade para
germinar é importante para se encontrar meios de superá-las (BIANCHETTI e RAMOS,
1981).
Os métodos de análise em laboratório têm sido estudados e desenvolvidos para
permitir uma germinação rápida e uniforme da maioria das amostras de sementes de
uma determinada espécie (BRASIL, 2009), sendo o teste de germinação de
fundamental importância para controle de qualidade de sementes, sendo que as
1
condições ótimas para a espécie devem ser padronizadas para que os resultados
destas possam ser reproduzidos e comparados, dentro dos limites tolerados pelas
Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009).
Atualmente as pesquisas indicam que o provável aumento na temperatura global
pode influenciar positiva ou negativamente a germinação, crescimento e
desenvolvimento dos vegetais; com base nessas evidências torna-se necessário o
estudo da influência da temperatura na germinação de sementes, principalmente de
espécies florestais nativas (WIGLEY e RAPER, 2001), uma vez que a temperatura
influencia não apenas a germinação das sementes, mas também a velocidade de
absorção de água e as reações bioquímicas que determinam todo o processo, pois
está envolvida uma sequência de reações, pelas quais substâncias de reserva
armazenadas nas sementes são desdobradas, mobilizadas e ressintetizadas.
Desta forma o objetivo foi testar diferentes métodos para superação da
dormência de sementes de A. farnesiana, como forma de garantir uma elevada
porcentagem e uniformidade de germinação.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Aspectos gerais da espécie
A espécie Acacia farnesiana (L.) Willd. caracteriza-se como um arbusto
espinhoso ou pequena árvore, podendo atingir até oito metros de altura, de casca
marrom clara, áspera, estípulas espinescentes, geralmente curtas, até 1,8 cm de
comprimento, folhas coriáceas, bipinadas, pinas de dois a oito pares, inflorescências
em pedúnculos axilares e perfumadas, cuja floração ocorre principalmente nos meses
de novembro a março; seus frutos são indeiscentes, retos ou curvos medindo de 4 a
7,5 cm de comprimento, cerca de 1,5 cm de largura de coloração marrom escura a
negra, enquanto as sementes são de cor castanha-marrom, em duas linhas,
incorporadas em um tecido esponjoso seco, com sete a oito milímetros de
comprimento, lisas, elípticas, com tegumentos grossos (DUKE, 1981).
A referida espécie é utilizada na recuperação de áreas áridas degradadas, como
fonte de lenha, madeira, alimentação do gado e suas flores são aproveitadas na
indústria de perfumes, além disso, a casca é usada para curtimento de couro porque é
rica em tanino, tendo ainda várias partes da planta usadas na medicina popular
(LIOGIER, 1990; PARROTTA, 2001).
2.2. Superação de dormência
A dormência da maioria das sementes de Fabaceae (Leguminosae) é causada
por um bloqueio físico representado pelo tegumento resistente e impermeável que, ao
impedir o trânsito aquoso e as trocas gasosas não permite a embebição de água nem a
oxigenação do embrião que, por isso permanece latente (RIZZINI, 1977). Essas
sementes alcançam grande longevidade e qualquer procedimento que permita romper
o tegumento das mesmas faz com que absorvam água, promovendo sua germinação e
emergência de plântulas geralmente vigorosas (CARVALHO et al., 1980). Em suas
pesquisas Rolston (1978) verificou que das 260 espécies de leguminosas avaliadas,
cerca de 85% tinham sementes com tegumento total ou parcialmente impermeável à
água.
3
A superação da dormência de sementes naturalmente ocorre através da
ingestão por animais, ação de microrganismos, queimadas e acidez do solo, enquanto
artificialmente pode ser por escarificação com ácido sulfúrico, imersão em água quente
em diferentes intervalos de temperatura, escarificação mecânica com lixa ou outro
material que provoque o rompimento do tegumento, porém devem-se tomar alguns
cuidados para não exceder o limite de escarificação do tegumento para não causar
danos ao embrião e prejudicar a germinação (FOWLER e BIANCHETTI, 2000,
SANTOS et al., 2004), uma vez que a escarificação excessiva pode causar danos ao
tegumento e diminuir a germinação das sementes (MCDONALD e COPELAND, 1997).
Os tratamentos físicos foram eficazes para superar a dormência de sementes de
Operculina macrocarpa L. (MEDEIROS FILHO et al., 2002), Hymenaea courbaril L.
(AZEVEDO et al., (2003), Caesalpinea ferrea Mart. ex Tul., Cassia grandis L., Cupania
vernalis Camb. (LIMA JÚNIOR, 2004), Ormosia nitida Vog. (LOPES et al., 2006),
Senna macranthera (Dc. Ex Collad.), Senna multijuga Rich e Senna multiuga Mart.
(LEMOS FILHO et al., 2006) e de Bauhinia variegata var. Cândida (Aiton) Buch. - Ham.
(LOPES et al., 2007).
O ácido sulfúrico tem sido comumente utilizado para superar a dormência
tegumentar, no entanto, a sua eficiência está relacionada com o tempo de exposição e
à espécie. Para sementes de Dimorphandra mollis Benth., a dormência foi superada
com a imersão no ácido sulfúrico concentrado por 45 a 90 minutos (HERMANSEN et
al., 2000), com relação as sementes de Bauhinia monandra Britt. e de Bauhinia
ungulata L., os tratamentos mais eficientes foram imersão em ácido sulfúrico por 20
minutos e escarificação mecânica do tegumento (ALVES et al., 2000). A escarificação
com ácido sulfúrico por cinco minutos foi indicada para sementes de Bowdichia
virgilioides Kunth (SMIDERLE e SOUZA, 2003). Para sementes de Ochroma lagopus
Sw. a imersão no ácido sulfúrico por um minuto foi suficiente para proporcionar alta
porcentagem de germinação (BARBOSA et al., 2004).
O tratamento com água quente é um método simples de executar, porém os
resultados obtidos são inconsistentes, pois este método baseia-se no princípio de
dissolver a camada cuticular para perfurar o tegumento das sementes, pois a sua
ruptura é imediatamente seguida de embebição, o que propicia o início do processo
germinativo (BIANCHETTI e RAMOS, 1981).
Em sementes de Acacia mearnsii Wild. (MARTINS-ORDER et al., 1999),
Peltophorum dubium Spreng (OLIVEIRA, 2010) e Leucaena leucocephala (Lam.) Wit.
4
(TELES et al., 2000) a quebra da dormência através do método de imersão em água
quente foi bastante eficiente, enquanto para as sementes de Bauhinia divaricata L.,
Alves et al. (2004) recomendaram o desponte na região oposta à micrópila, enquanto
que a emergência máxima de plântulas de Acacia mangium Willd. foi obtida após o
tratamento das sementes em água a 100 °C por um minuto (SMIDERLE et al., 2005).
2.3. Temperatura
Dentre as condições ambientais que afetam o processo germinativo, a
temperatura exerce uma influência significativa (MAYER e POLJAKOFF-MAYBER,
1989), sendo que seu efeito pode ser avaliado a partir de mudanças ocasionadas na
porcentagem, velocidade e frequência relativa ao longo do tempo (LABOURIAU, 1983).
A temperatura é um fator importante que afeta o comportamento germinativo das
sementes devido às respostas diferenciadas que podem ocorrer, uma vez que não há
uma temperatura ótima e uniforme de germinação para as sementes de todas as
espécies (VALADARES e PAULA, 2008). Define-se como temperatura ótima aquela
que propicia uma porcentagem de germinação máxima em menor espaço de tempo,
enquanto as temperaturas máximas e mínimas são pontos em que a germinação das
sementes é muito baixa ou não ocorre (MAYER e POLJAKOFF-MAYBER, 1989).
As temperaturas máximas aumentam a velocidade de germinação, mas somente
as sementes mais vigorosas conseguem germinar, determinando assim uma redução
na porcentagem de germinação; temperaturas mínimas reduzem a velocidade de
germinação e alteram a uniformidade de emergência, talvez devido ao aumento do
tempo de exposição das sementes ao ataque de patógenos (CARVALHO e
NAKAGAWA, 2012).
Para a germinação de sementes de espécies arbóreas nativas a temperatura
adequada vem sendo determinada por alguns pesquisadores, a exemplo da
temperatura de 30 °C para sementes de Parkia platycephala Benth. (NASCIMENTO et
al., 2003), Tabebuia impetiginosa (Martius ex A.P. de Candolle) Standley (OLIVEIRA et
al., 2005), Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. (LIMA et al., 2006), Peltophorum dubium
(Sprengel) Taubert (OLIVEIRA et al., 2008), Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp.
(ROSSETO et al., 2009) e de Acacia caven (Mol.) Mol. (ESCOBAR et al., 2010), de 25
e 25-35 °C para sementes de Poecilanthe parviflora Bentham (VALADARES e PAULA,
5
2008), 35 °C para sementes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith (GUEDES et
al., 2010) e de 20-30 e 25 °C para as sementes de Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All.
(GUEDES et al., 2011a).
Em sementes de Myracrodruon urundeuva Allemão a germinação ótima ocorreu
na faixa de 20 a 30 °C (Silva et al., 2002), enquanto Araújo Neto et al. (2002)
verificaram que as sementes de Guazuma ulmifolia Lam. não germinaram nas
temperaturas de 40 e 45 °C. Em sementes de Acacia polyphylla DC., a temperatura
constante de 25 °C foi a mais adequada para germinação (ARAÚJO NETO et al., 2003)
e, as maiores porcentagens de germinação e níveis de vigor de sementes de Vernonia
polyanthes Less. foram obtidas em temperaturas constante de 25 e alternada de 15-25
°C na presença de luz (FONSECA et al., 2012).
6
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Obtenção e beneficiamento das sementes
O presente trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Análise de Sementes
(LAS), do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais, do Centro de Ciências
Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba com sementes de Acacia farnesiana
obtidas de frutos maduros (coloração marrom escura) colhidos em árvores matrizes
localizadas no município de Souza - PB, na segunda quinzena de outubro de 2011,
obedecendo-se à distância mínima de 20 m entre as árvores, visando diminuir a
possibilidade de cruzamentos relacionados (CAPELANES e BIELLA, 1984). Após a
colheita os frutos foram acondicionados em sacos de polietileno e levados ao LAS para
abertura manual e remoção das sementes.
Após o beneficiamento foi determinado o teor de água inicial das sementes pelo
método da estufa a 105 ± 3 °C por 24 horas (BRASIL, 2009) e, em seguida as mesmas
foram homogeneizadas e submetidas aos tratamentos descritos a seguir.
3.2. Tratamentos pré-germinativos
Os tratamentos utilizados nas sementes foram: imersão em água a temperatura
de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto (T1, T2, T3, T4, T5, respectivamente), imersão
em ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) por 10 e 20 minutos (T6 e T7, respectivamente),
imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a
temperatura ambiente por 12 e 24 horas (T8 e T9, respectivamente), imersão em ácido
sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente
por 12 e 24 horas (T10 e T11, respectivamente), escarificação com lixa d’água n°. 80
(T12), escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a
temperatura ambiente por 12 e 24 horas (T13 e T14, respectivamente) e testemunha -
sementes intactas (T15).
Na escarificação química as sementes foram imersas em ácido sulfúrico
concentrado por 10 e 20 mim e posteriormente lavadas em água corrente; uma parte
das sementes de cada período de exposição foi semeada, enquanto a outra parte foi
imersa em água à temperatura ambiente por 12 e 24 horas. Com relação a imersão em
7
água quente as sementes foram postas em água nas temperaturas descritas
anteriormente por um minuto.
A escarificação mecânica foi realizada manualmente com lixa d’água n°. 80,
mediante atrito da semente no lado oposto a micrópila evitando, contudo, danificar o
embrião; uma parte das sementes foi semeada e a outra imersa em água a
temperatura ambiente por 12 e 24 horas; as sementes intactas foram aquelas não
submetidas a nenhum tratamento.
3.3. Variáveis analisadas
3.3.1. Teste de germinação e emergência
O teste de germinação foi realizado em câmaras de germinação do tipo
Biochemical Oxigen Demand (B.O.D.), contendo lâmpadas fluorescentes tipo luz do dia
(4 x 20 W), ajustadas às temperaturas alternada de 20-30 °C e constantes de 25 e
30°C e, com fotoperíodo de 8/16 horas de luz e escuro, respectivamente. O substrato
foi papel toalha “germitest” umedecido com água destilada na quantidade equivalente a
2,5 vezes a sua massa seca e confeccionado em forma de rolo, sendo as contagens
realizadas dos dois aos oito dias após a semeadura, cujos critérios foram os de
plântulas normais (BRASIL, 2009).
Quanto ao teste de emergência de plântulas o mesmo foi realizado em ambiente
protegido, (com temperatura média de 24 °C e umidade relativa média de 80% durante
o período de avaliação) com quatro repetições de 25 sementes, semeadas em
bandejas plásticas com dimensões de 49 x 33 x 7 cm de comprimento, largura e
profundidade, respectivamente, contendo areia lavada e esterilizada em autoclave
como substrato, cuja manutenção da umidade foi por meio de regas diárias. A
contagem do número de plântulas emersas foi realizada diariamente, dos três aos onze
dias após a semeadura, sendo o critério adotado o de plântulas com o hipocótilo acima
do substrato. Antes da instalação de ambos os testes, baseado em dados preliminares,
quatro repetições de 25 sementes por tratamento foram previamente submetidas à
escarificação manual com lixa d’água n°. 80, na região oposta ao hilo, sendo em
seguida tratadas com o fungicida Captan®, na concentração de 240 g para 100 kg de
sementes, cujos resultados foram expressos em porcentagem.
8
3.3.2. Índice de velocidade de germinação e emergência
O índice de velocidade de germinação e de emergência de plântulas foi
realizado juntamente com os testes de germinação e emergência, com contagens
diárias, no mesmo horário, cujo índice foi determinado pela fórmula de Maguire (1962).
3.3.3. Comprimento e massa seca de parte aérea e raízes
No final do teste de germinação e de emergência foi determinado o
comprimento da raiz primária e parte aérea das plântulas normais de cada repetição,
sendo medidas com o auxílio de uma régua graduada em centímetros, com os
resultados expressos em cm plântula-1. As mesmas plântulas da avaliação anterior,
após separação das raízes e parte aérea foram colocadas em sacos de papel do tipo
Kraft e levadas a estufa regulada a 65 °C, até atingir peso constante (48 horas) para
determinação da massa seca e, decorrido esse período, pesadas em balança analítica
com precisão de 0,001 g com resultados expressos em g plântula-1 (NAKAGAWA,
1999).
3.4. Delineamento experimental e análise estatística
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com os
tratamentos distribuídos em esquema fatorial 3 x 15 (temperaturas e tratamentos pré-
germinativos), em quatro repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância, utilizando-se o teste F para comparação dos quadrados médios e, as médias
foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade, sendo
utilizado o programa SISVAR (FERREIRA, 2000).
9
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As maiores porcentagens de germinação (Tabela 1) foram obtidas nos
tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por 10 (T9) e 20 minutos (T11), com posterior
embebição em água por 24 horas na temperatura alternada de 20-30 e 25 °C; na
temperatura de 30 °C os tratamentos mais eficientes foram imersão em ácido sulfúrico
por 10 minutos, com posterior embebição em água por 24 horas, imersão em ácido
sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água por 12 e 24 horas (T10 e
T11, respectivamente) e escarificação com lixa d’água n°. 80 (T12), sendo que nas
temperaturas de 25 e 30 °C também se destacou a escarificação com lixa d’água n°. 80
seguida de embebição em água por 24 horas (T14).
Com relação ao vigor, determinado pela primeira contagem, os melhores
resultados foram obtidos com a escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de
embebição em água por 24 horas (T14) nas temperaturas de 25 e 30 °C e escarificação
com lixa d’água n°. 80 (T12) na temperatura de 30 °C (Tabela 1). Estes resultados
demonstram que a escarificação mecânica e o ácido sulfúrico, seguidos ou não de
embebição em água a temperatura ambiente foram mais eficazes em romper o
tegumento das sementes de A. farnesiana, pois a água foi absorvida, o que
desencadeou o processo de germinação.
Para sementes de Apeiba tibourbou Aubl., o maior percentual de plântulas
normais na primeira contagem também foi obtido no tratamento de escarificação
mecânica com lixa + embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas na
temperatura de 30 °C, enquanto para os tratamentos de escarificação com ácido
sulfúrico por 5 minutos, na temperatura de 30 °C houve uma redução do vigor
(GUEDES et al., 2011b).
O tratamento de escarificação mecânica foi mais eficiente em relação ao
porcentagem de germinação e vigor determinado pela primeira contagem, quando
comparado aos demais tratamentos. Com isso é possível supor que o tratamento mais
adequado a ser realizado para sementes é o de escarificação mecânica,
provavelmente pelo fato da superação de dormência física permitir a penetração de
água de maneira mais eficaz, proporcionando uma germinação mais rápida e uniforme
(MORAES et al., 2010). Resultados semelhantes foram obtidos por Santos et al. (2004)
em sementes de Sterculia foetida L. quando escarificadas com lixa d’água n°. 80
seguida ou não de embebição em água a temperatura ambiente durante 24 horas.
10
Tabela 1. Germinação e primeira contagem de germinação de sementes de A. farnesiana submetidas a
diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB, Areia - PB, 2012.
Tratamentos
Temperaturas (°C)Germinação Primeira contagem
___________________________%___________________________20-30 25 30 20-30 25 30
T1 0 gA 0 hA 0 fA 0 dA 0 dA 0 gA
T2 4 gA 1 hA 4 fA 0 dA 0 dA 0 gA
T3 2 gA 6 gA 0 fA 0 dA 0 dA 0 gA
T4 5 gA 2 hA 4 fA 0 dA 0 dA 0 gA
T5 10 fC 17 eB 24 dA 0 dA 0 dA 0 gA
T6 9 fC 35 cB 45 cA 0 dA 0 dA 0 gA
T7 41 eA 27 dB 17 eC 0 dA 0 dA 0 gA
T8 83 cA 84 bA 81 bA 0 dA 0 dA 0 gA
T9 98 aA 96 aA 96 aA 0 dB 0 dB 39 eA
T10 91 bA 87 bB 95 aA 14 cB 4 dC 73 cA
T11 95 aA 93 aA 95 aA 37 bB 20 cC 60 dA
T12 61 dB 89 bA 93 aA 19 cC 76 aB 85 aA
T13 13 fA 12 fA 15 eA 1 dB 1 dB 10 fA
T14 78 cB 96 aA 97 aA 46 aB 79 aA 84 aA
T15 83 cA 85 bA 80 bA 40 bC 69 bB 79 bA
CV (%) 8,04 20,16Médias seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Sckott-Knott a 5%.T1, T2, T3, T4, T5 - imersão em água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto, respectivamente; T6, T7
- imersão em ácido sulfúrico por 10 e 20 minutos, respectivamente; T8 e T9 - imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T10 e T11 - imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T12 - escarificação com lixa d’água n°. 80; T13 e T14 - escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente e T15 - testemunha (sementes intactas).
A escarificação mecânica é uma técnica simples e de baixo custo, que também
foi indicada para sementes de Dimorphandra mollis Benth. (HERMANSEN et al., 2000),
Bauhinia monandra Britt. (ALVES et al., 2000), Adesmia DC. (TEDESCO et al., 2001),
Acacia mearnsii Willd. (ROVERSI et al., 2002), Lotus subbflorus L. (JACOB JUNIOR et
al., 2004) e Pterogyne nitens Tul. (PELLIZZARO et al., 2011).
Os tratamentos com ácido sulfúrico (H2SO4) por cinco minutos e lixa d’água
proporcionaram as maiores porcentagens de germinação em sementes de Bowdichia
virgilioides Kunth. (SMIDERLE e SOUZA, 2003). As maiores porcentagens de
germinação de sementes de Parkia gigantocarpa Ducke foram obtidas com a imersão
em ácido sulfúrico por 30 e 40 minutos, além do método de escarificação com lixa,
enquanto a imersão em água a 100 °C não foi eficiente (OLIVEIRA et al., 2012).
Para o vigor, avaliado pela velocidade de germinação constatou-se os melhores
valores nos tratamentos de escarificação com lixa d’água n°. 80 sem (T12) e com
embebição em água a temperatura ambiente por 24 horas (T14) na temperatura
constante de 25 °C, bem como imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com
11
posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas (T10 e T11,
respectivamente), escarificação em lixa d’água n°. 80 sem (T12) e com embebição em
água a temperatura ambiente por 24 horas (T14) na temperatura constante de 30 °C
(Tabela 2). Mais uma vez observa-se que a escarificação, tanto mecânica quanto
química foi eficiente em provocar fissuras no tegumento das sementes e, assim permitir
a absorção de água, o que garantiu uma geminação mais rápida e uniforme.
Tabela 2. Índice de velocidade de germinação de sementes de A. farnesiana submetidas a
diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB, Areia - PB, 2012.
TratamentosTemperaturas (°C)
20-30 25 30T1 0,00 fA 0,00 gA 0,00 fAT2 0,22 fA 0,08 gA 0,33 fAT3 0,06 fA 0,38 gA 0,00 fAT4 0,18 fA 0,19 g A 0,33 fAT5 0,39 fA 0,53 gA 1,09 eAT6 0,33 fB 1,66 fA 1,90 dAT7 2,48 eA 1,70 fB 1,10 eBT8 6,06 cA 5,63 eA 5,21 cAT9 5,92 cC 8,15 cB 8,87 bAT10 7,02 bB 6,88 dB 11,04 aAT11 9,28 aB 7,84 cC 10,44 aAT12 4,43 dB 10,84 aA 11,33 aAT13 0,73 fA 0,84 gA 0,61 fAT14 7,26 bB 10,98 aA 10,87 aAT15 8,83 aB 9,91 bA 9,00 bB
CV (%) 10,91Médias seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Sckott-Knott a 5%.T1, T2, T3, T4, T5 - imersão em água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto, respectivamente; T6, T7
- imersão em ácido sulfúrico por 10 e 20 minutos, respectivamente; T8 e T9 - imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T10 e T11 - imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T12 - escarificação com lixa d’água n°. 80; T13 e T14 - escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente e T15 - testemunha (sementes intactas).
A ação do ácido sulfúrico no amolecimento do tegumento das sementes parece
ser resultante da remoção da cutícula e exposição das camadas de macroesclerídeos,
permitindo assim, graus de permeabilidade mais homogêneos (SANTARÉM e ÁQUILA,
1995), enquanto na escarificação mecânica, o processo de lixar o tegumento permite
que a semente mantenha apenas uma pequena área para a absorção de água, mas
mesmo assim foi eficiente no aumento da velocidade de germinação.
O maior índice de velocidade de germinação das sementes de Apeiba tibourbou
Aubl. foi obtido no tratamento de escarificação mecânica com lixa d’água n°. 80, por
cinco minutos na temperatura constante de 30 °C, enquanto na temperatura de 25 °C
os índices de velocidade de germinação foram superiores ao da temperatura alternada
de 20-30 °C, independentemente do tratamento aplicado às sementes (GUEDES et al.,
12
2011b). Nas sementes de Parkia gigantocarpa Ducke a escarificação química com
ácido sulfúrico por 30 e 40 minutos também foi eficiente, pois proporcionou maior
velocidade de germinação (OLIVEIRA et al., 2012).
Os maiores comprimentos da parte aérea das plântulas do teste de germinação
(Tabela 3) foram observados quando as mesmas foram oriundas de sementes
submetidas aos tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com
posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas (T8), imersão em
ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura
ambiente por 12 (T10) e 24 horas (T11) e escarificação com lixa d’água n°. 80 com
embebição em água a temperatura ambiente por 24 horas (T14) nas três temperaturas.
Além destes destacaram-se os tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por 10
minutos (T6) nas temperaturas de 20-30 e 30 °C, imersão em ácido sulfúrico por 20
minutos (T7) nas temperaturas de 20-30 e 25 °C e escarificação com lixa d’água n°. 80
sem (T12) e com (T13) embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas na
temperatura de 25 °C.
Em relação ao comprimento da raiz primária plântulas do teste de germinação,
os maiores valores ocorreram quando se utilizou a imersão em ácido sulfúrico por 20
minutos (T7) e escarificação com lixa d’água n°. 80 com embebição em água a
temperatura ambiente por 24 horas (T14) nas três temperaturas, imersão em ácido
sulfúrico por 10 minutos (T6), imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior
embebição em água a temperatura ambiente por 12 (T10) e 24 horas (T11) nas
temperaturas de 25 e 30 °C, imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior
embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas (T8) e escarificação com lixa
d’água n°. 80 (T12) na temperatura de 25 °C e e escarificação com lixa d’água n°. 80
seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas (T13) na
temperatura constante de 30 °C (Tabela 3).
13
Tabela 3. Comprimento da parte aérea e da raiz de plântulas de A. farnesiana do teste de germinação
oriundas de sementes submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB,
Areia - PB, 2012.
Tratamentos
Comprimento (cm)Temperaturas (°C)
Parte aérea Raiz primária20-30 25 30 20-30 25 30
T1 1,75 cB 1,37 cB 3,00 bA 1,87 cB 1,12 cB 3,00 bA
T2 0,87 cB 1,93 cA 0,00 cB 0,68 dB 1,68 bA 0,00 dA
T3 3,32 bA 1,50 cB 2,12 bB 3,51 bA 1,50 bB 1,62 cB
T4 3,00 bA 3,70 bA 2,72 bA 2,71 bA 1,92 bA 3,36 bA
T5 1,39 cA 2,13 cA 2,11 bA 1,87 cB 1,86 bA 1,96 cB
T6 4,44 aA 3,76 bA 3,86 aA 3,58 bA 3,69 aA 3,96 aA
T7 4,95 aA 4,66 aA 2,73 bB 4,36 aA 4,63 aA 3,72 aA
T8 4,44 aA 4,84 aA 4,22 aA 4,02 aB 5,50 aA 4,54 aB
T9 3,44 bA 3,22 bA 2,41 bA 2,07 cA 2,44 bA 3,18 bA
T10 4,73 aA 5,05 aA 4,73 aA 3,77 bA 4,34 aA 4,44 aA
T11 4,48 aA 4,90 aA 4,03 aA 3,38 bA 4,31 aA 4,36 aA
T12 3,66 bA 4,06 bA 3,40 aA 2,66 bA 3,54 aA 2,66 bA
T13 1,03 cB 1,08 cB 3,92 aA 0,76 dB 0,87 cB 3,98 aA
T14 4,53 aA 4,44 aA 4,21 aA 5,26 aA 4,38 aA 4,77 aA
T15 0,00 cA 0,00 dA 0,00 cA 0,00 dB 0,00 cA 0,00 dA
CV (%) 19,92 17,65Médias seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Sckott-Knott a 5%.T1, T2, T3, T4, T5 - imersão em água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto, respectivamente; T6, T7
- imersão em ácido sulfúrico por 10 e 20 minutos, respectivamente; T8 e T9 - imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T10 e T11 - imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T12 - escarificação com lixa d’água n°. 80; T13 e T14 - escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente e T15 - testemunha (sementes intactas).
As sementes de Merremia aegyptia L. submetidas aos tratamentos de
escarificação mecânica e imersão em ácido sulfúrico por seis minutos originaram
plântulas com maior altura (PEREIRA et al., 2007). De forma semelhante, a
escarificação mecânica de sementes de Apeiba tibourbou Aubl. com lixa d’água n°. 80
por cinco minutos na temperatura de 30 °C proporcionou plântulas com maior
comprimento (GUEDES et al., 2011b).
Por meio dos dados da Tabela 4 observa-se que os tratamentos a imersão em
ácido sulfúrico por 20 minutos (T7), escarificação com lixa d’água n°. 80 sem (T12) e
escarificação com lixa d’água n°. 80 com embebição em água a temperatura ambiente
por 24 horas (T14) na temperatura de 20-30 °C, imersão em ácido sulfúrico por 20
minutos, com posterior embebição em água por 24 horas (T11) na temperatura de 30
°C, imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a
temperatura ambiente por 12 horas (T8), imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos,
com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas (T10),
14
escarificação com lixa d’água n°. 80 com embebição em água a temperatura ambiente
por 12 (T13) e 24 horas (T14) na temperatura de 30 °C.
Tabela 4. Massa seca da parte aérea de plântulas de A. farnesiana do teste de germinação oriundas de
sementes submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB, Areia - PB,
2012.
TratamentosTemperaturas (°C)
20-30 25 30T1 0,00027 cA 0,00035 dA 0,00047 dAT2 0,00012 cA 0,00042 dA 0,00000 dAT3 0,00077 cB 0,00020 dB 0,00750 bAT4 0,00042 cA 0,00097 dA 0,00162 dAT5 0,00072 cA 0,00177 dA 0,00232 dAT6 0,00035 bA 0,00322 cA 0,00140 dAT7 0,00830 aA 0,00865 bA 0,00750 bAT8 0,00457 bB 0,00140 dC 0,00975 aAT9 0,00070 cB 0,00140 dB 0,00862 bAT10 0,00712 aB 0,01040 bA 0,01110 aAT11 0,00917 aB 0,03207 aA 0,00487 cCT12 0,00920 aA 0,00932 bA 0,00880 bAT13 0,00420 bB 0,00432 cB 0,00937 aAT14 0,00935 aA 0,00942 bA 0,00957 aAT15 0,00000 cA 0,00000 dA 0,00000 dA
CV (%) 29,21Médias seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Sckott-Knott a 5%.T1, T2, T3, T4, T5 - imersão em água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto, respectivamente; T6, T7
- imersão em ácido sulfúrico por 10 e 20 minutos, respectivamente; T8 e T9 - imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T10 e T11 - imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T12 - escarificação com lixa d’água n°. 80; T13 e T14 - escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente e T15 - testemunha (sementes intactas).
Quanto a massa seca das raízes (Tabela 5) os melhores tratamentos foram
escarificação com lixa d’água n°. 80 com embebição em água a temperatura ambiente
por 24 horas (T14) na temperatura de 20-30 °C, imersão em ácido sulfúrico por 20
minutos, com posterior embebição em água por 24 horas (T11) na temperatura de 30
°C, imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a
temperatura ambiente por 12 (T8) e 24 horas (T9), imersão em ácido sulfúrico por 20
minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas (T10),
escarificação com lixa d’água n°. 80 sem (T12) e com embebição em água a
temperatura ambiente por 12 (T13) e 24 horas (T14) na temperatura de 30 °C.
15
Tabela 5. Massa seca das raízes de plântulas de A. farnesiana do teste de germinação oriundas de
sementes submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos. CCA-UFPB, Areia - PB,
2012.
TratamentosTemperaturas (°C)
20-30 25 30T1 0,00020 fA 0,000175 eA 0,000475 eAT2 0,000025 fA 0,000275 eA 0,000000 fA T3 0,000400 fB 0,000125 eB 0,001500 cAT4 0,000150 fB 0,000400 eB 0,001025 dAT5 0,000350 fA 0,000850 dA 0,000650 eAT6 0,001275 eA 0,000750 dB 0,000675 eBT7 0,002600 bA 0,002825 bA 0,002175 dAT8 0,001675 dB 0,000675 dC 0,003625 aAT9 0,000475 fB 0,000675 dB 0,003800 aAT10 0,002200 cB 0,002975 bA 0,003275 aAT11 0,002775 bB 0,017075 aA 0,003075 aBT12 0,002900 bA 0,002950 bA 0,003300 aAT13 0,001725 dB 0,001825 cB 0,003375 aAT14 0,003300 aA 0,002825 bB 0,003450 aAT15 0,000000 fA 0,000000 eA 0,000000 fA
CV (%) 12,20Médias seguidas da mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Sckott-Knott a 5%.T1, T2, T3, T4, T5 - imersão em água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto, respectivamente; T6, T7
- imersão em ácido sulfúrico por 10 e 20 minutos, respectivamente; T8 e T9 - imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T10 e T11 - imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T12 - escarificação com lixa d’água n°. 80; T13 e T14 - escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente e T15 - testemunha (sementes intactas).
Em se tratando do vigor, a máxima emergência foi verificada em plântulas
oriundas de sementes submetidas a escarificação com lixa d’água n°. 80 sem (T12) e
com embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas (T13); a maior
percentagem de germinação por ocasião da primeira contagem ocorreu no tratamento
de escarificação em lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura
ambiente por 24 horas (T14), enquanto para o índice de velocidade de emergência os
maiores valores foram obtidos quando adotou-se a escarificação com lixa d’água n°. 80
seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 horas (T13) (Tabela 4).
A escarificação com lixa proporcionou os maiores índices de velocidade de
emergência de plântulas de Caesalpinia pyramidalis Tul. (ALVES et al., 2007),
enquanto os tratamentos com escarificação mecânica seguida de embebição por 12 e
24 horas proporcionaram maiores índices de velocidade de emergência das plântulas
de Caesalpinia pucherrima (L.) Sw. (OLIVEIRA et al., 2010).
16
Tabela 6. Emergência, primeira contagem e índice de velocidade de emergência de plântulas de A.
farnesiana oriundas de sementes submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos.
CCA-UFPB, Areia - PB, 2012.
TratamentosEmergência Primeira contagem
IVE__________________%__________________
T1 0 g 0 f 0 fT2 5 g 0 f 0,33 fT3 12 f 1 f 0,53 fT4 45 d 0 f 1,88 eT5 49 d 0 f 1,25 eT6 32 e 1 f 1,56 eT7 79 b 17 d 4,80 cT8 15 f 0 f 0,61 fT9 9 f 0 f 0,50 fT10 65 c 0 f 4,14 dT11 76 b 7 e 4,78 cT12 84 a 36 c 5,88 bT13 84 a 59 b 7,00 aT14 78 b 65 a 6,06 bT15 4 g 0 f 0,22 f
CV (%) 10,84 20,58 15,08Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente ente si, pelo teste de Sckott-Knott a 5%.T1, T2, T3, T4, T5 - imersão em água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto, respectivamente; T6, T7
- imersão em ácido sulfúrico por 10 e 20 minutos, respectivamente; T8 e T9 - imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T10 e T11 - imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T12 - escarificação com lixa d’água n°. 80; T13 e T14 - escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente e T15 - testemunha (sementes intactas).
Os maiores valores de comprimento da parte aérea das plântulas do teste de
emergência ocorreram nos tratamentos de imersão em água a temperatura de 80 e 90
°C por um minuto (T3 e T4, respectivamente), imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos
seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas (T10 e T11,
respectivamente), escarificação com lixa d’água n°. 80 sem (T12) e com embebição em
água por 12 e 24 horas (T13 e T14, respectivamente). Quanto ao comprimento da raiz
primária das plântulas do teste de emergência apenas as sementes do tratamento de
imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com embebição em água a temperatura
ambiente 24 horas (T9) originaram plântulas com massa seca inferior, enquanto para a
massa seca da parte aérea e raízes destacou-se apenas o tratamento de imersão em
ácido sulfúrico por 20 minutos com embebição em água a temperatura ambiente 24
horas (T11) (Tabela 5).
17
Tabela 7. Comprimento e massa seca da parte aérea e raízes de plântulas de A. farnesiana do teste de
emergência oriundas de sementes submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos.
CCA-UFPB, Areia - PB, 2012.
TratamentosComprimento (cm) Massa seca (g)
Parte aérea Raiz Parte aérea RaízesT1 0,00 d 0,00 c 0,000 d 0,000 gT2 5,83 b 13,83 a 0,003 d 0,002 gT3 6,37 a 19,38 a 0,057 c 0,043 dT4 6,60 a 14,70 a 0,030 d 0,016 fT5 3,34 c 11,59 a 0,010 d 0,004 gT6 5,82 b 17,53 a 0,018 d 0,008 gT7 5,79 b 11,81 a 0,290 b 0,105 cT8 4,81 b 15,99 a 0,062 c 0,006 gT9 5,06 b 7,91 b 0,003 d 0,001 gT10 8,06 a 17,43 a 0,058 c 0,036 eT11 7,39 a 15,09 a 0,373 a 0,156 aT12 6,65 a 13,40 a 0,060 c 0,034 cT13 8,14 a 13,55 a 0,316 b 0,099 cT14 7,08 a 13,72 a 0,307 b 0,111 bT15 2,37 c 9,87 a 0,000 d 0,000 g
CV (%) 15,37 12,34 15,33 15,33Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente ente si, pelo teste de Scott-Knott a 5%.T1, T2, T3, T4, T5 - imersão em água a temperatura de 60, 70, 80, 90 e 100 °C por um minuto, respectivamente; T6, T7
- imersão em ácido sulfúrico por 10 e 20 minutos, respectivamente; T8 e T9 - imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T10 e T11 - imersão em ácido sulfúrico por 20 minutos, com posterior embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente; T12 - escarificação com lixa d’água n°. 80; T13 e T14 - escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em água a temperatura ambiente por 12 e 24 horas, respectivamente e T15 - testemunha (sementes intactas).
18
5. CONCLUSÃO
O tratamento mais eficiente para superação da dormência de sementes de
Acacia farnesiana é a escarificação com lixa d’água n°. 80 seguida de embebição em
água a temperatura ambiente por 24 horas, quando associado às temperaturas de 25 e
30 °C constantes para instalação do teste de germinação.
19
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, M.C.S.; MEDEIROS-FILHO, S.; ANDRADE-NETO, M.; TEÓFILO, E.M.
Superação da dormência em sementes de Bauhinia monandra Britt e Bauhinia
ungulata L. - Caesalpinoideae. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v.22, n.2,
p.139-144, 2000.
ALVES, A.U.; DORNELAS, C.S.M.; BRUNO, R.L.A.; ALVES, E.U. Superação da
dormência em sementes de Bauhinia divaricata L. Acta Botanica Brasilica, São
Paulo, v.18, n.4, p.871-879, 2004.
ALVES, E.U.; CARDOSO, E.A.; BRUNO, R.L.A.; ALVES, A.U.; ALVES, A.U.;
GALINDO, E.A.; BRAGA JÚNIOR, J.M. Superação da dormência de sementes de
Caesalpinia pyramidalis Tul. Revista Árvore, Viçosa, v.31, n.3, p.405-415, 2007.
ARAÚJO NETO, J.C.; AGUIAR, I.B.; FERREIRA, V.M.; RODRIGUES, T.J.D.
Temperaturas cardeais e efeito da luz na germinação de sementes de mutamba.
Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina grande, v.6, n.3,
p.460-465, 2002.
ARAÚJO NETO, J.C.; AGUIAR, I.B.; FERREIRA, V.M. Efeito da temperatura e da luz
na germinação de sementes de Acacia polyphylla DC. Revista Brasileira de Botânica,
São Paulo, v.26, n.2, p.249-256, 2003.
AZEREDO, G.A.; BRUNO, R.L.A.; ANDRADE, L.A.; CUNHA, A.O. Germinação em
sementes de espécies florestais a mata atlântica (leguminoseae) sob condições de
casa de vegetação. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v.33, n.1, p.11-16,
2003.
BARBOSA, P.; SAMPAIO, P.T.B.; CAMPOS, M.A.A.; VARELA, V.P.; GONÇALVES,
C.Q.B.; IIDA, S. Tecnologia alternativa para a quebra de das sementes de pau-de-
balsa (Ochroma lagopus Sw., Bombacaceae). Acta Amazonica, Manaus, v.34, n.1,
p.107-110, 2004.
BEWLEY, J.D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. New
York: Plenum Press, 1994. 2.ed. 445p.
20
BIANCHETTI, A.; RAMOS, A. Comparação de tratamentos para superar a dormência
de sementes de acácia negra (Acacia mearnsii Willd.). Boletim de Pesquisa Florestal,
Curitiba, n.4, p.101-111, 1981a.
BIANCHETTI, A.; RAMOS, A. Quebra de dormência de sementes de guapuruvu
(Schizolobium parahyba (Vellozo) Blake). Boletim de Pesquisa Florestal, Curitiba,
n.3, p.69-76, 1981b.
BORGES, E.E.L.; BORGES, R.C.G.; CANDIDO, J.F.; GOMES, J.M. Comparação de
métodos de quebra de dormência em sementes de copaíba. Revista Brasileira de
Sementes, Brasília, v.4, n.1, p.9-12, 1982.
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de
sementes. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: MAPA/ACS, 2009. 395p.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Secretaria Nacional de Defesa
Agropecuária. Departamento Nacional de Defesa Vegetal. Coordenação de Laboratório
Vegetal. Regras para análise de sementes. Brasília, 2 ed, 2002. 365p.
BURKART, A. Leguminosas - Mimosoideas Parte I. Flora Ilustrada Catarinense.
Traduzido por Roberto Klein. Herbário Barbosa Rodrigues - HBR. Itajaí, 1979. P 17-48.
CAPELANES, T.M.C.; BIELLA, L.C. Programa de produção e tecnologia de sementes
de espécies florestais nativas, desenvolvido pela companhia energética de São Paulo -
CESP. In: SÍMPOSIO BRASILEIRO SOBRE TECNOLOGIA DE SEMENTES
FLORESTAIS, 1.ed, 1984, Belo Horizonte. Anais... Brasília: IBDF, 1984. p.85-107.
CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5.ed.
Jaboticabal: FUNEP, 2012. 590p.
CARVALHO, N.M.; DEMATTIÊ, M.E.S.P.; GRAZIANO, T.T. Germinação de sementes
essências florestais nativas. 1. Suinã ou mulungu (Erythrina speciosa Andr.). Revista
Brasileira de Sementes, Brasília, v.2, n.1, p.81-88, 1980.
DUKE, J.A. Handbook of legumes of world economic importance. Plenum Press,
New York, 1981. 345p.
21
ESCOBAR, T.A.; PEDROSO, V.M.; BONOW, R.N.; SCHWENGBER, E.B. Superação
de dormência e temperaturas para germinação de sementes de Acacia caven (Mol.)
Mol. (espinilho). Revista Brasileira de Sementes, Lavras, v.32, n.2, p.124-130, 2010.
FERREIRA, D.F. Sistema de análises de variância para dados balanceados.
Lavras: UFLA, 2000. (SISVAR 4. 1. pacote computacional).
FONSECA, P.G.; NUNES, U.R.; NUNES, S.C.P. Aspectos da germinação de sementes
de assa-peixe (Vernonia polyanthes Less.). Ciência Rural, Santa Maria, v.42, n.4,
p.633-637, 2012.
FOWLER, J.A.P.; BIANCHETTI, A. Dormência em sementes florestais. Colombo:
EMBRAPA Florestas (EMBRAPA Florestas. Documentos, 40), 2000. 27p.
GUEDES, R.S.; ALVES, E.U.; VIANA, J.S.; GONÇALVES, E.P.; BRGA JÚNIOR, J.M.;
VIANA, J.S.; COLARES, P.N.Q. Substratos e temperaturas para testes de germinação
e vigor de sementes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith. Revista Árvore,
Viçosa, v.34, n.1, p.57-64. 2010.
GUEDES, R.S.; GONÇALVES, E.P.; FRANÇA, P.R.C.; MOURA, M.F.; SANTOS, S.S.
Germinação de sementes de Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All. Acta Scientiarum.
Biological Sciences, Maringá, v.33, n.4, p.445-450, 2011a.
GUEDES, R.S.; ALVES, E.U.; VIANA, J.S.; GONÇALVES, E.P.; SANTOS, S.R.N.;
COSTA, E.G. Tratamentos pré-germinativos e temperaturas para a germinação de
sementes de Apeiba tibourbou Aubl. Revista Brasileira de Sementes, Lavras, v.33,
n.1, p.131-140, 2011b.
HERMANSEN, L.A.; DUYEA, M.L.; WHITE, T.L. Variability in seed coat dormancy in
Dimorphandra mollis Benth. Seed Science and Technology, Zurich, v.28, n.3, p.567-
580, 2000.
JACOB JUNIOR, E.A.; MENEGHELLO, G.E.; MELO, P.T.B.S.; MAIA, M.S.
Tratamentos para superação da dormência em sementes de Lotus corniculatus L.
Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v.26, n.2, p.15-19, 2004.
JOLY, A.B. Botânica: Introdução a taxonomia vegetal. 12.ed. São Paulo: Nacional,
1998. 777p.
22
LABOURIAU, L.G. A germinação das sementes. Washington: Secretaria da OEA,
1983. 173p.
LEMOS FILHO, J.P.; GUERRA, S.T.M.; LOVATO, M.B.; SCOTTI, M.R.L.; Germinação
de sementes de Senna macranthera (Dc. Ex Collad.), Senna multijuga Rich. e
Stryphnodendron polyphyllum Mart. Revista Árvore, Viçosa, v.30, n.2, p.187-195,
2006.
LIMA JÚNIOR, E.C. Germinação, armazenamento de sementes e fisio-anatomia de
plantas jovens de Cupania vernalis Camb. 2004. 115p. Dissertação (Mestrado em
Fisiologia Vegetal) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2004.
LIMA, J.D.; ALMEIDA, C.C.; DANTAS, V.A.V.; SILVA E SILVA, B.M.; MORAES, W.S.
Efeito da temperatura e do substrato na germinação de sementes de Caesalpinia ferrea
Mart. ex Tul. (Leguminosae, Caesalpinoideae). Revista Árvore, Viçosa, v.30, n.4,
p.513-518, 2006.
LIOGIER, H.A. Plantas medicinales de Puerto Rico y del Caribe. San Juan
Iberoamericana de Ediciones, Inc., 1990. 2.ed. 566p.
LOPES, J.C.; DIAS, P.C.; MACEDO, C.M.P. Tratamentos para acelerar a germinação e
reduzir a deterioração das sementes de Ormosia nitida Vog. Revista Árvore, Viçosa,
v.30, n.2, p.171-177, 2006.
LOPES, J.C.; BARBOSA, L.G.; CAPUCHO, M.T. Germinação de sementes de
Bauhinia spp. Floresta, Curitiba, v.37, n.2, p.265-274, 2007.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 2002. 4.ed. v.1, 368p.
MAGUIRE, J.D. Speed of germination-aid selection evolution for seedling emergence
and vigor. Crop Science, Madison, v.2, n.2, p.176-177, 1962.
MARTINS-ORDER, M.P.; BORGES, R.Z.; BASTOS JÚNIOR, N. Fotoperiodismo e
quebra de dormência em sementes de acácia negra (Acacia mearnsii de Willd.).
Ciência Florestal, Santa Maria, v.9, n.1, p.71-77, 1999.
23
MAYER, A.M.; POLJAKOFF-MAYBER, A. The germination of seeds. New York:
Pergamon Press, 1989. 270p.
McDONALD, M.B.; COPELAND, L.O. Seed production: principles and practices. New
Jersey: Chapmam & Hall, 1997. 749p.
MEDEIROS FILHO, S.; FRANÇA, E.A.; INNECCO, R. Germinação de sementes de
Operculina macrocarpa (L.) Farwel e Operculina alata (Ham.) Urban. Revista
Brasileira de Sementes, Londrina, v.24, n.2, p.102-107, 2002.
MORAES, F.G.D.; MATOS, V.P.; SILVA, M.; FERREIRA, E.G.B.S.; SANTOS, H.H.D.;
RODRIGUES, I.A.S.; BITTAR, S.M.B. Tratamentos pré-germinativos em sementes de
Vachellia farnesiana (L.) Wight & Arn. - Leguminosae-Mimosoidae. Revista Caatinga,
Mossoró, v.23, n.1, p.71-76, 2010.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho de plântulas. In:
KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA, R.D.; FRANÇA NETO, J.B. Vigor de sementes:
conceitos e testes. Londrina: ABRATES. cap.2, p.1-24, 1999.
NASCIMENTO, W.M.O.; RAMOS, N.P.; CARPI, V.A.F.; SCARPARE FILHO, J.A.;
CRUZ, E.D. Temperatura e substrato para germinação de sementes de Parkia
platycephala Benth. (Leguminosae - Mimosoideae). Revista Agricultura Tropical,
Cuiabá, v.7, n.1, p.119-129, 2003.
OLIVEIRA, L.M.; CARVALHO, M.L.M.; SILVA, T.T.A.; BORGES, D.I. Temperatura e
regime de luz na germinação de sementes de Tabebuia impetiginosa (Martius ex A.P.
de Candolle) Standley e T. serratifolia Vahl Nich. - Bignoniaceae. Ciência e
Agrotecnologia, Lavras, v.29, n.3, p.642-648, 2005.
OLIVEIRA, L.M.; DAVIDE, A.C.; CARVALHO, M.L.M. Teste de germinação de
sementes de Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert - Fabaceae. Floresta, Curitiba,
v.38, n.3, p.545-551, 2008.
OLIVEIRA, L.M.; DAVIDE, A.C.; CARVALHO, M.L.M. Avaliação de métodos para
quebra da dormência e para a desinfestação de sementes de canafístula (Peltophorum
dubium (Sprengel) Taubert). Revista Árvore, Viçosa, v.27, n.5, p.597-603, 2010.
24
OLIVEIRA, A.K.M.; RIBEIRO, J.W.F.; PEREIRA, K.C.L.; RONDON, E.V.; BECKER,
T.J.A.; BARBOSA, L.A. Superação de dormência em sementes de Parkia gigantocarpa
(Fabaceae - Mimosidae). Ciência Florestal, Santa Maria, v.22, n.3, p.533-540, 2012.
PARROTTA, J.A. Healing plants of peninsular India. CAB International, Wallingford,
UK and New York., 2001. 944p.
PELLIZZARO, K.; JESUS, V.A.M.; BRACCINI, A.L.; SCAPIM, C.A.; VIGANÓ, J.
Superação da dormência e influência do condicionamento osmótico em sementes de
Pterogyne nitens Tul. (Fabaceae). Revista Caatinga, Mossoró, v.24, n.3, p.1-9, 2011.
PEREIRA, E.W.L.; RIBEIRO, M.C.C.; SOUZA, J.O.; LINHARES, P.C.F.; NUNES,
G.H.S. Superação de dormência em sementes de jitirana (Merremia aegyptia L.).
Revista Caatinga, Mossoró, v.20, n.2, p.59-62, 2007.
QUEIROZ, L. P. Leguminosas da caatinga. Universidade estadual de Feria de
Santana: UEFS, 2009. 467p.
RIZZINI, C.T. Nota sobre um embrião dormente em leguminosa esclerodérmica.
Rodriguésia, Rio de Janeiro, v.29, n.42, p.33-39, 1977.
ROLSTON, M.P. Water impermeable seed dormancy. The Botanical Review, Illinois,
v.44, n.3, p.365-396, 1978.
ROSSETO, J.; ALBUQUERQUE, M.C.F.; RONDON NETO, R.M.; SILVA, I.C.O.
Germinação de sementes de Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. (Fabaceae) em
diferentes temperaturas. Revista Árvore, Viçosa, v.33, n.1, p.47-55, 2009.
ROVERSI, T.; MATTEI, V.L.; SILVEIRA, J.P.; FALCK, G.L.; Superação da dormência
em sementes de acacia negra (Acacia mearnsii Willd.). Revista Brasileira
Agrociência, Porto Alegre, v.8, n.2, p.161-163, 2002.
SANTARÉM, E.R.; ÁQUILA, M.E.A. Influência de métodos de superação de dormência
e do armazenamento na germinação de sementes de Senna macranthera (Colladon)
Irwin e Barneby (Leguminosae). Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.17, n.2,
p.205-209, 1995.
25
SANTOS, T.O.; MORAIS, T.G.O.; MATOS, V.P. Escarificação mecânica em sementes
de chichá (Sterculia foetida L.). Revista Árvore, Viçosa, v.28, n.1, p.1-6, 2004.
SILVA, L.M.M.; RODRIGUES, T.J.D.; AGUIAR, I.B. Efeito da luz e da temperatura na
germinação de sementes de aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão). Revista
Árvore, Viçosa, v.26, n.6, p.691-697, 2002.
SMIDERLE, O.J.; MOURÃO JUNIOR, M.; SOUSA, R.C.P. Tratamentos pré-
germinativos em sementes de acácia. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v.27,
n.1, p.78-85, 2005.
SMIDERLE, O.J.; SOUSA, R.C.P. Dormência em sementes de paricarana (Bowdichia
virgilioides Kunth - Fabaceae - Papilionidae). Revista Brasileira de Sementes,
Pelotas, v.25, n.1, p.72-75, 2003.
TEDESCO, S.B.; STEFANELLO, M.O.; SCHIFINO-WITTMAN, M.T.; BATTISTIN, A.;
DALL’AGNOL, M. Superação de dormência em sementes de espécies de Adesmia DC.
(Leguminosae). Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v.7, n.2, p.89-92, 2001.
TELES, M.M.; ALVES, A.A.; OLIVEIRA, J.C.G.; BEZERRA, A.M.E. Métodos para
quebra da dormência em sementes de leucena (Leucaena leucephala (Lam.) de Wit).
Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.29, n.2, p.387-391, 2000.
VALADARES, J.; PAULA, R.C. Temperaturas para germinação de sementes de
Poecilanthe parviflora Bentham (Fabaceae - Faboideae). Revista Brasileira de
Sementes, Lavras, v.30, n.2, p.164-170, 2008.
WIGLEY, T.M.L.; RAPER, S.C.B. Interpretation of high projections for global-mean
warming. Science Magazine, Cambridge, v.293, n.5529, p.451-454, 2001.
26