universidade federal de pelotas centro de engenharias

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Centro de Engenharias Curso de Engenharia de PetrΓ³leo Trabalho de ConclusΓ£o de Curso Desenvolvimento de um Simulador Computacional de ReservatΓ³rio de PetrΓ³leo Utilizando a Metodologia Fully Implicit Black-Oil Bruno Vernochi Pelotas – RS, 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

Centro de Engenharias

Curso de Engenharia de PetrΓ³leo

Trabalho de ConclusΓ£o de Curso

Desenvolvimento de um Simulador Computacional de ReservatΓ³rio de PetrΓ³leo Utilizando a Metodologia Fully Implicit Black-Oil

Bruno Vernochi

Pelotas – RS, 2018

Bruno Vernochi

Desenvolvimento de um Simulador Computacional de ReservatΓ³rio de PetrΓ³leo Utilizando a Metodologia Fully Implicit Black-Oil

Trabalho de ConclusΓ£o de Curso

apresentado ao curso de Engenharia de

PetrΓ³leo da Universidade Federal de

Pelotas, como requisito parcial Γ 

obtenção do título de Bacharel em

Engenharia de PetrΓ³leo.

Orientador: Prof. Dr. Valmir Francisco Risso

Pelotas – RS, 2018

Universidade Federal de Pelotas / Sistema de BibliotecasCatalogação na Publicação

V539d Vernochi, BrunoVerDesenvolvimento de um simulador computacional dereservatΓ³rio de petrΓ³leo utilizando a metodologia FullyImplicit Black-Oil / Bruno Vernochi ; Valmir Francisco Risso,orientador. β€” Pelotas, 2018.Ver70 f. : il.

VerTrabalho de ConclusΓ£o de Curso (Graduação emEngenharia de PetrΓ³leo) β€” Centro de Engenharias,Universidade Federal de Pelotas, 2018.

Ver1. FluidodinÒmica computacional. 2. Fully Implicit Black-Oil method. 3. Engenharia de reservatório. 4. Simulação dereservatório de petróleo. 5. Método totalmente implícitoblack-oil. I. Risso, Valmir Francisco, orient. II. Título.

CDD : 622

Elaborada por Maria Inez Figueiredo Figas Machado CRB: 10/1612

Bruno Vernochi da Conceição

Desenvolvimento de um Simulador Computacional de ReservatΓ³rio de PetrΓ³leo Utilizando a MetodologiaFu//y/mp/icit 8/ack-Oil

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Petróleo, Curso de Engenharia de Petróleo, Universidade Federal de Pelotas.

Data da Defesa: 02/08/2018.

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Valmir Francisco Risso (Orientador)

Doutor em CiΓͺncias e Engenharia de PetrΓ³leo pela Universidade Estadual de Campinas.

Prof. Ora. Fernanda Vaz Alves Risso

Doutora em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas.

p011Jt:f--U.1J11:i.ULI-4::lrd Silva

Engenharia QuΓ­mica pela Universidade Estadual de Campinas. β– 

iv

AGRADECIMENTOS

A gratidΓ£o Γ© um dos sentimentos mais nobres que existe. Ser grato Γ© abrir o

coração e deixar fluir este sentimento que envolve a nossa alma. Ser grato é

reconhecer um benefΓ­cio que recebemos e que nada nos custou, embora seja algo

tΓ£o caro e tΓ£o relevante. A gratidΓ£o Γ© um sentimento tΓ£o profundo, que Γ© difΓ­cil

expressΓ‘-la com simples palavras. (Alvernaz, C. 2008)

Tenho a agradecer integralmente a minha famΓ­lia, pais, irmΓ£os, tios e avΓ³s

pelo apoio e suporte incondicional durante a graduação, em especial ao meu irmão

Caio, devido aos seus sacrifΓ­cios perante a famΓ­lia.

A todos professores, os quais tive oportunidade de ter aulas e adquirir

conhecimento que são de extrema importÒncia, pois sem seus esforços não existiria

a graduação. Diante da magnitude de seus atos em face ao enriquecimento da

transmissão de conhecimento para os alunos, faço um singelo agradecimento por

meio deste.

Durante a graduação conheci diversas pessoas com visão de mundo

distintas, as quais trazem um novo aprendizado e somam para o desenvolvimento

pessoal que também faz parte da graduação. A essas pessoas também tenho que

agradecer pois sem elas ficaria estagnado. Em especial a minha namorada Simone,

por me suportar no período mais intrigante e desafiador da graduação.

Por fim tenho a dizer muito obrigado e dar um caloroso abraço a todos!

v

Se eu nΓ£o sou por mim mesmo, que serΓ‘ de mim? E quando eu sou para mim, que sou eu? E se nΓ£o for agora, quando?

Hilel, O AnciΓ£o

vi

RESUMO

VERNOCHI, BRUNO. Desenvolvimento de um Simulador Computacional de ReservatΓ³rio de PetrΓ³leo Utilizando a Metodologia Fully Implicit Black-Oil. 2018. 64f. Trabalho de ConclusΓ£o de Curso (Bacharel em Engenharia de PetrΓ³leo)

Centro de Engenharias, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018.

A simulação numérica do fluxo de fluidos em meios porosos, é utilizada

desde a estimação do volume das reservas até a projeção de quando irÑ ocorrer o

abandono da produção de um campo petrolífero. Por esses motivos é de extrema

importΓ’ncia o entendimento do comportamento dos fluidos a nΓ­vel de reservatΓ³rio,

que alia conceitos do cÑlculo diferencial, lei da conservação de massas, lei de Darcy

e propriedades das rochas e fluidos, que possibilitam criar modelos matemΓ‘ticos de

um reservatΓ³rio de petrΓ³leo. Neste trabalho foi aplicado o mΓ©todo fully implicit black-

oil model, formulado por Ertekin et al. (2001), com o intuito de assimilar os conceitos

necessÑrios para aplicação do método e analisar seu funcionamento. A aplicação foi

em um modelo retangular com malha de 10x10x5, com as trΓͺs fases presentes, com

apenas um poço, com produção e pressão fixa, e um tempo de simulação de cinco

dias. Foi observado que a convergΓͺncia do modelo tende a seguir a estimação de

inicialização do modelo e os fluidos tendem a deslocar-se para zonas preferenciais

devido a sua densidade, jΓ‘ a pressΓ£o com comportamento estΓ‘vel e sendo

influenciada pela retirada de fluidos pelo poço. A validação do resultado mostrou um

erro em comparação do simulador CMG IMEX de 1.25% na saturação de Ñgua,

31.14% na saturação de gÑs e 1.1% na pressão do óleo. Mostrando a extrema

importÒncia da inicialização correta do modelo, além de que o tratamento durante as

iteraçáes deve levar em consideração o tamanho do passo no tempo para variar as

propriedades, assim gerando valores mais sensΓ­veis e fazendo convergir

corretamente.

Palavras-chave: modelo black-oil totalmente implΓ­cito, fluidodinΓ’mica

computacional.

vii

ABSTRACT

VERNOCHI, BRUNO. Development of a Computational Petroleum Reservoir Simulator using the Fully Implicit Black-Oil Methodology. 2018. 64p. Course

Conclusion Paper (Graduation in Petroleum Engineering) CEng, Federal University

of Pelotas, Pelotas, 2018.

Computational methods for multiphase flow in porous media, it is widely used

since volume estimation of reserves up to the projection of the abandonment of the

production of an oil field. For these reasons is extremely important to understand the

fluid behavior at reservoir level, which combines concepts of differential calculus, law

of conservation of mass, Darcy’s law and proprieties of rocks and fluids, allowing

create mathematical models of a petroleum reservoir. In this work the method of fully

implicit black-oil model was applied, formulated by Ertekin et al. (2001), with main

intention to assimilate the concepts necessary for the application of the method and

to analyze its functioning. The method was applied in a rectangular model with mesh

of 10x10x5, with oil, gas and water phases, and only one production well with

pressure and volumetric flow fixed, with simulation time of five days. It has been

observed that the convergence of the model tends to follow the estimation of model

initialization and the fluids tend to move to preferred areas due to its density, already

the pressure with stable behavior and being influenced by the withdrawal of fluids by

the well. The validation of the result showed an error compared to the CMG IMEX

simulator of 1.25% in water saturation, 31.14% in gas saturation and 1.1% in oil

pressure. Showing the extreme importance of the correct initialization of the model,

besides that the treatment during the iterations should take into consideration the

size of the time step to vary the properties, thus generating more sensitive values

and converging correctly.

Keywords: fully implicit black-oil model, computational fluid dynamics.

viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1. Ilustração de um campo de petróleo em subsuperfície. ......................... 17

Figura 2.1. Volume de controle de um sistema. ....................................................... 23

Figura 2.2. Representação de um sistema de volumes de controle ......................... 31

Figura 4.1. Fluxo de implementação do trabalho de conclusão de curso. ............... 40

Figura 4.2. Processo iterativo do mΓ©todo fully implicit black-oil ............................... 42

Figura 6.1. Malha retangular para a aplicação da metodologia. ............................... 50

Figura 6.2. Corte frontal da malha com dados iniciais de saturação. ....................... 50

Figura 6.3. Mapa de saturação, primeiro passo no tempo. ...................................... 52

Figura 6.4. Mapa de pressΓ£o, primeiro passo no tempo. ......................................... 52

Figura 6.5. Mapa de saturação, segundo passo no tempo. ..................................... 52

Figura 6.6. Mapa de pressΓ£o, segundo passo no tempo. ........................................ 52

Figura 6.7. Mapa de saturação, quarto passo no tempo. ......................................... 53

Figura 6.8. Mapa de pressΓ£o, quarto passo no tempo. ............................................ 53

Figura 6.9. Mapa de saturação, quinto passo no tempo. ......................................... 54

Figura 6.10. Mapa de pressΓ£o, quinto passo no tempo. .......................................... 54

Figura 6.11. Mapa de saturação, 1º e 2º passo no tempo. ....................................... 55

Figura 6.12. Mapa de pressΓ£o, 1ΒΊ e 2ΒΊ passo no tempo........................................... 55

Figura 6.13. Mapa de saturação, 3º a 5º passo no tempo. ....................................... 55

Figura 6.14. Mapa de pressΓ£o, 3ΒΊ a 5ΒΊ passo no tempo........................................... 55

Figura 6.15. Comparação da pressão entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX ........ 56

Figura 6.16. Comparação da saturação entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX ..... 57

Figura 6.17. Zona de GÑs, comparação entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX ..... 58

Figura 6.18. Zona GΓ‘s-Γ“leo, comparação entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX . 58

Figura 6.19. Zona de Γ“leo, comparação entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX .... 59

Figura 6.20. Zona Γ“leo-Água, comparação entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX 59

Figura 6.21. Zona de Água, comparação entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX ... 59

Figura 6.22. AnÑlise global entre as simulaçáes FIM e CMG IMEX. ........................ 60

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 6.1. Resultados do primeiro passo no tempo. .............................................. 52

Tabela 6.2. Resultados do segundo passo no tempo. ............................................. 53

Tabela 6.3. Resultados do quarto passo no tempo. ................................................. 53

Tabela 6.4. Resultados do quinto passo no tempo. ................................................. 54

x

LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 2.1. Porosidade. ........................................................................................ 20

Equação 2.2. Compressibilidade. ............................................................................. 21

Equação 2.3. Massa Específica. .............................................................................. 21

Equação 2.4. Vazão Volumétrica. ............................................................................ 23

Equação 2.5. Conservação da Massa...................................................................... 23

Equação 2.6. Lei de Darcy. ...................................................................................... 23

Equação 2.7. Velocidade Aparente – Lei de Darcy. ................................................. 24

Equação 2.8. Método de Newton-Raphson. ............................................................. 24

Equação 2.9. Método de Newton-Raphson para Sistema de Equaçáes. ................. 24

Equação 2.10. Método de Newton-Raphson para Sistema de Equaçáes. ............... 24

Equação 2.11. Método de Newton-Raphson para Sistema de Equaçáes ................ 25

Equação 2.12. Método de Newton-Raphson para Sistema de Equaçáes ................ 25

Equação 2.13. Definição da Derivada ...................................................................... 25

Equação 2.14. Série de Taylor ................................................................................. 25

Equação 2.15. Diferença Finita Progressiva EDO ................................................... 25

Equação 2.16. Diferença Finita Regressiva EDO .................................................... 25

Equação 2.17. Diferença Finita Central EDO ........................................................... 25

Equação 2.18. Diferença Finita Progressiva EDP .................................................... 26

Equação 2.19. Diferença Finita Regressiva EDP ..................................................... 26

Equação 2.20. Diferença Finita Central EDP ........................................................... 26

Equação 2.21. Equação Diferencial Parcial ............................................................. 26

Equação 2.22. Condição de Dirichlet ....................................................................... 27

Equação 2.23. Condição de Neumann..................................................................... 27

Equação 2.24. Condição de Neumann..................................................................... 27

Equação 2.25. Método de Euler ............................................................................... 28

Equação 2.26. Método de Euler ............................................................................... 28

Equação 2.27. Método de Euler ............................................................................... 28

Equação 2.28. Método de Euler ............................................................................... 28

Equação 2.29. Método de Euler ............................................................................... 28

Equação 2.30. Saturação Total ................................................................................ 29

Equação 2.31. Pressão Capilar da Água ................................................................. 29

Equação 2.32. Pressão Capilar do GÑs ................................................................... 29

xi

Equação 2.33. Fluxo da Água .................................................................................. 29

Equação 2.34. Fluxo de Γ“leo ................................................................................... 29

Equação 2.35. Fluxo do GÑs .................................................................................... 30

Equação 2.36. Transmissibilidade ........................................................................... 30

Equação 2.37. Vizinhos em I .................................................................................... 31

Equação 2.38. Vizinhos em J ................................................................................... 31

Equação 2.39. Vizinhos em K .................................................................................. 31

Equação 2.40. Modelo Implícito do Fluxo Multifasico............................................... 31

Equação 2.41. Variação da PressΓ£o do Γ“leo .......................................................... 32

Equação 2.42. Variação da Pressão da Água .......................................................... 32

Equação 2.43. Variação da Pressão do GÑs ........................................................... 32

Equação 2.44. Método Fully Implicit Black-Oil ......................................................... 32

Equação 2.45. Matrix dos Termos de Transporte .................................................... 33

Equação 2.46. Jacobiana dos Termos de Transporte .............................................. 33

Equação 2.47. Matrix dos Termos de Acumulação .................................................. 33

Equação 2.48. Termos de Acumulação ................................................................... 33

Equação 2.49. Matrix dos Termos dos Poços .......................................................... 33

Equação 2.50. Termos dos Poços ........................................................................... 33

Equação 2.51. Vetor dos Termos de Acumulação ................................................... 33

Equação 2.52. Vetor dos Termos de Transporte ..................................................... 33

Equação 2.53. Vetor dos Termos dos Poços ........................................................... 33

Equação 2.54. Geometria do Volume de Controle ................................................... 34

Equação 2.55. Termos em Função da Pressão ....................................................... 34

Equação 2.56. Termos em Função da Saturação .................................................... 34

Equação 2.57. Derivada Parcial da Transmissibilidade ........................................... 34

Equação 2.58. Derivada Parcial da Transmissibilidade ........................................... 34

Equação 2.59. Derivada da Porosidade ................................................................... 34

Equação 2.60. Derivada da Rasão Solubilidade ...................................................... 34

Equação 2.61. Derivada do Fator Volume Formação .............................................. 34

Equação 2.62. Modelo de Produção Γ“leo e Água ................................................... 34

Equação 2.63. Modelo de Produção de GÑs ............................................................ 35

Equação 2.64. Geometria do Poço .......................................................................... 35

Equação 2.65. Índice de Produtividade do Poço ...................................................... 35

Equação 2.66. Modelo de Injeção de Água .............................................................. 35

xii

Equação 2.67. Derivada Parcial do Poço ................................................................. 35

Equação 2.68. Derivada Parcial do Poço ................................................................. 35

Equação 4.1. Erro relativo ........................................................................................ 43

Equação 5.1. Modelo II de Stone ............................................................................. 47

xiii

LISTA DE ALGORITMOS

Algoritmo 5.1. EquilΓ­brio Vertical .............................................................................. 44

Algoritmo 5.2. Perturbação ....................................................................................... 45

Algoritmo 5.3. Propriedades dos Fluidos .................................................................. 46

Algoritmo 5.4. Pseudo-GOR ..................................................................................... 46

Algoritmo 5.5. Permeabilidade Relativa ................................................................... 47

Algoritmo 5.6. Transmissibilidade ............................................................................ 47

Algoritmo 5.7. Poços ................................................................................................ 47

Algoritmo 5.8. Transporte ......................................................................................... 48

Algoritmo 5.9. Acumulação ...................................................................................... 48

Algoritmo 5.10. Solver .............................................................................................. 49

xiv

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 17

1.1 Motivação e Justificativa ..................................................................... 18

1.2 Objetivos ............................................................................................. 19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEΓ“RICA .......................................................... 20

2.1 Propriedades das Rochas ................................................................... 20

2.1.1 Porosidade .......................................................................................... 20

2.1.2 Compressibilidade ............................................................................... 20

2.1.3 Molhabilidade ...................................................................................... 21

2.2 Propriedades dos Fluidos ................................................................... 21

2.2.1 Massa especΓ­fica ................................................................................ 21

2.2.2 Viscosidade ......................................................................................... 21

2.2.3 Permeabilidade Relativa e PressΓ£o Capilar ........................................ 22

2.2.4 Fator Volume Formação ..................................................................... 22

2.2.5 RazΓ£o de Solubilidade ........................................................................ 22

2.2.6 PressΓ£o de Bolha ................................................................................ 22

2.3 Conservação da Massa ...................................................................... 23

2.4 Lei de Darcy ........................................................................................ 23

2.5 MΓ©todo de Newton-Raphson............................................................... 24

2.6 Método das Diferenças Finitas ............................................................ 25

2.7 Resolução de Equaçáes Diferenciais Parciais .................................... 26

2.7.1 Condiçáes de Contorno ...................................................................... 27

2.7.2 MΓ©todo de Euler .................................................................................. 27

2.8 Modelo MatemΓ‘tico de Fluxo MultifΓ‘sico ............................................ 29

2.8.1 Control Volume Finite Difference ........................................................ 30

2.8.2 Modelo ImplΓ­cito .................................................................................. 31

xv

2.9 MΓ©todo Fully Implicit Black-Oil ............................................................ 32

2.9.1 Termos de Transporte ......................................................................... 33

2.9.2 Termos de Acumulação ...................................................................... 34

2.9.3 Termos dos Poços .............................................................................. 34

2.10 C++ para Computação Científica ........................................................ 35

3 REVISΓƒO BIBLIOGRÁFICA............................................................... 37

4 METODOLOGIA ................................................................................. 40

4.1 Levantamento BibliogrΓ‘fico ................................................................. 40

4.2 MΓ©todo Fully Implicit Black-Oil ............................................................ 41

4.3 Implementação em C++ ...................................................................... 42

4.4 Validação dos Resultados ................................................................... 43

5 APLICAÇÃO ....................................................................................... 44

5.1 EquilΓ­brio Vertical ................................................................................ 44

5.2 Perturbação......................................................................................... 45

5.3 Propriedades do Fluidos ..................................................................... 46

5.4 Permeabilidade ................................................................................... 46

5.5 Transmissibilidade .............................................................................. 47

5.6 Poços .................................................................................................. 47

5.7 Transporte ........................................................................................... 48

5.8 Acumulação ........................................................................................ 48

5.9 Solver .................................................................................................. 48

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 50

6.1 MΓ©todo Fully Implicit Black-Oil ............................................................ 51

6.2 CMG IMEX .......................................................................................... 54

xvi

6.3 Validação dos Resultados ................................................................... 56

7 CONCLUSÃO ..................................................................................... 61

PRΓ“XIMAS ETAPAS ......................................................................... 62

REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 63

ANEXO A ............................................................................................ 66

ANEXO B ............................................................................................ 69

ANEXO C ............................................................................................ 70

17

1 INTRODUÇÃO

Para realizar um projeto de exploração de um campo petrolífero, passa-se

por algumas fases, sendo exploração, delimitação, desenvolvimento da produção e

abandono. Pode-se dizer que a engenharia de reservatΓ³rios se enquadra em todas

fases, devido suas ferramentas serem utilizadas desde a estimação do volume das

reservas até a projeção de quando irÑ ocorrer o abandono da produção. Por esses

motivos Γ© de extrema importΓ’ncia o entendimento do comportamento dos fluidos a

nΓ­vel de reservatΓ³rio.

A simulação numérica do fluxo de fluidos em meios porosos, alia conceitos do

cÑlculo diferencial, lei da conservação de massas, lei de Darcy e propriedades das

rochas e fluidos, que possibilitam criar modelos matemΓ‘ticos de um reservatΓ³rio de

petróleo. A simulação de reservatório de petróleo é uma das ferramentas da

engenharia de reservatΓ³rio, que Γ© muito utilizada para o entendimento do

comportamento dos fluidos a nΓ­vel de reservatΓ³rio.

Figura 1.1. Ilustração de um campo de petróleo em subsuperfície.

Um campo de petrΓ³leo Γ© normalmente constituΓ­do pela rocha selante

associado a armadilha estrutural que aprisiona e impede o fluxo de fluidos,

sobrando os poros da rocha reservatΓ³rio como Γ‘rea de armazenamento dos fluidos,

na figura 1. 1. temos a configuração desse ambiente. Normalmente encontra-se,

Γ³leo, gΓ‘s e Γ‘gua contidos nos poros da rocha reservatΓ³rio, neste ambiente eles

ficam pressurizados devido a dinÒmica da evolução das bacias sedimentares.

A rocha reservatΓ³rio Γ© heterogΓͺnea devido tratar-se de rochas sedimentares

e suas propriedades serem ligadas diretamente ao ambiente deposional. Para a

Rocha Selante Armadilha Estrutural Rocha ReservatΓ³rio

Fluido

18

simulação de reservatórios de petróleo é importante saber a porosidade efetiva e a

permeabilidade absoluta da rocha e a permeabilidade relativa entre os fluidos, que

sΓ£o inferidas de amostras atravΓ©s de testes laboratoriais.

No campo de petrΓ³leo, a nΓ­vel de poros da rocha reservatΓ³rio, a

pressurização influΓͺncia nas propriedades dos fluidos, principalmente no Γ³leo e gΓ‘s,

os dois se misturam e formam uma fase, sendo denominado estado sobressaturado

do reservatório. Para a simulação de reservatório de petróleo é importante entender

o comportamento do óleo e gÑs conforme a variação da pressão e determinar a

pressΓ£o que a fase gΓ‘s irΓ‘ dissolver-se da fase Γ³leo, ou seja, a pressΓ£o de

saturação ou pressão de bolha, configurando o momento que o reservatório irÑ

passar para o estado denominado de saturado.

A simulação de reservatório de petróleo é uma ferramenta de extrema

importΓ’ncia da engenharia de reservatΓ³rios, pois atravΓ©s dos modelos preditivos Γ©

possível obter informaçáes importantes para a tomada de decisão sobre o rumo que

um campo petrolΓ­fero deve seguir.

1.1 Motivação e Justificativa

Para a simulação de reservatório de petróleo é necessÑrio aplicar todos os

conceitos estudados durante o curso de engenharia de petrΓ³leo, desde os conceitos

mais bΓ‘sicos da geologia atΓ© os cΓ‘lculos mais complexos do cΓ‘lculo diferencial, o

qual Γ© um grande desafio para ser enfrentado. A aprendizagem de novos conceitos,

métodos e aplicaçáes é uma grande motivação para a realização deste trabalho,

sendo um diferencial. Além de aprimorar o gerenciamento e produção de projetos

de engenharia.

A utilização de simuladores de reservatório de petróleo é indispensÑvel em

um projeto de prospecção, pois permite traçar cenÑrios para verificar sua viabilidade

tΓ©cnica e econΓ΄mica. O domΓ­nio da matemΓ‘tica dos modelos numΓ©ricos expande os

horizontes, tendo uma nova visΓ£o dos resultados e sua validade. Por esses motivos

a aplicação da metodologia Fully Implicit Black-Oil é de grande valia para uma

melhor compreensão e utilização dos simuladores comerciais.

19

1.2 Objetivos

Tendo em mente que a tarefa da simulação de reservatórios de petróleo é

complexa e exige um extenso conhecimento desde os mΓ©todos e leis matemΓ‘ticas,

até a programação computacional, apenas o período do trabalho de conclusão de

curso, nΓ£o consegue-se desenvolver um simulador para casos gerais e sim para um

caso especifico. O objetivo principal desde trabalho de conclusΓ£o de curso Γ©

assimilar os conceitos necessΓ‘rios e aplicar a metodologia Fully Implicit Black-Oil

que Γ© utilizada na indΓΊstria, jΓ‘ os objetivos especΓ­ficos sΓ£o listados abaixo:

β€’ Levantamento BibliogrΓ‘fico: levantamento da bibliografia necessΓ‘ria para a

assimilação da metodologia Fully Implicit Black-Oil;

β€’ Assimilação do Modelo MatemΓ‘tico: organização das equaçáes da

metodologia Fully Implicit Black-Oil, por classes para criação de agenda de

implementação;

β€’ Implementação em C++: desenvolvimento dos algoritmos das equaçáes da

metodologia Fully Implicit Black-Oil;

β€’ Validação dos Resultados: comparar os resultados obtidos com os resultados

de um mesmo modelo do simulador CMG IMEX.

20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEΓ“RICA

Para o desenvolvimento deste trabalho Γ© necessΓ‘rio o aprofundamento em

alguns conceitos de petrofΓ­sica, calculo numΓ©rico e cΓ‘lculo diferencial. A

fundamentação dos conceitos abordados neste trabalho é feita com base nos livros

Petroleum Reservoir Simulation, escrito por Aziz e Settari (1979); Basic Applied

Reservoir Simulation, escrito por Ertekin, Abou-Kassem e King (2001); Engenharia

de ReservatΓ³rio de PetrΓ³leo, escrito por Rosa, Carvalho e Xavier (2006); CΓ‘lculo

NumΓ©rico: Um Livro Colaborativo, REAMAT UFRGS (2018).

2.1 Propriedades das Rochas

Um reservatΓ³rio de petrΓ³leo Γ© constituΓ­do por uma estrutura geolΓ³gica,

composta por rochas sedimentares que permitem deslocar, armazenar e aprisionar

fluidos em seus poros. O descolamento de fluidos nos poros das rochas ocorre pelo

gradiente de pressão, devido as acumulaçáes se encontrarem em subsuperfície,

sendo que o fluido sempre se desloca para o lugar que tiver menor pressΓ£o.

2.1.1 Porosidade

Γ‰ a razΓ£o entre o volume de vazios (𝑉𝑉𝑝𝑝) e volume total da rocha (𝑉𝑉𝑑𝑑), descrita

na equação 2. 1. Γ‰ subdividida em porosidade absoluta, ou seja, razΓ£o entre o

volume total de vazios e o volume total da rocha; e porosidade efetiva, que Γ© a

razão entre os espaços vazios interconectados e o volume total da rocha. (Rosa, et.

al, 2006)

πœ™πœ™ =𝑉𝑉𝑝𝑝

𝑉𝑉𝑑𝑑 (2. 1)

2.1.2 Compressibilidade

Relação do grau de compactação das rochas em razão da mÑxima

profundidade que a rocha jΓ‘ se encontrou. A porosidade das rochas sedimentares Γ©

em função desse grau de compactação, ou seja, quanto maior for à compactação

(πœ•πœ•πœ•πœ•) que a rocha sofreu menor serΓ‘ sua porosidade (πœ•πœ•πœ™πœ™), devido ao rearranjo do

pacote sedimentar, ocorrendo à variação do volume poroso, denominado de

compressibilidade efetiva, expressão pela equação 2. 2. (Rosa, et. al, 2006)

21

𝑐𝑐𝑓𝑓 = 1πœ™πœ™

πœ•πœ•πœ™πœ™πœ•πœ•πœ•πœ•

(2. 2)

2.1.3 Molhabilidade

A tendΓͺncia de um fluido aderir ou espalhar-se preferencialmente sobre uma

superfície sólida em presença de outra fase imiscível, é denominada de

molhabilidade. A fase que β€œmolha” preferencialmente a superfΓ­cie Γ© chamada de

fase molhante, jΓ‘ a outra fase Γ© chamada de fase nΓ£o molhante.

Um reservatΓ³rio que tem o Γ³leo como fase molhante e Γ‘gua como fase nΓ£o

molhante, tem sua produção de óleo dificultada devido o óleo estar em contato com

a superfΓ­cie da rocha criando barreiras de fluxo de Γ³leo, jΓ‘ a Γ‘gua irΓ‘ fluir melhor por

estar β€œlivre”, ou seja, sem contato com a superfΓ­cie da rocha. (Rosa, et. al, 2006)

2.2 Propriedades dos Fluidos

Como as condiçáes de temperatura e pressão de um reservatório não são

constantes e essas condiçáes influenciam diretamente as propriedades físico-

quΓ­micas do Γ³leo, gΓ‘s e Γ‘gua, pode-se dizer que em um reservatΓ³rio em lugares

diferentes o mesmo fluido irΓ‘ ter caracterΓ­sticas diferentes.

2.2.1 Massa especΓ­fica

Γ‰ o quociente entre massa (π‘˜π‘˜π‘˜π‘˜) e volume (π‘šπ‘š3) ocupado por um dado

material, expressa na equação 2. 3. Γ‰ utilizada para cΓ‘lculo da densidade relativa

(𝑑𝑑) dos materiais com relação Γ  Γ‘gua pura, e por convenção utiliza a massa

especΓ­fica da Γ‘gua a 25°𝐢𝐢, 𝜌𝜌𝐻𝐻2𝑂𝑂 = 1000 π‘˜π‘˜π‘˜π‘˜ π‘šπ‘š3⁄ . (Chen, et. al, 2006)

𝜌𝜌 = π‘šπ‘šπ‘‰π‘‰

, 𝑑𝑑 = 𝜌𝜌𝜌𝜌𝐻𝐻2𝑂𝑂

(2. 3)

2.2.2 Viscosidade

Propriedade fΓ­sica dos fluidos correspondente a resistΓͺncia de um fluido ao

escoamento a uma certa temperatura, representado por πœ‡πœ‡. O petrΓ³leo em condiçáes

de reservatΓ³rio devido Γ  pressΓ£o, apresenta acrΓ©scimo na viscosidade, jΓ‘ com o

22

aumento da temperatura a viscosidade diminui. Pode-se relacionar o Β°API com a

viscosidade tambΓ©m, quanto menor o Β°API mais viscoso Γ© o petrΓ³leo e vice-versa.

(Chen, et. al, 2006)

2.2.3 Permeabilidade Relativa e PressΓ£o Capilar

A permeabilidade relativa Γ© um conceito utilizado no fluxo multifΓ‘sico para

determinar qual fase irÑ fluir preferencialmente em relação as outras, sendo

determinada com relação a geometria dos poros, molhabilidade e saturação dos

fluidos. A permeabilidade relativa Γ© adimensional e sempre menor que um.

As interfaces de contato dos fluidos imiscíveis surgem devido as forças

capilares, sendo que cada fluido estÑ submetido a uma pressão, a diferença das

pressΓ΅es dos fluidos Γ© denominada de pressΓ£o capilar. No fluxo multifΓ‘sico em meio

poroso, a pressão capilar é determinada como a diferença entre as pressáes da

fase nΓ£o molhante e a fase molhante. (Chen, et. al, 2006)

2.2.4 Fator Volume Formação

Fator Volume Formação (FVF) é a razão entre o volume que a fase, ou seja,

óleo mais gÑs dissolvido, ou gÑs, ocupa em condiçáes de pressão e temperatura do

reservatório, em comparação com o volume que permanece quando a fase alcança

as condiçáes de armazenamento em superfície. O FVF do óleo é representado pela

sigla π΅π΅π‘œπ‘œ e o FVF do gΓ‘s pela sigla 𝐡𝐡𝑔𝑔. (Chen, et. al, 2006)

2.2.5 RazΓ£o de Solubilidade

RazΓ£o de Solubilidade expressa a quantidade de gΓ‘s dissolvido no lΓ­quido, ou

seja, relação entre o volume de gÑs que estÑ dissolvido, e o volume de óleo que

serΓ‘ obtido da mistura, representado pela sigla 𝑅𝑅𝑠𝑠. (Chen, et. al, 2006)

2.2.6 PressΓ£o de Bolha

Pressão na qual o gÑs dissolvido no óleo começa a vaporizar e separar as

fases gΓ‘s e Γ³leo. Cada tipo de petrΓ³leo contΓͺm uma curva de PVT especifica que

23

determina a pressΓ£o de bolha do mesmo. Γ‰ representado pela sigla 𝑃𝑃𝑏𝑏. (Chen, et.

al, 2006)

2.3 Conservação da Massa

A lei da conservação das massas, postula que em um sistema fechado não

cria-se matΓ©ria e tambΓ©m nΓ£o elimina-se matΓ©ria, apenas modifica-se de estado.

Assim podemos considerar que a movimentação de fluidos em um meio poroso nas

trΓͺs direçáes 𝑖𝑖, 𝑗𝑗 e π‘˜π‘˜, ocorre da seguinte forma, o fluido penetra no meio atravΓ©s de

uma das faces e sai pela face oposta.

Na figura 2. 1. podemos notar que o fluxo π‘žπ‘žπ‘–π‘– penetra a face 𝐴𝐴𝑖𝑖𝑒𝑒, percorre a

distΓ’ncia π›₯π›₯𝑖𝑖 e sai pela face oposta 𝐴𝐴𝑖𝑖𝑠𝑠. Aplicando a lei da conservação das massas

pode-se dizer que fluxo que entra Γ© igual ao que sai, em um sistema fechado. Com

a equação 2. 4., da vazão de massa por unidade de tempo, é formulada a equação

2. 5., da conservação da massa, onde 𝜌𝜌 Γ© a massa especΓ­fica do fluido, 𝑣𝑣 a

velocidade do fluxo e 𝐴𝐴 Γ© a Γ‘rea da face 𝑖𝑖; os sobrescritos 𝑒𝑒, 𝑠𝑠, denominam entrada

e saΓ­da, respectivamente. (Rosa, et. al, 2016)

π‘žπ‘ž = πœŒπœŒπ‘£π‘£π΄π΄ (2. 4)

πœŒπœŒπ‘’π‘’π‘£π‘£π‘’π‘’π΄π΄π‘’π‘’ = πœŒπœŒπ‘ π‘ π‘£π‘£π‘ π‘ π΄π΄π‘ π‘ 

(2. 5)

Figura 2.1. Volume de controle de um sistema.

2.4 Lei de Darcy

A Lei de Darcy, descreve o fluxo volumΓ©trico de fluidos em um meio poroso,

através da relação entre propriedades do fluido, velocidade aparente do fluido,

gradiente de pressão e propriedades do meio, representada na equação 2. 6.

π‘žπ‘ž = βˆ’π‘˜π‘˜π΄π΄πœ‡πœ‡

πœ•πœ•π‘π‘ βˆ’ πœ•πœ•π‘Žπ‘ŽπΏπΏπ‘π‘ βˆ’ πΏπΏπ‘Žπ‘Ž

(2. 6)

π‘žπ‘žπ‘–π‘–π‘’π‘’

π›₯π›₯𝑖𝑖 π›₯π›₯𝑗𝑗

π›₯π›₯π‘˜π‘˜ Ai

e Ais

π‘žπ‘žπ‘–π‘–π‘’π‘’

24

onde, πœ‡πœ‡ Γ© a viscosidade do fluido, π‘˜π‘˜ Γ© a permeabilidade do meio poroso, 𝐴𝐴 Γ© a

Γ‘rea da seção transversal do meio poroso, (πœ•πœ•π‘π‘ βˆ’ πœ•πœ•π‘Žπ‘Ž) Γ© o gradiente de pressΓ£o entre

os pontos π‘Žπ‘Ž e 𝑏𝑏, e (𝐿𝐿𝑏𝑏 βˆ’ πΏπΏπ‘Žπ‘Ž) Γ© a distΓ’ncia entre os pontos π‘Žπ‘Ž e 𝑏𝑏. (Chen, et. al, 2006)

Devido π‘žπ‘ž = πœŒπœŒπ‘£π‘£π΄π΄, formula-se a velocidade aparente 𝑣𝑣, de um fluido em um

ambiente em trΓͺs dimensΓ΅es, descrito na equação 2. 7.

𝑣𝑣 = βˆ’ π‘˜π‘˜πœ‡πœ‡

𝛾𝛾(πœ•πœ•π‘π‘ βˆ’ πœ•πœ•π‘Žπ‘Ž)𝐿𝐿𝑏𝑏 βˆ’ πΏπΏπ‘Žπ‘Ž

(2. 7)

onde, 𝛾𝛾 = πœŒπœŒπ‘˜π‘˜, ou seja, o peso especΓ­fico, devido o fluido encontrar-se em trΓͺs

dimensΓ΅es.

2.5 MΓ©todo de Newton-Raphson

O mΓ©todo de Newton-Raphson tem a finalidade de estimar as raΓ­zes de uma

função 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯), por meio de uma aproximação de π‘₯π‘₯𝑛𝑛 Γ© estimada a prΓ³xima

aproximação, ou seja, π‘₯π‘₯𝑛𝑛+1, que Γ© o ponto de interseção entre o eixo das abscissas

e a reta tangente de 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯) no ponto π‘₯π‘₯ = π‘₯π‘₯𝑛𝑛. A equação da reta tangente Γ© calculada

atravΓ©s da derivada de 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯), sendo o mΓ©todo formulado na equação 2. 8.

π‘₯π‘₯𝑛𝑛+1 = π‘₯π‘₯𝑛𝑛 βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑛𝑛)𝑓𝑓′(π‘₯π‘₯𝑛𝑛)

, 𝑛𝑛 β‰₯ 1 (2. 8)

JÑ quando se trata de um sistema de equaçáes lineares, assume que a

função 𝐹𝐹(π‘₯π‘₯) Γ© diferenciΓ‘vel e que existe um ponto π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜ tal que 𝐹𝐹(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜) = 0. Assim para

construir uma nova aproximação π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜+1, Γ© necessΓ‘rio linearizar 𝐹𝐹(π‘₯π‘₯) no ponto π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜,

através da equação 2. 9.

𝐹𝐹(π‘₯π‘₯) = 𝐹𝐹(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜) + 𝐽𝐽𝐹𝐹 (π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜)(π‘₯π‘₯ βˆ’ π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜) (2. 9)

Para realizar a linearização Γ© necessΓ‘rio calcular a matriz jacobiana 𝐽𝐽𝐹𝐹 (π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜)

que Γ© formada pelas derivadas parciais de primeira ordem da função 𝐹𝐹(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜). A

aproximação de π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜ Γ© definida como o ponto π‘₯π‘₯ em que a equação 2. 9. Γ© nula,

conforme a equação 2. 10.

𝐹𝐹(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜) + 𝐽𝐽𝐹𝐹 (π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜)(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜+1 βˆ’ π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜) = 0 (2. 10)

25

Supondo que 𝐽𝐽𝐹𝐹 (π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜) seja inversΓ­vel Γ© formulada a equação 2. 11, ou seja, o

mΓ©todo de Newton-Raphson para sistema.

π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜+1 = π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜ βˆ’ π½π½πΉπΉβˆ’1(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜)𝐹𝐹(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜), π‘˜π‘˜ > 0 (2. 11)

Define-se Ξ”π‘˜π‘˜ = π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜+1 βˆ’ π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜ como o β€œpasso”, reescrevendo a equação 2. 11 em

2. 12, temos que o Ξ”k Γ© a solução para o sistema linear. (REAMAT, 2018)

𝐽𝐽𝐹𝐹 (π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜)Ξ”π‘˜π‘˜ = βˆ’πΉπΉ(π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜) (2. 12)

2.6 Método das Diferenças Finitas

Consiste na utilização de fórmulas discretas que são aplicÑveis a equaçáes

diferenciais, visando aproximar a derivada de uma função por meio das diferenças

finitas. Uma forma de obter a aproximação da derivada de ordem 𝑛𝑛, Γ© utilizando a

definição de derivada, formulada na equação 2. 13., juntamente com expansão em

série de Taylor, formulada na forma genérica na equação 2. 14.

𝑓𝑓′(π‘₯π‘₯) = limhβ†’0

𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ + β„Ž) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯)β„Ž

, β„Ž β‰  0 (2. 13)

𝑓𝑓(π‘₯π‘₯) = οΏ½π‘Žπ‘Žπ‘›π‘›(π‘₯π‘₯ βˆ’ π‘Žπ‘Ž)π‘›π‘›βˆž

𝑛𝑛=0, π‘Žπ‘Žπ‘›π‘› = 𝑓𝑓𝑛𝑛(π‘Žπ‘Ž)

𝑛𝑛!(2. 14)

Com estes conceitos Γ© possΓ­vel formular trΓͺs tΓ©cnicas para diferenΓ§as finitas

de primeira ordem. As equaçáes 2. 15., 2. 16. e 2. 17., representam as fórmulas das

técnicas, sendo diferenças finitas progressivas, regressivas e centradas.

𝑓𝑓′(π‘₯π‘₯) β‰ˆ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ + β„Ž) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯)β„Ž

(2. 15)

𝑓𝑓′(π‘₯π‘₯) β‰ˆ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ βˆ’ β„Ž)β„Ž

(2. 16)

𝑓𝑓′(π‘₯π‘₯) β‰ˆ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ + β„Ž) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ βˆ’ β„Ž)2β„Ž

(2. 17)

onde β„Ž tende a zero, porΓ©m nΓ£o tΓ£o pequeno para evitar erros de

truncamento.

Este conceito pode ser aplicado para derivadas parciais, sendo formulada as

diferenças finitas progressiva, equação 2. 18., regressiva, equação 2. 19., e

centrada, equação 2. 20., para derivadas parciais de primeira ordem.

26

πœ•πœ•π‘“π‘“πœ•πœ•π‘₯π‘₯

= 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ + Ξ”π‘₯π‘₯, 𝑦𝑦) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯, 𝑦𝑦)Ξ”π‘₯π‘₯

(2. 18)

πœ•πœ•π‘“π‘“πœ•πœ•π‘₯π‘₯

= 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯, 𝑦𝑦) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ βˆ’ Ξ”π‘₯π‘₯, 𝑦𝑦)Ξ”π‘₯π‘₯

(2. 19)

πœ•πœ•π‘“π‘“πœ•πœ•π‘₯π‘₯

= 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ + Ξ”π‘₯π‘₯, 𝑦𝑦) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯ βˆ’ Ξ”π‘₯π‘₯, 𝑦𝑦)2Ξ”π‘₯π‘₯

(2. 20)

A interpretação geométrica das técnicas de diferenças finitas, é ilustrado na

figura 2. 2., podemos notar que a tΓ©cnica progressiva (a) atravΓ©s do ponto π‘₯π‘₯𝑖𝑖+1

aproxima π‘₯π‘₯𝑖𝑖, jΓ‘ a tΓ©cnica regressiva (b) utiliza o ponto anterior, ou seja, π‘₯π‘₯π‘–π‘–βˆ’1. A

tΓ©cnica centrada (c), como o nome diz, utilizada ambos pontos π‘₯π‘₯π‘–π‘–βˆ’1 e π‘₯π‘₯𝑖𝑖+1 para

aproximar π‘₯π‘₯𝑖𝑖. (Ertekin, et. al, 2001)

Figura 2. 2. Interpretação geométrica das técnicas de diferenças finitas, (a) progressiva, (b) regressiva e (c) centrada.

2.7 Resolução de Equaçáes Diferenciais Parciais

Equação diferencial parcial (EDP), é uma equação envolvendo duas ou mais

variÑveis independentes e derivadas parciais de uma função, ou seja, a variÑvel

dependente, descrita de forma geral na equação 2. 21.

𝐹𝐹 οΏ½π‘₯π‘₯1,… , π‘₯π‘₯𝑛𝑛; 𝑦𝑦; πœ•πœ•π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘₯π‘₯

, πœ•πœ•2π‘’π‘’πœ•πœ•π‘₯π‘₯1πœ•πœ•π‘₯π‘₯𝑛𝑛

,… , πœ•πœ•π‘›π‘›π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘›π‘›π‘₯π‘₯𝑛𝑛

οΏ½ (2. 21)

onde, π‘₯π‘₯ = (π‘₯π‘₯1,… , π‘₯π‘₯𝑛𝑛) ∈ Ξ©, Ξ© βŠ† ℝ𝑛𝑛; e 𝑦𝑦 = 𝑦𝑦(π‘₯π‘₯) Γ© a função a ser determinada.

𝒇𝒇(𝒙𝒙)

π’™π’™π’Šπ’Šβˆ’πŸπŸ π’™π’™π’Šπ’Š π’™π’™π’Šπ’Š+𝟏𝟏

𝒂𝒂

𝒃𝒃

𝒄𝒄

27

2.7.1 Condiçáes de Contorno

Para a resolução de uma EDP, deve-se levar em consideração as condiçáes

de contorno do domínio, de uma função ou derivada. (Ertekin, et. al, 2001)

Condição de Dirichlet: A condição de contorno de Dirichlet, aponta o valor

de uma função no contorno do domínio, ou seja:

𝛼𝛼𝑦𝑦(π‘₯π‘₯) = 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯), π‘₯π‘₯ ∈ πœ•πœ•Ξ© (2. 22)

onde 𝛼𝛼 Γ© uma constante e 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯) Γ© dada no contorno de πœ•πœ•Ξ©.

Condição de Neumann: A condição de contorno de Neumann, aponta o

valor que a derivada de uma solução deve tomar no contorno do domínio, ou seja:

𝛽𝛽 πœ•πœ•π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘›π‘›

(π‘₯π‘₯) = 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯), π‘₯π‘₯ ∈ πœ•πœ•Ξ© (2. 23)

onde 𝛽𝛽 Γ© uma constante, 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯) Γ© dada no contorno de πœ•πœ•Ξ©, 𝑛𝑛 denota a normal

ao contorno πœ•πœ•Ξ©, sendo sua derivada parcial definida:

πœ•πœ•π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘›π‘›

(π‘₯π‘₯) = βˆ‡π‘¦π‘¦(π‘₯π‘₯) β‹… 𝒏𝒏(π‘₯π‘₯) (2. 24)

onde βˆ‡ Γ© o vetor gradiente e o ponto Γ© o produto interno com o vetor normal

𝒏𝒏.

2.7.2 MΓ©todo de Euler

O Método de Euler é uma técnica simples de aproximação de problemas de

valor inicial. AtravΓ©s das condiçáes iniciais, no espaΓ§o 𝑖𝑖 e tempo 𝑑𝑑 do sistema

𝑓𝑓π‘₯π‘₯(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑) = 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖

𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖𝑑𝑑), para um pequeno Δ𝑑𝑑, pode-se obter a aproximação do estado

posterior do sistema, ou seja, 𝑓𝑓�π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑+Δ𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑+Ξ”tοΏ½, a partir da derivada parcial temporal,

𝑓𝑓π‘₯π‘₯(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑+Δ𝑑𝑑).

Utilizando a expansΓ£o em sΓ©rie de Taylor, truncada em primeira ordem, com

um esquema regressivo, pois a anΓ‘lise Γ© realizada no tempo posterior, ou seja,

π‘˜π‘˜ = 𝑑𝑑 + π›₯π›₯𝑑𝑑, para obter a aproximação da solução da EDP, deduz-se em dois

passos, sendo as equaçáes 2. 25. e 2. 26. JΓ‘ ao analisarmos 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑), para a achar

28

a solução do estado posterior, ou seja, 𝑑𝑑 + π›₯π›₯𝑑𝑑, atravΓ©s da sua derivada parcial

𝑓𝑓π‘₯π‘₯(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑+Δ𝑑𝑑), utiliza-se a expansΓ£o em sΓ©rie de Taylor, com esquema progressivo,

equaçáes 2. 27. e 2. 28. obtém-se a mesma formulação, tendo em mente que

𝑓𝑓π‘₯π‘₯(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑) = 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖

𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖𝑑𝑑), podemos formular a equação 2. 29. Podemos dizer que a ideia

bΓ‘sica do mΓ©todo de Euler Γ© aproximar a derivada atravΓ©s de um coeficiente

incremental. (REAMAT, 2018)

𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑) β‰ˆ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯π‘–π‘–π‘˜π‘˜, 𝑦𝑦𝑖𝑖

π‘˜π‘˜) βˆ’ Δ𝑑𝑑 πœ•πœ•π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘₯π‘₯

(π‘₯π‘₯π‘–π‘–π‘˜π‘˜) (2. 25)

πœ•πœ•π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘₯π‘₯

(π‘₯π‘₯π‘–π‘–π‘˜π‘˜) β‰ˆ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖

π‘˜π‘˜, π‘¦π‘¦π‘–π‘–π‘˜π‘˜) βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖

𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖𝑑𝑑)

Δ𝑑𝑑(2. 26)

𝑓𝑓�π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑+Δ𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑+Ξ”tοΏ½ β‰ˆ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑) + Δ𝑑𝑑 πœ•πœ•π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘₯π‘₯

(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑) (2. 27)

πœ•πœ•π‘¦π‘¦πœ•πœ•π‘₯π‘₯

(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑) β‰ˆ

𝑓𝑓�π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑+Δ𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑+Ξ”tοΏ½ βˆ’ 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑)Δ𝑑𝑑

(2. 28)

𝑓𝑓�π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑+π›₯π›₯𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑+π›₯π›₯𝑑𝑑� = 𝑓𝑓(π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑) + π›₯π›₯𝑑𝑑𝑓𝑓�π‘₯π‘₯𝑖𝑖𝑑𝑑+π›₯π›₯𝑑𝑑, 𝑦𝑦𝑖𝑖

𝑑𝑑+π›₯π›₯𝑑𝑑� (2. 29)

O mΓ©todo de Euler regressivo, tambΓ©m Γ© denominado de mΓ©todo implΓ­cito,

devido avaliar a aproximação da solução da EDP com relação ao estado posterior

do sistema, como Γ© possΓ­vel observar na figura 2. 2., onde um ponto (𝑖𝑖, 𝑑𝑑) Γ© levado

ao futuro com os outros pontos da vizinhanΓ§a, ou seja, (𝑖𝑖 βˆ’ 1, 𝑑𝑑) e (𝑖𝑖 + 1, 𝑑𝑑), para

avaliar o estado do ponto em (𝑖𝑖, 𝑑𝑑 + Δ𝑑𝑑). (REAMAT, 2018)

Figura 2. 2. Analise grΓ‘fica do mΓ©todo implΓ­cito, com relação ao espaΓ§o 𝑖𝑖 e tempo 𝑑𝑑.

π’Šπ’Š π’Šπ’Š + 𝟏𝟏 π’Šπ’Š βˆ’ 𝟏𝟏

𝒕𝒕

𝒕𝒕 + πš«πš«π’•π’•

𝒇𝒇𝒙𝒙(π’™π’™π’Šπ’Šπ’•π’•, π’šπ’šπ’Šπ’Š

𝒕𝒕)

π’‡π’‡π’™π’™οΏ½π’™π’™π’Šπ’Šπ’•π’•+πœŸπœŸπ’•π’•, π’šπ’šπ’Šπ’Š

𝒕𝒕+πœŸπœŸπ’•π’•οΏ½

29

2.8 Modelo MatemΓ‘tico de Fluxo MultifΓ‘sico

Para construção do modelo matemÑtico de fluxo multifÑsico 3D em um

reservatório de petróleo é utilizado os conceitos da conservação da massa, lei de

Darcy, propriedades dos fluidos, propriedades das rochas e das metodologias

matemΓ‘ticas conceituadas anteriormente.

Ertekin. T. et al. (2001) formula o modelo multifΓ‘sico, levando em

consideração as premissas:

π‘†π‘†π‘œπ‘œ + 𝑆𝑆𝑀𝑀 + 𝑆𝑆𝑔𝑔 = 1(2. 30)

π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ = πœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ πœ•πœ•π‘€π‘€ = 𝑓𝑓(𝑆𝑆𝑀𝑀)

(2. 31) π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ = πœ•πœ•π‘”π‘” βˆ’ πœ•πœ•π‘œπ‘œ = 𝑓𝑓�𝑆𝑆𝑔𝑔�

(2. 32)

Sendo que a saturação dos fluidos óleo, gÑs e Ñgua não podem ultrapassar 1

e as pressáes capilares podem ser obtidas através da diferença da pressão das

fases ou em função da saturação. EstÑ premissa possibilita criar um modelo em

termos de trΓͺs variΓ‘veis desconhecidas, sendo: πœ•πœ•π‘œπ‘œ, 𝑆𝑆𝑀𝑀 e 𝑆𝑆𝑔𝑔, sendo formulado a

equação 2. 33. para Ñgua, equação 2. 34. para óleo e equação 2. 35. para o gÑs.

Este modelo matemΓ‘tico Γ© conhecido tambΓ©m como modelo black-oil, devido

considerar as trΓͺs fases e a fase gΓ‘s dissolvida no Γ³leo, quando o mesmo se

encontra acima da pressΓ£o de bolha, πœ•πœ•π‘π‘.

βˆ‚βˆ‚π‘₯π‘₯

οΏ½π‘˜π‘˜π‘₯π‘₯𝐴𝐴π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘€π‘€

πœ‡πœ‡π‘€π‘€π΅π΅π‘€π‘€οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘₯π‘₯βˆ’ βˆ‚π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€

βˆ‚π‘₯π‘₯βˆ’ 𝛾𝛾𝑀𝑀

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘₯π‘₯

οΏ½οΏ½ Ξ”π‘₯π‘₯ +

βˆ‚βˆ‚π‘¦π‘¦

οΏ½π‘˜π‘˜π‘¦π‘¦π΄π΄π‘¦π‘¦π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘€π‘€

πœ‡πœ‡π‘€π‘€π΅π΅π‘€π‘€οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘¦π‘¦βˆ’ βˆ‚π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€

βˆ‚π‘¦π‘¦βˆ’ 𝛾𝛾𝑀𝑀

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘¦π‘¦

οΏ½οΏ½ Δ𝑦𝑦 +

βˆ‚βˆ‚π‘§π‘§

οΏ½π‘˜π‘˜π‘§π‘§π΄π΄π‘§π‘§π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘€π‘€

πœ‡πœ‡π‘€π‘€π΅π΅π‘€π‘€οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘§π‘§βˆ’ βˆ‚π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€

βˆ‚π‘§π‘§βˆ’ 𝛾𝛾𝑀𝑀

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘§π‘§

��Δ𝑧𝑧

= π‘‰π‘‰π‘π‘βˆ‚βˆ‚π‘‘π‘‘

οΏ½πœ™πœ™π‘†π‘†π‘€π‘€π΅π΅π‘€π‘€

οΏ½ βˆ’ π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€

(2. 33)

βˆ‚βˆ‚π‘₯π‘₯

οΏ½π‘˜π‘˜π‘₯π‘₯𝐴𝐴π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œ

πœ‡πœ‡π‘œπ‘œπ΅π΅π‘œπ‘œοΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘₯π‘₯βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œ

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘₯π‘₯

οΏ½οΏ½Ξ”π‘₯π‘₯ +

βˆ‚βˆ‚π‘¦π‘¦

οΏ½π‘˜π‘˜π‘¦π‘¦π΄π΄π‘¦π‘¦π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œ

πœ‡πœ‡π‘œπ‘œπ΅π΅π‘œπ‘œοΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘¦π‘¦βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œ

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘¦π‘¦

��Δ𝑦𝑦 +

βˆ‚βˆ‚π‘§π‘§

οΏ½π‘˜π‘˜π‘§π‘§π΄π΄π‘§π‘§π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œ

πœ‡πœ‡π‘œπ‘œπ΅π΅π‘œπ‘œοΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘§π‘§βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œ

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘§π‘§

οΏ½οΏ½ Δ𝑧𝑧

= π‘‰π‘‰π‘π‘βˆ‚βˆ‚π‘‘π‘‘

οΏ½πœ™πœ™οΏ½1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀 βˆ’ 𝑆𝑆𝑔𝑔�

π΅π΅π‘œπ‘œοΏ½ βˆ’ π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€

(2. 34)

30

βˆ‚βˆ‚π‘₯π‘₯

οΏ½π‘˜π‘˜π‘₯π‘₯𝐴𝐴π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘”π‘”

πœ‡πœ‡π‘”π‘”π΅π΅π‘”π‘”οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘₯π‘₯+

βˆ‚πœ•πœ•π‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘₯π‘₯βˆ’ 𝛾𝛾𝑔𝑔

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘₯π‘₯

οΏ½ + π‘˜π‘˜π‘₯π‘₯𝐴𝐴π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ πœ‡πœ‡π‘œπ‘œπ΅π΅π‘œπ‘œ

οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œβˆ‚π‘₯π‘₯

βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œβˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘₯π‘₯

οΏ½οΏ½ Ξ”π‘₯π‘₯ +

βˆ‚βˆ‚π‘¦π‘¦

οΏ½π‘˜π‘˜π‘¦π‘¦π΄π΄π‘¦π‘¦π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘”π‘”

πœ‡πœ‡π‘”π‘”π΅π΅π‘”π‘”οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘¦π‘¦+

βˆ‚πœ•πœ•π‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘¦π‘¦βˆ’ 𝛾𝛾𝑔𝑔

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘¦π‘¦

οΏ½ + π‘˜π‘˜π‘¦π‘¦π΄π΄π‘¦π‘¦π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ πœ‡πœ‡π‘œπ‘œπ΅π΅π‘œπ‘œ

οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œβˆ‚π‘¦π‘¦

βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œβˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘¦π‘¦

οΏ½οΏ½ Δ𝑦𝑦 +

βˆ‚βˆ‚π‘§π‘§

οΏ½π‘˜π‘˜π‘§π‘§π΄π΄π‘§π‘§π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘”π‘”

πœ‡πœ‡π‘”π‘”π΅π΅π‘”π‘”οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘§π‘§+

βˆ‚πœ•πœ•π‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ

βˆ‚π‘§π‘§βˆ’ 𝛾𝛾𝑔𝑔

βˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘§π‘§

οΏ½ + π‘˜π‘˜π‘§π‘§π΄π΄π‘§π‘§π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ πœ‡πœ‡π‘œπ‘œπ΅π΅π‘œπ‘œ

οΏ½βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œβˆ‚π‘§π‘§

βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œβˆ‚π‘π‘βˆ‚π‘§π‘§

οΏ½οΏ½ Δ𝑧𝑧

= π‘‰π‘‰π‘π‘βˆ‚βˆ‚π‘‘π‘‘

οΏ½πœ™πœ™π‘†π‘†π‘”π‘”

𝐡𝐡𝑔𝑔+

πœ™πœ™π‘…π‘…π‘ π‘ οΏ½1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀 βˆ’ π‘†π‘†π‘”π‘”οΏ½π΅π΅π‘œπ‘œ

οΏ½ βˆ’ π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€

(2. 35)

Essas equaçáes podem ser separadas em dois termos, os termos de

acumulação, lado direito das equaçáes 2. 33. a 2. 35., que são relacionados a

equação de conservação da massa e os termos de transporte, lado esquerdo das

equaçáes 2. 33. a 2. 35., que são relacionados a lei de Darcy. Nos termos de

transporte a transmissibilidade é definida pela equação 2. 36.

𝑇𝑇𝑓𝑓𝑓𝑓 = π‘˜π‘˜π‘“π‘“π΄π΄π‘“π‘“π›₯π›₯𝑓𝑓

π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘“π‘“

πœ‡πœ‡π‘“π‘“π΅π΅π‘“π‘“, �𝑓𝑓 = 𝑀𝑀, π‘œπ‘œ, π‘˜π‘˜

𝑑𝑑 = π‘₯π‘₯, 𝑦𝑦, 𝑧𝑧 (2. 36)

2.8.1 Control Volume Finite Difference

O mΓ©todo Control Volume Finite Difference (CVFD), constitui-se em criar

vΓ‘rios volumes de controle (VC), figura 2. 3., com as propriedades de estudo, que

sΓ£o distribuΓ­dos em uma malha regular ou nΓ£o, permitindo aplicar o mΓ©todo das

diferenças finitas para criar um sistema de equaçáes o qual permite modelar um

fenΓ΄meno. Como trata-se de um sistema em malha e, em trΓͺs dimensΓ΅es, com

tamanho de 𝑁𝑁𝑖𝑖,𝑁𝑁𝑗𝑗 e π‘π‘π‘˜π‘˜ a numeração dos 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑖𝑖,𝑗𝑗,π‘˜π‘˜ Γ© realizada primeiramente com o

eixo 𝑗𝑗 e π‘˜π‘˜ fixo e 𝑖𝑖 crescente, quando 𝑖𝑖 chega ao final de sua amplitude, primeiro Γ©

aumentado 𝑗𝑗 e π‘˜π‘˜ permanece o mesmo valor, quando 𝑖𝑖 chega novamente em sua

amplitude final, π‘˜π‘˜ Γ© aumentado por ΓΊltimo, e assim repete-se atΓ© chegar a amplitude

final dos trΓͺs eixos. Um 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑖𝑖,𝑗𝑗,π‘˜π‘˜ qualquer Γ© representado por πœ“πœ“π‘›π‘›, onde 𝑛𝑛 Γ© sua

numeração e πœ“πœ“π‘›π‘›π‘–π‘– seus vizinhos no eixo 𝑖𝑖, πœ“πœ“π‘›π‘›π‘—π‘—

seus vizinhos no eixo 𝑗𝑗 e πœ“πœ“π‘›π‘›π‘˜π‘˜ seus

vizinhos no eixo π‘˜π‘˜, as equaçáes 2. 37. a 2. 39. mostram como localiza-los. (Ertekin,

et. al, 2001)

31

Figura 2.2. Representação de um sistema de volumes de controle (VC) em trΓͺs dimensΓ΅es, 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑖𝑖,𝑗𝑗,π‘˜π‘˜ ao centro e os vizinhos, π‘‰π‘‰πΆπΆπ‘–π‘–βˆ’1,𝑗𝑗,π‘˜π‘˜, 𝑉𝑉 𝐢𝐢𝑖𝑖,π‘—π‘—βˆ’1,π‘˜π‘˜, 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑖𝑖,𝑗𝑗,π‘˜π‘˜βˆ’1

, 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑖𝑖+1,𝑗𝑗,π‘˜π‘˜, 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑖𝑖,𝑗𝑗+1,π‘˜π‘˜ e 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑖𝑖,𝑗𝑗,π‘˜π‘˜+1

ao seu redor.

πœ“πœ“π‘›π‘›π‘–π‘–= {𝑛𝑛 βˆ’ 1, 𝑛𝑛 + 1}

(2. 37)

πœ“πœ“π‘›π‘›π‘—π‘—= {𝑛𝑛 βˆ’ 𝑁𝑁𝑖𝑖, 𝑛𝑛 + 𝑁𝑁𝑖𝑖}

(2. 38)

πœ“πœ“π‘›π‘›π‘˜π‘˜= �𝑛𝑛 βˆ’ 𝑁𝑁𝑖𝑖𝑁𝑁𝑗𝑗, 𝑛𝑛 + 𝑁𝑁𝑖𝑖𝑁𝑁𝑗𝑗�

(2. 39)

2.8.2 Modelo ImplΓ­cito

As equaçáes do modelo black-oil, são rescritas aplicando o método CVFD e

linearizada atravΓ©s do mΓ©todo de Newton-Raphson, criando um modelo implΓ­cito,

que possibilita realizar iteraçáes durante o tempo, permitindo realizar a estimação

dos parΓ’metros em estudo. O modelo Γ© expressado na forma residual 𝑅𝑅𝑓𝑓𝑑𝑑 , pois

𝑅𝑅𝑓𝑓𝑑𝑑 β†’ π‘‡π‘‡π‘‡π‘‡π‘Žπ‘Žπ‘›π‘›π‘ π‘ πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘‡π‘‡π‘‘π‘‘π‘’π‘’ βˆ’ π΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π‘šπ‘šπ‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘ŽΓ§Γ£π‘œπ‘œ = 0, assim para uma variação do tempo temos

que 𝑅𝑅𝑓𝑓𝑑𝑑+1 = 0, onde 𝑓𝑓 = 𝑀𝑀, π‘œπ‘œ e π‘˜π‘˜. AtravΓ©s das iteraçáes do mΓ©todo implΓ­cito por

Newton-Raphson, aproxima-se os resΓ­duos do tempo, 𝑑𝑑 + 1, atravΓ©s das estimativas

da iteração, 𝑣𝑣 + 1, ou seja, 𝑅𝑅𝑓𝑓𝑑𝑑+1 β‰ˆ 𝑅𝑅𝑓𝑓

𝑣𝑣+1𝑑𝑑+1 . A aproximação do resΓ­duo na iteração

𝑣𝑣 + 1, Γ© feita atravΓ©s da estimativa do resΓ­duo na iteração 𝑣𝑣, mais uma combinação

linear dos parÒmetros desconhecidos, estimados através da diferenciação parcial de

𝑅𝑅𝑓𝑓 , em relação aos parΓ’metros desconhecidos. A equação 2. 40. formula este

conceito. (Ertekin, et. al, 2001)

𝑅𝑅𝑓𝑓𝑛𝑛

𝑣𝑣+1𝑑𝑑+1 β‰ˆ 𝑅𝑅𝑓𝑓𝑛𝑛

𝑣𝑣𝑑𝑑+1 +

οΏ½ οΏ½οΏ½πœ•πœ•π‘…π‘…π‘“π‘“π‘›π‘›

πœ•πœ•πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

+ π›Ώπ›Ώπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š+ οΏ½

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘“π‘“π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

+ π›Ώπ›Ώπ‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š+ οΏ½

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘“π‘“π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

+ π›Ώπ›Ώπ‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š οΏ½

π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

+

οΏ½οΏ½πœ•πœ•π‘…π‘…π‘“π‘“π‘›π‘›

πœ•πœ•πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

+ π›Ώπ›Ώπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›+ οΏ½

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘“π‘“π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

+ 𝛿𝛿𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛+ οΏ½

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘“π‘“π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

+ 𝛿𝛿𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛 οΏ½

(2. 40)

π‘—π‘—βˆ’1 𝑖𝑖+1 π‘–π‘–βˆ’1

π‘˜π‘˜+1

π‘˜π‘˜βˆ’1

32

Sendo πœ“πœ“π‘›π‘› o VC em analise e π‘šπ‘š ∈ πœ“πœ“π‘›π‘›π‘–π‘–βˆͺ πœ“πœ“π‘›π‘›π‘—π‘—

βˆͺ πœ“πœ“π‘›π‘›π‘˜π‘˜. Os parΓ’metros π›Ώπ›Ώπœ•πœ•π‘œπ‘œ, 𝛿𝛿𝑆𝑆𝑀𝑀 e

𝛿𝛿𝑆𝑆𝑔𝑔, definidos pelas equaçáes 2. 41. a 2. 43., sΓ£o as variΓ‘veis do mΓ©todo a serem

aproximadas durante as iteraçáes para que 𝑅𝑅𝑓𝑓𝑛𝑛

𝑣𝑣+1𝑑𝑑+1 β‰ˆ 0, permitindo que prossiga o

processo para a próxima variação no tempo.

π›Ώπ›Ώπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š= πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

𝑣𝑣+1𝑑𝑑+1 βˆ’ πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

𝑣𝑣𝑑𝑑+1 (2. 41) π›Ώπ›Ώπ‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

= π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

𝑣𝑣+1𝑑𝑑+1 βˆ’ π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

𝑣𝑣𝑑𝑑+1 (2. 42) π›Ώπ›Ώπ‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

= π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

𝑣𝑣+1𝑑𝑑+1 βˆ’ π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

𝑣𝑣𝑑𝑑+1 (2. 43)

As derivadas parciais são definidas pelas equaçáes A. 1. a A. 18. do anexo A,

para quando 𝑛𝑛 β‰  π‘šπ‘š deve-se utilizar as equaçáes A. 1. a A. 9. do anexo A, quando

𝑛𝑛 = π‘šπ‘š, utiliza-se as equaçáes A. 10. a A. 18. do anexo A, para o cΓ‘lculo das

derivadas parciais.

2.9 MΓ©todo Fully Implicit Black-Oil

O mΓ©todo Fully Implicit Black-Oil, utiliza o mΓ©todo de Newton-Raphson para

linearizar as equaçáes implícitas da pressão e saturação, composta pela equação 2.

44., que engloba os termos de transporte [𝑭𝑭 ]𝒗𝒗 e 𝑭𝑭⃗𝒗𝒗, os termos de acumulação [π‘ͺπ‘ͺ]𝒗𝒗

e π‘ͺπ‘ͺ�⃗�𝒗, e os termos dos poΓ§os [𝑸𝑸]𝒗𝒗 e 𝑸𝑸�����𝒗𝒗, esses termos sΓ£o formulados nos anexos A

e B.

[𝑱𝑱]π’—π’—πœΉπœΉπ‘Ώπ‘ΏοΏ½οΏ½οΏ½οΏ½οΏ½ = βˆ’π‘Ήπ‘ΉοΏ½οΏ½οΏ½οΏ½οΏ½οΏ½π’—π’— β†’ {[𝑭𝑭 ]𝒗𝒗 βˆ’ [π‘ͺπ‘ͺ]𝒗𝒗 + [𝑸𝑸]𝒗𝒗}πœΉπœΉπ‘Ώπ‘ΏοΏ½οΏ½οΏ½οΏ½οΏ½ = βˆ’οΏ½π‘­π‘­βƒ—π’—π’— βˆ’ οΏ½π‘ͺπ‘ͺ�⃗�𝒗 βˆ’ π‘ͺπ‘ͺ�⃗�𝒕� + 𝑸𝑸�����𝒗𝒗� (2. 44)

Sendo [𝑭𝑭 ]𝒗𝒗 uma matriz heptagonal contendo os valores de [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏,π’Žπ’Ž em suas

diagonais, que Γ© uma matriz quadrada contendo os valores das derivadas parciais,

conforme 2. 45. e 2. 46. JΓ‘, [π‘ͺπ‘ͺ]𝒗𝒗 e [𝑸𝑸]𝒗𝒗 sΓ£o matrizes diagonais contendo [π‘ͺπ‘ͺ]𝒏𝒏 e

[𝑸𝑸]𝒏𝒏 nas diagonais principais, que tambΓ©m sΓ£o matrizes quadradas, conforme 2. 47.

a 2. 50. Por fim, os vetores 𝑭𝑭⃗𝒗𝒗, π‘ͺπ‘ͺ�⃗�𝒗 e 𝑸𝑸�����𝒗𝒗, descritos nas equaçáes 2. 51. a 2. 53.

33

[𝑭𝑭 ]𝒗𝒗 =

⎣⎒⎒⎒⎒⎒⎒⎑

[𝑭𝑭 ]𝒏𝒏 [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž[𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏 [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž[𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏 [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž[𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏 [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž

[𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏 [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž[𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏 [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž

[𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]π’Žπ’Ž [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏 ⎦βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯⎀

(2. 45)

[𝑭𝑭 ]𝒏𝒏,π’Žπ’Ž =

⎣⎒⎒⎒⎒⎒⎒⎑

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

πœ•πœ•π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

πœ•πœ•π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘šπ‘š ⎦βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯⎀

(2. 46)

[π‘ͺπ‘ͺ] =⎣⎒⎑[π‘ͺπ‘ͺ]𝟏𝟏

β‹±[π‘ͺπ‘ͺ]π‘΅π‘΅βŽ¦

βŽ₯⎀

(2. 47)

[π‘ͺπ‘ͺ]𝒏𝒏 =

⎣⎒⎑

𝐢𝐢𝑀𝑀𝑀𝑀𝑛𝑛𝐢𝐢𝑀𝑀𝑔𝑔𝑛𝑛

𝐢𝐢𝑀𝑀𝑝𝑝𝑛𝑛

𝐢𝐢𝑔𝑔𝑀𝑀𝑛𝑛𝐢𝐢𝑔𝑔𝑔𝑔𝑛𝑛

𝐢𝐢𝑔𝑔𝑝𝑝𝑛𝑛

πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘›π‘›πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘”π‘”π‘›π‘›

πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘π‘π‘›π‘› ⎦βŽ₯⎀

(2. 48)

[𝑸𝑸] =⎣⎒⎑[𝑸𝑸]𝟏𝟏

β‹±[𝑸𝑸]π‘΅π‘΅βŽ¦

βŽ₯⎀

(2. 49)

[𝑸𝑸]𝒏𝒏 =

βŽ£βŽ’βŽ’βŽ’βŽ’βŽ’βŽ’βŽ‘πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

πœ•πœ•π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘› ⎦βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯βŽ₯⎀

(2. 50)

π‘ͺπ‘ͺ�⃗�𝒏 =⎣⎒⎑

𝐢𝐢𝑀𝑀𝑛𝑛

𝐢𝐢𝑔𝑔𝑛𝑛

πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘›π‘› ⎦βŽ₯⎀

(2. 51)

𝑭𝑭�⃗�𝒏 =⎣⎒⎑

𝐹𝐹𝑀𝑀𝑛𝑛

𝐹𝐹𝑔𝑔𝑛𝑛

πΉπΉπ‘œπ‘œπ‘›π‘› ⎦βŽ₯⎀

(2. 52)

𝑸𝑸�����𝒏𝒏 =⎣⎒⎑

π‘Έπ‘ΈπŸπŸπ’π’

π‘Έπ‘ΈπŸπŸπ’π’

π‘Έπ‘ΈπŸ‘πŸ‘π’π’βŽ¦βŽ₯⎀ = οΏ½

π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

οΏ½

(2. 53)

2.9.1 Termos de Transporte

Os termos de transporte sΓ£o constituΓ­dos pela transmissibilidade, que Γ©

separada em trΓͺs termos, geomΓ©tricos 𝐺𝐺𝑓𝑓, função da pressΓ£o 𝑓𝑓𝑝𝑝 e função da

saturação 𝑓𝑓𝑠𝑠, formulando 𝑇𝑇𝑓𝑓𝑓𝑓 = 𝐺𝐺𝑓𝑓𝑓𝑓𝑝𝑝𝑓𝑓𝑠𝑠. As derivadas parciais com relação a

transmissibilidade são tratadas conforme os termos em função da pressão e

34

saturação, descritas nas equaçáes 2. 57. e 2. 58., onde πœ–πœ– Γ© a variação da

propriedade com respeito ao tempo 𝑑𝑑 e 𝑣𝑣. (Ertekin, et. al, 2001)

𝐺𝐺𝑓𝑓 = π‘˜π‘˜π‘“π‘“π΄π΄π‘“π‘“π›₯π›₯𝑓𝑓

(2. 54)

𝑓𝑓𝑝𝑝 = 1πœ‡πœ‡π‘“π‘“π΅π΅π‘“π‘“

(2. 55)

𝑓𝑓𝑠𝑠 = π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘“π‘“

(2. 56)

πœ•πœ•π‘‡π‘‡πœ•πœ•πœ•πœ•π‘œπ‘œ

= 𝑇𝑇 (πœ•πœ•π‘œπ‘œ + πœ–πœ–) βˆ’ 𝑇𝑇(πœ•πœ•π‘œπ‘œ)πœ–πœ–

(2. 57)

πœ•πœ•π‘‡π‘‡πœ•πœ•π‘†π‘†

= 𝑇𝑇(𝑆𝑆 + πœ–πœ–) βˆ’ 𝑇𝑇 (𝑆𝑆)πœ–πœ–

(2. 58)

2.9.2 Termos de Acumulação

Os termos de acumulação sΓ£o constituΓ­dos pelas equaçáes πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘π‘, πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘€π‘€, πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘”π‘”,

𝐢𝐢𝑀𝑀𝑝𝑝, 𝐢𝐢𝑀𝑀𝑀𝑀, 𝐢𝐢𝑀𝑀𝑔𝑔, 𝐢𝐢𝑔𝑔𝑝𝑝, 𝐢𝐢𝑔𝑔𝑀𝑀 e 𝐢𝐢𝑔𝑔𝑔𝑔, que sΓ£o expandidas no anexo B. As derivadas πœ™πœ™β€²,

𝑅𝑅𝑠𝑠′ e οΏ½1 𝐡𝐡𝑓𝑓⁄ οΏ½β€², sΓ£o tratadas conforme as equaçáes 2. 59., a 2. 61. (Ertekin, et. al,

2001)

πœ™πœ™β€² = πœ™πœ™π‘‘π‘‘+1 βˆ’ πœ™πœ™π‘‘π‘‘

πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘+1 βˆ’ πœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑑𝑑

(2. 59) 𝑅𝑅𝑠𝑠

β€² = 𝑅𝑅𝑠𝑠𝑑𝑑+1 βˆ’ 𝑅𝑅𝑠𝑠

𝑑𝑑

πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘+1 βˆ’ πœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑑𝑑

(2. 60) οΏ½ 1

𝐡𝐡𝑓𝑓�

β€²

=�𝐡𝐡𝑓𝑓

𝑑𝑑+1οΏ½βˆ’1 βˆ’ �𝐡𝐡𝑓𝑓𝑑𝑑 οΏ½βˆ’1

πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘+1 βˆ’ πœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑑𝑑

(2. 61)

2.9.3 Termos dos Poços

Os termos dos poços são constituídos pelas equaçáes que descrevem a

vazão e injeção de fluidos em um volume de controle.

2.9.3.1 Poços de Produção

As equaçáes 2. 62. e 2. 63. descrevem a vazão de fluidos em um poço

locado em apenas um volume de controle, 𝐺𝐺𝑀𝑀 Γ© o fator geomΓ©trico do poΓ§o, descrito

pela equação 2. 64., πœ•πœ•π‘“π‘“ a pressΓ£o da fase e πœ•πœ•π‘€π‘€π‘“π‘“ a pressΓ£o de fundo de poΓ§o.

(Ertekin, et. al, 2001)

π‘žπ‘žπ‘“π‘“π‘€π‘€π‘€π‘€ = βˆ’ 𝐺𝐺𝑀𝑀 οΏ½ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘Ÿπœ‡πœ‡π‘“π‘“π΅π΅π‘“π‘“

οΏ½οΏ½πœ•πœ•π‘“π‘“ βˆ’ πœ•πœ•π‘€π‘€π‘“π‘“οΏ½, 𝑓𝑓 = 𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘œπ‘œ (2. 62)

35

π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€ = βˆ’ 𝐺𝐺𝑀𝑀 οΏ½οΏ½π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘”π‘”

πœ‡πœ‡π‘”π‘”π΅π΅π‘”π‘”οΏ½οΏ½πœ•πœ•π‘”π‘” βˆ’ πœ•πœ•π‘€π‘€π‘“π‘“οΏ½ + �𝑅𝑅𝑠𝑠

π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œπœ‡πœ‡π‘œπ‘œπ΅π΅π‘œπ‘œ

οΏ½ οΏ½πœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ πœ•πœ•π‘€π‘€π‘“π‘“οΏ½οΏ½ (2. 63)

𝐺𝐺𝑀𝑀 = 2πœ‹πœ‹π‘˜π‘˜π»π»β„Žlog𝑒𝑒 �𝑇𝑇𝑒𝑒𝑇𝑇𝑀𝑀

οΏ½ + 𝑠𝑠 βˆ’ 𝐹𝐹(2. 64)

𝐽𝐽𝑀𝑀 = βˆ’ 𝐺𝐺𝑀𝑀 οΏ½ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘Ÿ

πœ‡πœ‡π‘“π‘“π΅π΅π‘“π‘“οΏ½

(2. 65)

onde, π‘˜π‘˜π»π» Γ© a permeabilidade vertical, β„Ž altura vertical do poΓ§o, 𝑇𝑇𝑒𝑒 raio do

centro do poΓ§o ao limite horizontal do VC, 𝑇𝑇𝑀𝑀 raio do poΓ§o, 𝑠𝑠 fator de pelΓ­cula e 𝐹𝐹

fator do regime de fluxo do modelo. 𝐽𝐽𝑀𝑀 Γ© definido na equação 2. 65., que Γ© o Γ­ndice

de produtividade do poço.

2.9.3.2 Poços de Injeção

Para um poço com pressão de injeção constate é utilizado a equação 2. 66.,

onde 𝑖𝑖𝑛𝑛𝑗𝑗 = 𝑀𝑀 ou π‘˜π‘˜, 𝑓𝑓 = 𝑀𝑀, π‘œπ‘œ e π‘˜π‘˜, nas condiçáes de injeção. (Ertekin, et. al, 2001)

π‘žπ‘žπ‘–π‘–π‘›π‘›π‘—π‘—π‘€π‘€π‘€π‘€ = βˆ’ 𝐺𝐺𝑀𝑀𝐡𝐡𝑖𝑖𝑛𝑛𝑗𝑗

οΏ½οΏ½π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘“π‘“

πœ‡πœ‡π‘“π‘“οΏ½ οΏ½πœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ πœ•πœ•π‘€π‘€π‘“π‘“οΏ½

𝑓𝑓(2. 66)

2.9.3.3 Derivadas Parciais

As derivadas parciais sΓ£o tratadas de forma idΓͺntica ao tratamento das

transmissibilidades, formando as equaçáes 2. 67. e 2. 68.

πœ•πœ•π‘žπ‘žπœ•πœ•πœ•πœ•π‘œπ‘œ

= 𝐽𝐽𝑀𝑀(πœ•πœ•π‘œπ‘œ + πœ–πœ–) βˆ’ 𝐽𝐽𝑀𝑀(πœ•πœ•π‘œπ‘œ)πœ–πœ–

οΏ½πœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ πœ•πœ•π‘€π‘€π‘“π‘“οΏ½ (2. 67)

πœ•πœ•π‘žπ‘žπœ•πœ•π‘†π‘†

= 𝐽𝐽𝑀𝑀(𝑆𝑆 + πœ–πœ–) βˆ’ 𝐽𝐽𝑀𝑀(𝑆𝑆)πœ–πœ–

οΏ½πœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ πœ•πœ•π‘€π‘€π‘“π‘“οΏ½ (2. 68)

2.10 C++ para Computação Científica

C++ é uma linguagem de programação, que é executada diretamente pelo

processador e por isso possui um desempenho muito eficaz no processamento e

gerenciamento de memória na execução de tarefas que necessitam alto

desempenho computacional. Além de possuir ampla utilização mundialmente para o

desenvolvimento de projetos de engenharia devido ter uma gama de bibliotecas que

facilitam a implementação dos projetos. Uma dessas bibliotecas é GNU Scientific

36

Library, a qual possui desde funçáes simples de cÑlculo vetorial até funçáes de

inversΓ£o de matrizes esparsas.

Devido a sua ampla utilização a linguagem tem diversos canais que

referenciam suas funcionalidades, sendo um deles o C++ Reference[1], alΓ©m das

bibliotecas que possuem seus manuais de utilização, com o da GNU Scientific

Library[2].

1 C++ Reference site: www.cppreference.com 2 GNU Scientific Library Reference site: www.gnu.org/software/gsl

37

3 REVISΓƒO BIBLIOGRÁFICA

A simulação de reservatórios de petróleo é uma ferramenta que vem sendo

desenvolvida concomitantemente com a evolução computacional. Com o surgimento

dos computadores modernos na década de 50, começaram a ser desenvolvidos

métodos matemÑticos para a simulação de reservatório de petróleo, com diversas

abordagens, sendo alguma delas utilizadas atΓ© hoje em dia.

Douglas et al. (1959) formula o método da resolução simultÒnea, que leva em

consideração apenas a geometria da rocha e propriedades dos fluidos e tem estÑ

denominação devido resolver as equaçáes do modelo matemÑtico simultaneamente.

O modelo aplicado tinha o propΓ³sito de calcular o fluxo dos fluidos, ou seja, Γ‘gua e

óleo, no meio poroso, levando em consideração que Ñgua era a fase molhante, e

para validar o modelo foi realizada a comparação com dados laboratoriais,

chegando a conclusΓ£o que o modelo produz resultados satisfatΓ³rios e concordantes.

Stone (1968), desenvolve uma metodologia para a resolução iterativa de

aproximação implícita de equaçáes diferenciais parciais multidimensionais. Que

basicamente utiliza a diferenciação implícita para modelos multidimensionais e

acopla o método iterativo de Newton para a linearização do sistema de equaçáes

não lineares, criando uma metodologia iterativa para a resolução do problema.

Blair et al. (1969) propáe a utilização da formulação totalmente implícita para

o desenvolvimento de modelos de reservatΓ³rio de petrΓ³leo, devido sua maior

estabilidade. Aplicado a metodologia desenvolvida por Stone (1968), em um modelo

multidimensional com duas fases, concluiu-se que o erro de truncamento, no

domΓ­nio do tempo, diminui significantemente e possibilita o passo no tempo maior

com resultados estΓ‘veis.

Vinsome (1976) desenvolve um algoritmo chamado Orthomin, que Γ© aplicado

para a resolução iterativa de equaçáes lineares sparsas, utiliza a metodologia de

ortogonalização e minimização das matrizes para resolução do problema. Behie et

al. (1982) propáe a utilização do método Orthomin, que é um método de acelaração

de convergΓͺncia, juntamente com um mΓ©todo ILU de fatoração, criando um mΓ©todo

iterativo para a resolução de matrizes sparsas.

38

Aziz e Settari (1979) publicam o livro Petroleum Reservoir Simulation, o qual

aborda todos os tópicos da simulação de reservatório de petróleo desenvolvido até

aquele momento. Deriva as formulaçáes IMPES e IMPSAT para casos uni e multi,

no domΓ­nio da dimensΓ£o e dos fluidos. AlΓ©m de discutir como deve-se formular um

modelo black-oil corretamente e como aplicar as equaçáes em um modelo

computacional.

Au et al. (1980) discute e propΓ΅e tΓ©cnicas a serem utilizada em modelos

implícito de simulação de reservatório de petróleo, abordando técnicas de

optimização do modelo black-oil, bem como no tratamento das equaçáes no caso da

variação do ponto de bolha e seus problemas relacionados, também discute sobre o

tratamento do modelo dos poços, entre outras técnicas para a optimização da

resolução do sistema de equaçáes.

Thomas et al. (1983) propΓ΅e uma metodologia implΓ­cita adaptativa para a

simulação de reservatórios de petróleo. O método consiste em classificar cada bloco

do modelo, conforme a sua resposta a aplicação do método IMPSAT, o que

possibilita trocar o método de IMPSAT para IMPES durante as iteraçáes, caso a

classificação atinja um determinado parÒmetro determinado. A vantagem dessa

tΓ©cnica Γ© a diminuição do esforΓ§o computacional sem perda de eficiΓͺncia e

estabilidade das resoluçáes. Fung et al. (1989) sugere que o critério de troca deve

basear-se na estabilidade numérica da matriz do volume de controle em avaliação

Forsyth et al. (1984) descreve o mΓ©todo do pseudo gΓ‘s, que trata do

aparecimento e desaparecimento da fase gΓ‘s, devido ao ponto de bolha variΓ‘vel,

em modelos black-oil implΓ­cito. Ao aplica-lo chegou-se Γ  conclusΓ£o que requer um

tratamento minucioso da realocação das saturaçáes e apresenta maiores erros no

balanΓ§o de materiais, porΓ©m nΓ£o apresenta perda de eficiΓͺncia em comparação ao

método da substituição de variÑvel.

Abou-Kassem et al. (1992) formula um algoritmo simples e eficiente para

remoção de blocos inativos do modelo do reservatório, ou seja, remove as

equaçáes desnecessÑrios do modelo matemÑtico. O algoritmo permite gerar

modelos mais próximo da geometria real do reservatório, além de diminuir o esforço

computacional.

39

Ertekin, Abou-Kassem e King (2001) publicam o livro Basic Applied Reservoir

Simulation, que faz parte da Textbook Series da Society of Petroleum Engineers. Γ‰

um livro didΓ‘tico que abrange desde o cΓ‘lculo numΓ©rico e diferencial atΓ© as

propriedades dos fluidos de um reservatΓ³rio de petrΓ³leo. Neste livro Γ© formulado o

modelo fully implicit black-oil o qual Γ© empregado neste trabalho.

Atualmente com a evolução computacional os modelos de reservatório de

petrΓ³leo foram ganhando mais variΓ‘veis, devido ao acoplamento de novos fatores

que são levados em consideração, como a composição dos fluidos e suas

propriedades tΓ©rmicas, modelos estruturais da geologia local, alΓ©m do refinamento

da malha e de suas propriedades, sendo o limite apenas a ousadia e Γ’nsia do

desenvolvedor do modelo.

40

4 METODOLOGIA

A metodologia do projeto de conclusΓ£o de curso consistiu em quatro etapas,

sendo Levantamento BibliogrÑfico, Assimilação do Modelo MatemÑtico,

Implementação em C++ e Validação dos Resultados. Essas etapas percorrem pelo

processo de aprendizado e implementação dos conhecimentos adquiridos durante o

perΓ­odo do projeto, demonstrado no fluxograma de trabalho, figura 4. 1.

Figura 4.1. Fluxograma das etapas realizadas durante trabalho de conclusΓ£o de curso.

4.1 Levantamento BibliogrΓ‘fico

Por meio do levantamento bibliogrΓ‘fico, chegou-se as fontes da literatura

onde contΓ©m os conhecimentos necessΓ‘rios para o desenvolvimento do projeto,

sendo utilizados os seguintes livros base para a implementação:

β€’ Multiphase-Flow Simulation in Petroleum Reservoirs, Chapter 9 in Basic Applied Reservoir Simulation. (Ertekin, et. al, 2001);

β€’ C++ for Scientific Computing, (Kriemann, 2008);

β€’ GNU Scientific Library Reference Manual, 3rd, (Galassi, et. al, 2009).

Levantamento BibliogrΓ‘fica

Full Implicit Black-Oil

Assimilação do Modelo MatemÑtico

Implementação em C++

Organização das Equaçáes

Validação dos Resultados

Agenda de Implementação

Desenvolvimento dos Algoritmos

Depuração do Programa

Resultados

Resultados CMG IMEX

C++ for Scientific Computing

41

4.2 MΓ©todo Fully Implicit Black-Oil

Para o projeto foi escolhido o mΓ©todo fully implicit black-oil, formulado por

Ertekin, et. al (2001), devido as consideraçáes levantadas na revisão bibliogrÑfica

que mostram um desempenho satisfatΓ³rio do mΓ©todo implΓ­cito e tambΓ©m sua ampla

utilização na indústria.

O mΓ©todo fully implicit black-oil, Γ© um processo iterativo, que Γ© ilustrado no

fluxograma na figura 4. 2. As iteraçáes ocorrem pelo método de Newton-Raphson,

que Γ© implementado conforme os passos abaixo:

I. Inicia-se o modelo através do equilíbrio vertical, calculando as condiçáes

iniciais 𝑋𝑋����𝑛𝑛0 = �𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛0 , 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛

0 , πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›0 �𝑇𝑇 , sendo, 𝑑𝑑 = 𝑣𝑣 = 0;

II. Devido ao mΓ©todo de Newton-Raphson ser iterativo necessita-se fazer uma

estimação inicial de 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1, que Γ© feita atravΓ©s de uma perturbação πœ–πœ– nas

condiçáes de 𝑋𝑋����𝑛𝑛0 , formando 𝑋𝑋����𝑛𝑛1 = �𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛1 , 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛

1 , πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›1 �𝑇𝑇 , sendo 𝑣𝑣 = 1;

III. Γ‰ feita a escolha do passo do tempo Δ𝑑𝑑;

IV. Calcula-se os Termos de Transporte 𝐹𝐹�⃗�𝑛𝑣𝑣 e [𝐹𝐹 ]𝑛𝑛𝑣𝑣 , os Termos de Acumulação

𝐢𝐢�⃗�𝑛𝑑𝑑 , 𝐢𝐢�⃗�𝑛

𝑣𝑣 e [𝐢𝐢]𝑛𝑛𝑣𝑣 , e os Termos dos PoΓ§os 𝑄𝑄����𝑛𝑛𝑣𝑣 , [𝑄𝑄]𝑛𝑛𝑣𝑣 ;

V. Calcula-se os resΓ­duos 𝑅𝑅�����𝑛𝑛 = �𝑅𝑅𝑀𝑀𝑛𝑛,𝑅𝑅𝑔𝑔𝑛𝑛

,π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›οΏ½π‘‡π‘‡ , atravΓ©s da relação 𝑅𝑅�����𝑛𝑛𝑣𝑣 =

�𝐹𝐹�⃗�𝑛𝑣𝑣 βˆ’ �𝐢𝐢�⃗�𝑛

𝑣𝑣 βˆ’ 𝐢𝐢�⃗�𝑛𝑑𝑑 οΏ½ + 𝑄𝑄����𝑛𝑛𝑣𝑣 οΏ½;

VI. Calcula-se a jacobiana, atravΓ©s da relação 𝐽𝐽𝑛𝑛𝑣𝑣 = {[𝐹𝐹 ]𝑛𝑛𝑣𝑣 βˆ’ [𝐢𝐢]𝑛𝑛𝑣𝑣 + [𝑄𝑄]𝑛𝑛𝑣𝑣 };

VII. Calcula-se o sistema 𝐽𝐽𝑛𝑛𝑣𝑣𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 = βˆ’ 𝑅𝑅�����𝑛𝑛𝑣𝑣 , para achar 𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛;

VIII. Calcula-se a estimativa das novas condiçáes 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1, atravΓ©s da relação

𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1 = 𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 βˆ’ 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣 ;

IX. Repete-se o processo do passo IV a VIII atΓ© que a convergΓͺncia seja

alcanΓ§ada, ou seja, 𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 < 10βˆ’3, e um novo passo no tempo Γ© iniciado, ou

seja, 𝑑𝑑 = 2, e o processo reinicia-se.

42

Figura 4.2. Processo iterativo que o mΓ©todo fully implicit black-oil percorre para chegar a convergΓͺncia.

4.3 Implementação em C++

Para o projeto foi escolhido a utilização da linguagem de programação C++,

juntamente com GNU Scientific Library (GSL) devido a suas funcionalidades que

englobam as necessidades do projeto. A implementação do método fully implicit

black-oil se deu pelo desenvolvimento de módulos contendo as funçáes necessÑrias

para o processo iterativo ocorrer de forma cΓ­clica, conforme a lΓ³gica do fluxograma

da figura 4. 2. Os mΓ³dulos desenvolvidos sΓ£o listados abaixo:

Modelo: informaçáes sobre o modelo do reservatório e fluidos;

Funçáes-Globais: funçáes globais utilizadas pelos outros módulos;

Equilíbrio: funçáes para cÑlculo do Equilíbrio Vertical;

Propriedades-Fluidos: funçáes para cÑlculo das propriedades dos fluidos; Permeabilidade: funçáes para cÑlculo das permeabilidades absolutas e

relativas; Perturbação: funçáes para cÑlculo da perturbação das condiçáes do modelo;

MODELO

EQUILÍBRIO

PERM. ABS.

PERM. REL.

PERTURB. SAT. - PRE.

TRANSMISSIBILIDADE

TRANSPORTE

ACUMULUÇÃO

POÇOS

𝐽𝐽𝑛𝑛𝑣𝑣𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 = βˆ’ 𝑅𝑅�����𝑛𝑛𝑣𝑣

𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑛𝑛 = �𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛𝑛𝑛 , 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛

𝑛𝑛 , πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘›π‘› �𝑇𝑇

𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣 = �𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛𝑣𝑣 , 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛

𝑣𝑣 , πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘£π‘£ �𝑇𝑇

GEOMETRIA

𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1 = 𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 + 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣 𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 < 10βˆ’3

𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑑𝑑+Δ𝑑𝑑 = 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1

𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣 = 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1

PROP. FLUIDOS

43

Transmissibilidade: funçáes para cÑlculo da transmissibilidade; Derivadas-Acumulação: funçáes para cÑlculo das derivadas dos termos de

acumulação; Poços: funçáes para cÑlculo dos poços de injeção e produção; Transporte: funçáes para cÑlculo da jacobiana e termos de transporte; Acumulação: funçáes para cÑlculo dos termos de acumulação; Solver: funçáes para resolver o sistema linear gerado.

4.4 Validação dos Resultados

Para o desenvolvimento do projeto foram utilizados dados sintΓ©ticos no

modelo geolΓ³gico e das propriedades dos fluidos os quais sΓ£o disponibilizados no

anexo C. A malha do modelo foi discretizada em 10x10x5, a qual possibilita ter uma

camada para cada tipo de zona de fluidos, ou seja, capa de gΓ‘s, contato gΓ‘s-Γ³leo,

zona de Γ³leo, contato Γ³leo-Γ‘gua e zona de Γ‘gua.

Para validação do projeto um mesmo modelo serÑ criado no simulador CMG

IMEX e os resultados deste trabalho serΓ£o comparados com os resultados do CMG

IMEX, possibilitando verificar o afastamento dos resultados.

SerÑ utilizado o erro relativo percentual, equação 4. 1., como um comparativo

entre os resultados, sendo que os resultados do CMG IMEX (πœ’πœ’π‘Ÿπ‘Ÿ) serΓ£o

considerados como referΓͺncia.

πΈπΈπ‘‡π‘‡π‘‡π‘‡π‘œπ‘œ = πœ’πœ’π‘Ÿπ‘Ÿ βˆ’ πœ’πœ’π‘ π‘ πœ’πœ’π‘Ÿπ‘Ÿ

(4. 1)

44

5 APLICAÇÃO

O modelo geolΓ³gico Γ© simples, composto por uma porosidade de 20% e

permeabilidade absoluta horizontal e vertical de 500md. JΓ‘ as propriedades dos

fluidos estΓ£o contidas no anexo C, tendo as tabelas de permeabilidade relativa e

PVT. Apenas a aplicação dos principais algoritmos serÑ discutida, devido tratar-se

de um modelo complexo.

5.1 EquilΓ­brio Vertical

O cÑlculo da distribuição inicial das saturaçáes e pressáes é realizado com

base no conceito do equilΓ­brio vertical dos fluidos (Coats et al., 1971). Para um VC

com profundidade vertical de β„Žπ‘£π‘£π‘π‘, sendo β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ profundidade do contato gΓ‘s-Γ³leo, β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€

a profundidade do contato Γ³leo-Γ‘gua e π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ a pressΓ£o de referΓͺncia em uma

profundidade β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ , temos o algoritmo 5. 1. descrevendo esse processo.

Algoritmo 5.1. EquilΓ­brio Vertical Para a capa de gΓ‘s: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ < β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ ∢ 2: π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ = 𝑃𝑃𝑀𝑀 = 𝑃𝑃𝑔𝑔 = π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ + 𝛾𝛾𝑔𝑔(β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ βˆ’ β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“) 3: π‘†π‘†π‘œπ‘œ = 0; 𝑆𝑆𝑀𝑀 = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑖𝑖; 𝑆𝑆𝑔𝑔 = 1 βˆ’ π‘†π‘†π‘œπ‘œ βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀

Para zona de transição de Γ³leo e gΓ‘s: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ = β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ ∢ 2: 𝑃𝑃𝑔𝑔 = π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ + 𝛾𝛾𝑔𝑔(β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ βˆ’ β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“); 𝑃𝑃𝑀𝑀 = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ = π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ + π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œ(β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ βˆ’ β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“) 3: 𝑆𝑆𝑀𝑀 = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑖𝑖; 𝑆𝑆𝑔𝑔 = 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑖𝑖; π‘†π‘†π‘œπ‘œ = 1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑔𝑔 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀

Para zona de Γ³leo: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ > β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ 𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ < β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ ∢ 2: π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ = 𝑃𝑃𝑀𝑀 = 𝑃𝑃𝑔𝑔 = π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ + π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œ(β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ βˆ’ β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“) 3: 𝑆𝑆𝑀𝑀 = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑖𝑖; 𝑆𝑆𝑔𝑔 = 0; π‘†π‘†π‘œπ‘œ = 1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑔𝑔 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀

Para zona de transição de Γ³leo e Γ‘gua: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ = β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ ∢ 2: 𝑃𝑃𝑀𝑀 = π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ + 𝛾𝛾𝑀𝑀(β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ βˆ’ β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“); 𝑃𝑃𝑔𝑔 = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ = π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ + π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œ(β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ βˆ’ β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“) 3: 𝑆𝑆𝑀𝑀 = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑖𝑖; 𝑆𝑆𝑔𝑔 = 0; π‘†π‘†π‘œπ‘œ = 1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑔𝑔 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀

E para zona de Γ‘gua: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ > β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ ∢ 2: 𝑃𝑃𝑀𝑀 = π‘ƒπ‘ƒπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“ + 𝛾𝛾𝑀𝑀(β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ βˆ’ β„Žπ‘Ÿπ‘Ÿπ‘’π‘’π‘“π‘“); 𝑃𝑃𝑔𝑔 = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ = 0 3: 𝑆𝑆𝑀𝑀 = 1; 𝑆𝑆𝑔𝑔 = 0; π‘†π‘†π‘œπ‘œ = 0

45

5.2 Perturbação

Para gerar as amostras de inicialização do processo iterativo de Newton-

Raphson, Γ© necessΓ‘rio perturbar as amostras π‘₯π‘₯𝑛𝑛 para gerar π‘₯π‘₯π‘˜π‘˜. A lΓ³gica leva em

consideração o equilíbrio vertical e perturba a amostra conforme a sua zona de

localização, sendo β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ profundidade do contato gΓ‘s-Γ³leo e β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ a profundidade do

contato Γ³leo-Γ‘gua. Para zonas superiores ao contato gΓ‘s-Γ³leo Γ© adicionado 𝛼𝛼

saturação de gΓ‘s, por outro lado, para zonas inferiores Γ© retirado 𝛼𝛼 saturação de

gΓ‘s. Em zonas superiores ao contato Γ³leo-Γ‘gua Γ© retirado 𝛽𝛽 saturação de Γ‘gua e

nas zonas inferiores Γ© adicionado 𝛽𝛽 saturação de Γ‘gua. Para a pressΓ£o Γ© retirada πœƒπœƒ

globalmente do modelo. O algoritmo 5. 2. descreve esse processo.

Algoritmo 5.2. Perturbação Para a capa de gΓ‘s: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ < β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ ∢ 2: 𝑆𝑆𝑀𝑀

π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛 βˆ’ 𝛽𝛽

3: π‘†π‘†π‘”π‘”π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑔𝑔

𝑛𝑛 + 𝛼𝛼 4: π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ

π‘˜π‘˜ = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘› βˆ’ πœƒπœƒ

Para zona de transição de Γ³leo e gΓ‘s: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ = β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ ∢ 2: 𝑆𝑆𝑀𝑀

π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛 βˆ’ 𝛽𝛽

3: π‘†π‘†π‘”π‘”π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑔𝑔

𝑛𝑛 + 𝛼𝛼 4: π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ

π‘˜π‘˜ = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘› βˆ’ πœƒπœƒ

Para zona de Γ³leo: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ > β„Žπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ 𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ < β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ ∢ 2: 𝑆𝑆𝑀𝑀

π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛 βˆ’ 𝛽𝛽

3: π‘†π‘†π‘”π‘”π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑔𝑔

𝑛𝑛 βˆ’ 𝛼𝛼 4: π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ

π‘˜π‘˜ = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘› βˆ’ πœƒπœƒ

Para zona de transição de Γ³leo e Γ‘gua: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ = β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ ∢ 2: 𝑆𝑆𝑀𝑀

π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛 + 𝛽𝛽

3: π‘†π‘†π‘”π‘”π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑔𝑔

𝑛𝑛 βˆ’ 𝛼𝛼 4: π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ

π‘˜π‘˜ = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘› βˆ’ πœƒπœƒ

E para zona de Γ‘gua: 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 β„Žπ‘£π‘£π‘π‘ > β„Žπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ ∢ 2: 𝑆𝑆𝑀𝑀

π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑀𝑀𝑛𝑛 + 𝛽𝛽

3: π‘†π‘†π‘”π‘”π‘˜π‘˜ = 𝑆𝑆𝑔𝑔

𝑛𝑛 βˆ’ 𝛼𝛼 4: π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ

π‘˜π‘˜ = π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œπ‘›π‘› βˆ’ πœƒπœƒ

46

5.3 Propriedades do Fluidos

As propriedades dos fluidos são calculadas com relação a pressão que o

mesmo estΓ‘ submetido, sendo separado em duas categorias, quando estΓ‘ em

estado saturado, ou seja, a pressΓ£o Γ© menor que a pressΓ£o de bolha e

sobressaturado onde a pressΓ£o Γ© maior que a pressΓ£o de bolha. Assim a pressΓ£o

da fase 𝑃𝑃𝑓𝑓 Γ© comparada com a pressΓ£o de bolha 𝑃𝑃𝑏𝑏 e seleciona as equaçáes

corretas para o cΓ‘lculo, sendo descrito no algoritmo 5. 3. abaixo.

Algoritmo 5.3. Propriedades dos Fluidos 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 𝑃𝑃𝑓𝑓 > 𝑃𝑃𝑏𝑏 ∢ 2: πΈπΈπ‘žπ‘žπ‘ π‘ . π‘†π‘†π‘œπ‘œπ‘π‘π‘‡π‘‡π‘’π‘’π‘ π‘ π‘Žπ‘Žπ‘‘π‘‘π‘’π‘’π‘‡π‘‡π‘Žπ‘Žπ‘‘π‘‘π‘Žπ‘Ž πœ•πœ•π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž πœŒπœŒπ‘“π‘“ ,𝐡𝐡𝑓𝑓, πœ‡πœ‡π‘“π‘“ , 𝑅𝑅𝑠𝑠 3: 𝑆𝑆𝑒𝑒 π‘›π‘›Γ£π‘œπ‘œ ∢ 4: πΈπΈπ‘žπ‘žπ‘ π‘ . π‘†π‘†π‘Žπ‘Žπ‘‘π‘‘π‘’π‘’π‘‡π‘‡π‘Žπ‘Žπ‘‘π‘‘π‘Žπ‘Ž πœ•πœ•π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž πœŒπœŒπ‘“π‘“ ,𝐡𝐡𝑓𝑓, πœ‡πœ‡π‘“π‘“ , 𝑅𝑅𝑠𝑠, π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑓𝑓 = π‘œπ‘œ,𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

Para o tratamento do ponto de bolha variΓ‘vel Γ© adotado a metodologia

proposta por Forsyth et al. (1984), denominado de pseudo-GOR, que trata a 𝑅𝑅𝑠𝑠

como função da saturação de gÑs, é um método simples de ser aplicado e não

necessita lidar com a troca de variΓ‘veis do modelo, a lΓ³gica utilizada Γ© descrita no

algoritmo 5. 4. Para utilizar a metodologia é necessÑrio definir uma saturação

mΓ­nima de gΓ‘s, definido por πœ–πœ–, sendo no valor de 10βˆ’4.

Algoritmo 5.4. Pseudo-GOR 1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 𝑆𝑆𝑔𝑔 > πœ–πœ– ∢ 2: Ψ�𝑆𝑆𝑔𝑔� = 1 3: 𝑆𝑆𝑒𝑒 π‘›π‘›Γ£π‘œπ‘œ ∢ 4: Ψ�𝑆𝑆𝑔𝑔� = 𝑀𝑀𝑔𝑔

𝑀𝑀𝑔𝑔+πœ–πœ–

5: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡: 𝑅𝑅�����𝑠𝑠 = 𝑅𝑅𝑠𝑠(πœ•πœ•π‘œπ‘œ)Ψ�𝑆𝑆𝑔𝑔�

1: 𝑆𝑆𝑒𝑒 π‘‘π‘‘π‘’π‘’π‘‡π‘‡π‘Žπ‘Žπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ π‘Žπ‘Žπ‘ π‘  π‘–π‘–π‘‘π‘‘π‘’π‘’π‘‡π‘‡π‘Žπ‘ŽΓ§Γ΅π‘’π‘’π‘ π‘  𝑆𝑆𝑔𝑔𝑣𝑣 < 0 ∢

2: 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑣𝑣+1 = �𝑆𝑆𝑔𝑔

π‘›π‘›πœ–πœ–

5.4 Permeabilidade

O modelo Γ© tratado com permeabilidade absoluta homogΓͺnea, assim nΓ£o Γ©

necessÑrio implementação de rotina para o cÑlculo da mesma. Porém a

permeabilidade relativa do gÑs e Ñgua, é calculada por meio de interpolação nas

47

suas respectivas tabelas e a permeabilidade relativa do Γ³leo Γ© calculada com o

modelo II de Stone (1973), conforme equação 5. 1. A lógica para cÑlculo das

permeabilidades Γ© descrita no algoritmo 5. 5.

π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œοΏ½π‘†π‘†π‘€π‘€,𝑆𝑆𝑔𝑔� = π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘π‘ οΏ½οΏ½π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œπ‘€π‘€(𝑆𝑆𝑀𝑀)π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘π‘

+ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘€π‘€(𝑆𝑆𝑀𝑀)οΏ½ οΏ½π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œπ‘”π‘”οΏ½π‘†π‘†π‘”π‘”οΏ½

π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘π‘+ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘”π‘”οΏ½π‘†π‘†π‘”π‘”οΏ½οΏ½ βˆ’ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘€π‘€(𝑆𝑆𝑀𝑀) βˆ’ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘”π‘”οΏ½π‘†π‘†π‘”π‘”οΏ½οΏ½ (5. 1)

onde π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘π‘ = π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œπ‘€π‘€(𝑆𝑆𝑀𝑀𝑖𝑖).

Algoritmo 5.5. Permeabilidade Relativa 1: π‘ƒπ‘ƒπ‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž π‘‘π‘‘π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘π‘œπ‘œ 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑛𝑛 ∢ 2: 𝑂𝑂𝑏𝑏𝑑𝑑𝑒𝑒𝑇𝑇 𝑆𝑆𝑓𝑓, πΎπΎβ„Ž 𝑒𝑒 𝐾𝐾𝑣𝑣 3: πΌπΌπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’π‘‡π‘‡πœ•πœ•π‘œπ‘œπ΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘“π‘“ 4: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘œπ‘œ, π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑓𝑓 = 𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

5.5 Transmissibilidade

A transmissibilidade dos VC Γ© calculada para todos os eixos 𝑖𝑖, 𝑗𝑗 e π‘˜π‘˜,

conforme a equação 2. 36., sendo necessÑrio a criação de um algoritmo para o

cΓ‘lculo da mesma, seguindo lΓ³gica descrita abaixo.

Algoritmo 5.6. Transmissibilidade 1: π‘ƒπ‘ƒπ‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž π‘‘π‘‘π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘π‘œπ‘œ 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑛𝑛 ∢ 2: 𝑂𝑂𝑏𝑏𝑑𝑑𝑒𝑒𝑇𝑇 𝐴𝐴, πœŒπœŒπ‘“π‘“ , 𝐡𝐡𝑓𝑓, πœ‡πœ‡π‘“π‘“ , 𝑅𝑅𝑠𝑠, πΎπΎβ„Ž, 𝐾𝐾𝑣𝑣 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘“π‘“ 3: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ 𝑇𝑇𝑓𝑓𝑖𝑖

, 𝑇𝑇𝑓𝑓𝑗𝑗 𝑒𝑒 π‘‡π‘‡π‘“π‘“π‘˜π‘˜

, π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑓𝑓 = π‘œπ‘œ,𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

4: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ πœ•πœ•π‘‡π‘‡π‘“π‘“π‘“π‘“πœ•πœ•π‘π‘π‘œπ‘œ

𝑒𝑒 πœ•πœ•π‘‡π‘‡π‘“π‘“π‘“π‘“πœ•πœ•π‘€π‘€ , π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑑𝑑 = 𝑖𝑖, 𝑗𝑗 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

5.6 Poços

Os termos dos poços são calculados conforme as equaçáes da seção 2. 9. 3.

o algoritmo de cÑlculo é separado em duas funçáes, sendo as funçáes para cÑlculo

da produção e injeção, feitas conforme a lógica descrita no algoritmo 5. 7.

Algoritmo 5.7. PoΓ§os 1: π‘ƒπ‘ƒπ‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž 𝑉𝑉𝐢𝐢_𝐼𝐼𝑁𝑁𝐽𝐽𝑛𝑛 𝑒𝑒 𝑉𝑉𝐢𝐢_𝑃𝑃𝑅𝑅𝑂𝑂𝑃𝑃𝑛𝑛 ∢ 2: 𝑂𝑂𝑏𝑏𝑑𝑑𝑒𝑒𝑇𝑇 𝑃𝑃𝑓𝑓, π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘β„Žπ‘π‘, πœŒπœŒπ‘“π‘“ , 𝐡𝐡𝑓𝑓, πœ‡πœ‡π‘“π‘“ , 𝑅𝑅𝑠𝑠, πΎπΎβ„Ž, 𝐾𝐾𝑣𝑣 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜π‘Ÿπ‘Ÿπ‘“π‘“ 3: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ π‘žπ‘žπ‘ƒπ‘ƒπ‘ƒπ‘ƒπ‘‚π‘‚π‘ƒπ‘ƒπ‘ π‘ π‘π‘

, πœ•πœ•πœ•πœ•πœ•πœ•π‘π‘π‘œπ‘œ

𝑒𝑒 πœ•πœ•πœ•πœ•πœ•πœ•π‘€π‘€, π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑓𝑓 = π‘œπ‘œ,𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

4: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ π‘žπ‘žπΌπΌπΌπΌπΌπΌπ‘ π‘ π‘π‘, πœ•πœ•πœ•πœ•

πœ•πœ•π‘π‘π‘œπ‘œ 𝑒𝑒 πœ•πœ•πœ•πœ•

πœ•πœ•π‘€π‘€, π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑓𝑓 = π‘œπ‘œ,𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

48

5.7 Transporte

Os termos de transporte [𝑭𝑭 ] e 𝑭𝑭⃗ sΓ£o calculados conforme descrito na seção

2. 9. 1., a lΓ³gica Γ© descrita no algoritmo 5. 8.

Algoritmo 5.8. Transporte 1: π‘ƒπ‘ƒπ‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž π‘‘π‘‘π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘π‘œπ‘œ 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑛𝑛 π‘π‘π‘œπ‘œπ‘šπ‘š π‘£π‘£π‘–π‘–π‘§π‘§π‘–π‘–π‘›π‘›β„Žπ‘œπ‘œπ‘ π‘  π‘‰π‘‰πΆπΆπ‘šπ‘š ∢ 2: 𝑂𝑂𝑏𝑏𝑑𝑑𝑒𝑒𝑇𝑇 𝑃𝑃𝑓𝑓, 𝑇𝑇𝑓𝑓 , πœ•πœ•π‘‡π‘‡

πœ•πœ•π‘π‘π‘œπ‘œ 𝑒𝑒 πœ•πœ•π‘‡π‘‡

πœ•πœ•π‘€π‘€ 3: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ [𝑭𝑭 ]𝒏𝒏,π’Žπ’Ž 𝑒𝑒 𝑭𝑭�⃗�𝒏 4: π‘€π‘€π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ [𝑭𝑭 ], π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑓𝑓 = π‘œπ‘œ, 𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

5.8 Acumulação

Os termos de acumulação [π‘ͺπ‘ͺ] e π‘ͺπ‘ͺ βƒ— sΓ£o calculados conforme descrito na

seção 2. 9. 2., a lógica é descrita no algoritmo 5. 9.

Algoritmo 5.9. Acumulação 1: π‘ƒπ‘ƒπ‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž π‘‘π‘‘π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘π‘œπ‘œ 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑛𝑛 π‘π‘π‘œπ‘œπ‘šπ‘š π‘£π‘£π‘–π‘–π‘§π‘§π‘–π‘–π‘›π‘›β„Žπ‘œπ‘œπ‘ π‘  π‘‰π‘‰πΆπΆπ‘šπ‘š ∢ 2: 𝑂𝑂𝑏𝑏𝑑𝑑𝑒𝑒𝑇𝑇 𝐴𝐴, πœ™πœ™, 𝑆𝑆𝑓𝑓, 𝐡𝐡𝑓𝑓, πœ‡πœ‡π‘“π‘“ 𝑒𝑒 𝑅𝑅𝑠𝑠 3: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ [π‘ͺπ‘ͺ]𝒏𝒏 𝑒𝑒 π‘ͺπ‘ͺ�⃗�𝒏 4: π‘€π‘€π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ [π‘ͺπ‘ͺ], π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ 𝑓𝑓 = π‘œπ‘œ,𝑀𝑀 𝑒𝑒 π‘˜π‘˜

5.9 Solver

Para a resolução do sistema linear é utilizado o algoritmo GMRES,

desenvolvido por Saad et al. (1986), da GSL. Γ‰ estipulado πœ–πœ–, a variação mΓ­nima das

iteraçáes e 𝜁𝜁 como o número mÑximo de iteraçáes do método de Newton-Raphson.

O processo para montar o sistema de equaçáes é descrito no algoritmo 5. 10.

49

Algoritmo 5.10. Solver 1: π‘ƒπ‘ƒπ‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž π‘‘π‘‘π‘œπ‘œπ‘‘π‘‘π‘œπ‘œ 𝑉𝑉𝐢𝐢𝑛𝑛 π‘π‘π‘œπ‘œπ‘šπ‘š π‘£π‘£π‘–π‘–π‘§π‘§π‘–π‘–π‘›π‘›β„Žπ‘œπ‘œπ‘ π‘  π‘‰π‘‰πΆπΆπ‘šπ‘š ∢ 2: 𝑂𝑂𝑏𝑏𝑑𝑑𝑒𝑒𝑇𝑇 𝐹𝐹�⃗�𝑛

𝑣𝑣, 𝐢𝐢�⃗�𝑛𝑣𝑣, 𝐢𝐢�⃗�𝑛

𝑑𝑑 , 𝑄𝑄����𝑛𝑛𝑣𝑣 , [𝐹𝐹 ]𝑛𝑛𝑣𝑣 , [𝐢𝐢]𝑛𝑛𝑣𝑣 𝑒𝑒 [𝑄𝑄]𝑛𝑛𝑣𝑣 3: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ 𝑅𝑅�����𝑛𝑛𝑣𝑣 = �𝐹𝐹�⃗�𝑛

𝑣𝑣 βˆ’ �𝐢𝐢�⃗�𝑛𝑣𝑣 βˆ’ 𝐢𝐢�⃗�𝑛

𝑑𝑑 οΏ½ + 𝑄𝑄����𝑛𝑛𝑣𝑣 οΏ½ 4: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ 𝐽𝐽𝑛𝑛

𝑣𝑣 = {[𝐹𝐹 ]𝑛𝑛𝑣𝑣 βˆ’ [𝐢𝐢]𝑛𝑛𝑣𝑣 + [𝑄𝑄]𝑛𝑛𝑣𝑣 } 5: π‘…π‘…π‘’π‘’π‘ π‘ π‘œπ‘œπ΄π΄π‘£π‘£π‘’π‘’π‘‡π‘‡ 𝐽𝐽𝑛𝑛

𝑣𝑣𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 = βˆ’ 𝑅𝑅�����𝑛𝑛𝑣𝑣 6: πΆπΆπ‘Žπ‘Žπ΄π΄π‘π‘π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡ 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1 = 𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 + 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣 7: 𝑆𝑆𝑒𝑒 𝛿𝛿𝑋𝑋����𝑛𝑛 < πœ–πœ– π‘œπ‘œπ‘’π‘’ 𝑣𝑣 > 𝜁𝜁: 8: 𝑆𝑆𝑒𝑒 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1 Γ© π‘π‘π‘œπ‘œπ‘›π‘›π‘ π‘ π‘–π‘–π‘ π‘ π‘‘π‘‘π‘’π‘’π‘›π‘›π‘‘π‘‘π‘’π‘’ π‘’π‘’π‘šπ‘š π‘‡π‘‡π‘’π‘’π΄π΄π‘Žπ‘ŽΓ§Γ£π‘œπ‘œ π‘Žπ‘Ž 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑑𝑑 ∢ 9: π‘†π‘†π‘’π‘’π‘‘π‘‘π‘Žπ‘Ž 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑑𝑑+Δ𝑑𝑑 = 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1 10: π‘†π‘†π‘’π‘’π‘‘π‘‘π‘Žπ‘Ž π‘›π‘›π‘œπ‘œπ‘£π‘£π‘œπ‘œ π›₯π›₯𝑑𝑑 11: π‘‰π‘‰π‘œπ‘œπ΄π΄π‘‘π‘‘π‘Žπ‘Ž πœ•πœ•π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž 2 12: 𝑆𝑆𝑒𝑒 π‘›π‘›Γ£π‘œπ‘œ ∢ 13: π‘ƒπ‘ƒπ‘’π‘’π‘‡π‘‡π‘‘π‘‘π‘’π‘’π‘π‘π‘Žπ‘Ž 𝑋𝑋����𝑛𝑛𝑣𝑣+1 14: π‘‰π‘‰π‘œπ‘œπ΄π΄π‘‘π‘‘π‘Žπ‘Ž πœ•πœ•π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž 2 15: 𝑆𝑆𝑒𝑒 π‘›π‘›Γ£π‘œπ‘œ ∢ 16: π‘‰π‘‰π‘œπ‘œπ΄π΄π‘‘π‘‘π‘Žπ‘Ž πœ•πœ•π‘Žπ‘Žπ‘‡π‘‡π‘Žπ‘Ž 2

50

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O modelo proposto para a aplicação da metodologia teve como dados de

entrada a saturação inicial de Ñgua e gÑs, com 50% e 10% respectivamente,

permeabilidade homogΓͺnea de 500md, permeabilidade relativa e PVT contidos no

anexo C, com pressΓ£o inicial de 10500kPa em todo modelo e malha com dimensΓ£o

de 10, 10 e 5, nas coordenadas I, J e K, tendo um espaçamento de 100m em I e J, e

20m em K, gerando uma malha retangular, ilustrada na figura 6. 1., e uma pressΓ£o

de referΓͺncia de 10200kPa em 12.5m de profundidade.

O mapa de saturação inicial, figura 6. 2., em corte frontal do modelo e suas

provΓ‘veis zonas preferenciais dos fluidos devido o equilΓ­brio vertical, sendo Zg, zona

de gΓ‘s, Zgo, contato gΓ‘s-Γ³leo, Zo, zona de Γ³leo, Zow, contato Γ³leo-Γ‘gua e Zw, zona

de Γ‘gua.

Figura 6.1. Malha retangular de 10x10x5 para a aplicação da metodologia.

Figura 6.2. Corte frontal da malha, mostrando as zonas preferenciais dos fluidos, com dados iniciais de saturação.

Os fluidos possuem tendΓͺncia de deslocamento para Γ‘reas preferenciais

devido a sua densidade, por exemplo, o gΓ‘s devido ter a densidade menor tende a

deslocar-se para Γ‘rea superior do reservatΓ³rio, jΓ‘ a Γ‘gua desloca-se para a Γ‘rea

inferior e o Γ³leo fica entre essas duas fases. Tendo em vista este comportamento

dos fluidos, as zonas de contato dos fluidos foram estipuladas, sendo o topo do

contado gΓ‘s-Γ³leo em 30m, o topo da zona de Γ³leo em 50m e o topo do contato Γ³leo-

Γ‘gua em 70m.

51

Um poço produtor foi locado na coordenada (3,3,3), ou seja, no volume de

controle (VC) 223, que se encontra na zona de óleo, sendo permitido a produção

apenas neste VC, alΓ©m de ser determinado uma pressΓ£o constante de fundo de

poço de 5250kPa e o volume de produção de 1000m3 para cada fase, ou seja, óleo,

gΓ‘s e Γ‘gua.

6.1 MΓ©todo Fully Implicit Black-Oil

Para inicializar o método fully implicit black-oil (FIM) através das iteraçáes

Newton-Raphson é necessÑrio estipular as saturaçáes e pressão futura do modelo,

assim possibilitando por meio das iteraçáes achar as saturaçáes e pressão que

solucionem as equaçáes conforme o passo no tempo.

A estimação inicial das saturaçáes foi realizada com base no conceito da

tendΓͺncia de deslocamento dos fluidos, sendo adicionado 0.05% de saturação de

gΓ‘s em zonas acima do contato gΓ‘s-Γ³leo e removido a mesma quantidade em

zonas inferiores ao contato gÑs-óleo, para a saturação de Ñgua é removido 1% em

zonas acima ao contato Γ³leo-Γ‘gua e adicionado a mesma quantidade em zonas

baixo do contato óleo-Ñgua. Para a estimação da pressão foi calculado a pressão

hidrostΓ‘tica dos fluidos, levando em consideração uma pressΓ£o de referΓͺncia de

10200kPa em 12.5m de profundidade.

A pressΓ£o de bolha do modelo Γ© estipulada em 9570kPa, mesmo a pressΓ£o

do modelo estando acima da pressΓ£o de bolha o mesmo Γ© considerado como um

modelo saturado devido conter gΓ‘s livre nos poros.

O passo no tempo é estipulado em um dia e o tempo final de simulação em

cindo dias, devido pequenos passos no tempo serem melhor para deparar com

erros no modelo matemΓ‘tico, assim possibilitando fixar e resolver o causador do

erro. JÑ para as iteraçáes do método Newton-Raphson, foram estipulados um

mΓ‘ximo de trΓͺs iteraçáes por passo no tempo.

Primeiro passo no tempo

ApΓ³s as trΓͺs iteraçáes Γ© chegada a solução das saturaçáes, na figura 6. 3.,

pode-se observar o mapa de saturaçáes e na tabela 6. 1. temos os valores

calculados. Os resultados tendem a convergir em direção a estimação inicial, e nem

52

todas camadas alteram o estado, com o passar do tempo e queda na pressΓ£o do

modelo. Na figura 6. 4. temos a distribuição da pressão e na tabela 7. 1. os valores

estimados.

Figura 6.3. Mapa de saturação, primeiro passo no tempo.

Figura 6.4. Mapa de pressΓ£o, primeiro passo no tempo.

Tabela 6.1. Resultados do primeiro passo no tempo. SW SG SO PO

T = 0 T = 1 T = 0 T = 1 T = 0 T = 1 T = 0 T = 1 0.50000 0.503453 0.10000 0.139433 0.40000 0.357115 10500 10304.25159

0.50000 0.489996 0.10000 0.100500 0.40000 0.409504 10500 10335.16536

0.50000 0.490001 0.10000 0.156326 0.40000 0.353673 10500 10489.64001

0.50000 0.510738 0.10000 0.099500 0.40000 0.389762 10500 10644.11416

0.50000 0.495819 0.10000 0.130589 0.40000 0.373592 10500 10840.78486

Segundo passo no tempo

Nota-se que a tendΓͺncia do deslocamento dos fluidos Γ© mantida, conforme a

variação da pressão. Na figura 6. 5., pode-se observar o mapa de saturaçáes e na

tabela 6. 2. temos os valores calculados. JÑ na figura 6. 6. temos a distribuição da

pressΓ£o e na tabela 6. 2. os valores estimados.

Figura 6.5. Mapa de saturação, segundo passo no tempo.

Figura 6.6. Mapa de pressΓ£o, segundo passo no tempo.

53

Tabela 6.2. Resultados do segundo passo no tempo. SW SG SO PO

T = 1 T = 2 T = 1 T = 2 T = 1 T = 2 T = 1 T = 2 0.503453 0.503453 0.139433 0.188298 0.357115 0.30825 10304.25159 10304.25159 0.489996 0.489996 0.100500 0.100500 0.409504 0.409504 10335.16536 10335.16536 0.490001 0.490001 0.156326 0.156326 0.353673 0.353673 10489.64001 10400.32560 0.510738 0.510738 0.099500 0.099500 0.389762 0.389762 10644.11416 10644.11416 0.495819 0.495819 0.130589 0.130589 0.373592 0.373592 10840.78486 10840.78486

Terceiro e Quarto passo no tempo

Para obter a convergΓͺncia foi necessΓ‘rio aumentar o passo no tempo para

dois dias. Ao observarmos a figura 6. 7. e tabela 6. 3. nota-se que a saturação de

Ñgua estÑ fluindo para a parte inferior, jÑ a saturação de gÑs flui para a parte

superior, porém com oscilação baixa. O gradiente de pressão que é dominado pela

retirada de fluidos do poço produtor, faz a pressão diminuir em zonas superiores a

Ñrea que o poço estÑ locado. Na figura 6. 8. podemos visualizar o mapa de pressão

do modelo e na tabela 6. 3. estΓ£o apresentados os resultados obtidos.

Figura 6.7. Mapa de saturação, quarto passo no tempo.

Figura 6.8. Mapa de pressΓ£o, quarto passo no tempo.

Tabela 6.3. Resultados do quarto passo no tempo. SW SG SO PO

T = 2 T = 3-4 T = 2 T = 3-4 T = 2 T = 3-4 T = 2 T = 3-4 0.503453 0.473453 0.188298 0.193296 0.308250 0.333251 10304.25159 10249.25159 0.489996 0.459996 0.100500 0.105464 0.409504 0.434541 10335.16536 10280.16536 0.490001 0.460001 0.156326 0.151339 0.353673 0.388659 10400.3256 10297.07385 0.510738 0.540738 0.099500 0.094493 0.389762 0.364769 10644.11416 10699.11416

0.495819 0.525819 0.130589 0.125686 0.373592 0.348495 10840.78486 10895.78486

54

Quinto passo no tempo

O modelo apresenta o mesmo comportamento de passos anteriores. Nos

resultados da tabela 6. 4. observa-se que a saturação de Ñgua e gÑs segue a

tendΓͺncia, a saturação de gΓ‘s com variaçáes pequenas, na figura 6. 9. temos o

mapa de saturação do modelo. A pressΓ£o mantΓ©m a tendΓͺncia de queda,

influenciado pelo poço produtor, porém nas zonas inferiores ao contado óleo-Ñgua

ocorre o aumento da pressão, devido ao aumento da saturação de Ñgua. Na figura

6. 10. temos o mapa de pressΓ£o do modelo. Devido ser estipulado o tempo final de

cinco dias as iteraçáes terminam.

Figura 6.9. Mapa de saturação, quinto passo no tempo.

Figura 6.10. Mapa de pressΓ£o, quinto passo no tempo.

Tabela 6.4. Resultados do quinto passo no tempo. SW SG SO PO

T = 4 T = 5 T = 4 T = 5 T = 4 T = 5 T = 4 T = 5 0.473453 0.443453 0.193296 0.198274 0.333251 0.358274 10285.94515 10194.25159 0.459996 0.429996 0.105464 0.110429 0.434541 0.459575 10287.94112 10225.16536

0.460001 0.430001 0.151339 0.146338 0.388659 0.423661 10290.04790 10352.07385 0.540738 0.570738 0.094493 0.089483 0.364769 0.339779 10290.13032 10754.11416 0.525819 0.555819 0.125686 0.120688 0.348495 0.323492 10292.79547 10950.78486

6.2 CMG IMEX

O simulador CMG IMEX utiliza a metodologia implΓ­cita adaptativa, que varia o

modelo matemΓ‘tico de IMPSAT para IMPES e vice-versa, conforme um critΓ©rio de

estabilidade da convergΓͺncia.

Os resultados da simulação no CMG IMEX mostram um controle na variação

das saturaçáes bem sutil da ordem de 0.0001% e um controle intuitivo durante as

iteraçáes. O controle da pressão também apresenta esse padrão, porém com

55

variaçáes mais amplas. Percebe-se que os conceitos da tendΓͺncia de deslocamento

dos fluidos e pressΓ£o hidrostΓ‘tica sΓ£o utilizados para o controle da convergΓͺncia

dos parÒmetros nas iteraçáes. Esse tratamento bem fundamentado dos parÒmetros

faz com que a convergΓͺncia durante o passo no tempo seja bem sutil.

Nos dois primeiros passos no tempo a saturação mantém a mesma

proporção, porΓ©m com resultados distintos e seguindo a tendΓͺncia do deslocamento

dos fluidos, podemos observar na figura 6. 11. o mapa de saturação desse intervalo

de tempo. A mudança da proporção ocorre a partir do terceiro passo no tempo e

perdura até o final das iteraçáes, em suma devido ao aumento significativo da

saturação de gÑs no contato gÑs-óleo. Na figura 6. 13. podemos observar o mapa

de saturação desse intervalo de tempo.

A pressΓ£o tambΓ©m apresenta esse comportamento da proporcionalidade

durante o passo no tempo e mantém-se estÑvel até o final das iteraçáes, podendo

ser observado nas figuras 6. 12. e 6. 14. o mapa de pressΓ£o. O que pode-se

destacar Γ© que o controle da pressΓ£o Γ© feita conforme a fase dominante, a fase gΓ‘s

apresenta um decrΓ©scimo na pressΓ£o durante os passos no tempo, jΓ‘ a fase Γ³leo e

Γ‘gua apresentam um aumento atΓ© um certo passo no tempo e posteriormente

ocorre o decréscimo, ocasionado pela retirada de fluidos pelo poço.

Figura 6.11. Mapa de saturação, 1º e 2º passo no tempo.

Figura 6.12. Mapa de pressΓ£o, 1ΒΊ e 2ΒΊ passo no tempo.

Figura 6.13. Mapa de saturação, 3º a 5º passo no tempo.

Figura 6.14. Mapa de pressΓ£o, 3ΒΊ a 5ΒΊ passo no tempo.

56

6.3 Validação dos Resultados

Num primeiro momento comparando os mapas de saturação e pressão das

simulaçáes, figuras 6. 16. e 6. 15., respectivamente, nota-se que o controle da

convergΓͺncia dos parΓ’metros 𝑆𝑆𝑀𝑀, 𝑆𝑆𝑔𝑔 𝑒𝑒 π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ neste trabalho teve uma variação muito

ampla, fazendo os resultados dos parΓ’metros durante o passo no tempo ficarem

instΓ‘veis.

A pressão da simulação FIM teve um comportamento mais regular na

amplitude da variação, porém estava convergindo na direção errada, na zona de

Γ³leo e zonas subjacentes, ou seja, havendo acrΓ©scimo na pressΓ£o mesmo apΓ³s

alguns passos no tempo e a retirada de fluidos pelo poço produtor. Em contrapartida

na simulação do CMG IMEX a pressão tem um comportamento estÑvel de queda

durante a simulação. Esses aspectos podem ser observados na figura 6. 15.

FIM: 1ΒΊ e 2ΒΊ Passo no tempo.

CMG IMEX: 1ΒΊ ao 5ΒΊ Passo no tempo. FIM: 3ΒΊ e 4ΒΊ Passo no tempo.

FIM: 5ΒΊ Passo no tempo.

Figura 6.15. Comparação dos mapas de pressão das simulaçáes FIM (esq.) e CMG IMEX (dir.).

57

FIM: 1ΒΊ Passo no tempo.

CMG IMEX: 1ΒΊ e 2ΒΊ Passo no tempo.

FIM: 2ΒΊ Passo no tempo.

FIM: 3ΒΊ e 4ΒΊ Passo no tempo.

CMG IMEX: 3ΒΊ a 5ΒΊ Passo no tempo.

FIM: 5ΒΊ Passo no tempo.

Figura 6.16. Comparação dos mapas de saturação das simulaçáes FIM (esq.) e CMG IMEX (dir.).

Essa instabilidade da pressão na simulação FIM afetou visivelmente a

saturação de gÑs, devido ser mais sensível a variação da pressão, fazendo a

mesma a cada passo no tempo ter uma variação distinta, como pode ser observado

na figura 6. 16. E a saturação de Ñgua mantém uma variação consistente sem

discrepΓ’ncias. JΓ‘ a simulação CMG IMEX, as saturaçáes tΓͺm uma variação mais

fina, mantendo a tendΓͺncia do deslocamento preferencial dos fluidos, sendo

perceptível a variação da proporcionalidade das saturaçáes só após o segundo

58

passo no tempo, e mantém-se até o final da simulação, sendo que estas

observaçáes podem ser visualizadas na figura 6. 16.

Para a normalização dos resultados é realizada a média simples dos

parΓ’metros 𝑆𝑆𝑀𝑀, 𝑆𝑆𝑔𝑔 𝑒𝑒 π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ por camada. Nas figuras as curvas verdes representam os

resultados deste trabalho, denominado de FIM, os resultados do CMG IMEX, como

o mesmo nome, sΓ£o representados pelas curvas azuis e o erro relativo Γ©

representado pela curva amarela. Nas figuras 6. 17. a 6. 21., temos os grΓ‘ficos das

propriedades 𝑆𝑆𝑀𝑀, 𝑆𝑆𝑔𝑔 𝑒𝑒 π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ, em relação a zona de gΓ‘s, contato gΓ‘s-Γ³leo, zona de

Γ³leo, contato Γ³leo-Γ‘gua e zona de Γ‘gua, respectivamente.

Figura 6.17. Zona de GÑs, comparação entre os resultados das propriedades, saturação de Ñgua (esq.), saturação de gÑs (cen.) e pressão do óleo (dir.).

Figura 6.18. Contato GΓ‘s-Γ“leo, comparação entre os resultados das propriedades, saturação de Γ‘gua (esq.), saturação de gΓ‘s (cen.) e pressΓ£o do Γ³leo (dir.).

0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%10%

44%

45%

46%

47%

48%

49%

50%

51%

0 2 4 6

ERROSW

TEMPO (DIA)

20%

35%

50%

65%

80%

95%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

22%

0 2 4 6

ERROSG

TEMPO (DIA)

FIM CMG IMEX Erro

0,0%

0,1%

0,2%

0,3%

0,4%

0,5%

0,6%

0,7%

10.18010.20010.22010.24010.26010.28010.30010.32010.34010.360

0 2 4 6

ERROPO-kPa

TEMPO (DIA)

0%2%4%6%8%10%12%14%16%

42%43%44%45%46%47%48%49%50%51%

0 2 4 6

ERROSW

TEMPO (DIA)

0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%10%

10%

10%

10%

11%

11%

11%

11%

0 2 4 6

ERROSG

TEMPO (DIA)FIM CMG IMEX Erro

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

10.200

10.250

10.300

10.350

10.400

10.450

10.500

0 2 4 6

ERROPO-kPa

TEMPO (DIA)

59

Figura 6.19. Zona de Γ“leo, comparação entre os resultados das propriedades, saturação de Γ‘gua (esq.), saturação de gΓ‘s (cen.) e pressΓ£o do Γ³leo (dir.).

Figura 6.20. Contato Γ“leo-Água, comparação entre os resultados das propriedades, saturação de Γ‘gua (esq.), saturação de gΓ‘s (cen.) e pressΓ£o do Γ³leo (dir.).

Figura 6.21. Zona de Água, comparação entre os resultados das propriedades, saturação de Ñgua (esq.), saturação de gÑs (cen.) e pressão do óleo (dir.).

0%2%4%6%8%10%12%14%16%

42%43%44%45%46%47%48%49%50%51%

0 2 4 6

ERROSW

TEMPO (DIA)

50%

53%

55%

58%

60%

63%

65%

0%2%4%6%8%

10%12%14%16%18%

0 2 4 6

ERROSG

TEMPO (DIA)FIM CMG IMEX Erro

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

3,0%

3,5%

10.25010.30010.35010.40010.45010.50010.55010.60010.650

0 2 4 6

ERROPO-kPa

TEMPO (DIA)

0%3%5%8%10%13%15%18%20%

49%50%51%52%53%54%55%56%57%58%

0 2 4 6

ERROSW

TEMPO (DIA)

0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%10%

9%

9%

9%

9%

10%

10%

10%

10%

0 2 4 6

ERROSG

TEMPO (DIA)FIM CMG IMEX Erro

0,0%0,3%0,5%0,8%1,0%1,3%1,5%1,8%2,0%

10.62010.64010.66010.68010.70010.72010.74010.76010.78010.80010.820

0 2 4 6

ERROPO-kPa

TEMPO (DIA)

0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%10%

49%

50%

51%

52%

53%

54%

55%

56%

0 2 4 6

ERROSW

TEMPO (DIA)

20%22%24%26%28%30%32%34%36%

5%

7%

9%

11%

13%

15%

17%

19%

0 2 4 6

ERROSG

TEMPO (DIA)FIM CMG IMEX Erro

-0,1%

0,1%

0,3%

0,5%

0,7%

0,9%

1,1%

1,3%

10.82010.84010.86010.88010.90010.92010.94010.96010.98011.000

0 2 4 6

ERROPO-kPa

TEMPO (DIA)

60

A pressΓ£o apresentou os melhores resultados com erros abaixo de 3% entre

as zonas, porém com variação muito acentuada durante o passo no tempo. Nas

zonas acima do contato gΓ‘s-Γ³leo teve um correto tratamento da pressΓ£o, jΓ‘ na zona

de Γ³leo e zonas subjacentes estava sendo tratado de forma errΓ΄nea, devido ao

aumento constante, e apresentou maiores erros em comparação a CMG IMEX.

Como pode ser observado nas figuras 6. 17. a 6. 21.

Nos resultados de saturação deste trabalho nota-se uma variação acentuada

durante o passo no tempo, jÑ do CMG IMEX tem uma variação linear pequena. A

saturação de gÑs teve as maiores variaçáes, devido ao tratamento errôneo da

pressΓ£o na zona do Γ³leo e zonas subjacentes, retornando consequentemente um

erro maior, durante o passo no tempo. O comportamento da saturação de Ñgua

apresentou um erro menor em comparação ao erro do gÑs, devido ser menos

afetada ao gradiente de pressΓ£o, mostrando um tratamento correto durante as

iteraçáes. Como pode ser observado nas figuras 6. 17. a 6. 21.

Ao realizarmos uma anΓ‘lise global, por meio da mΓ©dia simples das zonas dos

resultados obtemos a figura 6. 22., com o erro das propriedades 𝑆𝑆𝑀𝑀, 𝑆𝑆𝑔𝑔 𝑒𝑒 π‘ƒπ‘ƒπ‘œπ‘œ, por

passo no tempo. Fazendo uma média global com relação ao passo no tempo,

chega-se a um erro de 1.25% na saturação de Ñgua, 31.14% na saturação de gÑs e

1.1% na pressΓ£o do Γ³leo, os resultados obtidos mostram-se satisfatΓ³rios, e que

deve-se ter um melhor tratamento das estimativas durante as iteraçáes, levando em

consideração a zona do VC e o fluido.

Figura 6.22. AnÑlise global das propriedades, saturação de Ñgua (esq.), saturação de gÑs (cen.) e pressão do óleo (dir.).

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

3,0%

48,4%48,6%48,8%49,0%49,2%49,4%49,6%49,8%50,0%50,2%

0 2 4 6

ERROSW

TEMPO (DIA)

20%22%24%26%28%30%32%34%36%

9,0%9,5%

10,0%10,5%11,0%11,5%12,0%12,5%13,0%13,5%14,0%

0 2 4 6

ERROSG

TEMPO (DIA)FIM CMG IMEX Erro

0,6%0,7%0,8%0,9%1,0%1,1%1,2%1,3%1,4%1,5%

10.46010.48010.50010.52010.54010.56010.58010.60010.62010.64010.660

0 2 4 6

ERROPO-kPa

TEMPO (DIA)

61

7 CONCLUSÃO

O desenvolvimento de um simulador de fluxo de fluidos em meios porosos,

demanda um extenso conhecimento do comportamento dos fluidos a nΓ­vel de

reservatório e poço, pois é o desenvolvedor que determina para qual direção as

iteraçáes do modelo devem seguir, devido ao modelo matemÑtico necessitar dessas

informaçáes para poder convergir na direção correta e gerar estimaçáes factíveis.

Na aplicação da metodologia fully implicit black-oil, notou-se que as

saturaçáes tenderam a evoluir conforme a estimação de inicialização do modelo, jÑ

a pressΓ£o Γ© tambΓ©m influenciada pelo poΓ§o produtor. AlΓ©m da tendΓͺncia de

deslocamento das fases, devido ao gradiente de pressΓ£o ser outro fator primordial

que domina o deslocamento durante as iteraçáes. As observaçáes feitas na

validação dos resultados (seção 6. 3.), mostram a importÒncia da estimação inicial e

o controle durante as iteraçáes para evitar instabilidades e a incorreta convergΓͺncia.

A validação dos resultados mostrou um erro em comparação do CMG IMEX

de 1.25% na saturação de Ñgua, 31.14% na saturação de gÑs e 1.1% na pressão do

Γ³leo. A incorreta convergΓͺncia da pressΓ£o na zona de Γ³leo e zonas subjacentes, fez

a saturação de gÑs obter um erro maior, devido ser mais sensível ao gradiente de

pressão. Mostrando a extrema importÒncia da inicialização correta do modelo, além

de que o tratamento durante as iteraçáes deve levar em consideração o tamanho do

passo no tempo para variar as propriedades, assim gerando valores mais sensΓ­veis

e fazendo convergir corretamente a iteração.

Ao fim deste trabalho, pode-se concluir que os objetivos foram alcançados e

que os resultados obtidos no trabalho sΓ£o satisfatΓ³rios, devido Γ  complexidade da

aplicação da metodologia fully implicit black-oil e o tempo escasso, além de

evidenciar que poucos ajustes no algoritmo podem retornar resultados aceitΓ‘veis.

O cΓ³digo fonte do programa desenvolvido encontra-se no site:

www.github.com/v67bruno/IMPSATBLACKOIL. Foi utilizado o C++ (GCC 7.2.0) e a

GNU Scientific Library 2.4 para compilar o programa.

62

PRΓ“XIMAS ETAPAS

Devido a tarefa de desenvolver um simulador de fluxo de fluidos em meios

porosos necessitar de um extenso conhecimento da engenharia de reservatΓ³rio,

apenas o tempo de um trabalho de conclusΓ£o de curso, nΓ£o Γ© capaz de realizar

essa tarefa efetivamente, porΓ©m Γ© possΓ­vel assimilar a teoria matemΓ‘tica que Γ©

empregada para essa tarefa.

Tendo em mente que este trabalho nΓ£o aplicou alguns conceitos para

otimização do modelo matemÑtico, pode-se listar alguns tópicos aplicÑveis para

trabalhos de conclusão de curso, e assim aperfeiçoar o algoritmo desenvolvido

neste trabalho.

Melhor controle dos parÒmetros durante as iteraçáes;

Modelagem de poços;

Permeabilidade e Porosidade heterogΓͺnea;

Variação do tempo automÑtico;

Organização da matriz jacobiana;

Resolução do sistema de equaçáes;

63

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VINSOME, P. K. W. Orthomin, an Iterative Method for Solving Sparse Sets of

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65

ANEXOS

66

ANEXO A

Derivadas Parciais dos ResΓ­duos

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= οΏ½π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 1. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 2. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 3. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= �𝑇𝑇𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘£π‘£ βˆ’ 𝛾𝛾𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘€π‘€π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 4. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€

𝑣𝑣 βˆ’ 𝛾𝛾𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘€π‘€π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

βˆ’ 𝑇𝑇𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€

′𝑣𝑣 οΏ½ (𝐴𝐴. 5. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= {0} (𝐴𝐴. 6. )

67

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= �𝑇𝑇𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ 𝛾𝛾𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘”π‘”π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

+ (π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ )𝑛𝑛,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚(π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ )𝑛𝑛,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 7. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚(π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ )𝑛𝑛,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 8. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ 𝛾𝛾𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘”π‘”π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

+ 𝑇𝑇𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œπ‘šπ‘š

′𝑣𝑣 + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚(π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ )𝑛𝑛,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘šπ‘š

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 9. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½ οΏ½ οΏ½βˆ’π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

οΏ½ βˆ’ πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘π‘π‘›π‘›π‘£π‘£ + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 10. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½ οΏ½ οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

οΏ½ βˆ’ πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘›π‘›π‘£π‘£ + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 11. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘œπ‘œπ‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½ οΏ½ οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

οΏ½ βˆ’ πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘”π‘”π‘›π‘›π‘£π‘£ + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 12. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½ οΏ½ οΏ½βˆ’π‘‡π‘‡π‘€π‘€π‘›π‘›,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘£π‘£ βˆ’ 𝛾𝛾𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘€π‘€π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

οΏ½ βˆ’ 𝐢𝐢𝑀𝑀𝑝𝑝𝑛𝑛𝑣𝑣 + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 13. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

=⎣⎒⎑� �

βŽβŽœβŽ›οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘£π‘£ βˆ’ 𝛾𝛾𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘€π‘€π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

+ �𝑇𝑇𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€π‘›π‘›

′𝑣𝑣 �⎠⎟⎞

π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

οΏ½ βˆ’ 𝐢𝐢𝑀𝑀𝑀𝑀𝑛𝑛𝑣𝑣 + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

⎦βŽ₯⎀ (𝐴𝐴. 14. )

68

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

= οΏ½0 βˆ’ 𝐢𝐢𝑀𝑀𝑔𝑔𝑛𝑛𝑣𝑣 + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 15. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

=

⎣⎒⎒⎒⎑

⎩��⎨��⎧

οΏ½

βŽβŽœβŽœβŽœβŽœβŽœβŽœβŽ›βˆ’π‘‡π‘‡π‘”π‘”π‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑣𝑣 + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ + Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ 𝛾𝛾𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘”π‘”π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

βˆ’

(π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘£π‘£π‘…π‘…π‘ π‘ )𝑛𝑛,π‘šπ‘š + οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚(π‘‡π‘‡π‘œπ‘œ

𝑣𝑣𝑅𝑅𝑠𝑠)𝑛𝑛,π‘šπ‘š

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

⎠⎟⎟⎟⎟⎟⎟⎞

π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

⎭��⎬��⎫

βˆ’ 𝐢𝐢𝑔𝑔𝑝𝑝𝑛𝑛𝑣𝑣 + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚πœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘›π‘›

�𝑣𝑣

⎦βŽ₯βŽ₯βŽ₯⎀

(𝐴𝐴. 16. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

= οΏ½οΏ½ οΏ½ οΏ½οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚(π‘‡π‘‡π‘œπ‘œ

𝑣𝑣𝑅𝑅𝑠𝑠)𝑛𝑛,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

οΏ½ βˆ’ 𝐢𝐢𝑔𝑔𝑀𝑀𝑛𝑛𝑣𝑣 + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘€π‘€π‘›π‘›

�𝑣𝑣

� (𝐴𝐴. 17. )

οΏ½βˆ‚π‘…π‘…π‘”π‘”π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

=

⎣⎒⎒⎒⎑

⎩��⎨��⎧

οΏ½

βŽβŽœβŽœβŽœβŽœβŽœβŽœβŽ›οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ

𝑣𝑣 + Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ 𝛾𝛾𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚π‘‡π‘‡π‘”π‘”π‘›π‘›,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

βˆ’ �𝑇𝑇𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘šπ‘£π‘£ π‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œπ‘›π‘›

′𝑣𝑣 οΏ½ +

οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œπ‘£π‘£ βˆ’ π›Ύπ›Ύπ‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½βˆ‚(π‘‡π‘‡π‘œπ‘œ

𝑣𝑣𝑅𝑅𝑠𝑠)𝑛𝑛,π‘šπ‘š

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

⎠⎟⎟⎟⎟⎟⎟⎞

π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

⎭��⎬��⎫

βˆ’ 𝐢𝐢𝑔𝑔𝑔𝑔𝑛𝑛𝑣𝑣 + οΏ½

βˆ‚π‘žπ‘žπ‘”π‘”π‘€π‘€π‘€π‘€π‘›π‘›

βˆ‚π‘†π‘†π‘”π‘”π‘›π‘›

�𝑣𝑣

⎦βŽ₯βŽ₯βŽ₯⎀

(𝐴𝐴. 18. )

69

ANEXO B

Termos de Transporte e Acumulação

𝐹𝐹𝑀𝑀𝑛𝑛= οΏ½ �𝑇𝑇𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘š

οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘œπ‘œπ‘€π‘€ βˆ’ 𝛾𝛾 𝑀𝑀𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

(𝐡𝐡. 1. ) πΉπΉπ‘œπ‘œπ‘›π‘›= οΏ½ οΏ½π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ 𝛾𝛾 π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

(𝐡𝐡. 2. )

𝐹𝐹𝑔𝑔𝑛𝑛= οΏ½ �𝑇𝑇𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘š

οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ + Ξ”π‘šπ‘šπ‘ƒπ‘ƒπ‘π‘π‘”π‘”π‘œπ‘œ βˆ’ 𝛾𝛾 𝑔𝑔𝑛𝑛,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½ + (π‘‡π‘‡π‘œπ‘œπ‘…π‘…π‘ π‘ )𝑛𝑛,π‘šπ‘š οΏ½Ξ”π‘šπ‘šπœ•πœ•π‘œπ‘œ βˆ’ 𝛾𝛾 π‘œπ‘œπ‘›π‘›,π‘šπ‘š

𝑛𝑛 Ξ”π‘šπ‘šπ‘π‘οΏ½οΏ½π‘šπ‘šβˆˆπœ“πœ“π‘›π‘›

(𝐡𝐡. 3. )

πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘π‘ = 𝑉𝑉𝑏𝑏Δ𝑑𝑑

οΏ½ πœ™πœ™β€²

π΅π΅π‘œπ‘œπ‘›π‘› + πœ™πœ™π‘›π‘›+1 οΏ½ 1

π΅π΅π‘œπ‘œοΏ½

β€²οΏ½ οΏ½1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀

𝑛𝑛 βˆ’ 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛� (𝐡𝐡. 4. ) πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘€π‘€ = βˆ’ 𝑉𝑉𝑏𝑏

Δ𝑑𝑑� πœ™πœ™π΅π΅π‘œπ‘œ

�𝑛𝑛+1

(𝐡𝐡. 5. ) πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘”π‘” = βˆ’ 𝑉𝑉𝑏𝑏Δ𝑑𝑑

οΏ½ πœ™πœ™π΅π΅π‘œπ‘œ

�𝑛𝑛+1

(𝐡𝐡. 6. )

𝐢𝐢𝑀𝑀𝑝𝑝 = 𝑉𝑉𝑏𝑏Δ𝑑𝑑

οΏ½ πœ™πœ™β€²

𝐡𝐡𝑀𝑀𝑛𝑛 + πœ™πœ™π‘›π‘›+1 οΏ½ 1

𝐡𝐡𝑀𝑀�

′�𝑆𝑆𝑀𝑀

𝑛𝑛 (𝐡𝐡. 7. ) 𝐢𝐢𝑀𝑀𝑀𝑀 = 𝑉𝑉𝑏𝑏Δ𝑑𝑑

οΏ½ πœ™πœ™π΅π΅π‘€π‘€

�𝑛𝑛+1

(𝐡𝐡. 8. ) 𝐢𝐢𝑀𝑀𝑔𝑔 = 0 (𝐡𝐡. 9. )

𝐢𝐢𝑔𝑔𝑝𝑝 = 𝑉𝑉𝑏𝑏π›₯π›₯𝑑𝑑

οΏ½οΏ½ πœ™πœ™β€²

π΅π΅π‘œπ‘œπ‘›π‘› + πœ™πœ™π‘›π‘›+1 οΏ½ 1

π΅π΅π‘œπ‘œοΏ½

′�𝑅𝑅𝑠𝑠

𝑛𝑛 + οΏ½ πœ™πœ™π΅π΅π‘œπ‘œ

�𝑛𝑛+1

𝑅𝑅𝑠𝑠′ οΏ½1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀

𝑛𝑛 βˆ’ 𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛� + οΏ½ πœ™πœ™β€²

𝐡𝐡𝑔𝑔𝑛𝑛 + πœ™πœ™π‘›π‘›+1 οΏ½ 1

𝐡𝐡𝑔𝑔�

β€²

�𝑆𝑆𝑔𝑔𝑛𝑛� (𝐡𝐡. 10. )

𝐢𝐢𝑔𝑔𝑀𝑀 = βˆ’ 𝑉𝑉𝑏𝑏Δ𝑑𝑑

οΏ½οΏ½ πœ™πœ™π΅π΅π‘œπ‘œ

�𝑛𝑛+1

𝑅𝑅𝑠𝑠𝑛𝑛+1οΏ½ (𝐡𝐡. 11. ) 𝐢𝐢𝑔𝑔𝑔𝑔 = 𝑉𝑉𝑏𝑏

Δ𝑑𝑑�� πœ™πœ™

𝐡𝐡𝑔𝑔�

𝑛𝑛+1

βˆ’ οΏ½ πœ™πœ™π΅π΅π‘œπ‘œ

�𝑛𝑛+1

𝑅𝑅𝑠𝑠𝑛𝑛+1οΏ½ (𝐡𝐡. 12. )

𝐢𝐢𝑀𝑀𝑛𝑛= 𝑉𝑉𝑏𝑏

Ξ”οΏ½πœ™πœ™π‘†π‘†π‘€π‘€

𝐡𝐡𝑀𝑀� (𝐡𝐡. 13. ) 𝐺𝐺𝑔𝑔𝑛𝑛

= 𝑉𝑉𝑏𝑏Δ𝑑𝑑

οΏ½πœ™πœ™π‘†π‘†π‘”π‘”

𝐡𝐡𝑔𝑔+

πœ™πœ™π‘…π‘…π‘ π‘ οΏ½1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀 βˆ’ π‘†π‘†π‘”π‘”οΏ½π΅π΅π‘œπ‘œ

οΏ½ (𝐡𝐡. 14. ) πΆπΆπ‘œπ‘œπ‘›π‘›= 𝑉𝑉𝑏𝑏

Ξ”π‘‘π‘‘οΏ½πœ™πœ™οΏ½1 βˆ’ 𝑆𝑆𝑀𝑀 βˆ’ 𝑆𝑆𝑔𝑔�

π΅π΅π‘œπ‘œοΏ½ (𝐡𝐡. 15. )

70

ANEXO C

Dados do Modelo

Tabela de Dados do Modelo I 10*100 m J 10*100 m K 5*20 m Porosidade - Ο• 20 % Permeabilidade IJK 500 md Pres. Ref. 101.83 kPa Compressibilidade Ο• 3.93E-07 1/kPa Densidade Γ“leo 823.1 kg/m3 Densidade GΓ‘s 1.03 kg/m3 Densidade Água 1000 kg/m3 Compressibilidade O. 1.06E-06 1/kPa FVF Água 1.005 m3/m3 Compressibilidade A. 7.38E-07 1/kPa PressΓ£o de Bolha 9570 kPa

Tabela PVT P Rs Bo Bg Vo Vg

101 0.0 1.02820 1.00000 2.15100 0.01050 2070 19.0 1.06350 0.05263 1.46750 0.01098 4150 27.0 1.08250 0.02601 1.23610 0.01180 6200 34.0 1.09600 0.01681 1.13050 0.01270 8270 41.5 1.10900 0.01198 1.07600 0.01380 9600 56.5 1.11950 0.00854 1.05350 0.01495 10500 60.5 1.12600 0.00608 1.04200 0.01625 14500 64.5 1.13600 0.00542 1.03200 0.01675

Tabela de Permeabilidade Relativa Sl Krg Krog Sw Krw Krow

0.25000 0.98000 0.00000 0.25000 0.00000 1.00000 0.30000 0.95000 0.00000 0.50000 0.80000 0.50000 0.40000 0.85000 0.00000 0.70000 1.00000 0.00000 0.50000 0.70000 0.00100 1.00000 1.00000 0.00000 0.55000 0.60000 0.01000 0.60000 0.40000 0.02200 0.70000 0.19000 0.09800 0.75000 0.12000 0.21000 0.80000 0.05000 0.48000 0.85000 0.00000 1.00000 1.00000 0.00000 1.00000