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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
LABORATÓRIO DE ALIMENTOS E BEBIDAS
VERÔNICA CARVALHO OLIVEIRA
DESENVOLVIMENTO DE PUDIM DE MEL ADICIONADO DE PSYLLIUM
São Cristóvão-SE
2015
VERÔNICA CARVALHO OLIVEIRA
DESENVOLVIMENTO DE PUDIM DE MEL ADICIONADO DE PSYLLIUM
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Universidade Federal
de Sergipe – UFS, como requisito
parcial para obtenção do título de
Bacharel em Farmácia, sob
orientação da Professora Dra.
Aurélia Santos Faraoni.
São Cristóvão-SE
2015
3
DESENVOLVIMENTO DE PUDIM DE MEL ADICIONADO DE PSYLLIUM
RESUMO
Atualmente, observa-se uma mudança no estilo de vida da população, direcionada para
uma alimentação mais saudável. Dessa forma, o setor alimentício está cada vez mais
preocupado em desenvolver alimentos que tenham maior valor nutritivo e que
proporcione benefício extra à saúde. Portanto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver
pudim de mel adicionado de psyllium. Primeiramente, foram definidas as concentrações
do mel a serem adicionadas e determinou-se a concentração aceitável sensorialmente
deste componente, por meio de teste de aceitação. Logo em seguida, também foram
estabelecidas as concentrações do psyllium a serem adicionadas ao pudim de mel e
determinou-se a concentração aceitável sensorialmente deste componente. O produto
final foi avaliado por meio de análises físico-químicas, apresentando os seguintes
resultados: pH 6,81; cinzas 1,0925%; brix 22,75; acidez total titulável 0,10055%; altura
17,2mm; diâmetro 65,53; rendimento total 85,45; volume específico 1,14 mL/g e
umidade de 50,2352%. Os resultados observados nos testes de aceitação permitiram
concluir que: todas as formulações, obtidas a partir de diferentes concentrações de mel,
apresentaram aceitabilidade sensorial; a formulação que continha 30% de mel foi a que
apresentou melhor aceitação pelos provadores; a aceitabilidade sensorial dos pudins foi
influenciada pelo aumento da concentração do psyllium; a formulação com 6 g do
mesmo foi a de melhor aceitação pelos provadores.
Palavras-chave: Pudim; psyllium; substância bioativa e mel.
ABSTRACT
Nowadays, it is being observed a life style change among the population, which has the
aim of a healthier alimentation. Thus, the food sector is getting even more concerned in
developing aliments which have more nutritional value and also provide extra benefits
to the health. Therefore, the goal of this paper was the development of a pudding of
honey with the addition of psyllium. Firstly, there were defined the honey concentration
to be added and it was determined the acceptable sensorial concentration of this
component, through an acceptance test. Right after, it was also established the
concentrations of psyllium to be added to the pudding of honey and it was determined
4
the acceptable sensorial concentration of this component. The final product was
evaluated through means of physicochemical analysis, presenting the following results:
pH 6,81; ashes 1,0925%; brix 22,75; total acid entitled; 0,10055%; height 17,2mm;
diameter 65,53; total efficiency 85,45; specific volume 1,14mL/g and humidity of
50,2352%. The observed results over the acceptance tests allowed the follow
conclusion: all the formulations, retrieved from different concentrations of honey,
presented sensorial acceptance; the formulation that had 30% of honey was the one
which presented the best acceptance from the testers; the sensorial acceptability of the
puddings were influenced by anincreased concentration of psyllium; the formulation
with 6 g of same was the one with the best acceptance by the testers.
Key-words: Pudding; psyllium; bio substance and honey
INTRODUÇÃO
Produtos lácteos, principalmente sobremesas, são alimentos consumidos
mundialmente por diferentes faixas etárias; e em virtude do seu valor nutricional e suas
características sensoriais, o seu consumo é maior entre crianças e idosos1. As
sobremesas lácteas prontas para o consumo têm apresentado considerável crescimento,
justificado pelo avanço tecnológico do processo de fabricação e a utilização de novos
ingredientes, permitindo a produção destas com novos sabores, maior digestibilidade e
maior valor nutricional2.
Para o desenvolvimento de novos produtos lácteos recomenda-se conhecer a
composição nutricional dos alimentos além da realização de testes sensoriais. Lima et
al.3 ressaltam que a composição química dos alimentos é necessária para verificar a
adequação nutricional do produto à dieta, além de contribuir para a indústria de
alimentos e para o planejamento agropecuário.
Dentre as diversas sobremesas lácteas encontra-se o pudim. A legislação
brasileira designa este “é uma massa cozida de consistência mole, preparada à base de
amidos ou féculas, leite, ovos e açúcar, podendo conter outras substâncias que o
caracterizam”4. Para o desenvolvimento com novos sabores, cor, textura e maior valor
nutricional, pode-se acrescentar à formulação sucos ou polpas de fruta, legumes,
5
hortaliças, mel, chocolate, microrganismos probióticos e fibras, que são prebióticos5.
No presente estudo, como novos ingredientes, foi adicionado psyllium e mel .
O psyllium, fibra extraída da casca da semente da espécie Plantago ovata
(plantaginaceae), é utilizado como adjuvante no tratamento de diversas doenças que
inclui constipação, diarreia, síndrome do intestino irritável, doença inflamatória
intestinal, colite ulcerativa, neoplasias em cólon, diabetes mellitus e
hipercolesterolemia6. O mel produzido por abelhas Apis melífera é um produto
mundialmente conhecido, sendo muito apreciado devido ao seu sabor e aroma, bem
como pela sua qualidade nutricional. Além do mais, apresenta potencial antioxidante e
antimicrobiano.7
Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver pudim de mel
adicionado de psyllium a fim de aumentar o valor nutritivo e proporcionar benefício
extra à saúde.
MATERIAL E MÉTODOS
Obtenção dos ingredientes
Os ingredientes foram adquiridos no mercado local, na cidade de Aracaju,
Sergipe, com exceção do mel que foi adquirido de colmeias localizadas na cidade de
Santa Brígida, no estado da Bahia.
Caracterização físico-química do mel
A análise da composição físico-química foi realizada no Laboratório de
Alimentos e Bebidas, localizado no Departamento de Farmácia da Universidade Federal
de Sergipe, com exceção do ensaio hidroximetilfurfural, o qual foi realizado no Instituto
Tecnológico de Pesquisas do Estado de Sergipe. As seguintes determinações químicas
foram realizadas em triplicata:
pH
Foi determinado diretamente nas amostras por potenciometria, utilizando um
pHmetro, conforme a recomendação do Instituto Adolfo Lutz8.
Cinzas
6
Realizada conforme recomendações do Instituto Adolfo Lutz8, que se baseia na
incineração por mufla a 550°C.
Hidroximetilfurfural
Foi utilizado o método espectrofotométrico, conforme recomendações do
Instituto Adolfo Lutz 8.
Acidez total
Obtida conforme recomendações do Instituto Adolfo Lutz 8.
Condutividade
Obtida em uma solução de 20% de matéria seca de mel a 20ºC9, determinado
com o auxílio de condutivímetro modelo CON-500 – Ion.
Umidade
Utilizou-se a metodologia que consiste em obter os índices refratométricos, por
meio de um refratômetro de Abbé termostatizado a 20°C, e convertê-los em índices de
umidade conforme equivalência da tabela de Chataway, de acordo com recomendações
do Instituto Adolfo Lutz 8
.
Preparo dos pudins
O experimento foi realizado no Laboratório de Alimentos e Bebidas, localizado
no Departamento de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe.
Preparo da calda
A calda foi padronizada e utilizada nas quatro formulações dos pudins. Utilizou-
se 600g de açúcar refinado, que foi levado ao fogo em temperatura média, até virar uma
calda caramelizada. Por seguinte, introduziu 600 mL de água filtrada na calda
caramelizada que continuou no fogo por mais 15 minutos até o ponto ideal de
viscosidade.
Adição de mel
Os ingredientes utilizados na produção da massa dos pudins foram: ovos in
natura, leite integral, leite condensado, amido de milho e mel.
7
Os pudins foram desenvolvidos em quatro formulações e divididos em: controle
(F1), por não conter mel, e outras três formulações (F2, F3 e F4), denominadas
experimentais, contendo leite condensado substituído em 15%, 30% e 45% por mel de
abelhas, respectivamente. Na formulação F1, foram utilizados três ovos, 317,1905g de
leite integral, 395g de leite condensado e 6g de amido de milho. Na formulação F2
foram utilizados três ovos, 317,1905g de leite integral, 335,75 g de leite condensado 6g
de amido de milho e 59,25g de mel. Na formulação F3 foram utilizados três ovos,
317,1905g de leite integral, 276,5g de leite condensado, 6g de amido de milho e 118,5g
de mel. Na formulação F4 foram utilizados três ovos, 317,1905g de leite integral,
217,25g de leite condensado, 6g de amido de milho e 177,25g de mel. Após o
processamento em liquidificador, a mistura foi colocada em uma forma própria para
pudim, a qual continha a calda, e foram cozidos no banho Maria durante 25 minutos.
Adição de psyllium ao pudim de mel
A formulação em teste mais aceita sensorialmente, nesse caso, a que continha a
substituição de 30% do leite condensado pelo mel, foi reproduzida (pudim controle) e
posteriormente, foram feitos três pudins adicionados de psyllium, em substituição ao
amido de milho, por 6 g, 9 g, e 13 g, respectivamente, dessa fibra.
Análise sensorial
Duas análises sensoriais foram realizadas, uma com a adição de mel na
formulação do pudim e a outra acrescentando além do mel, o psyllium, uma fibra
dietética. Essas análises ocorreram em dias diferentes.
Para essas análises, conseguiu-se 52 provadores não treinados, utilizando-se uma
escala hedônica estruturada de nove pontos, onde 9 representava a nota máxima “gostei
muitíssimo” e 1 a nota mínima “desgostei muitíssimo” para os atributos: aparência,
aroma, sabor e textura e o parâmetro impressão global. Ao final da ficha de avaliação
havia uma pergunta quanto à intenção de compra pelo provador, utilizando a escala de
atitude estruturada de cinco pontos, na qual 5 representava a nota máxima "certamente
compraria" e 1 representava a nota mínima "certamente não compraria”10,11
.
As amostras (com peso de aproximadamente 100 gramas cada) foram
apresentadas aos provadores em pratos plásticos codificados com números aleatórios de
três dígitos e apresentadas em cabines individuais iluminadas com luz branca
8
fluorescente. Foram servidas monodicamente, sob condições controladas, de modo que
todos os provadores experimentaram as quatro amostras. Junto a cada amostra servida,
o consumidor recebeu um copo com água em temperatura ambiente para enxaguar a
boca entre as avaliações.
Caracterização físico-química do produto final
A análise da composição físico-química foi realizada no Laboratório de
Alimentos e Bebidas, localizado no Departamento de Farmácia da Universidade Federal
de Sergipe. As seguintes determinações químicas foram realizadas em triplicata
Altura, diâmetro e rendimento total
Foram utilizados os procedimentos descritos pela AACC12
.
Volume
O volume específico (mL.g-1) dos pudins foi obtido pela razão entre o volume
aparente (mL) e a massa do pudim após o forneamento (g). Já o volume aparente foi
aferido, por meio de uma proveta com uma caneta apropriada, e a altura alcançada pela
massa foi marcada na pequena forma. Após o cozimento da massa, os pudins foram
retirados dessas formas, as quais foram preenchidas com água, até a referida marcação.
A seguir, despejou-se essa quantidade de água na proveta e fez a leitura do volume13
.
pH
Foi determinado por potenciometria, utilizando-se um pHmetro, conforme do
Instituto Adolfo Lutz8.
Acidez total titulável (ATT)
Expressa em porcentagem de ácido cítrico, segundo normas do Instituto Adolfo
Lutz8.
Cinzas
Realizada conforme recomendações do Instituto Adolfo Lutz8, que se baseia na
incineração por mufla a 550°C.
Sólidos solúveis totais (SST)
9
Foi determinado pela leitura direta com o auxílio de um refratômetro modelo
ATC-1E HAND REFRACTOMETER, marca ATAGO, conforme AOAC14
, sendo os
resultados expressos em Brix.
Umidade
Foi determinada por Secagem direta em estufa a 105ºC, conforme
recomendações do Instituto Adolfo Lutz8.
Questões éticas
Atendendo aos dispositivos legais estabelecidos pelo Conselho Nacional de
Saúde (Resolução CNS 196/96), o projeto foi cadastrado no SISNEP e encaminhado ao
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da UFS, aprovado em
06/06/2014, parecer número nº 33853214700005546.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caracterização físico-química do mel
A composição de qualquer mel depende, principalmente, das fontes vegetais das
quais ele é derivado, como também do clima e solo15
.
Tabela1. Parâmetros estabelecidos pela Legislação Brasileira e do Codex Alimentarius para o
mel floral e os valores médios obtidos para amostras de mel de Apis mellifera.
Avaliação Média Legislação
Brasileira
“Codex
Alimentarius”
pH 3,13± 0,015 ___ ___
Cinzas (%) 0,2159±0,006 Máximo 0,6 Máximo 0,6
HMF1 (mg.kg-1) 68,84 ±1,788 Máximo de 60,00 Máximo de 80,00 em
regiões tropicais
Acidez (meq/kg) 41,6723±0,00 Máximo de 50,00 Máximo de 50,00
Condutividade(µS) 492±2,828 ___ Máximo de 800
Umidade (%) 21,6 ± 0,006 Máximo de 20,00 Máximo de 20,00
HMF1 - hidroximetilfurfural
A média do pH obtida foi 3,13. Embora a legislação vigente não exija análise de
pH, mas tem-se observado na literatura que este parâmetro encontra-se presente nas
10
pesquisas realizadas, tais como Abadio Finco et al.16
, que encontraram valores
semelhantes, com variação de pH entre 3,35 e 4,50 para 24 amostras provenientes de 13
associações de apicultores da região Sul do Estado do Tocantins; assim como no estudo
de Santos e Oliveira17
, os quais analisaram méis provenientes de sete entrepostos
localizados na região do Vale do Jaguaribe no Estado do Ceará, sendo que o pH variou
de 3,49 a 4,12, com valor médio de 3,83. Os valores de pH não estão estabelecidos pela
legislação nacional e internacional. Porém, a determinação do pH, acidez total e acidez
livre são consideradas importantes, uma vez a presença de ácidos orgânicos contribui
para a estabilidade microbiana do mel18
.
Crane15
relata que o valor de pH pode estar diretamente relacionado à
composição florística nas áreas de coleta, uma vez que o pH do mel pode ser
influenciado pelo pH do néctar, além das diferenças na composição do solo ou a
associação de espécies vegetais para a composição final do mel.
Outro parâmetro que foi avaliado refere-se ao teor de cinzas, altos teores destes
indicam que o mel sofreu adulterações. A média do teor de cinzas na amostra analisada
foi 0,2159% do peso total, apresentando-se de acordo com a legislação vigente (máximo
de 0,6%)19
. Este resultado é concordante com o trabalho de Barros et al.20
, no qual o
teor de cinzas de 13 amostras de mel provenientes de sete municípios do estado do Rio
de Janeiro, apresentou em média 0,2% do peso total, variando entre 0,11 e 0,29%.
Santos e Oliveira17
, também analisaram méis provenientes de sete entrepostos
localizados na região do Vale do Jaguaribe no Estado do Ceará, apresentando média de
0,24%, para uma variação de 0,10 a 0,41.
Para a análise de HMF, o resultado foi de 68,84 mg.kg-1, indicando que a
amostra está a cima do valor máximo estabelecido pela legislação nacional. Porém, a
Codex Alimentarius prevê uma taxa máxima de 80 mg.kg-1 de HMF, para méis
provenientes de países tropicais. Esta recomendação de uma taxa máxima mais elevada
baseia-se no fato de, nos países tropicais, o teor de HMF do mel aumenta mais
rapidamente devido a temperatura15
. O resultado pode ter sido influenciado devido ao
longo período de armazenamento. Resultados semelhantes foram encontrados no estudo
de méis provenientes de Apis mellífera comercializados no município de Aracati-CE, no
qual o HMF variaram de 9,69 a 220,97 mg.kg-1, com valor médio de 76,82 ± 79,45
mg.kg-1. Dentre estas amostras, 3 (42,86%) foram reprovadas21
.
11
A determinação de acidez é considerada importante, pois a presença de ácidos
orgânicos contribui para a estabilidade microbiana do mel20
. A média da acidez total
analisada na amostra foi de 41, 6723 meq/kg, estando em concordância com o valor
disposto na Instrução Normativa18
e com outros trabalhos presentes na literatura, como
o de Silva et al.22
no qual o valor médio da acidez total foi de 30,21 meq/kg e o de
Oliveira e Santos23
, no qual o teor médio de acidez, foi de 45,64 ± 35,22 meq/kg
(variação de 20,23 a 118,14 meq/kg). Filho et al.24
encontraram valor médio
48,81meq/kg de acidez total em amostras de méis provenientes da cidade de Pombal-
PB.
A condutividade elétrica pode ser utilizada como um parâmetro suplementar na
determinação da origem botânica do mel e tem correlação com o conteúdo de cinzas,
pH, acidez, sais minerais, alem da proteína e outras substancias presentes no mel25
.
A condutividade elétrica do mel a 20% (20 ml de mel e 80 de água) apresentou
média de 492 μS. Embora a legislação Brasileira não estabeleça valores limites para tal
análise, a condutividade elétrica é apresentada como um bom parâmetro na
determinação botânica do mel e atualmente substitui a análise de cinzas, pois essa
medição é proporcional ao teor de cinzas e acidez do mel26
. Segundo valor preconizado
pelo Codex Alimentarius (1999), que é de no máximo 800,00 μS/cm para o mel, a
amostra se encontra abaixo desse valor.
Resultado semelhante foi descrito por Martins et al.27
, no qual a análise de 16
amostras apresentou condutividade média de 462,35 µS. Assim como Moraes et al28
,
analisando 20 amostras de mel do município de Santa Helena (PR) e 20 do município de
Terra Roxa(PR), apresentaram condutividade média de 391,83 e 371,22,
respectivamente.
A umidade é uma das características mais importantes e constitui o segundo
componente em quantidade na composição do mel, geralmente variando de 15 a 21%, a
depender do clima, época da colheita, origem floral, e colheita antes da completa
desidratação. Normalmente, o mel maduro tem menos de 18% de água29
. Segundo
Campos et al.30
, alto valor de umidade ativa a fermentação, diminuindo a sua vida de
prateleira.
A média do teor de umidade analisado na amostra de mel foi de 21,6%, na qual
se encontra fora das normas preconizadas pela legislação brasileira, que preconiza até
12
20%19.
Ressalta-se ainda que o mel foi colhido durante a época chuvosa. Este fato pode
ter contribuído para o mesmo apresentar-se maior umidade em função da saturação do
ar e do grande fluxo de néctar que ocorre logo após as chuvas, dificultando a remoção
de água pelas abelhas31
. Desta forma, as chuvas e a saturação do ar pela água
provocariam a diluição do néctar.
Moraes et al.28
, analisando 40 amostras de méis provenientes dos municípios de
Santa Helena e Terra Roxa (PR), observou que 37,5% das amostras estavam em
desconformidade com a legislação vigente. Assim como Abadio Finco et al.16
,
analisando o mel da região Sul do Estado do Tocantins a partir de 24 amostras
provenientes de 13 associações de apicultores, encontraram umidade média de 16,2%,
com variação de 18,9 a 21%, com 33,3% de reprovação.
Caracterização físico-químicas do pudim
Os parâmetros pH, cinzas, brix e demais, são características influenciadas pelo
mel utilizado na formulação da sobremesa, bem como os diferentes ingredientes. Não
foram encontrados trabalhos na literatura a respeito desses parâmetros analisados para a
sobremesa pudim; portanto, os resultados foram comparados aos estudos com
sobremesas lácteas.
Os valores médios de pH, cinzas e sólidos solúveis totais (Brix) estão descritos
na tabela 2 abaixo, foram semelhantes aos resultados apresentados no trabalho de
Nikaedo et al2., que estudaram sobremesas lácteas achocolatadas cremosas elaboradas
com concentrado protéico de soro e misturas de gomas carragena e guar, no qual os
valores de pH variaram entre 5,77 e 7,15; os teores de cinzas variaram de 0,45 a 0,91%
e os teores de sólidos solúveis totais (Brix) variaram entre 23,32 e 24,53.
Tabela 2. Análises físico-químicas do pudim de mel adicionado de psyllium
Avaliação Média
pH 6,81± 0,0361
Cinzas (%) 1,0925± 0,01058
Sólidos solúveis totais (Brix) 22,75 ± 2,3848
Acidez total titulável em ácido cítrico (%) 0,10055± 0,00
13
Altura(mm) 17,2± 1,345
Diâmetro (mm) 65,53± 1,176
Rendimento total (%)
Volume específico (mL/g)
Umidade (%)
85,45± 1,3
1,14 ± 0,005
50,2352%± 0,9697
A média encontrada no presente trabalho para os parâmetro umidade foi 50,
2352%, (Tabela 2). Resultados concordantes com esse estudo foi apresentado no
trabalho Soler et al.32
ao estudar sobremesas lácteas achocolatadas produzidas com
diferentes proporções de abacate (28,8%, 36,3% e 41,7% ), onde obtiveram umidade de
66,53 ; 57,86 e 42,85, respectivamente. Esta análise é um parâmetro muito importante
para os alimentos, pois está diretamente relacionada com a sua estabilidade de qualidade
nutricional33
.
No trabalho de Macagnan et al.34
, observou que a inclusão das farinhas de
subprodutos de frutas, fonte de fibras, na elaboração de pães de mel, aumentou,
significativamente o teor de umidade das formulações teste em comparação à
formulação padrão, com 15,94 ± 0,16 para a formulação padrão, 22,61 ± 0,07 para a
formulação adicionada de bagaço de maçã, 22,17 ± 0,13 para a formulação adicionada
de bagaço de laranja e 22,93 ± 0,21 para a formulação adicionada de casca de
maracujá. Este fato está relacionado à presença de maior teor de fibras nos pães de mel
que auxiliou a retenção de água no produto após o cozimento, que pode estar
relacionada à capacidade de hidratação das fibras, propriedade que influencia
profundamente a textura final do produto35,36
. Esta justificativa é válida para o produto
estudado nesse trabalho, já que apresenta a fibra psyllium na sua composição, que está
relacionado diretamente ao aumento da absorção de água, principalmente devido ao
grande número de grupos hidroxila presentes na estrutura das fibras alimentares,
permitindo maior interação com a água por meio de ligações de hidrogênio.
Segundo o Instituto Adolfo Lutz8 as análises para determinação de acidez:
[...] fornece dados valiosos do estado de conservação de um produto
alimentício. Um processo de decomposição, seja por hidrólise, oxidação ou
14
fermentação, altera quase sempre a concentração dos íons de hidrogênio. Os
métodos de determinação da acidez avaliam a acidez titulável ou fornecem a
concentração de íons de hidrogênio livres, por meio do pH. Os métodos que
avaliam a acidez titulável resumem-se em titular com soluções de álcali padrão
a acidez do produto ou de soluções aquosas ou alcoólicas do produto e, em
certos casos, os ácidos graxos obtidos dos lipídios. Pode ser expressa em mL de
solução molar por cento ou em gramas do componente ácido principal.8 .
No experimento realizado foi obtido 0,102432g/100, sendo estes expresso em
teor de ácido cítrico.
Análise sensorial
Adição de mel
Com relação ao perfil da equipe, participaram 52 provadores, 58% mulheres e
42% homens, sendo que 90% eram alunos de graduação e pós-graduação e 10%,
funcionários. Maioria dos provadores, 75%, estavam na faixa de 20-29 anos, e 25% da
população estudada possuía menos de 20 anos.
No parâmetro intenção de compra, verificou-se que as quatro formulações de
pudim corresponderam positivamente aos provadores por possuírem a maior frequência
de notas entre 4 e 5 (“provavelmente compraria” e “certamente compraria”), em uma
escala de 5 pontos.
No que diz respeito à freqüência de consumo, 4% consumia pudim uma vez por
semana; 7%, quinzenalmente; 54 %, mensalmente; 31, semestralmente e 4 % afirmaram
nunca terem consumido.
Por meio da Tabela 3, pode-se verificar o resultado da avaliação sensorial dos
pudins contendo leite condensado substituído parcialmente por mel de abelha. Nota-se
que a substituição parcial do leite condensado por mel provocou poucas variações nas
características sensoriais do pudim, quando comparado ao controle.
15
Tabela3. Médias do Índice de Aceitabilidade (IA) e dos testes sensoriais afetivos de aceitação e
intenção de compra para as formulações de pudim controle e contendo leite condensado
substituído em 15%, 30% e 45% por mel de abelhas.
Formulaçãoes/
Atributos
F1 F2 F3 F4
Aparência 8,1±0,9 8,2±0,8 8,3±0,7 6,9±1,3
IA (%) 90,38 91,45 92,52 77,56
Aroma 7,7±1,1 7,8±0,4 7,6±1,4 7,1±1,2
IA (%) 86,11 86,75 85,47 79,27
Sabor 7,8±1,1 8,2±1,2 8,2±0,8 7,1±1,5
IA (%) 86,75 91,23 91,45 79,91
Textura 7,9±1,0 8,2±0,9 8,4±0,6 7,4±1,3
IA (%) 88,03 91,23 93,80 82,26
Impressão global 7,9±1,0 8,1±0,9 8,3±0,6 7,2±1,4
IA (%) 88,46 90,59 92,94 80,76
Intenção de compra 4,4±0,7 4,6±0,6 4,6±0,5 3,9±0,9
F1: controle; F2: 15% adicionado de mel; F3: 30% de mel adicionado; F4: 45% de mel
Resultados satisfatórios foram alcançados no pudim de mel contendo leite
condensado substituído em 15% e 30% por mel, visto que estes obtiveram, para todos
os parâmetros,com exceção do aroma do pudim substituído em 30%, maiores médias
das análises sensoriais, superiores, até mesmo ao pudim controle, que não possui mel;
demonstrando que é possível reduzir a quantidade de leite condensado (que apresenta
uma porcentagem relevante de açúcar) sem comprometer as características sensoriais
ou, até mesmo, melhorá-las.
O estudo realizado por Macagnan et al.34
, avaliaram a qualidade nutricional e
sensorial de pães de mel enriquecidos com farinhas de bagaço de maçã, de bagaço de
laranja e de casca de maracujá, obtiveram resultados satisfatórios na análise sensorial
de todos os pães indicando boa aceitabilidade desses produtos para todos os
parâmetros sensoriais avaliados, corroborando com os resultados apresentados no
presente estudo.
Assim como o pudim de vinho37
, tal como as sobremesas lácteas dietéticas e
formuladas com açúcar38
, os pudins em análise obtiveram, no geral, uma boa aceitação.
Outros trabalhos descritos na literatura como o trabalho de Silva et al.39
, que
avaliou a utilização de frutooligossacarídeos na elaboração de pão de forma sem
16
açúcar, obtiveram resultados satisfatórios, com poucas variações nas características de
qualidade em relação ao pão de forma obtido com açúcar em sua formulação.
Diante dos resultados das análises, o pudim contendo leite condensado
substituído em 30% foi o selecionado para ser reproduzido, substituindo o amido de
milho por psyllium em diferentes proporções, já que este possui uma quantidade
relevante de mel, agregando valor nutricional ao produto.
Adição de mel e psyllium
Na análise desses produtos, foram empregados 52 provadores, 65% sexo
feminino e 35% sexo masculino, sendo que 92% eram alunos de graduação e pós-
graduação e 8 %, funcionários. Maioria dos provadores, 75%, estavam na faixa de 20-
29 anos, 19% possuía menos de 20 anos, 4% apresentavam na faixa de 30-39 anos e o
restante da população estudada, 2%, estavam no limite de 40 -49 anos.
Referente à freqüência de consumo, 23% consumiam pudim uma vez por
semana; 19%, quinzenalmente; 27 %, mensalmente e 31% afirmaram consumir
semestralmente.
Tabela4. Apresenta médias do índice de aceitabilidade (IA) e dos testes sensorial afetivos
de aceitação do pudim de mel controle e substituído o amido de milho por diferentes
quantidades de psyllium.
Formulaçãoes/
Atributos
F1 F2 F3 F4
Aparência 8,0±0,9 7,0±1,3 6,6±1,5 5,7±1,9
IA (%) 89,52 78,4 74,35 63,46
Aroma 7,7±1,0 7,0±1,5 6,9±1,4 6,7±1,4
IA (%) 86,11 77,99 76,70 75,42
Sabor 8,2±0,9 7,5±1,3 7,0±1,6 6,0±1,9
IA (%) 91,66 83,76 78,20 67,30
Textura 7,9±1,1 7,4±1,3 6,7±1,6 5,5±1,9
IA (%) 88,46 82,26 75 61,96
Impressão global 8,0±1,1 7,5±1,0 7,1±1,3 6,2±1,6
IA (%) 89,31 83,33 79,27 69,44
Intenção de compra 4,5±0,7 3,9±0,7 3,6±1,0 3,0±1,0
F1: controle; F2: 6 g de psyllium; F3: 9 g de psyllium; F4:13 g de psyllium.
17
Com relação às propriedades sensoriais, um produto é considerado aceito
quando atinge índice de aceitabilidade de no mínimo 70%. 40
De acordo com a tabela
acima, somente a formulação que possuía 13g de psyllium não apresentou índice de
aceitabilidade satisfatório para todos os atributos sensoriais analisados. Este fato está
relacionado à quantidade da fibra presente na formulação. Trabalhos encontrados na
literatura, como o de Mathias et al.41
,que avaliaram pães industriais obtidos a partir de
farinha de trigo e linhaça, com diferentes proporções, verificaram que os pães que
continham menor quantidade de farinha de linhaça promoveram melhor aceitabilidade
do produto pelos consumidores.
A Figura 1 apresenta a distribuição dos provadores pelos valores hedônicos para
cada atributo sensorial e intenção de compra.
Figura 1. Distribuição dos provadores pelos valores hedônicos obtidos na avaliação dos
atributos aparência, aroma, sabor, textura, impressão global e intenção de compra das
formulações de pudim padrão (F1) e adicionadas de 6 de psyllium (F2), 9 g de psyllium (F3),
13 g de psyllium (F4) .
Analisando a figura acima, grande parte das notas atribuídas pelos provadores
encontram-se acima de 6 (gostei ligeiramente), o que certifica que as formulaçãoes
foram, em geral, aceitas pelos provadores. Ressalta-se que as notas para os atributos
18
aparência, aroma, sabor, textura e impressão global concentram-se na escala 8 (“gostei
muito”), já em relação à intenção de compra, verifica-se que a maioria das formulações
corresponderam positivamente aos provadores por possuírem a maior frequência de
notas entre 4 e 5 (“provavelmente compraria” e “certamente compraria”), em uma
escala de 5 pontos.
CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos conclui-se que as substituições parciais e
totais do leite condensado e do amido de milho, respectivamente, obtiveram bons
resultados sensoriais para a formulação dos pudins, agregando valor nutricional, com
adição de fibras e mel, diminuindo a quantidade de açúcar da formulação.
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