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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS CENTRO - OESTE DONA LINDU PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS GRADUAÇÃO EM BIOQUIMICA E BIOLOGIA MOLECULAR Kyvia Ferreira Alves Alterações morfológicas e bioquímicas em larvas de Culex quinquefasciatus (Culicidae) submetidas à exposição de extratos de alecrim do campo - Baccharis dracunculifolia (Asteracea) Divinópolis/MG Julho/ 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

CAMPUS CENTRO - OESTE DONA LINDU

PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS GRADUAÇÃO EM BIOQUIMICA E

BIOLOGIA MOLECULAR

Kyvia Ferreira Alves

Alterações morfológicas e bioquímicas em larvas de Culex quinquefasciatus

(Culicidae) submetidas à exposição de extratos de alecrim do campo -

Baccharis dracunculifolia (Asteracea)

Divinópolis/MG

Julho/ 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

CAMPUS CENTRO - OESTE DONA LINDU

PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS GRADUAÇÃO EM BIOQUIMICA E

BIOLOGIA MOLECULAR

Kyvia Ferreira Alves

Alterações morfológicas e bioquímicas em larvas de Culex quinquefasciatus

(Culicidae) submetidas a exposição de extratos de alecrim do campo –

Baccharis dracunculifolia (Asteracea)

Orientador: Prof. Dr. Stênio Nunes Alves

Co-Orientador: Prof. Dra. Aparecida Sadae Tanaka

Divinópolis/MG

Julho/2016

Dissertação apresentada ao Programa de

Multicêntrico de Pós Graduação em

Bioquimica e Biologia molecular, da

Universidade Federal de São João Del

Rei, como requisito para a obtenção do

grau de Mestre.

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Dedico este trabalho aqueles

que sempre me apoiaram

acima de tudo: Rejane, Adair,

Kayo, Wanda e Daniel.

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Agradecimentos

Agradeço еm primeiro lugar а Deus qυе iluminou о mеυ caminho

durante esta caminhada e a São Judas Tadeu que sempre intercedeu por mim.

À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar е investir еm mim.

Mãe, sеυ cuidado е dedicação fоі que deram а esperança pаrа seguir em

frente. Vó Wanda, obrigada por todas as orações.

Ao meu namorado Daniel, por todo amor, apoio, paciência e

compreensão de sempre.

A todos meus amigos por me apoiarem e me ampararem em todos os

momentos em que eu precisei, e por serem compreensivos e tolerantes

Ao Prof. Dr. Stênio Nunes Alves, pela excelente orientação e dedicação

à confecção desse trabalho.

Á Prof.Dra Aparecida Tanaka pela colaboração e co-orientação neste

trabalho.

Ao Prof. João Máximo Siqueira

Aos integrantes do LAINS – Laboratórios de Insetos e vetores por

sempre estar dispostos a ajudar. Vocês são parte fundamental deste trabalho.

A todos os professores e funcionários da UFSJ que foram fundamentais

nessa caminhada.

A todos aqueles qυе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе

mim, fazendo esta vida valer cada vеz mais а pena.

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“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém

ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.”

Arthur Schopenhauer

“A persistência é o menor caminho do êxito”.

Charles Chaplin

“Não confunda derrotas com fracasso nem vitórias com sucesso. Na vida de

um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um

perdedor sempre haverá vitórias. A diferença é que, enquanto os campeões

crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.”

Roberto Shinyashi

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i

RESUMO

O controle de mosquitos através do uso de inseticidas químicos tem

apresentado problemas devido ao seu modo de ação não específico, além da

possibilidade de rápida seleção de resistência de insetos a estes compostos.

Por estas razões, a procura por agentes mais seletivos aumentou e com isso a

adoção de métodos de inseticidas biológicos cresceu. Neste sentido, o

presente trabalho tem por objetivo verificar a suscetibilidade e as alterações

morfológicas e bioquímicas de larvas de Culex quinquefasciatus após

exposição ao extrato etanólico e óleo essencial de Baccharis dracunculifolia.

Dessa forma, o extrato etanólico foi obtido a partir de 50 g da folha de B.

dracunculifolia seca e triturada, deixada em maceração por três dias com 3000

mL de etanol a 70%. Posteriormente o macerado foi filtrado e o extrato foi seco

em rotaevaporador. O óleo essencial da planta B. dracunculifolia foi obtido

através da técnica de arraste de vapor utilizando aparelho de Clevenger. Para

observação de suas ações larvicidas, foi utilizado um total de 240 larvas para

cada experimento. As larvas foram expostas tanto ao extrato etanólico quanto o

óleo essencial nas concentrações de 200ppm, 100 ppm, 50 ppm e 25 ppm.

Foram colocadas 20 larvas em cada recipiente plástico contendo 100mL de

água deionizada para o grupo controle ou 100mL de solução do extrato para o

grupo tratado, todos os testes foram realizados em triplicata. O extrato

etanólico não foi capaz de causar mortalidade significativa nas larvas, já com o

óleo essencial obteve-se uma CL50 de 50 ppm. Para análises morfológicas as

larvas foram expostas a CL50 do óleo essencial e deixadas sob exposição

durante uma e 24 horas. Posteriormente foram retiradas a cabeça e o sifão

dessas larvas e estas foram preparadas sendo colocadas em contato com

Stefanine e paraformaldeído durante 24 horas e formol durante 24 e 48 horas.

Após o tempo atingido, as larvas foram colocadas em álcool a 70%. Para

análises bioquímicas, após a exposição ao óleo essencial, cerca de 30 larvas

foram separadas e armazenadas em ultra freezer. Cada grupo de larvas foi

colocado separadamente em Tampão Tris HCl 20 mM, pH 7,4, e

homogeneizadas em homogeneizador tipo potter. Após a homogeneização, as

amostras foram centrifugadas a 10.000 rpm durante 10 minutos. O pellet será

descartado e o sobrenadante recolhido e mantido sob refrigeração para

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ii

posteriores análises. A determinação da concentração de glicose e

triglicerídeos nas amostras foram realizadas utilizando kits enzimáticos

colorimétricos comercialmente disponíveis (Doles), sendo todos os ensaios

realizados em triplicata. As dosagens de proteína foram determinadas pelo

método descrito por HARTREE (1972). A análise de pH foi realizada com

grupos de 20 larvas expostas aos olés essencial em uma e 24 horas, utilizando

três corantes: fenoftaleína, azul de brotimol, e vermelho de fenol. poderm

indicar ações deste possível agente larvicida e elucidar melhor as alterações

morfo-funcionais detectáveis pelas técnicas utilizadas. A sua importância

mostra-se como subsídio para auxiliar na redução da população e/ou na

erradicação destes insetos com um mínimo de impacto tóxico ou mesmo

ecotoxicológico lembrando-se na redução dos custos do mesmo.

Palavras chave: Culex quinquefasciatus, inseticidas biológico, Baccharis

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SUMÁRIO

RESUMO...................................................................................................i

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.....................................................iv

LISTA DE FIGURAS..................................................................................v

LISTA DE TABELAS................................................................................vi

I. INTRODUÇÃO.......................................................................................1

I.1 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS........................................................2

I.1.1 Objetivo Geral ..................................................................................2

I.1.2 Objetivos Específicos .......................................................................3

I.1.3 Justificativa .......................................................................................3

I.2 Levantamento Teórico .........................................................................4

I.2.1 C. quinquefasciatus...........................................................................4

I.2.2 Inseticidas sintéticos .........................................................................8

I.2.3 Compostos naturais ..........................................................................11

I.2.4 Óleos essenciais ...............................................................................12

I.2.5 Baccharis dracunculifolia (Asteraceae)..............................................15

II. METODOLOGIA EXPERIMENTAL......................................................19

II.1 Recursos Necessários.........................................................................19

II.2 Procedimentos.....................................................................................20

II.2.1 Obtenção da planta B. dracunculifolia..............................................20

II.2.2 Obtenção do óleo essencial de B. dracunculifolia............................20

II.2.3 Obtenção do extrato etanólico de B. dracunculifolia.........................21

II.2.4 Obtenção dos espécimes de C. quinquefasciatus............................21

II.2.5 Bioensaios.........................................................................................22

II.2.6 Análise fitoquímica do óleo essencial ...............................................23

II.2.7 Estudos morfológicos das larvas.......................................................23

II.2.8 Testes bioquímicos ...........................................................................24

II.2.9 Análise de pH do tubo intestinal das larvas.......................................25

II.2.10 Análise estatística .............................................................................28

III. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................28

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A. Albopictus – Aedes albopictus

A. subpictus – Aedes subpictus

A. aegypti – Aedes aegypti

A. stephensis - Anopheles stephensi

C. quinquefasciatus – Culex quinquefasciatus

B. dracunculifolia – Baccharis dracunculifolia

B. megapotamica – Baccharis megapotamica

B. incarum – Baccharis incarum

B. trimera – Baccharis trimera

B. trinervis – Baccharis trinervis

B. salicifolia – baccharis salicifolia

B. crispa – Baccharis crispa

B. coridifolia – Baccharis coridifolia

B. uncinella – Baccharis uncinella

B. grisebachii – Baccharis grisebachii

B. tricuneata – Baccharis tricuneata

C. citratus - Cymbopogan citratus

T. minuta - Tagetus minuta

D. sisoo - Dalbergia sisoo

L. sidoides - Lippia sidoides

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H. martiusii - Hyptis martiusii

T. Erecta - Tagetes erecta

M. piperita - Mentha piperita

C. Libani - Cedrus libani

Z. armatum - Zanthoxylum armatum

L. áspera - Leucas áspera

A. houstonianum - Ageratum houstonianum

P. barbatus - Plectranthus barbatus

W. bancrofti - Wuchereria bancrofti

CL50 – Concentração letal de 50%

DMSO – Dimetilsulfóxido

mg/L- Miligrama por litro

pH – potencial Hidrogeniônico

ppm – Partes por milhão

OE – Óleo essencial

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ciclo de vida Culex quinquefasciatus................................................5

Figura 2: Detalhes da larva de mosquito C. quinquefasciatus..........................6

Figura 3: Wuchereria bancrofti..........................................................................7

Figura 4: Fêmea de C. quinquefasciatus realizando oviposição.......................8

Figura 5: Baccharis dracunculifolia...................................................................17

Figura 6: B. dracunculifolia recém coletada.....................................................20

Figura 7: Esquema utilizado para extração do óleo essencial.........................21

Figura 8: Criadouros de C. quinquefasciatus UFS/CCO.................................22

Figura 9: Determinação de parâmetros de pH entre 6,5 e 8,0 de Vermelho de

Fenol..................................................................................................................26

Figura 10: Determinação de parâmetros de pH entre 8,0 e 9,5 de Azul de

Timol..................................................................................................................27

Figura 11: Determinação de parâmetros de pH entre 9,0 e 10,0 e acima de

10,0 de Fenolftaleína ........................................................................................27

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Referências de pH e suas respectivas colorações...........................26

Tabela 2: Mortalidade de larvas de C. quinquefasciatus após exposição ao óleo

essencial de B. dracunculifolia............................................................................

Tabela 3: Mortalidade de larvas de C. quinquefasciatus após exposição ao

extrato etanólico de B. dracunculifolia...............................................................

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I) INTRODUÇÃO

Uma das maiores causas de morte no mundo continua sendo as

doenças transmitidas por insetos (Pavela, 2009). Anualmente mais de 700

milhões de pessoas adquirem doenças que são transmitidas por mosquitos,

como malária, encefalite, dengue, chikungunya, vírus do Nilo Ocidental, e febre

amarela. Estas doenças são capazes de causar morbidade significativa e

mortalidade tanto em seres humanos quanto em outros animais (Taubes, 1997;

El-Sheikh, 2012).

O Culex quinquefasciatus (Say, 1823), é transmissor da filariose,

principal vetor da Wuchereria bancrofti no Brasil e causador de considerável

incômodo por suas picadas (Forattini, 2002; Subra, 1980). Mais de 120 milhões

de pessoas estão atualmente infectadas e mais de 1,3 bilhões de pessoas em

72 países em todo o mundo são ameaçadas pela filariose linfática, que causa

sofrimento em longo prazo e morbidade, para o indivíduo (OMS, 2012;

Ramaiah, 2000). O C. quinquefasciatus apresenta ampla distribuição

geográfica povoando particularmente as regiões urbanas (Rahuman, 2009). A

capacidade de transmitirem diversas moléstias tanto para o homem como para

os outros animais deve-se ao hábito hematófago das fêmeas, usualmente

necessários para que se processe a maturação dos ovos e a conclusão do

ciclo gonadotrófico (Clements, 1996).

Atualmente o método mais utilizado para o controle desse vetor é a

utilização de inseticidas sintéticos, mas estes inseticidas vêm enfrentando uma

grande ameaça devido ao surgimento de resistência, e, além disso, sua

utilização resulta em acúmulo de produtos químicos não biodegradáveis nos

ecossistemas causando um efeito tóxico para organismos não-alvos (Pizarro,

1999; Rawani, 2009). Assim é evidente a procura crescente por novos produtos

que sejam eficazes no controle de mosquitos adultos, na exterminação das

larvas e que ao mesmo tempo, não sejam prejudiciais ao meio ambiente e ao

homem.

Óleos essenciais e metabólitos secundários provenientes de plantas,

que são denominadas “plantas inseticidas”, são consideradas alternativas a

inseticidas químicos devido a sua disponibilidade e segurança ambiental, além

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de serem economicamente viáveis (Pavela, 2005; Senthil, 2005; Rajkumar,

2005; Kostic, 2008; Elango, 2009). Tais metabólitos secundários muitas vezes

atuam em múltiplos e novos locais alvo, (Dias, 2014; Priestley, 2003) o que

reduz o potencial para resistência do mosquito (Perumalsamy, 2010; Wang,

2012) e, por isso, são considerados como fontes potenciais para o

desenvolvimento de inseticidas comerciais. Alguns óleos essenciais como

citronela, limão, e óleos de eucalipto podem ser usados como repelentes de

insetos, como já foi registrado pela Agência de proteção ambiental dos EUA,

sendo adequados para a aplicação na pele (Trongtokit, 2005; Briassoulis, 2001;

Nerio, 2010). Óleos essenciais obtidos a partir de Cymbopogan citratus (C.

citratus), Tagetus minuta (T. minuta), Dalbergia sisoo (D. sisoo), Lippia sidoides

(L. sidoides) (Carvalho, 2003), Hyptis martiusii (H. martiusii) (Araujo, 2003),

Tagetes erecta (T. Erecta) (Nikko, 2011), Mentha piperita (M. piperita) (Kumar,

2011), Cedrus libani (C. Libani) (Cetin, 2009), Zanthoxylum armatum (Z.

armatum) (Tiwary, 2007) e muitas outras plantas demonstraram atividade

larvicida promissora.

Plantas do gênero Baccharis, conhecidas popularmente por carquejas,

vassourinhas ou alecrim-do-campo são arbustos lenhosos de grande

diversidade morfológica, pertencentes à família Asteraceae (Ferronato, 2006).

A espécie B. dracunculifolia é ricas em metabólitos secundários e possuem

folhas pontuadas com tricomas secretores (Sousa, 2010). Além disso, possuem

ductos, que produzem e armazenam compostos fenólicos e óleos essenciais

que possuem atividades biológicas já descritas, tais como antimicrobiana e

antiviral (Cobos, 2001; Búfalo, 2009).

I. 1) OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA

I. 1.1) Objetivo Geral

Verificar a suscetibilidade e as alterações morfológicas e bioquímicas de

larvas de Culex quinquefasciatus após exposição ao extrato etanólico e óleo

essencial (O.E) de Baccharis dracunculifolia.

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I. 1.2) Objetivos Específicos

II. Obtenção do extrato etanólico e do óleo essencial de Baccharis

dracunculifolia;

III. Verificar a suscetibilidade de larvas 3° e 4° estágio do mosquito C.

quinquefasciatus após exposição ao extrato e ao óleo essencial de B.

dracunculifolia e, por conseguinte a DL50 das substâncias;

IV. Realizar análise fitoquímica do extrato etanólico e do óleo essencial com

conhecimento prévio de suas atividades sobre as larvas de C.

quinquefasciatus;

V. Analisar a histologia das larvas expostas a doses subletais do extrato de

B. dracunculifolia.

VI. Analisar as concentrações de glicose e triglicerídeos e proteínas

presentes nas larvas antes e após exposições a doses subletais do

extrato etanólico e do óleo essencial de B. dracunculifolia.

VII. Analisar alteração de pH do tubo intestinal das larvas expostas a doses

subletais do extrato etanólico e do óleo essencial de B. dracunculifolia.

I. 1.3) Justificativa

A resistência dos mosquitos a inseticidas comuns tem sido

freqüentemente detectada (WHO, 1970; Subra, 1980). Essa resistência faz

com que haja um constante aumento das doses de aplicação dos inseticidas, e

seu uso persistente diretamente nos criadouros, em altas concentrações, faz

com que o combate aos vetores torne-se economicamente inviável

(Abercrombie, Berg, 1978; Lassale, 1993) além de destruir uma importante e

rica fauna associada (Silveira, 1989). Dessa forma é importante a busca de

inseticidas que sejam de origem natural, uma vez que estes não agridem o

ambiente, a população e podem ter um custo mais baixo. Além disso, existe

grande importância em entender as alterações que as larvas sofrem ao

entrarem em contato com substâncias bioativas, a fim de detectar o que se

altera e qual a implicância disso em suas próximas fases do ciclo de vida.

Portanto, as alterações morfológicas e bioquímicas de larvas de C.

quinquefasciatus após exposição ao extrato e ao O.E de Baccharis

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dracunculifolia, poderão ajudar a evidenciar melhor o processo metabólico

desses insetos durante seu desenvolvimento. Ademais, o conhecimento dessas

substâncias associadas a possíveis alterações no metabolismo energético das

larvas dos mosquitos torna-se interessante e importante como subsídio para

elucidação de mecanismos que poderão minimizar a incidência destes

mosquitos.

I. 2) LEVANTAMENTO TEÓRICO

I. 2.1) Culex quinquefasciatus

Culex quinquefasciatus (Say, 1823) é um mosquito que possui hábitos

antropofílicos e endofílicos, além de apresentar uma ampla distribuição

geográfica, habitando inclusive perímetros urbanos (Subra, 1980). Esses

mosquitos possuem desenvolvimento holometabólico, ou seja, realizam

metamorfose completa com quatro estágios de vida (Figura 1) – ovo, larva,

pupa e adulto (Silva, 1999).

A oviposição ocorre em ambientes aquáticos e de baixa luminosidade,

sendo que as posturas são colocadas de forma agrupada, chamadas

“jangadas” (Figura 1- ovos), os quais flutuam sobre a água. Cada jangada tem

em média 100 ovos e a oviposição pode variar de uma a oito durante toda a

vida da fêmea. O número de posturas é influenciado por diversos fatores como,

por exemplo, a alimentação. Esses ovos inicialmente possuem cor branca,

porém sofrem escurecimento gradativo, tornando-se escuros após algum

tempo (Forattini, 2002).

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Figura 1: Ciclo de vida Culex quinquefasciatus.

As larvas (Figura 2) possuem o corpo dividido em cabeça, tórax e

abdômen, o qual é composto por nove segmentos similares, mais um décimo

diferenciado em lobo anal (Consoli, 1998). O oitavo segmento do abdômen

apresenta o “sifão”, uma estrutura respiratória em cujas extremidades abrem-se

os espiráculos, onde uma glândula adjacente libera substâncias hidrofóbicas,

que evitam o afluxo de água ao sistema respiratório larval e a morte por

afogamento (Becker, 2010). Além disso, as larvas são capazes de se

desenvolverem em quase todos os tipos de habitats, de esgotos à água limpa,

com preferência para os primeiros (Forattini, 2002). Vários fatores extrínsecos

estão relacionados ao desenvolvimento larval como a temperatura, a

precipitação, a evaporação, o recurso alimentar, a predação, o parasitismo e a

competição (Riback, 2009). A época das chuvas possibilita maior número de

criadouros, no entanto o desenvolvimento das larvas ocorre durante todo o ano

nas áreas meridionais da América do Sul (Almirón & Brewer, 1994).

A pupa é um estágio aquático intermediário entre a forma larval e a adulta,

estas nadam ativamente e freqüentam a superfície do criadouro para

respirarem com as extremidades do par de trompas para fora do líquido. Não

se alimentam e as reservas acumuladas na fase larvária são consumidas no

processo de transformação em adulto. O tempo médio desta fase é

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aproximadamente de dois dias, dependendo da temperatura e de outros fatores

(Brasil, 2011).

Figura 2: Detalhes da larva de mosquito C. quinquefasciatus.

O mosquito adulto (Figura 4), além de causar um incômodo por suas

picadas (Subra, 1980), é uma das espécies de grande importância na saúde

pública (Deane, 1951; Rachou, 1956; Forattini, 2002) devido ao fato de ser o

principal vetor da Wuchereria bancrofti, causador da filariose bancroftiana, no

Brasil. A W. bancrofti é um nematelminto filariforme (Figura 3) que apresenta

um ciclo heteroxênico, sendo que o homem é considerado o hospedeiro

definitivo e, mosquitos como o C. quinquefasciatus são modelos de

hospedeiros intermediários satisfatórios e que podem transmitir a filariose

humana (Campos, 2001).

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Figura 3: Wuchereria bancrofti.

O C. quinquefasciatus É importante também por ser considerado vetor

secundário de uma arbovirose, a febre de oropouche (cujo vetor primário é o

Culicoides paraensis), estando, dessa forma, associado à transmissão desta

para aves, equinos e canídeos (Hurlbut, 1950; Meyers, 1960; Harwood, 1979).

O que permite a transmissão das moléstias, tanto para homens quanto para

animais é o hábito hematófago das fêmeas. No ato da picada é liberada no

local a saliva do mosquito, que é constituída de um conteúdo protéico. Esse

conteúdo da saliva do mosquito possui função anestésica e evita a coagulação

do sangue e, além disso, é responsável também pelas reações alérgicas tanto

nos animais quanto nos seres humanos (Feingold, 1968).

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Figura 4: Fêmea de C. quinquefasciatus realizando oviposição.

I. 2.2) Inseticidas sintéticos

Anteriormente a descoberta dos inseticidas residuais sintéticos na

década de 1940, muitas metodologias para o controle de mosquitos foram

adotadas em diferentes partes do mundo com variados graus de sucesso. A

descoberta desses novos inseticidas revolucionou a metodologia de controle de

mosquitos vetores de doenças, possibilitando a sua maior padronização. Pela

primeira vez na história da saúde pública foi possível, em muitas regiões,

controlar de maneira eficaz e mesmo erradicar algumas das doenças por eles

transmitidas. O uso de inseticidas sintéticos tem aumentado progressivamente

desde então e atualmente continua sendo o principal suporte dos programas de

combate e controle de insetos vetores de doenças (Wright, 1971; WHO, 1976;

Mariconi, 1980).

Inseticidas organoclorados, organofosforados, carbamatos e piretróides

têm sido empregados em várias regiões do mundo para o controle de

mosquitos. No Brasil, o DDT (Dicloro-difenil-tri-cloro-etano), da classe dos

organoclorados é ainda o inseticida químico mais largamente empregado para

esse fim. Trata-se de um produto relativamente barato, com elevado poder

residual, moderadamente tóxico e de baixa absorção cutânea; por outro lado

não é biodegradável, sendo acumulativo nas gorduras de animais de sangue

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quente, podendo interferir no metabolismo do sódio e potássio além de disso,

mostrou-se carcinogênico em camundongos (Aldridge, 1979; Mariconi, 1980).

Posteriormente outras classes de inseticidas químicos foram sintetizadas para

substituição dos organoclorados no controle de insetos (Brogdon & McAllister,

1998).

Os organofosforados foram desenvolvidos a partir de 1940, são

constituintes de uma grande variedade de produtos agrícolas e sanitários,

desde os extremamente tóxicos até aqueles com baixa toxicidade, como o

temefós, que tem seu uso permitido em água potável (Chavasse & Yap, 1997).

São ésteres, amidas ou derivados tiol de ácido fosfórico (ácido tiofosfórico,

ácido ditiofosfórico e outros), contendo várias combinações de carbono,

hidrogênio, oxigênio, fósforo, enxofre e nitrogênio. Existem três categorias de

inseticidas organofosforados, baseadas em sua natureza química: alifáticos, os

derivados de grupos fenil e os heterociclícos. Estes compostos, após contato

e/ou ingestão pelos mosquitos, agem como inibidores das enzimas

acetilcolinesterases, responsáveis por hidrolisar o neurotransmissor

acetilcolina. A enzima é fosforilada pelo inseticida ficando inativa. Ocorre o

acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica, que provoca uma hiperatividade

nervosa e consequentemente ocorre colapso do sistema nervoso. Também

ocorre a dessensibilização do receptor de acetilcolina que cessa o impulso

nervoso levando o inseto a morte (Sucen, 2001; Eldefrawi, 1976; Eldefrawi &

cols, 1982). Devido à sua potência, por não se acumularem em tecidos e por

serem biodegradáveis esses inseticidas têm sido bastante utilizados na área da

saúde. Entretanto, são quimicamente instáveis, logo apresentando persistência

curta no solo necessitando serem repostos periodicamente. (Beaty &

Marquardt, 1996; Sucen, 2001).

Os primeiros carbamatos foram colocados no mercado por volta de 1950

(Casida & Quistad, 1998). São praguicidas orgânicos derivados do ácido

carbâmico, que possuem pequeno espectro de atividade inseticida. Três

classes de carbamatos são conhecidas: carbamatos inseticidas (e

nematicidas), carbamatos herbicidas e carbamatos fungicidas. Os mais

conhecidos são carbaril-metomil, carbofuran, metiocarb, primicarb, indoxacarb,

alanicarb e furatiocarb (Sucen, 2001). Assim como os organofosforados, os

carbamatos também são inibidores das enzimas acetilcolinesterases, embora a

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ligação deste inseticida à enzima seja mais instável (Beaty & Marquardt, 1996;

Sucen, 2001).

O controle de larvas de mosquitos em todo o mundo depende da aplicação

continuada de organofosforados e reguladores de crescimento de insetos

(Rahuman, 2009). No Brasil, vários registros indicam resistência a esses

inseticidas em populações de C. quinquefasciatus (Bracco, 1999; González,

1999; Campos & Andrade, 2003; Alves, 2011) e A. aegypti (Campos & Andrade,

2001; Luna, 2004; Horta, 2011). O aparecimento de resistência faz com que

haja um constante aumento das doses de aplicação dos inseticidas (WHO,

1970; Subra, 1980). Ocorre também à ruptura dos sistemas naturais e as

substâncias persistem no ambiente por período de tempo imprevisível

(Pushpanathan, 2008; Rajkumar, 2009). Além disso, o uso persistente destes

produtos diretamente nos criadouros, em altas concentrações, faz com que o

combate aos vetores torne-se economicamente dispendioso (Abercrombie &

Berg, 1978; Lassale, 1993), e causam destruição de uma importante e rica

fauna associada que pode, juntamente com fatores climáticos, reduzir a

presença destes vetores (Silveira, 1989).

Compreender os mecanismos de resistência a inseticidas é essencial

para as estratégias de controle do vetor. Sabe-se que os mecanismos de

resistência podem ser divididos em dois grupos principais: a sensibilidade

diminuída das proteínas alvo conhecida, como alvo local e aumento da

insensibilidade metabólica (Hemingway, 2004). O canal axônico de sódio

voltagem-dependentes (VGSC) e as acetilcolinesterases sinápticas (AChE1),

codificadas pelo gene ACE-1, estão nos sítios alvos primários de inseticidas

(Davies, 2007; Soderlund, 2008; Dong, 2014.; Weill, 2003, 2004). Em C.

quinquefasciatus, a insensibilidade local alvo mais comum é a mutação em

L1014F KDR, no gene do canal de sódio voltagem-dependentes (VGSC), que

confere resistência ao DDT e piretróides, seguido pela mutação em G119S

ACE-1, que confere resistência a organofosforados e carbamatos (Xu, 2005;

Sarkar, 2009a; Weill, 2004; Wondji, 2008; Jones, 2012; Low, 2013).

I. 2.3) Compostos Naturais

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Atualmente, visando uma maior eficácia, um baixo custo e a diminuição do

aparecimento de resistência por parte dos mosquitos, muitos compostos

naturais estão sendo investigados (Guimarães, 2001). Segundo Vasconcelos

(2006), uma alternativa que vem sendo retomada para o controle de pragas é o

uso de metabólitos secundários presentes em plantas, as quais são chamadas

de “plantas inseticidas”. Conhece-se hoje aproximadamente 250.000 espécies

de plantas superiores, sendo que a raça humana se aproveita de uma fração

muito pequena destas com as quais sempre conviveu.

A humanidade ao longo do tempo selecionou cerca de 300 plantas para a

alimentação, e de um pouco mais de uma centena, obteve-se princípios ativos

puros para o tratamento e prevenção de doenças (Pinto, 2002). Inúmeras

substâncias acumulam-se no vegetal para sua defesa, sendo sintetizados e

emitidos vários compostos voláteis (ácidos, aldeídos e terpenos) além de

substâncias como sílica, metabólitos secundários, enzimas e proteínas.

Diversas substâncias são derivadas de produtos intermediários ou finais do

metabolismo secundário das plantas, podendo ser encontradas em todas as

partes dos vegetais. Entre essas substâncias estão rotenóides, piretróides,

alcalóides e terpenóides. (Vasconcelos, 2006). Tais substâncias podem atuar

no metabolismo de outros organismos interferindo em vários aspectos como

repelência, deterrência alimentar e oviposição, esterilização, bloqueio do

metabolismo e interferência no desenvolvimento, sem necessariamente

causarem morte (Lancher, 2000). O controle do mosquito na fase larval do

desenvolvimento com a utilização de fitoquímicos que ocorrem nos óleos,

folhas e raízes de plantas é uma das técnicas que proporciona um ambiente

harmônico, além de ser um método mais barato de controle (Shyamapada

Mandal, 2011).

Estudos nos quais foram testados os extratos aquosos das plantas

Lansium domesticum, Azadirachta indica, Eucaliptus sp. e Codiaeum

variegatum em larvas de 3° e 4° instares do C. quinquefasciatus, apresentaram

doses letais baixas, evidenciando boa atividade (Monzon, 1994). Também,

foram determinadas as CL50 dos extratos brutos de Melia azedarach, Bauhinia

rufa e Coffea arabica sobre larvas de C. quinquefasciatus (Teixeira, 2007;

Ribeiro-Neto, 2008).

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Elumalai (2015), em seu estudo demonstrou a atividade inseticida de

extrato aquoso, etanólico, metanólico, clorofórmio e de éter de petróleo de

Leucas aspera contra Aedes aegypti, Anopheles stephensi e Culex

quinquefasciatus. Observou-se mortalidade das larvas de quarto instar após 24

e 48 horas de tratamento e concluiu-se que o extrato metanólico de L. áspera

foi o que possuiu maior eficiência quando comparado com os outros extratos,

possuindo uma CL50 de 27, 855 ppm em 24 horas. Echegoyen (2014) em seus

estudos relatou a atividade do extrato de folhas de Ageratum houstonianum

utilizando metanol, acetato de etila e hexano, evidenciando a atividade desses

extratos sobre larvas de terceiro instar de Anopheles stephensi, Aedes aegypti

e Culex quinquefasciatus, foi observado que o extrato no qual se utilizou

acetato de etila foi o mais eficiente em todas as espécies. Tais dados

evidenciam a eficiência que extratos de plantas podem ter no combate ao

mosquito.

I. 2.4) Óleos essenciais

Os óleos essenciais são misturas complexas de compostos orgânicos

voláteis, produzidos como metabolitos secundários em plantas. Esses óleos

são constituídos por hidrocarbonetos (terpenos e sesquiterpenos) e compostos

oxigenados (álcoois, ésteres, éteres, aldeídos, cetonas, lactonas, éteres de

fenóis e de fenol) além de serem responsáveis pelo odor característico das

plantas (Guenther, 1972). Aproximadamente 3000 óleos essenciais são

conhecidos, e 10% deles têm importância comercial (FAO, 1995) em indústrias

de cosméticos, alimentos e indústrias farmacêuticas (Zygadlo & Juliani, 2003).

Além disso, já é descrito que óleos essenciais isolados a partir de plantas

possuem propriedades de repelência contra artrópodes hematófagos, sendo

que alguns desses óleos já são base de formulação de repelentes comerciais

(Curtis, 1989).

Ao longo dos últimos 50 anos, milhares de plantas foram rastreadas

como fontes potenciais de repelentes e inseticidas (Sukumar, 1991).

Atualmente, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA)

tem os óleos de citronela, limão e eucalipto registrados como componentes de

repelentes de insetos para aplicação na pele, estes produtos naturais estão

sendo usados com freqüência devido à sua toxicidade relativamente baixa, e

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grande eficácia (Katz, 2008). Chowdhury (2008) explica que há grande eficácia

de extratos vegetais para o controle de insetos devido a estes serem

ecologicamente seguros, não apresentando risco para saúde pública e meio

ambiente, além de possuir um rico estoque de produtos químicos de diferentes

ações biológicas, ao contrário de inseticidas convencionais, que se baseiam

num único composto ativo. Inseticidas derivados de plantas compreendem em

misturas de compostos químicos que atuam tanto nos processos

comportamentais quanto nos processos fisiológicas. Assim, existe muito pouca

probabilidade de desenvolvimento de resistência de pragas a essas

substâncias (Ghosh, 2012).

Plantas do gênero Cymbopogon têm sido usadas para repelir mosquitos

nas regiões da selva como a Amazônia boliviana (Moore, 2007). Este gênero

produz os repelentes naturais mais utilizados no mundo (Trongtokit, 2005).

Muitos óleos essenciais isolados a partir destas plantas foram testados contra

diferentes tipos de artrópodes. Cymbopogon excavatus apresentou 100% de

repelência durante duas horas, quando avaliada em laboratório contra

Anopheles arabiensis (Govere, 2000). Óleo essencial de Cymbopogon

winterianus misturado com 5% de vanilina, deu 100% de proteção durante 6 h

contra Aedes aegypti, Culex quinquefasciatus e Anopheles dirus, resultados

comparados aos observados com 25% de DEET (N, N-dietil-3-metilbenzamida)

(Tawatsin, 2001).

A família Lamiaceae é um excelente reservatório de agentes larvicidas

(Pavela 2015). O óleo essencial extraído das folhas de Mentha spicata foi

testado contra C. quinquefasciatus, A. aegypti e A. stephensi (Govindarajan,

2012). Mais tarde, a atividade larvicida do óleo essencial de folhas e os

principais constituintes químicos de Ocimum basilicum foi avaliado contra C.

tritaeniorhynchus, A. albopictus e A. subpictus (Govindarajan, 2013). Óleos

essenciais de Rosmarinus officinalis e Lavandula angustifólia (Lamiaceae)

mostraram atividade larvicida moderada (Conti, 2010), mas possuiu um bom

efeito repelente e ovicida contra várias espécies de mosquitos (Prajapati,

2005), possivelmente ligada à presença de α-terpineno, carvacrol e timol (Choi,

2002). Vários estudos mostraram que o óleo Hyptis suaveolens tem

propriedades inseticidas úteis contra mosquitos (Jaenson, 2006; Conti, 2012).

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Alguns monoterpenos, como α-pineno, cineol, eugenol, limoneno,

terpinoleno, citronelol, citronelal, cânfora e timol são constituintes comuns de

um número de óxido de etileno descrito na literatura, como apresentando

atividade repelente de mosquitos (Zaki, 1998; Jaenson, 2006; Park, 2005;

Yang, 2004). Yogananth (2015) em seu estudo identificou e avaliou a atividade

larvicida do óleo essencial de Rhizophora mucronata contra mosquitos da

espécie Anopheles stephensi e Culex quinquefasciatus revelando um potencial

agente larvicida contra as espécies citadas. A mortalidade para larvas de

quarto instar foi observada após 24 h de tratamento, obtendo-se uma CL50 de

0,051 mg/mL e 0,0514 mg/mL para A. stephensi e C. quinquefasciatus

respectivamente. Também foi avaliada a toxicidade do óleo essencial de

Plectranthus barbatus e seus principais constituintes, contra larvas de

Anopheles subpictus, Aedes albopictus e o Culex tritaeniorhynchus. Os

Principais constituintes do óleo essêncial de P. barbatus foram eugenol

(31,12%), α-pineno (19,38%) e β-cariofileno (18,42%). Este teve um efeito

tóxico significativo para todas as espécies testadas sendo que Anopheles

subpictus teve uma CL50 84,20 µg/mL, Aedes albopictus CL50 87,25 µg/mL e

Culex tritaeniorhynchus 94,34 µg/mL (Govindarajan, 2015).

Foi investigada também a ação larvicida do óleo essencial da folha de

Feronia limonia contra Anopheles stephensi, Aedes aegypti e Culex

quinquefasciatus. Análises do óleo essencial da planta revelaram a presença

de 51 compostos, sendo os principais o Estragol (34,69%) e o β-pineno

(23,59%). O óleo mostrou notável atividade larvicida contra todas as espécies,

sendo que para A. stephensi observou-se uma CL50 de 38,93 ppm , para

Aedes aegypti CL50 de 37,60 ppm e para C. quinquefasciatus CL50 de 52,08

ppm evidenciando assim que o óleo possui boa atividade larvicida

(Senthilkumar, 2013). Anteriormente, em outro trabalho Senthilkumar (2008)

descreveu a atividade do óleo essencial de Blumea mollis sobre larvas de

quarto instar de C. quinquefasciatus. No óleo essencial foram identificados 39

compostos, sendo esses linalol (19,43%), γ-elemeno (12,19%), copaeno

(10,93%), estragol (10,81%), Alo-ocimeno (10,03%), γ-terpineno (8,28%) e

Aloaromadendreno (7,44%). O óleo essencial apresentou efeito tóxico

significativo contra larvas de quarto instar de C. quinquefasciatus com CL50 de

71,71 ppm. Outra espécie que já se tem relatos da atividade inseticida de seu

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óleo essencial é a Zingiber officinalis, esta teve sua atividade avaliada contra

larvas de terceiro instar de Culex quinquefasciatus (Pushpanathan, 2008). A

mortalidade das larvas foi observada após 24 horas de tratamento, o valor da

CL50 foi 50,78 ppm evidenciando sua eficácia como larvicida. Phasomkusolsil

(2012) relatou em seu estudo efeitos de óleos essenciais sobre a oviposição

dos mosquitos Aedes aegypti, Anopheles dirus e Culex quinquefasciatus,

dessa forma foi constatado que o óleo essêncial de Cananga odorata influencia

a oviposição, diminuindo também a taxa de atividade ovicida desses

mosquitos.

Além de pesquisas relacionadas à ação larvicidas, ovicidas e inseticidas

de óleos essenciais, também há relatos da ação repelente de óleos essenciais

inclusive com formulações de creme, como no trabalho de Reegan (2013).

Neste estudo foram testadas cinco formulações diferentes de cremes

repelentes, os quais foram preparados utilizando combinações de óleos

essenciais, incluindo cânfora, canela, citronela, capim-limão, limão, laranja,

nim, manjericão, Vitex, Lantana, eucalipto e cravo, e sua repelência foi testada

em C. quinquefasciatus e A. aegypti, dessa forma constatou-se que

combinações utilizando óleos essenciais podem ser usadas para formulação de

repelentes comerciais, tendo eficácia tão boa quanto ao dos repelentes

sintéticos.

I. 2.5) Baccharis dracunculifolia (Asteraceae)

A família Asteraceae compreende espécies arbóreas, arbustivas,

herbáceas e lianas que estão amplamente distribuídas em regiões tropicais,

subtropicais e temperadas, particularmente na América do Sul. Expressiva em

número de espécies, Asteraceae é a maior família dentre as Angiospermas,

constituídas por cerca de 1535 gêneros e 23000 espécies. Em sua quase

totalidade, os gêneros são constituídos por plantas de pequeno porte as quais

são encontradas em todos os tipos de habitats, principalmente nas regiões

tropicais montanhosas na América do Sul (Cancelli, 2007). O gênero Baccharis

está representado por mais de 500 espécies distribuídas principalmente no

Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e México, ocupando as regiões mais

elevadas (Ferronatto, 2006), e a alta concentração de espécies no Brasil e nos

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Andes indica que uma dessas áreas é o provável centro de origem desse

gênero (Verdi, 2005). Estimam-se em 100 as espécies na Argentina

(Ferronatto, 2007) e no México (Marchesan, 2006) e cerca de 40 na Colômbia,

constituindo um dos mais importantes grupos de plantas neste país (Ferronatto,

2006), das quais 38% são endêmicas. No Brasil, estão descritas 120 espécies

de Baccharis, com a maior parte delas localizadas na região sudeste do País

(Marchesan, 2006) sendo, Baccharis dracunculifolia D.C e Baccharis uncinella

D.C as espécies mais comumente encontradas.

Plantas do gênero Baccharis, conhecidas popularmente por carquejas,

vassourinhas ou alecrim-do-campo são arbustos lenhosos de grande

diversidade morfológica (Ferronatto, 2006). Essas plantas são extensivamente

estudadas quanto a sua composição química e atividade biológica, sendo que

algumas têm proporcionado o desenvolvimento de novos fármacos, inseticidas

dentre outros, além de apresentarem elevado valor sócio-econômico.

(Ferronatto, 2007). Em geral são consumidas principalmente na forma de chás

com indicações para males do estômago, fígado, anemias, inflamações,

diabetes, doenças na próstata, sendo também descritas para o processo de

desintoxicação do organismo (Trevisan, 2007). Uma visão mais detalhada cita

que no Brasil e Argentina, por exemplo, Baccharis crispa e a Baccharis

notosergila são usadas para curar feridas e inflamações. Em relação à

Baccharis genistelloides, no Brasil, cita-se o seu uso para variadas patologias,

sintomas e sinais, tais como desordens digestivas e do fígado, malária, úlceras,

diabetes, anemia, diarréia, inflamações urinárias, amigdalite, verminoses, mal

de Hansen, entre outras (Verdi, 2005).

Do ponto de vista fitoquímico, apesar de não mais que 15% das

espécies do gênero Baccharis terem sido estudadas quanto à sua composição,

pode-se observar que o gênero é caracterizado pelo acúmulo de

sesquiterpenos, diterpenos, triterpenos e flavonóides (Trevisan, 2007). É

nitidamente observado maior acúmulo de flavonas, flavonóis, diterpenos,

labdanos e clerodanos (Verdi, 2005), embora também se tenha verificado com

certa freqüência a presença de kauranos, germacreno, ácidos cumáricos,

tricotecenos e fenilpropanóides. Entre as espécies mais pesquisadas quanto à

composição química e/ou atividade biológica, encontra-se B. megapotamica, B.

incarum, B. trimera, B. trinervis, B. salicifolia, B. crispa, B. coridifolia, B.

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dracunculifolia, B. uncinella, B. grisebachii e B. tricuneata (Ferronatto, 2007;

Ferronatto, 2008; Ferronatto, 2006). Estudos com o gênero Baccharis relatam

propriedades capazes de inibir a ação da hialuronidase por extratos e óleos

essenciais produzidos por espécies desse gênero. A atividade antiinflamatória

de óleos essenciais produzidos por B. uncinella e B. dracunculifolia foram

avaliados por Marchesan (2006). Os resultados obtidos mostraram que a

atividade enzimática foi inibida 77,86% na presença de 50μL do óleo de B.

dracunculifolia e de 74,40% para o óleo de B. uncinella.

A espécie Baccharis dracunculifolia DC (De Candole), é popularmente

conhecida como vassoura ou alecrim-do-campo, é amplamente utilizada na

medicina caseira. Estudos de literatura relatam o uso medicinal e religioso do

“alecrim-do-campo” comercializado em mercados e feiras livres no Rio de

Janeiro (Azevedo & Silva 2006), assim como a utilização das folhas para

feridas (Fenner, 2006) e o uso dos ramos, em decocto, como antifebril

(Rodrigues & Carvalho, 2001). É uma planta dióica com as inflorescências

masculinas e femininas, cujo arbusto cresce em quase todo o Brasil, é a

principal fonte botânica da própolis verde no sudeste do Brasil.

Figura 5: Baccharis dracunculifolia.

A palavra própolis é de origem grega, pró significa defesa e polis cidade.

Este termo genérico é utilizado para denominar o material resinoso e balsâmico

coletado e processado pelas abelhas a partir de várias fontes vegetais, como

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por exemplo, a B. Dracunculifolia. As abelhas utilizam a própolis para diversas

finalidades: como medida de proteção contra intrusos, para manutenção da

temperatura interna e assepsia na colmeia (Salatino, 2005; Sousa, 2007). As

várias substâncias presentes na própolis provêm de flores, ramos, brotos,

exsudatos e de outras partes do tecido vegetal. Estas substâncias podem ser

modificadas na colmeia pela adição de secreções salivares (Santos, 2003). A

composição química da própolis é complexa e está relacionada com a flora da

região em que foi originada e a época da coleta, conseqüentemente, as

atividades biológicas podem ser distintas (Buriol, 2009), mas, em geral,

consiste em ceras, resinas, água, compostos inorgânicos, compostos fenólicos

e óleos essenciais (Mohammadzadeh, 2007).

Com relação à própolis brasileira, a mais popular e bem estudada é

chamada própolis verde, que tem origem da Baccharis dracunculifolia

(Asteraceae), amplamente distribuída nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil

(Park, 2002; Salatino, 2005). Neste tipo prevalecem os compostos

fenilpropanoídes (ácidos cafeícos, ferúlicos, p-cumarínicos e cinâmicos), mas

também é detectada a presença de dehidrocostus lactona, que mostrou

exercer várias atividades, inclusive contra o Trypanosoma cruzi (Teixeira,

2006).

Uma característica dos compostos fenólicos das própolis analisadas e

da espécie vegetal de B. dracunculifolia foi a alta proporção de artepilina C e

outros derivados do ácido cinâmico. Com base nas evidências fitoquímicas, B.

dracunculifolia foi identificada como a principal fonte vegetal das própolis

produzidas nos estados de São Paulo e Minas Gerais (Alencar, 2005). O

extrato de B. dracunculifolia mostrou a presença de germacreno-D,

biciclogermacreno, assim como derivados prenilados do ácido cumarínico.

Germacreno-D e o biciclogermacreno (14%) estão entre os principais

compostos do óleo essencial de B. dracunculifolia em conjunto com o delta-

cadineno (13%) e germacrona (5%) (Loayza, 1995).

Estudos têm provado que o óleo essencial dessa planta possui atividade

antiulcerogênica (Massignani, 2009), antimicrobiana (Ferronato, 2007), ações

antiprotozoários e contra esquistossomose (Parreira, 2010). Lage (2014) em

seu estudo avaliou a composição química do óleo essencial de B.

dracunculifolia e sua atividade acaricida em Rhipicephalus microplus tanto do

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óleo quanto de seus constituintes nerolidol e limonemo. Os principais

constituintes do óleo essencial foram nerolidol (22,3%), germacreno D (7,2%),

limoneno (6,9%), β-pineno (6,7) e biciclogermacreno (6,5%). A atividade

acaricida foi maior que 90% tanto para o óleo essencial quanto para o nerolidol,

o limonemo não apresentou atividade. Dessa forma, foi constatado que o óleo

essencial e seu principal constituinte, o nerolidol possui forte ação acaricida.

Pereira (2010) relatou em seu trabalho as atividades antiprotozoários,

esquistossomicida e antimicrobiana do óleo essencial de B. dracunculifolia.

Foram identificados 14 compostos oxigenados, sendo os principais o nerolidol

(33,51%) e espatulenol (16,24%). O óleo essencial mostrou atividade contra

formas promastigotas de Leishmania donovani, com valores de IC50 de 42 mg /

mL e também apresentou alta atividade conta Schistosoma mansoni , sendo

que todas as formas foram mortas nas concentrações de 10, 50 e 100 mg/mL.

Apesar de todos esses relatos sobre a atividade de B. dracunculifolia,

não há descrições sobre sua ação contra mosquitos, e principalmente contra C.

quinquefasciatus.

II) METODOLOGIA EXPERIMENTAL

II. 1) Recursos necessários

Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Insetos Vetores de

Doenças e no Laboratório de Farmacognosia da Universidade Federal de São

João Del-Rei/Campus Centro-Oeste Dona Lindu (UFSJ/CCO).

A seguir, encontram-se listados os equipamentos, reagentes e vidrarias

necessários para a execução deste projeto:

Equipamentos: agitador magnético (Nova Ética); freezer (Electrolux);

Liquidificador; micrótomo; destilador de água tipo Pilsen (SOLAB,

modelo SL71), estufa vertical (FANEM); equipamento de água de

Osmose Reversa (Vertex); estereomicroscópio (Zeiss); pHmetro

(AAKER, modelo mPA-210), Manta Aquecedora.

Produtos e reagentes: água destilada, ração para camundongos da

marca Purina, DMSO, azul de timol, vermelho de fenol, fenolftaleína,

álcool 70%, paraformaldeído, stefanine, formol, Entelan, extrato B.

dracunculifolia, OE de B. dracunculifolia.

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Materiais e vidrarias: pipeta graduada, micropipeta, pipeta pasteur,

proveta graduada, béquer, balão de vidro, funil, erlenmeyer, bastão de

vidro, aparelho de clevender, balão de fundo redondo, pérolas de vidro,

cubas plásticas (50 X 40 X 25cm), copos plásticos (300mL), luvas, filme

de PVC transparente.

II. 2) Procedimentos

II. 2.1) Obtenção da planta B. dracunculifolia

A planta B. dracunculifolia foi coletada no mês de outubro de 2015 no

Instituto técnico de agropecuária e cooperativismo - EPAMIG em Pitangui –

MG. As folhas foram separadas do caule e uma parte do total foi utilizada

imediatamente após a coleta para obtenção do óleo essencial, e outra parte foi

armazenada adequadamente para secagem no laboratório de Química de

Produtos Naturais/Farmacognosia da Universidade Federal de São João del-

Rei no Campus Centro-Oeste Dona Lindu para posterior obtenção do extrato

etanólico.

Figura 6: B. dracunculifolia recém coletada.

II. 2.2) Obtenção do óleo essencial de B. dracunculifolia

Para obtenção do OE foi realizada a técnica de arraste de vapor

utilizando aparelho de clevenger. Pesou-se 200g de plantas fresca a qual foi

levada ao liquidificador para ser triturada juntamente com 800 mL de água. A

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mistura foi então levada ao balão de vidro contendo pérolas de vidro, onde

ocorreu a extração durante um tempo de 5 horas, da seguinte forma: conteúdo

do balão foi aquecido, os vapores de água entraram em contato como

condensador, e posteriormente passaram pelo tudo de resfriamento, por ser

mais leve o óleo ficou concentrado sob a camada de água. Após a extração o

OE foi coletado e armazenado a -4ºC.

Figura 7: Esquema utilizado para extração do óleo essencial

II. 2.3) Obtenção do extrato etanólico de B. dracunculifolia

Para obtenção do extrato etanólico de B. dracunculifolia, após obtenção

da planta seca, esta foi triturada em liquidificador. Para realizar a maceração foi

pesado 50 g da folha triturada e misturou-se a 300 mL de etanol a 70%, a

mistura foi deixada em contato durante dois dias. Posteriormente, o macerado

foi filtrado e logo após foi realizada a secagem utilizando rotaevaporador.

II. 2.4) Obtenção dos espécimes de C. quinquefasciatus

As formas imaturas de C. quinquefasciatus foram obtidas do criadouro

semi-natural mantido dentro do CCO/UFSJ em Divinópolis, MG. As fêmeas

dos mosquitos fizeram a postura em cubas plásticas (50 X 40 X 25 cm)

contendo cerca de 25 litros de água deionizada e aproximadamente 10 “pelets”

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(20g cada) de ração rotineiramente utilizada para a alimentação de

camundongos (Labina - Purina®) (Figura 8). As cubas foram preparadas cerca

de 10 dias antes da primeira postura e deixadas em condições naturais de

temperatura e fotoperíodo.

Figura 8: Criadouros de C. quinquefasciatus UFS/CCO

II. 2.5) Bioensaios

Em cada teste foram utilizadas 300 larvas de 3º e 4º instares, as quais

foram divididas por recipientes em grupos de 20 larvas. As larvas foram

expostas ao extrato de B. dracunculifolia nas concentrações de 200, 100, 50 e

25ppm. Em cada recipiente foram colocados 100 mL da solução em suas

devidas concentrações e ração para camundongos para alimentação das

larvas. Para o grupo controle foi utilizado um total de 60 larvas, sendo três

recipientes plásticos com 20 larvas cada um. Em cada recipiente foi colocado

100 mL de água deionizada e ração para camundongos.

As larvas também foram expostas ao OE de B. dracunculifolia nas

concentrações de 200, 100, 50 e 25 ppm. Para a dissolução do óleo foi

necessário a utilização de DMSO a 0,5%. Em cada recipiente foram colocados

100 mL da solução em sua concentração adequada e ração para alimentação

das larvas. Para o grupo controle utilizou-se um total de 60 larvas, sendo

dividas em grupos de 20 por recipiente. Em cada recipiente continha 100 mL de

água deionizada juntamente com DMSO 0,5%, além de ração para alimentação

das larvas.

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Os experimentos foram realizados em triplicata e seguiram o protocolo

da Organização Mundial da Saúde (WHO, 1970).

II. 2.6) Análise fitoquímica

II. 2.7) Estudos morfológicos das larvas

As Larvas de C. quinquefasciatus de 3o e 4o instares foram expostas a

concentração sub-letal do OE de B. dracunculifolia durante uma e 24 horas.

Utilizou-se um total de 10 larvas para o tratado e 10 larvas para o grupo

controle. Após o tempo de exposição à solução inseticida, foram retiradas a

cabeça e sifão respiratório das larvas para posterior fixação.

A fixação foi realizada utilizando três diferentes fixadores: Stefanini,

formol e paraformaldeído. No fixador Stefanini e em Paraformaldeído as larvas

foram deixadas por 24 horas. Em formol, um grupo de larvas foi deixado

durante 24 horas e outro grupo de larvas foi deixado durante 48 horas. Depois

de completado o tempo de contato das larvas com os fixadores, essas foram

retiradas e armazenadas em álcool 70% para posterior emblocagem, corte e

montagem das lâminas.

Antes de realizar a emblocagem as larvas, sem cabeça e sem sifão,

foram deixadas em tampão fosfato por 24 horas. Após foram deixadas em

álcool 70% durante 15 minutos, álcool 80% durante 15 minutos, álcool 90%

durante 15 minutos e álcool absoluto durante 30 minutos. Posteriormente as

larvas ficaram em solução álcool-resina na proporção 1:1 durante 30 minutos e

após na solução álcool-resina 1:2 durante 30 minutos. Finalmente as larvas

foram deixadas em resina pura over night. Dessa forma, estavam prontas para

serem incluídas. Na emblocagem, ou inclusão, as larvas foram posicionadas no

fundo do recipiente de plástico e colocou-se então a resina juntamente com o

catalisador. Após foram deixadas no vácuo por duras horas e posteriormente o

bloquinho de resina foi retirado e colado no bloquinho de madeira.

Os cortes para montagem das lâminas foram realizados em micrótomo

com espessura de ?????? e posicionados nas lâminas.

Após a montagem das lâminas realizou-se a coloração de Hematoxilina

e Eosina (HE). As lâminas foram deixadas em água destilada por um minuto.

Posteriormente foram mergulhadas em Hematoxilina por cinco minutos, deixou

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reagir com água da torneira por 4 minutos (água parada) e lavou-se em água

corrente. Após, as laminas foram deixadas em contato com eosina durante 5

minutos e posteriormente lavadas em água corrente. Após a secagem das

lâminas colou-se lamínulas utilizando resina sintética (Entelan®).

II. 2.8) Testes bioquímicos

Os ensaios bioquímicos foram realizados utilizando larvas de C.

quinquefasciatus expostas a dose sub letal do OE de B. dracunculifolia durante

uma e 24 horas. Foram feitas três repetições para cada experimento em dias

distintos. Após a exposição das larvas a dose sub-letal, 30 larvas foram

separadas para cada experimento e armazenadas em ultra freezer para

posteriores análises bioquímicas. As larvas do grupo controle foram expostas a

água deionizada e receberam o mesmo procedimento.

Cada grupo de larvas foi colocado separadamente em Tampão Tris HCl

20 mM, pH 7,4, e homogeneizadas em homogeneizador tipo potter. Após a

homogeneização, as amostras foram centrifugadas a 10.000 rpm durante 10

minutos. O pellet foi descartado e o sobrenadante recolhido e mantido sob

refrigeração para posteriores análises bioquímicas.

A determinação das concentrações de glicose e triglicerídeos nas

amostras foram realizadas utilizando kits enzimáticos colorimétricos

comercialmente disponíveis (Doles), sendo todos os ensaios realizados em

triplicata.

O cálculo para glicose foi realizado utilizando a seguinte fórmula:

Já o cálculo para TAG foi realizado da seguinte forma:

As dosagens de proteína foram determinadas pelo método descrito por

HARTREE (1972), usando como padrão BSA na concentração de 0 a

120μg/μL. Foram utilizados 50 μL de amostra misturados a 950 μL de água

deionizada resultando em 1 mL de solução final. A essa solução final foram

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adicionados 0,900 mL de reagente A (Preparado com a diluição em 1 L de

água deionizada de 2 g de tartarato de sódio e potássio + 100 g de Na2CO3 +

20 g de NaOH), posteriormente homogeneizou-se a mistura e aqueceu-a por

10 min a 50°C. Logo após, deixou-a esfriar a temperatura ambiente e

adicionou-se 0,100 mL de reagente B (preparado com a diluição em 1 L de

água deionizada de 2 g de tartarato de sódio e potássio + 1 g de CuSO4 . 5 H2O

+ 0,4 g de NaOH). A solução foi agitada e incubada por 10 min a temperatura

ambiente e em seguida foi adicionado 3,0 mL de reagente C (Reagente de

FolinCiacalteus® diluído em água deionizada na proporção de 1:14).

Posteriormente, a mistura foi homogeneizada e aquecida por 10 min a 50°C.

Após esfriar a temperatura ambiente, realizou-se a leitura no espectrofotômetro

em comprimento de onda de 650 nm. Os ensaios também foram realizados em

triplicata.

O cálculo para proteínas totais é realizado da seguinte forma:

ABS medida -------- 50 µL de amostra

Y ----------- 1 µL

Y = ABS para cada µL

Y x fator de correção* = concentração de proteínas (µg/µL)

*O fator de correção é obtido através da curva padrão de BSA podendo

variar de acordo com a construção da curva. No caso dos experimentos

realizados neste trabalho o fator de correção utilizado foi de 543,48.

II. 2.9) Análise de pH do tubo intestinal das larvas

Foram utilizados os indicadores Vermelho de Fenol (pKa 7,9), Azul de

Timol (pKa 8,2) e Fenolftaleína (pKa 9), todos em solução a 0,5%. 100 Larvas

de 3º e 4º instares de C. quinquefasciatus foram divididas em grupos de 20 em

cada recipiente e expostas a CL50 do OE de B. dracunculifolia. O grupo controle

continha apenas água deionizada e DMSO. Após o tempo de uma e 24 horas

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as larvas foram retiradas da substância, separadas em grupos de 10 larvas,

colocadas em um recipiente contendo aproximadamente 10 mL de água

deionizada, onde posteriormente acrescentou-se cada indicador de pH.

Para cada teste foram adicionadas aproximadamente 20 gotas de

Fenolftaleína, dez gotas de Azul de Timol e dez gotas de Vermelho de Fenol

em aproximadamente, 30 mL de água, estavam presentes as larvas. As

mesmas condições foram realizadas com o grupo controle.

Os resultados foram obtidos a partir da visualização do tubo intestinal

das larvas utilizando um estereomicroscópio. Todas as larvas foram

observadas com os três indicadores.

Tabela 1: Referências de pH e suas respectivas colorações.

Indicador de pH pH Coloração

Fenolftalína 8,0 – 10 (incolor - rosa)

Azul de Timol 8,0 – 9,5 (amarelo – azul)

Vermelho de Fenol 6,5 – 8,0 (amarelo – vermelho)

Para a determinação dos parâmetros colorimétricos do pH foi realizado o

procedimento de tubos múltiplos, no qual utilizou-se uma solução de ácido

acético (CH3COOH) e com o auxílio de uma bureta adicionou-se quantidades

necessárias de solução básica (NaOH) para atingir os pHs requeridos. Para

aferir os pHs utilizou-se um pHmetro. Em seguida, adicionou-se os indicadores

de pH nos tubos com os padrões de pH pré-estabelecidos. Foram adicionadas

seis gotas em cada tubo dos seguintes indicadores, Vermelho de Fenol e Azul

de Timol, e 12 gotas para o indicador Fenolftaleína (Figuras 9 – 11).

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Figura 9: Determinação de parâmetros de pH entre 6,5 e 8,0 de Vermelho de

Fenol.

Figura 10: Determinação de parâmetros de pH entre 8,0 e 9,5 de Azul de

Timol.

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Figura 11: Determinação de parâmetros de pH entre 9,0 e 10,0 e acima de

10,0 de Fenolftaleína

II. 2.10) Análise estatística

A determinação das doses sub-letais foram submetidas a análise de

Probit através do programada DL50. Conforme a WHO preconiza, os

bioensaios foram feitos em triplicata de experimento, sendo utilizado para cada

experimento um total de 240 larvas por dosagem e por inseticida.

Os dados da mensuração morfológica foram analisados com auxílio do

software BioEstat 5.0. Visando identificar variações entre os resultados,

aplicou-se o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e posteriormente os testes

de variância ANOVA/Tukey ou Kruskal-Wallis/Dunn.

III) RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi obtido um total de 4,84 g de extrato etanólico seco, com cor marrom-

esverdeado e odor característico de própolis. Dessa forma, foi calculado o

rendimento através seguinte fórmula:

Assim, o rendimento do extrato etanólico obtido foi de 9,68%.

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Já o rendimento do óleo essencial foi calculado usando a seguinte

formula:

O volume total de OE obtido através da técnica de arraste de vapor foi

de 1,21 mL, o óleo obtido possuiu uma cor amarelo- claro e um cheiro

marcante e característico desse tipo de óleo. A densidade considerada foi de

932 mg/mL. Dessa forma, obtemos um rendimento de 0,56%. Conforme

amplamente mencionado na literatura há um baixo rendimento na produção

dos OE em geral. Comparando nosso resultado com o resultado de Loyaza

(1995), o qual obteve um rendimento de OE de B. dracunculifolia de 0,32%

utilizando a mesma técnica de arraste de vapor e partindo de um total de 1 kg

de folhas e de Lage (2015) que obteve um rendimento de 0,8% utilizando esta

técnica e partindo do total de 300g de folhas de B. Dracunculifolia podemos

considerar que tivemos um rendimento relativamente bom. Além disso, O

rendimento normalmente é afetado por diversos fatores, como variações

fisiológicas inerentes à planta (fase de desenvolvimento, ciclo de polinização,

variações sazonais, condições de estresse da planta), condições ambientais

(clima, poluição atmosférica, características do solo), variações geográficas,

características genéticas dos cultivares, entre outros (Figueiredo, 2008).

Para verificar a ação do extrato e do óleo essencial de B. dracunculifolia,

foram analisados os índices de mortalidade nos testes de susceptibilidade após

a exposição das larvas ao extrato etanólico e ao óleo essencial. Para cada

teste foram utilizadas 300 larvas e os mesmos foram realizados em triplicata.

Os resultados são mostrados nas tabelas e nos gráficos a seguir:

Tabela 2: Mortalidade de larvas de C. quinquefasciatus após exposição ao óleo

essencial de B. dracunculifolia

Concentração do óleo essencial de B. dracunculifolia Mortalidade

200 ppm 173

100 ppm 133

50 ppm 104

25 ppm

Controle

85

6

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30

Tabela 3: Mortalidade de larvas de C. quinquefasciatus após exposição ao

extrato etanólico de B. dracunculifolia

Concentração do óleo essencial de B. dracunculifolia Mortalidade

200 ppm 6

100 ppm 6

50 ppm 5

25 ppm

Controle

4

4

Através da análise dos dados apresentados podemos observar que o

óleo essencial mostrou uma boa atividade sobre as larvas de C.

quinquefasciatus causando muitas mortes. Como já era esperado, o maior

número de larvas mortas foi obtida na maior concentração, sendo a

mortalidade diminuída de acordo coma diminuição da concentração ( gráfico 1).

Dessa forma a CL50 calculada para o óleo essencial foi de 50 ppm, com uma

variância de 43,751 – 55,275.

Gráfico 1 : Mortalidade de larvas após a exposição ao óleo essencial de B.

dracunculifolia.

Já o extrato etanólico não foi capaz de causar um número de mortes

significativo. Como podemos observar (gráfico 2) , apesar da linearidade dos

dados, ou seja, houve maior número de mortes na maior concentração, e

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menor número de mortes na menor concentração, a quantidade de mortes foi

extremamente pequena para a quantidade de larvas analisadas. Assim, não foi

possível realizar o teste de probit e verificar a CL50 para o extrato etanólico.

Gráfico 2 : Mortalidade das larvas após a exposição ao extrato etanólico de B.

dracunculifolia.

Devido ao fato da impossibilidade de cálculo da CL50 para o extrato

etanólico das folhas de B. dracunculifolia, a continuação dos experimentos só

foi possível utilizando o óleo essencial, o qual obtivemos a CL50 de 50 ppm.

As larvas de C. quinquefasciatus foram expostas a CL50 do óleo

essencial de B. dracunculifolia durante 1 hora e durante 24 horas, após esses

períodos as larvas foram retiradas da solução para realizarmos análises

histológicas e bioquímicas.

IV) CONSIDERAÇÕES FINAIS

V) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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