universidade federal do parÁ ufpa instituto de … · 2015-05-19 · o relatório deste produto 1...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS-OCEANOGRAFIA

ADALBERTO RABELO AKEL

RELATÓRIO

BELÉM, 2013

2

Sumário INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3

ÁREA DE ESTUDO ..................................................................................................................... 4

OBJETIVOS ................................................................................................................................. 4

MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................................... 5

RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................. 6

Maré .......................................................................................................................................... 6

TSM........................................................................................................................................... 2

Salinidade .................................................................................................................................. 3

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 4

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 5

3

INTRODUÇÃO

O presente relatório faz parte do trabalho de consultoria referente ao projeto

intitulado de: “Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços

da Bacia Amazônica, Considerando a Variabilidade Climática e a Mudanças

Climáticas”.

Este primeiro documento (produto 1) está voltado para a coleção de uma banco

de dados de variáveis oceanográficas que auxiliem no entendimento do projeto, como

exemplo, pode-se citar: maré, salinidade e TSM.

Neste produto 1 serão mostrados os procedimentos e analise dos dados

disponíveis, de modo gratuito via sensoriamento remoto. As variáveis em questão são

importantes indicativos da qualidade da água e da própria dinâmica dos estuários do

Guajará e do Amazonas que ficam no entorno da Ilha do Marajó.

Estes parâmetros são importantes também na questão socioeconômica, pois a

região do Marajó abriga recursos naturais como espécimes de peixes e animais que por

sua vez são dependentes do equilíbrio dos ecossistemas e.g. Manguezais. (THEVAND

et. al., 2005).

4

ÁREA DE ESTUDO

A área de estuda situa-se na região tropical, de característica úmida, em que

apresenta uma estação seca (julho a dezembro) e outra chuvosa (janeiro a maio), situada

entre as latitudes de 15° nos hemisférios sul e norte, caracterizadas por elevadas e

constantes precipitações (>1.500mm/ano) altas temperaturas (>20°C) com pouca

variabilidade térmica. (SOUZA FILHO, 2005; SOUZA FILHO et. al., 2005).

A área está sujeita ao um regime de macromaré semidiurna, com variações em torno

de 4 m (DHN, 2013).

OBJETIVOS

O relatório deste Produto 1 tem como finalidade:

Obter dados das variáveis oceanográficas (maré, salinidade e TSM).

Confeccionar mapas destas variáveis em séries temporais, dependendo de sua

disponibilidade.

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MATERIAL E MÉTODOS

Inicialmente o trabalho foi realizado a partir de um pré-processamento em que

consistiu de se fazer o download dos dados das variáveis oceanográficas.

A Tabela 01 sintetiza as características dos dados obtidos

Variável Região Site

Maré Barra norte do rio Amazonas;

Ilha dos Guarás, Breves, Ilha

do Mosqueiro; Porto de

Belém; Porto de Santana –

ICOMI (AP); Porto de Vila

do Conde (PA)

www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/index.htm

Salinidade Global http://podaac.jpl.nasa.gov/

TSM Lat 3S-4N; Long 51,9W-

41,40W

www.oceanwatch.pfeg.noaa.gov

Após o download de dados de maré foram plotados os gráficos de sua altura para os

pontos do entorno da Ilha do Marajó (Barra Norte do Rio Amazonas; Ilha dos Guarás;

Breves, Ilha do Mosqueiro; Porto de Belém; Porto de Santana; Porto de Vila do Conde)

disponíveis no portal da DHN (diretoria de Hidrografia e Navegação). Para a variável

(TSM) foi feito uma formatação dos dados no excel, isto é, retirar os valores errados que

invariavelmente os sensores remotos capturam. Esta etapa é importante para que os

resultados da interpolação saiam mais precisos possíveis e que os mapas gerados saiam

mais apresentáveis. Para os dados de salinidade foram obtidos os mapas de salinidade

mensais que a PODAAC, fornece mensalmente.

http://www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/index.htm

http://podaac.jpl.nasa.gov/

http://www.oceanwatch.pfeg.noaa.gov/

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados são mostrados em anexos, numerados de 1 a 9, sendo: Barra norte

do Rio Amazonas-Anexo 1; Brêves-Anexo 2; Ilha dos Guarás- Anexo 3; Ilha do

Mosqueiro- Anexo 4; Porto de Belém-Anexo 5; Porto de Santana-AP- Anexo 6; Porto

de Vila do Conde-PA-Anexo 7; Mapas de TSM de 2008-2013-Anexo 8 e salinidade-

2012_2013-Anexo 9.

Maré

As marés são formadas pela atração gravitacional que a Terra, Lua e o

Sol exercem uns aos outros e pela força centrifuga decorrente do movimento de rotação

da Terra. As partículas de água, livres no oceano, movimentam-se em associações a

essas forças estabelece os ciclos de maré. (Silva et al., 2004).

As marés são agentes de transformação da morfologia ou do próprio ambiente

costeiro (ou fisiografia da praia) (Fig. 01), principalmente quando a amplitude de maré é

superior a 1m, como ocorre no entorno da Ilha do Marajó. Algumas dessas feições

(barreiras) que podem ser geradas pela maré incluem: swash bar; ridge and runnel and

sand waves, slip-face bars, low-amplitude ridges e sand waves (Masselink et al., 2006).

Figura 1 Esquema da fisiografia do ambiente de praia

A presença ou não de barras arenosas está associadas às condições ambientais

como: maré, energia de ondas, tamanho médio do grão, D50, entre outros que ajudam a

caracterizar a forma de fundo da praia e a própria questão da energia do ambiente,

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variando de refletiva (assoalho menos plano) a dissipativa (assoalho mais plano) (Scott

et al 2011).

A região no entorno da ilha do Marajó apresenta marés, em que algumas

situações de sizígias, podem ultrapassar a altura de 5m (visualização dos meses ao

longo dos anos no anexo 2), de acordo com os dados de previsão mostrados na tábua de

marés. (DHN, 2012). Os dados disponíveis de maré para esta região são os seguintes:

Brêves (PA)

Ilha do Mosqueiro (PA)

Ilha dos Guarás (PA)

Porto de Belém (PA)

Porto de Vila do Conde (PA)

Barra Norte do Rio Amazonas - Ponta do Céu (AP)

Porto de Santana – ICOMI (AP)

Brêves (PA)

Ao longo dos meses a maré apresenta dois períodos de sizígia e dois de

quadratura. Ao longo dos trimestres pode-se visualizar mais claramente esse

comportamento, como descrito abaixo:

1º trimestre 2008 (janeiro, fevereiro e março) apresentou um altura

máxima de maré de sizígia no valor de 1,4 m e valor mínimo de 0 (zero).

Para a maré de quadratura o valor (pode ser a altura ?) máximo ficou em

1,2 m e valor mínimo em -0,1 (zero) m. Nesses três meses a média da

altura de maré foi de 0,707 m.

2º trimestre 2008 (abril, maio e junho) apresentou um altura máxima de

maré de sizígia no valor de 1,4 m e valor mínimo de 0 (zero). Para a

maré de quadratura o valor máximo ficou em 1,1 e valor mínimo em -0,1

m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 0,599 m.

3º trimestre 2008 (julho, agosto e setembro) apresentou um altura

máxima de maré de sizígia no valor de 1,4 m e valor mínimo de 0,2 m

(zero). Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 1,2 m e valor

mínimo em 0,1 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

0,723 m.

4º trimestre 2008 (outubro, novembro e dezembro) apresentou um altura


Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 1 m e valor mínimo

em –0,2 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 0,592 m.


máxima de maré de sizígia no valor de 1,2 m e valor mínimo de 0,1 m.

Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 1,5 m e valor


0,712 m.

8


maré de sizígia no valor de 1,3 m e valor mínimo de -0,3 m. Para a maré

de quadratura o valor máximo ficou em 1,4 m e valor mínimo em 0,1 m.

Nesses três meses a média da altura de maré foi de 0,599 m.


máxima de maré de sizígia no valor de 1,2 m e valor mínimo de -0,1 m.



0,713 m.





0,592m.




mínimo em 0 (zero) m. Nesses três meses a média da altura de maré foi

de 0,719 m.


maré de sizígia no valor de 1,4 m e valor mínimo de 0 (zero). Para a

maré de quadratura o valor máximo ficou em 1,1m e valor mínimo em -

0,2 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 0,595 m.




mínimo em 0 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

0,708 m.


máxima de maré de sizígia no valor de 1,4 m e valor mínimo de 0 (zero)

m. Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 1,1 m e valor

mínimo em –0,2 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

0,593 m


máxima de maré de sizígia no valor de 1,2m e valor mínimo de 0 (zero).

Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 1,5m e valor mínimo

em 0,2 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 0,714m.







9



0,717m.





0,601 m.





0,653 m.









0,653 m.





de 0,655 m.





de 0,654 m.



de quadratura o valor máximo ficou em 1,3 m e valor mínimo em 0

(zero) m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 0,665 m.





0,650 m.



10


mínimo em 0 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

0,661 m.

FAZER A MESMA COISA AQUI ?

Ilha do Mosqueiro (PA)







em 0,5m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,852m.


maré de sizígia no valor de 3,6m e valor mínimo de 0,1m. Para a maré de

quadratura o valor máximo ficou em 3,1 e valor mínimo em 0,6m.

Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,865m.


máxima de maré de sizígia no valor de 3,5m e valor mínimo de 0,1m.





Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 3m e valor mínimo



máxima de maré de sizígia no valor de 3,6m e valor mínimo de -0,1m.





quadratura o valor máximo ficou em 3m e valor mínimo em 0,7m.










11


máxima de maré de sizígia no valor de 3,7m e valor mínimo de 0m. Para

a maré de quadratura o valor máximo ficou em 3,3m e valor mínimo em

0,4m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,857m.



quadratura o valor máximo ficou em 3,2m e valor mínimo em 0,6m.







máxima de maré de sizígia no valor de 3,7m e valor mínimo de 0(zero)

m. Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 3,1m e valor

mínimo em 0,6m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

1,869m


máxima de maré de sizígia no valor de 3,7m e valor mínimo de 0

(zero)m. Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 3,5m e

valor mínimo em 0,4m. Nesses três meses a média da altura de maré foi

de 1,857m.


maré de sizígia no valor de 3,7m e valor mínimo de 0 (zero)m. Para a

maré de quadratura o valor máximo ficou em 3,2m e valor mínimo em










de 1,871m.









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máxima de maré de sizígia no valor de 4m e valor mínimo de 0 (zero).


em 0,3. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 2,000m.






Ilha dos Guarás (PA)













máxima de maré de sizígia no valor de 4,5m e valor mínimo de 0,2m

(zero). Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 4,1m e valor

13


2,378m.






















máxima de maré de sizígia no valor de 4,9m e valor mínimo de 0(zero)m.


em 0 (zero) m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

2,379m.












em 0,4m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 2,387m





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de 2,374m.






















maré de sizígia no valor de 5,4m e valor mínimo de -0,1m. Para a maré

de quadratura o valor máximo ficou em 4,7m e valor mínimo em 0,4m.







máxima de maré de sizígia no valor de 5,4m e valor mínimo de 0 (zero)

15



2,690m.


Porto de Belém (PA)




































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máxima de maré de sizígia no valor de 3,7m e valor mínimo de 0,2 m.








maré de sizígia no valor de 3,7m e valor mínimo de 0m. Para a maré de
















maré de sizígia no valor de 3,6m e valor mínimo de 0 (zero) m. Para a




máxima de maré de sizígia no valor de 3,4m e valor mínimo de 0,2 m.

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em 0m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,861m.


Porto de Vila do Conde (PA)










de quadratura o valor máximo ficou em 2,8 e valor mínimo em 0,2m.








18


em –0,1m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,685m.




em 0 (zero)m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

1,689m.
















em -0,1 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,687m.





















19



































m. Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 3m e valor


1,693m.



m. Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 3m e valor


1,707m.

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Barra Norte do Rio Amazonas - Ponta do Céu (AP)







em -0,1 (zero) m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

1,937m.


maré de sizígia no valor de 5m e valor mínimo de 0,5m. Para a maré de




máxima de maré de sizígia no valor de 4,6m e valor mínimo de 0,1m

(zero). Para a maré de quadratura o valor máximo ficou em 4,1m e valor

mínimo em -0,1m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

1,957m.





2,446m.












em -0,1m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,946m.







21


em -0,2 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,947m.


maré de sizígia no valor de 5m e valor mínimo de 0,4m. Para a maré de






em -0,2m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 1,930m.





















de 2,221m.













22










maré de sizígia no valor de 4,5m e valor mínimo de 0 (zero) m. Para a


0,4 m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de 2,223m.


máxima de maré de sizígia no valor de 4,4m e valor mínimo de 0 m. Para







2,219m.


Porto de Santana – ICOMI (AP)









maré de sizígia no valor de 3,9m e valor mínimo de 0,4 m. Para a maré

de quadratura o valor máximo ficou em 3,6 e valor mínimo em 0,3m.








23




máxima de maré de sizígia no valor de 3,7m e valor mínimo de 0 m. Para











1,781m.








em 0 (zero) m. Nesses três meses a média da altura de maré foi de

1,866m.


maré de sizígia no valor de 3,9m e valor mínimo de 0,4 m. Para a maré








máxima de maré de sizígia no valor de 3,6m e valor mínimo de 0(zero)



1,567m







24











































25

O regime de marés pode influenciar na dinâmica da região e contribuir para

alterações no comportamento das correntes (costeiras e oceânicas).

6.4.2.1. Ano de 2005

Para o ano de 2005, no Cabo Maguary, nas Ilhas dos Guarás e do Mosqueiro

podem-se caracterizar ao longo do mês dois períodos de marés de sizígia e dois períodos

de marés de quadratura. As características das marés na área de estudo são mostradas na

Tabela 6.3.

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Tabela - Características da maré na área de estudo . FAZER uma tabela a cada ano de estudo Local/Ano Maré na

Descarga

Máxima

(Maio)

Maré na

Descarga

Mínima

(Novembro)

Maré no Aumento

Descarga

(Fev-Abr)

Maré na

Diminuição

Descarga

(Set-Out)

Nível médio

(m)

Max, Min. e Méd. de Sizígia e

Quadratura

(m)

Onda de maré

(m)

Ocorrência de

Fenômenos

Naturais

Cabo Maguary

Ilha dos Guarás

Ilha do

Mosqueiro

Entre

outras

estações

???

TEM ALGUMA ANORMALIDADE DA MARÉ?????

QUE TIPO DE MARÉ É ISSO?

1

NBCC TEM Muito literatura que mostra o comportamento da NBC durante as

estações (tem figuras coloridas) tem uma literatura muito recente a respeito – há a

necessidade de mostrar isso.

No caso da corrente norte do Brasil (NBC) é uma corrente associada ao giro

subtropical do atlântico sul, ela tem origem no Hemisfério sul, próximo da latitude de

10ºS, numa região onde há uma divisão da corrente sul equatorial, onde também se

origina uma outra corrente: a do Brasil (BC) (Stramma, 1991). A NBC é a maior

corrente de contorno oeste em baixas latitudes no atlântico que transporta águas para o

norte, além do equador (Johns et al., 1998). Nesta corrente pode-se perceber influência

da maré (ou do ciclo hidrológico pela descarga dos rios), em que dependendo do

período do ano, pode-se perceber a corrente (norte do Brasil) ou a própria maré como

mais influente sobre a região costeira. (Anexo de TSM).

Todavia a dinâmica que envolve a BC e NBC são diferentes (Fig. 02), embora

tenham uma origem em comum, porém questões relacionadas com as feições destas

correntes ainda carecem de grandes investigações na questão da circulação oceânica

(Silveira et al., 2000).

Fig. 02. Origem das correntes: do Brasil e Norte do Brasil. Fonte: Behling et al. 2000

2

Os comportamentos das correntes de oeste são muitos complexos. A costa norte

do Brasil é um lugar onde há uma particularidade em relação à corrente norte do Brasil,

uma vez que seu fluxo é alterado sazonalmente entre a continuação da trajetória da

corrente rumo à Guiana ou a retroflexão desta para a contra corrente do norte

Equatorial. A corrente norte do Brasil apresenta diversos vórtices ciclônicos e

anticiclônicos e esses padrões de circulações são muito complexos, mesmo

considerando características macrocópicas, uma vez que algumas descobertas sobre

esses padrões de circulação começaram a ser descobertos recentemente (Csanady,

1990).

Em termos de comportamento que envolve a corrente norte do Brasil, outros

autores também investigaram a respeito, como (Ma, 1996) que buscou mostrar, por

métodos analíticos e numéricos, a dinâmica no contorno oeste no oceano atlântico para

algumas forçantes como: as ondas de Rossby e os ventos que podem resultar numa

translação de eddies ao longo da costa do Brasil. Fenômenos das quais interferem na

circulação.

As águas do hemisfério sul têm seus caminhos para o atlântico norte através de

dois mecanismos primários: anéis projetados em latitude baixas da corrente norte do

Brasil pela retroflexão para o interior e uma retificação nas camadas superficiais quentes

da corrente norte do Brasil que alimentam a contra corrente norte equatorial, da qual um

dos responsáveis por este movimento é o transporte de ekman. (Goni et al., 2000).

Região de formação e retroflexão da corrente norte do Brasil. Fonte: (Goni et al., 2003).

TSM

Uma alternativa de estudar a TSM é a partir de sensores em plataformas orbitais,

que permitem acompanhar a evolução numa série temporal numa determinada área

geográfica. Esses dados estão disponíveis em várias fontes, dependendo do lugar do

3

globo e o período de coleta do sensor. No trabalho, coletou-se dados da NOAA, a fim

de elaborar mapas ao longo dos anos entre 2008 e 2013.

Segundo (Santos et al., 2008) que realizou um trabalho nas proximidades dos

rios Amazonas e Pará, os valores de TSM variaram entre 26,5 até 28,9ºC, apresentando

um valor médio de 28,1ºC. Outros autores como (Pereira et al., 2012) que

desenvolveram trabalhos semelhantes, verificaram que a temperatura da superfície da

água na costa amazônica é relativamente alta, variando, em torno, 2ºC.

Na área de estudo o intervalo de temperatura ficou, por volta, entre 25 e 32ºC. O

cenário da TSM para o período chuvoso (próximo ao mês de junho) mostrou que águas

tendem a ficar mais aquecidas no entorno da região da ilha do Marajó, possivelmente

devido a influencia fluvial proveniente dos rios Amazonas, Pará e das baias do Marajó e

Guajará que geralmente apresentam maiores valores de temperatura ?????. Para o

período seco (próximo ao mês de novembro), os valores de TSM tendem, de modo

geral, a apresentar aguas menos aquecidas, devido ao fato das drenagens terem

diminuído a descarga e diminuído o gradiente térmico na bacia, como fora observado

nos mapas (Mapas de TSM de 2008-2013-Anexo 8).

- DA MESMA FORMA – TEMOS QUE FAZER UM APANHADO DA LITERATUA DISPONÍVEL NA

INTERNET ?

- QUAIS A INFLUENCIA DA DESCARGA SOBRE A TSM ? SAZONALMENTE

COMO SE COMPORTA A TSM SAZONALMENTE _ ISSO é muito evidente nas imagens

- TEVE ANORMALIDADE DA TSM ?

Validar estas informações com uma rica literatura disponível na internet

Salinidade

A região costeira do estado do Pará há condições naturais que determinam um

caráter diferenciado de outros locais, como: alta energia hidrodinâmica e baixa

salinidade durante o período de maior índice de chuvas (Pereira et al., 2012). Estes

mesmo autores encontraram valores de salinidade diferenciados para cada período do

ciclo hidrológico (mais e menos chuvoso). Estes valores são apresentados a seguir:

Novembro, mês em que a descarga e o índice de chuvas são menores, encontrou valores

elevados entre 34,6 – 37,4; Junho, mês em que a descarga e o índice de chuvas são

acentuados, os valores de salinidade foram baixos, variando entre 5,7 - 8,8psu.

Autores como (Santos et al., 2008) que estudaram a influências dos rios Pará e

Amazonas na plataforma adjacente na região costeira amazônica, encontrou valores de

salinidade semelhantes ONDE ? durante os cruzeiros oceanográficos. Esses autores

demonstraram que esta variável apresenta uma larga variabilidade espacial na região

costeira, decorrente da descarga fluvial desses rios. Encontraram valores mínimos, na

área da costa, por volta de 2,4psu e valores máximos de 36,17psu em área oceânica.

Esta salinidade pode ser refletida a noroeste, isto é, a corrente norte do Brasil influencia

na distribuição de sal nesta região.

4

Estudar a salinidade era uma variável que apresentava suas limitações de

medições em escala sinótica. Todavia, em junho de 2011, um satélite em parceria entre

as instituições NASA/EUA (Agência Espacial Norte Americana) e a CONAE/Argentina

(Comissão Nacional de Atividades Espaciais) tiveram como missão a medição da

salinidade a partir do espaço, por meios de sensores remotos (PO.DAAC, 2013). Este

trabalho utilizou imagens da variabilidade da salinidade que foram elaborados por esta

organização, ou seja, utilizou dados remotos coletados a bordo do satélite Aquarius.

Estes dados podem ser visualizados no salinidade-2012_2013-Anexo 9.

CONCLUSÃO

A análise multidisciplinar das variáveis: maré, salinidade e TSM ajudaram a

compreender a dinâmica no arquipélago do Marajó e no entorno da região. Foi possível

perceber que as influências das drenagens fluviais são importantes para a região.

A quantidade d’água carregada pelos rios amazônicos influenciaram diretamente as

variáveis estudadas ao longo do ciclo hidrológico, isto é, período de maior e menor descarga

fluvial.

A descarga fluvial está ligada a pluviometria que pode apresentar maior ou menor o

índice durante o ano.

No período chuvoso, há uma tendência para apresentar águas mais aquecidas próximas

ao litoral da região costeira amazônica, uma vez que as aguas dos rios chegam mais adiante (ou

offshore). Contudo, em período de menor descarga há uma possibilidade de ocorrer águas mais

frias sobre a região costeira.

A questão da temperatura da água também influência a dinâmica, pois devido as

correntes existentes, como a de maré ou oceânica e.g. Corrente norte do Brasil, elas podem

contribuir para a formação de meandros térmicos (ou mesmo anéis de calor) e influenciar a

circulação oceânica. A corrente norte do Brasil é um dos casos mais evidentes nessa região, pois

há um conhecimento de sua retroflexão nessas características que faz mudar sua trajetória indo

incialmente para noroeste e com a retroflexão partindo para leste. Em períodos de menor índice

de chuvas, possivelmente há menores chances de criação desses anéis e possibilitar a formação

de vórtices.

Na questão da salinidade há maior tendência à diluição de sais no período chuvoso,

favorecendo com que a região de mistura do estuário (salinidade de 1 a 35) fique sobre

plataforma continental do Amazonas. Em período de menor descarga a região de mistura pode

se aproximar do continente.

5

REFERÊNCIAS

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vegetational and climate dynamics in northeastern Brazil, inferences from marine core

GeoB 3104-1. Quaternary Science Reviews 19: 981 – 994

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DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO (DHN). Tábuas de maré entre 2008

e 2013. Disponível em: <http://www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/index.htm>.

GONI, G. J.; JOHNS, W. E. 2003. Synoptic study of warm rings in the North Brazil

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Volume 68, 335–356

JOHNS, W. E.; LEE, T. N.; BEARDSLEY, R. C.; CANDELA, J.; LIMEBURNER, R.;

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6

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PEREIRA, L. C. C.; PINTO, K. S. T.; COSTA, K. G. da.; VILA-CONVEJO, A.;

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PO.DAAC (Physical Oceanography Distributed Active Archive Center) - Aquarius

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SANTOS, M. L. S.; MEDEIROS, C.; MUNIZ, K.; FEITOSA, F. A. N.;

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