universidade federal do rio grande do norte … · importante para mim se não estivessem vocês ao...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS
CAMPUS DE CAICÓ
FERNANDO DE MEDEIROS BEZERRA
A ANÁLISE FINANCEIRA COMO FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO DE
CRESCIMENTO FINANCEIRO E PATRIMONIAL: Um estudo de caso em um
supermercado na cidade de Caicó.
CAICÓ – RN
2015
FERNANDO DE MEDEIROS BEZERRA
A ANÁLISE FINANCEIRA COMO FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO DE
CRESCIMENTO FINANCEIRO E PATRIMONIAL: Um estudo de caso em um
supermercado na cidade de Caicó.
Monografia apresentada ao Departamento de
Ciências Exatas e Aplicada do Centro de Ensino
Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientadora: Prof.ª Ms. Luziana Maria Nunes de
Queiroz.
CAICÓ – RN
2015
FERNANDO DE MEDEIROS BEZERRA
A ANÁLISE FINANCEIRA COMO FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO DE
CRESCIMENTO FINANCEIRO E PATRIMONIAL: Um estudo de caso em um
supermercado na cidade de Caicó.
Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicada do Centro de Ensino
Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título
de Bacharel em Ciências Contábeis.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________________
Prof.ª Ms. Luziana Maria Nunes de Queiroz – UFRN/CERES
Orientador
________________________________________________________
Clara Monise Silva – UFRN/CERES
Examinador
________________________________________________________
Ney Fernandes de Araújo – UFRN/CERES
Examinador
Dedico, com todo amor, essa conquista a toda minha família, pois só tenho a agradecer por
eles estarem sempre comigo. São minha base, meu alicerce. Amo Você!
AGRADECIMENTOS
Começo minhas palavras agradecendo primeiramente a Deus pelo dom da vida. Um
bem tão precioso que me deste para que pudesse desfrutar dos mais intensos desafios e lutas
que a vida nos proporciona durante toda nossa caminhada terrena. Ao meu Deus, que me dá
tantas forças para enfrentar com sabedoria, paciência, força a cada dia de minha vida todo
louvor e glória.
A minha família, não tenho palavras para descrever o quanto esse sonho não seria
importante para mim se não estivessem vocês ao meu lado. Ao iniciar este agradecimento,
elevo minhas mãos ao céu e agradeço a Deus pelos pais que Ele me deu. São seres humanos,
têm suas falhas como todos, mas não imaginaria se fosse membro de outra família e sou
imensamente grato pelos pais que eu tenho e que me ensinaram, desde o berço, uma educação
voltada para o amor ao próximo, os valores da vida e, acima de tudo, ter coragem para
enfrentar as dificuldades. A você, pai e mãe, eu não poderia ser tão justo se não dedicasse essa
minha conquista. Aos meus irmãos, os quais sempre me acompanharam e estiveram
compartilhando comigo das mais relevantes informações deste curso e da minha vida, meu
carinho e afeto de modo particular. Sou grato a cada um pela força que me deram durante essa
minha jornada e por toda minha caminhada até aqui. Vocês, para mim, é um presente de Deus
em minha vida. A vocês, a palavra que define e expressa meu sentimento é amor, e por isso
que digo: AMO VOCÊS!
Abro aqui um espaço para um agradecimento especial a minha madrinha Maria José,
um exemplo de mulher guerreira que cuidou de mim desde o berço e que hoje, mesmo
distante de mim sempre está preocupada comigo. Você mora em meu coração.
Aos meus tios, primos em nome da minha tia Maria de Fátima de Oliveira e José
Bezerra Da luz Filho (in memorian), quero agradecer de coração pelo apoio e incentivo
durante todo esse tempo. São pessoas que, com as suas palavras, nos encorajam diante das
dificuldades para superá-las seguindo em frente. A vocês, minha imensa admiração e carinho.
A FAO contabilidade, primeira empresa no ramo de contabilidade que abriu suas
portas para me dar a oportunidade de conhecer, na pratica, o que eu vivenciava em sala de
aula. Foi um ano de muito aprendizado e nele adquiri muitas experiências como também
grandes amigos que levo para vida toda. A vocês meus amigos da FAO Contabilidade, meu
muito obrigado.
A todos meus amigos que sempre estiveram comigo na minha caminhada de forma
especial a Elizamar de Sousa Costa, Danubia Medeiros de Oliveira, Elizangela Silva de Lucena
e Christiane Martins de Menezes, que, quando precisei de um ombro amigo, estiveram sempre
comigo. A vocês, todo meu carinho.
Abro aqui um espaço para um agradecimento especial. Ela não é só uma amiga é
como uma irmã para toda hora, alguém que está comigo desde o início desta longa
caminhada. Ela, quem tive um imenso prazer em conhecer no cursinho preparatório para o
vestibular, começou a fazer parte da minha vida e, com ela, pude dividir todos os momentos
de alegrias, tristezas, sonhos e realizações. São seis anos de uma convivência com um
sentimento mais puro que se possa ter em uma amizade, o amor. DEUS a usou para que eu
pudesse viver o verdadeiro encontro com o Senhor através da Renovação Carismática. Foram
inúmeras nossas conversas, desabafos, segredos que não saem da minha cabeça quando
partilhávamos de nossas vidas um a para o outro em frente à igreja de São José. Você se
tornou especial em minha vida, essa conquista tem sua participação, pois, quando fraquejava,
você estava ali sempre pronta para dizer não desista dos seus sonhos. A você, Ana Santana
das Neves, a minha profunda admiração, respeito e carinho. Você é um anjo de Deus em
minha vida. Obrigado por tudo.
Ao empresário Manoel Minervino Neto, que se dispôs a autorizar a liberação de suas
demonstrações para que fosse realizado esse trabalho, agradeço por essa oportunidade. Que
Deus o abençoe sempre, você e toda sua família, e que sua empresa possa ser referência para
outras no ramo de supermercado. Muito obrigado!
Aos meus colegas de trabalho Rotson Gabriel, Karoline Patrícia, Nilda Fernandes e,
em especial, Maria do Ó que sempre dividiram comigo as aflições dos dias de provas, que
estiveram sempre para me apoiar, dos conselhos e, acima de tudo, minhas decisões, minha
sincera gratidão em pode contar sempre com vocês. Sou orgulhoso de fazer parte dessa equipe
de profissionais na qual passo parte do meu dia. Obrigado colegas da Unicred Mossoró Pac-
Caicó.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte quero agradecer pela
disponibilidade de me ter como discente. Sabemos o quanto custa caro manter um aluno em
sala de aula, o quanto é preocupante estar sempre com estruturas adequadas para que nós
alunos possamos ter conforto para aprimorar nossos conhecimentos e nisso a UFRN soube
realizar um grande trabalho durante todo esse período em que passei na instituição. Era um
sonho, e hoje se tornou realidade em dizer que sou formado pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. À UFRN, meu muito obrigado.
Quero ampliar meu agradecimento a todos os professores em nome da minha
orientadora Luziana Maria Nunes de Queiroz com quem tive o prazer de dividir horas em sala
de aula adquirindo conhecimentos. São grandes profissionais que têm um lindo dom que é o
de ensinar. São exemplos que transformam nossas vidas com suas histórias e, acima de tudo,
com seus ensinamentos profissionais. Grandes amigos, meus eternos professores, meu muito
obrigado pelos ensinamentos que vocês me repassaram. A vocês, minha gratidão.
À turma de Ciências Contábeis, ou melhor, aos meus queridos colegas de sala por
quem tenho um grande carinho. Estar escrevendo essas palavras já me bate um aperto no peito
e uma saudade que talvez custe a passar, afinal foram cinco anos vivenciando os mais
intensos momentos que uma graduação em sala de aula possa proporcionar. Foram meus
colegas, e hoje os coloco em minha página de grandes amigos. Neste período, dividimos os
mais fervorosos sonhos, das conquistas, e, acima de tudo, o saborear de concluir o curso.
Cada qual com seu jeito particular, com suas maneiras de se expressar, mas nunca deixando
que a turma se separasse, apesar dos pequenos grupos, nossa turma sempre foi muito unida.
Pensar em viver tudo de novo se fosse preciso? Diria que sim, mas só teria uma exigência:
gostaria que fosse com os mesmos colegas da turma 2010.1. De vocês, velhos colegas,
grandes amigos, sentirei uma imensa saudade, mas ficarei feliz ao saber que todos na vida
obtiveram êxito profissional e encontraremo-nos com a certeza de relembrar todo o nosso
tempo da faculdade. Vocês estão no meu coração.
Portanto, chego a mais uma etapa de minha vida concluída, não fim, preciso ainda
obter e realizar vários sonhos que me cercam e esse foi apenas mais um que, com muito
esforço, dedicação, amor e realização, conquistei. E, se perguntarem se paro por aqui, com
toda certeza, direi que não. E se conseguirei realizar novos sonhos, a Deus entrego todos os
meus planos e que, se não for da vontade dEle aquilo que eu almejo, que os seus planos sobre
mim prevaleçam. Mas hoje posso olhar para trás e dizer que não foi fácil essa minha
caminhada, mas, com Deus e rodeado de pessoas especiais, eu venci.
“O sonho de uma eterna busca nos faz usufruir o hoje o essencial para
buscar o amanhã com extremo sucesso”.
(Ayrton Senna)
RESUMO
A análise financeira das Demonstrações Contábeis de uma empresa é de grande
relevância para que se obtenha um estudo aprofundado de como anda suas finanças e como
está sua relação externa e interna de acordo com suas movimentações. Para tanto, não se faz
uma análise financeira-patrimonial se não utilizar de suas técnicas de análise aplicando – as
dentro das demonstrações. São através destas técnicas que utilizamos agregado a fórmulas que
mostrem os percentuais como indicadores de uma visão real da situação financeira-
patrimonial da empresa em análise. O presente trabalho tem como objetivo analisar a situação
financeira-patrimonial, com base na análise das demonstrações contábeis dos últimos três
anos (2012, 2013 e 2014) da empresa Manoel Minervino Neto ME, com a intenção de
identificar o desempenho financeiro-patrimonial da empresa. Será uma pesquisa qualitativa e
quantitativa, como também bibliográfica e documental e realizando estudo de caso,
utilizando-se das Demonstrações Contábeis serão aplicados os seguintes índices: análise
vertical e horizontal, índices de liquidez, índices de endividamento, índices de rentabilidade,
índices de alavancagem, índices de atividades, ponto de equilíbrio, fator de insolvência,
análise dinâmica de capital de giro relacionando ao final o desenvolvimento da evolução das
contas analisadas para se perceber se durante esses três anos a empresa vem tendo esse
crescimento financeiro patrimonial.
Palavras chaves: Demonstrações Contábeis, Financeiro-patrimonial, Índices Financeiros.
ABSTRACT
The financial analysis of the financial statements of a company is of great importance in order
to obtain an in-depth study of how is your finance and how is your external and internal ratio
according to your drives. To do so, does not make a financial-asset analysis is not to use their
analytical techniques applied - within the statements. It is through these techniques we use
aggregate insides formulas that show the percentages as indicators of a real view of the
financial and patrimonial situation of the company under review. This study aims to analyze
the financial and patrimonial situation, based on the analysis of the financial statements of the
last three years (2012, 2013 and 2014) the company Manoel Minervino Neto ME, with the
intention of identifying the financial and patrimonial performance of the company. It will be a
qualitative and quantitative research, as well as literature and documents and carrying case
study, using the financial statements the following rates will apply: vertical and horizontal
analysis, liquidity ratios, debt ratios, profitability ratios, leverage ratios , activity rates,
breakeven point, insolvency factor, dynamic analysis of working capital relating to the final
development of the evolution of accounts analyzed to see if during those three years the
company has been taking that balance financial growth.
Key words: Financial Statements, Economic-Financial, Financial Ratios.
LISTA DE TABELAS
TABELA 01: BALANÇO PATRIMONIAL – ATIVO .................................................................. 66
TABELA 02: BALANÇO PATRIMONIAL – PASSIVO ........................................................................66
TABELA 03: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE .................................67
TABELA 04: ANALISE VERTICAL E HORIZONTAL – ATIVO .......................................................68
TABELA 05: ANALISE VERTICAL E HORIZONTAL – ATIVO .......................................................68
TABELA 06: ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – DRE ............................................................69
TABELA 07: CÁLCULO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ ......................................................................76
TABELA 08: ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ....................................................................................78
TABELA 09: ÍNDICES DE ATIVIDADES ..............................................................................................81
TABELA 10: ÍNDICES DE RENTABILIDADE / LUCRATIVIDADE .................................................84
TABELA 11: GIRO DO ATIVO ................................................................................................................86
TABELA 12: ÍNDICES DE RENTABILIDADE / LUCRATIVIDADE .................................................87
TABELA 13: ALAVANCAGENS .............................................................................................................88
TABELA 14: ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL ..............................................................................90
TABELA 15: FATOR DE INSOLVÊNCIA ..............................................................................................91
TABELA 16: MODELO DE ELIZABETSKY ..........................................................................................92
TABELA 17: PONTO DE EQUILÍBRIO (PE) .........................................................................................93
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01: RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS OPERACIONAL E FINANCEIRO
.......................................................................................................................................................................49
GRÁFICO 02: PONTO DE EQUILÍBRIO ................................................................................................55
GRÁFICO 03: ANÁLISE VERTICAL DO BP - ATIVO.........................................................................69
GRÁFICO 04: ANÁLISE VERTICAL DO BP- PASSIVO .....................................................................70
GRÁFICO05: ANÁLISE VERTICAL – DRE ...........................................................................................72
GRÁFICA 06: ANÁLISE HORIZONTAL DO BP – ATIVO ..................................................................73
GRÁFICO 07- ANÁLISE HORIZONTAL DO BP – PASSIVO .............................................................74
GRÁFICO 08: ANÁLISE HORIZONTAL DA DRE ...............................................................................75
GRÁFICO 09: ÍNDICES DE LIQUIDES ..................................................................................................76
GRÁFICO 10: ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ..................................................................................79
GRÁFICO 11: ÍNDICES DE ATIVIDADES ............................................................................................81
GRÁFICO 12: RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – 2012 ..............................................82
GRÁFICO 13: RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – 2013 ..............................................83
GRÁFICO 14: RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – 2014 ..............................................83
GRÁFICO 15: ÍNDICES DE RENTABILIDADE ....................................................................................85
GRÁFICO 16: GIRO DO ATIVO ..............................................................................................................86
GRÁFICO 17: ÍNDICES DE RENTABILIDADE ....................................................................................87
GRÁFICO 18: ALAVANCAGENS ...........................................................................................................89
GRÁFICO 19: ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL ............................................................................90
GRÁFICO 20: PONTO DE EQUILÍBRIO - 2012 ....................................................................................94
GRÁFICO 21: PONTO DE EQUILÍBRIO - 2013 ....................................................................................94
GRÁFICO 22: PONTO DE EQUILÍBRIO - 2014 ....................................................................................95
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01: PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS (MODELO ANGLO-
SAXÃO) ........................................................................................................................................................25
QUADRO 02: VISÃO GERAL DA PROFISSÃO ....................................................................................26
QUADRO 03: ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL............................................................33
QUADRO 04: ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ...........34
QUADRO 05: ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO ......................................................................................................................................................35
QUADRO 06: ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA INDIRETO ...........36
QUADRO 07: ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DIRETO ................37
QUADRO 08: ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO .........................38
QUADRO 09: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL .........................................................41
QUADRO 10: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE .................................................42
QUADRO 11: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA .............................................................43
QUADRO 12: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA ...................................................43
QUADRO 13: FÓRMULA DO ÍNDICE DA IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........44
QUADRO 14: FÓRMULA DO ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS .....45
QUADRO 15: FÓRMULA DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO ...........................................45
QUADRO 16: FÓRMULA DO ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO .........................................................46
QUADRO 17: FÓRMULA DO PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES ..........................47
QUADRO 18: FÓRMULA DO PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS .....................47
QUADRO 19: FÓRMULA DE PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS DAS COMPRAS ...................48
QUADRO 20: FÓRMULA DE CÁLCULO DAS COMPRAS: ...............................................................48
QUADRO 21: FÓRMULA DA TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LIQUIDO ...........50
QUADRO 22: FÓRMULA DO GIRO DO ATIVO ..................................................................................51
QUADRO 23: FÓRMULA DA MARGEM BRUTA ................................................................................51
QUADRO 24: FÓRMULA DA MARGEM OPERACIONAL ................................................................52
QUADRO 26: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM OPERACIONAL...................................................53
QUADRO 27: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA .......................................................54
QUADRO 28: EFEITOS SOBRE A RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO ............................54
QUADRO 29: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM TOTAL ..................................................................54
QUADRO 30: FÓRMULA DO PONTO DE EQUILÍBRIO ....................................................................55
QUADRO 31: FÓRMULA DO FATOR DE INSOLVÊNCIA – KANITZ .............................................56
QUADRO 32: FÓRMULA DO FATOR DE INSOLVÊNCIA – ELIZABETSKY ................................57
QUADRO 33: FÓRMULA DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..................................................59
QUADRO 34: FÓRMULA DO INVESTIMENTO OPERACIONAL EM GIRO ..................................60
QUADRO 35: ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL PARA FINS DO CDG, IOG OU
NCG E ST .....................................................................................................................................................60
QUADRO 36: FÓRMULA DO SALDO DE DISPONÍVEL....................................................................61
QUADRO 37: RESUMO DA ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL DE GIRO DO CDG – IOG OU
NCG E ST OU ET ........................................................................................................................................62
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01: TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA (MODELO DE KANITZ) ...................................57
FIGURA 02: TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA – MODELO DE ELIZABETSKY ............................58
FIGURA 03: TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA – MODELO KANITZ – 2012-2014 ...................91
FIGURA 04: TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA – MODELO ELIZABETHSKY - 2012 .............92
FIGURA 05: TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA – MODELO ELIZABETHSKY - 2013 .............92
FIGURA 06: TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA – MODELO ELIZABETHSKY - 2014 .............92
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AC: Ativo Circulante
ACC: Ativo Circulante Cíclico
ACF: Ativo Circulante Financeiro
AI: Ativo Imobilizado
ATM: Ativo Total Médio
BP: Balanço Patrimonial
C: Compra
CCL: Capital Circulante Líquido
CDF: Custos e Despesas Fixos
CDV: Custos e Despesas Variáveis Totais
CE: Composição do Endividamento
CF: Custos Fixos
CFC: Conselho Federal de Contabilidade
CMV: Custo das mercadorias vendidas
CS: Contribuição social
CV: Custos Variáveis
DAS: Documento de Arrecadação Simplificado
DF: Despesas Financeiras
DFC: Demonstração do Fluxo de Caixa
DLPA: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
DR: Duplicatas a Receber
DRE: Demonstração do Resultado do Exercício
DVA: Demonstração do valor adicionado
EF: Estoque Final
EG: Endividamento Geral
EI: Estoque Inicial
EPP: Empresa de Pequeno Porte
GA: Giro do Ativo
GAF: Grau de Alavancagem Financeira
GAO: Grau de Alavancagem Operacional
GAT: Grau de Alavancagem Total
IE: Índice de Endividamento
IOG: Investimento Operacional em Giro
IPL: Imobilização do Patrimônio Líquido
IR: Imposto de Renda
LC: Liquidez Corrente
LI: Liquidez Imediata
LLE = Lucro Líquido do Exercício
LS: Liquidez Seca
LTDA: Limitada
MB: Margem Bruta
ME: Microempresas
ML: Margem Líquida
MO: Margem Operacional
NCG: Necessidade de Capital de Giro
NIG: Necessidade de Investimento em Giro
PC: Passivo Circulante
PCC: Passivo Circulante Cíclico
PCF: Passivo Circulante Financeiro
PCO: Passivo Circulante Oneroso
PCT: Participação de Capitais de Terceiros
PE: Ponto de Equilíbrio Contábil
PIB: Produto Interno Bruto
PL: Patrimônio Líquido
PLM: Patrimônio Líquido Médio
PMPC: Prazo Médio de Pagamento das Compras
PMRE: Prazo Médio de Rotação de Estoques
PMRV: Prazo Médio de Recebimento das Vendas
PNC: Passivo Não Circulante
RIR: Regulamento de Imposto de Renda
RLP: Realizável a Longo Prazo
RT: Receita Total
RVT: Receitas de Vendas Totais
SD: Saldo Disponível
ST: Saldo de Tesouraria
TRI: Taxa de Retorno sobre Investimentos
TRPL: Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido
VL: Vendas Líquidas
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 21
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA ..................................................... 21
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA ..................................................................................................... 22
1.2.1 Geral .................................................................................................................................... 22
1.2.2 Específicos ............................................................................................................................ 23
1.2.3 Justificativa .......................................................................................................................... 23
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................................... 24
2.1 CONTABILIDADE .................................................................................................................... 24
2.2 OS RAMOS DA CONTABILIDADE ......................................................................................... 25
2.3 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO ................................................................................................... 26
2.4 CLASSIFICAÇÕES DOS REGIMES TRIBUTÁRIOS .............................................................. 27
2.4.1 Simples Nacional .................................................................................................................. 27
2.4.2 Lucro Presumido .................................................................................................................. 28
2.4.3 Lucro Real ............................................................................................................................ 29
2.5 ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .............................................................. 30
2.6 USUÁRIOS DAS ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................ 31
2.7 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EXIGIDAS ....................................................................... 32
2.7.1 Balanço Patrimonial ............................................................................................................ 33
2.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício ........................................................................... 34
2.7.3 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados / Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido ....................................................................................................................... 34
2.7.4 Demonstração do Fluxo de Caixa ........................................................................................ 36
2.7.5 Demonstração do Valor Adicionado .................................................................................... 37
2.7.6 Notas Explicativas ................................................................................................................ 38
2.8 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE ................................................................................... 39
2.8.1 Reclassificação das Demonstrações Contábeis ................................................................... 39
2.8.2 Análise Horizontal e Análise Vertical .................................................................................. 39
2.8.3 Índices de Liquidez ............................................................................................................... 41
2.8.3.1 Liquidez Geral (LG) ...................................................................................................... 41
2.8.3.2 Liquidez Corrente (LC) ................................................................................................. 42
2.8.3.3 Liquidez Seca (LS) ........................................................................................................ 42
2.8.3.4 Liquidez Imediata (LI) .................................................................................................. 43
2.8.4 Índices de Endividamento .................................................................................................... 44
2.8.4.1 Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) ................................................................... 44
2.8.4.2 Participação de Capitais de Terceiros (PCT)................................................................. 44
2.8.4.3 Composição do endividamento (CE) ............................................................................ 45
2.8.4.4 Endividamento Geral (EG) ou Índice de Endividamento (IE) ...................................... 46
2.8.5 Índices de Atividade (Índices de Prazos Médios)................................................................. 46
2.8.5.1 Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) ........................................................... 46
2.8.5.2 Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) ..................................................... 47
2.8.5.3 Prazo Médio de Pagamentos das Compras (PMPC) ..................................................... 48
2.8.5.4 Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro ........................................................................... 49
2.8.6 Índices de Rentabilidade / Lucratividade (ponto de equilíbrio) .......................................... 50
2.8.6.1 Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI) ................................................................. 50
2.8.6.2 Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL) .................................................. 50
2.8.6.3 Giro do Ativo (GA) ....................................................................................................... 51
2.8.6.4 Margem Bruta (MB) ...................................................................................................... 51
2.8.6.5 Margem Operacional (MO) ........................................................................................... 52
2.8.6.6 Margem Líquida (ML) .................................................................................................. 52
2.8.7 Alavancagem Operacional e Financeira ............................................................................. 53
2.8.7.1 Alavancagem Operacional ............................................................................................ 53
2.8.7.2 Alavancagem Financeira ............................................................................................... 53
2.8.7.3 Alavancagem Total (GAT) – Efeito combinado do GAO e do GAF ............................ 54
2.8.8 Ponto de Equilíbrio .............................................................................................................. 55
2.8.8.1 Ponto de Equilíbrio Contábil (PE)................................................................................. 55
2.8.9 Fator de Insolvência ............................................................................................................. 56
2.8.9.1 Modelo de Kanitz .......................................................................................................... 56
2.8.9.2 Modelo de Elizabetsky .................................................................................................. 57
2.8.10 Análise Dinâmica de Capital de Giro ................................................................................ 59
2.8.10.1 Capital Circulante Líquido (CCL) ............................................................................... 59
2.8.10.2 Investimento Operacional em Giro (IOG) ou Necessidade de Capital de Giro (NCG)
................................................................................................................................................... 60
2.8.10.3 Saldo de Tesouraria (ST) ou Saldo Disponível (SD) .................................................. 61
3 METODOLOGIA ............................................................................................................................ 63
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA ............................................. 63
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO ..................... 64
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS .................................................. 64
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ............................... 65
4 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................................... 66
4.1 PERFIL DA EMPRESA .............................................................................................................. 66
4.2 ANÁLISE VERTICAL ............................................................................................................... 69
4.3 ANÁLISE HORIZONTAL ......................................................................................................... 73
4.4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ............................................................................................................ 76
4.5 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ............................................................................................. 78
4.6 ÍNDICES DE ATIVIDADES ...................................................................................................... 81
4.7 ÍNDICES DE RENTABILIDADE / LUCRATIVIDADE ........................................................... 84
4.8 GIRO DO ATIVO ....................................................................................................................... 86
4.9 ÍNDICES DE RENTABILIDADE .............................................................................................. 87
4.10 ALAVANCAGENS .................................................................................................................. 88
4.11 ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL ..................................................................................... 90
4.12 FATOR DE INSOLVÊNCIA .................................................................................................... 91
4.13 PONTO DE EQUILÍBRIO ........................................................................................................ 93
4.14 PARECER ................................................................................................................................. 95
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 98
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 99
ANEXOS..............................................................................................................................................103
21
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA
A economia capitalista mundial, que influencia no processo de variações nos preços
do mercado consumidor, tende a desenvolver problemas internos e externos que, dentre outros
fatores, atinge os resultados patrimoniais e financeiros das empresas, dificultando o processo
de expansão e sobrevivência destas no mercado cada vez mais competitivo.
Ao apostar em uma lucratividade, os empresários investem bastante no decorrer do
tempo não se preocupando, muitas vezes, em fazer uma análise de suas demonstrações
contábeis para descobrir se, desde sua fundação até os dias atuais, obtiveram um crescimento
financeiro e patrimonial da empresa através dos lucros auferidos na sua atividade. Contudo,
essa análise pode demonstrar em que se precisa investir, qual o setor que houve um
crescimento mais expressivo através dos resultados levantados pelas demonstrações contábeis
e trazer para o empresário uma visão estratégica para desenvolver um trabalho de eficiência e
eficácia ajudando no processo de tomada de decisão. Velter e Missagia (2012) relatam que
Hilário Franco já conceituava contabilidade, da seguinte forma:
Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades,
mediante registro, a demonstrações expositivas e a interpretação dos fatos
neles ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e
variação, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da
riqueza patrimonial (VELTER E MISSAGIA, 2012, p.2).
A contabilidade tem como finalidade demonstrar, através do registro de fatos
ocorridos, a sua relevância para os resultados nas demonstrações contábeis, mostrando de
forma clara e objetiva a influência destes registros e a veracidade da informação desses fatos
para que se obtenham demonstrações condizentes com a realidade da empresa e ajude através
da análise financeira dessas demonstrações explanar o crescimento financeiro e patrimonial.
De acordo com Assaf Neto (2012)
A Análise de Balanços permite que se extraia, dos demonstrativos contábeis
apurados e divulgados por uma empresa, informações úteis sobre o seu
desempenho econômico-financeiro, podendo atender aos objetivos de análise
dos investidores, credores, concorrentes, empregados, governo etc. (ASSAF
NETO, 2012, p.36).
22
Desta forma, a análise financeira tem como seu principal objetivo através do uso de
instrumentos e indicadores financeiros, procurar analisar os números das demonstrações,
transformando-os em informações relevantes através dos resultados obtidos, buscando
objetividade e clareza nas informações para ajudar a empresa comparar qual o seu
crescimento financeiro e patrimonial durante um determinado período e ajudando na tomada
de decisões gerencial.
Este trabalho tem a finalidade de abordar sobre as demonstrações exigidas pela lei
6.404/76 das Sociedades por ações. Todavia a principal fundamentação do estudo de caso é
analisarmos o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado do Exercício. Segundo
Marion (2012),
Maior ênfase é dada para a análise do Balanço Patrimonial e a Demonstração
do Resultado do Exercício, uma vez que, por meio delas, são evidenciadas
de forma objetiva a situação financeira (identificada no BP) e a situação
econômica (identificada no BP e, em conjunto, na DRE). (MARION, 2012,
p.9).
Portanto, como as demonstrações contábeis são relatórios contendo informações
bastante relevantes, o presente estudo tem como principal objetivo responder ao seguinte
questionamento: A análise das demonstrações contábeis da empresa Manoel Minervino Neto
Me, através da aplicação dos indicadores financeiros, evidenciou um crescimento financeiro e
patrimonial nos últimos três anos?
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA
1.2.1 Geral
Analisar se ocorreu um crescimento financeiro e patrimonial através do estudo das
demonstrações contábeis dos últimos três anos (2012, 2013 e 2014) da empresa Manoel
Minervino Neto ME, procurando evidenciar sua evolução no decorrer dos anos em análise.
23
1.2.2 Específicos
Evidenciar através de pesquisas bibliográficas uma explanação sobre a análise financeira
das demonstrações contábeis;
Utilizar as informações registradas nas demonstrações contábeis à análise do crescimento
financeiro-patrimonial da empresa;
Descrever sobre as técnicas de análise de balanço a serem utilizadas nas demonstrações
contábeis para obtenção dos percentuais a serem analisados;
Elaborar um estudo das demonstrações contábeis da empresa dos últimos três anos a fim
de verificar se houve um crescimento financeiro e patrimonial durante esse período;
Interpretar os resultados obtidos nas demonstrações contábeis e emitir um parecer da
situação financeira e patrimonial.
1.2.3 Justificativa
As demonstrações contábeis são relatórios que guardam registros de movimentações
que foram realizadas pelas empresas em atividade no mercado em um determinado período. A
objetividade é extrair desses registros através da interpretação dos números, os fatores
externos e internos que, possivelmente, podem ter afetado os resultados através do estudo
financeiro das demonstrações contábeis.
Este estudo, através da análise financeira das demonstrações, é de grande
importância para que as empresas possam conseguir informações mais detalhadas do que está
ocorrendo e se seus planejamentos estratégicos estão alcançando resultados.
Analisar e verificar se apresentou um crescimento financeiro e patrimonial da
empresa é importante para que o empresário tenha um melhor conhecimento de seus
resultados, em qual período se obteve um crescimento menor do que o esperado e, se
necessário, quais seriam as medidas através de tomadas de decisões que poderiam ser
colocadas em prática para se ter um crescimento e desenvolvimento melhor da empresa.
24
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONTABILIDADE
A contabilidade começou com um processo de desenvolvimento do patrimônio das
pessoas que tinham o interesse de mensurar aquilo que tinha de posse, demonstrando que,
antes mesmo que se criasse a partida dobrada, o homem já era capaz de avaliar bens, direitos e
obrigações buscando derivar seu patrimônio líquido e de acordo com Eddington (1946,
p.258): “Para que a exposição de um sistema seja clara, é preciso que se comece pelas
origens”.
Sendo assim, a história que, para alguns autores, é considerada um período de 4.000
antes de Cristo, demonstra que, desde os primitivos, a contabilidade já existia em função da
necessidade de controlar, medir e preservar o patrimônio familiar. Para Iudicibus, Marion e
Faria (2010),
A contabilidade trouxe para o mundo moderno através de sua evolução
vários nomes como Lucas Pacioli que em 1494, trouxe em sua publicação
um texto que retrata a história da contabilidade sendo ela a primeira
exposição sistêmica e completa dos procedimentos contábeis as partidas
dobradas que se teve notícia na época, embora alguns autores diziam que, na
china já se praticava esse método antes da Itália. Mesmo assim, não retirou o
mérito da obra do franciscano Pacioli. (IUDICIBUS, MARION E FARIA
2010, p.9).
A contabilidade sofreu grande influência dos teóricos europeus, no entanto, a partir
do século XX, a contabilidade norte-americana apresentou grande expansão em relação à
teoria e prática contábil, preocupando-se mais com a qualidade da informação gerada, voltada
para os usuários da contabilidade, buscando auxiliar de forma mais precisa a tomada de
decisão, em que o surgimento das grandes corporações voltado para a economia de mercado
de capitais e o crescimento econômico dos Estados Unidos favoreceu o avanço das teorias e
práticas norte-americanas, com a formação de associações e parcerias entre profissionais e
estudiosos.
A escola italiana exerceu inicialmente forte influência sobre a contabilidade
brasileira, no entanto, as regras fiscais editadas no país eram as mais utilizadas na
contabilidade, desde o advento da escola norte-americana a partir de 1920, o processo de
globalização e crescimento econômico no qual Brasil está inserido tornou necessário à
instituição dos princípios contábeis em 1976, pela Comissão de Valores Mobiliários para
25
monitorar o mercado externo e a Lei das Sociedades Anônimas, estando o Brasil migrando
para uma normatização dentro dos padrões internacionais.
Os princípios fundamentais de contabilidade são entidade, continuidade,
oportunidade, registro pelo valor original, atualização monetária, competência e prudência.
Para o modelo geralmente aceito (modelo anglo-saxônico) Niyama e Silva (2008)
dizem:
[...] os princípios contábeis geralmente aceitos têm-se uma representação de
um conjunto de regras, normas, procedimentos e critérios para a orientação
da atividade do contador. São identificados como postulados os axiomas que
não requerem a comprovação; princípios, as diretrizes mais gerais; e
convenções, as normas e procedimentos que restringem a aplicação desses
princípios. (NIYAMA E SILVA, 2008, p.99)
Quadro 01: Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (Modelo Anglo-Saxão)
Postulados:
Entidade e Continuidade
Convenções:
Objetividade, Materialidade, Consistência e Conservadorismo.
Princípios:
Custo com base no valor, realização de receita e confrontação com despesa e denominador comum monetário.
Fonte: Adaptado Niyama e Silva (2008, p.98)
Os princípios Contábeis demonstrados na tabela caracterizam uma forma de
hierarquização que segue uma posição sequencial interligando um ao outro. Enquanto que, na
Estruturação Conceitual estabelecida pelo CFC Resolução CFC nº 1.121/08 no CPC e a
Deliberação CVM n° 539/08, buscam uma mesma base de hierarquia e importância para o
pensamento contábil. Segundo Fabretti (2007), Contabilidade é a ciência que estuda, registra e
controla o patrimônio e as mutações que nele operam os atos e fatos administrativos,
demonstrando no final de cada exercício social o resultado obtido e a situação econômico-
financeira da entidade.
2.2 OS RAMOS DA CONTABILIDADE
Com o desenvolvimento da contabilidade a partir do século XX surgiu também à
criação de ramos da contabilidade que vem através de ramificações que a profissão pode
exercer a partir de um ingresso no curso de graduação em Ciências Contábeis. Segundo
26
Iudicibus, Marion e Faria (2009), a profissão contábil traz ramos em diferentes áreas como
mostra o quadro:
Quadro 02: Visão Geral da Profissão
Fonte: Livro de Teoria da contabilidade Iudicibus, Marion e Faria (2009, p.27)
A dimensão da profissão contábil através do quadro criado pelos autores mostra o
leque de profissões em que o Bacharel em Ciências Contábeis pode inserir-se. Essa expansão
profissional define a quantidade de oportunidades que o contador pode optar desenvolvendo
com seriedade e profissionalismo a sua função que mais identificar.
2.3 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
A legalização do estabelecimento, ou seja, realizados os processos de inscrição
perante os órgãos competentes, o empresário, juntamente com o contador, busca o
enquadramento de sua atividade atrelada a melhor carga tributária entre os regimes existentes
no Brasil que são o Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e o Lucro Arbitrário.
PLANEJADOR TRIBUTARIO
ANALISTA FINANCEIRO
CONTADOR GERAL
CARGOS ADMINISTRATIVOS
AUDITOR INTERNO
CONTADOR DE CUSTOS
CONTADOR GERENCIAL
ATUARIO
AUDITOR INDEPENDENTE
INDEPENDENTECONSULTOR
EMPRESARIO CONTABIL
PERITO CONTABIL
INVESTIGADOR DE FRAUDE
PROFESSOR
PESQUISADOR
NO ENSINOESCRITOR
PARECERISTA
CONFERENCISTA
CONTADOR PUBLICO
AGENTE FISCAL DE RENDAS
ORGÃO PÚBLICO DIVERSOS CONCURSOS PUBLICOS
TRIBUNAL DE CONTAS
OFICIAL CONTADOR
Na Empresa
Especialização em Sistemas, Tributos, Custos
Controladoria, Fiscalização, Parecerista, Analista Contabil, Auditoria Publica, Contabilidade Orçamentaria
Policial Militar, Exercito, Contador, e Auditor com a patente de general de divisão
Cursos tecnicos, Cursos Especiais ( in Company, Concursos Publicos,...) Carreira Academica (Mestre, Doutor...)
Pesquisa Autonoma ( Recursos FAPES, CNPq, Empresas...), Fundação de Pesquisa ( Fipecafi, Fia, FIPE,...) Pesquisas para Sindicatos,
Instituições de Ensino, Orgãos de ClasseHá revistas/boletins que remuneram os escassos escritores contabeis, Livros Didaticos e Tecnicos, Articulista
Contabil/Financeiro/Tributario p/ jornais, Revisão de Livros
Docente e Pesquisador com Curriculo notavel. Parecer sobre: laudo pericial, causa judicial envolvendo empresas, avaliação de
empresas, questões contabeis
Palestra em Universidades, Empresas, Convenções, Congressos
Gerenciar as Finanças dos orgãos publicos
Contador
Orientador dos Processos Tributários/ICMS/IR/e outros, bem como o Especialista nas Fusões, Incorporaçõese Cisões
Analista de: Crédito, Desempenho, Mercado de Capitais, Custos
Area Financeira, Com. Exterior, CIO ( Chef Information Officer), Executivo, Logistica
Poderá se especializar em Contabilidade Rural, Hospitalar, Fiscal, Imobiliaria, Horteleira, Industrial, Securitária, de Condominio,
Comercial, de Empresa Transportadoras, Bancaria, Publica, de Empresas sem fins lucrativos, de Empresas de Turismo, de Empresas
Mineradoras, Cooperativas.
Auditoria de Sistemas, Auditoria de Gestão, Controle Interno
Custos da Empresa, Prestadora de Serviços, Custos Industriais, Analise de Custos,Orçamentos, Custos do Serviço Publico.
Agente Fiscal de Municipios, Estado e União
Controlador de Arrecadação, Contador do Ministerio Publico da União, Fiscal do Ministerio do Trabalho, Banco Central, Analista de
Finanças e Controle...
Expert em Avaliação de Empresas, Tributos, Comercio Exterior, Informatica, Sistemas, Custos Controladoria, Qualidade Total, Planej.
Estrategico, Orçamento
Escritorio de Contabilidade, " Despachante "( Serviços Fiscal, Depart. Pessoal,...) Centro de Treinamento
Pericia Contabil, Judicial, Fiscal, Extrajudicial
Detecta o lado " podre" da empresa, Empresas na Europa e EUA contratam ás vezes até semestralmente estes serviços
Controladoria, Contabilidade Internacional, Cont. Ambiental, Cont. Estrategica, Controladoria Estrategica, Balanço Social,
Accountability
Contador que se especializa em Previdencia Privada, Publica e Seguros
27
É importante lembrar que existe uma legislação própria para cada regime tributário,
e algumas atividades são vetadas para determinados sistemas tributários, como também o
faturamento é agente determinante no processo de enquadramento.
2.4 CLASSIFICAÇÕES DOS REGIMES TRIBUTÁRIOS
2.4.1 Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime tributário que foi criado através da Lei
Complementar n° 123, Brasil (2006), e passou a vigorar em 01 de julho de 2007, sendo um
regime que estabelece um tratamento diferenciado e favorecido as microempresas e empresas
de pequeno porte, no que se refere à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, passa a ser através do regime único
de arrecadação, inclusive obrigações acessórias.
Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte para efeito do regime
tributário simples nacional a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual
de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n º 10.406 do
Código Civil, conforme Brasil (2011), devendo as microempresas em cada ano-calendário,
obter uma receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), já
nas empresas de pequeno porte, obtenha em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões
e seiscentos mil reais).
Conforme a Lei 123/06 que regulamenta o Simples Nacional fica instituída o Regime
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições, mediante documento único de
arrecadação - DAS, dos seguintes impostos e contribuições: a) Imposto Sobre a Renda da
Pessoa Jurídica (IRPJ); b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), observado o
disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; c) Contribuição Social Sobre o Lucro
Líquido (CSLL); d) Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); e)
Contribuição Para o PIS/PASEP; f) Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a
Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, exceto as atividades de prestação de serviços
referidas no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar n° 123, de 2006; g) Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISS).
28
O recolhimento na forma citada acima não exclui a incidência dos impostos ou
contribuições devidas na qualidade de contribuinte ou responsável.
2.4.2 Lucro Presumido
O Lucro Presumido, segundo a Receita Federal é uma forma de tributação
simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das
pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real.
Desta forma, o Lucro Presumido é um regime tributário no qual pressupõe o lucro de uma
empresa por parte do governo.
Para opção pelo regime Lucro presumida são instituídos limites em relação ao
faturamento e vedações relacionadas às atividades, no que se refere aos limites de renda bruta,
os valores estão dispostos na lei da pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário
anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a
R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de
atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo
regime de tributação com base no lucro presumido. Em relação à atividade, destacam que está
obrigada a apuração do lucro presumido, atividades sejam de bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de
títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas
de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta.
No que se refere aos impostos federais incidentes sobre o faturamento, divide se em
quatro tipos, sendo eles o PIS e a COFINS, devendo ser apurados mensalmente, de acordo
com a citada legislação. As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas
pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento,
observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei, com alíquotas de
0,65% para PIS e 7,60% para COFINS e o IRPJ e a CSLL cuja apuração deve ser feita
trimestralmente.
29
2.4.3 Lucro Real
O Regime de Lucro Real é à base de cálculo do imposto sobre a renda apurada
segundo registros contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis
comerciais e fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro de Apuração do
Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral
ou anual) do imposto e compensações de prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do
imposto de renda, de acordo com as determinações contidas na Instrução Normativa SRF nº
28, de 1978, e demais atos legais e infralegais posteriores. Portanto, é um regime de tributação
no qual os impostos federais como Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são calculados após apuração do lucro líquido, ajustado
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal, os
controles são efetuados em Livro próprio para isto, chamado Livro de Apuração do Lucro
Real (LALUR), isso ocorrendo trimestralmente.
Segundo a Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º e 2º, que regulamenta o imposto de renda,
estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:
I – cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de
R$ 48.000.000,00, ou a R$ 4.000.000,00, multiplicado pelo número de
meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses.
No entanto, vale ressaltar que a partir de 2014 os valores mudaram para o
limite de receita bruta seja superior ao total de R$ 78.000.000,00, ou a R$
6.500.000,00, multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior;
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,
bancos de desenvolvimento, e demais instituições financeiras e equiparadas;
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capitais oriundos do
exterior, não sedo permitido confundir capital com receitas de exportação;
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufrua de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto;
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal
pelo regime de estimativa, que é a opção de pagamento mensal, estimado,
com base na receita bruta ou nos balancetes de suspensão/redução do
Imposto de Renda, para fins de apuração do Lucro Real em Balanço Anual;
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia, e demais atividades de factoring.
Portanto, é necessário que o empresário tenha o conhecimento de qual regime de
tributação está aplicando em sua empresa para que as receitas oriundas de sua atividade
tenham capacidade de cumprir com suas obrigações, encargos tributários, trabalhista, obtendo
30
um equilíbrio em suas despesas para que se tenha uma economia tributária na empresa
trazendo mais lucratividade.
2.5 ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A Análise das Demonstrações Contábeis é tão antigo quanto a Contabilidade
(MARION, 2012, p.6). Desde os primórdios, havia uma preocupação de relacionar suas
variações quantitativas e qualitativas das várias categorias incluindo em seu inventario.
Silva (2010) entende que:
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição
patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das
demonstrações contábeis é o de proporcionar informações acerca da posição
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade
que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada
de decisões econômicas. (SILVA, 2010, p.3).
Padoveze (2004, p.1) afirma que “as demonstrações financeiras de uma empresa
representam o panorama mais exato de sua situação econômico-financeira”. Com base nesse
pressuposto, a análise das demonstrações tornou-se uma ferramenta de grande importância
para o desenvolvimento de informações e no mercado foi tomando forma quando os bancos
começaram a tomar como técnicas de análise para empréstimos e financiamentos as
demonstrações, pois, através dela, tinha-se um espelho de como estava à empresa
financeiramente.
De acordo com Assaf Neto (2010)
A Análise de Balanços permite que se extraia, dos demonstrativos contábeis
apurados e divulgados por uma empresa, informações úteis sobre o seu
desempenho econômico-financeiro, podendo atender aos objetivos de análise
dos investidores, credores, concorrentes, empregados, governo, etc. (ASSAF
NETO, 2010, p.36).
Para Matarazzo (2010, p.5), “O grau de excelência da Análise de Balanços é dado
exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar”. Desta forma, a
utilização das demonstrações traz informações de grande relevância para o desenvolvimento
de um trabalho de análise financeira, pois ela busca exatamente explanar, através de seus
31
estudos e aplicações das técnicas de analise, uma informação que traduza a situação
financeira-patrimonial da empresa.
As demonstrações exigidas são as regidas pela Lei n° 6.404/76 – Lei das Sociedades
por Ações, alterada pela Lei 11.638/07 e a Lei 11.941/09 que determina a estrutura básica das
quatro demonstrações principais: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do
Exercício; Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das
Mutações do Patrimônio Liquida; e Demonstração dos Fluxos de Caixa. Há também outras
demonstrações que são elaboradas, principalmente para os usuários externos, tais como
Demonstração do Valor Adicionado bem como as Notas Explicativas que complementam
todas as demonstrações.
Padoveze (2004, p.1) afirma que “as demonstrações financeiras de uma empresa
representam o panorama mais exato de sua situação econômico-financeira”.
As demonstrações contábeis são importantes de uma maneira a levar informações
que influencie o meio externo e interno e principalmente no que se refere aos resultados
voltados para análise do desenvolvimento do empreendimento no intuito de ajudar e realizar
internamente um estudo verificando através das demonstrações uma relação de crescimento
em um determinado período.
2.6 USUÁRIOS DAS ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A análise das demonstrações contábeis pode ser aplicada tanto no meio interno como
externo porque a partir os resultados confrontados tende a explanar aos fornecedores, clientes,
intermediadores financeiros, acionistas, concorrentes, governo e até mesmo aos empresários
uma visão abrangente e detalhada dos resultados alcançados.
Martins, Diniz e Miranda (2012, p.2) destacam que “Já em 1673 é instituto o Código
Comercial Francês estabelecendo um processo de normatização contábil de cima para baixo,
subordinando a Contabilidade aos interesses dos credores (banqueiros)”.
Matarazzo (2010) afirma que
A análise de Balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da
empresa analisada; permite estimar o seu futuro; suas limitações e suas
potencialidades. É de primordial importância, portanto, para todos os que
pretendem relacionar-se com uma empresa, que como fornecedores,
financiadores, acionistas, e até como empregados. (MATARAZZO, 2010,
p.15)
32
Desta forma, a análise vem como uma ferramenta de grande importância para o
desenvolvimento de resultados que tragam um reflexo da empresa em determinados períodos
de tempo.
Assaf Neto (2010, p.35) diz que “A análise de balanços visa relatar, com base nas
informações fornecidas pelas empresas, à posição econômico-financeira atual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”.
Portanto, de acordo com as abordagens sobre análise expressa nas citações pelos
autores acima, mostra-se que em diversas formas e maneiras a análise das demonstrações
sempre terá uma ligação à saúde financeira-patrimonial da empresa voltada aos seus
resultados e suas projeções para o futuro.
2.7 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EXIGIDAS
As demonstrações exigidas são as regidas pela Lei n° 6.404/76 – Lei das Sociedades
por Ações, alterada pela Lei 11.638/07 e a Lei 11.941/09 que determina a estrutura básica das
quatro demonstrações principais: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do
Exercício; Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das
Mutações do Patrimônio Liquida; e Demonstração dos Fluxos de Caixa. Há também outras
demonstrações que são elaboradas, principalmente para os usuários externos, tais como
Demonstração do Valor Adicionado e o Balanço Social bem como as Notas Explicativas que
complementam todas as demonstrações.
De acordo com CPC 00 (R1):
as partes componentes das demonstrações contábeis se inter-relacionam
porque refletem diferentes aspectos das mesmas transações ou outros
eventos. Embora cada demonstração apresente informações que são
diferentes das outras, nenhuma provavelmente se presta a um único
propósito, nem fornece todas as informações necessárias para necessidades
especificas dos usuários. (MARTINS, 2014, p.12).
Silva (2013, p.27) afirma que “as demonstrações contábeis representam um canal de
comunicação da empresa com diversos usuários internos e externos”.
Para Borinelli e Pimentel (2010, p.67), “as demonstrações contábeis são relatórios
que contemplam uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira
de uma entidade em determinada data”. O fim de cada ano, as demonstrações contábeis estão
33
sendo fechadas para evidenciação dos seus resultados naquele exercício, através de sua
posição patrimonial e financeira.
As demonstrações são de grande relevância para os meios internos e externos, sendo
que existem entre essas demonstrações duas peças essenciais que são o Balanço Patrimonial e
a Demonstração do Resultado do Exercício, trazendo elas informações que complementadas
por outras, tem como o aspecto seus registros realizados nas demonstrações como importantes
informações que objetivem o seu desempenho e alguns aspectos financeiro-patrimoniais da
entidade.
2.7.1 Balanço Patrimonial
Padoveze (2010, p.27) diz que “A peça contábil por excelência, e a mais importante,
é o balanço patrimonial”. O balanço tem por finalidade apresentar a posição financeira e
patrimonial da entidade em determinado período, demonstrando através de sua configuração
que cada lado tem um significado representativo. Do lado direito temos as contas de uma
forma descrente por ordem de liquidez que contém todos os direitos através da conta principal
chamada de Ativo e no lado esquerdo está organizada por ordem decrescente de exigibilidade
as obrigações e deveres da empresa representada pela conta principal chamada de passivo,
como também do lado esquerdo se encontra a conta do capital social chamado de Patrimônio
Líquido.
Conforme o artigo 178 da Lei nº 6.404/76, “no balanço as contas serão classificadas
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.
Assim, o balanço traz o espelho completo da situação financeira da empresa de
forma organizada para repassar informações relevantes aos usuários internos e externos.
Quadro 03: Estrutura do Balanço Patrimonial Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Passivo não Circulante
Ativo não Circulante
Realizável a longo prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Patrimônio líquido
Capital social
Reservas de capital
Reservas de lucro
(-) Ações em tesouraria
Ajustes de avaliação patrimonial
Ajustes acumulados de conversão
Prejuízos acumulados
Fonte: Silva (2013, p.125).
34
2.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício
Nessa demonstração, estão evidenciadas as contas de resultados caracterizadas pelas
receitas e despesas, contas estas que interferem diretamente no resultado.
Assaf Neto (2010, p.64) “a DRE visa fornecer, de maneira esquematizada, os
resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social, os
quais são transferidos para conta do Patrimônio Líquido”.
Portanto, a DRE é um relatório que visa demonstrar através de seus registros de o
lucro ou prejuízo das empresas em um determinado período. A Demonstração do Resultado
do Exercício traz todas as receitas e despesas independentes dos seus pagamentos ou
recebimentos relacionando assim aquelas que afetam o patrimônio líquido.
Quadro 04: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Vendas canceladas
(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Impostos sobre vendas
RECEITA OPERACIONAL LIQUÍDA
(-) Custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos
LUCRO BRUTO
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas gerais
(-) Outras despesas e receitas operacionais
RESULTADO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA
(+/-) Resultado de equivalência patrimonial
RESULTADO ANTES DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS
(+/-) Despesas e receitas financeiras
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
(+) Despesas com tributos sobre os lucros
(-) Participações
LUCRO LIQUÍDO DO EXERCÍCIO
LUCRO LIQUÍDO POR AÇÃO
Fonte: Silva (2013, p.133).
2.7.3 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados / Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido
A Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DMPL) tem como fundamental
importância demonstrar as movimentações ocorridas nas diversas contas do Patrimônio
Líquido durante um exercício tratando de informações complementares as demais
demonstrações contábeis. Para Braga (2009),
35
essa demonstração tem por objetivo facilitar a análise das modificações
ocorridas nos componentes do patrimônio líquido, durante determinado
período, geralmente o exercício social. Do ponto de vista gerencial, e para
análise, essa demonstração permite uma visão mais adequada do
comportamento dos capitais próprios da empresa, possibilitando identificar
as alterações. (BRAGA, 2009, p.102)
Conforme Ribeiro (2011, p. 71), “a DLPA é um relatório contábil que tem por
finalidade evidenciar a destinação do Lucro Líquido apurado no final de cada exercício
social”. E a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido busca evidenciar o lucro
apurado no exercício, sua destinação e o que foi realizado com os lucros e prejuízos
acumulados.
Para Assaf Neto (2012),
A DMPL é um demonstrativo contábil mais abrangente que a DLPA
integrando, de forma obrigatória, o conjunto de demonstrações contábeis
apuradas pelas companhias. Para a elaboração dessa demonstração são
obtidas as fichas de razão das movimentações contábeis que exerçam
influências (aumentando ou diminuindo) sobre os saldos das contas do
patrimônio Líquido. (ASSAF NETO, 2012, p.78)
Desta forma, as demonstrações DMPL E DLPA são de grande importância, pois elas
trazem diversas informações relacionadas a movimentações ocorridas no decorrer do período
sendo de grande relevância para explanar os resultados, sendo a DMPL a mais completa, pois
relata mais as variações de contas do patrimônio líquido.
Quadro 05: Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Cap
ital
Rea
liza
do
Res
erv
as d
e
Cap
ital
Res
erv
a L
egal
Res
erv
as d
e
Lu
cro
s
Lu
cro
s
Acu
mu
lad
os
Aju
stes
To
tal
Saldo em 31-12-X0
Correção Monetária
Aumentos de Capital
com Lucros e
Reservas por
Subscrição
Realizadas
Lucro Líquido do
Exercício
Destinação do Lucro
Líquido
36
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Dividendos
Saldos em 31-12-X1
Fonte: Matarazzo (2010, p.32)
2.7.4 Demonstração do Fluxo de Caixa
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) visa mostrar como ocorreram as
movimentações de disponibilidades em um dado período de tempo. Ela pode ser apresentada
em dois métodos, o direto e o indireto.
Sobre os métodos de elaboração da DFC Assaf Neto (2012),
A legislação permite que a DFC seja elaborada tanto pelo método direto
como pelo método indireto. As companhias brasileiras são incentivadas a
adotarem o método indireto. O método indireto parte do lucro líquido do
exercício para se conciliar com o caixa gerado pelas operações. O método
direto destaca as movimentações financeiras explicitando as entradas e
saídas de recursos de cada componente da atividade operacional, como
recebimento de vendas, pagamentos. (ASSAF NETO, 2012, p.98)
A DFC é de grande importância para relação gerencial porque ela traz uma relação
de todo o fluxo de valores em reais em um determinado período. O método indireto no Brasil
hoje se torna o mais aconselhado porque há um confronto entre o lucro líquido e as operações
realizadas no caixa. A DFC também é uma demonstração de fácil entendimento.
Quadro 06: Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa Indireto FLUXOS OPERACIONAIS R$
Resultado Líquido X
(+) Depreciação X
Aumento/Redução de Duplicatas a Receber X
Aumento em Duplicatas Descontadas X
Aumento em Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa X
Aumento/Redução em Estoques X
Aumento/Redução em Fornecedores X
Redução de Salários a Pagar X
Outros X
Caixa Líquido das Atividades XX
FLUXOS DE INVESTIMENTOS
Pagamento na Compra de Imobilizado X
Recebimento pela Venda de Imobilizado X
Outros X
Caixa Líquido de Investimentos XX
FLUXOS DE FINANCIAMENTO
Integralização de Aumento de Capital X
Amortização de Empréstimos e Financiamentos X
Recebimento/Pagamento de Dividendos X
Novas Captações de Empréstimos e Financiamentos X
37
Outros X
Caixa Líquido de Financiamentos XX
AUMENTO/REDUÇÃO DE CAIXA XX
SALDO INICIAL DE CAIXA XX
SALDO FINAL DE CAIXA XX
Fonte: Assaf Neto (2010, p.85).
Quadro 07: Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa Direto Saldo Inicial em XX/XX/XX
ENTRADAS
Receita Operacional Recebida
Receitas Financeiras
Recebimentos de Coligadas
Vendas Investimentos
Novos Financiamentos
Aumento de Capital em $
SAÍDAS
Compras Pagas
Despesas de Vendas Pagas
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras
Imposto de Renda
Dividendos Pagos
X
XX
X
X
X
X
X
X
XX
X
X
X
X
X
X
Saldo Final em XX/XX/XX X
Fonte: Adaptado Marion (2012, p.57).
2.7.5 Demonstração do Valor Adicionado
A DVA tem suas raízes nos movimentos europeus que impulsionaram a
responsabilidade social no final do século XX. A lei n° 11. 638/07 introduziu para todas as
companhias a obrigação da elaboração e divulgação da Demonstração do Valor Adicionado
(DVA) e tem como seu principal objetivo mostrar a sociedade valores agregados ao
desenvolvimento de suas atividades. Crepaldi (2013),
A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando
apresentar, eliminados os valores que representam dupla contagem, a parcela
de contribuição que a entidade tem na formação do produto interno bruto
(PIB). Essa demonstração apresenta o quanto à entidade agrega de valor aos
insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante
determinado período. (CREPALDI, 2013, p.287)
Iudicibus, Martins e Gelbcke, (2010)
A DVA tem como objetivo principal informar o valor da riqueza criada pela
empresa e a forma de sua distribuição. Não deve ser confundida com a
demonstração do resultado do exercício, pois esta tem suas informações
voltadas quase que exclusivamente para os sócios e acionistas,
principalmente na apresentação do lucro líquido, enquanto a DVA está
38
dirigida para a geração de riquezas e suas respectivas distribuições pelos
fatores de produção (capital e trabalho) e ao governo. (IUDICIBUS,
MARTINS, GELBCKE, 2010, p.09)
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é um relatório contábil que evidencia
o quanto de riqueza uma empresa produziu, isto é, o quanto ela adicionou de valor aos seus
fatores de produções, e o quanto e de que forma essa riqueza foi distribuída entre empregados,
Governo, acionistas, financiadores de Capital, bem como a parcela de riqueza não distribuída.
Quadro 08: Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado
Item CONTAS Valores Monetários
$
1 RECEITAS
Vendas de mercadorias, produtos e serviços
2
(-) Insumos Adquiridos de Terceiros
Materiais consumidos
Outros custos de produtos
Energia
Serviços de terceiros
Outros
3 = VALOR ADICIONADO BRUTO (1 – 2)
4
Retenções
Depreciações
Amortizações
Exaustões
5 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE
(3 – 4)
6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Resultado de equivalência patrimonial
Receitas financeiras
7 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 – 6)
8
DISTRIBUIÇÃAO DO VALOR ADICIONADO
Pessoal e encargos
Impostos, taxas e contribuições
Juros e aluguéis
Juros sobre capital próprio e dividendos
Juros retidos e prejuízos do exercício
Fonte: Assaf Neto (2010, p.88). Baseado no Ofício Circular CVM nº 01/00
2.7.6 Notas Explicativas
Conforme o $ 4° do art. 176, da Lei n° 6.404/76, “as demonstrações serão
complementares por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações
contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício”.
As notas explicativas são informações complementares as demonstrações contábeis
previstas em lei que de forma descritiva, na forma de quadros analíticos que relate o completo
39
esclarecimento sobre a situação econômico-financeira da entidade. É através também das
notas explicativas que o analista pode concluir se a empresa divulgou o que é exigido pela
legislação.
2.8 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE
De acordo com Viceconti e Neves (2000),
avaliar qualitativa e quantitativamente os novos recursos injetados na
empresa e a forma como esses recursos foram aplicados. Baseia-se na
diferença entre os saldos no início e no fim do período, para determinar o de
origens e aplicações de recursos. (VICECONTI, NEVES, 2000, p.400)
A seguir serão apresentadas as técnicas de análise essenciais para que, quando
aplicada nas demonstrações contábeis, possam demonstrar detalhadamente a realidade da
empresa e auxiliar nas tomadas de decisões.
2.8.1 Reclassificação das Demonstrações Contábeis
As reclassificações exigidas nas alterações realizadas pela Lei 6.404/76 – Lei das
Sociedades por Ações, alterada pela Lei 11.638/07 e a Lei 11.941/09, apresenta uma nova
estrutura de balanço patrimonial, com a necessidade de “enxugar” as demonstrações para
facilitar o analista, principalmente algumas contas pouco expressivas.
Borinelli e Pereira (2010), diz que as contas “impostos diferidos”, “impostos a
compensar” e “despesas pagas antecipadamente” poderiam ser agrupadas em uma conta
denominada “ outros ativos circulantes”, por exemplo.
Reclassificação das Demonstrações Contábeis para Silva (2013),
significa a homogeneização ou padronização das demonstrações contábeis
como objetivo de trazê-las a um padrão de procedimentos e de ordenamento
na distribuição das contas, visando diminuir as diferenças nos critérios
utilizados pelas empresas na apresentação de tais demonstrações contábeis.
(SILVA, 2013, p.176)
2.8.2 Análise Horizontal e Análise Vertical
Matarazzo (2003),
40
Análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações
financeiras. Para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um
valor-base. Por exemplo, na Análise Vertical do Balanço calcula-se o
percentual de cada conta em relação ao total do Ativo. (MATARAZZO,
2003, p.243)
Para Martins (2014),
a análise vertical é realizada mediante a extração de relacionamentos
percentuais entre itens pertencentes à demonstração financeira de um mesmo
período. Neste tipo de análise são considerados os dados de um mesmo
período e é calculado por meio da divisão de uma grandeza por outra. No
balanço patrimonial através de convenção ficou definido que 100% é o valor
total de um determinado bem a princípio o mais importante do patrimônio e
através dele efetua-se uma porcentagem dos demais. (MARTINS, 2014,
p.109)
A análise vertical tem como principal objetivo a busca do percentual de cada conta,
através de um cálculo, o valor da conta pelo valor base, como por exemplo, o valor percentual
e a divisão do valor da conta pelo valor total do ativo ou passivo. Ao final, quando encontrado
todos os percentuais a soma tem que ser 100%.
Matarazzo (2003) diz que,
a Análise Horizontal baseia-se na evolução de cada conta de uma série de
demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em
relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da
série. (MATARAZZO, 2003, p.245)
Padoveze e Benedicto (2011) tratam que,
a análise horizontal é uma averiguação da evolução, crescimento ou
diminuição, que permite identificar a variação positiva ou negativa de um
período em relação ao anterior. Ainda revela que considerando a moeda
corrente do país, sem expurgo dos efeitos inflacionários, é denominada
análise horizontal nominal. Introduzindo-se um índice de inflação para
retirar os efeitos inflacionários, obtém-se a análise horizontal real.
(PADOVEZE, BENEDICTO, 2011, p. 107)
Já a análise Horizontal está estritamente ligada à análise das contas baseando-se com
a do resultado das demonstrações anterior, pois, utilizando o processo de divisão e fazendo
41
uma relação entre a conta do ano anterior com a atual, ele acha o percentual da conta naquele
exercício. O percentual como base inicial da é o do primeiro exercício é 100%.
Portanto, ao se fazer uma análise das demonstrações de uma empresa, é de grande
importância que as demonstrações sejam analisadas verticalmente e horizontalmente, pois
nelas teremos um detalhamento melhor em percentuais do crescimento das contas da empresa.
2.8.3 Índices de Liquidez
Os índices de liquidez permitem aos profissionais traçar, com maior segurança, um
diagnóstico econômico-financeiro da entidade.
2.8.3.1 Liquidez Geral (LG)
Martins (2014, p.129), “O índice de liquidez geral mostra o quanto à empresa possui
de recursos de curto e longo prazo (ativo circulante + realizável em longo prazo) para cada
real de dívidas de curto prazo e longo prazo (passivo circulante + passivo não circulante)”.
Quadro 09: Fórmula do Índice de Liquidez Geral
𝐿𝐺 = 𝐴𝐶 + 𝑅𝐿𝑃
𝑃𝐶 + 𝑃𝑁𝐶
Fonte: Silva (2013, p.284).
Sendo:
AC = Ativo Circulante
RLP = Realizável a Longo Prazo
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
Segundo Ribeiro (2011, p.162), ‘‘a interpretação deste quociente deve ser
direcionada a verificar se a empresa tem solidez financeira suficiente para cobrir os
compromissos de curto e de longo prazo assumidos com terceiros”. Observa-se a importância
de relacionar essa divisão pelo fato que através dele obteremos uma comparação de quanto
temos no ativo para cada compromisso no passivo.
42
2.8.3.2 Liquidez Corrente (LC)
Na opinião de Martins, Diniz e Miranda (2014),
o índice de liquidez corrente mostra o quanto a empresa possui de recursos
de curto prazo (ativo circulante) para cada real de dívidas de curto prazo
(passivo circulante). Portanto, se o índice de liquidez for maior que 1,
significa que o capital circulante liquido (CCL) da empresa será positivo,
sendo assim haverá compatibilidade entre os recursos que se espera receber
no curto prazo e aqueles que se espera pagar no curto prazo. (MARTINS,
DINIZ, MIRANDA, 2014 p. 127).
Quadro 10: Fórmula do Índice de Liquidez Corrente
𝐿𝐶 = 𝐴𝐶
𝑃𝐶
Fonte: Silva (2013, p.287)
Sendo:
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Segundo Silva (2013, p. 287), o índice de liquidez corrente indica quanto à empresa
possui em dinheiro mais bens e direitos realizáveis no curto prazo, comparado com suas
dívidas a serem pagas no mesmo período. Em princípio mostra como está à situação da
empresa em termos de solvência e liquidez. Esse indicador menor do que 1,0 pode significar
situação preocupante; em certos casos, pode indicar tendência para situação de insolvência.
2.8.3.3 Liquidez Seca (LS)
Ribeiro (2011), diz que;
este quociente deve ser analisado em conjunto com o quociente de liquidez
corrente. Para se obter as conclusões mais precisas além da simples
observação da fórmula os mesmos detalhes apresentados para fins de análise
do quociente de liquidez corrente são aplicáveis no presente caso,
principalmente com relação aos prazos de vencimento de Direitos e
Obrigações. (RIBEIRO, 2011 p.166).
43
Quadro 11: Fórmula do Índice de Liquidez Seca
𝐿𝑆 = 𝐴𝐶 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
𝑃𝐶
Fonte: Marion (2012, p.80)
Sendo:
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Esse índice, através da aplicação da fórmula, utiliza das disponibilidades em
dinheiro como caixa, depósitos bancários e aplicações financeiras para que se possa ter o
resultado de comparação face ao passivo circulante. Para Ribeiro (2011) destaca ainda que
este seja um dos quocientes mais utilizados pelas instituições financeiras para o fornecimento
de créditos aos clientes.
2.8.3.4 Liquidez Imediata (LI)
Padoveze e Benedicto (2010) analisam o conjunto dos indicadores:
De todos os indicadores de capacidade de pagamento, este é o que realmente
se caracteriza como de liquidez, uma vez que trabalha com os elementos
patrimoniais do ativo circulante que podem ser disponibilizados
imediatamente, ou quase, para pagamento de contas, e são agrupados sob o
nome de disponibilidades. (PADOVEZE, BENEDICTO, 2010 p.152)
Quadro 12: Fórmula do Índice de Liquidez Imediata
𝐿𝐼 = 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
Fonte: Iudícibus (2009, p.93)
Sendo:
Disponibilidades = caixa, bancos e aplicações de curtíssimo prazo.
Esse índice é mais importante para a análise dos bancos comerciais, já que a
existência de uma disponibilidade significativa é necessária para o caso de dias ou períodos
em que os saques possam ser bem superiores aos depósitos.
44
2.8.4 Índices de Endividamento
Conforme Padoveze e Benedicto (2010),
“a finalidade básica desses indicadores é transformar em percentuais a
participação dos valores dos principais grupos representativos do balanço
patrimonial, bem como mensurar percentualmente sua relação com o capital
próprio, representado pelo patrimônio líquido”. (PADOVEZE E
BENEDICTO, 2010, p.154)
O índice de endividamento é a média do setor no qual a empresa esteja inserida, ou
melhor, será aplicado a cada ramo de atividade um índice diferente.
2.8.4.1 Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)
Para Silva (2013, p.267), o índice de imobilização do patrimônio líquido indica
quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo permanente.
Quadro 13: Fórmula do Índice da Imobilização do Patrimônio Líquido
𝐼𝑃𝐿 = 𝐴𝐼
𝑃𝐿 𝑋 100
Fonte: Adaptado Silva (2013, p.268).
Sendo:
AI = Ativo Imobilizado
PL = Patrimônio Líquido
Esse índice tem uma grande importância quando relacionada ao quanto ele aplicou
no ativo permanente para cada $ 100 do patrimônio líquido.
2.8.4.2 Participação de Capitais de Terceiros (PCT)
Conforme Silva (2013, p.270), o índice de participação de capitais de terceiros indica
o percentual de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, retratando a
dependência da empresa em relação aos recursos externos.
45
Quadro 14: Fórmula do Índice de Participação de Capitais de Terceiros
𝑃𝐶𝑇 =𝑃𝐶 + 𝑃𝑁𝐶
𝑃𝐿 𝑥 100
Fonte: Adaptado Silva (2013, p.270).
Sendo:
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
PL = Patrimônio Líquido
Quanto menor for esse índice, melhor será para a empresa. Matarazzo (2010, p.87)
diz que esse índice indica quanto à empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 de
capital próprio investido.
2.8.4.3 Composição do endividamento (CE)
Marion (2009) discorre que,
se a composição do endividamento indicar maior proporção concentrada no
passivo circulante, a empresa poderá, num momento de retração econômica,
passar muitas dificuldades para solver seus compromissos, cenário em que as
alternativas são poucas, como: “vender seus estoques na base de uma
“liquidação forçada” (a qualquer preço), assumir novas dívidas em Curto
Prazo que, certamente, terão juros altos e aumentará as despesas
financeiras”. (MARION, 2009, p.97)
Quadro 15: Fórmula de Composição do Endividamento
𝐶𝐸 = 𝑃𝐶
𝑃𝐶 + 𝑃𝑁𝐶 𝑥 100
Fonte: Silva (2013, p.273)
Sendo:
PC = passivo circulante
PNC = passivo não circulante
46
Para esse índice, a projeção é quanto menor melhor, porque, a relação e a
participação do capital de terceiros sobre o capital próprio demonstram a sua dependência de
sua empresa em relação aos recursos externos.
2.8.4.4 Endividamento Geral (EG) ou Índice de Endividamento (IE)
Segundo Bruni (2011, p. 152), o índice de endividamento (IE) expressa a percentagem
que o endividamento representa sobre os fundos totais. Ou, em outras palavras, a percentagem
do ativo total financiada com recursos de terceiros.
Quadro 16: Fórmula do Índice de Endividamento
𝐸𝐺 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 100
Fonte: Adaptado Bruni (2010, p.152).
Esse índice explica o quanto a empresa pode estar comprometida em relação a seus
fornecedores, por isso ele se torna de grande importância para análise da situação econômico-
financeira da empresa.
Quanto maior for esse índice, mais elevada se apresenta a dependência financeira da
empresa pela utilização de recursos de terceiros.
2.8.5 Índices de Atividade (Índices de Prazos Médios)
2.8.5.1 Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE)
O índice PMRE apresenta através de seus resultados por quanto tempo uma
mercadoria passou no estoque da empresa até a venda um consumidor.
Segundo Silva (2010) os pontos a serem considerados na análise:
· Alto índice de rotação – também pode ser sinal de baixo investimento em
estoque, o que pode acarretar a perda de vendas e consequente redução nos
lucros, apesar de redução nos investimentos ser necessários à sua
manutenção (armazenagem e seguro);
· Baixo índice de rotação – a baixa rotação pode estar sinalizando um
investimento excessivo nos estoques, incorrendo muito provavelmente em
47
aumento nos seus custos com manutenção (armazenagem e seguros).
(SILVA, 2010, p.128)
Quadro 17: Fórmula do Prazo Médio de Rotação dos Estoques
𝑃𝑀𝑅𝐸 = 𝐸𝑆𝑇
𝐶𝑀𝑉 𝑥 360
Fonte: Adaptado (Matarazzo, 2010, p.255)
Sendo:
EST = estoque
CMV = custo das mercadorias vendidas
Esse processo do estoque, através de alto ou baixo índice de rotação, tem uma
característica que pode ajudar a entender o fluxo de rotação dentro de uma empresa e qual a
sua elevação entre o índice encontrado. Nesse caso, quanto maior o índice pior será para a
empresa, pois justificará que ela está permanecendo com estoques parados dentro da loja sem
rotatividade e estoque para é pouco circulação de dinheiro no caixa.
2.8.5.2 Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV)
Segundo Silva (2013, p.257), o prazo médio de recebimento das vendas indica
quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas vendas.
Quadro 18: Fórmula do Prazo Médio de Recebimento das Vendas
𝑃𝑀𝑅𝑉 =𝐷𝑅
𝑉𝐿 𝑥 360
Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010, p.262).
Sendo:
DR = Duplicatas a Receber
VL = Vendas Líquidas
Cabe lembrar que o volume de duplicatas a receber de uma empresa decorre do
montante de suas vendas a prazo e dos prazos concedidos. Portanto, esse índice quanto maior
48
pior, pelo fato de às vezes as empresas para adquirir novos clientes acabam sendo menos
burocráticas fazendo assim uma má análise de crédito aumentando os inadimplentes.
2.8.5.3 Prazo Médio de Pagamentos das Compras (PMPC)
De acordo com Silva (2013, p.258), o prazo médio de pagamento das compras indica
quantos dias, em média, a empresa demora a pagar seus fornecedores.
Quadro 19: Fórmula de Prazo Médio de Pagamentos das Compras
𝑃𝑀𝑃𝐶 = 𝐹𝑜𝑟𝑛
𝐶 𝑥 360
Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010, p.266).
Sendo:
Forn = Fornecedores
C = Compras
Segundo Silva (2010), o prazo médio para o pagamento das compras deverá ser
superior aos prazos concedidos aos clientes, de forma a permitir a manutenção de um
adequado nível de liquidez.
Quadro 20: Fórmula de Cálculo das Compras:
C = CMV + EF − EI Fonte: Silva (2013, p.259).
Sendo:
CMV = Custo da mercadoria vendida
EI = Estoque inicial
EF = Estoque Final
C = Compras
Para o cálculo deste índice, utiliza-se o fornecedor sobre as compras. Quando não se
vê a possibilidade de localizar o valor das compras na DRE, usa outro cálculo que extraia as
informações do BP para que se possa chegar ao valor das compras. Esse índice quanto maior
49
for melhor será para empresa, pois demonstrará que os fornecedores têm dado um prazo maior
para o empresário e, consequentemente, o empresário terá a oportunidade de dá um prazo
maior aos seus clientes.
2.8.5.4 Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro
O ciclo operacional e financeiro traz o período em dias de suas obrigações desde suas
compras até o fim do processo que é o recebimento das vendas. Segundo Assaf Neto (2010, p
105), “Os índices de atividade, também chamados de índices do ciclo operacional, permitem
que seja analisado o desempenho operacional da empresa e suas necessidades de investimento
em giro”.
Pelo ciclo operacional, pode se analisar o caixa da entidade, “elementos fundamentos
para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais quanto financeiras,
geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso da empresa” (Matarazzo, 2010,
p.260).
Gráfico 01: Relação entre os prazos e os ciclos operacional e financeiro
Fonte: Autoria Própria
Portanto, em relação ao ciclo operacional, quanto maior for a velocidade de
recebimento de vendas e da renovação de estoque, melhor. Por outro lado, em relação ao ciclo
financeiro quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que não tenha atrasos,
melhor, pois, tendo um prazo maior, significa que ele está dependente de financiamentos.
Compras
PMRE
PMCP Pgto Compra
Vendas Rec. Vendas
PMRV
Ciclo Operacional
Ciclo Financeiro
50
2.8.6 Índices de Rentabilidade / Lucratividade (ponto de equilíbrio)
2.8.6.1 Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI)
Conforme revela Silva (2010), tem-se por objetivo medir a eficiência global da alta
direção da empresa na geração de lucros com seus investimentos totais.
Quadro 21: Fórmula da Taxa de Retorno sobre Investimentos
𝑇𝑅𝐼 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 100
Fonte: Adaptado de Marion (2012, p.132).
“O propósito dessa fórmula, é comparar a forma pela qual a empresa gera lucros e a
forma como usa seus ativos para gerar vendas. Se os ativos forem usados eficazmente, o lucro
(e o ROI) será alto; caso contrário, será baixo.” (GROPPELL, NIKBAKHT, 2010, p.366).
Observa-se, portanto, que quanto maior for esse índice, melhor será para a situação financeira
da empresa.
2.8.6.2 Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL)
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2012),
o retorno sobre o patrimônio líquido é o mais importante dos indicadores “
Porque demonstra a capacidade da empresa remunerar o capital que foi
investido pelos sócios! Só isso. Quem remunera bem esse capital, que
cumpriu seu grande dever para com os que criaram nele [ na empresa]
investiram. Nesse caso, há duvida, o relevante é mesmo o Lucro Líquido,
liquido de todos os encargos relativos a capitais de terceiros. É o que sobra
para os sócios”. (MARTINS, DINIZ, MIRANDA, 2012, p.227-228)
Quadro 21: Fórmula da Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Liquido
𝑇𝑅𝑃𝐿 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑥 100
Fonte: Adaptado de Silva (2013, p.247).
51
A taxa de Retorno do Patrimônio Líquido tem uma grande importância quando se
trata de sua lucratividade sobre o patrimônio traz aos acionistas uma análise de e para própria
empresa um resultado seja ele favorável ou desfavorável dentro dos limites de investimentos
do PL.
2.8.6.3 Giro do Ativo (GA)
O Giro do ativo na opinião de Silva (2010),
este indicador estabelece a relação entre as vendas do período e dos
investimentos totais efetuados na empresa, expressando o nível de eficiência
com que são utilizados os recursos aplicados, ou seja, a PRODUTIVIDADE
dos investimentos totais (ativo total). (SILVA, 2010 p.143).
Quadro 22: Fórmula do Giro do Ativo
𝐺𝐴 = 𝑉𝐿
𝐴𝑇𝑚
Fonte: Silva (2013, p.236).
Sendo:
VL = Vendas Líquidas (ou Receita Líquida)
ATm = Ativo Total Médio
Nesse índice, pode-se observar a relação existente entre o faturamento líquido da
organização e o valor de seu ativo total.
2.8.6.4 Margem Bruta (MB)
Segundo Bruni (2011, p.167), esse índice representa a percentagem de cada unidade
monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pagado o custo dos seus produtos ou das
suas mercadorias.
Quadro 23: Fórmula da Margem Bruta
𝑀𝐵 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑥 100
52
Fonte: Braga (2009, p.179).
A margem bruta, seguindo o que diz Bruni, tem a característica que o índice
encontrado não considera a relações de impostos, nem devoluções e custos tendo como
principal valor o resultado das vendas liquidas.
2.8.6.5 Margem Operacional (MO)
Conforme Bruni (2011, p.167), esse índice representa a percentagem de cada unidade
monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pagado seus produtos e suas despesas
operacionais próprias, desprezando quaisquer despesas financeiras ou imposto de renda.
Quadro 24: Fórmula da Margem Operacional
𝑀𝑂 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑥 100
Fonte: Adaptado de Bruni (2011, p.168).
Este índice mostra o resultado mostra o resultado antes do desconto do CLSS E IR.
Neste caso, o valor das vendas desconsidera o as despesas operacionais custos como também
as devoluções e os impostos.
2.8.6.6 Margem Líquida (ML)
Segundo Bruni (2011, p.169), a margem líquida representa a percentagem de cada
unidade monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pagado seus produtos, demais
despesas e impostos.
Quadro 25: Fórmula da Margem Líquida
𝑀𝐿 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑥 100
Fonte: Bruni (2011, p.169)
53
Esse índice indica quanto ele obteve em uma comparação entre o lucro líquido e as
vendas liquidas o resultado de seu lucro em cima de suas vendas já faturadas.
2.8.7 Alavancagem Operacional e Financeira
2.8.7.1 Alavancagem Operacional
Segundo Matarazzo (2010), O ciclo Operacional é a soma dos prazos, PMRE +
PMRV, ou seja, o tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda da mercadoria.
Assaf Neto (2010) diz que o ciclo financeiro (ou ciclo de caixa) é determinado pela diferença
entre o número de dias do ciclo operacional e o PMPC. Para Matarazzo (2010, p.267),
Quadro 26: Fórmula da Alavancagem Operacional
𝐺𝐴𝑂 = 𝑅𝑉𝑡 − 𝐶𝐷𝑉𝑡
(𝑅𝑉𝑡 − 𝐶𝐷𝑉𝑡) − 𝐶𝐷𝐹
Fonte: Assaf Neto (2010, p.111).
Sendo:
RVt = Receitas de Vendas Totais
CDV = Custos e Despesas Variáveis Totais
CDF = Custos e Despesas Fixas
Esse índice está relacionado com a atividade da empresa, desde a aquisição de
material para estoque, pagamento das obrigações até o recebimento das vendas.
2.8.7.2 Alavancagem Financeira
Ferreira (2010, p.23) diz que a análise da alavancagem financeira tem por finalidade
medir a eficiência na aplicação dos recursos obtidos de terceiros e seus reflexos na melhoria
do retorno dos capitais próprios. Esse índice resulta da participação de recursos de terceiros na
estrutura do capital da empresa.
54
Quadro 27: Fórmula da Alavancagem Financeira
𝐺𝐴𝐹 = 𝐿𝐿𝐸 ÷ 𝑃𝐿𝑚
(𝐿𝐿𝐸 + 𝐷𝐹) ÷ 𝐴𝑇𝑚
Fonte: Adaptado de Braga (2009, p.183).
Sendo:
LLE = Lucro Líquido do Exercício
PLm = Patrimônio Líquido Médio
DF = Despesas Financeiras
ATm = Ativo Total Médio
Esse índice busca um melhor resultado na comparação entre o capital de terceiros e o
capital próprio buscando analisar o retorno sobre o patrimônio líquido mediante variações na
estrutura do capital.
Quanto a essa interpretação, Ferreira (2010) adota as posições do quadro 28.
Quadro 28: Efeitos sobre a Rentabilidade do Capital Próprio Grau de alavancagem financeira Efeitos sobre a rentabilidade do capital próprio
Superior a 1 O uso de capital de terceiros aumenta a rentabilidade do capital próprio.
Igual a 1 O uso de capital de terceiros não altera a rentabilidade do capital próprio.
Inferior a 1 O uso de capital de terceiros diminui a rentabilidade do capital próprio.
Fonte: Ferreira (2010, p.27).
2.8.7.3 Alavancagem Total (GAT) – Efeito combinado do GAO e do GAF
Conforme Assaf Neto (2010, p.116), o efeito combinado da alavancagem operacional
com a alavancagem financeira permite que se avalie, ao mesmo tempo, a repercussão que uma
alteração no volume de vendas promove sobre o resultado operacional e líquido.
Quadro 29: Fórmula da Alavancagem Total
𝐺𝐴𝑇 = GAO x GAF
Fonte: Assaf Neto (2010, p.116).
Percebe-se que a alavancagem operacional faz uma variação no volume de vendas
enquanto a alavancagem financeira variações nas ações para se saber o percentual sobre os
lucros dos acionistas.
55
2.8.8 Ponto de Equilíbrio
2.8.8.1 Ponto de Equilíbrio Contábil (PE)
Para Silva (2013, p.546), o ponto de equilíbrio é aquele em que o lucro é zero, ou seja,
a receita total é igual à soma dos custos fixos e variáveis. O PE é a identificação que a
entidade busca em relação a não haver lucros e nem prejuízo, ou seja, a produção é igual à
venda.
Quadro 30: Fórmula do Ponto de Equilíbrio
𝑃𝐹 = 𝐶𝐹 ÷ 1 − (𝐶𝑉 ÷ 𝑅𝑇)
Fonte: Adaptado de Silva (2013, p.548)
Sendo:
CF = Custos Fixos
CV = Custos Variáveis
RT = Receita Total
O Ponto de Equilíbrio é uma ferramenta que demonstra, através da aplicação de
valor, o quanto se faz necessário para que o empresário da empresa tenha um lucro no fim do
exercício através de suas compras de mercadorias.
Gráfico 02: Ponto de Equilíbrio
Fonte: Adaptado de Silva (2013, p.550)
$
CustoVariavel
VaVariável
Ponto de
Equilíbrio
Custo Fixo
CF
CV
PE
0
$
RT
56
A interpretação do gráfico torna-se um fator de grande importância quando voltado
para resultados que ajude a empresa nas suas decisões. Quanto o ponto de equilíbrio quando
zero é que sua receita total foi igual aos custos fixos e variáveis, quando sua receita for acima
dos custos fixos e variáveis o resultado do período pode ser considerado como lucro e quando
seus custos fixos e variáveis foram maiores que a sua receita total isso acarretará em um
prejuízo.
2.8.9 Fator de Insolvência
2.8.9.1 Modelo de Kanitz
Segundo Azzolin (2012, pag. 235), no Brasil, Kanitz desenvolveu um modelo de
como prever falências por meio de tratamento estatístico de índices financeiros de algumas
empresas que haviam falido. Em 1974, o método foi publicado e denominado de termômetro
de insolvência, utilizando-se da seguinte função discriminante:
Quadro 31: Fórmula do Fator de Insolvência – Kanitz
FI = X1 + X2 + X3 − X4 − X5
Fonte: Azzolin (2012, p.235).
Sendo:
X1= Retorno do Patrimônio Líquido x 0,05
X2 = Quociente de Liquidez Geral x 1,65
X3 = Liquidez Seca x 3,55
X4 = Liquidez Corrente x 1,06
X5 = Participação do Capital de Terceiros x 0,33
Kanitz apresentou esse modelo de medição sobre os resultados aplicados das
empresas para se ter uma ideia se haveria a possibilidade de essas empresas se manterem no
mercado ou se elas estavam em estado de falência. Para facilitar, o autor criou uma escala
chamada de Termômetro de Insolvência, indica três situações diferentes: Solvência,
Penumbra e Insolvente.
57
Figura 01: Termômetro de Insolvência (Modelo de Kanitz)
Fonte: Adaptado de Marion (2012, p.184)
A esse modelo, Kanitz trouxe valores de 0 a 7 positivo e de 0 a -7 negativo em seu
termômetro, também conhecido como termômetro de insolvência. O balanço das empresas,
para saber sua situação dentro dos seus resultados, aplica-se através da medição do
termômetro que leva em sua configuração o termo solvente, penumbra e insolvência. Para a
pontuação de acordo com os cálculos realizados as empresas levam enquadram-se na
perspectiva coluna que se o índice trouxer dando assim sua característica perante o
termômetro e assim obtendo uma visão de como se encontra sua empresa perante os
resultados.
2.8.9.2 Modelo de Elizabetsky
Em 1976, Roberto Elizabetsky desenvolveu um modelo matemático baseado na
análise discriminante. O objetivo de seu trabalho era padronizar o processo de avaliação e
concessão de crédito a clientes.
Quadro 32: Fórmula do Fator de Insolvência – Elizabetsky
𝑍 = 1,93(𝑋32) − 0,20(𝑋3)3 + 1,02(𝑋35) + 1,33(𝑋36) − 1,12(𝑋37)
Fonte: Gomes (2003, p.194).
7
6
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
SOLVÊNCIA
PENUMBRA
INSOLVÊNCIA
58
Sendo:
𝑋32 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎𝑠
𝑋33 = 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
𝑋35 = 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑋36 = 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑋37 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
As características do termômetro de Elizabetsky mostram que, para se definir seu
estado de solvência ou insolvência, ele usa a letra Z e 0,5 como ponto inicial para os dois
estados. Essa modelo não tem um valor que defina algum estado diferente do que dois
aplicados no termômetro.
Figura 02: Termômetro Insolvência – Modelo de Elizabetsky
Fonte: Adaptado de Marcos (2011)
Na comparação entre os dois modelos, percebe-se que existem semelhanças em suas
aplicações como medir o estado de solvência e insolvência de uma empresa, porém cada um
que se difere de seus resultados são os percentuais dos termômetros aplicados pelos seus
criadores. Vejamos que o de Kanitz é um período chamado de penumbra que está entres o
Estado de
Insolvência
Estado de
Solvência
0,5 Ponto Crítico
59
estado de solvência e insolvência e que seus percentuais são crescentes e decrescentes, no
entanto, já o modelo de Elizabetsky ela tem apenas dois períodos e como base para qualquer
estado ela utiliza a letra Z como referência e percentual de 0,5.
2.8.10 Análise Dinâmica de Capital de Giro
2.8.10.1 Capital Circulante Líquido (CCL)
Assaf Neto (2010, p.143) diz que o conceito de capital circulante líquido apresenta-
se mais claramente identificado como o “excedente das aplicações em curto prazo (em ativo
circulante) em relação às captações de recursos processadas também em curto prazo (passivo
circulante)”.
De acordo com essa conceituação o CCL pode ser calculado através da seguinte
fórmula:
Quadro 33: Fórmula do Capital Circulante Líquido
𝐶𝐶𝐿 = AC − PC
Fonte: Silva (2013, p.388).
Sendo:
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Conforme Bruni (2011, p.253), a forma que o capital de giro é gerido consiste no
indicador de fundamental importância para julgar a situação de equilíbrio ou desequilíbrio
financeiro de uma empresa.
Portanto é possível que se encontre em uma empresa um CCL negativo, mas com
boa liquidez, ou seja, quando algumas empresas compram a prazo, mas vendem à vista
obtendo um prazo superior ao de rotação do estoque. Porém, pode ocorrer de existir um CCL
positivo com dificuldades financeiras dependendo da incompatibilidade dos prazos de
realização do ativo circulante em face as suas obrigações de curto prazo.
60
2.8.10.2 Investimento Operacional em Giro (IOG) ou Necessidade de Capital de Giro (NCG)
Para Assaf Neto (2013, p.185), a necessidade de investimento em giro – NIG revela
o montante de capital permanente que uma empresa necessita para financiar seu capital de
giro.
Quadro 34: Fórmula do Investimento Operacional em Giro
𝐼𝑂𝐺 = ACC − PCC
Fonte: Silva (2013, p.405)
Sendo:
ACC = Ativo Circulante Cíclico
PCC = Passivo Circulante Cíclico
Assaf Neto (2013) diz que:
[...] pode-se definir como cíclico todos os elementos patrimoniais
diretamente vinculados ao ciclo operacional da empresa. Qualquer alteração
que venha ocorrer em seu volume de atividade (produção e vendas), ou em
seus prazos operacionais, afeta diretamente o montante dos ativos e passivos.
(ASSAF NETO, 2013, p.183)
O ACC são contas do AC que têm como característica a aplicação de recursos. São
contas que tem sua maior viabilidade de liquidez para transformação em dinheiro. Já o PCC
são contas localizadas no PC que tem em suas características uma fonte de recursos, ou seja,
nestas contas estão os compromissos mais variáveis que não são aplicados em longo prazo.
Quadro 35: Estrutura do balanço patrimonial para fins do CDG, IOG ou NCG e ST
Fonte: Silva (2013, p.404)
ATIVO PASSIVOC
I
R
C
U
L
A
N
T
E
Ativo Circulante Financeiro(ACF)
Caixa e Bancos
Aplicações de liquidez imediata
Aplicações de liquidez não imediata
Psv Circulante Oneroso (PCO)
Instituição de créditos
Duplicatas descontadas
Dividendos a pagar
C
I
R
C
U
L
A
N
T
E
Ativo Circulante Cíclico(ACC)
Contas a receber de clientes
Estoques
Adiantamentos a fornecedores
Despesas do exercício seguinte
Passivo Circulante Cíclico(PCC)
Fornecedores
Salários e encargos sociais
Impostos e taxas
Ñ
C
R
C
Realizável a longo prazo
Ativo Permanente
Exigível a longo prazo
Resultados de Exercícios futuros
Patrimônio Líquido
Ñ
C
R
C
Ativo Total Passivo Total + PL
61
Silva (2013) diz que,
a tendência é de que o IOG seja uma aplicação líquida de recursos que será
função do tipo de atividade exercida pela empresa. Portanto, poderemos
encontrar situações em que o passivo cíclico será maior que o ativo cíclico e,
ao invés do IOG ser um investimento, será um financiamento. (SILVA,
2013, p.405)
2.8.10.3 Saldo de Tesouraria (ST) ou Saldo Disponível (SD)
Segundo Asssaf Neto (2010), quando o capital circulante líquido superar a
necessidade de investimento em giro, esse excesso é definido por Saldo de Disponível – SD.
Podendo também ser determinado por:
Quadro 36: Fórmula do Saldo de Disponível
𝑆𝐷 = ACF − PCF
Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2010, p.185)
Sendo:
ACF = Ativo Circulante Financeiro
PCF = Passivo Circulante Financeiro
Com relação ao ACF, ele tem a características de contas financeiras como, por
exemplo, aplicações, depósitos judiciais de curto prazo. Já o PCF é também de natureza
financeira com as contas como empréstimos e dividendos entre outros que são de curto prazo.
Para Assaf Neto (2010),
Saldo de disponível é uma medida de margem de segurança financeira de
uma empresa, que indica sua capacidade interna de financiar um crescimento
de atividade operacional. Um SD negativo demonstra a existência de
recursos não cíclicos financiando ativos de natureza cíclica. (ASSAF NETO,
2010, p.185)
Assim, o saldo em tesouraria é obtido pela diferença entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro, que sinaliza a situação financeira da empresa. Quando positivo, a empresa
terá disponibilidade de recursos para garantir a liquidez no curto prazo. Se negativo, tem
62
características de dificuldades financeiras iminentes principalmente quando a situação for
recorrente.
Para Bruni (2011) traz que,
o desequilíbrio financeiro resultante da aplicação de recursos com caráter
permanente no investimento operacional em giro com caros e arriscados
recursos de terceiros é muitas vezes denominado efeito tesoura. Nesse caso,
o ST apresenta-se negativo, ou seja, o investimento operacional de giro é
maior que o capital circulante líquido, isso acontece quando a empresa
financia a maior parte do IOG através de curto prazo não renováveis.
(BRUNI, 2011, p.257)
Assaf Neto (2010) fala que,
diz que o efeito tesoura revela que a empresa é incapaz de financiar
adequadamente seus investimentos operacionais em giro, operando com
recursos de maturidade incompatível com suas efetivas necessidades
financeiras. A denominação efeito tesoura é decorrente da figura de uma
tesoura formada pelo gráfico que demonstra o efeito da evolução das
operações de vendas sobre a necessidade de capital de giro. Este
comportamento é um forte indicativo de que a empresa está caminhando
para sua insolvência, o que exige dos gestores uma rápida intervenção nos
prazos operacionais, bem como a renegociação do perfil de vencimento da
dívida. (ASSAF NETO, 2010, p.190)
Quadro 37: Resumo da Análise Dinâmica de Capital de Giro do CDG – IOG ou NCG e
ST ou ET Contas Ano X1 Ano X2 Ano X3
1 – At. Circ. Financeiro (ACF)
2 – Psv. Circ. Oneroso (PCO)
Saldo Tesouraria (1-2)
3 – Ativo Circ. Cíclico (ACC)
4 – Passivo Circ. Cíclico (PCC)
(NCG) ou (IOG) (3-4)
5 – Ativo Circulante (AC)
6 – Passivo Circulante (PC)
7 – (CDG) ou (CCL) (5-6)
Fonte: Fleuriet (2003, p.127)
63
3 METODOLOGIA
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA
A pesquisa é de natureza de característica básica que segundo Gil (2006, p.26) “para
atingir o objetivo geral e os específicos citados anteriormente e, chegar à veracidade dos fatos
a ciência se vale de diferentes métodos”, tendo como forma de abordagem um estudo
quantitativo por, através de resultados, calcularem os índices da empresa e qualitativo pelo
fato que através dos resultados dos índices pode analisar interpretar e emitir seu parecer sobre
a situação econômico-financeira da empresa.
Segundo a abordagem qualitativa, Zikmund e BABIN (2011) afirmam que:
Mais dependente do pesquisador na medida em que ele deve extrair o
significado das respostas não estruturadas, como o texto de uma entrevista
[...]. O pesquisador interpreta os dados para extrair seus significados e
converte-os em informação (ZIKMUND, BABIN, 2011, p.110, grifo do
autor).
Já em relação à pesquisa quantitativa Richardson (1999 apud BEUREN, 2008) diz
que:
Caracteriza-se pelo emprego de qualificação tanto nas modalidades de coleta
de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas,
desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais
complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.
(BEUREN, 2008, p.92).
Quanto aos objetivos a pesquisa enquadra-se como explicativa. De acordo com Gil
(2010):
As pesquisas explicativas têm como propósito identificar fatores que
determinam ou contribuem para a ocorrência de fenômenos. Estas pesquisas
são as que mais aprofundam o conhecimento da realidade, pois têm como
finalidade explicar a razão, o porquê das coisas (GIL, 2010, p.28).
Para Gil (1989), o estudo de caso permite um conhecimento amplo e, ainda, detalhado,
por ser exaustivo e profundo. Por isso se buscou obter o máximo de dados e informações da
empresa estudada, para ser feita uma análise acerca da situação da empresa e, de como esta
64
situação poderia ser diferente, caso fossem considerados alguns pontos levantados no
referencial teórico da pesquisa.
Por essa razão, esta pesquisa precisa ser aplicada seguindo dois tipos de abordagens
pelo o seu grau de complexidade que o tema aborda.
Para que se possa desenvolver um trabalho com fundamentação teórica para alcançar
os objetivos deste trabalho será realizado fontes bibliográficas extraídos de diversos autores
que buscam explanar o assunto abordado. É considerada como uma pesquisa documental pelo
fato que será utilizada informações relevantes das demonstrações contábeis disponibilizados
pela empresa sendo de fundamental importância para esta pesquisa. Para Gil (1995):
A pesquisa documental assemelha-se muito a pesquisa bibliográfica. A única
diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa
bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições de diversos
autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de
materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda
pode ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. (GIL, 1995,
p.73)
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO
Serão utilizadas para fins de investigação as demonstrações contábeis, o Balanço
Patrimonial e a do Resultado do Exercício dos últimos três anos (2012, 2013 e 2014) da
empresa de supermercado Manoel Minervino Neto ME-Supermercado São Francisco II,
situado na Rua Adauto Dias, n°286 – Vila do Príncipe na cidade de Caicó-RN.
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS
Para que se tenha uma excelência para realização do estudo realizaremos uma análise
no Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE) dos últimos
três anos da empresa em estudo. De fato, que, através das demonstrações, serão aplicadas
algumas técnicas de análise, buscando através deste estudo, que trará informações relevantes
que serão utilizadas para análise e interpretação com o intuito de fornecer conclusivas
referentes a se obteve um crescimento financeiro-patrimonial da empresa.
65
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Para que se possam obter informações suficientes utilizadas para demonstrar se
houve um crescimento financeiro-patrimonial da empresa, será necessária a utilização das
técnicas de análise financeira nas demonstrações contábeis, para, através dessas informações
extraídas das demonstrações, transformarem os dados obtidos em informações, apresentando
seus índices concisos para o empresário.
As técnicas utilizadas nas demonstrações para desenvolver resultados parte da
análise vertical e horizontal; índices de liquidez; liquidez geral; liquidez corrente; liquidez
seca; liquidez imediata; índices de endividamento; participação de capitais de terceiros;
composição de endividamento; endividamento geral; índices de atividade (índice de prazos
médios); ciclo operacional e ciclo financeiro; índices de rentabilidade/lucratividade;
Alavancagem operacional e financeira; ponto de equilíbrio; fator de solvência; analise
dinâmica de capital de giro que serão realizados de acordo com as fórmulas utilizadas pelos
autores estudados que através dessas técnicas aplicadas no Balanço Patrimonial e nas
Demonstrações do Resultado do Exercício, emitir um parecer transformando os números em
relatório que mostre ao proprietário se teve um aumento financeiro-patrimonial da empresa
em estudo.
66
4 ESTUDO DE CASO
4.1 PERFIL DA EMPRESA
O estudo de caso foi realizado na empresa Manoel Minervino Neto, situada na Rua
Adauto Dias, nº 286, Bairro Vila do Príncipe, no município de Caicó, Estado do Rio Grande
do Norte. A empresa fundada no dia 04/04/1990, sendo sua atividade principal Comércio
varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios -
supermercados. Seu capital social nos anos de 2012 e 2013 foi de R$ 15.000,00, divididos em
15.000 cotas de R$ 1,00, passando em 2014 para R$: 100.000,00 dividido em 100.000 cotas
de R$: 1,00. A empresa é individual sendo composta por apenas um sócio, sendo ele Manoel
Minervino Neto. Hoje seu quadro de funcionários é composto por 12 pessoas divididas nas
mais diversas funções existentes no seu supermercado deste a limpeza até o auxiliar de
escritório. A empresa é uma firma individual, enquadrada como empresa de pequeno porte, e
seu regime de tributação desde o ano de 2012 é o lucro real.
Tabela 01: Balanço Patrimonial – Ativo MANOEL MINERVINO NETO ME
CNPJ: 24.594.400/0001-30
BALANÇO PATRIMONIAL – ATIVO
ATIVO 2012 2013 2014
593.776,50 764.346,61 991.973,49
Ativo Circulante 539.380,25 697.302,74 899.394,74
Disponível 372.173,20 461.369,45 545.113,02
Caixa 365.392,81 473.337,00 559.882,19
Caixa 365.392,81 473.337,00 559.882,19
Bancos c/ Movimento 6.780,39 11.967,55 14.769,17
Banco do Brasil 5.055,29 6.451,03 2.934,39
Bradesco 1.725,10 4.065,23 1,00
Unicred 0,00 9.581,75 11.835,78
Estoques 162.290,40 231.835,75 342.437,67
Mercadoria para revenda 162.290,40 231.835,75 342.437,67
Outros Creditos 4.916,65 4.097,54 11.844,05
Icms a recuperar 4.916,65 4.097,54 3.176,40
irrf a rec. Parc RFB e PGFN 0,00 0,00 8.667,65
Ativo Não Circulante 37.114,53 49.083,53 62.033,27
Investimentos 0,00 0,00 5.989,98
Bradesco Aplicações 0,00 0,00 5.989,98
Imobilizado 37.114,53 49.083,53 56.043,29
Móveis e utensílios 41.238,36 53.207,36 66.183,83
(-) Depreciação Acumulada -4.123,83 -4.123,83 -10.140,54
DeprAcum. Móveis e utensílios -4.123,83 -4.123,83 -10.140,54
Contas de Compensação 0,00 0,00 30.545,48
Bens Recebidos em Comodata 0,00 0,00 28.875,92
Bens Recebidos em Consignação 0,00 0,00 1.669,56
Fonte: Adaptado do Balanço Patrimonial da empresa
Tabela 02: Balanço Patrimonial – Passivo MANOEL MINERVINO NETO ME
CNPJ: 24.594.400/0001-30
BALANÇO PATRIMONIAL - PASSIVO
67
PASSIVO 2012 2013 2014
593.776,50 764.346,61 991.973,49
Passivo Circulante 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Fornecedores 114.930,37 133.030,68 136.929,51
Fornecedores diversos 114.930,37 133.030,68 136.929,51
INSS a recolher 2.132,47 2.949,63 4.420,96
FGTS a recolher 446,36 603,49 1.081,23
Débitos fiscais 85.560,04 122.300,22 118.569,24
ICMS a recolher 17.295,13 5.187,11 8.038,05
PIS faturamento a recolher 7.887,57 9.286,56 2.760,54
COFINS a recolher 43.050,87 49.494,67 22.075,73
IRPJ a recolher 10.175,12 35.726,04 53.156,49
Contribuição social a recollher 6.331,88 21.461,06 31.919,34
IRRFa Recolher 50,51 151,57 205,81
ICMS subt nas entradas a recolher 768,96 993,21 413,28
Empréstimos e financiamento 0,00 0,00 19.710,77
Unicred 0,00 0,00 19.710,77
Passivo Não Circulante 111.946,48 99.755,21 120.544,72
Exigível a longo prazo 111.946,48 99.755,21 120.544,72
Parcelamento de Impostos 111.946,48 99.755,21 120.544,72
Patrimônio Líquido 261.479,06 387.747,04 560.171,58
Capital Social 15.000,00 15.000,00 100.000,00
Capital Subscrito 15.000,00 15.000,00 100.000,00
Outras Contas 246.479,06 372.747,04 460.171,58
Outras Contas 246.479,06 372.747,04 460.171,58
Lucro Acumulado 253.346,81 379.614,79 467.039,33
Lucro Acumulado 192.216,50 344.037,34 453.875,06
Lucro Líquido do Exercício 61.130,31 35.577,45 13.164,27
Prejuízo Acumulado 6.867,75 6.867,75 6.867,75
Prejuízo do Exercício 6.867,75 6.867,75 6.867,75
Contas de Comp. do Passivo 17.281,72 17.960,34 30.545,48
Valores de Terceiros 17.281,72 17.960,34 30.545,48
Bens de Terceiros em Comodata 16.092,26 16.574,88 28.875,92
Bens de Terceiros em Consignação 1.189,46 1.385,46 1.669,56
Fonte: Adaptado do Balanço Patrimonial da empresa
Tabela 03: Demonstração do Resultado do Exercício – DRE MANOEL MINERVINO NETO ME
CNPJ: 24.594.400/0001-30
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE
Grupo de Contas 2012 2013 2014
Receita Bruta Operacional 2.901.414,62 3.229.331,42 3.399.123,03
Vendas de mercadorias 2.901.414,62 3.229.331,42 3.399.123,03
Deduções das vendas -307.030,28 -281.451,69 -301.709,11
ICMS s/ vendas -234.608,64 -249.559,46 -275.460,36
COFINS s/ vendas -55.560,05 -26.203,31 -21.430,59
PIS s/ vendas -12.062,58 -5.688,92 -4.652,73
Outras Deduções -4.799,01 0,00 -165,43
Vend. Canc. Devol, de Merc. -4.799,01 0,00 -165,43
Receita Líquida Operacional 2.594.384,34 2.947.879,73 3.097.413,92
Receita Líquida Mercadorias 2.594.384,34 2.947.879,73 3.097.413,92
Custos das Vendas -2.000.587,14 -2.323.287,18 -2.441.813,89
Das Mercadorias vendidas -2.000.587,14 -2.323.287,18 -2.441.813,89
Lucro Bruto Operacional 593.797,20 624.592,55 655.600,03
Das Mercadorias vendidas 593.797,20 624.592,55 655.600,03
Das Mercadorias vendidas 593.797,20 624.592,55 655.600,03
Despesas/ Receitas Operacionais -513.362,59 -457.664,25 -540.286,76
Despesas com vendas -15.966,10 -20.840,00 -17.665,00
Despesas administrativas -485.893,23 -416.205,26 -474.781,28
Despesas tributárias -5.319,16 -4.337,68 -17.665,00
Receita operacional
-1.231,26 -2.709,43 -2.376,31
Despesas financeiras -7.111,29 -19.737,59 -49.934,11
Outras Receitas 4.674,39 382,85 816,01
Outras Receitas Ñ Op. 0,00 19,78 0,00
Resultado Operacional 80.434,61 166.948,08 115.313,27
Resultado antes CSLL/IRPJ 80.434,61 166.948,08 115.313,27
Contrib. Soc. S. Lucro 7.239,10 15.129,18 10.458,28
Imposto de Renda 12.065,19 25.215,30 17.430,46
Lucro (prejuízo) líquido do exercício 61.130,30 126.603,61 87.424,53
Fonte: Adaptado do Balanço Patrimonial da empresa
68
Tabela 04: Analise Vertical e Horizontal – Ativo MANOEL MINERVINO NETO ME
CNPJ: 24.594.400/0001-30
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL - ATIVO
ATIVO 2012 Vert (%) 2013 Vert (%) Hor(%) 2014 Vert (%) Hor(%)
593.776,50 100,00 764.346,61 100,00 128,73 991.973,49 100,00 167,06
Ativo Circulante 539.380,25 90,84 697.302,74 91,23 129,28 899.394,73 90,67 166,75
Disponível 372.173,20 62,68 461.369,45 60,36 127,18 545.113,02 54,95 146,47
Caixa 365.392,81 61,54 473.337,00 61,93 127,18 559.882,19 56,44 153,23
Caixa 365.392,81 61,54 473.337,00 61,93 127,18 559.882,19 56,44 153,23
Bancos c/ Movimento 6.780,39 1,14 11.967,55 1,57 176,50 14.769,17 1,49 217,82
Banco do Brasil 5.055,29 0,85 6.451,03 0,84 127,61 2.934,39 0,30 58,05
Bradesco 1.725,10 0,29 4.065,23 0,53 235,65 1,00 0,00 0,05
Unicred 0,00 0,00 9.581,75 1,25 100,00 11.835,78 1,19 123,52
Estoques 162.290,40 27,33 231.835,75 30,33 142,85 342.437,67 34,52 211,00
Mercadoria para revenda 162.290,40 27,33 231.835,75 30,33 142,85 342.437,67 34,52 211,00
Outros Creditos 4.916,65 0,83 4.097,54 0,54 83,34 11.844,05 1,19 240,90
impostos e contribuição a recuperar 4.916,65 0,83 4.097,54 0,54 83,34 11.844,05 1,19 240,90
Ativo Não Circulante 37.114,53 6,25 49.083,53 6,42 132,25 62.033,27 6,25 167,14
Investimentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.989,98 0,60 100,00
aplicações no Bradesco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.989,98 0,60 100,00
Imobilizado 37.114,53 6,25 49.083,53 6,42 132,25 56.043,29 5,65 151,00
Bens em operação 41.238,36 6,94 53.207,36 6,96 129,02 66.183,83 6,67 160,49
Móveis e utensílios 41.238,36 6,94 53.207,36 6,96 129,02 66.183,83 6,67 160,49
(-) Depreciação Acumulada -4.123,83 -0,69 -4.123,83 -0,54 100,00 -10.140,54 -1,02 -245,90
DeprAcum. Móveis e utensílios -4.123,83 -0,69 -4.123,83 -0,54 100,00 -10.140,54 -1,02 -245,90
Contas de Compensação 17.281,72 2,91 17.960,34 2,35 103,93 30.545,48 3,08 176,75
Valores de terceiros 17.281,72 2,91 17.960,34 2,35 103,93 30.545,48 3,08 176,75
Bens recebidos em comodata 16.092,26 2,71 16.574,88 2,17 102,99 28.875,92 2,91 179,44
Bens recebidos em consignação 1.189,46 0,2 1.385,46 0,18 116,48 1.669,56 0,17 140,36
Fonte: Autoria Própria
Tabela 05: Analise Vertical e Horizontal – Ativo MANOEL MINERVINO NETO ME
CNPJ: 24.594.400/0001-30
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL - PASSIVO
PASSIVO 2012 Vert (%) 2013 Vert (%) Hor(%) 2014 Vert (%) Hor(%)
593.776,50 100,00 764.346,61 100,00 128,73 991.973,49 100,00 129,78
Passivo Circulante 203.069,24 34,20 258.884,02 33,87 127,49 280.711,71 28,30 138,23
Fornecedores 114.930,37 19,36 133.030,68 17,40 115,75 136.929,51 13,80 119,14
Fornecedores diversos 114.930,37 19,36 133.030,68 17,40 115,75 136.929,51 13,80 119,14
Débitos sociais 2.578,83 0,43 3.553,12 0,46 137,78 5.502,19 0,55 213,36
INSS a recolher 2.132,47 0,36 2.949,63 0,39 138,32 4.420,96 0,45 207,32
FGTS a recolher 446,36 0,08 603,49 0,08 135,20 1.081,23 0,11 242,23
Débitos fiscais 85.560,04 14,41 122.300,22 16,00 142,94 118.569,24 11,95 138,58
ICMS a recolher 17.295,13 2,91 5.187,11 0,68 29,99 8.038,05 0,81 46,47
PIS faturamento a recolher 7.887,57 1,33 9.286,56 1,21 117,74 2.760,54 0,28 35,00
COFINS a recolher 43.050,87 7,25 49.494,67 6,48 114,97 22.075,73 2,23 51,28
IRPJ a recolher 10.175,12 1,71 35.726,04 4,67 351,11 53.156,49 5,36 522,42
Contribuição social a recollher 6.331,88 1,07 21.461,06 2,81 338,94 31.919,34 3,22 504,11
IRRF a pagar 50,51 0,01 151,57 0,02 300,07 205,81 0,02 407,46
ICMS retido a recolher 768,96 0,13 993,21 0,13 129,16 413,28 0,04 53,74
Empréstimos e financiamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 19.710,77 1,99 100,00
Unicred 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 19.710,77 1,99 100,00
Passivo Não Circulante 111.946,48 18,85 99.755,21 13,05 89,11 120.544,72 12,15 107,68
Exigível a longo prazo 111.946,48 18,85 99.755,21 13,05 89,11 120.544,72 12,15 107,68
Parcelamento de Impostos 111.946,48 18,85 99.755,21 13,05 89,11 120.544,72 12,15 107,68
Patrimônio Líquido 261.479,06 44,04 387.747,04 50,73 148,29 560.171,58 56,47 214,23
Capital Social 15.000,00 2,53 15.000,00 1,96 100,00 100.000,00 10,08 666,67
Capital Subscrito 15.000,00 2,53 15.000,00 1,96 100,00 100.000,00 10,08 666,67
Outras Contas 246.479,06 41,51 372.747,04 48,77 151.23 460.171,58 46,39 186,70
Outras Contas 246.479,06 41,51 372.747,04 48,77 151,23 460.171,58 46,39 186,70
Lucro Acumulado 253.346,81 42,67 379.614,79 49,67 149,84 467.039,33 47,08 184,35
Lucro Acumulado 192.216,50 32,37 344.037,34 45,01 178,98 453.875,06 45,75 236,13
Lucro Líquido do Exercício 61.130,31 10,30 35.577,45 4,65 58,20 13.164,27 1,33 21,53
Prejuízo Acumulado -6.867,75 -1,16 -6.867,75 -0,90 100,00 -6.867,75 -0,69 100,00
Prejuízo do Exercício -6.867,75 -1,16 -6.867,75 -0,90 100,00 -6.867,75 -0,69 100,00
69
Contas de Comp. do Passivo 17.281,72 2,91 17.960,34 2,35 103,93 30.545,48 3,08 176,75
Valores de Terceiros 17.281,72 2,91 17.960,34 2,35 103,93 30.545,48 3,08 176,75
Bens de Terceiros em Comodata 16.092,26 2,71 16.574,88 2,17 103,00 28.875,92 2,91 179,44
Bens de Terceiros em Consignação 1.189,46 0,20 1.385,46 0,18 116,48 1.669,56 0,17 140,36
Fonte: Autoria Própria
Tabela 06: Análise Vertical e Horizontal – DRE MANOEL MINERVINO NETO ME
CNPJ: 24.594.400/0001-30
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO
Grupo de Contas 2012 Vert (%) 2013 Vert (%) Hor(%) 2014 Vert (%) Hor(%)
Receita Bruta Operacional 2.901.414,62 100,00 3.229.331,42 100,00 111,30 3.399.123,03 100,00 117,15
Vendas de mercadorias 2.901.414,62 100,00 3.229.331,42 100,00 111,30 3.399.123,03 100,00 117,15
Deduções das vendas -307.030,28 -10,58 -281.451,69 -8,72 91,67 -301.709,11 -8,88 98,27
ICMS s/ vendas -234.608,64 -8,09 -249.559,46 -7,73 106,37 -275.460,36 -8,10 117,41
COFINS s/ vendas -55.560,05 -1,91 -26.203,31 -0,81 47,16 -21.430,59 -0,63 38,57
PIS s/ vendas -12.062,58 -0,42 -5.688,92 -0,18 47,16 -4.652,73 -0,14 38,57
Outras Deduções -4.799,01 -0,17 0,00 0,00 0,00 -165,43 -0,00 0,00
Vend. Canc. Devol, de Merc. -4.799,01 -0,17 0,00 0,00 0,00 -165,43 -0,00 0,00
Receita Líquida Operacional 2.594.384,34 89,42 2.947.879,73 91,28 113,63 3.097.413,92 91,12 119,39
Receita Líquida Mercadorias 2.594.384,34 89,42 2.947.879,73 91,28 113,63 3.097.413,92 91,12 119,39
Custos das Vendas -2.000.587,14 -68,95 -2.323.287,18 -71,94 116,13 -2.441.813,89 -71,84 122,05
Das Mercadorias vendidas -2.000.587,14 -68,95 -2.323.287,18 -71,94 116,13 -2.441.813,89 -71,84 122,05
Lucro Bruto Operacional 593.797,20 20,47 624.592,55 19,34 105,19 655.600,03 19,29 110,41
Das Mercadorias vendidas 593.797,20 20,47 624.592,55 19,34 105,19 655.600,03 19,29 110,41
Das Mercadorias vendidas 593.797,20 20,47 624.592,55 19,34 105,19 655.600,03 19,29 110,41
Despesas/ Receitas Operacionais -513.362,59 -17,69 -457.664,25 -14,17 89,15 -540.286,76 -15,89 105,24
Despesas com vendas -15.966,10 -0,55 -20.840,00 -0,65 -130,53 -17.665,00 -0,52 110,64
Despesas administrativas -485.893,23 -16,75 -416.205,26 -12,89 -85,66 -474.781,28 -13,97 97,71
Despesas tributárias -5.319,16 -0,18 -4.337,68 -0,13 -81,55 -17.665,00 -0,52 332,10
Receita operacional
-1.231,26 -0,04 -2.709,43 -0,08 -220,05 -2.376,31 -0,07 193,00
Despesas financeiras -7.111,29 -0,25 -19.737,59 -0,61 -277,55 -49.934,11 -1,47 700,77
Outras Receitas 4.674,39 0,16 382,85 0,01 8,19 816,01 0,02 17,46
Outras Receitas Ñ Op. 0,00 0,00 19,78 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00
Resultado Operacional 80.434,61 2,77 166.948,08 5,17 207,56 115.313,27 3,39 143,36
Resultado antes CSLL/IRPJ 80.434,61 2,77 166.948,08 5,17 207,56 115.313,27 3,39 143,36
Contrib. Soc. S. Lucro 7.239,10 0,25 15.129,18 0,47 209,00 10.458,28 0,31 144,47
Imposto de Renda 12.065,19 0,41 25.215,30 0,78 209,00 17.430,46 0,51 144,47
Lucro (prejuízo) líquido do período 61.130,30 2,11 126.603,61 3,92 207,10 87.424,53 2,57 143,01
Fonte: Autoria Própria
4.2 ANÁLISE VERTICAL
Gráfico 03: Análise Vertical do BP - Ativo
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
100 100 100
90.84 91.24 90.67
6.25 6.42 6.25
0
20
40
60
80
100
120
2012 2013 2014
At. Total
At. Cicurlante
At. Ñ Circulante
70
A análise vertical tem como principal objetivo apresentar uma composição do
balanço patrimonial sendo base o ativo total em relação às demais contas, no qual pode ser
verificado um percentual maior nos valores demonstrado no Balanço Patrimonial sendo a
conta o ativo circulante com um percentual de 90,84%, em 2012; 91,24% em 2013; e 90,67%
em 2014. Em 2011, as contas que detêm os maiores percentuais é o caixa com 61,54% do
total e a conta estoques com 27,33% do percentual total. Já no ano de 2013, continua a conta
caixa sendo a principal conta com maior percentual sendo ele de 61,93% e a conta estoque
com 30,33% do percentual total e, em 2014, a conta-caixa ainda continua detento do
percentual maior com 56,44% e a conta estoque também com 34,52% do total. Já com relação
ao ativo não circulante, ele obteve um percentual de 6,25% no ano de 2012, passando á 6,42%
em 2013 obtendo um aumento. Voltando a 2014, há uma regressão obtendo o índice igual ao
percentual de 2012 que foi de 6,25% do total, quando a conta com maior índice no Ativo não
Circulante é a do Imobilizado. Há também uma conta chamada de Contas de Compensação
que obteve um percentual de 2,91% do total passando em 2013 a 2,35% e, em 2014, para
3,08. Percebe-se que a conta-caixa vem tendo um acréscimo de 2012 para 2013, e, em 2014,
uma queda, porém, isso se leva ao fato de a conta estoque ter um aumento a cada ano e mais
expressivamente em 2014, o que pode ser concluído que o caixa tem um fluxo expressivo de
numerário e a empresa investe em novos produtos do estoque. Observa-se, portanto, que o
ativo circulante é o que detém o percentual maior em relação ao ativo total, e o ativo não
circulante, mesmo tendo uma variação no ano de 2013, não demonstrou aspecto de
crescimento, mas já as contas de compensação, mesmo sendo pequeno o seu percentual em
relação ao ativo circulante, demonstrou um pequeno crescimento.
Gráfico 04: Análise Vertical do BP- Passivo
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
100 100 100
34.20 33.8728.30
18.8513.05 12.15
44.0450.73
56.47
0
20
40
60
80
100
120
2012 2013 2014
P. Total
P.Circulante
P. Ñ. Circulante
PL
71
No Passivo, o estudo através dos índices irá evidenciar a composição do passivo
(circulante e não circulante) e patrimônio líquido em relação ao passivo total. De acordo com
os resultados, o índice de maior relevância em relação ao passivo total fica no patrimônio
líquido que, em 2012, obteve um percentual de 44,04; em 2013, 50,73; e em 2014, 56,47.
Esse aumento no PL se deve ao fato de uma integralização no capital social da empresa em
2014 no valor de R$: 100.000,00 reais, enquanto nos anos de 2012 e 2013 seus capitais
permaneceram constantes. Já com relação a lucro do exercício em 2012, a empresa obteve um
percentual de 10,30%, em 2013, 4,65% e, em 2014, 1,33%. Houve uma regressão a partir de
2012 a 2014 devido ao fato de que, em 2013, o lucro foi menor seguindo de 2014. Levando
em consideração que, nos três anos, a empresa, mesmo obtendo lucro, segue com um prejuízo
acumulado não compensado no qual em 2012 gerou um percentual de -1,16 em relação ao
total do passivo seguindo de 2013 com -0,90 e 2014 com -0,69. No passivo circulante, além o
percentual da conta principal, o passivo circulante começou em 2012 com 34,20%, seguindo
em 2013 com 33,87% e 2014 com 28,30%. Percebe-se que houve uma diminuição nesses três
anos. As contas com maior percentual no passivo circulante é a de fornecedores quem, em
2012, obteve 19,36; em 2013 17,40%; em 2014 13,80% seguindo da conta de débitos fiscais
com 14,41% em 2012; 16% em 2013 e 11,95% em 2014. Percebe-se que, nos três anos, as
contas de fornecedores têm caído seu percentual em relação ao total, mas não porque tenha
diminuído as compras a prazo, mas sim porque as contas débitos fiscais têm aumentado seu
saldo aumentando o passivo total. O ano de 2013 foi o de maior índice dos débitos fiscais
devido alguns impostos que tiveram um aumento significativo, mais precisamente o Cofins a
recolher e o IRPJ a recolher. O passivo não circulante obtém seu percentual em 2012 de
18,85%; 2013 13,05% e em 2014 12,15. Essas contas tiveram uma regressão em seus
percentuais, mas o valor mais expressivo foi em 2013 com uma baixa em seu saldo. Com
relação às contas de compensação em 2012, obteve-se um percentual de 2,91%; em 2013
2,35% e em 2014, 3,08%. Essas contas de compensação são materiais utilizados pela empresa
para vendas de produtos fornecidas por terceiros.
72
Gráfico05: Análise Vertical – DRE
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
Com relação à análise vertical da DRE, percebe-se que o percentual da Receita Bruta
é 100% que serve como base tendo nos três anos um aumento de sua receita bruta. Com base
no valor da receita bruta, as deduções de vendas obtiveram, em 2012, um percentual de
10,5%; em 2013, 8,72% e, em 2014, de 8,88%, observando que foi acontecendo uma
diminuição nas deduções desde 2012, 2013 com uma pequena variação de aumento em 2014
em relação à receita total que cresceu nos três anos. Já em relação às Receitas Operacionais,
2012 obteve um percentual de 89,42%, em 2013, de 91,28 e em 2014 de 91,12%. Essa relação
está precisamente no crescimento da receita liquida gradativamente nos três anos seguido
sendo maior em 2013 com a diminuição das deduções e o aumento da receita total. Já
relacionado ao custo esse seguiu um aumento que, em 2012, foi de 68,95%, em 2013, 71,94%
e, em 2014, 71,84%. O que ocorre é que esse aumento se deu pelo fato da relação de aumento
nos preços dos produtos para revenda. Esse aumento passou a ser mais expressivo em 2013 e
2014 como visto pela relação do índice, mas não preocupante porque ainda consegue obter
um lucro bruto operacional que, em 2012, foi de 20,47%, 2013, 19,34% e, em 2014, 19,29.
Esse lucro operacional tirando os custos e as deduções fazendo uma relação ao valor das
receitas totais diminuiu um pouco mais nada que venha ser preocupante. Já as despesas e
receitas operacionais obtiveram o seu percentual em 2012, -17,69%; passando, em 2013, a -
14,17% e 2015 a -15,89%. Houve oscilações nesses três anos tendo uma diminuição em 2013
e voltando a crescerem em 2014 dados pelo aumento das receitas totais e a diminuição e
aumento das despesas. Com relação ao Resultado operacional antes da CSLL e o IRPJ
apresentou um percentual de 2,77 em 2012; 5,17, em 2013 e em 2014, de 3,39%. Esse
resultado teve uma maior expressão em 2013 devido à diminuição das despesas e o aumento
das receitas total nesse período. Em relação ao lucro dos três anos, o percentual, em 2012, foi
100 100 100
89.42 91.28 91.12
20.47 19.34 19.29
2.11 3.92 2.57
0
20
40
60
80
100
120
2012 2013 2014
Rec. Bruta
Rec. Liq.
Luc. Bruto
Luc. Liq
73
de 2,11%; 2013, de 3,92% e, em 2014, para 2,57%. Observa-se que 2012 e 2014, em relação a
2013, tiveram uma diminuição nos lucros da empresa devido ao aumento das contribuições
CSLL E IRPJ que afetam diretamente nos resultados. Mesmo que, em 2013, a CSLL e a IRPJ
foram relevantes, o lucro operacional de 2013 foi consideravelmente maior que 1012 e 2014.
4.3 ANÁLISE HORIZONTAL
Gráfica 06: Análise Horizontal do BP – Ativo
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
A análise horizontal determina o crescimento das contas do ativo partindo pela
realização da comparação dos percentuais. O primeiro ano tem como base 100%, já nos anos
posteriores, faz-se a comparação pela divisão do resultado atual com o anterior. Em relação a
2012, ano base, o ativo total em 2013 obteve um aumento de 28,73% e 2014 29,78% sendo
bastante significativo. No ativo circulante, levando 2012 como base, percebe-se que, em 2013,
obteve-se um aumento de 29,28%, já, em 2014, uma diminuição para 28,98%. Já em relação
às principais contas tendo como base 2012, 100%, foi o caixa quem em 2013 apresentou um
percentual de crescimento de 27,18% e 2014, de 18,18% ocorrendo uma queda de um ano
para outro, pois relacionando a essa conta, a conta estoque que obteve um aumento em 2013
um percentual de 42,85% e, em 2014, de 47,71%, o que pode ser analisado é que houve uma
diminuição no caixa pelo fato de a empresa realizar compras à vista para o estoque. Com
relação ao ativo não circulante, o imobilizado, levando em consideração a base de 2012,
100%, o ano de 2013 obteve um aumento de 32,25% e 2014, de 14,18%. Obteve-se uma
queda entre 2013 e 2014 devido ao aumento expressivo entre 2012 e 2013 no imobilizado na
conta de móveis e utensílios que, neste caso, é a única conta que faz parte do Imobilizado,
percebendo assim que houve aquisições de bens para empresa. A conta de compensação
100 100 100
128.73 129.28 132.25
167.06 166.75 167.14
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
At. Total At. Circulante At. Ñ Circulante
2012
2013
2014
74
obteve um percentual, levando como base 2012, de 3,93% em 2013, e 70,07% em 2014. Esse
percentual entre 2013 e 2014 deu-se ao fato de quase duplicar a conta de compensação em
2014 afetando assim seu percentual.
Gráfico 07- Análise Horizontal do BP – Passivo
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
Relacionando-se ao o ativo, o passivo total, levando como base 2012, em 100%,
2013 teve um aumento de 28,73% e 2014, de 29,78%. Já com relação ao passivo circulante,
2013 teve um aumento de 27,49% e 2014, 38,23%. As contas com maiores índices
relacionadas ao passivo estão mais expressivamente em fornecedores diversos com 19,14% e
débitos fiscais com 38,58%. Algumas contas do passivo circulante têm um percentual bem
expressivo, mas em valores reais com relação ao ano base 2012 não se tem tanta influência.
Com relação ao passivo não circulante em relação ao primeiro ano 100%, o segundo ano
obteve uma diminuição para 89,11% e, em 2014, um aumento no valor de 107,68% do
passivo total. Isso mostra que, no segundo ano, a empresa diminuiu suas dívidas em longo
prazo com parcelamentos de imposto, mas em compensação, em 2014, elevou-se esse
aumento mostrando que seus impostos subiram. O patrimônio líquido com base em 2012 que
é 100%, 2013 obteve um percentual de 48,29% e, em 2014, de 114,23%. As principais contas
que levam o maior percentual no capital social são em 2014 com 666,67% sendo 2013 e 2012
o mesmo percentual devido à não integralização do capital social. A outra conta que teve um
maior percentual em relação ao ano base 2012 foi a dos lucros acumulados que em 2013 foi
de 78,98% e em 2014 de 136,13%. Isso se deve pelo aumento do lucro da empresa que vem
aumentando a cada ano. Já nas contas de Compensação a conta de terceiros em comodato tem
um maior percentual em 2014 com 79,44% sobre as contas. Percebe-se que a empresa tem
100 100 100 100
128.73 127.49
89.11
148.29
129.78138.23
107.68
214.23
0
50
100
150
200
250
P. Total P. Circulante P. Ñ Circulante PL
2012
2013
2014
75
suas contas mais concentradas no passivo circulante e no patrimônio líquido, demonstrando
que a empresa não procura ter longas dívidas financiadas.
Gráfico 08: Análise Horizontal da DRE
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
Na análise horizontal da DRE, podemos observar tendo como base o ano de 2012
que, na Receita Total, houve um aumento, em 2013, de 111,30% e, em 2014, 117,15%. Já
com isso demonstra-se que a empresa vem realizando compras de maneira crescente
influenciando no resultado final do lucro. Com relação às deduções em relação a ano base de
2012, de 100%, 2013 obteve uma queda para 91,67% e 2014 para 98,27%. Isso está
relacionado ao fato que as deduções nas vendas estão diminuindo seguindo de ano para outro.
A receita Liquida Operacional em 2013 subiu para 13,63% e em 2014 19,39% com base em
2012. Relacionado a isso está o fato das deduções das vendas obterem uma queda e o aumento
das receitas aumentarem. Já os custos em 2013 obtiveram um percentual de 16,13% e 2014
de 22,05%, com esse aumento, mostra-se que os custos aumentaram influenciando no lucro da
empresa. Ainda relacionado a isso está um aumento no lucro bruto operacional de 5,19% em
2013 e de 10,41% em relação a 2012. Já as despesas e receitas operacionais obtiveram uma
queda sendo menos de 100% em 2013 relacionada ao ano base e um aumento de 5,24% em
2014. Isso se deve que 2013 a despesas foram menores, mas em 2014 um aumento expressivo
nos valores das despesas da empresa. Com relação a 2012, o percentual do lucro operacional
foi de 107,56% em 2013 e, em 2014, uma diminuição de 43,36%. Esse lucro é antes das
deduções da CSLL e IRPJ e que mostra um aumento expressivo em 2013 sendo em 2014 uma
diminuição nos resultados operacionais. Ao fim no Lucro da empresa com base em 2012
sendo 100%, 2013 obteve um percentual de 107,10% e 2014, 43,01%. Em todos os anos, a
empresa obteve um lucro mesmo tendo um prejuízo acumulado em seus resultados que não
100 100 100 100111.30 113.63 105.19
207.10
117.15119.39
110.41
143.01
0
50
100
150
200
250
Rec. Bruta Rec. Liq. Lucro Bruto Lucro Liq.
2012
2013
2014
76
foram compensados. Em 2013, foi onde a empresa obteve um maior lucro líquido depois de
todas as deduções e despesas da empresa. Isso se deve ao fato da diminuição das despesas
mesmo com aumento da CSLL e o IRPJ. Assim, a DRE demonstra que os resultados da
empresa vêm sendo muito bom, e que, mesmo se em algum momento ela precisar ou decidir
compensar esse prejuízo acumulado de anos anteriores, ela obterá saldo em caixa.
4.4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Tabela 07: Cálculo dos Índices de Liquidez Anos 2012 2013 2014
Liquidez Imediata= Disponível/PC
Disponível 372.173,20 461.369,45 545.113,02
Pas. Cir 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Liquidez imediata 1,83 1,78 1,94
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Ativo Circulante 539.380,25 697.302,74 899.394,74
Passivo Circ. 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Liquidez Corrente 2,66 2,69 3,20
Liquidez Seca= (AC- Estoque)/PC
Ativo Circulante 539.380,25 697.302,74 899.394,74
Estoque 162.290,40 231.835,75 342.437,67
Passivo Circulante 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Liquidez seca 1,86 1,80 1,98
Liquidez Geral = ( AC+RLP)/(PC+PNC)
Ativo Circulante 539.380,25 697.302,74 899.394,74
Realizável a LP 0,00 0,00 0,00
Passivo Circulante 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Passivo Não Circulante 111.946,48 99.755,21 120.544,72
Liquidez Seca 1,71 1,94 2,24
Fonte: Autoria Própria
Gráfico 09: Índices de Liquides
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
1.83
2.66
1.861.711.78
2.69
1.801.941.94
3.20
1.98
2.24
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
Liq. Imediata Liq. Corrente Liq. Seca Liq. Geral
2012
2013
2014
77
Liquidez Imediata: O índice de Liquidez Geral tem por finalidade revelar sua
liquidez tanto a curto como em longo prazo mostrando quanto a cada R$: 1,00 ela tem de
direitos e disponibilidades no ativo circulante e realizável em longo prazo para sanar sua
dividas. De acordo com as demonstrações, a empresa não possui Realizável em Longo prazo
passando assim a utilização do índice com que ela possui no Ativo Circulante em curto prazo.
Em 2012, para cada R$: 1,00 no passivo circulante e não circulante, existia R$: 1,71 do ativo
circulante em curto prazo para sanar. Em 2013, obteve um aumento passando a ser R$: 1,94
de direitos e disponibilidades no ativo circulante em curto prazo para cada R$: 1,00 no
passivo circulante e não circulante. Em 2014, subiu para R$: 2,24 o valor existente no ativo
circulante a curto para sanar todo o passivo a curto e longo prazo. Desta Forma, em todos os
anos a empresa demonstrou que tinha um ativo circulante suficiente para sanar todas as
obrigações no passivo circulante e não circulante mesmo não tendo direitos e disponibilidades
em longo prazo.
Liquidez Corrente: O índice de Liquidez Corrente mostra o quanto existe no Ativo
Circulante para cada R$: 1,00 no Passivo Circulante. Observa-se que no ano de 2012 para
cada R$ 1,00 no Passivo de curto prazo existia R$: 2,66 de disponibilidades e direitos em
curto prazo. Em 2013, houve um aumento passando a ser R$: 2,69 na liquidez com relação ao
passivo em curto prazo. Já no último ano, teve um pulo significativo passando para R$: 3,20
fazendo a comparação no ativo circulante em curto prazo para o passivo circulante em curto
prazo. Em todos os anos, os resultados demonstraram bem satisfatórios e sendo o último o
mais significativo. Esse resultado só obteve um ótimo rendimento nesses anos devido ao
equilíbrio das contas no qual se percebe que na medida em que as disponibilidades e os
direitos aumentavam as obrigações também de modo equilibradas.
Liquidez Seca: O índice de Liquidez Seca indica o percentual das dívidas de curto
prazo em condições de serem sanadas mediante as contas do Ativo Circulante de curto prazo
sem comprometer o estoque por ser uma fonte de recursos incerta podendo se tornar obsoleto.
Em 2012, o índice teve um valor R$: 1,86 de ativo de curto prazo para cada R$: 1,00 no
passivo de curto prazo. Em 2013, houve uma pequena diminuição passando a ser R$: 1,80
devido a um aumento significativo no estoque e no passivo circulante. Já em 2014, esse índice
que teve uma queda de 2012 para 2013 de 0,06 deu um crescimento expressivo em 2014 no
qual para cada R$: 1,00 no passivo circulante existiam R$: 1,98 no ativo circulante. Assim,
vê-se que a empresa não necessitou em nenhum ano comprometer seu estoque para
pagamentos de dívidas em curto prazo, pois seus resultados em todos os anos são
satisfatórios.
78
Liquidez Geral: O índice de Liquidez Imediata representa o quanto a empresa
possui de disponível para cada R$: 1,00 real de dívida no passivo a curto prazo existente.
Vejamos que, em 2012, a cada um real no passivo circulante existia R$: 1,83 disponíveis para
pagar essas dividam o que é considerado muito satisfatório, já, em 2013, houve uma pequena
queda baixando para R$: 1,78, mas também considerado muito satisfatório e, em 2014,
obteve-se um aumento significativo considerando os anos anteriores no qual, para cada R$:
1,00 no passivo circulante existiam R$: 1,94 disponíveis. Dessa forma, em todos os anos, a
empresa demonstrou pelos resultados uma ótima facilidade de obter dinheiro em caixas e
bancos apenas com uma pequena diminuição em 2013, mas não tão significativa. Esse
resultado se deu porque houve uma progressividade tanto no disponível da empresa como
também nas obrigações com os terceiros de forma equilibrada.
De modo geral, a análise de todos os índices da empresa no estudo demonstrou uma
boa situação financeira, tendo como principal relação aos seus índices apresentados que a
empresa possui grandes condições de pagar suas dívidas de curto e longo prazo de forma a
honrar com seus compromissos. Como se podem observar pelos gráficos eles aparecem com
umas oscilações em determinados índices, o que mostra não ter um crescimento continuo dos
anos analisados, porém essas variações não implicam no resultado da empresa em ter uma
ótima liquidez em seus compromissos devendo apenas manter este equilíbrio entre as contas
para que não haja uma diminuição em seus indicadores de liquidez. Assim, através dos
índices podemos avaliar como muito satisfatório sua liquidez tendo como principal base
quanto maior for os índices maiores serão as condições financeiras da empresa, buscando o
cuidado de não perder o equilíbrio de suas contas para não prejudicar seus resultados.
4.5 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Tabela 08: Índices de Endividamento
Anos 2012 2013 2014
Imobilização do PL = (Imobilizado/PL)x100
Imobilizado 37.114,53 49.083,53 56.043,29
Patrimônio Liquido 261.479,06 387.747,04 560.171,58
IPL 14,19% 12,66% 10,00%
Participação de Capitais de Terceiros = (PC+PNC)/PLx100
Passivo Circulante 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Passivo Não Circulante 111.946,48 99.755,21 120.544,72
Patrimônio Liquido 261.479,06 387.747,04 560.171,58
PCT 120,47% 92,49% 71,63%
Endividamento Geral = Capital de Terceiros/ Ativo Total x 100
79
Capital de Terceiros 315.015,72 358.639,23 401.256,43
Ativo Total 593.776,50 764.346,61 991.973,49
EG 53,05 46,92 40,45
Composição de Endividamento = (PC/CT)x100
Passivo Circulante 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Passivo Não Circulante 111.946,48 99.755,21 120.544,72
CE 64,46% 72,18% 69,96%
Fonte: Autoria Própria
Gráfico 10: Índices de Endividamento
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
Imobilização do PL: Esse índice apresenta um percentual de capital de terceiros
aplicado no imobilizado da empresa. Em 2012 o percentual de investimentos no imobilizado
sobre o patrimônio líquido foi de 14,19% o que diz que, para cada R$: 100,00 reais, a empresa
investiu R$: 14,19. Já em 2013, esse percentual obteve uma queda para 12,66% diminuindo
assim o valor de investimentos no imobilizado sobre o patrimônio sendo para cada R$: 100,00
existem R$: 12,66. Em 2014, ainda continuou caindo esse percentual pela falta de aplicação
de terceiros no imobilizado. Esse percentual rebaixou para R$: 10,00%, ou seja, em 2014 o
valor para cada R$: 100,00 foram de R$: 10,00. Quanto menor for esse percentual melhor
para empresa pelo fato que esse índice mostra o investimento do PL sobre o imobilizado e não
sendo realizado haverá uma parcela maior para financiar o ativo circulante e a empresa não
terá problemas em precisar financiar suas necessidades em curto prazo.
Participação de Capitais de Terceiros: Esse índice evidencia o percentual da
participação de capitais de terceiros em relação ao patrimônio líquido. Em 2012, percentual
do endividamento em relação ao ativo total foi de 120,47%, quer dizer que para cada R$:
100,00 do ativo total R$: 120,47 representam a participação de recursos de terceiros. Em
2012, a empresa diminuiu essa dependência passando a ter apenas 92,49% de participação de
14.19
120.47
53.05
64.46
12.66
92.49
46.92
72.18
10.00
71.63
40.45
69.96
0
20
40
60
80
100
120
140
Imob do PL Part. CT Endiv. Geral Comp. Endiv.
2012
2013
2014
80
terceiros sobre o ativo total, seja R$: 92,49 para cada R$: 100,00 do ativo total; e, em 2014,
obteve novamente uma nova redução passando agora a ser 71,63% demonstrando que para
cada R$: 100,00 a empresa possui R$: 71,63 de participação de terceiros. Portanto, em 2013,
quando se demonstrou o maior percentual de dependência da empresa com relação ao capital
de terceiros mostrando preocupante porque a empresa estava totalmente dependente de capital
de terceiros, já, nos anos seguintes, percebe-se que a empresa vem diminuindo sua
dependência em relação à empresa com capital de terceiros.
Endividamento Geral: Esse índice expressa a porcentagem do ativo total financiado
por recursos de terceiros. Percebe-se que, em 2012, a empresa obteve um percentual de
53,05%, seguindo de uma diminuição em 2013 com 46,92% e, em 2014, 40,45%. Através dos
resultados pode-se concluir que apesar de, em 2012, a empresa tenha obtido um índice maior,
os seus resultados no geral são considerados satisfatórios pelo fato de seguir nos dois anos
seguido de uma diminuição da dependência financeira pela utilização de recursos de terceiros.
Composição do Endividamento: Esse índice indica o percentual das obrigações de
curto prazo em relação às obrigações total da empresa. O que se apresentou nos resultados foi
que, em 2012, o percentual de obrigações em curto prazo foi de 64,46%, em 2013, foi de
72,18% e em 2014 de 69,96%. O que ocorre, para cada R$: 100,00 de obrigações totais 2012
obtinham R$: 64,46 reais de dívida em curto prazo; em 2013, um aumento para R$: 72,18
reais e em 2014 uma redução para R$: 69,96 reais. De acordo com que foi estudado através da
realização dos cálculos, a situação da empresa, mesmo com um pequeno aumento, em 2013,
desse percentual em cima das obrigações em curto prazo em relação às obrigações totais o
resultado é considerado bom, pelo fato que há um equilíbrio nas contas de curto prazo, mesmo
assim, a empresa precisa tomar mais um pouco de cuidado porque quanto maior esse índice
indica que empresa terá que buscar obter receitas para honrar com os compromissos.
Realizando uma análise geral dos Índices de Endividamento, mostrou-se que a
empresa se mantém bem com suas dividas preocupante apenas em 2012, quando obteve um
índice acima de 100%, mas mantendo o equilíbrio nos dois anos seguidos. Também a maioria
das contas da empresa encontra-se no passivo circulante o que é considerado correto pelo
simples fato da empresa nesse sentido apresentar um maior fluxo de caixa tendo como
objetivo recebimento dos recursos para honrar com os compromissos e não precisando se
manter através de aquisição de recursos de terceiros, e diminuindo sua dependência financeira
com recursos de terceiros.
81
4.6 ÍNDICES DE ATIVIDADES
Tabela 09: Índices de Atividades Anos 2012 2013 2014
Prazo Médio de Renovação dos Estoques = Estoque/CMV x 360 dias
Ano 2012 2013 2014
Estoque 162.290,40 231.835,75 342.437,67
CMV 2.000.587,14 2.323.287,18 2.441.813,89
PMRE (Apr.) 29,20 35,92 50,49
Prazo Médio de Recebimento de Vendas = Dup a Rec/VL x 360 dias
Ano 2012 2013 2014
Duplicatas a receber 0,00 0,00 0,00
Vendas Líquidas 2.594.384,34 2.947.879,73 3.097.413,92
PMRV ( Apr.) 0,00 0,00 0,00
Prazo Médio de Pagamento e Fornecedores = Fornec./Compras x 360 dias
Fornecedores 114.930,37 133.030,68 136.929,51
Compras 2.130.070,67 2.399.708,33 2.554.463,60
PMPC (Apr.) 19,42 19,96 19,30
Ciclo Operacional= PMRE + PMRV
PMRE 29,20 35,92 50,49
PMRV 0,00 0,00 0,00
Ciclo Operacional 29,20 35,92 50,49
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPC
Ano 2012 2013 2014
Ciclo Operacional 29,20 35,92 50,49
PMPC 19,42 19,96 19,30
Fonte: Autoria Própria
Gráfico 11: Índices de Atividades
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
O PMRE indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados na empresa
antes de serem vendidos. Em 2012, o índice de rotação da empresa foi de 29 dias, o que
significa que a empresa tem uma grande rotatividade do estoque e esse prazo é excelente pelo
tempo que leva uma mercadoria da compra até o consumidor final. Já no ano de 2013 houve
um aumento no prazo médio do percurso das mercadorias em estoque até a venda ao cliente
29
0
19
36
0
20
50
0
19
0
10
20
30
40
50
60
PMRE PMRV PRPC
2012
2013
2014
82
sendo de 35 dias o que também é muito bom pelo fato de ser considerado um prazo rápido
para realização da rotatividade do estoque. E em 2014, houve um aumento para 50 dias o que
ainda, para uma rotatividade de estoque, é bom, pois, nesses três anos, a empresa demonstra
que de seu armazenamento até mercadoria vendida. A rotatividade anual da empresa foi, em
2012, 12 dias e, em 2013, de 10 dias, já, em 2014, foram 7 dias, devido nesse último ano ter
um aumento na rotatividade do estoque, mas nada alarmante que influencie na boa
rotatividade da empresa.
O PMRV representa quantos dias, em média, a empresa passa para receber as suas
vendas. A empresa não apresenta o PMRV devido ao fato de ela não trabalhar com clientes ou
duplicatas a receber e como o PMRV tem como base as contas-clientes ou duplicatas a
receber, como a empresa não possui, não existe a possibilidade de calcular os dias. Isso se
deve ao fato de a empresa trabalhar com vendas à vista.
O PMPC indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar as suas compras
da data da efetivação até o pagamento o qual a empresa negociou com os fornecedores. Nos
três anos 2012, 2013 e 2014 o prazo médio foi de, aproximadamente, 20 dias, o que significa
um prazo ruim porque o prazo se torna curto levando a empresa a procurar levantar recursos
talvez até mesmo utilizando-os de terceiros para poder honrar com seus compromissos. A
ideia seria a empresa tentar conseguir, junto aos seus fornecedores, que ele pudesse adequar
ao PMRE e assim ter em caixa o suficiente para pagar aos seus fornecedores.
Gráfico 12: Relação entre os prazos e os ciclos – 2012
Fonte: Autoria Própria
O ciclo operacional é o tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda da
mercadoria. No ano de 2012, o ciclo foi de 29 dias, ou seja, nesse prazo a empresa faz a
compra, estoca, vende a mercadoria e recebe o dinheiro. O PMRE se torna o mesmo prazo do
Compras
PMPC=PMRE 29 Dias
PMCP= 19 Dias
Vendas Rec. Vendas
Ciclo Operacional = 29 Dias
Ciclo Financeiro = 10 Dias
83
ciclo operacional pelo fato de a empresa não trabalhar com clientes a receber ou duplicatas. O
que se tem é o prazo de recebimento da venda da mercadoria ser igual ao ciclo operacional. O
PMPC que mostra o prazo que a empresa tem para pagar seus fornecedores foi de 19 dias, o
que mostra não ser tão bom pelo fato de esse prazo ser curto e a empresa ter que angariar
recursos para honrar os compromissos, mas que está dentro do prazo do clico financeiro que
são 10 dias que é desde a compra até o recebimento da venda, mostrando assim que a empresa
tem como honrar seus compromissos, sendo interessante apenas um prazo maior do PMRC
para que e empresa possa respirar um pouco mais.
Gráfico 13: Relação entre os prazos e os ciclos – 2013
Fonte: Autoria Própria
O ciclo operacional é o tempo que a empresa tem decorrido entre a compra e o
recebimento da venda da mercadoria. No ano de 2013, o ciclo operacional foi de 36 dias, ou
seja, nesse prazo a empresa faz a compra, estoca, vende a mercadoria e recebe o dinheiro. O
PMRE se torna o mesmo prazo do ciclo operacional pelo fato de a empresa não trabalhar com
clientes a receber ou duplicatas. O que se tem é o prazo de recebimento da venda da
mercadoria ser igual ao ciclo operacional. O PMPC que mostra o prazo que a empresa tem
para pagar seus fornecedores foi de 20 dias o que mostra não ser tão bom pelo fato desse
prazo ser curto e a empresa ter que angariar recursos para honrar os compromissos, mas que
está dentro do prazo do clico financeiro que são 15 dias que é desde a compra até o
recebimento da venda, mostrando assim que a empresa tem como honrar seus compromissos,
sendo interessante apenas um prazo maior do PMRC para que e empresa possa respirar um
pouco mais.
Gráfico 14: Relação entre os prazos e os ciclos – 2014
Compras
PMPC=PMRE= 35 Dias
PMCP= 20 Dias
Vendas Rec. Vendas
Ciclo Operacional = 35 Dias
Ciclo Financeiro = 15
84
Fonte: Autoria Própria
O ciclo operacional é o tempo que a empresa tem decorrido entre a compra e o
recebimento da venda da mercadoria. No ano de 2014, o ciclo operacional foi de 50 dias, ou
seja, nesse prazo, a empresa faz a compra, estoca, vende a mercadoria e recebe o dinheiro. O
PMRE se torna o mesmo prazo do ciclo operacional pelo fato de a empresa não trabalhar com
clientes a receber ou duplicatas. O que se tem é o prazo de recebimento da venda da
mercadoria ser igual ao ciclo operacional. O PMPC, que mostra o prazo que a empresa tem
para pagar seus fornecedores, foi de 19 dias, o que mostra não ser tão bom pelo fato de esse
prazo ser curto e a empresa ter que angariar recursos para honrar os compromissos, mas que
está dentro do prazo do ciclo financeiro que são 31 dias que é desde a compra até o
recebimento da venda, mostrando assim que a empresa tem como honrar seus compromissos,
sendo interessante apenas um prazo maior do PMRC para que e empresa possa respirar um
pouco mais.
4.7 ÍNDICES DE RENTABILIDADE / LUCRATIVIDADE
Tabela 10: Índices de Rentabilidade / Lucratividade Anos 2012 2013 2014
Taxa de Retorno dos Investimentos (TRI)= (LL/AT)x100
Ano 2012 2013 2014
Lucro Líquido 61.130,30 126.603,61 87.424,53
Ativo Total 593.776,50 764.346,61 991.973,49
TRI 10,30% 16,53% 8,81%
Taxa de Retorno s/ o PL (TRPL) = (LL/PLM)x 100
Ano 2012 2013 2014
Lucro Líquido 61.130,30 126.603,61 87.424,53
Patrimônio Líquido Médio 403.132,56 403.132,56 403.132,56
TRPL 15,16% 31,40% 21,69%
Fonte: Autoria Própria
Compras
PMPC=PMRE= 50 Dias
PMCP= 19 Dias
Rec. Vendas
Ciclo Operacional = 50 Dias
Ciclo Financeiro = 31Dias
85
Gráfico 15: Índices de Rentabilidade
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
Taxa de Retorno sobre Investimentos: esse índice indica o retorno, na forma de lucro,
sobre o ativo total aplicado em todas as atividades da empresa. Em 2012, a empresa obteve
um ganho em cima do ativo total de 10,30%, ou seja, para cada R$: 100,00 do ativo total,
tinham-se R$: 10,30 de lucro líquido. Considerando um resultado bom pelo fato do lucro
gerado ser um pouco menor em relação ao total investido no ativo total sobre as atividades
fins. Em 2013, o percentual foi de 16,53%, o que significa, nesse caso, que, para cada R$:
100,00 investidos a empresa, obtinham-se R$: 16,53 considerando um aumento relacionando
esse resultado ao ano anterior. Mas ainda não tão satisfatório por ser um valor pouco
expressivo sobre o ativo total. Já em 2014, houve uma retração para 8,81%, o que é um
resultado bom, mas um pouco preocupante, pois a queda de 2013 para 2014 foi quase o dobro
e isso significa que obteve, neste ano, uma retração nos lucros da empresa em relação às
atividades as quais ela exerce. Portanto, o resultado da empresa é bom, mas precisa que se
tenha um pouco de atenção para não perder esse retorno sobre o ativo.
Taxa de Retorno sobre o PL: esse índice apresenta o retorno total do capital próprio
aplicado na empresa. No ano de 2012, o percentual que a empresa obteve foi de 15,16% sobre
o capital próprio investido, sendo, para cada R$: 100,00 de patrimônio líquido médio do ano,
apresentou um lucro de R$: 15,16. Em 2013, esse percentual teve um aumento de 31,40%, ou
seja, para cada R$: 100,00 de patrimônio próprio, ele obteve R$: 31,40. Já em 2014, esse
valor caiu para 21,69% tendo para cada R$: 100,00 investidos do capital próprio um retorno
de R$: 21,69. Como se pode analisar, a empresa através o do retorno de lucros investidos
sobre o capital próprio, sendo satisfatório pelo fato de que, em todos os anos ela mesma, com
uma alta em 2013 e uma baixa em 2014, continuou tendo um resultado positivo não afetando
de forma negativa.
10.3
15.1616.53
31.4
8.81
21.69
0
5
10
15
20
25
30
35
TRI TRLP
2012
2013
2014
86
Portanto, analisando esses índices de lucros sobre o ativo total aplicado nas
atividades fins da empresa e sobre o investimento relacionado ao capital próprio, a empresa
segue um ritmo satisfatório pelo fato de que todos os anos tiveram positivos os resultados,
porque quanto maior for o retorno em cima dos investimentos aplicados e o capital próprio
mais será bem vista a empresa pelos investidores.
4.8 GIRO DO ATIVO
Tabela 11: Giro do Ativo Anos 2012 2013 2014
Taxa de Retorno dos Investimentos (TRI)= (LL/AT)x100
Vendas Líquida 2.594.384,34 2.947.879,73 3.097.413,92
Ativo Total Médio 783.365,53 783.365,53 783.365,53
GA 3,31 3,76 3,95
Fonte: Autoria Própria
Gráfico 16: Giro do Ativo
Fonte: Autoria Própria baseada na Análise
Esse índice compara as vendas da empresa com o seu investimento. É estabelecida
uma relação entre as vendas liquidas e o ativo da entidade. Pelo o gráfico, o resultado em
2012 do Giro do ativo foi que as vendas giraram 3,31 em 2012 em relação aos investimentos
aplicados, sendo para cada R$: 1,00 de investimento, a empresa vendeu R$: 3,31. Em 2013 e
2014m esse percentual subiu para 3,76 vezes e 3,96 vezes em relação às vendas liquidas e o
ativo da entidade, ou seja, para cada R$: 1,00 do ativo total, a empresa R$: 3,76 e R$: 3,96
respectivamente. Desta forma, com relação aos resultados obtidos a empresa tem um
satisfatório giro de ativo que, a cada ano, vem sendo crescente pelo fato de que quanto maior
for o índice melhor para aproveitamento dos recursos aplicados no ativo da entidade
3.31
3.76
3.95
2.8
3
3.2
3.4
3.6
3.8
4
2012 2013 2014
Giro do Ativo
87
relacionando as vendas liquidas tornando muito importante para empresa, pois é sinal de que a
empresa tem um fluxo nos seus investimentos do ativo bem rotativo.
4.9 ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Tabela 12: Índices de Rentabilidade / Lucratividade Anos 2012 2013 2014
Margem Bruta = LB/VL x 100
Lucro Bruto 593.797,20 624.592,55 655.600,03
Venda Líquida 2.594.383,34 2.947.879,73 3.097.413,92
MB 22,89% 21,19% 21,17%
Margem Operacional = LO/VLX100
Lucro Operacional 80.434,61 166.948,08 115.313,27
Venda Líquida 2.594.383,34 2.947.879,73 3.097.413,92
MO 3,10% 5,66% 3,73%
Margem Líquida (ML) = LL/VL x 100
Lucro Líquido 61.130,30 126.603,61 87.424,53
Venda Líquida 2.594.384,34 2.947.879,73 3.097.413,92
ML 2,36% 4,29% 2,82%
Fonte: Autoria Própria
Gráfico 17: Índices de Rentabilidade
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
Margem Bruta: esse índice demonstra a rentabilidade primaria das vendas, logo
depois de retirados os custos, que são a maior redução sobre as receitas líquida na DRE. Em
2012, o percentual foi de 22,89% seguido de 2013 com um percentual de 21,19% e 2014 com
21,17%. Pela apresentação, o gráfico mostra que, em 2012, essa margem foi maior que os
outros anos que obtiveram uma redução, o que mostra uma boa situação, mesmo sabendo que
entre 2013 e 2014 essa redução acomete devido ao aumento dos custos atrelado também ao
aumento das receitas que absorve com este aumento custos maiores.
Margem Operacional: esse índice mostra o percentual do resultado que a empresa
obteve quando retirados todos os custos e as despesas operacionais das vendas e somadas às
22.89
3.1 2.36
21.19
5.664.29
21.17
3.732.82
0
5
10
15
20
25
M. Bruta M. Operacional M. Líquida
2012
2013
2014
88
receitas operacionais e financeiras. Em 2012, esse percentual da margem operacional somada
a receitas operacionais e as financeiras foi de 3,1%; seguido de 2013 com 5,66% e 2014 com
3,73%. Fazendo a comparação do gráfico, percebe que, de 2012 para 2013, houve um
aumento de 2,56% devido a uma queda nas despesas operacionais entre esses anos,
aumentando assim o lucro operacional da empresa, porém, em 2014, houve uma diminuição
no valor da margem operacional de 1, 93% devido o aumento das despesas operacionais no
ano de 2014. Precisa ressaltar que, mesmo as receitas brutas tendo um aumento nos três anos
nos custos, obteve-se uma queda, em 2013, os que relacionaram ao lucro operacional, mas
esse resultado está relacionado aos custos e receitas financeiras e operacionais.
Margem Líquida: esse índice mostra se a empresa, depois de retirada todas as
deduções (custos, despesas operacionais e financeiras) e somada as operacionais e/ou
financeiras, obteve margem líquida. Em 2012, a empresa apresentou, segundo os resultados
dos cálculos feitos, um percentual de 2,36% em 2013 de 4,29% e 2014 de 2,82%. Mostra-se
que, segundo os resultados, em todos os anos, houve uma margem liquida positiva em que
aconteceram oscilações nos três anos, sendo o maior percentual em 2013 quando sua margem
depois do desconto de CLSS E IRPJ ainda continuou acima da margem liquidas dos anos
2012 e 2014. Com isso, a empresa tem um resultado muito satisfatório porque nesses três ela
demonstrou solidez através de suas margens estando em nenhum momento com percentual
negativo.
4.10 ALAVANCAGENS
Tabela 13: Alavancagens
Anos 2012 2013 2014
Alavancagem Operacional (GAO)= (RVt-CDt)/(RVt-CDt) - CDF
Vendas Bruta 2.901.414,62 3.229.331,42 3.399.123,03
Custos Variáveis 2.000.587,14 2.323.287,18 2.441.813,89
Custos Fixos 518.036,98 458.047,10 541.102,77
GAO 2,35 2,02 2,30
Alavancagem Financeira (GAF)= (LL/PL)/[(LL+DF) / AT médio]
Lucro Líquido 61.130,30 126.603,61 87.424,53
Patrimônio Líquido 261.479,06 387.747,04 560.171,58
Despesa Financeira 12.089,75 19.373,59 49.934,11
Ativo Total Médio 783.365,53 783.365,53 783.365,53
GAF 2,50 1,75 0,89
Grau de Alavancagem Total= GAO x GAF
GAO 2,35 2,02 2,30
GAF 2,50 1,75 0,89
GAT 5,89 3,54 2,05
Fonte: Autoria Própria
89
Gráfico 18: Alavancagens
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
O Grau de Alavancagem operacional tem a finalidade de medir a eficiência
alcançada na gestão de custos e despesas fixas para aumentar a rentabilidade. Em 2012, o
GAO foi de 2,35 2013 houve uma retração para 2,02 e 2014 subiu para 2,3. O que acontece é
que, em 2012, esse valor comparado a 2013 teve uma queda devido à diminuição dos custos
fixos, mas já em relação aos custos variáveis, esse valor obteve-se crescente voltando a
crescer o valor em 2014.Mesmo que nos três anos as vendas aumentaram como mostra nos
cálculos do GAO juntamente com suas despesas, pode-se mostrar certo risco pois afeta
diretamente no lucro da empresa e isso pode considerar muito incerto com as oscilações para
mais ou para menos das receitas brutas.
O Grau de Alavancagem financeira tem por finalidade calcular a eficiência na
aplicação dos recursos obtidos de terceiros e seus reflexos na melhoria do retorno dos capitais
próprios. Em análise dos resultados, percebe-se que em 2012, o GAF foi de 2,5 seguindo em
2013 com 1,75 e 2014 0,89. Em 2012 e 2013, esse índice encontra-se favorável pelo fato de o
resultado ter sido acima de 1,00 e o que pode ser considerado um efeito alavanca sobre o
lucro que é levado aos acionistas, evidenciando que o uso do capital de terceiros aumenta a
rentabilidade do capital próprio. Já em 2014, esse valor deu uma queda para menos de 1,00
pelo fato do aumento das despesas e diminuição dos lucros. Um resultado não tão favorável
porque aí mostra já uma fragilidade da empresa em se preocupar em equilibrar esse percentual
para não afetar nos lucros de terceiros sobre o capital próprio.
O Grau de alavancagem total é a relação entre o GAO e o GAF, que permite, de
maneira combinada, analisar os reflexos das decisões financeiras, como os investimentos e
financiamentos, tomadas pela empresa sobre o retorno do capital próprio. No ano de 2012, a
alavancagem combinada foi de 5,89, em 2013, foi de 3,54 e, 2014, de 2,05. Mesmo com uma
2.35 2.5
5.89
2.021.75
3.54
2.3
0.89
2.05
0
1
2
3
4
5
6
7
GAO GAF AL. Comb.
2012
2013
2014
90
regressão de 2012 a 2014 a empresa possui a capacidade de alavancagem total, pois o
resultado se deu acima de 1,00.
4.11 ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL
Tabela 14: Análise Dinâmica de Capital
Contas 2012 2013 2014
At. Circ. Financeiro (ACF) 372.173,20 461.369,45 545.113,02
Psv Circ. Oneroso (PCO) 0,00 0,00 19.710,77
Saldo Tesouraria = ACF-PCO 372.173,20 461.369,45 525.402,25
At. Circ. Cíclico (ACC) 167.207,05 235.933,29 354.281,72
Psv Circ. Cíclico (PCC) 203.069,24 258.884,02 261.000,94
Invt. Ope. Giro IOG=ACC-PCC -35.862,19 -22.950,73 93.280,78
Ativo Circulante (AC) 539.380,25 697.302,74 899.394,74
Passivo Circulante (PC) 203.069,24 258.884,02 280.711,71
Capital de Giro CDG= AC-PC 336.311,01 438.418,72 618.683,03 Fonte: Autoria Própria
Gráfico 19: Análise Dinâmica de Capital
Fonte: Autoria Própria, baseada na Análise das Demonstrações Contábeis
A análise do capital circulante líquido dá a necessidade de capital de giro do saldo
em tesouraria, de forma conjunta, poderá proporcionar importantes evidências sobre a
liquidez de um empreendimento no curto prazo. No ST nos três houve uma crescente
progressão pelo fato de que a empresa só obteve um passivo oneroso em 2014 e, mesmo
assim, pelo saldo do Ativo, ele não diminuiu. Como podemos observar no gráfico, nos três
anos apenas, o saldo IOG em 2012 e 2013 foi negativo passando em 2104 a um saldo
positivo. Isso foi decorrente de um ativo cíclico menor que o passivo cíclico, ou seja,
obrigações de curto prazo estavam maiores que a facilidade de transformar o dinheiro. Mas,
com relação ao CCL a empresa veio em constante projeção relacionando o ativo circulante
R$372,173.20
R$(35,862.19)
R$336,311.01
R$372,173.20
R$(22,950.73)
R$438,418.72
R$372,173.20
R$93,280.78
R$618,683.03
R$(100,000.00)
R$-
R$100,000.00
R$200,000.00
R$300,000.00
R$400,000.00
R$500,000.00
R$600,000.00
R$700,000.00
CCL IOG ST
2012
2013
2014
91
sobre o passivo circulante. Portanto, mesmo com o saldo do IOG em 2012 e 2013 ter sido
negativo no geral a empresa tem uns valores expressivamente positivos mostrando um
equilíbrio financeiro, promovendo uma segurança financeira.
4.12 FATOR DE INSOLVÊNCIA
Tabela 15: Fator de Insolvência Análise de KANITZ
Fl= X1 + X2 + X3 - X4 - X5
Relação Ano de 2012 Ano de 2013 Ano de 2014
X1= RPL x 0,05 X1= 0,01 X1= 0,01 X1= 0,00
X2= LG x 1,65 X2= 3,11 X2= 3,21 X2= 3,70
X3= LS x 3,55 X3= 6,59 X3= 6,38 X3= 7,04
X4= LC x 1,06 X4= 2,81 X4= 2,85 X4= 3,40
X5= PCT x 0,33 X5= 0,39 X5= 0,30 X5= 0,24
FI 12,91 12,75 14,38
Solvente/Insolvente Solvente Solvente Solvente Fonte: Autoria Própria
Figura 03: Termômetro de Insolvência – Modelo Kanitz – 2012-2014
Fonte: Autoria Própria
Analisando gráfico, verifica-se que o resultado obtido em 2012 foi de 12,91 com uma
pequena retração em 2013 para 12,75 e voltando a crescer em 2014 para 14,38, o que significa
uma ótima situação em todos os anos analisados. Isso demonstra que a empresa tem
14,38 - 2014
12,91 - 2012
12,75 - 2013
7
6
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
Termômetro de Insolvência - 2012-2014
92
apresentado maior liquidez em seus índices diminuindo assim a participação de terceiros.
Com essa empresa apresentada pelo o modelo de Kanitz um fator de insolvência positivo,
mostra que existe uma possibilidade mínima de falência pelo fato que quanto maior for o
índice mais positivo será sua solvência.
Tabela 16: Modelo de Elizabetsky Análise de ELIZABETSKY
Z=1,93(X32)-0,20(X33)+1,02(X35)+1,33(X36)-1,12(X37)
Relação Ano do 2012 Ano do 2013 Ano do 2014
X32= Lucro Líquido / Vendas X32= 0,02 X32= 0,04 X32= 0,02
X33= Disponível / Ativo Permanente X33= 10,02 X33= 9,40 X33= 9,73
X35= Créditos a receber /AT X35= 0,00 X35= 0,00 X35= 0,00
X36= Estoque / AT X36= 0,27 X36= 0,30 X36= 0,34
X37= PC/AT X37= 0,34 X37= 0,34 X37= 0,28
Z= -1,99 -1,78 -1,77
Solvente/Insolvente Insolvente Insolvente Insolvente Fonte: Autoria Própria
Figura 04: Termômetro de Insolvência – Modelo Elizabethsky - 2012
Fonte: Autoria Própria
Figura 05: Termômetro de Insolvência – Modelo Elizabethsky - 2013
Fonte: Autoria Própria
Figura 06: Termômetro de Insolvência – Modelo Elizabethsky - 2014
Fonte: Autoria Própria
-1,99
0,5
estado de insolvência estado de solvência
Termômetro de Insolvência - 2012
Termômetro de Insolvência - 2013
Termômetro de Insolvência - 2014
-1,78
-1,77
Ponto crítico
Ponto crítico
0,5
estado de insolvência estado de solvência
Ponto crítico
0,5
estado de insolvência estado de solvência
-1,99
0,5
estado de insolvência estado de solvência
Termômetro de Insolvência - 2012
Termômetro de Insolvência - 2013
Termômetro de Insolvência - 2014
-1,78
-1,77
Ponto crítico
Ponto crítico
0,5
estado de insolvência estado de solvência
Ponto crítico
0,5
estado de insolvência estado de solvência
-1,99
0,5
estado de insolvência estado de solvência
Termômetro de Insolvência - 2012
Termômetro de Insolvência - 2013
Termômetro de Insolvência - 2014
-1,78
-1,77
Ponto crítico
Ponto crítico
0,5
estado de insolvência estado de solvência
Ponto crítico
0,5
estado de insolvência estado de solvência
93
Em análise dos resultados pelo modelo de Elizabetsky, eles mostram que, em 2012, o
resultado foi de -1,99, em 2013, de -1,78 e, 2014, de -1,77. Esse modelo mostra que a
empresa está em estado de insolvência muito alto pelo fato de que o indicador por este
modelo é acima de 0,5 e como todos os três anos deram abaixo de 0,5, esse resultado pode
dizer que a empresa em estado de falência.
4.13 PONTO DE EQUILÍBRIO
Tabela 17: Ponto de Equilíbrio (PE)
DRE 2012 2013 2014
VENDAS BRUTAS 2.901.414,62 3.229.331,42 3.399.123,03
(-) Custo Variável 2.000.587,14 2.323.287,18 2.441.813,89
(-) Custo Fixo 518.036,98 458.047,10 541.102,77
PONTO DE EQUILÍBRIO PARA 2012 CONTA VALORES
PE(R$) = C.FIXO / [1 - (C. VARIÁVEL /REC. BRUTA)] RECEITA TOTAL 1.668.510,45
PE(R$) = 518.036,98/[1-(2.000.587,14/2.901.414,62)] (-)CV(RT* 0,689521286) 1.150,473, 47
PE(R$) = 518.036,98/[1-(0,689521286)] (=) MARG. CONT 518.036,98
PE(R$) = 518.036,98/0,310478714 (-) CUST. FIXO 518.036,98
PE(R$) = 1.668.510,45 (=) RESULTADO 0,00
PONTO DE EQUILÍBRIO PARA 2013 CONTA VALORES
PE(R$) = C.FIXO / 1 - (C. VARIÁVEL /REC. BRUTA) RECEITA TOTAL 1.632.575,79
PE(R$) = 458.047,10/1-(2.323.287,18/3.229.331,42) (-)CV(RT* 0,719432873) 1.174.528,69
PE(R$) = 458.047,10/1-(0,719432873) (=) MARG. CONT 458.047,10
PE(R$) = 458.047,10/0,280567127 (-) CUST. FIXO 458.047,10
PE(R$) = 1.632.575,79 (=) RESULTADO 0,00
PONTO DE EQUILÍBRIO PARA 2014 CONTA VALORES
PE(R$) = C.FIXO / 1 - (C. VARIÁVEL /REC. BRUTA) RECEITA TOTAL 1.921.296,70
PE(R$) = 541.102,77/1-(2.441.813,89/3.399.123,03) (-)CV(RT* 0,718365846) 1.380.193,28
PE(R$) = 541.102,77/1-(0,718365846) (=) MARG. CONT 541.102,77
PE(R$) = 541.102,77/0,281634154 (-) CUST. FIXO 541.102,77
PE(R$) = 1.921.296,70 (=) RESULTADO 0,00
Fonte: Autoria Própria
94
Gráfico 20: Ponto de Equilíbrio - 2012
Fonte: Autoria Própria
Pelo gráfico do modelo apresentado e estudado, observamos que, em 2012, o ponto
de equilíbrio ocorre quando a reta representativa da receita total cruza a reta do custo total.
Isso ocorre quando a receita que neste caso, em 2012, foi de R$: 2.901.414,62 atinge o custo
total que foi de R$: 1.668.510,45. Nesse caso, se o ponto de equilíbrio for menor do que seu
custo total a empresa opera com prejuízo. E acima do ponto de equilíbrio com lucro.
Gráfico 21: Ponto de Equilíbrio - 2013
Fonte: Autoria Própria
95
Pelo gráfico do modelo apresentado e estudado, observamos que, em 2013, o ponto
de equilíbrio ocorre quando a reta representativa da receita total cruza a reta do custo total.
Isso ocorre quando a receita que neste caso em 2013 foi de R$: 3.229.331,42 atinge o custo
total que foi de R$: 1.632.575,79. Nesse caso, se o ponto de equilíbrio for menor do que seu
custo total a empresa opera com prejuízo. E acima do ponto de equilíbrio com lucro.
Gráfico 22: Ponto de Equilíbrio - 2014
Fonte: Autoria Própria
Pelo gráfico do modelo apresentado e estudado, observamos que, em 2014, o ponto
de equilíbrio ocorre quando a reta representativa da receita total cruza a reta do custo total.
Isso ocorre quando a receita que, neste caso, em 2014, foi de R$: 3.399.123,03 atinge o custo
total que foi de R$: 1.921.296,70. Nesse caso, se o ponto de equilíbrio for menor do que seu
custo total, a empresa opera com prejuízo. E acima do ponto de equilíbrio com lucro.
4.14 PARECER
Na análise vertical, pode-se observar que o ativo circulante em relação ao ativo total
obteve um crescimento nos três anos, estando seus maiores resultados nas contas caixa e
estoque. Percebe-se que houve uma regressão no ano de 2014 na conta caixa, já na conta
estoque ela teve um crescimento, pelo fato de a empresa ter feito uma parte de suas compras à
vista. Com relação ao ativo não circulante que tem o menor percentual em relação ao ativo
total, manteve-se quase constante pelo fato de a empresa não ter realizado quase nenhuma
96
compra para seu imobilizado, sendo feito apenas um no ano de investimento no ano de 2014.
Já na análise vertical do passivo total, a maior concentração está nas contas de passivo
circulante que, nesses três anos, vem mostrando uma regressão chegando em 2014 com um
percentual menor que nos anos anteriores; apresentando maior concentração nas contas de
fornecedores e Débitos fiscais. De modo que, a empresa vem demonstrando que suas dividas
em curto prazo vem diminuindo no decorrer dos anos. No passivo não circulante, a empresa
também mostrou uma regressão de seus saldos, já com relação ao patrimônio líquido, ela
mostra um crescimento durante todos os anos analisados apresentando maior percentual em
2014. Com relação à análise da DRE, pode se observar que os maiores percentuais estão
concentrados no CMV e nas despesas operacionais que aumentaram gradativamente
refletindo assim nos lucros da empresa.
Na análise horizontal, percebe-se que a empresa vem no ativo total, pegando como
base o ano de 2012, obtendo crescimento, ou seja, vem evoluindo em seu ativo,
principalmente no que se refere ao ativo circulante e não circulante mostrando assim que ela
se mantém bem no mercado. Já na relação do seu passivo total, a empresa também apresentou
evolução, pelo fato de que o seu PC e PL obtiveram um crescimento, influencia assim na
progressão do passivo total. Na relação horizontal da DRE, observa-se que a sua receita bruta
obteve um crescimento considerável como também suas receitas líquidas, mas gradativamente
obteve uma diminuição em seus lucros, fato esse relacionado ao aumento dos custos e das
despesas no decorrer dos anos. A esse fator, estão os impostos como o IRPJ E O CSLL que
também afetam diretamente os resultados líquidos. Mas que, mesmo assim, a empresa vem
obtendo lucros.
Em relação aos resultados obtidos sobre índices, a empresa mostrou que está com
ótimas condições nos índices de liquidez, ou seja, seu resultado perante a analise realizada
mostrou que ela tem total condições de sanar suas dívidas, concentradas boa parte no passivo
circulante, demonstrando um resultado satisfatório. Já aos índices de endividamento, a
empresa apresentou um parecer favorável, pois, mesmo tendo as suas dívidas mais
concentradas em curto prazo, ela não apresenta um índice de endividamento tão alto, o que
despreocupa a empresa mostrando sua pequena independência por recurso de terceiros. O
índice de rentabilidade durante todos os anos foi bem satisfatório para a empresa tendo a TRI
um percentual maior no ano de 2013.
Na Alavancagem Total apresentou-se um resultado satisfatório, apesar de mostrar uma
regressão nos percentuais encontrados nos três anos analisados. Esse resultado positivo
97
mostra que a empresa vem diminuindo o seu tempo maior de mercadorias em estoque e tendo
uma maior rotatividade com capacidade de alavancar seus lucros e aumentar suas vendas.
Com relação ao ciclo operacional a empresa apresentou um crescimento gradativo de
forma que ocasionou em um aumento do prazo de compra até o recebimento da mercadoria e
com relação ao ciclo financeiro a mesma também mostrou um bom crescimento, estando em
2014 com o dobro do seu prazo comparado ao ano de 2012.
Com relação ao giro do ativo, a cada ano, a empresa aumentou o seu percentual
demonstrando que o capital circulante líquido é superior a suas necessidades, favorecendo o
equilíbrio das contas. Em relação ao termômetro de Kanitz, o valor do resultado da análise foi
satisfatório estando à empresa com estado de solvência em todos os anos analisados.
98
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise das Demonstrações Contábeis é um trabalho útil para verificar a situação
econômico-financeira de uma empresa e, com base nessa observação, ajudar a tomada de
decisões para o seu futuro. O resultado mostra o ponto que chegou a entidade com os rumos
traçados nos últimos três anos. Conforme se apresentam os resultados, a empresa vem
realizando seu equilíbrio financeiro e patrimonial. O presente trabalho teve como objetivo
analisar se a empresa em questão obteve um aumento financeiro e patrimonial durante os três
anos analisados.
Com a aplicação dos índices, foi possível verificar como está à situação da empresa.
Por aplicação das técnicas de análise, pode-se perceber que a entidade mantém ótimos índices
de liquidez, rentabilidade, Giro do Ativo, com baixos índices de endividamento mostrando
que ela tem liquidez em seus ativos. Já nas análises vertical e horizontal, a empresa mantém
em crescimento relacionado aos seus fatores positivos e comparativos realizados na análise
das demonstrações contábeis.
A empresa vem apresentando resultados positivos obtendo lucros, mas existe um
prejuízo que se encontra nas demonstrações que não estão compensados. Nesse caso, é
interessante que ela procure realizar essa compensação, porque, mesmo que seja compensada,
ela continuará com lucratividade.
De fato, os objetivos traçados para este trabalho foram alcançados de forma que se
verificou que a empresa vem tendo um crescimento financeiro e patrimonial nos últimos anos,
com resultados satisfatórios.
Portanto, a análise neste trabalho não somente servirá como uma ferramenta para
tomada de decisão, mas também como uma forma de acompanhamento do crescimento
financeiro patrimonial, detectando pontos fortes e fracos para que o empresário dessa entidade
possa alinhar alguns processos que o impedem de ter uma maior rentabilidade, um melhor
resultado e que este trabalho sirva de referência para o meio acadêmico e que dele possam ser
extraídas ideias para novos estudos.
99
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ANEXOS