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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Gilson André Acosta de Jesus
JUDÔ EM MULHERES ADULTAS
Curitiba
2005
Gilson André Acosta de Jesus
JUDÔ EM MULHERES ADULTAS
Trabalho de Conclusao do Curso de EducaçEioFIsica, Aprofundamento em TreinamentoDesportivo, da Faculdade de Ciências Biológicas eda Saúde, da Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientadora: Professora Mestre Maria de FátimaFernandes Vara Slpoli
Curitiba
2005
TERMO DE APROVAÇÃO
Gilson André Acosta de Jesus
JUDÓ EM MULHERES ADULTAS
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a
obtenção do título de Licenciatura e Bacharelado em Educação Fisica da
Universidade Tuiuti do Paraná, Aprofundamento em Treinamento
Desportivo.
Curitiba, 17 de Outubro de 2005.
Orientadora: Professora Mestre Maria de Fátima Fernandes Vara Sipoli
Prof.
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado aos meus pais, pois sem eles nada
disto seria possível.
A todos os responsáveis por minha vida no Judô: Ari, Miguel,
Camila, Clodair,Fábio, Marco Otávio 8, ainda, àqueles judocas
que nos deixaram saudades; Júlio Cezar, Miguel Luiz, Pedro
Ivo e Kenjiro.
Dedico também aos meus filhos e sobrinhos a quem amo tanto
e dão força e significado a toda minha vida.
Aos meus padrinhos João Luiz, Maria Madalena, Benedito e
Ivani, e ainda, a todos da família Jesus e da família Acosta.
Não podia esquecer de Isabelle que foi fundamental em minha
vida, e na vida acadêmica e os meus amigos de faculdade, em
especial ao João Carlln.
Homenageio, aqui todos os meus alunos e amigos que direta e
indiretamente ma auxiliaram e me deram força.
Deixo um eterno abraço especial ao meu irmão, Miguel Luiz,
que faz parte de minha vida e vive em nossos corações.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus e a meus pais Miguel e Camila.
Aos meus filhos e sobrinhos que enchem a família de alegria e
preenchem nossos vazios.
Aqueles que marcaram nossas vidas e nos deixaram cheios de
belas lembranças (Júlio Cezar, Miguel Luiz, Vá Lucy e Pedro
Ivo).
À Isabelle por ter me dado suporte, amor, apoio e
compreensão, sendo uma divisora de águas em minha vida.
Aos amigos e alunos que souberam entender e respeitar a
todos os meus momentos, que nem sempre foram bons.
À Maria de Fátima, minha orientadora, e a todos os
professores, entre eles Paulo Micoski, que contribuíram para
minha formação profissional e pessoal.
Às pessoas que eu possa ter esquecido, mas que são
importantes em minha vida.
Arigato Gozaimashita a todos, lembrem que amo muito a
todos.
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS.
LISTA DE GRÁFICOS.
RESUMO ...
1 INTRODUÇÃO.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA ..
1.2 OBJETIVOS.
1.2.1 Objelivo Geral.
1.2.2 Objelivos Especificas.
1.3 PROBLEMA ..
2 REVISÃO DE LITERATURA.
2.1 HISTÓRIA DO JUDÓ
2.1.1 Noções da História .
2.1.2 Principias Filosóficos ..
2.2 A HISTÓRIA DO JUD6 NO BRASIL .
2.3 A INFLUÊNCIA JAPONESA NO JUD6 BRASILEIRO.
2.4 QUALIDADE DE VIDA ...
2.5 PROMOÇÃO DA SAÚDE: OS DESAFIOS DA SUPERAÇÃO.
2.5.1 Conceilo de Promoção de Saúde ..
2.5.2 Definição de Saúde.
2.5.3 A Necessidade em Promoção de Saúde ...
2.6 QUALIDADE DE VIDA: SONHO OU POSSIBILIDADE.
2.6.1 Qualidade de vida na era da informação.
2.6.2 Aula aceitação: o passo inicial.
2.6.3 Auto conhecimento e motivação.
2.6.4 Qualidade de vida e participação ..
2.6.5 Qualidade de vida: uma realidade a ser conquistada.
2.7 ATIVIDADE FlslCA E SAÚDE ...
2.8 BENEFicIOS DA ATIVIDADE FlslCA NA SAÚDE.
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0809
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2.9 BENEFíCIOS DA ATIVIDADE FíSICA EM SUA VIDA DIÁRIA ..
2.10 BENEFíCIOS DA ATIVIDADE FíSICA ...
3 METODOLOGIA ..
3.1 TIPO DE PESQUISA ..
3.2 POPULAçÁO E AMOSTRA .
3.2.1 População .
3.2.2 Amostra ..
3.3 INSTRUMENTO .
3.3.1 Validação ...
3.4 COLETA DE DADOS ..
3.5 ANÁLISE DOS DADOS.
3.6 LIMITAÇÕES ..
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..
5 CONCLUSÃO ..
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..
APÊNDICES.
APÊNDICE 1 - MATRIZ ANALíTICA ..
APÊNDICE 2 - VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO ..
APÊNDICE 3 - QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA A PESQUISA .. 52
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Perfil das mulheres adultas praticantes de judô
entrevistadas.
Quadro 2 - Dados relativos ao questionamento feito de porque a escolha
do judô como atividade física.
Quadro 3 - Dados relativos ao questionamento feito sobre quais os
resultados as entrevistadas pretendem alcançar fazendo judô. 42
37
41
Quadro 4 - Quais mudanças físicas você notou no seu corpo após
começar a praticar judô? . 43
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Estado civil das mulheres entrevistadas __ 38
Gráfico 2 - Possui filhos? _ 38
Gráfico 3 - Quantos filhos tem? _ 39
Gráfico 4 - Você trabalha? _ 39
Gráfico 5 - Em que periodo você trabalha? _ 39
Gráfico 6 - Você realiza algum tipo de atividade fisica além do judô? 40
Gráfico 7 - Com que freqüência semanal você pratica judô? .. 40
Gráfico 8 - Com que freqüência semanal você pratica judô? _ 41
Gráfico 9 - Você já tinha praticado arte marcial antes? . . 42
Gráfico 10 - A qualidade do seu sono mudou após começar a praticarjudô? 44
Gráfico 11 - O seu humor melhorou após começar a praticar judô? . 44
Gráfico 12 - Sua disposição para realizar tarefas do cotidiano melhorou
após começar a praticar judô? . 45
Gráfico 13 - Sua resistência física aumentou após começar a praticar
judô? __ 45
RESUMO
A ATIVIDADE FíSICA JUDÔ EM MULHERES ADULTAS
Autor: Gilson André Acosta de JesusOrientadora: Professora Mestre Maria de Fátima Fernandes Vara Sipoli
Curso de Educação FísicaUniversidade Tuiuti do Paraná
Este trabalho objetivou Observar em mulheres adultas, quais os beneficiosproporcionados pela prática do judô. Para isso, valeu-se de uma pesquisa descritiva,utilizando um questionário com questões fechadas e abertas, construído e validadopara o estudo. A amostra foi de 14 mulheres adultas praticantes de Judô. Os dadosforam analisados e os resultados mostraram que 7 mulheres adultas entrevistadassão casadas, 6 são solteiras. 8 possuem filhos, destas 4possuem 2 filhos, 3possuem 1 filho e 1 possui 3 filhos. 11 trabalham fora, destas 5 trabalham nosperíodos de manhã e tarde, bem como 5 trabalham no período da tarde e 1trabalham nos períodos da tarde e noite. 9 realizam atividades físicas além do judô e5 não realizam outras atividades físicas. Dentre as atividades físicas citadasaparecem: balance, musculação, spinning, corrida, natação, yoga, hidroginástica ecaminhada. 12 praticam judô de 1 a 2 vezes por semana. 7 mulheres entrevistadaspraticam judô até duas horas por dia; 6 praticam até 1 hora e trinta minutos por dia.O fato que mais levou as mulheres a escolherem o judô como atividade física, foi ode acompanhar os filhos no esporte. 11 nunca praticaram arte marcial antes do judô.O resultado mais pretendido entre as mulheres entrevistadas, foi o de defesapessoal; seguido do fato de emagrecer. 10 das mulheres tem a qualidade do sonomelhorada após o início de prática do judô. As mudanças físicas mais citadas foram:emagrecer, força, agilidade e destreza. 10 mulheres tiveram melhora no humor apósa prática do judô e 4 não tiveram melhora no humor. Todas as mulheres obtiverammelhora na disposição para realizar tarefas do cotidiano após começarem a praticarjudô. Todas as mulheres obtiveram melhora na resistência física após começarem apraticar o judô.
Palavras-chave: atividade física, mulheres adultas, judô.
Endereço: Rua Domingos Batista Vizoli, nO.78
Bairro Portão
Curitiba - PR - Cep: 81.070-290
10
INTRODUÇÃO
JUDÔ EM MULHERES ADULTAS
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
Quando perguntadas sobre o que é Judô, muitas pessoas diriam que é
um esporte Olímpico outro, em uma perspectiva histórica, descreveriam-no
como uma extraordinária atividade cultural japonesa. Ainda, outros diriam que
é uma arte marcial, sistema de defesa pessoa!, ou uma forma de combate. A
coleção de técnicas conhecidas por Judô podem ser usadas com propósitos
recreativos, de aptidão fisica ou Educação Fisica.
Entretanto, o Judô possui um impacto muito profundo nas vidas seus
praticantes do que qualquer uma dessas descriçôes implica. Realmente, todo
faixa preta e muitos outros estudantes, entendem que Judô pode ser um
modo de vida, possui principias e objetivos que podem ser vistos como uma
evidência da filosofia que pode ser aplicada em todos os aspectos da vida de
uma pessoa. Esses principias podem ser uma força positiva, útil no
desenvolvimento do espirito, do comportamento e servindo a humanidade.
Nós podemos dizer que o Judô é uma arte pelos métodos para alcançar
a realização individual e a verdadeira expressão própria. Nós podemos, ainda,
dizer que Judô é uma ciência porque ele implica em um conjunto de várias
leis da natureza: gravidade, fricção, movimento, velocidade, transmissão de
peso e a união de forças. Na sua fase mais importante, constitui uma espécie
de lógica-maior desenvolvida através da prática e da ascensão verdadeira.
11
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Observar em mulheres adultas, quais as mudanças proporcionadas
pela prática do judô.
1.2.2 Objetivos específicos
• Analisar o perfil das praticantes de judô avaliadas;
• Analisar quais os fatores motivantes que levam as mulheres adultas
a praticar Judô;
Apresentar as alterações promovidas em mulheres adultas com a
prática do Judô;
1.3 PROBLEMA
Qual a relação da prática do Judô com as mudanças percebidas em
mulheres adultas?
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 HISTÓRIA DO JUDÔ
2.1.1 Noções da História
° Judô teve sua origem quando o Professor Jigoro Kano procurou
sistematizar as técnicas de uma arte marcial japonesa, conhecida como
"Jujitsu" e fundamentar sua prática em principios filosóficos bem definidos, a
fim de torná-Ia um meio eficaz para o aprimoramento do físico, do intelecto e
do caráter, num processo de aperfeiçoamento do ser humano (VIRGILlO,
2000).
Nesse contexto, invariavelmente surge a questão: Porque chamar de
judô ao invés de Jujitsu como já era conhecida a arte marcial?
Para poder entender a razão e a dimensão pretendida por essa
mudança, deve-se buscar e interpretação no processo histórico que envolve o
cultivo do "Budo" nas antigas formas de artes marciais do Japão. Segundo
Keizi (1993): "Budo é uma palavra caracteristica do povo japonês e sua
origem se encontra nas formas de autoproteção que permitiram a
sobrevivência dos indivlduos e a perpetuação da espécie humana através do
tempo".
Essas formas de autoproteção, que constituiram as artes marciais,
nasceram da qualidade de vida que o povo japonês impôs a si próprio, diante
da necessidade que tinham de se defender. Dai, então, surgiram os
individuos com grande habilidade e treinamento nas artes marciais, formando
13
uma casta de guerreiros conhecidos como "samurais", a serviço dos senhores
feudais.
Durante o período medieval japonês, do século XIV ao XVIII,
aproximadamente, as artes marciais tiveram grande; importância por seu uso
militarista, apresentando evidente progresso técnico, destacando-se os
grandes talentos em todas as formas de luta pela preservação da vida,
utilizando-se de armas como sabres, lanças e outros instrumentos, bem com
méíodos de combates com as mãos nuas. Ao mesmo iempo em que
aprimorava o físico para adquirir destreza na arte marcial, o "samurai"
desenvolvia formas de dominar seus próprios impulsos e controlar sua
vontade, em alto grau, para poder enfrentar as adversidades corajosamente
"até a morte". Essa filosofia de vida era a alma das artes marciais e
entendiam, os samurais, que ela só poderia ser atingida através de árduo
treinamento para desenvolver o espírito de luta - "Budo" - através da busca da
serenidade, da simplicidade e do fortalecimento do caráter, qualidades
próprias da doutrina ZEN. Um código de honra, ética e moral, o "Bushido",
conhecido como via do guerreiro, foi elaborado com forte influência do
Budismo, alicerçando-se na preservação do caráter máximo, tal como honra,
determinação, integridade, espírito de fé, imparcialidade, lealdade e
obediência; preconizando uma forma de viver pela conduta de cavalheirismo,
respeito, bondade, desprezo pela dor e sofrimento, (DELlBERADOR, 1996).
Como uma das formas de arte marcial surgiu o Jujitsu, luta corporal
sem uso de armas, não tendo, porém, registro preciso de sua origem.
Algumas citações encontradas no "Nihon Shoki", que é uma crõnica antiga do
Japâo, fazem referência ao inicio do Sumô que teria alguma relação com o
Jujitsu naqueles tempos. Houve, então, evolução desses dois tipos de lutas
corporais, em que o Sumô estabeleceu-se à base do uso da força e do peso,
sendo orientado no sentido do espetáculo e o Jujitsu na base da habilidade,
da astúcia e da ética, foi consagrado como combate real.
A prática do Jujitsu levou à criação de inúmeras escolas, cujas
caracteristicas eram a especialização dos professores em determinadas
14
técnicas, adotando estilos próprios e secretos, cujos principios de
ensinamento se apoiavam no conhecimento axioma empregado pelos
"samurais". "Na suavidade está a força"( Ju = suavidade; Jitsu = arte ou
prática). Dentre essas escolas, duas delas foram especialmente estudadas
pelo Professor Jigoro Kano, "Kito-Ruy" e "Tenshinshinyo-Ryu".
Segundo Lassere (1975), a abertura dos portos japoneses em 1865,
provocou intensas transformações do ponto de vista polítíco-social, marcando
a era "Mel]i", quando foi abolido o sistema feudal, com rejeiçao da cultura e
das instituições antiquadas, introduzindo-se os conhecimentos dos paises
ocidentais, ocorrendo acentuado declínio das artes marciais, em completo
desuso no país. O Jujitsu não foi exceção, pois as escolas ficaram privadas
das subvenções dos clãs e, ainda a modernização das forças armadas
levaram essa arte marcial a ser considerada parte do passado e em total
decadência.
Jigoro Kano, um jovem de físico franzino, graduado em filosofia pela
Universidade Imperial de Tóquio, tendo conhecimento do Jujitsu, observou
que suas técnicas poderiam ter valor educativo na preparação dos jovens, no
sentido de oferecer ao indivíduo oportunidade de aprimoramento do seu
autodominio para superar a própria limitação. Assim, passou a ter como meta
transformar, aquela tradicional arte marcial num esporte que pudesse trazer
beneficios para o homem, ao invés de utilizá-Ia como arma de defesa pessoal
simplesmente.
Aprofundou seus estudos, pesquisando e analisando as técnicas
conhecidas; o Professor Kano organizou-as de forma a constituir um sistema
adequado aos métodos educacionais, como uma disciplina de educação
Fisica, evitando as ações que pudessem ser lesivas ou prejudiciais á sua
prática por qualquer leigo. Com esse intuito, em 1882 fundou sua própria
escola e, para distinguir, de maneira evidente, das formas que identificavam o
antigo Jujitsu, denominou de Judõ Kodokan, destinada à formação e
preparação integrais do homem através das atividades fisicas de luta corporal
e do aperfeiçoamento moral, sustentada pelos principias filosóficos e
15
exaltação do caráter, que era a essência do espírito marcial dos samurais, o
"BuOO".
Jigoro kano transformou a arte marcial do antigo Jujitsu no "caminho da
suavidade" em que através do treinamento dos métodos de ataque e defesa
pode-se adquirir qualidades mais favoráveis à vida do homem, sob três
aspectos: condicionamento físico, espírito de luta e atitude moral autêntica.
A primeira qualidade, condições física, é obtida pela prática do esporte
que exige esforço físico extenuante, de forma ordenada e metódica para
proporcionar um corpo forte e saudável. Pois todas as funções corporais
tornam-se melhor adaptada pela atividade que promove aumento de força
muscular geral, da resistência, da coordenação, da agilidade e do equilíbrio.
Devido ao treinamento rigoroso, também, o indivíduo tende a tomar mais
cuidado com a sua saúde, prevenindo doenças e condicionando a reagir
reflexivamente para evitar acidentes, (VIRGILlO, 1986).
A segunda qualidade, espírito de luta, significa que pela prática das
técnicas do Judô e pela incorporação dos princípios filosóficos durante os
treinamentos, o indivíduo se torna mentalmente, condicionado a proteger seu
próprio corpo em circunstâncias difíceis, defendendo-se quando ameaçado
perigosamente. Com o treinamento, adquire autoconfiança e autocontrole,
não para íugir do perigo, mas para adotar medidas e iniciativas em qualquer
situação. Em outras palavras, o Judô é uma arte para a autoproteção total.
Por último, a atitude moral autêntica é concebida através do rigor do
treinamento, que induz a humildade social, a perseverança, a tolerância, a
cooperação, a generosidade, o respeito, a coragem, a compostura e a
cortesia. As experiências obtidas durante o treinamento, por tentativa e erro e
pela aplicação das regras de luta, impõem mudanças de atitudes, elevando o
poder mental da imaginação, redobrando a atenção e a observação e
firmando a determinação. Quanto falhas do conhecimento social e de
moralidade constituem-se em problemas, um método de ensinar a cortesia
entre as pessoas e melhorar a atitude social toma-se importante e, por isso, o
16
Judô, desempenha papel relevante nesse contexto, como instrumento de
formar e lapidar os verdadeiros caracteres morais do ser humano.
2.1.2 Princípios Filosóficos
Segundo Lassere (1975), a aquisição daquelas qualidades citadas
anteriormente, tem como alicerce os três princípios filosóficos definidos por
Jigoro kano que, como ditado por ele mesmo evidenciam a principal diferença
entre o Judô Kodokan e o antigo Jujitsu: "o Judô pode ser resumido como a
elevação de urna simples técnica a um principio de viver" (Jitsu = técnica; Do
princípio). Esses princípios, mesmo não sendo conscientemente
esclarecidos e compreendidos, estão presentes em todos os atos e atividades
do praticante de judô. Por outro lado, quando o praticante tiver fixado e iomar
consciência dos principias que norteiam o judô, pode-se verificar que não são
restritos ao Dojô, mas são igualmente válidos em qualquer atividade da vida
diária, quando se pretende atingir um determinado objetivo.
Conforme Lassere (1975), os três princípios do judô são:
• JU = suavidade
• SEIRYOKU-ZEN-YO = máxima eficiência com mínimo esforço
• JITA-KYOEI = bem estar e beneficios mútuos
o princípio da máxima eficiência é aplicado á elevação ou á perfeição
do espírito e do corpo na ciência do ataque e da defesa, exige primeiramente
ordem e harmonia de todos os membros de uma coletividade e isto pode ser
atingido com o auxilio e as concessões entre si para atingir a prosperidade e
os benefícios mútuos, (DELlBERADOR, 1996).
O espírito final do judô, por conseguinte, é de incutir no intimo do
homem o respeito pelos principias da máxima eficiência, da prosperidade e
beneficios mútuos e da suavidade, para poder atingir, individualmente e
17
coletivamente seus estados mais elevados e ao mesmo tempo mais
desenvolvidos na arte de ataque e delesa, (DELIBERADO R, (996).
o professor Kano afirma o seguinte: "Ainda que eu considere o Judô
dualisticamente, a prosperidade e beneficios mútuos podem ser vistos como
sua finalidade última e a máxima eficiência como meio para atingir esse fim.
Essas doutrinas são aplicáveis a todas as condutas do ser humano."
2.2 HISTÓRIA DO JUDÔ NO BRASIL
Segundo Virgilio (1986), o judô no Brasil foi introduzido no inicio deste
século pelos primeiros emigrantes japoneses que vieram trabalhar na lavoura
do café nas fazendas localizadas no estado de São Paulo e Paraná por volta
de 1908.
O Brasil teve dois grandes mestres desse esporte que lamentavelmente
passaram desapercebidos diante de nosso publico devido à imprensa
especializada apenas a dar valor ao futebol. Foram eles Ryuzo Ogawa e
Sensei Ono.
Ryuzo Ogawa foi uma das maiores autoridades mundiais em judô tendo
nascido no ano em que Jigoro Kano fundou a Kodokan e iniciado sua pratica
de judô com 9 anos, treinando de 3 a 4 horas por dia. Foi honrado com
diploma de mérito do imperador Meiji, por uma demonstração feita em Tóquio,
tendo se tornado professor das crianças da realeza.
Em 1934, quando contava 52 anos, imigrou para o Brasil. Sendo
possuidor do nono grau de faixa preta era uma das maiores autoridades
mundiais em judô e, embora tivesse fundado a Associação Budokan do Brasil
em 1945, jamais recebeu por parte da imprensa especializada a atenção que
merecia. Na década de 60 a revista americana Black Belt dedicou extensa
reportagem a sua pessoa reconhecendo-o como um dos grandes mestres
mundiais nessa modalidade. Ao falecer com noventa e poucos anos de idade
18
deixou atrás de si uma fortíssima organização de judô com quase oitenta
academias, (ViRGíLIO, ·í986).
Dizem que quando sensei Ono chegou ao Brasil alugou um boxe no
mercado municipal de São Paulo onde enfrentava qualquer adversário. Mais
tarde tendo estabelecido sua escola de judô, veio a se tornar uma figura
lendária e muito popular no estado de São Paulo, tendo treinado seu sobrinho
Akira Ono, que viria a se tornar o primeiro campeão brasileiro a vencer os
jogos Pan-americanos em judô.
Outra figura que se destacou, mas, a partir de 190B, era mais um dos
discipulos de jigoro Kano, sensei Mitsuyo Maeda (shi-dan; 4° grau da faixa
preta) , conhecido também como o "Conde Koma", este ofereceu os seus
serviços à Academia Militar, ensinando judô aos integrantes do Exército
Brasileiro. Ele já havia estado antes, em 1906, juntamente com mais dois
discipulos de Kodokan (Tsunejiro Tomita e Shinshiro Satake) nos Estados
Unidos. Faziam demonstraçôes da nobre arte do judô. Como os americanos
só acreditavam vendo, aceitaram mais de mil desafios de lutadores de boxe
ou de luta livre, não perdendo nenhuma competição. Um dos primeiros alunos
de Conde Maeda no Brasil foi o Sr. Carlos Gracie que aprendeu
primeiramente as técnicas de Judô e depois técnicas de Jiu-jitsu e de outros
tipos de combate que Sensei Maeda também dominava, esse conjunto de
apíendlzados foram o começo da família mais conhecida no mundo das artes
marciais brasileira, a lendária Família Gracie, que inventou o Jiu-Jitsu
Brasileiro ou Jiu-Jitsu Gracie, (VIRGíLIO, 2000).
Os primeiros professores enfrentaram muitas dificuldades e para
poderem treinar e transmitir confeccionaram, eles mesmos, rudimentares
tatames de palha de arroz.
19
2.3 A INFLUÊNCIA JAPONESA NO JUDÔ BRASILEIRO
Segundo Deliberador (1996), o Judô brasileiro é japonês de origem. A
maior concentração da colônia oriental é em São Paulo. Não é ã toa que esse
estado tenha se tornado o mais forte no judô nacional. Não foi à toa também
que a primeira medalha olímpica do judô daqui tenha sobrenome japonês:
Chiaki Ishii, brasileiro naturalizado que conquistou bronze nas Olimpiadas de
Munique.
Foram necessárias décadas de germinação nos guetos japoneses até a
modalidade conquistar espaço na agenda esportiva dos brasileiros.
Hoje, é uma das atividades esportivas mais concorridas.
Praticado em academias, clubes e escolas, o judô é muito respeitado
como esporte disciplinador e ao mesmo tempo como um dos mais
competitivos do mundo. Para comprovar isso estão ai os milhares de atletas
inscritos nas federaçôes estaduais e as medalhas olimpicas que o judô
brasileiro já conquistou: duas de ouro, uma de prata e cinco de bronze.
O judô do Brasil tem em um brasileiro nato o seu maior nome: Aurélio
Miguel, medalha de ouro nas Olimpiadas de Seul (88) e bronze nas de Atlanta
(96).
Mas justamente o principal idolo do esporte por aqui se considera mais
japonês que muito japonês. Aliás, recomenda o Japão como fonte inspiradora
e local ideal para treinamentos. "Antes de todas as minhas conquistas
importantes sempre houve um estágio no Japão", justificou. Fato comum na
história da esmagadora maioria dos atletas de todos os estados, na formação
do judoca Aurélio Miguel também vai se encontrar um 'sensei' tipicamente
japonês. No caso dele, Massao Shinohara, (DELlBERADOR, 1996).
O estilo refinado não consegue esconder a 'orientalidade' de sua
origem. Juntos, o intenso intercãmbio promovido pelas entidades que dirigem
o esporte no pais e o talento natural dos atletas nacionais, têm revelado
sucessivas gerações de bons atletas nas competições internacionais como
Lhofei Shiozawa, Ryoji Suzuki, Takayuki Nishida, Hely Sassaki, Anelson
20
Guerra, Luís e Nelson Onmura, Walter Carmona, Douglas Vieira, Carlos
Aiberto Pacheco, Carlos Alberto MC Cunha, Oswaldo Símões, Ricardo e
Rogério Sampaio, Edinanci Silva, Danielle Zangrando, Henrique Guimarães,
Sebastian Pereira e Fúlvio Miyata entre muitos outros.O carater disciplinador
é uma das principais particularidades do judô. Também é essa uma das
grandes heranças do esporte aqui praticado. Os mestres japoneses
transmitem a seus alunos uma consciência de hierarquia e respeito que
muitos pais têm dificuldades de passar aos filhos.
Durante as últimas décadas, entretanto, esse aspecto educativo do judô
vem perdendo força. Os imigrantes estão desaparecendo e seus
descendentes ficando cada vez mais distantes de suas origens. Aos poucos,
o judô brasileiro vai perdendo o sotaque e a tutela de 'senseis' como
Shinohara, Oide, Onodera, Ishii, Ono, Suganuma, Miura etc. Estão cedendo
seus lugares a nomes como Geraldo Bernardes, Paulo Duarte, Paulo
Wanderley, Ney Wilson, Floriano de Almeida, Douglas Vieira, Sérgio Pessoa,
etc.
Entretanto, serão necessarias dezenas de anos até que o judô do Brasil
deixe de transparecer sua origem. Afinal, a forma que moldou as geraçôes
que passaram continua a ser usada pelos ex-alunos, hoje na função de
mestres. Além disso, sobrenomes como Ishii, Shinohara, Miyata, entre outros,
seguem levando aos tatames e em verde-amarelo o judô que aprenderam no
berço. Essa miscigenação se repete em outros países, mas em nenhum lugar
é tão forte como no Brasil. Como no mundo de hoje globalização é a palavra
de ordem, pode-se apenas esperar que ela não se traduza em breve por
homogeneização do esporte. É importante que o judô mantenha em cada
região seus sabores próprios, (DELlBERADOR, 1996).
21
2.4 QUALIDADE DE VIDA
o conceito de qualidade de vida é diferente de pessoa para pessoa e
iende a mudar ao longo da vida de cada um. Exisie, porém, consenso em
torno da idéia de que são múltiplos os fatores que determinam a qualidade de
vida de pessoa ou comunidades. A combinação desses fatores que moldam e
diferenciam o cotidiano do ser humano, resulta numa rede de fenômenos e
situações que, abstratamente, pode se chamada de qualidade de vida. Em
geral, associa-se a essa expressão fatores como: estado de saúde,
longevidade, satisfação no trabalho, salario, lazer, relações familiares,
disposição, prazer e até espintualidade. Num sentido mais amplo, qualidade
de vida pode ser uma medida da própria dignidade humana, pois pressupõe o
atendimento das necessidades humanas fundamentais, (NAHAS, 2001).
2.5 PROMOÇÃO DA SAÚDE: OS DESAFIOS DA SUPERAÇÃO
Segundo Powers & Howley (2000), poucos assuntos despertam
tamanho interesse e apelo quanto à questão da saúde, a qual transcende as
fronteiras das raças, religiões e culturas.
Nos últimos anos, tem crescido o foco da comunidade empresarial na
manutenção e na melhora do estado de saúde através de praticas saudaveis,
com isso aumentando a popularidade da promoção do bem estar, da
qualidade de vida e do estilo de vida saudavel no ambiente de trabalho,
despertando com isso o Interesse de diferentes instituiçOes em diferentes
áreas.
Instituições acadêmicas, governo, organizações privadas, companhias
de seguro, hospitais, grupos médicos, comunidades tem se juntado nesse
esforço conjunto na melhora da saúde.
Enquanto que a promoção da saúde emerge como um campo
respeitado no ambiente organizacional, inúmeros desafios se apresentam, e
22
todos nós profissionais da área devemos estar preparados para superá-los.
2.5.1 Conceito de Promoção de Saúde
Não é fácil a tarefa de definir o conceito, desde que promoção de saúde
significa diferentes açOes, em diferentes pessoas, especialmente em
diferentes segmentos. Prevenção de doenças, educação em saúde, qualidade
de vida e promoção de saúde são alguns dos termos freqüentemente
utilizados pela comunidade envolvida. Apesar dessa diversidade da
terminologia, alguns termos são mais freqüentes, incluindo modelos em
promoção de saúde, (POWERS & HOWLEY, 2000).
2.5.2 Definição de Saúde
Conforme Cooper (1982), em primeiro lugar é essencial avaliar o que o
termo saúde literalmente significa.
Historicamente saúde tem sido definida por diversos modos. Os antigos
médicos gregos acreditavam que saúde era uma condição de equilíbrio do
corpo. Para os indios do Novo Mundo, estar saudável era estar em harmonia
com a natureza. Os chineses antigos acreditavam que saúde era o reflexo de
uma força chamada "OI".
Em contraste, a medicina ocidental aborda saúde analisando seus
componentes, ao invés da análise da interconexão entre eles. Essa
abordagem tem sido defendida através dos tempos, o que levou ao foco
primário de doença e incapacidade. Só recentemente esta postura médica
começou a mudar para uma visão mais holística.
Há algumas décadas, em 1946, a OMS introduziu uma dimensão mais
positiva de saúde em sua definição: saúde é um estado de completo bem
23
estar fisico, mental e social e não somente a ausência de doença ou
enfermidade.
Uma perspectiva similar diz que: saúde é a qualidade de vida
envolvendo as aptidões individuais do ponto de vista social, emocional,
mental, espiritual e fisico, as quais são conseqüência das adaptações ao
ambiente em que vivem os individuos.
Promoção de Saúde é uma área interdisciplinar que exige um preparo
amplo e uma visão bastante abrangente por parte dos profissionais
envolvidos.
Em comparação com outros campos já estabelecidos tais como
medicina, psicologia ou sociologia. a promoção da saúde tem evoluido há
pouco tempo. Tem suas raizes em diversos campos. Confonme o campo se
desenvolve, mais e mais componentes tem se incorporado. Esses
componentes sempre existiram em suas próprias e isoladas esferas de
influência, (COOPER, 1982).
2.5.3 A Necessidade em Promoção de Saúde
Conforme Powers & Howley (2000), a crescente demanda pelo
mercado e o ritmo de desenvolvimento, força as companhias a mudarem suas
perspectivas em relação à saúde .
.A.lguns fatores têm influenciado o interesse cada vez maior na área de
promoção de saúde:
1. Pessoas querendo ser mais saudáveis
2. O envelhecimento da população
3. Os custos de saúde aumentando pelo aumento da faixa etária
4. Os custos aumentando pelo aumento dos riscos
5. A produtividade diminuindo pelo aumento dos riscos
6. A prevalência maior de doenças crõnicas
24
Os fatores acima mostram alguns bons desafios a serem superados
pela área nesses próximos anos. O estilo de vida deste inicio de década, onde
pressão por resultados e falta de tempo são componentes bastante presentes,
o novo perfil profissional que procura render o máximo, evitando desgastes
significativos, a valorização do equilíbrio entre vida profissional e pessoal,
fazem com que promoção de saúde e qualidade de vida mereçam cada vez
mais atenção por parte das organizações.
Ainda para Powers & Howiey (2000), aigumas significaiivas barreiras
colaboram para que o desafio na área continue presente:
Promoção de saúde ainda não faz parte do "core" dos negócios.
Também não faz parte do "core" da medicina. É ainda um pequeno figurante
na politica nacional da assistência médica. A base científica somente agora
começa a se tornar mais clara. Falta uma liderança nacional.
Os aspectos descritos acima fazem com que todos nós infectados pelo
virus da promoção da saúde, nos transformemos em agentes de mudanças.
Todos nós, com nosso elenco de sonhos e ambições estamos num caminho
irreversível, embora muita coisa ainda permaneça nebulosa.
Nesse turbilhão que nos envolve, muitas vezes fica difícil saber qual é a
direção a seguir. Devemos, antes de qualquer coisa, compreender a urgência
do desafio de estimular e desenvolver a área de promoção de saúde e
qualidade de vida.
Devemos ter como principal atributo à natureza diferenciada e
qualificada dos bons profissionais. Além do compromisso ético, devemos ter a
obstinação por um modelo em que a busca de bons resultados jamais nos
retire o compromisso com a verdade.
Superaç30 exige mecanismos especlficos, talentos e muita açilo.
Se aproveitarmos todas as oportunidades possíveis para ampliar o valor
percebido de nossa área, estaremos contribuindo para que saúde seja mais
do que um sonho, (POWERS & HOWLEY, 2000).
25
2.6 QUALIDADE DE VIDA: SONHO OU POSSIBILIDADE
2.6.1 Qualidade de vida na era da informação
Segundo Cooper (1982), o desenvolvimento tecnológico
exaustivamente citado como o mais importante marco da virada do milênio
está encobrindo a revolução silenciosa que vem se instalando nas
organizações. Na era da informação as pessoas são a verdadeira vantagem
competitiva mas apesar desta evidência, a maioria das empresas mantém a
estrutura piramidal, as pessoas situadas no topo detêm o poder, definem a
visão e lançam diretrizes em cascata.
O primeiro escalão toma as decisOes sem envolver a linha de frente, os
que falam diretamente com o cliente. Estes sabem bem mais o que precisa
ser feito, mas raramente podem influenciar nos rumos das decisões.
Na era da informação as pessoas precisam se tornar mais
independentes, autoconfiantes e determinadas, assumindo a coragem de
expressar a opinião.
Em lugar da obediência e da submissão que caracterizam os nascidos
na década de 50, renasce o desejo de relações éticas, da prática da
cidadania. Aumenta o número de individuos assumem a responsabilidade por
viver de forma consciente. Máscaras, mentira, manipulação, mostram-se
estratégias falidas, incapazes de criar ambiente de trabalho produtivo e
relações de confiança.
O século XXI aponta a importãncia da construção da qualidade de vida
que certamente não virá de graça: decorrerá da capacidade de reconhecer a
verdade sobre nós mesmos, compreender quem somos, como lidamos com
os desafios da vida, como reagimos às perdas e frustrações e especialmente
como lidamos com o sucesso.
26
2.6.2 Auto aceitação: o passo inicial
Afeto, medo, orgulho, solidão delinearam as características centrais da
nossa forma de ser. A vivência de constrangimentos, de vergonha ou culpa
leva a sentimentos negativos tanto em relação a si mesmos quanto em
relação aos outros. É impossivel negar as imperfeições do ser humano.
Admitir a natureza condicionada da nossa personalidade é assumir que
somos parcialmente conscientes da nossa inconsciência. Esse processo cria
a possibilidade de aprender a respeitar a realidade, entender os fatos, e
mergulhar no inevitável conhecimento interior.
Não há como negar que nascemos com um temperamento determinado
pela herança genética e modificado (para melhor ou pior) pela história de vida.
Possuimos marcas do passado, das experiências vividas. Para saber quem
somos é preciso relembrar momentos criticos, vivências de perdas, exemplos
de pessoas significativas, valorizar os êxitos.
Para promover a verdadeira auto transformação, sabe-se que o passo
inicial é libertar-se de posturas como fuga, resistência, tendência a culpar o
outro pelos nossos insucessos, (COOPER, 1982).
2.6.3 Auto-conhecimento e motivação
o que realmente motiva a pessoa?
Porque alguns são mais motivados que outros diante dos mesmos
desafios?
Como explicar que um salário pode ser altamente motivador para uma
pessoa e considerado muito baixo para outra?
Um conjunto de motivos, próprios de cada individuo determina a
diversidade do comportamento humano. Incentivos e premiações podem
estimular a produtividade e o desempenho, mas não asseguram
comprometimento, entusiasmo e relações de confiança. Ninguém motiva
27
ninguém. A motivação é um processo de dentro para fora. Certamente o
verbo motivar, aplicado é reflexivo: motivar-se.
Planos de benefícios, salârios, recursos tecnológicos sofisticados,
instalações fisicas confortáveis, são fatores apontados como capazes de
despertar motivação. Nem sempre esta profecia se concretiza, especialmente
nos ambientes caracterizados pela competição, relações hostis, poder
centrado na posição hierárquica, barreiras entre departamentos,
administração centraiizadora.
Viver com qualidade não decorre apenas de altos salários. Resulta
essencialmente da competência para encontrar um rumo para a própria vida,
centrar-se em valores, buscar o que realmente importa. E não se é mais feliz
apenas por se conseguir comprar um apartamento de cobertura em região
valorizada de uma cidade. É fundamental viver em paz, situação rara na
maioria das famílias, (COOPER, 1982).
2.6.4 Qualidade de vida e participação
Na década de 70 o gerente atuava nitidamente voltado unicamente para
o ambiente interno da organizaÇ<'lo, ocupando-se de rotinas, com total
desconsideração às necessidades dos clientes internos e externos. Apoiado
no poder que o cargo lhe conferia, era altamente centralizador. Os programas
de desenvolvimento gerencial insistiam na necessidade da participação como
forma de liberar o gerente das funções que poderiam ser feitas por outros
membros da equipe, desenvolvendo talentos e preparando substitutos.
Nos anos oitenta estudiosos das organizações enfatizavam a
Administração Participativa, admitindo que a delegação havia se instalado e já
era momento de dar autonomia e compartilhar poder. Isto não se mostra
verdadeiro, até hoje, na totalidade das empresas.
28
Como falar de participação onde a cúpula é centralizadora, o gerente
teme delegar e perder prestigio, o empregado sente medo de dizer a verdade
e ser penalizado?
Infelizmente, o século vinte e um iniciou-se sem a concretização dos
sonhos de participação nas organizações. Muitos se aposentam sem serem
ouvidos, sem terem seus talentos conhecidos ou valorizados pelas instituições
que ajudaram a construir, (COOPER, 1982).
2.6.5 Qualidade de vida: uma realidade a ser conquistada
Tudo indica que estresse, pressão decorrentes da redução dos niveis
gerenciais, enxugamento de quadros, ameaça de desemprego certamente
ainda vão perdurar. Não há como esperar que a empresa alivie o homem do
sofrimento inerente ao processo de desenvolvimento tecnológico. Tecnologia
reduz empregos que não retornarão. Cria outros, sem dúvida, mas em
número muito menor que os eliminados.
A postura de vitima, sentimentos de revolta e indignação não se
mostram efetivas. O homem é autor das suas escolhas, ações, decisões e éresponsável pelo próprio bem estar, pela qualidade de vida. Ele constrói,
mantém ou modifica os valores que caracterizam a cultura organizacional,
afeta e é afetado pelo comportamento dos outros com os quais trabalha e
convive.
Para se conquistar a qualidade de vida, não parece que a melhor
postura seja esperar pelo governo ou por padrões bondosos. Estes poderão,
quando muito, providenciar infra-estrutura para se viver com mais saúde.
Mas o homem continuará a ser responsável pelo seu destino. Há quem
tenha gratuidade para o check-up anual e se negue a fazê-lo. Há quem saiba
que precisa livrar-se do sedentarismo, mas insista em penmanecer nele.
A construção da qualidade de vida dependerá do comprometimento pessoal
com a valorização da vida e do viver. Decorrerá de orientar a vida por
29
principios e valores, postura que começa por admitir a realidade, sem
camuflar crenças e opiniões. É aprender a defender pontos de vista de forma
apropriada as circunstâncias, sem desistir daquilo em que se acredita.
2.7 ATIVIDADE FíSICA E SAÚDE
Consideração de importância é a de que os beneficios dos exerci cios
são comuns a todos os tipos de atividades fisica, esportiva ou laborativa,
desde que os esforços não sejam excessivos em relação a condição física da
pessoa. O exercicio é uma forma de sobrecarga para o organismo.
Sobrecargas bem dosadas estimulam adaptações de aprimoramento
funcional de todos os órgãos envolvidos, mas quando excessivas, produzem
lesões ou deterioração da função.
O sedentarismo caracteriza-se por uma ausência de sobrecargas para
todo o sistema neuro-músculo-esquelético e metabólico, levando ao
enfraquecimento progressivo de estruturas com funções biomecãnicas, e a
alterações funcionais que estatisticamente se correlacionam com maior
incidência ou gravidade de doenças (www.saudeemmovimento.com.br).
A atividade fisica regular é um componente importante do estilo de vida
saudável - prevenindo doenças e melhorando a saúde e a qualidade de vida.
(ALLSEN, HARRISON e VANCE, 2001)
A atividade fisica contribui muito para evitar as incapacidades
associadas ao envelhecimento.
Apesar da associação da atividade fisica e saúde estar bem
documentada, a maior parte da população e inativa completa ou parcialmente
nas ultimas década foi nitido o fenõmeno da urbanização na nossa sociedade
a qual é acompanhado naturalmente por um estilo de vida menos ativo.
(www.saudetotal.com/publicolexfisic/exfisic.htm).
O envelhecimento é um processo muito heterogêneo e a recomendação
de atividade fisica para os idosos deve ser individualizada. Além dos
30
beneficios já citados, os idosos ainda apresentam um efeito favorável sobre o
equilibrio e a marcha, diminuindo o risco de quedas e fraturas, menor
dependência para realização de atividades de vida diária, melhora na auto-
estima e autoconfiança, elevando de forma significativa a qualidade da vida.
Os portadores de osteoartrose também podem e devem realizar AF
regular, desde que adaptada a sua condição e os portadores de demência
podem ter sua função cognitiva melhorada.
Os benefícios da atividade fisica para a saúde e longevidade são
intuitivamente conhecidos desde o principio dos tempos, (ALLSEN,
HARRISON e VANCE, 2001).
2.8 BENEFíCIOS DAATIVIDADE FíSICA NA SAÚDE
Segundo Nahas (2001), os efeitos antropométricos e neuromusculares são:
• diminuição da gordura corporal
• Incremento da massa muscular
• incremento da força muscular
• incremento da densidade óssea
• fortalecimento do tecido conetivo
• incremento da flexibilidade
• Efeitos metabólicos:
• aumento do volume sistólico
• diminuição da freqüência cardiaca em repouso e no trabalho
submáximo
• aumento da potência aeróbica (V02 máx.) 10-30%
• aumento da ventilação pulmonar
• diminuição da pressão arterial
• melhora do perfillipidico
• melhora a sensibilidade a insulina
31
E os efeitos psicológicos são:
• melhora da auto-conceito
• meihora da auto-estima
• melhora da imagem corporal
• diminuição do stress e da ansiedade
• melhora da tensão muscular e da insônia
• diminuição da consumo de medicamentos
• melhora das funções cognitivas e da socialização
Com estes efeitos gerais do exercicio tem-se mostrado beneficio no
controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidade
cardíaca, hipertensão, arteriosclerose, varizes, enfermidades respiratórias,
artrose, artrite, dor crônica. e desordens mentaís ou psícológicos, (NAHAS,
2001).
2.9 BENEFíCIOS DA ATIVIDADE FíSICA EM SUA VIDA DIÁRIA
o ser humano, na sua preocupação com o corpo, tem de estar alerta para o
fato de que saúde e longevidade devem vir acompanhada5 de qualidade de vida,
tanto no presente como no futuro.
A atividade física é uma aliada imprescindível para alcançar uma boa
forma fisica e sua prática deve ser desenvolvida de uma forma prazerosa e
contínua ao longo de toda a vida.
A preocupação de promover e manter a saúde devem ser ressaltados
para a população mundial, que, cada vez mais, necessita, em sua rotina
diária, da prática de exerci cios físicos regulares para combater os efeitos
nocivos da vida sedentária.
32
Vale tudo: andar, dançar, correr, pedalar, passear com o cachorro, fazer
compras a pé, subir e descer escadas, fazer jardinagem, enfim, levar uma
vida mais ativa.
Em outras palavras, não são necessarios niveis altos de pratica físicas,
horas interminaveis de exercícios ou dor e sofrimento. Para aproveitar as
vantagens da atividade física, é suficiente aumentar o grau de integração da
vida diaria a atividade física, combatendo o sedentarismo e seus riscos para a
vida humana.
2.10 BENEFíCIOS DA ATIVIDADE FíSICA
Segundo Nahas (2001), os benefícios da atividade física são
vislumbrados na aparência, no trabalho, no dia a dia, na saúde, etc, como
aparece descrito a seguir:
Na aparência:
• Melhora seu visual
• Melhora sua postura
• Os músculos ficam mais eficientes e com melhor tônus
• Combate o excesso de peso e o acúmulo de gordura
No trabalho:
• Aumenta a produtividade
• Menor propensão às doenças
• Melhor índice de freqüência no trabalho
• Combate o estresse e a indisposição
• Melhora sua capacidade para esforços físicos
No dia a dia:
• Maior disposição para as tarefas cotidianas
• o coração trabalha de forma mais segura e eficiente
• Aumenta seu fôlego
• Melhor elasticidade e flexibilidade do corpo
• Melhora sua auto-estima
• Você se alimenta e dorme melhor
• Vive melhor e com mais qualidade
Na saúde:
• Aumenta a qualidade e a expectativa de vida
• Melhora seu sistema imunológico
• Previne e reduz os efeitos de doenças como:
o Cardiopatias
o Estresse
o Obesidade
o Osteoporose
o Hipertensão arterial
o Deficiências respiratórias
o Problemas circulatórios
o Diabetes
• As alteraçOes das taxas de colesterol (lIpldlcas)
• Fonte: Professor Fausto Arantes Porto
33
34
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Para o presente estudo foi utilizada a pesquisa do tipo descritiva, que
segundo Andrade (1999), é um tipo que observa, registra, analisa e
correlaciona fator ou fenômenos sem manipulá-los, procura descobrir uma
precisão possível, a freqüência com que o fenômeno ocorre, sua relação e
conexão com outros, sua natureza e caracteristicas.
E para Thomas e Nelson (2002), este tipo de pesquisa é a mais
freqüente por ser de estrutura simplificada. Sua finalidade é enumerar ou
descrever as caracterfsticas dos fenômenos (coisa, objetos, conhecimentos
OU eventos) com base em dados protocolares e ideográficos. A análise
descritiva utiliza um espectro de estilos individualizados e pequena parcela de
técnicas e métodos. As diferentes peças de informação (dados protocolares e
ideológicos) podem ser feitas dedutiva e indutivamente e geralmente
assumem forma verbal, ou estatística ou aínda combinam ambas as formas.
3.2 POPULAçÃO E AMOSTRA
3.2.1 População
A população foí composta por mulheres adultas praticantes de Judô na
Cidade de Curitiba - PR
35
3.2.2 Amostra
A amostra foi composta por 14 mulheres adultas praticantes de Judô na
Cidade de CUrltIDa - PR; escolhidas de forma Intencional.
3.3 INSTRUMENTO
Utilizou-se para o presente estudo o instrumento do tipo questionário,
sendo este formado por questOes fechadas.
3.3.1 Validação
O instrumento foi submetido à validação de conteúdo pela análise da
revisão de literatura e por três especialistas. Somente após este procedimento
é que foi feita a coleta dos dados para a pesquisa.
3.4 COLETA DE DADOS
Para a coleta de dados utilizou-se o questionário, sendo que no término
da aula de JudO o autor deste estudo explicou brevemente o intuito da
pesquisa e solicitou a colaboração das alunas, então, após isto, foram
distribuidos os instrumentos a todas as alunas que se dispuseram a
responder às questôes, e ao término do preenchimento as alunas entregaram
diretamente ao autor deste trabalho.
36
3.5 ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos dados para o presente estudo formulou-se a partir da
interpretação das respostas dos quesiionários apiicados, dados estes,
posteriormente expressos em forma de quadros e gráficos.
3.6 LIMITAÇÕES
Para este estudo, observou-se como aspecto limitante á questão do
questionário aplicado a uma quantidade limitada, em uma faixa etária definida
e somente do sexo feminino, pois o estudo limitou-se a 14 mulheres.
37
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Quadro 1 - Perfil das mulheres adultas praticantes de judô entrevistadas
Mulneres Idade (anos) Peso (kg) Altura (m) IMe
1 23 62 1,68 21,9
2 33 75 1,74 24,8
3 28 68 1,72 22,9
4 30 68 1,65 24,9
5 39 73 1,75 23,8
6 27 59 1,55 24,5
7 23 57 1,58 23,7
8 29 70 1,66 25,4
9 32 62 1,70 21,4
10 24 51 1,55 21,2
11 25 71 1,74 23,4
12 42 69 1,56 28,7
13 32 82 1,66 29,7
14 36 80 1,56 33,3
Média 30 77,42 1,65 28,4
38
Observa-se no quadro 1, que a média de idade das mulheres adultas
praticantes de judô é de 30 anos; a média de peso para as mesmas é de
77,42 kg e a média da altura é de 1,65 m; no cálculo do indice de Massa
Corporal, observa-se que a média das mulheres entrevistadas permaneceu
em 28,4, que indica sobre peso.
Gráfico 1 - Estado civil das mulheres entrevistadas.
OCasada
DSoltelra
DOvorclada
OViúva
Observa-se no gráfico 1 que 7 mulheres adultas entrevistadas são
casadas, 6 são solteiras, 1 é divorciada e nenhuma delas é viúva.
Gráfico 2 - Possui filhos?
No gráfico 2, observa-se que 8 mulheres entrevistadas possuem filhos e
6 não possuem filhos.
39
Gráfico 3 - Quantos filhos tem?
No gráfico 3, observa-se que das 8 mulheres que possuem filhos; 4
possuem 2 filhos, 3 possuem 1 filho e 1 possui 3 filhos.
Gráfico 4 - Você trabalha?
Rl::JNo gráfico 4, observa-se que 11 mulheres entrevistadas trabalham fora
e 3 não trabalham.
Gráfico 5 - Em que período você trabalha?
40
No gráfico 5, observa-se que das 11 mulheres que trabalham; 5
trabalham nos períodos de manhã e tarde, bem como 5 trabalham no período
da tarde e 1 trabalha nos períodos da tarde e noite.
Gráfíco 6 - Você realiza algum tipo de atividade física além do judô?
No gráfico 6, observa-se que 9 mulheres entrevistadas realizam
atividades físicas além do judô e 5 não realizam outras atividades fisicas.
Dentre as atividades físicas citadas aparecem: balance, musculação,
spinning, corrida, natação, yoga, hidroginástica e caminhada.
Gráfico 7 - Com que freqüência semanal você pratica judô?
ODe 1 a 2vezes
ODe 3 a 4 vezes
DOe 5 a 6 Vezes
OTodos os dias
No gráfico 7, observa-se que 12 mulheres entrevistadas praticam judô
de 1 a 2 vezes por semana; 2 praticam judô de 3 a 4 vezes por semana e não
houveram indicações para as práticas de 5 a 6 vezes e todos os dias da
semana.
41
Gráfico 8 - Duração diária das aulas de judô?
CAlé 1 hora
DAli! 30 MInutos
DAlé 1,5horas
DAlé 2 hOraS
0+ de 2 horas
No gráfico 8, observa-se que 7 mulheres entrevistadas praticam judô
por 2 diárias; 6 praticam até 1 hora e trinta minutos por dia; 1 pratica até 1
hora de judô por dia e não houveram indicaçôes para as práticas com duração
diária de 30 minutos e de mais de 2 horas.
Quadro 2 - Dados relativos ao questionamento feito de porque a escolha
do Judô como atividade flslca.
Mulheres Respostas1 Para conhecer a modalidade2 Pelo namorado e pela faculdade3 Por gostar de lutas4 Para acompanhar os filhos5 Para acompanhar os filhos6 Por influência do marido7 Para acompanhar os filhos8 Porque gosta9 Influência familiaí10 Por causa da filosofia e sensibilidade11 Para acompanhar os filhos12 Matéria de faculdade13 Matéria de faculdade14 Para acompanhar os filhos
No quadro 2, observa-se que o fato que mais levou as mulheres a
escolherem o judô como atividade fisica, foi o de acompanhar os filhos no
42
esporte; seguido do fato de ser uma disciplina obrigatória na faculdade; por
influência a da família, namorado e marído; porque gosta; para conhecer a
modalidade e por causa da filosofia a da sensibilidade.
Gráfico 9 - Você já tinha pratícado arte marcial antes?
No gráfico 9, observa-se que 11 mulheres entrevistadas nunca
praticaram arte marcial antes do judô e 3 já praticaram outras artes marciais
antes do judô. Dentre as artes marciais citadas aparecem: uma indicação para
Box Tai!andês e duas para Karatê.
Quadro 3 - Dados relativos ao questionamento feito sobre quaís os
resultados as entrevistadas pretendem alcançar fazendo judô.
Mulheres Respostas1 Participar de campeonatos2 Emagrecer3 Emagrecer e defesa pessoal4 Tornar faixa preta5 Não resjlondeu6 Bem estar7 Resistência8 Força9 Equilíbrio do corpo e mente10 Não respondeu11 Defesa pessoal12 Condicionamento físico13 Defesa pessoal14 Forma fisica e melhorar o relacionamento com o filho
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No quadro 3, observa-se que o resultado mais pretendido entre as mulheres
entrevistadas, foi o de defesa pessoal; seguido do fato de emagrecer; participar de
campeonatos; se tornar faixa preta; bem estar; resistência; força; equilíbrio do
corpo e mente; condicionamento físico; forma física e melhorar o relacionamento
com o filho; e por fim, duas mulheres não responderam a questão.
Quadro 4 - Quais mudanças fisicas você notou no seu corpo após
começar a praticar judO?
Mulheres Resllostas1 Força, agilidade e destreza2 Emagrecer e força3 Força e emagrecer4 Força5 Emagrecer e força6 Definição, força muscular e flexibilidade7 Emagrecer e força8 Força e destreza9 Emagrecer10 Força e resistência11 Força12 Emagrecer e resistência13 Não respondeu14 Resistência respiratória
No quadro 4, observa-se que as mudanças fisica mais citadas foram:
emagrecer, força, agilidade e destreza.
44
Gráfico 10 - A qualidade do seu sono mudou após começar a praticar
judô?
No gráfico 7, observa-se que 10 mulheres tiveram a qualidade do sono
melhorada após o Inicio de prática do judO; 3 disseram nao ter tido melhora
alguma na qualidade de sono; e por fim, 1 entrevistada não respondeu àquestão.
Gráfico 11 - O seu humor melhorou após começar a praticar judô?
No gráfico 8, observa-se que 10 mulheres tiveram melhora no humor
após a prática do judô e 4 não tiveram melhora no humor.
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Gráfico 12 - Sua disposição para realizar tarefas do cotidiano melhorou
após começar a praticar JudO?
No gráfico 9, observa-se que todas as 14 mulheres obteveram melhora
na dlsposiçao para realizar tarefas do cotidiano após começarem a praticar
judô.
Gráfico 13 - Sua resistência física aumentou após começar a praticar
judô?
No gráfico 10, observa-se que todas as 14 mulheres obteveram melhora
na resisiência íísica após começarem a praiicar o judô.
46
5 CONCLUSÃO
Com o objetivo de observar em mulheres adultas, quais os beneficios
proporcionados pela prática do judô verificou-se que:
A média de idade das mulheres adultas praticantes de judô é de 30
anos; a média de peso para as mesmas é de 77,42 kg; a média da altura é de
1.65 m e a média do IMC é de 28,4 que indica sobrepeso.
7 mulheres adultas entrevistadas são casadas, 6 são solteiras, 1 é
divorciada e nenhuma delas é viúva.
8 mulheres entrevistadas possuem filhos e 6 não possuem filho, das 8
mulheres que possuem filhos; 4 possuem 2 filhos, 3 possuem 1 filho e 1
possui 3 filhos.
11 mulheres entrevistadas trabalham fora e 3 não trabalham. das 11
mulheres que trabalham; 5 trabalham nos periodos de manhã e tarde, bem
como 5 trabalham no periodo da tarde e 1 trabalha nos periodos da tarde e
noite.
9 entrevistadas realizam atividades físicas além do judô e 5 não
realizam outras atividades físicas. Dentre as atividades físicas citadas
aparecem: balance, musculação, spinning, corrida, natação, yoga,
hidroginástica e caminhada.
12 mulheres entrevistadas pratica judõ de 1 a 2 vezes por semana; 2
praticam judõ de 3 a 4 vezes por semana e não houveram indicações para as
práticas de 5 a 6 vezes e todos os dias da semana.
7 mulheres entrevistadas pratica judõ até por duas por dia; 6 praticam
até 1 hora e trinta minutos por dia; 1 pratica até 1 hora de judõ por dia e não
houve indicações para as práticas com duração diária de 30 minutos e de
mais de 2 horas.
47
o fato que mais levou as mulheres a escolherem o judô como atividade
fisica, foi o de acompanhar os filhos no esporte; seguido do fato de ser uma
disciplina obrigatória na faculdade; por influência a da família, namorado e
marido; porque gosta; para conhecer a modalidade e por causa da filosofia a
da sensibilidade.
11 mulheres entrevistadas nunca praticaram arte marcial antes do judô
e 3 já praticaram outras artes marciais antes do judô. Dentre as artes marciais
citadas aparecem: uma indicação para Box Tailandês e duas para Karatê.
O resultado mais pretendido entre as mulheres entrevistadas, foi o de defesa
pessoal; seguido do fato de emagrecer; participar de campeonatos; se tornar
faixa preta; bem estar; resistência; força; equilíbrio do corpo e mente;
condicionamento físico; forma física e melhorar o relacionamento com o filho; e por
fim, duas mulheres não responderam a questão.
As mudanças fisicas mais citadas foram: emagrecer, força, agilidade e
destreza.
10 mulheres ter a qualidade do sono melhorada após o inicio de prática
do judô; 3 disseram não ter tido melhora alguma na qualidade de sono; e por
fim, 1 entrevistada não respondeu à questão.
10 das mulheres tiveram melhora no humor após a prática do judÔ e 4
não tiveram melhora no humor.
Todas as mulheres obtiveram melhora na disposição para realizar
tarefas do cotidiano após começarem a praticar judÔ.
Todas as mulheres obtiveram melhora na resistência física após
começarem a praticar o judô.
48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLSEN, P. E.; HARRISON, J. M. e VANCE, B. Exercicio e Qualidade
de Vida: Uma abordagem personalisada. São Paulo: Manole, 2001.
ANDRADE, M.M. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 4 ed,
São Paulo: Atlas, 1999.
COOPER. K.H. O Programa Aeróbico Para o Bem-Estar Total. Rio de
Janeiro: Nórdica, 1982.
DELlBERADOR, A. P. Judô: Metodologia da Participação. Londrina: Lido,
1996.
KEIZI, M. Manual de Judô: O caminho suave. 3 ed. São Paulo: Cosmos,
1993.
LASSERE, R. Judô: Manual pratico segundo Kodokan. São Paulo: Mestre
Jou, 1975.
NAHAS, M. V. Atividade física, Saúde e Qualidade de Vida: Conceitos e
Sugestões para um Estilo de Vida Ativo. Londrina: Midiograí, 2001.
POWERS, S. K. & HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício. Teoria e
Aplicação ao Condicionamento e ao desempenho. 3 ed. São Paulo: Manole,
2000.
THOMAS, J. R. e NELSON, J. C. Métodos de pesquisa em atividade física.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
VIRGíLIO, S. A arte do Judô. Campinas: Papirus, 1986.
A arte e o ensino do Judô. Porto Alegre: Rigel, 2000.
www.saudetotal.com/saude/musvida/respdade.htm - Acesso em: 09 de
junho de 2005.
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APÊNDICE 1 - MATRIZ ANALíTICA
ASSUNTO OBJETIVOS TOPICOS QUESTOES
Idade Qual é a sua idade?
Qual é o seu nome?
Identificação Qual é o seu peso?Qual é a sua altura?Qual é o seu estado civil?
Você já tem filhos? Quantos filhos vocêtem?
Identificar as Você trabalha? Em que período vocêsituações das trabalha?alunas antes de
AtividadesVocê realiza algum tipo de atividade
começarem o física?Judõ. Qual é o tipo de atividade física que você
pratica?Com que freqüência e quantas horas
O Judôvocê pratica por semana?
relacionado àqualidade de Por que você escolheu a arte marcialvida demulheres Judô como atividade física?
com mais de O porque do Você já tinha praticado arte marcial
trinta anos. Judô antes? Qual?Quais são os resultados que vocêpretende alcançar fazendo Judô?
A qualidade do seu sono melhorou depoisque você passou a praticar Judô?Quais foram as mudanças físicas quevocê notou depois que começou a
Identificar aspraticar Judõ?
c!)f'!drções dasO seu humor mudou para melhor depoisque passou a praticar Judô?
alunas praticantes Sua disposição para realizar tarefas dodo Judô, depois Mudanças cotidiano melhorou depois da prática dodo perido de Judô?observação e Com a prática do Judô, sua resistênciapesquisa. física aumentou?
Com a prática do Judô, sua resistênciarespiratória aumentou?Seu desempenho sexual aumentou com aprática do Judô?
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APÊNDICE 2 - VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO
Caro Professor:
Eu Gilson André Acosta de Jesus, acadêmico do 4° ano, estou efetuando otrabalho de conclusão de curso de graduação em Educação Fisica na UniversidadeTuiuli do Paraná, denominado "O Judô relacionado à qualidade de vida de mulherescom mais de trinta anos", com objetivo principal de observar em mulheres com maisde trinta anos, quais os benefícios proporcionados pela prática do judô com relaçãoa qualidade de vida. E tendo como objetivos específicos: apresentar valores físicosdas mulheres avaliadas; fazer comparativo entre as condições físicas antes e depoisdo início da prática de Judô; apresentar os benefícios do Judô em mulheres commais de trinta anos; Analisar as condições físicas das mulheres avaliadas, apósperíodo de convivência na prática do Judô.
Portanto venho por meio deste solicitar sua preciosa colaboração navalidação do instrumento de coleta de dados, analisando-o e sugerindo alteraçõesque julgue pertinenle, sendo isto fundamental para realizar o trabalho.
Atenciosamente: _=_--:---,--,-:,---,---,---,-_Gilson André Acosla de Jesus
Nome:
Formação (Ano IArea):
Instituição:
Especialização:
Tempo de aluação:
Instituição I onde atua:
Opinião para a validação do Instrumento:
Assinatura: _
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APÊNDICE 3 - QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA A PESQUISA
Qual é a sua idade? Qual é o seu peso? _
Qual é a sua altura?
Qual é o seu estado civil?
( ) Casada ( ) Solteira ( ) Divorciada ( ) Viúva
1 - Você tem filhos?
( ) Sim. Quantos? _ ) Não
2 - Você trabalha? ( )Sim ) Não
3 - Em que periodo você trabalha? _
4 - Você realiza algum tipo de atividade fisica além do Judô?
( ) Sim.
Quol? _
( ) Não
5 - Com que freqüência semanal você pratica sua atividade?
) De 1 a 2 vezes () De 3 a 4 vezes () De 5 a 5 vezes
( ) Todos os dias da semana
6 - Quantas horas você de judô você pratica por dia?
) Até 30 minutos ) Até 1 hora () Até 1 hora e 30 minutos
( ) Até 2 horas ( ) Mais de 2 horas
7 - Por que você escolheu a arte marcial Judô como atividade física?
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8 - Você já tinha praticado arte marcial antes?
( ) Sim. Qual? ( ) Não
9 - Quais são os resultados que você pretende alcançar fazendo Judô?
10 - A qualidade do seu sono melhorou depois que você passou a praticar
Judô?
( )Sim ( ) Não
11 - Quais foram ás mudanças fisicas que você notou depois que começou a
praticar Judô?
12 - O seu humor mudou para melhor depois que passou a praticar Judô?
( ) Sim ( ) Não
13 - Sua disposição para realizar tarefas do cotidiano melhorou depois da
prática do Judô?
( ) Sim ( ) Não
14 - Com a prática do Judô, sua resistência fisica aumentou?
( ) Sim ( ) Não