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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Luiz Antonio Kowalski PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL PARA POLICIAIS MILITARES QUE OCUPAM FUNÇÃO ADMINISTRATIVA CURITIBA 2011

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Luiz Antonio Kowalski

PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL PARA POLICIAIS MILITARES QUE OCUPAM FUNÇÃO ADMINISTRATIVA

CURITIBA

2011

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Luiz Antonio Kowalski

PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL PARA POLICIAIS MILITARES QUE OCUPAM FUNÇÃO ADMINISTRATIVA

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado ao

Curso de Educação Física da Faculdade de Ciências

Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do

Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau

de Bacharelado em Educação Física.

Orientadora: Profª Msc. Cynthia Maria Rocha Dutra

CURITIBA

2011

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RESUMO

A Ginástica Laboral (GL) tema que tem espaço nos estudos pela importância no âmbito da saúde, principalmente nos ambientes onde há ações repetitivas. Em nível militar, os benefícios aos policiais voltam-se contra a reações adversas que desencadeiem reação anormal ao serviço. Buscou-se analisar os benefícios proporcionados pelo programa de GL para policiais militares (PM) em função administrativa entre os anos de 2008 e 2010. Resultados de questionário constantes em fichas de 18 militares dos anos de 2008 e 18 do ano de 2010, de banco de dados da Seção de Educação Física da Polícia Militar, mostraram mudanças como melhoramento da sua vida profissional e pessoal, com o despertar da motivação para prática de atividades físicas e aquisição de condição corporal saudável, relevando à GL a diminuição da carga do estresse laboral, com melhora no relacionamento e tempo de convívio familiar. Indicou a necessidade da prática da GL por policiais militares que executam serviços operacionais e houve mudança expressiva no relacionamento interpessoal, aumento da disposição para execução das atividades diárias e moderação nas dores corporais, com correção postural. Concluiu-se que os PM perceberam a importância da prática da GL como fator de melhora no cotidiano. Palavras-chave: ginástica laboral, polícia militar, atividade administrativa, benefícios.

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LISTA DE TABELAS TABELA 1 - PERCEPÇÃO NA MUDANÇA DO RITMO DE TRABALHO..................33 TABELA 2 - MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO.......................34 TABELA 3 - DISPOSIÇÃO AO TRABALHO APÓS SESSÃO DE GL........................35 TABELA 4 - QUEIXA DE DOR NA REGIÃO LOMBAR, OMBROS, BRAÇOS, PUNHO

OU PERNA.................................................................................................................36

TABELA 5 - REGIÕES QUE PERMANECERAM DOLORIDAS DURANTE A GL....37 TABELA 6 - PERIODICIDADE SEMANAL DA APLICAÇÃO DA GL..........................37 TABELA 7 – EXERCÍCIOS ELEGIDOS PELOS PMS PARA A INCREMENTAÇÃO DA GL.........................................................................................................................38 TABELA 8 - LOCAL DE PREFERÊNCIA PARA APLICAÇÃO DA GL.......................39 TABELA 9 - INTEGRAÇÃO DO GRUPO PARTICIPANTE EM RAZÃO DA PRÁTICA DA GL.........................................................................................................................39 TABELA 10 - MUDANÇA DE VIDA DECORRENTE DO PROGRAMA DA GL NOS ANOS DE 2008 E 2010..............................................................................................40

.

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - GINÁSTICA LABORAL NO QUARTEL DO COMANDO GERAL (QCG)

EM CURITIBA............................................................................................................28

FIGURA 2 - GINÁSTICA LABORAL NO QUARTEL DO COMANDO GERAL (QCG)

EM CURITIBA............................................................................................................29

FIGURA 3 - COMPARAÇÃO DO PERCENTUAL NA PERCEPÇÃO NA MUDANÇA

DO RITMO DE TRABALHO ENTRE 2008 E 2010.....................................................33

FIGURA 4 - COMPARAÇÃO DO PERCENTUAL NA PERCEPÇÃO NA MUDANÇA

DO RITMO DE TRABALHO ENTRE 2008 E 2010.....................................................34

FIGURA 5 - COMPARAÇÃO DA DISPOSIÇÃO AO TRABALHO APÓS SESSÃO DE

GL NOS ANOS DE 2008 E 2010...............................................................................35

FIGURA 6 - COMPARAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DE QUEIXAS DE DORES

ANTES DA APLICAÇÃO DA GL NOS ANOS DE 2008 E 2010.................................36

FIGURA 7 - COMPARAÇÃO DAS REGIÕES QUE PERMANECERAM COM ALGIAS

DURANTE A APLICAÇÃO DA GL NOS ANOS DE 2001 E 2010..............................37

FIGUR A 8 - RELAÇÃO DA PERIODICIDADE SEMANAL PARA A APLICAÇÃO DA

GL...............................................................................................................................37

FIGURA 9 - DIVISÃO DOS EXERCÍCIOS ELEGIDOS PELOS PMS NA

INCREMENTAÇÃO DA GL........................................................................................38

FIGURA 10 - DIVISÃO DO LOCAL PARA REALIZAÇÃO DA GL DE ACORDO COM

A OPINIÃO DOS PMS................................................................................................39

FIGURA 11 - DIVISÃO DA OPINIÃO SOBRE A UNIÃO DOS COMPONENTES DO

SETOR QUE PRATICA A GL.....................................................................................39

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FIGURA 12 - OPINIÕES MANIFESTADAS PELOS PMS EM RELAÇÃO A

MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA DECORRENTE DA GL NOS ANOS DE 2008 E

2010............................................................................................................................40

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 DIVISÃO DE UM PROGRAMA DE GL EM EMPRESA..........................22 QUADRO 2 DIFERENÇA ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E GINÁSTICA LABORAL..25

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NOMENCLATURA DORT – DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO GL – GINÁSTICA LABORAL LER – LESÕES POR ESFORÇO REPETIVO

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................11

1.1 PROBLEMA..........................................................................................................15

1.2 OBJETIVOS.........................................................................................................15

1.2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................15

1.2.2 OBJETIVO ESPECIFICO................................................................................ .15

2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................16

2.1 BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA LABORAL................................................16

2.2 OBJETIVOS DA GINASTICA LABORAL.............................................................19

2.3 BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL...........................................................21

2.4 TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL......................................................................23

2.5 DISTINÇÃO ENTRE GINÁSTICA LABORAL E ATIVIDADE FISICA..................24

2.6 GINÁSTICA LABORAL APLICADA A TRABALHADORES QUE OCUPAM

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA.....................................................................................25

2.7 GINÁSTICA LABORAL NO AMBIENTE ADMINITRATIVO MILITAR..................27

3. METODOLOGIA..................................................................................................31

3.1 TIPO DE ESTUDO...............................................................................................31

3.2 AMOSTRA............................................................................................................31

3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO.........................................................31

3.3.1 CRITERIOS DE INCLUSÃO..............................................................................31

3.3.2 CRITERIOS DE EXCLUSÃO............................................................................32

3.4 PROCEDIMENTOS DA COLETA........................................................................32

4. RESULTADO E DISCUSSÃO...............................................................................33

4.1 RESULTADOS.....................................................................................................33

4.2.1 PERGUNTA 01..................................................................................................33

4.2.2 PERGUNTA 02..................................................................................................34

4.2.3 PERGUNTA 03..................................................................................................35

4.2.4 PERGUNTA 04..................................................................................................36

4.2.5 PERGUNTA 05..................................................................................................36

4.2.6 PERGUNTA 06..................................................................................................37

4.2.7 PERGUNTA 07..................................................................................................38

4.2.8 PERGUNTA 08..................................................................................................39

4.2.9 PERGUNTA 09..................................................................................................39

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4.2.10 PERGUNTA 10...............................................................................................40

4.3 O PROGRAMA ................................................................................................40

5. CONCLUSÃO........................................................................................................43 REFERÊNCIAS.........................................................................................................45

ANEXOS

APÊNDICES

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1. INTRODUÇÃO

A Ginástica Laboral (GL) é um tema que vem ganhando espaço nos estudos

acadêmicos pela sua importância no âmbito da saúde, principalmente nos ambientes

onde os trabalhadores exercem suas funções de forma repetitiva. A mídia divulga

constantemente matérias a respeito dos programas de promoção de saúde e

qualidade de vida em diferentes ambientes de trabalho visando informar estratégias

para a manutenção e a prevenção da saúde dos trabalhadores (RODRIGUES, 2009,

p. 54).

Nas últimas décadas o mundo vem sofrendo várias transformações, dentre

elas encontramos as tecnológicas, que trazem facilidades e benefícios para a

sociedade. Entretanto, por outro lado, as mesmas transformações podem acarretar

complicações aos seres humanos com novas situações de trabalho e o excesso de

atividades, que trazem como conseqüência a falta de tempo e o stress do dia-a-dia,

que culmina por modificar também os hábitos de vida dos indivíduos trazendo

consigo o sedentarismo, má alimentação e alterações psicológicas (RODRIGUES,

2009, p. 54).

De acordo com LIMA (2004) temos o conceito de GL como:

“a prática de exercícios, realizada coletivamente, durante a jornada de trabalho, prescrita de acordo com a função exercida pelo trabalhador, tendo como finalidade a prevenção de doenças ocupacionais, promovendo o bem-estar individual, por intermédio da consciência corporal: conhecer, respeitar, amar e estimular o seu próprio corpo (LIMA, 2004, p. 12)”.

De forma concomitante, Figueiredo (2005, p.38-42) cita que a GL consiste

em atividades voltadas à prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e

dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (D.O.R.T.), patologias

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estas que acometem muitos trabalhadores, afastando-os da sua atividade de

trabalho.

A D.O.R.T, enquanto doença ocupacional é decorrente de transtornos

funcionais, mecânicos e de possíveis lesões de músculos, tendões, fáscias, de

nervos, bolsas articulares e/ou de pontas ósseas nos membros superiores, este

ocasionado pela utilização biomecanicamente incorreta dos membros superiores,

que resultam em fadiga, queda da performance no trabalho, incapacidade

temporária e, conforme o caso, podem evoluir para uma síndrome dolorosa crônica

que, nessa fase agravada por todos os fatores psíquicos (inerentes ao trabalho ou

não), capazes de reduzir o limiar de sensibilidade dolorosa do indivíduo. Esses

distúrbios atingem, atualmente, trabalhadores de diversas áreas e, especialistas em

medicina do trabalho, estimam que 5% a 10% dos digitadores são portadores de

LER/DORT. Na França, este já é o maior motivo de afastamento do trabalho e de

comprometimento da produtividade (MARTINS; DUARTE, 2000 p. 08). Nesse estudo

os autores citaram que a D.O.R.T costuma manifestar-se em trabalhadores que

utilizam microcomputadores acima de quatro horas diárias por, em média, dez anos.

Os digitadores (principal função realizada pelo sujeito desta pesquisa) foram os

primeiros trabalhadores a fazerem parte do grupo de risco de desenvolvimento dos

D.O.R.T., pela existência dos seguintes fatores: repetitividade, postura inadequada e

o uso de teclados excessivamente duros, obrigando os trabalhadores a dispensarem

muita força nas mãos, ocasionando lesões (MARTINS; DUARTE, 2000, p. 08).

No estudo supracitado a D.O.R.T. sofre evolução rapidamente e podem

apresentar como sinais e sintomas fadiga fraqueza muscular, falta de resistência,

tremores, sensação de peso, falta de coordenação, dormência dos membros, dor ou

irritação dos membros afetados, entorpecimento, formigamento ou perda de

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sensação, inabilidade ao manusear objetos, dificuldade ao abrir e/ou fechar as

mãos, articulações enrijecidas, dores ou dormência nas mãos e punhos ao acordar e

no decorrer da manhã, mãos freqüentemente frias, prejudicando a funcionabilidade

dos trabalhadores.

Essas alterações ocorridas no organismo e no ambiente ocupacional

associadas à cobrança por produtividade nas empresas fazem com que os

trabalhadores exijam mais que o corpo possa resistir, trazendo problemas antes

pouco observados no ambiente ocupacional (RODRIGUES, 2009, p. 54).

A execução da atividade de GL ficou especificamente atribuída aos

profissionais da área da saúde, designadamente ao professor de Educação Física,

e regulamentada a partir de normativa do trabalho que obriga a GL em locais de

trabalho que podem ocasionar diferentes tipos de lesões. Além dos movimentos

atuais pró laboral, que impactou nas normas de segurança e saúde no trabalho, a

NR-32, relativa à “Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde”

(BRASIL, 2008, p. 496), tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a

implantação de medidas de proteção à segurança e a saúde dos trabalhadores dos

serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e

assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR, entende-se por

serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à

saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência,

pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. Alguns dos

benefícios são facilmente identificados, como a melhoria na respiração que

favorece uma melhor oxigenação e circulação sangüínea e o alongamento

muscular; além, claro dos momentos de descontração entre os funcionários e a

equiparação humana e profissional durante os exercícios.

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Segundo Lima (2004) a GL se destaca como atividade de auxilio a

prevenção de lesões no ambiente de trabalho, visa melhorar a flexibilidade e a

mobilidade articular, diminuindo a fadiga decorrente da tensão e da repetitividade

que acometem tendões, músculos, fáscias e nervos, beneficiando a postura do

individuo diante do posto e sua rotina de trabalho (REGO, 2003, p.06).

Sabe-se que o trabalho de prevenção a partir da GL tem mostrado

resultados expressivos na qualidade de vida do trabalhador. Portanto, esta

pesquisa justifica-se na intenção de analisar os benefícios da GL para policiais

militares que ocupam função administrativa no período de 2008 e 2010.

Acresce-se que, como forma de prevenir ou reduzir os efeitos negativos da

falta de mobilidade corporal, muitas empresas já adotam a GL, associada à correta

adequação ergonômica correta (DOMBOROWSKI, 2010, p.194).

Dejours (1992) comenta que, quando o homem é condicionado ao

comportamento produtivo pela organização do trabalho, acaba por adotar o mesmo

comportamento fora dele, ou seja, são muitos empregados que mantém um

programa de tempo livre onde as atividades e o repouso são cronometrados. Nesse

sentido, segundo Florindo (1988) a implantação de um programa de pratica regular

de exercícios físicos no ambiente do trabalho poderia ser uma alternativa para os

trabalhadores que não possuem tempo disponível para à pratica de atividades

físicas (LIMA, 2004, p.2).

Na perspectiva de alertar e prevenir as causas advindas das doenças

ocupacionais, durante o expediente administrativo da Polícia Militar do Paraná,

buscou-se a implementação do programa de GL como prevenção e promoção da

saúde física e mental desses profissionais.

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1.1 PROBLEMA

O Programa de Ginástica Laboral, desenvolvido no ambiente do setor

administrativo da Policia Militar do Estado do Paraná, no período de 2008 a 2010,

atendeu as necessidades dos militares em questão?

1.2 OBJETIVOS

Visando resolver o problema proposto enunciaram-se os objetivos que

seguem.

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar os benefícios proporcionados pelo programa de ginástica laboral

para policiais militares em função administrativa entre os anos de 2008 e 2010.

1.2.2 Objetivos Específicos

a) analisar o questionário de percepção da ginástica laboral aplicado em

policiais militares que ocupavam função administrativa no ano de 2008;

b) analisar o questionário de percepção da ginástica laboral aplicado em

policiais militares que ocupavam função administrativa no ano de 2010;

c) comparar as respostas levantadas nos períodos considerados.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 BREVE HISTÓRICO DA GINÁSTICA LABORAL

Para Baú (2002), a Ginástica Laboral (GL) é uma seqüência de exercícios

diários que visam normalizar as capacidades funcionais corporais para o

desenvolvimento do trabalho, diminuindo a possibilidade de comprometimentos da

integridade do corpo (RODRIGUES, 2009, p. 55).

A GL não é uma atividade física recente. Há relatos deste tipo de atividade

desde 1925, na Polônia onde é chamada de “ginástica de pausa” a mesma é

destinada a operários (POLITO; BERGAMASCHI, 2003, p. 06), cujo exemplo foi

seguido por holandeses e russa, após alguns anos (MARTINS, 2000, p.08).

Entretanto, a GL realmente se desenvolveu no Japão onde desde 1928 os

funcionários dos correios freqüentam sessões de ginástica diariamente, visando à

descontração e o cultivo da saúde (POLITO; BERGAMASCHI, 2002, p.06).

A grande aceitação e a difusão da GL no Japão foi devido à adaptação de

um programa de rádio, a Rádio Taissô, que consistia em exercícios específicos e

rítmicos acompanhados por música própria, sendo realizada pela manhã

diariamente, transmitida por pessoas especialmente preparadas e praticada nas

fábricas, ambientes de trabalho e residências (RODRIGUES, 2009, p. 54).

No Brasil, a GL iniciou-se no ano de 1969, conduzida por executivos

japoneses na empresa ISHIBRÀS, conforme depoimento de funcionário da empresa

(FIGUEREDO, 2005, p.66).

Após um período de resistência por parte dos empresários brasileiros

(temendo não ter lucro com este investimento), a GL vem adentrando no ambiente

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de trabalho desde 1973, onde o ganho é tanto do empregado quanto do patrão.

Apesar do empresário indiscutivelmente lucrar com a diminuição do absenteísmo e

aumento da produtividade, é o empregado que sentem, “na pele”, os inúmeros

benefícios desta atividade, promovendo sua qualidade de vida, inclusive tornando-o

mais consciente de seus direitos (MARTINS, 2000, p.08).

De acordo com Rego (2003, p.06) na década de 70, a Federação de

Estabelecimento de Ensino Superior (FEEVALE), em Novo Hamburgo (RS), através

da Escola de Educação Física, publicou uma proposta de exercícios baseados em

análises biomecânicas, “Educação Física Compensatória e Recreação”. Em 1979, a

mesma entidade elaborou e executou o projeto de GL em parceria com o Serviço

Social da Indústria (SESI). Em 1999 a Escola de Educação Física da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul criou o curso que visa preparar alunos e profissionais

para esta área de atuação (LIMA, 2004, p.5).

No Brasil o termo LER (lesões por esforço repetitivo) foi utilizado a partir da

década de 80, atribuído a um tenosinovite ocupacional, ou doença das lavadeiras

(Reis, apud Figueiredo e Mon’Alvão, 2008), e eram doenças que até então, somente

apontadas a trabalhadores da indústria e digitadores. Helfeinstein Junior (apud

Figueiredo e Mon’Alvão, 2008) criticou o termo LER por reportar-se somente aos

movimentos repetitivos como fatores casuais das lesões, por não envolver

atividades nas quais possa ocorrer uma sobrecarga muscular estática por períodos

prolongados de tempo e por não englobar o excesso de força sobre a estrutura

muscular para a manutenção de determinadas posturas, ao executar as atividades

laborais cotidianas (PEREIRA, 2010, p.1).

Segundo Cunha et al. (1992) a LER foi admitida como doenças ocupacionais

pela portaria 4062 do INSS em 06 de agosto de 1987 pelo Instituto de Seguridade

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Social. Posteriormente, na década de 1990, foi introduzido no Brasil o termo

Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (D.O.R.T.).

Koltiarenko (2005) define D.O.R.T. como:

“qualquer distúrbio que esteja relacionado ao trabalho, independente do segmento afetado, sendo definidos como transtornos funcionais, mecânicos e lesões de músculos, tendões e fáscias, bolsas articulares e extremidades ósseas, ocasionados pela utilização biomecânica incorreta dos membros” (PEREIRA, 2010, p. 01)

Com o advento da industrialização e tecnologia, a demanda da atividade

física no trabalho tem diminuído. O resultado tem sido a criação de ocupações que

ameaçam os trabalhadores, com altos níveis de estresse e baixos níveis de

atividade física. Os empresários têm tentado solucionar o problema implementando

programas de exercícios esportivos para os empregados (HOFFMAN; HARRIS,

2002, p. 58).

De acordo com Maciel (2010) em virtude da crescente demanda e

importância da GL, foi criada uma entidade específica que vem trabalhando para

promover uma maior valorização e profissionalismo, a Associação Brasileira de

Ginástica Laboral (ABGL). Essa entidade vem atuando junto aos Conselhos

Regionais de Educação Física, bem como a Sociedade Civil e Instituições de Ensino

Superior, discutindo as normas e legislações referentes á área, oferecendo suporte

aos profissionais de Educação Física, e também, procurando fortalecer este campo

profissional.

No contexto empresarial, há uma constante preocupação com a diminuição

das DORT e, conseqüentemente, com a promoção da saúde, que significa

disponibilizar aos colaboradores recursos para que possam modificar

comportamentos, adotando atitudes favoráveis em relação à saúde, bem como nos

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diferentes aspectos da vida cotidiana. A GL se insere nesse contexto como um dos

instrumentos de promoção da qualidade de vida do trabalhador estando, de acordo

com Rosa e Pilatti (2006) estreitamente relacionada à satisfação dos trabalhadores

quanto a sua capacidade produtiva no ambiente de trabalho. As iniciativas de

qualidade de vida no trabalho têm dois objetivos: do lado do empregador, consiste

em aumentar a produtividade e o desempenho do funcionário; do lado do

funcionário, consiste em aumentar sua satisfação com o trabalho (PEREIRA, 2010,

p.2).

2.2 OBJETIVOS DA GINÁSTICA LABORAL

O Conselho Federal de Educação Física - CONFEF (2007) define a GL

como:

“é a prática de atividade física, durante intervalos na jornada de trabalho, composta de exercícios de compensação aos movimentos corporais repetitivos, próprios das ações laborais e as posturas inadequadas assumidas durante o período de trabalho, promovendo o bem-estar do trabalhador, reduzindo índices de estresse no ambiente de trabalho e dinamizando as relações interpessoais, contribuindo para o fortalecimento do espírito de grupo e da identidade da empresa” (CONFEF, 2007).

De acordo com Sharcow (apud CAÑETE 1996) o ser humano nasceu para

movimentos globais e as condições de trabalho atuais, com alta repetitiva e

monotonia, limitam a natureza humana. Para tentar amenizar este problema,

empresas lançam mão da GL. Essa atividade pode colaborar com o processo de

maior mobilidade, no sentido do desenvolvimento e evolução dos indivíduos e

organizações, dependendo da competência, grau de conscientização e postura ética

adotada pelos profissionais que a conduzem. Disto dependerá, também, sua

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afirmação e valorização como um importante instrumento de educação, prevenção e

manutenção da saúde dos trabalhadores (POLITO; BERGAMASCHI, 2003, p.29).

As atividades na sua totalidade visam promover o bem-estar dos praticantes,

desenvolvendo e aprimorando as qualidades físicas, prevenindo lesões

ocupacionais e melhorando o rendimento no trabalho através da conscientização

corporal, despertando nos colaboradores a importância da prática do exercício físico

(POLITO; BERGAMASCHI, 2003; ZUCCO, 2002).

Vitall (2008, p.18) refere aos objetivos da GL como meios de promoção da

saúde, a melhoria das condições de trabalho, a melhor qualidade de vida, o melhor

preparo bio-psico-social, o melhor relacionamento interpessoal, e reduzir os

acidentes de trabalho e as LER/DORT, além de proporcionar o aumento da

produtividade com qualidade. Pode-se, assim, creditar que a GL visa o

desenvolvimento, por meio de exercícios físicos, das qualidades físicas com as

quais favoreça-se melhor rendimento laboral, maior benefício para a empresa, bem

como proporcionar a compensação orgânica e estrutural do corpo humano,

refletindo nas melhores condições de saúde do trabalhador. A estas considerações,

Lima (2004) afirma que a GL apresenta como objetivo promover adaptações

fisiológicas através de estímulos para o aumento das temperaturas corporais,

teciduais, da circulação sangüínea durante a realização dos exercícios, psíquicas

através da preocupação da empresa com o funcionário, alterações na rotina de

trabalho e interação dos indivíduos entre colegas e com superiores, e físicas com a

melhora da flexibilidade, mobilidade articular e posturas mais adequadas, todos eles

por meio de exercícios dirigidos e realizados adequadamente (POLITO;

BERGAMASCHI, 2003).

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2.3 BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL

Os programas de prevenção laboral, dentre eles, a GL tem crescido muito no

Brasil nos últimos anos. Polito e Bergamaschi (2003) afirmam que a GL é uma das

ferramentas mais utilizadas nos grupos em que a atuação coletiva é possível,

embora não seja a única solução para os problemas das empresas.

Os benefícios promovidos pela GL tanto para o trabalhador quanto para a

empresa, são inúmeros: prevenção de L.E.R/ D.O.R.T, busca a eficiência e saúde

músculo-esquelética, redução dos riscos ambientais, redução do estresse e

interesse conjunto da empresa e dos funcionários em melhorias da qualidade de

vida (POLITO; BERGAMASCHI, 2003, p. 31), e também favorecendo o

relacionamento social e o trabalho em equipe, desenvolvendo a consciência

corporal, pois as esferas psicológica e social são beneficiadas com a prática da

atividade física regular e bem orientada.

Corroborando Nahas (2001) cita que as atividades físicas destinadas a

manter o bom estado funcional do organismo contribuem também para valorizar e

socializar as pessoas, valores estes desprezados pelos ritmos de vida. Carvalho

(2003) apresenta um entendimento similar ao citar que o colaborador percebe uma

maior motivação por novas rotinas, melhora o equilíbrio biopsicológico, melhora da

auto-estima e auto-imagem, combate às tensões emocionais, desenvolvimento da

consciência corporal, além da melhora da atenção e concentração nas atividades

desempenhadas (REGO, 2003, p.08).

Bulsing (1998) acrescenta a liberação de movimentos bloqueados por

tensões emocionais, obtendo a sensação de um corpo mais relaxado, melhora na

coordenação motora dos funcionários, reduzindo, assim, gasto com energia para

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execução das suas tarefas diárias, aumento da flexibilidade, ativação do aparelho

circulatório, preparação do corpo para atividade muscular, proporcionando o bem

estar físico e mental.

A GL quando orientada diretamente pelo professor de educação física, reduz

significativamente às dores nas costas, de cabeça, nos ombros e pescoço, nos

membros superiores e inferiores (MILITÃO, 2001), além de diminuir, também, o

desânimo, a falta de disposição, insônia e irritabilidade (DOMBOROWSKI, 2010, p.

204), aumentando a sensação de autonomia e de eficácia pessoal, assim como de

autoconfiança, gerando maior motivação e energia para enfrentar os desafios do dia

a dia (GUIMARÃES, 2009, p. 4).

A prática da GL causa liberação de movimentos bloqueados por tensões

emocionais, obtendo a sensação de um corpo relaxado, melhora a coordenação

motora, reduzindo, assim, o gasto de energia para executar as tarefas diárias,

aumenta a flexibilidade, ativa o aparelho circulatório e desenvolve a consciência

corporal (GUIMARÃES, 2009, p. 4), além do favorecimento em termos laborais,

como a melhora do desempenho no trabalho e fora dele decorrente da melhora do

metabolismo em geral; redução dos acidentes de trabalho; redução do absenteísmo

e da procura ambulatorial (BAÚ, 2002), e o aumento da produtividade

(RODRIGUES, 2009, p. 55).

Cita Carvalho (2003) que os benefícios correspondem diretamente ao tipo de

trabalho realizado. A maior parte dos exercícios tente diminuir o efeito da solicitação

constante que é submetido o colaborador ao executar determinada tarefa, seja física

ou não. A diminuição dos problemas de saúde dos colaboradores é um sinônimo de

aumento da produtividade na empresa. O mesmo autor relata como um dos

principais benefícios para as empresas à diminuição da ocorrência de ausências em

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dias de trabalho por motivos médicos e também a diminuição dos acidentes de

trabalho (REGO, 2003 p.10).

2.4 TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL

A GL pode ser dividida ou classificada de acordo com os objetivos a serem

alcançados ou direcionados para uma atividade especifica do exercício laboral.

Dependerá do exercício de determinada função ou setor da empresa, onde há um

grande contingente de funcionários, como por exemplo, de escritórios,

almoxarifados, serviços gerais, motoristas, seguranças, entre outros.

Cada caso deverá ser analisado pelo profissional da GL para atender as

necessidades de cada trabalhador e suas particularidades do labor, pela elaboração

de exercícios direcionados e específicos do grupo muscular envolvido. A GL pode

ser preparatória e compensatória consistindo em exercícios específicos, realizado no

próprio local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica. Leve e de curta

duração, a GL visa a diminuir o número de acidentes de trabalho, prevenir a fadiga

muscular, corrigir vícios posturais, aumentar a disposição do funcionário, ao iniciar e

retornar ao trabalho, promover maior integração no ambiente de trabalho (MARTINS,

2000, p.9).

Um programa de GL é dividido em três momentos distintos durante a jornada

de trabalho de uma empresa (FIGUEIREDO, 2005, p. 71), e é fundamental

importância conhecê-los para uma eficácia aplicabilidade (QUADRO 1):

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Quadro 1: Divisão de um programa de GL em empresa

Ginástica de Aquecimento ou

Preparatória

aquela realizada antes da jornada de trabalho e tem como objetivo principal preparar o indivíduo para o inicio do trabalho, aquecendo os grupos musculares que serão solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que se sintam mais dispostos. Atua prevenindo acidentes, distensões musculares, patologias ocupacionais, proporciona melhores condições físicas e mentais ao trabalhador, pois o prepara para reagirem aos estímulos externos com reações mais adequadas para suas execuções ocupacionais, principalmente quando há risco de erro, de acidente.

Ginástica de

Pausa ou Compensatória

praticada no meio do expediente e tem como objetivo aliviar as tensões, fortalecer os músculos do trabalhador, além de interromper a monotonia operacional, e acima de tudo, promover exercícios específicos de compensação para esforços repetitivos, estruturas sobrecarregadas e posturas solicitadas nos postos de trabalho.

Ginástica de Relaxamento

praticada no final ou após o expediente de trabalho e tem como objetivo proporcionar o relaxamento muscular e mental dos trabalhadores.

Fonte: FIGUEIREDO (2005, p. 71).

2.5 DISTINÇÕES ENTRE GINÁSTICA LABORAL E ATIVIDADE FÍSICA

Ainda que ambas as atividades sejam no sentido comum AF, elas têm

intenções conceituais diversas (QUADRO 2).

Para Campos (2002, p.37) a atividade física é toda e qualquer atividade

humana que tenha movimento corporal independente de sua intenção. Powers e

Howley (2000, p.497), afirma que atividade física caracteriza todos os tipos de

movimento humano, sendo associada à vida, ao trabalho, ao lazer e ao exercício

(COSTA, 2008, p.3).

Guimarães e Santos (2009, p.4) relatam que a GL consiste em exercícios

físicos específicos realizados, coletivamente, no próprio ambiente de trabalho,

prescrito de acordo com a função exercida pelo trabalhador, com finalidade

preventiva e, algumas vezes, terapêutica, sem levar o trabalhador ao cansaço.

Corroborando Polito e Bergamaschi (2003,p.29) citam que a GL constitui-se de

séries de exercícios diários realizados no local de trabalho, que visam atuar na

prevenção de lesões ocasionadas pelo trabalho, normalizar as funções corporais e

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proporcionar aos funcionários um momento de descontração e sociabilização,

durante a jornada.

Quadro 2: Diferença entre a ginástica laboral e a atividade física. ITENS GINÁSTICA LABORAL ATIVIDADE FÍSICA

Objetivo Promover o bem-estar do trabalhador, reduzindo índice de estresse no ambiente de trabalho e dinamizando as relações interpessoais, contribuindo para o fortalecimento do espírito de grupo, da identidade da empresa e dos seus serviços. (CREF/SC, 2004)

Recurso fundamental no processo preventivo de doenças, melhora dos níveis de aptidão física, diminuição nos Percentuais de gordura corporal, manutenção das capacidades funcionais. (JUNIOR, 2008, p. 66).

Tipo Alongamento e a compensação das estruturas musculares envolvidas nas tarefas ocupacionais diárias( DOMBOROWSKI, 2010, p. 203).

Qualquer movimento corporal com gasto energético acima do dos níveis normais de repouso, incluindo atividades diárias como se banhar; vestir-se; as atividades de trabalho; como andar; carregar; e as atividades de lazer, como se exercitar; praticar esportes; dançar, etc (ARAÚJO, 2000, p.02).

Regularidade Tempo

Sessões de 05 (cinco) a 15 (quinze) minutos diários. (OLIVEIRA, 2002, p.47).

Parte aeróbia do exercício deve ser feita, se possível, todos os dias de 30 a 40 minutos. (CARVALHO, 1996, p.80).

Benefícios Combate e previne as LER/DORT, sedentarismo, estresse, depressão e ansiedade. Melhora a flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e resistência promovendo uma maior mobilidade e postura. Reduz a sensação de fadiga no final da jornada, contribui para melhor qualidade de vida. Favorece o relacionamento social e o trabalho em equipe, desenvolve a consciência corporal (DOMBOROSWSKI, 2010, p. 205).

Prevenção de doenças; manutenção ou melhoria da capacidade funcional e das capacidades físicas; melhora dos níveis de aptidão física; auxílio no controle do peso corporal; auxílio no desenvolvimento e manutenção dos ossos, músculos e articulações saudáveis; manutenção da força muscular e do equilíbrio; proporciona maior socialização; promove o bem-estar psicológico e a auto-estima. (JUNIOR, 2008, p. 65).

2.6 GINÁSTICA LABORAL APLICADA A TRABALHADORES EM FUNÇÃO

ADMINISTRATIVA

De acordo com Martins (2000, p. 08), entre os trabalhadores de escritório, os

usuários de computador parecem ter mais queixas físicas, relacionadas às suas

ocupações. Em pesquisas publicadas tendo como amostra usuários de computador,

aproximadamente 33% informaram problemas de saúde: região lombar, pescoço e

dor no ombro responderam por 66% das reclamações, enquanto mais de 50% de

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tensão nos olhos e aproximadamente 15% informou sobre problemas nos cotovelos

e danos nos braços, atribuído a movimentos repetitivos. O mesmo autor afirma que

a necessidade de aplicação de sessões de GL deve ser de três a cinco vezes por

semana a trabalhadores que exercem função administrativa, se faz necessário

devido à probabilidade do aparecimento das chamadas doenças ocupacionais como

a L.E.R. e D.O.R.T.

Para Pegatin et al. (2007), as empresas devem proporcionar os meios

necessários para melhoria das condições de trabalho, uma vez que o foco

preventivo continua a ser a melhoria da saúde dos funcionários e por conseqüência

da empresa.

Esta atividade justifica-se pelo fato de o desempenho/rendimento do

trabalhador não ser constante. No inicio da jornada de trabalho, o organismo

começa a, progressivamente, adaptar seus processos fisiológicos ás exigências do

trabalho. Em seguida ao período de adaptação inicial, o homem atinge seu ápice de

rendimento, cuja duração é de aproximadamente duas horas. Após tal período,

devido à fadiga ou cansaço, o desempenho do trabalhador começa a decrescer. É

comprovado, cientificamente, que pausas realizadas no inicio desses momentos de

baixo rendimento tornam viável o retorno dos sintomas “improdutivos”, estabilizando,

por conseguinte, o desempenho do trabalhador em um nível satisfatório (MARTINS,

2000, p.09).

De acordo com Mota et al. (2002) e Rego (2003, p.11) a integração

proporcionada pela prática da atividade física faz com que o grupo de trabalhadores

desenvolva um grande espírito de equipe e disciplina e, individualmente, proporciona

a quebra da timidez e a elevação da auto-estima, propiciando ainda na diminuição

do absenteísmo e a estimulação do sentido de liderança.

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Para Rocha apud Resende, Tedeschi, Bethônico e Martins (2007) a maior

parte dos colaboradores que participa de um programa de GL apresenta melhora de

dores nas costas, dores musculares e cansaço. Longen apud Diniz, Carvalho,

Lemos e Toscano (2008) observou em seu estudo, que dos 27 indivíduos

submetidos ao programa de GL durante três meses, apenas 6, durante a pesquisa,

queixaram-se de dores no serviço de saúde de uma empresa do ramo alimentícios

de Curitiba. Ao final das sessões de GL, após 2 anos, os registros no serviço de

saúde, deste mesmo grupo não passaram de 18 eventos. Barbosa, Tommaso e

Vilela apud Diniz, Carvalho, Lemos e Toscano (2008) relatam que boas orientações

durante a atividade profissional, exercícios específicos, alongamentos e relaxamento

são extrema importância no contexto geral da saúde do trabalhador (PEREIRA,

2010, p. 04).

2.7 A GINÁSTICA LABORAL NO AMBIENTE ADMINISTRATIVO MILITAR

São inúmeros os benefícios aos policiais militares que participam da GL,

sendo o principal aliviar o estresse, enquanto resposta emocional a um estímulo

externo após sofrer uma pressão interna ou externa durante o desempenho do

trabalho, e que exige um autocontrole do profissional para que não desencadeie

uma reação anormal ao serviço. Outras mudanças no estilo de vida dos praticantes

de GL são o aumento do bem-estar, aumento da freqüência dos exercícios e

melhora da postura entre outros (SANTOS, 2009). A GL estimula o retorno à,

esquecidas ou desmotivadas pela sobrecarga que o trabalho exige, pelas

preocupações diárias, ligadas a profissão, família, finanças, saúde e etc., fatos

estes importantes no âmbito militar (SANTOS, 2009).

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De igual a quando se implanta um programa de GL numa empresa, no

aquartelamento envolve-se a coletividade, o que o propicia, além dos benefícios

físicos em si (respiração, alongamento, muscular, melhor oxigenação e circulação

sanguínea), momentos de descontração, e um desligamento momentâneo dos

problemas do trabalho (FIGUEIREDO, 2005, p.75). O mesmo autor relata que a GL

é uma pausa em que, apesar dos cargos exercidos, para os militares nestes

momentos “todos são iguais”: seres humanos em busca de bem-estar, saúde e

qualidade de vida no trabalho. Independente de suas funções e postos, ali naquele

momento, todos irão se relacionar, praticar exercícios, cooperar mútua, conhecer

suas necessidades e limitações.

E tal como pesquisas que estudaram os benefícios do exercício físico, no

local de trabalho e programas de saúde, e que mostram acréscimos de 1% a 2% na

massa corporal, em períodos de oito a doze semanas, sendo que, nos mais

eficazes, os decréscimos foram de 3% a 6% e persistiram por três anos, são fatos

pretendidos quando da GL com militares. Alguns fatores que contribuem para tal

desempenho, dentre outros, é a participação regular e supervisionada,

acompanhada da duração e intensidade adequada, a associação a dietas

alimentares e o aconselhamento individual. Os melhores resultados, referentes à

diminuição da gordura corporal, nos estudos relacionados foram obtidos através da

combinação entre exercício e dietas alimentares, onde a gordura corporal diminuiu

de 20% a 24%, em períodos maiores que doze semanas, tais resultados foram tão

expressivos por contarem tanto com os participantes que se exercitavam no local de

trabalho, quanto com os que inclusive faziam atividades físicas, fora do local de

trabalho (MARTINS, 2000, p.10).

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Figura 1: Ginástica laboral no Quartel do Comando Geral (QCG) em Curitiba Fonte: http://www.policiamilitar.pr.gov.br

Figura 2: Ginástica laboral na cadeira no Quartel do Comando Geral (QCG) em Curitiba Fonte: http://www.policiamilitar.pr.gov.br

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3. METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Este estudo caracteriza-se como pesquisa descritiva de cunho comparativo.

As análises dos resultados serão interpretadas de forma quantitativa na mensuração

dos resultados, e qualitativa na interpretação dos resultados obtidos a partir de

Questionário Avaliativo.

3.2 AMOSTRA

O estudo foi desenvolvido em um setor administrativo do Quartel do

Comando Geral (QCG) em Curitiba. Foram participantes da pesquisa questionários

(ANEXO A) inseridos no banco de dados da Seção de Educação Física da Policia

Militar (SEFID) respondidos por militares de ambos os sexos, atuantes na área

administrativa.

3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

3.3.1 Critério de Inclusão

a) militares que tenham atuado na área administrativa nos anos de 2008 a

2010;

b) que executarem, no período, um tempo exclusivo na área administrativa;

c) que não continham a identificação do participante;

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3.3.2 Critério de Exclusão

a) terem sido deslocados, a qualquer tempo, de suas funções para outras

que as estabelecidas pelo regimento militar;

b) questionários incompletos ou rasurados.

A partir dos critérios elencados, 18 (dezoito) questionários de cada um dos

anos estudados foram selecionados.

3.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Após contato com o setor responsável e o recebimento do Termo de

Consentimento para autorização de uso do banco de dados por parte do Chefe do

SEFID/PMPR (ANEXO A), iniciou-se à separação e análise dos questionários que

fizeram parte da pesquisa de acordo com os critérios de inclusão e exclusão.

A aplicação de questionários qualitativos (APÊNDICE A) como formas de

avaliação das ações desenvolvidas têm sido utilizados por alguns autores como

Defani e Xavier (2006); Martins (2002) e Alvarez, (2002).

3.5 TRATAMENTO DOS DADOS

Os dados coletados foram tratados com uso dos recursos da Estatística

Descritiva, sendo os dados agrupados por freqüência, quer nas respostas de

múltipla escolha como na de questão aberta. Os resultados estão apresentados por

meio de tabelas e gráficos.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 RESULTADOS

Serão relatados separadamente os resultados para cada uma das 10 (dez)

perguntas contidas nos questionários de 2008 e de 2010 aplicados aos participantes

ao final de novembro de 2010.

4.2.1 Pergunta 01: Desde a implantação da GL no seu setor, você percebeu

mudanças significativas no seu ritmo de trabalho?

Na tabela 1 pode-se observar a percepção em relação a mudanças no ritmo

de trabalho ao término da aplicação da GL nos anos de 2008 e 2010.

Tabela 1: Percepção na mudança do ritmo de trabalho

Novembro de 2008 Novembro 2010

SIM 2008

NÃO 2008

SIM 2010

NÃO 2010

Figura 3: Comparação do percentual na percepção na mudança do ritmo de trabalho entre 2008 e 2010

RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010 SIM 16 18 NÃO 2 0

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Observa-se na figura 3 aumento percentual entre o ano de 2008 e 2010,

sendo que em 2008 foi constato 88% de aceitação, enquanto que em 2010 houve

100% de aceitação, o que refere um aumento de 12% no nível de aderência ao

programa proposto.

4.2.2 Pergunta 02: De a 0 a 10, avalie a melhoria de qualidade de vida em seu

trabalho hoje relacionado ao trabalho desenvolvido de GL:

Na tabela 2 observa-se a melhoria de qualidade de vida na jornada de

trabalho dos participantes da GL nos anos de 2008 e 2010.

Tabela 2: Melhoria na qualidade de vida no trabalho RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010 PÉSSIMO 01 00 REGULAR 00 00

BOM 06 04 ÓTIMO 07 06

EXCELENTE 04 08 Legenda: Valores propostos de ( ) 0,0 a 2,0 - Péssimo; ( ) 2,0 a 4,0 - Regular;; ( ) 4,0 a 6,0 - Bom; ( ) 6,0 a 8,0 - Ótimo e ( ) 8,0 a 10,0 - Excelente

Novembro de 2008 Novembro 2010

Péssimo

Regular

Bom

Ótimo

Excelente

Péssimo

Regular

Bom

Ótimo

Excelente

Figura 4: Comparação do percentual na percepção na mudança do ritmo de trabalho entre 2008 e 2010

Na figura 4 percebe-se que houve uma adesão de 50%, quanto ao quesito

excelente no aumento da qualidade de vida do Policial Militar, em relação à

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Novembro de 2008 e Novembro de 2010, com todos os participantes apresentaram

melhoras na qualidade do trabalho em nível de bom, ótimo e excelente.

4.2.3 Pergunta 03: Você sente mais disposição para o trabalho após a sessão de

GL?

Na tabela 3 verifica-se a melhora na disposição para a jornada de trabalho

após as sessões de GL nos anos de 2008 e 2010.

Tabela 3: Disposição ao trabalho após sessão de GL RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010

SIM 14 18 NÃO 01 00

NÃO SENTE DIREFENÇA 03 00

Novembro de 2008 Novembro 2010

SIM

NÃO

NÃO SINTODIFERENÇAALGUMA

SIM

NÃO

NÃO SINTODIFERENÇAALGUMA

Figura 5: Comparação da disposição ao trabalho após sessão de GL nos anos de 2008 e 2010

Igualmente em 2010 como é possível verificar na figura 5, todos os

participantes apresentaram maior disposição para o trabalho desde a implantação

do programa da GL.

4.2.4 Pergunta 04: Você sentia dores lombares, nos ombros, braços, punhos ou

pernas antes da implantação da GL em seu setor?

A tabela 4 apresenta a quantidade de PMS que apresentam algias antes da

implementação da GL nos anos de 2008 e 2010

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Tabela 4: Queixa de dor na região lombar, ombros, braços, punho ou perna

RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010 SIM 15 14 NÃO 03 04

Novembro de 2008 Novembro 2010

SIM

NÃO

Figura 6: Comparação da apresentação de queixas de dores antes da aplicação da GL nos anos de

2008 e 2010

A resposta à pergunta 4 apresenta apenas um PM com melhora durante o

período que participou da GL, como é possível observar na figura 05.

4.2.5 Pergunta 5: Se você continua sentindo essas dores especifique quais as

regiões do corpo:

Verifica-se na tabela 5 as regiões que permanecem apresentando algias ao

longo da aplicação do programa de GL nos anos de 2008 e 2010

Tabela 5: Regiões que permaneceram doloridas durante a GL PMS 2008 PMS 2010

RESPOSTA LOMBAR OMBRO BRAÇO PUNHO PERNA LOMBAR OMBRO BRAÇO PUNHO PERNA SIM 06 02 02 00 01 03 02 00 02 01 NÃO 12 16 16 18 17 15 16 18 16 17

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Novembro de 2008 Novembro 2010

SIM /LOMBAR,BRAÇO,OMBRO e

NÃO

SIM /LOMBAR,OMBRO,PULSO e

NÃO

Figura 7: Comparação das regiões que permaneceram com algias durante a aplicação da GL nos

anos de 2001 e 2010

Observa-se na figura 06 que as maiores queixas em relação a presença de

algia foram as regiões às regiões lombar, joelhos, pulso e ombro.

4.2.6 Pergunta 6: Você acha que 2 x semana são suficientes, ou se tivesse à

oportunidade optaria por 3 x ou mais?

Verifica-se na tabela 6 a opinião dos participantes em relação periodicidade

semanal para a aplicação da GL.

Tabela 6: Periodicidade semanal da aplicação da GL RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010

SIM, 2 x é suficiente 4 3 NÃO, 3x é ideal 14 15

Novembro de 2008 Novembro 2010

SIM, 2x SÃOSUFICIENTES

NÃO, 3x OUMAIS SERIAMO IDEAL

SIM, 2x SÃOSUFICIENTES

NÃO, 3x ouMAIS SERIAMO IDEAL

Figura 8: Relação da periodicidade semanal para a aplicação da GL

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Na figura 7 analisa-se as respostas fornecidas pelos PMS, observa-se um

aumento da solicitação de Ginástica Laboral, de no mínimo três vezes por semana,

bem demonstrando o nível de adesão à atividade.

4.2.7 Pergunta 7: As sessões de Ginástica Laboral são de curta duração (em média

de 15 a 20 min), nas quais prevalecem os exercícios de alongamento, com alguns

de relaxamento e eventuais dinâmicas de grupo. Dê sua opinião sobre outros tipos

de exercícios ou dinâmicas para incrementar aplicação da laboral.

( ) exercícios de aquecimento tais como polichinelo ou corridas estáticas.

( ) dinâmicas de grupo (bexigas, bolas, barbantes, papel, etc)

( ) mensagens sobre qualidade de vida

( ) outros........................................................................................................................

Tabela 7 – Exercícios elegidos pelos PMS para a incrementação da GL nos anos de 2008 e 2010

RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010 Exercícios de Aquecimento (polichinelo/ Corridas estacionárias) 3 2 Dinâminas de Grupo (bexigas/ bolas/ barbantes) 10 6 Mensagens para Qualidade de Vida 5 5 Outros (massagem/ 0 2

Novembro de 2008 Novembro 2010 EXERCICIOS DE AQUECIMENTOTAIS COMO POLICHINELO OUCORRIDAS ESTATICAS.

DINÂMICAS DE GRUPO ( BEXIGAS,BOLAS, BARBANTES, PAPEL, ETC..)

JOGOS LÚDICOS DE CURTADURAÇÃO

MENSAGENS SOBRE QUALIDADEDE VIDA

EXERCICIOS DE AQUECIMENTOTAIS COMO POLICHINELO OUCORRIDAS ESTATICAS.

DINÂMICAS DE GRUPO ( BEXIGAS,BOLAS, BARBANTES, PAPEL, ETC..)

JOGOS LÚDICOS DE CURTADURAÇÃO

MENSAGENS SOBRE QUALIDADEDE VIDA

Fatia 5 Figura 9: Divisão dos exercícios elegidos pelos PMS na incrementação da GL.

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4.2.8 – Questão 8 - Preferencialmente você gostaria de realizar a GL no setor onde

trabalha ou em outro ambiente ao ar livre?

Tabela 8 – Local de preferência para aplicação da GL nos anos de 2008 e 2010 RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010

GL Aplicada ao Ar Livre 5 7 GL Aplicada no Setor 13 11

Novembro de 2008 Novembro 2010

AO AR LIVRE

NO SETOR

AO AR LIVRE

NO SETOR

Figura 10: Divisão do local para realização da GL de acordo com a opinião dos PMS

4.2.9 Questão 9 - Você acredita que o grupo no setor onde trabalha sente-se mais

unido e integrado em razão de realizar essa atividade?

( ) Sim ( ) Não

Tabela 9 – Integração do grupo participante em razão da prática da GL nos anos de 2008 e 2010 RESPOSTA PMS 2008 PMS 2010

SIM 16 17 NÃO 2 01

Novembro de 2008 Novembro 2010

SIM, MAIOR RELAÇÃOINTERPESSOAL, MOMENTO DEDESCONTRAÇÃO.(14).

NÃO

SEM JUSTIFICATIVA

SIM, MAIOR RELAÇÃOINTERPESSOAL, MOMENTO DEDESCONTRAÇÃO, MAIOR UNIÃO.

NÃO

SEM JUSTIFICATIVA

Figura 11 – Divisão da opinião sobre a união dos componentes do setor que pratica a GL

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4.2.10 Questão 10 - Este espaço é para ouvir a sua opinião a respeito da Ginástica

Laboral realizada no setor, aqui você pode manifestar opinando sobre uma possível

mudança em seu estilo de vida pessoal que tenha decorrido em razão da GL, de

maneira favorável ou não, sugerindo mudanças inclusive.

Tabela 10 – Mudança de vida decorrente do Programa da GL nos anos de 2008 e 2010

PMS 2008 PMS 2010

Mais Freqüência 1 Mais Freqüência 2 Importantíssimo 8 Mais Disposição 4

RESPOSTA Excelente 1 Qualidade de Vida 3 Ótimo 1 Dinânima da Grupo 2 Benefícios 1 Questão de Saúde 1 Respostas Em Branco 6 Relação Interpessoal 1 Respostas em Branco 5

Novembro de 2008 Novembro 2010

IMPORTANTE

EXCELENTE

ÓTIMO

MAIOR FREQUENCIA

BRANCO

BENEFÍCIOS

IMPORTANTE

EXCELENTE

ÓTIMO

MAIOR FREQUENCIA

BRANCO

BENEFÍCIOS

Figura 12 – Opiniões manifestadas pelos PMS em relação a mudança do estilo de vida decorrente da GL nos anos de 2008 e 2010

4.2 O PROGRAMA

O programa de Ginástica Laboral da SEFID da Policia Militar do Paraná,

iniciou no ano de 2008, como projeto piloto. Ao atenderem um setor em especifico, a

Diretoria de Pessoal, participam dele 18 (dezoito) policiais militares de ambos os

sexos e idade, sendo as aulas realizadas três vezes por semana, com duração em

estimada de quinze minutos.

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Os estudos afirmam e a diversidade de autores destaca a importância da

pratica da ginástica laboral, no campo físico, social, psicológica e mental (MARTINS,

2000; GUIMARÃES; SANTOS, 2009; POLITO; BERGAMASCHI, 2002), fato

constatado após a verificação dos resultados.

A prática de ginástica laboral foi vista como um benefício para os policiais

militares e para corporação, devido seus efeitos físicos e psicológicos sobre os

praticantes, tal como é destacado por Figueiredo (2005).

Os resultados também nos indicaram a necessidade da prática da ginástica

laboral, pelos policiais militares, que executam serviços administrativos no âmbito da

corporação, mas também se especula a inclusão dos policiais do serviço

operacional, para que recebam os benefícios da ginástica laboral. Tal refere-se aos

resultados analisados no questionário, quando foram percebidas mudanças como

melhoramento da sua vida profissional, pessoal, com o despertar da motivação para

prática de atividades físicas fora do horário de trabalho e aquisição de uma condição

corporal saudável, relevantes como bem citam Bulsing (1998). Concomitante

Guimarães (2009) e Rego (2003) justificam a GL pela diminuição da carga do

estresse laboral, com conseqüência na melhora do relacionamento familiar, e

disponibilizando maior tempo com o convívio em família.

Durante o expediente laboral, houve uma mudança expressiva no

relacionamento interpessoal, entre os policiais militares, aumento da disposição para

execução das atividades diárias e moderação nas dores corporais, através correção

postural, o que corrobora afirmativa de Figueiredo (2005), ao explicitar de forma

direta a esta população.

É necessário que os policiais militares do setor administrativo, continuem

participando das aulas de ginástica laboral e incentivem outros companheiros a

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participar, levando a conhecimento os resultados benéficos adquiridos a saúde,

obtidos através da pratica da ginástica laboral.

Pode-se perceber que cabe ao professor, instrutor e ao monitor de educação

física da corporação, estabelecer uma rotina de horários específicos para execução

do programa de ginástica laboral para policiais militares que trabalham na atividade

administrativa e na operacional, incluindo a eles mais a fração de policiais do serviço

operacional que também necessitam de pelo menos a GL preparatória e a GL

compensatória, diariamente, conforme a quantidade de setores de trabalho. Devem

fazer uso dos horários de inicio turno de escala operacional, com a divulgação pelos

meios de comunicação existente na corporação sobre as aulas de GL e os

benefícios recebidos pelos praticantes após a sua prática a todos os envolvidos na

labuta do bem proteger o cidadão.

Pelas indicações dos participantes, é imprescindível a ampliação de

programas de ginástica laboral na corporação, acrescido de aumento nos estudos

da ginástica laboral e seus benefícios para com eles, com o que somente assim

haverá mudança no estilo de vida, na conscientização corporal, na conservação da

saúde, na correção postural, essenciais para a vida pessoal e profissional.

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5. CONCLUSÃO

Após o período apresentado nesse estudo, onde foram aplicadas as aulas

de Ginástica Laboral, por Policiais Militares, que trabalham no setor administrativo

do QCG (Quartel do Comando Geral), da Polícia Militar do Paraná.

Os estudos afirmam e a diversidade de autores destaca a importância da

pratica da ginástica laboral, no campo físico, social, psicológica e mental.

A prática de ginástica laboral é vista como um benefício para os policiais

militares e para a corporação, devido seus efeitos físicos e psicológicos sobre os

praticantes.

Verificou-se a necessidade da prática da ginástica laboral pelos policiais

militares que executam serviços administrativos no âmbito da corporação e também

a inclusão dos policiais do serviço operacional, para que recebam os benefícios da

ginástica laboral, através dos resultados analisados no questionário, foram

percebidas as seguintes mudanças: melhoramento da sua vida profissional, pessoal,

despertou motivação para pratica de atividades físicas fora do horário de trabalho e

aquisição de uma condição corporal saudável. Diminuindo a carga do estresse

laboral, por conseqüência, uma melhora no relacionamento familiar, disponibilizando

maior tempo com o convívio em família.

Durante o expediente laboral, houve uma mudança expressiva no

relacionamento interpessoal, entre os policiais militares, aumento da disposição para

execução das atividades diárias e moderação nas dores corporais, através da

correção postural e aumento da flexibilidade, tornando mais fácil executar atividades

administrativas.

É necessário que os policiais militares do setor administrativo, continuem

participando das aulas de ginástica laboral e incentivem outros companheiros a

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participarem, levando a conhecimento os resultados benéficos adquiridos* a saúde,

obtidos através da pratica da ginástica laboral.

Cabe ao educador físico, instrutor e ao monitor de educação física militar da

corporação, estabelecer uma rotina de horários específicos para execução do

programa de ginástica laboral para policiais militares que trabalham na atividade

administrativa e na operacional, incluindo mais essa fração de policiais do serviço

operacional que também necessitam de pelo menos a GL preparatória e a GL

compensatória, diariamente, conforme a quantidade de setores de trabalho

administrativo e os horários de inicio do turno de escala operacional, a divulgação

pelos meios de comunicação existente na corporação sobre as aulas de GL e os

benefícios recebidos pelos praticantes após a sua execução.

É imprescindível a ampliação de programas de ginástica laboral na

corporação, um aumento nos estudos sobre a ginástica laboral e seus benefícios, só

assim haverá uma mudança no estilo de vida, na conscientização corporal, na

conservação da saúde, na correção postural, essencial para a vida pessoal e

profissional dos policiais militares.

No presente estudo, observou-se que a maior parte dos policiais militares

percebeu a importância da prática da ginástica laboral como necessária, tendo como

referência o comparativo, analisado através dos questionários respondidos, entre

novembro de 2008 e novembro de 2010.

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ANEXO

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ANEXO A - Termo de Consentimento Declaração do Chefe do SEFID / PMPR

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APÊNDICE

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APÊNDICE A - Questionário Aplicado aos Policiais Militares

1 - Desde a implantação da GL no seu setor, você percebeu mudanças significativas no seu ritmo de trabalho. ( ) Sim ( ) Não 2 - De a 0 a 10, avalie a melhoria de qualidade de vida em seu trabalho hoje relacionado ao trabalho desenvolvido de GL: ( ) 0,0 a 2,0 – Péssimo ( ) 2,0 a 4,0 – Regular ( ) 4,0 a 6,0 – Bom ( ) 6,0 a 8,0 – Ótimo ( ) 8,0 a 10,0 – Excelente 3 - Você sente mais disposição para o trabalho após a sessão de GL? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sinto diferença alguma 4 - Você sentia dores lombares, na coluna, nos braços, ombros ou punhos antes da implantação da GL em seu setor? ( ) Sim ( ) Não 5 - Se você continua sentindo essas dores especifique qual a região do corpo: ( ) Não ( ) Sim ......................................................................................................................... 6 - Você acha que 2x/semana são suficientes, ou se tivesse a oportunidade optaria por 3x ou mais? ( ) Sim, 2x são suficientes ( ) Não, 3x ou mais seriam o ideal 7 - As sessões de Ginástica Laboral são de curta duração (em media de 15 a 20 min) nas quais prevalecem os exercícios de alongamento, com alguns de relaxamento e eventuais dinâmicas de grupo. Dê sua opinião sobre outros tipos de exercícios ou dinâmicas pra incrementar aplicação da laboral. ( ) exercicios de aquecimento tais como polichinelo ou corridas estáticas ( ) dinâmicas de grupo (bexigas, bolas, barbantes, papel, etc..) ( ) mensagens sobre qualidade de vida ( ) outros.............................................................................................................. 8 - Preferencialmente você gostaria de realizar a GL no setor onde trabalha ou em outro ambiente ao ar livre? ( ) ao ar livre ( ) no setor 9 - Você acredita que o grupo no setor onde trabalha sente-se mais unido e integrado em razão de realizar essa atividade? Justifique sua resposta. ( ) Sim ( ) Não 10 - Este espaço é pra ouvir a sua opinião a respeito da Ginástica Laboral realizada no setor, aqui você pode manifestar opinando sobre uma possível mudança em seu estilo de vida pessoal que tenha decorrido em razão da GL, de maneira favorável ou não, sugerindo mudanças inclusive. ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Cabe ressaltar, que não há necessidade de colocar nome no questionário, mas solicitamos o máximo de sinceridade nas repostas. Obrigado pela participação. Este trabalho só é possível graças a sua participação.

Um forte abraço!!!

Equipe SEFID