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USO DE BORO EM EUCALIPTO
Boron Day, 25 de outubro de 2018
Piracicaba/SP
Ronaldo Luiz Vaz de Arruda Silveira – RR Agroflorestal
TEMAS ABORDADOS
1. Aspectos gerais da área florestal brasileira2. Demanda de boro – extração e exportação3. Sintomas visuais de deficiência de boro 4. Resposta de clones de eucalipto – interação boro x genótipo5. Diagnose Foliar – teores adequados de boro em função do local e material
genético6. Relação entre boro e a ocorrência de doenças em eucalipto7. Relação entre boro e qualidade da madeira8. Aplicação foliar de boro em áreas de déficit hídrico9. Recomendação para uso de boro
1. Aspectos gerais da área florestal brasileira
Eucalipto: 7,5 milhões de ha –representa 75% da área florestal
com espécies plantadas
2014 2015 2016
Eucalipto 6.952.509 7.444.625 7.543.707
Pinus 2.049.234 2.065.560 2.079.162
Outras 364.998 427.762 400.207
Total 9.366.741 9.937.947 10.023.076
Área (ha)Espécies
Fonte: Boletim SNIF, 2017
Estados Área - ha %
MG 1.810.490 24
SP 1.282.430 17
MS 1.131.556 15
BA 829.808 11
RS 452.622 6
PR 377.185 5
Outros 1.659.616 22
Total 7.543.707 100
MG – maior área 1,8 milhões MS - maior crescimento de 500 mil ha em 2011 para mais de 1 milhão
Espécie Florestal País Rotação -anos
Brasil 6-7
África do Sul 8-10
Chile 10-12
Portugal 12-15
Espanha 12-15
Suécia 35-40
Finlândia 35-40
Eucalipto
Bétula
Rotação Brasil x Outros Países
Fonte: Bracelpa, 2010
Eucalipto Pinus
EUA 15 14
África do Sul 18 22
Chile 20 18
Austrália 22 16
China 23 18
Brasil 39 31
IMA (m3/ha/ano)Países
Produtividade Brasil x Outros Países
Fonte: IBA/Poyry, 2014
Brasil o país mais eficiente na produção de floresta do mundo
1. Aspectos gerais da área florestal brasileira
Produção de celulose no mundo
18,8
0
10
20
30
40
50
60
Produção milhões (t)
69
31
Destino da celulose brasileira
Exportação Mercado Interno
Fonte: IBA, 2017
1. Aspectos gerais da área florestal brasileira
0
1
2
3
4
5
6
7
8
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Consumo de carvão - milhões de t
Nativo Plantado
Produção carvão no Brasil
40%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
75%
80%
85%
90%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Evolução do uso de carvão de eucalipto
85% do carvão usado nas siderurgias brasileiras vem de plantios de eucaliptoQueda no consumo geral de carvão devido a crise do setor siderúrgico desde 2008
Em 2016 o consumo foi 63% em relação ao ano de 2008
1. Aspectos gerais da área florestal brasileira
2. Demanda de boro – extração e exportação
Produtividade de Eucalyptus grandis e o conteúdo de micronutrientes
MST Volume
t ha-1 m3 ha-1
Folhas 0,10 (7) 0,02 (2) 0,82 (15) 1,8 (9) 0,06 (13)
Ramos 0,07 (5) 0,06 (7) 0,68 (12) 1,9 (10) 0,03 (6)
Casca+Madeira 1,27 (88) 0,82 (91) 4,1 (73) 15,3 (81) 0,37 (81)
Total 1,44 0,90 5,6 19,0 0,46
Folhas 0,04 (2) 0,009 (1) 0,55 (1,5) 0,92 (6) 0,036 (2)
Ramos 0,06 (4) 0,009 (1) 0,55 (1,5) 1,80 (11) 0,036 (2)
Casca 0,22 (13) 0,081 (10) 0,55 (1,5) 4,12 (25) 0,126 (8)
Madeira 1,38 (81) 0,70 (88) 36,8 (95) 9,39 (58) 1,44 (88)
Total 1,7 0,80 38,5 16,2 1,64
360
kg ha-1 (%)
Parte da plantaB Cu Fe Mn Zn
Produtividade
E. grandis 9 Itatinga- SP 2
Espécie Idade (anos) Local Ref*
E. grandis 7 Mogi Guaçu - SP 1 249
Ordem decrescente de acúmulo: Fe ≥ Mn > B > Zn > Cu Para produtividades médias extrai entre 1,5-2,0 kg de B/ha
Folha = 2-7% do totalRamos = 4-5% do totalCasca = 13-15% do totaMadeira = 80-85% do total
1. BELLOTE, 1979; 2. Adaptado de Gonçalves et al. (1997), citado por GONÇALVES & VALERI
(2001)
2. Demanda de boro – extração e exportação
2,00,71
17,4
15,5
1,09
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
g p
or
m3
de
ma
de
ira
B Cu Fe Mn Zn
Quantidade média de micronutrientes contida em um m3 de madeira de E. saligna cultivado na região
de Capão Bonito/SP (Fonte: MOREIRA et al., 1999)
30 40 50 60
B 4,3 4,0 3,8 3,5
Cu 1,7 1,6 1,6 1,5
Fe 25,3 23,8 22,7 20,9
Mn 36,5 35,5 34,9 32,1
Zn 5,9 5,6 5,4 4,9
Potencial Produtivo (m3/ha/ano)
g/m3
Nutrientes
CUB – coeficiente de utilização biológica para híbridos de Eucalyptus urophylla
2. Demanda de boro – extração e exportação
0,91
1,11
1,34
1,48
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
30 40 50 60
De
ma
nd
a d
e b
oro
(kg
/ha
)
Produtividade (IMA - m3/ha/ano)
Relação entre a produtividade de clones híbridos de E. urophylla e a demanda de boro
3. Sintomas visuais da deficiência de boro
Baixos teores de boro (< 0,3 mg.dm-3)
Baixos teores de matéria orgânica (< 20 g.dm-3)
Período de seca (menor taxa de mineralização da matéria orgânica e menor absorção de B por fluxo de massa)
Excesso de N na adubação (rápido crescimento)
3. Sintomas visuais da deficiência de boro
Folhas novas apresentam intensa clorose marginal e
seca das margens;
As nervuras tornam-se extremamente salientesseguida de necrose (aspecto de “costelamento”);
As folhas mais novas encarquilhadas e espessas;
Há perda de dominância apical causada pela morteda gema apical;
No estádio final, há seca de ponteiro e morte
descendente dos ramos, com posterior
superbrotação das gemas laterais, resultando na
bifurcação do tronco e/ou quebra do ponteiro.
3. Sintomas visuais da deficiência de boro
Nervura saliente – “costelamento”
3. Sintomas visuais da deficiência de boro
Sintoma de clorose ou avermelhamento das folhas mais novas – “ V invertido”
3. Sintomas visuais da deficiência de boro
Seca de ponteiro em áreas de déficit hídrico Seca e quebra de ponteiro
3. Sintomas visuais da deficiência de boro
Folhas normais e deficientes em Eucalyptus globulus
Folhas pequenas e superbrotação em 6 clones de eucalipto cultivados na ausência de boro
3. Sintomas visuais da deficiência de boro
Bifurcação devido a morte de ponteiro
Madeira de plantas com e sem deficiência de boro
Sem B – presença de gomose
4. Resposta de clones de eucalipto – interação boro x genótipo
y = -0,4936x2 + 5,1604x + 22,271
R2 = 0,9702
y = -0,3348x2 + 2,381x + 29,878
R2 = 0,9934
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
0,0 2,5 5,0 7,5
Dose de boro (kg/ha)
IMA
(m
3/h
a/a
no
)
MN463
VM1
máxima produção
máxima produção
Incremento médio anual dos clones MN463 e VM01 aos três anos de idade de eucalipto nas diferentes doses de boro na região de Bocaiúva/MG (Fonte: VM)
Clones de eucalipto diferem muito na resposta ao boro
4. Resposta de clones de eucalipto – interação boro x genótipo
Sensibilidade média de espécies de eucalipto à seca-de-ponteiro aos 8 meses de idade em cinco sítios do Noroeste/Norte de Minas Gerais
0
10
20
30
40
50
60
70
80
E. c
itrio
dora
E. b
rass
iana
E. t
eren
ticorn
is
E. c
amal
dulensi
s
E. u
rophyl
la
E. p
olyca
rpa
E. r
esin
ífera
E. m
icro
cory
s
E.robust
a.
E.p
ropin
qua
E. p
ellit
a
Pla
nta
s c
om
Seca-d
e-P
on
teir
o (
%)
Genética forte influencia sobre a resistência dos materiais
4. Resposta de clones de eucalipto – interação boro x genótipo
Seca de ponteiro em diferentes materiais genéticos de Eucalyptus com 9 meses de idade em função das doses crescentes de boro em Latossolo vermelho amarelo (20% argila) na região de Três marias/MG Fonte: SILVEIRA
(1999).
y = 61,047e-1,7409x
R2 = 0,99
y = 37,812e-1,7585x
R2 = 0,93
y = 11,938e-1,5935x
R2 = 0,53
y = 38,621e-1,8989x
R2 = 0,91
0
17
34
51
68
Dose de B (g/planta)
Árv
ore
s c
om
sec
a d
e p
on
teir
o (
%)
Todos os materiais APS 1 FCB 463 FGA 35
0 0,45 0,9
0
1,50
sementes
4. Resposta de clones de eucalipto – interação boro x genótipoTC30
VR3748
P4295
C219
C041
C151
y = -343,33x2 + 343,76x + 49,203
R2 = 0,99
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
0 0,135 0,27 0,405 0,54
Doses de B (mg L-1
)
Peso
seco
de c
au
le (
g/p
lan
ta)
Máxima produção = 0,50 mg L-1
Nível crítico = 0,30 mg L-1
Zona de deficiência
severa
y = -1066,3x2 + 822,76x + 13,5
R2 = 0,99
50
70
90
110
130
150
170
190
0 0,135 0,27 0,405 0,54
Doses de B (mg L-1
)
Peso
seco
de c
au
le (
g/p
lan
ta)
Máxima produção = 0,39 mg L-1
Nível crítico = 0,26 mg L-1
Zona de deficiência
severa
y = -589,64x2 + 480,05x + 33,693
R2 = 0,98
35
50
65
80
95
110
125
140
0 0,135 0,27 0,405 0,54
Doses de B (mg L-1
)
Pe
so
se
co
de
ca
ule
(g
/pla
nta
)Máxima produção = 0,41 mg L
-1
Nível crítico = 0,26 mg L-1
Zona de deficiência
severa
y = -528,25x2 + 332,18x + 29,675
R2 = 0,89
30
45
60
75
90
0 0,135 0,27 0,405 0,54
Doses de B (mg L-1
)
Peso
seco
de c
au
le (
g/p
lan
ta)
Zona de
deficiência
severa Nível crítico = 0,19 mg L-1
Máxima produção = 0,31 mg L-1
y = -472,4x2 + 419,15x + 37,373
R2 = 0,99
40
60
80
100
120
140
0 0,135 0,27 0,405 0,54
Doses de B (mg L-1
)
Peso
seco
de c
au
le (
g/p
lan
ta)
Nível crítico = 0,27 mg L-1
Máxima produção = 0,44 mg L-1
Zona de deficiência
severa
y = -5,9032x2 + 78,588x + 85,185
R2 = 0,99
65
80
95
110
125
140
0 0,135 0,27 0,405 0,54
Doses de B (mg L-1
)
Peso
seco
de c
au
le (
g/p
lan
ta)
Exigência de clones de eucalipto em relação às doses de boro em solução (Barreto et. al, 2007)
4. Resposta de clones de eucalipto – interação boro x genótipo
Produção relativa de matéria seca de parte aérea dos clones de eucalipto, considerando a concentração de B na solução
nutritiva (Mattiello et. al, 2009)
22,71
27,29 27,40 28,16 29,0830,30
32,0834,32
0
5
10
15
20
25
30
35
40
68 3281 3336 1270 129 3334 2486 3487
CU
B (
kg
de
MSP
A/g
acu
mu
lad
a d
e B
)
Clones
CUB dos clones de eucalipto na máxima produção de matéria seca da parte aérea (Mattiello et. al, 2009)
Diferenças entre clones na tolerância à deficiência e toxidez e na eficiência de utilização de B Três clones altamente sensível à deficiência de boro (3487, 3336 e 3334) e 2 clones tolerantes
1 clone altamente tolerante à toxidez de boro - 3281 2 clones eficientes na utilização de boro – 2486 e 3487
Translocação de B no floema seria o mecanismo de tolerância maior de alguns clones à deficiência de B
5. Diagnose Foliar – teores adequados de boro em função do local
Nutrientes MG 12 - 18 SP 12 – 18 BA 12 - 18
--------------------------------------- g kg-1 ---------------------------------
N 19 - 24 20 – 28 18 - 22
P 0,8 - 1,4 1,0 - 1,5 1,1 - 1,7
K 5 - 9 9 – 12 8 - 12
Ca 3,9 - 5,8 3,4 - 6,9 6,1 - 13,4
Mg 1,6 - 2,3 2,3 - 3,1 1,9 - 2,5
S 1,0 - 1,4 1,0 - 1,7 1,0 - 1,6
-------------------------------- mg kg-1 -----------------------------
Cu 10 - 15 5 – 12 3 - 7
Fe 40 - 132 51 – 146 40 - 104
Zn 7 - 14 21 – 38 8 - 21
Mn 341 - 1146 80 – 521 60 - 268
B 30 - 51 46 – 63 37 - 62
Faixa ótima (FO) dos teores foliares de nutrientes em florestas de clones híbridos de E. urophylla na faixa etária
entre 12 e 18 meses nas regiões MG, SP e BA.
Nutrientes MG 24 - 36 SP 24 – 36 BA 24 - 36
---------------------------------- g kg-1 --------------------------------
N 14 - 20 23 – 29 20 - 25
P 0,7 - 1,1 1,0 - 1,7 1,0 - 1,7
K 7 - 12 9 – 12 6 - 9
Ca 8,9 - 12,3 5,6 - 9,3 5,4 - 10,6
Mg 1,9 - 2,5 3,0 - 4,1 2,2 - 2,7
S 1,1 - 1,5 1,2 - 1,9 2,0 - 2,4
--------------------------------- mg kg-1 ------------------------------
Cu 3 - 8 9 – 15 2 - 8
Fe 40 - 200 40 – 130 66 - 129
Zn 7 - 15 21 – 30 11 - 16
Mn 229 - 749 114 – 636 40 - 171
B 68 - 92 47 – 65 32 - 61
Faixa ótima (FO) dos teores foliares de nutrientes em florestas de clones híbridos de E. urophylla na faixa etária
entre 24 e 36 meses nas regiões MG, SP e BA.
Diferença entre regiões e idade para faixa adequada de boroMG em função das áreas de déficit hídrico e aplicação foliar corretiva – teores de 24-36 meses bem maior que 12-18 meses
Fonte: Ramirez e Silveira (2015)
5. Diagnose Foliar – teores adequados de boro em função da genética
Determinação da faixa adequada de boro pelo método da chance matemática para o clone E. saligna 2864 no RS
B
Número Amostras 1388
No Classe 15,00 15
Mínimo 10,9200
Máximo 99,2100
Diferença Máximo-Mínimo 88,2900
Intervalo 5,8860
B
Classe i LI LS Ni Ai P (Ai/A) P (Ai/Ni) IMAH CHMi
1 10,92000 16,80600 18 1 0,0028818 0,05556 5,05 0,063898
2 16,80600 22,69200 77 7 0,0201729 0,09091 5,44 0,232973
3 22,69200 28,57800 176 27 0,0778098 0,15341 5,60 0,611321
4 28,57800 34,46400 233 46 0,1325648 0,19742 5,55 0,898651
5 34,46400 40,35000 217 59 0,1700288 0,27189 5,64 1,212247
6 40,35000 46,23600 220 67 0,1930836 0,30455 5,73 1,389018
7 46,23600 52,12200 168 60 0,1729107 0,35714 5,67 1,410060
8 52,12200 58,00800 107 31 0,0893372 0,28972 5,78 0,930149
9 58,00800 63,89400 72 24 0,0691643 0,33333 5,57 0,845076
10 63,89400 69,78000 46 12 0,0345821 0,26087 5,52 0,524657
11 69,78000 75,66600 17 3 0,0086455 0,17647 5,41 0,211428
12 75,66600 81,55200 20 6 0,0172911 0,30000 5,72 0,412267
13 81,55200 87,43800 6 2 0,0057637 0,33333 6,62 0,290324
14 87,43800 93,32400 6 1 0,0028818 0,16667 5,23 0,114582
15 93,32400 99,21000 4 1 0,0028818 0,25000 5,27 0,141579
523 131
Ótimo Deficiente Adequado Excessivo
43,29 28,58 28,58 - 58,01 58,01
5. Diagnose Foliar – teores adequados de boro em função da genética
B
Número Amostras 302
No Classe 15,00 15
Mínimo 10,9200
Máximo 76,5100
Diferença Máximo-Mínimo 65,5900
Intervalo 4,3727
B
Classe i LI LS Ni Ai P (Ai/A) P (Ai/Ni) IMAH CHMi
1 10,92000 15,29267 8 0 0,0 0 0,00 0,000000
2 15,29267 19,66533 15 3 0,0 0,2 4,29 0,383266
3 19,66533 24,03800 44 13 0,2 0,295455 4,58 1,037240
4 24,03800 28,41067 61 10 0,1 0,163934 4,44 0,656040
5 28,41067 32,78333 35 7 0,1 0,2 4,40 0,601484
6 32,78333 37,15600 29 7 0,1 0,241379 4,39 0,659140
7 37,15600 41,52867 21 7 0,1 0,333333 4,53 0,798976
8 41,52867 45,90133 31 10 0,1 0,322581 4,62 0,958011
9 45,90133 50,27400 15 3 0,0 0,2 4,48 0,400897
10 50,27400 54,64667 18 7 0,1 0,388889 4,45 0,847187
11 54,64667 59,01933 8 2 0,0 0,25 4,22 0,344622
12 59,01933 63,39200 8 3 0,0 0,375 4,41 0,540129
13 63,39200 67,76467 5 2 0,0 0,4 4,30 0,444551
14 67,76467 72,13734 2 0 0,0 0 0,00 0,000000
15 72,13734 76,51000 2 1 0,0 0,5 4,57 0,373106
302 75
Determinação da faixa adequada de boro pelo método da chance matemática para o clone E. dunnii no RS
Ótimo Deficente Adequado Excessivo
37,16 19,67 19,67 - 54,65 54,65
5. Diagnose Foliar – teores adequados de boro em função da genética
Determinação da faixa adequada de boro pelo método da chance matemática para o clone E. benthamii no RS
B
Número Amostras 283
No Classe 15,00 15
Mínimo 11,7000
Máximo 104,0000
Diferença Máximo-Mínimo 92,3000
Intervalo 6,1533
B
Classe i LI LS Ni Ai P (Ai/A) P (Ai/Ni) IMAH CHMi
1 11,70000 17,85333 5 1 0,0 0,2 4,50 0,239096
2 17,85333 24,00667 16 5 0,1 0,3125 4,76 0,706715
3 24,00667 30,16000 51 12 0,2 0,235294 4,46 0,889526
4 30,16000 36,31333 50 13 0,2 0,26 4,61 1,006511
5 36,31333 42,46667 34 6 0,1 0,176471 4,51 0,550171
6 42,46667 48,62000 36 9 0,1 0,25 4,70 0,836307
7 48,62000 54,77333 30 7 0,1 0,233333 4,53 0,687295
8 54,77333 60,92667 19 7 0,1 0,368421 4,62 0,881350
9 60,92667 67,08000 10 3 0,0 0,3 5,26 0,591778
10 67,08000 73,23333 13 3 0,0 0,230769 4,29 0,423863
11 73,23333 79,38667 8 3 0,0 0,375 4,51 0,567271
12 79,38667 85,54000 5 1 0,0 0,2 4,67 0,247858
13 85,54000 91,69333 2 0 0,0 0 0,00 0,000000
14 91,69333 97,84667 2 0 0,0 0 0,00 0,000000
15 97,84667 104,00000 3 1 0,0 0,333333 5,66 0,388025
284 71
Ótimo Deficente Adequado Excessivo
42,47 24,01 24,01 - 60,93 60,93
Ponto
Ótimo
Faixa
Adequada
E. benthamii 42 24-61 283
E. dunnii 37 20-55 302
E. saligna 43 29-58 1388
mg/kg
EspécieNúmero
de dados
6. Relação entre boro e a ocorrência de doenças em eucalipto
35
50
65
80
95
0 0,125 0,25 0,5 1 2 4
Co
mp
rim
ento
da
s le
sões
(mm
)
5
40
75
110
145
180
215
250Lesão
B-folhas superiores
B-folhas inferiores
B na solução nutritiva (mg L-1
)
B (
mg
kg
-1)
a
b
b
b
b
b
b
Efeito do boro sobre a agressividade de Botryosphaeria ribis em Eucalyptus citriodora – Fonte: Silveira et al. (1996)
Deficiência de boro - Menor atividade meristemática do cambio e felogênio < formação da periderme necrofilática – dificuldade de formar a periderme de cicatrização
Relação forte entre déficit hídrico x deficiência de boro (Mattiello et. al., 2009) eleva os requerimentos externos de B > ataque de fungos como Botryosphaeria ribis e Lasiodiplodia theobramae
7. Relação entre boro e a qualidade da madeira
Deficiência de boro diminui o teor de lignina e a densidade básica da madeira – menor rendimento para produção tanto de celulose quanto carvão – menor quantidade de madeira no forno ou no digestor
Maior presença de gomose, necrose dos tecidos resultará numa maior quantidade de produtos para branqueamento da celulose
aaa
ababc
abc abc
bcc
18
20
22
24
26
-KBZn -P Completo -Mg -N -K -B -S -Ca
Tratamentos
Teo
r d
e L
ign
ina (
%)
aa a
ab ab ab
ab ab
b
0,33
0,35
0,37
0,39
0,41
-K -P -N -Mg -Ca Completo -B -K,B,Zn -S
TratamentosD
ensid
ade B
ási
ca (
g c
m-3
)
Lignina Densidade básica
Fonte: Sgarbi et al., 1999
8. Aplicação foliar de boro em áreas de déficit hídrico
Baixa mobilidade na maioria dos clones de eucalipto
Regiões com déficit severo de maio a setembro – praticamenteausência de chuva
Florestas mais produtivas não passam o período sem ter seca deponteiro caso se não tenha a aplicação de B foliar, independente da dosede boro via solo aplicada em fevereiro – final das chuvas
Fonte: Bazzani et. al (palestra Adubação e Nutrição de plantações florestais –ESALQ/USP)
18
37
28
14
79
38
17
30
52
66
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
B Cu Fe Mn Zn
Ret
ran
slo
caçã
o (
%)
Título do Eixo
Folha Galho
Fornecer micronutrientes (B, Cu, Mn e Zn) com ênfase para o boro
Relação direta entre seca de ponteiro e deficiência de boro
Fornecer parte da demanda de micronutrientes via folha até os 3 anos
Fornecer pequenas doses de potássio visando melhorar o controle estomático e aumentar aresistência ao déficit hídrico
Chuva em Bocaiúva - MG
8. Aplicação foliar de boro em áreas de déficit hídrico
Adubação foliar com boro, cobre e zinco
8. Aplicação foliar de boro em áreas de déficit hídrico
Adubação foliar com boro, cobre e zinco
8. Aplicação foliar de boro em áreas de déficit hídrico
Adubação foliar com boro, cobre e zinco
8. Recomendação para uso de boro
• Boro via solo
Plantio
Cobertura
12-18
meses
Total PlantioCobertura 12-18
mesesTotal
água quente
mg/dm3
< 0,3 1,5 3,0 4,5 2,0 5,0 7,0
0,3-0,6 1,5 1,5 3,0 2,0 3,0 5,0
> 0,6 0,8 0,8 1,5 1,0 2,0 3,0
Plantio
Cobertura Filete contínuo sobre o solo na projeção da copa
Sulco em filete contínuo plantio irrigado com bacia a 30-25 cm plantio sem irrigação 20-25 cm
B disponível solo
Sem déficit hídrico
Dose de boro
Com déficit hídrico
kg/ha+ Foliar no período de
déficit hídrico
8. Recomendação para uso de boro
• Boro via Folha
Doses sugeridas
400 a 800 g de B/ha
75 a 150 g de Cu/ha
75 a 150 g de Zn/ha
1 kg de KCl/ha – ajuda a aumentar a resistência ao déficit hídrico
1 a 2 kg de uréia/ha – melhora a absorção dos nutrientes
Aplicar tensoativo foliar – quebrar a tensão das gotas (exemplo: Helper)
8. Recomendação para uso de boro
• Boro via Folha
Forma e época de aplicação
Período de déficit hídrico (junho a setembro dependendo da região)
Frequência de aplicação
Déficit hídrico moderado – 1 aplicação nos dois primeiros anos
Déficit hídrico severo - 2 aplicações nos dois primeiros anos, podendo até estender para os
3 anos iniciais
Forma de aplicação: aérea ou mecanizada via atomizador
Atomizador em florestas até 6 m de altura
Avião em florestas em qualquer estágio de crescimento
Volume de calda
Atomizador: 150 a 200 litros de calda/ha
Avião: 30 a 40 litros de calda/ha ou até produto puro com boro (4-5 L/ha)
8. Recomendação para uso de boro
• Boro via Folha
Condições ideais para aplicação
Velocidade do vento: deve estar na faixa de 3 a 15 km/h.
Umidade do ar: 55% mínima.
Temperatura: não pode ultrapassar 28º C.
Maioria das áreas devem receber as adubações corretivas:
- Manhã até 9-10 horas
- Final da tarde após as 16 horas
Ideal é checar antes de se iniciar a aplicação.
OBRIGADO
Ronaldo Luiz Vaz de Arruda Silveira
www.rragroflorestal.com.br