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Valorização do Magistério: Piso Salarial e Plano de Carreira Eduardo Deschamps Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina

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Page 1: Valorização do Magistério: Piso Salarial e Plano de Carreira Eduardo Deschamps Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina

Valorização do Magistério:Piso Salarial e Plano de Carreira

Eduardo Deschamps

Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina

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O Consed tem a missão institucional de atuar em prol de uma educação de qualidade.

A valorização do magistério, compreendendo salários dignos, formação e condições adequadas de trabalho é

linha de ação do Consed, posto que se reflete na melhoria da qualidade do ensino.

Nesse contexto, a Lei 11.738/2008 é uma conquista dos professores e da educação brasileira.

Page 3: Valorização do Magistério: Piso Salarial e Plano de Carreira Eduardo Deschamps Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina

As secretarias estaduais de educação têm envidado todos os esforços para o cumprimento integral da legislação.

Medidas estratégicas adotadas, reconhecendo a importância do professor e tendo como foco o aluno:

Elevação dos valores de remuneração;

Revisão dos planos de carreira;

Formação profissional;

Realização de concurso público para a carreira docente;

Políticas de incentivo ao desempenho dos educadores;

Aprimoramento da gestão escolar;

Implementação do regime de colaboração.

Page 4: Valorização do Magistério: Piso Salarial e Plano de Carreira Eduardo Deschamps Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina

DIFICULDADESForte impacto orçamentário do cumprimento de 1/3 de

hora-atividade;

Impacto sobre a folha de inativos;

Planos de carreira não ajustados;

Problemas de gestão dos sistemas;

Lei do Piso/Lei de Responsabilidade Fiscal;

Limites da complementação do Piso;

Forma de correção do Piso pelo Valor Aluno Ano (VAA).

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A principal dificuldade é a financeira.

Há unidades da federação nas quais:

os recursos para a educação estão sendo praticamente absorvidos pela folha de pagamento;

as despesas com pessoal estão chegando ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal

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Em 2012, para pagamento da atualização de 22% do valor do piso e implantação da repartição da jornada de trabalho docente:

O impacto total estimado pelas secretarias estaduais deEducação alcança R$ 8,3 bilhões/ano.

Em contraste: os recursos da complementação do Fundebpara essa finalidade são de apenas R$ 1,1 bilhão.

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                     IMPACTO LEI DO PISO 2012 (R$)UF IMPACTO PISO/HA UF IMPACTO PISO/HA

Acre 2.277.000 Paraíba* 31.000.000

Amazonas 215.000.000 Paraná 321.100.000

Amapá 154.500.000 Pernambuco 300.000.000

Alagoas* 16.700.000 Piauí 132.000.000

Bahia 411.272.000 R. G. do Norte 111.263.000

Ceará 151.177.000 R. G. do Sul 3.600.000.000

Distrito Federal s/impacto Rio de Janeiro 200.000.000

Espírito Santo 29.500.000 Rondônia 3.700.000

Goiás 400.000.000 Roraima 46.000.000

Maranhão 109.426.000 Santa Catarina 408.000.000

Mato Grosso 217.000.000 São Paulo  19.600.000

Mato G. do Sul 41.600.000 Sergipe 133.000.000

Minas Gerais 896.000.000 Tocantins 838.000

Pará 341.000.000 TOTAL 8.291.953.000

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O QUE FAZER?

Encontrar uma alternativa para a indexação do Piso por meio do diálogo da Comissão criada no Congresso Nacional;

Avaliar legislação no tocante à jornada extra-classe;

Ajustar carreiras e gestão dos sistemas de ensino;

Assegurar novas fontes de financiamento para a educação.

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AMPLA NEGOCIAÇÃOObjetivo: garantir o avanço representado pela legislação e assegurar recursos para os demais itens necessários a uma educação pública de qualidade.

Partes envolvidas: Consed, Undime, CNM, FNP, MEC e o Congresso Nacional.

Pontos centrais de discussão: critério de atualização do piso; fontes de financiamento; cronograma para implementação da jornada extraclasse

O acordo é fundamental para assegurar: a valorização do magistério e a qualidade da educação a continuidade das atividades pedagógicas, evitando a

instabilidade, greves e prejuízos para o estudantes.

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CRITÉRIO DE ATUALIZAÇÃO DO PISO

Critério atual: atualização calculada pelo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno - anos iniciais do ensino fundamental urbano.

Problema: as receitas do Fundeb tendem a crescer; o número de alunos na educação básica, em geral, e no

ensino fundamental, em particular, tende a diminuir;

resultante: os valores considerados crescerão mais do que proporcionalmente em relação à elevação das receitas públicas.  

Consequência: a manutenção da fórmula poderá comprometer os investimentos e o financiamento dos demais itens necessários para uma educação de qualidade.

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1ª) Percentual de crescimento do valor aluno/ano dos anos iniciais do fundamental urbano do Fundeb (atual critério).

Em 2013, o piso passará para R$ 1.759,00, pois o crescimento foi de 21,2%, entre 2011 e 2012.

2ª) Variação anual do INPC (PL 3776/2008 – proposta do Executivo Federal - com parecer aprovado na Comissão de Finanças e Tributação-

CFT).O INPC possui estimativa para 2012 de 5,1 %, o que elevaria o piso para

R$1.525,00

3ª) Percentual de crescimento da receita do Fundeb.O crescimento da receita de 2011 para 2012 foi de 19,1%, o que elevaria o

piso para R$ 1.728,14 em 2013.

4ª) Variação do INPC mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores.Com o percentual de 7,8 %, o piso em 2013 seria de R$ 1.564,61

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JORNADA EXTRACLASSE

Necessidade de contratação de pessoal: afeta a maioria dos estados implica adequação orçamentária e reorganização administrativa

da gestão do pessoal do magistério. Reorganização dos projetos pedagógicos. processo complexo. período extraclasse revertido em favor do aluno e da melhoria

do processo de ensino aprendizagem.

Proposta: implementação de cronograma, pelos próprios estados, em negociação com os sindicatos, levando em consideração as diferentes realidades.

Observar parecer do CNE sobre hora-atividade.

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PLANO DE CARREIRA E GESTÃO DOS SISTEMAS

Adequação dos planos de carreira à nova realidade da lei do piso (amplitude, número de níveis, etc.)

Acompanhar resolução do CNE e PLs tramitando no Congresso estabelecendo diretrizes para planos de carreira.

Incorporação de gratificações e adicionais vigentes sobre vencimento base.

Manifestação da CNTE: municípios que não vem encontrando dificuldades no pagamento do piso na carreira

possuem em geral relação professor x aluno de 1:20 no mínimo.

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FONTES DE FINANCIAMENTO

Definição de novas fontes de financiamento, para que já em 2012 os estados e municípios tenham garantia de apoio financeiro e orçamentário para o cumprimento integral de Lei do Piso.

Pelas regras atuais, em 2012, apenas nove estados têm direito à complementação para pagamento do piso (AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB, PI e PE). Mesmo assim, não conseguem cumprir as exigências para pleitear o recurso.

O total disponível para fins de complementação do Fundeb, de acordo com o próprio MEC, é de apenas R$ 1,1 bilhão por ano, valor insuficiente para atender as necessidades de estados e municípios.

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Alta capacidade de arrecadação da União

Fonte: CDES, 2010 – Elaboração Luiz Araújo.

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Baixa participação da União no investimento em educação

Fonte: Inep, 2009 - Elaboração Luiz Araújo.

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7%

64%

13%

15%

Investimento em educação por nível e etapa, 2009

Educação Infantil

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Educação Superior

Fonte: Inep/MECInvestimento global em 2009: ~ R$ 155,6 bilhões.

11.233.235.350,58

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CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE EDUCAÇÃO – CONSED

SDS/Conic - Edifício Boulevard Center, 5º andar, sala 50170.391-900 - Brasília/DF

Tel.: (61) 2195-8650Fax: (61) 2195-8653

[email protected]

Junho de 2012