vanderli dantas de araujo junior · 2020. 5. 17. · ciência, tecnologia e inovação nunca...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
VANDERLI DANTAS DE ARAUJO JUNIOR
GESTÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM STARTUP DE
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO: MODELO DE NEGÓCIO BLUHPASS
NATAL/RN
2018
VANDERLI DANTAS DE ARAUJO JUNIOR
GESTÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM STARTUP DE
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO: MODELO DE NEGÓCIO BLUHPASS
Dissertação de mestrado apresentado aoPrograma de Pós-Graduação em Ciência,Tecnologia e Inovação da Universidade Federaldo Rio Grande do Norte, como requisito para aobtenção do título de Mestre em Ciência,Tecnologia e Inovação.
Orientador: Prof. Dr. Edgard de Faria Corrêa.
NATAL/RN
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Araujo Junior, Vanderli Dantas de. Gestão de ciência, tecnologia e inovação em startup de desenvolvimento tecnológico: modelo de negócio Bluhpass /Vanderli Dantas de Araujo Junior. - 2020. 58 f.: il.
Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federaldo Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Ciência,Tecnologia e Inovação. Natal, RN, 2018. Orientador: Prof. Dr. Edgard de Faria Corrêa.
1. Startup - Dissertação. 2. Inovação - Dissertação. 3. Mineração de dados - Dissertação. I. Corrêa, Edgard de Faria.II. Título.
RN/UF/BCZM CDU 658.081
Elaborado por Ana Cristina Cavalcanti Tinôco - CRB-15/262
VANDERLI DANTAS DE ARAUJO JUNIOR
GESTÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM STARTUP DE
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO: MODELO DE NEGÓCIO BLUHPASS
Dissertação de mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade Federaldo Rio Grande do Norte, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ciência, Tecnologia e Inovação.
Orientador: Prof. Dr. Edgard de Faria Corrêa.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________Prof. Dr. Edgard de Faria Corrêa
Universidade Federal do Rio Grande do NorteOrientador
____________________________________Prof. Dr. Carlos Alexandre Camargo de AbreuUniversidade Federal do Rio Grande do Norte
___________________________________Prof. Dr. Gláucio Bezerra Brandão
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
__________________________________Prof. Dr. Sílvio Costa Sampaio
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
____________________________________Prof. Dr. Rodrigo Siqueira Martins
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Aprovado em: 18 de setembro de 2018.
AGRADECIMENTOS
Ao longo da minha vida, percebi que sozinho qualquer caminhada é difícil e
complicada. Sendo assim, gostaria de deixar meu eterno agradecimento a algumas
pessoas que fizeram a minha caminhada nesse programa de pós-graduação um
grande período de aprendizado e construção.
Ao professor, orientador e mestre Edgard Faria de Corrêa, meu eterno
obrigado por ter acreditado em um projeto de que envolvia tecnologias das mais
diversas e estava sendo proposto por um jurista e administrador. Obrigado também
pelo apoio, esforço e atenção contínua com seu compromisso de lecionar e construir
cidadãos coerentes com seus objetivos e valores.
Ao desenvolvedor Állif Henrique, que foi o primeiro desenvolvedor a fazer
parte da equipe Bluhpass e acreditou na construção e idealização do projeto.
Aos atuais desenvolvedores, Jeorgivam Junior e Rummenigge Maia que
construíram e tornaram real todo o sistema idealizado e hoje disponível, assim
como, o contínuo compromisso diário com o crescimento e aperfeiçoamento dos
sistemas Bluhpass.
A minha família e especialmente a minha mãe (Maria de Fátima) por ser
sempre a minha calma e meu ponto de equilíbrio e inspiração.
RESUMO
O texto tem como objetivo descrever a relação da Gestão da Inovação em startup debase tecnológica com o perfil do Gestor em Ciência, Tecnologia e Inovação. Esse, sefundamenta em estudo de caso próprio, onde o gestor em CTI comanda e dirige astartup BluhPass, que desenvolve um sistema de software e hardware para gestãoem controle de acessos. Desenvolvido sob a área de concentração da Gestão daInovação, o projeto tem caráter dinâmico, investigativo e interdisciplinar, uma vezque, ao buscar a satisfação das necessidades do projeto, o gestor concentrouesforços além da sua área de concentração, envolvendo conhecimentos específicosda grande área de Tecnologia da Informação. A pesquisa feita nesse estudo é do tipoexplicativa, que, objetiva identificar os fatores que determinam ou que contribuempara a ocorrência dos fenômenos. Os resultados demonstram que, a startup emquestão, ainda que em estágio de desenvolvimento inicial de um produto mínimoviável, apresenta um bom desenvolvimento de seus produtos e serviços, tendoevoluído substancialmente durante o período de estudos e aprendizado do Mestradoem Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade Federal do Rio Grande doNorte, finalizando a presente pesquisa com resultados satisfatórios em software,hardware e propriedade intelectual.
Palavras-chave: Startup. Gestão. Inovação. IoT. Mineração de Dados.
ABSTRACT
This study aims to describe the relation between Innovation Management intechnological base startup and Science, Technology and Innovation Manager profile.It is based on a particular case, when the CTI manager commands and directs theBluhPass startup that develops a software and hardware system for managing andaccess control. It was developed under concentration area of InnovationManagement, a project with dynamic, investigative and interdisciplinarycharacteristics, since, when looking for satisfaction with project needing, the managerpursues beyond its concentration area, evolving specific knowledge at the big area ofInformation Technology. The research on this study has an explicative type, that,according, aims to identify factors that may determine or contribute to phenomenonoccurrence. Results showed that, the startup in question, even on a initial stagedevelopment of its minimal viable products, presented a good development on itsproducts and services, which has been substantially evolving during the study periodand learning of Science, Technology and Innovation Master Degree of FederalUniversity of Rio Grande do Norte, finishing on the present research with satisfactoryresults on software, hardware and intellectual properties.
Keywords: Startup. Managing. Innovation. IoT. Data Mining.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Personas e estrutura organizacional Bluhpass ..........................21
Figura 2 – Equipamentos instáveis ............................................................27
Figura 3 – Recolhimento manual dos tickets .............................................27
Figura 4 – Falha na gestão de resíduos .....................................................28
Figura 5 – Modelo de quadro - Business Model Canvas .............................31
Figura 6 – Desenho industrial do totem .....................................................48
Figura 7 – MVP do totem ...........................................................................48
Figura 8 – Sistema embarcado do totem ..................................................49
Figura 9 – Site Bluhpass ............................................................................50
Figura 10 – Sistema web – painel de controle Bluhpass ............................50
Figura 11 – Sistema mobile Bluhpass ........................................................51
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações
CInO Chief Innovation Officer
CTI Ciência, Tecnologia e Inovação
DVD’s Digital Video Disk
ID’s Identificadores
MVP Minimum Viable Product
NDA Non Disclosure Agreement
OMPI Organização Mundial da Propriedade Intelectual
PPgCTI Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação
TI Tecnologia da Informação
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................10
2. FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................13
2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................13
2.2. CONCEITOS E ESTADO DE MERCADO ....................................................16
2.3. CONCORRENTES .......................................................................................17
2.4. BLUHPASS E CONCEITOS .........................................................................18
2.4.1. Histórico ................................................................................................21
2.4.2. Constatações ........................................................................................23
2.4.3. Problema ...............................................................................................25
3. DESENVOLVIMENTO .........................................................................................28
3.1. OBJETIVOS ..................................................................................................28
3.2. OBJETIVO GERAL .......................................................................................29
3.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .........................................................................29
3.4. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................29
3.5. SOLUÇĀO .....................................................................................................32
3.5.1. Potencial inovador ...............................................................................35
3.5.2. Equipe ....................................................................................................35
3.5.3. Monetização ..........................................................................................36
3.5.4. Marketing ...............................................................................................37
3.5.5. Tração tecnológica – Protótipo ..........................................................37
4. CInO – CHIEF INNOVATION OFFICER .............................................................40
4.1. EVOLUÇÃO DURANTE O MESTRADO ......................................................41
4.1.1. Reconhecimentos do CInO – Chief Innovation Officer ....................44
4.2. PROPRIEDADES INTELECTUAIS ..............................................................45
4.2.1. Material desenvolvido ..........................................................................47
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................50
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................52
ANEXOS ....................................................................................................................53
ANEXO A – Pedido de Registro de Desenho Industrial .........................................54
1. INTRODUÇÃO
Ciência, tecnologia e inovação nunca estiveram tão em evidencia como nos
dias atuais, os fatores podem ser os mais diversos, desde a presunção de que esses
elementos, se bem aplicados, onde quer que sejam, podem ser ferramentas de
desenvolvimento econômico, social, político e de socialização de conhecimento, até
a sua própria vulgarização e deturpação de conceito que vem sendo aplicada de
forma irresponsável por alguns que tratam do tema. A ciência em si, também vem
sendo empreendida pelos governos como uma forma de revolução na qual o mundo
não tem escolhas a não ser explorá-la. Segundo Velho (2011, p. 129),
A ciência passou, assim, a desempenhar, no nível ideológico, um papelestratégico como força produtiva, merecendo um lugar na política dosgovernos, que começaram a buscar formas de dirigir os efeitos dapesquisa a objetivos definidos. O resultado foi a formulação de políticascientíficas nacionais centradas em modelos normativos institucionaisespecíficos nos países que saíram vitoriosos da Segunda Guerra, comdestaque para os Estados Unidos e o Reino Unido.
Como em uma tríplice hélice, Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) funciona
como um organismo único e de cooperação multilateral, onde um elemento
fundamenta o outro com o intuito de colaboração e desenvolvimento. Em sendo
assim, é fato que, no desenvolvimento de um projeto que envolva CTI, o
conhecimento e visão de forma ampla e contínua deve ser uma característica base
do seu gestor, pois, com um conhecimento geral e amplificado sobre os mais
diversos aspectos da vida quotidiana e acadêmica é que o gestor consegue
entender e traçar os planos adequados para o desenvolvimento do projeto em
questão, como, profissionais envolvidos, necessidades, capacidades, controle
financeiro, gestão, entre outros.
O gestor em CTI deve ter o espírito empreendedor correndo em suas veias,
empreender não é fato simples e tão pouco status social como se pensa, ainda mais
quando o ponto de apoio se chama Brasil. Empreendedor, segundo Dolabela (1999),
“são indivíduos que realizam novas combinações, no sentido de inovar, identificam
oportunidades e criam negócios, montam e coordenam novas combinações de
recursos para extrair os melhores benefícios de suas inovações”.
Não menos importante que isso, existe uma característica muito importante
que deve ser desenvolvida caso não seja algo presente no perfil do gestor em CTI,
que é a curiosidade e sua satisfação, vontade de aprender e fazer novas
descobertas a respeito dos campos investigativos do seu projeto. Esses aspectos
traçam, um perfil interessante do gestor, é de grande valia fazer essa associação
pois, em um entendimento simples, a “grande ideia” inovadora sai de uma mente
que pensa em um negócio que possivelmente pode conter um potencial inovador
muito alto, contudo, uma ideia é apenas uma ideia até que ela seja investigada e
desenvolvida em todas as suas esferas.
Em continuidade a esse entendimento, a conjunção de características de um
gestor em CTI mencionadas anteriormente toma grande proporção a medida que
elas se fazem necessárias, ou seja, na maioria das vezes, um projeto inicial
necessita de uma grande pesquisa em busca de validação, o que, com a devida
instrução e norteamento por parte de um gestor, o projeto se torna mais dinâmico e
melhor direcionado. Esse entendimento pode ser melhor compreendido quando
aplicado de fato a um projeto, ou seja, o conhecimento em diversas áreas faz do
gestor em CTI um profissional capacitado para os grandes desafios que um projeto
em inovação exige, como é o caso do projeto objeto desse texto, o BluhPass.
Nesse texto, será abordado o modelo de negócio da startup1 Bluhpass, que
trabalha no desenvolvimento de software e que conta com ajuda de hardware para
coleta de dados e desenvolvimento de métricas, que em determinado momento
auxiliam na aplicação de informativos e pesquisas segmentadas.
A referida startup fora motivada inicialmente por uma insatisfação e
consequente observação dos sistemas de controles de acessos para
estacionamentos atuais que, não são dinâmicos, nem inteligentes e sequer
acompanharam a evolução tecnológica em que o mundo e seus negócios se
inseriram.
Ainda, sobre esses sistemas, ficam claras a ineficiência (que serão discutidas
e apresentadas nesse texto) e a falta de gestão eficaz para o propósito base desse
tipo de negócio, ou seja, a segurança. Tal aspecto é visivelmente negligenciado e
facilmente percebido por qualquer usuário mais atento quando, observa-se que,
cartões de papel (tickets) sem qualquer tipo de identificação que relacione o usuário
1 De acordo com Blank, “startup é uma organização temporária usada para pesquisar um modelode negócio repetível e escalável" (BLANK, 2012).
ou seu veículo com o lugar estacionado pode ser facilmente repassado a outro
usuário, burlando o sistema, mas sem causar prejuízo algum aos usuários. É comum
também que esses sistemas estejam constantemente em manutenção e os
estabelecimentos são obrigados a fazer recolhimento manual (o que vai diretamente
contra com o processo proposto de automação e segurança) ou então a deixar as
cancelas abertas sem a verificação devida.
Este texto está dividido em dividido em 5 (cinco) capítulos, de acordo com a
seguinte estrutura:
No Capítulo 2 serão apresentados os conceitos básicos que norteiam e
fundamentam o desenvolvimento do negócio, fornecendo informações importantes
no tocante a contextualização, conceitos de mercado, potenciais concorrentes, o
negócio Bluhpass e seu histórico, assim como, suas constatações e problemas.
O Capítulo 3 tratará do desenvolvimento desse modelo de negócio, Bluhpass,
abordando os objetivos, materiais e métodos, soluções, potencial inovador, equipe,
monetização, marketing e tração tecnológica do protótipo.
O Capítulo 4 tratará especificamente da gestão da inovação, de forma a
explanar a abordagem do Chief Innovation Officer (CInO) e sua relação com o
desenvolver do projeto e criação de valor, de modo a validar a importância desse
profissional em um negócio com premissas inovadoras.
Por fim, no Capítulo 5 serão postas as considerações finais a esse trabalho,
mencionando os fatores conclusivos e que tornaram esse projeto viável.
De modo geral, o objetivo desse texto é entender como o perfil de um CInO
atua e aplica seus conhecimentos em um projeto de base tecnológica mesmo
advindo de uma outra área de formação, e assim, consegue desenvolver, aplicar e
inovar diferenciais onde são requisitadas habilidades específicas de um gestor em
ciência, tecnologia e inovação.
2. FUNDAMENTAÇÃO
Inicialmente é importante discutir alguns conceitos básicos que norteiam o
desenvolvimento de um negócio ou projeto. Sendo preciso evidenciar a relação com
mercado, potenciais concorrentes e demais aspectos que se relacionam com o setor
e ambiente onde o negócio está inserido. Para isso, nesse capítulo será exposto de
forma contextualizada o negócio Bluhpass com base no seu histórico e
constatações.
2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Presente atualmente como elemento de destaque em muitas corporações, a
inovação vem sendo gradualmente aplicada e tida como a grande aposta e
promessa para substituir a tradição que se instaurou dentro das empresas. Por si só,
ela não é aplicada com o propósito de fazer algo novo para mudar ações, produtos,
serviços, métodos, processos, acrescentar valor, entre outros fatores, tal fenômeno
corriqueiramente vem associado a “mudança” que vai proporcionar entrada de
fundos no caixa da empresa, o que de fato pode acontecer, porém, a essência da
inovação não pode ser unicamente arrecadar dinheiro, seu propósito deve estar
norteado em fornecer algo novo e melhor do que já se tinha antes, provocando
encantamento e satisfação no seu cliente, que, por ter um bom produto ou serviço,
vai sentir prazer em lhe retribuir financeiramente pelo que se está sendo oferecido.
A inovação tem um poder de mudança muito forte e capaz de provocar
alteração nos hábitos e costumes das pessoas, é algo inevitável, os gestores em
CTI sabem o que estão fazendo (os que se atualizam, tem visão de futuro, mente
aberta, entre outros), eles criam serviços mais eficientes, ágeis, práticos, atendem à
expectativa e muitas vezes a superam facilmente. Ainda, são personalizados,
tecnológicos, acessíveis e o custo benefício é melhor se comparado aos modelos
tradicionais.
Até pouco tempo atrás e ainda atualmente, as notícias eram obtidas em
revistas, jornais, TV e rádio, e hoje em dia, em mídias sociais, como: Twitter,
Facebook, entre outras, permitindo acesso a uma infinidade de conteúdo
personalizado e que proporcionam muito mais que apenas acesso à informação,
permite que o usuário produza, questione e amplifique seu entendimento sobre
diversos temas, logo, esse conteúdo não é mais uma via unilateral e com data e
hora marcada, ela caminha no fluxo que a tecnologia permite.
Há uma década, os filmes que estavam no cinema após saírem de cartaz,
passavam meses para chegarem às locadoras de vídeo, que disponibilizavam os
filmes em fitas e que foram substituídas pelos DVD’s (Digital Video Disk), e que hoje
existem mídias Bluray com capacidade de armazenado incrivelmente superior as
fitas de vídeo que estavam nas locadoras, que por sinal, sequer existem mais, a não
ser como peça de museu.
A inovação aconteceu, hoje tem-se distribuidores de filmes por fluxo de dados
(streaming), como: Netflix2, iTunes3, Google Play4, entre outros tantos serviços de
entretenimento, que funcionam, não mais em aparelhos de reprodução de disco,
mas sim em SmartTV’s5, AppleTV6, Google Chromecast7 e tantos outros dispositivos
de transmissão. Ainda nessa passagem de tempo, é incrível o que também
aconteceu com a música e a forma de se ouvi-la, em um histórico recente, o que era
reproduzido em sistemas de som, em equipamentos portáteis, leitores de CDs
(Diskmans) e tocadores MP3, foi substituído por celulares “inteligentes”
(smartphones) e aplicativos como o Spotify® e Apple Music®. Cabendo mencionar a
indispensável contribuição de Steve Jobs – cofundador, presidente e diretor
executivo da empresa de tecnologia Apple – para o setor fonográfico com a criação
do iPod, que tornou a reprodução de músicas mais dinâmica e em contribuição ao
que parecia um caminho sem volta, que era a pirataria e não pagamento de direitos
autorais aos artistas.
É perceptível que nesses setores, a inovação vem contribuindo com o
fornecimento e consumo de conteúdo sob demanda e com controle do cliente, houve
a inversão de controle, o que antes era ditado e imposto pelas empresas, hoje é
oferecido e disponibilizado ao gosto e tempo do usuário.
Em contribuição ao assunto e possível análise, percebe-se claramente os
reflexos que a internet e as novas formas de entretenimento vem causando no
mercado:
2 NETFLIX. Help. Netflix. Disponível em: <https://help.netflix.com/pt/node/412>. Acesso em: 05 jul. 2018.
3 APPLE. Itunes. Apple. Disponível em: <https://www.apple.com/br/itunes/>. Acesso em: 10 ago. 2018.
4 GOOGLE. Google Play.Google. Disponível em: <https://play.google.com/store>. Acesso em: 10 ago. 2018.
5 São televisores inteligentes que recebem essa nomenclatura por permitir interação com a redemundial de computadores além de transmitirem imagens de canais televisivos.
6 Computador de reprodução de mídia digital produzido pela Apple.
7 Computador de reprodução de mídia digital produzido pela Google.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou em março de2017 um total de 18.614.653 assinantes de TV paga no Brasil, o quecorresponde a uma diminuição de 9.989 assinantes em comparação comfevereiro de 2017, uma redução de 0,05%.
Nos últimos doze meses, a redução foi de 337.703 assinantes, umdecréscimo de 1,78%. Neste período, a Oi apresentou crescimento de14,46% com mais 170.705 assinantes e assim como a Cabo queaumentou 3,48% com mais 1.759 assinantes. Todos os outros gruposapresentaram redução.
Em relação às tecnologias, entre fevereiro e março de 2017, a maiorqueda foi no MMDS, -75,92%. Em 12 meses, a fibra ótica apresentoucrescimento de 22,65% com a entrada de 40.562 assinantes. Todos osoutros serviços apresentaram queda, em termos absolutos a maiorredução foi registrada por usuários de satélite, menos 205.616assinantes (-1,89%).
Nos estados brasileiros, no último mês o Rio Grande do Norte liderou aredução percentual nos números de usuários de TV paga, com queda de5,71%, seguido por Sergipe com redução de 2,55% e Tocantins comdecréscimo de 1,42%.
Nos últimos doze meses, Pernambuco liderou a redução percentual nosassinantes no país, caindo 7,42%, seguido de Goiás com queda de6,18% e Rondônia com redução de 5,40%. Lideraram o crescimento daTV paga no Brasil os estados do Piauí com 9,13%, Maranhão com6,62% e Pará com 3,31% de aumento no número de assinantes.(ANATEL, 2017).
Interessante é ressaltar que a maioria das inovações estão ligadas a algum
tipo de inovação tecnológica e ao pensamento inovador do empreendedor ou gestor
em CTI. Algo claro é que os gestores em CTI, que não aplicarem a inovação e
mudanças nos negócios atuais, podem ficar amarrados no passado junto aos seus
produtos e serviços ultrapassados, pois, a cada dia existem cada vez mais
empresas aplicando e disponibilizando novos negócios, com novas tecnologias
crescentes e que se desenvolvem a cada novo dia. Não inovar é se negligenciar de
forma consciente, sabendo que o mercado lhe consumirá até o ponto de se existir
apenas como um fato histórico, a citar o fadado exemplo da Kodak®, empresa
deteve para si, e por demasiado tempo, o monopólio fotográfico e que hoje seu
nome é apenas lembrado como um exemplo de negligência em gestão e inovação.
Em sendo assim, inovação é meio e caminho para o desenvolvimento, colaborando
com o que foi mencionado anteriormente entenda-se inovação como:
De forma genérica, existem dois tipos de inovação: a radical e aincremental. Pode-se entender a inovação radical como odesenvolvimento e introdução de um novo produto, processo ou formade organização da produção inteiramente nova. Esse tipo de inovaçãopode representar uma ruptura estrutural com o padrão tecnológicoanterior, originando novas indústrias, setores e mercados. Tambémsignificam redução de custos e aumento de qualidade em produtos jáexistentes. Algumas importantes inovações radicais, que causaramimpacto na economia e na sociedade como um todo e alteraram parasempre o perfil da economia mundial, podem ser lembradas, como, porexemplo, a introdução da máquina a vapor, no final do século XVIII, ou odesenvolvimento da microeletrônica, a partir da década de 1950. Estas ealgumas outras inovações radicais impulsionaram a formação depadrões de crescimento, com a conformação de paradigmastecnoeconômicos. As inovações podem ser ainda de caráter incremental,referindo-se à introdução de qualquer tipo de melhoria em um produto,processo ou organização da produção dentro de uma empresa, semalteração na estrutura industrial. Inúmeros são os exemplos deinovações incrementais, muitas delas imperceptíveis para o consumidor,podendo gerar crescimento da eficiência técnica, aumento daprodutividade, redução de custos, aumento de qualidade e mudançasque possibilitem a ampliação das aplicações de um produto ou processo.A otimização de processos de produção, o design de produtos ou adiminuição na utilização de materiais e componentes na produção de umbem podem ser considerados inovações incrementais. (LEMOS,LASTRES e ALBAGLI, 1999, p. 124).
2.2. CONCEITOS E ESTADO DE MERCADO
O mundo caminha em uma progressão assustadora no tocante ao seu
desenvolvimento tecnológico, dificilmente identifica-se uma zona ou setor produtivo
que não faça uso de algum tipo de tecnologia em seu meio de interação ou
produção, até nos setores menos industrializados, como é o setor de obras e
produtos artesanais, a tecnologia está presente, mesmo que minimamente ou de
forma já avançada. Todos os setores da economia utilizam aplicações bom base em
tecnologias desenvolvidas para a agilização e desenvolvimento de processos e
produtos.
O desenvolver da sociedade encontra-se cada vez mais inserido em uma era
tecnológica e autônoma, robôs já são algo altamente indispensável e presente na
indústria automobilística; carros já transportam humanos e andam pelas estradas
dirigindo de forma autônoma e tomando decisões inteligentes; os processos e
serviços são cada vez mais industrializados; a biotecnologia já menciona os
nanorrobôs há algum tempo, assim como, o desenvolvimento e impressão de órgãos
humanos, os procedimentos, técnicas e equipamentos cirúrgicos estão cada vez
menos invasivos e mais eficientes; a utilização e possibilidade de uso de veículos
não tripulados – drones – a cada dia é mais crescente e criativa, ao ponto de se
confundir drones com carros voadores; os smartphones cada vez incorporam mais
tecnologias e substituem os computadores de mesa; o uso de energias renováveis é
crescente; de modo geral, o desenvolvimento tecnológico vem tornando possível
algo que antes era só um conceito futurista, ou seja, cidades inteligentes são cada
vez mais presentes.
A concepção de cidades inteligentes é um fenômeno quase que inevitável, o
caminhar e desenvolver das tecnologias é cada vez mais interligado e com intuito de
integração e colaboração. As cidades são cada vez mais integradas e
tecnologicamente desenvolvidas, as possibilidades para além do que já existe só
cresce e fazem os entusiastas crerem em ideias mais disruptivas e inovadoras, e é
bem nesse caminho que o projeto BluhPass se integra, no desenvolvimento de uma
ferramenta que integre tecnologicamente os diversos tipos de controles de acessos,
tornando e fazendo parte desse processo denominado cidades inteligentes.
Os sistemas de controle de acessos atuais têm uso e aplicação limitada, ao
ponto de servirem apenas como um sistema para controle mínimo de acessos, não
permitindo, em geral, a identificação de usuário além de um código de barras que
pode facilmente ser transferido a outra pessoa. Tais mecanismos são aceitos, ainda
que apresentando limitação e estagnação tecnológica, funcionando como uma
aplicação paliativa e estática e que não acompanhou e nem incorporou as evoluções
tecnológicas que o mercado desenvolveu para outros setores. Em outras palavras,
um controle mínimo automatizado é melhor que algum tipo de controle humano ou
até mesmo nenhum controle.
Esses sistemas acumulam outros problemas que não são e não serão
resolvidos a menos que projetos inovadores mudem os processos e mecanismos
atuais, como: (i) a grande quantidade de resíduos (papel); (ii) sistemas e processos
lentos e falhos que geram filas e brechas de segurança; (iii) alto custo em
manutenção de equipamentos; (iv) tecnologia limitada e que necessita de contínua
intervenção humana, não podendo ser classificada como um processo totalmente
automatizado.
2.3. CONCORRENTES
O sistema Bluhpass conta com alguns concorrentes de peso e já presentes no
mercado. Tais concorrentes estão inseridos em sua grande maioria nas grandes
regiões metropolitanas do país, e mais difundido e adaptado nas regiões Sul e
Sudeste. Vale ressaltar que alguns desses concorrentes já se instalaram e atuam em
alguns centros comerciais próximos, como: Recife, Salvador e Fortaleza.
A conhecer tais concorrentes, menciona-se os mesmos de forma direta e que
apresentam proposta de valor diferente da Bluhpass, uma vez que neste a captura
de valor se dá por meio do tratamento do volume de dados e informações
disponíveis em seus sistemas, enquanto os concorrentes comercializam controle de
acessos de forma direta, ou seja, vendem assinaturas mensais dos seus serviços
em controle de acessos.
Dentre os concorrentes existentes no mercado em 2018, pode-se destacar:
Conect Car8;
Sem Parar9;
MoveMais10;
Auto Expresso11;
Veloe (novo entrante)12.
2.4. BLUHPASS E CONCEITOS
BluhPass é um sistema modular, que está sendo desenvolvido para ser
utilizado, inicialmente em estacionamentos, como uma tecnologia disponível para o
controle de acessos por meio de aplicações para web, para dispositivos móveis,
usando hardware específico no controle dos acessos. Seu funcionamento parte da
8 CONECTCAR. ConectCar. Disponível em: <http://www.conectcar.com>. Acesso em: 03 jul. 2018.
9 SEM PARAR. Sem Parar. Disponível em: <https://www.semparar.com.br>. Acesso em: 15 jun.2018.
10 MOVE MAIS. Move Mais. Disponível em: <https://www.movemais.com/#/inicio>. Acesso em: 08ago. 2018.
11 A empresa incorporou seus serviços aos da empresa Sem Parar e deixou de operar em 30 deabril de 2018.
12 VELOE. Veloe. Disponível em: <https://veloe.com.br>. Acesso em: 15 jun. 2018.
aplicação móvel que será disponibilizada em lojas virtuais para os principais
sistemas operacionais, onde, após o usuário realizar seu cadastro nesse aplicativo,
ele terá acesso a um e-ticket (eletronic ticket – tíquete eletrônico) individual do tipo
QR-Code13 desenvolvido com tecnologia de segurança própria, que permitirá sua
validação em totens disponíveis nos espaços parceiros e que farão validação do e-
ticket por meio de uma aplicação para web presente no totem. Esses totens são
equipamentos de hardware desenvolvidos com estudos em aplicações de marketing
para objetos intuitivos, de apelo tecnológico e futurista.
A aplicação foi desenvolvida para atender e desenvolver uma oportunidade de
mercado em controle de acessos através do fornecimento de permissões
tecnológicas e dinâmicas. A sua proposta central e que move o projeto está baseada
no intuito de coletar dados e transformá-los em informações para tomada de
decisões estratégicas e inteligentes baseado no conteúdo coletado e armazenado
em uma base de dados.
Para Big Data14 ainda não existe uma definição precisa quanto ao tema,
contudo, pode-se definir o termo como sendo uma ferramenta para designar um
conjunto de tendências tecnológicas que permitam uma nova abordagem para a
coleta, tratamento e entendimento de um grande volume de dados com a finalidade
de tomada de decisão. Zikipoulos et al. (2012) dizem que Big Data se caracteriza por
quatro aspectos; volume, velocidade, variedade e veracidade.
A estrutura do projeto está baseada em três pilares essenciais de informação:
a aplicação móvel, o totem (hardware) e a aplicação web. Desse modo, tem-se um
organismo tecnológico que deve funcionar em perfeita harmonia para que o produto
tecnológico ao qual o projeto faz referência seja gerado e disponibilizado para
consumo. Vê-se com clareza a importância de cada um desses elementos quando
se analisa individualmente a atividade de cada um deles dentro do conceito geral do
projeto:
13 QR code (Quick Response), código de resposta rápida, foi desenvolvido em 1994 por Denso-Wave, no Japão e servia para acompanhar as peças para os automóveis numa linha de produçãoe montagem da Toyota.
14 O termo Big Data é amplo e não existe ainda um consenso comum em sua definição. Porém, BigData pode ser resumidamente entendido como o processamento de um grande volume de dadoscomplexos produzidos por aplicações. Porém, Segundo Schneider (2012), o termo descreve pelomenos três distintas, mas interligadas, tendências; a captação e gerenciamento de lotes deinformação; o volume de dados que está dobrando a cada ano e o trabalho com muitos tiposnovos de dados.
A aplicação móvel funciona como a ponte de ligação entre o projeto e os
clientes, é por meio dela que o sistema consegue coletar os dados e
informações que serão compilados e tratados para poder servirem como
fonte de informação na tomada de decisões, ou seja, o consumidor do
serviço, para fazer uso dele, deve baixar e instalar o aplicativo a partir de
plataformas online, realizar seu cadastro, incluir suas informações e só então
o mesmo terá o seu e-ticket disponibilizado na tela do seu smartphone e
pronto para uso junto aos estabelecimentos conveniados.
O totem (hardware) tem o objetivo de coletar e transmitir códigos que são
relacionados a identificadores (ID’s) de usuários e atividades específicas,
tendo inicialmente duas variações, entrada (check-in) e saída (check-out).
Seu hardware consegue coletar (por meio de uma câmera específica) e
associar os códigos contidos nos QR-Codes a identificadores (ID’s),
possibilitando a interligação de informações como, ID de usuário, hora, local,
entre outros dados que são armazenados e acumulados ao longo do tempo
seguindo as premissas dos 4 (quatro) V’s do Big Data, a citar; volume,
veracidade, velocidade, variedade.
A aplicação para web é compreendida como o “cérebro” do projeto, pois é
nela e por ela onde ficam acumuladas todos os dados e informações que
partiram da aplicação móvel e passaram pelo totem. Essa aplicação é
responsável por permitir e recusar acessos, processar e acumular as
informações recebidas pelo hardware, fornecer acesso e ao painel de
controle (dashboard) do sistema web dos usuários administrativos, assim
como, possibilita a esses a comunicação com o centro de controle do
serviço, onde os mesmos podem fazer uso dos demais serviços oferecidos
pelo sistema, a citar: envio publicitário (segmentado ou geral), comunicação
com usuário (individual ou geral), entre outros.
No contexto da estruturação do projeto, o mesmo conta com vários tipos de
“personas” envolvidas (Figura 1): o usuário mobile, os desenvolvedores, os
administradores gerais, os administradores locais e funcionários.
O usuário mobile é o usuário relacionado aos 4 (quatro) V’s do Big Data, ele é
quem movimenta e faz jus ao que o sistema oferece como produto final, é por meio
dele que a aplicação consegue captar volume, veracidade, variedade e velocidade
dos dados e informações por meio do qual a aplicação se torna valorável.
Os desenvolvedores são profissionais técnicos, eles respondem e estão
ligados ao projeto BluhPass, são profissionais responsáveis pela manutenção,
cooperação e relacionamento com todos os envolvidos, tendo uma maior ligação
com os administradores.
Os administradores gerais e locais, assim como os funcionários representam
uma hierarquia de controle. Os administradores gerais são os gestores prioritários,
eles representam os interesses de uma organização com várias unidades onde o
projeto esteja instalado, ou seja, um administrador geral, tem acesso as informações
de todas as suas unidades por meio das informações dos administradores locais,
que são perfis administradores de unidade, e que por sua vez, cada administrador
local tem seus funcionários, que são perfis de controle de unidades submetidos a
hierarquia de administradores locais. Na hipótese da existência de apenas uma
unidade de controle a persona/perfil administrador local deixa de existir, ficando
somente um administrador geral e seus funcionários.
Figura 1 – Personas e estrutura organizacional Bluhpass
Fonte: Elaboração própria
BluhPassBluhPass
Analistas/Técnicos Analistas/Técnicos
Administradores Gerais
Administradores Gerais
Administradores Locais
Administradores Locais
FuncionáriosFuncionários
Usuários MobileUsuários Mobile
2.4.1. Histórico
O projeto BluhPass surgiu a partir de uma análise observatória de mercado,
onde o gestor envolvido, desprendeu atenção para uma análise dos atuais sistemas
de controle de acessos em estacionamentos. Em momentos de observação, foi
percebido uma série de fatores que se puseram em questionamento, como: usuários
que perdiam seus tíquetes de papel, os tíquetes geram um grande volume de
resíduo (lixo), são necessários profissionais de limpeza e manutenção para a ordem
e funcionamento do sistema, os custos são elevados em todas as áreas envolvidas
(manutenção de equipamentos, compra de rolos de tíquetes, destinação de
resíduos, pagamento de funcionários envolvidos), entre outros fatores. Foi
constatado que os sistemas atuais, ainda que contenham uma base tecnológica bem
desenvolvida para a prestação desse serviço, o mesmo é arcaico por exigir um
monitoramento e manutenção contínua em seu hardware, pois os atuais totens
funcionam com uma relativa quantidade de periféricos que sofrem constantemente
com perdas, pausas e necessidade de manutenção, pois não são hardwares
enxutos devido as necessidades do sistema, ou seja, em um hardware atual, existe
um sistema embarcado15, impressoras, espaço para o rolo de tíquetes, leitor de
código de barras entre outros equipamentos.
Observadas as situações descritas anteriormente e assimiladas com o
conhecimento tecnológico do gestor em CTI desse projeto, foi possível perceber que
nesse meio existia uma grande oportunidade de desenvolvimento de negócio
sustentável, de baixo custo, escalável e que continha um grande potencial inovador
se desenvolvido com base em novas tecnologias e estratégias para o mercado de
consumo e venda de informações.
Após constatações e conhecimento prévio em modelos de hardware, Big
Data, Internet das Coisas entre outros fatores relacionados a um pensamento
criativo e inovador, foi possível desenvolver e amadurecer o que hoje é o projeto
BluhPass. No exposto do que hoje são sistemas de controle de acessos (em todos
15 Sistemas embarcados são sistemas computacionais completos e independentes, mais restritosque um computador de propósito geral (desktops), encarregados, em muitos casos, de executarapenas funções determinadas, – em geral predeterminadas, com requisitos específicos - na qualexecutam geralmente repetidas vezes. Seu computador é completamente encapsulado noproduto, totalmente dedicado ao dispositivo que controla. Esses dispositivos são compostosfundamentalmente pelos mesmos componentes de um computador pessoal, só que com tamanhoe capacidade limitadas para o fim que se destina. WIKILIVROS, 2017.
os seus componentes), com características e vulnerabilidades disponíveis que o
sistema apresenta, foi possível aproveitar essa “brecha” de oportunidade
desenvolvendo a proposta do serviço BluhPass, que é um controle de acesso
simples, enxuto e inteligente por dinamizar e criar valor e que até o momento era
desperdiçado. Foram analisados todos os campos envolvidos nos sistemas de
controle de acessos atuais e feitas propostas para enxugar, desenvolver,
aperfeiçoar, simplificar e incluir tecnologias atuais em cima das já existentes.
A partir somente das constatações feitas foi que, aquilo que se tinha (uma
ideia generalista bem fundamentada) começou a caminhar em direção de se tornar
um projeto com o intuito de se desenvolver uma solução e um dia ser uma empresa.
Como em uma conjunção de fatores que se complementam, surgiu a oportunidade
de aplicar o ideal do projeto junto à Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) em seu Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação
(PPgCTI).
Cabe fazer referência que o mestrado do PPgCTI foi o marco divisor de águas
referente ao projeto, esse provocou significativa mudança e desenvolvimento desde
que o gestor aderiu ao programa de pós-graduação, que inicialmente era apenas um
pré-projeto cheio de conceitos, ideais de desenvolvimento e nenhuma equipe
formada, sendo hoje algo totalmente diferente.
2.4.2. Constatações
A partir do estudo e análise feita em cima do modelo atual em controle de
acesso e suas vulnerabilidades, foi possível traçar melhorias no sistema, tanto na
gestão do desenvolvimento do produto (hardware, software, gestão dos
desenvolvedores, entre outros) como no pensamento e visão de negócios, criação
de valores e oportunidade em desenvolvimento, criação e comercialização de
informações com foco em tomada de decisões inteligentes. Tais melhorias foram
pensadas e se integraram de forma tão harmônica que um elemento justificava a
melhoria contida em outro componente, ou seja, as melhorias e aperfeiçoamentos
feitos em hardware, só foram possíveis, porque houve evolução e integração do
software (mobile e web), onde esses também se integravam e cooperavam para o
desenvolvimento e funcionalidades dos demais.
Percebeu-se a necessidade de aplicar melhorias e evoluir o modelo atual
estético de totem (carcaça e proteção para o hardware). Seria preciso construir um
totem totalmente novo e repensado para um uso dinâmico e intuitivo, que partisse da
incrementação, modificação e substituição do sistema embarcado atual por um mais
enxuto e com funcionalidades adicionais que pudesse fazer parte de um novo corpo
de produto, com design desenvolvido baseado em produtos e materiais novos e
tecnologicamente sofisticados, inclusivos, simples e que executassem perfeitamente
a proposição de um serviço inovador.
Logo, junto ao desenvolvimento de um novo software seria trabalhado o
desenvolvimento de um totem com algumas modificações estéticas e de sistemas
embarcados em relação aos modelos atuais. Esse totem contaria com algumas
modificações, evoluções e desenvolvimentos que resultassem em um totem enxuto,
simples e inovador, que iria incorporar um sistema embarcado capaz de coletar,
processar e enviar dados ao seu servidor, atendendo todas as necessidades do
sistema. Em suma, teria de ser desenvolvido um totem que utilizasse apenas uma
placa de processamento com uma câmera de alta resolução para leitura de códigos,
sistema de alto-falantes e sinalização LED, desprendendo a necessidade dos
sistemas atuais de conter: rolo de tíquetes, impressora, motores, telas de leitura,
botões, chaves físicas de acesso, entre outros componentes, percebendo-se que o
sistema BluhPass de controle de acessos já elimina custos em pessoal para
manutenção, troca de bobinas (papel), destinação de resíduos e os custos com as
bobinas.
A aplicação mobile também evoluiu em seu próprio conceito e chegou ao
ponto de maturação e tração tecnológica suficiente para impulsionar a prestação do
serviço, uma vez que, em seu momento inicial, a aplicação necessitava de
comunicação constante com a internet para que o serviço de atualização de código
(QR-Code) e a comunicação fosse feita, o que logo foi substituído por uma aplicação
inteligente e off-line (produzida pelos desenvolvedores do projeto) que possibilita o
uso do sistema, ainda que sem comunicação com a internet, garantindo maior
comodidade e segurança ao usuário e suas informações.
No tocante à aplicação web essa se tornou uma novidade em relação aos
sistemas em controle de acessos, pois, nos atuais sistemas, essa funcionalidade
não existe e nem se faz necessária, uma vez que, cada sistema de controle (totem)
se interliga (por cabos) em um servidor central (fixo) e a ele apresenta as
informações básicas de controle de acesso (hora de entrada e saída) de um único
ambiente onde estiver instalado, sem a amplitude e proposta de valor que o sistema
BluhPass se propõe a oferecer, a citar: coleta e tratamento de dados (em suas
diversas aplicações, publicidade segmentada, segurança, controle, maior
rentabilidade, redução de custos, entre outros) para tomada de decisões
inteligentes. Com o sistema web BluhPass os administradores terão e poderão
consultar todos os dados e informações gerenciais do seu estabelecimento em
tempo real e em qualquer lugar do mundo a partir de um smartphone ou um
computador ligado a Internet. Nesse contexto, fica clara a analogia do sistema web
como sendo o “cérebro” do projeto, pois é nele onde os dados são compilados,
tratados e apresentados aos seus interessados, sendo uma conjunção de dados
importantes para gestão e tomada de decisão, onde o administrador tem um sistema
robusto e que não necessita de cabeamentos e ligação com servidores internos para
o seu funcionamento e instalação, uma vez que, os totens BluhPass (elementos
validadores e coletores de informação) funcionam com comunicação Wi-Fi (e
também por cabos) a servidores em nuvem.
2.4.3. Problema
Os sistemas de controle de acessos atuais tem uso e aplicação limitada a
apenas servirem como um sistema para controle mínimo (tíquetes e tags) de
acessos, permitindo entradas e saídas sem um controle ou aplicação mais rígida e
personalizada aos usuários e ambientes onde estão instalados, os mecanismos não
permitem identificação única de usuário e quando permitem podem facilmente
transitar de um usuário a outro (vulnerabilidade), não podendo ser classificados
como mecanismos com maior quantidade de artefatos e aplicações voltadas para a
segurança e individualidade em acesso. Em uma análise simples, os mecanismos
atuais atuam como um método paliativo, pois automatizaram e agilizam a entrega e
o recebimento manual de tíquetes que acontecia em tempos mais antigos, e que,
por muitas vezes, por serem sistemas lentos, fazem os estabelecimentos ignorarem
qualquer tipo de segurança mínima que esses equipamentos se propõem a oferecer.
Tais mecanismos são aceitos, ainda que apresentando limitação e estagnação
tecnológica, aliado ao pouco avanço em relação ao tempo em que foram criados,
sendo uma aplicação paliativa e estática e que não acompanhou e nem incorporou
as evoluções tecnológicas que o mercado desenvolveu para outros setores. Sob um
custo de inovação zero e por não existirem outras aplicações modernas e atuais,
esses sistemas ainda permanecem ativos e comercializáveis no mercado. Não
menos importante, vale ressaltar outros problemas que esses sistemas acumulam e
que não são, e não serão resolvidos, a menos que projetos inovadores mudem os
processos e mecanismos atuais, como: (i) a grande quantidade de resíduos (papel)
gerados e que crescem progressivamente todos os dias, sem que haja nenhum
pensamento ecológico, assim como nenhuma responsabilidade com políticas
ambientais e socioeducativas, pois esses tíquetes para serem fabricados colaboram
com a emissão de gases poluentes, desmatamento, entre outros fatores; (ii)
sistemas e processos lentos e falhos que geram filas e brechas de segurança; ( iii)
alto custo em manutenção de equipamentos; (iv) tecnologia limitada e que necessita
de contínua intervenção humana, não podendo ser classificada como um processo
totalmente automatizado; (v) vulnerabilidade inovadora, que possibilita e permite a
entrada de novos entrantes no mercado; (vi) foco somente na comercialização de
hardware, entre outros fatores. Tais problemáticas encontradas no setor podem ser
observadas nas Figuras 2, 3 e 4:
Figura 2 – Equipamentos instáveis
Fonte: Captura própria.
Figura 3 – Recolhimento manual dos tickets
Fonte: Captura própria.
Figura 4 – Falha na gestão de resíduos
Fonte: Captura própria
3. DESENVOLVIMENTO
O Bluhpass, como modelo de negócio, foi desenvolvido de forma a ser bem
estruturado e deveria obrigatoriamente analisar alguns fatores essenciais na criação
e estabelecimento de um novo projeto. Sendo assim, foi preciso tratar de temas
introdutórios e norteadores, assim como, ter mais cautela e observação em pontos
críticos e de real relevância, a se observar: objetivos, materiais e métodos, soluções,
potencial inovador, equipe, monetização, marketing e tração tecnológica do
protótipo.
3.1. OBJETIVOS
O projeto Bluhpass anteriormente ao desenvolvimento desse texto, já continha
traços idealizadores, porém, não de forma substancial que fosse capaz de se tornar
algo mensurável. Logo, o objetivo desse trabalho é apresentar os artefatos
desenvolvidos e criados durante o processo acadêmico e empreendedor no
Mestrado em Ciência, Tecnologia e Inovação da UFRN, com ênfase no modelo de
negócios do projeto Bluhpass, que contou com o apoio e aprendizado adquirido
durante o curso.
Ainda em tempo, constata-se que, a maior barreira para este autor foi a
interação necessária com os profissionais de tecnologia da informação. Algo que, se
estende desde a falta de conhecimento técnico avançado na área de Tecnologia da
Informação, até o simples ponto em que termos científicos e específicos da ciência
da computação impediam a comunicação, compreensão e entendimento do que
seria necessário para se solicitar e incluir no projeto, junto aos desenvolvedores.
Fato esse devido, pois, como já supracitado nesse texto, pela razão do autor vir de
uma área adversa a área de computadores e seus programas, onde está norteado o
projeto. A este ponto criou-se uma barreira inerente aos desejos deste autor, mas
que, com a devida perseverança, fez-se presente a essência de CInO, muita
determinação, que culminou na integração da equipe necessária para o
desenvolvimento do projeto. Sendo este um objetivo subjetivo, mas que,
complementa a esfera que envolve o desenvolvimento de um projeto e seu modelo
de negócio.
3.2. OBJETIVO GERAL
Desenvolver o modelo de negócio Bluhpass na ótica do CInO pesquisador,
onde este, por ideação e iniciativa própria, tomou passo para criar e gerenciar um
projeto de ampla base tecnológica, superando as barreiras preexistentes de capital,
mão de obra especializada e conhecimento tecnológico relacionado, motivando e
desenvolvendo o ecossistema das startups e inovações.
3.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O presente trabalho trata da compreensão e desenvolvimento de um modelo
de negócio em projeto de base tecnológica, onde, objetivou-se compreender como a
startup em questão desenvolveu e planejou sua atuação, dessa forma, tem-se como
objetivos específicos:
Desenvolver o modelo de negócio do projeto Bluhpass;
Aprimorar o perfil gestor do CInO em questão;
Explorar os artefatos que compõem o projeto.
3.4. MATERIAL E MÉTODOS
Neste campo são descritas as abordagens e metodologias utilizadas para o
desenvolver desta pesquisa. Sendo um estudo de caso, onde, utilizou-se de uma
análise qualitativa do projeto Bluhpass, com o intuito essencial de extrair com
profundidade as técnicas e posicionamentos que o CInO tomou para que seu
modelo de negócio fosse viável, inovador e sólido, contando com um alto potencial
de escalabilidade e replicação real.
Tal abordagem se justifica pela importância de se conhecer com profundidade,
os meios e técnicas, que o gestor em inovação tomou para criar um modelo de
negócio aplicável, capaz de gerar e entregar valor aos seus clientes.
Muito embora esteja-se no descrever de um negócio de essência tecnológica
com profunda interação de hardware e software, o que se propõe no texto é
descrever e compreender o modelo de negócio em questão, e para isso, o CInO
precisou abordar técnicas e ferramentas que auxiliassem de forma viável o
desenvolver deste.
No mundo dos negócios, estratégia é algo fundamental, porém, para toda
estratégia se manter de pé é necessário um alicerce seguro e robusto. Dessa forma,
foi necessário encontrar e desenvolver um modelo de negócio que abordasse e
tornasse viável a entrega e geração de valor por meio da inovação.
Um modelo de negócio, de acordo com (OSTERWALDER e PIGNEUR, 2013),
é a forma como se descreve a lógica de criação de captura e entrega de valor por
parte de uma companhia. O Quadro de Modelo de Negócios (Figura 5), muito
comumente conhecido como Business Model Canvas, ou até simplesmente Canvas,
é um quadro visual, dividido em outros nove quadros menores que, abordam os
principais aspectos que uma organização deve se atentar para verificar e trabalhar
na estruturação correta do seu modelo de negócios, possibilitando que, de forma
prévia, o gestor encontre pontos falhos e que necessitem de uma maior atenção
para que sua estrutura não seja comprometida no seu objetivo de gerar e entregar
valor.
Figura 5 – Modelo de quadro - Business Model Canvas
Fonte: Adaptado de Osterwalder e Pigneur (2013).
Após a realização do Canvas, prossegue-se de forma estrutural e organizada
para a iniciação do protótipo Bluhpass. Nesse caso particular, conta-se com a
peculiaridade do projeto ser desenvolvido e necessitar de três áreas (hardware ,
softwares web e mobile) de trabalho que se complementem no desenvolver do seu
objetivo geral. Ou seja, é necessário um controle e coordenação adequado de
atividades, desenvolvedores e interações no intuito que o projeto se desenvolva
sempre de forma harmônica e estruturada.
O projeto Bluhpass desde seu início contou com um grupo peculiar de
desenvolvimento, pois, com profissionais distribuídos em cidades diferentes e que
quase nunca tiveram reuniões presenciais em totalidade de membros, era
necessário mais que uma ferramenta que auxiliasse na organização e controle de
tarefas. E assim, o CInO contou com o auxílio de diversas ferramentas, cada uma
com um objetivo distinto, cabendo destacar: WhatsApp16, Hangouts17 e Trello18.
Foram traçadas diversas formas de comunicação de acordo com a
necessidade do momento, e assim, para comunicação instantânea e emergencial o
grupo utiliza a aplicação WhatsApp, que tem vasta disponibilidade em diversos tipos
de equipamentos e é bastante acessível. Essa aplicação permite ainda o envio de
diversos tipos de arquivo, chamadas e interação, possibilitando que a comunicação
essencial seja feita mesmo quando há pouco acesso a dados (operadoras de
telefonia brasileira tem fluxo de dados liberados para essa aplicação) ou
inconstâncias de rede, como velocidade e disponibilização de redes mais velozes.
Não distinto das outras companhias ou projetos, o Bluhpass conta com a
necessidade de comunicação e discussão conjunta por vídeo e áudio simultâneo, e
para isso, o grupo utiliza a aplicação Hangouts, que também conta com uma vasta
disponibilidade de acesso em diferentes tipos de aparelhos e computadores. Ainda
que, esse conte com a necessidade de um bom acesso a rede de dados para
funcionar (compreensível para sustentar várias chamadas de vídeo e áudio
simultâneas), essa é a melhor aplicação para as necessidades do grupo.
Por fim, um grupo tão distinto em contato necessita de uma boa ferramenta
para gestão de projetos. Para isso, foi adotado o Trello para gerenciar, distribuir e
controlar atividades. Essa aplicação, assim como as outras, é bastante disponível e
16 WhatsApp Messenger é um aplicativo de mensagens multiplataforma que permite trocarmensagens pelo celular sem pagar por SMS. Está disponível para smartphones iPhone,BlackBerry, Windows Phone, Android e Nokia. Fonte: <https://www.WhatsApp.com/about/>.
17 Google Hangouts é uma plataforma virtual, onde o usuário pode usar para: iniciar um bate-papo ouvideochamada; fazer chamadas telefônicas usando Wi-Fi ou dados móveis; e enviar mensagens de textocom seu número de telefone do Google Voice ou Project Fi. Fonte: <https://support.google.com/hangouts/answer/2944865?hl=pt-BR&co=GENIE.Platform=Desktop>.
18 Trello é o jeito fácil, grátis, flexível e atrativo de gerenciar seus projetos e organizar tudo. Fonte:<https://trello.com/about>.
tem um uso prático e simples, conta com organizações diferentes na sua versão
web (mais completa) e mobile (objetiva), contudo, podem ser acessadas sem
comprometimento algum do conteúdo nas duas versões. O Trello utiliza o modelo
Kanban19 para gerenciamentos dos projetos nele aplicado, sendo esses projetos
distribuídos em quadros com listas de tarefas, que são representadas por cartões
dentro dos quadros, esses cartões podem ser movidos entre os quadros de forma a
sinalizar a realização ou não de tarefas.
3.5. SOLUÇÃO
O BluhPass surge com uma estratégia dinâmica, avançada, inovadora e
tecnológica para o setor de automatização em controle de acessos, com a aplicação
do fator design em todos os seus artefatos de desenvolvimento para proporcionar e
vender uma nova, diferenciada e entusiasta experiência. Com foco,
acompanhamento e absorção das tendências tecnológicas mundiais que ainda estão
sendo desenvolvidas e aplicadas no mercado, o objetivo do BluhPass é oferecer
controle e acessos simplificados, eficazes, seguros e unificados por meio de uma
aplicação que, além de controlar acessos, oferece e possibilita a aplicação da sua
proposta de valor diferenciada, que é, baseado no conceito de Big Data20 e Internet
das Coisas - IoT21, para coletar e tratar dados, fornecendo informações relevantes
para o gestor, de modo que esse possa tomar decisões inteligentes e que lhe dê
vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.
BluhPass é uma solução tecnológica modular que envolve controle de
acessos, com foco inicial para estacionamentos e pretensão de englobar outros
segmentos, como cinemas, condomínios, registro de ponto, portas automáticas,
entre outros tipos de acessos. Sua tecnologia estará presente em uma aplicação
19 O sistema Kanban trata de uma simbologia visual (na maioria das vezes utiliza-se um esquemade cores para fazer essa identificação) usada na indústria para registrar ações. Tal metodologiasurgiu na empresa Toyota e foi criada e desenvolvida por Taiichi Ohno e Sakichi Toyoda.
20 O termo Big Data é amplo e não existe ainda um consenso comum em sua definição. Porém, BigData pode ser resumidamente entendido como o processamento de um grande volume de dadoscomplexos produzidos por aplicações. Porém, Segundo Schneider (2012), o termo descreve pelomenos três distintas, mas interligadas, tendências; a captação e gerenciamento de lotes deinformação; o volume de dados que está dobrando a cada ano e o trabalho com muitos tiposnovos de dados.
21 A Internet das Coisas tem por base a presença da computação por meio de coisas ou objetoscomo: sensores, atuadores, celulares, entre outros. Partindo dessa premissa, o conceito é obtidopela junção de três pontos: ser identificável, comunicar-se e interagir entre si, através de redesinterconectadas de objetos, com usuários finais ou outras entidades na rede (ATZORI, 2010).
tríplice que relaciona softwares web, mobile, e hardware para cooperarem entre si e
trabalharem para o funcionamento efetivo do sistema. Cada componente é
responsável pelo desempenho de uma atividade específica que, complementa e
alimenta o funcionamento geral do sistema, onde todos os elementos funcionam de
forma automatizada e em dependência dos demais para a obtenção do produto final.
Para o gestor em CTI, considera-se de extrema importância essa visão completa do
produto e suas funcionalidades pretendidas, ainda que em estágio inicial, pois é
nesta etapa de definição de proposta de valor que o empreendedor capta a
percepção de sucesso do seu negócio:
Esse trecho da descrição da proposta de valor captura a visão para oque o empreendedor quer que sua empresa se torne. [...]. Qual é suavisão de longo prazo para a empresa? O que você quer mudar, no finaldas contas? Como fará isso com seus produtos? Como expandirá paramercados adjacentes, conforme o crescimento aconteça? Como vocêespera que as pessoas mudem seus hábitos? Em que o mundo mudarátrês anos após o inicio de seu empreendimento? (BLANK, 2012, p. 76,tradução própria).
O funcionamento e a inicialização do sistema se dão com a posse do
aplicativo, que será disponibilizado para download em lojas virtuais de aplicativos
móveis e para os principais sistemas operacionais desses dispositivos móveis. Após
o download, o cliente é submetido a um cadastro e logo em seguida o mesmo já tem
acesso ao seu e-ticket (do tipo QR-Code) único e intransferível (baseado em um
sistema de validação, verificação e atualização automática desenvolvidas para o
sistema Bluhpass pelos desenvolvedores) que será a sua chave/permissão de
acesso nos ambientes parceiros e conveniados, e apenas para uso e validação nos
totens BluhPass, não sendo utilizável em outro tipo de máquina ou equipamento
semelhante. O totem Bluhpass é um equipamento de hardware desenvolvido com
estudos em aplicações de marketing para objetos intuitivos, inclusivo para
deficientes visuais e auditivos com apelo tecnológico futurista.
Após a visualização e identificação do BluhPassTotem, o usuário faz seu
check-in/check-out apresentando seu e-ticket no sensor do totem que lhe permitirá
acesso/saída ou não ao estabelecimento (de acordo com políticas do local, horário
de funcionamento, pagamento, entre outros fatores), sendo o BluhPassTotem
composto por um hardware específico e ligado a uma plataforma web que faz o
controle/gerenciamento online e instantâneo das informações, permitindo agilidade e
segurança ao sistema e seus usuários. Desse modo, os dados e informações
começam a ser tratados e armazenados nos bancos de dados do serviço, gerando
as métricas (volume, variedade, veracidade, valor e velocidade) necessárias para o
desenvolvimento e aplicação da proposta de valor, tais dados são armazenados e
tratados de modo que sejam facilmente extraídos pelos usuários administradores,
podendo esses, extraírem informações pré configuradas ou fazendo combinações
de fatores. O aplicativo após baixado e feito o cadastro do usuário, funciona ainda
que o aparelho esteja sem dados e conexão com a internet, não impedindo o cliente
de fazer uso do sistema e aplicação.
É importante ressaltar que o sistema BluhPass não objetiva entrar no mercado
e fixar seus serviços imediatamente impondo exclusividade em relação aos outros
sistemas, sabe-se que, novas tecnologias e ferramentas inovadoras precisam de
tempo para absorção e maturação pelos seus clientes, logo, o sistema BluhPass
funcionará em duplicidade com os atuais sistemas, ou seja, o cliente vai ter a opção
de escolha para o serviço que deseja utilizar e que seja de maior interesse para o
seu acesso.
Diante do exposto é possível identificar as novidades que o sistema oferece
em relação aos seus concorrentes, sendo: (i) foco na comercialização do serviço e
não do hardware, (ii) redução de custos (manutenção e insumos), (iii) modernidade,
(iv) responsabilidade social e ambiental, (v) desenvolvimento de oportunidades,
(vi) escalabilidade, (vii) nova proposta de valor inovadora e voltada para o serviço e
não pra o produto, (viii) segurança, (vi) avanço tecnológico, (ix) agilidade em
processos, (x) informação, (xi) inovação em produto e serviço, (xii) oportunidade de
tomada de decisões inteligentes baseadas em métricas e resultados, entre outros
benefícios em virtude do que se agrega de valor aos atuais equipamentos de
controle de acesso.
Ainda no contexto do projeto é importante ressaltar um dos maiores avanços e
soluções obtidas no desenvolvimento do projeto e que, considera-se um elemento
capaz de tornar o serviço mais competitivo e atrativo para o mercado; o
BluhPassTotem. Desenvolvido com estudos em design de produtos, o
BluhPassTotem foi pensado para atender características de produtos intuitivos e
com aspecto tecnológico e futurista, que apresentasse um conceito de produto
enxuto, minimalista e imponente no que se propõe a fazer. Para sua elaboração e
conceito, foram estudados elementos como, cores, tipos e materiais funcionais,
design que dinamizasse a sua estrutura e permitisse o armazenamento do sistema
embarcado e seus periféricos, design funcional (sistema “invisível” de ventilação,
aplicação LED e sonora) e que atendesse demandas inclusivas de acesso para
pessoas com necessidades especiais (limitação visual e auditiva) apresentando
sinais luminosos e sonoros.
3.5.1. Potencial inovador
O potencial inovador do projeto BluhPass é baseado em algo que poucas
empresas conseguem enxergar como um real potencial inovador, seja pela fraca
pesquisa e desenvolvimento aplicado a esses fatores; pela falta de interesse e
limitação cognitiva ou falta de visão em negócios futuros aplicados no presente
(projetos vanguardas e inovadores), negócios esses, que estão baseados muito
além da troca de bens ou serviços por pecúnia ou retorno financeiro. O que move e
alimenta a vontade de empreender junto ao projeto é a aplicação do design e
fornecimento de experiências impactantes nos usuários do sistema. Todos os
objetivos e princípios do projeto estão norteados e são alimentados por esses dois
preceitos, são eles que, dizem como aplicam-se informações, transmite-se
identidade, respeito, inovação e uma verdadeira, nova e incrível experiência em
controle de acesso.
O design e fornecimento de experiências estão tão enraizados na visão (ser
percebida na próxima década como empresa de alto potencial inovador nos
processos e produtos), missão (entregar controle de acessos por meio da
tecnologia, captando valor e transformando em informação) e valores
(aperfeiçoamento, desenvolvimento e implementação de tecnologias e processos
inovadores) do sistema que, são aplicados, desde o layout do aplicativo e sistema
web, até o elegante e sofisticado design do BluhPassTotem, que foi desenvolvido
com estudos baseados em design de produtos tecnológicos e com características de
produtos intuitivos e de cunho futurista, que além de ser um objeto para prestação
de serviço fosse um produto enxuto, minimalista e imponente no que se propõe a
fazer.
3.5.2. Equipe
A equipe de trabalho do projeto BluhPass está dividida em duas operações
distintas, mas que se complementam no desenvolvimento e execução geral do
produto. Sendo então, operações de gestão e operações de tecnologia da
informação; na primeira operação tem-se Vanderli Dantas, com formação acadêmica
em Direito, Comércio Exterior e Administração de Empresas, atuando na gestão de
CTI e acumulando todas as atividades relacionadas ao campo administrativo e
financeiro, e na segunda operação tem-se Jeorgivam Junior e Rummening Maia
como programadores responsáveis pelo desenvolvimento das aplicações web,
mobile e integração dessas com o hardware e todas as demais atividades e
responsabilidades relacionadas à tecnologia da informação do projeto.
3.5.3. Monetização
O projeto BluhPass, desenvolve uma lógica e raciocínio de programação
baseada no acúmulo de dados para tratamento e transformação desses em
informação para tomada de decisões, gerando um conteúdo baseado no
crescimento progressivo de usuários que utilizam a aplicação e fornecem o volume
necessários de dados para o sistema trabalhar. Desse modo, todo serviço gerado,
aplicado e destinado aos clientes mobile BluhPass, é oferecido gratuitamente, ainda
que, os estabelecimentos conveniados apliquem taxas aos seus serviços, o
aplicativo funciona como mera plataforma de controle de acessos, ou seja,
autorizando ou negando permissibilidades através do seu sistema, sendo assim,
aplicações e/ou cobranças financeiras são destinadas integralmente (a descontar
impostos e taxas obrigatórias) a quem está cobrando pelo serviço (exemplo,
estacionamento).
Sendo assim, fica clara a importância do usuário mobile para o funcionamento
geral do sistema, mas uma vez que esse não paga nada à plataforma BluhPass,
surge a dúvida de como o sistema monetiza. Partindo do entendimento anterior, o
sistema BluhPass tem uma construção de valor estratégica para sua monetização e
geração de fundos financeiros, tal estratégia está norteada nos conceitos e
entendimentos do Big Data, ou seja, gerando volume, variedade, veracidade e
velocidade, o sistema consegue transformar esses artifícios em valores suficientes
para escalar e dar condições de desenvolvimento sustentável ao projeto. Logo, o
sistema BluhPass, tem geração de riqueza fornecendo serviços de publicidade
segmentada, informações para tomada decisões estratégicas, níveis e pacotes em
sistemas tecnológicos em controle e monitoramento de acesso, pesquisas e coleta
de informações individuais, gerais e/ou personalizadas de acordo com as métricas
do sistema, assim como, outros serviços que se relacionam com acesso à
informação e aos produtos e projetos que serão implementados no desenvolver do
sistema (serviço de pager/espera em restaurantes, ingressos para cinemas e
eventos).
3.5.4. Marketing
O objeto de marketing do projeto BluhPass será algo inovador por se tratar de
um planejamento estratégico com intuito de desenvolver um alto impacto no
mercado sob um baixo custo financeiro. Como estratégia de entrada, pretende-se
formalizar contrato de prestação de serviço gratuito (degustação) durante
determinado período de tempo (de três a seis meses) com dois grandes
concorrentes locais, visando que, com essa parceria, conquiste-se tanto o gosto dos
parceiros locais com os serviços da plataforma de gerenciamento de controle de
acesso, como o dos usuários mobile que alimentarão o banco de dados fazendo
com que as métricas de coleta e transformação de dados comecem a ser
alcançadas.
A partir da efetivação das parcerias e instalação do sistema, tem-se início o
marketing publicitário, que envolve algo que fora planejado estrategicamente para
que acontecesse e gere uma alta repercussão. Baseado no design autopromovido
do BluhPassTotem, as pessoas observam a interação de usuários ativos com o
totem e seus smartphones, e que, por despertar curiosidade nas pessoas, essas
procuram saber o que é tal “fenômeno”, dando início a uma disseminação de
propaganda entre a cadeia de consumidores. Em complemento, serão
desenvolvidas e elaboradas ações de marketing voltadas para plataformas digitais e
em redes sociais.
3.5.5. Tração tecnológica – Protótipo
Como forma de obtenção de tração tecnológica para o projeto, o Gestor em
CTI junto aos desenvolvedores trabalharam em um MVP – Minimum Viable Product,
que, como cita Ries (2012, p. 85-6),
Um produto mínimo viável (MVP) ajuda os empreendedores a começar o
processo de aprendizagem o mais rápido possível. No entanto, não é
necessariamente o menor produto inimaginável; trata-se, apenas, da
maneira mais rápida de percorrer o ciclo construir-medir-aprender de
feedback com o menor esforço possível.
Ao contrário do desenvolvimento de um produto tradicional, que, em
geral, envolve um período de incubação longo e ponderado e aspira à
perfeição do produto, o objeto do MVP é começar o processo de
aprendizagem, não o terminar. Diferentemente de um protótipo ou teste
de conceito, um MVP é projetado não só para responder a perguntas
técnicas ou de design do produto. Seu objetivo é testar hipóteses
fundamentais do negócio.
O propósito do desenvolvimento do MVP BluhPass está bem além de validar ou
refutar ideia que se pretende colocar em mercado, como reafirma Blank (2012, p. 73),
O objetivo desses experimentos/testes não é apenas coletar informações
dos consumidores, nem ao menos é somente avançar no processo de
validação ou refutação das hipóteses. Também não é somente aprender
alguma coisa, embora se espera que isso aconteça. É algo mais
profundo, intangível, e que, no final das contas, faz o empreendedorismo
permanecer uma arte. É o fato de que se está sempre olhando para os
fatos passados, mas procurando por um insight.
Para o desenvolvimento do MVP, será utilizado como componente de
hardware um computador embarcado Raspberry Pi 3 Model B interligado a uma
câmera Raspberry Pi v2, por serem ambos produtos do mesmo desenvolvedor
(Raspberry Pi Foundation) e funcionarem em perfeita harmonia. Tais componentes
foram escolhidos pela sua versatilidade em sistema embarcado e permitirem
diversos tipos de testes, desde aplicações mais simples até mais complexas a
especificar:
O Raspberry Pi 3 tem uma grande capacidade de processamento devido ao
seu processador Broadcom Quad Core BCM2837 de 64 bits e clock de
1.2GHz, ele já conta com adaptador Wi-Fi e Bluetooth 4.1 integrados,
evitando a necessidade de se comprar adaptadores adicionais e liberando as
portas USB para outras aplicações, como por exemplo a ligação de um HD
externo. A placa tem 1GB de memória RAM, adaptador para cartão microSD e
GPU Videocore IV 3D. Com o Raspberry Pi 3 é possível rodar diversas
distribuições Linux como, o Raspbian e Ubuntu, além de outros sistemas
operacionais, como o Windows 10 IoT.
Especificações:
- Raspberry Pi 3 Model B;
- Processador Broadcom BCM2837 64bit ARMv8 Cortex-A53 Quad-Core;
- Clock 1.2 GHz;
- Memória RAM: 1GB;
- Adaptador Wifi 802.11n integrado;
- Bluetooth 4.1 BLE integrado;
- Conector de vídeo HDMI;
- 4 portas USB 2.0;
- Conector Ethernet;
- Interfaces para câmera (CSI) e para display (DSI);
- Slot para cartão microSD;
- Conector de áudio e vídeo;
- GPIO de 40 pinos;
- Dimensões: 85 x 56 x 17mm.
A Câmera Raspberry Pi v2 tem 8MP e sensor Sony IMX219. Ela é uma
atualização da Raspberry Pi que surpreende com sua funcionalidade,
tamanho, peso e facilidade de instalação e com um ótimo preço. Com 8
megapixels de resolução, ela é capaz de captar vídeos nas resoluções,
1080p30, 720p60, 640x480p90 e imagens estáticas de até 3280x2464 pixels.
Por ser desenvolvida pela mesma fundação que desenvolve a Raspberry Pi 3,
a câmera tem perfeita interação com a placa, bastando plugar ao conector
CSI (Camera Serial Interface) da placa para conectá-la, que é um conector
especialmente dedicado para este tipo de conexão e troca de dados.
Especificações:
- Sensor: Sony IMX219;
- Resolução: 8MP;
- Imagem: 2592x1944 pixels;
- Vídeo: 1080p30, 720p60 e 640x480p60/90;
- Comunicação via CSI;
- Suporta vídeos 1080p;
- Dimensões: 25 x 20 x 9mm;
- Peso: 3g.
Ainda como ferramentas de tração tecnológica, foram geradas exclusivamente
para o projeto, artefatos como: desenho industrial e registro de marca (registros
solicitados junto ao INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial), registro de
domínio web, desenvolvimento de ferramenta própria para sistema de códigos
inteligentes e atualizados automaticamente ainda que sem comunicação com a rede
fornecedora de dados e absorção do projeto pelo Mestrado em Ciência, Tecnologia e
Inovação da UFRN.
4. CInO – CHIEF INNOVATION OFFICER
Para o projeto BluhPass, o desafio inicial foi a necessidade de um
conhecimento amplificado em relação às terminologias e conhecimentos em
linguagens de programação e em projetos de software e de hardware por parte do
gestor, tal necessidade se deu pois o projeto necessita de profissionais da área de
desenvolvimento de tecnologia, e que, para serem recrutados seria indispensável
um conhecimento mínimo por parte do gestor para se filtrar os profissionais e suas
habilidades em desenvolvimento (linguagens e ferramentas de programação, entre
outros), assim como, para se manter o contínuo desenvolvimento, comunicação e
interligação entre os dois principais polos de criação (gestão e desenvolvimento
tecnológico). Ainda em relação ao Projeto BluhPass e às capacidades ampliadas
que o gestor em CTI deveria ter além das “obrigatórias” (administração, vendas,
controle, finanças, investimento, pessoas, entre outros), estava o conhecimento em
tecnologias do tipo: IoT, volume de dados, placas de hardware, sistemas
embarcados, engenharia de produtos, entre outros, ficando clara a
multidisciplinaridade de conhecimentos que é exigida de um gestor em CTI.
Em igual importância fez-se necessário compreender a abrangência da
interdisciplinaridade que segundo Bicalho e Oliveira (2011, p.7) “a
multidisciplinaridade corresponde a uma busca da integração de conhecimentos por
meio do estudo de um objeto de uma mesma e única disciplina ou por várias delas
ao mesmo tempo”, fazendo jus ao tratado anteriormente nesse texto. Em
complemento a esse entendimento, Domingues (2005, p.22) elenca as principais
características de atividades chamadas multidisciplinares, sendo elas:
a) aproximação de diferentes disciplinas para a solução de problemasespecíficos; b) diversidade de metodologias: cada disciplina fica com asua metodologia; c) os campos disciplinares, embora cooperem,guardam suas fronteiras e ficam imunes ao contato.
O Projeto BluhPass tem uma aplicação voltada para o controle de acessos
que envolve diversas plataformas, aplicações e conhecimentos. Vanderli Dantas
atua no projeto operando como CInO, com a função principal de gerenciar o modelo
de negócio e a equipe de desenvolvimento de tecnologia da informação, analisando
e propondo soluções com devida aplicação de mercado, assim como, analisar de
forma holística os trabalhos da equipe de tecnologia da informação, que
desenvolvem produtos e soluções em aplicações de software e hardware para
soluções embarcadas e para web.
É explícito que um CInO deve buscar conhecimentos além do que sua
formação acadêmica lhe concedeu, ou além do que sua vontade ou experiência de
mercado lhe permite, é necessário iniciativa e proatividade. No projeto BluhPass,
percebe-se uma vasta aplicação de conceitos e desenvolvimento tecnológico com
base em programas de computadores, TI – Tecnologia da Informação,
desenvolvimento de hardware e de software para web e para dispositivos móveis
(mobile), conceitos além do que a formação acadêmica do gestor em CTI do projeto
permitiu, uma vez que o mesmo apresenta formação acadêmica em Direito,
Comércio Exterior e Administração de Empresas, áreas de conhecimento
“teoricamente” distintas do que o projeto necessita.
Quando se relaciona um CInO com sua formação acadêmica e seu trabalho, é
necessário um pouco de cuidado para não implicar falta de capacidade com, pois,
formação acadêmica não implica em uma trajetória acadêmica fechada e
unicamente direcionada para as normativas aplicadas e sugeridas pela academia. É
devido e sugerido que um acadêmico ultrapasse os limites da academia, que
pesquise, conteste e desenvolva estudos além do que lhe é posto como fatídico.
Nesse estudo de caso é notório uma área de conhecimento não relacionada
diretamente com o projeto, porém, percebe-se a interdisciplinaridade que o mesmo
tem, ou seja, o relacionamento de diversas áreas de conhecimento com o projeto, e
que, de todo modo, tem-se relação direta e necessária com o campo dos estudos
administrativos e jurídicos, pois, o mesmo tem relação particular com o
gerenciamento de atividades, liderança e com os direitos privados de acesso e
disponibilização de informação, propriedade intelectual, acumulo de dados, direitos
empresariais entre outros diversos tipos de direitos envolvidos.
4.1. EVOLUÇÃO DURANTE O MESTRADO
O processo de evolução e mudança de projeto para empresa acompanha
várias fases de crescimento, algumas percorrem caminhos mais longos, outras,
caminhos mais curtos, certo é, que nada é certo além de que, para crescer e se
desenvolver é necessário trabalho e esforço, e foi nesse campo onde teve-se maior
notoriedade durante o curso de mestrado do PPgCTI da UFRN. O Projeto BluhPass
passou do que era apenas uma ideia e conceito para uma equipe de profissionais
engajados no desenvolvimento de um sonho, que, acredita-se ser capaz de mudar o
presente e o futuro com o desenvolvimento de tecnologias avançadas.
Em março de 2016 iniciava-se o processo de desenvolvimento que aconteceu
dentro do presente curso. Inicialmente com a submissão do projeto e apresentação
à banca avaliadora, o que era a ideia de negócio chamado “Eazer”, obteve sucesso
nas etapas de seleção do mestrado e chegou a sala de aula em abril. No início das
atividades e experiências acadêmicas dos 6 (seis) primeiros meses, foi coletado um
grande volume de informações teóricas como, desenvolvimento de plano de
negócios, estruturação de ideias, aprendizado, entre muitas trocas de experiências,
conhecimento e rede de contatos (networking).
Essa base de aprendizado serviu como o impulso que faltava para o ponta pé
inicial do projeto, ou seja, como um gestor em inovação iria desenvolver um projeto
de base tecnológica que envolvia campos de hardware e software sem sequer saber
programar uma linha em qualquer linguagem de programação e conhecendo apenas
conceitos básicos sobre ferramentas tecnológicas? Avaliando também que a
formação acadêmica do gestor em CTI é distinta da criação e desenvolvimento
tecnológico. Foi então que, junto à pressão de desenvolver o negócio proposto à
banca de seleção e o seu efetivo desenvolvimento, somente no 4º mês, iniciaram as
buscas por desenvolvedores que pudessem compor a equipe de trabalho, o detalhe
era: o projeto envolvia trabalhos relacionados a hardware, software para
dispositivos móveis e para sistemas web, ou seja, um só desenvolvedor seria pouco
para trabalhar no projeto, e o que já era difícil se tornou quase que impossível, pois
os recursos ainda que existissem, não poderiam ser negligenciados, e sim,
otimizados, foi quando a estratégia utilizada pelo gestor em CTI foi procurar,
entrevistar e convencer os desenvolvedores a trabalharem em uma ideia de negócio
com um alto potencial inovador e que poderia ser um grande projeto futuramente,
onde eles (desenvolvedores), seriam sócios do negócio a partir do seu próprio
investimento em capital intelectual para desenvolvimento das aplicações.
Os desafios pareciam tão grandes, que eram como querer derrubar um castelo
que sequer tinha se erguido; desenvolver aplicação web e mobile relacionadas a
hardware que sequer existia ou tinha-se ideia de qual seria, assim como, contratar
desenvolvedores apenas com a promessa de um negócio inovador e escalável no
ramo de controle de acesso, e que, ao mesmo tempo que se falava em um negócio
com alto potencial inovador, também era necessário deixar todas as informações
claras e disponíveis, informando que tudo poderia dar errado, e que os esforços
seriam convertidos apenas em aprendizado, e que, esse aprendizado no
desenvolvimento do projeto deveria ser contínuo, sendo obrigado a eles, terem
curiosidade e sagacidade para aprender além do que eles sabiam, pesquisar e
aprender não era sugestão, era ordem, o sistema ia necessitar de aprendizado e
conhecimento adquirido diariamente.
Não foi fácil e nem ninguém disse que seria, mas após algumas semanas
insistentes colando cartazes (que não assustassem os “possíveis” desenvolvedores)
nas universidades e em redes sociais, surgiram os primeiros interessados em
escutar as propostas, foram várias entrevistas, horas e horas conversando e para
cada novo entrevistado um acordo de confidencialidade ou NDA (Non Disclosure
Agreement) era feito, nesse ponto o gestor em CTI tinha bagagem, a escola de
Direito e experiências anteriores lhe preparam para tanto, ainda sim, era muito
trabalho que parecia não estar dando resultado algum. A insistência foi o sucesso,
ou quase isso. Quando finalmente foram encontrados os desenvolvedores e eles
aceitaram todas as condições do projeto, traçou-se o plano de trabalho que deveria
ser executado.
Ilustrativamente, no início tudo parecia promissor, só que, existiam três
motores (dois desenvolvedores e um gestor de inovação) que deveriam impulsionar
o projeto continuamente e na mesma velocidade e harmonia, porém, um estava
sempre quebrando e necessitava de assistência contínua, aquilo não teria êxito. Na
visão do gestor em CTI, só existem duas saídas para se resolver o que não está
funcionando; uma é tentar consertar e a outra é substituir por algo novo (outro
desenvolvedor), e no caso o certo era substituir por algo novo, porém, não era só
substituir por algo novo, era preciso alguma falha de fato que quebrasse o contrato
feito de colaboração previamente ou aquilo poderia ser um stress jurídico em algum
momento futuro. De fato, aconteceu, o que estava errado foi removido, porém, era
como ter subido uma montanha muito íngreme e de uma hora para outra ter
escorregado e caído nos pés da montanha, era preciso se recuperar da queda e
voltar a caminhar em direção ao topo. Nesse texto já foi mencionado que uma das
características do empreendedor e gestor em CTI é a persistência e a crença nos
seus objetivos, e de fato só pode ter sido isso que fez o projeto voltar a andar e
começar a caminhar de forma correta.
Um novo desenvolvedor foi encontrado, contratado e substituiu o anterior com
todas as características necessárias para o projeto, mas dessa vez, parecia melhor,
e de fato era. O novo desenvolvedor e o inicial que ficou no projeto tem interesse e
responsabilidade, são proativos, trabalham em complementariedade e entenderam
que para o negócio dar certo era precioso o emprenho e dedicação deles. Logo a
parte mais difícil tinha sido superada, os problemas agora seriam outros, talvez mais
fáceis de carregar montanha a cima. No entanto esse “probleminha” tinha causado
uma perda, o tempo passou e o desenvolvimento das aplicações ficou estagnado
por um bom período, no caso, a segunda equipe de desenvolvimento só iniciaria
seus trabalhos após o oitavo mês do início do mestrado.
Atualmente o desenvolvimento está finalizado, tem-se os registros de desenho
industrial, marca e domínio web, investimentos feitos em hardware e equipamentos,
plano de negócios estruturado e estrategicamente traçado, assim como, todo um
contexto de colaboração e desenvolvimento de projeto que caminha para suas
etapas finais junto ao mestrado, mas em contexto inicial para sua caminhada como
negócio inovador.
4.1.1. Reconhecimentos do CInO – Chief Innovation Officer
Na constante caminhada como gestor em inovação, Vanderli Dantas já
cumulou alguns reconhecimentos em níveis internacionais e nacionais. De forma
sucinta lista-se:
Internacional:
Ganhador Tic Américas, organizado pela YABT junto da OEA – Organização
dos Estados Americanos. (Cúpula das Américas 2015 – Cidade do Panamá –
Panamá).
Nacional:
Finalista do Prêmio Santander Universidades 2014 (Brasil).
Finalista Acelera Startup 2015 – FIESP (Brasil).
Vencedor do Prêmio EDP Inovação 2020 em 2014 (Brasil).
Menção Honrosa recebida por desenvolvimento de projeto social. (Natal/RN).
Vencedor do Prêmio Universitário James McGuire em 2015 (Natal/RN).
Projeto participante e apoiado com o selo do Social Good Brasil para projetos
sociais e inovadores.
Finalista do Prêmio 3M de inovação 2015 (Brasil).
Finalista do Prêmio Santander 2k17 (Brasil)
4.2. PROPRIEDADES INTELECTUAIS
Propriedade em qualquer sentido que se tenha é algo relacionado a
construção de algo que gerou resultados e que esses resultados pertencem a
alguém, que possivelmente fez ou desenvolveu algo para merecer ser proprietário
de algo ou alguma coisa. Corroborando com essa informação, a Organização
Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) define propriedade intelectual como os
direitos relativos a:
“às obras literárias, artísticas e científicas, às interpretações dos artistasintérpretes e às execuções dos artistas executantes, aos fonogramas eàs emissões de radiodifusão, às invenções em todos os domínios daatividade humana, às descobertas científicas, aos desenhos e modelosindustriais, às marcas industriais, comerciais e de serviço, bem como àsfirmas comerciais e denominações comerciais, à proteção contra aconcorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividadeintelectual nos domínios industrial, cientifico, literário e artístico.”(Convenção que Institui a Organização Mundial da Propriedade Intelectual,assinada em Estocolmo, em 14 de julho de 1967; Artigo 2, § viii)
Não obstante desse entendimento, propriedades intelectuais tem base nesse
pensamento, contudo, a terminologia “intelectual” acrescenta um conceito maior a
propriedade, e nessa propriedade desenvolveu-se estudos e formalizou as suas
propriedades intelectuais, em desenho industrial (Figuras 6 e 7), registro de domínio
web e marca.
A título de conhecimento, a Figura 8 mostra o sistema embarcado no protótipo
atual, contando com sistema de iluminação LED, hardware para processamento de
dados e sensor ótico para captura de códigos. O que define e reafirma o objetivo de
inovar em processos e produtos frente às empresas atuantes no mercado atual.
Figura 6 – Desenho industrial do totem
Fonte: Elaboração própria.
Figura 7 – MVP do totem
Fonte: Captura própria.
Figura 8 – Sistema embarcado do totem
Fonte: Captura própria.
4.2.1. Material desenvolvido
Atualmente o projeto conta com uma lista de artefatos prontos e disponíveis
para acesso e utilização, aguardando somente componentes de hardware para
composição dos primeiros totens comercializados e que serão instalados no
Condomínio Residencial Mirante da Serra, localizado em Caicó, interior do estado do
Rio Grande do Norte.
O sistema web, aplicações mobile, totens, contratações e todos os serviços e
requisitos para uso do sistema Bluhpass se iniciam por meio do site disponível no
endereço eletrônico de mesmo nome (bluhpass.com) e que tem seu acesso
disponível e permitido a qualquer usuário que deseje consumir o produto. As Figuras
9, 10 e 11 mostram, respectivamente, a tela inicial do site web Bluhpass, o painel de
controle do Bluhpass e interfaces da versão do Bluhpass para dispositivos móveis.
Figura 9 – Site Bluhpass
Fonte: Captura própria.
Figura 10 – Sistema web – painel de controle Bluhpass
Fonte: Captura própria.
Figura 11 – Sistema mobile Bluhpass
Fonte: Captura própria.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente texto, buscou-se tornar notório o Modelo de Negócios do Projeto
Bluhpass, bem como, a importância do CInO como gestor em inovação responsável
por articular todos os atores envolvidos no projeto com o fim de torná-lo viável. Um
modelo de negócios baseado em análise de dados, ainda que promissor e em
correspondente a demandas de negócios futuros, é algo arriscado, por isso, não
basta ser visionário em negócios que envolvem coleta e tratamento de dados, é
preciso aplicação e validação.
Para tal validação, o CInO se deparou com diversos desafios, sendo o de
maior relevância, encontrar, formar e afinar uma equipe de colaboradores para tirar o
projeto do papel e fazê-lo firme e real. Consta-se como maior desafio superado, a
relação entre a área de atuação acadêmica do CInO e a área de desenvolvimento
do projeto, onde, além de um lapso existente entre os tipos de profissionais, existe
uma divergência de linguagens, desde as de desenvolvimento até as de
comunicação.
Percebe-se a inovação comumente presente no texto e nos planos futuros da
Bluhpass, muito embora o projeto ainda necessite de algumas validações voltadas
para a execução do negócio em campo (captura de percepções e retorno dos
usuários, assim como, volume de informações que serão capturadas na versão
Beta), para de fato se inserir no mercado. Absorve-se que a inovação faz parte do
projeto tanto na mudança de processos que a Bluhpass se propõe a causar no meio,
assim como, na forma de criar valor, entregar serviço e gerar receitas. Os processos
Bluhpass se distinguem, de fato, da forma em que os concorrentes aplicam
conceitos e ferramentas no controle de acessos. Aplicam-se, como diferenciais, a
segurança e individualização em controles de acessos, assim como, a maior aposta
do negócio, a coleta e tratamento de dados para influenciar na tomada de decisões
estratégicas, o que, acredita-se ser o diferencial que tornará o projeto a frente dos
seus concorrentes, obedecendo inclusive demandas de negócios futuros.
Ainda que ultrapassados os aspectos de um mínimo produto viável (MVP),
resta obedecer aos processos e decisões atuais, que buscam difundir o projeto,
tornando-o um negócio escalável e comercializável de fato, devendo-se para isso,
aplicar, desenvolver e coletar métricas para adaptações reais que o mercado pode
impor ao uso da aplicação.
Por fim, considera-se mencionar os próximos passos do projeto e que colocará
o modelo de negócio (objeto teórico do negócio Bluhpass e desse trabalho) em
validação junto com a parte física e tangível do empreendimento Bluhpass, fazendo
uma migração de um trabalho, que até o momento foi evidenciado em uma visão
micro, para um estudo e aplicação de modo macro. Para isso, esse contexto macro
será inserido de forma prática em um condomínio residencial localizado na cidade
de Caicó, interior do estado do Rio Grande do Norte, onde, será inserida a versão
beta de forma gratuita (temporal) para agir de forma estratégica, fidelizando esse
parceiro e coletando informações suficientes para desenvolver uma versão estável e
com as adaptações necessárias para se inserir de fato como empresa profissional e
estável no mercado.
REFERÊNCIAS
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(OSTERWALDER e PIGNEUR, 2013) OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y.Business Model Generation: Inovação em Modelos de Negócios. [S.l.]: Alta Books,2013.
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ANEXOS
ANEXO A – Pedido de Registro de Desenho Industrial
Pedido de registro de desenho industrial
00.000.2.1.17.0295058.9
06/04/201787017002285915:56
Número do Processo: BR 30 2017 001514 0
Dados do Depositante (71)
Depositante 1 de 1
Nome ou Razão Social: Vanderli Dantas de Araujo Junior
Tipo de Pessoa: Pessoa Fisica
CPF/CNPJ: 05303212467
Nacionalidade: Brasileira
Qualificação Física: Estudante de Pós Graduação
Endereço: Romualdo Galvão, 2235, Bl.F, Apto.602
Cidade: Natal
Estado: RN
CEP: 59056100
País: Brasil
Telefone:
Fax:
Email: [email protected]
Dados do Registro de DI
Objeto do Desenho: Tridimensional
Natureza: Depósito de Pedidos de Registro de Desenho Industrial (DI)
Titulo: Configuração aplicada a/em gabinete para sistema de controle deacessos - totem
10-05 INSTRUMENTOS, APARELHOS E DISPOSITIVOS PARAVERIFICAÇÃO, SEGURANÇA OU TESTES
Campo de Aplicação Principal:
Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 06/04/2017 às15:56, Petição 870170022859
Petição 870170022859, de 06/04/2017, pág. 1/5
Autor 1 de 1
Nome: VANDERLI DANTASDE ARAUJO JUNIOR
CPF: 05303212467
Nacionalidade: Brasileira
Qualificação Física: Estudante de Pós Graduação
Endereço: Romualdo Galvão 2235, F 602, Lagoa Nova
Cidade: Natal
Estado: RN
CEP: 59056-100
País: BRASIL
Telefone: (84) 999 034640
Fax:
Email: [email protected]
Dados do Autor (72)
NomeTipo Anexo
Desenhos e/ou Fotografias Desenho Totem.pdf
Comprovante de Pagamento Comp. Pagamento.pdf
GRU GRU DI.pdf
Documentos anexados
Declaro, sob as penas da lei, que todas as informações acima prestadas são completas everdadeiras.
Declaração de veracidade
Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 06/04/2017 às15:56, Petição 870170022859
Petição 870170022859, de 06/04/2017, pág. 2/5