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HISTÓRIA DA ARTEISMOS – MOVIMENTOS DA ARTE
MODERNA
Vimos que o primeiro movimento artístico do período da arte moderna foi o Impressionismo
Influenciados pelo advento da fotografia, procuraram captar a impressão da luz nas cores dos objetos
Com o tempo esse tipo de pintura foi perdendo o brilho e, um pouco antes da Primeira Guerra Mundial eclodir, em 1914, o artista moderno sente a necessidade de produzir uma arte mais substancial, com maior peso e relevância
São os chamados Movimentos de Vanguarda, que vamos conhecer agora, ou Ismos (de Modernismo)
CONTEXTO HISTÓRICO
Durante a realização do Salão de Outono em Paris, em 1905, alguns jovens pintores foram
chamados pelo crítico Louis Vauxcelles de fauves (do francês “feras”). Assim, ficaram conhecidos
como fauvistas.
FAUVISMO - 1905
O artista fauvista age por instinto (como uma fera) não permitindo que o lado
racional interfira na pintura.
Por isso, a principal característica desse grupo
é a simplificação das formas e o emprego das
cores puras.
Essas características podem ser vistas em “A Dança”, de Henri Matisse
Características da pintura:
Simplificação das formas, não há busca pela perspectiva; Pincelada violenta, espontânea e definitiva; Ausência de pinturas ao ar livre; Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não
correspondendo à realidade; O movimento rítmico das linhas, texturas e para dar continuidade dos elementos
desenhados; Uso exclusivo das cores puras, assim como saem das bisnagas, há pouca ou
nenhuma gradação entre os matizes; Pintura por manchas largas, formando grandes planos; Impulsividade e experimentação, em vez de exaustivos estudos preparatórios.
No período da história da arte moderna, um grupo de artistas procurou expressar as emoções humanas e
interpretar as angústias que caracterizam psicologicamente o homem do início do século XX. É o
que chamamos de subjetivismo na arte. Esse grupo foi identificado como os Expressionistas.
EXPRESSIONISMO - 1920
A pintura “O Grito”, de Edvard Munch, retrata justamanete esse estado de angústia interna que tanto o afligia,
como ele mesmo descreveu:
“Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei,
exausto, e inclinei-me sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a
tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza.”
• Pesquisa no domínio psicológico;• Cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou
separadas;• Dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;• Pasta grossa, martelada, áspera;• Técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem,
fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
• Preferência pelo patético, trágico e sombrio.
Principais características:
Trabalho de Arte
O MEU GRITO- A REFORMA EM MIM
Faça sua releitura da obra “O grito” de Edvard Munch, baseado nessa pergunta: O que hoje você gritaria para si mesmo como uma necessidade de Reforma em sua vida como cristão? Sua arte buscará retratar a expressão do seu grito em busca de uma mudança interior.
Os artistas cubistas passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo
plano. É como se estivessem abertos e apresentassem todos os lados no plano frontal em relação ao
espectador. Existem dois tipos de Cubismo: Analítico e Sintético
CUBISMO - 1907
Principais características:
geometrização das formas e volumes renúncia à perspectiva o claro-escuro perde sua função representação do volume colorido sobre
superfícies planas sensação de pintura escultórica cores austeras, do branco ao negro passando
pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave
CUBISMO ANALÍTICO
Pablo Picasso é considerado o pai do Cubismo. Em “Guernica” ele retrata a Guerra Civil Espanhola em que morreram vários civis da cidade de Guernica. Ele fragmentou as
formas dos seres e colocou tudo em plano frontal (observe as figuras em perfil com os dois olhos de frente). Além disso usou poucas cores. Essas são as características do
Cubismo Analítico.
Fernand LegerMulher com um gato1921
Pablo Picasso, Le s De m o is e lle s d ’Avig no n, 1907
CUBISMO SINTÉTICO
já em “A Guitarra”, Picasso introduziu alterações ao nível da utilização de
novos materiais, incorporando-os na obra ao misturar tinta com materiais
exteriores.
A partir deste método os quadros passam então a integrar objetos
comuns, pelo método da colagem, como o papel, cartão, tecido, madeira, corda, entre outros objetos do dia a dia. Essas
são as características do Cubismo Sintético.
OBRAS DE ARTE CUBISTA E INFLUÊNCIA NO BRASIL VEJA AS IMAGENS...
Pablo Picasso,Homem com o bandolim - 1911
Pablo Picaso,Nu sobre fundo branco - 1927
O surrealismo foi um movimento da literatura e das artes plásticas que começou na França, em 1924, sob a liderança do
escritor André Breton. Influenciados pelo estudos do subconsciente, do psicanalista Sigmund Freud, a arte
surrealista não resulta de pensamentos racionais e lógicos do artista; ela é, isto sim, resultado de pensamentos absurdos
e ilógicos, como as imagens dos sonhos.
SURREALISMO - 1924
O principal artista surrealista foi o espanhol Salvador Dali. Ele mesmo admitiu que sua obra era uma loucura: “Como posso querer que meus amigos entendam as coisas loucas
que passam pela minha cabeça, se eu mesmo, não entendo?”
Contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.
Justaposição de objetos comuns de um modo impossível de ser encontrado na vida real.
Uma tela abstrata não representa a realidade que nos cerca, nem narra com imagens uma cena histórica, literária, religiosa ou
mitológica.
A principal característica do movimento abstracionismo é ausência de relação imediata entre as formas e as cores
representadas e as formas e as cores reais de um ser. Nesse sentido, a pintura abstrata pode ser classificada em:
INFORMAL (ou lírica) e GEOMÉTRICA
ABSTRACIONISMO - 1910
INFORMAL
Kandinsky é o principal
representante desse estilo
abstrato onde as formas e as cores
são criadas livremente
GEOMÉTRICO
Já na obra de Piet Mondrian as formas e as cores são
organizadas de maneira que a composição resultante é
apenas a expressão de uma concepção geométrica.
O s futuris ta s s a úda m a e ra m o d e rna , a d e rind o e ntus ia s tic a m e nte à m á q uina . Pa ra Ba lla , " é m a is be lo um fe rro e lé tric o q ue um a e s cultura " . Pa ra o s futuris ta s , o s o b je to s nã o s e e s g o ta m no c o nto rno a p a re nte e s e us a s p e c to s s e inte rp e ne tra m c o ntinua m e nte a um s ó te m p o , o u vá rio s te m p o s num s ó e s p a ç o . O futuris m o é a c o nc re tiz a ç ã o d e s ta p e s q uis a no e s p a ç o bid im e ns io na l. Pro cura -s e ne s te e s tilo e x p re s s a r o m o vim e nto re a l, re g is tra ndo a ve lo c ida d e d e s c rita p e la s fig ura s e m m o vim e nto no e s p a ç o . O a rtis ta futuris ta nã o e s tá inte re s s a d o e m p inta r um auto m ó ve l, m a s c a p ta r a fo rm a p lá s tic a a ve lo c ida d e d e s c rita p o r e le no e s p a ç o .
Futurismo
Fo rm a do e m 1 9 1 6 e m Zuriq ue p o r jo ve ns fra nc e s e s e a le m ã e s q ue , s e tive s s e m p e rm ane c id o e m s e us re s p e c tivo s p a ís e s , te ria m s id o c o nvo c a d o s p a ra o s e rviç o m ilita r, o Da da fo i um m o vim e nto d e ne g a ç ã o . Durante a Prim e ira G ue rra Mundia l, a rtis ta s d e vá ria s na c io na lida d e s , e x ila do s na Suíç a , e ra m c o ntrá rio s a o e nvo lvim e nto d o s s e us p ró p rio s p a ís e s na g ue rra .
Funda ram um m o vim e nto lite rá rio p a ra e x p re s s a r s ua s d e c e p ç õ e s e m re la ç ã o a inc a p a c ida d e da c iê nc ia s , re lig iã o , filo s o fia q ue s e re ve la ra m p o uc o e fic a z e s e m e v ita r a d e s truiç ã o da Euro p a . A p a la vra Da da fo i d e s c o be rta a c id e nta lm e nte p o r Hug o Ba ll e p o r Tz a ra Tris ta n num d ic io ná rio a le m ã o -fra nc ê s . Da da é um a p a la vra fra nc e s a q ue s ig nific a na ling ua g e m infa ntil " c a va lo d e p a u" . Es s e no m e e s c o lhid o nã o fa z ia s e ntid o , a s s im c o m o a a rte q ue p e rd e ra to d o o s e ntid o d ia nte da irra c io na lida d e da g ue rra .
Sua p ro p o s ta é q ue a a rte fic a s s e s o lta da s am a rra s ra c io na lis ta s e fo s s e a p e na s o re s ulta do d o a uto m a tis m o p s íq uic o , s e le c io na do e c o m bina ndo e le m e nto s p o r a c a s o . Se ndo a ne g a ç ã o to ta l da c ultura , o Da da ís m o d e fe nd e o a bs urd o , a inc o e rê nc ia , a d e s o rd e m , o c a o s . Po litic a m e nte , firm a -s e c o m o um p ro te s to c o ntra um a c iv iliz a ç ã o q ue nã o c o ns e g uiria e v ita r a g ue rra .
Dadaísmo
Readymade (arte pronta):Roda de Bicicleta
Marcel Duchamp, Readymade (arte pronta): A fonte
Kleine Dada SoireeThe o va n Do e s burg e Kurt Sc hwitte rs
Jean (Hans) Arp,Cabeça com Bigode - 1926
Marcel Duchamp, LHOOQ (Cartão Postal)
Alguns artistas brasileiros tiveram contatos com os Movimentos de Vanguarda Europeus, os Ismos
Na busca por novos caminhos esses artistas idealizaram a Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo (também chamada apenas de Semana de 22)
No evento foram apresentados concertos e conferências,
além de exposições de artistas plásticos.
(CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO FEITO POR DI CAVALCANTI)
MODERNISMO NO BRASIL
INFLUÊNCIA EUROPEIA NA ARTE BRASILEIRA
SURREALISMOEXPRESSIONISMO CUBISMO
Anita
MalfattiIsmael
Nery
Vicente
do Rêgo Monteiro
Em 1928, Tarsila do Amaral, juntamente com seu marido, o escritor Oswald de Andrade, deu início a uma nova fase: a Antropofágica (aquele que come)
A teoria antropofágica propunha que o artista deveria “deglutir” a arte europeia e , a partir dela,
produzir uma arte genuinamente brasileira.
Movimento Antropofágico
“Abaporu” é o melhor exemplo desse antropofagismo:
Tarsila consegue aplicar várias características de diferentes movimentos europeus: formas
expressionistas, um tanto surrealistas, um pouco de abstracionismo e até fauvismo. Porém são apenas
traços desses movimentos. O que ela quis mesmo foi retratar o homem trabalhador brasileiro (indicados
pelas mãos e pés enormes e cabeça pequena), as cores da bandeira do Brasil, assim como o clima e a
vegetação típica brasileira.
Abaporu é uma palavra de origem tupi e significa “homem que come”. Mais uma alusão às nossas raízes
culturais.
Semana de Arte Moderna de 1922Es s a a rte no va a p a re c e inic ia lm e nte a tra vé s da a tiv ida d e c rític a e lite rá ria d e O s wa ld d e Andra de , Me no tti d e l Pic chia , Má rio d e Andra d e e a lg uns o utro s a rtis ta s q ue vã o s e c o ns c ie ntiz a nd o d o te m p o e m q ue v ive m . O s wa ld d e Andra d e , já e m 1 9 1 2 , c o m e ç a a fa la r d o Ma nife s to Futuris ta , d e Ma rine tti, q ue p ro p õ e “o c o m p ro m is s o da lite ra tura c o m a no va c iv iliz a ç ã o té c nic a ” . Mas , a o m e s m o te m p o , O s wa ld d e Andra d e a le rta p a ra a va lo riz a ç ã o da s ra íz e s na c io na is , q ue d e ve m s e r o p o nto d e p a rtida p a ra o s a rtis ta s bra s ile iro s . As s im , c ria m o vim e nto s , c o m o o Pa u-Bra s il, e s c re ve p a ra o s jo rna is e x p o nd o s ua s id é ia s re no va d o re s d e g rup o s d e a rtis ta s q ue c o m e ç a m a s e unir e m to rno d e um a no va p ro p o s ta e s té tic a . Ante s d o s a no s 2 0 , s ã o fe ita s e m Sã o Pa ulo dua s e x p o s iç õ e s d e p intura q ue c o lo c am a a rte m o d e rna d e um m o do c o nc re to p a ra o s bra s ile iro s : a d e La s a r Se g a ll, e m 1 9 1 3 , e a d e Anita Malfa tti, e m 1 9 1 7 . Es s a d iv is ã o e ntre o s d e fe ns o re s d e um a e s té tic a c o ns e rva d o ra e o s d e um a re no va d o ra , p re va le c e u p o r m uito te m p o e a ting iu s e u c lím a x na Se m a na d e Arte Mo de rna re a liz a da no s d ia s 1 3 , 1 5 e 1 7 d e fe ve re iro d e 1 9 2 2 , no Te a tro Munic ip a l d e Sã o Pa ulo . No inte rio r d o te a tro , fo ra m a p re s e nta d o s c o nc e rto s e c o nfe rê nc ia s , e nq ua nto no s a g uã o fo ram m o nta da s e x p o s iç õ e s d e a rtis ta s p lá s tic o s , c o m o o s a rq uite to s Anto nio Mo ya e G e o rg e Prs yre m be l, o s e s c ulto re s Víto r Bre che re t e W. Ha e rbe rg e o s d e s e nhis ta s e p into re s Anita Ma lfa tti, Di Ca va lc a nti, Jo hn G ra z , Martins Ribe iro , Zina Aita , Jo ã o Fe rnando d e Alm e ida Pra do , Ig ná c io d a Co s ta Fe rre ira , Vic e nte d o Re g o Mo nte iro e Di Ca va lc a nti (o id e a liz a d o r da Se m ana e a uto r d o d e s e nho q ue ilus tra a c a p a d o c a tá lo g o ).
Sa m ba - Di Ca va lc a nti
A Ne g ra – Ta rs ília d o Am a ra l
Ca rna va l - Di Ca va lc a nti
Antro p o fa g iaTa rs ília d o Am a ra l
O p e rá rio sTa rs ília d o Am ara l
Arte ExpressionistaNo Bra s il, o bs e rva -s e , c o m o nunc a , um d e s e jo e x p re s s o e inte ns o d e p e s q uis a r no s s a re a lida d e s o c ia l, e s p iritua l e c ultura l. A a rte m e rg ulha fundo no te ns o p a no ra m a id e o ló g ic o da é p o c a , bus c a ndo a na lis a r a s c o ntra d iç õ e s v iv ida s p e lo p a ís e re p re s e ntá -la s p e la ling ua g e m e s té tic a .
A partir de 1930, o modernismo assume um figurativismo com características mais expressionistas, temas regionalistas e preocupação social, no qual se destaca Candido Portinari. Desponta o trabalho de Osvaldo Goeldi, Cícero Dias e Alberto da Veiga Guignard. Com a nomeação de Lúcio Costa para a Escola Nacional de Belas-Artes, abre-se espaço para os modernos no Rio de Janeiro. A partir da disseminação nos salões de arte, e o respeito que artistas brasileiros passam a conquistar no exterior, como no caso de Portinari que é convidado a pintar dois imensos painéis na sede da ONU, o modernismo começa a ser aceito pelo grande público.
Arte PrimitivaA arte d o s cham a do s "a rtis ta s p rim itivo s " p a s s o u a s e r va lo riz a da a p ó s o Mo vim e nto Mo de rnis ta , q ue a p re s e nto u, e ntre s ua s te nd ê nc ia s , o g o s to p o r tud o o q ue e ra g e nuinam e nte na c io na l. E um a rtis ta p rim itivo é a lg ué m q ue s e le c io na e le m e nto s da tra d iç ã o p o pula r d e um a s o c ie da d e e o s c o m bina p la s tic am e nte , g uia ndo -s e p o r um a c la ra inte nç ã o p o é tic a . G e ra lm e nte e s s e s p into re s s ã o a uto d ida ta s e c ria d o re s d o s re c urs o s té c nic o s c o m q ue tra ba lha m .
ARQUITETURA MODERNISTA BRASILEIRA
A arquitetura moderna brasileira teve suas características que podem ser encontradas em origens diversas como a Bauhaus, na Alemanha, e em Le Corbusier, que esteve no Brasil para assessorar o projeto do MEC – Rio.
Para comemorar o quarto centenário da cidade de S. Paulo, foi construído o Parque do Ibirapuera que impulsionou a arquitetura modernista em uma série de construções de residências e edifícios pela cidade.
Em 1947, em São Paulo, é criado o Museu de Arte de São Paulo (Masp) pelo empresário Assis Chateaubriand. Seu acervo de pinturas européias abrange desde os góticos italianos até os mestres do impressionismo francês.
Em 1948 é fundado o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) pelo industrial de origem italiana Francisco Matarazzo Sobrinho. O modelo de organização era idêntico ao de Rockfeller com o MoMa de Nova York.
E no ano seguinte é criado o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro com acervo formado basicamente por artistas contemporâneos nacionais e estrangeiros.
Fonte:
ANDREA DRESSLER <http://arteeducacaodf.blogspot.com.br/>FABIO VICENTE http://historiartem.blogspot.com.br/2013/10/o-que-e-mais-quente-para-os.html HISTÓRIA DAS ARTEShttp://www.historiadasartes.com/